História - Pré-Vestibular Impacto - Sociologia - O Trabalho na Sociedade Capitalista

March 27, 2018 | Author: História Qui | Category: Capitalism, Marxism, Industries, Economics, Economies


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1CONTEÚDO PROFº: EDILSON VIANA 05 A Certeza de Vencer O Trabalho na Sociedade Capitalista e as Transformações Recentes no Mundo do trabalho. KL 140308 Fale conosco www.portalimpacto.com.br I. O TRABALHO NA SOCIEDADE CAPITALISTA: Podemos afirmar que na sociedade capitalista o trabalhador é detentor de sua força de trabalho, que é vendida ao capitalista, dono dos meios de produção, em troca de uma remuneração que é suficiente para garantir a sobrevivência do mesmo e sua consequente reprodução, garantindo desta forma a multiplicação do contingente de trabalhadores. É importante ressaltar que no sistema capitalista existe uma exploração funcional do trabalhador, que garante a composição do lucro do capitalista, qual seja, a mais-valia. A mais-valia deve ser entendida como tudo aquilo que é subtraído do trabalhador pelo capitalista durante o cotidiano na exploração de sua força de trabalho e na remuneração desse trabalhador, ou também : "(...) é a forma específica que assume a exploração sob o capitalismo, a diferença específica do modo de produção capitalista, em que o excedente toma a forma de lucro e a exploração resulta do fato da classe trabalhadora produzir um produto líquido que pode ser vendido por mais do que ele recebe como salário." Dicionário do Pensamento Marxista, Tom Bottomore, p. 227 "São as horas trabalhadas e não pagas que, acumuladas e reaplicadas no processo produtivo, vão fazer com que o capitalista enriqueça rapidamente. E assim, todos os dias, isso acontece nos mais variados pontos do mundo: uma parcela significativa do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores é apropriada pelos capitalistas. Esse processo denomina-se acumulação de capital. Em outros termos, portanto, capital nada mais é do que o trabalho não pago, isto é, aquela parte que o trabalhador produz e que não lhe é paga (mais-valia) vai para os bolsos do patrão" Iniciação à Sociologia, Dácio Tomazi, p 50 II. AS TRANSFORMAÇÕES RECENTES NO MUNDO DO TRABALHO: 1. Fordismo: No início do século XX, a partir da I Guerra Mundial (19141919) o processo de industrialização norte-americana alcança a sua consolidação, devido principalmente a necessidade de suprir o mercado consumidor europeu. É nesse contexto, que Henry Ford passa a implementar Hery Fortd em suas fábricas de automóveis uma série de modificações que iriam predominar na organização produtiva e na organização do trabalho em quase todo o mundo capitalista até aproximadamente a década de 70. Dentre as características que marcaram o fordismo, podemos identificar: a extrema divisão das tarefas (leia-se a especialização); a subordinação do trabalhador à linha de montagem; o desconhecimento da produção final (a alienação); e a produção em massa para um consumo em massa. 2. Pós-Fordismo ou Acumulação Flexível: A partir da década da 70, principalmente após as sucessivas crises do petróleo (1973 e 1979) a organização da produção e do trabalho nas sociedades capitalistas passaram por uma série de transformações que ficaram conhecidas como pós-fordismo ou acumulação flexível. Neste novo modelo podemos destacar: a massiva automação, com o advento da robótica; o trabalhador passa a limitar a sua atuação ao controle e supervisão; a flexibilização do mercado de trabalho, com o surgimento do trabalho temporário, subcontratação, a terceirização, etc; além disso, passamos a ter a flexibilização da produção e do consumo, com o aumento do marketing e da propaganda o consumo passa a criar novas exigências e conseqüentemente surge um nova forma de se produzir, nada mais em massa, sendo assim a produção passa a ser segmentada. ANOTAÇÕES ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ VESTIBULAR – 2009 FAÇO IMPACTO - A CERTEZA DE VENCER!!! Fale conosco www.portalimpacto.com.br Exercícios 01. (UFU) "(...) é a forma específica que assume a exploração sob o capitalismo, a diferença específica do modo de produção capitalista, em que o excedente toma a forma de lucro e a exploração resulta do fato da classe trabalhadora produzir um produto líquido que pode ser vendido por mais do que ele recebe como salário." Dicionário do Pensamento Marxista, Tom Bottomore, pág. 227. O Modo de produção capitalista apresenta em sua organização do trabalho, seja em qual fase for, o acumulo do capital através da mais-valia, sobre este conceito marxista podemos afirmar que: a) Deve ser entendido a partir da busca constante do detentor dos meios de produção de equilíbrio investimento feita em capital produtivo, deduzindo daí os impostos e tributos cobrados. b) É a possibilidade do trabalhador ou proletário de alcançar a satisfação da sua necessidade fundamental na manutenção de sua natureza de proprietário da sua força de trabalho negociada com o capitalista. c) É toda forma possível de exploração da força de trabalho do operário entendido somente a partir do trabalho comercial e da subtração do seu esforço diária empregado na linha de montagem. d) É a exploração do trabalhador pelo capitalista dono dos meios de produção, que aliena do seu funcionário todo o esforço equivalente ao excedente daquilo que ele produziu subtraído o que ele recebeu pele seu trabalho. e) Deve ser entendido como qualquer forma de exploração capitalista, onde o trabalhador é conscientemente obrigado a aceitar as condições proporcionadas pelo seu empregador e com isso, ele garante uma correta remuneração. 02. (UEL) Quanto ao conceito marxista de mais-valia está correto: a) É a possibilidade de ganho econômico real por parte do trabalhador b) É a alienação do trabalhador proporcionado pela mecanização da produção c) É a substituição progressiva do trabalho manual pelo trabalho da máquina. d) É a garantia obtida pelo capitalista de ganho real sob a atividade comercial. e) É toda a hora de trabalho que o capitalista aliena do trabalhador. 03. (UFES) Leia as afirmativas e marque a alternativa correta: I. O fordismo é uma forma de organização do trabalho característica da sociedade industrial, que proporciona uma produção em massa e uma profunda especialização do trabalho; II. O trabalhador na organização fordista de produção desconhece a produção final fruto do seu trabalho, assim como, fica presa o linha de montagem com funções repetitivas e rotineiras. III. No fordismo o trabalhador apresenta um elevado grau de qualificação, proporcionado pela aplicação de conhecimentos técnicos na administração do trabalhador e da produção, além de apresentar uma produção flexibilizada. Estão corretas: a) I b) II c) I e II d) I, II e III e) II e III 04. (J. Rendeiro) Em mais de dois quartos do século XX, o fordismo predominou como modelo de organização do trabalho nas sociedades capitalistas. Entre as suas características não podemos afirmar: a) Apresentou uma profunda especialização do trabalho, onde o operário fica preso a linha de montagem. b) A produção em massa e o consumo em massa marcam o modelo fordista de produção, iniciado por Henry Ford em suas fábricas nos Estados Unidos. c) Apresentou uma definida divisão do trabalho, onde o operário desenvolve apenas uma função repetitiva e rotineira. d) A produção no modelo fordista está diretamente relacionada ao avanço das técnicas de robótica e a profunda automação industrial. e) Apresenta um operário alienado, desprovido da noção do produto final, fruto do seu desempenho. 05. (J. Rendeiro) A partir da década de 70 uma série de transformações marcaram a economia mundial, principalmente em decorrência da crise do petróleo em 1979. Essas transformações contribuíram para a criação de uma nova organização do trabalho nas sociedades capitalistas conhecida como acumulação flexível. Sobre este modelo é correto afirmar: a) Proporcionou uma maior automação e incremento tecnológico na produção, em que o trabalhador está preso a linha de montagem. b) Neste modelo o trabalhador apresenta um total conhecimento do produto final de seu ofício, participando de todas as etapas da produção. c) O trabalhador limita-se ao controle e supervisão da produção, quase toda entregue às máquinas, no contexto de automação e da robótica. d) Assim como no fordismo, neste modelo a produção também é em massa responsável por um consumo na mesma direção. e) Neste modelo a produção atende a demanda do consumo, sempre em massa, e com uma constante especialização do trabalhador. FAÇO IMPACTO – A CERTEZA DE VENCER!!! VESTIBULAR – 2009
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