H a Eficacia Do Eletrolifting Em Rugas Periorbitais Em Mulheres de 50 a 60 Anos

March 31, 2018 | Author: Julio Alves Marques | Category: Skin, Collagen, Radical (Chemistry), Enzyme, Electric Current


Comments



Description

FACULDADE ASSIS GURGACZ DANIELE PAGLIARI ZANELLAA EFICÁCIA DO ELETROLIFTING EM RUGAS PERIORBITAIS EM MULHERES DE 50 A 60 ANOS CASCAVEL 2005 13 DANIELE PAGLIARI ZANELLA A EFICÁCIA DO ELETROLIFTING EM RUGAS PERIORBITAIS EM MULHERES DE 50 A 60 ANOS Trabalho apresentado como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Fisioterapia da Faculdade Assis Gurgacz – FAG. Orientadora: Profª. Daniele Zanato CASCAVEL 2005 14 DANIELE PAGLIARI ZANELLA A EFICÁCIA DO ELETROLIFTING EM RUGAS PERIORBITAIS EM MULHERES DE 50 A 60 ANOS Trabalho apresentado à Banca Avaliadora como requisito para a obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia da Faculdade Assis Gurgacz – FAG. BANCA AVALIADORA ___________________________________________ Prof.ª Esp. Daniele Zanato Orientadora ___________________________________________ Prof.ª Esp. Luciane Rosa Avaliadora ___________________________________________ Prof.º Esp. Luiz Orestes Bozza Avaliador 15 Aos meus pais Odelir e Sonea. Minha filha Nicolle. Ao meu esposo Rodrigo. . Aos meus pais. Primeiramente á Deus que faz de cada vida uma história única. que participaram deste trabalho que Deus as abençoe. especialmente aos que fizeram presente quando mais precisei: Fabíola e Kalina. Obrigada por tudo! Aos colegas da turma pela presença constante. Obrigada por existirem! Agradeço ao meu irmão Rodrigo e minha cunhada Andréia.. por tudo que já passamos juntas e pela saudade que ficará. e porque como verdadeiros amigos sempre me deram força e me ajudaram a vencer. Odelir e Sonea. paciência e acalento. . Agradeço ao meu esposo Rodrigo e a minha filha Nicolle por muitas vezes terem sido força.. e por isso merecem meus agradecimentos. À minha orientadora Daniele Zanato pelo carinho e pela dedicação e experiência dispendidas à este trabalho. Agradeço a minha amiga Ana Carla pelo carinho. me ajudaram a ter energia para continuar sempre. que com todo amor e carinho dedicados a mim. porque iluminaram meu caminho com afeto e dedicação para que eu trilhasse sem medo e cheia de esperança. meu respeito e minha admiração. incentivo que nas horas difíceis e de desespero soube me acalmar e dar forças para prosseguir. que foram fundamentais do início ao fim. Às minhas pacientes. porque se doaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos para que eu pudesse realizar os meus. feita por momentos felizes e tristes. contei com o apoio de muitas pessoas que ajudaram a alcançar essa vitória.16 AGRADECIMENTOS Ao final desta etapa da minha vida. e me proporcionou a vivência deste momento tão importante. porque me deram a vida e me ensinaram a vivê-la com dignidade. a qual levaremos conosco pela eternidade repassando o grande conhecimento compartilhando durante esta caminhada.17 Aos mestres pela dedicação e conhecimento de vida que nos passaram. À todos aqueles que fizeram parte dessa história. mesmo que tentasse não conseguiria agradecer à todos. . Desejo que Deus lhes conceda a mesma alegria que sinto por vocês existirem. 18 RESUMO O envelhecimento. obteve uma resposta satisfatória ao estudo proposto. As voluntárias foram submetidas a uma avaliação antes e após o tratamento. O estudo tem como objetivo analisar os efeitos do eletrolifting em pacientes de 50 a 60 anos que apresentam rugas periorbitais. O peso pela força da gravidade. fazendo com que surjam então as rugas. Palavras-chave: Envelhecimento facial. eletrolifting. perda de elasticidade. após dez sessões de fisioterapia utilizando a corrente galvânica como forma de tratamento. bem como fotografadas as regiões periobitais a serem tratadas e após o tratamento. que causa uma pequena lesão no tecido. estimulando a síntese de proteínas da pele e aumentado circulação local. associada à estas estruturas subcutâneas deixam salientes as bolsas gordurosas periorbitárias. causa na pele entre outras alterações. Verificou-se que o estímulo empregado por apenas 10 sessões de fisioterapia proporcionou pouca melhora nas análises fotográficas. A fisioterapia dermato-funcional trata desta afecção utilizando os efeitos intrínsecos de uma microcorrente galvânica. rugas. mas devido a estimulação da sensibilidade. um processo natural. . associado à diminuição da gordura subcutânea e um excesso de frouxidão da pele em volta dos olhos que. promovendo uma reação inflamatória. as a natural process. causes in the skin among others alterations. associated with the reduction of the subcutaneous fat and an excess of looseness of the skin around the eyes. wrinkles.19 ABSTRACT The aging. The dermatho-functionary physiotherapy deals with this afection using the intrinsic effect of a galvanic microchain. The weight by the force of the gravity. but due the stimulation of sensitivity. stimulating the protein synthesis of the skin and increased local circulation. after ten sessions of physiotherapy using the galvanic chain as treatment form. The volunteers had been submitted to an assessment before and after the treatment. that associated to these subcutaneous structures which make the periorbitary greasy bags salient. it has got a satisfactory answer to the considered study. . loss of elasticity. makes the wrinkle appear. as well as photographed the periobitary regions to be treated and after the treatment. The study has as objective to analyze the effect of eletrolifting in patients of 50 to 60 years who presents periorbitary wrinkles. eletrolifting. that cause a small injury in the tissue. Has been verified that the stimulaton used for only 10 sessions of physiotherapy has provided a small improvement in the photographic analyses. promoting an inflammatory reaction. Key word: Face aging. 20 . ..............................Técnica de Eletrolifting........49 Ilustração 6...................1 – Efeitos da Corrente Galvânica na Pele.......................40 Ilustração 5............1 – Comparação Paciente A: Vista Anterior...............................................21 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 1..30 Ilustração 4..............5 – Comparação Paciente C: Vista Anterior......4 – Comparação Paciente B: Vista Lateral....1 ............................................................2 – Comparação Paciente A: Vista Lateral.............................Aparelho Striat Estetic.......................................47 Ilustração 6..........42 Ilustração 6..........................46 Ilustração 6............................................................................................48 Ilustração 6.......50 .....Estruturas da pele........3 – Comparação Paciente B: Vista Anterior..............................................1 ..........................................................................................................................6 – Comparação Paciente C: Vista Lateral.........................1 – Fases do envelhecimento........................................22 Ilustração 2..........37 Ilustração 4..................................48 Ilustração 6...................................2 ............. 22 . .....23 2............1 CAUSAS DO ENVELHECIMENTO................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................21 2 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO......................................................15 1..............................2..........................................................................................................................2.....................................................................................................4..........................................................................3 CLASSIFICAÇÃO DO ENVELHECIMENTO FACIAL.........................2 ANATOMIA DA PELE.....1..............................2 Radicais livres..............PELE..................23 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .........................4 PROTEÍNAS ENVOLVIDAS NO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO.............1 FUNÇÃO DA PELE.....1 Envelhecimento natural........................................................................................................................2......3.............................32 .........................17 1.....31 2.......12 1 DEFINIÇÃO .............................................2.........................................3............2 Fibras elásticas................1 Rugas...........................................................................................................14 1.................................................................................2 Derme.............................................................1..........29 2..................4..............................................31 2........3......................2 Envelhecimento actínico..........20 1.............................28 2.....................................................................................................................................................................30 2................3......................28 2....................................................1 Mutação somática.......................17 1.......27 2....................................3 Atrofias.............4 Hipertrofias..........1 Elastina....................28 2...........................................28 2............................................................................3 Hipoderme............26 2........................................................................3 Colágeno............2 Ptoses.............................................................................................................2...31 2........................................................25 2..4...............................1 Epiderme....................25 2.......................27 2..2 TIPOS DE ENVELHECIMENTO................................... ....................................................................................................................................................................................................41 5....53 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................5 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO...............................................................................................41 5.............................................46 7 DISCUSSÕES.................................41 5....24 3 RUGAS......................................................................................................43 5..................................33 4 CORRENTE GALVÂNICA....................................................................................3 CRITÉIOS DE EXCLUSÃO...............................................................................................2 TÉCNICA ELETROLIFTING......51 CONCLUSÃO..................................................................................................................................................................36 4..........................2 Escala verbal de dor............44 6 RESULTADOS.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA................................................................................................................................43 5...............................................................................................................................................................................................35 4.................5.........................................42 5...........................................1 Fotografias......54 APÊNDICE A – Termo de consentimento das pacientes APÊNDICE B – Ficha de avaliação ...................................................................................................................1 EFEITOS DA CORRENTE GALVÂNICA.................................................................................................44 5...................................................2 CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO............5.........................................................................4 MATERIAIS..42 5.........6 MÉTODO DE TRATAMENTO........37 5 METODOLOGIA.............................. A pele perde a elasticidade. A cronologia e o aparecimento das rugas são variáveis de pessoa para pessoa. O motivo de tal transformação são as alterações decorrentes do envelhecimento intrínseco e extrínseco da pele. além de uma ruga oblíqua importante no sulco nasolabial. onde interferem os ambientes externo e interno. melhorando a atividade dos fibroblastos. Aparecem sulcos em todas as direções: horizontais na fronte e nariz. com o avanço da idade. a pele começa a sofrer alterações que modificarão seu aspecto caracterizando gradativamente o envelhecimento cutâneo. Existem muitos tratamentos para amenizar as marcas deixadas pelo tempo. sem manchas ou rugas. Entretanto. obtiveram melhora nas rugas periorbitais e um conseqüente .25 INTRODUÇÃO O conceito de beleza atualmente em vigor e procurado pela grande maioria das pessoas é o da pele jovem. o coxim subcutâneo dissolve-se e a pele perde o apoio levando ao aparecimento das rugas. aos quais a pele foi exposta durante a vida. rugas e um aspecto de pele sem viço. no lábio superior e na frente da orelha. Essas alterações podem ser evidenciadas nas diferentes camadas da pele. tratamento que realiza uma eletroestimulação específica. revitalizando a circulação sangüínea. Dependem de fatores individuais. em toda extensão da ruga. através de micro corrente de baixa freqüência. Este trabalho tem por objetivo avaliar se as pacientes entre 50 e 60 anos submetidas ao tratamento com o eletrolifting. Com a idade a pele transforma-se dando origem ao surgimento de manchas. pregas nas pálpebras e canto externo dos olhos. de onde se espalham rugas periorbitais. regenerando a camada da pele. geneticamente determinados. estimulando a drenagem linfática e tonificando as miofibrilas. os músculos enfraquecem e ficam frouxos. uma delas é o Eletrolifting. verticais na glabela. . e por isso a importância de estudos e pesquisas para firmar a veracidade dos nossos métodos terapêuticos no tratamento das rugas.26 aumento da sensibilidade dolorosa. Muito ainda está se fazendo para a comprovação dos métodos eficazes no tratamento das rugas. 27 . Segundo Leonardi (2004). impedindo a entrada de substâncias nocivas. Para o autor. aliada a seus anexos constitui o sistema tegumentar. e apresenta uma camada de origem ectodérmica que é a epiderme e outra endodérmica. tão importante na sociedade e denota sinais de envelhecimento. “a pele.PELE Para Steiner (2003). a pele. sentimos carinho. calor. Através dela. a pele forma um órgão do sentido com terminações nervosas em toda sua extensão. responsável pela interação com o meio ambiente e proteção global do indivíduo. pressão. ou cútis. tegumento ou cútis envolve toda a superfície corporal e. frio. respondendo a variados estímulos externos como dor. uma camada intermediária. a pele é o maior órgão do corpo humano. a pele é um órgão de revestimento complexo e heterogêneo. e as terminações nervosas tácteis que transmitem as sensações de dor e temperatura localizam-se na derme. É um órgão indispensável e sua destruição total é incompatível com a vida. expressamos emoções e evidenciamos doenças dos mais variados tipos. a pele é um dos maiores órgãos do corpo humano responsável por 16% do seu peso. e a camada profunda. . a derme. a derme. Ela é responsável pela aparência. a hipoderme. composto essencialmente de três grandes camadas de tecidos: uma superior.28 1 DEFINIÇÃO . recobrindo a superfície do nosso corpo. e evitando a evaporação excessiva de água. Seu principal papel é proteger o organismo. a epiderme. No entendimento do autor. Segundo os autores. ocupando área média de 2m2. dentre outros. o que corresponde a cerca de 10 a 15% do peso total corporal”. é o maior órgão do corpo humano. Também para Scotti & Velasco (2003). espessura. elásticas e hipoderme). serve como um grande receptor para as sensações gerais (dor. prestando-se à administração de agentes terapêuticos (FARIAS. frio. . pela estrutura fibrosa e elástica da derme. epiderme queratinizada. Segundo Scotti & Velasco (2003).1 FUNÇÃO DA PELE O sistema tegumentar desempenha funções relacionadas com sua localização no corpo. converte moléculas precursoras em vitamina D. protege contra lesões físicas. impede a perda de água. Figueira et al (1997). protege contra radiação ultravioleta. explicam que no homem a pele é um órgão de grande importância. Para Henandez & Mercier-Fresnel (1999). a pele amortece os choques. Isso acontece graças à camada córnea que reveste a epiderme e fornece à pele proteção contra o atrito. A pele absorve sustâncias lipossolúveis. químicas e biológicas. A pele tem uma resistência relativa aos agentes mecânicos. temperatura). protege os músculos e os órgãos. 2004). hidrata a camada córnea e desempenha um papel de defesa nas diferentes agressões cutâneas. que mantém um pH ácido. a pele possui múltiplas funções dentre elas o controle da perda de água por evaporação. excreta substâncias através das glândulas sudoríparas e sebáceas. A elaboração da melanina pelos melanócitos a protege dos raios ultravioleta. tato. o que conduz a um mecanismo de defesa no sentido de sobrevivência. Por sua superfície lisa. dor e tato. no sentido da manutenção vital do meio interno. funciona na regulação térmica. a pele é recoberta pelo filme hidrolipídico. como calor. Os elementos nervosos que existem na derme permitem o reconhecimento de sensações especiais. por sua capacidade moldável e elástica (fibras colágenas. pressão.29 1. pois visa a manter um equilíbrio com o meio externo. pela composição do tecido adiposo. o influxo nervoso de origem hipotalâmica provoca:  Uma vasodilatação ativa. que têm um papel muito importante na alopecia androgenética. excitando as fibras de ação contrária. que sobe obliquamente do folículo pilossebáceo para a face profunda da epiderme é inervado pelo simpático. na setabolização. o resfriamento por troca térmica com o meio externo. dentre eles a testosterona e diidrotestosterona.  A perspiração. (1997). que funciona como um termostato. produzida pelo grande número de glândulas sudorais écrinas (aproximadamente dois milhões) e cuja função é essencial na termólise pela rapidez de sua intervenção e pela quantidade de água eliminada e evaporada. a pele também sintetiza hormônios. . sendo o responsável pelos arrepios da febre e da elevação térmica que são os reflexos contra o frio (HERNANDEZ & MERCIER-FRESNEL. Esta emissão contínua de vapor de água é essencial na termorregulação. 1997). assim.30 Ainda para os autores. 1999). destacamos a ceratina. que é a perda de água transcutânea insensível. o centro da regulação térmica se encontra no hipotálamo. a melanina. O músculo horripilador ou levantador do pêlo. sebo e o suor. reagindo conforme as informações recebidas pelos termorreceptores nervosos profundos da pele. como elementos produzidos pela pele.  Uma sudorese. O sebo colabora na formação do manto lipídico com atividade antimicrobiana. que conduz o sangue quente para perto da superfície cutânea e acentua. São perdidos 600 g por dia. todos exercendo funções definidas e harmônicas. Segundo os autores. Sua origem é dupla: emissão contínua de vapor de água pelos orifícios sudorais e perda de água transepidérmica. Tem também uma ação decisiva na fabricação e na metabolização da vitamina D. Para Figueira et al. Na secreção. emulsificadora de substâncias e de barreira protetora (FIGUEIRA et al. responsáveis pela produção de queratina. o estrato granuloso. De acordo com Steiner (2003).2. como a camada córnea e os estratos germinativo.31 1. a epiderme é um tecido epitelial estratificado ceratinizado (queratinizado). salientam que. . composta por células mortas. É constituída por: sistema ceratinocítico. com variações estruturais e funcionais significativas na dependência do seu sítio anatômico. 1. granuloso e lúcido. Começando da camada mais profunda em direção à superfície. podem ser distinguidas cinco camadas na epiderme. (1997). o estrato espinhoso (denominado camada Malpighiana). 2004). há o estrato basal. a epiderme é composta por células empilhadas. que é uma proteína importante para a proteção cutânea. A camada córnea é a mais fina e superficial. uma intermediária a derme e uma profunda considerada um tecido subjacente a hipoderme ou tecido subcutâneo (FARIAS. queratinócitos que vão sendo modificados e transformados progressivamente em queratina. responsáveis pelo corpo da epiderme e de seus anexos (pêlos. unhas e glândulas). estrato lúcido e o estrato córneo. a epiderme divide-se em sub-camadas.1 Epiderme No entendimento de Figueira et al.2 ANATOMIA DA PELE A pele compõe-se essencialmente de três grandes camadas de tecido: uma superficial a epiderme. composto por células epiteliais denominadas ceratinócitos. Na pele espessa (palmas das mãos e plantas dos pés). Segundo Leonardi (2004). a epiderme é uma camada de epitélio pavimentoso estratificado. chamadas queratinócitos. Scotti e Velasco (2002). as células entram em contato e se mantêm unidas através dos desmossomas. através de progressiva diferenciação celular. adjacente à lâmina basal. Para o autor. A produção contínua de novas células no estrato basal empurra as células situadas acima do estrato espinhoso para o estrato granuloso.32 A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. As células basais se dispõem com seu maior eixo perpendicular à linha formada pela junção dermoepidérmica. que separa a epiderme da derme. Além destes. que formam uma camada de substâncias intercelular com função de vedação.04 mm nas pálpebras. Conforme o mesmo autor o estrato lúcido é uma fina camada que contém células eosinófilas. 2003). a membrana basal.6mm nas regiões palmoplantares (COLUCCI & GONÇALVES. O núcleo e muitas das organelas citoplasmáticas se rompem e desaparecem à medida que a célula se . No ápice. de origem ectodérmica. nas quais o processo de queratinização está bem avançado. Segundo o autor. impedindo a passagem de compostos. 2002). o estrato granuloso é uma camada formada por células que contêm numerosos grânulos compostos de querato-hialinas. Abaixo da camada basal existe uma fina estrutura constituída por mucopolissacarídeos neutros. entre as células. inclusive água. constituída pelas células basais e pelos melanócitos. possui várias fileiras de células cubóides ou ligeiramente achatadas com prolongamentos espinhosos que se encontram com células vizinhas. hialinas. originando as demais camadas da epiderme. o estrato basal ou germinativo é a camada mais profunda da epiderme. Sua espessura apresenta variações desde 0. Sendo essencialmente germinativa. até 1. promovendo um achatamento das células em um plano paralelo à superfície da pele (STEINER. O estrato espinhoso ou camada malpighiana. as células secretam grânulos de substância fosfolipídica associada a polissacarídeos. porque absorve parte da radiação do sol. evitando queimaduras e câncer de pele. ocorrendo alterações de pigmentação. Segundo Colucci & Gonçalves (2002). e um glicolipídio que está acondicionado na célula como corpos lamelares membranosos e se espalham de modo a encher o espaço intercelular. mais melanina e mais protegida em relação ao sol ela está. portanto quanto maior a melanização. que é denominado manto hidrolipídico. 1991). vitaminas. o organismo fica menos protegido da radiação ultravioleta e mais suscetível ao aparecimento de células cancerígenas. os melanócitos são produtores da melanina. A melanina é uma espécie de filtro solar natural. Para Scotti & Velasco (2003). Segundo Scotti & Velasco (2003). as células de Langerhans desempenham importante papel na resposta imunológica de todo organismo. depois de sintetizada pelos melanócitos. um dos fatores que promovem a cor da pele. o número e a atividade das células de Langerhans e melanócitos apresentam um declínio. A referida cor resulta assim da intensidade da síntese de melanina. verrugas e queratoses actínicas.33 preenche com queratina uma proteína celular. enzimas e gorduras. após os 30 anos e com isso. formando uma barreira para a água. Durante o processo de envelhecimento. produzem queratina. A melanina. Quanto mais escura a pele de uma pessoa. por programação genética das células e não do número de melanócitos existentes. a hidratação da camada córnea é assegurada por um líquido chamado filme cutâneo de superfície. é transferida para os ceratinócitos vizinhos. composto por água. Segundo os autores acima citados. enquanto o estrato lúcido é visível apenas na pele espessa. sais minerais. . maior a proteção contra a ação da radiação sobre a pele (LEVER & LEVER. Os melanócitos sintetizam mais melanina se forem estimulados pela radiação ultravioleta. os queratinócitos são as mais numerosas células. Nas peles espessas. peculiar a cada indivíduo. a derme é um denso estroma fibroelástico no qual situam-se as estruturas vasculares.2. além das papilas dérmicas.34 As células de Merkel estão localizadas no estrato basal. nervosas e os órgãos anexos da pele. contêm grânulos que se acredita estejam relacionados com os grânulos ricos em catecolaminas do tecido nervoso. a derme papilar é a superfície mais externa. nervos e anexos epidérmicos. constituindo as papilas dérmicas. Conforme os autores. explicam que a derme é uma camada de tecido conjuntivo composta por um sistema integrado de estruturas fibrosas. a substância fundamental e material fibrilar de três tipos: fibras colágenas. glândulas sudoríparas écrinas e apócrinas. amolda-se aos cones epiteliais da epiderme. fibras elásticas e fibras reticulares. constituída de tecido conjuntivo frouxo. na superfície da pele. Esta camada compreende um verdadeiro gel. rico em mucopolissacarídeos. A junção entre elas tem forma ondulada. e contém vasos sangüíneos que irrigam a epiderme. A base da célula de Merkel está em contato com a terminação de uma fibra nervosa (COLUCCI & GONÇALVES. Para Colluci & Gonçalves (2002). na qual são acomodados vasos. Derme reticular é a superfície mais profunda da derme e está constituída de tecido conjuntivo denso. Para os autores. têm contato com as células vizinhas através dos desmossomas. 2002). filamentosas e amorfas. são representadas pelas conhecidas “impressões digitais” e por outras formas lineares. além de prolongamentos nervosos. glândulas sebáceas e folículos pilosos. que têm uma configuração distinta. 1. estão presentes cristas dérmicas.2 Derme Figueira et al (1997). ela é mais . comunicando-a com a hipoderme. a derme é a camada sobre a qual se apóia a epiderme. e também por macromoléculas sintetisadas pelos fibroblastos e que constituem a matriz extracelular. a camada reticular pode ser identificada pelas fibras colágenas mais espessas e por ter menos células colágenas do que o tecido conjunto frouxo da camada papilar. como fibroblastos. 2002). a qual apresenta espessura variável. Os lipócitos. (1997). controlando sua atividade metabólica e fornecendo uma função protetora eficiente à pele (SCOTTI & VELASCO. A derme desempenha uma influência reguladora sobre a morfogênese e diferenciação epidérmica. salienta que. contendo em seu citoplasma uma grande quantidade de lipídios. elastina. ou células adiposas são arredondados e grandes. A composição da derme envolve tecido conjuntivo denso composto por células. granulócitos e macrófagos. a hipoderme é a camada mais profunda da pele. Constitui-se de células de gordura .35 espessa que a camada papilar e varia de espessura nas diferentes partes do organismo. 2003). 1. 2004). ou panículo adiposo.2. os folículos pilosos e as glândulas sebáceas associadas desenvolvem-se como projeções descendentes da epiderme (COLLUCI & GONÇALVES. Histologicamente. constituída de lóbulos de lipócitos delimitados por septos de colágeno com vasos sangüíneos linfáticos e nervos.3 Hipoderme Segundo Figueira et al. Leonardi (2004). arquitetura. formada por colágeno. As glândulas sudoríparas écrinas. a hipoderme. sendo fundamental para a determinação de sua espessura. tipo de diferenciação e padrão dos seus anexos (FARIAS. glicosaminoglicanas e glicoproteínas de estrutura e que se comunicam com as células. é uma camada subjacente a derme. . separadas entre si por um interstício seroso o qual contém ácidos polissacarídeos que atuam como lubrificantes.bio.36 denominadas adipócitos.1 – Estruturas da Pele Fonte: www.br/tegumentar Nota: Camada e anexos da pele. Ilustração 1.afh. muito embora o estrato córneo não apresente grandes mudanças ocorrendo pronunciado decréscimo da densidade e vascularização da derme. redução do número e tamanho das células epiteliais que podem comprometer a proteção. percepção sensorial e regulação dos processos imunológicos. toxicidade do meio ambiente. suas manifestações físicas variam de pessoa para pessoa. são vários os fatores que contribuem na determinação da aparência senil.37 2 ENVELHECIMENTO CUTÂNEO Segundo Colluci & Gonçalves (2002). a pele passa continuamente por pequenas modificações com o avanço da idade. Segundo Scotti & Velasco (2003). o envelhecimento intrínseco é caracterizado por uma atrofia. queratinócitos e fibroblastos tem menor capacidade de resposta aos hormônios de crescimento. dieta. onde as fibras de colágeno e elásticas começam a desaparecer a partir da quarta década da vida. exposição crônica e cumulativa à luz solar que pode induzir a alterações agudas e crônicas ao DNA. Esta . excreção. Mudanças celulares foram observadas tomando-se como base para comparação recém-nascidos. alterações do colágeno e hormônios. Para os autores. fragilização da junção derme-epiderme. notando-se que. termorregulação. pigmentação. embora envelhecer seja um processo natural a que todos os seres vivos estão submetidos. As principais diferenças entre o aspecto histológico danificado actnicamente sob ação do sol e da pele envelhecida intrinsicamente ocorrem nas papilas dérmicas. absorção. forças mecânicas aplicadas ao tecido conjuntivo. adultos jovens e indivíduos idosos. afirmam que a manifestação fisiológica do envelhecimento é a deterioração gradual da função e capacidade de resposta aos estresses ambientais. Guirro & Guirro (2002). tanto em relação à intensidade quanto à periodicidade. dentre eles carga genética. com a idade. Clinicamente para os autores. Leonardi (2004). e espessura da pele. que são manchas. quanto ao funcionamento desordenado das muitas células que permanecem. as causas exógenas referem-se à exposição ao sol. para Guirro & Guirro (2002). tendo como conseqüências o fotoenvelhecimento. destacam-se o colágeno e o ácido hialurônico. defendendo-o da agressão dos radicais livres. A qualidade do envelhecimento está relacionada diretamente com a qualidade de vida à qual o organismo foi submetido. formados por colônias de células diferenciadas. o envelhecimento está ligado à organização das células em tecidos e órgãos. degeneração das fibras do conjuntivo. além de sua aderência a planos mais profundos. Os agentes antioxidantes promovem a homeostasia do organismo. porém fica mais evidente após a terceira idade. cita que. “o envelhecimento cutâneo pode mostrar sinais já aos 30 anos. cada uma controlando e limitando o crescimento e a multiplicação das outras. baixa umidade ambiental e as endógenas referem-se às mudanças anatômicas e fisiológicas devidas aos fatores fisiológicos e genéticos. ou seja. A maioria das alterações da pele atribuídas à idade são devidas à exposição acumulada à luz ultraviovela. Dentre os componentes do tecido extracelular que são facilmente vítimas dos radicais livres. poluição. Os danos causados à pele pela excessiva exposição solar são cumulativos. Com o envelhecimento.38 manifestação está relacionada tanto a uma redução no número total de células do organismo. vento. vão se somando desde a infância. Cita ainda que. depende de uma série complexa de diversas causas exógenas e endógenas”. a pele tende a se tornar . vários são os fatores responsáveis pela gênese do envelhecimento. Conforme Guirro & Guirro (2002). Envelhecer é um processo natural que ocorre desde que nascemos. em que se verifica perda progressiva da elasticidade. ou ser quase imperceptível aos 40. Salientam que. flacidez e ressecamento da pele. 2003). em alguns locais enrugada.1 Mutação somática Para Scotti & Velasco (2003). assim quanto mais velho o organismo. pescoço. Ainda. as fibras colágenas da derme tornam-se mais grossas e as fibras elásticas perdem parte de sua elasticidade e há um decréscimo gradual da gordura depositada no tecido subcutâneo. enruga. seca e ocasionalmente escamosa. Outras alterações desse nível. Cada vez que ocorre uma divisão celular. Embora a espessura real da camada córnea não seja alterada. ela se torna mais permeável permitindo a passagem mais rápida de substância através dela. comprometendo funções metabólicas e/ou imunológicas. com o envelhecimento. provocando o envelhecimento.1. fica flácida e hiperpigmentada. como as síndromes de Down e Werner. influenciam no processo de envelhecimento (STEINER.1 CAUSAS DO ENVELHECIMENTO 2. influenciando sobre a longevidade. A degeneração senil ocorre sobre regiões de tegumento que se acham expostas às intempéries. A pele se pregueia. A instabilidade da estrutura genética dá origem a anomalias celulares que prejudicam a função celular. Algumas substâncias químicas podem alterar o DNA.39 delgada. para Guirro & Guirro (2002). dorso das mãos e antebraços. como a face. o genoma sofre alterações. 1997). mais propenso está a mutações. provocando o agravamento ou exagero dos sulcos e pregas naturais das regiões comprometidas (FIGUEIRA et al. 2. mutação somática é uma alteração do genoma. . vários tipos de reações podem originar os radicais livres. explicam que. como doenças cardiovasulares e pulmonares. sendo apontado como a primeira causa do envelhecimento das células mitóticas.2 Radicais livres Segundo Scotti & Velasco (2003). assim como certas disfunções anti-radicais. o que favorece reações não enzimáticas de glicosilação. tornando-os muito instáveis e reativos. Ainda segundo Scotti & Velasco (2003). ou fragmentos. nas estruturas e funções celulares. A produção de radicais. Vários fatores estão relacionados a uma crescente ineficácia antioxidante do organismo. provocando um ataque ao núcleo do DNA mitocondrial e mutações desfavoráveis aos ácidos nucleicos. pirólise e fotólise. os radicais livres são moléculas. tende a formar um par de elétrons na sua última órbita. tais como o decréscimo de enzimas e substâncias de baixo peso molecular após exposição aos raios ultra-violetas. dentre outras. como homólise. Segundo os autores. ocorrerá um aumento no teor de glicose. como as responsáveis pela glicosilação enzimática. além da destruição. Scotti & Velasco (2003). pois através de reações químicas. “os radicais livres são cada vez mais reconhecidos como uma das principais causas do envelhecimento e de doenças degenerativas associadas à idade”. pode estar envolvida na gênese das patologias ligadas a idade. Entre outros fenômenos. reações da glicose com as proteínas (principalmente com o colágeno) em sítios aleatórios. danificando outras espécies menos reativas do organismo. de forma geral.40 2. . que possuem um elétron desemparelhado na sua órbita mais externa. ou seja. Esse elétron é a causa da sua reatividade. e a redução nos níveis de vitamina A e E. a atuação da inibição da atividade de certas enzimas.1. e do platisma. frontais e glabelares e proliferação de verrugas senis e etc. 2. aterogênicas. etc. atrofia do lóbulo auricular. no envelhecimento natural.1 Envelhecimento natural No entendimento de Odo & Chichierchio (2003). ocorre:  Diminuição da espessura da pele e subcutâneo: face. enfermidades autoimunizantes.2 TIPOS DE ENVELHECIMENTO Para Odo & Chichierchio (2003). em rugas verticais da face.  Perda da elasticidiade do sistema músculo-aponeurótico. pescoço. peri-palpebrais. Dinâmica da musculatura da mímica com formação dos sulcos nasogenianos e rugas peri-orais. 2004). e intensifica lesões solares crônicas (FARIAS. da região submentoniana e diastase do platisma.      Atrofia óssea por reabsorção óssea: ossos da arcada dentária. dos grandes lábios.  Perda da elasticidade da pele: ptose das mamas.41 osteoartrose e também facilita manifestações carcinogênicas. da face interna dos braços. ptose da região massetérica.2. ptose da região malar com acentuação de sulcos e abalamentos nasogenianos. Atuação da força da gravidade. da coxa interna e rugas do pescoço. do lábio. existem dois tipos de envelhecimento que muitas vezes se associam: 2. do dorso das mãos. Ptose da bola de Bichat: depressão da região infra-zigomática. . Perda do tônus muscular e flacidez do septo orbital: bolsa palpebral. ocorre:   Melanoses e queratoses actínicas.  Grau II – formação de rugas com alteração dermoepidérmica.3. . com aspecto de casca-de-laranja e alterações associadas ao envelhecimento natural.3 CLASSIFICAÇÃO DO ENVELHECIMENTO FACIAL Para Odo & Chichierchio (2003). 2.2 Envelhecimento actínico Segundo Odo & Chichierchio (2003).3.Pálpebra: superior com queda lateral. Degeneração acentuada das fibras elásticas e colágenas da derme.2 Ptoses Grau I .  Grau III – formação de rugas e depressões com alteração dermoepidérmica e do subcutâneo. podemos didaticamente considerar: 2. inferior com formação de bolsa palpebral e redundância da pele.2.42 2. 2.1 Rugas  Grau I – formação de rugas pelos músculos faciais de expressão sem alteração dermoepidérmica. no envelhecimento actínico.  Grau III – adelgaçamento acentuado das camadas dermoepidérmicas e sub- cutâneo. subcutâneo íntegro.Pálpebra: superior com redundância acentuada da pele.43 .Platisma: formação de duas asas pequenas na borda anterior do platisma. inferior com bolsa e redundância acentuada do músculo periorbicular dos olhos e pele.3 Atrofias   Grau I – integridade dermoepidérmica.Bola de Bichat: leve ptose com aspecto alongado da região malar. .  Grau II . Grau II – diminuição das camadas dermoepidérmicas. 2.Sistema músculo-aponeurótico: contorno facial ausente. . Presença de numerosas rugas mesmo sem movimentos dos músculos da mímica facial. . . porém sem turgor.Sistema músculo-aponevrótico: a ptose do sistema músculo-aponevrótico e do platisma formam um só bloco. . abaulamento acentuado acima do sulco nasogeniano. Subcutâneo adelgaçado e presença de pequenas rugas em zonas de movimentos passivos.Bola de Bichat ptose total com formação de concavidade logo abaixo do osso malar.Platisma: as asas do platisma formam duas bandas que vão até a fúrcula esternal.3. . Ilustração 2. clinicamente. 2004. M.1 .44 2. . Tratado de Medicina Estética. manifestam-se sob forma de telangectasias. Nas melanoses actínicas ocorre produção e acúmulo de pigmentação melânica. conseqüência da atividade maior da camada basal. Nota: Envelhecimento durante diferentes décadas. a hipertrofia na senilidade ocorre em degenerações actínicas na primeira fase quando produz hiperplasia dos fibroblastos e fibras elásticas. São Paulo: Roca. Aumentam o calibre dos vasos sanguíneos e. Para os autores. leva à formação de queratoses actínicas e seborréicas. a hiperplasia focal da camada córnea.4 Hipertrofias Segundo Odo & Chichierchio (2003).3.Fases do Envelhecimento Fonte: MAIO. A atividade mitótica anormal das células basal evolui para carcinomas. Vol I. Figueira et al . Na pele essas fibras formam uma rede que se estende da junção dermoepidérmica ao tecido conectivo da hipoderme.2 Fibras elásticas As fibras elásticas formam uma rede composta por fibrilas de estasina jovens que se anastomosam com as fibras de colágeno.4. Estas enzimas de ação destruidora possuem diferentes origens no organismo.1 Elastina Segundo Scotti & Velasco (2003). dos vasos sangüíneos. como de leucócitos polimorfonucleares. e a medida em que a idade avança. . e que são degradadas por elastases. 2. ainda acrescenta que. fica mais apertada e os espaços vazios se tornam menores”. 2003). responsáveis pela degradação da elastina dos sistemas pulmonares. pele e outros tecidos.4 PROTEÍNAS ENVOLVIDAS NO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO 2. estando elas presentes na parede dos vãos e em torno do folículo piloso. correspondem apenas a 1 a 2% do peso seco da derme e entermeiam-se com as fibras colágenas. pulmões. Leonardi (2004). “a elastina é uma proteína parecida com o colágeno.4. originando o enfisema. a elastina “é uma proteína fibrosa da matriz extracelular. cuja distribuição tridimensional se apresenta como uma rede. (1997) esclarece que as fibras elásticas estão presentes em quase todos os órgãos em proporções variáveis.45 2. entre outras doenças (SCOTTI & VELASCO. porém com a presença de aminoácidos como desmosina e isodesmosina”. 46 2. (1997). Fazem parte dessa reação bioquímica os cofatores silício orgânico. na derme reticular. como as interleucinas. cartilagem.4. . na derme papilar. cartilagens e ossos (LEONARDI. 2004). este por sua vez é rico em hidroxilisina e hidroxiprolina. ele é sintetizado no retículo endoplasmático do fibroblasto.3 Colágeno O colágeno é a proteína mais abundante no organismo. ligamentos. colágeno é a proteína distribuída pelos tecidos conjuntivos e corresponde a aproximadamente 75% do peso seco da derme e provê resistência e elasticidade ao tecidos. iniciado pelo pró-colágeno que por ação de peptidases se transforma em tropocolágeno. onde a maior densidade concentra-se em fibras localizadas no tecido conjuntivo. como tendões. ácido ascórbico. hormônios e outros mensageiros. em particular de colágeno. Scotti & Velasco (2003). e válvulas cardíacas. rico em aminoácidos lisina e prolina. Segundo os autores. explicam que o colágeno é uma proteína muito comum entre os animais superiores. No organismo humano se encontram vários tipos de colágeno que colaboram na formação da pele. que sofrem hidroxilação para transformar o tropocolágeno em colágeno. ou espessa. De acordo com Figueira et al. encontram-se pequenas quantidades nos mais diversos tecidos. mucosas. já durante o envelhecimento nota-se um aumento da proporção de tecido conjuntivo. magnésio e cálcio. reforços esqueléticos. Suas fibras variam em diâmetro entre 2 e 15 cm e apresentam-se em rede ondulada fina. sua síntese é um processo complexo que se inicia com a produção do polipeptídio por qualquer célula que sofra a influência de vitaminas. Contudo Guirro & Guirro (2002). 2004). Elas ocorrem no corpo todo. explicam que os feixes de tecido fibroso entremeado com fibras elásticas asseguram o elemento extensível na maior parte do corpo. Iniciam-se. As rugas podem ser classificadas segundo a avaliação clínica em:   Rugas profundas (sulcos ou rugas permanentes) Rugas superficiais. e outras. sendo também o mais acessível ao estudo dos processos que levam ao envelhecimento”. As linhas de tensão fornecem a base para o enrugamento da pele. geralmente em pessoas que usam muito a expressão facial (FARIAS. quando prematuras.47 3 RUGAS As rugas são pregas cutâneas de expressão. além da elastose na . “o órgão humano que mais revela o envelhecimento é a pele. rictus e na fronte. Cita ainda os autores que as rugas profundas não sofrem modificações quando a pele é esticada. Nas rugas profundas permanentes existem fibras elásticas grossas e tortuosas. Algumas rugas do rosto são congênitas. numa cútis pobre de água e que não recebeu os cuidados necessários. é que elas formam rugas permanentes. mas na área do rosto as fibras musculares estão ligadas diretamente à pele (derme). Começam por aparecer ao redor dos olhos (pés de galinha). ao contrário das finas que são encontradas na pele exposta e são decorrentes do envelhecimento cutâneo cronológico. com o passar dos anos. são adquiridas por uma vida inteira de atividade muscular associada a certas expressões faciais. quando a pele perde sua elasticidade. Segundo Guirro & Guirro (2002). elas são decorrentes da ação solar e se apresentam na maioria dos casos na pele exposta. pouco marcadas e que em conjunto com outras alterações são sinais de velhice. do rosto. como ocorre nas rugas superficiais. A cútis desvitalizada ou desidratada não está em condições de responder às contrações da mímica facial. Com o passar dos anos. pequenas rugas peribucais. descontroles psíquicos concorrem para a formação precoce de rugas. No entendimento de Guirro & Guirro (2002). mais pronunciadas nas áreas desnudas. vasculares. . As rugas estáticas atingem as mesmas estruturas que as dinâmicas: ao redor dos olhos. segundo Guirro & Guirro (2002). horizontais na frente. do nariz ao lábio. sulco nasogeniano. O estado geral da saúde. Rugas de expressão. não havendo diferença entre a área da ruga e sua vizinhança. As rugas. diminui a intensidade das reações biológicas do organismo. sendo que as alterações são restritas quase que exclusivamente à área das rugas. porque há carência de água.48 derme. nutricionais. Rugas finas. o que mostra a importância da irradiação solar. 2004). glabelares verticais. o tipo genético da pele. intoxicações e tratamentos eventuais poderão influir no aspecto saudável ou no seu envelhecimento precoce. e a pele sofre essa redução. disfunções hormonais. podem ser divididas em três categorias:    Dobras e rugas gravitacionais (ptose). do vento e do frio no agravamento da atrofia fisiológica. As rugas são observadas em toda a superfície cutânea. doenças. emagrecimento rápidos. As rugas gravitacionais decorrem da flacidez do envelhecimento facial. que é o seu “amortecedor” natural (FARIAS. Na ruga superficial há diminuição ou perda das fibras elásticas na derme papilar sendo as fibras finas e enroladas. climáticos. fatores hormonais. que em conjunto com diversas alterações culminam com a ptose da estrutura da face. testa. . Os efeitos terapêuticos de ambas as aplicações são devidos em grande parte aos efeitos do pólo negativo da corrente galvânica sobre as células do organismo (NELSON et al. com uma intensidade fixa. os quais podem ser colocados em movimento ordenado por um campo elétrico polarizado aplicado na superfície da pele. São utilizados dois eletrodos. principalmente físicas e conseqüentemente químicas.49 4 CORRENTE GALVÂNICA A corrente galvânica do tipo contínua e com sentido unidirecional. Este movimento dos íons dentro dos tecidos tem importantes conseqüências. O termo contínuo indica que a intensidade da corrente é constante em valor e em sentido. Segundo Guirro & Guirro (2002). ionização. eletrólise ou eletrocoagulação (STARKEY. apresenta-se com elétrons que caminham num só sentido. eletrolifting ou galvanopuntura. Os tecidos biológicos apresentam uma grande quantidade de íons positivos e negativos dissolvidos nos líquidos corporais. 2001). um positivo (vermelho) outro negativo (preto). 2003). a corrente galvânica se define como aquela em que o movimento das cargas de mesmo sinal se deslocam no mesmo sentido. havendo necessidade de ambos estarem em contato com o paciente fechando o circuito e a aplicação da corrente galvânica divide-se em: galvanização e iontoforese (ionização). desincruste. podendo ser utilizado também o termo corrente direta. Com a corrente galvânica são realizadas as seguintes técnicas faciais como. do pólo negativo para o positivo. responsável pela hiperemia e calor. Tipicamente. A inflamação aguda pode ser considerada como a primeira linha de defesa contra a lesão.1 EFEITOS DA CORRENTE GALVÂNICA Os efeitos da corrente na pele causam lesão tecidual. proteínas plasmáticas e fibrina. 2003). visando primariamente à remoção do agente lesivo (MACHADO. 2002). edema local e aumento na sensibilidade dolorosa. hiperemia. A estimulação fibroblástica tem importante papel no processo regenerativo dessa atrofia tecidual. Para Machado (2002). por isso. a corrente galvânica produz analgesia pela diminuição da pressão nos lugares edemaciados. aumentando com isso o fluxo sanguíneo que é fundamental nas alterações hemodinâmicas da inflamação aguda. a inflamação aguda é de curta duração. com exsudação de líquido e emigração de leucócitos dos vasos sangüíneos para a área de lesão. Para Guirro et al . assim como a proliferação rápida de capilares e por vênulas existentes que conforme avançam até as áreas lesionadas vão destruindo a rede de fibrina. A região é preenchida por um composto de leucócitos. Enquanto os efeitos fisiológicos são determinados pela ação da corrente sobre os nervos vasomotores. os efeitos analgésicos ocorrem por um aumento do limiar de excitabilidade das fibras nervosas sensitivas levando à uma diminuição dos estímulos dolorosos. (2002). o principal momento da inflamação é a vasodilatação. eritrócitos. causando uma hiperemia ativa (NELSON et al. depende de fatores locais que surgem no sítio da lesão e caracteriza-se por alterações da microcirculação. . ocorrendo antes do estabelecimento da resposta imune.50 4. 51 O objetivo da utilização da corrente galvânica no tratamento das rugas é produzir uma reação inflamatória aguda associada aos efeitos da corrente contínua para estimular a atividade fibroblástica. com o objetivo de atenuar vincos e linhas de expressão. produzindo síntese de colágeno (GUIRRO & GUIRRO. o eletrolifting como um tratamento que visa a atenuação de rugas e linhas de expressão baseia-se nos efeitos fisiológicos da corrente galvânica. após a aplicação da corrente galvânica 4.2 TÉCNICA ELETROLIFTING Segundo Guirro & Guirro (2002). Não se caracteriza por um método invasivo. É uma técnica que utiliza essa corrente juntamente com uma agulha de 5mm no pólo negativo. . pois a agulha atinge apenas a superfície da pele sem aprofundar-se. Ilustração 4.1 – Efeitos da Corrente Galvânica na Pele Fonte: Autora Nota: Reação de hiperemia na pele da paciente. 2002). Os procedimentos técnicos para a execução do eletrolifting. no entendimento de Guirro & Guirro (2002). A estimulação química dos capilares da pele determina uma hiperemia ativa e o conseqüente aumento da circulação local. perioculares. sobre as rugas ou linhas de expressão nas regiões naso-labiais. ocorrendo o carreamento de partículas hidratadas para a região pericatódica. de colágeno e elastina e ainda incrementar a nutrição do local. para Guirro & Guirro (2002). Penetração da agulha em pontos adjacentes e no interior da ruga. consiste da estimulação das rugas e linhas de expressão de forma individual até que seja obtida uma hiperemia em todo o trajeto da ruga. agindo sobre os tecidos que se encontram desnutridos e desvitalizados. assim como a retirada dos seus catabólitos. com o intuito de estimular a produção de novas células.52 assim o método consiste em provocar uma sutil agressão na camada superficial da epiderme. Conforme ainda os autores. . entre outras. o eletrolifting é um tratamento que visa a atenuação de rugas e linhas de expressão. sustentada por uma haste do tipo caneta. elevação da temperatura da pele e. Estes efeitos vão intensificar a nutrição da pele. microscopicamente. Para Guirro & Guirro (2002). necessária para que haja a concentração da corrente. que são as bases para o tratamento das rugas. o eletrodo passivo é do tipo placa. podem ser divididos em três grupos:   Deslizamento da agulha dentro do canal da ruga. Esse tipo de tratamento necessita de um eletrodo ativo especial. a aplicação de eletrolifting é seguida pelo aumento da circulação sangüínea. baseado nos efeitos fisiológicos da corrente galvânica. frontal. um aumento no número de capilares da pele em atividade. O procedimento técnico. a mobilização eletroiônica da água e das células sangüíneas e a eletroendosmose que possibilita o abrandamento de lesões dérmicas no pólo negativo. o qual consiste de uma agulha fina. observada com a hiperemia cutânea. Segundo Guirro & Guirro (2002). visto que este fato pode anular os efeitos desejados.  Se o procedimento for de deslizamento. diferencia- se pela agulha ser posicionada a noventa graus. Nesse sentido. pode-se efetuar o tratamento quantas vezes o paciente desejar (duas ou mais vezes por semana). ocasionando uma lesão do tecido. Guirro & Guirro (2002). com intervalo de três ou quatro dias. dependendo da capacidade reacional do cliente). . não repetir o tratamento. sendo diferente em regiões distintas. atenuando as rugas e linhas de expressão. A intensidade da corrente é dada pela sensibilidade do paciente.  Deve-se testar a corrente cada vez que for mudar a região de estimulação. As técnicas que desencadeiam um processo inflamatório (invasiva e de escarificação). 2002). proporcionam resultados mais rápidos (GUIRRO & GUIRRO.53  Escarificação: método de deslizamento da agulha no canal da ruga. questionando a sensibilidade do cliente. antes que todo processo seja reabsorvido (em média duas vezes por semana.  Caso o procedimento seja invasivo. A lesão por agulhas nas regiões acometidas promovem uma sensação não muito agradável e as técnicas produzem resultados animadores. destacam os fatores envolvidos na eficácia do tratamento com eletrolifting:   O procedimento deve ser efetuado sob a pele limpa.  Não se deve efetuar tratamentos descongestionantes após a estimulação. 2 .54 Ilustração 4.Técnica de Eletrolifting Fonte: Autora Nota: Demonstração da técnica de pontuação e escarificação .  Não estar utilizando qualquer cosmético que possa interferir nos resultados. 5. ao fato dos mecanismos básicos de envelhecimento e a mensuração da idade biológica serem tão obscuros quanto eram há aproximadamente duas décadas (PAPALÉO NETTO. .2 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO Foram selecionadas 03 pacientes. Isto se deve. de um lado. que não utilizam outro tipo de tratamento estético facial.1 POPULAÇÃO E AMOSTRA Para a realização deste estudo foram selecionadas 3 pacientes do sexo feminino. 5.  Raça branca.  Não ter restrição ao método de aplicação.  Estado cognitivo normal.55 5 METODOLOGIA Na seleção de pacientes para compor o material da pesquisa reside seguramente a maior dificuldade e causas de erro no planejamento de uma investigação.  Sexo feminino.  Não ter alteração da sensibilidade e propensão à qulelóide. 2002). que possuem rugas periorbitais. entre 50 e 60 anos de idade a partir dos seguintes critérios de inclusão:  Idade entre 50 e 60 anos. com idade entre 50 e 60 anos. 56 5.  Ter alteração da sensibilidade e propensão à quelóides.4 MATERIAIS Para a realização deste trabalho de campo.  Esponja para eletrodo. Ilustração 5.  Luvas descartáveis.Aparelho Striat Estetic .  Álcool: 70%.  Raça negra. será utilizado o aparelho portátil Striat da marca IBRAMED® com as seguintes especificações:  Corrente galvânica.  Caneta aplicadora.  Utilizando qualquer cosmético que possa interferir nos resultados.  Sexo masculino.  10 agulhas.  Cinta elástica para segurar o eletrodo.  Amplitude máxima: 400uA.  Estado cognitivo alterado.  Peso: 1. 5.1 .  Eletrodo.5 Kg.3 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO  Idade abaixo ou acima de 50 e 60 anos.  Não aceitar o método de aplicação. confiável e eficiente (LEITE. As fotografias foram tiradas em um estúdio. 5. evidenciando um dado importante que até aquele momento permanecera intacto: "A concepção que o homem tinha de si próprio" (LANGFORD. A importância da documentação fotográfica na medicina estética. intelectuais e científicos passassem por uma profunda reflexão. 1999). da Colorest Laboratório Fotográfico por uma profissional capacitada e estabelecendo posições a qual evidencia-se a região das rugas periorbitais tratada e antes do tratamento. 2004).5. 1972). A pomada anestésica de lidocaína e prilocaína necessita sua aplicação prévia em torno de 45 minutos para que se obtenha efeito.57  Anestésico tópico: os anestésicos tópicos exercem seus efeitos pela inibição do processo de condução nos nervos periféricos (NETO & AZULAY. .5 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO 5. literários.1 Fotografias A fotografia trouxe consigo a aura da veracidade e seu surgimento contribuiu diretamente para que todos os segmentos artísticos. fornece ferramentas conceituais e práticas básicas para que o ato de fotografar seja executado de maneira fácil. meios de transporte e aceitação do tratamento. readequando-a para melhor suprir as necessidades desse grupo em estudo (Apêndice A). encaminhadas ao tratamento.2 ESCALA VERBAL DE DOR Através da escala verbal de dor. serão consideradas disponibilidades de tempo. Cada paciente tinham suas próprias agulhas que após o uso eram desinfetadas com álcool 70% e guardadas em estojos próprios até o seguinte atendimento. Na prática. Nota zero corresponderia a ausência de dor. Posteriormente fotografada a face das pacientes para complementação e análise visual da região das rugas periorbitais e em seguida. até surgir uma hiperemia. a qual prevê um mínimo de faltas. e ao final do tratamento. durante. será possível verificar se houve aumento da sensibilidade dolorosa. . com justificativa e reposição do atendimento. tendo como base a ficha que consta no manual do aparelho utilizado Striat Estetic. que será sugerida pela graduação que a paciente relatou no início. A seguir aplicava-se a corrente galvânica através das técnicas de pontuação e escarificação. enquanto nota 10 a maior intensidade imaginável. As participantes foram submetidas a uma avaliação inicial. Inicialmente. de acordo com a intensidade da sensação.6 MÉTODO DE TRATAMENTO Para participarem do estudo. de acordo com a ficha de avaliação. 5.58 5. a nota 10 seria virtual (PIMENTA.5. Na escala verbal de dor o paciente é informado sobre a necessidade dele classificar sua dor em notas que variam de 0 a 10. 2004). as pacientes eram orientadas a passarem um anestésico tópico local na região a ser tratada 45 minutos antes do atendimento. intenção de completar o tratamento e fornecimento do consentimento informado. 59 A intensidade utilizada para todas as pacientes foi de 100 micro ampéres (uA) e cada paciente tinha agulhas individuais. Foi realizado uma aplicação semanal, durante 10 semanas, com duração aproximadamente de 30 minutos cada. Ao final do tratamento, as participantes foram submetidas a uma reavaliação utilizando-se a mesma ficha de avaliação (Apêndice A) e retiradas novas fotos da face após o tratamento. Os resultados foram analisados através da escala verbal de dor e ainda, foi realizada uma análise subjetiva do aspecto das rugas, tendo como complemento as fotografias tiradas no início e no final do tratamento. Todo o desenvolvimento da pesquisa e coleta de dados foi realizado na Clínica de Fisioterapia da Faculdade Assis Gurgacz – FAG. 60 6.RESULTADOS Paciente A: Apresentava no início do tratamento rugas mais profundas em caráter de bilateralidade. No decorrer do tratamento foi possível identificar pontos de sangramento após a 5ª sessão. Na escala verbal de dor, no início do tratamento a paciente classificava uma intensidade de (5) e ao término essa intensidade aumentou para (9), onde a paciente relatava sentir mais dor. Pela análise fotográfica pode-se observar uma pequena melhora no aspecto das marcas das rugas e da qual também a paciente relata satisfação após o tratamento. Ilustração 6.1 – Comparação Paciente A: Vista Anterior Antes do Tratamento Fonte: Colorest Laboratório Fotográfico Após o Tratamento 61 Ilustração 6.2 – Comparação Paciente A: Vista Lateral Antes do Tratamento Fonte: Colorest Laboratório Fotográfico Fonte: Colorest Laboratório Fotográfico Após o Tratamento Paciente B: Apresentava no início do tratamento rugas superficiais em caráter de bilateralidade. No decorrer do tratamento foi possível identificar pontos de sangramento após a 4ª sessão. Na escala verbal de dor, no início do tratamento a paciente classificava uma intensidade de (4) e ao término essa intensidade aumentou para (6), onde a paciente relatava que não fazia mais efeito o anestésico. Pela análise fotográfica pode-se observar uma pequena melhora no aspecto das marcas das rugas e da qual também a paciente relata satisfação após o tratamento. 62 Ilustração 6.3 – Comparação Paciente B: Vista Anterior Fonte: Colorest Laboratório Fotográfico Fonte: Colorest Laboratório Fotográfico Antes do Tratamento Após o Tratamento Ilustração 6.4 – Comparação Paciente B: Vista Lateral Antes do Tratamento Fonte: Colorest Laboratório Fotográfico Após o Tratamento . no início do tratamento a paciente classificava uma intensidade de (4) e ao término essa intensidade aumentou para (8). Na escala verbal de dor. onde a paciente relatava que não fazia mais efeito o anestésico. No decorrer do tratamento foi possível identificar pontos de sangramento após a 6ª sessão.5 – Comparação Paciente C: Vista Anterior Fonte: Colorest Laboratório Fotográfico Antes do Tratamento Após o Tratamento Fonte: Colorest Laboratório Fotográfico . Ilustração 6.63 Paciente C: Apresentava no início do tratamento rugas superficiais em caráter de bilateralidade. Pela análise fotográfica pode-se observar pouca melhora no aspecto das marcas das rugas. 64 Ilustração 6.6 – Comparação Paciente B: Vista Lateral Fonte: Colorest Laboratório Fotográfico Antes do Tratamento Após o Tratamento Fonte: Colorest Laboratório Fotográfico . Apesar dos poucos trabalhos nesta área e das pequenas amostras.65 7 DISCUSSÕES Com o estudo proposto foi possível observar que houve uma significativa amenização das rugas periorbitais de todas as pacientes submetidas ao tratamento com a corrente galvânica. retorno da sensibilidade da pele (GUIRRO & GUIRRO. Guirro & Guirro (2002). revascularização do tecido. Isso pode ser atribuído à capacidades reacionais. o resultado do tratamento foi melhor. e que essa estimulação leva ao aumento de fibroblastos. A observação concorda com a prática clínica e com os . devido a paciente ter passado por muitos problemas emocionais durante o tratamento podendo ter influenciado na resposta do tratamento. observaram que quando a resposta inflamatória foi mais duradoura. com lesão mínima do tecido. sendo. é possível verificar que a corrente galvânica estimula uma resposta inflamatória. Um aspecto que desperta a atenção ao analisar os casos é a capacidade de cicatrização e de ação perante a corrente. As pacientes “B” e “C” no início durava em torno de 5 dias ao fim do tratamento durava 2 dias. a qual relata pouca satisfação após o tratamento. A paciente “A” no início. traduzidas numa resposta inflamatória mais duradouro que outras. Observou-se uma diminuição da vascularização no início do tratamento e uma neovascularização após o tratamento. 2002). onde observou-se a reação inflamatória após a aplicação da corrente galvânica e que a cada atendimento a paciente relatava sentir cada vez mais a dor. o processo inflamatório durava em torno de uma semana e ao fim do tratamento durava em torno de 4 dias. O que concorda com o estudo proposto. onde houve uma disparidade de algumas pacientes em relação a maior ou menor capacidade de cicatrização da pele. o que concorda com o estudo. mínima na paciente “C”. além da intensidade da corrente. com presença de hematomas locais. 2002). e que há a necessidade de uma boa avaliação. a manutenção da resposta inflamatória. . 2002). e que necessitaria de mais estimulações com a corrente galvânica. onde foi verificado rompimento de pequenos vasos nos atendimentos mais tardios. Observou-se que as pacientes relatavam um aumento de sensibilidade devido a estimulação da corrente. onde relatavam que a utilização do anestésico já não fazia mais efeito. para se obter um melhor resultado ou a associação de outros métodos como medicamentoso ou de estimulação muscular. o que não ocorria nas primeiras estimulações. Foi possível verificar que com apenas 10 atendimentos os resultados são pouco visíveis.66 relatos de Guirro & Guirro (2002). observou-se pouca amenização das rugas periorbitais. Foi observado que essa estimulação leva a uma revascularização. excluindo as contraindicações. Na análise visual e comparativa das fotografias. Esta pesquisa mostra que como em qualquer outro tratamento as respostas podem ser diferentes. retorno da sensibilidade dolorosa (GUIRRO & GUIRRO. observando a capacidade reacional de cada paciente. pois estes fatores implicarão no aumento do número de atendimentos (GUIRRO & GUIRRO. Este trabalho não deve ser conclusivo. levando a necessidade de estudos mais aprofundados para avaliar os reais benefícios deste tratamento. . padrões de mensuração das rugas. para verificar as reais evidências do tratamento das rugas. como por exemplo a drenagem linfática. foi possível perceber que a estimulação através da corrente galvânica aumenta a sensibilidade dolorosa e promove uma neovascularização nas áreas demarcadas pelas rugas. Apesar deste estudo não ter obtido um resultado satisfatório no aspecto de amenização das rugas. o que por si só é um indício de melhora da qualidade da pele no local tratado. sejam realizados estudo de natureza maiore.67 CONSIDERAÇÕES FINAIS A técnica do eletrolifting é um recurso eletroterapêutico pouco utilizado na prática fisioterapêutica e além de poucos trabalhos referentes ao assunto. maior tempo de tratamento e maiores investigações referente à corrente galvânica. massagem estimulante e fortalecimento muscular. Acreditamos que a aplicação deste tratamento possa apresentar uma maior eficácia se as pacientes forem submetidas a um número maior de atendimentos e à associação de outras técnicas fisioterapêuticas. com número maior de pacientes. Sugere-se que. GONÇALVES. AZULAY.. São Paulo: Roca. M. CURRIER. GONÇALVES. São Paulo: Manole.S. LEONARDI. patologias. R. R. M. Eletrotermoterapia prática. 1997. Vol I. L. LEITE. E. 2 ed.. 2003. São Paulo: 2003. MACHADO.ed.D. M. L. D. Práticas em cosmiatria e medicina estética: procedimentos cirúrgicos de pequeno porte. GUIRRO. 3. Vol I. F.. R. Documentação Fotográfica. FRANCO. D. F. M.. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos. FARIAS.. F. et al. M.. Tratado de Medicina Estética. N. Revisada e Atualizada.68 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. FRANCO. 2004.ed. São Paulo: Manole. São Paulo: Medfarma. Rio de Janeiro: Revinter. P. 2002. Histopatologia da Pele. 1991. São Paulo: Manole. Classificação da Pele. Cosmetologia aplicada. K. A. A. S. Manual de Cosmetologia. 2. LEVER. FACULDADE ASSIS GURGACZ. 2002. 2004.. MAIO.ed. In: MAIO. LANGFORD. NELSON. J. M. R. D. AZULAY. M. F. C. 2004. FAG/FAQ/Dom Bosco. Ediciones Omega.. Tecnopress. M. E. 2004. NBR 14724: Informação e documentação: trabalhos acadêmicos. F. São Paulo: Pancast. In: MAIO. 2004. In: AZULAY. Rio de Janeiro.ed. Eletroterapia Clínica. A pele (cometologia e cosmiatria) In: Princípios em cirurgia plástica. G. M.. São Paulo: Roca. Y. Pele e Anexos . MATHEUS.. T. E. R. Normas de Trabalhos Acadêmicos 2004. M. São Paulo: Roca. J. NETO.ed. HERNANDEZ. 3 ed. 2002.R. R.A. 1999. L. . W.F. MERCIER-FRESNEL. M. V. ODO. A. In: MAIO. S. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Tratado de Fotografia. GUIRRO. O. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.. Cascavel. Barcelona. São Paulo: Atheneu. Pele de paciente com pênfigo foliáceo (período de estado). D. 3. 4. T. M. M. Barueri. M. L. 1999. C. CHICHIERCHIO.. G. K. KUREBAYASHI. Dermatologia. W. Cirurgia Dermatológica. 2002. 2. Vol III. LEVER. 3.. recursos. L. Â.ed. Tratado de Medicina Estética.ed. 1972. HAYS. R. 7. Tratado de Medicina Estética. C. G. FIGUEIRA. COLUCCI. M. PIMENTA. . ultra-som e terapias manuais.A. D. Dor: Conceitos Gerais. L. 2003.. Envelhecimento cutâneo à luz da cosmetologia: estudo do envelhecimento cutâneo e da eficácia das substâncias ativas empregadas na prevenção.br/tegumentar Acessado em: 22/09/2005. J. eletroterapia. Escalas de Avaliação de Dor. Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em visão globalizada. C.69 PAPALÉO NETTO.bio.. A. CORREA.ed. C. SCOTTI. 2001. PIMENTA. M.M. R. M. STARKEY. Recursos Terapêuticos em Fisioterapia: termoterapia. São Paulo. São Paulo: Celebris. M. V. In: TEIXEIRA. 2003. São Paulo: Manole. C. 2002. Limay. F. São Paulo: Tecnopress. C. Disponível em: www. 1..afh. 2004. Beleza levada a sério. São Paulo: Atheneu. STEINER. VELASCO. 70 FACULDADE ASSIS GURGACZ – FAG CLINICA DE FISIOTERAPIA Av. das Torres.500 Fone: (45) 321 3900 Fax: (045) 321 3902 CEP: 85 802 000 – Cascavel – Paraná Pesquisa para TCC Ficha de Avaliação em Dermatofuncional – Rugas Apêndice B Identificação Nome:_________________________Idade:_________Profissão:__________________________ __ Endereço:________________________________________________Fone:__________________ _ Cidade:____________________UF:_____CEP:_______________Indicação:_________________ __ Ficha Clínica Cor da pele: ( ) branca ( ) parda ( ) negra ( ) amarela Ano de menarca:__________________________________________________________________ Mudanças observadas:______________________________________________________________ Faz uso de medicamentos: corticóides ( antiinflamatório ( ) outros ( ) Apresenta algum tipo de disfunção hormonal: ___________________________________________ Diabetes: Sim ( ) Não ( ) Transtornos circulatórios Hemofilia: Sim ( ) Não ( ) e/ou de cicatrização: ) anti-histamínicos ( ) esteróides ( ) ___________________________________________ Propensão a quelóides: Sim ( ) Não ( ) Patologias ________________________________________________________________ dérmicas: . .................................. Inspeção inicial: ( ) rugas dinâmicas ( ) rugas estáticas ( ) rugas superficiais ( ) rugas profundas ( ) flacidez ( ) rugas gravitacionais ( ) outros Inspeção inicial: ( ) rugas dinâmicas ( ) rugas estáticas ( ) rugas superficiais ( ) rugas profundas ( ) flacidez ( ) rugas gravitacionais ( ) outros Local a ser Tratado ( ) redor dos olhos ( ) horizontais na fronte ( ) peribucais ( ) glabelares verticais ( ) sulco nasogeniano Escala analógica de dor da 1ª a 10ª Dia do tratamento 1º (---/---) ---------------------------------------------------------------------- .71 Alergia a : corrente elétrica ( ) produtos ( ) outros ( ) Tratamentos Resultado tratamentos:__________________________________________________________ Tipo de alimentação: ( ) normal _ ( ) vegetariana Obs:___________________________________________________________________________ anteriores: tipo: dos _________________________________________________________ Caracterização do Quadro Período de aparecimento das rugas: ( ) 20 aos 30 ( ) 30 aos 40 ( ) 40 aos 50 ( ) medicamentos ( ) outros..................................................... ................................. declaro estar ciente do exposto e desejo participar do Estudo: “A Eficácia do Eletrolifting no Tratamento de Rugas Periorbitais em Mulheres de 50 a 60 anos”.................................. esclarecido dos meus direitos relacionados a seguir.... benefícios e outros relacionados com a pesquisa... A liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo........ ainda que possa afetar minha vontade de continuar participando................................. riscos........................ Compromisso de me proporcionar informação atualizada durante o estudo.........10 10º (---/---) ---------------------------------------------------------------------0.................................. . A garantia de receber a resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento a dúvidas sobre os procedimentos.....................72 0................. APÊNDICE A TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE DO PACIENTE Tendo recebido as informações anteriores e.... ......................................................................... A segurança de que não serei identificado e que será mantido o caráter confidencial das informações relacionadas com a minha privacidade.............................10 0: ausência de dor 10: Dor intensa OBS:............................................. __________________________________declaro estar ciente sobre o tratamento. realizado e permito a divulgação e visualização das minha imagens neste trabalho.73 Eu. Cascavel. _____de __________ de 2005. assino meu consentimento. Nome: ___________________________________________RG___________________ Assinatura: ______________________________ APÊNDICES . Em seguida. 74 .
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.