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March 25, 2018 | Author: Tarcisio Lopes | Category: Heat, Perspiration, Thermal Conduction, Convection, Evaporation


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PUC Minas Virtual • 1Apresentação da disciplina: Higiene do Trabalho I O guia de estudo retrata a disciplina Temperaturas Extremas abrangendo exposição ao calor e frio em duas partes a saber: Parte I: Exposição ao cal or. Conceito, definição, meios de transmissão, parâmetros de avaliação, efeitos do calor no organismo, instrumentos de medição, critérios de avaliação. Árvore de termômetros. Aparelhos de medição de calor. Classificação da insalubridade. Efeitos do calor no organismo. Limites de tolerância. Medidas de controle contra o calor. Exercícios práticos de avaliação. Apresentação de instrumentos de avaliação. Parte II: Exposição ao fri o: conceito, definição, meios de transmissão, parâmetros de avaliação. Critério legal da CLT. Critério técnico da Fundacentro. Critério legal da NR-15, Anexo 9. Portaria do Ministério do Trabalho sobre Mapas Climáticos. Zonas climáticas brasileiras do IBGE. Classificação da insalubridade. Efeitos do frio no organismo. Limites de tolerância. Medidas de proteção contra o frio. Exercícios práticos de avaliação do frio. Apresentação de técnicas de avaliação. RECOMENDAMOS! Leia com atenção o Guia de Estudo e o texto complementar NHO 06 – Norma de Higiene Ocupacio- nal da FUNDACENTRO, tome notas e organize esquemas que o (a) ajudem a compreender os te- mas abordados e a pesquisar o assunto com a devida profundidade. Objetivos da aprendizagem Após a realização das atividades previstas para as Parte I e II desta disciplina, esperamos que você seja capaz de: 1. conceituar exposição ocupacional ao calor; 2. identificar os mecanismos de trocas térmicas; 3. identificar os tipos de atividades que expõem os trabalhadores ao calor; 4. descrever as reações do organismo ao calor; 5. descreveras medidas de controle contra a exposição ao calor; 6. descrever as proteções individuais e coletivas contra o calor; Higiene do Trabalho I Professores Autores: J osevan Ursine Fudoli & Pedro Sérgio Zuchi Professor Telepresencial: Pedro Sergio Zuchi Coordenador de Conteúdo: Pedro Sergio Zuchi PUC Minas Virtual • 2 7. conceituar os índices de avaliação de calor; 8. comparar o conforto térmico com a sobrecarga térmica; 9. descrever a estratégia de amostragem da exposição ao calor; 10. descrever as etapas de avaliação e sua interpretação. 11. Identificar os riscos na exposição ao frio 12. Recomendar medidas de controle para exposição ao frio PARTE I: EXPOSIÇÃO AO CALOR 1. Introdução Os problemas de exposição ao calor são comuns em ambientes de trabalho, tais como: fundições, usinas side- rúrgicas, fábricas de vidro e cerâmica, fábricas de ladrilho, lavanderias, minas e muitos outros relacionados à construção, à agricultura e outros tipos de atividades realizadas sob intempéries em climas quentes. Entende-se como exposição ao calor a quantidade de calor recebida pelo ser humano a qual deve ser dissipa- da para que o organismo atinja o equilíbrio térmico, representado pela soma do calor metabólico e os ganhos ou perdas por convecção e radiação. Quando se submete o organismo ao calor,resultam reações fisiológicas como sudorese, aumento da frequên- cia cardíaca, elevação da temperatura interna do corpo, e outras modificações fisiológicas. Quanto maior o calor recebido, maiores os efeitos resultantes e, em certas condições, eles são capazes de provocar agravos á saúde do trabalhador. Em determinadas regiões e períodos do ano, o próprio calor solar pode representar um risco, especialmente para quem trabalha a céu aberto, como os trabalhadores rurais e os da construção civil. É importante avaliar o calor suportado pelo corpo humano em um dado meio, a fim de determinar se ele está dentro de limites aceitáveis ou acima deles, tendo em vista o estabelecimento da necessidade de adotar medi- das de controle. Para a avaliação de calor têm sido propostos e utilizados, nos locais de trabalho, vários tipos de índices. PUC Minas Virtual • 3 2. trocas térmicas 2.1. Mecanismos de troca térmica A sobrecarga térmica se produz no organismo humano como resultado de dois tipos de carga térmica: carga externa ou ambiental e carga interna ou metabólica e se propaga por quatro meios: condução; convecção; condução-convecção, radiação e evaporação. Condução é o processo mais simples de transmissão de calor. Nele o calor passa de molécula para molécula por movimento vibratório, ou seja, passa diretamente ao corpo, por contato. A transferência de energia se faz da região de alta temperatura para a região de baixa temperatura, cessando-se a transferência quando a tem- peratura dos dois corpos se iguala. A condução será maior ou menor em função das propriedades físicas do material, assim como de sua conduti- vidade térmica, superfície e espessura. Os bons condutores são aqueles que possuem pouca resistência à passagem de calor, enquanto os maus condutores ou isolantes térmicos são aqueles que oferecem maior resistência à passagem de calor. De modo geral, os sólidos são excelentes condutores de calor, enquanto os gases são maus condutores de calor. Em resumo, na radiação, quando dois corpos em temperaturas diferentes são colocados em contato, haverá um fluxo de calor do corpo com temperatura maior para o de temperatura menor. Este fluxo torna-se nulo, no momento em que as temperaturas dos dois corpos se igualam. Convecção é a transmissão de calor por intermédio de um fluído (água ou ar) que transporta o calor até o cor- po que se deseja aquecer. Pelo aquecimento, as moléculas se expandem e tendem a ocupar os espaços supe- riores, criando assim um movimento ascendente no fluído. Exemplos de calor por convecção: cozimento, onde a água leva o calor ao alimento; o forno, onde o ar se aquece e os vapores quentes cozinham o alimento. Condução–Convecção é a troca térmica ocorre entre dois corpos, sendo um fluido. Nesse caso, a transição do calor entre os dois corpos provocará a movimentação do fluido. Exemplificando: consideremos um corpo sólido “A” com temperatura tA e um gás “B”, com temperatura tB. A troca térmica acontecerá em duas situações: tA » tB ou tA « tB. Se tA » tB, o corpo “A” perde calor para a camada mais próxima do fluido B”, aquecendo essa camada e pro- vocando um deslocamento ascendente. Se tA « tB, o corpo “A”ganha calor da camada mais próxima do gás “B”, esfriando esta camada e provocando um deslocamento descendente. PUC Minas Virtual • 4 Em ambos os casos, existe uma movimentação natural do fluido (figura abaixo). Radiação é o processo em que o calor se propaga por meio de ondas eletromagnéticas da luz, transportando energia em forma de calor. O exemplo mais comum é o calor do sol. Evaporação é a transformação em vapor de um líquido que envolve um sólido em uma determinada tempera- tura, passando para o meio-ambiente. Este fenômeno depende de fatores ambientais, tais como: quantidade de vapor existente no meio, temperatura, umidade relativa do ar, velocidade do ar e pressão atmosférica. 2.2. Fatores que influem nas trocas térmicas A complexidade do estudo do calor reside no fato de haver diversos fatores ou variáveis que influem nas trocas térmicas entre o organismo humano e o meio ambiente e que influenciam o grau da exposição ao calor. Entre os diversos fatores que influem nas trocas térmicas, listamos as cinco principais:temperatura do ar; umi- dade relativa do ar; velocidade do ar; tipo de atividade; calor radiante. Temperatura do ar - quando a temperatura do ar é maior que a temperatura da pele, o organismo ganha calor por condução-convecção. Quando a temperatura do ar é menor que a temperatura da pele, o organismo perde calor. A quantidade de calor ganha ou perdida é diretamente proporcional à diferença entre as temperaturas do ar e da pele. Umidade relativa do ar – a umidade do ar influi na troca térmica que ocorre entre o organismo e o meio ambi- ente pelo mecanismo da evaporação. Embora, teoricamente, o organismo humano possa perder 600 kcal/hora pela evaporação do suor, essa razão poderá ser diminuída em função da umidade relativa do ar. Se, por exemplo, a umidade relativa do ar for 100%, o ambiente estará saturado de vapor de água, o que dificulta a evaporação do organismo para o meio ambiente. Se, por outro lado, a umidade relativa do ar for, a título de exemplo, de zero por cento, haverá condição para o organismo perder 600 kcal/h para o ambiente. Observan- do-se o que ocorre nos dois extremos, acima exemplificados, torna-se fácil perceber que, quanto maior é a umidade relativa do ar, menor será a perda de calor por evaporação. Velocidade do ar – a velocidade do ar pode alterar a troca de calor entre o organismo humano e o meio ambi- ente, interferindo tanto na troca por condução-convecção, como na troca por evaporação. PUC Minas Virtual • 5 No mecanismo de condução-convecção, o aumento da velocidade do ar acelera a troca de camadas de ar próximas ao corpo, aumentando o fluxo de calor entre o corpo e o ar. Portanto, se a temperatura do ar for me- nor que a temperatura do corpo, o aumento da velocidade do ar implicará maior perda de calor do corpo para o meio ambiente. Por outro lado, se a temperatura do ar for maior que a temperatura do corpo, o corpo ganha- rá mai s calor com o aumento da velocidade do ar. Conclui-se, neste caso, que a variação da velocidade do ar pode ter uma ação positiva ou negativa na troca térmica por condução-convecção. No mecanismo de evaporação, o aumento da movimentação do ar, perto da superfície do corpo, implica a re- moção da camada de ar próxima da pele, que se encontra com elevado teor de vapor de água, proveniente da evaporação do suor. Dessa forma, evita-se que a camada de ar que envolve o corpo fique com uma umidade relativa superior á do ambiente e dificulte a evaporação do suor. Observa-se, portanto, que o aumento da ve- locidade do ar sempre facilita a perda de calor por evaporação. É conveniente lembrar que, devido às limi- tações fisiológicas, a taxa de evaporação do suor não se elevará indefinidamente. Tipo de atividade – Quanto mais intensa for a atividade física exercida pelo indivíduo, tanto maior será o calor produzido pelo metabolismo. Para indivíduos que trabalham em ambientes quentes, o calor decorrente da ati- vidade física constituirá parte do calor ganho pelo organismo e, portanto, deve ser considerado, na quantifica- ção da sobrecarga térmica. Calor radiante – Quando um indivíduo se encontra em presença de fontes apreciáveis de calor radiante - isto é, fontes que estejam emitindo considerável quantidade de radiação infravermelha ou ultravioleta -, seucorpo ganhará calor pelo mecanismo da radiação. No estudo de calor, este fator não deve ser desprezado, pois con- tribui significativamente para a elevação da sobrecarga térmica. 2.3. Perda e ganho de cal or pelo organismo Os principais meios de perda e ganho de calor pelo organismo são:  o calor produzido pelo próprio organismo, que varia conforme a atividade física desenvolvida;  a condução-convecção e a radiação, que podem implicar ganho ou perda de calor pelo organismo, confor- me a temperatura da pele esteja mais baixa ou mais alta que a temperatura do ar;  a evaporação do suor na superfície do corpo, que implica uma perda de calor. Perda ou ganho de calor pelo organismo também ocorrem no processo da respiração e na ingestão de alimen- tos quentes ou frios. Essas, no entanto, constituem pequenas quantidades e, portanto, não são consideradas. Para manter o corpo em equilíbrio térmico, a quantidade de calor ganha pelo organismo deve ser contrabalan- çada pela quantidade de calor perdida para o meio-ambiente. As trocas térmicas entre o corpo e o meio ambi- ente podem ser relacionadas, por meio da seguinte expressão matemática: S = M +/- C +/- R – E, em que: S = calor acumulado no organismo (sobrecarga térmica) PUC Minas Virtual • 6 M = calor produzido pelo metabolismo C = calor ganho ou perdido por condução-convecção R = calor ganho ou perdido por radiação E = calor perdido por evaporação O organismo humano se encontrará em equilíbrio térmico quando o S for igual a zero. O metabolismo está associado ao trabalho, sendo que a energia gasta pelo organismo é diretamente proporci- onal ao trabalho realizado. Importante! A condução e a convecção são mecanismos de regulação da temperatura do corpo pelo contato direto com fontes de diferentes temperaturas e pelo movimento da camada de ar próxima à pele. A radiação é a troca por emissão de onda (elemento irradiador) ou pela recepção (elemento absor- vente). A evaporação é o mecanismo mais importante para se manter o equilíbrio térmico, ocorrendo na camada periférica, na pele, sob o forma de suor. PUC Minas Virtual • 7 3. Avaliação Da Exposição Ao Calor 3.1. Reações do organismo ao calor O organismo apresenta várias reações ao calor, entre as quais destacamos: vasodilatação periférica; sudorese; fadiga; exaustão; desidratação; câimbras; choque térmico. Vasodil atação periféri ca- quando a quantidade de calor que o corpo perde por condução-convecção ou radia- ção é menor que o calor ganho, a primeira ação corretiva que se processa no organismo é a vasodilatação periférica. Nesse caso, o fluxo de sangue no organismo humano transporta calor do núcleo do corpo para sua superfície, onde ocorrem as trocas térmicas. Sudorese – outro mecanismo de defesa do organismo é a sudorese. O número de glândulas sudoríparas ati- vadas é diretamente proporcional ao desequilíbrio existente. A quantidade de suor produzido pode, em curtos períodos, atingir até dois litros por hora. Se forem consideradas várias horas, essa quantidade não excede a um litro por hora. Pela sudorese, no ritmo de um litro por hora, um ser humano pode, teoricamente, perder 600 kcal/hora para o meio ambiente. Distúrbios do calor – Se o aumento do fluxo de sangue na pele e a produção de suor forem insuficientes para promover a perda adequada de calor, ou se estes mecanismos deixarem de funcionar corretamente, uma fadi- ga fisiológica poderá ocorrer. Exaustão - a exaustão ao calor é decorre de uma insuficiência do suprimento de sangue no córtex cerebral, resultante da dilatação dos vasos sanguíneos periféricos, em resposta ao calor. A baixa pressão arterial é o sintoma crítico, devido em parte a uma inadequada saída de sangue do coração e, em parte, a uma vasodilata- ção que abrange extensa área do corpo. Desidratação – de início, a desidratação atua principalmente reduzindo o volume de sangue e promovendo a exaustão pelo calor. Em casos extremos, produz distúrbios nas funções celulares, ineficiência muscular, redu- ção de secreções (especialmente das glândulas salivares), perda de apetite, dificuldade de engolir, uremia temporária e febre, podendo chegar até à morte. Câimbras – o calor excessivo pode provocar espasmos musculares, com redução do cloreto de sódio no san- gue, que pode atingir concentrações abaixo do nível crítico. Choque térmi co – ocorre quando a temperatura do núcleo do corpo é tal que põe em risco algum tecido vital. O choque térmico é devido a um distúrbio no mecanismo termo-regulador, que fica impossibilitado de manter um adequado equilíbrio térmico entre o organismo e o meio. 3.2. Medida da exposição ocupacional ao calor 3.2.1. Parâmetros A exposição ocupacional ao calor é difícil de ser medida com precisão, devido ao grande número de variáveis que interferem em sua avaliação quantitativa. PUC Minas Virtual • 8 Existem vários índices de avaliação do calor, cada um direcionado para seu objetivo, como mostra o quadro a seguir. OBJETIVOS DA AVALIAÇÃO DE CALOR HIGIENE DO TRABALHO PREVIDENCIÁRIO CONFORTO TÉRMICO INSALUBRIDADE NR-15Anexo 3 NR-15Anexo 3 NR-17 NR-15Anexo 3 Os índices de avaliação de calor se dividem em índices de conforto térmico e índices de sobrecarga térmica. Os índices de conforto térmico são: TE: temperatura efetiva, que leva em conta a temperatura, a velocidade do ar e a umidade relativa do ar. TEC: temperatura efetiva corrigida, que leva em conta a temperatura, a velocidade do ar, a umidade relativa do ar e o calor radiante. Os Índices de sobrecarga térmica são: IST: índice de sobrecarga térmica - temperatura efetiva corrigida -,que leva em conta a temperatura, a veloci- dade do ar, a umidade relativa do ar, o calor radiante e o metabolismo da atividade. IBUTG: índice de bulbo úmido e termômetro de globo, que leva em conta a temperatura, a umidade relativa do ar, a velocidade do ar, o calor radiante e o metabolismo da atividade. Com relação ao conforto térmico, a NR-17, em seu item 17.5.2, dispõe que nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes - tais como: salas de contro- le, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros -, o indice de tem- peratura efetiva deve ficar entre 20 o C e 23 ºC Neste guia trataremos apenas da sobrecarga térmica NR 15, Anexo 3– Calor e Anexo 9 – Frio, Portaria n° 3214/78, de 08.06.78 do MTE. PUC Minas Virtual • 9 Nas Palavras da Lei... 1. A exposição ao calor deve ser avaliada pelo "Índice de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo" (IBUTG) definido pelas equações abaixo: Ambientes internos ou externos sem carga solar: IBUTG =0,7 tbn +0,3 tg Ambientes externos com carga solar: IBUTG =0,7tbn +0,1 tbs +0,2 tg, sendo: tbn =temperatura de bulbo úmido natural tg =temperatura de globo tbs =temperatura de bulbo seco. 2. Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de bulbo seco. 3. As medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida. Limites de Tolerânci a para exposi ção ao calor, em regime de trabalho intermi -tente com perí- odos de descanso no próprio local de prestação de serviço 1. Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro n o 1. QUADRO Nº 1 REGIME DE TRABALHO INTER- MITENTE COM DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE TRABALHO TIPO DE ATIVIDADE LEVE MODERADA PESADA Trabalho Contínuo até 30,0 até 26,7 até 25,0 45 minutos de trabalho 15 minutos de descanso 30,1 à 30,6 26,8 à 28,0 25,1 à 25,9 30 minutos de trabalho 30 minutos de descanso 30,7 à 31,4 28,1 à 29,4 260, à 27,9 15 minutos de trabalho 45 minutos de descanso 31,5 à 32,2 29,5 à 31,1 28,0 à 30,0 Não é permitido o trabalho, sem a adoção de medidas adequadas de controle acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0 PUC Minas Virtual • 10 2. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. 3. A determinação do tipo de atividade (leve, moderada ou pesada) é feita consultando-se o Qua- dro N o 3. Limites de Tolerância para exposi ção ao calor, em regime de trabalho intermitente com perío- do de descanso em outro local (de descanso) 1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso, ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve. 2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro N 0 2. Quadro N 0 2 M(Kcal/h) MÁXIMO IBUTG 175 200 250 300 350 400 450 500 30,5 30,0 28,5 27,5 26,5 26,0 25,5 25,0 Onde: M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora determinada pela seguinte fórmula: Mt x Tt + Md xTd M =----------------------------- sendo: 60 Mt =taxa de metabolismo no local de trabalho. Tt =soma dos tempos, em minutos, em que se permanece, no local de trabalho. Md =taxa de metabolismo no local de descanso. Td =soma dos tempos,em minutos, em que se permanece no local de descanso. ______ IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora determinado pela seguinte fórmula: PUC Minas Virtual • 11 ______ IBUTGt x Tt + IBUTG d x Td IBUTG =------------------------------------------------------- sendo: 60 IBUTGt =valor do IBUTG no local de trabalho. IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso. Tt e Td =como anteriormente definidos. Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt +Td =60 minutos corridos. 3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro Nº 3. 4. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos efeitos legais. Quadro N 0 3 - Taxas de Metabolismo/Tipo de Atividade TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h SENTADO EM REPOUSO 100 TRABALHO LEVE Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex: datilografia). Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex: dirigir). De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços. 125 150 150 TRABALHO MODERADO Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma movimentação Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar 180 175 220 300 TRABALHO PESADO Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex: remoção com pá) Trabalho fatigante 440 550 PUC Minas Virtual • 12 3.2.2. Instrumentos de avaliação de calor Os instrumentos básicos para avaliação de calor são os equipamentos conhecidos como “Árvore de Termôme- tros”, que podem ser também digitais. Os termômetros utilizados são os de mercúrio, cujo princípio de funcio- namento baseia-se no fenômeno físico da dilatação dos corpos quando submetidos ao aumento de temperatu- ra. Na avaliação do calor, devem ser levados em consideração todos os parâmetros que influem na sobrecarga térmica a que estão submetidos os trabalhadores. A instrumentação mais utilizada engloba um termômetro de globo, um termômetro de bulbo úmido e um ter- mômetro de bulbo seco.Admite-se também a utilização de equipamentos digitais. O Termômetro de globo é composto de esfera oca de cobre de 1 mm de espessura, com 152,4 mm de diâ- metro, pintada externamente de preto fosco, e termômetro de mercúrio com escala mínima de +10ºC a +150ºC , com precisão de leitura mínima de +/- 0,1ºC. O termômetro de globo é usado para medir a temperatura pro- veniente do calor radiante. O globo preto absorve a radiação e aquece o ar dentro do globo. O Termômetro de bulbo úmido é composto de termômetro de mercúrio, com escala mínima de +10ºC a +50ºC e precisão mínima de leitura de +0,1ºC; erlenmeyer de 125 ml; pavio de tecido brando de algodão, de alto poder de absorção de água, com comprimento mínimo de 100 mm e água destilada. A finalidade do ter- mômetro de bulbo úmido é medir o calor considerando a umidade relativa do ar.Utilizando-se o termômetro úmido, se o ar estiver seco, a água da gaze se evapora rapidamente e a leitura da temperatura cai. Se a umi- dade do ar estiver alta, a água evapora devagar. O Termômetro de bulbo seco é um termômetro de mercúrio, com escala mínima de +10ºC a +100ºC e preci- são mínima de leitura de +/- 0,1ºC, usado para medir a temperatura do ar. 4. Medidas de controle 4.1. Aspectos gerais O controle do calor deve ser feito, primeiramente, na fonte e, em seguida, em sua trajetória, por meio de barrei- ras e finalmente, não havendo sucesso com as duas medidas anteriores, pela utilização de vestimentas ade- quadas. O quadro a seguir mostra algumas das medidas de controle que podem ser adotadas no ambiente de trabalho: MEDIDA ADOTADA FATOR ALTERADO Insuflação de ar fresco no local onde permanece o trabalhador Temperatura do ar Maior circulação do ar existente no local de trabalho Velocidade do ar PUC Minas Virtual • 13 MEDIDA ADOTADA FATOR ALTERADO Exaustão dos vapores com cortina de água Umidade relativa do ar Utilização de barreiras refletoras (alumínio polido, aço inoxidável) Calor radiante Automatização do processo. Ex: mudança de transporte manual de carga para transporte com esteira ou ponte rolante Calor produzido pelo metabo- lismo 4.2. Medidas relativas a pessoal Algumas medidas de controle podem ser aplicadas diretamente ao trabalhador, com o objetivo de reduzir a sobrecarga térmica e preservar sua saúde. Entre elas, destacam-se: exames médicos; aclimatização; ingestão de água e sal; limitação do tempo de exposição; equipamento de proteção individual; educação e treinamento. 4.2.1. Exames médicos Recomenda-se a realização de exames médicos pré-admissionais, exames periódicos e demissionais, depen- dendo da função a ser exercida pelos trabalhadores. Os exames pré-admissionais têm a finalidade de detectar possíveis problemas de saúde, que possam ser agravados pela exposição ao calor, tais como: problemas cardiocirculatórios, deficiências glandulares (princi- palmente glândulas sudoríparas), problemas de pele, entre outros. Tais exames permitem selecionar um grupo adequado de trabalhadores que reúnem condições para executar tarefas que os expõem a calor intenso. Os exames periódicos têm o objetivo de promover um contínuo acompanhamento dos trabalhadores expostos ao calor, a fim de identificar estágios patológicos iniciais. E o exame demissional serve para avaliar a situação de saúde dos trabalhadores, comparando-se o exame inicial com o demissional. 4.2.2. Aclimatização A aclimatização ao calor constitui uma adaptação fisiológica do organismo a um ambiente quente. É medida de fundamental importância na prevenção de riscos que envolvem exposição ao calor intenso. Quando o trabalha- dor se expõe pela primeira vez ao calor, ocorre uma significativa elevação de temperatura retal, há um aumen- to no ritmo cardíaco e baixa sudorese. Grande desconforto e outros distúrbios, como tonturas e náuseas, po- dem ocorrer. Nos quatro ou seis dias subsequentes, há redução do desconforto, queda da temperatura retal e do ritmo cardíaco, intensificando-se a sudorese. A aclimatização será total em aproximadamente duas sema- nas. É importante mencionar que a perda de cloreto de sódio pela sudorese será menor no indivíduo aclimata- do. PUC Minas Virtual • 14 4.2.3. Limitação do tempo de exposição Essa medida consiste em adotar períodos de descanso, visando a reduzir a sobrecarga térmica a níveis com- patíveis com o organismo humano. A limitação do tempo de exposição é medida de controle sempre presente. Quando os tempos de exposição não forem compatíveis com as condições de trabalho, deve-se promover um reestudo dos procedimentos e implantar um regime de trabalho-descanso. 4.2.4. Equipamento de proteção individual Existe no mercado, uma grande variedade de equipamentos de proteção individual para os mais diversos usos e finalidades. Deve-se, portanto, fazer uma escolha adequada, objetivando o maior grau de eficiência e confor- to. O uso de óculos com lentes especiais com capacidade para atenuar quase toda a radiação infravermelha inci- dente é recomendado sempre que haja fontes apreciáveis de calor radiante. Para o corpo e as mãos, reco- mendam-se luvas, mangotes, aventais e capuzes, para proteção das diversas partes expostas. Esses EPIs devem ser de material adequado, para que sejam capazes de evitar a absorção de calor pelo or- ganismo. Amianto é um excelente isolante térmico, porém, possui um alto coeficiente de absorção de calor radiante e, por isso, o uso de EPI, constituído exclusivamente de amianto, não é recomendável, devendo ser revestido por um tecido aluminizado, para refletir a maior parte do calor radiante. Finalmente, as vestimentas dos trabalhadores devem ser confeccionadas de tecido leve e de cor clara. Para situações de exposição crítica, existem diversos tipos de vestimentas para corpo inteiro, sendo que algumas possuem sistema de ventilação acoplado. 4.2.5. Educação e treinamento A chave de todo programa de prevenção é a educação/treinamento. Deve ser ministrada orientação aos traba- lhadores quanto à prática correta das tarefas que desenvolvem, de modo a poderem evitar esforços físicos desnecessários e/ou longos, próximos às fontes. Devem os trabalhadores ser educados quanto ao risco que representa a exposição a ambiente quente e treinados para saber utilizar corretamente os EPIs. PUC Minas Virtual • 15 5. Exercícios de fixação 1- Em uma carvoaria a operação total de descarregamento do forno leva em média 1 hora e 40 minutos sendo que é feita por dois carvoeiros que enchem cesto de carvão usando garfo e transportam manualmente para fora do forno sempre trabalhando em dupla. Cada operação de enchimento do cesto gasta 2 minutos e 30 segundos e o transporte e descarga fora do forno 3 minutos e 30 segundos. A abertura do forno é feita em 10 minutos Foi avaliado o calor encontrando os seguintes resultados: Abertura do Forno : tbn =25,0 o C , tbs=29,5 o C, tg=32,0 o C Carregamento do Cesto: tbn =28,7 o C e tg =43,2 o C Transporte do Carvão para fora do forno: tbn =23,2 o C , tbs=28,7 o C e tg =30,5 o C Considerando que após a descarga completa do forno no restante da jornada não há sobrecarga térmica per- gunta-se: Os forneiros trabalham em condições insalubres? J ustifique. Em caso positivo quais as medidas deveriam ser adotadas? Abertura do forno tbn =25,0 o C , tbs=29,5 o C, tg=32,0 o C Tempo: 10 minutos PUC Minas Virtual • 16 Carregamento do Cesto com Carvão tbn =28,7 o C e tg =43,2 o C Tempo: ? Transporte do carvão para fora do forno: tbn =23,2 o C , tbs=28,7 o C e tg =30,5 o C Tempo: ? PUC Minas Virtual • 17 Em uma indústria de laticínios a geração de vapor é obtida através de caldeira a lenha onde o Operador tem como tarefas básicas a cada hora: A cada 10 minutos ele abre a porta da fornalha e alimenta a caldeira com lenha. A tarefa consiste em pegar a lenha ao lado da caldeira caminhar no máximo 3 passos e jogá-la dentro da fornalha gastando em média 3 minutos. Para realizar a operação ele faz movimentos de flexão e torção do tronco. Durante 10 minutos ele permanece circulando ao lado da caldeira fazendo inspeção , controlando e anotando dados na prancheta. O restante do período para completar 1 hora ele permanece sentado fazendo anotações. Foi avaliado o IBUTG encontrando os seguintes resultados: Alimentação da Caldeira com Lenha: IBUTG=45 O C Inspeção da Caldeira: IBUTG=29 º C Sentado fazendo anotações: IBUTG=25 o- C Depósito de Lenha Fornalha Mesa 1- Determinar o tempo de cada atividade por hora 2- Determinar o metabolismo de cada atividade 3- Calcular o IBUTG Médio Ponderado PUC Minas Virtual • 18 4-Calcular o Metabolismo Médio Ponderado 5- Verificar se o Limite de Tolerância foi Ultrapassado 5- Fazer as recomendações caso necessárias. PARTE II: EXPOSIÇÃO AO FRIO (NR15, ANEXO 9) I. As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem condi- ções similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada em local de trabalho. II. C L T - artigo 253: "Para os empregados que trabalham no interior de câmaras frigoríficas e para os que movimentam merca- dorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de uma hora e quarenta minutos de trabalho contínuo será assegurado um período de vinte minutos de repouso, computado esse intervalo co- mo de trabalho efetivo". “Parágrafo Único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo:  O que for inferior, na 1 a 2 a e 3 a zonas climáticas do mapa oficial do MTb a 15 ºC .  Na 4 a zona a 12 ºC.  Nas 5 a , 6 a , 7 a zonas a 10 ºC ” . III. PORTARIA N. º 21- 26/12/94 - D.O.U. 27/12/94. SECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Considerando que o parágrafo único do Art. 253 da CLT define as temperaturas abaixo das quais se considera artificialmente frio, com base nas zonas climáticas do mapa oficial do MTb, resolve: Art. 1.º - O mapa ofi cial do MTb. a que se refere o Art. 253 da CLT, a ser considerando, é o mapa " Brasi l Climas" - da Fundação Instituto Brasil eiro de Geografia e Estatística - IBGE da SEPLAN, publicado no ano de 1978 e que define as zonas climáticas brasileiras de acordo com a temperatura média anual, a média anual de meses secos e o tipo de vegetação natural, PUC Minas Virtual • 19 Art. 2.º - Para atender ao disposto no parágrafo único do art. 253 da CLT, define-se como: 1ª, 2ª e 3ª zonas climáticas  zona climática quente. 4ª zona  zona climática subquente, 5ª, 6ª e 7ª zonas  zona climática mesotérmica (branda ou mediana) Considera-se artificialmente frio, para os fins do: T < 15 ºC na 1 a 2 a e 3 a zonas cl imáticas = zona cl imática quente. T < 12 ºC na 4 a zona = zona climática subquente T < 10 ºC nas 5 a , 6 a , 7 a zonas = zona climática mesotérmica (branda ou medi ana) FAIXA DE TEMPERATURA DE BULBO SECO (ºC) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL PARA PESSOAS ADEQUADAMENTOS VESTIDAS PARA EXPOSIÇÃO AO FRIO 15,0 a -17,9 * Tempo total de trabalho no ambiente frio de 6 (seis) horas e 40 (quaren- ta) minutos, sendo quatro período de uma hora e 40 (quarenta) minutos alternados com 20 (vinte) minutos de repouso e recuperação técnica, fora do ambiente frio. 12,0 a -17,9 ** 10,0 a -17,9 *** -18,0 a -33,9 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 4 (quatro) horas,alternado- se uma hora de trabalho com uma hora para recuperação técnica, fora do ambiente frio. -34,0 a -56,9 Tempo total de trabalho no ambiente frio de uma hora, sendo dois perío- dos de trinta minutos com separação mínima de 4 (quatro) horas para recuperação técnica, fora do ambiente frio. -57,0 a 73,0 Tempo total de trabalho no ambiente frio de 5 (CINCO) minutos, sendo o restante da jornada cumprida obrigatoriamente fora de ambiente frio. Abaixo de -73,0 Não é permitida a exposição ao ambiente frio, seja qual for a vestimenta utilizada. * Faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática quente, de acordo com o mapa oficial do IBGE. ** Faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática sub-quente, de acordo com o mapa oficial do IBGE. *** Faixa de temperatura válida para trabalhos em zona climática mesotérmica, de acordo com o mapa oficial do IBGE. PUC Minas Virtual • 20 LIMITES DE TEMPERATURA – FRIO – CLT ART. 253 CLIMA QUENTE SUB QUENTE MESOTÉRMICO BRANDO E MESOTÉRMICO MEDIANO ZONAS 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª AMBIENTE ARTIFICIALMENTE FRIO <15ºC <12ºC <10ºC PUC Minas Virtual • 21 Medidas de Controle Regime de trabalho Recomenda-se no máximo períodos de trabalho de 20 a 40 minutos no interior das câmaras frias intercala- dos por períodos de descanso, em uma sala especial, onde devem ser servidos alimentos hipercalóricos e líquidos quentes. É importante ressaltar que os tempos sugeridos são baseados em experiências práticas, já que não existe pa- râmetros científicos para a determinação de regimes de trabalho-descanso para exposição ao frio. Exames médicos admissionais Quando do exame admissional para trabalhos em câmaras frias deve-se limitar a contratação de portadores de diabetes, epilépticos, fumantes, alcoólatras, portadores de problemas articulares e os que tenham doenças vasculares periféricas. Com esse controle, reduzem-se os índices de doenças devidas ao frio. Exames médicos periódicos Nos exames periódicos para trabalhadores em câmaras frias deve- se atentar para o diagnóstico precoce de vasculopatias periféricas, ulcerações térmicas, dores articulares,perda da sensibilidade tátil ou repetidas infec- ções das vias aéreas superiores, tais como: faringites, rinites, sinusites, amigdalites; como também a ocorrên- cia de pneumonias. Vestimentas adequadas Quando da exposição ao frio os trabalhadores devem estar providos de roupas de proteção, que constituam barreira isolante entre a superfície quente do corpo e o meio ambiente frio. Quanto maior é a diferença entre a temperatura da pele e a do ar circulante, maior é o isolamento necessário para manter o microclima que cerca a pele , a níveis confortáveis. A discrepância entre os isolamentos necessários para períodos de trabalho e de descanso, Quando a temperatura corpórea fica abaixo de 35 o C, ocorre diminuição gradual de todas as atividades fisioló- gicas: cai a freqüência do pulso, da pressão arterial e da taxa metabólica, desencadeando um tremor incontro- lável ( tiritar) para produzir calor. As vestimentas devem assegurar que a temperatura interna do corpo permaneca aproximadamente em 35 o C. PUC Minas Virtual • 22 Vestimentas: Jaqueta Térmica: J aqueta Térmica para Câmara Fria, em nylon, com revestimento interno em manta acrílica. Forro em nylon, punhos em poliéster com touca acoplada. Para temperaturas até -35ºC. Calça Térmi ca: Calça Térmica para Câmara Fria, em nylon, com revestimento interno em manta acrílica. Forro em nylon, punhos em poliéster com touca acoplada. Para temperaturas até -35ºC. Capuz de Segurança: Capuz Térmico para Câmara Fria, tricotado em lã sintética (moletom/suedine), lavável, modelo ninja. PUC Minas Virtual • 23 Meia Térmica: Meia Térmica para Câmara Fria, em nylon, com revestimento interno em manta acrílica. Luvas de PVC térmica com revestimento interno Bota de PVC PUC Minas Virtual • 24 6. Referências ARAÚJ O, Giovanni Moraes de e BENITO, J uarez Normas Regulamentadoras Comentadas. Rio de J aneiro: Edição dos autores, 2011. NHO 06 – Norma de Higiene Ocupacional / FUNDACENTRO SALIBA, Tuffi Messias. Higiene do Trabalho e Programa de Prevenção e Ri scos Ambi entais. Belo Horizon- te: Ed. LTR, 2010. Riscos Físicos - FUNDACENTRO VIEIRA, Sebastião Ivone et alii. Medicina Básica do Trabalho. São Paulo: Ed. Gênesis, 1994.
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