Grupo Andrelandua

March 16, 2018 | Author: Maria Wünsch De Alvarenga | Category: Cave, Sedimentary Basin, Erosion, Rock (Geology), Geology


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Serra do Ibitipóca, SE de Minas Gerais Ambiente tectônico e espeleológico no contraforte da Serra da MantiqueiraSIGEP 106 Alexis Rosa Nummer1 Queda d’água na Janela do Céu, NE da Serra do Ibitipóca Janela do Céu Waterfall, NE of Ibitipóca`s mountain Imagem de capa posicionada na primeira página 1 separadas por falhamento de empurrão que dividem o Grupo Andrelândia em uma parte alóctone e outra autóctone. sudeste do Estado de Minas Gerais. Two distinct tectonic/stratigraphic units are recognized: an autochthonous part and an allochthonous. foram metamorfizadas na fácies anfibolito. dobras com diferentes geometrias e um megadobramento recumbente que configura a Serra do Ibitipóca. is part of the Andrelandia Group. O resultado foram padrões de interferência. produced by three deformational phases D1.RESUMO A Serra do Ibitipóca se localiza entre os municípios de Lima Duarte e Santa Rita do Ibitipóca. Essas rochas sofreram uma história de deformação complexa que geraram padrões de interferência de dobras. in an area of 1. The Proterozoic methasedimentary rocks of this region. INTRODUÇÃO (INTRODUCTION) A Serra do Ibitipóca exibe uma das mais importantes representações de grutas formadas em rochas quarzíticas do mundo. e deformadas em regime tectônico compressivo. Dados de campo sugerem que os sedimentos que preencheram a bacia sedimentar Proterozóica original. Esta serra esta localizada na região entre Santa Rita do Ibitipóca e Lima Duarte. vegetais e de fauna ocupam aproximadamente 1.480ha. onde afloram predominantemente rochas metassedimentares proterozóicas do Grupo Andrelândia. D2 and D3. e deformados em regime tectônico compressivo. Grupo Andrelândia. This rocks has a complex deformational history present in different patterns of folds. was metamorphosed under high grade conditions and deformed under a compressive tectonic regime. resultando na evolução tipo “nappe” de dobra. Grutas em quartzitos. onde suas formações geológicas. D2 e D3. which are separated by a thrust fault. D2 e D3. produzidos por três fases deformacionais denominadas de D1. e desenvolveram zonas de cisalhamento no contato entre a unidade autóctone e alóctone. predominantemente do Grupo Andrelândia. separadas por falhamento de empurrão e dividem o Grupo Andrelândia em uma porção alóctone e outra autóctone. no sudeste do Estado de Minas Gerais. Dados de campo sugerem que os sedimentos que preencheram a bacia sedimentar do Proterozóico. O movimento tectônico geral foi dirigido de SSE para NNW. Essas rochas sofreram uma história de deformação complexa. Palavras – Chave (Key words): Serra do Ibitipóca. major a recumbent fold. Nesta região são reconhecidas duas unidades tectono-estratigráficas distintas. foram metamorfizados na fácies anfibolito. e resulta na manifestação tectônica singular de ambiente tipicamente de origem transicional entre continente-oceano muito antigo. Nesta região afloram rochas metassedimentares Proterozóicas. Field and structural data suggest that original sedimentary Proterozoic basin. Duas unidades tectono-estratigráficas distintas são reconhecidas.480ha. produzidos por três fases deformacionais denominados de D1. The direction of tectonic movement was SSE to NNW. ABSTRACT The Ibitipoca´s Mountain is located between Lima Duarte and Santa Rita do Ibitipoca towns in the southeast of Minas Gerais State. resultando em uma evolução tipo nappe de 2 . The result was the evolution of “nappe”-type folding and development of shear zones at the contact between autochthonous and allochthonous units. referente ao Pico do Ibitipóca e o Pico do Pião. Figura 1. 1). Aspecto geral da entrada da Gruta da Ponte de Pedra. Figure 1. obtido por meio do programa Google Earth (extraído em dezembro de 2007). 3 . e protege uma área de 1488 ha. Figura 2. referente ao Morro da Lombada e 1722m. e Lima Duarte ao sul.. com desenvolvimento subseqüente de falhas e zonas de cisalhamento de alto ângulo e contato entre a unidade autóctone e alóctone. LOCALIZAÇÃO (LOCATION) A Serra do Ibitipóca está inserida no Parque Estadual do Ibitipóca.dobra. Geral aspect of the entrance of “Ponte de Pedra” cavern. Imagem digital de satélite de localização da Serra do Ibitipóca. com altitudes superiores que variam de 1784m.. entre o paralelo 21º30’ e 21º45’. associado ao intemperismo físico-químico geraram intensos ravinamentos e desmoronamentos que propiciaram a concentração e distribuição de pequenos corpos d’água e córregos que construíram as cavidades naturais subterrâneas (cavernas) existentes na serra (Fig.. sudeste do Estado de Minas Gerais. e os meridianos 43º45’ e 44º00’(Fig. O Parque foi criado pelo Governo de Minas Gerais em 1973. A atuação e desenvolvimento destas falhas de grande envergadura ao longo do tempo geológico. situado entre os municípios de Santa Rita do Ibitipóca ao norte. Sudeste do Estado de Minas Gerais. 2). no sul de Minas Gerais mostraram que mapeamentos geológicos estruturais sistemáticos. quanto no detalhe. restando ao Grupo Barbacena. seriam necessárias abordagens dos aspectos sedimentológicos. como Pires (1978). HISTÓRICO (HISTORY) Os vários trabalhos realizados ao longo dos últimos anos. como Trouw et al. um conjunto de gnaisses granitóides e migmatitos associados à metabasitos. na seção ao longo da Rodovia Juiz de Fora . mármores e rochas cálcio-silicáticas.Figure 2. 4 . para os estudos em metassedimentos. com a mesma tendência de movimento. Estas “escamas” se desenvolveram na base de um dobramento inicial.Barbacena.. com tendência de movimento de sudeste para noroeste. A distância do Município Rio de Janeiro até o interior da área é de aproximadamente 250 km. sendo denominadas de “Complexo Barbacena” por Almeida & Hasui (1984). 1963). intrusivas em conjunto com rochas máficas-ultramáficas e alguns metassedimentos associados. A “Série Andrelândia” foi inicialmente mencionada por Ebert (1956a. é constituída por uma associação litológica com ortognaisses de composição granodiorítica e granítica. Posteriormente se estenderam para todo o sul de Minas Gerais. metaultrabasitos. (1986). e planalto amplamente aplainado (ao norte). Como aspecto geral. quartzitos. Southeast of Minas Gerais State from software Google Earth (extract to December 2007). Dayan e Baptista Filho (1984). granulitos. que se transforma freqüentemente em dobramento isoclinal. há um contraforte proeminente da Serra da Mantiqueira. como Grupo Barbacena. tanto com caráter regional. (1989). Paciullo (1980). posteriormente traduzidos em ciclos deposicionais. na região de São João Del Rei. Andreis et al. Trabalhos posteriores desmembraram esta unidade. na década de oitenta por alguns autores. Como possui uma topografia arrasada ao sul (planície). geocronológicos e geoquímicos associados. estratigraficamente não ordenadas. A tendência da linha de pesquisa realizada a seguir. foi demonstrar que. 1956b). e nesse local. Esses autores subdividiram o Grupo Andrelândia em cinco unidades litoestratigráficas que resultaram na reinterpretação dos metassedimentos dos Grupos São João Del Rei e Andrelândia. O EMBASAMENTO A Série Barbacena (Ebert. redefinida por Pires (1977). Ribeiro (1980). Ebert (1968) define uma tectônica superposta com uma manifestação principal como estrutura imbricada de “escamas” superpostas. na década de 50. e finalmente degenera num sistema de falhas de empurrão. próximo à Serra de Ibitipóca. Digital Image of satellite of localization Ibitipoca`s mountain. A COBERTURA METASSEDIMENTAR DO GRUPO ANDRELÂNDIA Os trabalhos pioneiros e de maior envergadura foram concebidos por Heinz Ebert. eram necessários para o entendimento da estruturação das litologias existentes. o maior problema de acesso está vinculado ao desnível entre a planície e o planalto. DESCRIÇÃO DO SÍTIO (SITE DESCRIPTION) As características geológicas e tectônicas do embasamento e dos metassedimentos do Grupo Andrelândia são assim descritas: Espeleologia A Serra do Ibitipóca é constituída basicamente por quartzitos de granulometria grossa. tendo na base quartzitos.).. Bom Jardim de Minas e Lima Duarte. Estes dois afluentes construíram escarpas acidentadas. Ebert redefine o Grupo Andrelândia como uma seqüência de metassedimentos. e deste modo se sobressaem na topografia local.) e Três Arcos (30m. A geomorfologia pode ser resumida pela ocorrência de cuestas que mergulham na direção dos vales do rio do Salto e Córrego da Mata. (1976) consideram o Grupo Andrelândia como parte da Faixa de Dobramentos Uruaçu. leptinitos e mármores. Almeida et al. camadas de cinqüenta ou mais metros de espessura. lapiés e pequenos vales que podem ter sido gerados por processos de desabamentos de galerias de cavernas ou dolinamentos (Correa Neto op. Em 1968. com contrastes de topografia na ordem de 50 a 100m. formadas segundo camada quartzítica micácea fina e orientadas preferencialmente nas 5 . com inclinações de 10 a 20º em média. controladas por antiformes e sinformes da última fase deformacional que afetou o pacote metassedimentar. Casas (600m. Coelhos (125m.Atualmente esta seqüência não é mais observada. cianita.). O estilo tectônico. estratigráficos e estruturais. definido por Ebert (1956) caracteriza-se por apresentar empurrões com vergência de sul para norte. seguidos por granada-mica xistos com ou sem estaurolita. de dobramento isoclinal ou de estrutura imbricada.cit. marcados por cacimbas e marmitas O relevo da Serra do Ibitipóca possui formas ruiniformes (Fig. que se destacam muito bem na morfologia do terreno. O grande mérito de seus estudos diz respeito à consistência de dados petrológicos. (1984 e 1986). 1984) e Trouw et al. em certos casos. Nesta zona meridional o metamorfismo dos sedimentos começa a aumentar. com exceção de alguns remanescentes nos arredores de Santos Dumont e Benfica. Os quartzitos grossos são constituídos predominantemente por minerais de quartzo. Ebert ainda menciona que as rochas quartzíticas constituem. linear). e as outras séries de metamorfismo catazonal (Série Juiz de Fora e Série Paraíba do Sul). A área da Série Andrelândia estende-se para sul até aproximadamente uma linha imaginária que passa por Carvalhos. impróprios à atuação de processos intempéricos. Esse conceito contrasta com os de Ebert (sintetizados em Ebert. e gnaisses associados aos xistos felspáticos. de modo que resulta em uma faixa transicional entre as rochas de metamorfismo mesozonal (Série Andrelândia). que consideram o Grupo Andrelândia e o Grupo São João Del Rei como correlacionáveis com os Grupos Araxá e Canastra.). Segundo Correa Neto (1993a) as cavernas da Serra do Ibitipóca podem ser divididas em três grupos principais: o primeiro grupo engloba a Gruta das Bromélias (2342m. intercalados por camadas de quartzitos finos micáceos e granada-sillimanita-biotita xisto.3).) e Moreiras (900m. Apresentam galerias vadosas e com formatos elípticos. MG.direções NE-SW.. eventualmente com água estagnada ao fundo. salões com perfil dômico. NE-SW e E-W dos sistemas de falhas.). Galerias abandonadas entulhadas por sedimentos ou desabamentos sugerem possíveis modificações dos cursos dos rios subterrâneos. N-S e E-W.) e Gruta do Gnomo (25m. MG.). Figure 3. Overlap quartzitcs layers and the Salto river inserted in the tectonics foliations planes. composto pela Ponte de Pedra (86m. Entrance of Viajantes cavern located in the central part of the Ibitipoca`s Park. Figura 3. inclinações de 1º e 2º em média. Figure 4. Pião (122m.) com galerias meandrantes ou retilíneas. e as descontinuidades litológicas composicionais e granulométricas entre os pacotes entre os diferentes quartzitos e xistos Figura 4.. oriundos da erosão acentuada no quartzito fino. paredes com pipes (condutos cilíndricos) ao longo dos planos de foliação. Em suma pode-se condicionar a formação destas cavidades subterrâneas ao padrão e orientações N-S. salões em entroncamentos de galerias ou alargamento de dutos de até 12m. Superposição de camadas quartzíticas com rio do Salto encaixado ao longo dos planos de foliação tectônica. Entrada da Gruta dos Viajantes localizada na porção central do Parque do Ibitipóca. 6 . O terceiro grupo de cavernas ocorrem preferencialmente ao longo do Rio do Salto. O segundo grupo inclui a Gruta dos Fugitivos (186m. observada tanto nas escalas mesoscópica quanto microscópica. que produziram padrões de interferência registrados em três fases deformacionais: D1. Morro Alto e Bandeirinha e Grande. e deformada em regime tectônico compressivo. que pode ser visualizada na porção mais elevada denominada de Lombada. Essas rochas sofreram uma história de deformação complexa. PENÚLTIMA FASE DEFORMACIONAL D2 A penúltima fase deformacional D2 está relacionada ao auge do metamorfismo e constitui a deformação principal da região de Ibitipóca. A seguir. Em áreas no sul de Minas Gerais como: Serra da Fortaleza (Luminárias). e estruturas planares definidas nas escalas meso e microscópicas. predominantemente. com Plano Axial de mergulho SSE. são resumidos os principais dados estruturais: ANTEPENÚLTIMA FASE DEFORMACIONAL D1 A principal estrutura observada nesta fase é uma xistosidade S1 subparalela a paralela a So. se encaixa no flanco curto de um megadobramento assimétrico em Z. com caimento para SE. com eixo de caimento para sudoeste. ocorrem dobramentos fechados e isoclinais semelhantes àqueles definidos na Serra do Bandeirinha à NNW da área de Santa Rita do Ibitipoca. D2 e D3. lineações minerais e/ou estiramento. Serra dos Cataguases (Santana do Garambéu). e desenvolvimento de zonas de cisalhamento no contato da unidade autóctone e alóctone. de superfícies axiais sub-horizontais. resultando na evolução tipo "nappe" de dobra. do Grupo Andrelândia. que ocorre somente na Serra do Bandeirinha. O movimento tectônico principal foi dirigido de SSE para NNW. As principais dobras na escala de mapa e empurrões. na escala regional. Ocorre associado lineação mineral L1 (mica branca) em quartzitos micáceos intercalados com sillimanita ou biotita xistos e gnaisse bandado. que afloram de maneira sistemática ao longo das Serras do Ibitipóca.Lima Duarte. separadas por falhamento de empurrão que dividem o Grupo Andrelândia em uma porção superior alóctone e outra inferior autóctone. grande espessamento apical. bem como o embasamento da bacia. demonstra que o cisalhamento ocorreu até mesmo em microescala. bem como a formação de foliação penetrativa. Ao longo de toda a 7 . Está também representada principalmente por dobramentos mesoscópicas. devido a melhor preservação do registro das deformações nestas rochas de comportamento reológico distinto.Geologia e tectônica Na região de Santa Rita do Ibitipóca . Microcisalhamento rúptil-dúctil observado em estaurolita pré-D2. no sul do Estado de Minas Gerais. afloram rochas metassedimentares proterozóicas. e eixo ortogonal à fase D2. Afetou as unidades autóctones e alóctones do Grupo Andrelândia. e xistosidade S1 paralela a sub-paralela ao acamamento sedimentar S0. Na Serra do Ibitipóca aflora uma dobra recumbente hectométrica que. Duas unidades tectono-estratigráficas distintas são reconhecidas. Na escala mesoscópica ocorrem dobras apertadas. Esta fase está representada em escala macroscópica por dobramento isoclinal ou apertado. Dados de campo e estruturais sugerem que os sedimentos que preencheram a Bacia de idade Proterozóica foram metamorfizadas na fácies anfibolito. são resultantes desta fase de deformação. 8 . ÚLTIMA FASE DEFORMACIONAL (D3) A última fase deformacional D3. 1976) originada a partir de dobramento recumbente de acordo com as repetições litoestratigráficas dos domínios autóctone e alóctone.foliação milonítica concordante com foliação principal S2 Analisando-se todo o pacote do Grupo Andrelândia. suaves dobras e ondulações macroscópicas atribuídas a D3 foram mapeadas ao sul da Serra do Ibitipoca. tendo como reflexo. constância na orientação da lineação mineral L2 (mica branca). acompanhado pelo aparecimento de dobramentos apertadíssimos.. com direção da superfície axial NNE-NNW. Neste local. quando comparado às dobras da primeira fase. que é subparalelo a S1 e S2. que dobram uma xistosidade pré-existente definida como S2. ora para norte. parasíticas com eixos de inclinação suaves e paralelos ao megadobramento recumbente. como ocorre na seqüência de transição da Unidade I. A foliação S2 é plano axial de dobras D2. As dobras macroscópicas D3 definidas na área são: sinforme assimétrico com plano axial mergulhando para SSE e eixo com caimento para SSW. o quartzito grosso mostra bem os efeitos desta fase na forma de pequenas ondulações de S0. com mergulhos sub-verticais para E ou W. inversão do grau metamórfico. Isto pode representar um dobramento tipo cônico ou não coaxial. Nas porções mais micáceas da seqüência ocorrem crenulações assimétricas com caimentos de eixos para SE. a grande estrutura (dobra assimétrica em "Z" olhando para SSE) pertence à fase D2. sotoposta a este. constitui o arcabouço tectônico da área. Freqüentemente apresentam um fechamento de flancos apertados. no caimento de eixos de dobras. variando pouco. A Serra do Ibitipóca representa uma "nappe" de dobra (Hobbs et al. e o espessamento apical é normalmente menos acentuado. mostrando freqüentemente uma grande abertura de flancos. O contato entre o quartzito grosso da Serra do Ibitipoca e a Unidade II. Ela apresenta variação. sinformes e antiformes métricos. que junto com uma dobra macroscópica D2. está representada principalmente por dobramentos abertos. As dobras em escala mesoscópica são facilmente reconhecíveis pela freqüência de dobras assimétricas. Essa fase deformacional não possui grande intensidade. e não formou estruturas lineares e planares marcante.porção exposta dos quartzitos grossos da Serra do Ibitipóca ocorrem dobras menores. pode-se notar que em escala regional. Dobramentos na escala mesoscópica foram observados em vários pontos na área. ora para sul.. e pelo caimento de eixos para S ou SSE. deve ser explicado exclusivamente por falhamento de baixo ângulo. como ocorre na região NW da área. e localmente corta os dois flancos de dobras D1 obliqüamente ao plano axial. foliação de baixo ângulo junto ao contato da superfície de empurrão. como ocorre na encosta NW da Serra do Ibitipoca. a inversão estratigráfica na área. com planos axiais suaves e lentes de embasamento subjacente. e ondulações. e agiram como corpos resistentes (resísteres). EVOLUÇÃO GEOLÓGICA E IMPORTÂNCIA DO SÍTIO (SYNOPSIS ON THE ORIGIN. uma seqüência sedimentar correspondente a um ciclo deposicional.litoarenítica basal.This litologies reachs the principal metamorphism (granulits facies) and are resistents bodies. depths granulits and migmatitics (Mantiqueira Group). The basement of the basin is constituted by orthognaiss granodioritics to banded tonalitics rocks. e seqüência deltáica quartzo arenosa sin-sedimentar localizada (Fig. completo. Estas litologias alcançaram o metamorfismo principal (fácies granulito). Figure 5. A Sedimentação do Grupo Andrelândia Deltas Marinhos Campo de Dunas Quartzo Arenitos Grauvacas ou Pelitos Retrabalhados Sub-arcóseo Arcóseo Marinho Raso Proximal Discordância Litológica Embasamento Figura 6. Ocorrem ainda.Over the basal complex was deposited with litologic and angular discordance.. 1977). Figure 6. correlacionáveis provavelmente ao Grupo Barbacena (Pires. na seguinte ordem cronológica esquemática: A base da Bacia Andrelândia N s e Granodiorito e Tonalito Máficas a n G s i s Ultramáficas Ortognaisses Discordância Angular Figura 5. Also ocurr mafics and ultra-mafics bodies correlated to Barbacena Group (Pires. pelitic in the top and a located deltaic sequence quartz-sand (Fig. 1977). com núcleo não deformado. 9). alguns corpos máficos e ultramáficos associados. pelítica no topo. O embasamento ou base da bacia é constituído por ortognaisses granodioríticos a tonalíticos bandados. 9 . onde a maioria das cavernas A partir da síntese dos dados de campo e de laboratório. atingindo em alguns locais a fusão parcial (anatexia) com aproximadamente 7 a 9 km de profundidade.SINOPSE SOBRE A ORIGEM. GEOLOGICAL EVOLUTION AND IMPORTANCE OF THE SITE) A Serra do Ibitipóca apresenta uma importante ocorrência de cavidade natural subterrânea em quartzito. a sedimentar sequence suitable to a complete depositional cicle with the present of arcosean sequence to litharenític basal. com seqüência arcoseana . Sobre todo o complexo basal foi depositado em discordância litológica e angular. granulitos e migmatitos de posição crustal profunda (Grupo Mantiqueira). pode-se esboçar uma evolução geológica da área da Serra do Ibitipóca. are core not deformated. some places ocurring the parcial fusion (anatexia) in depths of 7 to 9 km. 9). The deformation of the sediments of Andrelândia basin was grouped in three tectonics fazes: a) Isoclinals Folds to narrow. Esta fase é caracterizada pela presença de grandes dobras. and the 10 . mp eE o urrã N Su e f íci pe r d Tectonicamente Ativo Embasamento Tectonicamente Passivo Figura 7. Figure 7. sedimentação com variação granulométrica granocrescente ascendente. Figure 8. with tectonic transport from south to north. Segunda fase deformacional. Embasamento pe ie r fíc de Em rão pur S er ra d Su o Ib it i SE póc a Alóctone Sup er Embasamento fíci ed Do b ra eD b en eco te l l em en t R ec um Figura 8. in some places ocurr the stratigraphic inversion. com presença de altos ou elevações do embasamento. This faze is carachterizated by big folds and a highest metamorphism (amphibolite facies).regime de energia baixo. Figure 9. Geraram deltas marinhos ou cordões marinhos litorâneos confinados. The great units basement occur the pelitics layers. O metamorfismo. estão encaixados ao longo da foliação principal S2. The metamorphism of this deformational fase are greenschist to anfibolite facies. em regime tectônico mais intenso. pertencentes à primeira fase deformacional. Grupo A ndrelândia A lóctone Gr r ra an de Se Grupo A ndrelândia A utóctone Figura 9. atingindo a fácies anfibolito superior nos metassedimentos. e “encaixe” de lascas do embasamento no seu interior. constatam-se níveis finos pelitosos. com resposta na inversão estratigráfica nos metassedimentos. The metamorphic isograde inversion of sillimanite is a result of D1 and D2folding. com transporte tectônico de sul para norte. que agiram como camadas de deslizamento. conforme a morfologia do embasamento. atingiu a fácies xisto verde superior a anfibolito inferior. possibilitando a inversão estratigráfica em alguns locais. A inversão da isógrada metamórfica da sillimanita é conseqüência direta dos dobramentos D1 e D2. that facility the sliping. nesta fase deformacional. possíveis estratificações cruzadas planares de grande porte que podem ser observadas no interior de grutas como das Bromélias e na porção externa ao parque na Serra do Bandeirinha. This isoclinal folds were evoluted to superficies de thrusts planes. as lentes anfibolíticas e corpos ultramáficos foliados. The second deformational fazes changed the orientation of the tectonic transport to northeast. e metamorfismo mais elevado. onde na base das grandes unidades. em nível crustal mais inferior. que provavelmente provocaram variações faciológicas e composicionais laterais. e evolução da superfície de empurrão. A deformação dos sedimentos da Bacia Andrelândia foi agrupada em três fases ou estágios tectônicos distintos que podem ser identificados e resumidos da seguinte maneira: a) Dobramentos isoclinais a apertados sucessivos.A característica principal desta bacia sedimentar era de mar raso . related to the first deformational faze. Estes dobramentos isoclinais evoluíram para superfícies de empurrão iniciais. Nesta fase. com mudança da orientação na direção do transporte tectônico para noroeste. Esta interpretação é baseada na característica composicional do quartzito grosso (quartzo-arenito). necessitam de planos de manejo específicos para cada uma das grutas. that to make the most the preexistence discontinuities zones. MEDIDAS DE PROTEÇÃO (SITE PROTECTION) A partir da analise. frear os processos erosivos. pequenas pontes. Figura 11. N UM Gnaisses Tonalíticos a Granodioritos 11 . aproveitando zonas de fraqueza pré-existentes. abertura do sistema com entrada de fluidos com hidratação das litologias anidras. the amphibolite lens and foliated ultramaphic bodies. and “inside” to embasement slices. Figure 11.thrust evolution. Entretanto. are to fitting along the S2 foliation plane principal. Os episódios magmáticos que ocorrem na região (dique gabro fino e diabásio) posicionaram-se após todos os eventos deformacionais. pelo menos. mirantes e calçamentos ao longo de trechos da estrada e trilhas. Figure 10 The characteristic of the third deformational fase are: brittle tectonic regime on the superior crustal level (uplift of the metasedimentary rocks and embasement). This faze. visando. to answered stratigraphic inversion on metassedimentary rocks. em nível crustal superior (soerguimento de todo o pacote metassedimentar e embasamento). Antiforme Sinforme Calha de Dobra LIMA DUARTE Serra de Lima Duarte N Embasamento “UP LIFT” Figura 10. Terceira fase deformacional tem as seguintes características: deformação tectônica do tipo rígido. alguns critérios foram considerados para o zoneamento das grutas que ocorrem na Serra do Ibitipóca. overturn of the system with fluid flows and hydratation of lithologies dehydrated (Fig. realizada pela Avaliação Ecológica Rápida. The magmatic episodes that occurred on this region (gabbroic dikes and diabase) occur after everall the deformational events. o uso público e manejo das cavernas do Parque Estadual do Ibitipoca.11). Construções de passarelas. esta sendo sugerido que algumas grutas sejam fechadas (Fig. Drenagem da estrada. The overview of the Prainha on the central camping area. 2. sobre os riscos ao caminharem sobre as pedras (Fig.V. Geol. informando. ANDREIS. na segurança dos visitantes e nas características de cada gruta. REFERÊNCIAS (REFERENCES) ALMEIDA. RIBEIRO. passagem para a área central de camping. F. Baseado no uso atual. 1: 250.. Y.. (1989). Panorama geral da Prainha. Colocação de corrimão ou guarda-corpo nos trechos com maior declive e nos paredões. HASUI Y. BRITO NEVES. Simpósio de Geologia do Sudeste. A. Avaliação (monitoria) dos atrativos. RIBEIRO. das penalidades pela desobediência das regras. 97-98. 12 . PACIULLO. ANDREIS. São Paulo 7: 45-80. evitando que a força da água provoque erosões. A. (1984). trilhas e caminhos. (1976). Figure 12.Rio de Janeiro.P. I. R.. Os processos erosivos na região do Pico do Pião e em outras áreas estão sendo recuperados através de paliçadas. HASUI. Recomposição do sistema de sinalização.. 1989.. PACIULLO. Informação.M. Rio de Janeiro. The Upper Precambrian of South America. na demanda da visitação. Anais do.F. Boletim IG-USP. Caracterização preliminar dos ciclos deposicionais Proterozóicos no Sudeste de Minas Gerais (folhas Barbacena e Divinópolis). Rio de Janeiro.. Boletim de Resumos. RJ: p.. (1989a). Em geral.. SBG: p. Ciclos deposicionais no Proterozóico das folhas Barbacena e Divinópolis (Setor Sul).M. R.. aos visitantes. inclusive com placas de proibição de passagem para locais não permitidos e informações dos motivos. O Pré-Cambriano do Brasil.P. 101-102. Editora Edgard Blucher.R. Minas Gerais: Bases para a interpretação da evolução das bacias sedimentares.V. In: Simp. são camuflando acessos múltiplos com os mesmos destinos ou que levam a locais onde a visitação não é permitida.B.F.7). Sudeste.Figura 12. aos visitantes. F.8). ALMEIDA F. F.000. principalmente os abertos a visitação. 378 p.. B. São Paulo. _____. 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Durante o final da década de 80.UFRJ). mestrado em Geologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991) e doutorado em Geociências (Geoquímica e Geotectônica) pela Universidade de São Paulo (2001). realizou estudos com enfoque eminentemente estrutural e litoestratigráfico na Região de Ibitipóca. Sul de Minas Gerais". Georientação. Seropédica nummer@ufrrj. Participou como aluno nos Cursos de Especialização em Ensino de Geociências (UNICAMP) e Geoprocessamento (LAGEOP . que resultou em sua dissertação de mestrado intitulada "Mapeamento Geológico Litoestrutural e Tectônica Experimental do Grupo Andrelândia na Região de Santa Rita do Ibitipóca . Geopedologia. UFRuralRJ.br 15 .Lima Duarte.Alexis Rosa Nummer Possui graduação em Geologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1984).
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