IntroduçãoApesar da grande variedade de aplicativos disponíveis no Linux, sempre existem situações em que você precisa de algum aplicativo específico, ou precisa usar algum dispositivo que tem drivers apenas para Windows. A solução mais comum para o problema é simplesmente manter uma instalação do Windows em dual-boot e usá-lo quando necessário. O grande problema com essa abordagem é que ela é bastante imprática, já que você precisa fechar todos os programas e reiniciar o micro cada vez que precisa usar alguma coisa no Windows. Outra opção, cada vez mais comum hoje em dia, é usar o Windows dentro de uma máquina virtual. Essa é a opção mais prática para quem precisa executar apenas alguns aplicativos específicos, ou precisa do Windows apenas para testes (como um administrador de redes, que precisa testar todas os recursos da rede tanto no Linux quanto no Windows, ou um desenvolvedor web que precisa testar a visualização das páginas no Explorer) já que você pode rodar o Windows dentro de uma janela, sem precisar reiniciar o micro. Embora hoje em dia usar uma máquina virtual seja algo corriqueiro, os softwares de emulação e virtualização passaram por uma longa evolução antes de chegarem ao que temos hoje. Na verdade, quase tudo pode ser simulado via software: é possível até mesmo simular um computador de arquitetura diferente, para que os softwares escritos para ele rodem da mesma forma que rodam dentro do seu sistema nativo. Um dos exemplos mais conhecidos são os emuladores de videogames antigos, que permitem rodar jogos de Atari, Nintendo 8 bits, MegaDrive, Super Nintendo, Playstation e outros, como o Zsnes, que emula um Super-Nes e o ePSXe, que emula um PS1: Assim como é possível emular um videogame para rodar os jogos escritos para ele, é possível simular um PC completo e rodar outros sistemas operacionais, dentro de uma janela. Isso permite que você rode o Windows dentro do Linux ou vice-versa. Esse PC "de mentira" é chamado de máquina virtual. O sistema principal passa então a ser chamado de "host" (hospedeiro) e o sistema dentro da máquina virtual passa a ser chamado de "guest" (convidado). Ele acha que tem um PC completo para si, quando, na verdade, está rodando dentro de uma "matrix", na máquina virtual. Antigamente, usar uma máquina virtual resultava em uma grande perda de desempenho, já que o PC passa a executar dois sistemas em vez de um, consumindo mais memória e processamento. Entretanto, com as máquinas que temos hoje em dia isso deixou de ser um grande problema. Se seu PC tem 2 GB de RAM ou mais e usa um processador minimamente atual, você pode confortavelmente manter uma máquina virtual com o Windows XP ou do Windows 7 aberta dentro do Ubuntu ou do Fedora, por exemplo. Além da praticidade, outra grande vantagem de usar o Windows em uma máquina virtual, em vez de mantê-lo em dual-boot, é a facilidade de fazer backups e restaurações da máquina virtual em caso de vírus ou problemas, já que você só precisa salvar uma cópia do disco virtual (ou criar um snapshot) e restaurar a VM quando qualquer coisa der errado. Ou seja, usando uma VM, você não precisa mais perder tempo reinstalando o sistema. Além do Windows, você pode rodar outras distribuições Linux ou mesmo outros sistemas operacionais para micros PC (como o Sylabis, ReactOS, SkyOS e muitos outros sistemas "alternativos"), permitindo que você teste diversos sistemas, sem precisar ficar reparticionando o HD e tenha todos sempre a mão para sempre que quiser fazer algum teste ou experiência. Note que o uso de virtualização resolve apenas o aspecto técnico da questão. Você continua tendo que ter as licenças das cópias do Windows e de outros sistemas que pretender instalar dentro da máquina virtual, caso contrário estará incorrendo em pirataria da mesma forma. Uma observação com relação a isso é que muitos micros (e quase todos os notebooks) vêm com uma licença do Windows de qualquer forma, e esta é uma boa maneira de aproveitá-la sem sair do Linux, simplesmente usando o que você já pagou. Entendendo o VirtualBox Até pouco tempo, usar uma máquina virtual era sinônimo de usar o VMware Player ou o VMware Server. Ao contrário do que o nome pode sugerir, o VMware Server é perfeitamente utilizável em um PC doméstico, a única contra-indicação é que ele oferece mais opções e é dividido em dois componentes (o servidor propriamente dito e a interface), o que o torna um pouco mais complicado de usar. O VMware Player é mais simples de usar, mas ele tem caído em popularidade devido às limitações da interface e ao grande uso de recursos do sistema, sem falar no fato de ser um software proprietário, embora gratuito. Isso mudou com o crescimento do VirtualBox, que começou como um projeto da Innotek (uma empresa alemã de desenvolvimento de softwares) e foi posteriormente incorporado pela Sun (que, por sua vez, acabou sendo incorporada pela Oracle), dando origem a uma solução de virtualização para desktops muito poderosa e simples de usar. Até a versão 3.x o VirtualBox era dividido em duas versões, a versão "oficial" (também chamada de PUEL, que é o nome da licença usada) incluía alguns componentes proprietários e é distribuída através de uma licença específica e por isso é evitada pelos puristas. Assim como em outros casos, a Sun ganhava dinheiro vendendo versões aprimoradas do software, destinadas ao ramo corporativo, o que permite manter os investimentos no projeto. Além desta versão parcialmente proprietária, existia também o VirtualBox Open Source Edition (OSE), que é a versão inteiramente livre, que tem todo o código-fonte disponível e pode ser usada dentro dos termos da GPL. Esta era a incluída incluída nos repositórios das distribuições, que podia ser instalada diretamente usando o gerenciador de pacotes. Entretanto, a partir da versão 4.x isso mudou. O VirtualBox passou a ser distribuído em uma versão única, completamente licenciada sob os termos da GPL, disponível tanto nohttps://www.virtualbox.org/wiki/Downloads quanto nos repositórios das distribuições. Os componentes proprietários passaram a ser distribuídos separadamente através do Oracle VMVirtualBox Extension Pack, um pacote de extensão. Ele adiciona suporte ao compartilhamento de recursos USB 2.0 e à função de gerenciamento remoto via RDP disponível no VirtualBox, dois recursos que muitos usuários podem acabar nunca dando falta. O Extension Pack está disponível para download no site da Oracle, mas ele é gratuito apenas para uso pessoal. Instalando o VirtualBox Esta mudança no sistema de distribuição acabou juntando o melhor dos dois mundos, já que permite que o VirtualBox ficasse inteiramente integrado ao mundo open-source, sendo disponibilizado diretamente pelas distribuições (ou até mesmo vindo pré-instalado em alguns casos) com os componentes proprietários ficando disponíveis através de um download adicional, que você tem a opção de instalar ou não. Na maioria das distribuições atuais, você pode instalar o VirtualBox diretamente através do gerenciador de pacotes, através do pacote "virtualbox" ou "virtualbox-ose", sem dificuldades. Para o Debian Wheezy ou o Squeeze.virtualbox.org/virtualbox/debian oneiric contrib deb http://download.org/virtualbox/debian natty contrib Para que o apt não acuse a falta da chave pública. pois ele monitora o sistema e gera novos módulos para o kernel caso o kernel seja atualizado em algum ponto. Sem ele você precisaria gerar novamente os módulos manualmente a cada atualização do kernel. .O principal ponto de falha é que o VirtualBox demanda o uso de alguns módulos de kernel para acesso de baixo nível ao hardware. mas caso necessário você pode adicioná-lo manualmente. adicione a chave da Oracle com o comando a seguir. mas caso você esteja usando uma distribuição menos comum.list". Para instalar o VirtualBox no Mageia. como em: $ sudo apt-get update $ sudo apt-get install virtualbox-4. acesse o "Gerenciador de software > Configurar mídias fonte para instalação" no mcc e certifique-se de que os repositórios "Contrib" e "Contrib Updates" estão marcados. No caso das distribuições mais populares estes módulos já estarão incluídos nos pacotes.| sudo apt-key add A partir daí é só atualizar as listas de pacotes e instalar o pacote.virtualbox.org/virtualbox/debian squeeze contrib non-free As versões recentes do Ubuntu já trazem o repositório ativo por padrão.org/virtualbox/debian/oracle_vbox. o primeiro passo é adicionar os repositórios do VirtualBox no arquivo "/etc/apt/sources.1 dkms O pacote "dkms" é uma adição recomendável.virtualbox.asc -O. você pode ter algumas dificuldades no sentido de precisar gerar os módulos durante a instalação. ou com o sudo: # wget -q http://download. clique no "Adicionar" para que ele configure os repositórios. por exemplo.virtualbox.virtualbox. como root. as linhas seriam. Se o pacote não estiver disponível. Se for a primeira vez que está acessando o gerenciador. ou um sistema personalizado. mudando apenas o campo com o nome da distribuição. A URL é a mesma em todos os casos. Vamos então às dicas.org/virtualbox/debian wheezy contrib non-free deb http://download. respectivamente: deb http://download. Não se esqueça de : deb http://download. uma necessidade para qualquer virtualizador. A partir daí. ele instalará também algumas dependências. você pode instalar o VirtualBox diretamente através do Yast. No OpenSuSE. Se você está usando o kernel instalado por padrão. os repositórios do OpenSUSE incluem o "virtuabox-ose". Como de praxe. Ao marcar o pacote. o VirtualBox fica acessível através no ícone no "Iniciar > Ferramentas > Emuladores" ou via terminal. Acesse o gerenciador de pacotes e faça uma busca por "virtualbox". com o comando "VirtualBox". o gerenciador marca também o pacote com a versão correta do módulo para o kernel. totalizando cerca de 60 MB de softwares. Assim como no caso do Mandriva e do Ubuntu. que precisa ser gerado durante a instalação. você pode acessar o "Instalar & Remover Software" e instalar os pacotes "virtualbox" e "dkms-virtualbox" (marque a opção "Todos" no menu da esquerda em vez de "Pacotes com GUI" para que ele apareça na pesquisa). o gerenciador do Mandriva se encarrega de executar os passos necessários de forma automática: Depois de instalado. sem necessidade de compilação: . o "vboxdrv". Apesar do VirtualBox precisar de um módulo de kernel. que é a versão open-source. o módulo será instalado diretamente. basta adicionar seu login de usuário ao grupo "vboxusers". quando necessário. use o comando "uname -r" para verificar qual é a versão do kernel em uso: $ uname -r 3. O pacote "xorg-x11-driver-virtualbox-ose" inclui o driver de vídeo para uso do OpenSuSE como guest no VirtualBox. necessários para a compilação. O ícone para o VirtualBox é criado no "Aplicações > Ferramentas do Sistema".0-21-generic Em seguida. como de praxe. Não custa nada instalá-lo. Ele é opcional.2. necessários para compilar módulos. Nas distribuições derivadas do Debian você pode instalar o pacote "build-essential". instale a versão correspondente do pacote "linux-headers". que inclui estes e outros pacotes relacionados à compilação. que incluiem os componentes básicos de compilação. Em algumas distribuições. Felizmente. mas ele não é necessário no nosso caso. pode ser que você receba uma mensagem de erro avisando que o driver não está acessível para o usuário atual. mas.O pacote "virtualbox-ose-guest-tools" que aparece na busca inclui as imagens com os drivers extras para os sistemas instalados dentro das VMs. como em: $ linux-headers-3. como em: # adduser gdh vboxusers ou: # usermod -G vboxusers gdh . A partir daí você pode repetir a instalação e os módulos devem compilar sem problemas. ou seja. Nesse caso.0-21-generic Instale também os pacotes "make" e "gcc". para quando ele é instalado dentro de uma VM. é sinal de que você precisa dos headers do kernel e/ou do gcc/make. também resolvendo o problema.2. Solucionando problemas Caso a instalação falhe durante a compilação dos módulos. você pode chamá-lo diretamente via terminal. pois o VirtualBox se oferece para baixar as imagens automaticamente. que usaremos mais adiante. que contém os headers do kernel. fazendo com que apenas o root consiga utilizá-lo. Isso acontece em situações em que os usuários do sistema não recebem permissão para usar o módulo do VirtualBox. este é um bug fácil de resolver. Esta é a versão tamanho único que pode ser instalada em qualquer distribuição que não possua um pacote próprio.. no link "All Distributions". o CD-ROM como "VBOX CD-ROM" e assim por diante: . O pacote é bem simples de instalar.1. o VirtualBox simula um PC com chipset Intel e uma placa de rede AMD PCNET... por acaso. os dispositivos de hardware vistos pelo sistema dentro da máquina virtual são diferentes dos dispositivos reais da máquina. A única peculiaridade é que a instalação é feita dentro da pasta "/opt". O HD é reconhecido como "VBOX HARDDISK".run Verifying archive integrity./ VirtualBox-4.run $ su # . marque o "vboxusers". use o comando a seguir para que um novo módulo seja gerado: # /etc/init.run".12-77245-Linux_x86.d/vboxdrv setup Assim como no VMware.org/wiki/Linux_Downloads na forma de um arquivo "..virtualbox. o que faz com que você precise especificar o caminho completo ao chamá-lo via terminal.12-77245-Linux_x86. ele se comporta exatamente da mesma forma que os pacotes.Se preferir. que aparece no final da lista de downloads nohttps://www. Depois de instalado... você pode adicionar o usuário ao grupo usando o "users-admin" ou outro utilitário... Uncompressing VirtualBox for Linux installation. como em: # /opt/VirtualBox/VirtualBox Se. Em qualquer um dos casos. Acesse as propriedades do usuário e.1. All good. na aba "grupos". Independentemente da configuração do seu micro. basta tornar o arquivo executável e rodálo como root. existe também a opção de instalar diretamente a versão genérica do VirtualBox.. como em: $ chmod +x VirtualBox-4. é necessário fazer logout para que a alteração entre em vigor: Concluindo. Installing VirtualBox to /opt/VirtualBox Building the VirtualBox kernel module Building the VirtualBox netflt kernel module VirtualBox has been installed successfully. você precisar atualizar o kernel do sistema. A primeira opção a verificar é a "Geral > Pasta padrão para Máquinas". Pelo contrário.O ruim dessa diferença nos dispositivos é que você não pode rodar uma instalação do Windows já existente dentro de uma máquina virtual (pelo menos não sem fazer alterações no registro e um longo processo de substituição de drivers) mas. . em compensação. mas como as VMs tendem a ocupar vários GB e você vai provavelmente querer mantê-la a salvo durante as eventuais reinstalações do sistema. O default é que seja usada a pasta VirtualBox dentro do seu home. basta chamá-lo usando o comando "virtualbox". ele não precisa de privilégios de root para ser executado. A parte do software que roda com privilégios mais altos são os módulos de kernel gerados durante a instalação. oferece a possibilidade de rodar as máquinas virtuais em qualquer PC com o VirtualBox instalado. Apesar de ter acesso direto ao hardware da máquina. que define onde serão armazenadas as VMs. Para isso. Acessando o "Arquivo > Preferências" você tem acesso às configurações gerais do VirtualBox. já que os dispositivos virtuais serão sempre os mesmos. você pode preferir usar uma partição ou HD separado. assim como qualquer outro aplicativo no Linux. é fortemente recomendável que você o rode usando seu login de usuário. ou simplesmente copiar a pasta com ela para outro PC. basta exportar a VM. As opções básicas Com o VirtualBox instalado. Host+R envia um sinal de reboot para a VM. anteriores à 4. o que simplifica a estrutura e facilita os backups. que ativa o modo escalonado. que o VirtualBox reduz as dimensões da imagem para caber dentro do espaço disponível. para que você possa voltar a usar o host. este chaveamento manual é geralmente usado apenas durante a instalação e configuração inicial do sistema dentro da VM. De qualquer forma. Defina uma tecla que não vá ser usada com frequência dentro da VM (como a tecla Ctrl direita ou a tecla Super/Windows). Além de mudar o foco do mouse esta tecla é usada em vários atalhos. você pode redimensionar a janela livremente. No modo escalonado. similar à função disponível em muitos softwares de acesso remoto. O VirtualBox inclui um conjunto de drivers (com versões para vários sistemas) para ser instalado dentro da máquina virtual. O mais interessante entretanto é o Host+C. Pressionando Host+F1 (ou outra tecla de função até o F12) envia um Ctrl+Alt+F1. enquantoHost+H a desliga. onde ficam armazenados tanto os discos quanto as configurações (similar ao que temos no VMware).0. que permite usar uma resolução mais alta dentro da VM que a área útil do monitor. Neste caso. eram usadas pastas separadas para armazenar a configuração das VMs e as imagens de disco. mas nas versões recentes cada VM recebe uma pasta própria. Ela é a salvação da lavoura para quem usa telas pequenas e não quer ficar alternando entre o modo de tela cheia: . enquanto Host+Backspace envia um Ctrl+Alt+Backspace. Pressionando Host+F você alterna entre o modo de tela cheia.Em versão antigas do VirtualBox. que permite o redimensionamento dinâmico da janela e o uso livre do mouse. agrupando os arquivos referentes a várias VMs na mesma pasta. A opção "Entrada" define a Tecla Hospedeiro (tecla host). Pressionando Host+Del você envia um Ctril+Alt+Del para o sistema dentro da VM. que libera o rastro do mouse e o foco do teclado da janela da VM. que no Linux permite chavear para o terminal de texto. um atalho importante em hosts Linux. Host+F7 (Ctrl+Alt+F7) permite voltar par o X. . dê um nome à VM e indique qual o sistema operacional será instalado dentro dela. Na primeira tela. o VirtualBox simplesmente conectará todas as VMs à sua rede local. temos também a categoria "Rede". que melhoram o desempenho e evitam problemas diversos. Estas interfaces podem ser então atribuídas a diferentes VMs. use o "Other". "Other Linux" ou "Other Windows" para usar otimizações genéricas. Isso permite que o VirtualBox ative uma série de otimizações. o uso das interfaces virtuais é opcional. sem precisar sequer expor as máquinas virtuais à sua rede local: Naturalmente. Criando as máquinas virtuais Para usar o VirtualBox. permitindo que elas recebam endereços do servidor DHCP e sejam configuradas como qualquer outro PC da rede. que permite criar interfaces virtuais de rede. Caso não exista uma entrada referente à versão exata que está instalando. Se você não criar nenhuma interface adicional.Além das opções de idiomas. Para isso. permitindo que você simule redes inteiras usando o VirtualBox. o primeiro passo é criar uma máquina virtual. clique no "Novo" e siga os passos do assistente. cada uma com uma faixa de endereços específicas. extensões e proxy. você pode também usar o VirtualBox para rodar outras distribuições Linux. com muitas das distros mais leves se comportado bem com apenas 384 ou mesmo 256 MB. é recomendável reservar pelo menos 256 MB para o Windows XP ou 512 MB para o Windows 7 (já que este é o mínimo de memória necessário para instalar o sistema). caso você realmente queira trabalhar dentro da VM. o ideal é reservar um pouco menos da metade da memória RAM total. Do ponto de vista do desempenho do hospedeiro. A maioria das distribuições roda bem com 512 MB. A memória é toda reservada para a VM assim que ela é aberta. caso contrário muitos componentes do sistema serão movidos para a swap e tudo ficará muito lento ao chavear da VM de volta para o host. é aconselhável reservar 1 GB. criando um novo disco. por isso você precisa levar também em consideração o uso de memória do sistema host. Naturalmente.Na tela seguinte. Disco Virtual O próximo passo é criar um disco virtual. De uma forma geral. caso contrário o desempenho ficará comprometido ao abrir muitos aplicativos simultaneamente. de acordo com o sistema que será usado e o tipo de aplicativos que pretende rodar dentro dele. de forma a não prejudicar o desempenho do sistema principal enquanto a VM estiver ativa. indique a quantidade de memória RAM que será alocada para a máquina virtual. rodando aplicativos pesados. devido ao uso de swap dentro da VM. O VirtualBox oferece suporte a discos em vários formatos (incluindo discos criados no VMware e no Parallels) mas o formato VDI. Embora o VirtualBox ofereça a opção de usar um disco anteriormente criado (de outra VM) é sempre melhor começar do zero. nativo do VirtualBox é o que oferece melhor desempenho dentro dele: . que é na verdade um arquivo dentro da pasta "VirtualBox VMs" no seu diretório home (ou outra pasta definida na configuração). Naturalmente. reservando o volume necessário de memória RAM. que naturalmente. Os discos dinamicamente alocados por sua vez começam como arquivos vazios. Um disco virtual de 100 GB com apenas 12 GB ocupados. todo o espaço definido. deve ser suficiente para instalar o sistema e os programas desejados. que crescem conforme você instala o sistema operacional e outros arquivos e aplicativos dentro deles. Em seguida. logo de cara. você pode sobreviver com um disco virtual de apenas 4 ou 6 GB. Como pode imaginar. já que é muito mais leve e (mesmo depois de instaladas todas as atualizações) ocupa . Se você criar um disco virtual de 100 GB. Em uma VM com o Windows XP. ele realmente ocupará 100 GB no seu HD. você precisa definir o tamanho do disco virtual. ocupará apenas 12 GB no HD. Embora os discos de tamanho fixo ofereçam uma pequena vantagem em termos de desempenho. o que limitará muito o número de VMs que você terá espaço para criar. que é o fato de ocuparem. o Windows XP é uma opção bem mais indicada para o uso em máquinas virtuais. por exemplo. mas uma instalação do Windows 7 ou 8 precisaria de bem mais espaço.Você terá também a opção de criar um disco dinamicamente alocado ou de tamanho fixo. eles possuem uma desvantagem crucial. tornando as suas VMs muito mais enxutas. onde você dá boot pelo MS-DOS. sem acesso à web. já que consumirá menos recursos do sistema. particiona o HD usando o "fdisk". formata usando o "format c:" e instala acessando a unidade do CD-ROM (geralmente E: ou F:) e executando o "instalar. O default é usar um disco no drive óptico do hospedeiro. Depois de criar o disco virtual. já que em caso de problemas basta deletar a pasta.menos espaço.exe" dentro da pasta "Win98SE". clique em "Próximo" e depois no "Finalizar" para concluir a criação da VM: O primeiro boot Ao executá-la pela primeira vez. geralmente a versão mais antiga do Windows que ainda oferece compatibilidade com os softwares desejados é a melhor opção. especialmente no caso das distribuições Linux: . mas clicando na pasta à direita você pode selecionar um arquivo ISO. Se você precisa apenas rodar alguns programas antigos. por ser um sistema muito mais simples. que é normalmente a opção mais prática de instalação. Lembre-se de que o Windows 98 ainda usa o sistema antigo de instalação. O fato de rodá-lo dentro de uma VM também permite que você relaxe um pouco as as atualizações e outras práticas de segurança. pode rodar com desenvoltura dentro de uma VM com apenas 96 MB de memória reservada. será executado um assistente com a finalidade de definir a mídia de instalação. pode experimentar também criar um VM com o Windows 98 que. Como o normalmente o objetivo de rodar uma VM com o Windows é ter acesso a aplicativos. pressionando F12 na tela de boot. Para saber quanto de memória você precisa. naturalmente. a imagem que está sendo exibida dentro da janela da VM.145. Você poderia então reduzir o volume de memória reservada de 8 para 4 MB. por isso a única função da placa de vídeo é armazenar o frame-buffer. a VM possui um BIOS virtual. o VirtualBox simula uma placa de vídeo VESA. que permite definir a ordem de boot. existe também um ajuste para a memória de vídeo que. Esta é a mesma opção onde você pode ajustar a quantidade de memória RAM compartilhada: Além do ajuste do volume da memória RAM reservada. Entretanto.Assim como qualquer PC. teríamos 1024x768x4. puramente 2D. por exemplo. Por default. Se você usa 1024x768 com 32 bits (equivalentes a 4 bytes) de cor. ou seja. basta multiplicar a resolução pela profundidade de cor usada (em bytes). A opção está disponível no "Monitor > Vídeo". este é apenas um atalho para a seleção temporária.728 bytes. A configuração definitiva está escondida na opção "Sistema > Placa-mãe > Ordem de boot" das preferências. ou seja. também é simulada usando parte da memória RAM do sistema host. deixando mais memória livre para . que dá 3. menos de 4 MB. é simplesmente conectá-lo a outra máquina virtual. Se você compartilhou corretamente o CD ou DVD de instalação. clique no "Iniciar" para ativar a VM. deixando o sistema com um visual o mais limpo possível. permitindo que você use mídias gravadas em vez de arquivos ISO no HD. não apenas trocando a imagem do drive óptico virtual. o cursor do mouse e o foco do teclado são capturados e direcionados para a janela. Você pode até mesmo instalar sistemas operacionais antigos. A partir daí. incluindo o particionamento do disco virtual: Ao clicar sobre a janela da VM. Para liberar o cursor. Com a VM criada. Acessando a opção "Armazenamento". a opção "Drive do Hospedeiro" faz com que o VirtualBox simplesmente compartilhe o CD/DVD dentro do drive. você pode simular um laboratório inteiro de máquinas virtuais. O motivo é . mas também adicionando novos discos virtuais (ou acessando discos já existentes) e assim por diante. Se você estiver instalando uma distribuição Linux ou qualquer outro SO com vários CDs. servidores ou sistemas operacionais. clientes de rede. O mesmo se aplica se você estiver instalando a partir de vários arquivos ISO. Esta mesma opção pode ser usada a qualquer momento para trocar a imagem dos discos virtuais a qualquer momento: Uma dica geral é que você desative todos os efeitos visuais. o que é feito seguindo exatamente os mesmos passos que em um PC real. onde é usado Ctrl+Alt). tecla que pode ser personalizada nas configurações. é necessário pressionar a tecla Ctrl direita (diferente do VMware. Na configuração do drive óptico virtual. como faria em um PC real. usando imagens de disquetes.outros usos. como veremos a seguir. com servidores. use as opções "Dispositivos > Desmontar CD/DVD-ROM" e "Dispositivos > Montar CD/DVD-ROM" para trocar os CDs durante a instalação. falta agora o mais importante. é só instalar o sistema e os programas. a instalação do sistema será aberta diretamente. uma possibilidade sem preço para quem quer estudar mais sobre redes. Uma forma rápida de recuperar arquivos dentro de uma VM cujo sistema operacional deixou de inicializar. que é instalar o sistema operacional e os programas. basta clicar sobre o ícone do CD na área de notificação e usar a opção "Selecione um arquivo de CD/DVD virtual" para trocar a mídia. realizar instalações via rede e assim por diante. animações e outras perfumarias dentro da máquina virtual. por exemplo. Com tudo pronto. estações de trabalho e assim por diante. Nas versões recentes estão disponíveis opções para ativar aceleração 2D. você pode alterar a configuração dos discos virtuais e imagens de boot. bem como aceleração 3D. Usando um único PC com memória RAM suficiente. consumindo memória e ciclos de processamento da máquina. Uma observação fica em relação ao suporte 3D para o vídeo. já que precisam ser executados via software. de modo que o instalador abre sozinho e você precisa apenas do tradicional "next > next > finish". o VirtualBox oferece um conjunto de drivers para instalação dentro do hospedeiro. o que simula a inserção de um CD-ROM dentro do convidado. suporte a 3D significa que a memória de vídeo passará a ser usada para armazenar texturas e outras informações. ou seja. que melhoram consideravelmente o desempenho e ativam a função de ajuste automático da resolução quando você redimensiona a janela. Enquanto escrevo. Os efeitos visuais são especialmente taxativos. onde parte do trabalho seria realizado pela placa de vídeo (graças aos recursos de aceleração). Usando o estilo e a barra de tarefa clássica do Windows XP. opção que pode ser ativada na seção "Monitor > Vídeo" das configurações. caso você opte por ativar esta opção. você conserva os recursos para o que é realmente importante. mas ele já é bem utilizável para rodar jogos antigos e aplicativos 3D que não demandem muito da máquina: .simples: tudo o que é feito dentro da máquina virtual precisa ser processado pelo VirtualBox. No Windows o sistema executa o autorum por default. Para reduzir o tamanho do pacote. Ele não é inteiramente estável e o desempenho em muitas situações é ainda baixo. Instalando os extras para o convidado Como comentei. Todas as versões recentes do VirtualBox oferecem suporte experimental a aceleração 3D para o sistema convidado. por isso o software irá se oferecer para baixar a imagem e salvá-la em um diretório dentro do home. desativando efeitos e animações e desabilitando a proteção de tela e assim por diante. diferente do que ocorre em um PC real. Ele é instalado usando a opção "Dispositivos > Instalar adicionais para o convidado". bem como foco automático para o mouse (que elimina a necessidade de ficar pressionando a tecla host para liberar o mouse). em geral pelo menos 64 MB. rodar os aplicativos. o suporte é ainda experimental e provavelmente continuará assim por mais alguns anos. a equipe do VirtualBox optou por não incluir as imagens diretamente. Assim como em uma placa 3D real. contendo o software de instalação. O suporte 3D funciona tanto no Linux quanto no Windows (presumindo naturalmente que os drivers 3D da placa estejam corretamento instalados no host). por isso ao ativar a opção é necessário aumentar o volume de memória de vídeo compartilhada. Comece instalando o pacote "dkms" no sistema convidado. monte o CD virtual. para instalar o suporte a 3D para uma VM com o Windows. o que executará o instalador: # . Para a instalação dos drivers em VMs com o Linux. o processo é mais manual. execute o arquivo VBoxLinuxAdditions./VBoxLinuxAdditions.run (como root). Sem ele. Depois de instalado o dkms. acesse a pasta e. é necessário instalar os add-ons com o sistema rodando em modo de segurança (pressione F8 durante o boot para acessar o menu). dentro dela. Este é um pequeno daemon que se encarregará de recompilar os módulos do VirtualBox quando o kernel do sistema guest for atualizado. sem .A opção de instalar os drivers 3D é oferecida aos instalar os add-ons para o convidado. Entretanto.run Algumas distribuições. já que depois de inserir a imagem você anda precisará montar o CD-ROM virtual e instalar os drivers manualmente dentro do sistema convidado via linha de comando. já trazem os headers do kernel e os compiladores básicos e como resultado você pode rodar o instalador diretamente. usando o gerenciador de pacotes. caso contrário o instalador aborta a instalação. você perderá a instalação dos add=ons cada vez que isso acontecer. como no caso das versões recentes do Ubuntu. Como você pode ver no screenshot. No Fedora. você fica com duas barras de tarefas: . você pode instalar o pacote "virtualbox-guest-additions" ou similar caso disponível no repositório da distribuição. o pacote disparará um script de configuração que se encarregará de gerar os módulos e instalá-los. instalá-lo a partir do repositório é geralmente a opção mais fácil. Você pode inclusive usar o botão de maximizar. fazendo com que os aplicativos nativos e os aplicativos rodando dentro da máquina virtual sejam executados lado a lado.precisar se preocupar em instalar estes componentes. você ganha também a possibilidade de redimensionar a janela. Como opção. Para ativar ou desativar. No Debian os passos são similares. com o sistema convidado ajustando a resolução de tela automaticamente. marque a opção "Visualizar > Redimensionar Tela Automaticamente". Como se não bastasse. que pode ser ativada no mesmo menu. o que permite usar a máquina virtual de uma maneira muito mais transparente.2-devel. é o "Modo Seamless". como em "linux-headers-2. outra grande melhoria que você notará depois de instalar os drivers é que o cursor do mouse não ficará mais "preso" dentro da tela da máquina virtual até que você pressione a tecla Ctrl.6. ou simplesmente pressione Host+G: Outra opção interessante.6. Embora nem sempre as distribuições ofereçam a versão mais recente do pacote. instale o pacote "gcc". como em " kernel-2. para que a janela passe a ocupar todo o espaço útil da tela. sem ficar preso às resoluções padrão. instale os pacotes "make" e "gcc" e em seguida use o comando "uname -a" para descobrir a versão do kernel em uso e em seguida instale o pa cote "kernel-devel" correspondente. Em outras distribuições entretanto é preciso primeiro instalá-los usando o gerenciador de pacotes.12-0. envolvendo a instalação dos pacotes "make" e "gcc". Ao ser instalado. que integra o desktop da máquina virtual ao desktop principal. Mais recursos Além do suporte a resoluções de vídeo mais altas e melhorias de desempenho.31.26-2-686". A janela simplesmente passa a se comportar da mesma forma que outro aplicativo qualquer. bem como o pacote com os headers da versão do kernel em uso. No OpenSUSE. Na aba "Geral > Avançado" permite definir a pasta onde serão gravados os snapshots. pode ser que não conheça muitas delas.Esta é uma possibilidade interessante especialmente ao usar o Unity ou outra interface que use a barra de tarefas na vertical. dando a impressão de que você tem um desktop só. permitindo que a VM seja restaurada exatamente no ponto em que estava quando o snapshot foi gravado. Caso os dois sistema usem barras horizontais. ela ocupará a parte inferior. Em . voltando a ele posteriormente caso desejado. Outras configurações A janela de configurações da máquina virtual esconde mais uma infinidade de opções importantes. Muitas delas são novidade nas versões recentes do VirtualBox. Um usuário que não soubesse como o sistema funciona teria realmente a impressão de estar rodando algum tipo de sistema híbrido. por isso mesmo que você já o tenha usado no passado. o resultado é realmente interessante. já que ao usar outro sistema com uma barra tradicional no guest. Apesar disso. que faz com que o fundo da janela com a máquina virtual fique transparente. a barra do guest ficará sobre a barra do host: Na verdade. um recurso bastante engenhoso do VirtualBox. sem roubar muita área útil. o modo seamless não passa de um truque gráfico. que permite salvar o status da máquina virtual em qualquer ponto. sem ter que passar pelo processo normal de recuperação do sistema: Os snapshots armazenam tanto estado da memória RAM quanto dos arquivos no HD. Você pode criar um snapshot antes de fazer mudanças na configuração do sistema e voltar para ele caso algo dê errado por exemplo. deixando-a pronta para ser instalada em outras máquinas usando a opção "Arquivo > Importar Appliance". pois você pode fazer qualquer coisa destrutiva dentro da cópia e depois simplesmente deletá-la. criando uma nava VM. Novamente. completamente independente da primeira: Assim como os snapshots. Embora seja possível clonar uma VM simplesmente copiando a pasta. que é bem mais eficiente no uso do espaço. mas que fica mais prático usando a função: . Em geral você vai desejar que ele seja bi-direcional. Outra opção interessante é a opção Clonar.ve de gravar uma cópia burra do status. mas alguns consideram isso uma brecha de segurança. mas não se esqueça de acompanhar o uso de espaço em disco. o VirtualBox armazena uma cópia diferencial. Outra opção relacionada é a "Arquivo > Exportar Appliance". os clones são muito úteis na hora de fazer testes e experiências diversas. voltando à VM original. que permite empacotar uma VM já configurada. diferente do clone completo onde todos os arquivos são duplicados. Você pode salvar um snapshot a qualquer instante. O VirtualBox suporta o compartilhamento da área de transferência com a VM. é outra tarefa que poderia ser executada copiando a pasta. Eles são gerados através botão "Snapshots" ao lado do "Detalhes". com a opção de criar uma cópia diferencial da VM. podendo ocupar de algumas centenas de megabytes a vários gigabytes de espaço. que similarmente a um snapshot usa os arquivos da VM original como ponto de partida. armazenando apenas uma cópia diferencial. o que deu origem à opção. que nas versões atuais vem habilitado por padrão. disponível no menu da janela principal do VirtualBox (selecione a VM na lista e use a opção "Máquina > Clonar"). mas é necessário que a VM esteja desligada para que você possa retornar a um snapshot anterior. Você pode salvar vários deles. O tamanho dos snapshots em disco varia de acordo com a complexidade da VM. a opção de clonar é mais flexível. a aba "Placa-Mãe" oferece as opções de ativar o IO APIC (que deve ficar marcado ao rodar o Windows. O uso do EFI torna a máquina virtual incompatível com sistemas que não o suportam. a seção "Monitor" esconde uma novidade das versões recentes do VirtualBox. bem como o percentual de utilização. mas se você for liberar o uso de todos os núcleos (melhorando assim o desempenho dentro da VM) é melhor ser um pouco mais precavido: Suporte a múltiplos monitores Além das opções relacionadas à memória e à ordem de boot. abrindo uma janela separada para cada monitor virtual: . que melhoram consideravelmente o desempenho dentro da VM. que é a habilidade de simular uma VM com dois ou mais monitores (mesmo que você tenha um único monitor no host). deixado o PC lento e irresponsível. com exceção de alguns modelos do Celeron e Pentium. onde você pode definir o número de núcleos disponíveis para a VM. projetados para usar o EFI em vez do BIOS). a aba "Aceleração" contém as opções relacionadas ao Intel VT-x e do AMD-V. Concluindo. praticamente todos os processadores suportam estas funções. uma das preocupações com o uso de VMs é que elas consumam todos os recursos do sistema. Hoje em dia. A regra geral é que se você for reservar apenas um núcleo (o default) não existe problema em liberar 100% da utilização. ele é mesmo apenas para casos específicos. Além da quantidade de memória de vídeo e o suporte a aceleração 3D. bem como ao ativar o uso de mais de um núcleo para a VM) e o suporte ao EFI (necessário para instalar sistemas operacionais específicos.Continuando. Isso pode ser resolvido na opção "Sistema > Processador". em todos os monitores. Assim como você pode retirar o HD de uma máquina e instalar em outra. adicionando novos discos virtuais (ou acessando discos já existentes) ou mesmo mudando a configuração das controladoras virtuais.Se os recursos do hospedeiro permitirem. Armazenamento A seção "Armazenamento". permite alterar a configuração dos discos virtuais e imagens de boot. mudar um disco de interface e assim por diante: . é possível criar até 8 monitores virtuais o que abre muitas possibilidades de testes. Se você usa dois ou mais monitores no host. você pode também conectar os discos virtuais de uma máquina virtual em outra. criar uma VM com o mesmo número também permite que ela seja maximizada de forma a ocupar toda a área útil. em versões antigas. de acordo com o sistema operacional que especificar na tela inicial.x. para usar SATA é necessário que o sistema guest ofereça suporte a controladores SATA. Este modo funciona bem enquanto você quer apenas usar a VM como cliente.com/technetwork/server-storage/virtualbox/downloads/ . com o emprego do cache de disco (que por sua vez é feito usando uma parte reservada da memória RAM). é necessário para a instalação de alguns sistemas recentes. Por default. que é combinado pelo cache de disco feito pelo próprio sistema guest. onde está conectado um segundo HD virtual. você pode usar essa opção para atribuí-la à máquina virtual. acessando a web. reproduzindo todos os fluxos de áudio gerados pelas VMs. por exemplo). Em muitos casos. de distribuição livre e a versão PUEL (nomeada por causa da licença usada) que continha alguns componentes proprietários (com destaque para os módulos de acesso remoto e suporte ao compartilhamento de dispositivos USB 2. existe diferença no nível de utilização do processador entre as diferentes interfaces.0 funcione. Na seção "Áudio" é possível desabilitar o compartilhamento do som com a VM.x do VirtualBox estava disponível apenas o velho PIIX3. De qualquer forma. esta é uma extensão de download gratuito. o que faz com que o VirtualBox use o IDE em muitos casos. por exemplo. como veremos no tópico sobre a configuração da rede a seguir. aplicativos de video-conferência e etc. o VirtualBox compartilha a placa de som com o hospedeiro. você pode alterar a configuração manualmente a qualquer tempo. Por outro lado. Por default o VirtualBox usa uma interface em modo NAT.oracle. A opção "Utilizar cache de I/O do hospedeiro" pode ser desmarcada em situações em que você deseje reduzir o consumo de recursos no host (em especial memória) em troca de uma pequena redução no desempenho de acesso a disco da VM. de forma que a única maneira de acessar serviços dentro da VM seria criar manualmente redirecionamentos de porta via linha de comando com o VBoxManage. o "Oracle VM VirtualBox Extension Pack". que embora ainda experimental. O VirtualBox permite usar controladores virtuais IDE.0) que era distribuída separadamente pela Oracle. Naturalmente. Em resumo. uma IDE. a versões open-source. mas a partir do momento que você quiser que ela fique disponível para a rede local ou para a Internet. O problema é que os discos virtuais são geralmente arquivos muito grandes. com a IDE virtual oferecendo um desempenho um pouco mais baixo e uma utilização de processador um pouco mais alta que uma SATA. que talvez não estejam disponíveis no sistema host. Apesar de proprietária. Desabilitando a opção.0. é necessário que o Oracle VM VirtualBox Extension Pack esteja instalado. já que permite usar editores de vídeo. assim como em uma máquina real. isso pode às vezes se tornar inconveniente. mas para que o suporte a dispositivos USB 2. os discos virtuais do VirtualBox são acessados pelo sistema como qualquer outro arquivo. como o OS X Server.Neste screenshot por exemplo. desconectado um HD virtual de uma interface IDE e o conectado à interface SATA. Por outro lado. um chipset usado na época do Pentium II. Se você tiver mais de uma interface de som (uma segunda placa de som USB. o VirtualBox era distribuído na forma de duas versões separadas. Como comentei no início. SATA. bem como escolher o dispositivo de saída. fazendo com que ela possua seu dispositivo de som próprio A seção "Rede" permite ajustar a configuração das interfaces de rede virtuais. que pode ser baixada no:http://www. ela se revela inadequada. o que permite que até mesmo dispositivos incompatíveis com o sistema operacional host sejam usados dentro da VM. estão disponíveis também o PIIX4 (a opção recomendável para a maioria dos casos) e também o novo ICH6. pois a interface fica inacessível até mesmo para o host. A partir da versão 4. Até a versão 3. o que faz com que o cache de disco do host fique rapidamente saturado. A opção "Tipo" permite definir qual o chipset da controladora que será simulado. A partir do VirtualBox 4 isso mudou. isso pode ser exatamente o que você quer. estou usando duas controladoras virtuais. com a versão livre passando a ser a única disponibilizada e os componentes proprietários passando a serem distribuídos através de uma extensão. Suporte a USB Um ponto alto do VirtualBox é o compartilhamento de dispositivos USB. O compartilhamento é feito de forma simples. onde estão conectados o HD primário e o CD-ROM virtual e uma SATA.x e acessando a Internet através do compartilhamento da conexão do host. que não é mais bem suportado por alguns sistemas operacionais atuais. SCSI e até mesmo SAS e. o VirtualBox passará a usar um pequeno cache próprio para as operações de escrita. existem outras opções mais simples. com o convidado recendo um endereço IP na faixa 10. De posse do arquivo.12-77245. Caso os dispositivos USB do host não estejam aparecendo na lista é provável que seu login de usuário não tenha sido adicionado automaticamente no grupo "vboxusers" e por isso o VirtualBox não esteja recebendo permissão para acessá-los. sempre que isso acontecer a melhor solução é voltar para a opção "Externa".1.1. que tenta fazer a autenticação diretamente em relação às contas de usuários cadastradas no sistema guest. ao usar esta opção você usaria seu próprio login e senha de usuário no sistema principal para acessar as VMs remotamente. que permite o acesso com base nas contas de usuário do sistema host.0 marcando a opção "Habilitar Controladora USB 2. você pode instalá-lo usando o comando "VBoxManage extpack install" (com seu login de usuário) como em: $ VBoxManage extpack install Oracle_VM_VirtualBox_Extension_Pack4. como em: $ sudo adduser gdh vboxusers Feito isso. Por default é usada a opção "Nula".vbox-extpack Uma vez instalada a extensão. Basta conectar-se da forma usual. por isso funciona em conjunto com qualquer sistema operacional. já que se trata de uma extensão para uso do próprio VirtualBox. como o mstsc (no Windows) ou o rdekstp (no Linux). As pastas compartilhadas aparecem como unidades de rede dentro da VM. A terceira opção "Convidado" ´e uma opção ainda experimental.34:3389 Este terminal remoto é um recurso do VirtualBox e não do sistema guest. outro recurso que fica disponível ao instalar o extpack é o suporte à visualização de tela remota. Concluindo. a opção "Pastas Compartilhadas" no final da lista permite compartilhar pastas do HD com o sistema dentro da máquina virtual. faça log-out e ao logar novamente os dispositivos devem aparecer normalmente.0 (EHCI)". Juntamente com o suporte ao USB 2. especificando o endereço e a porta.0.O download é o mesmo para todas as plataformas. que simplesmente permite que qualquer um se conecte à VM. você precisa definir o método de autenticação. Além da porta. opção que demanda mais atenção.168. como em: $ rdesktop 192. o que funciona diretamente no Windows (basta acessar o ambiente de rede) mas exige configuração adicional em hosts com outros sistemas. basta usar o comando "adduser" para adicionar seu login ao grupo. Para resolver isso. você pode habilitar o suporte ao USB 2. disponível no "Monitor > Tela Remota": Esta opção permite que a VM seja acessada externamente usando qualquer aplicativo compatível com o protocolo RDP. Ela pode não funcionar adequadamente em alguns casos ou apresentar problemas diversos. A opção "Externa" usa a biblioteca de autenticação do VirtualBox. e não e um arquivo executável. o que possibilita a troca de arquivos entre os dois. com a instalação do Samba e a configuração do acesso à rede. sem segurança alguma. VirtualBox via linha de comando . em vez das contas criadas na própria VM. Em outras palavras. 000 MB. como em: $ VBoxManage startvm "Windows XP" Embora o processo seja complexo (útil apenas você esteja criando scripts ou uma interface própria) ele pode ser usado também para criar uma VM diretamente via linha de comando. permitindo até mesmo criar e deletar VMs diretamente. como em: $ VBoxManage createvm -name "Slack" -register O problema nesse caso é que a VM será criada usando as configurações padrão (apenas 128 MB de RAM.vdi dentro da pasta da VM com o mesmo nome) e o tamanho máximo (em MB). Para iniciar uma VM já configurada.vdi --resize 20000 Neste exemplo. sem disco virtual. Veja que neste comando especificamos diretamente o arquivo e não a VM. os comandos seriam: $ VBoxManage registerimage dvd /mnt/ISOs/Slackware.Além de todas as opções visuais.vdi --size 10000 -register Este HD virtual precisa ser ainda ataxado à VM. que dentro do cálculo dos fabricantes equivale a 20 GB. Para criar o disco virtual. que permite redimensionar um disco virtual previamente criado. juntamente com outros parâmetros pode ser modificada usando a opção "modifyvm". use o parâmetro "showvminfo": .vdi Para ataxar um arquivo ISO como drive óptico virtual. um processo um pouco complicado devido ao grande número de parâmetros necessários: $ VBoxManage storagectl "Slack" --name "SATA Controller" --add sata $ VBoxManage storageattach "Slack" --storagectl "SATA Controller" -port 0 --device 0 --type hdd --medium /mnt/sda6/VMs/Slack/Slack. crie um arquivo . redimensionamos o disco virtual criado no exemplo anterior para 20. o VirtualBox também oferece vários utilitários de linha de comando para controle e modificação das máquinas virtuais. que permite acionar as VMs diretamente via linha de comando (sem precisar primeiro abrir a janela principal do VirtualBox). seguido pelo nome da VM entre aspas (caso ele contenha espaços). você usaria o comando a seguir.iso $ VBoxManage storagectl "Slack" --name "IDE Controller" --add ide $ VBoxManage storageattach "Slack" --storagectl "IDE Controller" -port 0 --device 0 --type dvddrive --medium /mnt/ISOs/Slackware. incluindo até mesmo muitas que não estão disponíveis na interface gráfica (você pode até mesmo modificar a tela do BIOS virtual).). Você pode ver uma descrição delas no "man VBoxManage". O default é já criar um disco de tamanho variável: $ VBoxManage createhd --filename /mnt/sda6/VMs/Slack/Slack. Para ver todas as informações sobre uma VM diretamente pelo terminal. O principal deles é o VBoxManage. muito útil em situações em que você precisa de mais espaço disponível: $ VBoxManage modifyhd /mnt/sda6/VMs/Slack/Slack. que oferecem opções adicionais. como em: $ VBoxManage modifyvm "Slack" --memory 512 --vram 32 --boot1 dvd O VBoxManage suporta um volume assustadoramente grande de opções.iso A quantidade de memória RAM. Um bom exemplo de opção que está disponível apenas através dele é a "modifyhd". use-o com o parâmetro "startvm". especificando o arquivo (para manter as coisas organizadas. sem precisar passar pela interface principal. etc. usando o parâmetro "controlvm": $ VBoxManage controlvm "Windows XP" poweroff Além do "poweroff". Outro comando interessante é o VBoxSDL. RDP ou outro sistema de acesso remoto. mas a janela gráfica com o desktop não é aberta. Host+H. Uma pequena dificuldade nesse caso é que o VBoxSDL não lê a configuração da tecla de host definida na interface (já que ele é completamente independente dela) usando sempre a tecla Ctrl direita. "pause". Basta usar o comando "VBoxSDL -vm". recorremos novamente ao VBoxManage. Além de permitir ganhar tempo (você pode inclusive colocar os comandos em ícones no desktop para acesso rápido às VMs) isso libera mais espaço útil na tela. que é a minha "interface" preferida para o VirtualBox. Caso você queira usar outra tecla. onde a VM inicia normalmente e fica acessível via rede como de costume. Uma vez que a VM estiver configurada. Basta adicionar este parâmetro no comando para iniciar a VM. Host+C. etc. iniciando e parando-as com muita agilidade.$ VBoxManage showvminfo Slackware Continuando. que como esperado desliga a máquina. temos também a opção de inicializar VMs em modo headless. Para desligar uma VM aberta desse modo. ajudando a quem usa um notebook ou monitor de resolução mais baixa. Este modo oferece a vantagem de economizar recursos em situações onde você está configurando uma VM como servidor ou como algum tipo de appliance para a qual a janela gráfica seria simplesmente uma distração ou em casos em que esteja rodando o VirtualBox em um servidor remoto. O comando em si é simples: $ VBoxHeadless -s "Slack" & Em qualquer um destes casos. como em: $ VBoxSDL -vm "Windows XP" --hostkey 306 64 . que é o default. "resume" e "savestate". ele suporta também os parâmetros "reset". aí sim você pode passar a usá-la em modo headless. No caso de um servidor remoto. você poderia copiar a pasta com uma VM já configurada. seguido do nome da VM. como em: $ VBoxSDL -vm "Windows XP" O VBoxSDL é muito prático para quem já está habituado com os atalhos usando as teclas Host que mostrei no início (Host+F. sem todos os menus e indicadores que seriam exibidos normalmente. te devolvendo algo como "--hostkey 306 64" (para a tecla Ctrl esquerda).) que permitem controlar o status da máquina virtual com poucos cliques. você começaria criando a VM e instalando o sistema operacional da forma usual. configurando a rede e ativando o SSH. comece usando o "VBoxSDL -detecthostkey " que vai exibir uma janela onde você pode pressionar a nova tecla para obter o identificador dela. Ele oferece como diferencial o fato de rodar a VM em uma janela "limpa". x" e usa o endereço "10.0.iso --boot d O VBoxSDL suporta vários outros parâmetros. Voltando às opções. adicione o parâmetro "--fullscreen". verá que a máquina virtual recebe sempre um endereço IP dentro da faixa "10. Isso acontece por que o VirtualBox cria uma interface de rede virtual entre o sistema convidado e o host. Você pode usar as duas para fazer a VM iniciar diretamente pelo CD quando precisar reinstalar ou modificar o sistema.x. Configuração da rede virtual Se você tiver a curiosidade de checar a configuração da rede dentro do guest. especificando as permissões de acesso para cada uma: . enquanto a "--boot" permite especificar manualmente a ordem de boot ("a" para disquete. sempre que executar o comando "VBoxSDL" os parâmetros serão incluídos automaticamente pelo interpretador. como em: $ VBoxSDL -vm "Ubuntu LTS" --cdrom /mnt/sda6/ISOs/linuxmint.0. Você pode também adicionar outros parâmetros que você use sempre. que é usada para estabelecer a comunicação entre os dois sistemas e também para compartilhar a conexão via NAT. "d" para o drive óptico e "n" para rede).Para não precisar ficar especificando o parâmetro todas as vezes. como em: alias VBoxSDL='VBoxSDL --hostkey 306 64' Dessa forma. disponível através do "Dispositivos > Pastas Compartilhadas". permitindo que o sistema dentro na máquina virtual navegue e acesse outras máquinas da rede local.2. Para iniciar a VM com uma quantidade diferente de memória RAM que a configurada. Na hora de trocar arquivos entre os dois sistemas. Ele permite que você compartilhe pastas entre o sistema hospedeiro e o guest de forma bastante simples. configuração que é obtida automaticamente via DHCP (mesmo que você não tenha um servidor DHCP na rede). "c" para o primeiro HD. especificando a memória desejada (em MB) como em: $ VBoxSDL -vm "Mageia" --memory 512 A opção "--cdrom" permite especificar manualmente uma imagem ISO.2" como gateway padrão. adicione um alias para o comando no final do arquivo ". use o parâmetro "--memory". você pode utilizar o recurso de compartilhamento de pastas.bashrc" dentro do seu diretório home. para iniciar a VM em tela cheia. que você pode checar usando o "man VBoxSDL". Entretanto. utilizar softwares de acesso remoto ou que ele fique acessível na rede. . se você desejar fazer o caminho inverso. basta usar o Nautilus ou qualquer outro gerenciador de redes que ofereça suporte a compartilhamentos de rede do Windows. ou seja. o VirtualBox cria na verdade um compartilhamento de rede oculto. você esbarra nas limitações deste sistema. Este compartilhamento de arquivos também funciona bem no Linux. da mesma forma que um outro compartilhamento de redes qualquer. Como você pode imaginar. que fica acessível apenas para o sistema dentro da máquina virtual. fazer com que o sistema guest é que compartilhe pastas. no "Toda a Rede > VirtualBox Shared Folders" e podem ser mapeadas.As pastas compartilhadas aparecem no ambiente de redes.