Gurdjieff Era Naqshbandi

May 18, 2018 | Author: TiagoBernardini | Category: Sufism, Books, Religion And Belief, Philosophical Science, Science


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Gurdjieff era Sufi NaqshbandiGeorge Ivanovich Gurdjieff, nascido na região do Cáucaso, na última metade do século XIX, foi dramaturgo, místico, mestre espiritual.... Alguns o consideram como filósofo, vendia tapetes, consertava qualquer coisa, enfim fazia um pouco de tudo. Outros o consideram até charlatão. Faleceu em 29 de outubro de 1949. Ele era uma pessoa cercada de mistério e muitos relatam que ele tinha uma presença espiritual extraordinária. Alguns estudiosos o consideram como o maior místico do século XX. A origem dos ensinamentos de Gurdjieff é considerada ainda um enigma pela grande maioria das pessoas que o estuda. Uma pista mais concreta que Gurdjieff deixou em relação à origem de seus ensinamentos é Sarmoung (templo esotérico de local incerto). Porém, apesar de poucas pessoas conhecerem a origem de sua sabedoria, ela já foi bastante estudada e está disponível em vários livros, dos quais citaremos alguns agora. Nos diversos livros que apontam para a verdadeira origem dos ensinamentos de Gurdjieff, há uns mais ficcionais, outros críticos e alguns sérios e com uma riqueza enorme de detalhes. Começaremos por um livro de ficção, que diz que Gurdjieff (chamaremos a partir de agora de G.) foi um sufi. O título deste livro é “Os Mestres de Gurdjieff” de Rafael Lefort. Dos livros que abordam este tema, este é o mais conhecido. Mas, tem uma história de ficção, ao melhor estilo de G., como em seu livro “Relatos”, logo não tem tanto crédito no mundo acadêmico-científico. Neste livro o autor nos leva a uma viagem pela vida de G., passando por encontros fantásticos com mestres sufis. O curioso aqui é que G. falava que os seres humanos têm a capacidade de “sentir o cheiro da verdade”, mas que esta capacidade está Agha estava tentando mantê-los cativos às suas ideias e ao seu grupo. foi dada diante de vários ex-discípulos de G. mas que até a época na qual o livro foi escrito. grande parte de seus alunos adentraram no Instituto Gurdjieff². Depois da morte de G. mais próximos às origens dos ensinamentos deste. Neste livro Omar Ali-Shah (conhecido como Agha). Neste livro em questão.muito exaurida no homem contemporâneo. expõem que G. Passemos agora para outro livro.. principalmente no ocidente. nos dias atuais. O mestre anterior deste grupo é seu irmão Idries Shah.. E o acusa de ser um charlatão. Agha se tornou. quase não há nenhum aluno direto de G. o estudioso de G. Temos que ver o contexto no qual este livro foi escrito. vê nexo no que é exposto. dizendo que G. como a possibilidade de encontrar mestres sufis que já eram idosos quando G. Após a morte de Idries. Porém. Este livro é uma coletânea de palestras de Agha. que tem milhares de integrantes. Agha criticou G. Pois. mas há algumas contradições enormes. durante muitos anos. sente um “cheiro da verdade”. Agha é extremamente duro. pois vestiu uma roupa que não era sua e alegou ser sua. depois de anos da morte de G. com muito mais credibilidade. referindo-se aos ensinamentos de G. estavam vivos (década de 60 do século XX). os conheceu. ao ler o livro. O nome deste livro é “A Tradição Sufi no Ocidente” de Omar Ali-Shah. neste livro provavelmente devido ao contexto de sua palestra. vivo. foi um usurpador. Outra parte considerável foi para a Tradição Sufi. Queria manter os ex-discípulos de G. . coordenador deste grupo. extraiu todos os seus ensinamentos da Ordem Naqshbandi. Infelizmente. Este é muito conhecido e tem dezenas de livros sobre o Sufismo. Esta palestra específica sobre G. Agha é considerado um mestre do grupo conhecido como Tradição Sufi¹. Ele é conhecido por seus muitos livros sobre psicologia e espiritualidade. pois G. Ele foi um matemático. por duas horas no sábado anterior à morte de G. diretor de pesquisa industrial e autor britânico. Além de ter . e também muito próximo de Ouspensky (discípulo mais famoso de G. todas as folhas de todos os passaportes de G. Após todas estas tomadas de informações. pois em seu âmago Agha sabia a verdade sobre G. extraiu suas ideias do Sufismo. O importante desta palestra de Agha é sua afirmação categórica de que G. Bennett esteve com G. sem dúvida.) conversou com familiares de G. (exposto nas notas no final do texto). particularmente sobre os ensinamentos de G. devem ser vistas neste contexto. coletou relatos e depoimentos de todos (familiares e alunos mais próximos) em relação a tudo que sabiam sobre as origens de seus ensinamentos.. as críticas de Agha à G.muitos iam buscar em mestres indianos a origem destes ensinamentos. de fotocopiar todos os apontamentos de G. B.. um dos estudiosos que mais se aprofundou nas pesquisas da origem dos ensinamentos de G. Após este acontecimento Bennett (chamaremos agora de B. reencarnou na Índia e seria um ou outro mestre de lá (atitude bastante contraditória. e autor do livro “Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido: Em Busca do Milagroso”). na Inglaterra após a chegada de G. Bennett conheceu G. Bennett foi então um discípulo muito próximo de G. Estes familiares deram autorização à B. cientista. sempre afirmou não haver reencarnação nos moldes em que o hinduísmo e espiritismo pregam). e todos os documentos que ele possuía.. tecnólogo. Agora. em Istambul em outubro de 1920 e depois ajudou a coordenar o trabalho de G. Logo. em Paris. foi John Bennett. refez todas as viagens de G. dizendo que G. que G. livro escrito por G. no século XIV. a Congregação Naqshbandi. o som da letra “g” é igual ao som do nosso “h” das línguas latinas. “Ao entrar em contato com os sucessores dos Khwajagan. comecei a convencer-me de que [Gurdjieff] havia adotado muitas de suas ideias e técnicas.” . deixou em relação à origem de seus ensinamentos é Sarmoung. que G. lhe indicou onde era Sarmoug. Como citado anteriormente. nascido em Bokhara. B. afirmava ter lido entre 40 e 50 vezes.. “Relatos”. de Bokhara. Se substituirmos o “g” do nome Bagaedin. B. O livro “Gurdjieff: A Very Great Enigma” é praticamente um resumo do livro “Gurdjieff: Haciendo un Mundo Nuevo”. em dois de seus livros. Esta era uma pista.pesquisado a fundo seus livros. Vamos explorar agora um pouco deste último livro. nos relata que na língua russa.. a qual era a mais utilizada por G. mestre da Ordem Naqshbandi em seu tempo. ao tentar adaptar este ensinamento à cultura ocidental. afirmava categoricamente. extraiu pelo menos 70% de seus ensinamentos da Ordem Naqshbandi.000 páginas. com mais de 1. chamado Bahaudin Naqshband. B. nos aponta para a pista mais evidente: no livro “Encontros com Homens Notáveis” de G. Há um sufi muito famoso. deixou para quem queria se aprofundar em seus ensinamentos e encontrar suas origens. E que parte considerável dos outros 30% era do próprio G. “Gurdjieff: A Very Great Enigma” (sem tradução para o português ou espanhol) e “Gurdjieff: Haciendo un Mundo Nuevo” (sem tradução para o português). B.. a única pista mais concreta que G. no livro “Gurdjieff: A Very Great Enigma”. ele escreveu que o sufi Bagaedin. o nome se tornará Bahaedin. pela letra “h”.. .” [O mestre vivo de G. explora em mais de 300 páginas. B. Na página 59. Até eu. “Khwaja Ahrar foi o mais famoso dos Khwajagan. naquela época. 51).. isto é. Bennett.. Faremos agora uma “chuva de informações” rápidas para passar ao leitor uma visão geral deste livro de B. tenho meu mestre” e as vezes acrescentava: “Eu nunca me separei de meu mestre e agora mesmo estou em contato com ele. Seu nome aparece em todas as histórias da Ásia Central do século XV. a ligação entre G.) foi um Khwaja. “Gurdjieff: Haciendo un Mundo Nuevo”. neste livro. falava: “cada homem deve ter seu Mestre. Ahrar era considerado como homem de poderes milagrosos. e a Ordem Naqshbandi. pg. Gurdjieff. escreve que frequentemente G.. Pois. um integrante da Ordem Khwajagan (a Ordem Kwajagan levou este nome até o século XIV e dela saíram inúmeros mestres sufis ilustres. com o mestre da Ordem Khwajagan chamado Bahaudin Naqshband. 32).. esta ordem passou a adotar o nome de Ordem Naqshbandi). relata que Sarmoung e Naqshbandi são praticamente sinônimos. deste livro. B. Na página 79. “Gurdjieff: Haciendo un Mundo Nuevo”. era . como Rumi. No próximo capítulo se sugere que Ahrar foi o verdadeiro Olman Tabor de Gurdjieff. pg. A partir do século XIV. B. (John G. Bennett. fala que o Olman Tabor (o mestre que inspirou a Essência de G. No trecho abaixo. B." (John G. os Khwajagan eram os mentores da famosa Irmandade Sarmoung. falava aos seus alunos que ia para Alemanha. que posteriormente ensinou em seu instituto. com 40 discípulos [número muito utilizado nos ensinamentos Naqshbandi] em Tuapse. viagens para o Oriente . o 41º é Mawlana Sheikh Mehmet Adil an-Naqshbandi al-Haqqani].. O atual mestre da Ordem Naqshbandi. neste direcionamento. Bennett relata que entre 1905 e 1907 G. dizendo que G. mas na realidade. esteve entre os Mestres da Sabedoria. lá ele aprendeu as Danças Sagras Yesevi.. clareia que Gurdjieff mandou várias cartas entre 1927 e 1928 à Ordem Naqshbandi. uma relato de B. novamente aponta sobre a origem Naqshbandi das Danças Sagradas de G. deste livro. Na página 163 e 164. aponta que e origem das Danças Sagradas de G. esteve em uma Tariqa Naqshbandi na região de Yesevi. pedindo orientações a esta Ordem quanto ao direcionamento de seu Instituto e estes cooperaram com G. Na página 100. Foi o mestre de Mawlana Sheikh Nazim. Grandsheikh Abdullah Daghestani foi o 39º mestre da cadeia dourada de transmissão da Ordem Naqsbhandi. herdeira da antiga Ordem Khwajagan. que é um achado para os apreciadores de G. B. Na página 94. nas datas que falava estar na Alemanha. no qual expõe que G.Agha. entre 1902 e 1912 e que sempre confiou suas intenções. Nesta época. deste período. Encontramos na página 106. G.. ensinou-as pela primeira vez em 1918.Grandsheikh Abdullah al-Fa'iz ad-Daghestan. Já na página 115. E muito do que ele ensinou no instituto se deve a este contato. B. o 40º mestre da Ordem Naqshbandi (que foi o mestre vivo de Omar Ali-Shah . ou “Movimentos” é da Ordem Naqshbandi no Afeganistão. em seu passaporte consta. a Ordem Naqshbandi. já citado anteriormente). B. para publicação como um livro útil para exposição de suas ideias. pg. Inclusive há um texto. dizia que pode-se medir a evolução de um ser humano . que permite fazer algo que está muito longe do alcance de nossas próprias forças.Médio. passados oralmente aos murids (discípulos). em especial para o Turquestão. antes de tudo. E a partir da página 220 em diante. que expõe de uma maneira poética esta iniciação. no seu livro Fragmentos (citado anteriormente) e autorizado por G. “Gurdjieff: Haciendo un Mundo Nuevo”. Ouspensky. Passamos aqui. Baraka. é Naqshbandi. que segue em anexo. relata que G. B. País onde a Ordem Naqhsbandi é muito forte. acabando esta nossa rápida tomada de consciência deste livro. Algumas outras preciosas informações são encontradas na página 208. na página 267. era. B. afirma que G. sendo o último a ser citado: “G. e relaciona-as à Ordem Naqshbandi. Por fim. de como foi a iniciação de G. Dentro da Ordem Naqshbandi há relatos. na 8ª linha do primeiro parágrafo.” (John G. por apenas alguns dos trechos interessantes deste livro. nos aponta que a origem da Cosmologia apresentada por G. Nestes anos G. explora algumas ideias centrais de G. B. praticava o Ziker (meditação sufi) regularmente. 263). O verdadeiro caminho transmite uma força espiritual. na Ordem. estava bastante dedicado à escrita de seu livro “Relatos”. Bennett. um sufi e queria dar a entender que não se pode reconhecer o sufismo somente pela aparência externa. expunha e o ensinamento milenar que o Sufismo nos traz: "Gurdjieff dizia: o ser humano vive uma falsa personalidade. dava uma importância considerável a este símbolo. adaptou tal ideia: "O antídoto contra o esquecimento de si é a lembrança de si. que tomou tal conceito do Sufismo.. chamado Eneagrama (que contém em si a explicação para qualquer fenômeno micro ou macro. e de qual ensinamento sufi G.analisando qual é o conhecimento deste em relação ao Eneagrama. deixando-os sem o conhecimento real e completo do Eneagrama." Livro: "El Eneagrama Sufi". O curioso é que G. e atrás da Essência está o Eu Real. nunca o explicou por completo. e atrás da personalidade está a Essência. como poucas pessoas vivas no ocidente hoje poderiam transmitir. passando pela personalidade do homem até às leis que o Absoluto criou para reger o universo). de Abdul Karim Baudino. da região de Buenos Aires – Argentina. que é o conceito central do sistema de Gurdjieff. G. A Ordem Naqshbandi detém há mais de mil anos os segredos dele. Além de explicar o Eneagrama em seus livros. Logo. pg. Abdul Karim nos aponta outra ideia de G. mas atrás da falsa personalidade está a personalidade. cujo termo capital é a ´lembrança de . e atrás do Eu Real está Deus. 79. desta forma imagina-se que os estudiosos de G. Em outra passagem deste livro. deveriam conhecer este símbolo e saber como ele funciona. Nestas ideias é nítida a equivalência entre o que G. Há Naqshbandis que o explanam com maestria. Um dos exemplos mais próximos de nós. ele também nos brinda com análises profundas dos ensinamentos de G. é o do Sheikh Naqshbandi Abdul Karim Baudino. disto a pensar que ele secularizou ou profanou o Sufismo. o que ele fez? Pegou uma tradição espiritual como o Sufismo. Se você vê assim. Agora.. E pouco adiante. recebida de seu mestre Grandsheikh Abdullah Daghestani: “Pergunta: ‘Então. se o que ele fez tem valor ou não. recebeu a missão de seu mestre Naqshbandi. neste mesmo livro. Livro: "El Eneagrama Sufi". de difundir o Sufismo no ocidente. Desta maneira G. com extrema eficácia. . indiretamente. retirou dele as conotações emocionais e apresentou-o sob uma terminologia técnica que não despertava associações religiosas.. Então. entendo que fica limitado. Mas. Abdul Karim aponta. 67. de Abdul Karim Baudino. de Abdul Karim Baudino. Uma das missões de Gurdjieff foi aproximar a espiritualidade do ocidental cético. pg. vamos entender logo. porque Gurdjieff era muito consciente da impossibilidade de conseguir algo aqui sem a intervenção de um Poder Superior. a “lembrança de si” substituirá a “lembrança de Deus”. qual foi a missão de G. tirando do que difundiria a parte devocional contida neste. pg. Gurdjieff secularizou o Sufismo?’ Depende de como você vê. adaptou o Sufismo à mente de um ocidental europeu do século XX. 66. captou os conceitos essenciais. Deus´. sem ter isto como foco central de sua explanação. Tudo está relacionado ao que ele tinha que fazer. podemos perceber que G. Então." Livro: "El Eneagrama Sufi". levando em conta a própria relação da distribuição geográfica que G. Iraque. e sim um ensinamento que transforme. Mesopotâmia e Turquestão. Gurdjieff dizia: ‘Todos os caminhos conduzem a Balkh’ que está no Afeganistão e é a cidade onde se estabeleceu a Escola dos Mestres da Sabedoria. daí ser possível o conhecimento ser passado num livro e o poder deste conhecimento. indiretamente à milhares de corações. Síria. faz dos conhecimentos espirituais. no Egito a ‘teoria’ e na região que corresponde hoje a Pérsia. E acrescentava que a prática era central. é possível perceber a relação de G. De modo que não se trata de transmitir um conhecimento que não se possa usar. por exemplo. deste mesmo livro que estamos expondo agora. a frequentes viagens de G. onde se enraizou o Sufismo. coincidindo como “uma luva” aos relatos de Bennett sobre. Como dizia Gurdjieff: ‘Faz muito tempo que as coisas ficaram repartidas assim: na Índia a ‘filosofia’. A chave da prática foi preservada no Oriente Médio – Irã. chegasse. porque permitia reconstruir qualquer vazio das outras disciplinas. a ‘prática’. e da Ordem Naqshbandi. Em outro trecho. Afeganistão -. recuperar o Espírito e retornar à Deus. ao Turquestão e Oriente Médio: “A questão importante é como utilizar este conhecimento para deter a projeção e a reinjeção. Fenômeno que reverbera até os dias atuais. No Sufismo não há nada que se ensine sem o sentido prático. conhecida .fazendo com que o Sufismo. só ser transmissível através de um Mestre vivo. Turquia. Através desta curta exposição de algumas partes relevantes de alguns livros. de acordo com os ensinamentos sufis. Gurdjieff teria chegado a um grau de evolução. quer dizer. o conhecimento que se transmite está morto. Dentro da Ordem Naqshbandi. a menos que se guarde conexão com um de seus integrantes. não é largamente conhecido no oriente. Gurdjieff é um dos principais místicos ocidentais do século XX.” Livro: "El Eneagrama Sufi". podemos ter uma percepção bastante clara das origens dos ensinamentos de Gurdjieff. Que é exatamente o mesmo grau equivalente ao Nafs 5. sendo mais notórios lá que Gurdjieff. No entanto. 109. Para a pessoa se tornar um sufi é necessário que ela atinja um grau de evolução espiritual específico. Abdul Qadr – Curitiba – 19/09/2017 . Gurdjieff é considerado um santo ou um sufi. Um exemplo é Mawlana Sheikh Nazim. Dentro do sufismo há outros notáveis que foram além deste grau de evolução que Gurdjieff chegou. pg. este breve texto deixa bastante explícita esta relação. mostrando que é indubitável a origem no Sufismo Naqshbandi de quase a totalidade das ideias e práticas de Gurdjieff. que somente vou mencionar neste ponto: estes ensinamentos provém desta Escola e. O leitor pode tomar as referências de livros aqui expostos e se aprofundar nos livros citados para uma visão mais ampla desta relação. como Irmandade Khwajagan [Ordem Naqshbandi]. propriamente dito. equivalente ao Homem Número 5. realmente. de Abdul Karim Baudino. E. aqui há um tema imenso. Porém. segundo suas próprias ideias. não transforma. Inclusive o Agha levava seus discípulos mais próximos para serem iniciados nesta ordem sufi. honestamente. todos precisam de uma Escola para evoluírem espiritualmente. assim como incumbiu Gurdjieff da difusão de seus ensinamentos. tornando-a assim um mestre de sua cadeia de transmissão. ter um mestre vivo que . Gurdjieff não poderia passar para ninguém sua maestria ou mandato. A verdadeira Ordem Naqshbandi. pode ter incumbido Idries Shah e Omar Ali-Shah desta mesma missão. Sabendo disso. Agha sabia que Gurdjieff não era um charlatão e sim um sufi Naqshbandi. Seu poder espiritual não lhe concedia a possibilidade de transmissão deste para outra pessoa. Como ele mesmo expôs em seus ensinamentos. ² Instituto Gurdjieff: no livro de Gurdjieff “A Vida só é Real Quando Eu Sou”. ele deixa claro que não autorizou ninguém a dar continuidade a seu Trabalho e que seu “Instituto para o Desenvolvimento Harmônico do Homem” estava definitivamente encerrado.¹ Tradição Sufi: o grupo com esta denominação é considerado por alguns estudiosos como um Neo-Sufismo. Como ele não deu continuidade a seu Trabalho e o Instituto Gurdjieff nunca se arrogou. Gurdjieff encerrou ainda em vida a continuidade de seu Trabalho. pois ele não possuía o poder espiritual equivalente para este fim. Logo. 40º mestre da Ordem Naqshbandi Haqqani. E por autoridades no Islã como um pseudo-Sufismo. E uma Escola para ser verdadeira precisa ter um mestre vivo verdadeiro. Uma curiosidade quanto ao Agha (Omar Ali-Shah – o segundo coordenador deste grupo) é que ele era discípulo direto de Mawlana Sheikh Nazim. Ele surgiu logo após a morte de Gurdjieff e coptou muitos de seus alunos. 1997. Referências Bibliográficas: .Bennett. Edições Dervish. . 1986. P. 2010. John G. INC. . “A Tradição Sufi no Ocidente”.coordenasse seus trabalhos.Lefort. Editora Pensamento. Editora Dervish. “Gurdjieff: haciendo un mundo nuevo”. .Ouspenski. chega-se à conclusão de que o Instituto Gurdjieff é uma pseudo-escola. Rafael.. York Beach Mine. Omar.Ali-Shah. . São Paulo. primeira edição. s. “Os Mestres de Gurdjieff”.. John G. Rio de — Janeiro. “Gurdjieff. Rio de Janeiro. 1985.a. “Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido: Em Busca do Milagroso”. Samuel Weiser. – Málaga. A Very Great Enigma”.. 1973.Bennett. D. . editorial Sirio. após uma longa e árdua fuga da revolução comunista. Grandshaykh Abd Allah disse à Gurdjieff: "você está interessado no conhecimento dos nove pontos. Logo que a oração terminou. Grandshaykh Abd Allah contou. Anexo 1: Shaykh Abd Allah ad-Daghestani e George Gurdjieff Grandshaykh Abd Allah ad-Daghestani costumava servir no khaniqah de seu mestre. Grandshaykh Abd Allah chamou Gurdjieff para orar com ele. Shaykh Sharafuddin pediu ao Grandshaykh Abd Allah para hospedar seus convidados. Tendo recém chegado na Turquia. a todos os convidados. . centenas de pessoas chegavam para visitar o Grandshaykh. alguns eventos nos quais aprendeu diversas de suas lições/instruções/disciplinas. tinha viajado por toda região do Cáucaso. Ele teve o prazer de encontrar herdeiros da distinta linhagem dos Naqshbandi Daghestani. Todos os dias. Ele já tinha contato anterior com os Sufis de várias formas e tinha sido criado dentro da filosofia. após a oração da alvorada. Logo que se encontraram. Gurdjieff veio para visitar Shaykh Sharafuddin. coma algo e descanse. Agora." Na hora da oração da alvorada. Em meio aos visitantes do Grandshaykh estava o professor russo George Gurdjieff. A maioria delas vindas de Daghestan. Podemos falar sobre isso pela manhã. Gurdjieff se aproximou dele e perguntou se ele poderia dizer o que era aquilo que ele tinha acabado de experimentar/vivenciar. disse. 'Aquela ali é a sua. Gurdjieff disse: " Assim que você terminou de orar e começou a declamar. 'A voz acenou e se despediu com a saudação de paz e a visão acabou. você não pode usar a força desse conhecimento. 'Paz! Palavra (de saudação) de um Deus Misericordioso' [36:58]. A visão foi pelas bênçãos do Corão. Nós éramos transportados para um lindo jardim de rosas. que são do mais alto nível dentro da . chamada de 'o coração do Corão' pelo Sagrado Profeta (saws). Ela foi aberta a você através dessa experiência. vi a rosa abrindo e desapareci no interior dela. Encontrei-me entrando no seu coração e tornando-me parte sua. Você me direcionou a uma rosa vermelha.' Assim que eu o fiz. contém o conhecimento desses nove pontos. Assim que terminou. 'Essa luz e conhecimento foram concedidos pra você pela Presença Divina de Deus para trazer paz ao seu coração. Cada um dos nove pontos é representado por um dos nove santos. Entretanto. Você me disse que esse jardim é o seu jardim e essas rosas são seus ensinamentos. ao mesmo tempo em que você estava terminando de recitar o Corão. eu te vi vindo e pegando na minha mão. cada uma com sua cor e perfume. Entrei nas raízes dela e elas me conduziram à sua presença. Foi então que uma voz veio até mim como Abd an-Nur. Vá e sinta o cheiro dela. em particular." O GrandShaykh Abd Allah ad-Daghestani respondeu: "A Surah Ya Sin.Grandshaykh começou a recitar a Surah Ya Sin do Corão sagrado. e falou. Através da sua força espiritual fui capaz de subir e conhecer a força dos nove pontos. html (este link é antigo e já está inativo)." Retirado e traduzido do site: http://www. Isso é um segredo que geralmente não será revelado até os últimos dias.net/www/haqqani/sufi/Naq shSufiWay/gurdjieff. Você está livre para ficar ou seguir com suas responsabilidades consentidas. Esse nosso encontro foi abençoado. quando Mahdi aparecerá e Jesus retornará.naqshbandi. Abd an-Nur é seu nome entre a gente.org/naqshbandi. assim como seu trabalho. Que Deus te abençoe e que te fortaleça.Presença Divina. Eles são as chaves para os incalculáveis poderes intrínsecos do ser humano. Mantenha isso como um segredo em seu coração e não fale sobre isso nessa vida. Você sempre será bem-vindo entre nós. mas não há permissão para o uso destas chaves. Você alcançou salvação na Presença Divina. .
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