heráclito - o ser.doc

March 22, 2018 | Author: gildinda | Category: Logos, Martin Heidegger, Love, Word, Semiotics


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Heráclito – O ser"Quem pensou o mais profundo ama o que é mais vivo" Hölderlin A etimologia da palavra Lógos A raiz etimológica da palavra λογος é λεγ. Este radical tem origem no verbo grego λεγω (λεγειη). E no latim lego (legere). Pode-se resumir, em três grandes grupos, as principais significações e os diversos sentidos do verbo grego légein: 1) Na forma transitiva: deitar, colocar na cama; na forma reflexiva: deitar-se, ficar inativo; 2) juntar, pousar, recolher, escolher, reunir, contar, enumerar, narrar; 3) dizer, falar, declarar, anunciar, significar, nomear, designar, ordenar e exortar No belo livro que escreveu sobre Heráclito e ao qual deu o sugestivo título: Heráclito ou o homem entre as coisas e as palavras, Clémence Ramnoux (1959) aborda a questão do sentido do Lógos e questiona se, para Heráclito, o Lógos não designaria “la Chose même”, vale dizer, a própria coisa, na medida em que esta se dá a conhecer, através da linguagem (p. 316-7). Para ela, a palavra francesa leçon (lição), talvez não fosse uma má tradução para o lógos heraclitiano, porquanto, ao menos em francês, o vocábulo lição evoca a tarefa que o aluno deve aprender de cor, ou seja, o ensinamento do mestre e a interpretação que ele fazia dos textos obscuros. Mas, acrescenta ela, é preciso reconhecer que a palavra “lição” não poderia ser “um bom sujeito para o verbo ser”, como o é a palavra lógos no seu sentido singular e original. E a grande helenista termina perguntando: a melhor solução, para o problema da tradução da palavra lógos, não seria adotar, em francês, o termo lógos, deixando-lhe a amplidão e a abertura de sentido, bem como sua aura de mistério? (ibid., p. 318). Como quer que seja, Clémence Ramnoux observa que, embora Heráclito tenha distinguido um lógos divino (no singular) dos lógoi (no plural) dos mortais, seria precipitado concluir, que, já, na sua doutrina, podemos encontrar uma hipóstase da palavra Lógos, como vai acontecer depois, tanto na filosofia helenista dos estóicos, O objetivo de Heidegger. na teologia do cristianismo primitivo e medieval. Havia nele algo de impensado e era precisamente esta dimensão impensada do Lógos que se oferecia na obscuridade como um “a se-pensar” (Heidegger. sobretudo. Eis o fragmento na tradução do próprio Heidegger: Se não ouvirem simplesmente a mim. o Lógos não se esgotava na dimensão lingüística. . O sentido originário do Lógos de Heráclito. para eles. não significa que o Lógos de Heráclito não possua um sentido mais arcaico e originário. Hoje. ao comentar o Fragmento 50 de Heráclito de Éfeso sobre o Lógos.quanto. Isto. bem como o que acrescentou no seu livro sobre Heráclito.). o que há de mais obscuro no seu pensamento já tido desde a antigüidade como obscuro. Pois bem. Heidegger adverte que não é fácil saber o que pensavam os pensadores originários sobre o Lógos. mas nela mesma. vamos tentar mostrar a importância que tem o Lógos. para eles. não é mais possível discutir a questão do Lógos. Heráclito. para nos ajudar a pensar o enigma do ϕυναι da ϕυσις. sem levar em consideração este comentário de Heidegger. então é um saber (que consiste em) dizer igual o que diz o λογος [homologein sophón estin]: tudo é um [Hèn Pánta]. na obediência) o λογος [ouk emou allá tou lógou akousántas]. Quanto a Heráclito. nem o sentido que ela tem na filosofia de Heráclito. mas se tiverem auscultado (obedecendolhe. mais difícil de se determinar se torna o que. é resgatar o sentido mais arcaico e originário desta palavra. no seu sentido originário. 252 e segs. p. Quanto mais distantes de nós eles se encontram. 1973a. o discurso e a linguagem. Valendo-nos dele e do que o mesmo Heidegger diz ainda comentando o Fragmento 16 sobre a Alétheia ( negação do esquecimento ou verdade). que Heidegger empenhou-se em fazer um comentário minucioso do Fragmento 50. constituía o “a se-pensar”. enquanto ciência do pensamento. É verdade que os lógicos (e para os antigos a Lógica. derivava do Lógos) sempre articularam o lógos com a palavra. porém. Heidegger opina que talvez seja o que ele pensa sobre o Logos. Ademais a essência do Lógos é obscura e o segredo desta obscuridade não está na falta de conceitos adequados. Mas. é exatamente para resgatar o sentido arcaico e originário do Lógos heraclitiano. Aqui também coleta-se a partir do que se deve resguardar e a “coletagem” do que se deve resguardar surge da própria coleta e nela se esconde. Coletar não é apenas ajuntar. Todavia. e este des-velamento se faz pela linguagem. 281). na dinâmica poética de seu acontecer. Heidegger lembra que. tirar o sentido originário da palavra Lógos. conheceu várias interpretações. colher. então. E é precisamente quando tenta compreender esta passagem. Assim se procede quando se colhe e recolhe a lavoura. entre as quais prevaleceram aquelas que. pois o-que-se-estende-diante é muito importante. ele significa também “deitar. A sugestiva imagem da colheita. (Cf. se coleta. a Razão que dita as normas do fazer e do dizer. que Heidegger sente necessidade de refletir sobre a etimologia do verbo légein e. no decorrer da História da Filosofia. Já desde aí . depois o abrigar o que se recolheu em algum lugar. Heidegger. 280). é para decifrar o seu enigma. p. Colher não é apenas apanhar o que está no chão. a madeira na floresta. inegavelmente. é apanhar com cuidado. certamente. diz ele. depois vem o juntar e o recolher. E Heidegger conclui: “É a partir do λεγειν pensado originariamente como colheita e coleta. nele. estenderdiante-de-si. será possível reencontrar o seu sentido originário. que Heidegger constrói sua interpretação do sentido originário da palavra Lógos. Mas esta concentração já está inserida no pousar. Do légein-recolher ao légein-dizer Logo de início. p. Necessário se faz. as uvas na videira.. vale dizer. O recolher exige concentração. dela. suspender.A sentença é enigmática e. recolher e apresentar a si e aos outros o que se recolhe”. mas mediante um processo especial de des-velamento. Pois bem. que se oferece um caminho para a compreensão do significado corrente da ‘colheita’ como leitura e apreensão da escrita da palavra escrita como palavra e discurso” (ibid. resguardar. mas. o verbo légein significa dizer e falar. na sua função de Lei do mundo e Lei do pensamento. de alguma forma. descobrir como se processa esta passagem do sentido mais arcaico do légein-colher e recolher para o légein-dizer e falar. Apanha-se. O mesmo se poderia dizer da coleta. a passagem do légein-colher para o légein-dizer e falar não se faz por meio de uma modificação de natureza semântica. 1973a. que. em um sentido mais arcaico. um pousar ou colocar-as-coisas-diante-de-si. também o era para os contemporâneos de Heráclito. a partir do que se deve resguardar. isto é. Heráclito. viram a Ratio. Somente assim. o colher e o recolher só vão encontrar seu sentido originário em um processo de “des-velamento”. No velar-se. une a Physis ( emergir ) e o kript e sthai (velar-se ). p. O légeincolher e recolher é também um velar e um ocultar. o desvelarse não apenas não elimina o velar-se. para Heidegger. 1973b. Presentar-se. Porque ama o esconder-se.Heráclito. Para traduzi-lo com as próprias palavras de Heidegger: “a desocultação do oculto. no Fragmento de Heráclito. o “surgir” que acontece em sua manifestação como desvelamento de si mesmo. na leitura heideggeriana. A essência do dizer não se esgota na expressão verbal. Nele pode-se ler: “ϕυσις κριπτεσθαι ϕιλει. E é aí que se esconde. é a presença daquilo que se presenta”. a Physis. frag. um des-velamento. a essência da linguagem e da verdade. escondem-se as possibilidades do emergir (Heidegger. em questão. como des-velamento de si mesmo. 16. do que aquilo que Heráclito sentencia no Fragmento 123. Nesta unidade. Heidegger chama a atenção para o philei (ama) que. a Physis gosta de estar junto dele. vale dizer. Tudo o que se recolhe. ser e linguagem se interpenetram mutuamente. para Heidegger. Pois bem. para Heidegger. Mas há um permanecer velado na proximidade daquilo que se presenta. quando Heráclito diz que o emergir da Physis ama esconder-se. É no légeinpousar-que-recolhe que. Portanto. ou na sua significação. como pensava a filosofia tradicional da linguagem. mas dele necessita para ser assim como é. ele está colocando o emergir e o velar-se na mais próxima vizinhança.aparece que. na articulação de λογος αληθεια e Φυσις. oculta-se. . a essência da verdade e a essência da linguagem. Dizer e escutar O sentido originário do Lógos revela também a essência do dizer e do escutar. se esconde o que há de mais originário no falar da linguagem humana. Para Heidegger. 129-42). Por isso. O légein-dizer desvela e revela o que foi velado. Nada ilustra melhor a unidade essencial do velar-se e do desvelar-se e o seu papel no phynai da Physis. mas o “emergir”. E como o que define a Physis é o manifestar-se do Ser nos entes que emergem. não é a essência ou “quididade” (quidditas) das coisas. Heidegger vê ainda o ser dos entes. no desvelado.” O que significa: “A Natureza ama esconder-se”. é o velar que se ilumina. é na unidade do velar-se e desvelar-se que se esconde a essência da Physis. o escutar também não se restringe à captação auditiva dessas sonoridades. É um ouvir recolhido. acrescenta Heidegger. E. ainda. ou seja. no escutar. Hèn Pánta (Um Tudo) Mas o que quer dizer Heráclito com a expressão Hèn Pánta (Um Tudo)? Será. a totalidade de todas as coisas que se reúnem no Uno. O verbo οµολογειν literalmente significa “dizer o mesmo que um outro diz”. é um ir além do som das palavras. na interpretação de Heidegger. é aceitar o que o Uno. quando se escuta o Lógos. como já sabemos. ou seja. ou seja. o légein-dizer desdobra-se em um homologein da escuta. para Heidegger. assegurando a harmonia invisível dos contrários. fazer parte dele. Ou. o Lógos seria a Razão que dirige o grande concerto da Orquestra Cósmica. Talvez se pudesse acrescentar: só se ouve bem o que se ama. que tudo reúne. então. pois é ele quem determina a morada da essência dos entes. Por isso. confirmar o que um outro diz. sentir no mesmo sentido (homologein). Escutar é um recolher-se concentrado na palavra que nos é dirigida. a um automostrar-se na clareira. Só escutamos verdadeiramente. o légein (dizer) desdobra-se em um homologein (estar de acordo com o mesmo dizer). Encontra-se a sabedoria. O Lógos leva aquilo-que-se-estende-diantede-si. Heidegger interpreta o homologein como uma escuta obediente ao lógos. o sentido de tudo o que existe? Se assim fosse. Se esta é a essência do dizer. quando se é sábio se diz: Um é tudo (Hèn Panta)”. O que se diz em se mostrando. ser sábio é ser “bem disposto” pelo destino. É sintonizar com aquele que fala. Para que as coisas presentes brilhem e apareçam na presença. E quando isto acontece. porventura. Para ouvir o Lógos. Escutar na obediência é tornar-se obediente ao dizer que nos vem ao encontro. é preciso amá-lo. Ora. Para escutar é preciso fazer parte do que se escuta. esta . que consiste em dizer o que o lógos diz. como desdobramento do Ser. o que seria. quando “somos todo ouvidos”. O verdadeiro escutar desdobra o légein (dizer) em um homologein (estar de acordo com o que é dito). vale dizer.Pois ela se produz a partir do des-velamento das coisas que se presentam na presença. a mostrar-se a partir de sua presença. dispõe. Ou. aquilo que o Lógos anuncia? Ou seja. acontece também o que é sábio [sophós]. a essência do escutar? Se o dizer não se esgota na expressão sonora dos vocábulos. Um escutar assim. Por isso. dizer este a que já pertencemos. para escutar o Lógos é preciso primeiro pertencer-lhe. exige confirmação. para dizê-lo com as palavras de Heráclito. nem a essência da linguagem a partir da essência do Ser. O Lógos recolhe o-que-está-estendido-diante-em-conjunto. E teve o mesmo destino que a questão do Ser e da Verdade do Ser. pode-se dizer que “Ho Lógos légei”. no entanto. tudo aquilo que se recolhe na presença e se presenta no des-velamento. Ho Hèn (o Uno) une enquanto reúne. ou melhor. mas sua explicação não é fácil. ou seja. não pensaram o ser como linguagem. De fato. Talvez.Heidegger. Ou. para ele. para tudo que existe. mais do que a harmonia dos contrários. Hèn Pánta diz o que o Lógos é.interpretação. no “Um” que reúne todos os entes. p. não é a originária. une enquanto o légein recolhe. dito com outras palavras. em Heráclito. o seu destino. Ele estaria na base da verdadeira Ontologia. vale dizer. Este clarão. e os latinos: o esse entium. Heráclito. cada ente recebe o traço fundamental de seu ser (Cf. o ser dos entes. Heidegger. Heidegger observa que. desvela enquanto légein que nomeia. O Uno reúne em si o tudo que unifica. no começo do pensamento ocidental. Heidegger observa que a presença das coisas que se presentam é aquilo que os gregos chamavam: tò einai ton ónton. Se o Lógos é o nome do ser dos entes. não é de estranhar que ele tenha se Tornado a palavra-diretriz da filosofia de Heráclito. Assim. p. “a linguagem é a morada do Ser” [“Die Sprache ist das Haus des Seins”] (Cf. Lógos e Alétheia Portanto. na interpretação de Heidegger. desse modo. diz Heidegger. embora correta. O Hèn Pánta. nesse Uno. uniam Ser e Linguagem. 1957. 1973a. como ele próprio sugere: “no ser e como ser o uno une tudo o que é”. Enquanto “εν” (um) o Lógos abraça a amplitude de tudo o que recolhe. pois o légein-que-pousa-e-recolhe e vela. pois no sentido originário a fórmula heraclitiana “Hèn Pánta” (Um Tudo) significa o desdobramento do Ser no Lógos. a questão da Verdade do Ser. nesse “Tudo é um”. embora “habitando na linguagem” (lembremos que. o destino que determina. logo se apagaram na noite do esquecimento. ou seja. 24-5). a totalidade das coisas que se reúnem e se manifestam no Lógos. Os clarões que. tem. 275). Tem. o lugar que lhe é . algo de essencial é nomeado. Tudo é um. E isto significa: o Lógos colhe e coleta todos os seres (pánta ta ónta). ou seja. daquilo que Heidegger chamou depois de Ontologia Fundamental. Heidegger reconhece que os gregos e o próprio Heráclito. a presença das coisas que se presentam e nomeia o que reúne na presença. foi efêmero como o dos relâmpagos. Colocase. Assim sendo. a essência da linguagem brilhou à luz do ser. E isso une Lógos e Alétheia. Paris: Gallimard. Livro publicado em 1961 a partir das conferências pronunciadas pelo autor na Universidade de Havard em 1960. 117-29. XXVI.6. 1959. In: Os Pré-socráticos. São Paulo: Abril Cultural. Martin Heidegger. Abel. Hermann. 1957. 1957. 129-142. 194. Vorträge und Aufsatz. Introdução e tradução.ago. Ernildo Stein. 1973. In: Oeuvres. Howohlt Hamburg./1976. Avec la traduction intégrale des fragments. ____ Alétheia (Heráclito. In Os Pré-socráticos. 10816. ____ Logos (Heráclito. 103. As Fenícias. Editions Montaigne. Paris: Les Belles Lettres. Jean. JEANIÈRE. In: Efigênia em Aulis. Die Fragmente der Vorsokratiker. Emmanuel e WRUB LEWSKI. Early Christianity and Greek Paideia. p. 1953. Le Petit Prince. Trad. NIETZSCHE. DIELS. Ernildo Stein. Sérgio.devido. Os pensadores originários: Anaximandro. 1987. . 1973b. São Paulo: Abril Cultural. Des Préplatoniciens à Aristote. Friedrich. 1954. ARISTÓTELES. Texte allemand traduit et présenté par Roger Munier. In: Os Pré-socráticos. São Paulo: Tempo Brasileiro. 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As cenas imagens devem mostrar o que se esconde no revelar-se e o que se revela no esconder-se. A natureza ama ocultar-se. pousar. 1973b. esse entendimento coloca o teatro como chama. 16. contar. escondem-se as possibilidades do emergir (Heidegger.Heráclito. 3) dizer. na forma reflexiva: deitar-se. escolher. onde o dizer vai além da palavra e o escutar vai além do ouvir. chama que queima e invoca. frag. atravessando todo espetáculo apreendente aprendente o consumir-se para ser e o ser para consumir-se. enumerar. No teatro os deuses estão presentes. recolher. Todo o acontecimento aula-teatro se oferece ao redor do fogo. pois entendemos que a língua própria do filosofar é o logos. ordenar e exortar O centro do espetáculo será sobre os fragmentos de Heráclito: No velar-se.
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