GL O S S Á R I O DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 3a e d i ç ã o Desertificação Milhões de hectares 300 250 Desmatamento 200 Superpastejo 150 Cultivos 100 50 0 África Ásia Australásia Europa Re giões América do Norte América do Sul GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 1 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 2 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS BRENO MACHADO GRISI GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (3ª edição revisada e ampliada) ILUSTRADO COM FOTOS, QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS JOÃO PESSOA 2007 3 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Breno Machado Grisi Endereço eletrônico:
[email protected] Blog: http://brenogrisi-ecologiaemfoco.blogspot.com Capa: no sentido horário começando com o (i) mapa resumido dos biomas brasileiros (informação/divulgação do Ministério do Meio Ambiente); (ii) pintor-verdadeiro (Tangara fastuosa), pássaro da Mata Atlântica (foto de documento sobre a Mata Atlântica, sem dados da publicação); (iii) captação e armazenamento do dióxido de carbono (foto de documento sobre iniciativa de estudos do IPCC – International Panel on Climate Change,); (iv) gráfico representativo da desertificação mundial; (v) carvoaria na amazônia, uma das causas do desflorestamento (foto reproduzida de Collins, M. (ed.) (1990) The last rain forests. London, Mitchell Beazley Publ., 200p.) 4 Marias”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS HOMENAGEIO os “Severinos. das caatingas do Nordeste. mesmo sem ter um mínimo conhecimento teórico hoje propiciado pela ecologia e ciências ambientais. Josés. “ecólogos” anônimos que puseram nomes em todas as plantas e praticamente todos os animais desse bioma brasileiro e sempre souberam usufruir dos limitados recursos da Natureza ao seu alcance... DEDICO às crianças brasileiras cujos pais desprovidos de recursos. não poderão lhes dar a oportunidade de se beneficiarem com os resultados práticos da ciência e tecnologia 5 . “botânicos”. “zoólogos”. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 6 . mas o de estabelecer limites para o erro infinito” Bertolt Brecht 7 .GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS “O objetivo da ciência não é o de abrir portas para a sabedoria infinita. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 8 . 9 . aos Mestres que testando as edições anteriores “na linha de frente” dos estudos em ecologia. está sempre muito distante para ser alcançado.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Agradecimentos: a todos que tiveram oportunidade de testar os termos inseridos nas duas primeiras edições e cujas sugestões estimularam-me na busca da melhoria do presente trabalho. Agradeço em particular. ajudaram-me a entender que o objetivo final de quem tenta contribuir para o conhecimento das ciências que lidam com o meio ambiente. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 10 . A vivência ou confirmação dos fenômenos e processos descritos como novos. cujos estudos iniciaram-se com os gregos (Aristóteles. e um dicionário é um trabalho mais ambicioso. estariam hoje com mais de “230 anos de existência”. era um observador perspicaz da Natureza).Harper (nas edições 2a.Townsend e J. estão relacionados direta ou indiretamente com as características ambientais do ser vivo. relacionados com as “ciências ambientais”. C. é usualmente de comprimento modesto. 11 . fazendo-os comuns e desejavelmente.. em oposição a um Dicionário e a um Vocabulário: “um glossário é uma lista alfabética de palavras difíceis que são usadas num assunto ou texto específico.L. Os termos aqui incluídos foram selecionados a partir de conceituações feitas pelos autores de livros e artigos relacionados na bibliografia consultada e apresentada no final do glossário. Suponhamos que se cada século vivido por nós do mundo ocidental correspondesse a 10 anos. 384 a 322 a. que se originou como ciência no início do século XX. fixarão os termos introduzidos. como a botânica e a zoologia. Daí a possível explicação à tendência de se introduzir tantos termos. tudo é julgado como obscuro. a botânica e a zoologia. pode ser considerada como disciplina novíssima. ou melhor dizendo. embora tenha termos com semelhanças a de um glossário”. enquanto num vocabulário. botânica.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS apresentação N ão há nenhuma pretensão aqui de apresentar uma enciclopédia ou dicionário tecnológico com todos os termos ecológicos. devido às novas descobertas e necessidade de definí-las ou conceituá-las. oceanografia etc). Neste aspecto é interessante lembrar o que diz o “The New Fowler’s Modern English Usage” (um clássico da língua inglesa) sobre o que seja um GLOSSÁRIO. fáceis de serem entendidos.C. O objetivo maior é definir claramente alguns dos termos mais comuns de ecologia e ciências ambientais. enquanto a ecologia estaria prestes a completar seu “1o aninho de vida”.Begon. A ecologia. Neste aspecto. São também focalizados termos que. comparada com outras disciplinas das ciências biológicas. nele é selecionado o que se julga ser obscuro. embora de emprego comum em outras ciências (geologia.R. por exemplo. não haveria como negar que a obra maior de referência aqui utilizada foi o livro dos ecólogos M. são muitos os sites disponíveis na Internet e que podem ser de grande utilidade para enriquecer conhecimento e elucidar dúvidas. devendo ser complementada com consultas a outras mais específicas. Hoje em dia. considero ser uma experiência incipiente. Muitos desses termos foram modificados em sua definição. 12 . visando atender aqueles que estudam ecologia ou que estão interessados no conhecimento das ciências ambientais. Outra obra de consulta freqüente. devendo por isso ser melhorado e ampliado futuramente. apenas mais uma obra simples de referência. críticas e sugestões. ser cuidadoso com relação às fontes de consulta. para facilitar seu entendimento ou complementar sua conceituação.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS do ano 1990 e 4a. que em sua quinta edição (2007) inclui uma nova seção de grande utilidade (“Data Analysis Update”. foi a de R. Este glossário. que constam da bibliografia.E. solicitam-se aos consulentes em geral. constando da Bibliografia. Ricklefs (“The economy of nature”). mesmo em sua terceira edição. de 2006). para os mais avançados e que figuram na “Bibliografia Utilizada para o Glossário”. ou Atualização de Análise de Dados). Considero ser o presente trabalho. Neste sentido. direcionada para principiantes. devendo o leitor no entanto. Exemplo: • HABITAT HABITAT = ECOTOPO = BIOTOPO A definição é dada no termo mais comum: HABITAT. com mesmo significado ecológico. • ACIDÓFILO (ACIDOFÍLICO. de: • “FITNESS” O termo (sem equivalente preciso em português) é definido em “fitness”. Alguns outros termos são usualmente utilizados como denominações compostas. aparecem verbetes (termos de entrada) em inglês. Exemplo: • CARNÍVORO (Ver CADEIA ALIMENTAR) No verbete CADEIA ALIMENTAR o termo carnívoro é definido. ACIDOFILIA) ACIDOFÍLICO e ACIDOFILIA são termos derivados ou relacionados ao termo ou verbete de entrada ACIDÓFILO. por serem às vezes mais conhecidos sob a denominação original. ou o termo em português ainda não está bem definido ou não se consagrou seu uso. • “GUILD” O termo (sem equivalente preciso em português) é definido em “guild”. ou outra língua. mas o nome principal vem em primeiro lugar e o complemento vem logo após vírgula: • AUTOTRÓFICO.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Aos consulentes Quando determinado termo tiver sinônimos ou corresponder a termos similares. Estes são os casos. 13 . por exemplo. LAGO Embora raros. estes figuram com um sinal de igualdade. no qual foram necessariamente inseridos. Alguns termos estão definidos em outros. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 14 . denunciando. Redonda. e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ABISSOBENTÔNICO (ou ABISSOBÊNTICO ou ABISSALBENTÔNICO ou ABISSALBÊNTICO) (Ver ZONA ABISSOBENTÔNICA. anêmona.. e lá vivem também golfinhos e aves marinhas (ver fotos que seguem do site ibama. no litoral sul da Bahia (a 70 km da costa). como os ácidos húmicos etc). Inúmeros são os peixes que habitam nos seus exuberantes recifes de corais (parus. 15 . como o do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Ex. ilhas. ABALOS SÍSMICOS (EM REPRESAS) Nas represas com grandes massas de água. falta. referindo-se. por exemplo em botânica. lembrando a palavra aderir. “Ad-” quer dizer “que se encontra do lado do eixo ou próximo a ele”. A parte da geofísica que estuda os terremotos e a propagação das ondas (elásticas) sísmicas é a Sismologia. Fatores abióticos ou componentes abióticos de um ecossistema: são os fatores ambientais físicos desse ecossistema (clima. Siriba. por exemplo) ou químicos (inorgânicos como a água. despigmentado).) desprovido de vida. “Ab-” significa “do lado oposto ou afastado do eixo”.. formando por vezes. dispostas em arco. barracudas. a alta pressão hidrostática pode gerar acomodações das camadas do subsolo. no mar. composto. meros. à face inferior da folha (abaxial). “ab-” e “ad-” Prefixos latinos. Alguns termos de entrada virão a seguir. o oxigênio e orgânicos. anaeróbio (que vive na ausência de oxigênio).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS A “a-” e “an-” Prefixo de origem grega indicando “ausência. a rochedo que aflora acima d’água. ave marinha e peixe-pedra). Sueste e Guarita.: acromático (sem coloração.br: no sentido horário começando com a vista aérea dos abrolhos. gerando abalos sísmicos. garoupas. arraias . Diz-se do meio ou do elemento (substância..gov.). e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ABROLHO Denominação dada geralmente. badejos. entre Caravelas (sul da Bahia) e São Mateus (norte do Espírito Santo). referindo-se no caso botânico à face superior da folha (adaxial). De julho a novembro as baleias jubarte ali procriam. constituindo-se nas ilhas de Santa Bárbara. enguias. sem”. sua provável origem de borda de cratera vulcânica. e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ABISSOPELÁGICO (ou ABISSALPELÁGICO) (Ver ZONA ABISSOPELÁGICA. (Ver BIÓTICO) ABISSAL (Ver ZONA ABISSAL. (Ver ESCALA DE RICHTER) ABIOSSÉSTON (Ver SÉSTON) ABIÓTICO Sem vida.. geralmente ocupando áreas extensas. O parque assenta-se sobre cinco formações rochosas. ABSORÇÃO Movimento de íons e água para dentro da raiz da planta. DENSIDADE ECOLÓGICA. é dita passiva. (Ver ABUNDÂNCIA RELATIVA.A. e europa ocidental contêm o “ABS”.U. Além disso. DENSIDADE. ABSCISÃO Processo natural em que duas partes de um organismo se separam.. quando se deseja informação superficial e mais rápida sobre determinada situação de uma planta ou animal (como por exemplo na seguinte classificação: 1) muito raro. sigla em inglês) é também um potente inibidor de crescimento. 2) raro. auxiliando a induzir e prolongar a dormência de gemas vegetativas. Cinqüenta por cento dos detergentes (líquido ou em pó) comercializados nos E. “ABS”) é uma substância surfactante (tensoativa) usada como detergente. sendo este muito procurado por ter eficiente propriedade de limpeza e produção de espuma. ABSENTEÍSMO Refere-se ao comportamento de certos animais que nidificam a uma certa distância de sua área de vivência (onde estão seus outros descendentes). e se é resultado de forças que “puxam” a água a partir da corrente transpiratória gerada pelas folhas. dedicando-lhes um mínimo de cuidado.. Não é imediatamente biodegradável e é altamente tóxico aos organismos aquáticos. 5) muito abundante). 3) ocasional. ABUNDÂNCIA Este termo é geralmente usado para designar uma estimativa grosseira de densidade. o ABA é inibidor de germinação de semente e exerce papel importante no fechamento de estômatos. 4) abundante.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver RECIFES) “ABS − ALKYLBENZENE SULPHONATE” O sulfonato de alquilbenzeno (sigla em inglês. e ESPÉCIE RARA) 16 . se ocorre como resultado de processos metabólicos da raiz (contra um gradiente) é dita ativa. frutos .) por ação de substância estimuladora (abscisina). flores. levando alimento para os filhotes. Aplica-se este termo ao processo de queda de partes de plantas (folhas. O ácido abscísico (ABA. e SILICATOS) ACIDOTRÓFICO (Ver ACIDÓFILO) ACLIMAÇÃO (ou ACLIMATAÇÃO) (Ver ADAPTAÇÃO) ACLIMATAÇÃO (ou ACLIMAÇÃO) (Ver ADAPTAÇÃO) 17 . Nestes ambientes com pH <5. ACEIRO Remoção de parte de uma vegetação feita para evitar a propagação do fogo ou como trilha.: animais vistos por hora) ou como porcentagem (ex. formam-se ácidos orgânicos que reduzem o pH das águas. Qualquer remoção de vegetação em torno de construção. pondo-os em solução. ACIDOFILIA) ACIDÓFILO = ACIDOBIÔNTICO Organismo que medra em ambiente ácido (em pH abaixo de 7). DENSIDADE. da classe dos aracnídeos. e “-filia” / “-filo”) ACIDÓFOBO (Ver ACIDÓFILO) ACIDÓLISE Em ambientes (alguns deles frios) onde a decomposição da matéria orgânica não é total. (Ver “alcali-”. tal como ocorre nos espodossolos (alguns dos antigos podzólicos). Usa-se o termo acidotrófico para designar aquele que se alimenta de substâncias ácidas (ou microrganismo que vive de substrato ácido). relacionando-se com o tempo (ex. e EFEITOS ANTIMICROBIANOS) ACARICIDA Diz-se da substância que mata ácaros e carrapatos (acarinos. ou seja. (Ver LATOLIZAÇÃO. ocorre a acidólise (ao invés de hidrólise). ao longo de cercas etc. O oposto. A planta que serve como hospedeira de ácaro é um organismo acarófito. usado em fitossociologia referindo-se às condições prevalecentes num certo local e que podem influenciar na possibilidade de um propágulo ali se estabelecer. o organismo que não consegue viver em tal pH é chamado de acidófobo (ou acidofóbico). tornando capaz a complexação do ferro e alumínio. ÁCIDO ABSCÍSICO e ABSCISINA (Ver ABSCISÃO) ACIDOBIÔNTICO (Ver ACIDÓFILO) ACIDÓFILO (ACIDOFÍLICO. ACETIFICAÇÃO Conversão por bactérias aeróbias. (Ver ABUNDÂNCIA. do filo dos artrópodes). e DENSIDADE ECOLÓGICA) AÇÃO BACTERIOSTÁTICA (Ver ANTIBIOSE. ACICULIFOLIADA (Ver FLORESTA ACICULIFOLIADA) ACIDENTAL (ou CASUAL) Diz-se geralmente de uma espécie vegetal que normalmente não ocorre numa certa comunidade ou habitat.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ABUNDÂNCIA RELATIVA Refere-se à abundância de um determinado organismo. As rochas que sofrem acidólise total (ex. ACASALAMENTO ou COPULAÇÃO EXTRA-PAR (Ver EXOCRUZAMENTO) “ACCESSIBILITÉ” Termo importado do francês. e EFEITOS ANTIMICROBIANOS) AÇÃO DEPENDENTE / INDEPENDENTE DA DENSIDADE (Ver DENSIDADE) AÇÃO FUNGISTÁTICA (Ver ANTIBIOSE.: porcentagem de quadrados ou pontos de amostragem ocupados por determinada espécie de planta ou animal fixo). de etanol para ácido acético. constituindo-se no processo dominante de decomposição dos minerais primários no solo. ACAROFITISMO Simbiose ácaro-planta. de reação com pH <3: KAlSi3O8 + 4H+ + 4H2O → 3H4SiO4 + Al3+ + K+) geram solos constituídos praticamente apenas dos minerais primários mais insolúveis. ACRIDOFAGIA Hábito de comer gafanhotos (estes acrídeos são insetos ortópteros heterometabólicos). A figura seguinte mostra a adaptação morfológica de folhas do carvalho negro (Quercus nigra) à luz (COLINVAUX. Serve de abastecimento d’água (manancial) e para irrigação. A B C D E Obs. A adaptação vai além da mera tolerância às flutuações ambientais. ACTINORRIZA Tipo de actinomiceto (bactérias filamentosas do gênero Frankia) que vive em simbiose com raízes de certas plantas. progressivamente. devendo-se entender que “ajustarse” é uma conseqüência do passado. próximo do solo. B: Folha de um ramo à sombra. ACUMULAÇÃO (ou GRAU DE ACUMULAÇÃO) (Ver GRAU DE ACUMULAÇÃO) ADAPTAÇÃO ADAPTAÇÃO = ADAPTAÇÃO ECOLÓGICA Capacidade que tem determinado ser vivo (ou determinado elemento constituinte morfológico ou fisiológico do organismo do ser vivo) de ajustar-se a um ambiente. ACTÓFILO (ACTOFILIA) Organismo que vive sobre rochas costeiras. de A para E.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ACLIVE CONTINENTAL (Ver TALUDE (e TALUDE CONTINENTAL). reduzindo a intensidade da cor verde). à medida em que elas vão estar em maior contato com a luz (no topo das árvores). Acridófago é aquele que come gafanhotos. importante na absorção da luz. A adaptação envolve mudança genética. do hemisfério norte por exemplo. para o alto da árvore. do inglês “hardening” = robustecimento. (Ver “-cola”) ACTINOMICETO Denominação não-taxonômica dada a um tipo de bactéria filamentosa. e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ACONDICIONAMENTO DE NICHO (Ver NICHO ECOLÓGICO) ACREÇÃO Um aglomerado ou deposição de material. em que os vegetais. D e E: folhas. como alguns seres humanos africanos. apresentando certas características que a põem entre a bactéria e o fungo verdadeiro. (Ver FATOR LIMITANTE) 18 . Às plantas de clima frio. estes se acentuam à medida que as folhas reduzem a superfície do limbo. ou seja. nigra. comparada com os lobos da folha. ao passo que a aclimatação geralmente não envolve. estende-se à participação ativa na periodicidade (Ver RELÓGIO BIOLÓGICO) como um meio para coordenar e regular funções vitais.: 1) A: folha de plântula de Q. Em muitos ecossistemas observa-se uma redução da intensidade clorofílica nas folhas de sombra (do estrato inferior) para as de sol (do estrato superior) (na figura. 1986). depende do estádio de desenvolvimento da planta. C. ACRODENDRÓFILO Que vive no topo de árvores. ocorrendo geralmente no processo de sedimentação. como a Casuarina. endurecimento). AÇUDE Reservatório de água. já em outubro (no outono) adquirem tolerância ao abaixamento da temperatura. 2) Os círculos desenhados nas folhas realçam a superfície do limbo. natural ou feito pelo homem a partir de represamento de um rio ou condução de água vinda de outro local. Tal tolerância ao resfriamento. inaptos a lidarem com a friagem no verão. atribui-se uma reação de robustecimento (termo usado entre os horticultores. Tais aditivos são submetidos à rigorosa análise toxicológica. melhorar o sabor. ou evitar sua oxidação (antioxidantes) ou que não adquira umidade (antiumectantes) ou que a adquira (umectantes). (Ver COMPOSTAGEM. em oposição ao aloparasita. pela simbiose de suas raízes com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico. adicionadas aos alimentos processados. atingem a grandes distâncias da costa. AFITAL (Ver ZONA AFITAL) AFLATOXINAS Substâncias tóxicas. ADSORÇÃO Ligação. e COESÃO) ADUBAÇÃO ORGÂNICA Uso de material orgânico (partes de plantas. (Ver ADSORÇÃO. sem perda nem ganho de temperatura. os nutrientes necessários a uma boa produtividade. e FERTILIZANTE) ADUBAÇÃO VERDE Procedimento recomendado na agroecologia e hoje bastante utilizado na prática agrícola em geral. fornecendo a um cultivo. como o pH. em suspensão no ar ou gás. com diversos propósitos (conservar. ADITIVOS ALIMENTARES Substâncias.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ADAPTAÇÃO ECOLÓGICA (Ver ADAPTAÇÃO) ADELFOFAGIA Diz-se geralmente de larvas que se alimentam de outras larvas ou de ovos de animais que lhes são relacionados taxonomicamente (às vezes da mesma espécie). juntas. mal armazenados. que são partículas contendo sais marinhos. ou de várias populações. Exemplo: aerossóis marinhos. sua temperatura cairá ao tempo em que se expande para ocupar maior volume. (Ver ADESÃO. cor ou textura ou alterar outras características. AERÓBIO Organismo que respira aerobiamente. ADESÃO Atração molecular que mantém duas substâncias dissimilares. a uma massa de ar que se eleva. de íons ou compostos à superfície de sólidos. Alguns invertebrados marinhos (ostras. de incorporar ao solo matéria orgânica proveniente de um cultivo (geralmente os remanescentes deixados após a colheita do produto agrícola desejado). ou como resultado de processos reprodutivos ou como resultado de atrações sociais (nos animais superiores). produzidas por fungos (Aspergillus flavus) que proliferam em grãos de amendoim. e COESÃO) ADIABÁTICO Aplica-se este termo. em resposta às diferenças de habitat ou em resposta às mudanças diárias ou estacionais. complementar com vitaminas ou aminoácidos. ADELFOPARASITA Um organismo que parasita um hospedeiro que se lhe relaciona taxonomicamente. (Ver RESPIRAÇÃO AERÓBIA) AEROSSOL Pequena partícula (< 0. por exemplo. dejetos animais etc) para fertilizar um solo. geralmente temporária. Em algumas populações 19 . ou seja. trigo ou milho. como a que ocorre entre a água e partículas minerais do solo. E em assim sendo. mexilhões) também podem concentrar aflatoxinas em suas carnes. ao tempo em que se evita sua erosão e degradação de suas propriedades. antes de se permitir seu uso na indústria alimentícia. Utiliza-se esta expressão também quando se deseja referir-se ao enriquecimento em nitrogênio que as leguminosas proporcionam ao solo. que conduzidas pelo vento. com a finalidade de melhorar as condições nutricionais e edáficas do solo. cancerígenas.001 mm) sólida ou líquida. AFÓTICO (Ver ZONA AFÓTICA) AGENTE LARANJA (Ver DIOXINAS) AGENTE POLUIDOR (Ver POLUENTE) AGREGAÇÃO Agrupamento de indivíduos de uma mesma população. reduzindo-se sua pressão e se expandindo adiabaticamente na atmosfera. naturais ou sintéticas. AGROCLIMATOLOGIA O estudo do clima em relação à produtividade de plantas e animais de importância na agropecuária. segundo W. baraúna. sendo também usada a expressão “clear cutting”). primitivo. 20 . adotado historicamente nos ecossistemas de floresta tropical. A área inicial abandonada. em inglês). sem equivalência precisa em português). No agreste da borborema ocorrem: catingueira. Schinopsis brasiliensis.. mandioca. além de outras. No primeiro ocorrem: marmeleiro. No processo de agregação vale considerar o “egoísmo dentro da manada” (tradução literal do inglês “selfish herd”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (inclusive a de seres humanos) ocorre uma agregação num determinado local do seu habitat escolhido como área de dormida. autor: Pieter Vranckx) vê-se sistema agroflorestal na caatinga.org. feita para controlar as “ervas daninhas” que nelas proliferam. Anadenanthera macrocarpa. As queimas de pastagens. preservando a biodiversidade e as características.D. onde se estabeleceu vegetação secundária. abandonando essa área que se tornou improdutiva. extrativista. também conhecido por “slash-and-burn” (em inglês. palma . possuindo portanto espécies vegetais comuns desses ecossistemas. AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA Uso de energia (energia solar. a periferia é mais suscetível ao ataque de predadores. (Ver BIOCLIMATOLOGIA) AGROECOLOGIA Aplicação de princípios ecológicos nas ciências agronômicas. ou seja. AGRICULTURA ITINERANTE Tipo de sistema agrícola (“shifting cultivation”. Spondias tuberosa. Tem sido agora comum encontrar-se na amazônia. além de bromeliáceas e cactáceas. principalmente em Rondônia.) e em período seco (à direita. por exemplo. angico.Hamilton. são também consideradas como sério problema ecológico. Cereus jamacaru. do sistema original natural. como o facheiro. umbuzeiro. de tração animal e do próprio homem) visando uma produção agrícola apenas suficiente para gerar alimento e recursos para o sustento do próprio agricultor e sua família. no estado da Paraíba. obtendo durante poucos anos (4 a 6 ) alimento e posteriormente. Crotalum sp. procedimento similar é encontrado na caatinga. estando aqui inserido o ser humano. No nordeste brasileiro. Ao aumento de densidade de predador em locais (ou manchas de habitat da presa) onde se concentre maior número de presa. mandioca etc. com cultivos de banana. Nas fotos que seguem (do site: www. em período chuvoso (à esquerda. de maneira a manter o sistema economicamente produtivo. Em certas agregações. e o pau d’arco Tabebuia sp. entre parcelas de plantio de mandioca. pesca e caça) é que pode se constituir em garantia de sucesso ecológico e econômico na obtenção de melhor qualidade de vida ambiental. (Ver BIOAGRONOMIA) AGROECOSSISTEMA (Ver AGROSSISTEMA) AGROFLORESTA O sistema agroflorestal baseia-se na reconstituição do complexo sistema florestal original. Alguns autores subdividem o agreste em sublitorâneo e da borborema. o plantio de árvores frutíferas nativas. Na amazônia os indígenas ainda praticam a agricultura itinerante. A combinação deste sistema com diversidade de atividades antrópicas (agrícola. queimando-o como preparo da terra para o cultivo de subsistência. em que o ser humano derruba trecho da floresta. o mais próximo possível. Zizyphus joazeiro. milho. Caesalpinia pyramidalis. Opuntia sp). plantando milho.br. Raramente há produção de excedente para a comercialização ou para armazenar.. nele inserindo-se algum tipo de cultivo ou diferentes tipos de cultivo. juazeiro. Passa então a ocupar novo trecho de floresta e assim por diante. como suprimento para “tempos mais difíceis”. em algumas populações animais com certa organização racional. o “território perigoso”.biosferadacaatinga. agroflorestal. assim como muitos agricultores ditos civilizados usam este sistema. AGRESTE Ecossistema de transição entre a mata úmida e a caatinga. os novos indivíduos são admitidos no grupo ocupando inicialmente a borda. dá-se o nome de resposta de agregação. após cerca de 20 anos. com cultivo de palma. poderá ser novamente utilizada para o cultivo. bebidas. destilarias de álcool. ÁGUA DE PERCOLAÇÃO ÁGUA DE PERCOLAÇÃO = ÁGUA INTERSTICIAL Água. nos seus espaços ou interstícios. dá-se o nome de agrofloresta. de 18/06/86 estabelece nove classes para as águas doces. salobras e salinas do Território Nacional. b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas. 21 . ÁGUA CAPILAR Água existente nos poros do solo. AGROTÓXICO (Ver PESTICIDA) ÁGUA BRUTA Água. geralmente para abastecimento. (Ver AGROECOLOGIA) AGROSSISTEMA AGROSSISTEMA = AGROECOSSISTEMA = ECOSSISTEMA AGRÍCOLA Sistema ecológico introduzido e manipulado pelo homem. ÁGUA DURA (Ver DUREZA DA ÁGUA) ÁGUA HIGROSCÓPICA Vapor d’água adsorvido às partículas do solo. sucos e conservas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS AGROINDÚSTRIA Atividade industrial baseada no beneficiamento de produto obtido da agricultura e/ou pecuária. Quanto às águas doces há as seguintes classes e respectivas destinações: I-Classe especial destinada: a) ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfecção. ÁGUA INTERSTICIAL (Ver ÁGUA DE PERCOLAÇÃO) ÁGUA MOLE (Ver DUREZA DA ÁGUA) ÁGUA POTÁVEL Água de boa qualidade. satisfazendo aos padrões de potabilidade determinados pelo Ministério da Saúde. aderindo às partículas como uma película e que sob a influência de “forças capilares” (decorrentes de um gradiente de potencial de água) disponibiliza-se à absorção pelas raízes das plantas e pela microbiota. (Ver ECOLOGIA INDUSTRIAL) AGRONOMIA Conjunto de ciências e princípios aplicados à agricultura. A Resolução CONAMA nº 20. óleos vegetais. curtumes. As raízes de muitas plantas se beneficiam somente dessa água. fecularias. geralmente de precipitação pluvial. (Ver AGROFLORESTA. e ECOSSISTEMA) AGROSTOLOGIA Estudo das gramíneas. que penetra no solo. laticínios. antes de receber qualquer tratamento. ou seja. Exemplos: usina de cana-de-açúcar. constituído por seres vivos (componente biótico) em interação com o ambiente (componente abiótico). No caso específico de cultivo introduzido em floresta. adequada para o consumo humano. têxteis. AQÜICULTURA. frigoríficos e matadouros. ele é dito alcalófilo (ou alcalifílico) ou ainda basófilo (ou basofílico). após tratamento convencional. ou seja. responsáveis por uma mesma característica hereditária. a febre tifóide e o sarampo.067 0. No caso de doença.001 0. b) à irrigação de culturas arbóreas.005 0. c) à recreação de contato primário (natação. c) à dessedentação de animais. e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana. d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película.2 8.0 29. de um mesmo par de cromossomos. c) aos usos menos exigentes. contendo resíduo com potencialidade para poluir. e se não o tolera é dito alcalófobo ou basófobo. os coliformes totais deverão estar ausentes em qualquer amostra.125 0.62 0. citam-se como exemplos. ÁGUA SUBTERRÂNEA (Ver LENÇOL FREÁTICO) AGUDO (EFEITO AGUDO / DOENÇA AGUDA) Efeito / doença que ocorre em curto espaço de tempo. ALDRIN (Ver ORGANOCLORADO) ALELO Um ou outro gene. como os derivados da exaustão do diesel. significando “soda”. III-Classe 2 destinada: a) ao abastecimento doméstico. IV-Classe 3 destinada: a) ao abastecimento doméstico. V-Classe 4 destinada: a) à navegação.4 0. cerealíferas e forrageiras. b) à proteção das comunidades aquáticas. irritando nariz e olhos. 1986). Alguns são venenosos. após tratamento convencional. uma vez que participa do fluxo energético. qualquer substância de sabor cáustico ou acre e que tem sido utilizado para indicar meio ou ambiente alcalino ou básico (com pH acima de 7).15 0. Como exemplo de seus valores. Para as águas de Classe Especial. (Ver EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG) 22 .21 2. Certos aldeídos poluentes têm cheiro desagradável. d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas. “alcali-” “alcali-” = “basi-” Prefixo de origem árabe. (Ver CRÔNICO) AIA (AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL) (Ver IMPACTO AMBIENTAL) ALBEDO Relação entre a energia (solar ou eletromagnética) incidente e a refletida.0001 0. Planta incapaz de tolerar solo alcalino ou básico é dita basífuga. natação e mergulho).001 ÁGUA RESIDUÁRIA Água de despejo. c) à recreação de contato primário (esqui aquático.104 0. b) à proteção das comunidades aquáticas. por exposição à determinada substância tóxica / agente causador de doença.009 0. É de importância ecológica. chamados de homólogos. RESERVATÓRIO Oceanos Gelo glacial Lençol freático Água retida no solo Água doce dos lagos Mares em terra e lagos salgados Rios e riachos Atmosfera (nuvens e vapor no ar) VOLUME DE ÁGUA (X 106 km3) 1322. No quadro que segue estão representados os valores das principais fontes de água da Terra (COLINVAUX. esqui aquático e mergulho).013 TOTAL (%) 97. geralmente representados em porcentagem. (Ver ACIDÓFILO) ALDEÍDOS Compostos orgânicos que contêm o grupo -CHO ligado a hidrocarbono. um solo arenoso tem um albedo de 25 a 30 e uma floresta de 5 a 10. b) à harmonia paisagística.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS II-Classe 1 destinada: a) ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado. podendo ocorrer morte ou recuperação rápida. Se um organismo tem afinidade por este meio ou ambiente. e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação humana.008 0. são também alcunhados de “invasores”. são em muitos casos. (Ver “-coria”) ALÓCTONE ALÓCTONE = INVASOR Organismo alóctone. organismos alóctones. (Ver RELAÇÃO ALOMÉTRICA) ALOMÔNIO (Ver FEROMÔNIO) ALOPARASITA Um organismo que parasita um hospedeiro que não se lhe relaciona taxonomicamente. também chamado de “invasor”. diferenças raciais e história evolutiva. como por exemplo: alocórico. (Ver FEROMÔNIOS. que viabilizam mudança comportamental em indivíduos de outra espécie. produzido por liquens. em oposição ao adelfoparasita. assim chamadas pelos ecólogos e conhecidas na linguagem agronômica como “ervas daninhas”. intimamente relacionadas. Há inúmeros termos com este prefixo. problemas de dose-resposta. apresentam convergência de 23 . descendentes de um ancestral comum (portanto. (Ver AUTÓCTONE) ALOGAMIA (Ver EXOCRUZAMENTO) ALOMETRIA Estudo das mudanças de proporções das partes de um organismo no decorrer do seu crescimento. do mesmo gênero). aloquímico. através de substâncias químicas inibidoras produzidas por plantas. (Ver ANTIBIOSE) ALELOQUÍMICOS São produtos ditos semioquímicos. que inibe plântulas de coníferas e que tem efeito antibiótico sobre fungos. ALGÍVORO (ALGIVORIA) Organismo que se alimenta de algas. alomônio. Um exemplo é o ácido úsmico. A “lei alométrica” tem sido aplicada com sucesso nos aspectos relacionados ao metabolismo. alóctone etc. (Ver ADELFOPARASITA) ALOPATRIA Caso em que duas espécies. é aquele que se origina em outro local e é transportado para determinado ambiente na forma vegetativa ou de esporo. embora vivendo geograficamente separadas. CLASSIFICAÇÃO DE) ALITIZAÇÃO (Ver SILICATOS) ALLEE (Ver PRINCÍPIO DE ALLEE) ALLEN (Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS) “alo-” Prefixo significando “outro”. e PESTICIDA) ALGICIDA Agente químico que mata alga. As “plantas invasoras” de cultivos. ALOCAÇÃO REPRODUTIVA (Ver ESFORÇO REPRODUTIVO) ALOCÓRICO (ALÓCORE) Ocorrendo em duas ou mais comunidades dentro de uma determinada região geográfica. Animais que foram inadvertidamente introduzidos pelo ser humano em ambientes que lhes são estranhos. aloparasita. ALGOLOGIA (Ver “fico-”) ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS (Ver TRANSGÊNICOS) ALISSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ALELOPATIA Termo geralmente usado para indicar a inibição do desenvolvimento de uma população. (Ver INTERAÇÃO ECOLÓGICA) AMETABÓLICO (ou AMETÁBOLO) Diz-se do inseto que se desenvolve sem metamorfose. mas a população produtora não é afetada diretamente pela supressão da população competidora. Quando uma substância que forneça íon 24 . fisiológicas. “altruism” e “selfishness” ou “spitefulness”) nos estudos sobre interações sociais entre certas espécies (como em insetos sociais).ou NH3 + H2O ↔ NH4 + OH-. AMBIENTALISTA (Ver ECOLOGISMO. Na água. formando-se íons NH4+ e íons OH. dá-se a essa comunidade vegetal também o nome de orófila (fala-se que orófito é um vegetal da montanha). poderão estar se não forem adotadas medidas urgentes para sua proteção. para o planejamento econômico. é dita vegetação aluvial. lagoas e assemelhados. ou seja.: pulga. enfatizaram a necessidade de se introduzir processos produtivos que trabalhassem com a Natureza e não contra ela. proveniente do próprio rio. Esta última terá seu “fitness” reduzido. (Ver JOGO DO FALCÃO-POMBO) “ALTWASSER” (Ver MEANDROS) ALUVIÃO Deposição de material. como as dos gêneros Pseudomonas. priorizando o uso de produtos orgânicos e os recicláveis.: uma população pode produzir toxina que inibirá outra população. No egoísmo o “fitness” do doador aumenta. professado pelo ecólogo norte-americano Barry Commoner e pelo economista alemão Ernst Friedrich Schumacher. LAGO (Ver AUTOTRÓFICO. (Ver ELUVIÃO) AMBIENTALISMO DA EMANCIPAÇÃO Talvez seja esta expressão a mais adequada para traduzir a expressão norte-americana “emancipatory environmentalism” ou ecologia do bem-estar humano. (Ver ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO. age como uma toxina ou como um redutor de digestibilidade. Os solos de aluvião são geralmente. (Ver HOLOMETABÓLICO. piolho). e ECOFEMINISMO) AMBIENTE (Ver MEIO AMBIENTE) AMEAÇADO DE EXTINÇÃO Alguns autores aplicam este termo para espécies que. isto é. o gás de amônia tem alta solubilidade. nas margens ou várzeas de rios.a partir das seguintes reações: NH4OH ↔ NH4 + OH. ALOTRÓFICO. ecológicas ou de comportamento) similares. LAGO) ALPINO (ou ALPESTRE) e SUBALPINO Os organismos que vivem em altitudes elevadas (a 1000 m ou mais de altitude) são geralmente denominados de alpinos ou alpestres. em fitogeografia. Uma vegetação que ocorra em áreas sob influência dos cursos d’água. O isolamento geográfico (ou uma barreira topográfica ou espacial qualquer) pode resultar numa especiação alopátrica. têm características (morfológicas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS caractéres. ocorre a partir da degradação de aminoácidos realizada por bactérias específicas. e HEMIMETABÓLICO) AMONIFICAÇÃO Processo de formação de amônia. a larva ao eclodir do ovo já tem a forma do imago ou adulto (ex. é uma aproximação de caráter mais ambientalista. (Ver SIMPATRIA) ALOQUÍMICO Um composto secundário produzido por plantas. geralmente arbustiva ou herbácea. e “IUCN”) AMENSALISMO Tipo de interação ecológica na qual uma das populações é inibida e a outra não é afetada. refere-se às plantas que vivem no alto das montanhas. No altruísmo a espécie recipiente recebe o benefício da espécie doadora. O termo subalpino. Clostridium e Penicillium. Ex. ALQUILBENZENO (Ver “ABS − ALKYLBENZENE SULPHONATE”) ALTRUÍSMO e EGOÍSMO (ou MALEVOLÊNCIA) Alguns autores usam estas expressões (em inglês respectivamente. holística. embora não estejam ainda sob risco de extinção. como parte de seu mecanismo de defesa contra herbívoros. Estes. férteis e produtivos. que no solo. Os termos potamódromo e oceanódromo dizem respeito aos organismos que só se movimentam (ou migram) nos rios e nos oceanos. Melhor metodologia é aplicada num programa para computação (VORTEX) e que analisa a viabilidade de populações sujeitas às interações determinísticas e processos ao acaso. respectivamente. de outubro a maio.C. ANÁLOGOS (Ver ESTRUTURAS ANÁLOGAS e ESTRUTURAS HOMÓLOGAS) ANDROCÓRICO (ANDROCORE) Dispersão pela ação humana. É uma fase de assimilação. quanto às suas chances de se extinguirem. identificáveis. Algumas espécies realizam a piracema todos os anos. é uma estimativa das probabilidades de extinção de uma população. há liberação de íon de amônia. Um exemplo de sua aplicação pode ser visto no trabalho de um dos seus pioneiros em usá-lo: “Lacy. Daí se inferem as mudanças ocorridas no tamanho da população. para a desova. causada muitas vezes pelo pastejo de caprinos ou por esquilos. VORTEX: a computer simulation model for population viability analysis. ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DE UMA POPULAÇÃO Análise geralmente feita sobre populações ou espécies sob risco de extinção. (Ver DEFESO) ANAERÓBIO Organismo que respira anerobiamente. a partir de análises do processo de extinção que incorporam ameaças. Neste programa são simulados: processos de nascimento e morte. nas quais um organismo pode viver e prosperar. 25 . e ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO) ANÁLISE DO FATOR CHAVE Estimativa do número de indivíduos de uma espécie presentes numa área em determinado tempo da “estatística vital da população” em que são computadas as condições anteriormente presentes. construtiva. como mamíferos. em que se procura verificar ao acaso o número de filhotes que cada fêmea gera anualmente e qual dos dois alelos de um locus gênico é transmitido de cada um dos pais para cada descendente. 20(1): 45-65”. Este é uma ferramenta que explora a viabilidade de populações sujeitas a inúmeros fatores que as põem em risco (perda de habitat. pela reação: NH3 + H+ → NH4+. R. O termo “tolerância” será melhor usado quando se desejar referir-se aos extremos dentro dos quais um organismo pode sobreviver. (Ver LEI DA TOLERÂNCIA) ANABOLISMO Fase inicial do metabolismo. para a desova. coelhos e outros roedores. (Ver ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO.). (Ver NITRIFICAÇÃO. menos mortes ocorridas. mais imigrantes e menos emigrantes. Este autor afirma que o VORTEX é particularmente recomendado para investigar espécies animais com baixa fecundidade e longo período de vida. (Ver CATABOLISMO. e METABOLISMO) ANÁDROMO ANÁDROMO = PIRACEMA Organismo. em direção ao mar. geralmente peixe. sendo este aspecto tratado no termo ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO. competição ou predação por espécies introduzidas. provocando morte da planta. e DESNITRIFICAÇÃO) AMPLITUDE ECOLÓGICA AMPLITUDE ECOLÓGICA = LIMITE DE TOLERÂNCIA = TOLERÂNCIA AMBIENTAL Amplitude de condições ambientais. onde ocorre síntese de substâncias que se constituirão na estrutura celular de um organismo. (Ver RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA) ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO A análise de viabilidade de uma população. etc. Wildlife Research. uma vez que o fluxo de carboidratos entre as folhas e as raízes é interrompido. (Ver “-coria”) ANELAMENTO Remoção dos tecidos vegetais do câmbio e floema de uma árvore (ou arbusto). super-captura. Utiliza-se nesta análise um modelo de simulação para computador denominado de VORTEX. que sobe o rio em direção às cabeceiras. de transmissão de genes através de gerações.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS de hidrogênio é adicionada a uma solução de amônia. Denomina-se catádromo o peixe que desce o rio. adicionadas principalmente dos processos de nascimento. (1993). aves e répteis. conhecida originalmente em inglês como “PVA − Population Viability Analysis”. à sobrevivência de uma população. os fatores sociais. para estudo de aves migratórias. A antibiose diz respeito tanto a organismos superiores quanto a microrganismos. Antagonismo. e SINERGISMO) ANTAGONISMO MÚTUO Refere-se à ação negativa recíproca. por determinado indivíduo ou população.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ANEMOCORIA (Ver “-coria”) ANEMOFILIA (Ver “-filia” / “-filo”) ANILHAMENTO Tipo de marcação usada para identificar um animal em estudo. interpretando tudo em função de sua existência. “ANIMALIA” (Ver REINO) ANÓXICO Sem oxigênio. (Ver EXTINÇÃO ANTROPOGÊNICA) APA (Ver ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL) APARTE (Ver “CULL”) 26 . (Ver ECOCÊNTRICO) ANTROPOGÊNICO Refere-se à antropogenia ou antropogênese. em que se coloca um anel numa das patas. castaneum. contendo informações (numéricas) de sua origem. Se a substância impedir desenvolvimento de fungo. econômicos e culturais. produzida pelo mofo (que ocorre no pão) e inibidora do desenvolvimento de bactérias (ação bacteriostática). parasitismo e predação (ou predatismo)” e em que uma das espécies em interação se beneficia. (Ver ANTAGONISMO. é oposto a sinergismo. na competição interespecífica ou na predação mútua. (Ver ANTRÓPICO) ANTRÓPICO Relativo ao homem. em termos gerais. Aplica-se o termo antagonismo mútuo ou ainda predação recíproca ao caso em que indivíduos de duas espécies diferentes competem entre si. Há circunstâncias em que se usa este termo para indicar algo “de origem humana ou causado pelo homem” (ver EXTINÇÃO ANTROPOGÊNICA). predam ovos e pupas. e PREDAÇÃO MÚTUA) ANTAGONISTAS (Ver ANTAGONISMO. (Ver ALELOPATIA. que diz respeito à origem e desenvolvimento da espécie humana. como as do exemplo clássico descrito. (Ver COEFICIENTE DE INTERFERÊNCIA. e EFEITOS ANTIMICROBIANOS) ANTIMICROBIANOS (Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS) ANTRÓPICO Relativo ao ser humano. nos referimos ao “meio antrópico”. ou seja. danosa a outro indivíduo ou outra população com a qual compete. adultos e larvas destas espécies. ou seja. ANTAGONISMO ANTAGONISMO = INTERFERÊNCIA Termo que reúne as categorias de interação ecológica: “competição. que vivem preferencialmente em farinha de trigo (os coleópteros Tribolium confusum e T. comensalismo. em interação com o ambiente em que ele vive. e RECURSOS ANTAGONISTAS) ANTIBIOSE Produção de substância. Quando por exemplo. queremos dizer tudo que diz respeito ao homem. geralmente entre duas espécies. neste último caso cita-se como exemplo clássico a ação da penicilina. ANTROPOCÊNTRICO Considerando o homem como o ser mais importante do Universo. reciprocamente. Muito útil. por exemplo. em termos daquilo que lhe pertence e relativo às suas ações e modificações que ele causa à Natureza. a ação é fungistática. P. às vezes berrantes e brilhantes.: (segundo LONGMAN & JENÍK.r2.1. mede-se o perímetro da árvore à altura do peito. que é o fato de algumas espécies realçarem cores.9 . carcinicultura etc). será: Área = π. peixes.3.π.7 50 0 25. Alguns destes animais são extremamente venenosos (rãs da amazônia) e outros têm sabor apenas desagradável. e DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) ÁREA BASAL Área seccional transversal de árvores. a área basal da circunferência assim delimitada é deduzida a partir das fórmulas: r = P / 2. CERCANDO UMA ou “APOSTANDO DOS DOIS LADOS” (Ver “BET HEDGING”) APTIDÃO (Ver “FITNESS”) AQUECIMENTO GLOBAL (Ver EFEITO ESTUFA) AQÜICULTURA Cultivo de organismos aquáticos. delimitada pela circunferência traçada à altura do peito. (Ver CAMUFLAGEM.16. DEFESA QUÍMICA. Logo. piscicultura. caranguejos e siris. AQÜÍFERA(O) Denomina-se aqüífera a rocha permeável à água. que servem de advertência para possíveis predadores.7 5265 805 Obs.6 2765 155 3 . onde r é o raio e P o perímetro medido. como se as árvores (com mais de 10 cm de perímetro) tivessem sido cortadas (a 1. de água salgada ou doce (de ostras. e MIMETISMO MÜLLERIANO (ou de MÜLLER)) “APOSTA. (Ver BIOCIDA) ARCHAEA (Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL. CRÍPTICO. Para calcular esta área.4 . comumente medida à altura do peito (Ver D. − DIÂMETRO À ALTURA DO PEITO) ou cobertura de uma determinada área ocupada por gramíneas. a área basal.4 760 15 5. 1987) são apresentados no quadro seguinte: ALTURA MÉDIA DA COPA (m) NÚMERO DE INDIVÍDUOS/ha ÁRVORES PALMEIRAS 35.7 315 0 14. retendo-a ou permitindo sua passagem para o lençol freático ARAUCÁRIA (Ver FLORESTA ACICULIFOLIADA) ARBORICIDA Um agente químico que mata árvore.A. ostreicultura. 1987) 27 ÁREA BASAL (m2/ha) 7.9 . A visão de uma determinada área em que se efetuou a medição de área basal seria semelhante à de uma “vista aérea” de um trecho da mata.1 14.6 5 2 1 .5 .23.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS APOSEMATISMO Embora pouco usado. este termo diz respeito a uma reação importante no reino animal. Alguns exemplos de valores de área basal da região central da amazônia (LONGMAN & JENÍK.8. camarões. conforme esquematizada a seguir uma área de 400 m2 (20 m X 20 m). Ao cultivo de organismos marinhos dá-se o nome de maricultura. A área basal é o melhor indicador da densidade de uma vegetação. MIMETISMO.30 m do solo). U. podem não ser comparáveis. com pouca ou nenhuma ocupação humana.092. com relação também de 2 : 1. que assim atuam como atrativos de átomos com cargas positivas e negativas. Citam-se os seguintes tipos (clássicos) de argila: montmorilonita (nome derivado de cidade francesa. no âmbito das atribuições do Ministério do Meio Ambiente.A. em alguns tipos de argila ocorrem também íons de ferro. daí sua CTC (seus sítios negativos) ser 28 . predominantemente coloidal e cristalina. do levantamento de solos daquele lugar nos E. desde que devidamente controlados pelos órgãos supervisores e fiscalizadores. às Unidades de Conservação. Área em geral de pequena extensão. (Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO A definição de regras para identificação de áreas prioritárias para a conservação. utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade. constituída por terras públicas ou privadas. Detalhes da instituição e aplicações de tal decreto podem ser vistos em PAZ et al. com relação camada de alumínio e sílica de 2 : 1. entre cujas camadas a água penetra facilmente. mas com íons de potássio que tornam as camadas aderentes de maneira a dificultar a penetração de água. com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. formada a partir de produtos solúveis de minerais primários. ou os de Mg2+ não o são pelos de Al3+. em cuja composição química participa em sua maioria oxigênio (70 a 85% do volume) e mais íons de hidroxila. a proteção especial à espécie de biota localmente rara e a harmonia da paisagem. zinco. magnésio e potássio. Área. de 21/05/2004. de onde proveio esta fina argila usada na fabricação da porcelana chinesa). Entre outras atividades não predatórias. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) ÁREA DE TENSÃO ECOLÓGICA (Ver ECOTONO) ÁREAS ESPECIAIS Denominação dada pelo IBGE . formando ligações iônicas. contendo ecossistema que se deseje proteger de interferência humana e que para isso é disciplinado o uso do solo. são regulamentadas no Decreto no 5.) com estrutura similar à da montmorilonita. de onde foi pela primeira vez descrita). com relação alumínio e sílica de 1 : 1. 2) Cálculos de área basal (e de classes de diâmetro de árvores) de diferentes estudos. e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ARGILA É uma pequena partícula do solo (tamanho inferior a 2 μm). uma floresta natural nas montanhas da Europa central tem uma área basal total de árvores entre 40 e 50 m2/ha. que significa montanha elevada. é permitido o exercício do pastejo equilibrado e a colheita limitada de produtos naturais. e V – Zona Costeira e Marinha. A avaliação e identificação dessas áreas e as ações prioritárias far-se-ão considerando-se os seguintes conjuntos de biomas: I – Amazônia. (Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) AREIA (Ver TEXTURA DO SOLO) ARENA (Ver TERRITORIALIDADE) ARESTA CONTINENTAL (Ver TALUDE (e TALUDE CONTINENTAL). caolinita (nome derivado do chinês “kao-ling”. IV – Mata Atlântica e Campos Sulinos. (2006). tida como pegajosa. ÁREA DE DORMIDA (Ver AGREGAÇÃO) ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA) Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE) Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. onde os íons de Al3+ não são substituídos pelos de Si4+. III – Caatinga.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 1) Para efeito de comparação. alumínio e sílica.Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. sendo no entanto proibidas quaisquer atividades que possam por em risco a conservação dos ecossistemas. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. ilita ou mica hidratada (nome derivado de Illinois. II – Cerrado e Pantanal. Sua estrutura constituise de planos com átomos de O sustentados por átomos de Al e Si. CLASSIFICAÇÃO DE) ARIDEZ (Ver ÍNDICE DE ARIDEZ) ÁRIDO (REGIÃO ou CLIMA) (Ver DESERTO) ÁRIDO-ATIVA. tais como telhas. sendo por isso muito usada em plantas envasadas (como nos estudos de MVA). quando se refere à migração das tartarugas. pesquisadores da biologia molecular organizaram os seres vivos partindo de um ancestral comum (a “raiz da árvore”) e daí ramificando-se em três grandes domínios: “archaea” e “bacteria” (procariotos) e “eukarya” (eucariotos). Diz-se também arribada. com camadas fracamente aderidas entre si por moléculas hidratadas de magnésio. como também os fungos. / EXO. estando mais exposta à radiação e ventos. ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL Com o uso do seqüenciamento pelo rRNA (ácido ribonucleico ribossômico. (Ver TEXTURA DO SOLO) ARGILOMINERAIS (Ver SILICATOS) ARGISSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS. ÁRIDO-PASSIVA. como sementes e componentes morfo-anatômicos especiais. certamente transpiram mais do que as outras árvores..GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS baixa. os metanogênicos e os halofílicos extremos. produzindo o fenômeno denominado de arribada. embreagem e freios de automóveis 29 . PLANTA Planta que utiliza mecanismos fisiológicos de resistência à seca. PLANTA Planta que resiste à seca sem danos citoplasmáticos. com árvores em geral de 30 a 40 m de altura. geralmente em ecossistema de floresta. tais como aumento na eficiência de absorção (condução) e de economia (transpiração) de água. para a desova. que algas foliares (Sargassum spp e outras). ASBESTO Fibra natural. fixas sobre rodolitos e sob ação de correntes mais fortes. Nos “eukarya” figuram desde os protozoários. durante a baixa-mar. ARRIBADA. podendo tender à deciduidade. Numa floresta tropical. as plantas e os animais. mas com alta CTC.. para a desova. isolantes térmicos usados em construção. se desloquem até as praias. estando entre estes procariotos os microrganismos hipertermofílicos. porém menos do que a montmorilonita. ARIE (Ver ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO) ARQUEBACTÉRIAS (Ver DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) ARQUIBÊNTICA (ou ARQUIBENTÔNICA ou ARQUIBENTAL) (Ver ZONA ARQUIBÊNTICA) ARREICA (Ver REGIÃO ARREICA / ENDO. facilmente hidratável. vermiculita com estrutura similar a da ilita. (Ver ARRIBAÇÃO) ARROIO (Ver CÓRREGO) ÁRVORE EMERGENTE Numa vegetação. de amianto (silicato de magnésio.. utilizada na fabricação de diversos artigos.) ARRIBAÇÃO ARRIBAÇÃO = ARRIBAÇÃ = AVE DE ARRIBAÇÃO = AVOANTE Fenômeno ou ave. PLANTA Planta que sobrevive nos períodos de seca graças à produção de estruturas resistentes. ALGAS DE É muito comum nos locais adjacentes a bancos de algas. ÁRIDO-TOLERANTE.. o 16S ou o 18S) e a partir de métodos de seqüenciamento macromoleculares relacionados. MgSiO4). como a da amazônia ou da mata atlântica. com forte ligação do H ao O. As “archaea” são consideradas como os organismos mais primitivos. que migra para certos locais do nordeste brasileiro. dá-se este nome à arvore cuja copa destaca-se acima das demais. columbiforme. sendo portanto resistente à penetração de água (não incha e por isso é utilizada na confecção de potes de barro). tal tipo de árvore (algumas chegando aos 50 m). peixes . Um deles. numa depressão ampla. poderá ser um problema ecológico. Alguns autores preferem distinguir a eficiência de produção bruta.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS etc. Alguns autores acham conveniente atribuir nomes às diversas associações vegetais.. ASSEMBLÉIA Um ajuntamento de organismos sociais objetivando uma atividade em grupo (de insetos. esta assimilação pode ser dada pela relação alimento absorvido : alimento ingerido. de acordo com a sua finalidade. resultado da mistura de compostos clorados em vários graus.). dividido pelo número de amostras no qual poderia se esperar que ocorressem por acaso. aborto. combinado ao nome genérico da espécie dominante. (Ver TAXA DE ASSIMILAÇÃO LÍQUIDA) ASSOCIAÇÃO INTERESPECÍFICA Refere-se às diferentes espécies que vivem muito próximas ou que geralmente ocorrem juntas. ocorrendo as duas últimas em “baixadas” e a primeira. Em ecologia usa-se a expressão eficiência de produção que é a porcentagem da energia assimilada (An) que é incorporada como nova quantidade de biomassa (Pn). que é a porcentagem de alimento assimilado por um organismo e que é usado com o mesmo propósito. É comum usar-se o sufixo “-etum” para designar uma associação. de composição definida. Contatos curtos podem causar mesotelioma. oleoso. apresentando uma fisionomia uniforme e crescendo em condições de habitat uniforme. como por exemplo. como sendo a porcentagem de alimento ingerido por um organismo e que é usado no seu crescimento e reprodução e a eficiência de produção líquida. embora pareça uma solução econômica.: “avicennietum”. causam (em alguns anos de contato direto) a asbestose (doença pulmonar). uma forma fatal de câncer. (Ver CONSOCIAÇÃO) ASSOCIES Um estádio intermediário e não-estável no desenvolvimento de uma associação. ou seja: ingestão de alimentos . ASSOREAMENTO Deposição geomórfica. Caracteriza-se pela presença de um ou mais dominantes que lhes são peculiares. é portanto. Nos heterótrofos (consumidores) refere-se à energia metabolizada. tal eficiência é também conhecida como coeficiente de eficiência de assimilação. poderá atingir o lençol freático e por isso. Suas fibras. de acordo com os seus dominantes peculiares. bronquite. é usado para dissipar calor em capacitores elétricos e transformadores. próxima a córregos e rios e que muitas vezes são encontradas formando tais associações características). microscópicas. nos sedimentos de rios. sendo altamente tóxico e podendo causar problemas (por ingestão ou contato) gástricos. se inaladas. ASBESTOSE (Ver ASBESTO.Schinopsis brasiliensis (espécies vegetais da caatinga.Zizyphus . ASSIMILAÇÃO ASSIMILAÇÃO = ENERGIA METABOLIZADA No caso dos autótrofos (produtores primários) a “assimilação” corresponde à produtividade primária bruta. acumulando-se ao longo da cadeia alimentar. a “produção dos consumidores”. que é calculado como o número de amostras no qual ambas as espécies ocorrem. Ex.egestão = assimilação. lagos etc. ou: EP = Pn/An X 100. ATMOSFERA ATMOSFERA = ATMOSFERA TERRESTRE = HOMOSFERA 30 . ASSOCIAÇÃO VEGETAL É um tipo de comunidade vegetal. conhecidas também como “PCBs − Polichlorinated biphenyl”. comunidade de manguezal dominada por planta do gênero Avicennia. e SILICOSE) ASCAREL Grupo de substâncias orgânicas (bifenilas policloradas). lesões na pele e tumores. ou em outras palavras. É insolúvel em água e resistente à biodegradação. danos renais e hepáticos. ATERRAMENTO DE SEDIMENTO (Ver SEDIMENTAÇÃO) ATERRO SANITÁRIO Disposição do lixo de uma cidade. Ao índice da freqüência de co-ocorrência de duas espécies dá-se o nome de coeficiente de associação. a associação Caesalpinia . defeitos congênitos. em camadas sucessivas. cada uma recoberta por solo e depois compactada.. O “chorume” resultante da decomposição no aterro sanitário. referindo-se também a um estádio numa sucessão ecológica. do manejo e dos equipamentos em relação ao impacto sobre o ambiente.: em 1880 a quantidade estimada era 0.031 %.00005 Monóxido de dinitrogênio (N 2O) 0.00002 * Obs.000 km de altitude.0018 Hélio (He) 0. AULÓFITA Planta não-parasita que vive dentro de uma cavidade existente em outra planta. a 200 km da costa do Rio Grande do Norte. contribuindo assim para o metabolismo da comunidade.90 km).80 km). devendo-se no entanto considerar-se o “fitness” do indivíduo. Mesopausa (80 . REGIÃO (Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) AUTOCORIA (Ver “CORIA”) AUTÓCTONE AUTÓCTONE = INDÍGENO Organismo originado em determinado local e que em certo estádio de desenvolvimento da comunidade ele cresce. Mesosfera (40 . formado geralmente em torno de uma laguna.033* Neônio (Ne) 0. potencial biótico enfim. com tendência circular. Tropopausa (com 3 km ou mais). por aglomeração de algas calcárias. Segue-se a termosfera ou heterosfera. Em 2004 foram registrados 379 ppm de CO2. He e H). Seus componentes de destaque são (por volume. objetivando facilitar o manejo e o controle das práticas ambientais e estimar a obediência às exigências regulamentares. A atmosfera subdivide-se nas seguintes camadas: Troposfera (0 .08 Oxigênio (O2) 20. tendo ocorrido um aumento de 60 % da era pre-industrial para a industrial. Estratosfera (15 .30 km). em %): Componente químico Quantidade (%) Nitrogênio (N2) 78. AUSTRALIANA. daí também ser conhecida como homosfera.00005 Metano (CH4) 0.93 Dióxido de carbono (CO2) 0. mortalidade.84 Argônio (A) 0. São como se fossem “padrões”. multiplica-se. Estratopausa (30 . longevidade.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Conjunto de várias camadas externas ao nosso planeta e que atinge os 1. com composição química variável (com camadas de N2.000 km de altitude.40 km). O Atol das Rocas. chegando a atingir os 10. mais espessa no equador do que nos polos. periódica e objetiva da performance de um empreendimento.10 km de altitude). (Ver ABROLHO) ATRAZINA (Ver ORGANOCLORADO) ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO = PROPRIEDADES DO GRUPO POPULACIONAL Referem-se àquelas características inerentes à população e não ao indivíduo da população. originou-se provavelmente de vulcão truncado pela erosão marinha. documentada.0001 Xenônio (Xe) 0.00009 Hidrogênio (H) 0. O. tais como a natalidade. (Ver OZONOSFERA) ATOL Refere-se a um tipo de recife. (Ver ALÓCTONE) 31 .028 % e em 1968 era 0.0005 Criptônio (Kr) 0. (Ver “FITNESS”) “AUFWUCHS” (Ver PERIFITON) AUDITORIA AMBIENTAL Avaliação sistemática. Sua composição química é homogênea. como local para nidificação. o de “interferência mútua”. mormente efetuado a partir de atividade microbiana (bactérias. também se aplica este termo às linhagens de microrganismos que não conseguem sintetizar um ou mais fatores essenciais ao crescimento. (Ver AUTÓTROFO) AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA) (Ver IMPACTO AMBIENTAL) AVE DE ARRIBAÇÃO (Ver ARRIBAÇÃO) AVE MIGRATÓRIA (Ver ARRIBAÇÃO) AVOANTE (ver ARRIBAÇÃO) AXÊNICO (Ver CULTURA AXÊNICA) AZODRIN (Ver ORGANOFOSFORADO) 32 . que estuda o organismo individual ou indivíduos de determinada espécie em relação ao ambiente. chegar-se-á a um ponto em que algum outro tipo de recurso poderá faltar. embora sua fonte principal de carbono continue sendo CO2 e são denominadas fotoauxótrofos. sendo a oxigenação um dos mais importantes. algas). ou seja. em oposição. fala-se em lago alotrófico. mesmo que o suprimento de alimento (presas) exista em abundância. AUTOÉCIO (Ver o sufixo “-ÉCIO”) AUTOECOLOGIA AUTOECOLOGIA = AUTECOLOGIA Uma das subdivisões da ecologia. Algumas algas fotossintetizadoras requerem um ou mais fatores de crescimento. como por exemplo a aminoácidos e vitaminas. e OLIGOTRÓFICO) AUTÓTROFO Organismo que obtém energia da luz (fotoautótrofo) ou da oxidação de compostos inorgânicos ou íons (quimioautótrofo) e adquire carbono parcial ou totalmente do CO2. LAGO Um lago onde praticamente toda a matéria orgânica nele existente é originária do próprio lago. A autorregulação pode ocorrer como resultado de um ou mais processos “dependentes da densidade” agindo sobre as taxas de natalidade (e/ou imigração) e/ou de mortalidade (e/ou emigração). AUTOPARASITA (Ver HPERPARASITA) AUTOPELÁGICO (Ver PELÁGICO) AUTORRALEAMENTO (Ver LEI DA POTÊNCIA DOS TRÊS MEIOS) AUTORREGULAÇÃO (ou AUTO REGULAÇÃO) AUTORREGULAÇÃO = REGULAÇÃO DE UMA POPULAÇÃO Refere-se à tendência de uma população em diminuir de tamanho quando atinge um nível particularmente mais alto e de aumentar de tamanho quando abaixo desse nível. (Ver SINECOLOGIA) AUTOLIMITAÇÃO Quando a densidade de predadores aumenta. local seguro de refúgio ou para dormida etc.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS AUTODEPURAÇÃO Purificação natural de um sistema aquático. EUTRÓFICO. que se nutre de uma única fonte de alimento). um mecanismo. fungos. em determinado local. dependendo de diversos fatores ambientais. (Ver DISTRÓFICO. Embora o modelo de Lotka-Volterra considere que um grande número de presas seja sempre suficiente para manter sempre um grande número de predadores. por exemplo. Alguns autores especificam que esta dependência não existe no “tipo selvagem” de. que recebe matéria orgânica das áreas circundantes. microrganismo (conhecido como protótrofo. protozoários. como por exemplo. AUTOTRÓFICO. (Ver HETERÓTROFO) AUXOTROFIA Diz-se da dependência dos organismos a um ou mais nutrientes. estabeleça limites ao seu crescimento. o mais provável é que em certo nível de densidade populacional. quimicamente diferente da clorofila. e “-voria”) BAIXA-MAR BAIXA-MAR = MARÉ BAIXA Altura mínima da maré. (Ver RADIAÇÃO DE FUNDO) BACTÉRIA (e “BACTERIA”) (Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL. 3) Algumas vezes refere-se à concentração de determinada substância a alguma distância da fonte e portanto. sem sua influência direta. e EFEITOS ANTIMICROBIANOS) BACTERÍVORO Organismo (como certos protozoários) que se alimenta de bactérias. Alguns autores usam o termo “ruído ambiental” (do inglês “environmental ‘noise’”) referindo-se a “sinais estranhos” que tendem a mascarar processos bióticos. tais como: 1) Refere-se à concentração de determinado poluente na ausência da fonte poluidora. correspondendo ao limite inferior do estirâncio. (Ver APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) BAKER (Ver REGRA DE BAKER) 33 . que é a faixa dos raios infravermelhos. por exemplo. (Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS. e PESTICIDA) BACTERIOCLOROFILA Pigmento.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS B BACHARACH (Ver ESCALA DE BACHARACH) “BACKGROUND” Termo muito utilizado na língua inglesa para designar diversos efeitos. 2) Diz também respeito ao nível de radiação proveniente de fontes naturais ou de outras fontes além daquelas que estejam sendo medidas e são usadas como dados de referência contra as quais sejam comparadas para efeito de informação ao público. Em português aplica-se o termo equivalente “ruído de fundo” para designar possíveis interferências nas medições. tendo pico de absorção de luz entre 800 nm e 890 nm. e FAGO) BACTERIOLÍTICO (Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS) BACTERIOPLÂNCTON (Ver APÊNDICE V − PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) BACTERIOSTASE (Ver ANTIBIOSE) BACTERIOSTÁTICO(A) (Ver ANTIBIOSE. Acredito ser esta denominação mais apropriada para definir o organismo que se alimenta de bactérias do que bacteriófago. BACTERIOFAGIA (Ver BACTERÍVORO. que ocorre nas cianobactérias. (Ver FAGO. de material radioativo. que antes ali ocorria. que alguns autores (principalmente os de língua inglesa) aplicam ao fago. e DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) BACTERICIDA Substância que elimina bactérias. convecção e evaporação ou transpiração) somados ao calor interno que é gerado pela metabolização dos alimentos.. ou seja: Troca do conteúdo de calor = metabolismo – evaporação ± radiação ± condução ±convecção. Observar na figura que: a) FBN = fixação biológica do nitrogênio (N2 atmosférico). ao balanço ou valores de economia de água de uma planta. Refere-se este termo também. em ecofisiologia vegetal. ou seja. que é geralmente expresso por uma equação que se refere à taxa de troca de calor desse organismo (com o ambiente) em termos de ganhos e perdas (pela radiação. BALANÇO NUTRICIONAL Ganho e perda de nutrientes por comunidades. BALANÇO HÍDRICO Balanço da entrada e saída de água num determinado compartimento ambiental (lago ou bacia hidrográfica qualquer). b) Os dois ecossistemas estão ligados pelo fluxo de água. que é uma importante “saída” de nutrientes do ecossistema terrestre e uma importante “entrada” no ecossistema aquático. As comunidades em sucessão ecológica têm tipicamente a representação: entrada . “a entrada (ou ganho) de nutrientes = a saída (ou perda)”. ou sêmen.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS BALANÇO DE CALOR É um balanço do conteúdo energético ou teor de calor de um organismo (“heat budget”. podendo ser armazenados por dezenas de anos. Estando as comunidades em equilíbrio dinâmico. condução. A figura seguinte (extraída de BEGON et al. emissão e absorção de gases precipitações úmida e seca FBN precipitações úmida e seca fluxo de água desnitrificação FBN e desnitrificação fluxo de água p/ rios e estuários dissolução e emissão de gases perda por aerossóis água p/ o lençol freático intemperização de rocha e solo fluxo de água do lençol freático perda p/ e liberação do sedimento BANCO DE GERMOPLASMA Determinada área de um ecossistema preservada para fins de estoque de espécies vegetais e animais. Quando a entrada é superior à saída há um acúmulo de nutrientes. em inglês). Estes propágulos são colocados em recipientes herméticos e em baixa temperatura.saída = armazenamento. de multiplicação. condução e convecção pode acrescentar ou retirar calor do organismo em questão. suas perdas pela transpiração. BANDO. 2) O balanceamento perfeito entre ganhos e perdas determina que a troca de calor do organismo seja 0 (zero). para fins futuros. em Brasília. Diz-se também de locais onde são preservadas sementes. ANDAR EM (Ver “FLOCKING”) 34 . Obs. vem realizando trabalhos nesse sentido. sua capacidade de absorção de água. muitas vezes em forma de necromassa.: 1) o símbolo mais ou menos (±) é utilizado porque radiação. 1990) ilustra alguns componentes representativos do balanço nutricional de um ecossistema terrestre e um aquático. enfim seus mecanismos de manutenção deste imprescindível componente da matéria viva. da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. O CENARGEN – Centro Nacional de Recursos Genéticos. sendo bastante típica a falésia da ponta do Cabo Branco. BARREIRA ECOLÓGICA (ou BARREIRA AMBIENTAL) Obstáculo.1013MPa) (ver APÊNDICE II − SI − SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES). e SATURAÇÃO DE BASES) “basi-” (Ver “alcali-”) “BASKING RANGE” (Ver FAIXA DE AQUECIMENTO AO SOL) BASÓFILO (ou BASIFÍLICO) (Ver “alcali-”) 35 . fornecendo-lhes água durante a seca e retendo-a durante a cheia (ação de tamponamento).325 Pa = 0. no ponto mais oriental do Brasil. do que sob 1 atm. e PRADARIAS) BARLAVENTO e SOTAVENTO Em relação a um obstáculo. das extensões de terra inundadas por rios. No estado da Paraíba. deste Estado. como as lagoas. como por exemplo: barômetro (aparelho que mede a pressão atmosférica). Esta serra alonga-se paralelamente às microrregiões do brejo e litoral paraibanos. há algumas que são argilosas. Na Natureza. Na foto ao lado vê-se o ratão-dobanhado (Myocastor coypus). barlavento é o lado de onde vem o vento e sotavento é o lado da montanha protegido do vento. do gênero Spirillum. é sabido que a serra da Borborema (em Campina Grande) constitui-se em barreira para a chuva que poderia cair nas microrregiões dos carirís. gravidade” e que é usado no sentido de “pressão atmosférica” como prefixo de muitos termos. em que a um organismo ou a uma ação ou situação se atribui a propriedade relacionada à pressão em geral ou atmosférica: barosensível (que não tolera pressão hidrostática elevada. ocorrendo do Amapá ao Rio de Janeiro.wikipedia. (Ver CAMPOS SULINOS. que cresce bem mais rápido sob pressão entre 300 e 600 atm. num trecho desse ecossistema (foto do site www. (Ver SOMBRAS DE CHUVA) “baro-” Prefixo de origem grega significando “peso. o banhado garante a existência de ecossistemas vizinhos. limite ou um impedimento qualquer (de origem natural ou antrópica) que impeça a dispersão de população ou populações de organismos. e muitos outros termos.org). barotropismo (orientação em resposta a estímulo de pressão) e muitos outros. formações terciárias. uma montanha por exemplo. semelhante às várzeas e propícias à agricultura. (Ver SIMPATRIA) BARREIRAS (SÉRIE ou FORMAÇÃO) São assim chamados os terrenos da série Barreiras. e SIMPATRIA) BARREIRA DE CHUVA BARREIRA DE CHUVA = SOMBRA DE CHUVA Interrupção de precipitação pluvial (ou de precipitação atmosférica) no lado de sotavento de uma cadeia montanhosa ou serras. As barreiras são geralmente arenitos friáveis. barocórico (cujo propágulo se dispersa graças a seu peso). Observe que a unidade “atm” deve ser substituída por Pa (Pascal) (1 atm = 101. por exemplo. É conhecida uma espécie de bactéria. em João Pessoa (PB).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS BANHADO Denominação comum no sul do Brasil. BASES TROCÁVEIS (Ver CÁTIONS TROCÁVEIS. BARREIRA AMBIENTAL (Ver BARREIRA ECOLÓGICA. dificultando ou impedindo suas interações com outros organismos. um roedor miocastorídeo. BARÓFILO Termo geralmente utilizado para indicar microrganismo que prefere viver sob alta pressão. isolando-os e assim. BIFENILAS POLICLORADAS (ou “PCBs” ou ASCAREL) (Ver ASCAREL) BÍFERO Que floresce e frutifica duas vezes ao ano. bentopotâmico (que vive em leito de rio ou córrego). sendo um comportamento de ordem social (agressivo ou não) em que um indivíduo domina outro de posição hierárquica inferior e assim por diante. em 1984. ou seja. TRAGÉDIA DE Cidade da Índia onde. “BHC − BENZENE HEXACHLORIDE” (ou HEXACLORETO DE BENZENO) (Ver ORGANOCLORADO) BHOPAL. profundidade”. (Ver “benti-”. esterilidade.500 pessoas morreram. como em batimetria (medição do relevo no fundo de oceanos. uma ave de maior posição dominante bica a que lhe está imediatamente abaixo e esta. (Ver AGROECOLOGIA) 36 . (Ver APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) BATIPELÁGICO(A) (Ver ZONA BATIPELÁGICA) BATRACOTOXINAS (Ver DEFESA QUÍMICA) “BCF − BIOCONCENTRATION FACTOR” (Ver FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO) “benti-” (ou “bento-”) Prefixo de origem grega significando “fundura. ao invés de anual. lago e oceano. PLÂNCTON. bentopleustófita (planta que vive livremente no leito de um lago e que pode ser carregada pelas correntes de água). altamente tóxico. ORDEM DE (ou DOMINÂNCIA DE) Do inglês “peck order” é a hierarquia de dominância existente principalmente entre as aves. A reprodução contínua. e muitos outros. a Union Carbide. Há geralmente um domínio físico. NEUSTON. (Ver BENTOS) BENTOPELÁGICO(A) (Ver ZONA BENTOPELÁGICA. tuberculose e outros problemas sérios. ou diluindo tais riscos no tempo e no espaço. à redução do risco de mortalidade ou falha reprodutiva. ocorreu o que talvez tenha sido o pior acidente industrial do mundo. no ciclo vital de um organismo. referindo-se à zona ou local de profundidade aquática. Cerca de 45 Mg (megagrama = tonelada) do gás isocianato de metila. NÉCTON. Refere-se. como por exemplo: bentófita (planta que vive no leito de um corpo de água ou rio). infecções renais e hepáticas..000 pessoas sofreram de cegueira. bica outra ave que vem abaixo nessa dita ordem (ou “rank”). pela adoção de uma estratégia ou de estratégias simultâneas. APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) BENTOS Organismos aderidos ou em repouso sobre o fundo de habitats aquáticos ou vivendo nos sedimentos de fundo. visando a melhoria da produção das plantas de interesse econômico. É usado em referência ao leito ou sedimento de fundo de rio. seria um exemplo. A indústria de pesticidas responsável era americana. São muitos os termos em que se usa tal prefixo. batiplâncton (plâncton da região batipelágica ou seja. Alguns autores também usam este termo para significar “que produz duas safras por estação”. ou apostando dos dois lados”. BICADA. Cerca de 20. usado na fabricação de carbamato (pesticida) vazaram e pelo menos 2.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS “bati-” Prefixo de origem grega que significa “profundo”. de grande profundidade oceânica) etc.. Utilizado em diversos termos. BIOACUMULAÇÃO (Ver BIOMAGNIFICAÇÃO) BIOAGRONOMIA Parte das ciências biológicas onde se estuda a aplicação de princípios biológicos e ecológicos. usando-se batímetro). e PLEUSTON) BERGER-PARKER (Ver ÍNDICE DE BERGER-PARKER) BERGMAN (Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS) “BET HEDGING” Em inglês significa literalmente “cercando uma aposta. perene. por sua vez. equivalente à comunidade. geralmente de atividade microbiana. GRANULADO Constituído por fragmentos de material orgânico. BIOCENOSE BIOCENOSE = COMUNIDADE Termo usado por autores russos e europeus em geral. BIODIVERSIDADE BIODIVERSIDADE = DIVERSIDADE BIOLÓGICA Variação do número de espécies em determinado ecossistema. É considerado como recurso natural renovável e biodegradável. resultante de ação biológica. em comparação com o petróleo. enquanto o biodiesel reduziria as emissões em até 41% em relação ao diesel comum. Refere-se ao conjunto da fitocenose. Mas eles estimam que nos E. com habitat uniforme). (Ver ECOCIDA) BIOCLÁSTICO. Os óleos de girassol. a ser usado em veículos com motores do tipo diesel. relacionado à flora e à fauna. BIÓCORO (ou BIOCÓRIO ou BIOCORE) (Ver “-coria”) BIODEGRADAÇÃO Degradação de compostos orgânicos ou inorgânicos. “BIOCONCENTRATION FACTOR − BCF” (Ver FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO) BIOCONVERSÃO Conversão de um substrato para um produto ou produtos. o biodiesel obtido de todo o milho e soja que lá são produzidos. e os não-biodegradáveis são os que não se decompõem por processos naturais.U. BIODEGRADÁVEL (Ver BIODEGRADAÇÃO) BIODETERIORAÇÃO Deterioração ou estrago de um material. BIOCLIMATOLOGIA Estudo do clima. soja e mamona vêm sendo apontados como as principais fontes de biodiesel. por ação enzimática ou celular. em que se criam condições para que matéria orgânica em decomposição produza gases. (Ver DECOMPOSIÇÃO) BIODIESEL O biodiesel é um combustível alternativo ao diesel (este último obtido do petróleo). geralmente de construção e manutenção simples.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS BIOCENOLOGIA (ou CENOBIOLOGIA) Estudo qualitativo e quantitativo de biocenoses (ou comunidades). no Brasil. pesquisadores da Universidade de Minnesota (E.A. Os compostos que sofrem mineralização microbiana são denominados de biodegradáveis e os resistentes a esse fenômeno são chamados de recalcitrantes. geralmente dos seus efeitos sobre a biota. sendo esta reação denominada de “transesterificação”. Granulados bioclásticos marinhos. Conforme revelado em New Scientist (13/07/06). Alguns autores falam de três tipos de diversidade: alfa ou local (variedade de números de espécies em área pequena.U. Os granulados bioclásticos marinhos são aqueles de composição carbonática. Resume-se na conversão de substrato para biomassa celular.) observaram que o etanol reduziria em 12% a emissão de gases do efeito estufa. (Ver COMUNIDADE) BIOCICLO (Ver BIOSFERA) BIOCIDA Um agente químico tóxico ou letal para um organismo. constituídos por algas calcárias ou por fragmentos de conchas (coquinas e areias carbonáticas). (Ver ZONEAMENTO) BIODIGESTOR Equipamento. 37 . determinada geralmente pela ação de microrganismos.A. gama ou regional (a variedade observada em todos os habitats numa região) e beta (a diferença entre um habitat e o próximo). zoocenose e ecotopo. Este é um importante componente funcional dos ecossistemas. cobriria menos de 5% da demanda atual por combustível naquele país. são formados principalmente por algas calcárias. uma vez que é obtido de reação química de óleos (vegetais) ou gorduras (de animais) com um álcool e na presença de um catalisador. diferenciação celular. crescimento. tem sobre ele a maior usina de energia do mundo sobre aterro de lixo e é capaz de produzir 22 MW. por caminhos característicos.por exemplo. fertilização. (Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) BIOGEOGRAFIA DE ILHAS (Ver TEORIA DA BIOGEOGRAFIA DE ILHAS) BIOINDICADOR (Ver INDICADOR ECOLÓGICO) BIOLIXIVIAÇÃO Lixiviação determinada pela ação. tendem a circular na biosfera. No caso das plantas. oxidando-o na presença de íon férrico (Fe+++). Pode ser utilizado para gerar calor (para cozinhar. que seria a Fito e a Zoogeografia modernas (estuda a flora e a fauna atuais). 38 . Há também a Paleobiogeografia. (2005) O mundo sustentável: abrindo espaço na mídia para um planeta em transformação.. São Paulo. fisiológicas etc. quais sejam: gametogêneses. ou seja. ou seja. formando sulfato de ferro e liberando o cobre para o ambiente. morfológicas. senescência e morte. NUTRIENTES. Da sua composição típica participam o metano (62%) e gás carbônico (38%). Alguns autores utilizam este termo como sinônimo de fagótrofo ou macroconsumidor. fauna e clima próprios. sobre metais ou ligas metálicas. que estuda a distribuição geográfica da flora e fauna fósseis.. energia suficiente para abastecer uma cidade de 400 mil habitantes. maturação. que por sua vez teria sua biodiversidade aumentada e assim por diante. organogêneses. geraria um efeito cascata. como por exemplo. É um termo geralmente aplicado aos grandes ecossistemas terrestres (ver BIOMA OCEÂNICO). diferenciação de tecidos. BIOMA BIOMA = ZONA MAIOR DE VIDA É a maior unidade de comunidade terrestre com flora.) que ocorrem num organismo vivo durante o seu ciclo vital. reprodução. na cadeia alimentar. (Ver “eMergia” SOLAR. (Ver CICLO DE NUTRIENTES.” é informado que o aterro Bandeirantes. 302p. age sobre o sulfeto de cobre (CuS). (Ver LIXIVIAÇÃO) BIOLOGIA AMBIENTAL (Ver ECOLOGIA) BIOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Refere-se ao estudo das mudanças biológicas (anatômicas. Seria difícil este efeito cascata ser explicado no caso dos desertos tropicais e nas regiões de altitude elevada (ambos com baixa biodiversidade). Zoogeografia.A. BIÓFAGO Organismo que se alimenta de outro organismo vivo. ocorreria um gradiente de riqueza em que a biodiversidade dos herbívoros aumentaria e sobre eles aumentaria a pressão dos predadores.). e POLÍTICA NACIONAL DA BIODIVERSIDADE) BIOENERGÉTICA (Ver ECOLOGIA ENERGÉTICA) BIOESPELEOLOGIA (ou BIOESPEOLOGIA) Estudo da vida nas grutas e cavernas. incluindo os nutrientes. BIOGÁS Resultante da digestão anaeróbia da matéria orgânica. e TEORIA DA CICLAGEM MINERAL DIRETA) BIOGEOGRAFIA Disciplina da geografia que trata da distribuição dos organismos. passando por uma série de processos comuns a todos. aquecimento . Em “Trigueiro. BIOGEOCENOSE (Ver ECOSSISTEMA) BIOGEOCICLAGEM BIOGEOCICLAGEM = GEOBIOCICLAGEM Fenômeno comum nos sistemas ecológicos em que os elementos químicos. Tal “força extrínseca”. a Neobiogeografia. embriogêneses. em geral. geralmente de microrganismos. Editora Globo. a riqueza em espécies vai aumentando dos polos para os trópicos. em São Paulo. HIPÓTESE DO DISTÚRBIO INTERMEDIÁRIO (DE CONNELL). da água residuária doméstica e de diversos resíduos de origem orgânica.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Alguns autores admitem que ocorre na biosfera um aumento significativo na biodiversidade em função da variação climática. O Thiobacillus. passando dos organismos para o ambiente e daí de volta para os organismos. fala-se em Fitogeografia e dos animais. Os organismos multicelulares exibem muitas similaridades ao longo de suas gerações. ha-1.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Alguns biomas brasileiros: floresta amazônica. distante das influências do litoral ou costa. sem sofrerem degradação nem excreção significantes. O termo biomassa.0. A biomassa é geralmente expressa em termos de matéria seca (g. que significa literalmente massa de matéria viva. Tal concentração do poluente. 1990): ORGANISMO Sedimentos Spartina Equinodermas Anelídeos Bivalvos Gastrópodes Crustáceos Musculatura de peixe Fígado de peixe Musculatura de mamífero Musculatura de ave Fígado de mamífero Fígado de ave PARTES POR MILHÃO (ppm) < 0.2 BIOMASSA BIOMASSA = PRODUTO EM PÉ (“STANDING CROP”) Em ecologia.000. no topo da cadeia alimentar (como por exemplo nas aves de rapina.m-2 ou ainda em Mg. dunas e restingas) e dos campos sulinos.25 0.002 0. com “infauna” (biota animal no interior de um sedimento) típica.26 0.04 1.01 0. BIOMA DA COSTA ROCHOSA Bioma costeiro caracterizado por substratos sólidos estáveis. relativamente rica. com “infauna” relativamente pobre. O quadro seguinte mostra as diversas concentrações de metilmercúrio em organismos de um ecossistema de brejo à beira-mar (GOUDIE.0. BIOMA DA COSTA LAMACENTA Bioma da costa ou litoral caracterizado por sedimentos finos móveis. BIOMAGNIFICAÇÃO BIOMAGNIFICAÇÃO = MAGNIFICAÇÃO BIOLÓGICA = BIOACUMULAÇÃO Fenômeno que ocorre com muitos poluentes lipofílicos e persistentes no ecossistema.000g = 1 tonelada).28 1. biomassa refere-se à quantidade de matéria orgânica viva presente num determinado tempo e por unidade de área (da superfície terrestre) ou de volume (de água). caatinga.001 . HEINRICH). em que são absorvidos inicialmente por microrganismos procariotos e eucariotos e daí são transferidos para os organismos do nível trófico seguinte e assim sucessivamente. cerrado.0 4. Fala-se ainda em biomas costeiros (ecossistemas de manguezais. o que os levam a uma concentração cada vez maior nos últimos elos da cadeia alimentar. alguns o dividem nos sub-biomas “planctônico.3 8. também é aplicado para designar quantidades de microrganismos produzidos comercialmente para uso como alimento para o ser humano e como ração para animais.57 2. pode alcançar níveis mais altos do que no ambiente.001 < 0. nectônico e bentônico”.15 . (Ver ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER.13 0. no caso de ecossistemas terrestres) (Mg = 1. apresentando zonação típica de organismos neles fixados. mata atlântica e pantanal. A figura que segue ilustra as diferentes proporções de biomassa animal e microbiana num 39 . nos carnívoros em geral e grandes peixes predadores). e FORMAÇÃO VEGETAL) (Ver outras denominações de BIOMA que seguem) BIOMA DA COSTA ARENOSA Bioma costeiro caracterizado por sedimentos com grânulos grosseiros.2 3. BIOMA OCEÂNICO Denomina-se assim o bioma em “oceano aberto” (“mar aberto”). por um fator de 104 a 106.m-2 ou kg. 400 kg (peso seco) seria capaz de manter uma zoomassa (animal) e uma microbiomassa (de microrganismos) de 200 kg (peso seco) / ano. Segundo os autores (PIMENTEL & PIMENTEL. às águas e sedimentos de ambientes aquáticos (hidrosfera) e à porção da atmosfera habitada pelos organismos que voam (pássaros) ou que flutuam (bactérias). ou microflora e microfauna (organismos com dimensões microscópicas).5 outros animais:10 artrópodos: 20 oligoquetas:25 microbiota: 43 BIOMONITORAÇÃO (ou BIOMONITORIZAÇÃO ou BIOMONITORAMENTO) O uso de organismos vivos como indicadores de condições ambientais. bioquímica e fisiologia.. mesobiota. a partir do uso de microrganismos decompositores (ou degradadores). xenobióticos). resíduos em geral e outros poluentes ou agentes de degradação ambiental. Fala-se assim em microbiota. Considera-se. assim distribuídas (em porcentagem): aves: 0. refere-se à toda superfície terrestre (litosfera). BIOSSÉSTON (Ver SÉSTON) BIOSSISTEMA (Ver NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DA MATÉRIA VIVA) BIOTA Todos os componentes vivos de um local ou sistema ecológico (ecossistema). utiliza o potencial genético de microrganismos. BIOTECNOLOGIA (e BIOTECNOLOGIA DO SOLO) Uso de métodos e técnicas. microbiologia. (Ver RECOMPOSIÇÃO) BIOSFERA BIOSFERA = ECOSFERA Espaço do globo terrestre ocupado pelos seres vivos.). nesse ecossistema uma produção anual de fitomassa de 2. tais como o petróleo e derivados (óleo diesel. Alguns autores subdividem a biosfera em biociclos. no caso de avaliação de mudanças ou impacto de efluentes industriais. utilizando organismos ou qualquer de suas partes para obter ou 40 . fundamentadas nos conhecimentos da biologia molecular. e macrobiota (organismos com dimensões superiores a 40 mm ou 50 mm). Portanto. usando-se plantas em simbiose com bactérias da FBN e fungos endomicorrízicos. A biotecnologia. solventes .5 mamíferos: 1.. os ecotopos continentais e insulares). que há vida desde cerca de 60 m abaixo do nível do mar até cerca de 60. limnociclo (o biociclo das águas doces ou ecotopos dulciaquícolas) e o talassociclo (os biociclos ou ecotopos marinhos). Biorremediação é também um termo aplicado para indicar a recuperação ou regeneração de solos degradados. em geral. 1979). ou seja. (Ver MONITORAMENTO) BIONOMIA (Ver ECOLOGIA) BIORREMEDIAÇÃO Este termo foi introduzido para caracterizar a limpeza de ambientes (solo e água) poluídos. “criando novos” microrganismos (ou novas cepas ou linhagens) capazes de degradar certos compostos específicos (recalcitrantes. geralmente referindo-se a organismos do solo (com menos de 50 mm ou 40 mm.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS hectare de um ecossistema de região temperada. até um tamanho visto com uma pequena lupa de mão).000 m acima deste nível. através da engenharia genética. quais sejam: epinociclo (o biociclo das terras firmes. Os bolores do grupo dos zigomicetos (gêneros Mucor e Rhizopus) são comuns sobre o pão “estragado”. denominam-se bolor ou mofo. Bananeiras. atribuída geralmente aos animais ciliados e algas (presumivelmente em mutualismo). o brejo é um local quase ou permanentemente alagado (Ver PÂNTANO). (Ver ABIÓTICO. considerada supertóxica (DL50 de 0. reduzido” e que ocorre em muitos termos. onde a precipitação pluvial. microrganismos). com cerca de 1. como braquignatos (crustáceos decápodes ou caranguejos). BIÓTICO Que tem vida. atinge os 1. (Ver MARÉ VERMELHA) BOLOR BOLOR = MOFO Aos fungos filamentosos.105 km2. plantas e animais e/ou para desenvolver novos organismos (microrganismos. Alagoa Nova. BORBOLETA (Ver EFEITO BORBOLETA) BOTULISMO Toxina. agricultura. Na “biotecnologia de solo” pretende-se com o estudo e a manipulação de microrganismos e seus processos metabólicos. “HAB – Harmful Algal Bloom” referindo-se a uma “explosão algal nociva”. Alguns autores usam o termo. e muitos outros termos. média anual. “braqui-” Prefixo de origem grega designando “curto. Componentes ou fatores bióticos de um eco ou agrossistema: todos os seres vivos desses sistemas ecológicos. produzida pela bactéria Clostridium botulinum que se desenvolve principalmente nas carnes em conserva. Esta zona beneficia-se das massas de ar úmidas provenientes do atlântico. BRILLOUIN (Ver ÍNDICE DE BRILLOUIN) BUMERANGUE ECOLÓGICO (Ver EFEITO BUMERANGUE) “BUTTERFLY EFFECT” (Ver EFEITO BORBOLETA) 41 . animais) com ampla aplicação (indústria. BREJO BREJO = PALUDE = PALUSTRE = PÂNTANO = PAUL Em termos gerais. Muitos deles têm por habitat o solo e material vegetal em decomposição. cujas hifas se entrelaçam formando micélio. registros de alta produtividade têm sido feitos tanto em “bloom” de primavera como em de outono.400 mm. e BIOTA) BIOTOPO BIOTOPO (ou BIÓTOPO) = ECOTOPO (ou ECÓTOPO) (Ver HABITAT) BIOTRÓFICO (Ver PARASITA BIOTRÓFICO) BISSIALITIZAÇÃO (Ver SILICATOS) “BLOOM” Denominação em inglês que poderia ser traduzida como “explosão” na densidade de populações. Há outros gêneros que se desenvolvem sobre o queijo e frutas muito maduras. em lagos temperados. animais. ainda pode ser encontrada em vários locais a 500 ou 600 m de altitude. Na zona do brejo estão os municípios de Areia. A mata do brejo ou mata latifoliada de altitude. em inglês. serviços) em benefício do ser humano. No estado da Paraíba a zona do brejo é uma zona incrustada entre a borborema oriental e a borborema central.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS melhorar produtos. plantas. formando ramificações com conídios (esporos assexuados) nas extremidades. otimizar a produtividade agrícola e a qualidade do meio ambiente. braquicarpo (que tem fruto curto). Borborema e outros.00001mg/kg de peso corpóreo). ocorrendo em condições aquáticas favoráveis (correntes e nutrientes). braquicéfalo (que tem o crânio um pouco alongado e ovóide). Diz-se dos componentes vivos de um eco ou agrossistema (plantas. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 42 . Caesalpinia pyramidalis. São consideradas como plantas de alta produtividade. macambira. Nas margens dos rios ocorrem a oiticica. Gramíneas tropicais. Cereus jamacaru. o ácido fosfoglicérico (PGA). CAATINGA AMAZÔNICA (Ver CAMPINARANA) 43 . no processo de fotossíntese. Aspidosperma pyrifolium.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS C C3 (PLANTA C3) Planta que. pereiro. catingueira. Piptadenia zehntueri. Sertão: ocupa a região oeste do Estado. espinhosas. forma como primeiro produto da fixação do CO2. arbustivo-arbóreos. com uma representação significativa de cerca de 40. (Ver HATCH-SLACK. e caroá. destacando-se: faveleira. destacando-se o estrato herbáceo formado pelo capim panasco. Pilosocereus gounellei. Mimosa hostilis. forma como primeiro produto da fixação do CO2.6 km2 no estado da Paraíba. é uma caatinga pobre em elementos vegetais.584. Mimosa sp. Muitas “plantas invasoras” ou “ervas daninhas” são também C4. 3. Caracteriza-se pela adaptação das plantas ao clima semi-árido (Bsh e Aw’. 2) Seridó: situada na região centro-norte da Paraíba. no sentido leste-oeste. é menos densa. o ácido málico ou aspártico. e na direita durante plena seca): Obs.org.biosferadacaatinga. jurema preta. que tem quatro átomos de C na sua molécula. sendo de clima menos árido do que as anteriores. da classificação de Köppen). carnaúba. Copernica cerifera. aparecendo por vezes o xique-xique. com espécies caducifólias. angico monjolo. onde se destacam: mandacarú. algumas suculentas (cactáceas) e áfilas (sem folhas). Neoglaziovia variegata. xique-xique.: fotos obtidas do site: www. no processo fotossíntético. Aristida sp. Ver fotos que seguem (na foto à esquerda. Tipos de caatinga da Paraíba: 1) Carirís e curimataú: ocorrem após o agreste. a catingueira e a jurema. Licania rigida. CICLO DE) CAATINGA Ecossistema típico da região nordeste do Brasil. uma caatinga ainda no período não totalmente seco. são plantas C4. são em geral tipos semelhantes.000 km2 dos 56. C4 (PLANTA C4) Planta que. A maioria das plantas é C3. com xique-xique no primeiro plano. que tem 3 átomos de C na sua molécula. jurema. Cnidoscolus phyllacanthus. como a cana-deaçúcar e o milho. arbustiva. Bromelia laciniosa.br. CALCÁRIO Designação generalizada atribuída a compostos que contêm cálcio. A caça predatória destes animais causa desequilíbrios ecológicos devido às funções benéficas que estes animais também realizam no ecossistema.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CAÇA PREDATÓRIA Conseqüência maléfica à fauna silvestre. (Ver “alcali-”) CALHAU (Ver TEXTURA DO SOLO) CALVIN-BENSON (Ver CICLO DE CALVIN-BENSON) CAMADA DE OZÔNIO (Ver OZONOSFERA) CAMBISSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS. consumidores de primeira ordem ou herbívoros. quando 90% de seus componentes (geralmente árvores) perdem as folhas. ossos animais e carapaças de alguns animais. São ricos em cálcio também casca de ovos. em seguida vêm os consumidores de segunda ordem ou carnívoros de primeira ordem. em geral. que no seu coonjunto (e não suas árvores individualmente) perde entre 20 e 50% de sua folhagem. A caça de subsistência e mais ainda a esportiva. onde geralmente neva. Quimicamente a base é CaO.197. usado para indicar relação com cálcio. conchas de ostras. gambás e roedores. diz-se chamar-se de semicaducifólia ou semidecídua. constituída pelos seguintes níveis tróficos: produtores primários. geralmente mata de regiões com uma estação seca e com uma estação fria. que danificam seus cultivos e criações. é transferida de um organismo para outro. que se alimentam dos herbívoros. que devoram os consumidores de segunda ordem. Um exemplo de uma cadeia alimentar simples seria: Capim ⇒ gafanhoto ⇒ sapo ⇒ cobra ⇒ carcará. (Ver PRAGA) CADEIA ALIMENTAR Série de organismos de um ecossistema. no período desfavorável. São muitos os termos usados com este prefixo. ou ainda com calcário e pedra calcária e similares. numa seqüência de organismos que ingerem e que são ingeridos. Alguns autores dividem a cadeia alimentar em dois tipos principais: a) Cadeia alimentar de pastejo (na qual se fundamenta o ecossistema marinho). Em ambientes muito frios. que é proibida desde 1967 pela Lei nº 5. através dos quais a energia alimentar proveniente dos produtores. CLASSIFICAÇÃO DE) CAMPANHA GAÚCHA (Ver ESTEPE) 44 . principalmente quando realizadas sem nenhum critério ou controle e nos períodos críticos de redução da produção agropecuária como por exemplo. O organismo que tem afinidade com o cálcio diz-se ser calcífilo (ou calcifílico) e o oposto. que devoram os produtores primários. que são as plantas clorofiladas. como os óxidos. seguem-se os consumidores de terceira ordem ou carnívoros de segunda ordem. (Ver FLUXO DE ENERGIA. Muitas plantas da caatinga. Uma vegetação. podendo ser utilizado na agricultura. “calci-” Prefixo de origem latina. como corretivo de solo. Considera-se uma comunidade vegetal como caducifólia ou decídua. são em geral predatórias. b) Cadeia alimentar de detritos (na qual se fundamenta o ecossistema terrestre). de 03/01/1967. que é incapaz de tolerar o cálcio). e assim por diante. muitas variedades neutralizadoras de pH ácido. causada principalmente pelo exercício da caça profissional e comércio de produtos e subprodutos desta atividade. e TEIA ALIMENTAR) CADUCIFOLIA CADUCIFOLIA = DECÍDUA Fenômeno que ocorre periodicamente em muitas plantas (geralmente adaptadas a ambiente com escassez d’água). também ocorre caducifolia. A predação muitas vezes ocorre com a “justificativa do homem do campo de eliminar pragas” (ou animais invasores) como morcegos. como conseqüência de seca. A cadeia alimentar é. hidróxidos e carbonatos de cálcio ou de cálcio e magnésio. calcífobo (ou calcífugo. em que suas folhas caem. como a faveleira (Cnidoscolus phyllacanthus) e a jurema (Mimosa sp) são caducifólias. ocorrendo expressivamente no alto rio Negro. Caparaó. E assim. à semelhança da água onde vivem. Neste último. O verde de alguns gafanhotos. do planalto. destacando-se no Brasil os seguintes: 1) Campos meridionais: incluindo subtipos como os gerais. estimado em mais de 130.500 mm a 3. são alguns exemplos. CAMPO CERRADO (Ver CERRADO) CAMPOS Os campos ou “formações campestres” são ecossistemas com o solo coberto geralmente por gramíneas. São muitos os subtipos. CAMPOS SULINOS Denominação abrangente dos ecossistemas de campos que ocorrem do sul do estado de São Paulo ao sul do Rio Grande do Sul. SC. “governadas”por equações diferenciais. ou seja. melastomatácea. a vegetação tende a ser xerofítica mas a folhagem persiste. [Ver CAMPOS SULINOS]. A temperatura média anual é 24oC (um pouco superior a das matas circundantes) e a precipitação anual varia de 2. fazendo com que se assemelhem com o ambiente em que vivem. assim como a transparência das medusas. é uma mata relativamente baixa. 3) Campos serranos: tipo de ecossistema de altitude. passando portanto muitas vezes desapercebidos aos possíveis predadores. Quando há excesso de chuva e em locais de solo raso. o solo arenoso não propicia a ascensão da água por capilaridade. Este termo é mais adequado para definir este tipo de caracterização animal do que mimetismo. Os campos de várzea também são aqui incluídos. 2) Campos da hiléia: ocorrendo principalmente na região do baixo rio Amazonas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CAMPINARANA CAMPINARANA = CAATINGA AMAZÔNICA Campinarana ou “falsa campina”. com boa distribuição no ano. (Ver APOSEMATISMO. Cipó. PR. da campanha e da vacaria (SP. descontínua. Chama-se de canibalismo filial aquele realizado dentro da própria família. têm sido desenvolvidos na expectativa de se entender o fenômeno do caos. O humus acumulado no solo arenoso torna-o muito ácido. foto. onde são freqüentes plantas das famílias veloziácea. a água em excesso prejudica as plantas. de autoria desconhecida. flutuações. CAOS Termo que alguns autores utilizam para definir mudanças caóticas numa população. 45 . sobre podzol hidromórfico ou regossolo de areia branca. dos Órgãos etc). Itatiaia. à semelhança do bicho-pau (ou louva-a-Deus) com gravetos ou ramos finos de plantas. com cobertura vegetal baixa. e heterocanibalismo aquele realizado fora da própria família. podendo haver trechos sem nenhuma cobertura vegetal e muito espaçadamente ocorrem subarbustos e raramente arbustos. com predominância de árvores com troncos finos. geralmente com altas taxas intrínsecas de crescimento. Modelos matemáticos. e MIMETISMO) CANIBALISMO Predação intraespecífica.000 mm. e quando há sêca e em locais com solo profundo. (Ver PRADRIAS) CAMPO SUJO (Ver CERRADO) CAMUFLAGEM Um tipo de padrão de cor e forma que alguns animais ostentam. RS e MS). de trecho de campo no Rio Grande do Sul).000 km2 (ver ao lado. eriocaulácea e outras. nos estudos de competição intraespecífica. concentrase a maior extensão de campos sulinos. em geral ocupando o alto das serras (Bocaina. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CAPACIDADE DE CAMPO (DO SOLO) Quantidade de água que permanece no solo quando este é saturado com água e o excesso é drenado naturalmente. colocando-se solo em recipiente com orifícios no fundo e saturando-se o solo com água. densa ou grossa. O esquema acima foi reproduzido do relatório especial do IPCC (2005) (ver na BIBLIOGRAFIA. quando a amostra é colocada num cadinho de Gooch) e daí mede-se a quantidade de água retida após 2 horas de saturação. Este ecólogo enfatiza que. A capacidade de suporte cultural é uma expressão que foi introduzida pelo professor de ecologia humana norte-americano Garrett Hardin. mostra algumas das possibilidades de armazenamento do CO2. Aos diferentes estádios de sua evolução. Em outras palavras. principalmente o gerado pelas indústrias e usinas produtoras de energia a partir de queima de compostos de origem orgânica. Uma amostra de solo (25g. CAPACIDADE DE SUPORTE (e CAPACIDADE DE SUPORTE CULTURAL) CAPACIDADE DE SUPORTE = CAPACIDADE DE MANUTENÇÃO AMBIENTAL Limite em que determinado ecossistema é capaz de suportar (ou manter) uma população ou populações. site do IPCC) e mostra alguns dos seus pontos essenciais. seja por queima desta ou desmatamento. autor da obra “The Tragedy of the Commons” (1968). é geralmente expresso em porcentagem. estudar meios para capturar e armazenar o CO2. Tal capacidade pode ser estimada no campo. é geralmente estimada no laboratório. O recipiente é posto no próprio local de onde se retirou o solo. em nível de equilíbrio. (Ver CAPACIDADE DE SATURAÇÃO (DO SOLO)) CAPACIDADE DE MANUTENÇÃO AMBIENTAL (Ver CAPACIDADE DE SUPORTE. Tem por finalidade. Posteriormente mede-se a quantidade de água retida pela amostra de solo. A qualidade de vida como resultado da capacidade cultural de um povo se reduziria à pobreza e ruína ambiental se a prioridade fosse a capacidade de suporte (ambiental) pura e simples. no ponto em que não há modificação significante no número de indivíduos dessa população. por exemplo) previamente seca em estufa (105°C) é saturada com água (colocada por cima. nenhuma nação teria o direito de exigir ou reivindicar de outro país que este sacrifique seus recursos (florestas. CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA − CTC (Ver CTC) CAPOEIRA Termo aplicado vulgarmente para designar uma vegetação secundária que se sucede a uma primária. A figura que segue. ou adsorvida por baixo. usam-se as denominações (dependendo da densidade de vegetação): capoeira rala. sendo também dada em porcentagem. 46 . patrimônio paisagístico e outros bens naturais) em benefício de outros países (alguns esgotaram os seus recursos de maneira inconseqüente). ou capoeirão. isto é. quando a amostra é colocada num funil com algodão de vidro na sua saída. além da necessidade de “pão e água para todos os passageiros da espaçonave Terra”. um país qualquer “não deveria ter mais pessoas do que poderia ter para desfrutar diariamente de um copo de vinho e um pedaço de bife no jantar”. fontes de água naturais. e CAPACIDADE DE SUPORTE CULTURAL) CAPACIDADE DE SATURAÇÃO (DO SOLO) Semelhante à capacidade de campo. CAPTOR (ou DRENO) (Ver FONTE E DRENO (ou CAPTOR)) CAPTURA E ARMAZENAMENTO DE DIÓXIDO DE CARBONO Programa do “IPCC − Intergovernmental Panel on Climate Change” (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática) da “UNEP – United Nations Environment Programme” (programa das Nações Unidas para o meio ambiente). e alguns moluscos e crustáceos nos ecossistemas aquáticos) são designados como detritívoros. consta de captura. o carbaril. Quando se diz que a carga poluidora é admissível. alguns lobos . Também estão previstas nesse estudo. embora considerado de toxicidade moderada para mamíferos. um carnívoro. alguns helmintos. (Ver DETRITÍVOROS) CARNÍVORO (Ver CADEIA ALIMENTAR) 47 . outras iniciativas tais como eficiência na melhoria do uso de energia. CARNICEIRO Embora signifique animal que se alimenta de carne. Incluem-se neste caso os animais de maior porte (urubus. o carbamato “aldoxycarb” é altamente tóxico para mamíferos. enquanto os pequenos (centopéias. usado como agrotóxico ou pesticida.. em locais isolados do contato com a atmosfera. pássaros e peixes. assim como incremento na captura biológica de CO2 e redução de outros gases que contribuem para o efeito estufa. separação de outros subprodutos industriais. No entanto. Um outro carbamato. transporte e armazenamento deste gás. O carbofuran (inseticida e nematicida) também é altamente tóxico para mamíferos. (Ver TIOCARBAMATO) CARBONO (NA BIOSFERA) (Ver FONTE E DRENO. com ação semelhante ao organofosforado e tido como de menor toxicidade para os mamíferos.. isto significa (não quantitativamente) que os poluentes não afetarão o ecossistema aquático para onde é lançado o efluente.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS O processo como um todo. coleópteros. sem deixar de ser portanto. e INICIATIVA PARA MITIGAÇÃO DO CARBONO) CARGA POLUIDORA Quantidade de poluente lançado num corpo d’água. visando à mitigação da problemática do aquecimento global (efeito estufa). hienas. Uma alta carga poluidora expressa o potencial (não quantificado) de poluição de um efluente para um ecossistema aquático. a longo prazo. mudança para alternativas Visão geral das opções de armazenamento geológico: 1 Reservatórios já esgotados de petróleo e gás 2 Uso de CO2 na recuperação intensificada de petróleo e gás 3 Formações salinas profundas: (a) no mar. (b) na terra 4 Uso de CO2 na recuperação intensificada de metano do lençol carbonífero Gás ou petróleo produzido CO2 injetado CO2 armazenado energéticas (energias renováveis e energia nuclear). é muito tóxico para invertebrados aquáticos. refere-se este termo àquele animal que se alimenta de outros animais mortos. pássaros e invertebrados aquáticos. Alguns carbamatos são extremamente tóxicos a insetos benéficos como abelhas e vespas (produtores de mel e polinizadores). CAPTURA-RECAPTURA (Ver ÍNDICE DE LINCOLN (OU CAPTURA-MARCAÇÃO-RECAPTURA (MÉTODO DE)) CARBAMATO Composto derivado do ácido carbâmico.). refere-se a um trabalho original dos ecólogos N. diz-se ocorrer um “contrôle de cima para baixo”.U. F. devido à sua grande capacidade de adsorção. Este fenômeno.A. um tanto quanto áspero e espinhento. CASMÓFITO Vegetal que se desenvolve em fissuras e fendas de rochas. formando então um minério com alta concentração de carbono. e SATURAÇÃO DE BASES) CAVERNÍCOLA (Ver “-cola”. mas podem ser “trocados” por outros (competição pelos sítios negativos) de maior força de adsorção. em que a matéria orgânica (anteriormente assimilada) é oxidada e degradada a componentes menores (mais simples).) que em 1960 sugeriram que “a Terra é verde porque os carnívoros reprimem as atividades dos herbívoros. e “troglo-”) CAVIOMORFO(A) (Ver ESPÉCIE CAVIOMORFA) 48 . (Ver CRIPTOBIÓTICO) CASUAL (Ver ACIDENTAL) “CAT − CENTRE FOR ALTERNATIVE TECHNOLOGY” (Ver TECNOLOGIA ALTERNATIVA) CATABOLISMO Fase que se segue ao anabolismo. A “IEA – International Energy Agency” (Agência Internacional de Energia) estima que haja uma reserva mundial de 3 trilhões de toneladas de carvão mineral (sólido) que somados à forma gaseificada totalizariam 6 trilhões de toneladas. na seguinte ordem: Na < K = NH4 < Mg = Ca < Al(OH)2 < H. que mostra os efeitos indiretos das interações consumidor-recurso disponível. provindo provavelmente da transformação da celulose dos vegetais (formando a hulha) que perde hidrogênio e oxigênio. Os cátions adsorvidos resistem à remoção por lixiviação. que se consumissem livremente. Smith e L. (Ver CTC. e DEFESO) CATANDUVA (ou CATANDUBA) Tipo de mato rasteiro. CATÁSTROFE Evento ou distúrbio tão pouco freqüente num ecossistema que as populações não guardam.Slobodkin. e os seus reflexos no aquecimento global (ou efeito estufa). é uma catástrofe. ou seja. a partir da tecnologia vigente. exterminariam a maioria da vegetação”. geneticamente. diz-se ocorrer um “contrôle de baixo para cima”. daí também a denominação “bases trocáveis”. CARVÃO MINERAL Também conhecido como carvão de pedra. Hairston. preocupa o seu altíssimo potencial de contribuição à poluição atmosférica. registros de sua ocorrência. e quando é o alimento o determinante. Uma erupção vulcânica que ocorra inesperada e fortuitamente. No Brasil destaca-se o estado de Santa Catarina com grande reserva de carvão mineral betuminoso. (Ver METABILISMO. Dá-se o nome de catabólito (ou excreta) ao produto resultante do catabolismo. É uma forma fóssil de armazenamento do carbono. ao longo dos diferentes níveis tróficos da comunidade. utilizado por RICKLEFS (2007). com certa semelhança a um campo de cerrado. EXCRETA. China e Índia são os detentores das maiores reservas do mundo. e REJEITO) CATÁDROMO (Ver ANÁDROMO. é o que se chama de “cascata trófica”. da Universidade de Michigan (E. Esta força aumenta com a valência do cátion. EGESTA.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CARVÃO ATIVADO Partículas de carvão. E ainda: quando o nível mais alto da cadeia trófica é o determinante do tamanho dos demais níveis que lhe estão abaixo. (Ver “SYNFUEL”) CASCALHO (Ver TEXTURA DO SOLO) “CASCATA TRÓFICA” Este termo. geralmente obtidas pela queima da celulose (sem ar). (Ver DESASTRE) CÁTIONS TROCÁVEIS CÁTIONS TROCÁVEIS = BASES TROCÁVEIS Cátions que podem ser substituídos por outros e que em solução no solo formam bases. Em termos de conseqüências ambientais com o uso desta imensa fonte de energia. que são utilizadas como filtro. MS. estão representados no quadro que segue (GOODLAND & FERRI. estando seu núcleo no Brasil central. designando o sentido de “compartilhar”.: cenose (uma assembléia de organismos com preferências ecológicas similares). stricto sensu (à direita). com troncos de casca grossa. 49 . 1979). (Ver ENZIMAS DO SOLO) CELULOSE Polímero de moléculas de glicose. As características (médias) da vegetação e do solo dos quatro tipos de cerrado acima mencionados. nos estados de MT. o gradiente do campo sujo de cerrado ao cerradão. ilustram um cerrado. Ex. como cerrado.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CELULOLÍTICO Diz-se do processo em que a enzima celulase decompõe a celulose. Na Paraíba alguns autores consideram os tabuleiros. A vegetação apresenta escleromorfismo oligotrófico. Este autor foi um dos primeiros a defender a hipótese de que o cerrado é um bioma cujas características e existência. A celulose representa cerca de 1/3 de todo o CO2 fixado pelas plantas. depende essencialmente de características do solo. o fósforo (PO4). o Al que é tóxico. estando este fator ecológico presente nesse bioma há milênios (COUTINHO. As fotos abaixo. por exemplo. arbustivos. subtipo campo sujo (à esquerda) e um cerrado. usada muitas vezes como prefixo. aumenta do campo sujo para o cerradão. profundas. diminui no solo à medida que a densidade de vegetação aumenta. GO e MG. formado por um gradiente de densidade de vegetação com estratos herbáceo. CENOBIOLOGIA (Ver BIOCENOLOGIA) CENSO Em ecologia. são dependentes da ação do fogo. que aumenta no sentido campo sujo de cerrado → campo cerrado → cerrado → cerradão. arbustivo e arbóreo. Segundo alguns autores. CEPA (Ver LINHAGEM) CEROSIDADE DO SOLO (Ver PERFIL DO SOLO. Estima-se que essa vegetação cobre área aproximada de 2 milhões de km2. e TEXTURA DO SOLO) CERRADÃO (Ver CERRADO) CERRADO O cerrado é um tipo de “savana brasileira”. componente fundamental da parede celular dos vegetais clorofilados. 1990). O algodão é um exemplo de celulose quase pura. atinge também o sul do AM e os estados de SP e PR. cujas árvores apresentam aparência retorcida. As raízes são na maioria. o censo é uma tentativa de se contar todos os membros constituintes de uma população. CENO Palavra grega. de autoria do ecólogo Leopoldo Magno Coutinho. assim como em demografia. importante nutriente. : chapada Diamantina. A vegetação é exuberante. bromélias.07 0. Estes últimos.1 34.800 31.16 0. sediada em Oaxaca. exerce efeito poderoso no efeito estufa.6 • Saturação de Al (%) CERTIFICAÇÃO DE MATERIAL DE FLORESTAS Documento ou certificado concedido aos explotadores de recursos florestais.32 • C (%) 0. tendo sido fundada em 1993.067 • PO4 (%) 3. situada no centro do estado da Bahia.07 0.2 5. permanecendo na atmosfera por mais tempo do que os CFCs e o CO2. O “FSC – Forest Stewardship Council” (literalmente.4 • pH 1. com o objetivo de promover a conservação cuidando do credenciamento e monitoramento de certificadores de florestas que estejam submetidas a práticas de bom manejo. Ex.3 4.300 • área basal/ha (cm2) 849 1.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CARACTERÍSTICA CAMPO SUJO CAMPO CERRADO CERRADO CERRADÃO a) Vegetação: 1 3 19 46 • dossel (%) 3 4 6 9 • altura das árvores (m) 300 7. 50 .2 52.08 0.408 2. É uma entidade nãogovernamental (sem fins lucrativos) internacional. (Ver OZONOSFERA) CHAPADA Tipo de relevo. O cloro da molécula do CFC reage rapidamente com o ozônio.wikipedia. são conhecidos comercialmente como gás “freon” e os principais produzidos são o CFC-11. exótica.2 3. até um certo tempo muito usados.08 0.17 • K (meq/100mL) 0.253 3.6 38. As fotos a seguir são do site www.10 • N (%) 0. Tais propelentes.2 5. em aparelhos de ar condicionado e de refrigeração. propelentes do tipo aerossol (em inseticidas. ou Intendência. também do setor empresarial e de governos de diferentes países. a da esquerda mostrando vista geral e a da direita flora típica da chapada Diamantina. com extensas áreas planas. onde nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu.600 16.08 0. de Florestas) é a primeira instituição credenciadora de certificadores na área florestal. diclorodifluormetano. O FSC recebe apoio do setor ambientalista e pouco a pouco. à qual se atribui a indesejável ação destruidora da ozonosfera. orquídeas e sempre-vivas.88 1. CCl3F ou triclorofluormetano e o CFC-12 ou CCl2F2.91 2.S. produzindo óxido de cloro e oxigênio molecular. Jacuípe e rio de Contas.com.044 0. México.3 3. embora menos impactante na ozonosfera. Esta é uma região de serras.036 0.93 1. A Convenção de Genebra para a Proteção da Camada de Ozônio (1985) e o Protocolo de Montreal (1987) constituíram-se nos primeiros acordos internacionais para reduzir o uso dos CFCs no final do século XX e início do século XXI. com destaque para as veloziáceas. Conselho de Procuradoria.215 • nº de árvores/há 31 36 43 55 • nº de espécies arbóreas 96 93 95 100 • nº total de espécies b) Solo: 5.0 • M. CFC − CLOROFLUORCARBONO (ou CARBONO FLUORCLORADO) Substância utilizada industrialmente.024 0. com diversidade de espécies da caatinga e flora serrana.4 5. geralmente de altitude. em inglês. Os CFCs vêm sendo substituídos pelos HCFCs – hidroclorofluorcarbonos (com menos átomos de cloro do que os CFCs) e pelos HFCs – hidrofluorcarbonos (que não contêm nem cloro nem bromo). desodorizadores etc) e em processos de fabricação de plásticos. (%) 58. muito comum no Brasil Central.O. CLASSIFICAÇÃO DE) CHICAGO (DE MUDANÇA CLIMÁTICA). A foto à direita (do site www. Califórnia.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CHAPARRAL Vegetação dominada por arbustos de folhas endurecidas (esclerófilas).05%. como o solo mais fértil do mundo. referindo-se a um tipo de solo da região central e sul da Rússia. resistentes à seca e por plantas lenhosas de crescimento lento. E. nas montanhas Santa Ynez.000 pessoas morrerão de câncer (além dos 9. Estima-se também um aumento na taxa de mortalidade de seres humanos de 0. 51 . 1 Ci = 3. ocorrido em 26/04/1986 na antiga União Soviética.5 milhões que se esperam morrer dessa doença) ao longo dos 70 anos que se seguirão a esse desastre. mais 5. na Estação de Energia Nuclear de Chernobyl (cidade a 104 km de Kiev. muito rico em humus. em pequenas áreas na Austrália. como a espécie típica do chaparral da Califórnia. em Santa Barbara. entre os anos de 2003 e 2010. Algumas espécies de plantas têm sistema radicular profundo. de Mudança Climática” (“CCX – Chicago Climate Exchange”) é um empreendimento piloto de negociação internacional. (Ver SOLOS BRASILEIROS. CLASSIFICAÇÃO DE) CHERNOZEM (ou “TCHERNOZIOM”) Termo que em russo significa “tcherno” = negrume e “ziom” = terra de grande extensão. inverno úmido e verão seco). ao longo de dezenas de anos.chicagoclimatex. becquerel) de material radioativo tenha emanado afetando diretamente os seres vivos num raio de pelo menos 30 km da Estação. A unidade de medida das emissões é a tonelada métrica (ou megagrama) de dióxido de carbono. que penetra através de fissuras nas rochas. em que empreendimentos os mais diversos (e conseqüentemente os respectivos países onde estão instalados) poderão receber benefícios ao implantarem programas de redução na emissão de gases do efeito estufa e de seu seqüestro. levemente alcalino.wikipedia. ou massapê preto.A. na Ucrânia). bolsa de A “bolsa de Chicago. enquanto outras. com aproximadamente 1 m de espessura e que é tido. ou seja.com) é de uma vegetação montanhosa de chaparral. CHERNOBYL Desastre de conseqüências imensuráveis. Salvia mellifera (a salvia preta). se utilizam apenas da água que se precipita durante a estação das chuvas. noroeste do México.U. As conseqüências da precipitação radioativa do césio-137 far-se-ão sentir em diversas regiões do planeta.7X1010 Bq. na Europa. CHERNOSSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS. Chile e África do Sul. Detalhes do sistema podem ser vistos no site da referida bolsa: www. ocorrendo nas regiões de clima do tipo mediterrâneo (brando. com raízes menos profundas. para a agricultura.com). distribuindo-se amplamente. Estima-se que 100 milhões de Ci (unidades Curie. mesmo naquelas supostamente distantes de Chernobyl. A energia utilizada neste ciclo é fornecida pelo ATP (adenosina trifosfato) e NADPH2 (nicotinamida adenina difosfato. queima de combustíveis fósseis (este em menor escala) etc. (Ver ATERRO SANITÁRIO) CHUVA ÁCIDA Chuva contendo compostos ácidos.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CHORUME Líquido escuro.p. recentemente. CICLO DE) CICLO (ou CICLAGEM) DE NUTRIENTES Refere-se ao caminho percorrido pelos nutrientes na Natureza. Necromassa Mineralização 2 Entrada por intemperismo B Absorção pelas plantas N 3 Solo B N Perda por escorrimento S S Perda por lixiviação A figura a seguir representa a ciclagem em floresta clímax da Nova Guiné (Nye. CIANETO (Ver DEFESA QUÍMICA) CIANOGÊNICO Organismo vivo que produz ou libera o ácido cianídrico (HCN). e HATCH-SLACK..plantas C3). (2) em floresta decídua temperada e (3) em floresta pluvial tropical. Observar as proporções de espessura (setas) e tamanho (círculos) no esquema.plantas C4). LONGMAN & JENÍK. Há plantas que formam inicialmente. Estes ácidos acidificam a água da chuva para pH abaixo de 5. também tóxico e inflamável. reagindo com a ribulose difosfato (RDP ou RuDP). representando as respectivas concentrações de nutrientes: 1 Entrada pela chuva Biomassa Queda de folhas. (Ver DEFESA QUÍMICA) CICLO DE CALVIN-BENSON É o ciclo de fixação do CO2. sintetizados na fotossíntese (nas fotofosforilações cíclica e acíclica). que é tóxico. cit. à antiga “alga verde-azul”. como em samambaia (Pteridium aquilinum). que existem na atmosfera como decorrência de atividades industriais. em que os vegetais clorofilados absorvem CO2 do ar. CHUVA OROGRÁFICA (Ver SOMBRAS DE CHUVA) CIANOBACTÉRIA Denominação dada. originados dos poluentes primários óxidos de enxofre e de nitrogênio.0. o ácido málico ou aspártico (com 4 átomos de C . segundo TIVY & O’HARE (1986). queima de carvão mineral. 1987): 52 . sulfúrico e nítrico. produzido pela decomposição do lixo amontoado em aterro sanitário. o nome “cianogênio” refere-se mais especificamente ao gás C2N2. (Ver C3. ao invés do PGA (que tem 3 átomos de C . C4. Concentrações variadas de cianeto constituem-se em “defesa química” de certas plantas. formando em seguida o ácido fosfoglicérico (PGA) e daí por diante vai dando origem aos demais compostos essenciais (açúcares etc). inclusive à própria RDP. É um procarioto fixador de N2 atmosférico. ácido e mal cheiroso. Na verdade.. A figura seguinte ilustra a circulação de nutrientes (1) idealizada. incluído no reino Monera. reduzido). 750 Mg 682 Sistema radicular P. no golfo do México.S.000 N 137 K 186 P 6. Eles podem ter de 80 a 800 km de diâmetro e ventos acima de 180 km/h.5 K 71 Ca 19 Mg 11 Necromassa P. Devido à rotação da Terra.S. a partir de 1990).270 Mg 187 Queda de folhas N 91 P 5.O.3 Ca 3.560 e P solúvel 16 Ca 3.000 N 683 K 668 P 37 Ca 1. nos oceanos tropicais que ocorre entre as latitudes aproximadas de 5 e 30 graus. gira no sentido dos ponteiros do relógio no hemisfério sul e no sentido contrário no hemisfério norte (de acordo com a força de Coriolis).3 Percolação foliar: N 30 P 2. A revista americana Science (em 2005) divulgou que o número de furacões das Categorias 4 e 5 tem quase que duplicado nos últimos 35 anos (18 por ano.: 40.5 P 9. no estado da Louisiana.4 Ca 333 Mg 61 Lixiviação e percolação (p/ o lençol freático) Entrada pela chuva. além de causar prejuízos de bilhões de dólares.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Vegetação acima do solo: P.5 P 0.6 Mg 1.ha-1.8 Ca 96 Mg 14. (Ver BIOGEOCICLAGEM) CICLO DE VIDA Seqüência de estádios (ou fases) da vida de um organismo.S: 310. queda de folhas e percolação foliar.1 K 28 Ca 95 Mg 19 Entrada pela chuva: N 6. em kg. tem levado os cientistas a hipotetisar que o 53 .5 Absorção Solo M. no verbete NUTRIENTES. forçando milhares de pessoas a abandonarem a cidade e matando aproximadamente mil pessoas. em ambos os hemisférios. circundado por uma estrutura de chuvas. em kg.:6. a partir do desenvolvimento do zigoto até a produção de zigotos descendentes (ou seja. ventos de 111 a 130 km/h arrancam árvores com sistema radicular pouco profundo.ano-1 Demais valores. O fato de que as tempestades tropicais retiram energia da água oceânica para ganhar força. No Atlântico e no Caribe os ciclones são denominados de furacões e no Pacífico são conhecidos como tufões. principalmente Nova Orleans.ha-1 Pontilhados: sem dados quantitativos Ver também figura sobre concentração de nutrientes em floresta tropical e de região temperada. em 29/08/2005. de sua progênie).460 N 91 K 11. 415. CICLONE Um ciclone tropical é um distúrbio atmosférico violento.000 N 19.5 K 7.S. Um ciclone tropical tem pressão atmosférica muito baixa no seu calmo centro (o “olho”). O Katrina foi considerado o desastre natural mais destrutivo que atingiu o sul dos Estados Unidos. Os ventos podem exercer uma pressão de 400 kg/m2. nuvens e ventos muito fortes. fazendo objetos se tornarem verdadeiros “mísseis”.200 K 403 P total 2. Quanto aos danos que podem causar. derrubam paredes finas e destelham tetos frágeis. Estudos sugerem que os furacões estão ficando mais fortes. estima-se que ventos de 74 a 93 km/h desfolha e arranca galhos de árvores. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS aquecimento global e as águas mais quentes a ele associadas. requer comprovações mais seguras uma vez que o número total de furacões e sua longevidade têm decrescido nos últimos 10 anos. Na figura que segue (reproduzida de LONGMAN & JENÍK. geralmente circundando.4 0. Ciófilo (ou esciófilo ou esciofílico e outros termos similares. 1. DE CONNELL) 54 . no entanto. economia e diversas outras. CIRCALITORAL (Ver ZONA CIRCALITORÂNEA) “CITES − CONVENTION ON INTERNATIONAL TRADE IN ENDANGERED SPECIES” (Ver “CONVENTION ON INTERNATIONAL TRADE IN ENDANGERED SPECIES − CITES”) CLAREIRA (e DINÂMICA DE CLAREIRA) Espaço (ou “mancha”) gerado num ecossistema. (e diversas outras). Opõe-se este termo a heliófilo. incluem-se também a física (ambiental. poderiam levar a furacões mais fortes. agronomia. que tanto as plantas de sol quanto as de sombra são capazes de colonizarem clareiras. podendo nas pastagens este fenômeno ocorrer pela ação intensiva dos pastejadores (o gado) ou outro herbívoro. sugerindo que a colonização depende mais do acaso de recrutamento do que das condições ambientais da clareira. Esta hipótese.2 1 0. após certos distúrbios. completamente ou parcialmente uma área urbanizada ou de origem antrópica. sociologia. entre as ciências ambientais consideram-se além da ecologia. aberto por ação natural (queda de árvore se for numa floresta. 1987) está representado o andamento diário do Déficit de saturação do Vapor d’Água em quatro situações numa floresta tropical de Costa Rica. Portanto. (Ver DISTÚRBIO. principalmente). sobre os recifes. descaracterizando o ambiente natural. contribuem direta ou indiretamente para isso. CICLOS DE LIMITES ESTÁVEIS Na relação predador-presa há populações com tendência a retornar ao ciclo original.2 0 Clareira Dossel Abertura 20 16 12 8 4 Estrato inferior 0 Pressão (KPa) DEFICIT DE SATURAÇÃO DE VAPOR D'ÁGUA Horas do dia Estudos sobre dinâmica de clareira (do inglês “gap dynamics”) têm mostrado nos trópicos. com bastante ênfase). segundo observaram Steve Hubbell e colaboradores no Panamá. adicionadas daquelas que mesmo não estando inteiramente voltadas ao conhecimento dos componentes e fenômenos naturais. climatologia. química (ambiental. geologia. embora se saiba que as várias espécies de árvore possam se especializar para germinar nos mais diferentes locais. vento forte. queima leve e restrita etc) ou por ação antrópica (derrubada ou queima de pequeno trecho). ou ciências naturais.8 0. Vê-se como uma clareira pode modificar o fator ambiental umidade. CIÊNCIAS AMBIENTAIS As ciências ambientais podem ser consideradas como o conjunto das diversas ciências da Natureza. Nos sistemas aquáticos a ação da maré (ondas fortes) poderá causar clareira nas algas. CIMENTAÇÃO DO SOLO (Ver PERFIL DO SOLO) CINTURÃO (ou CINTO) VERDE Uma estreita faixa ou área de vegetação. biologia. ver dicionário) é um organismo que gosta de viver à sombra ou em baixa intensidade de luz.4 1. e HIPÓTESE DO DISTÚRBIO INTERMEDIÁRIO. CIÓFITO(A) / CIÓFILO(A) CIÓFILO = ESCIÓFILO = PLANTA DE SOMBRA Ciófita é uma planta que vive melhor à sombra.6 0. geografia. chamada então de clímax topográfico. animais cujo alimento provém principalmente do rebrotamento das plantas após a queima. constitui-se num clímax de fogo. também num sistema aquático). por exemplo).T. picnoclino (gradiente de densidade. Por conseqüência. e esta dependerá da planta X. O tempo de vida da espécie dominante é que determinará a duração de cada estádio. no caso em que uma espécie de planta X cujas sementes só germinam e crescem sob uma planta Y. que por sua vez dependerá da existência da planta Z. CLÍMAX ZOÓTICO Diz-se da comunidade onde um herbívoro dominante e a vegetação por ele “modelada” formam um sistema de interação recíproca. diferente da que ocorre numa condição topográfica normal (uma planície. em decorrência de uma característica topográfica. cenoclino (uma seqüência de comunidades distribuídas ao longo de um gradiente ambiental).A. em estudos no sudoeste de Wisconsin (E. constitui-se num clímax climático.).U. Muitos autores atribuem esta característica aos cerrados. num gradiente. onde ocorrem etapas sucessivas que culminam com um máximo desenvolvimento. (Ver CLINOLIMNIO e TERMOCLINO) 55 . forma-se aí um clímax edáfico. refere-se a um determinado gradiente. geralmente como sufixo. dinâmica. pau-ferro e tília americana (Tiliaceae). CLÍMAX (Ver COMUNIDADE CLÍMAX. gases liberados pelas indústrias etc. CLÍMAX TRANSITÓRIO e CLÍMAX CÍCLICO Alguns autores aplicam o termo clímax transitório à condição de máximo desenvolvimento de um ecossistema como conseqüência da estacionalidade. com a chegada do período seco. para definir os pontos finais de sucessão. como ocorre por exemplo nas lagoas temporárias nas regiões semi-áridas. estabelecem-se nesse local. por exemplo). O clímax cíclico é marcado por algumas particularidades. como por exemplo. há a probabilidade de ali se estabelecer uma comunidade. variando de locais secos dominados por carvalho (Fagaceae) e faia (Salicaceae) até locais úmidos dominados por bordo (Aceraceae). vento etc.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CLASSIFICAÇÃO DE BIOMAS DE WHITTAKER (Ver ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER. CLIMATOGRAMA (Ver DIAGRAMA CLIMÁTICO) CLIMATOPO O conjunto das condições climáticas e atmosféricas em geral. “-clino” ou “-clina” Derivado do grego. Ela é muito comum nas encostas de montanhas.Curtis e R. e TEORIAS MONO E POLICLÍMAX) CLÍMAX CLIMÁTICO Uma comunidade cuja estrutura e composição foram estabelecidas pela ação macroclimática. no qual uma fêmea de uma espécie rouba a presa ou a reserva de alimento da fêmea de outra espécie para alimentar sua prole. O “continuum index” (que poderia ser traduzido do inglês como “índice de continuidade”) foi aplicado por J. temperatura do ar. oxigênio. CLÍMAX EDÁFICO Em todas as situações em que o substrato edáfico (solo) apresente peculiaridades pronunciadas que permitem o aparecimento e a manutenção de uma cobertura vegetal que a fazem diferir do clímax climático circunvizinho. CLÍMAX TOPOGRÁFICO Em locais onde um declive acentuado e sua posição geográfica permitem uma incidência de radiação. Esta denominação é aplicada às situações em que surge um microclima marcante.P. O termo “continuum” confunde-se com clino(a) se usado no sentido de gradiente de características ambientais e não exclusivamente como gradiente de adaptações dos organismos de uma população ou de composição de comunidade.McIntosh. (Ver CLÍMAX TRANSITÓRIO e CLÍMAX CÍCLICO) CLÍMAX DE FOGO Uma comunidade onde a ação freqüente do fogo selecionou espécies vegetais tolerantes a este fator ecológico (muitas vezes de origem antrópica). Daí os termos termoclino (gradiente de temperatura num sistema aquático. dióxido de carbono. de um determinado habitat ou ecotopo. degradando-se em seguida. incluindo por exemplo: luz. HEINRICH)) “CLEAR CUTTING” (Ver AGRICULTURA ITINERANTE) CLEPTOPARASITISMO Forma de parasitismo encontrado em alguns organismos sociais. FLORESTA Todo organismo derivado de multiplicação assexual ou vegetativa originado de um único organismo parental (pai ou mãe). além da possibilidade de armazenamento em depósitos salinos profundos. é reproduzida em grandes quantidades a partir de sua inserção num vetor adequado. de 15/09/65. introduzindo a molécula híbrida resultante numa célula que possa replicála. juntamente com outra ou outras. (Ver CLONE. CLONAGEM Em biologia molecular a clonagem é considerada como um procedimento no qual uma determinada seqüência de DNA. LAGO). e CLONAL.002. (Ver CLONAGEM) CLONE Em biologia molecular o clone é um indivíduo (unidade vetor ou hospedeiro) constituído por uma única seqüência inserida de DNA. é uma floresta homogênea originada de um único indivíduo parental. É um tipo de linhagem ou cepa. 1º semelhante ao do Código Federal e seu Art. fazendo-o então crescer. (Ver DOMINANTE ECOLÓGICO) COEFICIENTE DE ASSOCIAÇÃO (Ver ASSOCIAÇÃO VEGETAL) 56 . admitindo-se assim que todos esses organismos são geneticamente iguais. de 29/12/94 (data de publicação no Diário Oficial do Estado). fazendo então esta célula crescer em meio de cultura apropriado. conforme prevê seu Artigo 1º: “As florestas existentes no território nacional e as demais formas de vegetação. ambiental. originando-se de manipulação pela engenharia genética. Uma das propostas importantes é a do armazenamento geológico do CO2 emitido pelas atividades humanas (principalmente industrial) nos vazios subterrâneos onde antes existia petróleo ou gás. através do Grupo III. proveram um relatório (“Special Report on Carbon Capture and Storage (CCS) – 2005”. admite-se ser geneticamente idêntico ao organismo que lhe gerou e é assim chamado de clone.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CLINOLIMNIO Parte do hipolimnio de um lago no qual a taxa de aquecimento cai exponencialmente com a profundidade (ver figura em EUTRÓFICO. A floresta clonal. de estudos sobre Mitigação da Mudança de Clima (do IPCC). portanto. extraído de uma célula qualquer de um animal macho. Atribui-se esta denominação também a uma assembéia de organismos derivados de reprodução assexual ou vegetativa e que são provenientes de um só dos pais. (Ver CONAMA. um segmento de uma cadeia de DNA ou gene. CLOROFLUORCARBONO (Ver CFC) Cmic : Corg (Ver RELAÇÃO CARBONO DE MICRORGANISMOS : CARBONO ORGÂNICO TOTAL) C:N (Ver RELAÇÃO C : N) CO2 (ou DIÓXIDO DE CARBONO) (Ver EFEITO ESTUFA) CO2 – CAPTURA E ARMAZENAMENTO O “IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change” juntamente com o “UNEP – United Nations Environment Programme”. analisando a viabilidade técnica. 2º diz: “ A política florestal do Estado tem por fim o uso adequado e racional dos recursos florestais com base nos conhecimentos ecológicos. seria inserido num óvulo de uma fêmea desprovido de seu material genético. Este código estadual tem o seu Art. como um gene. FLORESTA) CLONAL. visando à melhoria de qualidade de vida da população e à compatibilização do desenvolvimento sócio-econômico com a preservação do ambiente e do equilíbrio ecológico”. Assim sendo. originada de uma única célula progenitora. reconhecidas de utilidades às terras que revestem. (Ver INICIATIVA PARA MITIGAÇÃO DO CARBONO) CÓDIGO FLORESTAL Diz respeito à lei de proteção às florestas e demais tipos de vegetação. exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem”. O “novo Código Florestal Brasileiro” foi instituído pela Lei nº 4. O Código Florestal do Estado da Paraíba foi instituído pela Lei nº 6. por exemplo. e LEGISLAÇÃO AMBIENTAL) CO-DOMINANTE Espécie que. domina numa comunidade. econômica e social para capturar e armazenar CO2.771. são bens de interesse comum a todos os habitantes do País. juntas. COEXISTÊNCIA Usa-se este termo para designar a existência simultânea.. temporal e espacial. que em algumas espécies consituem-se em parte comestível. COEFICIENTE DE DIFERENÇA Uma medição da diferença entre duas populações. Esta constante 1/10 é chamada de coeficiente de competição e é representada por α12 (leia-se “alfa um-dois”) que em suma. torna difícil sua admissão. O resultado é uma correlação negativa (a taxa decresce com o aumento da densidade). ou planta-herbívoro. Ex. O aumento da temperatura desfaz ou diminui a coesão. É fácil entender e admitir a coevolução no mutualismo planta-bactéria fixadora de N2 ou planta-polinizador (inseto. mas a coevolução de presa-predador. calculada como a diferença entre as duas médias. sendo expressa em porcentagem. Algumas espécies 57 . COEFICIENTE DE EFICIÊNCIA ECOLÓGICA (Ver EFICIÊNCIA ECOLÓGICA. estará se criando espaço e recursos para outras espécies.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS COEFICIENTE DE COMPETIÇÃO É uma medida do grau em que indivíduos de uma espécie competidora utiliza o recurso de outras espécies. ou seja. A coexistência oriunda deste processo é conhecida como coexistência mediada pelo explotador. por exemplo. Suponha-se que 10 indivíduos de uma espécie 2 tenha o mesmo efeito inibitório (competindo entre si. que se caracteriza principalmente por formar grandes estruturas. estimada pela conversão de CO2 para carboidrato. ou sementes de plantasaves dispersoras. uma vez que as evidências (se existirem) são sutís (ou pouco prováveis). dividida pela soma de seus desvios padrões. Quando uma espécie competidora dominante é a que mais sofre. ou seja intraespecificamente) de um único indivíduo da espécie 1. correlacionada com a sua densidade de população. numa comunidade. (Ver PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO COMPETITIVA) COEXISTÊNCIA MEDIADA PELO EXPLOTADOR (Ver COEXISTÊNCIA) COEVOLUÇÃO Processo em que duas espécies intimamente relacionadas ostentam modificações (ou adaptações) que indicam evolução simultânea. em que C é o número de amostras comuns às duas comunidades. fixada por uma planta na forma de ligações químicas. O efeito competitivo total (intra e interespecífico) sobre a espécie 1 será então equivalente ao efeito de (N1 + N2/10) indivíduos da espécie 1. EFICIÊNCIA DE) COEFICIENTE DE EFICIÊNCIA DE ASSIMILAÇÃO (Ver ASSIMILAÇÃO) COEFICIENTE DE EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIA É a proporção da energia absorvida. calculado pela fórmula simples: 2C / (A + B). pela ação brusca de um distúrbio. Dáse o nome também a este processo de interferência mútua.). a coevolução conduz ambas as espécies a especializações cada vez mais estreitamente relacionadas. ave. COEFICIENTE DE RELAÇÃO (Ver IGUALDADE POR DESCENDÊNCIA) COESÃO Atração molecular que mantém duas substâncias similares. mede o efeito competitivo per capita da espécie 2 sobre a espécie 1. Em outras. A é o número de amostras de uma das comunidades e B o da outra comunidade. A predação também propicia a coexistência de espécies entre as quais provavelmente poderia ocorrer “exclusão competitiva” (este efeito da ação predatória ocorre porque a densidade de algumas espécies reduzem-se para níveis em que a competição deixa de ser importante). os corpos frutíferos. significando na prática um “índice de similaridade” existente entre amostras de duas comunidades.: as fêmeas de uma certa espécie parasitóide aumentam sua emigração (reduzem em número no hospedeiro) à medida que sua densidade populacional aumenta. esta parte é extremamente venenosa (gênero Amanita). COEFICIENTE DE INTERFERÊNCIA Medição (com represesentação gráfica) da taxa de consumo do alimento por um consumidor.. de espécies competidoras. E heteroespecífico é quando pertence a espécies diferentes. como resultado de adaptações seletivas. COEFICIENTE DE COMUNIDADE Termo utilizado por alguns ecólogos. e CONSUMO. COGUMELO O cogumelo é um tipo de fungo também filamentoso. aumentando a biodiversidade. (Ver ADESÃO) CO-ESPECÍFICO Pertencente à mesma espécie. o que vive sobre ou dentro de planta é plantícola. e LEVEDURA) COIVARA (Ver ENCOIVARAMENTO) “-cola” (SUFIXO) Sufixo latino significando aquele que “habita”. pela ação da gravidade. pode ter um máximo de 250 coliformes fecais/100 mL ou 1. em microbiologia. dificilmente se difunde nesta.: a rêmora e o tubarão. armazenado no subsolo a partir de matéria orgânica (plantas e animais) decomposta ao longo dos vários períodos ou eras geológicas (milhões de anos). havendo contato direto ou continuidade entre as células. “International Whaling Commission”. S. água e solo. Muitos deles são fundamentais na decomposição da matéria orgânica no solo. ou o faz muito lentamente. é também um potencial de poluição. (Ver ÁGUA POTÁVEL) COLMATAGEM ou COLMATAÇÃO Termo geralmente utilizado para designar um aterramento natural. alterando o teor de diversos componentes químicos (C. que descem uma encosta. Esta denominação substitui perfeitamente o anglicismo “pool”. utilizadas como indicadoras de potabilidade da água. Usa-se atualmente a unidade decilitro (100 mL = 10dL). diferem na sua incubação. através de membrana semipermeável. etc. COLÓIDE Termo dado a partículas muito diminutas (entre 1 μm e 1 nm) que. quando suspensa em água. o que vive sobre alga é algícola. visto assim pelo ser humano civilizado. Em termos ecológicos. o que vive na casca de árvore é cortícola. (Ver GRUMO (DO SOLO)) COLÔNIA Termo de uso bastante amplo. Em resumo. formando uma típica colônia verde-metálica brilhante. COLIFORMES Bactérias coliformes são bacilos Gram negativos que degradam a lactose. Refere-se a qualquer grupo de organismos em convivência próxima. COMPARTIMENTO Por conveniência. COLONIZAÇÃO Processo em que espécies imigrantes se estabelecem em área anteriormente vazia. COMENSALISMO Tipo de interação ecológica na qual uma das populações é beneficiada e a outra não é afetada. além de potencial energético. De acordo com a resolução nº 20 do CONAMA − Conselho Nacional do Meio Ambiente. Os coliformes “totais” e os coliformes “fecais” medidos na água. a água especial para abastecimento não deve conter coliformes totais. e ESPÉCIE PIONEIRA) COLORAÇÃO DE ADVERTÊNCIA (Ver APOSEMATISMO) COLÚVIO / COLUVIAL Detritos rochosos provenientes do intemperismo. intenciona regulamentar quotas para os países que realizam captura e industrialização deste mamífero. o que vive em palude ou local pantanoso é paludícola. os primeiros são geralmente incubados a 35 ou 37 °C e os segundos a aproximadamente 43 °C. DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS. É um tipo de unidade de um ecossistema composta de matéria e energia. 58 . que alguns ainda insistem em usar. (Ver BOLOR. N etc) no ar.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS constituem os chamados fungos ectomicorrízicos. depositando-se como camadas. um certo número de células ou de microrganismos de uma determinada espécie que se desenvolvem agregadamente. assim como um grupo de uma sociedade integrada cujos membros se especializam em subunidades e também um grupo de organismos que acabaram de se estabelecer numa área. o que vive na água é aqüícola. publicada em 18/06/86. (Ver COLÔNIA. representa interferência do homem na biogeociclagem. em depressões. colóides. (Ver INTERAÇÃO ECOLÓGICA) COMISSÃO INTERNACIONAL DE PESCA DA BALEIA Em inglês. Há cogumelos pertencentes aos grupos dos ascomicetos e dos basidiomicetos. o habitante da caverna é cavernícola (ou troglóbio ou troglobionte). no solo. COMBUSTÍVEL FÓSSIL Potencial energético. considera-se compartimento como sendo uma divisão ou parte de um ecossistema que pode ser estudada quantitativamente. Ex. Partículas orgânicas formam. que participam na retenção de nutrientes nos grumos.250 coliformes totais/100 mL de água. A água excelente (chamada “3 estrelas”) para balneabilidade. Aquele ser que vive sobre árvore é arborícola. e ainda. Haverá a possibilidade de uma “convivência pacífica” entre as espécies de presa. este compartimento seria. competição refere-se à interação entre dois organismos ou duas populações. a espécie 1 mudasse de habitat ou se houver uma diferenciação de nicho. que devido ao aumento dos predadores. sofrerá mais seus ataques. por exemplo. podendo ser de grandes proporções. representado no esquema do verbete BIOGEOCICLAGEM. Na competição pode ocorrer que os indivíduos ou as populações envolvidas se inibam mutuamente ou que um dos competidores afete o outro na luta por um suprimento escasso. (Ver COMPARTIMENTO DE RESERVA. fundamentais à homeostase e evolução dos ecossistemas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS COMPARTIMENTO DE CICLAGEM (ou “POOL” DE CICLAGEM) COMPARTIMENTO DE CICLAGEM = COMPARTIMENTO DE TROCA Parte de um ecossistema. COMPETIÇÃO ASSIMÉTRICA Quando numa competição entre duas espécies (ou dois indivíduos da mesma espécie) uma delas (ou um indivíduo) se prejudica mais do que a outra (ou o outro indivíduo). no processo de biogeociclagem. No caso do ciclo do nitrogênio. que disputam por determinado componente ambiental (nutriente. Observar nesta figura: 1) Paramacium aurelia. Segue uma representação de competição. a parte relacionada à nitrificação. diminuindo a espécie 1. enquanto Paramecium caudatum tende a morrer (mais rapidamente quando em população mista). no processo de biogeociclagem. por exemplo. onde os nutrientes (ou elementos químicos e compostos inorgânicos e orgânicos) movem-se lentamente. (Ver COMPARTIMENTO DE CICLAGEM. ou ainda dizendo. afeta indiretamente a espécie 2. a partir de experimento clássico de Gause com protozoários (Paramecium aurelia e P. o aumento em abundância da espécie predadora. o predador atacará mais a espécie 2. EVITAÇÃO (ou ESCAPE) DA (Ver FANTASMA DA COMPETIÇÃO PASSADA) COMPETIÇÃO (INTERESPECÍFICA e INTRAESPECÍFICA) Num sentido amplo. 2) Neste experimento Gause confirma a hipótese de Lotka-Volterra.e PREDATISMO) COMPENSAÇÃO DE LUZ (Ver PONTO DE COMPENSAÇÃO) COMPENSAÇÃO EXATA DEPENDENTE DA DENSIDADE (Ver DEPENDÊNCIA DA DENSIDADE) COMPETIÇÃO APARENTE Quando indivíduos de uma só espécie predam duas diferentes espécies de presa (espécie 1 e espécie 2). caudatum) (COLINVAUX. se por exemplo. COMPETIÇÃO EVOLUTIVA. 59 . persiste. a parte relacionada ao armazenamento deste elemento nos sedimentos. seja cultivado isoladamente ou em população mista. 1986). geralmente abiótica. No caso do ciclo do nitrogênio. passando do meio biótico para o abiótico e vice-versa. este compartimento seria. Este ato de “ser diferente” favorecerá a coexistência mas somente porque reduziu a “competição aparente”. espaço etc). E a intraespecífica é a que ocorre entre dois ou mais indivíduos (ou populações) da mesma espécie. A competição interespecífica é a que ocorre entre dois ou mais indivíduos (ou populações) de diferentes espécies. Muitas inferências (incluindo um “sem-número” de termos e expressões) são feitas a partir destes dois amplos processos ecológicos. a qual prevê que duas espécies muito próximas não ocupam o mesmo nicho por muito tempo. representado no esquema do verbete BIOGEOCICLAGEM. onde os nutrientes (ou elementos químicos e compostos inorgânicos e orgânicos) movem-se rapidamente. bastante ativa. e FONTE E DRENO) COMPARTIMENTO DE TROCA (Ver COMPARTIMENTO DE CICLAGEM) COMPENSAÇÃO DE DENSIDADE (Ver DEPENDÊNCIA DA DENSIDADE . daí havendo uma competição aparente entre as espécies de presa. e FONTE E DRENO) COMPARTIMENTO DE RESERVA Parte de um ecossistema. que se beneficia da espécie 1. luz. COMPETIÇÃO APARENTE. Felis concolor. nele destacam-se: o jacaré. submetida esta planície às cheias periódicas do rio Paraguai. referindo-se ao que comumente ocorre na competição intraespecífica. habilidade em superar a resistência ambiental atribuída aos organismos já presentes em determinado habitat. Jabiru mycteria (ave símbolo do pantanal. Forma uma espécie de delta interno devido à pouca declividade do terreno (3 m / km) e com isso há deposição lenta de matéria orgânica no solo. esta última prontamente passou a explorar flores menos procuradas. que foram introduzidas em 1954 por A. um recurso remanescente (portanto. Isto demonstra que as duas espécies. que antes somente eram visitadas pela espécie suprimida. ou seja. aves típicas. (Ver NICHO ECOLÓGICO) COMPLEXO DO PANTANAL É um sistema ecológico (ou bioma) formado por distintos ambientes. COMPETIÇÃO PASSADA (Ver “FANTASMA DA COMPETIÇÃO PASSADA”) COMPETIÇÃO POR “CONTENDA” E POR “ADVERSIDADE EXTREMA” Expressões sem equivalentes precisos em português. a onça. cervo-dopantanal. A procura ou tendência em diferenciar-se quanto ao uso dos recursos é denominada de diferenciação de nicho. diferenciavam-se pela dieta alimentar. COMPLEMENTARIDADE DE NICHO Tendência em que duas espécies que ocupam posição similar num nicho com certa dimensão.J. COMPETIÇÃO POR EXPLOTAÇÃO Ocorre numa competição.Nicholson. com elevações esparsas. tuiuiú ou jaburu. Cayman c.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Paramecium aurelia isolado população mista VOLUME 150 50 120 isolado P. COMPETIÇÃO POR “CONTENDA” E POR “ADVERSIDADE EXTREMA”. ver foto que segue) e o cabeça-seca. Hidrochaeris hidrochaeris. quando cada indivíduo é afetado por um recurso que permanece. após a explotação realizada pelos seus competidores. é tida como aquela em que há um número constante de vencedores ou sobreviventes. ou seja. capivara. jaguatirica. da parte do habitat onde o recurso é explotável. que quando uma determinada espécie de abelha foi suprimida de um local que competia com outra espécie. e PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO COMPETITIVA). na região centro-oeste (principalmente no Mato Grosso do Sul). em que os competidores são afetados de maneira tão adversa que não deixa sobreviventes. Felis pardalis. isto quando o suprimento do recurso é limitado. proveniente do inglês “contest competition”. também do inglês “(pure) scramble competition” e sem equivalente corriqueiro em português. Mycteria americana. é considerada como uma forma de “supercompensação de dependência da densidade”. suçuarana. Panthera onca palustris (ver foto que segue). COMPETIÇÃO POR INTERFERÊNCIA Competição entre dois organismos na qual um dos competidores exclui fisicamente o outro. No pantanal ocorre uma das maiores concentrações faunísticas do mundo. A competição por “contenda”. difiram com relação a outra dimensão de nicho. Observou-se por exemplo.000 km2. yacare. fertilizando-o. caudatum população mista 40 2 6 10 14 18 DIAS (Ver COEFICIENTE DE COMPETIÇÃO. Blastocerus dichotomus. nãoabundante). Sua diversidade ambiental emprestou-lhe o nome de “complexo”. Ocupa cerca de 200. Na competição por “adversidade extrema”. COMPETITIVIDADE Um dos atributos dos organismos necessários à colonização e sucessão. coexistindo no mesmo local. 60 . onde predomina a baixa altitude (média de 100 m acima do nível do mar). estrutura. ocupando um terço da bacia do rio Paraguai superior.com).br). COMPORTAMENTO MIGRATÓRIO (Ver MIGRAÇÃO e COMPORTAMENTO MIGRATÓRIO) COMPOSTAGEM Ajuntamento de resíduos orgânicos.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Associações ou aglomerações vegetais típicas: 1) Paratudal (paratudo. bactérias e fungos que vivem num ambiente. do site www.wikipedia. jacarés. 2) Carandazal (carandá. Cyperus giganteus). Os ecossitemas do Pantanal são altamente dinâmicos. Typha domingensis). com composição própria. interagindo entre si. e na foto da direita. relações ambientais. o “composto”. Na foto superior. uma ciperácea aquática grande. Tabebuia caraiba). aluvial. australis). da direita. ninho de tuiuiú (ambas fotos obtidas do site www. Mauritia sp). O solo. à esquerda a onça pintada no meio de aguapés e outras plantas flutuantes (autor da foto: Duncan Chapman). 3) Buritizal (burití. que é usado como adubo orgânico.br.org. COMPOSTO (Ver COMPOSTAGEM) COMUNIDADE COMUNIDADE = BIOCENOSE Todas as populações que ocupam determinado local do meio ambiente. umedecido e misturado periodicamente e que após certo período de decomposição gera o produto final. do Pantanal é rico. animais. ou corixas do pantanal (parte inferior da foto) que são canais de campos baixos por onde se escoa a água para os rios vizinhos. Copernica alba e C. 5) Pirizal (pirí. As fotos abaixo mostram: a superior da esquerda (do site www. nas fotos inferiores. 4) Tabual (tabua. 61 . Plantas.ecoa. desenvolvimento e função.org. podendo ser empilhados em camadas alternadas com solo ou cinza ou calcário. afirmando que este processo é mais rápido do que a compostagem simples. lagoas formadas após a retração das águas provenientes das cheias e os corixos.ecoa. Alguns autores usam o termo vermicompostagem para definir a transformação biológica do composto pela ação combinada dos oligoquetas (minhocas) e da microbiota do seu trato digestivo. funcionando o ambiente como uma “esponja” em que as cheias anuais transformam a paisagem por completo. e LEGISLAÇÃO AMBIENTAL) CONCENTRAÇÃO LETAL (ou LC50) Concentração de um produto químico que no meio (de cultura) ou ambiente. É composto por mais de 70 membros. baseado em observação extensiva. (Ver CONECTIVIDADE) CONIÓFILO Que se desenvolve sobre substratos enriquecidos com poeira. fala-se em comunidade animal. CLÍMAX EDÁFICO. portanto. da FBCN − Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza e de associações civis de defesa ambiental (representando as cinco regiões geográficas do país). Tal estabilidade reflete uma situação dinâmica e nunca estática. é um conceito amplo. quando cobertos por poeira. representando Ministérios. tendo por finalidade: I) assessorar. em que esses componentes mantêm-se em harmonia e equilíbrio. e SUPERORGANISMO) CONCEPÇÃO “INDIVIDUALÍSTICA” (ou DO INDIVIDUALISMO) (Ver HOLISMO (ou HOLÍSTICO). é formada por tufos (ou agrupamentos) de plantas que não chegam a se tocar (separados por distância inferior ao seu diâmetro). visando a previsão de fenômenos. REDUCIONISMO.CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE O Conselho Nacional do Meio Ambiente foi instituído pela Lei nº 6. HIPÓTESE. CONJETURA. conceito restrito geralmente postulado como uma explicação potencial para um fenômeno. CONEXÃO Uma possível tradução do inglês “connectance”. significando a relação de ligações “potenciais” dentro de uma teia ou rede alimentar para as ligações que “realmente” existem. (Ver CÓDIGO FLORESTAL. Alguns autores usam o termo “teias de conectividade” quando se referem às relações que retratam as ligações numa teia ou rede alimentar. da interação seres vivos-ambiente.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Referindo-se somente a diversas populações de plantas. REDUCIONISMO. para ser testado por experimentação ou observação. mas que não se propõe a ser testada. Presidentes da ABES − Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente. (Ver CLÍMAX CLIMÁTICO. Neste estádio clímax a composição em espécies é mantida razoavelmente constante no tempo. Lei. permitem imigrantes. causa a morte de pelo menos metade dos organismos ali existentes. contendo geralmente excreta. Usa-se o símbolo LC50 (do inglês “lethal concentration”) para indicar a morte de 50% dos indivíduos ou de parte da amostra. A comunidade fechada é uma associação ou assembléia de plantas que recobrem toda a área de habitat disponível. de circunstâncias. de 31/08/81. no âmbito de sua competência. Teoria. integrando o SISNAMA − Sistema Nacional do Meio Ambiente. estudar e propor a instâncias superiores do Governo. CLÍMAX TOPOGRÁFICO. semelhante a uma hipótese. (Ver BIOCENOSE) COMUNIDADE ABERTA e COMUNIDADE FECHADA Em ecologia vegetal usa-se a primeira denominação para aquela comunidade que se mostra com cobertura incompleta da área. CONCEPÇÃO HOLÍSTICA (Ver HOLISMO (ou HOLÍSTICO). e CLÍMAX ZOÓTICO) CONAMA . LEI e TEORIA A conjetura não passa de uma especulação. a entrada de imigrantes. impedindo assim. confederações de trabalhadores. Hipótese. em ciência é um conceito com alto grau de certeza (ou convicção). sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida. COMUNIDADE CLÍMAX Forma estabilizada. Dizse também de alguns liquens que medram bem. CONJUGAÇÃO (Ver TRANSFERÊNCIA DE DNA) CONNELL (Ver HIPÓTESE DO DISTÚRBIO INTERMEDIÁRIO (DE CONNELL)) CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Ver CONAMA) 62 . suficiente para se confiar em seu uso. experimentação ou raciocínio e da qual se espera responder por uma ampla variedade (ou gama) de fenômenos cobertos no seu âmbito. e SUPERORGANISMO) CONECTIVIDADE Termo usado para designar as interrelações entre diferentes componentes ou compartimentos de um ecossistema. diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e recursos ambientais.938. CLÍMAX DE FOGO. II) deliberar. fala-se em comunidade vegetal e a diversas populações animais. de uso pouco comum em Ecologia. uma sigla usada em ecologia energética). (Ver NÚMERO MAIS PROVÁVEL − NMP) CONTAMINAÇÃO Resultado do contato de organismos. A contaminação referese ao efeito do contato com poluentes. IV (61 – 80%) e V (81 – 100%). a circulação contracorrente ou ainda o multiplicador de contracorrente é encontrado em muitos organismos. não devendo portanto. Como a conservação é uma interação homem-Natureza. ser confundida com poluição. que é formado pelos produtores. CONSTÂNCIA Termo usado em ecologia vegetal para definir uma medição do padrão de distribuição de uma planta. como por exemplo: (i) em 63 . em que um cultivo é associado a outro. A constância é também um termo usado em estudos de dinâmica de ecossistema para definir a inexistência de mudança num determinado parâmetro. não deve ser confundido com CONSORCIAÇÃO. Em fisiologia animal e de grande interesse na ecologia energética. expresso em porcentagem. expressa usualmente pela seguinte escala: r (menos de 1%). E a eficiência de consumo é a quantidade de energia transferida de um nível trófico para o nível mais próximo. CONTAGEM (DE MICRORGANISMOS. III (41 – 60%). I (1 – 20%). “CONTINUUM” (e “CONTINUUM INDEX”) (Ver “-clino” ou “-clina”) CONTRACORRENTE (e CIRCULAÇÃO CONTRACORRENTE) Em termos de ecossistema aquático. a partir do número de diferentes quadrados amostrados que contenham aquela determinada espécie.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CONSERVAÇÃO Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (ver “IUCN”). com o propósito de obter-se a mais alta qualidade sustentável de vida humana”. desprezando-se aquelas placas com quantidade muito reduzida ou excessivamente grande de colônias. refere-se a contracorrente a uma corrente que flui junto a outra corrente mas em sentido oposto. com substâncias nocivas à saúde. Uma pequena quantidade da diluição desejada da amostra é espalhada sobre o agar na placa e esta é colocada sob temperatura ideal para o crescimento microbiano. As colônias são contadas. de pequeno volume. (Ver PRESERVAÇÃO) CONSOCIAÇÃO Consociação vegetal em que há apenas uma espécie dominante. EFICIÊNCIA DE Em ecologia energética o consumo é a ingestão total de alimento ou energia por um indivíduo ou população heterotrófica ou ainda por uma unidade trófica. Como a maioria dos microrganismos carece de enzimas que utilizem o agar. (Ver CADEIA ALIMENTAR) CONSUMO.onde C é o consumo. de uso generalizado em agronomia. de forma circular. CONSORCIAÇÃO (Ver CONSOCIAÇÃO) “CONSORTIUM” (ou CONSÓRCIO) Grupo de indivíduos de diferentes espécies. P a produção. II (21 – 40%). Este termo. tais como substâncias tóxicas ou radioativas ou organismos patogênicos. ou seja. ou seja. por unidade de tempo. ela implica em atitudes inteligentes na utilização dos ecossistemas terrestres e aquáticos e também de melhoria das condições ambientais sem que esses ambientes percam sua originalidade. R a respiração e FU (rejeitos. podendo ser expressa por: C = P + R + FU. Formam-se então colônias. tipicamente de diferentes filos (ou “phyla”) vivendo em associação íntima ou bastante próxima. EM PLACAS) Método amplamente utilizado para contar microrganismos viáveis. incubando-se durante um certo tempo. geralmente o ser humano. este é adicionado de nutrientes e é colocado em placas de Petri (placa ou recipiente achatado. principalmente bactérias. numa mesma área. cada bactéria gera uma colônia. que não sendo capaz de produzir o próprio alimento o recebe dos produtores primários. utilizada em laboratório para cultivar microrganismos). CONSUMIDOR Organismo heterotrófico. O consumidor ocupa os níveis tróficos seguintes ao primeiro. (Ver ASSOCIAÇÃO VEGETAL) CONSOCIES Etapa do desenvolvimento de uma consociação. “conservação é o manejo dos recursos do ambiente. no mesmo tempo. é um corte periódico numa vegetação. reduzida probabilidade de imigração de machos férteis e fêmeas com ovos fertilizados . com a finalidade de reduzir sua população para nível abaixo de dano econômico ou nível tolerável. COPÉPODES Organismos da subclasse Crustacea. COORTE Grupo de indivíduos (geralmente de animais) da mesma idade. ou seja. COPRÓFAGO (ou MERDÍVORO) Organismo que ingere dejetos (fezes). em via de extinção. “copro-” Prefixo de origem grega que se refere a “fezes. face a uma perturbação. mas sim porque neles a água cicla mais rapidamente. Os de vida livre são os organismos mais abundantes no mar. dromedários e alguns outros animais de deserto dispõem de multiplicadores de contracorrente atuando nas narinas (mantendo-as sempre umedecidas e resfriadas) e nos rins. como a cigarrinha da cana-de-açúcar. há maior força de interações. esta adaptação ocorre também (v) nos pingüins da Antártica. O ar trpical carregado de umidade ao elevar-se resfria na área de convergência e a umidade em condensação forma nuvens e se precipita. onde a contracorrente atua de maneira fundamental na manutenção da temperatura nas patas e pés dessas aves. machos estirilizados com alta competividade com os demais machos. (ii) répteis e pássaros marinhos também dispõe de tal mecanismo nas “glândulas de sal” (geralmente em pares nos pássaros. Ainda é usado para referir-se a uma categoria taxonômica. de ar. (iv) camelos. assim como (iii) peixes nas suas guelras. têm sido usados para controlar pragas em certos cultivos. geralmente arbórea cultivada. embora muitas sejam parasitas e outras simbiontes. ditos coprofílicos. na base da cadeia alimentar. CONVERGÊNCIA DE CARACTÉRES (Ver ALOPATRIA) CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL. tem sido uma técnica usada nesse sentido. dejetos”. COPIOTRÓFICO Organismo que cresce somente na presença de alta concentração de nutrientes. CONTROLE AUTOCIDA Forma de controle biológico em que se usa a própria praga para aumentar sua taxa de “mortalidade” (no sentido de desaparecimento). em média. concentrando a urina. (Ver MIP) “CONVENCIONAL. onde estas conduzem o sangue que vai se resfriando à medida que flui para as partes externas e as veias retornam o sangue venoso que vai se aquecendo ao retornar). não porque exista mais água nessas regiões do que nas outras. e até mesmo para mamíferos como a baleia. secretando cloreto de sódio concentrado nos ductos nasais e que são excretados como gotas de sal). ZONA DE Região da Terra na qual as correntes de superfície. para estimular o múltiplo rebrotamento. A estirilização de insetos machos..GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS mamíferos aquáticos. Exemplo: alguns fungos.CITES” Convenção sobre o comércio internacional de espécies da flora e da fauna. CONTROLE BIOLÓGICO Utilização intencional dos inimigos naturais de um organismo indesejável ao homem. como o Metarrhizium anisopliae. recrutados numa população. como nas barbatanas de golfinhos (as veias envolvem as artérias. 64 .5 mm a 10 mm de comprimento). Refere-se também a uma determinada classe de idade. A bactéria Bacillus thuringiensis produz toxina (δendotoxina) nociva a certas pragas (insetos). sendo a maioria das suas 6000 espécies marinhas de vida livre minúsculas (de 0.. Muitos detritívoros são coprófagos. “COPPICING” (= PODA RASTEIRA) Este termo em inglês pode ser traduzido como “poda rasteira”. PRUDÊNCIA” A “prudência convencional” é um termo que poderia ser assim traduzido do inglês “coventional wisdom” querendo dizer-se em estudos sobre complexidade e estabilidade de comunidades que: uma crescente complexidade numa comunidade conduz a uma crescente estabilidade. entre eles: fêmeas com baixa freqüência de cruzamento. “CONVENTION OF INTERNATIONAL TRADE IN ENDANGERED SPECIES (OF WILD FLORA AND FAUNA) . a inúmeras espécies de peixes. sendo portanto a comunidade menos suscetível a mudanças. vindas das regiões subtropicais dos hemisférios norte e sul (latitudes de 30o). encontram-se próximo ao equador e se eleva sob a influência do calor do sol. significando isto que com mais espécies há mais interações entre elas e conseqüentemente. por irradiação. Sua efetividade dependerá de vários fatores. Daí afirmar-se que os trópicos são mais úmidos. servindo de alimento. que se encontram muitas vezes enriquecidos pela atividade de microrganismos. oceano) que receba efluentes líquidos (ou água residuária). CORREDOR e CORREDOR ECOLÓGICO Em termos geológicos o corredor é uma conexão contínua ligando massas de terra adjacentes e existente há longo período geológico de tempo. enriquecendo-as com certos nutrientes. e RECIFES) “-coria” Sufixo de origem grega que significa “dispersão. refúgio etc) para certos animais. O corredor ecológico é uma concepção moderna relacionada a manejo e conservação de fauna. geralmente “fungo coprofílico”. dará alternativas de habitats (alimento. CORIOLIS (Ver FORÇA DE CORIOLIS) CORPO DE ÁGUA Qualquer sistema aquático (rio. CORRENTE DE BENGUELA (Ver RESSURGÊNCIA) CORRENTE DO PERU (ou CORRENTE DE HUMBOLDT) (Ver HUMBOLDT. na Grande Barreira de Recifes (de corais). espaço”. sendo esta última denominação a mais usada e mais aceita. e RESSURGÊNCIA) 65 . No sentido de “espaço” alguns autores denominam de biócoro (ou biocório) ao conjunto de condições inerentes a um “ecossistema”. tratados ou não.wikipedia. zoocoria (pelos animais). Nos corais são comuns ocorrerem as algas zooxantelas. de que os remanescentes de matas (ou relitos) devem se interligar a partir de “faixas” de mata. autocoria (autodispersão ou por expulsão ou ainda por produção de estolões). protozoários. COPULAÇÃO ou ACASALAMENTO EXTRA-PAR (Ver EXOCRUZAMENTO) CORAL Concreção calcária formada no mar. a partir de pólipos. Os corredores de mata. CORRENTE DE. assim como de pássaros e de animais maiores). da Austrália. (VerATOL. moluscos. hidrocoria (pela água). pouco volumoso. Ainda alguns autores usam biócoro ou biocore quando se referem a um grupo de biotopos similares. e muitas outras denominações. estreito. que vive em fezes de diversos tipos de animais (da mesofauna do solo. A foto ao lado (do site www.com) mostra estrêla-do-mar de cor azul (Linckia laevigata) repousando sobre coral Acropora. úteis aos organismos coprófagos. É utilizado mais comumente para indicar a forma de dispersão dos vegetais. isto ocorrendo. Nas costas do Brasil são mais comuns os corais originados de antozoários e hidrozoários (celenterados) que constroem um “esqueleto” de matéria orgânica ou carbonato de cálcio.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS COPRÓFILO Organismo. são uma idéia defendida por alguns conservacionistas. como nos seguintes casos: anemocoria (dispersão pelo vento). CÓRREGO CÓRREGO = ARROIO = REGATO = RIBEIRO Curso de água. Teoricamente. de pequena extensão e às vezes intermitente. possibilidades de deslocamento. propiciando assim aos animais. equinodermas. reservatório. lago. mesmo na chamada fase estacionária de crescimento. viabilizando maciça transformação do tempo. deram o nome a este fenômeno de “La Niña”. norte da Austrália e sudeste do Pacífico). impedindo a ressurgência. Seus efeitos fazem-se sentir na Austrália. detectando um fenômeno que teria efeitos opostos aos da corrente “El Niño”. calcário.. de uma população por exemplo.6% e se esta taxa de crescimento continuar. ela é turbulenta. juntando-se à Oscilação do Sul (mudança de pressão atmosférica na superfície terrestre.6 ≅ 44 (obs. por exemplo). com as grandes enchentes. à maneira do aumento geométrico dos “grãos de trigo no tabuleiro de xadrez”. tais como pH. Tais acontecimentos registraram-se com bastante intensidade nos anos 1982-83 e novamente em 1991-92. no Peru e no Equador. sendo graficamente representado por uma curva em forma de J. daí esta denominação.. resulta dos ventos que sopram na direção do hemisfério sul. os ventos alísios aumentam levando as águas quentes superficiais para a Ásia. queimadas. num ecossistema com indivíduos em idade não-uniforme (numa floresta natural. essenciais à cadeia alimentar marinha. Certamente isto não aconteceria porque haveria limite de nutrientes para o crescimento desta bactéria. onde ocorrem chuvas e no Brasil ocasionando fortes chuvas no norte e nordeste e estiagem no sul. visando o melhor crescimento das plantas. 66 . ou na India. fazem com que as águas quentes permaneçam próximas da América do Sul. Nos rios e córregos naturais a correnteza dificilmente é laminar. continuam metabolizando (alimentando-se das células microbianas mortas) e chegam até a crescer. África e Indonésia. afetando imensas regiões da Terra. ou seja. com um tempo de geração de 20 min.) com a finalidade de melhorar suas propriedades (que não as de fertilidade). tempestade de areia. 10-12 gramas) crescesse exponencialmente. por exemplo). empurrando uma corrente marinha quente. (Ver CRESCIMENTO EXPONENCIAL.: aplica-se a regra prática dos “70/percentual de crescimento = tempo para duplicação em anos”. ocorrendo morte ou migração de peixes e aves próximas. porosidade. visando obter madeira já em fase matura ou para eliminar árvore com algum tipo de problema (doença. Na prática. ou seja 70/1. geralmente na fase intermediária de seu desenvolvimento. conforme a fórmula matemática básica de crescimento exponencial). densidade. mantendo assim o ecossistema com desenvolvimento não-uniforme. a cada dois a sete anos (“El Niño” significa em espanhol menino Jesus). se em 1994 a população humana mundial aumentou em 1. seca nas regiões temperadas-norte e uma intensa atividade de furacões no oceano atlântico norte. Como curiosidade estima-se que se uma bactéria (que pesa não mais do que um trilionésimo de um grama. Pesquisadores norte-americanos e europeus. É um processo que estimula o rebrotamento e o surgimento de novos indivíduos.000 vezes mais do que o planeta Terra!). assim como no sudeste e sul do Brasil. proveniente da Indonésia. CORRETIVO DO SOLO Qualquer composto adicionado ao solo (gesso. a correnteza é laminar. Os ventos alísios enfraquecidos. (Ver MANEJO SUSTENTADO) CRENÓFILO Que se desenvolve numa fonte natural ou próximo a ela. CORRENTEZA (LAMINAR e TURBULENTA) Quando a movimentação da água dá-se paralelamente (à superfície) sem ocorrer mistura. CRESCIMENTO LINEAR. As águas quentes não propiciam abundância de nutrientes. e FASE ESTACIONÁRIA DE CRESCIMENTO) CRESCIMENTO EXPONENCIAL Crescimento. que assim entra em fase estacionária de crescimento. ao longo das costas do Equador e do Peru. onde ocorre aumento no número de seus componentes.. (Ver FERTILIZANTE) CORTE SELETIVO Corte de árvores.. e quando as diversas partes do corpo de água se misturam. que se priva das chuvas de monção. e tufões no oeste do Pacífico. num percentual fixo do total e em determinado período de tempo. ou seja.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CORRENTE “EL NIÑO” Assim chamada porque ocorre em dezembro. CRESCIMENTO ALOMÉTRICO (Ver ALOMETRIA) CRESCIMENTO CRÍPTICO Alguns microrganismos. com a seca.. Esta caracteriza-se por chuvas pesadas em muitas regiões dos trópicos. A este efeito conjunto do “El Niño” com a Oscilação do Sul aplica-se a sigla ENOS. em 48 horas produziria uma massa que pesaria 4. a população duplicará em 44 anos. e MIMETISMO) CRIPTOBIÓTICO / CRIPTOFAUNA / CRIPTOZÓICO Que vive escondido. Se a cada dia nascem três indivíduos numa determinada população humana. expresso em centimolesc (+) por kg de solo. Na nomenclatura antiga usava-se para CTC a unidade meq ou miliequivalente/100g de solo. mas podem ser substituídos (trocados) por outros cátions da solução do solo por efeito da competição (o grande número de íons positivos presentes leva à competição pelos sítios negativos). os íons geralmente adsorvidos à argila ou colóide orgânico são Ca2+. (Ver AGUDO (EFEITO AGUDO / DOENÇA AGUDA)) “crono-” Prefixo de origem grega significando “tempo”. mantêm suas águas abaixo do nível marinho. por exposição a determinada substância tóxica/agente causador de doença. Quantidades menores de outros íons. assim como a asma (que pode desaparecer com o crescimento da criança). CAMUFLAGEM. Ex. sob pedras. ocorrem em alguns dos sítios de troca. No sentido de parecer-se com o ambiente em que está. como os de Na+. Os cátions adsorvidos resistem à lixiviação. NH4+ e Zn2+. e outras denominações. (Ver TERMÓFILO) CRÍPTICO(A). cronofauna (uma comunidade animal geograficamente restrita que mantém seu caráter básico ao longo de um período de tempo geologicamente significativo). em fendas etc. EQUAÇÃO LOGÍSTICA.: cronoclino (uma mudança gradual num caráter ou grupo de caracteres ao longo de um período extenso de tempo geológico). Mg2+ e K+. enquanto nos solos ácidos tais sítios são ocupados na maioria por íons de Al(OH)2. que hoje deve ser representada por: a) 1 meq/100g = 1 cmol (+) / kg de solo (ou 1 centimol) b) “ “ “ = 10 mmol (+) / kg “ “ (ou 1 milimol) 67 . Esta é assim. No caso de doença. Nos sítios (locais) de troca catiônica. para designar o organismo resistente a temperaturas baixas. argila ou colóide orgânico. A CTC refere-se à quantidade desses sítios negativos existentes no solo. se integram ao ambiente tornando-se difícil sua detecção por predadores e às vezes também por suas presas. um termo mais usado é camuflagem. especialmente devido à sua coloração. FASE ESTACIONÁRIA DE CRESCIMENTO. onde ocorre aumento no número de seus componentes em quantidade fixa por cada unidade de tempo. Estima-se que 1% de humus ou matéria orgânica do solo (1g de humus/100g de solo) tem uma CTC de 2 cmolc / kg de solo e que 1% de montmorilonita tem uma CTC de cerca de 1 cmolc (100cmolc/kg para 100% de argila). (Ver CRESCIMENTO EXPONENCIAL) CRESCIMENTO ZERO (Ver ISOCLINO ZERO) CRIME AMBIENTAL (Ver LEGISLAÇÃO AMBIENTAL) CRIÓFILO (ou CRIOFÍLICO) / CRIOFILIA Organismo que medra em temperaturas baixas. (Ver “-clino” ou “-clina”) C–S–R. TRIÂNGULO (Ver TRIÂNGULO C–S–R) CTC . O subscrito “c” significa a carga do íon. o câncer e doenças cardiovasculares. podendo progredir para uma condição pior ou desaparecer com a idade do indivíduo afetado. em solos com pH superior a 6 ou 7.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver CRESCIMENTO LINEAR. (Ver APOSEMATISMO. chamando-se esta parte “criptodepressão”. CRÔNICO (EFEITO CRÔNICO / DOENÇA CRÔNICA) Efeito/doença que ocorre em tempo longo. Alguns admitem ainda o termo criofilático. citam-se a malária (que periodicamente ressurge violentamente no indivíduo contaminado). ANIMAL / CARACTERÍSTICA Refere-se ao fato de que alguns animais. uma “característica críptica”. (Ver CASMÓFITO) CRIPTODEPRESSÃO Alguns lagos que têm a superfície acima do nível do mar. em cinco dias a população cresceu em quinze indivíduos e em um mês terá crescido em 90 indivíduos.CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA Diz respeito ao total de cátions trocáveis adsorvidos ao solo. e TAXA DE CRESCIMENTO) CRESCIMENTO LINEAR Crescimento de uma população por exemplo. carioca. CUPIM (Ver TÉRMITAS) CURVA DE SOBREVIVÊNCIA Curva representativa do declínio. maior produtividade. Exemplo: algodão. por exemplo). Termo comum em microbiologia. que poderá ser reposto ao solo com plantio de leguminosa. que estejam em condições físicas inferiores em relação aos demais. com a finalidade de reduzir ou repor nutrientes consumidos por certos vegetais. (Ver TABELA DE FERTILIDADE. de um grupo de recémnascidos ou de indivíduos que acabaram de emergir. livre de organismos contaminantes. (Ver SATURAÇÃO DE BASES) “CULL” (APARTE) Denominação em inglês de um processo de manejo em que se faz o aparte (se separa) dos indivíduos de pouco valor (de uma manada. principalmente na época atual. ex.v. milho e fumo são grandes consumidores de nitrogênio. CULTIVAR − C. O gene δ-endotoxina.V.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS c) “ “ “ = 10 mmol (1/2 Ca2+) / kg de solo (se for usado Ca). conferindo-lhe resistência potencial à praga de lepidópteros. é interpretada também como uma representação gráfica da probabilidade desses descendentes de sobreviverem nas idades subseqüentes. (ou CV) Designação de variedade de planta de uma determinada espécie. isolado da bactéria Bacillus thuringiensis (utilizada em controle biológico).v. foi inserido em tabaco (planta do fumo). e TABELA DE VIDA) 68 . como no caso dos organismos modulares. que possa conferir a este cultivo uma certa propriedade. alguns sendo sacrificados. O termo variedade refere-se à subespécie ou híbrido silvestre. sobre os estudos das variedades introduzidas pelo homem no meio ambiente e suas interações com outras espécies e o meio abiótico. geralmente em que foi feito melhoramento genético. maior resistência à praga ou à seca etc. (Ver ENGENHARIA GENÉTICA) CULTIVO ROTACIONAL CULTIVO ROTACIONAL = ROTAÇÃO DE CULTURAS Alternância de diferentes tipos de cultivo. após a criação e disseminação dos transgênicos.: Phaseolus vulgaris c. obtida de cultivo. de resistência à seca ou a uma praga. ou que estejam doentes. Há interesse especial em ecologia. como por exemplo. CULTIVO ITINERANTE (Ver AGRICULTURA ITINERANTE) CULTIVO MANIPULADO GENETICAMENTE Na engenharia genética tem se procurado inserir num determinado cultivo um gene proveniente de outro organismo. em número e ao longo do tempo. Usa-se comumente a abreviatura c. CULTURA AXÊNICA Refere-se à cultura pura . visando por exemplo. para indicar a cultivar. a 1. consumindo (demandando) muito oxigênio.) DBO − DEMANDA BIOLÓGICA DE OXIGÊNIO É o mesmo que Demanda Bioquímica de Oxigênio. por exemplo). geralmente efetuada em troncos de árvores. ao longo de um rio e considerando um determinado ponto onde ocorre despejo de uma certa atividade humana (segundo MILLER. isto significa que os microrganismos existentes estão em quantidade elevada. D. que indica o carbono orgânico total da amostra de água. A figura que segue ilustra a curva de oxigênio (linha contínua) e a curva de demanda biológica de oxigênio ou DBO (linha interrompida). (diâmetro da base). para evitar dano econômico. que oxidam a matéria orgânica) é estimada a partir da medição da quantidade do oxigênio residual (por comparação com amostra-controle). Usa-se a expressão limiar de ação de controle. 1990): 69 . segundo alguns autores). (Ver NEO-DARWINISMO) D. qualquer gasto adicional compromete o benefício (lucro). competindo pelo O2 com os organismos maiores (peixes. a quantidade de O2 consumida (pelos microrganismos existentes na amostra. Costuma-se estimar também a DQO − Demanda Química de Oxigênio. ou como um dado útil em estimativa de biomassa vegetal.B. Quando o valor de DBO é alto. medindo-se com dicromato ou permanganato. − DIÂMETRO À ALTURA DO PEITO Diâmetro de secção transversal.30 m do solo (ou 1. por exemplo) mede-se o D.35 m.B. levantamento de densidade de vegetação.A. (Ver ÁREA BASAL) DARLING.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS D DANO ECONÔMICO DANO ECONÔMICO = NÍVEL DE INJÚRIA Refere-se ao nível em que o controle de uma praga na agricultura está no limiar econômico. EFEITO DE (Ver FRASER-DARLING. Em vegetação arbustiva (na caatinga. para designar a observação da combinação da densidade de praga e as densidades dos seus “inimigos naturais” além da qual se faz necessário intervir. EFEITO DE) DARWINISMO Processo evolutivo que ocorre na Natureza na visão de Charles Darwin. onde os organismos agem espontaneamente determinando variações dentro das populações e espécies e que resulta na sobrevivência do mais apto.A. É um índice biológico usado para monitorar poluição aquática e que é obtido geralmente pelo seguinte procedimento: uma amostra de água é colocada em frasco especial (capaz de excluir todo o ar da amostra) e deixada em incubação a 20 °C durante 5 dias. ou seja. − DIÂMETRO DA BASE (Ver D.P. que expressa a evolução como ocorrendo através de seleção natural (ou a luta pela vida).P. a quantidade do reagente consumido durante a oxidação da matéria orgânica. avaliação de cobertura vegetal etc. utilizado em cálculo de área basal. gera problemas respiratórios. resinas e principalmente borracha. DDD (Ver ORGANOCLORADO) DDE (Ver ORGANOCLORADO) DDT (Ver ORGANOCLORADO) DE (Ver DOSE EFETIVA) DECIBEL (db) Unidade não-absoluta de medida do som. absorvendo alguns produtos da decomposição e liberando nutrientes inorgânicos que serão utilizados pelos produtores. são liberadas substâncias orgânicas que poderão fornecer energia ou inibir ou estimular outros componentes bióticos do ecossistema. no sistema nervoso central. os animais demonstraram ser mais importantes do que bactérias e fungos no processo de decomposição da matéria orgânica. gomas. É importante também observar os efeitos das ações físicas no processo da decomposição. Seu vapor. gordura. graxas. problemas nos olhos. Juntamente com essas substâncias simples. principalmente bactérias e fungos. 100 e 1010 vezes o limite mínimo. com peixes pouco exigentes zona de recuperação fungos. 20 e 100 db significam respectivamente 10. 10.0002 microbars (ou dinas/cm2 ou uma energia de cerca de 10-6 watts). utilizado como solvente de óleos. danos ao fígado e rins. Nos ecossistemas 70 . com organismos de água normal O2 dissolvido zona de decomposição. em certos ecossistemas. Saprófito ou saprofítico refere-se aos vegetais (plantas) que retiram seus alimentos da matéria orgânica em decomposição. Em geral. Há uma tendência atual para se considerar a decomposição como mais importante para o ecossistema do que os próprios decompositores. presumivelmente carcinogênico. água e componentes minerais) atingindo.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ponto de descarga Organismos Concentração zona límpida. uma vez que. bactérias anaeróbias.. baseada na razão logarítmica da intensidade do som (I) para um nível de referência (Io) estabelecido arbitrariamente como a pressão sonora (mínima audível ao ser humano) de 0. 90 db podem ser considerados como nível crítico de dano para o ouvido humano.. Portanto. um estado final de humus. que degradam os compostos complexos dos protoplasmas mortos. e depois o decibel: db = 10 log10 I/Io. DECÍDUA (Ver CADUCIFOLIA) DECLÍNO PROGRESSIVO (NA DENSIDADE POPULACIONAL) (Ver LEI DA POTÊNCIA DOS TRÊS MEIOS (-3/2)) DECOMPOSIÇÃO DECOMPOSIÇÃO = PUTREFAÇÃO Processo de desintegração da estrutura da matéria orgânica em que moléculas orgânicas complexas se transformam em substâncias simples (dióxido de carbono. DECOMPOSITOR DECOMPOSITOR = MICROCONSUMIDOR = OSMÓTROFO = REDUTOR = SAPRÓBIO = SAPROBIONTE = SAPRÓFAGO = SAPRÓFILO = SAPRÓTROFO = SAPROXENO Organismo heterotrófico. zona límpida DBO Tempo ou distância rio abaixo DCE − DICLOROETANO Composto obtido na indústria do cloro. muitas das quais são nutrientes inorgânicos. no solo. Inicialmente obtém-se o bel: bel = log10 I/Io. 98-111). (Ver DEFESA QUÍMICA) DEFESA NATURAL (Ver DEFESA QUÍMICA) DEFESA QUÍMICA Produção de substâncias químicas (muitas delas são metabólitos secundários) por certos organismos e que desempenham nestes a função de “defesa” contra possíveis predadores ou competidores. foto da esquerda) e em cactos (foto da direita).org. espinhos de muitas plantas produzem substâncias tóxicas variadas. Vol. Nestes últimos.A. tóxica. (Ver DECOMPOSIÇÃO) “DEET – N. publicado em National Geographic. de Tadeu Jankosviki. são incluídas no grupo dos metabólitos secundários. como alcalóides.N-DIETHYL-META-TOLUAMIDE” Composto usado nos repelentes (de insetos). Muitas plantas são ricas em tais substâncias. durante o processo evolutivo.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS aquáticos citam-se os organismos saprobiontes (resistem a águas poluídas). 1995. desenvolveram estruturas e alguns. glicosídeos. epibatidinas (de efeito 200 vezes superior à ação da morfina e similares) e pumiliotoxinas em sua pele. cianeto. óleos essencias em folhas e ramos de algumas plantas. Grande parte de substâncias desse tipo.U. tornando-as indigestas. resinas.biosferadacaatinga. terpenóides. Entre os animais valem ser destacados: um gastrópodo marinho que produz ácido sulfúrico e um “besouro bombardeiro” (Brachinus crepitans) que produz hidroquinona e peróxido de hidrogênio em seu abdômen (que se misturam em câmara de explosão sob ação da enzima peroxidase. na Flórida.. (Ver CIANOGÊNICO) 71 . DEFENSIVO AGRÍCOLA (Ver PESTICIDA) DEFESA ECONÔMICA (Ver POSSIBILIDADE DE DEFESA ECONÔMICA) DEFESA (EM PLANTAS) Muitos vegetais. p. uma vez que este composto reduz a ação do protetor em cerca de 30%. no 5. flavonóides. As estruturas são facilmente notadas. nos quais algumas plantas são ricas. Entre estas há os taninos. formando a quinona. constituindo-se na chamada defesa induzida. muito utilizados nos E. ácido oxálico etc. Há indicações de que este composto causa danos neurológicos em ratos e por isso é recomendado que o produto repelente não contenha mais do que 30% de “DEET” e que seu uso não seja nunca combinado a protetor solar. E há substâncias que são produzidas (por plantas) em resposta a danos causados por herbívoros ou outro qualquer agente.br: a da esquerda. o inseto a ejeta como um “spray” explosivo). reduzem a superfície de transpiração da planta: Obs. Há substâncias que são mantidas pelo organismo (plantas) durante todo o seu tempo de vida. extremamente venenosas ao simples toque. Índios do oeste da Colômbia esfregam as pontas de suas flechas e setas da zarabatana.W. na pele de rãs (Dendrobates auratus e Phyllobates terribilis). constituindo-se na chamada defesa constitutiva. taninos.Moffett. e a da direita de Roberto Linsker. que além de protegerem o cacto contra predadores. constituindo-se em substâncias tóxicas para os animais.187. Há também os alcalóides. compostos químicos que tornaram possível defender-se do ataque de herbívoros. Sapos e rãs produzem batracotoxinas. tais como no Alaska e nos “Everglades”. usando-as para caçar com eficiência duradoura (de pelo menos 1 ano) (segundo artigoreportagem de M. que se ligam facilmente às proteínas. como por exemplo os espinhos em certas plantas da caatinga (bromélias. os espinhos são folhas modificadas. saprófilos (estão geralmente presentes em tais águas) e saproxenos (não se encontram nessas águas). principalmente nas regiões de grande infestação.: ambas as fotos do site www. bombas etc. a carência de nutrientes. DEFICIT DE SATURAÇÃO DE VAPOR D’ÁGUA É uma medida da quantidade de água que falta no ar em relação ao ar saturado. por unidade de área ou volume. dendroclimatologia (parte da climatologia que utiliza o conhecimento sobre os registros em anéis de crescimento das árvores para quantificar os níveis de elevação do dióxido de carbono na atmosfera. são também mencionados os fatores de crescimento. ou seja. São bastante variadas as conotações da degradação ambiental. e ÍNDICE DE DENSIDADE) 72 . que causariam grande apreensão de peixes e mortandade predatória. certamente resultantes da devastação da vegetação dos arredores. proibindo-se a pesca predatória com o uso de redes. DENSIDADE ECOLÓGICA. dendrícola (o mesmo que arborícola. como por exemplo aos da piracema. respectivamente nos ecossistemas terrestre ou aquático. Entre os diversos aspectos ecológicos relacionados à dependência e à independência da densidade.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS DEFESO Literalmente significa ato de proibição. (Ver ABUNDÂNCIA. “dendro-” Prefixo de origem grega significando “árvore”. que consiste em fiscalizar a pesca no período em que ela acontece. DENDROTELMATOBIONTES (Ver FITOTELMOS) DENSIDADE Refere-se ao número ou biomassa de indivíduos de uma espécie. e há também os independentes (ação independente da densidade) como por exemplo um desastre ou uma catástrofe. (Ver CLAREIRA) DEGRADAÇÃO AMBIENTAL É a redução de um recurso natural renovável até um certo nível de produção sustentável. vê-se a capital da Mauritânia. dendropirocronologia (utiliza tal conhecimento dos anéis de crescimento para tentar reconstruir a história de incêndios florestais). Do ponto de vista do interesse de exploração de um recurso natural pelo ser humano. É a ação de proteção às espécies da fauna. procurando entender o processo de aquecimento global).: dendrocronologia (método de datação usando contagem dos anéis de crescimento anual das árvores). que vive sobre árvore). pode se constituir em degradação. DEPENDÊNCIA OU DEPENDENTE DA DENSIDADE. Na foto seguinte. dos anéis de crescimento). refere-se à explotação até uma taxa limite de reconstituição natural. dendroquímica (campo emergente da química ambiental em que se analisa a composição química. cujos efeitos poderão ser desastrosos no caso de alta densidade populacional. Nouakchott. só se permite o uso de linha e anzol. Há diversos aspectos ecológicos dependentes da densidade (ação dependente da densidade) como por exemplo. tendem a depositar-se no fundo do sistema aquático (mar ou lago). dendrófago (que se alimenta de madeira). da NASA (obtida pelo Landsat). Ex. no geral. Neste período. tarrafas. DEMANDA BIOLÓGICA (ou BIOQUÍMICA) DE OXIGÊNIO − DBO (Ver DBO) DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO − DQO (Ver DBO) DEMERSAL Termo que se refere a ovos (de peixes) que não flutuando. como o fogo ou temporal. puçás. especialmente minerais. de outubro a maio. “DENDRIUM” Uma comunidade de orquídeas. sendo ameaçada pela aproximação de dunas gigantescas. ou seja. de acordo com o IBAMA. cujos efeitos sobre as populações não dependerão da densidade populacional. qualquer “ameaça” à continuidade de explotação. DEPRESSÃO DA PROCRIAÇÃO CONSANGÜÍNEA Perda do “vigor híbrido” entre os membros de uma prole. da maneira como ele existe naturalmente. Reciprocamente. relativa ao número total de indivíduos (Ntot) de todas as espécies dentro dessa área ou comunidade. DEPENDÊNCIA (ou DEPENDENTE) DA DENSIDADE Relação entre fatores. é bem possível que os efeitos destas catástrofes sobre as populações independam da densidade (ver também FATORES “DEPENDENTE” e “INDEPENDENTE” DA DENSIDADE).6 g/76 cm3 = 1. dando então como resultado. por exemplo. (iii) ou seria devido ao aumento da capacidade da população (no caso de animais) de predar populações de presas. quando uma dependência da densidade de população é tão intensa que aumentos na densidade inicial conduzem a reduções na densidade final. fenômenos ou processos. um incêndio ou enchente. constituindo-se assim uma dependência de densidade. seca em estufa a 105°C. diz-se ocorrer uma compensação exata dependente da densidade. denomina-se este processo de subcompensação da dependência da densidade. a reação de uma população dependerá do número de indivíduos que a compõem. resultando na expressão gênica de caractéres deletérios. relações presa-predador e parasitahospedeiro e até mesmo tamanho de indivíduos numa população. no momento em que for atingida por um certo fenômeno ou processo.6 g. abióticos ou bióticos e a densidade populacional de um determinado organismo. quando aumentos na taxa de mortalidade ou reduções na de natalidade ou na taxa de crescimento ocorrem na dependência da densidade em magnitude inferior aos aumentos na densidade inicial e de maneira que aumentos nesta densidade inicial ainda conduzem a aumentos ainda menores na densidade final. Alguns autores chamam de intensidade de abundância a este número de indivíduos por local habitável numa comunidade. DEPENDÊNCIA INVERSA DA DENSIDADE Refere-se à mudança na influência de um fator ambiental (denominado “fator dependente inverso da densidade”) que afeta a densidade de população que. ocorrer por exemplo. pode ocorrer uma das seguintes tendências: (i) estímulo ao crescimento da população (reduzindo a mortalidade ou aumentando a fecundidade) quando a densidade de população aumenta. DENSIDADE ECOLÓGICA Termo usado por alguns autores para indicar o número ou biomassa de indivíduos de uma espécie. (Ver ABUNDÂNCIA. ou seja. a heterozigosidade).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS DENSIDADE APARENTE (DE UM SOLO) Refere-se à densidade de um volume de solo. (ii) poderá estar relacionada ao aumento da diversidade e conseqüente diminuição da incidência de mutações deletérias. de área ou volume que possa ser eventualmente colonizado pela população da espécie em questão. no qual a capacidade de indivíduos encontrarem seu par reprodutivo é intensificada com o aumento da população. 87. Muitos processos ecológicos estão relacionados com a dependência da densidade. Há três possíveis explicações para este “desvio da equação logística”: (i) refere-se inicialmente ao “efeito Allee”.4 cm de diâmetro interno) é enterrado no solo e uma amostra de solo é coletada. ela é denominada de supercompensação da dependência da densidade. sem alterar a estrutura do solo. DENSIDADE. b) O volume do cilindro é dado por: V = πr2h = 3. Sua estimativa pode ser feita da seguinte maneira (MILLER & DONAHUE. gerando assim alta homozigosidade (reduzindo portanto. Se por outro lado.22 X 5 cm = 76 cm3. Por sua vez.15 g/cm3. há reações dessa população que dependerão da sua densidade. Quando um aumento na densidade inicial de uma população é exatamente contrabalançado pelo aumento da mortalidade e/ou redução na taxa de natalidade e/ou taxa de crescimento. que cruzam entre si. c) Densidade aparente = massa do solo/volume do solo = 87. e ÍNDICE DE DENSIDADE) DENSIDADE RELATIVA Uma medida da densidade de uma espécie (representada por a) numa área ou comunidade. 1990): a) Um cilindro (com 5 cm de altura e 4. há reações da população a certos fatores (abióticos ou bióticos) que independem da densidade. por unidade de espaço de habitat. (ii) ou retardamento ao crescimento da população (aumentando a mortalidade ou reduzindo a fecundidade) quando a densidade de população diminui.14 X 2. ocorrer uma certa escassez de alimento. (Ver HOMOZIGOSIDADE) 73 . como o crescimento populacional. Assim sendo. a competição intra e interespecífica. usando-se a fórmula: Densidade relativa = 100Na/Ntot. Se. incluindo o ar (sua porosidade) e a matéria orgânica. quando muda. Por outro lado. mas excluindo a umidade. sendo usualmente expressa como porcentagem. sem comprometer a disponibilidade de recursos que as gerações futuras necessitarão”. como alguns aqui referenciados. na Mongólia. O fogo no cerrado e a seca na região nordeste do Brasil. devido mais às variações aleatórias. Prata. Alguns autores fazem distinções entre três tipos de desenvolvimento sustentável: o ecológico. mostram efeitos da desertificação na Mongólia central: 74 . o econômico e o social. na fecundidade e mortalidade de uma população. sendo portanto. Congo. onde estão os municípios de Taperoá (ao norte). sendo menor do que a evaporação potencial. podem ser definidos como desastres. Sumé.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS DERIVA GENÉTICA (ou DESVIO GENÉTICO) Mudança na freqüência do alelo. site www. dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. São muitas as causas da desertificação. no Chile. para exploração dos seus recursos. Poderia ainda ser: “desenvolvimento visando às necessidades do presente. Alguns acidentes. significando literalmente. sendo então um estímulo que serve para iniciar uma atividade instintiva. como os de Bhopal e Chernobyl. e VARIABILIDADE GENÉTICA) DESASTRE Evento ou distúrbio que ocorre freqüentemente num ecossistema. São João do Tigre e São Sebastião do Umbuzeiro (ao sul) seja hoje uma microrregião em processo de desertificação.org. afetando a vida de populações de maneira a exercer pressão seletiva. chove 75 mm/ano). Serra Branca. do que evolutivas. baseado em princípios ecológicos. (Ver SAHEL) DESERTO Termo aplicado à região onde a precipitação pluvial é geralmente inferior a 250 mm/ano. como o de alta temperatura no deserto do Saara. podendo ocorrer como conseqüência climática. e aquelas onde a precipitação é em torno desse nível. não proporcionando condições para o estabelecimento de uma biota significantemente densa. queimas repetidas etc. (Ver CATÁSTROFE) DESENCADEADOR (ou LIBERADOR) Em inglês. Ou: “desenvolvimento sócio-econômico. É bem possível que os carirís paraibanos. principalmente o ocidental. além disso. Ouro Velho. Monteiro. desencadeador ou liberador. são ditas regiões áridas. erosão. criou uma Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável − CPDS. O bioma de deserto ocorre em extremos de temperatura. respeitando e procurando manter as características da Natureza. “releaser”. As fotos que seguem. por suas repercussões negativas. O MMA − Ministério do Meio Ambiente.greenpeace. esperando-se com isso. do governo federal. (Ver MANEJO SUSTENTADO) DESERTIFICAÇÃO Processo de origem climática e/ou antrópica. combinada com outros agentes. dentro da capacidade de suporte dos ecossistemas”. (Ver “IMPRINTING”) DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO (Ver DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL) DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL = DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO = ECODESENVOLVIMENTO Pode ser definido como: “melhoria da qualidade de vida humana. que sejam evitados o desperdício e a degradação ambiental”. sendo registrado no processo evolutivo. no norte da África e o de baixa temperatura no deserto de Gobi. É bem possível que esta seja uma “ordem crescente de dependência”. que converte um determinado local sob cobertura vegetal natural ou sob cultivo. Nesta microrregião a precipitação pluvial em 1993 foi inferior a 50 mm (no Saara chove 200 mm/ano e no deserto de Atacama. a atividade humana mais comum é a olaria (caieiras e cerâmicas). são classificados como desastres. São José dos Cordeiros. Camalaú. (Ver ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO. dos arquivos do “Greenpeace International”. em terra onde a produtividade agroecológica é insignificante. Regiões onde ocorrem precipitações abaixo dessa magnitude e muito irregulares (ano ou anos sem chuva) determinando escassez crítica de água ao meio biótico. tais como superpastejo ou superexplotação. com distribuição irregular (às vezes a chuva cai num período muito curto do ano) são denominadas de semi-áridas. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS a primeira foto. que ocorre no solo e em ecossistemas aquáticos. é um exemplo) formam principalmente óxido nitroso (N2O) e nitrogênio molecular (N2). a da esquerda. mostra local onde antes existia água e a da direita. DESMATAMENTO Processo. e APÊNDICE VI – OS MAIORES DESERTOS DO MUNDO) DESERTO SUBTROPICAL (Ver ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER. HEINRICH)) DESFLORESTAMENTO (Ver DESMATAMENTO) DESIDROGENASE (Ver ENZIMAS DO SOLO) DESLOCAMENTO DE CARACTÉRES Processo pelo qual um caráter morfológico de uma espécie muda com a seleção natural. filhote morto. no mesmo ambiente. As fotos seguintes. tempestade de areia muito freqüente na Mongólia. de uma ou mais espécies similares ecologica ou reprodutivamente. atingindo por vezes. em que bactérias desnitrificantes (Pseudomonas desnitrificans. utilização de madeira etc). agricultura. 75 . (Ver DESERTIFICAÇÃO. por corte e abate das plantas. em desespero de fome por falta de pastagem. mostram: a da esquerda. DESNITRIFICAÇÃO Processo de degradação do nitrato. para diversas finalidades (expansão urbana. de origem antrópica. e a da direita. originando-se da presença. também do Greenpeace. implicando assim na idéia de que pode ser previsível. de remoção de uma cobertura vegetal natural (geralmente uma mata ou floresta). DESPEJO INDUSTRIAL (Ver EFLUENTE) DESVIO GENÉTICO (Ver DERIVA GENÉTICA) DETERMINISMO Baseia-se na teoria de que o resultado de qualquer processo é estritamente predeterminado por causas antecedentes definidas e leis naturais. geralmente em condições anaeróbias. de camela que não produzia leite (por falta de pastagem). o Japão. cabra montanhesa protegida com roupa para evitar que companheiras devorem seus pêlos. Exemplos de detritívoros: centopéias. na abscissa: os meses do ano. “dia-” Prefixo de origem grega significando “através. durante. DIAGRAMA CLIMÁTICO Representação gráfica do clima de uma região. A figura que segue é um diagrama climático representativo do clima de Pirassununga (SP). e DECOMPOSITOR) DETRITO ORGÂNICO Partícula de matéria orgânica originária do processo de desintegração de organismos mortos ou de suas partes.3oC). [nº de anos dos dados coletados. coletados num longo período de tempo e representados nos doze meses do ano.0 -3.0oC). 3) À direita. média das máximas (30.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS DETERMINÍSTICO (Ver ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO) DETRITÍVORO Organismo que se alimenta de detritos orgânicos.0 19. por”. dá uma idéia global do clima.0oC) e finalmente a mínima registrada no período dos 27 anos (-3. temperatura média anual (19. ou seja. 27].4 30. seguem-se os valores de temperatura (entre 10 e 30oC) e embaixo a média das mínimas (7. 76 . 4) Embaixo. 1978).3 J A S O N D J F M A M J MESES DO ANO Obs. dá-se o nome de climatograma. de 584m). feita a partir dos dados (médias) de temperatura e precipitação.8oC) e precipitação pluvial média anual (1. o diageotropismo resulta num crescimento paralelo à superfície do solo. (Ver CARNICEIRO. No que se refere à planta ou animal aderido a uma superfície.4oC).6mm 300 100 80 30 60 20 40 10 20 Precipitação (mm) Temperatura (oC) 200 7.301. os meses mais quentes (e mais chuvosos) são colocados no meio do gráfico. a partir de cima: temperatura máxima registrada no período dos 27 anos de coleta dos dados (38. O diagrama climático. Quando se representam os dados de precipitação e temperatura de um período de um (1) ano. Alguns verbetes com este prefixo são apresentados a seguir. 38.: 1) No alto da figura vêem-se a partir da esquerda: cidade (altitude. 2) À esquerda na ordenada. como o diagrama climático refere-se a uma região no hemisfério sul. na ordenada os valores de precipitação (entre 20 e 300 mm). proposto pelo biogeógrafo e ecólogo alemão Heinrich Walter.301. DIAGEOTROPISMO DIAGEOTROPISMO = GEODIATROPISMO Orientação em ângulo reto à direção da gravidade. numa região de cerrado (GRISI. alguns helmintos e coleópteros (nos ecossistemas terrestres) e moluscos e alguns crustáceos (nos ecossistemas aquáticos). exercendo importante papel ecológico no ciclo da matéria.8oC Pirassununga (584m) [27] 1. desintegrando a matéria orgânica a partículas que se tornam mais suscetíveis à decomposição.6mm). comum em vários insetos (holometabólicos). da fabricação de preservativo de madeira (“PCP − Pentachlorophenol”) e de herbicidas (o silvex. alimento . temperatura. devendo por isso seu uso ser banido da fabricação de filtros (ou coadores).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 5) Observar no gráfico. da respectiva área.). (Ver DORMÊNCIA) DIÁSPORA (Ver PROPÁGULO) DIAZINON (Ver ORGANOFOSFORADO) DICLOROETANO (Ver DCE) DIELDRIN (Ver ORGANOCLORADO) DIFERENCIAÇÃO DE NICHO (Ver COMPLEMENTARIDADE DE NICHO) DIFERENTE e DIVERSO Diferente: organismo que difere de outro por ter uma ou mais características dissimilares. absorventes higiênicos e outros produtos. fraldas descartáveis.5-T). e EFEITO ESTUFA) DIOXINAS Grupo de mais de 100 compostos de hidrocarbonetos clorados. Fenômeno. por pontilhado. por exemplo. No caso do ser humano. Diverso: é aquele organismo que apresenta uma faixa ou variação de diferenças. Algumas dioxinas são usadas no processo de branqueamento do papel. orientadas em ângulo reto à direção da luz solar incidente. tornando certo indivíduo (ou certa ocorrência) distinto de outro (ou outra).P. causada por mudança num fator ecológico (luminosidade.A. DINÂMICA DE POPULAÇÃO (ou DE POPULAÇÕES) (Ver ECOLOGIA DE POPULAÇÕES) DINAMICAMENTE FRÁGIL (Ver ESTABILIDADE) DINAMICAMENTE ROBUSTA (Ver ESTABILIDADE) DIÓICA(O) Originalmente chamava-se “espécie dioécia”. É um subproduto gerado. 77 . No período em que a precipitação for superior a 100 mm (de outubro a março). que no período de julho a setembro a curva de precipitação ficou abaixo da curva de temperatura. DIAHELIOTROPISMO Resposta de uma planta inteira ou de uma de suas partes. como pupa e somente dá continuidade ao desenvolvimento na próxima safra desse fruto. por exemplo. embalagens cartonadas de alimentos. Há insetos que põem ovos em um fruto e a larva desenvolve-se à medida que o fruto cresce. O agente laranja. pessoas têm interesses e habilidades diversas. A dioxina TCDD (Tetraclorodibenzodioxina) é uma das substâncias mais tóxicas (teratogênica) já fabricada pelo homem (LD50 ou DL50 de 0. utilizado como desfolhante pelos americanos no Vietnã.4-D e 2. (Ver MONÓICA.. DIMÍTICOS (Ver HOLOMÍTICOS) DINÂMICA DE MANCHAS Do inglês “patch dynamics”. e TRIÓICA) DIÓXIDO DE CARBONO (ou CO2) (Ver CAPTURA E ARMAZENAMENTODE DIÓXIDO DE CARBONO. a respectiva área é representada em negrito. combinando cloro e hidrocarbonetos. 2. como a que ocorre na hibernação. permanece então em diapausa. DIÂMETRO À ALTURA DO PEITO (Ver D. em que há uma parada no seu desenvolvimento. em que se considera uma comunidade como um mosaico de manchas (ou sítios) nas quais ocorrem interações bióticas e distúrbios abióticos.001 mg/kg de peso corpóreo).) DIAPAUSA Uma pausa ou interrupção em decorrência de período estacional. daí a representação.. formados sob ação de alta temperatura.4. com posterior retomada do processo. Diz-se da espécie que tem espécime (ou indivíduo) com flor masculina e espécime com flor feminina. é uma mistura meio-a-meio desses dois herbicidas. considera as jurisprudências e outros instrumentos da ciência jurídica aplicados ao meio ambiente. indivíduos recém-nascidos (ou filhotes). (Ver ÍNDICE DE DISPERSÃO) DISSIMILARIDADE (Ver ÍNDICE DE SIMILARIDADE) DISTÂNCIA DE DISPERSÃO (Ver VIZINHANÇA.. No caso de dispersão clonal. larvas etc) para dentro ou para fora da população ou da área ocupada pela população. (Ver CLÍMAX CLIMÁTICO. como presença de calcário . DIREITO ECOLÓGICO (Ver DIREITO AMBIENTAL) DISCLÍMAX DISCLÍMAX = SUBCLÍMAX ANTROPOGÊNICO Comunidade estável que não é tida como clímax climático. c) Imigração: deslocamento definitivo proveniente de outra região. adultos e velhos (por exemplo). espécie ou táxon que ocorre em diversas áreas geográficas amplamente separadas. duas vezes”. DISTRIBUIÇÃO CONTAGIOSA (ou POR CONTÁGIO) Padrão de distribuição no qual valores. A distribuição etária é um dado importante nos estudos de dinâmica de populações. CLÍMAX TOPOGRÁFICO. na diluição e redução da concentração de poluentes na água ou no ar. segundo alguns autores. DISPERSÃO CLONAL (Ver DISPERSÃO) DISPERSÃO DA POPULAÇÃO Movimento de indivíduos ou de seus propágulos (sementes. Este termo. São mencionadas três formas de dispersão: a) Migração: deslocamento periódico e com retorno. CLÍMAX DE FOGO. cujos propágulos encontraram condições ambientais com especificidade às suas necessidades (ex.). esporos. edáfico ou topográfico. Nos animais o deslocamento dá-se comumente em massas e com o propósito de procriar. CLÍMAX EDÁFICO. de uso geral. baseados em princípios apropriados. b) Emigração: deslocamento para uma outra região. (Ver “haplo-”) DIREITO AMBIENTAL Parte do direito que. de um organismo modular. Há também a hipótese de que a distribuição atual seja um relito de população que antes se distribuía de maneira mais ampla.: temperatura. ou seja. referindo-se este mais especificamente ao conjunto de técnicas. mantida por contínuos distúrbios causados pelo homem ou pelos seus animais domésticos. cujos componentes estão amplamente separados. significa o movimento ou crescimento à parte. jovens. é apropriado quando se refere ao clímax de fogo ou ao zoótico. regras e instrumentos jurídicos. exemplo: uma população com grande número de jovens tende a crescer rápido..GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS “diplo-” Prefixo de origem grega significando “duplo. além do conjunto das normas da legislação ambiental. que implica por exemplo. Alguns autores usam o termo distribuição policêntrica referindo-se à população. DISTRIBUIÇÃO DISJUNTA Distribuição geográfica de uma espécie ou outro taxon. CLÍMAX ZOÓTICO. TAMANHO DE) DISTRIBUIÇÃO (Ver PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO) DISTRIBUIÇÃO BICÊNTRICA Ocorre quando determinada espécie habita regiões distintas. DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA Forma de representação de uma população. indicando que a presença de um indivíduo ou valor aumenta a probabilidade de um outro ocorrer mais próximo. indicando o que poderá ser esperado no futuro. enquanto uma 78 . isoladas. É mais abrangente do que o direito ecológico. característica peculiar de solo. distinguindo os indivíduos por faixa de idade. Registra-se esta distribuição em planta. que se destaca de sua “fonte de origem”. visando à sistematização de comportamento humano relacionado aos ecossistemas. observações ou indivíduos estão mais agregados ou aglomerados do que numa distribuição aleatória. e COMUNIDADE CLÍMAX) DISPERSÃO Termo. terremoto. tempestade violenta. DESASTRE. embora transparente. Em epidemiologia sabe-se que tal teorema. não tem validade para as 79 . as pressões de competição e interferências. DISTRÓFICO. Em termos ecológicos refere-se a um evento pouco usual ou pouco freqüente que possa atingir um ecossistema. ou seja. em termos comportamentais. por exemplo). aleatório.D. se um consumidor forrageia (consome) de maneira otimística. no que diz respeito aos impactos da doença sobre as populações de tais hospedeiros. em média. Ecologia da doença: designação que alguns autores dão à interação do comportamento e ecologia de hospedeiros com a biologia do patógeno ou patógenos. o processo de redistribuição continuará. que é um evento fortuito. H. Fala-se então em distúrbio ou perturbação estocástica. de maneira que a distância entre eles é maior do que se a distribuição fosse ao acaso. brusca ou não. furacão etc. A taxa reprodutiva de uma doença precisa ser maior do que 1 para que ocorra uma epidemia. LAGO Lago rico em matéria orgânica. MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE (Ver TRANSFERÊNCIA DE DNA) DOADOR (Ver MODELO CONTROLADO-PELO-DOADOR) DOENÇA e ECOLOGIA DA DOENÇA Doença é um mal que acomete um organismo (planta ou animal. EUTRÓFICO. dando-lhe aparência marrom escura ou preta. Em termos epidemiológicos. e FORRAGEADOR ÓTIMO) DISTRIBUIÇÃO POLICÊNTRICA (Ver DISTRIBUIÇÃO BICÊNTRICA) DISTRIBUIÇÃO POR IGUAL (ou EQÜITATIVA) Considera-se uma distribuição (por igual ou eqüitativa) dos indivíduos de uma população.A. o cerne da questão reside no “teorema do limiar” (“threshold theorem”. em inglês). com pH 4. DISTRIBUIÇÃO LIVRE IDEAL (ou “IDEALIZADA”) Alguns autores (S. (Ver EFICIÊNCIA DE PROCURA. que pode ser um parasita (helminto.Lucas e G.L. em termos de recursos a serem por eles explorados) e daí são livres para se mobilizarem nas diversas subáreas. se a densidade de hospedeiros suscetíveis estiver abaixo de um valor crítico.Fretwell. GAMA e BETA (Ver BIODIVERSIDADE) DIVERSIDADE BIOLÓGICA (Ver BIODIVERSIDADE) DIVERSIDADE GENÉTICA (Ver VARIABILIDADE GENÉTICA) DIVERSO (Ver DIFERENTE) DL (Ver DOSE LETAL) DNA. e ÍNDICE DE DIVERSIDADE DE ESPÉCIES) DIVERSIDADE ALFA. a transmissão de uma doença não ocorrerá o rápido bastante para causar aumento no número de indivíduos infectados. fungo. protozoário) ou por outro organismo. de um processo. ação ou condição que seja tida como normal. até que a disponibilidade de recursos de todas as subáreas ou manchas (diversos sítios) do local explorado se tornem iguais. geralmente chamado de hospedeiro) e que é causado por um agente (denominado patógeno) microbiano (vírus. sendo esta taxa definida como um número médio de novas infecções geradas por indivíduo infectado. e OLIGOTRÓFICO) DISTÚRBIO DISTÚRBIO = PERTURBAÇÃO Interrupção. dissolvida. húmica.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS população com grande número de indivíduos velhos estará em declínio e o meio termo indica um equilíbrio. (Ver CATÁSTROFE. no entanto. eliminando alguns indivíduos e abrindo espaço para nova colonização pelas mesmas espécies ou não. e HIPÓTESE DO DISTÚRBIO INTERMEDIÁRIO (DE CONNELL)) DIVERGÊNCIA DE CARACTÉRES (Ver SIMPATRIA) DIVERSIDADE (Ver BIODIVERSIDADE. bactéria. CLAREIRA (e DINÂMICA DE CLAREIRA). são superiores às atrações de manchas (sítios) com mais recursos.0 a 5. Os consumidores “idealizam” seu julgamento do que seja disponível (ou “proveitoso”. (Ver AUTOTRÓFICO. como o fogo (ou incêndio). Para alguns consumidores.5. daí evitam agregações.Parker) propuseram que. as púrpuras. (Ver “-cola”) 80 . e HIBERNAÇÃO) DOSE EFETIVA (ou ED50) É a dose efetiva necessária para produzir uma determinada resposta em metade da população de organismos testes. (Ver ÍNDICE DE DOMINÂNCIA) DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS Em termos taxionômicos (ou taxonômicos) o domínio é o nível mais elevado da classificação biológica. calculada como área basal expressa como porcentagem da área basal total (de todas as espécies). A dose letal LD50 (do inglês “lethal dose”) é aquela capaz de matar 50% dos animais submetidos ao teste com a substância em questão.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS doenças sexualmente transmissíveis. ou seja. DOMINANTE ECOLÓGICO Espécie vegetal que. ao estrato mais elevado num ecossistema de floresta. cuja disseminação é muito menos dependente da densidade de hospedeiros. numa comunidade. Embora o termo seja de uso comum entre os fitoecólogos. as não-sulfurosas verdes etc. e PRAGA) DOMIN (Ver ESCALA DE DOMIN) DOMINÂNCIA (Ver ÍNDICE DE DOMINÂNCIA) DOMINÂNCIA DE BICADA (Ver BICADA. alguns autores afirmam que animais (usualmente predadores) também podem exercer dominância em comunidades. (Ver DIAPAUSA. (Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL. que vivem em ambientes extremos (de temperatura. DOSE LETAL (ou LD50) Dose de uma determinada substância (radioativa ou não) capaz de causar morte. como o que ocorre nas sementes das plantas. situam-se tanto microrganismos como os vegetais e animais. Os microrganismos estão organizados taxionomicamente em três domínios: “bacteria”. A sigla provém do inglês “effective dose”. (Ver AGUDO. Portanto. (Ver COMPOSTAGEM) DULCIAQUÍCOLA Que vive na água doce. sendo geralmente expressa em mg/kg de peso corpóreo (peso fresco).. consideradas mais primitivas. alguns autores chamam de dominante alfa.). (Ver SINÚSIA) DQO − DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (Ver DBO) DRENO (ou CAPTOR) (Ver FONTE E DRENO (ou CAPTOR)) DRILOSFERA Diz respeito em particular.. exerce forte influência sobre o fluxo de energia. e entre as eucárias. que juntamente com as “archaea” são os representantes dos procariotos e as “eukarya” que se constituem nos eucariotos. daí a denominação de espécie-chave. Entre as arquebactérias estão aquelas. Alguns autores consideram dois tipos de dormência: previsível (refere-se à diapausa de alguns animais) e conseqüencial (que ocorre em resposta às condições adversas). e TAXON) DORMÊNCIA DORMÊNCIA = LATÊNCIA Parada temporária do desenvolvimento / crescimento. DOSSEL Refere-se à folhagem das árvores. ORDEM DE (OU DOMINÂNCIA DE)) DOMINÂNCIA ECOLÓGICA (Ver DOMINANTE ECOLÓGICO) DOMINÂNCIA RELATIVA Em ecologia vegetal é uma medida da importância relativa de uma espécie num habitat. de sal . afetando o ambiente mais do que as demais espécies. DOMINANTE ALFA O indivíduo da mais alta categoria (ou do mais alto “rank”) numa hierarquia de dominância. É raro encontrar-se a sigla DE. É raro encontrar-se a sigla DL. observe-se que os microrganismos estão presentes nos três domínios. Entre as bactérias estão as cianobactérias. à “esfera de ação dos oligoquetas” (minhocas) no solo. A dose letal mínima é a suficiente para matar 100% da população teste. a partir dos teores de Ca e Mg da água. Paspalum maritimum (uma Gramineae). psamófitas. Remirea maritima. Plantas típicas: pinheirinho-do-mar. adstringente). halófitas. com fruto comestível. originada de plantas terrestres. podendo recombinar-se com sulfatos e cloretos. As características de um solo de duna. Euphorbia sp. Ipomea pes-caprae. o grau 1 de dureza é dado por 1 mg de CaCO3/litro de água. (Ver “GYTTJA”) 81 . Iresine portulacoides (uma Amarantaceae). algumas formando estolões e que limita o ponto atingido pela preamar. Chrisobalanus icaco (formando arbustos.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS DUNA (ou VEGETAÇÃO DE DUNA) Ecossistema típico de praia.. DUREZA DA ÁGUA Dá-se este nome à formação de carbonatos ou bicarbonatos. entre outras. pé-de-cabra. No Brasil. na maioria das vezes. maria-leite. A matéria orgânica é. “DY” Sedimento orgânico.U. comparadas com as de um solo de mangue podem ser vistas no quadro no verbete MANGUE. guajirú. ocorrendo geralmente em ambientes aquáticos distróficos. formado por plantas herbáceas. de acordo com o sistema dos E. de origem alóctone.A. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 82 . ou estudo das relações que os organismos mantêm entre si. ECOLOGIA ECOLOGIA = BIOLOGIA AMBIENTAL = BIONOMIA Estudo da relação de um organismo ou de grupos de organismos. opõe-se a heteroécio (parasita que ocupa dois ou mais diferentes hospedeiros nos diferentes estádios de seu ciclo vital). (Ver BIOCIDA) ECOCLINO Adaptação genética gradativa que corresponde a um certo gradiente ambiental. O ecólogo é o cientista que estuda tais relações dos seres vivos. seja por raça.. com o ambiente em que vivem. crustáceos . baleias. O termo ecologia (do grego “oikos” = casa e “logos” = estudo) foi proposto pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel. como a parte mais importante do Universo. ECOCÊNTRICO Interpretando a biota como um todo. deriva do grego “oikos”(= casa). (Ver ECOLOGISMO) ECOFENÓTIPO (Ver ECOTIPO) ECOFISIOLOGIA (VEGETAL e ANIMAL) Estudo dos processos fisiológicos de um organismo em relação às condições ambientais do habitat em que ele vive. preconizando a síntese do ambientalismo e feminismo. referindo-se a habitat. morcegos). (Ver ANTROPOCÊNTRICO) ECOCIDA Qualquer substância tóxica que penetra e mata um sistema biológico inteiro. 83 . buscando o fim de todas as formas de opressão e de dominações.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS E ECDISE Eliminação (ou muda) do exoesqueleto em certos animais como artrópodos (insetos. orientando-os no ambiente em que vivem. A ecologia pode ser sucintamente definida como o estudo da estrutura e função da Natureza. gênero ou classe social. Ex. É uma subdivisão da ecologia. estando o ser humano (e as espécies de seu interesse direto ou indireto) nela inserido como um dos seus componentes. em 1869 e não deve ser confundido com ecologismo.) e répteis. ECODESENVOLVIMENTO (Ver DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL) ECOENERGÉTICA (Ver ECOLOGIA ENERGÉTICA) ECOFEMINISMO Termo introduzido pela francesa Françoise d’Eaubonne em 1974. emitindo sons de alta freqüência. “-écio” Usado geralmente como um sufixo.: autoécio (parasita que passa todo seu ciclo de vida dentro do mesmo hospedeiro individual). ECESE Processo de adaptação de um organismo a seu novo lugar (novo habitat) e que se segue à migração.. ECOLOCAÇÃO Percepção de objetos (ou obstáculos) e comunicação de certos animais (golfinhos. como geologia. que se constituem num conjunto heterogêneo de paisagens. (ii) Minimização de desperdícios de materiais e de consumo de energia em todas as atividades. ciências sociais.H. em 1942. utiliza conhecimentos das ciências básicas: físicas. O estudo das transformações da energia nos organismos é denominado de bioenergética. além de envolver profissionais de inúmeras áreas relacionadas à produção (mineração. O chamado “conhecimento etnoecológico” pode ser entendido como um conhecimento espontâneo. compreendido e transmitido através de interações sociais e que objetivam a resolução de situações da rotina diária. químicas e biológicas. no tempo e espaço. Na ecologia industrial há incorporação de pesquisas realizadas sobre materiais retirados da Natureza. Trata das interações entre as manchas de paisagens e seus comportamentos e funcionamentos. ECOLOGIA HUMANA ECOLOGIA HUMANA = ETNOECOLOGIA Estudo da relação do ser humano (considerando-se geralmente seus agrupamentos. No seu conjunto. Entre outras subdivisões da ecologia destaca-se a ecologia humana (ou etnoecologia).. Além da própria ecologia.L. De acordo com a “McGraw-Hill Concise Encyclopedia of Science and Technology (2004)” os cinco conceitos-chave da ecologia industrial são (em resumo): (i) Delineamento de produtos. (Ver “etno-”) ECOLOGIA INDUSTRIAL Estudo multidisciplinar dos sistemas industrial e econômico e suas ligações com os sistemas naturais. da dinâmica das paisagens como um todo. raças ou etnias etc) com o ambiente em que vivem. sua transformação em energia química e a sua passagem através dos vários níveis tróficos do ecossistema.). Estudando o aspecto trofo-dinâmico da ecologia.Dobzhansky: nada na biologia faz sentido. ou seja. direito e administração. do tamanho e densidade das populações e os fatores que causam tais variações. exceto à luz da evolução e que foi reproduzido e complementado por BEGON et al. técnicas de manipulação de tais materiais e resíduos após seu beneficiamento. (iii) Uso de alternativas menos tóxicas. consideram como fatores essenciais que regulam o tamanho das populações. economia. os ecólogos que lidam com a dinâmica de populações. ou seja. infraestrutura. serviços e sistemas de tecnologia que possam ser facilmente adaptados a inovações ambientalmente favoráveis com o mínimo de desperdício. os fatores dependentes e os independentes da densidade de população. história de vida dos indivíduos. exceto à luz da ecologia. das influências dos fatores dependentes e independentes da densidade populacional. em particular quando os materiais 84 . (Ver ECOLOGISMO) ECOLOGIA AGRÁRIA (Ver AGROECOLOGIA) ECOLOGIA ANIMAL ECOLOGIA ANIMAL = ZOOECOLOGIA Estudo da relação dos animais com o ambiente em que vivem e da relação que os mesmos mantêm entre si. engenharia florestal. que estuda as relações da sociedade humana com o seu ambiente natural.. ECOLOGIA DE POPULAÇÃO (ou DE POPULAÇÕES) Parte da ecologia que estuda as variações. (1990): nada na evolução faz sentido.Lindemann estabeleceu os fundamentos da ecologia energética. assim como dos padrões de seus movimentos. A paisagem pode ser estudada em qualquer escala. penso ser importante repetir a afirmação do geneticista e evolucionista T.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS As duas grandes divisões da ecologia são a ecologia vegetal e a animal. da distribuição espacial dos indivíduos. no que diz respeito às causas e conseqüências de sua heterogeneidade espacial. R. suprimentos de energia. processos. a ecologia de populações e a dinâmica de todas as espécies são resultantes complexos da estrutura genética. como alguns autores preferem chamar a ecologia de populações. Como ciência propriamente dita. dos murunduns formados num campo de cerrado às manchas do bioma savana formadas em diversas regiões do globo. Atualmente. referenciado culturalmente por quaisquer membros da sociedade humana. equipamento. ECOLOGIA ENERGÉTICA ECOLOGIA ENERGÉTICA = ECOENERGÉTICA = ECOLOGIA TRÓFICA Parte da ecologia que estuda o fluxo energético. a absorção da radiação solar pelos produtores primários. o máximo possível. pesca . um ramo da biologia muito próximo da bioquímica. aplicando métodos de estudo e princípios ecológicos. flutuações da capacidade de suporte dos ambientes. ECOLOGIA DE PAISAGENS (ou DE PAISAGEM) Estudo dos ecossistemas. agricultura. que determinarão a estrutura das metapopulações. Demanda ainda conhecimentos de diversas outras áreas. ECOSSISTEMA AGRÍCOLA (Ver AGROSSISTEMA) ECOTIPO ECOTIPO = RAÇA ECOLÓGICA População de indivíduos que desenvolveram características de adaptação às condições de um certo local. significando sumariamente. Há aqui preferência pelos processos que estendam a vida do produto e dêem suporte à reciclagem de componentes. ECOSFERA (Ver BIOSFERA) ECOSSISTEMA ECOSSISTEMA = BIOGEOCENOSE = GEOBIOCENOSE É um sistema ecológico natural constituído por seres vivos (componente biótico) em interação com o ambiente (componente abiótico). composta de um elemento político autônomo e de um movimento social que conduz a sociedade a valorizar seus desejos culturais e a Natureza e não somente a propriedade e os meios de produção do “Homo economicus” moderno. com significado semelhante. em 1979. ECOLOGISMO ECOLOGISMO = AMBIENTALISMO = MOVIMENTO ECOLOGISTA Termo introduzido por Dominique Simonnet. ou seja. procurando harmonizar a sociedade com a Natureza. um movimento ideológico aparelhado com dupla visão. por exemplo. (Ver ECOFEMINISMO) ECOLOGISTA (Ver ECOLOGISMO) ECÓLOGO (Ver ECOLOGIA) ECOPROTERANDRIA Maturação de flores com estames (flores masculinas) antes de flores com pistilos (flores femininas). A alelopatia e a antibiose. O adepto do ecologismo. (Ver AGROINDÚSTRIA) ECOLOGIA MICROBIANA ECOLOGIA MICROBIANA = MICROBIOLOGIA AMBIENTAL Parte da ecologia e também da biologia. mais do que os materiais em si. uma diversidade biológica e uma ciclagem de matéria. que estuda os microrganismos no seu ambiente e os processos bioquímicos por eles desenvolvidos sob a ação dos fatores ambientais abióticos e bióticos. ECOQUÍMICA Parte da ecologia que estuda as interações entre organismos feitas pela produção de substâncias químicas. tornando-se distintos dos demais indivíduos da espécie que geralmente distribui-se em ampla faixa geográfica.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS residuais sejam dispersos no ambiente (um pequeno exemplo: a adição de chumbo à gasolina). com uma interdependência entre os seus componentes. a coletividade com o indivíduo e o homem com o seu corpo. É uma doutrina que enfatiza características comportamentais humanas. Termo menos usado. cientista que estuda ecologia. distingue-se claramente do ecólogo. ECOPROTEROGINIA Maturação de flores com pistilos (flores femininas) antes de flores com estames (flores masculinas). (v) Delineamento de produtos físicos em todas as escalas não apenas para realizar sua função intencionada mas também para ser usado para criar outros produtos úteis no final de sua vida corrente. 85 . onde existe claramente um fluxo de energia que conduz a uma estrutura trófica. (iv) Delineamento de produtos. O movimento ecologista identifica-se com o naturalismo contemporâneo. infraestrutura. ECOLOGIA TRÓFICA (Ver ECOLOGIA ENERGÉTICA) ECOLOGIA VEGETAL ECOLOGIA VEGETAL = FITOECOLOGIA Estudo das relações das plantas com o ambiente em que vivem e das relações que as mesmas mantêm entre si. ou simplesmente. indivíduo que exibe adaptações não-genéticas num determinado habitat. é ecofenótipo. equipamento e sistemas de tecnologia para preservar a utilidade implícita de materiais e energia no processo inicial de manufaturamento. o ecologista ou ambientalista. trabalhadorconsumidor. são estudadas na ecoquímica. Calcula-se que os animais ectotérmicos (répteis e anfíbios) têm uma eficiência de produção (relação caloria ingerida : caloria usada para crescimento e reprodução) de 43. da família Pinaceae). as mais diversas. A transição no ecotono pode ser abrupta ou gradual e nela muitas vezes ocorrem certas espécies que são típicas de zona de transição. superior aos animais endotermos (aves e mamíferos). na estrutura e função dos ecossistemas. para regular a temperatura do corpo. Corresponde à antiga denominação de animais de “sangue frio”. de forma sustentável. incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente. antibiótico etc) produzida por um organismo e que poderá exercer ação no ambiente (externo) sobre outros organismos. ocupando os espaços intercelulares.6%. promovendo o bem-estar das populações envolvidas”. que provêm de outros ecossistemas (ver figura no termo EFEITO DE BORDA). (Ver EFEITO DE BORDA) ECOTOPO (ou ECÓTOPO) ECOTOPO (ou ECÓTOPO) = BIOTOPO (ou BIÓTOPO) (Ver HABITAT) ECOTOXICOLOGIA Estudo dos efeitos de substâncias tóxicas. tiamina e biotina. 86 . O turista procura esse lugar tanto para lazer como para conhecer suas características ecológicas. é um exemplo de ação inibitória sobre outros organismos. As vitaminas.4%. ECTOMICORRIZA ECTOMICORRIZA = FUNGO ECTOMICORRÍZICO Tipo de fungo micorrízico cujas hifas penetram na parte mais externa do córtex da raiz de certas plantas (como o pinheiro. o patrimônio natural e cultural. recobrindo as raízes com seu manto de micélio aveludado esbranquiçado. assim como de poluentes e outros agentes estressantes. ECOTURISMO ECOTURISMO = TURISMO ECOLÓGICO Denominação dada a um tipo de turismo em que se prioriza a beleza natural e a boa qualidade ambiental como maiores atrações para aqueles que visitam determinado local. Os especialistas preferem hoje chamar FUNGO ECTOMICORRÍZICO e não simplesmente ectomicorriza. Nesta definição estão implícitas modificações do ambiente visando sua preparação ou adequação ao turismo. produzida por um fungo. que é de 1. Outra definição: “o ecoturismo é um segmento da atividade turística que utiliza. A penicilina. atuam como estimuladores. proveniente principalmente da radiação solar.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ECOTONO (ou ECÓTONO) ECOTONO = ÁREA DE TENSÃO ECOLÓGICA Zona de transição entre duas ou mais diferentes comunidades em que há presença de organismos dessas comunidades que se limitam. respeitando-se o princípio do desenvolvimento sustentável. formando a rede de Hartig). Às vezes é possível visualizar a ectomicorriza. ECTENDOMICORRIZA (ou ECTOENDOMICORRIZA) (Ver ECTOMICORRIZA) ECTOCRINO ECTOCRINO = EXOCRINO = HORMÔNIO AMBIENTAL Substância (hormônio. O termo “área de tensão ecológica” vem sendo adotado pelo IBGE e pelo IBAMA. ou seja. (Ver ENDOMICORRIZA) ECTORRIZOSFERA (Ver RIZOSFERA) ECTOTERMIA ECTOTERMIA = PECILOTERMIA Uso do calor ambiental por certos animais. 3) Efeito bacteriolítico: há morte de células por lise. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Adoção de procedimentos e atitudes fundamentadas no conhecimento de conceitos e fatos da Natureza. objetivando uma melhor qualidade de vida. nutrientes etc. pH. mas não ocorre sua lise ou ruptura. à medida que desenvolvem uma certa velocidade (segundo COLINVAUX. (Ver AMBIENTALISMO DA EMANCIPAÇÃO) EFEITO AGUDO (Ver AGUDO) EFEITOS ANTIMICROBIANOS Quando um agente antimicrobiano (agente químico) é adicionado a uma cultura de bactérias em crescimento exponencial.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS O gráfico que segue é uma representação do consumo de O2 de mamífero e de réptil (ambos pesando igualmente 1 kg). no caso da ação de antibiótico. incluindo. suas características nutricionais e conseqüente influência sobre os seres vivos. 60 O2 (mL/min. três tipos de efeitos podem ocorrer: 1) Efeito bacteriostático: o crescimento é inibido. 1986). por exemplo: umidade.) 50 40 Mamífero 30 20 Réptil 10 1 2 Velocidade (km/h) 3 4 5 (Ver ENDOTERMIA) ED50 (Ver DOSE EFETIVA) EDÁFICO Relativo a solo. A seta indica o tempo ou ponto em que o agente foi adicionado à cultura: 1 Log no de células 2 Tempo 87 3 . EDAFOTOPO O conjunto das condições físicas e químicas do solo de um determinado habitat ou ecotopo. As figuras que seguem ilustram os três efeitos. como por exemplo. oxigênio . mas não há morte de células. em harmonia com os componentes do meio ambiente. particularmente as plantas. 2) Efeito bactericida: o agente mata a célula. temperatura. É um processo de aprendizagem relacionado à interação do ser humano com o ambiente natural. em inglês) que antigamente caracterizava as costas do estado de Louisiana. que apresentam problemas para as populações humanas circunvizinhas (abalos sísmicos.200 km de muro de proteção que margeiam o rio e o lago Pontchartrain no norte da cidade. vários trechos desses muros de proteção se romperam e diversas partes da cidade ficaram a 6 m de profundidade de água. Mas o “progresso”. servia de escudo para a cidade de Nova Orleans. Defensores da preservação das áreas de pântanos e charcos (as “wetlands”. proliferação da mosca Tsé-tsé). contribuem para evitar que ele continue depositando sua alta carga de sedimento. enchentes etc. tornando esta cidade e arredores. (Ver EFEITO BUMERANGUE) EFEITO BUMERANGUE EFEITO BUMERANGUE = BUMERANGUE ECOLÓGICO Conseqüência “imprevista” de uma modificação ambiental que anula o ganho esperado do projeto.U. tendo se criado um parque nacional com 20% da área natural. o mais alto da escala) causou enorme devastação no estado da Louisiana (E.U. poderão ocorrer espécies animais e vegetais que não são encontradas nas comunidades que se limitam formando o ecotono. respectivamente). formada por um rio de movimento lento das águas. este modelo poderá prever somente o futuro qualitativo do sistema e que ao menor erro de medida ou de aproximação.). que certamente muito ajudaria na redução da força dos impactos provenientes de furacões. poderá levar tal previsão a desviar-se do futuro real.A. formando o que hoje constitui o estado da Lousiana. que carreia entre 40 e 50% de toda a água que drena boa parte daquele país. A situação “imprevista” provavelmente poderia ser evitada se avaliações corretas do impacto da modificação ambiental.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver ANTIBIOSE) EFEITO BORBOLETA (“BUTTERFLY EFFECT”) Sistemas caóticos podem ser extremamente sensíveis. Este parque está sucumbindo ao projeto. causando vários problemas à flora e fauna local.000 anos. O rio Mississippi (o mais longo rio dos Estados Unidos). Mas.) é uma região. fossem feitas a priori. estações de bombeamento. sedimentos na sua bacia de drenagem.250 km de canais. tem depositado ao longo dos últimos 7. São exemplos clássicos os represamentos dos rios Nilo e Zambesi (represas de Assuã e Zambesi. Há casos de entusiasmos por modificações ambientais drásticas. que “cria mais problemas do que soluções”. vertedouros). além de diques. ou seja. A previsão para “devolver” à Natureza o que foi suprimido de Everglades já foi estimada em 2 bilhões de dólares. A designação “efeito borboleta” é uma alusão à possibilidade de que o simples bater das asas de uma borboleta poderá iniciar uma “cascata de mudanças altamente imprevisíveis numa floresta inteira ou até mesmo em todo o planeta”. no sul dos Estados Unidos. Assim sendo. Everglades na Flórida (E. (Ver EFEITO BORBOLETA) EFEITO CASCATA (Ver BIODIVERSIDADE) EFEITO DE BORDA Tendência para aumentar a variedade e a densidade de espécies animais e vegetais num ecotono. inviabilizando a implantação de atividade humana prevista no projeto inicial. A rede em malhas de pântanos (“marshes”. vulneráveis às ações dos impactos de furacões.A. muito comuns na região. mesmo a distúrbios pequenos. Atualmente. A figura que segue ilustra esta situação. os mais de 3. como todos parece almejar. visando conquistar espaços e supostos benefícios para a sociedade e que se transformaram em “pesadelo ambiental”. esta pequena mudança cresceria a limites imprevisíveis no comportamento geral do sistema. em parte pantanosa (“wetland”). retirou esta defesa natural. ao longo de uns 80 km. Mais recentemente (em 29 de agosto de 2005) o furacão Katrina (de categoria 5. como são denominadas em inglês) são favoráveis a um plano que restaure completamente tais áreas naturais. que lhe privou de água. Metade de sua área foi transformada com vistas ao desenvolvimento e projetos de irrigação (com 2. significando que se se pudesse iniciar um sistema repetidamente e efetuar uma pequena mudança em alguma variável. Em termos práticos isto significa que se alguém gerar um modelo perfeito de um sistema. 88 . particularmente na cidade de Nova Orleans. de mudança climática” para efeitos de negociação. 1990). hidrofluorocarbonos (HFCs). As oscilações são conseqüências das variações estacionais: Concentração de CO2 (ppm) 350 340 330 320 310 1958 62 66 70 74 Observação: em 2004 foram registrados 379 ppm de CO2. veículos automotores etc). segundo alguns pesquisadores. pelo contínuo acréscimo de CO2 e outros gases (ver parágrafo que segue) na atmosfera (pelas atividades industriais.5°C.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Comunidade B Comunidade A Espécie da Comun. segundo dados coletados em Mauna Loa (Havaí). EFEITO DE) EFEITO ESTUFA EFEITO ESTUFA = AQUECIMENTO GLOBAL Conseqüência de aumento de temperatura na biosfera. desmatamento. Na figura seguinte está representado o aumento da concentração de CO2 na atmosfera. (Ver ECOTONO) EFEITO DE DARLING (Ver FRASER-DARLING. mas impedem o retorno ao espaço da radiação infravermelha (ondas longas. O reflexo disto poderia ser catastrófico. como por exemplo o derretimento das calotas polares e o conseqüente aumento do nível dos oceanos.5 e 5. A Espécie da Comun. Estes gases. de baixa penetração) refletida pela Terra. óxido nitroso (N2O). à semelhança de uma lâmina de vidro (como o teto de uma estufa ou casa de vegetação) deixam passar a radiação solar (ondas curtas de grande penetração). que poderia inundar muitas cidades litorâneas. 78 82 86 90 No quadro seguinte estão representados os principais gases que participam do efeito estufa (segundo MILLER. 89 . B Espécie invasora Ecotono A exceção a esta regra de aumento da biodiversidade por conseqüência do efeito de borda foi observada na amazônia. A “bolsa de Chicago. causada. onde na borda da floresta em contato com pastagem não ocorre tal aumento. perfluorocarbonos (PFCs) e hexafluoreto de enxofre (SF6). considera como “gases do efeito estufa” os seis seguintes tipos: dióxido de carbono (CO2). o que poderia acarretar alterações climáticas significantes. Calcula-se que a duplicação da concentração de CO2 no ar aumentaria a temperatura média global entre 1. metano (CH4). num período de um (1) ano. a denominação dada por alguns autores é de coeficiente de eficiência ecológica. representando-se o numerador e o denominador na mesma unidade. Também são estabelecidas razões de fluxo de energia entre diferentes níveis tróficos. ESTRATÉGIAS . desflorestamento evaporação na (20%) indústria de solventes.. ambos expressos em Kcal) é igual a essa porcentagem. É geralmente dado em porcentagem. dejetos animais.2 (Ver PROTOCOLO DE QUIOTO (ou KYOTO)) EFEITO GARGALO (DE GARRAFA) (Ver POPULAÇÃO EM GARGALO) EFÊMERO Organismo com um ciclo de vida curto. (Ver EFETIVIDADE) EFICIÊNCIA DE ASSIMILAÇÃO (Ver ASSIMILAÇÃO) EFICIÊNCIA DE CONSUMO (Ver CONSUMO. Exemplo (dentro do mesmo nível trófico): diz-se que a eficiência ecológica de crescimento de um organismo é de 20%. geralmente de um microrganismo. arrozais. poderá ser eficiente na formação de nódulo. geralmente de um microrganismo. que investe energia e tempo à procura de presa proveitosa (que lhe renda mais energia e lhe apeteça). incapaz de participar da fixação simbiótica. mas se desprovida da enzima nitrogenase ou da ferredoxina reduzida..)) EFICIÊNCIA ECOLÓGICA Razões de fluxo de energia que se estabelecem entre os vários pontos da cadeia alimentar. Exemplo: uma bactéria fixadora de N2 atmosférico. do estômago dos ruminantes 6 Degradação de fertilizantes nitrogenados no solo. EFICIÊNCIA DE) EFICIÊNCIA DE PRODUÇÃO (BRUTA e LÍQUIDA) (Ver ASSIMILAÇÃO) EFICIÊNCIA DE PROCURA Alguns ecólogos utilizam esta expressão para definir comportamento de “forrageador especialista”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS PARTICIPAÇÃO E ORIGEM Contribuição (%) Fontes Permanência Eficiência Incremento anual (%) CO2 CFCs 57 25 Queima de Vazamento em ar combustível condicionado e fóssil (80%). ou seja. crescem para produzir novas sementes e depois morrem. importante para o seu desenvolvimento. usando os recursos do ambiente e multiplicando-se mais rápido do que os microrganismos vizinhos. entre dois níveis tróficos sucessivos. (Ver EFICIÊNCIA) EFICIÊNCIA Capacidade. produção de espumas plásticas e aerossóis propelentes 200 a 400 anos 22 a 111 anos --15 mil vezes mais do que o CO2 4 5 CH4 N2O 12 Decomposição em manguezais. de crescer rapidamente. EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIA (Ver COEFICIENTE DE EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA NA UTILIZAÇÃO DE ENERGIA) EFLORESCÊNCIAS DO SOLO (Ver PERFIL DO SOLO) 90 . a eficiência ecológica deve ser expressa em energia. refrigeradores. de metabolizar ou de manter-se ativo em determinado processo. a razão Pt : It (produção de biomassa num certo nível trófico : energia absorvida neste mesmo nível trófico. Há plantas cujas sementes germinam. O forrageador especialista tem tendência a ser uma espécie monofágica ou estenofágica. ela é inefetiva e portanto. EFETIVIDADE Capacidade. Sempre que possível. em simbiose com determinada planta. queima de biomassa 11 anos 25 vezes mais do que o CO2 1 150 anos 230 vezes mais do que o CO2 0. (Ver FORRAGEAMENTO (TEORIA. Num período de tempo de 3 bilhões de anos a energia acumulada na biodiversidade atual seria: 9. O autor atribuiu um valor monetário macroeconômico que denominou de EM$. no verbete IMPACTO AMBIENTAL.3 X 1016. utilizando como unidade o “solar emjoule (sej)” (em inglês). estradas.44 X 1024 sej/ano X 3 X 109 anos = 2. foi sugerido por ODUM (1996) para valorar a biodiversidade. donde então 1 sej = 6.A. Ao ajuntamento dá-se o nome de coivara. “eMergia” solar.83 X 1034 sej / 5 X 106 espécies = 5. (Ver EXCRETA. não-queimadas (resultante da queimada feita para preparar o solo para plantio) e queimá-las novamente. cuja incidência no planeta totaliza 9. estabelecendo sua equivalência com a energia solar de: EM$ 1 = 1. Segundo ODUM (1996) a energia impulsionadora da formação de novas espécies na Natureza é a energia solar.9 X 1022 EM$.C. (2006) Megadiversidade. O acúmulo de energia por espécie seria: 2. ODUM (1996) comparou este valor da biodiversidade atual.A. EMIGRAÇÃO (Ver DISPERSÃO DA POPULAÇÃO) ENCOIVARAMENTO Ato de juntar o resto da madeira e outras partes das plantas. no próprio local. respectivamente 100 anos e 4. (Ver ALUVIÃO) ELUVIAÇÃO Em pedologia refere-se ao movimento de soluções ou colóides em suspensão para as camadas inferiores. Logo. equivalendo à energia solar utilizada direta ou indiretamente para ser gerado na Natureza um serviço ou produto.83 X 1034 sej.5 X 1012 sej. cidades etc) que ele estimou ser de EM$ 6.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS EFLUENTE Descarga de dejetos domésticos ou de resíduo industrial ou de qualquer outra atividade urbana. Em ecologia refere-se tanto à parte do alimento que foi consumida e que é expelida (ou evacuada) como matéria fecal. quanto à parte regurgitada e que portanto não foi absorvida. frente aos 3 bilhões de anos de criação da biodiversidade pela Natureza.8 X 1015 EM$ / espécie. 91 . o valor monetário energético por espécie seria: 6.44 X 1024 sej/ano. que estimou ser EM$ 1. Sousa Jr.7 X 10-13 EM$.P.A.7 X 1027 sej / espécie. de material proveniente da desintegração da rocha matriz. EGESTA Este nome significa qualquer substância desnecessária eliminada pelo organismo. E o valor monetário energético da biodiversidade atual seria: 3.7 X 10-13 EM$/sej X 5.8 X 1015 EM$ / espécie X 5.0 X 106 espécies = 1. Opõe-se ao termo “aluvião”.. (Ver ILUVIAÇÃO) “eMergia” SOLAR Este termo. O resultado final desse processo (desenvolvido ao longo de 3 bilhões de anos) é estimado em 5 milhões de espécies (ou 5 X 106) atualmente conhecidas. como o de usinas hidrelétricas [Ver trabalho de Sinisgalli.000 anos. A análise eMergética já vem sendo aplicada no Brasil em estudos de viabilidade de instalação de grandes projetos. 2 (1-2)].7 X 1027 sej / espécie = 3.de & Torres. quando as chuvas excedem a evaporação. e REJEITO) EGOÍSMO (Ver ALTRUÍSMO e EGOÍSMO (ou MALEVOLÊNCIA)) EGOÍSMO DENTRO DA MANADA (Ver AGREGAÇÃO) EIA (ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL) Ver esquema das fases do EIA.9 X 1022 com o valor da infra-estrutura mundial criada pelo homem (pontes. que ele estimou ser de EM$ 6. estes dois patrimônios da humanidade (o material e o cultural) teriam um tempo de reposição de. (Ver IMPACTO AMBIENTAL) ELASTICIDADE (Ver ESTABILIDADE) “EL NIÑO” (Ver CORRENTE “EL NIÑO) ELTON (Ver PIRÂMIDE ECOLÓGICA) ELUVIÃO Depósito.W. sendo então um dos componentes do(s) rejeito(s)..3 X 1014 e comparou também com o valor da informação cultural e tecnológica gerada pela humanidade. no caso de prática da endogamia (na introdução ou re-introdução de casal de animais para povoar reservas ecológicas). de alelos recessivos deletérios (em inglês.. formando subpopulações. (Ver EXOCRUZAMENTO) ENDOPEDON Termo aplicado no diagnóstico dos horizontes minerais de solos formados abaixo da superfície. (Ver MUTUALISMO) ENDOGAMIA ENDOGAMIA = “INBREEDING” (e “INBREEDING DEPRESSION”) Cruzamento. Ao cruzamento. deste animal (heterozigoto) com um de seus próprios genitores (homozigoto recessivo). degenerescência no “fitness” como resultado de expressão no fenótipo.micorriza vesicular-arbuscular) formam enovelamentos intracelulares (pelotões).) ENDORRIZOSFERA (Ver RIZOSFERA) ENDOSSIMBIONTE (Ver ENDOBIONTE) ENDOTERMIA ENDOTERMIA = HOMEOTERMIA = HOMOTERMIA Uso do calor gerado pelo próprio metabolismo para regular a temperatura do corpo (aves e mamíferos). no verbete ECTOTERMIA. imprescindível à sustentação do solo. vesículas (estruturas armazenadoras) e arbúsculos (estruturas por onde elas realizam as trocas nutricionais com a planta). com recombinação gênica entre os descendentes propiciando a homozigosidade. são os chamados animais de “sangue quente”. Ocupam os espaços intercelulares e penetram nas células onde algumas endomicorrizas (do tipo MVA . As encostas são geralmente locais onde a permanência da vegetação original é fundamental para evitar a erosão sendo portanto. (Ver VERTENTE) ENDEMISMO Inerente a uma determinada área isolada. Sob muitos diversos aspectos a energia é tratada nas ciências em geral e em 92 . energia química armazenada nas ligações químicas dos combustíveis fósseis (petróleo. também conhecido como endocruzamento. Espécies endêmicas são aquelas originadas de determinado ecossistema ou área isolada. ENDORREICA (Ver REGIÃO ARREICA / ENDO . / EXO . calor. Ver gráfico representativo de consumo de O2 por mamífero (endotérmico) e por réptil (ectotérmico). (Ver ECTOTERMIA) ENDRIN (Ver ORGANOCLORADO) ENERGIA Seu conceito clássico. muito distante do significado profundo e da importância vital deste fator à manutenção da biosfera do nosso planeta. Ela existe sob muitas formas: luz. geralmente num teste em animal. Atualmente alguns autores preferem chamar estes organismos de FUNGOS ENDOMICORRÍZICOS.. eletricidade. inclusive em substituição ao termo MVA.. uma vez que alguns destes fungos não formam vesículas. (Ver EPIPEDON) ENDOMICORRIZA ENDOMICORRIZA = FUNGO ENDOMICORRÍZICO Tipo de micorriza ou fungo endomicorrízico cujas hifas penetram no córtex da raiz de muitas plantas. dá-se o nome de retrocruzamento. “uma força capaz de desenvolver trabalho” está. conhecido como “inbreeding depression”). ATP e inúmeros outros compostos e também sob a forma de energia nuclear emitida dos radioisótopos. que é geralmente muito comum em animais que vivem agregados. adjacentes ou não. diferindo do que ocorre em outras áreas.. ou reprodução consangüínea. chegando próximo ao cilindro central. Tem sido registrada. para os pouco entendidos em física e em ciências ambientais. ENDOBIONTE ENDOBIONTE = ENDOSSIMBIONTE Organismo que vive no interior das células de um organismo hospedeiro. sem causar-lhe dano aparente. açúcar. em íntima relação mutualística. como um todo. carvão mineral).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ENCOSTA Declive (acentuado ou suave) nos flancos de morro. colina ou serra. como uma denominação genérica. em grupos ou bandos. . implantando-se segmentos de DNA em cromossomos bacterianos. utilizando conhecimentos da biologia molecular (e/ou genética molecular) pesquisa sobre técnicas de manipulação gênica de organismos. tornando-os capazes de promover produção de hormônios (em alta escala). visando ao desenvolvimento sustentável. significando a área ao redor de um determinado local. IBGE . resultante da fusão de “ em + torno”. Esta conceituação é importante quando se deseja entender a ação das enzimas. social. econômica e tecnológica. como por exemplo.. no ambiente natural. Suas principais especialidades são o manejo do contrôle da qualidade do ar. Dedica especial atenção para as tecnologias de manejo integrado. descarte da água residuária. efetuando transformações que permitam a tais organismos perpetuá-las nas gerações subseqüentes.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS particular nas ciências ambientais é de grande interesse o estudo dos recursos energéticos renováveis e não-renováveis. ou seja. incluindo as interações desses organismos modificados com os autóctones. Em termos agroecológicos é muito importante investigar as reações dos organismos obtidos de processos da engenharia genética.: Gj = gigajoule ou 10 9 e Pj = petajoule ou 1015 (Ver FLUXO DE ENERGIA. (Ver ENZIMAS DO SOLO) ENERGIA DE MANUTENÇÃO A energia que é usada pela célula ou organismo que não seja crescimento. a reciclagem e a recuperação. e manejo de resíduos sólido e perigoso. a 93 . que conduz determinada substância a uma transformação química ou transporte físico. naquelas responsáveis pela decomposição da matéria orgânica. como por exemplo. manejo da água proveniente de intempéries. suprimento de água. ENGENHARIA FLORESTAL (Ver SILVICULTURA) ENGENHARIA GENÉTICA É uma parte da biotecnologia que. (Ver TRANSGÊNICOS) ENOS (Ver CORRENTE “EL NIÑO”) ENTOMOFILIA (Ver “-filia” / “-filo”) ENTORNO Neologismo. adotado pelo IBAMA. e hoje utilizado por muitos pesquisadores. e ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO) ENERGIA DE ATIVAÇÃO Energia mínima necessária para ativar átomos ou moléculas num nível tal que lhes permitam um rearranjo. A seguir está reproduzido um gráfico da “UNEP” que representa o consumo total e per capita de energia em várias regiões do mundo no ano de 1995: 350 300 Consumo de Energia per capita (Gj) 250 200 150 Consumo total de Energia (Pj) 100 50 0 Mundo Ásia e Pacífico América Latina e Caribe Ásia Ocidental Obs. Os estudos de clonagem em plantas cultivadas criam perspectivas promissoras para aumento da produção agrícola. ENERGIA METABOLIZADA (Ver ASSIMILAÇÃO) ENGENHARIA AMBIENTAL Sub-área da engenharia que trata dos problemas ambientais de forma integrada. incluindo o re-uso. nas suas dimensões ecológica. Tem aplicações muito amplas. como as dos gêneros Streptomyces. sua degradação para substâncias mais simples. São inúmeras as enzimas do solo. na área de arquitetura o “espaço ou área adjacente a um bem em processo de tombamento”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS circunvizinhança. liberando fosfato. Bacillus e Clostridium. Ver figura no verbete EUTRÓFICO. Entre as do segundo tipo cita-se. Bacillus. e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ENZIMAS (DO SOLO) As enzimas do solo são na maioria. Chaetomium. proteínas produzidas por microrganismos que. incluindo. ou seja. Streptomyces. por exemplo. (Ver METALIMNIO. EPIBATIDINAS (Ver DEFESA QUÍMICA) EPIBIONTE Epífita ou epizoíto. são formados pela quitina. Fungos (gêneros): Trichoderma. Clostridium. O exoesqueleto de alguns animais (artrópodos principalmente). b) Hemicelulase: decompõe a hemicelulose. ativo. c) Quitinase: decompõe a quitina. Cytophaga e outras. e) Fosfatase: decompõe ésteres fosfatados. (Ver ENDOPEDON) EPIPEDON ANTROPOGÊNICO (Ver TERRA PRETA DOS ÍNDIOS) 94 . assim como a parede celular de fungos. geralmente à superfície e com água circulante quente. Não confundir com a 1ª pessoa do presente do indicativo do verbo entornar ou derramar. Ocorrem nos solos enzimas “controladas por propriedades inatas da célula” (enzimas constitutivas) e aquelas “impostas à célula pelas condições ambientais” (enzimas induzidas ou adaptativas) [Ver DEFESA QUÍMICA]. encontradas no sistema vivo. ENTREMARÉS (Ver ESTIRÂNCIO. promovem sua decomposição. bactéria ou fungo que vive na superfície de plantas. que decompõe a pectina dos frutos). d) Protease: decompõe a proteína em peptídios e aminoácidos. Chromobacterium. Alguns fungos responsáveis pela murcha e decomposição de vegetais produzem vários tipos de hemicelulases (como a protopectinase. que é produzida na presença de celulose. reduzindo a energia de ativação dos compostos orgânicos. a celulase. Pseudomonas e Bacillus. Entre as do primeiro tipo citam-se a desidrogenase e a urease. Penicillium. São catalizadoras de reações. Algumas bactérias e actinomicetos produzem quitinase. Bactérias produtoras (gêneros): Erwinia. O novo dicionário Houaiss mostra vários usos deste termo. organismo que vive sobre planta ou animal. Fusarium e outros. EPINEUSTON (Ver NEUSTON) EPINOCICLO (Ver BIOSFERA) EPIPEDON Termo aplicado no diagnóstico dos horizontes minerais de solos formados na superfície. as seguintes e suas principais funções: a) Celulase: decompõe a celulose. Aspergillus. e HIPOLIMNIO) EPINÉCTON Organismos aderidos a formas natantes ativas (nectônica) mas que não são capazes de movimentos independentes contra a correnteza. EULITORAL. Pseudomonas. ou seja. Clostridium. Bactérias produtoras de celulase (gêneros): Pseudomonas. f) Urease: decompõe a uréia. (Ver EPIBIONTE) EPIFITON (Ver PERIFITON) EPILIMNIO Camada (ou zona) de profundidade aquática com temperatura homogênea. O (já) clássico “dicionário do Aurélio” incorporou este termo à nossa língua (no Brasil). As enzimas do solo podem se “desnaturar” (inativar-se permanentemente) quando submetidas à alta temperatura ou alta concentração de sais solúveis. EPÍFITA Planta. formando compostos de N e liberando CO2. podendo-se citar como exemplo. Verhuslt em 1838. “tempo curto de geração” e “alta taxa intrínseca de crescimento”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Taxa de aumento da população EPIPELÁGICO (Ver ZONA EPIPELÁGICA. e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) EPIPLÂNCTON Organismos planctônicos que vivem nos 200 m superficiais. ou em palavras: [taxa de crescimento de uma população] = [taxa de crescimento intrínseco. quando a população está em equilíbrio (capacidade de suporte). EQUILÍBRIO DE UMA POPULAÇÃO (Ver NÍVEL DE EQUILÍBRIO) EQUILÍBRIO DINÂMICO (Ver NÍVEL DE EQUILÍBRIO) EQUILÍBRIO ESTÁVEL (Ver NÍVEL DE EQUILÍBRIO) 95 . a taxa de crescimento r diminui quando N aumenta. Numa hipótese de que determinada população de uma espécie. contanto que ocorram: deriva genética. A população teria crescimento exponencial ou geométrico. N = número de indivíduos de uma população. onde: r = taxa intrínseca de aumento. que vive nas porções mais externas de outro animal. 1986): Tempo RICKLEFS (2007) representa a equação logística por: r = r0 (1 – N/K). EQUAÇÃO LOGÍSTICA Foi introduzida por P. (Ver PLEUSTON) EPIZOÍTO Animal. permanece constante ao longo do tempo e das diversas gerações. um protozoário por exemplo. mas depois viria a superpopulação e a competição alteraria essa condição de prosperidade.Weinberg. (Ver EPIBIONTE) EPIZOÓCORO Que se dispersa aderente à superfície de animais.Hardy e pelo alemão W. teria “alta fecundidade”. EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG Princípio. Nesta concepção. O gráfico representativo dessa hipótese seria uma parábola (segundo COLINVAUX. emitido pelo inglês G. Seria alcançada uma situação em que o número de mortes balancearia o de nascimentos. ausências de seleção natural e mutação e em panmixia (sem preferência sexual entre seus integrantes). vivendo num ambiente fechado com abundânica de alimento. da zona pelágica. K = número de indivíduos capazes de viver no ambiente. PELÁGICO. onde r0 representa a taxa de crescimento exponencial intrínseco de uma população quando o seu tamanho ainda é pequeno (próximo a 0) e K é a capacidade de suporte do ambiente dessa população. ou lei.F. com N próximo a 0] X [tamanho da população] X [redução na taxa de crescimento devido ao adensamento populacional]. em genética de populações. EPIPLEUSTON Organismos que se movimentam na película superficial de um corpo de água. mantendo parte ou todo seu corpo acima da água. A equação diferencial que descreve o crescimento restrito de uma população é então dada por: dN/dt = r0N(1 – N/K). (Ver “-coria”) EPIZOÓTICO Relativo à doença epidêmica em animais. no qual é afirmado que a proporção de diferentes alelos no patrimônio genético de uma população. Matematicamente a equação representativa dessa situação seria: dN/dt = rN (K-N)/K. num tempo t.H. por Beno Gutenberg e Charles Francis Richter. escassa (1-4 plantas. Assim. 9 (76-90%). geralmente da superfície. ESCALA DE DOMIN Escala que se utiliza para estimar cobertura vegetal e abundância de uma espécie de planta. EQUIVALÊNCIA ECOLÓGICA Similaridade de nichos ecológicos (ou mesmo nicho ecológico) ocupados por organismos de diferentes regiões geográficas. 2 (esparsamente distribuídos. freqüente (15-29 plantas. ESCALA DE RICHTER Uma escala logaritmica desenvolvida em 1935. LIXIVIAÇÃO.m-2) e muito abundante (mais de 100 plantas. e 11 (91-100%).m-2). (ii) melhores condições ambientais (mais alimento. as curvas de predação e recrutamento. em que o isoclino zero do predador cruza com o isoclino zero da presa três vezes. e assim por diante.) ou geológicos (ver figura em ESCOAMENTO). 7 (34-50%). ESCALA DE BACHARACH É uma escala usada para medir densidade de fumaça. As espécies que ocupam nichos ecológicos equivalentes tendem a um relacionamento taxonômico íntimo em regiões contíguas..m-2). destinada à medição da energia liberada como conseqüência de movimentos ou abalos sísmicos (terremotos do sul da Califórnia. com menos de 1% de cobertura). O pardal da Europa. ESCALA DE TEMPO GEOLÓGICO (Ver TEMPO GEOLÓGICO) ESCAPE (ou EVITAÇÃO) DA COMPETIÇÃO EVOLUTIVA (Ver FANTASMA DA COMPETIÇÃO PASSADA) ESCAPE-DO-INIMIGO. por exemplo.0 . (2006). 5 (1125%). EROSÃO Desgaste ou arrastamento do solo. 6 (26-33%).U. que também denominaram de “estados estáveis alternativos”. tem-se descrito que plantas introduzidas tendem a sofrer menos danos causados por insetos.A.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS EQUILÍBRIO INSTÁVEL Condição de um ecossistema (componente biótico ou abiótico) em que há deslocamentos (mudanças) pequenas. porém com menos de 4% de cobertura). por exemplo) e (iii) ausência de inimigos (predadores. É às vezes usado em muitas designações: eremologia (estudo dos desertos). (Ver NÍVEL DE EQUILÍBRIO) EQUILÍBRIOS MÚLTIPOS ou ESTADOS ESTÁVEIS MÚLTIPLOS A primeira expressão. por agentes climáticos (água da chuva.0 é 10 vezes superior a um de 5. EQUIVALENTE ECOLÓGICO (Ver EQUIVALÊNCIA ECOLÓGICA) “eremo-” Prefixo de origem grega significando “deserto (solidão)”. indicando nível de poluição atmosférica. Este conhecimento tem aplicações práticas muito úteis no estudo de manejo e contrôle de pragas. reporta que este modelo de estados estáveis múltiplos. compreendendo as seguintes 11 categorias: + (indivíduo único). Geralmente são apontados os seguintes fatores para tal sucesso: (i) redução da competição. que conduzem a modificações maiores.0 e um de 7.). abundante (30-99 plantas. 8 (51-75%). deste ponto em diante os valores da escala e os percentuais de cobertura são 4 (4-10%). Assim sendo. utilizada por BEGON et al. eremófito (vegetal do deserto). 96 . este termo refere-se ao fato de que organismos introduzidos em áreas diferentes das do seu habitat natural. infreqüente (5-14 plantas. e “RUNOFF”). O maior terremoto já registrado não excedeu o valor de 9 na escala. no seu habitat de origem.m-2). 1 (muito poucos indivíduos). diz respeito à relação predador-presa. sofre duas vezes mais com seus ectoparasitas do que o pardal que foi introduzido na América do Norte.0 é 100 vezes superior ao de 5. usando a segunda expressão. ERVA DANINHA (Ver ALÓCTONE) ESCALA DE ABUNDÂNCIA DE HANSON Uma escala destinada à estimativa de abundância de uma espécie vegetal compreendendo seis categorias: ausente (0). E. 3 (freqüente. eremófilo ou eremobionte (que vive no deserto).. patógenos). RICKLEFS (2007). vento. parasitas. Um abalo de valor 6. descreve mudanças no recrutamento e predação das populações de presas como uma função do aumento na densidade de presas. melhoram sua performance de sobrevivência no seu novo habitat. produzem três pontos de equilíbrio.m-2). (Ver BIOLIXIVIAÇÃO. HIPÓTESE DE Traduzido da expressão em inglês “escape-from-enemy hypothesis”... A curva de predação lembra o tipo III [Ver PREDATISMO]. visando o processo de reprodução. A figura que segue ilustra duas diferentes situações relacionadas à retenção de água no solo (com infiltração para o lençol freático. Em alguns organismos a avaliação do deslocamento de energia para a reprodução pode ser feita com base em medições da relação “peso das gônadas : peso córporeo”. metabolicamente. ou “peso das sementes : peso da planta” ou “volume dos ovos de uma ninhada : volume do corpo do animal”. (Ver “copro-”) ESCIÓFITO (Ver CIÓFITO(A) / CIÓFILO(A)) ESCLEROFILIA. proporcionará a retenção da água de escoamento e sua penetração no solo. em que uma de suas conseqüências é a água de escoamento. LAGO) ESCOAMENTO ESCOAMENTO = “RUNOFF” Água de precipitação pluvial que escorre sobre a superfície do solo e que em solo íngreme causa intensa erosão. para o lençol freático Infiltração. por percolação) e escoamento no solo em declive.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ESCATOLOGIA Refere-se ao conhecimento sobre fezes de animais.. conforme haja cobertura vegetal (representação da esquerda) ou sem cobertura vegetal. Há denominações específicas quando o esgoto se refere a despejo industrial (ou efluente) ou a despejo doméstico (esgoto sanitário). a existência de uma cobertura vegetal significativa. relacionando nas plantas esclerófilas: porcentagem de fibra crua : porcentagem de proteína crua. As plantas teriam limitações de crescimento embora possam armazenar carboidratos nessas referidas estruturas. profundo. em que pese a imprecisão da avaliação. ÍNDICE DE Índice proposto por A.Loveless. folhas coriáceas. (Ver EFLUENTE) 97 .. Num declive. para o lençol freático ESFORÇO REPRODUTIVO ESFORÇO REPRODUTIVO = ALOCAÇÃO REPRODUTIVA Diz respeito à concentração em energia que um organismo realiza. com teores altos de Al e Mg. em geral. baixo em fósforo. (Ver OLIGOTRÓFICO. possibilita a realimentação do lençol freático. ESGOTO Refere-se. É uma aproximação válida. ESCLEROMORFISMO OLIGOTRÓFICO Diz-se do fenômeno típico das plantas do cerrado. assim sendo. varia conforme a existência de cobertura vegetal e a topografia. a todo tipo de água servida (usada). Este é ácido. por exemplo. A intensidade dos problemas da água que cai sobre um solo.R.) devido à pobreza em nutrientes do solo. onde elas apresentam-se com estruturas endurecidas ou esclerosadas (troncos com casca grossa. além de evitar a formação de ravinas e conseqüentemente a erosão. A espessura das setas representa a quantidade proporcional de água (observar a espessura das setas representando o escoamento nas duas situações): Transpiração ENTRADA EvapoENTRADA transpiração total Evaporação Escoamento Escoamento Erosão Infiltração. em 1961. como a caravela (Physalis caravela) que é. (Ver ESPECIAÇÃO SIMPÁTRICA. na realidade. embora não estejam presentemente ameaçados de extinção. é fácil individualizar a espécie.. em muitos ecossistemas. alguns especializados na alimentação e outros na “defesa” (nematocistos contendo toxina). ave da floresta aciculifoliada que realiza o mesmo trabalho utilizando sementes da araucária. a menos que suas explorações sejam regulamentadas e eles se tornem sob controle. como a graviúna. e SIMPATRIA) ESPÉCIE Indivíduo ou representante específico de uma população. a espécie 98 . (Ver “IUCN”) ESPÉCIE “DEPENDENTE DA CONSERVAÇÃO” Dentre os critérios propostos pela “IUCN” para as espécies ameaçadas. Ex. deve considerar-se esta característica comportamental. ou formação de nova espécie. uma colônia de indivíduos com alto grau de polimorfismo (indivíduos polipóides e medusóides). Esta função também é exercida por outros animais. uma vez que enterram as sementes para consumí-las posteriormente e algumas delas são esquecidas por eles. que evoluiu de um ancestral comum. Atribui-se a esses animais. com a sigla em inglês (EN). a cotia . roedores como o preá. ocorre quando o fluxo de genes dentro de um reservatório (ou “pool”) comum é interrompido por um mecanismo de isolamento que. que em inglês é “endangered”. quanto dentre os critérios da “IUCN”.: Phaseolus vulgaris (feijoeiro comum). Há animais identificados por apenas um nome.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ESPAÇO DE FUGA Espaço que muitos animais necessitam para fugir à perseguição feita por um competidor (da mesma espécie ou não) ou por um predador. ou direta ou indireta do risco de extinção. ocorre quando o fluxo de genes dentro de um compartimento (ou “pool”) comum é interrompido por um mecanismo de isolamento que. se acontece ecologica ou geneticamente numa mesma área dá-se-lhe o nome de especiação simpátrica. inclui-se tanto dentre as categorias da “IUCN”. Em termos filogenéticos. Este espaço é importante para a sobrevivência deste animal em muitas circunstâncias. É uma designação que tem sido somente usada para espécies de peixes marinhos comercializados. em geral. nestes critérios. ou formação de nova espécie. um taxon é dito de “baixo risco” quando ele não se enquadra entre as categorias: “em perigo crítico”. (Ver “IUCN”) ESPÉCIE “COMERCIALMENTE AMEAÇADA” Dentre as categorias da “IUCN” para espécies ameaçadas. estão ameaçados por serem comercializados. um taxon é tido como tipo “dados insuficientes” (sigla em inglês “DD – data deficient”) quando a informação requerida para se fazer uma avaliação. e que também não seja incluído no critério de dados insuficientes. e ALOPATRIA) ESPECIAÇÃO SIMPÁTRICA A especiação. com a sigla (E). a onça-pintada por exemplo.. sendo por isso que num cativeiro ao qual seja ele submetido. Panthera onca. além do saco flutuador. (Ver ESPECIAÇÃO ALOPÁTRICA. um taxon é considerado como “dependente da conservação” (sigla em inglês “CD – conservation dependent”) se se conseguir se evitar incluí-lo neste status de “ameaçado” como resultado de um programa continuado de conservação para o taxon específico ou habitat também específico. Identifica-se nominalmente pela composição das denominações “genérica” (nome do gênero) e “específica” (nome da espécie). (Ver “IUCN”) ESÉCIE COM “DADOS INSUFICIENTES” Dentre os critérios da “IUCN” para espécies ameaçadas. ESPECIAÇÃO ALOPÁTRICA A especiação. a importante função de dispersão de plantas. “em perigo”. se acontece pela separação geográfica de populações descendentes de um ancestral comum dá-se-lhe o nome de especiação alopátrica. a espécie é a menor unidade taxionômica (ou taxonômica). (Ver “IUCN”) ESPÉCIE “EM PERIGO” Este termo. ESPÉCIE-CHAVE (Ver DOMINANTE ECOLÓGICO) ESPÉCIE COM “BAIXO RISCO” Nos critérios propostos pela “IUCN” para espécies ameaçadas. refere-se aos taxa que. No ambiente. é inadequada. “vulnerável” ou como “dependente da conservação”. (Ver sp (ESPÉCIE)) ESPÉCIE CAVIOMORFA Refere-se principalmente às espécies animais pertencentes aos cavídeos.. como no caso de um animal. 2) catastrófico (enchentes. A análise de vulnerabilidade de uma população. podendo eles serem classificados. (Ver “IUCN”) ESPÉCIE EM “PERIGO CRÍTICO” Correspondendo à expressão em inglês “critically endangered – CE” proposto como um dos critérios da “IUCN”. refere-se ao taxon (sigla em inglês “K – insufficiently known”) que se suspeita estar em perigo. (Ver “IUCN”) ESPÉCIE “INSUFICIENTEMENTE CONHECIDA” Dentre as categorias da “IUCN” para espécies ameaçadas. mas sobre o qual não há dados suficientes para se formar um julgamento exato sobre se tal taxon está ameaçado ou não. tanto dentre as categorias (sigla em inglês Ex).. ou como populações naturalizadas fora dos seus limites originais. entre as espécies ameaçadas. nas taxas de natalidade e mortalidade. cujos taxa sabe-se estarem em perigo. ver também outras designações da “IUCN” nos vários termos iniciados por ESPÉCIE . cultural. devendo haver um limiar (ou patamar) abaixo do qual a população corre risco e acima do qual ela é considerada viável. além das normais. mais pela chance do que por vantagens evolutivas adquiridas). como determinístico ou estocástico. num futuro próximo (comparar com “ESPÉCIE EM PERIGO CRÍTICO”).E. silvestres. segundo M. em cativeiro. quando não há dúvida razoável de que seu último indivíduo representante tenha morrido.. Ainda dentre os critérios da “IUCN” para espécies ameaçadas. não sendo portanto.). 3 demográfico (variações. protegida contra a exploração. erupções vulcânicas etc). científico. presas. poderia subdividir-se em cinco tipos: 1) ambiental (variabilidade nas condições e recursos.Gilpin e M.). nas categorias da “IUCN”. para designar um taxon que se saiba estar em risco extremamente alto de extinção no ambiente silvestre.. designando o taxon. ou baixos de heterozigosidade. em geral. patógenos. como dentre os critérios (EX). cuja sigla em inglês é “I – indeterminate”. em futuro imediato. resta saber julgar com exatidão qual o nível de risco de extinção “aceitável”. ela objetiva compreender como a vulnerabilidade de uma determinada população varia com o tamanho desta população.Soulé. embora careça da estimativa de tamanho mínimo de uma população viável. (Ver ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO. 5) e de fragmentação (há uma tendência da maioria das populações em se fragmentarem em subpopulações. queimadas. no caso dos animais. Um poluente em concentração letal. um taxon é classificado como “extinto no ambiente silvestre” (sigla em inglês “EW – extinct in the wild”) quando se sabe que ele tenha sobrevivido em criadouros. por exemplo. entre as espécies ameaçadas que não tenha sido vista no ambiente silvestre nos últimos 50 anos. (Ver “IUCN”) ESPÉCIE EM “VIA DE EXTINÇÃO” ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO = RISCO DE EXTINÇÃO Espécie da flora e da fauna. Considera-se geralmente. como densidade de predadores. componente permanente da associação.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS “em perigo” é aquela que se saiba estar em risco muito alto de extinção no ambiente silvestre. onde os indivíduos de uma mesma subpopulação se cruzam mais com os seus companheiros do que com os membros de outra ou outras subpopulações). (Ver “IUCN”) ESPÉCIE “INDETERMINADA” Uma das “categorias” da “IUCN”. Na verdade. aleatoriamente. designando o taxon. a viabilidade varia continuamente com o tamanho da população. O fator estocástico (que pode ser analisado estatisticamente mas não pode ser previsto com precisão). Há muitos fatores ou “forças” que podem levar uma espécie à extinção. mas sobre os quais os dados são insuficientes para incluí-los numa das categorias apropriadas. competidores etc). de valor estético. econômico e/ou recreativo. vulnerável ou rara. a freqüência de genes de uma população é determinada pela deriva genética. ou seja. da espécie que pode ser encontrada de tempo em tempo num certo habitat ou comunidade. 4) genético (tendência das pequenas populações terem altos níveis de homozigosidade. vulnerável ou rara. Há uma convenção internacional a este respeito. e “IUCN”) ESPÉCIE “EXTINTA” Termo usado pela “IUCN”. (Ver “IUCN”) ESPÉCIE OCASIONAL Diz-se geralmente.. que uma espécie está em via de extinção quando não mais do que 30 indivíduos representantes desta espécie tenham sido localizados (avistados ou registrados) (ver ESPÉCIE EXTINTA. referente às espécies ameaçadas. 99 . seria um fator determinístico de ação direta.E. c) suas populações locais são pequenas e não-dominantes. Neste último aspecto. ESPÉCIME (ou INDIVÍDUO) Indivíduo ou exemplar (unidade) representativo de uma espécie. em termos práticos. esses autores denominam de prevalência de abundância. a mesma tendência sob efeito de grande perturbação. b) talvez de cunho mais fundamental. carece de qualificação adequada ou precisa. (Ver COLONIZAÇÃO) ESPÉCIE “RARA” Na classificação das categorias de espécies ameaçadas de extinção da “IUCN”. (Ver “IUCN”) ESPÉCIE VULNERÁVEL Dentre as diversas categorias propostas pela “IUCN” para as espécies ameaçadas de extinção. 100 . não devendo ultrapassar os 10% da área total e de acordo com o plano de manejo da unidade. É representada pele sigla em inglês “V – vulnerable”. de despejos industriais (ETDI) ou de efluentes industriais (ETEI). b) sua faixa de habitat (específico) é estreita. Alguns autores não consideram que abundância seja uma questão de densidade de indivíduos de uma espécie numa determinada área (dado este que eles preferem chamar de intensidade). refere-se à capacidade de um sistema ecológico em manter-se em condições relativamente constantes em termos de sua composição. que por sua vez. ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO (Ver APÊNDICE III − ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO. com pequenas flutuações em torno de uma média. (Ver FRAGILIDADE. Neste último aspecto consideram-se a estabilidade local. Área natural. mas que deve também ser utilizada para os processos de educação ambiental e de pesquisa. As duas primeiras razões são ligadas à “prevalência” acima mencionada e a última está ligada à “intensidade”. que é a tendência da comunidade retornar ao seu estado original após pequena perturbação e estabilidade global. e RESISTÊNCIA) ESTABILIDADE GLOBAL (Ver ESTABILIDADE) ESTABILIDADE LOCAL (Ver ESTABILIDADE) ESTAÇÃO DE TRATAMENTO Conjunto de instalações destinadas ao “tratamento” de: água (ETA). de esgotos domésticos (ETE). É denominada em inglês por “rare – R”. distúrbio ou superexplotação. há que se considerar dois aspectos de interesse ecológico: a) é importante conhecê-la porque ela representa. esta. sua biomassa e produtividade. quando tal faixa é ampla. o uso de expressões como “espécie comum” ou “rara” em determinado ambiente. fala-se também em “resistência” de um ecossistema. e dentre os critérios da “IUCN” é representada pela sigla “VU – vulnerable”. e que seja capaz de retornar a esta situação a cada vez que sofrer perturbações. a estabilidade representa o grau de persistência da comunidade e suas chances de atingir o seu clímax e aí se manter. HOMEOSTASE.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ESPÉCIE PIONEIRA Aquela que surge num local. representativa de um ecossistema que se deseje preservar. e RADIAÇÃO FOTOSSINTETICAMENTE ATIVA − RFA) ESPODOSSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS. quando a comunidade é estável dentro de uma faixa muito restrita de condições ambientais e dinâmicamente robusta. o taxon “raro” é aquele com pequenas populações mas que presentemente não estão “em risco” ou em “via de extinção”. CLASSIFICAÇÃO DE) ESTABILIDADE Segundo alguns autores. Haveria muitas razões para usar o termo “espécie rara”. Esta relação de indivíduos com área habitável. anteriormente desprovido de vida e que assim poderá dar início a um processo de colonização. muitas vezes seguido de um processo de sucessão. Na estabilidade. ESTAÇÃO ECOLÓGICA Categoria de unidade de conservação do Grupo I do SNUC. RESILIÊNCIA. dependerá da “elasticidade” (resiliência) ou taxa com que o ecossistema se recuperará dos distúrbios que lhes são causados (naturais ou antrópicos). Entre muitas espécies tidas como “mau competidoras” há muitas pioneiras eficientes. porém um tanto quanto teórico. a espécie vulnerável é aquela cujo declínio por causa de destruição do seu habitat. Alguns autores mencionam ainda os termos dinamicamente frágil. torna-se-á em perigo de extinção se tais fatores continuarem. mas sim é uma questão de número de tamanho de áreas habitáveis (Ver DENSIDADE ECOLÓGICA). a sensibilidade de uma comunidade a distúrbios. De fato. podendo-se destacar: a) sua faixa de distribuição geográfica é estreita. planta típica das dunas de nosso litoral. podem ser divididas em estádios. ESTÁDIOS SERAIS Segmentos distintos (estádios). Alguns preferem usar a palavra “estágio”. (Ver SERE) ESTADOS ESTÁVEIS ALTERNATIVOS (Ver EQUILÍBRIOS MÚLTIPOS ou ESTADOS ESTÁVEIS MÚLTIPLOS) ESTENO Prefixo de origem grega usado para expressar o “estreito” (ou reduzido) grau de tolerância de um ser vivo. Nem todas as “seres”. para indicar período ou influência da estação do ano. nos períodos estacionais de chuva (inverno) e de seca (verão). Fala-se por exemplo. no entanto. Fala-se neste caso em “estepe do sertão semi-árido nordestino” e da “campanha gaúcha”. ou regiões e suas respectivas subdivisões. O pinheirinho-do-mar (Remirea maritima). É também utilizada a expressão “savana estépica”. ESTRATÉGIA Termo de caráter generalizado. e TRIÂNGULO C−S−R) ESTRATEGISTA C No triângulo C – S – R. destinando apenas uma pequena proporção de sua energia metabólica para produção de descendentes ou propágulos.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. 101 . sendo assim uma espécie competitiva. estenofágico (relativo a alimento). florística ou estruturalmente. que emite ramificações em diversos pontos ao longo de sua extensão. (Ver ESTRATEGISTAS C. incluindo-se os campos de Roraima. como cactáceas. Alguns a chamam de eulitoral. o estrategista C é uma espécie tipicamente de grande tamanho. preamar e baixa-mar. (Ver APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ESTIVAÇÃO (Ver HIBERNAÇÃO) ESTOCÁSTICO (Ver DISTÚRBIO. estenoécio (relativo à seleção de habitat ou adaptação) etc. no nordeste brasileiro. todos significando uma limitada tolerância às respectivas características ambientais citadas. (Ver “euri-”) ESTEPE Termo adotado por alguns fitogeógrafos (utilizado pelo IBGE) significando um “tipo de vegetação” estacional-decidual. tendo também compostas e leguminosas. de um indivíduo ou de uma população. geralmente com plantas suculentas. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) ESTACIONAL Termo mais adequado (da língua portuguêsa) do que “sazonal” (do francês “saison” ou do inglês “season”). no sentido da costa para o mar. Grande parte dos “desencontros” surgem com relação aos limites (extensões ou dimensões) de tais zonas. dispersão relativamente eficiente. refletindo uma adaptação (às vezes uma aclimatação) que se constitui em ganhos na eficiência de obtenção dos recursos. com crescimento rápido. ESTOLONÍFERA Planta que forma estolões. significando qualquer padrão de comportamento ou história vital. Este termo é aplicado originalmente às planícies sem árvores do sudeste da Europa e da Sibéria. forma estolões. ou seja. neste último caso dominando gramíneas. É a primeira zona da plataforma continental. O termo “intertidal” vem do inglês “tide” = maré. Esta planta é importante na fixação das pequenas dunas. K e r. de uma “sere”. comum em plantas adaptadas a solos arenosos. Fala-se então em: estenotérmico (relativo à temperatura). e ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO) ESTOCÁSTICO (Ver DISTÚRBIO) ESTOLÃO Caule subterrâneo. geraram um elevado número de denominações que nem sempre coincidem nos trabalhos (obras) de muitos autores. Observação: as muitas subdivisões da faixa litorânea (do continente para dentro do mar) que naturalmente devem existir devido à complexidade dos mais diversos contornos da costa. estenohídrico (relativo à água). em vez de “estádio”. ESTIRÂNCIO ESTIRÂNCIO = ENTREMARÉS = ZONA “INTERTIDAL” = LITORAL É a zona delimitada pelas alta e baixa marés. tempo de vida relativamente longo. com certo gradiente de salinidade e propriedades peculiares. As espécies em equilíbrio geralmente sucedem as pioneiras. K é o número de indivíduos capazes de viver quando a população está em equilíbrio e r é a taxa intrínseca de aumento desta população. pecíolos. as espécies que. no nível de ação sobre um ecossistema (ou comunidade ou população). onde usualmente ocorrem mangues. ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) (Ver IMPACTO AMBIENTAL) ETA (Ver ESTAÇÃO DE TRATAMENTO) ETDI (Ver ESTAÇÃO DE TRATAMENTO) ETE (Ver ESTAÇÃO DE TRATAMENTO) ETEI (Ver ESTAÇÃO DE TRATAMENTO) ETIOPIANA. raízes. numa situação em que o local se tornou menos inóspito. que no processo evolutivo modificou-se. que é caracterizado por ser uma perturbação momentânea. mecanismos característicos que as tornam tipicamente espécies “em equilíbrio” (estrategistas K) ou “oportunistas e fugitivas” (estrategistas r). numa situação de equilíbrio das condições ambientais ou em condições adversas ou de superpopulações. constituindo-se no equilíbrio dinâmico (homeostase) de um ecossistema. transformadas em estruturas que habilitam as plantas a treparem sobre diferentes suportes). ESTRUTURA DO SOLO Arranjo ou combinação das partículas primárias do solo. história e cultura das raças humanas. transformando-se em estruturas bastante diferentes e que desempenham diferentes funções. (Ver OZONOSFERA) ESTRATO VEGETATIVO (Ver SINÚSIA) ESTRESSE Diferentemente de distúrbio. Ex. As estruturas homólogas originam-se de um mesmo órgão. REGIÃO (Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) “etno-” Prefixo de origem grega que se refere à “raça. caules. que executam o mesmo papel nos diferentes organismos dos quais são partes integrantes. As espécies oportunistas e fugitivas predominam. (Ver EQUAÇÃO LOGÍSTICA. Segue-se a ela a estratopausa (30 a 40 km).: plantas que tiveram folhas modificadas em folíolo (subdivisão de folha composta). originando partículas secundárias. por exemplo. de forma contínua. acima da troposfera. com maior disponibilidade de nutrientes e menor competição. o mesmo que etnografia). (Ver PERFIL DO SOLO) ESTUÁRIO Ecossistema representado pela comunicação de um rio com o mar (flúvio-marinho). que se constituem nas suas unidades ou pedons. o estresse (do inglês “stress”) é geralmente interpretado como uma pressão. (Ver DISTÚRBIO) ESTRUTURAS ANÁLOGAS e ESTRUTURAS HOMÓLOGAS As estruturas análogas são órgãos de origens evolutivas diferentes.: a variedade de estruturas das plantas trepadeiras (folhas. gavinhas. estípulas (geralmente duas pequenas projeções laminares na base de pecíolo). povo. etnoecologia (estudo da relação das raças humanas ou etnias ou 102 . numa população em determinada condição ambiental. adotam respectivamente.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ESTRATEGISTAS K e r Denominam-se estrategistas. nação”. com tendência a ser prolongada. As letras K e r provêm da “equação logística” onde. pecíolo. Em alguns ambientes a alternância desses dois tipos de estrategistas é uma ocorrência natural. etnobotânica (estudo do uso das plantas pelas distintas raças humanas). Exemplos: etnologia (estudo do caráter. de 15 a 30 km. entre as pioneiras que iniciam a sucessão ecológica num local inóspito. Apresenta propriedades inerentes aos sistemas dulciaqüícola e marinho. Ex. e SELEÇÃO K) ESTRATOSFERA Porção da atmosfera da Terra. peciólulo (pecíolo do folíolo das folhas compostas). constituindo assim um ambiente relativamente complexo. gerando resposta dos seus componentes bióticos diferenciada da resposta ao distúrbio. Na figura que segue está representado um lago eutrófico com seus diversos habitats: 103 . euriécio ou euritópico (relativo à seleção de habitat ou adaptação). (Ver ESTENO) EURIFÁGICO EURIFÁGICO = PLEÓFAGO = PLEOTRÓFICO = PLURÍVORO = POLÍFAGO = POLITRÓFICO Que se alimenta de uma grande variedade de tipos de alimento. mais conhecida como entremarés. Segundo RICKLEFS (2007) este grau de sociabilidade caracteriza-se por (i) diversos adultos vivendo juntos em grupos. “eu-” Prefixo de origem graga que se refere à “bem. Na organização de sociedades dos insetos. “-etum” (Ver ASSOCIAÇÃO VEGETAL) EUCARIOTO Organismo cuja célula tem seu material genético num núcleo individualizado. com a presença de “castas”. No caso de térmitas. com alta produtividade primária. e DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) EULITORAL Subregião do litoral submetida aos distúrbios (movimentos) das ondas do mar. o mesmo que ecologia humana). Fala-se então em: euribático (relativo à pressão. (Ver DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) EUFÓTICO (Ver ZONA EUFÓTICA) “EUKARYA” (Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL. Dá-se também este nome à zona de margem de um lago. e (iv) dominância reprodutiva por um ou uns poucos indivíduos. com exceção dos procariotos. a colônia é conduzida por um par (rei e rainha) que produzem os “operários” por reprodução sexuada. com o ambiente em que vivem. de fácil execução” e significados similares.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS seus agrupamentos. euritérmico (relativo à temperatura). eurihígrico (relativo à umidade do ar). EUSSOCIABILIDADE (ou EUSSOCIALIDADE) Termo ainda não consagrado na língua portuguesa. abelhas e vespas (Hymenoptera). situada entre os níveis mais elevados e mais baixos da água. (Ver “euri-”) EUTRÓFICO. pais e filhos vivendo juntos. e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) “euri-” Prefixo de origem grega usado para expressar o “amplo” grau de tolerância (ou de utilização de recurso) de um ser vivo. (iii) cooperação na construção de ninhos e cuidados com a prole. isto é. a(s) “rainha(s)”. eurifágico (relativo a alimento). todos significando uma ampla tolerância às respectivas características ambientais citadas. da profundidade de água). LAGO Lago rico em nutrientes. como o são todos os seres vivos. bem feito. ETNOECOLOGIA (Ver ECOLOGIA HUMANA) ETOLOGIA Estudo do comportamento (animal) ou das reações e conduta do organismo em relação ao ambiente em que vive. (Ver ESTIRÂNCIO. referente ao comportamento (ou “instinto”) social de animais como os térmitas (cupins) (Isoptera) e formigas. eurihalino (relativo à salinidade). há dominância de uma ou poucas fêmeas poedoras de ovos. provido de membrana nuclear. eurihídrico (relativo à água). Como exemplo ver EUTRÓFICO e EUTROFIZAÇÃO. (ii) com gerações em superposição. em seus movimentos estacionais. orgânicos e inorgânicos. etnozoologia (estudo do uso dos animais pelas raças humanas). em quantidade e velocidade que não pode ser assimilada e reciclada. 104 . como em decorrência de uso em excesso de fertilizantes nas áreas agricultáveis circunvizinhas. e PRECIPITAÇÃO PLUVIAL) “EVERGLADES” (FLORIDA) (Ver EFEITO BUMERANGUE) EVITAÇÃO (ou ESCAPE) DA COMPETIÇÃO EVOLUTIVA (Ver FANTASMA DA COMPETIÇÃO PASSADA) EVOLUÇÃO (Ver DARWINISMO. de maneira natural. LAGO. EVAPORÍMETRO DE) EVAPOTRANSPIRAÇÃO Somatória da perda de água de um ecossistema pelos processos de evaporação (das superfícies de água e solo) e de transpiração (das plantas principalmente e animais). em inglês) que é um grau de “refinamento” com que uma medida é feita. Este material orgânico poderá derivar diretamente de detritos atirados pelo homem (detritos industriais.4 mas não implica que seja “mais exata”. um grau com que se mede uma quantidade de maneira próxima ao valor verdadeiro que está sendo medido. a média do déficit de pressão de vapor no ar. e OLIGOTRÓFICO. dejetos e lixos etc) ou indiretamente de erosão do solo. excreção ou sudação. Ex. considerando-se a radiação prevalecente. causando assim o seu acúmulo que poderá ser deletério para o ecossistema. A figura representada no termo ESCOAMENTO. Como conseqüência da eutrofização ocorre freqüentemente grande proliferação de algas. A evapotranspiração potencial é um índice da taxa máxima teórica na qual a água poderá evaporar para a atmosfera (dada em mm/ano). EVAPORAÇÃO (POTENCIAL) A evaporação representa a passagem da água do estado líquido para o gasoso. É um dos componentes do rejeito.43 é uma medida “mais precisa” do que 3. pelo homem. e NEO-DARWINISMO) EXATIDÃO (e PRECISÃO) A exatidão (correspondendo ao “accuracy” da língua inglesa) é.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Habitat pelagial Epilimnio Litoral Metalimnio Hipolimnio Habitat bental Profundal Sedimento (lodo) (Ver AUTOTRÓFICO. sob a ação da temperatura e na dependência do estado de saturação do ar (sua umidade relativa). geralmente dominada por uma só espécie. LAGO. DISTRÓFICO. aumentada pelo homem. (Ver PRECIPITAÇÃO PLUVIAL) EVAPORÍMETRO DE PICHE (Ver PICHE. (Ver ESCOAMENTO.: o valor 3. a velocidade do vento e a temperatura. ou ainda. de matéria orgânica em ambientes aquáticos naturais. em área (mm ou cm) por tempo (dia). LAGO) EUTROFIZAÇÃO Introdução. tanto em estatística como no uso de aparelhos de medição. Difere de precisão (“precision”. No processo do metabolismo é o mesmo que catabólito. EXCLUSÃO COMPETITIVA (Ver PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO COMPETITIVA) EXCRETA Em ecologia energética é a parte da energia assimilada que é removida do corpo como secreção. mostra a proporção da evapotranspiração em relação a outros processos relacionados ao fator ecológico água. de origem astronômica. Os eventos cataclísmicos podem também ter sido vários. através de explotação direta da população desse organismo ou. que se alimenta da seiva de cupiúba (Tapirira guianensis).) EXPANSÃO DE HABITAT (Ver LIBERAÇÃO ECOLÓGICA) EXPECTATIVA DE VIDA Período de tempo médio que se espera um organismo sobreviver. 105 . ou seja. principalmente microrganismo. comuns a todas as extinções. (Ver ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO) EXPLOSÃO NA DENSIDADE DE POPULAÇÕES (Ver “BLOOM”) EXPLOTAÇÃO Termo que significa. (Ver ENDOGAMIA. teria causado a destruição da vida nos oceanos. De qualquer forma. do impacto de um asteróide. enriquecendo portanto. EXSUDATÍVORO Tradução literal do inglês “exudativore” / “exudativorous” (a primeira forma é substantivo e a segunda é adjetivo). A hipótese muito defendida. que vive sob condições ambientais extremas. Muitos pesquisadores acreditam que tenham ocorrido eventos cataclísmicos. EGESTA. resfriamento. por destruição de seu habitat. África) afastam-se do seu grupo (ou subpopulação). como mudanças no nível dos oceanos e na temperatura. a do abundante xisto pirítico laminado (rico em carbono orgânico) aliado à anoxia oceânica (carência em O2 dissolvido). O termo promiscuidade é usado por alguns autores para definir esta condição. indiretamente. Este comportamento é tido como muito importante à heterozigosidade. e radiação cósmica. para cruzarem com machos de outros grupos.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver CATABOLISMO. ou tendências graduais. dentro do padrão do seu ciclo de vida. como por exemplo: intensa atividade vulcânica. Outros acham que cada evento de extinção foi único em si. ao longo dos vários períodos geológicos de tempo. é preciso admitir-se que nem todos os grupos foram afetados da mesma maneira pelas várias formas de extinção ocorridas. flutuações nos níveis de O2 e CO2. e FLUXO GÊNICO) EXORREICA (Ver REGIÃO ARREICA / ENDO . O sagüi. impedindo a fotossíntese. de que fêmeas de chimpanzés (floresta de Taï. EXSUDATO Líquido. Outra hipótese... é importante para os simbiontes e os organismos que vivem na rizosfera. à noite. impossibilitando a penetração da radiação solar. e REJEITO) EXOCRINO (Ver ECTOCRINO) EXOCRUZAMENTO EXOCRUZAMENTO = ALOGAMIA = ACASALAMENTO ou COPULAÇÃO EXTRA-PAR Acasalamento de indivíduos de uma população com membros de outra ou outras populações. contendo substâncias produzidas por um organismo e liberado para o meio externo. e TAXA DE EXTINÇÃO) EXTINÇÃO EM MASSA Refere-se esta expressão à periodicidade de desaparecimento da vida na Terra. como nas fontes hidrotermais ou poças hipersalinas ou ricas em enxofre. (Ver AMEAÇADO DE EXTINÇÃO. por exemplo. POLIGAMIA. ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO. Costa do Marfim. Há observações. exploração de recursos naturais. que se alimenta de gomas (resinas) e outros exsudatos vegetais (de árvores.. Estas são possíveis causas das crises ocorridas nos períodos Permiano-Triássico. salinidade ou nutrientes. além de herbívoro e frugívoro pode também ser denominado de exsudatívoro. / EXO . EXTINÇÃO ANTROPOGÊNICA Extinção de uma espécie (de organismo animal ou vegetal) causada por atividades humanas. teria causado grande concentração de irídio (metal muito denso e quebradiço) na atmosfera. principalmente).. por exemplo. implicitamente. O exsudato das raízes. impacto de corpo celeste sobre a Terra. em que um par duradouro é impedido de se formar no acasalamento. o patrimônio genético da espécie e aumentando suas chances de reagir às possíveis variações ambientais indesejáveis. (Ver TEMPO GEOLÓGICO) EXTRATIVISTA (Ver RESERVA EXTRATIVISTA) EXTREMÓFILO (ou EXTREMOFÍLICO) Diz-se do organismo. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 106 . (Ver BARREIRAS (SÉRIE ou FORMAÇÃO)) 107 . em dicionário). em João Pessoa. e “-voria”) FAGO Refere-se a um virus que usualmente infecta e destrói bactéria. porém menos do que o número total de espécies dominantes. preferencialmente em certos casos. e FITOFISIONOMIA) FACILITAÇÃO (EM SUCESSÃO) (Ver SUCESSÃO AUTOGÊNICA) “–fagia” (“–fago”) Sufixo de origem grega. rizófago (que se alimenta de raiz). é usado de maneira ampla. hematófago (que se alimenta de sangue). ficando inativo porém alerta.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS F FACIAÇÃO Uma categoria na classificação de uma vegetação. (Ver BACTERÍVORO) FAGÓTROFO (Ver MACROCONSUMIDOR) “FAIXA DE AQUECIMENTO AO SOL” Seria uma tradução literal da expressão em inglês “basking range” . Um termo mais comum e talvez mais apropriado para designar a aparência de uma comunidade vegetal é fitofisionomia. A foto ao lado (de Breno Grisi. carpófago (que se alimenta de fruto). como por exemplo: antropófago (que se alimenta de carne humana). Na ponta do Cabo Branco. Alguns fagos têm se mostrado úteis como vetores para a transferência de informação genética entre células. sendo homólogo de “–voria” (e “–voro”). FALÉSIA Termo geralmente utilizado para designar as formas abruptas ou escarpadas de relevo litorâneo. população ou comunidade. alimentar-se de”. e muitos outros (ver “–fago”. há falésia típica (formação Barreiras) próximo ao ponto mais oriental do Brasil. por causa de diferenças locais nas condições climáticas. É considerado também como uma categoria na classificação de uma vegetação. em João Pessoa. uma subdivisão de uma associação que tem mais de uma. ou seja. Em muitos outros casos usa-se o sufixo latino “-voria”. (Ver FAGO. aplicado para designar a ação de “comer. o pontal dos Seixas. (Ver FACIES) FACIES Aparência geral de um indivíduo. tirada em abril de 2004). significando a faixa de temperatura em que um réptil se expõe à luz direta do sol. mostra a ponta do Cabo Branco na praia do mesmo nome. (Ver FACIAÇÃO. Um fator intrínseco (expressão pouco usada). Pode-se dizer. dá-se a denominação de “fator edáfico”). Aos fatores “externos” ao organismo sobre o qual atuam (fatores físicos e químicos do ambiente. que pode atuar ou influenciar positiva ou negativamente um ser vivo no seu habitat. 108 . (Ver FATOR FUNDAMENTAL) FATOR INTRÍNSECO (Ver FATOR ECOLÓGICO) FATOR LIMITANTE Fator ambiental (físico. sendo calculado como uma relação da concentração desse composto nos organismos. (Ver FATOR IMEDIATO) FATOR IMEDIATO Assim traduzido do inglês (“proximate factor”) como sendo um fator ambiental que age como um estímulo imediato a uma atividade biológica periódica. são aqueles que atuam fortemente sobre as taxas de natalidade e mortalidade. que a água é o fator limitante ao desenvolvimento da caatinga. As funções da célula microbiana nesta fase podem continuar. FATOR EXTRÍNSECO (Ver FATOR ECOLÓGICO) FATOR FUNDAMENTAL Traduzido do inglês (“ultimate factor”) como sendo um fator ambiental ao qual o tempo adequado de um evento biológico está basicamente associado. população ou comunidade. furacões etc.Connell (em 1980) desejando referir-se à “evitação (ou escape) da competição evolutiva” em que uma diferenciação de nicho pode resultar não de competição atual. A fase log ou fase de crescimento exponencial. geralmente ocorre pouco ou nenhum crescimento de uma população. e CRESCIMENTO LINEAR) FASE “LAG” e FASE “LOG” DE CRESCIMENTO A fase lag é o período no qual. Entre os diversos tipos de fatores. ventos. radiação. ou seja. Alguns autores usam a sigla em inglês: “BCF – bioconcentration factor”. de origem biótica ou abiótica. distribuição ou morfologia das espécies. mas sim de escape de uma situação de competição ocorrida no passado. (Ver CRESCIMENTO EXPONENCIAL) FATOR CHAVE (Ver ANÁLISE DO FATOR CHAVE) FATOR DE BIOCONCENTRAÇÃO Usado por alguns autores como uma medida do grau de concentração de um composto na biomassa de organismos aquáticos. químico ou biológico) que limita o crescimento ou a reprodução de um indivíduo. FATORES “DEPENDENTE” e “INDEPENDENTE” DA DENSIDADE Referem-se os fatores dependentes da densidade àqueles (fatores ecológicos) cujos efeitos aumentam com o aumento da densidade de população. FASE ESTACIONÁRIA DE CRESCIMENTO Termo geralmente utilizado para microrganismos. além de predadores. podendo assim tornarem-se os “controladores” que influenciam na taxa de crescimento dessa população. químicas e biológicas do solo que influenciam sobre a biota local. FATOR ECOLÓGICO Agente. com seu metabolismo energético e processos de síntese. CRESCIMENTO EXPONENCIAL. são de grande importância os fatores limitantes ao suprimento de alimento e de habitats. parasitas e doenças onde seus efeitos são sentidos mais fortemente em populações mais adensadas do que em populações dispersas (ver também: DEPENDÊNCIA (ou DEPENDENTE) DA DENSIDADE.H. assim como também os eventos catastróficos. por exemplo. como por exemplo os fatores abióticos temperatura. Os fatores independentes da densidade. como incêndio. (Ver CRESCIMENTO CRÍPTICO. e outros organismos) dá-se a denominação de fatores extrínsecos (OBS. às propriedades físicas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS FALSA CAMPINA (Ver CAMPINARANA) FANTASMA DA COMPETIÇÃO PASSADA Expressão cunhada por J. refere-se aos inerentes à constituição biológica e/ou populacional do organismo. São como que “marcas” deixadas no comportamento. não ocorre aumento em número de indivíduos.: como exemplo. independentemente do número de indivíduos da população. para sua concentração na água. em que uma população “pára de crescer”. é o período máximo de crescimento de uma população. eles não regulam o tamanho dessa população. Embora of fatores independentes da densidade possam influenciar na taxa de crescimento exponencial de uma população. tais como o crescimento. desenvolvimento e reprodução de um organismo. frutos. anatômica.. Os feromônios são utilizados como sinais de alarme. (Ver ALELOQUÍMICOS. processo este acoplado à transferência de energia química para a formação de ATP (adenosina trifosfato). há observações de que as populações de zooplâncton também aumentam. a seguinte reação ocorre: C6H12O6 → 2CO2 + 2C2H5OH gás carbônico etanol FEROMÔNIO FEROMÔNIO = ALOMÔNIO É um dos produtos semioquímicos secretado por um indivíduo de determinada espécie para influenciar uma resposta fisiológica ou comportamental em outro(s) indivíduo(s). não havendo diferença como a que existe entre vegetação e flora. Na fermentação da glicose. geralmente em relação às estações do ano. onde um composto orgânico atua como aceptor de eletron (oxidante). Na verdade. Experimentos realizados por J. em 1993 no Pacífico. (Ver LEI DO MÍNIMO) FAUNA Este termo refere-se ao conjunto de entidades animais que vivem numa certa área. assim como sobre a maturação de frutos. FERMENTAÇÃO Processo também anaeróbio.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS O ferro nos ecossistemas marinhos tem sido apontado como fator limitante da produtividade. e SILICATOS) FERRALITO (Ver LATOLIZAÇÃO) FERRO (NOS ECOSSISTEMAS MARINHOS) (Ver FATOR LIMITANTE) FERTILIDADE Biologicamente usa-se o termo “fértil”para indicar a capacidade de produzir descendentes (filhotes. triplicaram. (Ver GENÓTIPO) FERAL Organismo ou população cujo patrimônio genético esteve por certo tempo sob regime seletivo artificial (quando sob condição domesticada ou de cativeiro) e que presentemente se encontra sob influências seletivas de ambiente natural. fisiológica ou bioquímica que resulta da interação do genótipo de um organismo e seu ambiente. o teor de gás carbônico na água se renova proporcionalmente pela respiração. Ele diz respeito indistintamente. FENÓTIPO Uma característica visível ou mensurável de origem morfológica. nas costas da América do Sul. flores e frutos. servindo os compostos orgânicos tanto como doadores de eletrons (oxidando-se) quanto como aceptores de eletrons (reduzindo-se). As interações entre diferentes espécies são enquadradas na aleloquímica. sendo então seus sinônimos “fecundo” e “profícuo”. e ANTIBIOSE) FERRALITIZAÇÃO (Ver LATOLIZAÇÃO. mostraram que numa área de 64 km2 fertilizada com 450 kg de ferro solúvel (resultando num acréscimo de ferro 100 vezes superior ao natural). atrativos sexuais. pólens . Este resultado animou os adeptos do uso deste processo para aumentar a quantidade de fixadores de gás carbônico nos oceanos. medidas pelo teor de clorofila nas águas de superfície. Martin. caducifolia etc. ou como marcadores de trilhas. FBN − FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO (Ver FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO) “FEEDBACK” (Ver RETROALIMENTAÇÃO) FEMTOPLÂNCTON (Ver APÊNDICE V − PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) FENOLOGIA Estudo de eventos biológicos periódicos. à distribuição ecológica dos animais e à lista taxonômica dos mesmos. reconhecimento de sinais e localização. como conseqüência.)..H. a fermentação é um processo metabólico em que a glicose (açúcar com seis átomos de carbono) é desintegrado em ácido orgânico (ácido pirúvico ou sua forma ionizada. No entanto. Um estudo fenológico de plantas pode ser feito a partir de observações sobre o lançamento (ou emissão) de folhas. por indivíduos da mesma espécie. piruvato) com três átomos de carbono. ALELOPATIA. e assim. por exemplo. dentro de poucos dias as populações de fitoplâncton. 109 . fósforo e potássio). Alguns termos de entrada com estes prefixos são apresentados neste glossário. têm sido usadas para purificar água residuária contendo tais elementos. Nos estudos sobre solo os pedólogos / edafólogos chamam de “fertilidade” a capacidade de um solo ter condições nutricionais e estruturais que lhe permitam ser produtivo. seixo. usa-se o termo Filo (de origem latina. FILOGENÉTICO Relativo à história evolutiva de um determinado grupo taxonômico. “fico–” Prefixo de origem grega significando “alga”. (Ver SOLO FÉRTIL) FERTILIZANTE Composto químico adicionado ao solo com o propósito de enriquecê-lo. o estudo das algas.. Algumas bactérias. Alguns autores referem-se à zona de interação das folhas com a atmosfera. na proporção 20 : 10 : 5. entomofilia. pedra britada ou outro meio que permita a proliferação de microrganismos capazes de “fixar” certos poluentes ou partículas indesejáveis que comprometam a boa qualidade da água. justifica o uso deste termo.). A presença de nutrientes na água de irrigação. O sufixo “-filo” é usado para indicar afinidade de um organismo. tais como anemofilia (polinização pelo vento). alguns chamam de “fertilidade”. phyllum no singular e phylla no plural) referindo-se à principal subdivisão de Reino. a performance reprodutiva real de um organismo ou população que é medidada como o número real de descendentes viáveis produzidos por unidade de tempo. que. pelas aves. por determinada característica. FICOBIONTE No líquen ocorre um mutualismo entre um ficobionte (uma alga) e um micobionte (um fungo). compreendendo um conjunto de Classes afins. por exemplo. Além disso. ou ainda referem-se ao microhabitat de uma folha. Na divisão taxionômica (ou taxonômica) ou sistemática. que gosta. resistentes por exemplo. FICÓFAGO Que se alimenta de algas. que vive bem em”. Ficologia ou algologia é portanto. Uma formulação muito comum aplicada aos solos é o NPK (nitrogênio. é uma “taxa de natalidade”. garante conter 20% de N. 110 . quando no caso dos animais. hidrofilia (pela água) e. Outros exemplos: halófilo (que vive em ambiente salino). (Ver MICÓFAGO) FIDELIDADE (ou GRAU DE FIDELIDADE) (Ver GRAU DE FIDELIDADE) “-filia” / “-filo” Sufixo de origem grega que significa “amigo. (Ver ADUBAÇÃO ORGÂNICA) FERTILIZANTE ORGÂNICO (Ver ADUBAÇÃO ORGÂNICA) FERTIRRIGAÇÃO Processo em que se aplica fertilizante na água utilizada para irrigação.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Em ecologia alguns autores o usam para indicar a capacidade de um habitat (local ou sítio) para sustentar uma produção de biomassa. (Ver RIZOSFERA) FILTRO BIOLÓGICO Dispositivo colocado em sistema aquático. ou seja. É utilizado para designar as várias formas de polinização dos vegetais. (Ver “-fóbico” / “fobo-”) FILO (Ver “-filia” / “-filo”) FILOGÊNESE (FILOGENIA) História evolutiva e linha de descendência de um taxon. (Ver ONTOGENÉTICO) FILOSFERA Diz-se da “esfera de influência das folhas” de uma planta. em termos de nutrientes para a planta. psamófilo (que prefere viver em local arenoso). como ocorre com o uso da vinhaça no plantio de cana-de-açúcar.. a metais pesados (do gênero Bacillus). por designações específicas (ornitofilia. pelos insetos . geralmente feito de cascalho. ou preferência. 10% de ácido fosfórico (P2O5) disponível e 5% de potássio hidrossolúvel (K2O). plantas superiores). desenvolvimento. quando se deseja referir-se à comunidade vegetal. FITOALEXINA Composto químico produzido por plantas em resposta a uma infecção e que impede crescimento posterior do patógeno. o animal é denominado de macrofitófago. A física da terra (ou geofísica) e a física do clima (radiação. etc. Se a planta for de grande tamanho (como a maioria das fanerógamas. em relação aos outros componentes da população. em termos de seus estratos vegetativos. em deixar descendência viável. ele não possui uma natalidade e uma mortalidade rigorosamente definidas. ou o seu “fitness” reprodutivo. FITOCENOSE FITOCENOSE = COMUNIDADE VEGETAL) Termo que em ecologia vegetal é usado quando se deseja se referir a todos os estratos ou sinúsias que se superpõem numa vegetação. o animal é denominado de microfitófago. ou seja. (Ver COMUNIDADE) FITOGEOGRAFIA (Ver BIOGEOGRAFIA) FITOMASSA FITOMASSA = PRODUTO EM PÉ (“STANDING CROP”) DOS VEGETAIS É a biomassa dos vegetais (ou produtores primários). (Ver SINÚSIA) FITOGEOCENOSE Refere-se à comunidade vegetal e o seu ambiente físico-químico e climático. refere-se à estruturação do ecossistema. ou seja. (Ver BIOMASSA) FITOPLÂNCTON (Ver APÊNDICE V – PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) FITORREMEDIAÇÃO Uso de plantas que são capazes de acumular metais tóxicos (geralmente metais pesados) para descontaminar solos poluídos. ou simplesmente. (Ver ZOÓFAGO) FITOFISIONOMIA (DE UMA VEGETAÇÃO) Refere-se à aparência de um certo tipo de vegetação. FISIOGRÁFICO (FISIOGRAFIA) Referente (ou que trata) das caracteríesticas geográficas da superfície da Terra. independentemente de sua composição taxonômica. diz respeito ao seu potencial genotípico. FITOSSOCIOLOGIA FITOSSOCIOLOGIA = SOCIOLOGIA DE PLANTA (ou VEGETAL) Estudo da vegetação.). que é uma qualidade inata ou adquirida para exercer determinada atividade. por exemplo. provêem conhecimentos fundamentais à compreensão dos processos ecológicos. Se a planta for de pequeno tamanho (como a maioria das criptógamas. é uma espécie de probabilidade em deixar descendente ao longo de grandes períodos de tempo. em que se incluem organização. distribuição geográfica e classificação (tipos) de comunidades vegetais. Ver valores de fitomassa de diversos tipos de ecossistemas no verbete PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA. plantas inferiores). FISIONOMIA DE UMA VEGETAÇÃO (Ver FITOFISIONOMIA (DE UMA VEGETAÇÃO)) “FITNESS” O “fitness” (palavra ainda sem equivalente preciso em português) de um organismo. Embora um indivíduo nasça e morra dentro de um certo “padrão” da população à qual pertence.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS FÍSICA AMBIENTAL Utilização dos conhecimentos de física no estudo e compreensão da estrutura e principalmente dos processos físicos que ocorrem nos ambientes naturais. temperatura. interdependência (entre seus componentes vegetais). FITOECOLOGIA (Ver ECOLOGIA VEGETAL) FITÓFAGO Animal que se alimenta de plantas. umidade. sendo campo de grande interesse da ecologia. movimento do ar e da água. geralmente sugando sua seiva. FITOTELMOS FITOTELMOS = FITOTELMATA 111 . Alguns autores admitem que o termo equivalente em português seja “aptidão”. com característica interessante. “andar em bando” como resultado de atração social entre indivíduos. como nas bainhas das folhas de bromeliáceas e de outras plantas similares. atingindo também RS. em inglês. Entre as bactérias há as do gênero Azotobacter. que nodulam raiz e caule de sesbânia (planta da África). da ordem Fabales) florestais brasileiras: Caesalpinioideae (22) Mimosoideae (73) Papilionoideae) (67). mostram as porcentagens de espécies nodulíferas de leguminosas (subfamílias da família Fabaceae ou Leguminosae. As fotos que seguem mostram. Entre as que vivem nos nódulos e caule. As enzimas nitrogenase e hidrogenase são fundamentais à FBN. e na seqüência inferior acículos e cones (à esquerda) e a gralha azul (à direita). pássaro que se alimenta dos cones e por isso são considerados por alguns como disseminadores da planta. atualmente. cerca de 2% dessa área. Cianobactérias como as do gênero Anabaena.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Referem-se aos microhabitats aquáticos. (Ver VEGETAÇÃO) FLORESTA ACICULIFOLIADA FLORESTA ACICULIFOLIADA = MATA (ou FLORESTA) DE ARAUCÁRIA É um ecossistema típico do sul do Brasil. por exemplo) ou no próprio caule e que são capazes de fixar o N2 atmosférico. FLOCULAÇÃO Processo que conduz à formação de agregados (flocos ou floculados) em suspensão num líquido. alguns autores usam este termo. 112 . na sua maioria. Há algumas bactérias que nodulam no caule de Aeschynomene indica (planta de solos alagados. Clostridium e outras. além de fixadora de N2 é fotossintetizante. Dos 20 milhões de hectares originalmente cobertos pela Floresta de Araucária. que fixam N2 atmosférico e que vivem livre no solo ou na água (nãosimbiontes). Fala-se também em dendrotelmatobiontes como organismos que vivem nos ocos de troncos. segundo SIQUEIRA et al. (1994). cujo gênero também ocorre no pantanal matogrossense). restam. Os dados que seguem. quando se referem aos pássaros. Beijerinckia. (Ver FLOTAÇÃO) FLORA Este termo refere-se ao conjunto de entidades vegetais taxonômicas que se encontram numa certa área. em simbiose com a pteridófita Azolla sp vêm sendo utilizadas como adubo verde em cultivo de arroz. mais especificamente do Paraná. FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO − FBN Processo biológico efetuado por bactérias (como as dos gêneros Rhizobium e Bradyrhizobium) que vivem. com folhas em forma de agulha (acículo). em simbiose com raízes de plantas ou que vivem nos nódulos de colmos de certas plantas (cana-de-açúcar. assim denominado pela árvore predominante. FLAVONÓIDES (Ver DEFESA QUÍMICA) “FLOCKING” Em inglês significa literalmente. Particularmente no estado do Paraná. de acumulação de água em certas plantas. as serrarias e o uso industrial foram as principais responsáveis pelo desmatamento. o pinheiro-do-Paraná ou Araucaria angustifolia. SC e SP. podemos citar a Acetobacter diazotrophicus (da cana-de-açúcar) e Azorhizobium caulinodans. (Ver FIXADORES DE NITROGÊNIO (DE VIDA LIVRE)) FIXADORES DE NITROGÊNIO (DE VIDA LIVRE) Bactérias e cianobactérias. na seqüência superior: remanescentes de araucárias (à esquerda) e corte ilegal de pinheiros (à direita). para uma área do bioma amazônico de 4.03%).63%).10%). com grandes diversidade florística e fitomassa. 2.br). Refúgios montanos (0. Florestas ombrófilas densas (53. por satélite.401 km2.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Obs.07%).105..93%). 5. 3. Publicação recente sobre biodiversidade (ver CAPOBIANCO et al.: fotos do site do IPEF – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (www.48%). 23 ecorregiões na amazônia brasileira. Savanas (6. na BIBLIOGRAFIA utilizada para o glossário). 7. 4. 2001. paisagem típica da floresta amazônica: FLORESTA BOREAL (Ver TAIGA) FLORESTA DE CONÍFERAS DO NORTE (Ver TAIGA) FLORESTA DE GALERIA (Ver MATA CILIAR) FLORESTA LATIFOLIADA EQUATORIAL (Ver FLORESTA AMAZÔNICA) 113 . As classes de vegetação relacionadas nessa publicação e seus respectivos percentuais de área são: 1.wikipedia. da foz do rio Amazonas e a da direita.67%). Formações pioneiras (florestas inundadas) (1. 8. Florestas estacionais (4. Florestas ombrófilas abertas (25.87%).com) visão. Campinaranas (4. Formações secundárias (1. As fotos abaixo mostram: a da esquerda (do site www.ipef. relaciona. FLORESTA AMAZÔNICA FLORESTA AMAZÔNICA = FLORESTA LATIFOLIADA EQUATORIAL A floresta amazônica é uma região constituída por grandes extensões de florestas densas. 6. coberto por espessa camada de humus. estendendo-se por 160 km em direção nordeste.A. Tem-se atribuído à chuva ácida boa parte da destruição dessa floresta. assim como no sul do Chile. indo da região nordeste ao sul do Brasil. Ocupa uma área de cerca de 6. utilizando-se para isso aeração ou aplicação de gás ou produto químico ou alta temperatura e também às vezes.U. fam. fam. tendendo à acidez. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. O solo. Pinaceae e seqüóias (“redwood”. propiciando o aparecimento de floresta perenifólia com árvores muito altas. na região costeira na direção sul. espécies do gên. Sequoia. condicionada às normas. Taxodiaceae. ocorre na América do Norte principalmente no leste dos Estados Unidos e sul do Canadá. noroeste do estado de Washington.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS FLORESTA LATIFOLIADA TROPICAL Este ecossistema é um subtipo de floresta tropical com árvores de 25 a 30 m de altura. Vegetação típica deste tipo. enquanto a maior parte de sua extensão é coberta por pinheiros (que lhe comunicam a aparência interna escura. no Parque Nacional Olympic. podzolizado.000 km2. um pouco mais para o interior em relação à mata atlântica. cedro branco. (Ver FLORESTA LATIFOLIADA TROPICAL) FLORESTAS TEMPERADAS: ESTACIONAL E PLUVIAL Floresta estacional temperada: também conhecida como temperada decídua. Na América do Norte. nos E. possibilitando assim a remoção de partículas indesejáveis junto com a escuma.200 m de altitude. com chuvas abundantes de inverno e verões com nevoeiro. HEINRICH)) FLOTAÇÃO Processo em que matéria orgânica é elevada à superfície. (Ver “WALDSTERBEN”) FLORESTA PLUVIAL TROPICAL PERENIFÓLIA SUL-BAIANA Também conhecida como “floresta latifoliada tropical”. Pseudotsuga. indo até os 1. (Ver ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER. seis espécies de coníferas perenifólias do gên. No hemisfério sul restringe-se à Nova Zelândia e sul do Chile. Fagus. entre outras. Gallesia gorarema. ao passo que nas menores latitudes (mais próximo do equador) ela chega aos 180 dias. fam. Nova Zelândia e Tasmânia. Euterpe edulis. por alguns autores. em inglês). com faia (“beech”. A existência de populações humanas tradicionais é admitida desde que ali habitassem quando de sua criação. Aspidosperma sp. Acer. em inglês) (gên. Floresta pluvial temperada: ocorre em clima temperado mais quente. como o próximo à costa no noroeste da América do Norte. E. com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. Corylaceae) e bordo (“maple”. no sudoeste da Alemanha. na forma de escuma (ou espuma). microrganismos. Cedrela fissilis. A visitação é permitida. A foto ao lado ilustra um trecho desta floresta úmida. Nessa floresta ainda ocorrem o pau d’alho. fam. recebe bastante água (a precipitação excede a evaporação e a transpiração). provindo daí sua denominação). peroba. onde ficam as nascentes dos rios Danúbio e Neckar. e o palmito. Aceraceae) ocorre no estado de Nova York.A. Árvores de carvalho e bétula ocupam os declives mais baixos. além de se distribuir amplamente na Europa e leste da Ásia. ocorrem abetos (“Douglas fir”. 114 . FLORESTA LATIFOLIADA TROPICAL ÚMIDA DA ENCOSTA (Ver MATA ATLÂNTICA) FLORESTA NACIONAL Área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica. em inglês). Nas maiores latitudes a estação de crescimento alcança os 130 dias.U. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) FLORESTA NEGRA Floresta situada em região montanhosa. em inglês) (gên. .1. O trajeto dessa energia é unidirecional. higrofóbico. energia (kcal.. FLUVIOMARINHO Habitante do (ou relativo a) rio e mar. de 12/02/1998). diz-se que ele é -fóbico. sendo parte refletida.. FLUXO DE ENERGIA Refere-se à radiação solar que atinge a superfície terrestre.1500(EA).dia-1): 3000(EI).0. termofóbico (não 115 .GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS FLUORCARBONO (Ver CFC) FLUTUAÇÕES DA POPULAÇÃO Variações. o FNMA tem por missão contribuir como agente financiador e por meio da participação social.605...797 de 10/07/1989. no tamanho de uma população. Seu Conselho Deliberativo é composto de organizações não-governamentais (ONGs) que atuam na área de meio ambiente. (não tolera umidade). para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente.3(PS2) EE-entrada de energia PPB-produtividade primária bruta PPL-produtividade primária líquida R-respiração EÑU-energia não usada (armazenada) EÑA-energia não assimilada (excretada) A-assimilação PS1-“produtividade” secundária PS2-“produtividade” secundária EI-energia incidente EA-energia absorvida FLUXO GÊNICO Mudança na freqüência dos alelos.m-2. 1971): HERBÍVOROS PRODUTORES PRIMÁRIOS Energia total EE PPB EÑU EÑA PPL Calor EÑU EÑA PS1 A Energia refletida CARNÍVOROS R PS2 A A R R Transferência de. ao longo do tempo. empréstimos com o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento e de recursos oriundos de multas aplicadas através da Lei de Crimes Ambientais (Lei no 9. em contraste com o trajeto cíclico da matéria (ver ilustração que segue. parte dissipada e parte sendo absorvida pelos produtores primários que a transformarão em energia química e a armazenarão...15(PPL). (Ver EXOCRUZAMENTO) FNMA – FUNDO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Criado pela Lei no 7. segundo ODUM. resultante de cruzamentos por emigração e imigração de membros de uma espécie. “-fóbico” / “fobo-” Quando um organismo é “intolerante” a algo ou algum fator ou carece de afinidade.. Ex.: fotofóbico (que não tolera a luz).5(PS1). Seus recursos provêm do Tesouro Nacional. ao componente ambiental de onde se origina um nutriente (ou elemento químico participante da biogeociclagem) e ao componente que absorve ou fixa tal nutriente (tirando-o momentaneamente do processo de ciclagem). ECOLOGICAL” (Ver PEGADA ECOLÓGICA) FORÇA DE CORIOLIS Uma força deflectora resultante da rotação da Terra e que causa a um corpo de água ou de ar a deflexionar para a direita no hemisfério norte e para a esquerda no hemisfério sul. fixado. Terr. Raunkiaer. Como “drenos” importantes de carbono na Natureza. em períodos frios ou secos. 6 4 2 0 “FOOTPRINT. MANGUE. o C é desta maneira. sendo posteriormente. e RESTINGA) FORMAS DE VIDA DE RAUNKIAER Uma das mais comuns classificações de forma de vida vegetal. como por exemplo em fobofototropismo que significa “fototropismo negativo”. Somente as plantas são consideradas numa formação vegetal. são destacadas as queimas de combustíveis fósseis (5 X 1011 Mg) e de florestas (±2 X 1011 Mg). (Ver BIOMA) FORMAÇÕES CAMPESTRES (Ver CAMPOS) FORMAÇÕES LITORÂNEAS (Ver DUNA. no processo de biogeociclagem. baseada na posição do broto vegetativo (ou gema) e sua correspondente proteção. oceano = 2 X 1016 (total de carbonatos + compostos orgânicos dissolvidos + partículas + compostos orgânicos do sedimento) e ambiente terrestre = 1.2 X 1013 (biota + humus + combustíveis fósseis): 18 Atmosfera 16 14 12 Oceano 10 8 Amb. São seis as principais categorias: 116 . formando nestes últimos as rochas carbonatadas. FORMAÇÃO BARREIRAS (Ver BARREIRAS (SÉRIE ou FORMAÇÃO)) FORMAÇÃO VEGETAL Refere-se a uma grande comunidade vegetal terrestre. sob condições adversas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS tolera calor). captado pelos vegetais dos ecossistemas terrestres e aquáticos. proposta por C. O carbono tem como fonte mais importante a fitomassa. (Ver “-filia” / “-filo”) “FOG” (Ver “SMOG”) FOGO (Ver CLÍMAX DE FOGO) FOLHEDO (Ver NECROMASSA) FONTE E DRENO (ou CAPTOR) Referem-se estes termos respectivamente.algumas vezes é usado para denotar uma negação a um prefixo dito operativo. diferindo assim de “bioma”.6 X 1011. O prefixo fobo. O gráfico que segue representa os logaritmos das proporções “fontes” de carbono na biosfera. O processo de respiração e a queima da vegetação drenam este elemento. onde toda a biota é incluída. em 1934. cujos valores absolutos estimados (em Mg de C) são respectivamente: atmosfera = 7. 10 mm de comprimento. As presas que conseguem fugir aos ataques destas formigas são. Forrageamento sensível a riscos: expressão utilizada por RICKLEFS (2007) em que considera ser importante para um animal obter alimento. sem raízes fixadas no solo. 5) Criptófitas ou geófitas: plantas com gemas abaixo da superfície do solo. onde peixes os capturam. Obviamente muitos outros fatores atuam nesse processo. lagartos) e insetos (aranhas. uma vez que esta é uma atividade que envolve riscos. atacando e devorando nos seus caminhos (± 10 m de largura). etc). forçam as presas das formigas-correição a se jogarem na água. São muitas as denominações com este prefixo. Nos ecossistemas aquáticos. b) Um alto “fitness” é alcançado a partir de uma alta taxa de absorção energética.. São várias as abordagens que são feitas acerca deste tema. é descrito um experimento relizado por James F. com gemas vegetativas expostas em caules eretos. dos animais. plantas com caule herbáceo e lianas (trepadeiras lenhosas). Subdividem-se em cinco grupos: árvores. em bulbos ou rizomas. absorção bruta de energia menos os custos energéticos para obtê-la. pequenos vertebrados (sapos. os compostos de P resultam tanto da desintegração de rochas quanto da entrada nesse sistema através da precipitação pluvial.) Em ecologia refere-se à ação de alimentar-se. fotofóbico (que não tolera luz).Fraser. FORMIGA-CORREIÇÃO Formiga carnívora (Eciton burchelli) de ampla distribuição neotropical. Ex. isópodes. muitas delas. FORRAGEAMENTO (TEORIA. não somente observando a taxa com que ele o obtém. em que uma certa espécie de peixe se arriscava a procurar presa (vermes em sedimento de ecossistema de água doce) em área “perigosa” (infestada com predadores) somente quando a densidade de presas disponíveis aumentava significativamente.: fotofílico (que se desenvolve bem em plena luz). que favoreceu o “fitness” animal. Esta espécie tenderia a ser polifágica ou eurifágica. esses compostos resultam da desintegração de rochas e do solo. plantas com caule suculento.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 1) Epífitas: plantas aéreas. O guano é também importante fonte de fósforo. isto foi conduzido pela seleção natural. como nos lagos por exemplo. com gemas no próprio solo ou ligeiramente abaixo da superfície do solo. sobrevivem como sementes nas estações desfavoráveis. de importância fundamental para a produtividade primária de ecossistemas terrestres e aquáticos. Nos ecossistemas florestais por exemplo. nas áreas circunvizinhas. com gemas na superfície do solo. ESTRATÉGIAS . que se destacam por formarem verdadeiros exércitos em expedição pela floresta. 4) Hemi-criptófitas: plantas em tufos. fotoplagiotropismo (que 117 . Até mesmo aves de rapina também as seguem. desde a fase de semente. 2) Fanerófitas: plantas aéreas. fazendo dos pássaros suas presas fáceis. com ciclo completo de vida num só período vegetativo. (Ver GUANO) FÓSFORO (Ver FOSFATO) FOSSA OCEÂNICA (Ver APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) FÓSSIL (Ver COMBUSTÍVEL FÓSSIL) “foto-” Prefixo de origem grega relativo à luz.Gilliam e Douglas F. Exemplificando esta característica de comportamento animal. mas também a segurança em obtê-lo.. ou seja. a depender das condições locais onde ele ocorra. 3) Caméfitas: plantas de superfície. (Ver EFICIÊNCIA DE PROCURA) FOSDRIN (Ver ORGANOFOSFORADO) FOSFATO Composto de fósforo. apanhadas por pássaros que acompanham a trajetória das formigas-correição. efluentes etc). quando beiram cursos d’água. milípedes. Tais caminhos. Nos oceanos os fosfatos são trazidos pelos estuários e o processo de ressurgência também atua como condutor destes compostos. procurando maximizar sua ingestão de energia. FORRAGEADOR ÓTIMO Seria aquela espécie que utiliza um certo balanceamento na sua dieta alimentar. como também da atividade humana (fertilizantes. destacando-se a teoria do forrageamento com os seguintes aspectos: a) Os animais têm um potencial para consumir uma faixa de alimentos bem mais ampla do que a que eles atualmente consomem. arbustos. 6) Terófitas: plantas anuais. cataliza uma reação onde há combinação do O2 com a RuDP. que seria a facilidade com que um ecossistema pode ser perturbado (ou degradado). Germinação de sementes. O oxigênio. Este processo ocorre freqüentemente em plantas C3. A equação geral da fotossíntese é: energia 6CO2 + 12H2O C6H12O6 + 6H2O + 1/2O2↑ clorofila A energia e a clorofila são catalizadores que viabilizam a transformação dos compostos inorgânicos em carboidrato. útil à planta e subprodutos. O nome fotorrespiração é porque a reação ocorre na presença da luz. sendo portanto a energia luminosa convertida a ATP e NADPH2. Esta energia é utilizada pelo vegetal na fixação do CO2 (ciclo de Calvin-Benson). Nas plantas C4 há um bloqueio na ação dessa enzima. 118 . fotolitotrófico (relativo a organismo que utiliza energia radiante e doadores de eletrons inorgânicos).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS se dirige à luz incidente em ângulo oblíquo). b) aquele estabelecido sobre solo instável. fototropismo (que se movimenta ou se orienta para a luz (ver HELIOTROPISMO). provém da cisão da molécula de água pela luz (ou fotólise). fotolítico (que se desintegra sob ação da luz). frutificação) e algumas reações de animais. em unidades relativas 70 1 10 400 500 600 Comprimento de onda. na presença de O2 livre. nm 700 (Ver CICLO DE CALVIN-BENSON) FRÁGIL. em que a energia solar é fixada e transformada em energia química. Verbetes com este prefixo são vistos a seguir. FOTORRESPIRAÇÃO Processo que ocorre nos vegetais superiores (em muitas plantas tropicais) em que a enzima ribulose difosfato (RuDP) carboxilase. FOTOAUTÓTROFO (Ver AUTÓTROFO) FOTOAUXÓTROFO (Ver AUTÓTROFO) FOTOPERÍODO Diz respeito ao período de luminosidade no dia. Na figura que segue vêem-se os raios mais absorvidos pela clorofila e que têm maior ação fotossintética: 7 Absorção 5 50 3 30 Taxa de fotossíntese. DINAMICAMENTE (Ver ESTABILIDADE) FRAGILIDADE Alguns autores admitem o conceito de fragilidade. fotoorganotrófico (relativo a organismo que utiliza energia radiante e doadores de eletrons orgânicos). formando-se uma molécula de ácido fosfoglicérico (PGA). fotomicrografia (fotografia de material visto ao microscópio). Alguns apontam certas características ou circunstâncias que tornariam um ecossistema frágil: a) aquele ecossistema com grande parte de sua energia e nutrientes armazenados na biomassa. dependem do fotoperíodo. c) aquele limitado a uma ilha ou fragmento de ambiente. subproduto da fotossíntese. FOTOSSÍNTESE Processo desenvolvido pelos vegetais clorofilados. comportamento de plantas (floração. que no final se transformam em CO2. ocorrendo tal atividade na ausência de O2. Diamond (em 1975) observou espécies “superitinerantes”. Um exemplo: Andira humilis planta caméfita (ver FORMAS DE VIDA DE RAUNKIAER). sendo permanentemente coberta por vegetação macroscópica enraizada. sem necessariamente indicar o número de indivíduos encontrados. zona mediana (vegetação flutuante) e zona inferior (vegetação submersa). FREQÜÊNCIA RELATIVA Uma medida da ocorrência de uma espécie. pela presença e atividade de outros membros da espécie. possui sistema radicular cuja raiz pivotante alcança os 18 m de profundidade. (Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS. COGUMELO. com altas taxas de dispersão porém pobres em termos de habilidade para co-existirem com outras espécies e espécies somente capazes de se estabelecerem em ilhas grandes co-existindo com muitas outras espécies. Na caatinga a baraúna (Schinopsis brasiliensis) tem sistema radicular que atinge o lençol freático cuja profundidade é de 20 m ou mais.M. J. FREÁTICO (Ver LENÇOL FREÁTICO) FREON (Ver CFC . (Ver APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) FRASER-DARLING. e LEVEDURA) 119 . EFEITO DE (ou EFEITO DE DARLING) O estímulo à ação de acasalamento (cruzamento) de um par (casal) de animais. A freqüência gênica diz respeito à proporção com que um determinado alelo de um gene. calculada como a relação da freqüência de uma dada espécie para a soma dos valores de freqüência de todas as espécies presentes. geralmente considerada como a parte compreendida entre a profundidade da maré baixa até 100 m (habitada por algas “fotofílicas”). podendo ser subdividida numa zona superior (vegetação emergente). (Ver BOLOR. DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS. Na aplicação do método dos quadrados a freqüência é dada por: F = nº de Q onde são encontrados Isp / no total de Q. como também se refere à zona de profundidade de um lago. onde: Q = quadrados e Isp = indivíduos de determinada espécie. aparece no patrimônio genético de uma população. e PESTICIDA) FUNGIOLÍTICO (Ver EFEITOS ANTIMICROBIANOS) FUNGISTASE (Ver ANTIBIOSE) FUNGISTÁTICO(A) (Ver ANTIBIOSE e EFEITOS ANTIMICROBIANOS) FUNGO Grupo de microrganismos que se constituem num dos cinco reinos dos seres vivos ou num dos três domínios dos microrganismos. leguminosa de pequeno porte (“quase um subarbusto”).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver ESTABILIDADE) FRAGMENTOS FLORESTAIS (Ver RELITO) FRANJA INFRALITORÂNEA (ou FRANJA DO INFRALITORAL) Refere-se tanto à subdivisão da zona do sublitoral marinho. FUGITIVO (ou FUGITIVAS) (Ver ESTRATEGISTAS K e r) FUMAÇA (Ver PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO AR) FUNÇÕES DE INCIDÊNCIA Estudando populações de pássaros que se estabelecem em ilhas do arquipélago de Bismarck. “FUNGI” (Ver REINO) FUNGICIDA Substância que elimina fungos. sendo expressa usualmente por porcentagem. FREQÜÊNCIA “Medida da chance” de se encontrar representante de determinada espécie numa certa área. A freqüência fornece informações sobre a uniformidade de distribuição.CLOROFLUORCARBONO) FREÓFITA Termo pouco usado que indica planta cujo sistema radicular atinge e se beneficia do lençol freático. 120 .GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS FUNGO ECTENDOMICORRÍZICO (Ver ECTENDOMICORRIZA) FUNGO ECTOMICORRÍZICO (Ver ECTOMICORRIZA) FUNGO ENDOMICORRÍZICO (Ver ENDOMICORRIZA) FURACÃO (Ver CICLONE. Este termo é de uso mais comum na indústria madeireira. e EFEITO BUMERANGUE) FUSTE Refere-se à toda a porção do tronco de uma árvore de onde não se originam ramificações ou galhos. ANÁLISE) GENÓTIPO Patrimônio genético de um indivíduo. e ESTRATEGISTAS K e r) GENÉTICA POPULACIONAL (ou GENÉTICA DE POPULAÇÕES) Parte da genética que estuda o compartimento gênico de uma população (ou de populações). (Ver METAGENÔMICA. mas que sua reação depende. No caso. A genômica é uma parte da biologia. este conhecimento será útil para se entender sobre a saúde e a doença do organismo humano. (Ver FENÓTIPO) GEOBIOCENOSE (Ver ECOSSISTEMA) GEOBIOCICLAGEM (Ver BIOGEOCICLAGEM) 121 . do comportamento a ser adotado pelo oponente. procurando especificar precisamente a estrutura química de cada gene. Se. do Projeto Genoma Humano. Trata-se de uma estratégia comportamental. uma aranha se depara com um contendor que se retira. que determina suas características estruturais e funcionais. não existe uma estratégia definida por um dos competidores. este último terá como perda um custo pequeno (a conquista momentânea do território). (Ver “ISO 14. através de regulamentos. Aplica-se também este termo para designar o conjunto básico (monoplóide) de uma determinada espécie. teoria do jogo.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS G GA – GESTÃO AMBIENTAL Forma de controle. ou o número de cromossomos gaméticos (que é um número haplóide). normatizações e medidas. no benefício da manutenção de uma boa qualidade de vida. por exemplo. mas se os contendores se enfrentarem. mais especificamente da biologia ou genética molecular. estatisticamente. em que numa disputa entre dois (ou mais) animais competidores. vida ou morte). (Ver JOGO DO FALCÃO-POMBO) GARGALO POPULACIONAL (Ver POPULAÇÃO EM GARGALO) GAUSE (Ver PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO COMPETITIVA) GENERALISTAS (Ver ESTRATEGISTA C. investigando a freqüência de genes (e genótipos). por exemplo. visando administrar determinado ambiente. GENOMA e GENÔMICA Genoma refere-se ao conjunto mínimo de cromossomos não-homólogos encontrado numa célula e que lhe possibilite funcionar. que trata da localização cromossômica de todos os genes que constituem o genoma ou patrimônio genético de um organismo.000 − INTERNATIONAL STANDARDIZATION ORGANIZATION”) GAIA (Ver HIPÓTESE GAIA) “GAME THEORY” (= TEORIA DO JOGO) Literalmente. procurando conhecer suas mudanças e se estão em equilíbrio ou em evolução. o custo poderá ser bem mais elevado (vencer ou perder. que em última análise servirá para entender sua função no organismo. assim como de sincronização de tempo global para viagens no ar. Ocorre em plantas hermafroditas onde genes conduzem à esterilização masculina. terra não-urbanizada. desenvolvido para fornecer dados precisos de posicionamento e velocidade. subsidiando a elaboração de plano de ação para uma utilização racional dos recursos naturais.U. Em muitos destes casos tais genes são transmitidos como herança citoplasmática. bactérias. terra em que se nasce (pátria).. GRADIENTE Refere-se a diversos aspectos ou fatores. GLEISSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS. lavoura. classificando-os. MONÓICA. terra plantada. 122 . e TRIÓICA) GLEBA São muitos os significados atribuídos a uma certa porção de terra como gleba. GERMOPLASMA (Ver BANCO DE GERMOPLASMA) GESTÃO AMBIENTAL (Ver GA − GESTÃO AMBIENTAL) GINODIOÉCIA Alguns autores usam este termo para indicar a coexistência de hermafroditas e fêmeas na mesma população. utilizando as informações por este geradas. o geoprocessamento é um conjunto de métodos e técnicas de processamento de dados referenciados espacialmente (ou dados georreferenciados) procurando revelar relacionamentos entre os componentes estruturais da Natureza. e a um gradiente de um caráter.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS GEOBIONTE Termo pouco usado. e acompanhar e avaliar a dinâmica dos componentes territoriais. respeitando a manutenção de uma boa qualidade de vida ambiental. que se refere aos organismos que passam toda sua vida no solo. dos E. de actinomiceto. etc.A. (Ver DIÓICA. GEOSMINA Substância produzida por estreptomicetos (gênero Streptomyces. Eis alguns: terreno apropriado para cultivo. uma bactéria filamentosa) que é responsável pelo odor típico de “terra molhada”.navigation system using time and ranging”. ficando o sexo feminino ativo. terreno que contém minério. por exemplo) para se deslocarem a grandes distâncias. em plantas. visando ao conhecimento integrado de um território. GEODIATROPISMO (Ver DIAGEOTROPISMO) GEOMAGNETISMO Em termos ecológicos o geomagnetismo é um fenômeno atribuído à capacidade de que algumas espécies migratórias utilizam (algumas aves e baleias. nematódeos e oligoquetas. CLASSIFICAÇÃO DE) GLICOSÍDEOS (Ver DEFESA QUÍMICA) GLOGER (Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS) GONDWANA (Ver PANGÉIA (ou PANGAEA). um aumento ou diminuição regular de um fator. dada como uma “relação da concentração em plantas nos solos contaminados para a concentração em plantas nos solos ditos normais”. (Ver “-clino” e “-clina”) GRAU DE ACUMULAÇÃO (ou ACUMULAÇÃO) É uma medição da concentração biológica de metais pesados ou de minerais. protozoários. e REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) “GPS – GLOBAL POSITIONING SYSTEM” Também conhecido como “NAVSTAR . é um sistema global de navegação de satélites. no tempo e no espaço. através do óvulo. tais como à taxa de mudança de uma variável com a distância. como por exemplo a temperatura. em zona urbana. (Ver MIGRAÇÃO) GEOPROCESSAMENTO e GEOPLANEJAMENTO Em estudos sobre avaliação de ambientes (com os mais diversos propósitos). O geoplanejamento sucede o geoprocessamento. no mar e na terra. expressa em porcentagem. como muitos fungos. plantação. A figura seguinte ilustra tal arranjo (LYNCH. Usa-se uma escala para estimar o grau de fidelidade de uma planta: (5) exclusiva. muito importante na ciclagem destes elementos. (4) seletiva. mas sem significado preciso na nossa língua) significa em ecologia. GRUPO. por exemplo. “GUSANO” (Ver TEREDO) “GYTTJA” “GYTTJA” = SAPROPEL (Ver “DY”) 123 . que na Austrália o cangurú e o carneiro são do mesmo “guild”. íons metálicos e água. um mamífero marsupial. (2) indiferente. 3) Tanto as bactérias quanto as partículas de argila têm eletronegatividade. Já o coelho e uma espécie que a ele se assemelha (o “bandicoot”. 2) As bactérias. Perameles nasuta) pertencem a “guilds” diferentes. (3) preferencial.: 1) As hifas dos fungos circundam o conjunto de partículas. sendo assim. GRUMO (DO SOLO) Agregação de partículas do solo (parte mineral: areia. participam da cimentação do grumo. silte e argila) com a participação de partículas orgânicas (colóides). juntamente com as partículas menores (colóides e argila). 1983): bactéria areia hifa argila silte - Mn+ - - - íon de metal - matéria orgânica Obs. microrganismos. SELEÇÃO POR (Ver SELEÇÃO POR GRUPO) GUANO Depósitos de dejetos provenientes de aves que vivem na costa do Peru e que se constituem em significante compartimento de fósforo (8 a 12% de ácido fosfórico) e nitrogênio (11 a 16%). a exploração de recursos de um ambiente por um grupo de espécies que não têm semelhança aparente entre si. microrganismos e água. (1) estranha. o que faz com que se liguem facilmente aos íons metálicos positivos.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS GRAU DE FIDELIDADE (ou FIDELIDADE) Em fitossociologia é um termo usado para designar numa comunidade ou associação. Fala-se então. o grau de restrição de uma espécie vegetal a uma situação particular. “GUILD” Termo sem equivalente preciso em português (talvez “guilda”. colóides. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 124 . em oposição. Alguns verbetes seguem. com este prefixo. halolímnico (organismo vivendo em água doce. único”. haplobionte é também o nome que se dá à planta que floresce uma vez por estação e diplobionte àquela que floresce duas vezes na mesma estação. HALOCARBONOS Qualquer composto no qual o hidrogênio de um hidrocarbono é substituído por halogênios. formando condições mínimas para a manutenção de um ou de muitos organismos. (Ver HIDROSERE) HANSON (Ver ESCALA DE ABUNDÂNCIA DE HANSON) “haplo-” Prefixo de origem grega significando “simples. ao organismo que assim se caracteriza dá-se a denominação de haplobionte. mas com afinidade por habitat marinho). HALOBIÓTICO Organismo que vive no mar. relativo a sal e salgado. Este termo é utilizado tanto de maneira restrita (o habitat de um organismo) como de maneira muito ampla (o habitat de floresta). totalmente ou em parte.: haplofase (fase do ciclo de vida de um organismo em que os núcleos são haplóides. Ex. GARRETT (Ver CAPACIDADE DE SUPORTE (e CAPACIDADE DE SUPORTE CULTURAL)) 125 . (Ver HIDROCARBONOS BROMADOS) HALONS (Ver HIDROCARBONOS BROMADOS) HALOPLÂNCTON Plâncton marinho.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS H “HAB – HARMFUL ALGAL BLOOM” (Ver “BLOOM”) HABITAT HABITAT = BIOTOPO = ECOTOPO Refere-se a um determinado espaço ou ambiente onde os fatores físicos e biológicos se interagem. HABITAT URBANO (Ver “poleo-”) HADAL (Ver ZONA HADOPELÁGICA) HADOPELÁGICO(A) (Ver ZONA HADOPELÁGICA) “halo-” / “hali-” Prefixo de origem grega. Ex. halobionte / halobiôntico (organismo que vive em habitat salino). halofreatófita (planta que usa água de solo salino). ao organismo que exibe alternância de diplóide e haplóide dáse o nome de diplobionte). (Ver APÊNDICE V − PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) HALOSERE Diz-se da sere cuja vegetação se desenvolve em charco (ou brejo) salino.: halófita (planta que vive em habitat salino). HARDIN. Há muitas espécies anuais. muito semelhante a de adulto. HCFCs – hidroclorofluorcarbonos (Ver CFC – CLOROFLUORCARBONO (ou CARBONO FLUORCLORADO)) “heli-” Prefixo de origem grega significando “sol”. HEMICELULOSE Considerada como o segundo maior componente dos vegetais. carbamatos. bipiridiliuns.. do gên. Ex. Ex.000 angiospermas pertencentes a 18 famílias. A erva-de-passarinho é um hemiparasita.: helóbio (que vive em tais ambientes). EQUILÍBRIO DE e LEI DE Também conhecido como equilíbrio genético. como a planta girassol. e PLANTA DE SOL) “helo-” Prefixo de origem grega que se refere a “brejo. Acredita-se que sejam umas 2. tirando-lhe água e sais minerais mas não seus produtos metabolizados). A lei de Hardy-Weinberg diz que as freqüências tenderão a permanecer constantes de geração para geração e que os genótipos alcançarão uma freqüência de equilíbrio numa geração de acasalamento aleatório e assim manterá tal freqüência.: heliófita (planta que vive melhor ao sol. Amaranthaceae. (Ver PESTICIDA) HERBÍVORO (Ver CADEIA ALIMENTAR) 126 . Há herbicidas seletivos e herbicidas não-seletivos. . (Ver HOLOPARASITA) HERBICIDA Substância que elimina plantas “invasoras de cultivos” (termo preferido pelos ecólogos) ou “ervas daninhas” (termo preferido pelos agrônomos). glifosato. Entre vários herbicidas podem ser citados: nitroanilinas. heliotropismo (que se movimenta ou se orienta para a luz do sol. é um polissacarídeo com estrutura molecular diferente da celulose. freqüentemente. como cana-de-açúcar. sendo por isso também chamada de planta de sol). monocotiledôneas. milheto e várias gramíneas (Poaceae) que são C4. heliófugo (com tendência a afastar-se ou fugir do sol). Entre as hemiceluloses citam-se as xilanas. (Ver CIÓFITO(A) / CIÓFILO(A). demonstrando assim que a meiose e a recombinação não alterarão as freqüências dos genes. glicose e galactose) e. As plantas com este ciclo são conhecidas como C4.: hemiparasita (termo geralmente aplicado à planta que parasita parcialmente seu hospedeiro. sendo consideradas muito produtivas. CICLO DE CICLO DE HATCH-SLACK = CICLO DE HATCH-SLACK-KORTSCHAK No processo fotossintético atribui-se esta denominação à fase de fixação do CO2 em que este gás ao penetrar nas células do mesófilo. paul”. (Ver AMETABÓLICO) HEMIPARASITA Designação dada à planta que vive sobre outra (como epífita) sugando-lhe apenas a seiva bruta. além de uma cianobactéria (Anacystis nidulans). estes últimos matam todas as plantas com as quais entrem em contato. formando duas moléculas de oxaloacetato. como é o caso da planta pioneira embaúba. tiocarbamatos. Ex. Aos grandes ecossistemas caracterizados por tais condições ambientais. heliófilo (que se desenvolve bem em condições de alta luminosidade. hexoses (como a manose. combina-se logo com o fosfoenolpiruvato (“PEP − phosphoenolpiruvate”. ácidos urônicos. sendo alternativamente ou parasita ou autotrófico) hemiautófita (planta parasita que é capaz de fotossintetizar). hemibiotrófico (fungo que depende de um hospedeiro vivo durante parte do seu ciclo vital). É constituído por arranjos de pentoses (como a xilose e a arabinose).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS HARDY-WEINBERG. Portulaceae. Há também plantas C4 das famílias Cyperaceae. “hemi-” Prefixo de origem grega significando “metade”. Cecropia.. ao sair do ovo (chamada ninfa). este termo opõe-se a ciófilo). Helianthus annuus). HEMIMETABÓLICO (ou HEMIMETÁBOLO) HEMIMETÁBOLO = PAUROMETÁBOLO Diz-se do inseto sem metamorfose completa no seu desenvolvimento. alguns autores dão o nome de helobiomas. charco. triazinas. cada uma com quatro átomos de carbono. hemisaprófita (um organismo saprófita facultativo. refere-se à manutenção mais ou menos constante da freqüência de alelos numa população através de gerações sucessivas. Seguem-se alguns verbetes com este prefixo. mas que tem forma. HATCH-SLACK. Chenopodiaceae e Euphorbiaceae. heliófobo (que tem aversão ou teme a luz).. mananas e galactanas. milho. em inglês). pântano. sendo os halons. uma característica que tenha o genótipo Aa. Em termos ecológicos. e QUIMIÓTROFO) HETERÓTROFO-LITÓTROFO (Ver MIXÓTROFO) HETEROXÊNICO (Ver “pleo-”) HETEROZIGOSIDADE Significa a expressão de um caráter a partir de um par de genes com alelos que determinam manifestações diferentes. Anabaena e outras). de poder destruidor de 3 a 10 vezes superior ao dos CFCs. HIDROCORIA (Ver “-coria”) HIDROFILIA (Ver “-filia”) 127 . pobres em pigmentos fotossintetizantes.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS “hetero-” Prefixo de origem grega que significa “diferente. HIDROCARBONETO CLORADO (Ver ORGANOCLORADO) HIDROCARBONOS BROMADOS São assim denominados os diversos tipos ou grupos de compostos que contêm bromo (Br). como os halons e os HBFCs − hidrobromofluorcarbonos (ambos utilizados em extintores de incêndio) e o brometo de metila (um fumigante muito usado na agricultura). constituintes celulares e portanto. (Ver “higro-”) HIDROBIOLOGIA Biologia dos organismos aquáticos. vive em simbiose com a macrófita aquática do gênero Azolla fornecendo-lhe nitrogênio e recebendo nutrientes e proteção desta planta aquática. A cianofícea Anabaena azollae. durante o inverno (estação fria). dá-se o nome de halocarbonos. “hidro-” Prefixo de origem grega significando “água”. sintetizados por outros organismos. HETEROÉCIO (Ver “-écio”) HETEROESPECÍFICO (Ver CO-ESPECÍFICO) HETEROMETABÓLICO Diz-se do inseto que tem metamorfose incompleta. HETEROCISTO Células de paredes espessas. Assim. por exemplo. com importante papel de fixadoras de nitrogênio nas cianofíceas (gêneros Nostoc. Os gases propano e butano. sem o estádio de pupa. Esses compostos são considerados como destruidores da camada de ozônio. refrigeração. (Ver AUTÓTROFO. outro”. Seguem-se alguns termos com este prefixo. (Ver HOMOZIGOSIDADE. fabricação de espumas e como agentes de limpeza. Aos compostos que contêm um ou mais halogênios ligado(s) ao carbono. que se expressará no indivíduo. por exemplo. também chamado de latente ou quiescente (baixa atividade metabólica) de certos animais. que também podem ser usados em aerossóis. HETEROSFERA (Ver ATMOSFERA) HETEROTERMIA (Ver ECTOTERMIA) HETERÓTROFO HETERÓTROFO = ORGANÓTROFO Organismo que obtém energia de compostos orgânicos. o alelo dominante (e respectiva característica) é o gene A. a heterozigosidade (em oposição à homozigosidade) gera maior variabilidade genética. e ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO) HEXACLORETO DE BENZENO (Ver ORGANOCLORADO) HIBERNAÇÃO HIBERNAÇÃO = ESTIVAÇÃO Período de dormência. são conhecidos como hidrocarbonos. e METALIMNIO) HIPONEUSTON (Ver NEUSTON) HIPÓTESE (Ver CONJETURA. HIPOLIMNIO Camada (ou zona) de profundidade aquática com temperatura relativamente estável. localizadas entre 40 e 280 m de profundidade. por exemplo). que por sua vez é também um parasita. do enxofre (Thioploca). Aquelas que a possuem têm maior eficiência na absorção de nitrogênio para a planta simbionte. como resultado do conteúdo excessivo de água. todos se beneficiando da riqueza nutricional de origem geotérmica. HIDROSFERA Toda a “camada de água” da crosta do planeta Terra (corpos de água na superfície da Terra).. Hiper significando “mais do que (efeito ou quantidade). pântano. “hiper-” e “hipo-” Prefixos de origem grega. a uma passagem ou corrente de água de profundidade oceânica. Pesquisas feitas nas costas do Peru e Chile revelaram a existência de bactéria branca. Neste ambiente rico em H2S. prolifera em abundância “bactérias sulfurosas”. Um bacteriófago é um hiperparasita. usando nitrato (NO3-). e hipo significando “sob ou posição abaixo. HIPÓTESE. Há linhagens de Rhizobium. LEI e TEORIA) HIPÓTESE ALTERNATIVA (Ver HIPÓTESE NULA) 128 .. que prefere viver em ambientes úmidos. pogonóforos (vermes marinhos do fundo do oceano. HIDROSERE HIDROSERE = SUCESSÃO HIDRARCA Diz-se da sere cuja sucessão se inicia em qualquer ambiente aquático (lago. HIERARQUIA DE DOMINÂNCIA (Ver BICADA. anelídeos e peixes. charco. que re-oxidam o enxofre reduzido de volta para sulfato. estendendo-se para o fundo. (Ver “halo-”) HIPERPARASITA HIPERPARASITA = AUTOPARASITA Parasita que vive no interior de um animal (ou sobre ele). geralmente com água não-circulante fria. posição mais elevada”. que realizando a quimioautotrofia. Estabelecem-se em tais passagens hidrotermais. por vezes de grandes dimensões. constituem-se na base da cadeia alimentar dessas comunidades.). acima de. (Ver EPILIMNIO. sendo alguns locais ricos em enxofre. “higro-” Prefixo de origem grega significando “úmido. HIPERHALINO Quando aplicado para os ecossistemas aquáticos. Os filamentos constituem o micélio dos fungos. HIDROTERMAL Refere-se este termo geralmente. uma vez que a fotossíntese não ocorre nesses locais. no processo de fixação do N2 atmosférico pelas bactérias (Rhizobium sp. comunidades marinhas ricas. como a do mar Morto (Israel/Jordânia) e a do lago salgado de Utah (EUA). no entanto. HIDROGENASE Enzima que. Ver figura no verbete EUTRÓFICO. tem o papel fundamental de absorver H2 e usá-lo como redutor para fixar o nitrogênio. molhado. típico de fungos e actinomicetos (bactérias filamentosas). ORDEM DE (ou DOMINÂNCIA DE)) HIFA Filamento celular. crustáceos. e que provém de fonte geotérmica. pelo menos periodicamente. do filo Pogonophora).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS HIDRÓFITA Planta que vive num solo deficiente de oxigênio. em seguimento ao metalimnio. este termo indica água muito salgada (200 g de sais por litro). (Ver “hidro-”) HIGRÓFITA Vegetal terrestre. Elas reduzem o SO4 a H2S. Seguem-se vários termos com estes prefixos. menos do que (efeito ou quantidade)”. como bivalvos gigantes de concha branca. encharcado”. que não possuem hidrogenase. para que uma clareira se recupere faz-se necessário um intervalo de tempo longo entre os distúrbios. Exemplo: a amônia produzida pelos microrganismos mantém. principalmente os microrganismos. com apenas algumas plantas pioneiras (P). levando ao declínio da densidade populacional. P. HIPÓTESE NULA Em estatística refere-se à hipótese de que não existe diferença real ou associação entre duas populações. formando um sistema complexo de controle. em grego) para enfatizar a forte influência biológica na formação da atmosfera terrestre. A diversidade como resultado de distúrbios aumenta.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS HIPÓTESE DO COMPORTAMENTO POLIMÓRFICO (ou HIPÓTESE DO POLIMORFISMO COMPORTAMENTAL GENÉTICO) Hipótese que diz respeito à auto-regulação de uma população fundamentada no fato de que indivíduos são (geneticamente) ou agressivos natos ou capazes de alto rendimento reprodutivo (alto “fitness”). evoluíram junto com o ambiente físico.H. a hipótese Gaia carece de avaliação quantitativa e de maneira científica de ser testada. os organismos. da situação mediana da sucessão (m). 1990): P P P1 m4 m3 m2 P4 P3 m5 m1 P2 c1 m1 c c3 c m2 P c3 c1 c4 c3 P c c1 Obs. a seleção natural favorece as espécies do segundo tipo. c) e finalmente a sucessão atinge o máximo desenvolvimento. em função do tempo disponível para a invasão de novas espécies. um pH favorável a uma ampla diversidade de vida. em baixa densidade populacional. ou seja. uma diferença observada é devida somente ao acaso..Odum. juntamente com a bióloga norteamericana Lynn Margulis sugeriram este termo “Gaia” (ou Gea. indivíduos genotipicamente agressivos são favorecidos de maneira que. o reconhecimento de que os componentes físicos. Entretanto. HIPÓTESE DO DISTÚRBIO INTERMEDIÁRIO. E em assim sendo. químicos e biológicos da Terra interagem e alteram mutuamente seu destino coletivo (seja por acaso ou por desígnio de “alguém muito superior”). Independentemente da validade da idéia de que a vida controla seu ambiente em seu próprio benefício. Connell propôs que a mais alta diversidade é mantida em níveis intermediários de distúrbio. Se o cálculo de probabilidade 129 . Em outras palavras. aqueles indivíduos com alto potencial reprodutivo são forçados a dispersar-se. A figura que segue ilustra o andamento hipotético de ocupação de uma clareira ao longo do tempo (segundo BEGON et al. é uma verdade hoje cientificamente comprovada. (Ver CLAREIRA (e DINÂMICA DE CLAREIRA)) HIPÓTESE DO PADRÃO DE CLÍMAX (Ver TEORIAS MONO E POLICLÍMAX) HIPÓTESE GAIA James Lovelock químico e inventor inglês. Segundo E. b) em seguida vão aparecendo outras plantas. nos solos e sedimentos. onde as plantas do clímax (c) determinam uma queda na diversidade pela exclusão competitiva. em alta densidade. numa visão profunda do nosso sistema. o qual mantém favoráveis à vida as condições da Terra. literalmente significando “deusa da Terra”. alcançando um máximo de diversidade (círculo inferior à esquerda).: a) a diversidade começa baixa. DE CONNELL J. O termo holotrófico é usado por alguns autores ao se referirem a um predador que utiliza sempre a mesma espécie de presa. carecendo de clorofila efetiva e necessária à fotossíntese.: grande parte dos lagos amazônicos e maioria das lagoas costeiras de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul). saprófito (ou saprofítico) obrigatório. e HEMIMETABÓLICO) HOLOMÍTICOS. vegetal. O cipó-chumbo é um holoparasita. (Ver AUTÓTROFO) HOLOMETABÓLICO (ou HOLOMETÁBOLO) Diz-se do inseto que apresenta metamorfose completa. a diferença é considerada como significativa. 4) Polimíticos: normalmente raros. profundos. como por exemplo na psicobiologia. a hipótese nula (H0) é rejeitada em favor da hipótese alternativa e assim. outono e primavera. há os de clima quente e os de clima frio. Com relação à comunidade. Alguns termos com esse prefixo de origem grega são vistos a seguir. não expressando qualquer tipo de organização. não é parasita nem saprofítico(a). em que se utiliza este prefixo. (Ver MEROMÍTICOS. É comum também a grafia com dois “ss”: holossaprófita. são de clima temperado (Europa. Segundo esta teoria. HISTÓRIA DE VIDA (ou HISTÓRIA VITAL) (Ver TABELA DE VIDA (ou TABELA VITAL)) HOLISMO (ou HOLÍSTICO) Na teoria filosófica aplicada às ciências ambientais. Muitos termos científicos e técnicos utilizam a forma “homeo-”. HOLOFÍTICO(A) (ou HOLOTRÓFICO(A)) Organismo vegetal (planta) que transforma nutrientes inorgânicos em compostos orgânicos pela fotossíntese e assim. com relação a alguns sistemas. São muitos os termos científicos e técnicos. Subdividemse em: 1) Dimíticos: com duas circulações ao ano. A seguir são vistos alguns. e SUPERORGANISMO) “holo-” Prefixo de origem grega significando “inteiro.: borboleta). com circulações freqüentes (ex. HOLOBÊNTICO Organismo que vive no bentos (nas profundezas do mar) em todos os estádios do seu ciclo de vida. o holismo. sob leis físicas e biológicas bem definidas. (Ver HEMIPARASITA) HOLOPLANCTÔNICO Organismo que vive todos os estádios de seu ciclo vital no plâncton. (Ver DECOMPOSITOR) HOLOTRÓFICO(A) (ou HOLOFÍTICO(A)) (Ver HOLOFÍTICO(A) ou HOLOTRÓFICO(A)) “homeo-” / “homo-” Prefixo de origem grega significando “similar. larva. 2) Monomíticos: uma circulação ao ano. o holismo considera de maneira abrangente todos os organismos (inclusive o homem) interagindo como um “todo”. América do Norte. com queda de temperatura à noite. ser humano”). o “todo” não pode ser analisado pela soma de suas partes. Nas ciências humanas. como flutuantes. suga a seiva elaborada de outra planta. 3) Oligomíticos: com pouca circulação. (Ver AMETABÓLICO. HOMEÓCRONO (ou HOMÓCRONO) Que ocorre ao mesmo tempo ou idade em gerações sucessivas. HOLOSAPRÓFITA(O) (ou HOLOSAPROFÍTICO(A)) Organismo. completo”. 130 . Japão). HOLOCENOSE Sistema formado pela reunião de uma biocenose (comunidade) e seu biotopo (habitat). matando-a. LAGOS) HOLOPARASITA Parasita total. pupa e imago ou adulto (ex. Planta que. alguns consideram-na como um superorganismo (“concepção holística”).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS de uma diferença observada é igual ou menor do que um nível de significância escolhido. ao passo que outros admitem que a comunidade apenas reflete as interações de cada espécie (“concepção individualística”). passando pelos estádios de ovo. (Ver REDUCIONISMO. o mesmo” (não confundir com a palavra homo de origem latina e que se refere a “homem. sem deixar resíduos. sustenta que o “todo tem algumas propriedades de que as partes carecem”. LAGOS Os lagos ditos holomíticos são aqueles cuja circulação atinge toda a coluna d’água. mediante investigações e demonstrações práticas. Em ciências ambientais usa-se esta expressão quando se deseja se referir a uma área ou situação (ou condição) que se apresenta com determinadas características “acentuadas ou elevadas”. destinada a: propagar os conhecimentos relativos à silvicultura. cor e outras características físicas. local) que é quente”. Em biologia molecular. “uma mancha (lugar. estudar as essências nativas. Aves piscívoras (alimentando-se das enchovas) produzem o guano. HOMÓLOGOS (Ver ESTRUTURAS ANÁLOGAS e ESTRUTURAS HOMÓLOGAS) HOMOSFERA (Ver ATMOSFERA) HOMOTERMIA (Ver ENDOTERMIA) HOMOZIGOSIDADE Significa a expressão de um caráter a partir de um par de genes formado por alelos idênticos. replantio e tratos culturais mais adequados a cada essência florestal e a cada região. provocando “fog” (nevoeiro) nas costas do Chile. (Ver HETEROZIGOSIDADE. manter sementeiras e fornecer mudas (criado pelo Decreto Federal nº 4.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS HOMEOTERMIA (Ver ENDOTERMIA) HOMEOSTASE Tendência dos sistemas ecológicos para resistirem a mudanças e permanecerem em estado de equilíbrio (dinâmico). HUMO (Ver HUMUS) HUMUS (ou HUMO) Mistura de matéria orgânica parcialmente decomposta. estrutura das partículas componentes. a homozigosidade é uma tendência dos indivíduos. São muito diversos o uso desta expressão em ciência e tecnologia. que se forma nas camadas superiores do solo. de 26/07/39). “hot spot” de espécies em risco de extinção (áreas em condição tal que certas espécies que ali vivem estão em situação mais de risco do que a de outras áreas). em pequenas populações.439. (Ver RESSURGÊNCIA) HUMIFICAÇÃO Transformação de matéria orgânica morta em humus (ou humo). o “hot spot” é uma região de um polinucleotídeo que sofre uma alta freqüência de mutação ou transposição. de se cruzarem uns com os outros. (Ver PERFIL DO SOLO) HORMÔNIO AMBIENTAL (Ver ECTOCRINO) “HORN” (Ver MATRIZ DE HORN) HORTO FLORESTAL Área pertencente ao Poder Público. tornando-os grandes produtores mundiais de peixes. HOMOÉCIO Diz-se do parasita que ocupa o mesmo hospedeiro durante todo o seu ciclo de vida. e ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO) HORIZONTE (DO SOLO) Camada do solo que se distingue por sua composição química. CORRENTE DE (ou CORRENTE DO PERU) Corrente do sudeste do oceano Pacífico. Fala-se então. similares. fezes ricas em fósforo e nitrogênio. Peru e Equador) gerando aridez. conduzindo água fria proveniente da Antártica. Em termos ecológicos. exceto durante o fenômeno “El Niño”. organizar instruções sobre plantio. como a enchova e o atum. proporcionando grande riqueza planctônica nas águas das costas desses países. em inglês. por exemplo. por exemplo. amorfo. células microbianas e partículas de solo. com aproximadamente 900 km de largura. O humus é um colóide orgânico. “HOT SPOT” Literalmente significa. ponto. praticamente 131 . textura. em: “hot spot” biogeoquímico (locais onde processos biogeoquímicos. gerando reduzida variabilidade genética (baixa freqüência de genes). É um parasita com hospedeiro específico. O fenômeno de ressurgência (combinação dos efeitos de ventos de superfície e rotação da Terra) conduz grande quantidade de nutrientes das profundidades para próximo da superfície do mar. de maneira que as façam distintas das demais. HUBBEL (Ver TEORIA NEUTRA UNIFICADA (ou TEORIA DE HUBBEL)) HUMBOLDT. com taxas de armazenamento e biogeociclagem. ocorrem de modo mais acentuado do que em outras áreas similares). K e NH4. que poderá ser reestabelecida pela ação dos cátions. sendo portanto.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS insolúvel em água. sendo que o ácido húmico se precipitará se a solução for acidificada. Considera-se o humus ser constituído.: 1) O complexo humus-argila (carga negativa) atrai os íons positivos da solução do solo. nitrogênio (5%) e menores quantidades de oxigênio. 2) Em solos ácidos (pH baixo) os prótons (H+) neutralizam a carga. em três componentes: ácidos fúlvico e húmico. Sua alta CTC (capacidade de troca catiônica) supera a dos colóides da argila. Ele é rico em carbono (50%). de coloração escura (marrom ou preta). fósforo e outros elementos. Um esquema representativo do colóide humus-argila é apresentado a seguir (COLINVAUX. e humina. Os dois primeiros se solubilizam em solução diluída de hidróxido de sódio (NaOH). enxofre. 1986): Ca Mg Ca Ca Humus-argila (carga negat. de grande importância para manter a fertilidade e produtividade do solo. HUTCHINSON (Ver NICHO ECOLÓGICO) 132 . Íons divalentes: Ca e Mg. Obs. aumentando assim a retenção de nutrientes no complexo humus-argila. por critério de solubilidade.) Ca NH4 Mg H H NH4 K K Mg Mg H Íons monovalentes: H. e a humina é insolúvel nessa solução de NaOH. 3) Íons divalentes (Ca++ e Mg++) ligam-se fortemente. de regime especial. tem sido a ecologia energética. coordenar.Secretaria Especial do Meio Ambiente. indo da tundra ártica. cartográfica. dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. IBAMA − INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVES A Lei nº 7. mapas e textos.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS I “IAPT – INTERNATIONAL ASSOCIATION OF PLANT TAXONOMY” Associação Internacional de Taxonomia de Plantas.735. conservação e uso racional.Plano Geral de Informações Estatísticas e Geográficas. social e econômica). que coordena o SEN . tendo os estudos se dirigido especialmente para as produtividades terrestres e aquáticas. de 22/02/89 extinguiu a SEMA . O IBAMA. “IBP − INTERNATIONAL BIOLOGICAL PROGRAMME” Programa Internacional de Biologia. visando: obter informações de natureza estatística (demográfica. fundado em 19 de março de 1953. cujo objetivo principal é o estudo da base biológica da produtividade e o bem-estar humano. A Lei nº 7. com a finalidade de formular. executando o PGIEG . controle e fomento dos recursos naturais renováveis. econômica e territorial do Brasil.Superintendência do Desenvolvimento da Pesca e criou o IBAMA. aos sistemas de pastejo. IBDF (Ver IBAMA) IBGE − FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA Órgão subordinado à Secretaria de Planejamento. a SUDEPE .Instituto Brasileiro do Desenvolvimento Florestal. Vem publicando desde 1940 o Anuário Estatístico do Brasil. humana. (Ver “IGBP”) IDER − INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ENERGIAS RENOVÁVEIS (Ver TECNOLOGIA ALTERNATIVA) 133 . áreas cultivadas. Está ligado ao MMA . A investigação prioritária. estabelecidas como necessárias ao conhecimento da realidade física. executar e fazer executar a política nacional do meio ambiente e da preservação. extinguiu o IBDF . florestas tropicais e desertos. social. geográfica. Orçamento e Coordenação da Presidência da República (com sede principal no Rio de Janeiro). dominante. geodésica e ambiental. contendo informações do IBGE e de outras entidades que integram o SEN. de 14/02/89.Ministério do Meio Ambiente. com sede principal em Brasília. com tabelas.Sistema Estatístico Nacional. fiscalização. produção de madeira e pesca. dando-nos uma visão geral do país. é uma entidade autárquica.732. Além disso. onde existam muitos edifìcios acima de três andares (superior a 12 m de altura). adentrando a mata. A diversidade de espécies vegetais é considerada intermediária entre a da várzea e a da terra firme. e os poluentes não se dispersam com facilidade. (Ver “IBP”) ÍGNEAS (ou MAGMÁTICAS). O solo do igapó é arenoso e sua água rica em ácidos húmicos. talvez sendo por isto que ali quase não se encontram caramujos e mexilhões. que são seus ancestrais mais próximos. (Ver IGAPÓ) “IGBP− INTERNATIONAL GEOSPHERE BIOSPHERE PROGRAMME” Programa Internacional da Geosfera e da Biosfera. os edifícios formam barreira ao vento e aumentam a radiação infravermelha (responsável pela elevação da temperatura). As árvores são adaptadas morfológica e fisiológicamente às inundações. no igapó do rio Negro por exemplo. cipós. com pouca profundidade. sem evaporar lentamente (como num solo com vegetação) e portanto.wikepedia. proveniente de um determinado ancestral. com média de 130 espécies arbóreas por hectare. São considerados cursos d’água de primeira ou segunda ordem. A foto acima mostra igapó típico da amazônia (foto do site www. consituindo-se em importante via de deslocamento de pessoas e material. faltando também calcário (importante para a formação das conchas). segundo o site www. por vezes estreitas. dá-se também o nome de coeficiente de relação.wikipedia. as mudanças que estão ocorrendo neste sistema e a maneira pela qual tais processos são influenciados pelo homem. cuja finalidade é descrever e entender os processos físicos interativos que regulam o sistema da Terra como um todo. Igarapé é termo indígena que significa “caminho de canoa”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS IGAPÓ Floresta inundável da amazônia. por exemplo. sem “roubar calor do ambiente”. epífitas e musgos.5%) de herdarem cópias do mesmo gene de um dos avós. dois irmãos têm a probabilidade de 50% de herdarem cópias do mesmo gene de um dos pais. ROCHAS (Ver ROCHAS) IGUALDADE POR DESCENDÊNCIA Este termo provém do inglês “identity by descent” e poderia ser traduzido como igualdade por descendênica. A essa probabilidade. principalmente em ruas asfaltadas.com). tendo raízes respiratórias e sapopembas (ou sapopemas). Ver figura: 134 . o ambiente único que possibilita a vida. referindo-se à probabilidade de que parentes próximos têm de herdar cópias do mesmo gene. A água é permanente. braços estreitos de rios ou canais.org. A foto ao lado mostra um igarapé do Amazonas. “ILHAS DE CALOR” Nos centros urbanos. São freqüentes os arbustos. a água da chuva que ali cair é conduzida muito rapidamente para as galerias pluviais. ela é ácida. plantas aquáticas. e dois primos têm a probabilidade de 1 em 8 (ou 12. (Ver IGARAPÉ) IGARAPÉ Córregos e pequenos rios amazônicos formados em decorrência da alta taxa de precipitação pluviométrica naquela região. com grande eficiência.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Radiação refletida Radiação incidente Radiação incidente Obs. onde se faz uma análise 135 . ILUVIAÇÃO Em pedologia. (Ver ELUVIAÇÃO) IMAGO Fase adulta ou estádio reprodutor de um inseto. em que determinado elemento químico fica imobilizado e ainda não disponível para os produtores. onde é geralmente feito um diagnóstico das condições naturais do ambiente e “Relatório de Impacto Ambiental” (RIMA). à ação induzida pelo homem e seu efeito sobre os ecossistemas. incidindo perpendicularmente sobre a superfície. permeia a dispersão do calor e dos poluentes. sendo preferível limitar o termo “impacto” ao efeito de ação induzida pelo ser humano. como resultado da assimilação desse elemento pelas células microbianas (do solo ou da água) e sua incorporação no protoplasma. Uma rua ampla. no Brasil. o local representado pela rua com edifícios. ou seja. efeito e singnificância” são três conceitos distintos em avaliação de impacto. refletem-se nos prédios e o próprio calor do asfalto (e dos motores de veículos que ali transitem) emitem radiação infravermelha para o alto. “Ação. “Estudo de impacto ambiental” (EIA). resultante de deslocamento de material que provém da camada imediatamente superior (horizonte A). das crianças e dos idosos. refere-se à compactação da camada inferior de um solo (horizonte B). há uma tendência em separá-la em duas fases distintas. arborizada e ventilada. em contraste. na avaliação de impacto ambiental. genericamente.: radiação forte (calor intenso) poluentes Radiação refletida radiação fraca (menos calor) Observe-se na figura acima que os raios solares incidentes na rua com adensamento de edifícios altos. Esta é uma fase importante da biogeociclagem. (Ver MINERALIZAÇÃO) IMPACTO AMBIENTAL Refere-se. Atualmente. (Ver HOLOMETABÓLICO (ou HOLOMETÁBOLO)) IMIGRAÇÃO (Ver DISPERSÃO DA POPULAÇÃO) IMOBILIZAÇÃO Conversão de um elemento (nutrientes) inorgânico em complexo orgânico. em termos de “conforto ambiental e qualidade de vida”. ou ainda seu efeito e significância para a sociedade humana. causa incômodos e malefícios à saúde das pessoas. refere-se a um fluxo luminoso por unidade de área. ILUMINÂNCIA Ou iluminamento. É importante ainda considerar que. principalmente nos “extremos etários”. medindo-se as condições de base do ambiente e fazendo-se previsão de mudanças que tenham a probabilidade de ocorrer como resultado de tais ações. Da mesma maneira que é possível saber que tipo de organismo vive em determinadas condições ambientais físicas. (Ver ECOTIPO) 136 . o inverso também é possível ser estimado.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS objetiva para identificar as ações do ser humano. A seguir é apresentado um esquema das diversas fases de um EIA. sendo subseqüentemente usado como “desencadeador ou liberador”. (Ver DESENCADEADOR (ou LIBERADOR)) “INBREEDING” (e “INBREEDING DEPRESSION”) (Ver ENDOGAMIA) INCIDÊNCIA (Ver FUNÇÕES DE INCIDÊNCIA) INDEPENDÊNCIA (ou INDEPENDENTE) DA DENSIDADE (Ver DEPENDÊNCIA (ou DEPENDENTE) DA DENSIDADE) INDICADOR ECOLÓGICO INDICADOR ECOLÓGICO = BIOINDICADOR Organismo que indica uma característica ou o tipo do ambiente físico em que vive. algo de grande efeito sobre alguma coisa (ou ser vivo) que não poder ser esquecido. Em espécies de animais sociais refere-se a um padrão comportamental estável. mudado etc. quando o organismo é exposto a um conjunto de estímulos por meio dos quais as amplas carateríesticas supraindividuais da espécie vêm a ser reconhecidas como um “padrão da espécie”. sugerido por WESTMAN (1985): AS FASES DO EIA Pré-impacto Definição dos ↓ objetivos do estudo ↓ Revisão das Fase II ↓ dos impactos em potencial Identificação noções ↓ Determinação de quais impactos são significativos ↓ Fase III →Teste dos efeitos das ações Medição das condições básicas→Teste dos efeitos das ações ↓ Previsão dos efeitos das ações Estimativa das proba↓ bilidades das previsões Resumo e análise dos achados ↓ Fase IV Avaliação da significância dos achados ↓ Fase V Modificação das ações propostas ↓ ↓ Ações alternativas Amenizações ↓ ↓ Fase VI Comunicação dos achados e recomendações ↓ Decisão sobre a ação proposta ↓ Pós-impacto Fase I Fase VII Monitoramento dos efeitos da ação ↓ P A R T I C I P A Ç Ã O P Ú B L I C A ↑ Modificação posterior e amenização da ação “IMPRINTING” “Marca indelével”. há plantas que acumulam determinados elementos químicos em quantidades tais que indicam a possibilidade de exploração comercial desses elementos. Muitas espécies (“esteno”. por exemplo) são indicadoras ecológicas. menos o de precipitação pluvial. abaixo do nível de transpiração de uma vegetação em crescimento. (Ver ÍNDICE DE PALMER DE SEVERIDADE DE SECA) ÍNDICE DE ASSOCIAÇÃO (ou COEFICIENTE DE ASSOCIAÇÃO) (Ver ASSOCIAÇÃO VEGETAL) ÍNDICE DE BERGER-PARKER Índice que usa a abundância proporcional da espécie mais abundante num determinado habitat. seja na “amostra” ou na “população”. ns é o número de indivíduos das espécies 1. ÍNDICE DE DISSIMILARIDADE (Ver ÍNDICE DE SIMILARIDADE) ÍNDICE DE DIVERSIDADE (DE ESPÉCIES) Razão estabelecida entre o número de espécies e seus “valores de importância” (que tanto podem ser número ou biomassa.. maior do que 1 para uma população agregada e menor do que 1 para uma população uniforme.. ni = valor de importância para cada espécie (nº de indivíduos. É também uma medida da diversidade (d) de um habitat. gera um valor de 1 para um padrão ao acaso (aleatório). ÍNDICE DE BRILLOUIN Índice da diversidade específica derivada de informação teórica: D = 1/N X log2N!/(n1! N2! . numa escala de 0 – 10. K = número de taxa (plural de taxon). ÍNDICE DE DENSIDADE Cálculo usado por alguns autores para quantificar a densidade de indivíduos de determinada espécie e que é dado por: d = número ou biomassa de indivíduos / área ou volume total da amostragem. ou seja. N = total dos valores de importância. ÍNDICE DE DEFICIÊNCIA DE ÁGUA É dado pelo valor de evapotranspiração. São mostradas aqui. usado na classificação de tipos de solo ou de clima. onde Nmax é a abundância da espécie dominante. 2 . baseada na relação variância : média. onde P é a média da precipitação pluvial mensal em milímetros e T a temperatura média mensal em oC. a superfície foliar exposta à luz é quatro vezes superior à superfície do solo. ns!). apenas algumas delas. s. (Ver ABUNDÂNCIA. Pode também ser calculado por Ia = 12P/T(T + 10).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ÍNDICE DE ABUNDÂNCIA Grau em que se expressa a dominância de uma ou mais espécies numa comunidade. calculado pela relação do déficit de umidade (d) para a evapotranspiração potencial (PE). São muitas as fórmulas sugeridas para se calcular indices de diversidade de espécies. Um índice de valor 4. ÍNDICE DE ARIDEZ (Ia) Medida do suprimento efetivo de umidade. Indica o quanto a água disponível para o crescimento vegetal cai. calculada como: d = Nmax/Nt. baseando-se no valor de importância de cada espécie.. comunidade ou amostra. DENSIDADE e DENSIDADE ECOLÓGICA) ÍNDICE DE DISPERSÃO Uma medida da dispersão de uma população.. mas antes vejamos o significado dos termos geralmente utilizados nas fórmulas: S = número de espécies. 137 . seja na “amostra” ou na “população”. comunidade ou amostra. onde: c = concentração de dominância. onde N é o número total de indivíduos observado numa amostra e n1. n = número de indivíduos numa amostra de uma população. Ni = número de indivíduos da espécie i de uma população ou comunidade.. como medida da dominância. biomassa. (Ver DOMINANTE ECOLÓGICO) ÍNDICE DE AFINIDADE (Ver ÍNDICE DE SIMILARIDADE) ÍNDICE DE ÁREA FOLIAR Relação entre a área das folhas. mas um índice de 8 a 10 (encontrado em florestas clímaces) indica uma elevada produção bruta (perda respiratória para manter grande quantidade de folhas). ou seja Ia = 100 d/PE. pode ser calculado pela seguinte fórmula: c = Σ(ni/N)2. N = número de indivíduos numa população ou comunidade. indica uma elevada produção líquida. produção etc). n2 . projetada sobre uma unidade de área de superfície terrestre.. valor resultante menor do que 20 indica aumento de aridez e maior do que 20 indica aumento de umedecimento. como produtividade). expresso em porcentagem. pode ser calculado pela seguinte fórmula: c = Σ (ni/N)2. usando a fórmula: N = Nm X Ns / Nms 138 .X ---Dmax S S ∑ Pi2 i=1 É também conhecido como o componente da diversidade de espécies que mede a abundância relativa de espécies. N = total dos valores de importância.Margalef (1958): D = S . A.1 / ln N. Neste índice o autor propôs que uma estimativa do tamanho N de uma população é obtida após liberação e recaptura de animais marcados. πi = a fração de uma população de indivíduos pertencentes à espécie i. (Ver ÍNDICE DE EQÜIDADE) ÍNDICE DE DOMINÂNCIA Grau em que se expressa a dominância de uma ou mais espécies numa comunidade. O tamanho da população é calculado a partir do número de animais marcados e [que foram] liberados (Nm).000 indivíduos.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ni = número de indivíduos de uma espécie i de uma amostra de uma população. b) Índice de R. Método de estudo de uma população animal. onde: S = no de espécies. d) H. H.Odum (1960) D = S / 1. Shannon . calculado por: J’ = H’ / logS.E. admitindo-se que os indivíduos estejam completa e igualmente distribuídos pelas respectivas espécies (Dmax = S). ln = logaritmo natural de um número. para determinada espécie i: 1 Índice D= ----------------S ∑Pi2 onde: i=1 f) Índice de Shannon-Wiener (posteriormente atualizado e denominado de Índice de C. neste caso calcula-se para cada espécie.Menhinick (1964): D = S / √N. em que uma ou mais amostras. ni = valor de importância para cada espécie (nº de indivíduos. e) Índice de E. ou seja. levando em consideração os padrões de abundância ou biomassa de uma comunidade e a riqueza em espécies.T. a recaptura das amostras marcadas é alta nas populações pequenas e baixa nas grandes.P. Pi = a fração de uma amostra de indivíduos pertencentes à espécie i. (Ver DOMINANTE ECOLÓGICO. baseando-se no valor de importância de cada espécie. produção etc). D (ver este índice no verbete ÍNDICE DE DIVERSIDADE (DE ESPÉCIES)). onde: c = concentração de dominância. denominou (em inglês) de “catch-mark-recatch”. A fórmula do índice de eqüidade seria então: D 1 1 E = ------. c) Índice de E. do número de animais capturados numa amostra (Ns) após a liberação e do número de indivíduos marcados na amostra (Nms). Gleason (1922): D = S/ln N. Lincoln. De uma maneira geral. Simpson (1949). marcada. a proporção é Pi. liberada e depois reexaminada para observar a proporção de recaptura das amostras marcadas. Weaver. biomassa. e ÍNDICE DE BERGER-PARKER) ÍNDICE DE EQÜIDADE Este índice pode ser quantificado expressando-se o índice de Simpson.= -------. como uma proporção do valor máximo possível de D. H’ = índice de diversidade de Shannon-Weiner. em 1949)): S Diversidade H = -∑ Pi ln Pi i=1 Nos índices de Simpson e Shannon os valores dos índices dependem da biodiversidade (riqueza em espécies) e da eqüidade com a qual os indivíduos são distribuídos dentro de cada espécie. a proporção de indivíduos ou biomassa que contribui para o total da amostragem.W. ÍNDICE DE LINCOLN (ou CAPTURA-MARCAÇÃO-RECAPTURA (MÉTODO DE)) Originalmente seu introdutor. a) Índice de H. é capturada. na classificação dos tipos de clima. onde: S = índice de similaridade. Fórmula: Iu = 100(P-EP/EP). expresso em porcentagem. que pode ser calculado por: S = 2C / (A + B). É representado por: SR = (S-1)logN. Alguns autores preferem o índice de afinidade. b e c tendo as mesmas denominações da equação do índice de similaridade. são mais “versáteis”. (S) é o valor representativo do excesso de precipitação acima da evapotranspiração potencial: Ih = 100(S/N).U. onde: A = número de espécies da amostra A. O índice de dissimilaridade é dado por: 1 . sendo então positiva se a precipitação excede a evapotranspiração.53 : 0. Ao número de parasitas por hospedeiro. ectendo e ectomicorrízicos. os seguintes resultados: em solo argiloso uma relação de 0.b)1/2. Considerando valores de “referência” (baixa concentração dos poluentes) e de “poluição” (alta concentração).24 e em solo arenoso de 1.A. C= “ “ “ comuns a ambas as amostras. A sensibilidade é considerada a inibição da atividade microbiana nos níveis extremamente baixos de concentração do poluente e a resistência é dada pela capacidade do microrganismo crescer na presença desse poluente.50 : 0.: fungos endo. (Ver ÍNDICE DE ARIDEZ (Ia)) ÍNDICE DE SIMILARIDADE Entre duas áreas de amostragem poderá haver um grau de similaridade entre o número de espécies encontradas nas duas amostras. e negativa se EP for maior do que P. (Ver PREVALÊNCIA) 139 . Outros autores preferem utilizar a relação da evapotranspiração (EP) para a precipitação total (P) expressa como porcentagem.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver MARCAÇÃO-RECAPTURA. assim como ao estabelecimento ou entrada de simbiontes microbianos na planta hospedeira (ex. as populações microbianas são mais sensíveis (teoricamente. INDÍGENO (Ver AUTÓCTONE) INDIVIDUALISMO (Ver SUPERORGANISMO) INDIVÍDUO (Ver ESPÉCIME) INEFETIVIDADE (Ver EFETIVIDADE) INEFICIÊNCIA (Ver EFICIÊNCIA) “INFAUNA” (Ver BIOMA DA COSTA LAMACENTA) INFECÇÃO Em termos ecológicos refere-se à contaminação de um hospedeiro por um parasita.19. ÍNDICE DE UMIDADE (Ih) Medida do suprimento efetivo de umidade. Este índice fornece o valor de dissimilaridade entre o número de espécies encontradas em duas áreas de amostragem.S. Neste último portanto. que é dado por: A = c/(a. ÍNDICE DE VERSATILIDADE INDICE DE VERSATILIDADE = RELAÇÃO SENSIBILIDADE : RESISTÊNCIA Utiliza-se tal índice ou relação como um biomonitor de metais pesados poluidores do solo. B= “ “ “ “ “ B. denomina-se intensidade de infecção. infectando plantas hospedeiras). para comparar a quantidade de umidade no solo com a umidade do ar mais próximo à superfície. ÍNDICE DE PALMER DE SEVERIDADE DE SECA Usado principalmente nos E. MÉTODO DE) ÍNDICE DE MARGALEFF Índice (com uma variável) da biodiversidade de uma amostra ou assembléia que é ponderado a favor da riqueza de espécies. propiciando maior sucessão ecológica e maior reciclagem do metal pesado). são dados como exemplo. com a. calculado pela relação do excedente de precipitação pluvial (S) e a carência ou necessidade (N). e bactérias fixadoras de nitrogênio. onde S é o número de espécies e N é o número de indivíduos na amostra ou assembléia. inferior” (o oposto de “supra-”).A. incluindo o desenvolvimento de técnicas visando a captura e o armazenamento do CO2. multinacional britânica) juntamente com a Universidade de Princeton. de maneira intencional. feito. (Ver EQUAÇÃO LOGÍSTICA) “infra-” Prefixo de origem grega significando “abaixo. além dos verbetes que seguem há: infrapopulação (em parasitologia refere-se a todos os indivíduos de uma espécie de parasita ocorrendo num único espécime de hospedeiro). ritmo infrarradiano (um ritmo biológico com um período menor do que 24 h). e RELÓGIO BIOLÓGICO) INFRALITORAL (Ver FRANJA INFRALITORÂNEA. o site da “BP – Beyond Petroleum”. 140 . em inglês. “ultra-”. cujo objetivo principal é estimular as sociedades (de países desenvolvidos e de países em desenvolvimento) a desenvolverem alternativas energéticas. e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) INIBIÇÃO (EM SUCESSÃO) (Ver SUCESSÃO AUTOGÊNICA) INICIATIVA PARA MITIGAÇÃO DO CARBONO Grande programa da “BP – Beyond Petroleum” (tradução do inglês: além do petróleo) (a antiga “BP – British Petroleum”. . sigmóide. Há vários termos com este prefixo. K Ponto de inflexão K/2 Tempo Na equação logística ao se relacionar número de indivíduos de uma população ao tempo. (Ver “supra-”. que separa a fase ascendente ou de aceleração do crescimento. denominado de “CMI – Carbon Mitigation Initiative”. ou seja. da fase descendente ou de desaceleração do crescimento. em forma de S (numa equação logística). E. evitando que os 7 bilhões anuais de toneladas desse gás que são emitidos atualmente (2006) se elevem para os previstos 14 bilhões a serem atingidos em 2055.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Tamanho da população INFLEXÃO. PONTO DE Inflexão significa “mudança de direção ou desvio”. É o ponto numa curva de crescimento. além das propostas de redução da emissão desse poluente atmosférico. onde são mostrados os diversos projetos relacionados a esta problemática ambiental) (Ver “IPCC”) (Ver CAPTURA E ARMAZENAMENTO DE DIÓXIDO DE CARBONO) INIMIGO NATURAL (Ver CONTROLE BIOLÓGICO) INOCULAÇÃO Introdução de um organismo (benéfico ou maléfico) num outro organismo. é um grande conjunto de diversas iniciativas. O programa como um todo. o ponto de inflexão é a metade (N = K/2) da capacidade de suporte (K).U. visando baixar as emissões de CO2 para a atmosfera. e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) INFRAPELÁGICO(A) (Ver ZONA MESOPELÁGICA. que um patógeno humano pode ser inoculado num determinado animal (ou no próprio homem) ou que uma bactéria fixadora de N2 ou uma endomicorriza é inoculada na raiz de uma planta. geralmente. Fala-se portanto. (Ver na BIBLIOGRAFIA. Protocooperação (ou simbiose) 8. Amensalismo (inter ou ESPÉCIE (OU POPULAÇÃO) A B 0 0 - 0 4. ou seja. Competição intraespecífica) 3. e SILICATOS) INTENSIDADE DE ABUNDÂNCIA (Ver DENSIDADE ECOLÓGICA) INTENSIDADE DE INFECÇÃO (Ver INFECÇÃO) INTERAÇÃO ECOLÓGICA Relação existente entre indivíduos (ou populações) de duas espécies de organismos. de acordo com o tipo de interação considerado. e COMPETIÇÃO POR INTERFERÊNCIA) INTERFERÊNCIA MÚTUA (Ver COEFICIENTE DE INTERFERÊNCIA) “INTERNATIONAL WHALING COMMISSION” (Ver COMISSÃO INTERNACIONAL DE PESCA DA BALEIA) INTRAESPECÍFICO Relação entre indivíduos da mesma espécie. não é correta. segundo alguns autores. INSETICIDA Substância que elimina insetos. na qual um dos grupos desses organismos poderá ou não afetar o outro grupo. (Ver ACIDÓLISE. Predação + - 6.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Observe-se que é correto dizer que “uma bactéria é inoculada numa planta”. (Ver INTERESPECÍFICO) 141 . deve-se dizer que “uma planta é infectada por uma bactéria” (e não “foi inoculada por uma bactéria”). mas a recíproca. (Ver PESTICIDA) INSETICIDA RACIONAL Seria um inseticida com características tais que não exercesse efeito danoso (ou que fosse de conseqüências limitadas) sobre outra espécie de inseto útil ou desejável. 1971): TIPO DE INTERAÇÃO 1. (Ver INTRAESPECÍFICO) INTERFERÊNCIA (Ver ANTAGONISMO. (Ver PESTICIDA) INTEMPERISMO Conjunto de processos de origem atmosférica (física e química) e biológica. Os chamados (cinco) fatores de controle do intemperismo são basicamente: o material parental (rocha matriz ou rocha mãe). Os vários tipos de interação estão representados no quadro que segue (ODUM. topografia e tempo. clima. Neutralismo 2. no verbete “para-”) INTERESPECÍFICO Relação entre indivíduos de espécies diferentes. levando à desintegração de rochas (liberação de minerais). Mutualismo (ou simbiose) + + 0 + + + INTERPRETAÇÃO Nenhuma espécie é afetada Ambas as espécies se prejudicam Espécie A é prejudicada e a espécie B não é afetada Espécie A (parasita) se beneficia e a B (hospedeira) se prejudica) Espécie A (predador) se beneficia e a B (presa) se prejudica Espécie A se beneficia e a B não é afetada Ambas as espécies se beneficiam mas a interação “não” é obrigatória Ambas as espécies se beneficiam e a interação “é” obrigatória (Ver paramutualismo e parasimbiose. biota. COEFICIENTE DE INTERFERÊNCIA. Parasitismo + - 5. Comensalismo 7. Assim sendo. em algumas cidades. isófago (predadores ou parasitas que são seletivos quanto a alimento ou hospedeiros. “IPCC – INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE” Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática. fixa normas e procedimentos técnicos de âmbito internacional para Gestão Ambiental (GA).INTERNATIONAL STANDARDIZATION / STANDARDS ORGANIZATION” Organização Internacional de Normalização. Exemplos: isograma (linha num mapa ligando pontos de iguais valores numéricos relacionados a determinado parâmetro).000. incluindo sua possível reciclagem. técnica e socio-econômica que sejam relevantes à compreensão da mudança climática mundial. isomorfismo (similaridade superficial entre indivíduos de diferentes espécies ou raças). (Ver “-clino” e ISOCLINO ZERO) ISOCLINO ZERO ISOCLINO ZERO = CRESCIMENTO ZERO 142 .Organização das Nações Unidas. “ISO 14. aprisionando os poluentes acumulados no ar próximo à superfície desse local.000 . que une pontos indicadores da mesma taxa de aumento dessa população. isoieta (linha num gráfico ou mapa conectando pontos de mesmos valores de precipitação). isoterma (linha num gráfico ou mapa conectando pontos de mesmos valores de temperatura). (Ver na BIBLIOGRAFIA. A ISO 14. inclusive o Brasil. Seus relatórios estão disponíveis em várias línguas. contribuindo nesse trabalho o segmento industrial e as organizações normativas governamentais e não-governamentais. Os estudos para sua criação começaram em 1992. ISOCIANATO DE METILA (Ver BHOPAL. A figura seguinte ilustra esta situação: ar frio A l t i t u d e camada de inversão Concentração de poluentes Temperatura → IONOSFERA Região da atmosfera terrestre superior. site do IPCC) “iso-” Prefixo de origem grega significando “igual”. os aspectos ambientais na padronização dos produtos e a avaliação do desempenho ambiental. mas que não são restritos a um só tipo de alimento ou de espécie hospedeira). ligada à ONU . levando em conta os impactos ambientais gerados em cada fase do ciclo da produção de tais bens.000 envolve o sistema de gestão ambiental e sua auditoria. conhecida como ISO 14. durante uma inversão de temperatura. Atividade desenvolvida pela “UNEP – United Nations Environment Programme” (programa das Nações Unidas para o meio ambiente). TRAGÉDIA DE) ISOCLINO Linha representativa da população de uma espécie.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS INVASOR (Ver ALÓCTONE) INVERSÃO DE TEMPERATURA (ou INVERSÃO TÉRMICA) Normalmente a temperatura da atmosfera diminui proporcionalmente com o aumento da altitude. os responsáveis pela produção de bens de consumo poderão melhorar seus produtos preocupando-se com seus efeitos sobre o ambiente. uma camada de ar quente poderá penetrar entre duas camadas de ar frio e daí comprimir a camada fria subjacente. isohalino (linha num gráfico ou mapa unindo pontos de mesmos valores de salinidade). cuja finalidade principal é o desenvolvimento da informação científica. a partir de um comitê técnico do qual participaram representantes de 40 países. iniciando-se a 90km acima da Terra. (vii) ameaçada e (viii) comercialmente ameaçada. Na equação de Lotka-Volterra o isoclino zero é dado por dN/dt = 0. E propôs critérios para avaliar o status de declínio. e também daquelas que se saiba ou que se pense que estejam extintas da vida silvestre. admitindo que não ocorra migração. (iv) rara. (g) baixo risco. “IUCN RED LIST” (ou LISTA VERMELHA DA “IUCN”) Uma lista de espécies e subespécies de animais ameaçados de extinção. o evento da reprodução acontece várias vezes ao longo da vida de uma espécie. ou seja. muitas vezes relacionada aos distúrbios que um habitat sofre.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Linha representativa da população de uma espécie. (e) vulnerável. em que não ocorre crescimento nem redução no número de indivíduos. aumentando suas chances de sobrevivência. (Ver SEMELPARIÇÃO) ITINERANTE (Ver AGRICULTURA ITINERANTE) “IUCN − INTERNATIONAL UNION FOR THE CONSERVATION OF NATURE” União Internacional para a Conservação da Natureza. (c) criticamente em perigo. é fator importante na especiação alopátrica. (ii) em perigo. (Ver “-clino” e ISOCLINO) ISOLAMENTO A combinação de diversos fatores. 143 . (vi) insuficientemente conhecida. (iii) vulnerável. É uma lista compilada pela “WCMC – World Conservation Monitoring Centre” (Centro Mundial de Monitoramento da Conservação). O isolamento ecológico ou genético (ou ainda reprodutivo). e (i) não-avaliada. Publica lista de espécies que correm risco de extinção. tais critérios incluem: (a) extinta. atua na especiação simpátrica. (h) dados insuficientes. O isolamento geográfico (ou “ilhamento”) por exemplo. pode conduzir ao isolamento de uma (ou mais) determinada espécie de animal ou planta. (b) extinta silvestre. (f) dependente de conservação. A “IUCN” desenvolveu categorias para uso em trabalhos de conservação referentes ao status de espécies e subespécies de animais: (i) extinta. níveis populacionais e tamanhos de faixas que reflitam aumentos no risco de extinção. (d) em perigo. (Ver ALOPATRIA e SIMPATRIA) ITEROPARIDADE Repetição do ciclo reprodutivo. (v) indeterminada. Organismo não-governamental que se dedica à conservação da flora e fauna mundiais. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 144 . com os demais membros da população. como predador voraz que se comporta de maneira egoísta. (Ver ALTRUÍSMO e EGOÍSMO (ou MALEVOLÊNCIA)) JORDAN (Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS) JUNDUS (Ver RESTINGA) JUSANTE Situado rio abaixo. prevendo para cada um dos itens acima mencionados prazos de atendimento que se estenderão até o ano 2020. expressão esta ainda não convencionada em português. além de outros animais (lulas. restauração da pesca e combate à redução da biodiversidade e à desertificação.. (Ver HORTO FLORESTAL. agricultura e silvicultura sustentáveis. (Ver MONTANTE) “KATRINA” (Ver EFEITO BUMERANGUE) K . tendo reconhecido a crescente pobreza e degradação ambiental mundial. considerando-se a corrente fluvial em direção à foz (oposto de montante). focas comedoras-de-caranguejo. entre 26/agosto e 4/setembro/2002. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) JARDIM ZOOLÓGICO Qualquer coleção de animais silvestres.000 espécimes desse crustáceo. No caso do falcão está implícito o custo da contenda (luta) pela conquista do alimento. peixes e aves). divide o que consegue como alimento.. enquanto o pombo tem uma estratégia altruísta de caráter mais “social”. Na fase jovem o “krill” prefere as águas profundas (de 700 a 1500m) para se desenvolverem. é alimento básico de muitos animais de grande porte (baleias. por serem mais quentes. JOGO DO FALCÃO-POMBO Tradução literal do inglês (“hawk-dove game”). ENCONTRO DE O encontro mundial de Joanesburgo (África do Sul) iniciou sua jornada em Nova York e depois Bali (Indonésia). não partilhando a presa com nenhum outro indivíduo da espécie e do pombo. de pequeno tamanho (3 cm).) mantidas em local adequado à sua preservação e expostas à visitação pública. Uma baleia azul ingere de 2 a 3 Mg (megagramas) de “krill” a cada vez que se alimenta. Gerou como documento principal um Plano de Implementação. A espécie mais comum da Antártica (com 6 cm de comprimento). pelágico. refere-se em estudo de comportamento animal às diferentes reações do falcão. Num m3 de água há cerca de 63. 145 . as focas-leopardo). mantidos vivos em cativeiro ou em semiliberdade e expostos à visitação pública. Reuniu 104 chefes de Estado. energia sustentável. (Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) JOANESBURGO (ou JOHANNESBURG). nos diversos pontos essenciais seguintes: água e sanitarismo.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS J/K JARDIM BOTÂNICO Coleção de plantas (silvestres. a Euphausia superba. ou seja. que contrariamente. procurou obter a participação dos países desenvolvidos para subsidiar os países em desenvolvimento.ESTRATEGISTA (Ver ESTRATEGISTAS K e r) “KRILL” Crustáceo (da ordem Euphausiacea) marinho. saúde. ornamentais etc. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS KYOTO (ou QUIOTO) (Ver PROTOCOLO DE QUIOTO) 146 . em depressão natural do solo. na ponta do Cabo Branco. por vezes com aspecto poroso e terroso com alto teor de óxidos de ferro e de alumínio. em João Pessoa.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS L LAGO Sistema limnológico (água continental). deixando um material intemperizado e rico em compostos de ferro (daí também o nome ferralitização) e alumínio (daí o nome alitização). com grande quantidade 147 . DE MEANDRO ou CRESCENTE (Ver MEANDROS) LAGUNA Diz-se geralmente do represamento de água salgada num braço de mar pouco profundo. e DIAPAUSA) LATERIZAÇÃO (Ver LATOLIZAÇÃO) LATOLIZAÇÃO LATOLIZAÇÃO = LATERIZAÇÃO = FERRALITIZAÇÃO Processo de formação de muitos solos tropicais. LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO Lagoa feita para reter efluentes (industriais e domésticos ou urbanos). A laterita (ou laterito ou ferralito). na floresta amazônica. (Ver MACEIÓ) “LA NIÑA” (Ver CORRENTE “EL NIÑO”) LARVA Nos insetos holometabólicos larva é o estádio imaturo entre o ovo e a pupa. rocha ferruginosa.U. aflora em certas regiões do Brasil como nos chapadões do centro-oeste. muito intemperizado. como por exemplo os latossolos. LATÊNCIA (Ver DORMÊNCIA. (Ver APÊNDICE VII – OS MAIORES LAGOS DO MUNDO) LAGOA Sistema limnológico (água continental). um ajuntamento de água no interior de um recife ou coral. antes de serem lançados nos rios ou de serem utilizados para outras finalidades (a vinhaça. num processo chamado de “fertirrigação”). onde nutrientes e compostos de sílica são lixiviados (carregados). LAGO) LAGOS DE FERRADURA.) típico de clima tropical e subtropical.A. de grande extensão. (Ver SILICATOS) LATOSSOLOS LATOSSOLO = OXISOL Solos (antes classificados de oxisols. baixa fertilidade. LAGO) LAGO AUTOTRÓFICO (Ver AUTOTRÓFICO. apresentando-se como concreções e arenitos ferruginosos. profundo (> 2 m). na chapada do Araripe (CE) e no litoral paraibano. pelas usinas de cana-de-açúcar. de pequena extensão. ou vinhoto. de acordo com classsificação dos E. após esse processo tem sido utilizado como adubo orgânico. em depressão natural do solo. entre bancos de areia ou de um rio que não consegue desembocar no mar. por exemplo. ou ainda. onde são degradados naturalmente por processos anaeróbios e/ou aeróbios. LAGO ALOTRÓFICO (Ver ALOTRÓFICO. 3/2 log d onde c é uma constante. A nova lei firmaria compromissos de obediência às inúmeras leis e resoluções (do CONAMA) já existentes. referindo-se também à eficiência. O gráfico que segue representa os limites de tolerância e ótimos ecológicos de organismos esteno e euritérmicos. Seus principais tipos são: Roxo.. (Ver SOLOS BRASILEIROS. que não é de 100%. (Ver FLUXO DE ENERGIA) LEI DA TOLERÂNCIA LEI DA TOLERÂNCIA = LEI DE SHELFORD Todos os seres vivos têm um limite mínimo e um limite máximo ecológicos. a intenção de ajuste de conduta. baixos teores de Ca e Mg (inferior a 3 cmol/kg ou me/100g). Na transformação da energia solar em energia química na cadeia alimentar e na transferência desta energia de um nível trófico para outro. Presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Segundo seus introdutores. Esta inclinação de -3/2 na verdade indica que nesta população em crescimento e raleamento. Os latossolos apresentam. ato que degrade. Sr. ou seja. com o compromisso dos infratores de que protocolariam nos órgãos ambientais de sua jurisdição. Sua suspensão. a sua média de peso (ou biomassa) aumenta mais rápido do que sua densidade diminui. danifique e que enfim comprometa a existência e/ou a qualidade do patrimônio ambiental brasileiro. LEI e TEORIA) LEI ALOMÉTRICA (Ver ALOMETRIA) LEI DA CONSTANTE DE EXTINÇÃO (ou LEI DE VAN VALEN) Lei empírica estabelecendo que para qualquer grupo de organismos relacionados que compartilhem condições ecológicas comuns. (Ver CÓDIGO FLORESTAL. observa-se a aplicação destas duas leis. do que conservar”. contribuindo com maior eficácia no estabelecimento de sanções severas administrativas. Latossolo Bruno. ocorrem transformações de uma forma de energia para outra forma. que deveria estar em vigor desde 1º de abril de 1999. em geral.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS de sesquióxidos de Fe e Al. A segunda refere-se à transferência espontânea de energia de um corpo mais “quente” para um mais “frio”. 148 . sendo então adiada a aplicação da nova lei. Vermelho-Escuro variação Una. na gestão do Exmo. permeará a ação degradadora de reincidentes. em especial a Lei nº 6. LEI DA TERMODINÂMICA Sao duas as leis da termodinâmica que se aplicam a diversos processos ou fenômenos ecológicos. segundo os ecólogos vegetais. Vermelho-Amarelo. CLASSIFICAÇÃO DE) LAURASIA (Ver PANGÉIA (ou PANGAEA). em inglês). A primeira diz respeito à conservação da energia. e CONAMA) LEI (Ver CONJETURA. a energia não é criada nem destruída. Amarelo. à relação entre os logaritmos da biomassa (ou da média de peso (w)) e a densidade de uma população de plantas (d). e REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) LC50 (Ver DOSE LETAL) LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Conjunto de regulamentos jurídicos dirigidos às atividades antrópicas que inteferem ou afetam a qualidade do meio ambiente. é digno de nota a nova Lei 9. mas teve sua efetividade suspensa por medida provisória (1. HIPÓTESE. Vermelho-Escuro. em crescimento. LEI DA POTÊNCIA DOS TRÊS MEIOS (-3/2) Refere-se. esta lei aplica-se às populações que. acobertando aqueles que adotam o princípio de que “é mais econômico e rentável degradar. Ver CONAMA). há uma constante de probabilidade de extinção de qualquer taxon por unidade de tempo. o seu ótimo ecológico.605/98.0). sofrem raleamento (declínio progressivo na densidade ou “self-thinning”. Com relação a crime ambiental. com uma inclinação de aproximadamente 3/2. aceitou a “explicação” (“diferente de justificativa”) de que inúmeros empreendimentos não teriam condições de atender às leis de proteção ambiental. O Governo Federal. ácido (pH < 5.938/81 (instituindo o SISNAMA e a Política Nacional do Meio Ambiente. quando ela passa de uma forma para outra. sendo seus responsáveis punidos conforme as leis vigentes. A equação representativa é: log w = logc . entre os quais situase a sua faixa de tolerância às condições ambientais e onde se encontra também.170) por um período que poderá chegar a 10 anos. civis e penais às pessoas físicas e jurídicas que praticam ação lesiva ao nosso patrimônio ambiental.. Os organismos que aí vivem são chamados de lênticos. é uma levedura.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Desenvolvimento Ótimo ecológico euritérmico estenotérmico 10 estenotérmico 20 30 40 Temperatura. têm por habitat o solo. LENÇOL FREÁTICO LENÇOL FREÁTICO = ÁGUA SUBTERRÂNEA Acúmulo de água abaixo do solo propriamente dito (parte desintegrada) e geralmente sobre camada de rocha subterrânea. Recomenda-se que este conceito se restrinja aos elementos químicos (oxigênio.)... (Ver BOLOR. TRANSMISSÃO (Ver PARASITISMO) LEVEDURA Fungo unicelular que se reproduz assexuadamente por brotamento. (Ver FATOR LIMITANTE) LEITO FLUVIAL Canal natural por onde flui um rio. e DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) 149 . Algumas plantas. fósforo. como as do cerrado. A maioria dos levedos são do grupo dos ascomicetos. os elementos que mais se aproximam do mínimo crítico necessitado pelo organismo são os que tenderão a tornar-se os fatores limitantes ao crescimento desse organismo. em oC (Ver AMPLITUDE ECOLÓGICA) LEI DE HARDY-WEINBERG (Ver EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG) LEI DE LIEBIG (Ver LEI DO MÍNIMO) LEI DE SHELFORD (Ver LEI DA TOLERÂNCIA) LEI DO MÍNIMO LEI DO MÍNIMO = LEI DE LIEBIG O crescimento de um organismo está sempre dependente do nutriente que se apresenta na quantidade mínima disponível. LENTICELA Tecido especial existente em algumas plantas. Os outros fatores ambientais (temperatura. LÊNTICO Relativo às águas paradas (lagos. O Saccharomyces cerevisae. (Ver LÓTICO) LEPTOCÚRTICA. Seu “leito maior” diz respeito ao canal por onde ele flui nos períodos de cheia e o “leito menor” ao canal ocupado no período de águas baixas. com estrutura e função apropriadas para a troca gasosa entre a planta e o meio. a mais de 15 m de profundidade. nitrogênio etc) necessários à fisiologia e reprodução dos organismos. luz) devem ser incluídos no conceito de tolerância. lançam raízes que alcançam o lençol freático. utilizado na fermentação do caldo de cana-de-açúcar (fabricação do álcool) e da cerveja. em períodos normais. Em condições estáveis. Ocorre em raízes tabulares (sapopemas) de algumas plantas terrestres e nas raízes de plantas do mangue. águas represadas em geral. LIEBIG (Ver LEI DO MÍNIMO) LIGNINA Carboidrato complexo que se deposita na parede celular das plantas. LIGNOCELULOSE Forte ligação de lignina e celulose. LIMITE DE TOLERÂNCIA (Ver AMPLITUDE ECOLÓGICA) LIMNÉTICO (Ver ZONA LIMNÉTICA) LIMNOCICLO (Ver BIOSFERA) LIMNOLOGIA Literalmente. uma colônia de células com reações metabólicas idênticas. tendo geralmente uma árvore por suporte de sustentação. no caso do continente. denominados de liberação ecológica. Termo muito utilizado em microbiologia. Numa das fórmulas sugeridas para representação desse limite. e CLONAGEM) 150 . admitem os autores. normalmente há menos espécies do que em áreas continentais comparáveis. geralmente dulciaqüícolas (de água doce).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS LIANA Trepadeira lenhosa. Refere-se à observação de que em ilhas. bastante resistente à decomposição microbiana. (Ver CLONE. O prefixo “limno” é aplicado a tudo que se refere a tais ambientes. como o cupim. e SIMILARIDADE LIMITANTE) LIMITE DE SIMILARIDADE Alguns ecólogos desenvolveram modelos que sugerem que existe um limite à similaridade entre competidores que coexistem. uma epífita. É portanto. gera numa cultura em placa de Petri. embora essas espécies insulares tenham maior densidade e se expandam em habitats que. Planta (ou cipó) que se desenvolve. constituindo fundamentalmente a madeira das árvores e as fibras de muitas plantas. onde d é a distância (num gráfico representativo da utilização de recursos. ou seja. limnologia (do grego “limnos” = lago e “logos” = estudo) é o estudo dos lagos. proveniente (descendente) de uma mesma (única) célula. ÍNDICE DE (Ver ÍNDICE DE LINCOLN (ou CAPTURA-MARCAÇÃO-RECAPTURA (MÉTODO DE)) LINHAGEM LINHAGEM = CEPA = CLONE População. no conjunto. seriam preenchidos por outras espécies. se em excesso ou carência. Esses fenômenos são. Genericamente a limnologia é o estudo dos ecossistemas não-marinhos. de células. “largura relativa”) das curvas de uso do recurso. Esta representação seria muito simplória para uma universalidade desse limite de similaridade. (Ver ENZIMAS DO SOLO) LIMIAR DE AÇÃO DE CONTROLE (DE PRAGA) (Ver DANO ECONÔMICO) LIMITANTE (Ver FATOR LIMITANTE. por exemplo. é um nível de similaridade entre espécies competidoras que. Um “ótimo de similaridade” também é uma expressão utilizada por alguns autores que consideram ser este ponto importante. como limnoplâncton. como alimento. LIGNOLÍTICO (ou LIGNINOLÍTICO) Diz-se do processo em que enzimas específicas decompõem a lignina. continentais ou epicontinentais. prejudicará o “fitness” de uma dessas espécies. LIMO (Ver TEXTURA DO SOLO) LINCOLN. por exemplo) entre os picos de uso do recurso por cada espécie competidora e w é o desvio padrão (ou grosseiramente. a condição que mostra tal limite é: d/w>1. O bagaço de cana-de-açúcar é rico em lignocelulose. Cerca de 1/4 de toda a fitomassa da biosfera é lignina. Uma linhagem de bactéria isolada do solo. LIGNÍVORO LIGNÍVORO = XILÓFAGO Ser que se alimenta de madeira. organismo limnético etc. LIBERAÇÃO ECOLÓGICA Processo ligado à expansão de habitat. LITORAL (Ver ESTIRÂNCIO. Junto com os corpos de água forma a hidro-litosfera. (Ver BIOMAGNIFICAÇÃO) LIPOSSOLÚVEL (Ver ORGANOCLORADO) LÍQUEN Associação mutualística entre alga e fungo. carregando nutrientes e microrganismos importantes à vida das plantas. podendo ou não serem reutilizados pelas plantas. (Ver LÊNTICO) LOTKA-VOLTERRA (Ver MODELO DE LOTKA-VOLTERRA) LUVISSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS. principalmente protozoários. provavelmente porque o SO2 inibe o processo fotossintético no ficobionte. cachoeiras. Neste processo os nutrientes percolam no solo. córregos.. CLASSIFICAÇÃO DE) 151 . indo para profundidades maiores. e APÊNDICE IV– ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) LITOSFERA Porção da crosta da Terra que compreende as camadas de rocha e solo. (Ver ZOOGLEA) LOGÍSTICA (Ver EQUAÇÃO LOGÍSTICA) LÓTICO Relativo às águas correntes (rios. LITÓTROFO (Ver QUIMIÓTROFO) LITOSERE Diz-se da “sere” cuja vegetação se desenvolve sobre rocha. corredeiras. (Ver OXISERE. PSAMOSERE. geralmente “a céu aberto”.. participando do intemperismo e do processo de sucessão ecológica. e “RUNOFF”) LODO ATIVADO Floculação que comumente ocorre em efluentes ou em água parada.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS LIPOFÍLICO Com afinidade por gordura. De alguns líquens extraem-se certos medicamentos. riachos. e XEROSERE) “LITTER” (Ver NECROMASSA) LIXÃO Designação geral de local onde é depositado todo o lixo de uma cidade. A alga fotossintetiza. EROSÃO. onde o O2 dissolvido permite a proliferação de bactérias como a zooglea e outros organismos. Que se acumula nos tecidos adiposos. (Ver ATERRO SANITÁRIO) LIXIVIAÇÃO Um tipo de lavagem do solo ocasionada geralmente pela chuva.). Sua sensibilidade a poluentes atmosféricos permite seu uso como indicador ecológico nos locais sujeitos à poluição industrial (do ar). produzindo carboidratos e fixando N2. Os organismos que aí vivem são chamados de lóticos. O processo de lixiviação empobrece o solo. (Ver BIOLIXIVIAÇÃO. Os líquens são populações pioneiras em rochas e minerais. o fungo absorve água e supre a associação com nutrientes. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 152 . após liberados do organismo do hospedeiro. 5) Aquáticas flutuantes: flutuando na superfície da água (Eicchornia. MACROFITÓFAGO (Ver FITÓFAGO) MACRONUTRIENTES (Ver NUTRIENTES) MACROPARASITA Parasita. pertencentes a diversas ordens (Isopoda). MAGNIFICAÇÃO BIOLÓGICA (Ver BIOMAGNIFICAÇÃO) 153 . Há também os macroparasitas de plantas. assim como pulgas. evolutivamente. alguns deles vivendo na necromassa acumulada sobre o solo.). 3) Aquáticas submersas enraizadas: raízes fixas no sedimento e folhas submersas (Elodea..).. Salvinia. 2) Aquáticas com folhas flutuantes: enraizadas no sedimento e com folhas flutuando na superfície (Nymphaea. que atacam animais. em especial um animal.. adicionado de água de chuva. (Ver LAGUNA) MACROARTRÓPODO Denominação dada a diversas espécies de animais. em oposição ao microclima. estômatos quase sempre não-funcionais). Mencionam-se os seguintes grupos ecológicos de macrófitas (com alguns exemplos de gêneros): 1) Aquáticas submersas: enraizadas no sedimento e com folhas acima da superfície da água (Typha. que se alimenta de outros organismos.. algumas características dos vegetais superiores terrestres (cutícula fina.. (Ver MICROCLIMA) MACROCONSUMIDOR Organismo heterotrófico.. infecta novo hospedeiro. retornadas do ambiente terrestre para o aquático. As condições climáticas de um ecossistema ou de um bioma.). multiplicando-se através de estádios infectivos que.. vivos. MACROBIOTA (Ver BIOTA) MACROCLIMA O clima de uma região ampla. 4) Aquáticas submersas livres: rizóides pouco desenvolvidos. que se desenvolve no hospedeiro.. Incluem-se aqui os helmintos (ou vermes) que infestam o aparelho digestivo de animais.. Pontederia. apresentando portanto ainda.). flutuantes submersas (em locais sem turbulência) (Urticularia. (Ver CADEIA ALIMENTAR) MACROFAUNA (Ver MESOFAUNA) MACRÓFITAS (AQUÁTICAS) Admitem-se estas plantas como.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS M MAC (Ver METABOLISMO ÁCIDO DAS CRASSULÁCEAS) MaCARTHUR E WILSON (Ver TEORIA DA BIOGEOGRAFIA DE ILHAS) MACEIÓ Ajuntamento de água no litoral.).. causado pelas marés altas. Potamogeton. Victoria. carrapatos e até mesmo fungos. piolhos. macroscópico. como certos fungos e plantas que parasitam outras plantas. aplicando princípios ecológicos e respeitando as características florísticas.08 0.22 0. dá-se o nome de “manejo biológico”. ao sistema de exploração de madeira numa floresta natural. na conjunção deste com o mar. MANEJO BIOLÓGICO (Ver MANEJO AMBIENTAL) MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS (Ver MIP) MANEJO SUSTENTADO MANEJO SUSTENTADO = MANEJO SUSTENTÁVEL Refere-se. faunísticas. nascente. Venezuela. formado no estuário de um rio. (Ver DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL) MANEJO SUSTENTÁVEL (Ver MANEJO SUSTENTADO) MANGUE MANGUE = MANGUEZAL A denominação mangue.8 0.71 0. mangue.6 10. MANCHAS (ou SÍTIOS) (Ver REFÚGIOS) MANEJO AMBIENTAL Manipulação pelo homem.branco. Brasil. geralmente. garantindo assim sua perpetuidade. lago.85 27.siriúba.7 .3 8 0. onde são retiradas algumas árvores em “ponto ideal de abate” e esse trecho desbastado é deixado para que se regenere naturalmente. edáficas e de suas fontes de água.4 12. 1969): CARACTERÍSTICA Argila (%) Limo (%) Areia fina (%) Areia grossa (%) pH C:N C (g/100 g) Ca Mg K S (e. lençol freático) utilizada para consumo humano.75 3.09 5.09 154 MANGUE 18 35 42 --4. Laguncularia racemosa.000 km2. o termo mangue tem sido usado indistintamente de manguezal. Índia. Espécies vegetais típicas: manguevermelho. refere-se especificamente a cada uma das árvores típicas do ecossistema de manguezal que ocorre no litoral. Porém. formando grandes raízes escoras arqueadas (ver na foto ao lado) cujos frutos apresentam viviparidade (a semente germina quando ainda no fruto). Nigéria e Senegal. À manipulação da parte viva.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS MALATION (Ver ORGANOFOSFORADO) MALEVOLÊNCIA (Ver ALTRUÍSMO e EGOÍSMO (ou MALEVOLÊNCIA)) MANANCIAL Água (de rio. mangue.mg) PO4 DUNA ----100 --7.68 0. Rhizophora mangle. dos recursos naturais renováveis. No Brasil estima-se que os manguezais ocupam cerca de 25. As características dos solos de mangue e duna estão representadas comparativamente no quadro seguinte (LAMBERTI. distinguindo-se pelos pecíolos vermelhos. exclusivamente. As maiores “florestas de mangue” ocorrem na Malásia.41 2. Avicennia sp. restrito ao alcance das marés alta e baixa.38 109. (Ver ÍNDICE DE LINCOLN (ou CAPTURA-MARCAÇÃO-RECAPTURA. ocorrendo calcário e acúmulo de matéria orgânica. na população. Exemplo. No nosso exemplo seria então: N = 50(20)/6 = 167. de constituição argilosa. ex. endêmico deste bioma. MÉTODO DE) MARÉ. daí seu nome. na segunda amostragem. O rearranjo desta equação nos forneceria o elemento que falta. Quando a vegetação é homogênea (uma só espécie). que se segue ao dia de lua cheia ou de lua nova. ex. o guariba ou barbado (Alouatta fusca): 155 . como a encontrada em área próxima do rio Tocantins. em 1 ha dessa mata. POÇA (Ver POÇA DE MARÉ) MARÉ ALTA (Ver PREAMAR) MARÉ BAIXA (Ver BAIXA-MAR) MARÉ DE SIZÍGIA Maré de grande amplitude. é tão rica em espécies vegetais quanto a amazônica. Segundo informações da Fundação SOS Mata Atlântica. estendendo-se do litoral do Rio Grande do Norte ao do Rio Grande do Sul. tendo 6 deles a etiqueta que neles colocamos. Após um determinado tempo (suficiente para que se recuperem de qualquer trauma sofrido com a captura). o tamanho da população: N = nM/x.: mata de eucalipto. capturemos 50 peixes. Capturam-se alguns animais. cujas toxinas conduzem à morte de peixes e outros animais. ou seja: x = nM/N. A proporção de peixes marcados para não-marcados no lago é M/N. bastante fértil e por isso muito utilizado para o cultivo da cana-de-açúcar. As fotos que seguem (de documento sobre a Mata Atlântica. fala-se especificamente o nome de seu componente dominante. (Ver MATA ÚMIDA) MATA ATLÂNTICA MATA ATLÂNTICA = FLORESTA LATIFOLIADA TROPICAL ÚMIDA DA ENCOSTA Ecossistema que ocupa as encostas voltadas para o mar. foram encontradas 476 espécies arbóreas. são recapturados. Suponhamos que após alguns dias. MARÉ VERMELHA Fenômeno causado esporadicamente no mar por dinoflagelados principalmente. dada a toda cobertura vegetal com predominância de árvores. MATA Designação genérica.: mata de cipó. que tenha sido contaminado pelas toxinas de dinoflagelados associados à maré vermelha. pertencentes a 178 gêneros e 66 famílias. sendo este o recorde de biodiversidade de árvores de florestas do mundo. deve incluir indivíduos marcados nessa proporção M/N. MÉTODO DE Nesta denominação. ou seja. sem dados da publicação) ilustram trecho de mata atlântica e animal típico. beneficiando-se das influências climáticas do oceano Atlântico. comum no recôncavo baiano e em alguns outros locais do litoral nordestino. A denominação “paralisia por envenamento com moluscos” refere-se à ingestão desse animal.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS MANGUEZAL (Ver MANGUE) MANTA HÚMICA (Ver NECROMASSA) MARCAÇÃO-RECAPTURA. Segundo vários autores. está implícito no termo “recaptura” que o método poderia ser também chamado de “captura-marcação-recaptura”. O número de recapturas. de acordo com RICKLEFS (2007): 20 peixes são capturados num pequeno lago com população de N peixes de certa espécie e são marcados (M) com etiquetas de fácil visualização. na amazônia. embora suas árvores sejam um pouco mais baixas (20 ou 30 m). mata de pinheiro etc. (Ver “BLOOM”) MARGINAL (Ver TEOREMA DO VALOR MARGINAL) MARICULTURA (Ver AQÜICULTURA) MASSAPÊ Tipo de solo. qualquer amostragem posterior feita. tido como x. no estado do Espírito Santo (Estação Biológica de Sta. é o produto do tamanho dessa amostra (n) vezes a proporção de indivíduos marcados. Em alguns ecossistemas utiliza-se este termo para definir sua característica principal. Após os peixes marcados terem se dispersado na população. Este é um método utilizado para se estimar o tamanho de uma população animal. que são marcados ou etiquetados e depois são soltos. Lúcia). desejando-se descartar-se de algum objeto).) MATÉRIA SECA Refere-se. esta matriz. peroba. Tapirira guianensis. Hymenaea martiana. entre outras. geralmente. MATO Designação genérica. Tem sido bastante destruída. beneficiando-se da disponibilidade de água e nutrientes que se acumulam nas margens. apresentando.O. sucupira. jatobá. proposta por H. Bowdichia virgilioides. Na mata úmida ocorriam em abundância: louro. a mata ciliar beneficia o curso d’água que margeia. Manilkara salzmanii e outras. dada a praticamente qualquer tipo de área com cobertura vegetal natural. cupiúba. Na região nordeste do Brasil tem certa conotação pejorativa. abandonado) ou “jogar no mato” (jogar no lixo. estar “coberto ou tomado pelo mato” (desprezado. É obtida por secagem do material fresco. MATACÃO (Ver TEXTURA DO SOLO) MATA CILIAR MATA CILIAR = MATA DE GALERIA Mata que margeia rio. Dalbergia nigra. cedendo hoje lugar a cultivos como o da cana-de-açúcar. Caesalpinia echinata. Aspidosperma sp. simplificadamente. Plathymenio reticulata. Entre os animais. pau d’óleo. jatobá. MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO (Ver M. massaranduba. MATRIZ DE HORN Matriz de probabilidades de reposição (“replacement”. vinhático.S. à matéria orgânica desprovida de água. Simarouba amara. como por exemplo nas expressões “morar no mato” (viver à parte do mundo civilizado). MATA DE ARAUCÁRIA (Ver FLORESTA ACICULIFOLIADA) MATA DE GALERIA (Ver MATA CILIAR) MATAS SERRANAS Ecossistemas comumente encontrados em regiões onde se faz sentir o efeito da altitude. Hymenaea sp. algumas espécies vegetais da mata úmida e. riacho ou córrego. Dalbergia cearensis. e o quase extinto pau-brasil. Leontopithecus. encontrados no litoral (mata atlântica) e no brejo paraibano. Exemplos: violeta. Callicebus.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Espécies vegetais típicas: jacarandá.com maior umidade e temperatura mais amena. protegendo as margens contra erosão. Alouatta e Brachyteles). paraíba ou simaruba. no estado da Paraíba. de acordo com BEGON et al. MATA ÚMIDA Designação geral para os ecossistemas com vegetação densa. O quadro que segue ilustra.S.Horn. Reciprocamente. espécies da caatinga. (1990): 156 . em certos locais. seco em estufa a 105°C. destacam-se as espécies dos seis gêneros de primatas originários da mata atlântica (Callithrix. Ocotea glomerata. evitando assoreamento. Copaifera nitida. Cebus. em inglês) num ecossistema florestal. ou seja.31 Faia 0. Na interseção das linhas e colunas são assinalados os prováveis impactos de cada ação. ou “meandros divagantes”. foi concebido pelo Protocolo de Quioto (ou Kyoto) para auxiliar no processo de redução de emissões de CO2 por parte dos países signatários (países do Anexo I).01 0. É representado matematicamente pr 1 X 106. Elas são muito comuns nos relatórios de impacto ambiental. MEGAFAUNA (Ver MESOFAUNA) MEIA-VIDA Refere-se especificamente à atividade de material radioativo.000. 36% de chance de que goma-preta a substituirá. conforme a tradução literal de “oxbow lake”. MEIO AMBIENTE Reunião do ambiente físico e seus componentes bióticos. 157 . expressão inglesa). MEANDROS MEANDROS = “ALTWASSER” = LAGOS DE FERRADURA.50 0. proporciona acúmulo de sedimento. MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO Conhecido também como MDL.25 0.36 0. (Ver PROTOCOLO DE QUIOTO (ou KYOTO)) MECANISMOS DE ISOLAMENTO (INTRÍNSECO e EXTRÍNSECO) (Ver SIMPATRIA) MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA DE DNA (Ver TRANSFERÊNCIA DE DNA) MEDIDAS CORRETIVAS Medidas que devem ser tomadas para eliminar um agente causador de impacto (um poluente ou um agente de degradação) num determinado ambiente. um nuclídeo radioativo que se reduz à metade num determinado tempo. Este elemento tem sido utilizado na datação de fósseis. predominando posteriormente. enquanto goma-preta e bordo vermelho persistirão com abundância baixa. As sinuosidades acentuadas de alguns rios.57 0. MATRIZ DE INTERAÇÃO Um método básico de avaliação de impacto ambiental em que se elabora uma matriz que apresenta num dos eixos os fatores ambientais e no outro as ações referentes a um determinado projeto.0 0. c) Em resumo.000 kg ou 1 tonelada (métrica). como por exemplo o megagrama (ou Mg) = 1.05 0. enquanto a bétula cinza desaparecerá.17 Bordo vermelho 0.0 OCUPANTE (50 ANOS EM DIANTE) Goma-preta Bordo vermelho 0.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS OCUPANTE ATUAL Bétula cinza 0.740 anos para se reduzir à metade. É uma visão do conjunto dos impactos previstos. ou seja.09 Goma-preta 0. O megagrama é portanto.03 Faia Bétula cinza 0. em decorrência principalmente da redução do seu fluxo. Consiste na negociação num mercado mundial do CO2 retirado ou não-emitido por um país em desenvolvimento.14 0. a nova denominação da tonelada no sistema SI.000 g = 1. MEDIDAS MITIGADORAS Medidas destinadas a amenizar impacto ambiental ou para prevení-lo. DE MEANDRO ou CRESCENTE = “OXBOW LAKES” = RIOS MEÂNDRICOS São tidos como meandros as modificações de reestruturação dos leitos dos rios. podem levar à formação de lagos periféricos ou de lagos em forma de ferradura (ou de cangalho. O carbono radioativo ou C14 leva 5. maior do que o comum”. podendo ocorrer erosão lateral com formação de vales e/ou várzeas.96 Obs. 50% de que seja o bordo vermelho e apenas 9% de que seja faia.: a) O bordo vermelho dominará rapidamente. O MDL fundamenta-se em fontes renováveis e alternativas de energia. b) A faia aumentará vagarosamente.55 0. há 5% de chance de que um local presentemente ocupado por bétula cinza permanecerá assim nos próximos 50 anos. A diminuição da velocidade da água ou da declividade. eficiência e conservação de energia ou reflorestamento. “mega-” Prefixo de origem grega significando “grande. nesse tempo metade dele se transforma em C12.01 0. meroparasita (um parasita parcial ou facultativo que pode viver na ausência do hospedeiro). ação em comum. LAGO Lago com características intermediárias entre o eutrófico e o oligotrófico. em ecologia vegetal. os animais com largura superior a 20 mm.225 mm2 de área foliar) na classificação de Raunkiaer. Com relação aos invertebrados do solo. LAGOS) “meso-” Prefixo de origem grega significando “meio. metabiose (é uma simbiose entre dois organismos. em parte. e muitos outros.H. 158 . um dos quais habita um ambiente preparado pelo outro). fora de e mais elevados do que os da fisiologia e do organismo material). incompleto”. Este prefixo não deve ser confundido com o termo da química relacionado a compostos de carbono. Ex. como por exemplo: metafisiologia (sugerido por G. alguns autores chamam de mesofauna ou macrofauna. LAGOS São lagos cuja circulação não alcança toda a coluna d’água. eis alguns outros exemplos: metalófita (planta que medra em ambientes onde o substrato contém níves elevados de metais).5 m. O termo melanístico é uma adjetivação de melanismo. (Ver EUTRÓFICO. condição. este prefixo tem inúmeras outras ocorrências. metanímico (é o que pertence a um riacho (córrego) temporário). metafísica (alguns consideram uma analogia à alusão daquilo que transcende o físico). ele expressa noção de “compartilhar. MEROMÍTICOS. MESOPELÁGICO (Ver ZONA MESOPELÁGICA) MESOSFERA Camada da esfera do planeta Terra situada entre 40 e 80km de altitude. Há muitos verbetes neste glossário que se iniciam por este sufixo. questionar. significando o organismo que vive em condições ambientais moderadas.5 m e 2. meroplâncton (temporariamente da comunidade planctônica). MERDÍVORO (Ver COPRÓFAGO) “mero-” Prefixo de origem grega significando “parte. Além dos termos que seguem. Além dos verbetes que figuram neste glossário. num organismo. Mesófilo é também.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS A expressão “meio ambiente” é considerada por alguns autores como dúbia e pleonástica e como tal. uma classe de tamanho de folhas (de 2025 a 18. mudar (de lugar. ordem ou natureza)”. (Ver HOLOMÍTICOS. A poluição industrial poderá gerar um aumento na freqüência de organismos melânicos em habitats sujeitos às influências de tal atividade antrópica. das áreas de ecologia e ciências ambientais. Diz-se que o lago meromítico está permanentemente estratificado devido à presença de um gradiente de densidade (picnoclino). resultante da estratificação química. aqueles animais medindo entre 2 mm e 20 mm de largura do corpo e de megafauna.: meroneuston (organismo que vive parte do seu ciclo vital no neuston). intermediário”. e OLIGOTRÓFICO) “meta-” Prefixo de origem grega significando “médio”. metaquímica (a química do supersensível). sócio-culturais e de segurança. Segue-se a mesopausa (80 a 90km). MESOTRÓFICO. meropelágico (que é membro temporário da comunidade pelágica). significando uma doutrina de vida e fenômenos vitais que se baseariam em princípios. metatrófico (é um organismo que utiliza nutrientes orgânicos como fontes de carbono e nitrogênio). mas na maioria das palavras a que antecede. inclui dimensões muito amplas com conotações econômicas. seguir. muitos deles podem viver entre 0°C e 40°C. inerentes ao ambiente humano. MESÓFITA Planta que vive num habitat onde as condições de umidade e aeração permanecem entre os extremos (de escassez ou de excesso). Lewes. MESÓFILO Termo geralmente aplicado para definir microrganismos cuja temperatura ótima para seu crescimento está entre 25°C e 37°C. MELANISMO / MELANÍSTICO Aumento na intensidade de pigmentação de cor negra ou escura. grupo ou população. chamando-se isso de melanismo industrial. Usa-se também a denominação mesofílico. MESOFAUNA Mesofauna ou macrofauna é a fauna composta por organismos medindo entre 0. (Ver EFEITO ESTUFA e RUMINANTES) METANOGÊNESE Processo de produção de metano (CH4) efetuado por grupo altamente especializado de bactérias anaeróbias obrigatórias (metanógeno). transformação dos clones numa bactéria hospedeira e “screening” dos transformantes resultantes (como por exemplo. evitando o processo de cultivo de microrganismos. ANÁLISE Sistema de análise introduzido em microbiologia na década de 1990. em direção ao fundo. Sb. Cu.A. produzido e utilizado pelo próprio organismo e em metabólito secundário. arrozais . Algumas outras substâncias também servem de substrato a tais bactérias. (Ver ANABOLISMO.. clonagem de DNA num vetor apropriado (Escherichia coli. ao hipolimnio (ver figura no verbete EUTRÓFICO). Co. O processo da análise metagenômica envolve o isolamento de DNA de uma amostra do ambiente (por exemplo. Dificuldades e desafios ainda são muitos. obtida por exemplo nos E. em que se efetua análise genômica de uma população ou de comunidades de microrganismos existentes num determinado compartimento do ambiente. Hg. pela seguinte reação: 4H2 + CO2 → CH4 + 2H2O. segue. A biblioteca de DNA de solo. usando CO2 como aceptor terminal de eletron. Cr. Observe-se que o termo é muito amplo e por isso são aqui incluídos o arsênio. O termo análise “metagenômica” foi cunhado para designar o sentido de análise de um conjunto de componentes similares mas não idênticos. uma amostra de solo. que participa ativamente do efeito estufa. impedem a hemoglobina de absorver oxigênio. além de transportadores e enzimas degradadoras. flatulência de diversos animais (incluindo-se o ser humano). formato. sendo as principais: lodo. podendo a planta assim continuar o processo fotossintético. o “screening” de marcadores filogenéticos ou “âncoras”. assim como alguns também incluem o berilo (Be) e o selênio (Se). Vários trabalhos com tal análise metagenômica funcional têm sido realizados para identificar novos antibióticos e genes de resistência a antibióticos. acetato e metilaminas. Ce e Bi. que não são metais. conforme descritos em revisão de HANDELSMAN (2004). Emana de diversas fontes. Entre os principais elementos metálicos encontrados em muitos efluentes. 159 . de um certo compartimento do ambiente. geralmente tóxico aos seres vivos e por isso considerado poluente. ROCHAS (Ver ROCHAS) METANO (CH4) Gás. como o metanol.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS METABOLISMO O conjunto de todas as reações químicas que ocorrem no interior de uma célula ou de um organismo. As. Zn. METAMÓRFICAS. epífitas geralmente. regiões pantanosas (mangues.000 clones isolados. Dá-se o nome de metabólito ao composto sintetizado no metabolismo. e CATABOLISMO) METABOLISMO ÁCIDO DAS CRASSULÁCEAS – MAC Plantas (das famílias Crassulaceae e Bromeliaceae). por exemplo. METAL PESADO Elemento químico. (Ver NITROSAMINAS) METALIMNIO Camada ou zona de profundidade aquática..U. Estima-se que somente dos arrozais emanam 20% de metano do total mundial (que é estimado em ±520 Tg de CH4/ano. tais como o 16S rRNA e o recA. que no sangue. de peso atômico elevado. Cd. (Ver DEFESA QUÍMICA) METAGENÔMICA. inflamável. destacam-se: Sn. O metano emanado de sedimentos pantanosos é conhecido como “gás de pântano”. metilcarptan. na presença de luz. convertendo-o a CH4. Fala-se em metabólito primário.. em que nem todo microrganismo pode ser cultivado. Alta concentração de nitratos ou nitritos no alimento podem causar este problema. DH10B). por ação de enzimas) e durante o dia. brejos.). como um todo) gerando DNA genômico heterólogo. METABÓLITO Substância produzida por um organismo a partir de processos metabólicos. que evitam abrir os estômatos durante o dia para absorver o CO2 (quando a umidade do ar é baixa e a perda d’água seria grande) e só o fazem durante a noite. O CO2 absorvido é transformado em malato (processo de carboxilação. produzido pelo organismo mas que não é por ele utilizado diretamente. Pb. estômago dos ruminantes. asfixiando o indivíduo. METAHEMOGLOBINEMIA METAHEMOGLOBINEMIA = METEMOGLOBINEMIA Problema causado geralmente em mamíferos (inclusive no ser humano e principalmente em crianças) pela ingestão de nitratos. conseguiu apenas 29 clones que expressavam uma certa atividade (hemolítica) dos 25. ocorre a descarboxilação (também por enzimas) liberando o CO2. com temperatura rapidamente mutável. no solo. ajudando no seu desenvolvimento. Thysanura. formando colóide. (Ver ECTOMICORRIZA. Diplura. Symphyla. oxidando o metano e compostos de carbono (mais oxidados). arranjando-se em estruturas maiores. (Ver FICÓFAGO) MICOPLÂNCTON (Ver APÊNDICE V – PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) MICORRIZA MICORRIZA = FUNGO MICORRÍZICO Interação entre fungo e raiz de planta. formando “mosaicos” de ocupação em determinada área. as microfibrilas (10 a 20 micelas). e ENDOMICORRIZA) “micro-” Prefixo de origem grega significando “pequeno. que pode mudar de tamanho sem alterar sua estrutura química. MICÉLIO Talo dos fungos. POLUENTE SECUNDÁRIO. apresentados neste glossário. (Ver METANÓTROFO) MICELA Unidade (em química e biologia) composta por moléculas complexas. MICROAMBIENTE (Ver MICROHABITAT) MICROARTRÓPODO Denominação dada a diversos animais. ericáceas e arbutáceas. por exemplo. formato (HCOO-). ao tempo em que recebe carboidratos da planta.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver METILÓTROFO. além de outros subtipos: orquidáceas. No sistema SI é 10-6 m (milionésima parte do metro ou milésima parte do milímetro. MICÓFAGO Que se alimenta de fungos. monóxido de carbono (CO) e outros. curto”. MICOBIONTE Fungo. METAZOOPLÂNCTON (Ver APÊNDICE V – PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) METEMOGLOBINEMIA (Ver METAHEMOGLOBINEMIA) METILMERCÚRIO (Ver MINAMATA. menos frágeis ou suscetíveis ao desaparecimento do que aquelas que têm baixa taxa de migração. metanol (CH3OH). e METANÓTROFO) METANÓGENO (Ver METANOGÊNESE) METANÓTROFO Bactéria aeróbia. Algumas dessas subpopulações mantêm certas interações entre si. Ex. um composto orgânico cuja estrutura ostenta um só átomo de carbono. endomicorrizas e ectendomicorrizas (ou ectoendomicorrizas). (Ver METILÓTROFO) METAPOPULAÇÕES São populações que por processos de migração (e colonização em novas áreas) dividiram-se em subpopulações. O fungo micorrízico. Os polissacarídios que constituem a celulose. Possui uma enzima específica chamada metanomonoxigenase. e SINERGISMO) METILÓTROFO Bactéria que utiliza como fonte de carbono. que vive no solo ou na água. tornando-se portanto. Acarina. possuidores de um só átomo de C. Muitos metilótrofos são também metanótrofos. aumenta a superfície de absorção desta. No líquen ocorre um mutualismo entre um micobionte (um fungo) e um ficobionte (uma alga).: metano (CH4). Em termos morfológico e anatômico as micorrizas são dos tipos: ectomicorrizas. formam micelas na parede celular. muitos deles vivendo na necromassa acumulada sobre o solo. Muitos termos contêm este prefixo. cuja unidade é representada atualmente por μm (= micrômetro). Esta simbiose diz-se ser uma micotrofia. 160 . Protura. formado pelas hifas (filamentos). dimetilamina ((CH3)2NH). ligando-se às raízes da planta. formando um mutualismo (ou simbiose) benéfico a ambos esses organismos. metilamina (CH3NH2). pertencentes a diversas ordens (Collembola. Há evidências de que diversos insetos. Há também evidências de que o salmão (fase de ovo e juvenil na água doce e de adulto no mar). Alguns autores reservam este termo quando desejam referir-se ao habitat microbiano e neste caso. várzeas) e os espigões (divisor de água) que delimitam os pontos dos quais toda a água das chuvas escorre para esse fundo de vale. sensibilidade olfativa a duas ou três moléculas do álcool β-fenil etílico. ligando-se às outras até constituirem a bacia hidrográfica de um rio de grande porte.. alimentando-se durante essa viagem. Tardigrada. certas espécies de bactérias e aves. riacho. feito geralmente com o propósito de procriar. no nível de organismo. MIGRAÇÃO e COMPORTAMENTO MIGRATÓRIO Deslocamento periódico e com retorno. É muito comum dizer-se que os microrganismos exercem atividade diversa conforme as diferenças de microhabitat existentes num ecossistema. são capazes de deduzir informação direcional a partir do fraco campo magnético da Terra. de alguns animais. anualmente.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Pauropoda. peixes. Há indícios de que a enguia européia (Anguilla anguilla) e a americana (A. ao contrário de outras espécies. têm grande capacidade de percepção olfativa e/ou de memorização topográfica. MICROBACIA HIDROGRÁFICA É conceituado como uma área compreendida entre um fundo de vale (rio. As microbacias se iniciam na nascente dos pequenos cursos d’água. (Ver FITOTELMOS) MICRONUTRIENTES (Ver NUTRIENTES) MICROPARASITA Parasita. uma espécie de salamandra. Há também os microparasitas de plantas (bactérias e nematódeos. de dimensões minúsculas. por exemplo). (Ver DISPERSÃO DA POPULAÇÃO) 161 . As espécies que migram e retornam diversas vezes durante o seu ciclo de vida.). rostrata) têm. orientam-se não somente pelo geomagnetismo e/ou “informação do sol e das estrelas.. (Ver MACROPARASITA) MICRORGANISMO (Ver DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) MICROTOPOGRAFIA Refere-se às variações de altura ou irregularidades ou aspereza de um terreno (ou local) em escala muito pequena. MICROBIOLOGIA AMBIENTAL (Ver ECOLOGIA MICROBIANA) MICROBIOTA (Ver BIOTA) MICROBÍVORO Animal que se alimenta de componentes da microbiota. retornando ao local anterior para a desova. (Ver MACROCLIMA) MICROCONSUMIDOR (Ver DECOMPOSITOR) MICROFAUNA (Ver BIOTA) MICROFITÓFAGO (Ver FITÓFAGO) MICROFLORA (Ver BIOTA) MICROHABITAT MICROHABITAT = MICROAMBIENTE Refere-se ao habitat diminuto no qual vive um organismo ou uma população. relembra os odores ao longo desse trajeto. por exemplo. Uma certa espécie de andorinha do Ártico (Sterna paradisaea) desloca-se do Ártico às geleiras da Antártica. Estão aqui incluídas as bactérias. num percurso de 16. vírus e alguns protozoários. (Ver ZOÓFAGO) MICROCLIMA O clima de uma área muito pequena ou particularmente de uma parte pequena e definida de um determinado habitat. chamam-no também de microambiente. como também pelo aprendizado da rota de migração”. Algumas espécies destas ordens.100 km (ou o dobro de ida-e-volta). As espécies que fazem somente uma viagem de retorno. são componentes mais da meso e macrofauna do que da microfauna. que se multiplica dentro da célula do hospedeiro. esta formulação poderá ser considerada como um útil modelo biológico. em várias maneiras. embora para esta característica o termo mais apropriado seja camuflagem.: uma formulação matemática que represente mudanças numéricas que ocorram em populações de insetos e que por meio desses números se possa prognosticar a que ponto atingirá a população. (Ver POLUENTE SECUNDÁRIO e SINERGISMO) MINERALIZAÇÃO Fase da biogeociclagem em que há conversão da forma orgânica de um elemento (nutriente) para a forma inorgânica. uma planta mirmecófita é aquela que abriga formigas ou cupins em estruturas especializadas ou que mantém uma interdependência com esses insetos. MODELO DE LOTKA-VOLTERRA Modelo desenvolvido a partir das conceituações de A. Cecropia spp) “-mítico” Sufixo de origem grega significando “circulação de água”. Aplica-se também este termo para definir o fenômeno em que diversos animais tomam a cor dos objetos do meio em que vivem.: mirmecófago (organismo que se alimenta de formigas.Volterra. (Ver APOSEMATISMO. no tempo. na verdade. No modelo controlado-pelo-doador.Pimm (em 1982). A equação logística é representada por: 162 . podendo significar também aquele que vive parte do seu ciclo vital em ninhos de formiga ou de cupim. LAGOS. Ainda se encontra a grafia “míctico”. em que uma determinada espécie mimetiza (imita) um organismo que possa parecer aos predadores não-palatável ou indesejável (venenosa. e MEROMÍTICOS. por exemplo). Ex. fundamentado nas observações sobre as relações entre detritívoros e decompositores. CAMUFLAGEM.Lotka e V. MODELO BIOLÓGICO Formulação. o nosso tamanduá-bandeira incorpora ao seu nome científico.CAPACIDADE DE TROCA CATIÔNICA) MIMETISMO Fenômeno.J. esclarecendo sobre os fatores que determinam o efeito da interação competitiva. CAMUFLAGEM. A dinâmica deste modelo difere. Refere-se à competição interespecífica como uma extensão da equação logística. aumenta com o aumento na diversidade de espécies e da complexidade da teia alimentar (um contraste com o modelo de Lotka-Volterra). morreram em decorrência desse “acidente” ou desastre. do modelo de Lotka-Volterra das interações predador-presa. ou cupins. este prefixo: Myrmecophaga tridactyla). Alguns ambientalistas estimam que centenas de pessoas.L. o elemento é liberado para o ambiente (solo ou água) após a morte das células microbianas. Nesta fase da biogeociclagem. que funciona como defesa contra predadores. É por isso também chamada de heterótrofo-litótrofo. e CRÍPTICO) MIMETISMO MÜLLERIANO (ou de MÜLLER) Semelhança mútua entre duas ou mais espécies marcantemente não-palatáveis. que representa um fenômeno do mundo real e por meio do qual podem ser feitas previsões. por exemplo. MODELO CONTROLADO-PELO-DOADOR Modelo sugerido por S. como por exemplo as formigas do gênero Azteca e a embaúba. combinando aspectos de natureza econômica e princípios ecológicos. que segue à imobilização. (Ver HOLOMÍTICOS. Ex. obtendo simultâneamente energia a partir da oxidação de compostos inorgânicos. no Japão. (Ver IMOBILIZAÇÃO) MIP − MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS Ação integrada de agrotóxicos e controle biológico. aplicada na defesa de lavouras e de pastagens destinadas a animais. onde entre 1953 e 1956 ocorreram 43 mortes de pessoas e dezenas foram seriamente afetadas por um envenenamento com metilmercúrio (C2H6Hg). LAGOS) MITIGAÇÃO DO CARBONO (Ver INICIATIVA PARA MITIGAÇÃO DO CARBONO) MIXÓTROFO Bactéria que é capaz de assimilar compostos orgânicos como fontes de carbono. a dinâmica de interação é particularmente estável e que esta. “mirmeco-” Prefixo de origem grega significando “formiga”. e CRÍPTICO) MINAMATA (ou DOENÇA DE MINAMATA) Minamata é uma cidade da costa oeste da ilha de Kyushu. comum no reino animal. (Ver APOSEMATISMO. na verdade. em que é mostrado que o doador (a presa) controla a densidade do receptor (o predador). mirmecófilo (aquele que vive em associação com formigas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS MILIEQUIVALENTE / MILIEQUIVALÊNCIA (Ver CTC . onde K = capacidade de suporte.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS dN/dt = rN (K – N)/K. A base do modelo de Lotka-Volterra é a substituição do termo responsável pela incorporação da competição intraespecífica (a expressão que está entre parênteses) por um termo que incorpore ambas as competições (intra e interespecífica). é no entanto. doenças e. por sua susceptibilidade a pragas. MODULAR (Ver ORGANISMOS UNITÁRIO e MODULAR) MOFO (Ver BOLOR) MONÇÃO Vento periódico típico do sul e do sudeste da Ásia. MONOCLÍMAX (Ver TEORIAS MONO E POLICLÍMAX) MONOCULTURA Sistema de cultivo em que é utilizada uma só espécie vegetal. e OLIGÓFAGO) MONOGAMIA Formação de um par. soprando no verão do mar para o continente (monção marítima) e no inverno soprando do continente para o mar (monção continental). por ano. esta é então rejeitada e a ação do fenômeno sob investigação é fortemente inferida (ou comprovada). Originalmente chamava-se espécie “monoécia”. por causar problemas ambientais. em termos ecológicos. O monófago se assemelha ao oligófago ou oligofágico. e TRIÓICA) MONOMÍTICO Lago que apresenta um período único de circulação livre ou re-circulação. em certos tipos. (Ver HOLOMÍTICOS) MONOPLÓIDE (Ver GENOMA) MONOPROCRIAÇÃO (Ver SEMELPARIÇÃO) MONOSSIALITIZAÇÃO (Ver SILICATOS) MONTANTE Situado rio acima. É uma espécie estenofágica. MODELOS NEUTROS Tipo de modelos em que. (Ver DIÓICA. apresentando portanto desvantagens. tanto o macho quanto a fêmea chocam os ovos e alimentam a prole. (Ver ESTENO. (Ver POLIGAMIA) MONÓICA(O) Diz-se da espécie de planta que tem flor unissexual masculina e flor unissexual feminina num mesmo espécime ou indivíduo. N = tamanho da população. A monogamia é pouco comum entre os mamíferos. à semelhança da comprovação da “hipótese nula” da estatística. ou seja. em que a fêmea amamenta e cuida dos filhotes. feito através de medições ou observações contínuas dos parâmetros ambientais que indicam a dinâmica de tais fatores. considerando-se a corrente fluvial. Portanto. no acasalamento de macho e fêmea. O sufixo deriva do grego “oikos” (= casa). muito comum entre aves nas quais em muitas espécies. é o ponto contrário à direção da foz. com conseqüente rompimento do termoclino. Sua homogeneidade poderá dificultar sua reação às condições adversas que porventura surgirem. MONÓFAGO (ou MONOFÁGICO) Espécie de organismo que consome somente um tipo de alimento. (Ver JUSANTE) 163 . GINOÉCIA. em que a união tem continuidade durante várias gerações de proles. r = taxa intrínseca de crescimento da população. se os dados reais mostram uma diferença estatística significativa da hipótese nula. “MONERA” (Ver REINO) MONITORAMENTO (ou MONITORAÇÃO ou MONITORIZAÇÃO) Acompanhamento das reações de certos fatores ecológicos. os dados sobre competição interespecífica (a mais usualmente testada) são rearranjados procurando-se observar o que aconteceria na ausência desta interação competitiva. incluindo tanto a necromassa como as raízes vivas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS MONTREAL. comum em certos campos. PROTOCOLO DE (Ver CFC − CLOROFLUORCARBONO (ou CARBONO FLUORCLORADO)) MONUMENTO NATURAL Categoria de unidade de conservação do Grupo I do SNUC. de 23/03/66). (Ver NECROMASSA) MOVIMENTO ECOLOGISTA (Ver ECOLOGISMO) MUDANÇAS CAÓTICAS DE UMA POPULAÇÃO (Ver CAOS) MULTIFATORIAL (Ver POLIGÊNICO) MULTIGÊNICO (Ver POLIGÊNICO) MURCHA PERMANENTE (Ver PONTO (ou COEFICIENTE) DE MURCHA PERMANENTE) MURUNDUM (ou MURUNDU) Monte de terra. contendo um ou mais termiteiros. ou para inspeções oficiais (de acordo com Decreto Federal nº 58. em condições naturais. não sobreviveria sem a outra. Denominação dada a uma unidade de conservação que tenha o propósito de conservar um objeto natural específico ou uma espécie determinada da flora ou fauna.054. para a sobrevivência de uma ou ambas as populações. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. (Ver INTERAÇÃO ECOLÓGICA) MUTUALISMO FACULTATIVO (Ver PROTOCOOPERAÇÃO) MVA .O.S. MUTAÇÃO PLEOTRÓPICA (Ver “pleo-”) MUTUALISMO MUTUALISMO = SIMBIOSE Tipo de interação ecológica na qual ambas as populações se beneficiam e onde pelo menos uma delas. O adjetivo simbiótico qualifica a simbiose. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) MORBIDADE (Ver TAXA DE MORBIDADE) MORTALIDADE (Ver TAXA DE MORTALIDADE) M. sendo inviolável exceto para a realização de investigações científicas devidamente autorizadas. com altura que pode alcançar os 3 m. (MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO) Denominação que se refere à toda matéria orgânica existente no solo. Diferencia-se da protocooperação porque é uma associação obrigatória. quer seja de interesse estético ou valor histórico ou científico.MICORRIZA VESICULAR-ARBUSCULAR (Ver ENDOMICORRIZA) 164 . No entanto. induzida pela luz). Este termo. Nástico é a forma adjetiva.O. refere-se ao “movimento” da planta ou de suas partes (movimento nástico). como nanofóssil (um fóssil. (Ver DECOMPOSITOR) NECROMASSA NECROMASSA = SERRAPILHEIRA = MANTA HÚMICA = FOLHEDO = “LITTER” Matéria orgânica morta que geralmente se acumula na superfície do solo e no sedimento.1 a 100 nanômetros). fotoepinastia (uma curvatura da planta para cima. quimionastia (uma resposta a estímulo químico). seismonastia (movimento de crescimento de uma planta em resposta a um choque não-direcionado ou a um estímulo de vibração mecânica).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS N “nano-” Prefixo de origem grega significando “anão. é derivado que significa “nanico” ou ainda “que tem crescimento restrito”. segundo a classificação de Raunkiaer). de excessiva pequenez”. assim como substitui perfeitamente ao anglicismo “litter”. NATALIDADE (Ver TAXA DE NATALIDADE) NATALIDADE ECOLÓGICA Dá-se esta denominação à relação “ovos ou filhotes gerados por fêmea : filhotes sobreviventes”. e TAXA DE MORTALIDADE) NECRÓFAGO Que se alimenta de matéria ou organismos mortos. (Ver TAXA DE NATALIDADE. (Ver M. em ecologia. geralmente alga. NANOPLÂNCTON (Ver PLÂNCTON) NÃO-SIMBIONTES (Ver FIXADORES DE NITROGÊNIO (DE VIDA LIVRE)) “-nastia”/ NÁSTICO Este sufixo de origem grega. de 25 a 225 mm2 de área de superfície. é usado em outros termos (ver verbete NANOPLÂNCTON). Alguns termos: epinastia (uma curvatura para baixo de uma parte da planta devido ao crescimento diferenciado das superfíces superior e inferior). nictinastia (movimento de orientação de plantas durante a noite. que é o número de ovos ou filhotes gerados por unidade de tempo.) NECROTRÓFICO (Ver PARASITA NECROTRÓFICO) 165 . resultando num crescimento maior dos tecidos do lado oposto ao do estímulo. manta húmica e folhedo”.S. O nanismo. Usa-se também o termo taxa de fecundidade específica da idade. com tamanho próximo à resolução do microscópio óptico). nanotecnologia (que lida com dimensões e tolerâncias de 0. do sistema SI (1 X 10-9 m ou a milésima parte do micro). substitui melhor as denominações “serrapilheira. Este valor fornece uma idéia da eficiência de reprodução de uma população. nanófilo (da classe de tamanhos de folha. Além da unidade “nanômetro (nm)”. “-nastia”. alguns autores somente utilizam o termo necromassa quando se referem à quantificação dos organismos mortos (massa total de organismos mortos por área ou volume) num determinado período. por um indivíduo pertencente a uma certa classe de idade (ou idade específica x). que lhes seja suficiente para reproduzir e colonizar mais conjuntos com tais condições”. (Ver NEO-DARWINISMO) NEOSSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS. anfíbios etc). A flora. muito rica em plantas típicas (alguns exemplos: gramíneas. baseada num modelo de um “hipervolume”. capazes de se locomoverem espontaneamente (e portanto. seringueira e muitas outras). PLÂNCTON. admitindo que o conceito de variação espontânea é explicado em termos da mutação e recombinação genética. NEUSTON. bastante elucidativa. de corpo cilíndrico. NÉCTON. agaves. muitos deles microrganismos (algas. como o Ascaris. estão de uma certa maneira interagindo. é uma das seis maiores áreas do mundo definidas com base em suas características de vida animal. de interesse veterinário (parasita de cavalos. tais como temperatura. até. (Ver BENTOS. os ancestrais de flores ornamentais. Chama-se também de “evolução neo-Darwiniana”. São muitas as definições de nicho (respeitados os aspectos da definição acima). pH. PLÂNCTON. de “evitarem a captura”). Os organismos do neuston situados acima da película superficial constituem o epineuston e os situados abaixo de tal película constituem o hiponeuston. de interesse médico (parasita intestinal humano. Exemplo: um pássaro e um esquilo (o nosso caxinguelê ou serelepe) que vivam num mesmo habitat. CLASSIFICAÇÃO DE) NEOTROPICAL. suçuarana. (Ver INTERAÇÃO ECOLÓGICA) NICHO ECOLÓGICO Termo que inclui não somente o lugar restrito em que vive um organismo. veado. alguns são microscópicos. Há nematódeos no solo que são omnívoros (alimentam-se de necromassa) e outros são predadores (alimentam-se de bactérias. a de A. Ancilostoma. onça.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS NÉCTON Organismos natantes (peixes. fungos. O sufixo “-on” refere-se à comunidade. que combina a seleção natural e a genética de populações. O sufixo “-on” refere-se à comunidade. são assimilados no genoma e transmitidos aos descendentes. mas também inclui sua função (posição trófica e posição com relação aos gradientes de vários fatores físicos. REGIÃO Também conhecida como Reino Neogeano ou Região sul-americana. sendo uma delas. Experimentos com microrganismos (bactérias) vieram “resssuscitar” o Lamarckismo. NEOÁRTICA. mas sem influência direta de um sobre o outro. utilizando inclusive a mesma árvore como fonte de alimento e ponto de dormida. NEO-LAMARCKISMO A herança de caractéres adquiridos.E. anta. onde uma figura tridimensional representando por exemplo os “eixos” das necessidades básicas de um esquilo (temperatura. idéia já abandonada desde o Darwinismo. Talvez seja o tipo mais comum de interação na Natureza. (Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) NEUSTON Organismos. algas). REGIÃO (Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) NEOBIOGEOGRAFIA (Ver BIOGEOGRAFIA) NEO-DARWINISMO Teoria moderna da evolução. ou a teoria de que os caractéres adquiridos pelos organismos em resposta aos fatores ambientais. Estende-se do sul do deserto Mexicano até a zona sub-antártica da América do Sul.MacFadyen: “um conjunto de condições ecológicas sob as quais uma espécie pode explorar uma fonte de energia. fungos. gatos etc) e agronômico (parasita de raízes de muitas plantas). Oxiurus). protozoários) repousantes ou flutuantes na superfície de habitats de água doce. riquíssimas entomofauna e avifauna. gambás. cães. e APÊNDICE V – PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) NEMATICIDA Substância que elimina nematódeos.Hutchinson propõe uma definição. e APÊNDICE V – PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) NEUTRALISMO Tipo de interação ecológica na qual nenhuma população é afetada. (Ver BENTOS. quantidade de alimento e densidade de ramificação de uma árvore) seria facilmente 166 . inúmeros roedores e peixes. Sua fauna típica é muito rica: llama. umidade) na comunidade da qual faz parte. NEMATÓDEOS (ou NEMATÓDIOS) Um helminto da classe Nematoda. porco. bactérias. G. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS interpretada (inclusive por uma figura tridimensional), mas o acréscimo de outras necessidades ou “eixos” poderia ser entendida intuitivamente e representada matematicamente, embora não possa ser desenhada numa figura. Ao maior nicho ecológico que um organismo ou espécie possa ocupar, na ausência de competição específica e predação, denomina-se nicho fundamental. Em muitas espécies coexistentes, há uma tendência para que elas procurem preencher os espaços (ou “vazios”) mais importantes das dimensões de nichos disponíveis; termo este conhecido por “acondicionamento de nicho” (do inglês, “niche packing”). (Ver COMPLEMENTARIDADE DE NICHO; e HABITAT) NICHO FUNDAMENTAL (Ver NICHO ECOLÓGICO) NICHO INCLUSO É um nicho que ocorre dentro de outro, maior, pertencente a uma espécie mais generalizada. A espécie de nicho incluso sobrevive por ser altamente adaptada ou especializada e portanto, tendo superioridade competitiva em determinada parte do nicho maior. NINFA Forma jovem de inseto hemimetabólico, com semelhança à de imago (ou adulto). (Ver HEMIMETABÓLICO) NINHO (ou NINHADA), PARASITISMO EM (Ver PARASITISMO) NITOSSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS, CLASSIFICAÇÃO DE) NITRIFICAÇÃO Processo de formação de nitrato que ocorre em solos arejados e ecossistemas aquáticos, iniciando-se pela oxidação de amônia em nitrito (pelas bactérias dos gêneros Nitrosomonas, Nitrosococcus, Nitrosolobus, Nitrosospira e Nitrosovibrio) sendo este então oxidado (pelas bactérias dos gêneros Nitrobacter, único gênero do solo, Nitrospira e Nitrococcus, gêneros marinhos) formando nitrato. (Ver AMONIFICAÇÃO; e DESNITRIFICAÇÃO) NITROGENASE (Ver FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO – FBN) NITROGÊNIO (Ver BIOGEOCICLAGEM; FIXADORES DE N2 DE VIDA LIVRE; e FIXAÇÃO BIOLÓGICA DE NITROGÊNIO − FBN) NITROSAMINAS Nitritos e nitratos, quando ingeridos (pelo ser humano, por exemplo) transformam-se no organismo em compostos carcinogênicos conhecidos como nitrosaminas. Estes compostos de nitrogênio são também comumente encontrados na água (de lençol freático, de rios, riachos, lagoas, açudes, represas) que tenha recebido excesso de fertilizantes lixiviados de áreas cultivadas próximas. NIVEAL Relativo a ou próprio da neve ou que vive nela ou que nela, ou no inverno, floresce. Ex.: niveoglacial (relativo ou pertencente à ação combinada de neve e gelo); nivícola (vivendo na neve ou em habitat coberto por neve). (Ver “-cola”) NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DA MATÉRIA VIVA NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DA MATÉRIA VIVA = BIOSSISTEMA Espécie de espectro biológico em que os componentes bióticos são apresentados numa seqüência, formando diferentes níveis de complexidade, ou seja: genes - células - tecidos - órgãos organismos - populações - comunidades. Esses componentes bióticos interagem e trocam matéria e energia com o ambiente onde vivem, formando no final um ecossistema. A ecologia dedica-se ao estudo do biossistema acima representado, iniciando no nível dos organismos. NÍVEL DE EQUILÍBRIO NÍVEL DE EQUILÍBRIO = EQUILÍBRIO DE UMA POPULAÇÃO É um estado dinâmico de flutuação, em torno de uma média, no número de indivíduos de determinada população. Quanto ao equilíbrio de uma população, alguns autores fazem a seguinte distinção: a) Equilíbrio dinâmico: condição de um ecossistema (componente biótico ou abiótico) que permanece inalterado pela ação simultânea de forças opostas, com uma mesma intensidade. b) Equilíbrio estável: condição de um ecossistema (componente biótico ou abiótico) que retorna à condição estável, após sofrer deslocamentos (mudanças) daquela condição. 167 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS NÍVEL DE INJÚRIA (Ver DANO ECONÔMICO) NÍVEL TRÓFICO Diz-se de um nível da cadeia alimentar, ocupado pelos organismos que obtêm sua energia alimentar (proveniente inicialmente dos produtores primários) da mesma maneira, isto é, na mesma gradação ou seqüência de organismos que ingerem e que são ingeridos. (Ver CADEIA ALIMENTAR) NMP − NÚMERO MAIS PROVÁVEL (Ver NÚMERO MAIS PROVÁVEL) N,N-DIETIL-META-TOLUAMIDA (Ver “DEET-N, N-DIETHYL-META-TOLUAMIDE”) NÓDULOS E CONCREÇÕES MINERAIS DO SOLO (Ver PERFIL DO SOLO) NOOSFERA Refere-se ao “mundo dominado pela mente humana” (do grego “noos” = mente). O homem em evolução gradualmente estende sua influência para fora do planeta Terra e com isso amplia o conceito de biosfera. NORMA ISO 14.000 (Ver “ISO 14.000 - INTERNATIONAL STANDARDIZATION ORGANIZATION”) NOTÓFILA Categoria de tamanho de folha (área de superfície entre 2025 e 4500 mm2) da classificação de Raunkiaer. NPK (Ver FERTILIZANTE) NUCÍFERO e NUCÍVORO Que ostenta nozes e que se alimenta de nozes, respectivamente. NÚMERO MAIS PROVÁVEL - NMP Também conhecido como método da “diluição de extinção”, usado para a contagem de microrganismos viáveis, é um método de diluição (em meio líquido, sem usar agar) em que são feitas diluições sucessivas da amostra “até a extinção”. São feitas geralmente de 3 a 10 replicações por diluição. Com base numa estatística da distribuição de Poisson (usando uma tabela ou programa especial de computador), as replicações positivas e negativas, exatamente antes do ponto de extinção, são contadas, obtendo-se a contagem dos viáveis. É um método, no entanto, laborioso e menos preciso do que o de contagem em placas. (Ver CONTAGEM (DE MICRORGANISMOS, EM PLACAS)) NUTRIENTES Substâncias ou elementos químicos essenciais à manutenção dos seres vivos, ou seja, ao seu crescimento e desenvolvimento, podendo ser requisitados em grandes ou pequenas quantidades (macro ou micronutrientes) (Ver TROFO). Na figura que segue vê-se a distribuição de nutrientes, principalmente de carbono, nas partes abióticas e bióticas de ecossistemas florestais (LONGMAN & JENÍK, 1987): FLORESTA TROPICAL FLORESTA TEMPERADA Solo 15% Madeira 39% Solo 49% Madeira 75% Folhas 4% Necromassa 8% 168 Necromassa 4% Folhas 6% GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS O OCASIONAL, ESPÉCIE (Ver ESPÉCIE OCASIONAL) OCEANÓDROMO (Ver ANÁDROMO) “ofio-” Prefixo de origem grega relativo a “cobra; serpente”. Ex.: ofiotoxicologia (trata do estudo dos venenos de cobras); ofiófago (organismo que se alimenta de cobras). “oligo-” Prefixo de origem grega significando “pouco(s)”. Além dos termos inseridos neste glossário, vejamos alguns exemplos: oligoaeróbio (organismo que se desenvolve em condições de baixa concentração de oxigênio; oligonitrófilo (organismo que vive em habitat com baixo teor de nitrogênio); oligosapróbio (organismo que medra em habitat poluído, porém com alta concentração de oxigênio, baixos níveis de matéria orgânica dissolvida e baixo nível de decomposição orgânica, sendo então um ambiente tipicamente com microbiota decompositora reduzida). OLIGÓFAGO (ou OLIGOFÁGICO) Que se alimenta de uma pequena variedade de tipos de alimento. Um termo mais apropriado para esta condição é estenofágico, que significa uma estreita faixa de seleção de alimento. Oligófago se assemelha ao monófago ou monofágico. (Ver MONÓFAGO e POLÍFAGO) OLIGOMÍTICOS (Ver HOLOMÍTICOS) OLIGOTRÓFICO, LAGO Lago pobre em nutrientes inorgânicos e com baixas concentrações de algas e matéria orgânica. Há também os lagos ultra-oligotróficos com extrema carência desses componentes. (Ver AUTOTRÓFICO, LAGO; DISTRÓFICO, LAGO; e OLIGOTRÓFICO, LAGO) OMBRÓFILA OMBRÓFILA = VEGETAÇÃO PLUVIAL Vegetação caracterizada por adaptações a ambiente de alta pluviosidade. (Ver PLANTA DE SOMBRA) OMNÍVORO OMNÍVORO = PANTÓFAGO Que utiliza como alimento, mais de um nível trófico, da cadeia alimentar, ou seja, alimenta-se de plantas e de animais. Exemplos: o homem, porco, rato, raposa, barata... ONG (ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL) Formada geralmente a partir de pessoas que se dedicam a uma determinada causa, podendo tal organização ser voltada para problemas ambientais. ONTOGENÉTICO Que acontece no transcorrer do crescimento de um indivíduo. (Ver FILOGENÉTICO) OPORTUNISTAS (Ver ESTRATEGISTAS K e r) ORDEM DE BICADA (Ver BICADA, ORDEM DE) 169 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ORDEM DE GRANDEZA Quando se deseja dizer que duas quantidades ou valores são da mesma ordem de grandeza, isto significa que elas não diferem por um fator de 10. Três ordens de grandeza significam um fator de 1.000. ORDENAÇÃO (ou ORDENAÇÃO POLAR) Tratamento matemático (utilizando teorema de Pitágoras) que permite a representação gráfica de comunidades, mostrando que semelhanças em composição de espécies e abundância relativa aparecerão próximos num determinado eixo da representação, enquanto comunidades que difiram muito na importância relativa do conjunto similar de espécies, aparecerão distanciados. A aparência da representação poderia ser (modificado de WHITTAKER, 1975): y úmido fértil 60 C E 39 D A 19 estéril 58 G B F H x 32 29 38 49 51 I J seco 23 Observações: as letras (de A a J) representam 10 tipos de ecossistemas de florestas da Polônia. Cada amostra é uma média de várias, coletadas e representativas de cada ecossistema. Os ecossistemas A e H representam os pontos terminais do eixo x e C e J os do eixo y. As amostras foram localizadas pela similaridade relativa (coeficientes de comunidade) às amostras dos pontos terminais; as unidades de distância ecológica marcadas nos eixos x e y (os traços nos eixos) são coeficientes de comunidade de 10%. As linhas oblíquas aos eixos, representam gradientes nas características de solo (umidade decrescendo do quadrante esquerdo superior para o direito inferior e fertilidade do direito superior para o esquerdo inferior); e os números são valores médios de espécies vegetais das amostragens obtidas. (Ver COEFICIENTE DE COMUNIDADE) ORGANISMO GENETICAMENTE MODIFICADO (Ver TRANSGÊNICOS) ORGANISMOS UNITÁRIO e MODULAR Um organismo unitário é aquele cuja forma é altamente definida, determinada. Resulta geralmente, da fusão de uma célula reprodutiva masculina (espermatozóide) com uma célula feminina (óvulo), formando o ovo ou zigoto. O descendente é assim, facilmente reconhecido, sendo seu desenvolvimento e forma, previsíveis. Um organismo unitário é, por exemplo, um cão, um gato, um réptil, uma ave, o homem etc. O organismo modular, no entanto, embora possa também surgir de processo reprodutivo semelhante ao do indivíduo unitário, gera um descendente com número e forma de elementos componentes, altamente variáveis. Um organismo modular é, por exemplo, uma árvore, uma esponja, um coral, um briozoário, uma ascídea (ou tunicado), um fungo etc. Seu desenvolvimento e forma são imprevisíveis, embora os indivíduos da mesma espécie (logicamente) se assemelhem. A modularidade também ocorre em função dos estímulos ambientais (luminosidade, temperatura, substrato/alimento etc). (Ver COLÔNIA) ORGANOCLORADO ORGANOCLORADO = HIDROCARBONETO OU HIDROCARBONO CLORADO 170 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Composto (ou conjunto de compostos) que entra na formulação de pesticidas, desenvolvido durante a 2ª guerra mundial, objetivando o controle de insetos (pragas, vetores de doenças como a malária, a do sono etc). O mais conhecido e usado tem sido o DDT-diclorodifeniltricloretano; há ainda o DDD-diclorodifenildietano (menos tóxico); o DDE-diclorodifeniletano resulta da desintegração do DDT e também é biologicamente ativo. Outros compostos deste grupo são o aldrin, endrin, dieldrin, atrazina e o BHC (“benzene hexachloride”, sigla em inglês ou hexacloreto de benzeno). Os organoclorados caracterizam-se, em termos ecológicos, pela sua susceptibilidade à biomagnificação. São pouco hidrossolúveis, mas são muito lipossolúveis, como o aldrin (C12H8Cl6) e o heptachlor (C10H5Cl7) um cupinicida, daí ser muito importante que a sua existência ou não em corpos d’água (rios, represas e mananciais em geral) seja investigada não somente na própria água mas também nos organismos que ali vivem. Atribui-se por exemplo ao DDT, sua atuação negativa no metabolismo do cálcio, em aves, levando estes animais a porem ovos mal-formados, quebradiços, impedindo sua reprodução. O DDT tem meia-vida de 10 anos no ambiente. (Ver CARBAMATO; ORGANOFOSFORADO; e TIOCARBAMATO) ORGANOFOSFORADO Grupo de pesticidas (ou defensivos agrícolas), geralmente inseticidas, composto por um grupo orgânico e um éster fosfórico; embora biodegradável na maioria (sua meia-vida é menor do que a dos organoclorados), o organofosforado, apesar de ser mais tóxico para os insetos, é muito tóxico para o ser humano e outros vertebrados, sendo carcinogênico. Todos estes compostos estão relacionados ao gás que atua no sistema nervoso (inativando a enzima que atua sobre a acetilcolina, responsável pela transmissão nervosa), desenvolvido durante a segunda guerra mundial. Exemplos de organofosforado: azodrin, clorpirifos, diazinon, fention, fosdrin, malation, paration e trition. (Ver PESTICIDA) ORGANOSSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS, CLASSIFICAÇÃO DE) ORGANÓTROFO (ou ORGANOTRÓFICO) (Ver HETERÓTROFO) ORIENTAL, REGIÃO (Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) “ornito-” Prefixo de origem grega significando “aves; pássaros”. Agluns exemplos: ornitofilia (termo relativo a planta polinizada por aves); ornitocoprófilo (organismo que vive em habitat rico em fezes de aves); ornitogênico (refere-se ao sedimento rico em fezes de aves). ORVALHO (Ver PONTO DE ORVALHO) “oro-” Prefixo de origem grega significando “montanha”. Alguns exemplos” orobático (que é encontrado em, ou associado com região montanhosa); orobioma (bioma caracterizado por terreno montanhoso); orográfico (que pertence a fatores do relevo, tais como montes, montanhas, platôs, vales e encostas); orófito é um vegetal das montanhas. (Ver ALPINO) “orto- ” Prefixo de orgigem grega significando “reto; direito”. Ex.: ortogênese (que se refere à evolução que ocorre numa única direção ao longo de um período de tempo considerável; admite-se, usualmente, que tal direcionamento seja determinado por um fator intrínseco ao organismo e não pelo processo de seleção natural); ortoseleção (seleção natural agindo continuamente na mesma direção através de longo período de tempo); ortotópico (alguns autores usam este termo para referir-se a indivíduo ou população no seu habitat natural (obs.: “-tópico”deriva da palavra de origem grega “topo”, significando lugar). OSCILAÇÃO DO SUL (Ver CORRENTE “EL NIÑO”) OSCILAÇÕES PAREADAS (Ver PREDATISMO) OSMORREGULAÇÃO Regulação da concentração de sais nas células e fluidos corpóreos. OSMÓTROFO (Ver DECOMPOSITOR) ÓTIMO DE SIMILARIDADE (Ver LIMITE DE SIMILARIDADE) ÓTIMO ECOLÓGICO Desenvolvimento máximo atingido por um organismo ou população, no seu habitat. 171 (Ver CFC. (Ver LITOSERE. (Ver DECOMPOSIÇÃO) OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD) Parâmetro medido na água.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver LEI DA TOLERÂNCIA) “OXBOW LAKES” (Ver MEANDROS) OXIDAÇÃO BIOLÓGICA Processo de degradação da matéria orgânica. Como regra geral. principalmente o clorofluorcarbono (CFC) e o metano (CH4) contribuem para a destruição da ozonosfera. em compostos simples. Este processo tem sido utilizado nas lagoas de estabilização. geralmente situada na estratosfera (a mais ou menos 30 km de altitude) que se constitui em importante filtro da radiação ultra-violeta. pela ação de microrganismos aeróbios. e EFEITO ESTUFA) 172 . pela energia solar. A solubilidade do oxigênio em água a 25°C. PSAMOSERE. OXISERE Sere que se inicia em habitat ácido. sob condições normais de pressão atmosférica. confirmando resultados obtidos no Panamá. é de 3.5 mg/L. e XEROSERE) OXISOL (Ver LATOSSOLO) OZONOSFERA Camada de ozônio. na seguinte reação fotoquímica: O2 hv ↔ 2O + oxigênio molecular energia solar átomos de oxigênio em seguida o oxigênio combina-se com o O2 formando o ozônio: O2 + O ↔ O3 ozônio Há evidências de que alguns compostos. Medições feitas em Natal (RN) mostram que a maior concentração de ozônio ocorre na troposfera (a mais ou menos 16 km). É também um processo metabólico típico de outros organismos aeróbios. A ozonosfera é formada a partir da cisão da molécula de O2. o sistema aquático que contiver menos do que 5 mg de O2/L de água não será capaz de manter uma comunidade de organismos em condições satisfatórias. estimando a capacidade de um ecossistema aquático em assimilar uma certa carga de poluição com ou sem posterior suprimento de oxigênio. que também é uma região não muito distante do equador. paleopalinologia (estuda esporos fósseis. Uma planta que medra em tais locais é denominada de pagófita. paleobotânica (que estuda a vida das plantas em passado geológico). embora alguns autores refiram-se aos estudos destes últimos como paleopalinologia. PALEOÁRTICA. velho”. Palinologia refere-se em geral. DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA.: paleogeografia (que estuda a distribuição geográfica de fósseis da flora e da fauna). “PAH – POLYCYCLIC AROMATIC HYDROCARBON” Qualquer componente de um amplo grupo de substâncias formadas a partir de combustão. PALMER (Ver ÍNDICE DE PALMER DE SEVERIDADE DE SECA) PALUDIAL (Ver LACUSTRE) PALUDOSO (Ver PÂNTANO) 173 . conforme mostra a figura que segue: A B C (Ver DISTRIBUIÇÃO BICÊNTRICA. e DISTRIBUIÇÃO POR IGUAL) PADRÃO DE QUALIDADE DE ÁGUA (Ver ÁGUA POTÁVEL) PAGÓFILO Que se desenvolve em sopés de montanhas. em geral). podendo ser uniforme (A). sendo em geral carcinogênico. REGIÃO (Ver REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS) PALEOBIOGEOGRAFIA (Ver BIOGEOGRAFIA) PALINOLOGIA Que estuda pólens e esporos. principalmente de carvão e de combustíveis de veículos. DISTRIBUIÇÃO CONTAGIOSA. paleoecologia (estuda a ecologia das comunidades fósseis). Ex. a pólens vivos e fósseis.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS P PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO Tipo de espaçamento dos indivíduos de uma população (plantas ou animais fixos). PAISAGEM (Ver ECOLOGIA DE PAISAGENS (ou DE PAISAGEM)) “paleo-” Prefixo grego significando “antigo. paleoclimatologia (estuda o clima que ocorreu em períodos de passado geológico). DISTRIBUIÇÃO DISJUNTA. DISTRIBUIÇÃO LIVRE IDEAL. aleatório (B) e agrupado ou agregado (C). paleobiocenose ou paleocenose (assembléia ou conjunto de organismos fósseis que existiram em passado geológico histórico como comunidade integrada. A foto ao lado mostra o Graxaim-do-mato (Cerdocyon thous). formando a oeste a África e a América do Sul. E o segundo.. completo.. Surge pela ação da luz solar sobre hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio provenientes de veículos e de fábricas. Essa região estende-se à Argentina e Uruguai. Em termos fitofisionômicos. cercado por um oceano (pantalassa) e que fragmentou-se há uns 200 milhões de anos. teriam se separado dos continentes do hemisfério sul. a leste a Austrália e a Antártica. como uma doença ou enfermidade epidêmica. Parque Nacional da Serra Geral (foto de João Paulo Lucena.). (Ver PRAGA) PANSPERMIA Teoria em que se diz que a vida teve origem em qualquer outro lugar do Universo mas não no planeta Terra. Atua negativamente nas plantas.wikipedia. é um composto de nitrogênio. caturritas. poluente atmosférico.. que se constituiram na Gondwana. formando os continentes atuais.: pandêmico (muito amplamente distribuído). Estima-se que lá vivem mais de 300 espécies de aves (pica-paus.). PANGÉIA (ou PANGAEA) Segundo alguns autores. constituindo-se numa rica biodiversidade. refere-se a um único continente. na África. PANTALASSA (Ver PANGÉIA) PANTANAL (Ver COMPLEXO DO PANTANAL) PÂNTANO PÂNTANO = BREJO = PALUDE = PALUSTRE = PAUL 174 . com predominância de capim mimoso em muitas áreas. veados.. tatus . ou um supercontinente. os continentes do hemisfério norte. (Ver CAMPOS SULINOS. Há cerca de 144 milhões de anos. numa população e de maneira irrestrita. obtida do site www. componente freqüente no “smog”. que supunha-se existir há uns 240 milhões de anos passados. na Mauritânia e Marrocos. separando-se da África e derivou até colidir com a Ásia. a fenilacetonitrila (cuja sigla PAN é do nome em inglês) é uma substância que ocorre em gafanhotos machos (servindo de advertência para os demais ficarem sabendo que estão se reproduzindo) e que tem sido utilizado no contrôle biológico de pragas de gafanhotos. Ex. anus . por inteiro”. no cânion Fortaleza. o peroxiacetilnitrato.org). e a India. na parte sul do Rio Grande do Sul. cerca de 90 espécies de mamíferos terrestres (graxains ou guaraxains.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS PALUSTRE (ou PALUDIAL) (Ver PÂNTANO) PAMPA No Brasil o pampa é uma pradaria em terreno com ondulações suaves e com trechos de mata galeria. PAN-MIXIA (PAN-MÍTICO) Nome dado aos cruzamentos que ocorrem ao acaso. a vegetação compõe-se de gramíneas e plantas rasteiras. há uns 45 milhões de anos. formando a Laurasia. e PRADARIAS) “pan-” Prefixo de origem grega significando “todos. que posteriormente se subdividiu. PAN – PEROXIACETILNITRATO (e “PHENYLACETONITRILE” ou FENILACETONITRILA) O primeiro. bloqueando a fotossíntese. imprópria. química e em outras áreas de estudo).com). Embora assim definido.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Ambiente encharcado. pelo lado”. Seu uso é muito amplo em ciências naturais (principalmente em anatomia. é sinônimo de neutralismo) (ver INTERAÇÃO ECOLÓGICA).. quando se deseja referir-se à variável ou fator ambiental.. PARÂMETRO Denominação matemática utilizada para designar uma variável que é mantida constante enquanto outras estão sendo investigadas. seria um sinônimo de protocooperação). palustres ou paúis. Ex. e também pelas regiões subtropicais. este termo tem sido utilizado livremente em ecologia e ciências ambientais.wikipedia. “para-” Prefixo de origem grega significando “ao lado de. charcos .. Não confundir com “pantropismo”. é de “marshland” de Indiana..: paquiderme (de pele espessa. (Ver EFEITO BUMERANGUE) PANTÓFAGO (Ver OMNÍVORO) PANTRÓPICO (PANTROPICAL) Que se estende principalmente pelos trópicos.U. PARAQUAT Herbicida de contato (C12H14N2) com baixa persistência em certos solos e na água. com solo lodoso. se necessário. revisadas. constituindo-se num arcabouço teórico dentro do qual as teorias científicas podem ser testadas. pouco profundo. do site www. errada”.. E. Na língua inglesa denomina-se de “wetland” a tais locais. no caso dos “Everglades”. Um termo que ilustra tal amplitude de significados é parabiose.A.A. como uma denominação matemática.). hipopótamos. paraheliotropismo (movimento de folhas para evitar ou minimizar exposição ao sol). (ii) utilização por insetos sociais. como brejos. Em termos ecológicos essas zonas são muito importantes como “zona tampão” ou de amortecimento de impactos. mantendo suas respectivas ninhadas separadamente (parabionte e parabiótico também se aplicam a esta situação) e (iii) união anátomo-fisiológica. avaliadas e.U. faltando. que também são conhecidos (com algumas características específicas) como “marshes” ou “peatbogs” (a foto ao lado.). As “wetlands” vêm sendo utilizadas como zonas de tratamento natural de águas residuárias. PARASITA (Ver PARASITISMO) PARASITA ACIDENTAL (Ver PARASITISMO) 175 . “paqui-” Prefixo de origem grega significando “espesso”. que se refere a uma orientação de movimento sem direção fixa. sendo extremamente tóxico para mamíferos e moderadamente tóxico para aves. como os elefantes. que pode ser definido como (i) suspensão temporária de atividade fisiológica. Alguns autores aplicam este termo aos vírus que podem infectar uma ampla gama de células. como por exemplo. chegando em certos usos a significar que alguma coisa (referente à palavra que lhe segue) está “irregular. antas . como em irmãos siameses. geralmente com vegetação típica. parasimbiose (simbiose que não beneficia nem prejudica os participantes da interação. do mesmo ninho por colônias de diferentes espécies. PARADIGMA Termo usado inicialmente pelo físico Thomas Kuhn (em sua obra clássica “The structure of scientific revolutions”) referindo-se a um conjunto de crenças científicas e metafísicas. na Flórida (E. Outros exemplos: paracelular (passando ou situado ao longo e entre células). paramutualismo (simbiose facultativa em que ambas as espécies se beneficiam. as doenças em vegetais transmitidas pelo vento. em oposição a uma distribuição normal). Quando a transmissão não atinje grandes distâncias. resumindo-se ao seu local de origem. ovovivíparo (que produz ovos no interior do corpo materno e ainda dentro do corpo libera o rebento). espécies de interesse científico . certamente porque sua fonte principal de alimento somente ocorre na matéria orgânica morta. mas que é utilizado como um habitat temporário ou como um meio para conseguir alcançar o hospedeiro definitivo. e PREDATISMO) PARASITÓIDE Alguns autores utilizam este termo quando desejam referir-se a um organismo que tem comportamento entre parasita e predador.. Grande parte desses insetos pertencem à ordem Hymenoptera e alguns à ordem Diptera. São muitos os termos com este sufixo. por exemplo. diz-se ocorrer uma transmissão leptocúrtica (termo da estatística que significa distribuição achatada. em termos de interesse ecológico. gerando diversas expressões e termos específicos. que desenvolveram um tipo de parasitismo que poderia ser chamado de parasitismo em ninhada ou de parasitismo de ninho. de quem depende para manter-se. podendo matar ou não seu hospedeiro. Ainda com respeito à “produção”. No caso da transmissão de parasitas. PARASITÓIDE. atraentes para o público e que devam ser mantidas com sua aparência original. geralmente o indivíduo da população parasita é menor do que o indivíduo da população hospedeira. na metade das espécies de cuco. PARATION (Ver ORGANOFOSFORADO) “-paro” Sufixo de origem latina significando “gerar. 176 . PARQUE NACIONAL Categoria de unidade de conservação do Grupo I do SNUC. segundo registro feito inicialmente por R. Geralmente a fêmea coloca no ninho alheio um ovo. Também conhecido pela sigla PARNA ou PN. de recreação em contato com a Natureza e de turismo ecológico. veneníparo (que produz veneno). refere-se este termo diretamente aos insetos que põem seus ovos sobre determinados hospedeiros. pôr (ovos). (Ver PARASITA NECROTRÓFICO) PARASITA NECROTRÓFICO Diz-se do parasita que se desenvolve sobre organismos mortos.B. No parasitismo. (Ver INTERAÇÃO ECOLÓGICA. Até meados de 2006 haviam sido criados 52 parques nacionais. em 1977. tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica. por exemplo. Usa-se também o termo parasita acidental para designar o organismo que é encontrado em outro organismo mas que este não é normalmente seu hospedeiro. parir. PARQUE (NACIONAL. sudoríparo (que produz suor). vivíparo (que produz o filhote ou rebento que sai do interior do corpo materno). e outros.: ramíparo (que produz ramificações). ESTADUAL ou MUNICIPAL) Área de propriedade governamental que contenha características naturais (aspectos geomorfológicos. por exemplo) e “interespecífico” (ocorre. além de alguns fatores abióticos. têm sua eficiência de infecção dependente da distância entre as plantas. que é a dependência à sua taxa reprodutiva básica. produzir”. Alguns autores referem-se a parasita paratênico àquele que utiliza tal habitat temporário. Há animais (ovíparos).) importantes. como por ex. fortemente presente em espécies de pássaros que depositam seus ovos em ninhos de outros pássaros que os chocam até a eclosão.. no lugar de um da outra espécie que ela suprimiu. Há então. HOSPEDEIRO (e PARASITA) Um hospedeiro paratênico é aquele que não é essencial para que um parasita complete seu ciclo vital. PARATÊNICO. o “intraespecífico” (observado em espécie de pato. Para a maioria dos autores.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS PARASITA BIOTRÓFICO Diz-se do parasita que se desenvolve somente sobre hospedeiro vivo. como por exemplo: ovíparo (que põe ovos). sobre outros insetos ou raramente sobre aranha ou outro animal. possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividade de educação e interpretação ambiental. dois tipos de parasitismo em ninhada. (Ver PARASITA BIOTRÓFICO) PARASITISMO Tipo de interação ecológica na qual uma das populações afeta a outra. Muitas inferências são feitas desta interação.Payne. um pássaro europeu e no peixe-gato). são muitos os termos. Outro aspecto importante diz respeito ao patamar (ou limiar) de transmissão do parasita. A.F. que é de 738. na cadeia alimentar. água. uso de combustíveis fósseis. Japão (DE = 0. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Segundo a Lei nº 4.7 ha de áreas naturais necessárias para suprir as demandas (consumo e absorção de resíduos).414. Canadá (DE = 9. tal que disponha de áreas naturais para manter o consumo dessa população e para manejo dos resíduos por ela gerados. com área de 1 a 10 m2. E. proveniente de queima de certos materiais sólidos (inclusive vegetação das queimadas). Na pedogênese exercem papel fundamental a flora e fauna local. fauna e das belezas naturais.22.Rees. (Ver CADEIA ALIMENTAR) PATRIMÔNIO GENÉTICO (Ver GENÓTIPO) PAUL (Ver PÂNTANO) PAUROMETÁBOLO (Ver HEMIMETABÓLICO) “PCB – POLYCHLORINATED BIPHENYLS” (Ver ASCAREL) “PCP – PENTACHLOROPHENOL”) (Ver PENTACLOROFENOL) “PCR – POLYMERASE CHAIN REACTION” (Ver TERMÓFILO) PECILOTERMIA (ou POIQUILOTERMIA) (Ver ECTOTERMIA) PEDÓFAGO Que se alimenta de embriões ou de descendentes ainda muito jovens de outras espécies. em ecologia.Dias sobre a pegada ecológica (PE) de Taguatinga. estendendo-se até a profundidade das raízes.7-10.73. PEGADA ECOLÓGICA (“ECOLOGICAL FOOTPRINT”) Expressão introduzida por M. Como a TED (terras ecoprodutivas disponíves) = 13. Este cálculo pode ser representado por: DE = TED – PE.3 = -3.637 / 738. Multiplicando-se este resultado pela população local. conciliando a proteção integral da flora. o déficit ecológico (DE) = 13. madeira.9). está aqui nesta categoria de poluente atmosférico.7 = 1. É tridimensional.24 = -2. 177 .578 habitantes. recreativos”. resíduos sólidos) = 2.578 = 0.654. A fumaça. PEDON O menor volume ou unidade.02-2.6). PASTEIO (Ver PASTEJO) PASTEJO (ou PASTEIO) Refere-se. principalmente argilo-minerais e oxi-hidróxidos de ferro e alumínio.Wackernagel e W.3 = -3. Segundo G. (DE = 6. permitindo o estudo dos seus horizontes e suas relações.Dias alguns países apresentam os seguintes déficits ecológicos: Brasil (DE = 6. à atividade desenvolvida pelos herbívoros ou consumidores primários.U. com a utilização para objetivos educacionais.R. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) PARTÍCULA ALFA (Ver RADIONUCLÍDEOS) PARTÍCULA BETA (Ver RADIONUCLÍDEOS) PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO AR Geralmente são consideradas como sendo menores do que “poeira”. resulta numa PE = 1. PASTAGENS TEMPERADAS Pradarias e estepes em regiões de clima temperado e seco. tendo menos do que 1μm de diâmetro.4). nas chamadas camadas do manto de alteração ou regolito.5).6-7.9-4. como população. referindo-se aos recursos naturais e condições ambientais em geral.637 ha. em 1996. PEDOGÊNESE Processo de formação dos solos.24 ha / pessoa. o parque tem por finalidade “resguardar atributos excepcionais da Natureza. Ocorre como conseqüência de modificações causadas nas rochas pelo intemperismo.16 = 3. necessárias para manter uma população humana de maneira sustentável. alimentos. seguindo-se uma reorganização dos minerais formadores do solo. cidade satélite do Distrito Federal. energia elétrica.F. do que possa se chamar solo. A PE (somatória de vários itens. Como exemplo é bastante útil e elucidativo o estudo de G.711/65 que o instituiu. papel. geralmente. em mar aberto.6-3. PERCOLAÇÃO Movimento descendente de penetração da água no solo. As mais importantes a serem observadas são: 1) Cor. 8) Nódulos e concreções minerais. Fe e colóides orgânicos. B3 (transição para C). à escassez d’água. e colóides e com concentração de quartzo e outros minerais.0). Dá-se o nome de epipelágico (ou autopelágico) ao organismo que vive continuamente na superfície do mar. A grosso modo distinguem-se num perfil de solo os seguintes horizontes (sumariamente): 01: (zero) horizonte orgânico formado por partes de plantas. 4) Porosidade. no qual procura-se esquematizar o mais fielmente possível. substrato do solo. No exame desse perfil são descritas pormenorizadamnte as características morfológicas dos horizontes que o compõem.5-0. Fe.7-1. podendo ser componente do plâncton. (Ver PESTICIDA) PERCENTUAL DE SIMILARIDADE (ou SIMILARIDADE PERCENTUAL) Uma medição da similaridade de comunidades.9 = 0. A2: horizonte mineral. expressa como PS = 100-0.1). B: horizonte mineral às vezes cimentado com Al. Peru (DE = 7. Al e colóides). PEGAJOSIDADE DO SOLO (Ver TEXTURA DO SOLO) PELÁGICO Organismo pelágico é aquele que vive livre. (Ver ZONA PELÁGICA) PENTACLOROFENOL Conhecido também pela designação inglesa “PCP–pentachlorophenol”. Este método dá uma idéia da densidade e fisionomia de uma vegetação. A1: horizonte superficial mineral. Argentina (DE = 4. nécton ou neuston. é um composto orgânico altamente tóxico (C6HCl5O) que é usado como inseticida contra cupins e também como herbicida. com húmus incorporado. onde a e b são os percentuais de valores de importância (como densidade) para determinadas espécies das amostras A e B. Austrália (DE = 14.7).5∑(a-b).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS India (DE = 0. 7) Cimentação.0-9. sendo difícil distinguir suas origens. 2) Textura. pode subdividir-se em B1 (transição com o horizonte A). geralmente lento. A representação é feita geralmente. Na caatinga. o juazeiro. são espécies perenifólias. 3) Estrutura.8 = -0.0 = 5. podendo estar desestruturado pela perda de argila. desde um ponto de vista vertical. fungicida e moluscicida. Fe e Al. 6) Consistência. como pode ser visto na ilustração que segue: 178 . distinguíveis e de animais. B2 (concentração máxima de argila. em papel milimetrado. PERFIL DO SOLO Corte ou secção feita no solo com a finalidade de observar os horizontes de que ele é composto.6 = 6. atingindo o lençol freático. C: material não consolidado. 9) Eflorescências. 02: horizonte orgânico formado por partes de plantas e de animais em decomposição. PERFIL ECOLÓGICO Método de representação da distribuição de plantas (e em alguns casos também de animais fixos) ao longo de uma linha.35). R: rocha matriz consolidada. Schinopsis brasiliensis. a forma e o porte dos vegetais. 5) Cerosidade (e possíveis revestimentos e superfícies de fricção). escuro. (Ver PERCOLAÇÃO) PERENIFOLIA Fenômeno de preservação das folhas por plantas que estão adaptadas. Zipyphus joazeiro e a baraúna. menos escuro. sendo o que melhor tipifica o horizonte B. proveniente da rocha matriz. em suas células e tecidos. adere a um substrato. (Ver ÍNDICE DE PALMER DE SEVERIDADE DE SECA) “PERMAFROST” Solo com água. PERIODICIDADE Ocorrência periódica ou rítmica de um evento. para eliminar seres vivos danosos aos cultivos. referindo-se ao ciclo climático que castiga esta região. é a condição de passagem de moléculas de fluidos através de poros ou pequenos espaços. com sérias conseqüências para a agropecuária e o ser humano. (Ver MATÉRIA SECA) PESTE (Ver PRAGA) PESTICIDA PESTICIDA = PRAGUICIDA = DEFENSIVO AGRÍCOLA = BIOCIDA É uma substância utilizada. privando-a parcial ou totalmente das chuvas. estando sob a forma líquida em período muito curto do ano. moluscicida (ou moluscocida) etc. (Ver TUNDRA) PERMEABILIDADE Num organismo. fungos. fungicida. No nordeste brasileiro tem conotação mais ampla. Em solos. PEROXIACETILNITRATO (Ver PAN) PERSISTÊNCIA Tempo em que determinada substância tóxica fica num ambiente ou em determinado compartimento de um ecossistema. que juntamente com detritos orgânicos e partículas inorgânicas. típico da região ártica. caracterizando-a como região semi-árida. Alguns deles são específicos para grupos de animais ou fungos ou outros organismos e são chamados de acordo com o organismo a ser exterminado: inseticida. animais). geralmente na agricultura. 179 . sobre o qual ocorre a tundra. quase permanentemente congelada.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Floresta 28 24 20 16 12 8 4 m Caatinga 0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 12 m (Ver TRANSECÇÃO DE FAIXA) PERIFITON Comunidade microbiótica aquática (algas. O sufixo “on” refere-se à comunidade. Chama-se epifiton a comunidade formada por organismos aderidos às macrófitas (plantas) aquáticas. bactérias. PERTURBAÇÃO (Ver DISTÚRBIO) PESO FRESCO Peso. de matéria orgânica provida de água. a permeabilidade é medida como uma taxa de passagem de água através de certa quantidade de solo contido num cilindro. (Ver FOTOPERÍODO) PERÍODO DE SECA Período estacional do ano em que não ocorrem as chuvas. equação representativa: pH = -log[H+]. organofosforados). a disponibilidade de alimento para os animais (em pH baixo a microflora fúngica reduz-se ou inexiste) “PhAR–PHOTOSYNTHETICALLY ACTIVE RADIATION” (Ver RADIAÇÃO FOTOSSINTETICAMENTE ATIVA – RFA) PICADA Passagem ou atalho aberto na mata. MÉTODO DE Método de marcação-e-recaptura objetivando avaliar o tamanho de uma população N. É representado por uma escala de 0 a 14. Esta redução é calculada em relação à área do disco. c) reduzindo. Medida da acidez ou basicidade (alcalinidade) de um meio líquido. PICNOCLINO (Ver “-clino” ou “-clina”) PIONEIRO(A) (Ver ESPÉCIE PIONEIRA) PIRACEMA (Ver ANÁDROMO) PIRÂMIDE ECOLÓGICA Representação gráfica. A água da pipeta em contato com o papel mata-borrão vai umedecendo este papel e seu nível vai baixando na pipeta. b) ou o logaritmo de base 10 da recíproca (do inverso) da sua concentração em íons de hidrogênio. Na figura que segue estão representadas uma pirâmide dita normal (à esquerda) e uma pirâmide invertida (à direita): 180 . ao longo de um dia de medição. lembrando a forma de uma pirâmide. foice ou faca. pode afetar indiretamente a biodiversidade de algumas maneiras. de cor verde (à maneira de uma folha de planta) é colocado bloqueando a parte superior de uma pipeta (em mm3) e em que esta é enchida com água e é posta com o topo para baixo. elevando-se de 7 até 14 indica aumento de basicidade ou alcalinidade. interferindo na capacidade de troca catiônica do sedimento. EVAPORÍMETRO DE Instrumento de confecção simples. valor este que é então comparado com os valores de transpiração de uma planta (que pode ser avaliada através de balanço hídrico). e R o número de indivíduos marcados na segunda amostragem. Em geral são representados três tipos de pirâmide ecológica: de número. C é o número de indivíduos capturados na segunda amostragem. com pH 5 tem 10 vezes mais hidrogênio em solução do que uma solução do solo com pH 6 (uma mudança de 10 vezes na concentração em [H+] é representada pela diferença de pH de 1 unidade). como a rotenona. pH Ponto de hidrogenização (do francês “pouvoir hydrogéne”: poder . que pode ser: a) o valor negativo do logaritmo de base 10 da sua concentração em íons de hidrogênio. do hidrogênio). a ação das enzimas e a troca gasosa nas superfícies respiratórias dos organismos. tais como: a) perturbando diretamente a osmorregulação. ORGANOFOSFORADO. PICHE. e os sais inorgânicos). por exemplo. por exemplo. Os compostos químicos utilizados na eliminação de plantas invasoras dos cultivos são conhecidos como agrotóxicos. Um solo. O pH 7 é neutro e baixando até 0 o pH indica aumento de acidez. b) ação indireta sobre os efeitos na concentração de possíveis metais pesados e particularmente sobre o alumínio.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS De acordo com Carroll Williams. indiretamente. O pH é de importância vital para os seres vivos terrestres e aquáticos. b) 2ª geração (DDT e derivados. O aumento de acidez do meio aquático. e TIOCARBAMATO) PETERSEN. Sua fórmula é: N = CM/R. geralmente a golpes de facão. onde M é o número de indivíduos marcados na primeira amostragem. os semioquímicos. ORGANOCLORADO. de biomassa e de energia. da estrutura e função tróficas de um ecossistema. como os aleloquímicos e feromônios). equação representativa: pH = log I / [H+]. força. há pesticidas de: a) 1ª geração (substâncias extraídas de plantas. em que um disco de papel do tipo mata-borrão. e c) 3ª geração (substâncias bioquímicas. na qual os produtores geralmente ocupam a base e os demais níveis tróficos lhe estão sobrepostos sucessivamente. (Ver CARBAMATO. fechada e que requeira um único período de marcação e também um único período de recaptura. PLANTA-CHAVE PLANTA-CHAVE = PLANTA PIVOTAL Refere-se a uma planta que desempenha importante papel na manutenção da fauna de um ecossistema. (Ver BENTOS. dá-se o nome de fitoplâncton. com folhas dispostas em roseta. acredita-se que o fitoplâncton exerça importância muito maior do que a vegetação com raiz.000 m de profundidade oceânica. dos ambientes terrestres. NEUSTON. com produção de grande safra. sem caule ou tendo este muito curto. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) PLANÓFITA Planta flutuante livre.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS zooplâncton carnívoros herbívoros fitoplâncton produtores Na pirâmide de número conhecida como pirâmide de Elton ou Eltoniana (representada pela primeira vez por C. do gênero Drosera. Nos ambientes aquáticos profundos. y) e de número de indivíduos desses diferentes tamanhos (na abscissa. Esta planta é da família Droseraceae. PLÂNCTON (ou PLANCTO) Organismos diminutos que. na produção de alimento básico para o ecossistema. vivem como flutuantes em ecossistemas aquáticos. abaixo dos 4. que secretam líquido viscoso. dá-se o nome de zooplâncton. PLANTA (Ver PLANTA-CHAVE) PLAGIOTROPISMO Resposta da planta pelo crescimento. em quantidade e qualidade variadas. atuando na apreensão de pequenos invertebrados (geralmente insetos) e digerindo-os. frutificando na época de escassez geral de frutos. PLANOSSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS. PLANTA DE SOL PLANTA DE SOL = HELIÓFILA 181 . o nanoplâncton (microrganismos com tamanho de 5 a 60 μm) e abaixo desse valor mínimo o ultraplâncton (ver APÊNDICE V – PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO). resultam numa forma piramidal. Aos organismos animais. NÉCTON. orientado obliquamente à vertical. de água doce. um indivíduo do fitoplâncton.Elton. o tamanho de uma população é uma função de sua taxa de reprodução. PIVOTAL. O sufixo “-on” refere-se à comunidade. geralmente de floresta tropical. Tais plantas têm na nutrição mineral sua principal fonte de alimento. Alguns autores consideram ainda o bacterioplâncton (bactérias). ou uma pleustófita grande ou uma planctófita pequena. e PLEUSTON) PLANÍCIE ABISSAL Uma zona um pouco inclinada. produtores primários do plâncton. PLANCTÓFITA Um vegetal planctônico. da ecologia animal) o gráfico representativo de classe de tamanho de animais (na ordenada. x). animais pequenos se reproduziriam em taxas mais elevadas (com longevidade menor) do que animais grandes (com maior longevidade). São citadas como exemplos de plantas-chave algumas palmeiras e figueiras. Aos organismos vegetais. consumidores. Segundo Elton. graças à ação de enzimas. CLASSIFICAÇÃO DE) PLANTA C3 (Ver C3) PLANTA C4 (Ver C4) “PLANTA CARNÍVORA” (“PLANTA CARNÍVORA” = “PLANTA INSETÍVORA”) Planta ou erva. PLANOSPORO Um esporo móvel. ou seja. muros. além de outras características de adaptação dos microrganismos ao ambiente em que vivem. pleoxênico (e heteroxênico) (refere-se a um parasita que não tenha especificidade de hospedeiro. casas. pleometrose (fundação de uma colônia de organismos sociais por mais do que uma fêmea original). dentre alguns significados. são tidas como plantas de sol. ou seja. Observação: não confundir o termo umbrófila com ombrófila. (Ver “poleo-”) PLASMÍDIO Elemento genético extracromossômico. os plasmídios exercem ação muito importante.. mutação pleotrópica (aquela que afeta a expressão de diversas características). Vejamos alguns exemplos: pleomórfico (ou polimórfico. é responsável por transmitir importantes características para outras células. com autonomia de reprodução e que.. portanto. ou a um parasita que tenha diversos hospedeiros durante seu ciclo de vida). PLASTICIDADE (DE UM ORGANISMO) É a capacidade de um organismo de variar morfológica. Um termo mais apropriado para esta condição é eurifágico. Tem se usado este termo também para designar espécies de organismos em geral. fisiológica ou comportamentalmente como resultado das ações e/ou flutuações ambientais.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS É uma planta de alto ponto de compensação. é a parte submersa. (Ver SUBLITORAL. (Ver CIÓFITO(A) / CIÓFILO(A). ruas. adaptada a viver em baixas condições de luminosidade. pleogamia (maturação e polinização de diferentes flores de um espécime vegetal em diferentes épocas ou período de tempo). cercas . que necessita de muita luz para iniciar a fotossíntese. e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) “pleo-” (e “pleio-”) Prefixo de origem grega que (e sua outra forma “pleio-”). que se apresenta em diferentes formas). Nos mapas. PLATAFORMA CONTINENTAL Parte do litoral recoberta pelo mar. são tidas como plantas de sombra. subarbustos e herbáceas). por exemplo. esta faixa. pleotrópico (refere-se a um gene que tenha um efeito fenotípico visivelmente independente). que significa uma ampla (larga) faixa de seleção de alimento. até 200 m de profundidade. uma vez que são responsáveis. por exemplo (subárvores. mais do que o número normal”. por exemplo). (Ver “euri-”) PLEOTRÓFICO PLEOTRÓFICO = EURIFÁGICO = PLEÓFAGO = PLURÍVORO = POLÍFAGO = POLITRÓFICO 182 . PLEÓFAGO PLEÓFAGO = EURIFÁGICO = PLEOTRÓFICO = PLURÍVORO = POLÍFAGO Que se alimenta de uma grande variedade de tipos de alimento. acompanhando as bordas dos continentes. é utilizado para indicar “muitos. em transmitir características de resistência a antibióticos e metais pesados. As árvores do estrato superior de uma floresta. (Ver PLASTICIDADE FENOTÍPICA) PLASTICIDADE DO SOLO (Ver TEXTURA DO SOLO) PLASTICIDADE FENOTÍPICA Habilidade de um único genótipo expressar-se de diferentes maneiras em diferentes ambientes. Muitas plantas dos estratos inferiores de uma floresta. (Ver PLANTA DE SOMBRA) PLANTA DE SOMBRA PLANTA DE SOMBRA = UMBRÓFILA = CIÓFILA = ESCIÓFILA Planta cujo ponto de compensação de luz é baixo.) ou em terrenos baldios. e PLANTA DE SOL) “PLANTAE” (Ver REINO) PLANTA INVASORA (Ver ALÓCTONE) PLANTA PIVOTAL (Ver PLANTA-CHAVE) PLANTA RUDERAL Planta que vive próxima às construções feitas pelo ser humano (estradas. arbustos. Alguns plasmídios conduzem genes que controlam a produção de toxinas. embora não exerça nenhum papel no crescimento da célula (célula microbiana. que vivem em tais condições. de forma circular. Em termos de ecologia microbiana. é representada por uma tonalidade mais clara da cor que representa o oceano. adjacente ao continente. por exemplo. parasitando trato respiratório de lagartos. pluviófilo (um organismo que vive em condições de chuva abundante). que significa uma ampla (larga) faixa de seleção de alimento. ostentando estrutura respiratória importante. (Ver “euri-”) PLEUSTÓFITA Uma planta macroscópica. O sufixo “-on” refere-se à comunidade. Um termo mais apropriado para esta condição é eurifágico. insetos (inclusive suas larvas). PMS – PRODUÇÃO MÁXIMA SUSTENTÁVEL (Ver PRODUÇÃO MÁXIMA SUSTENTÁVEL) PMV – POPULAÇÃO MÍNIMA VIÁVEL (Ver POPULAÇÃO MÍNIMA VIÁVEL) PNEUMATÓDIO (Ver PNEUMATÓFORO) PNEUMATÓFORO Raiz aérea. As poças de maré criam ambientes apropriados (quando ocorrem sobre rochas) para a permanência de larvas de animais aquáticos. de Breno Grisi. pluviofluvial (que diz respeito à ação combinada da chuva e de riacho). PB). (Ver FITOPLÂNCTON. como as macrófitas aquáticas. CLASSIFICAÇÃO DE) PLURÍVORO PLURÍVORO = EURIFÁGICO = PLEÓFAGO = PLEOTRÓFICO = POLÍFAGO = POLITRÓFICO Que se alimenta de uma grande variedade de tipos de alimento. PODA RASTEIRA (Ver “COPPICING”) PODZOL ((Ver SPODOSOL) 183 . a lenticela ou pneumatódio. e APÊNDICE V – PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) PLINTOSSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS. NÉCTON. aquática. (Ver “euri-”) PLUVIAL Relativo à “chuva”. POÇA DE MARÉ Pequena depressão. que emerge do solo lodoso do mangue. que significa uma ampla (larga) faixa de seleção de alimento. e PLANCTÓFITA) PLEUSTON Macrorganismos que nadam na superfície da água ou andam sobre a mesma. Este termo é reservado para indicar o organismo que normalmente tem parte de sua estrutura mergulhada na água e parte no ar. pluvioterófita (planta vascular que germina após chuva intensa e que rapidamente completa seu ciclo vital enquanto perdura a umidade). Alguns exemplos: pluviômetro (instrumento para medir quantidade de chuva). Pentastomídeos (Pentastomida) podem estar aqui classificados. sendo representados por plantas. (Ver BENTOS. pluviófobo (um organismo que não tolera condições de chuva abundante). flutuante livre. que se protegem dos predadores nas suas reentrâncias. PLÂNCTON.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Que se alimenta de uma grande variedade de tipos de alimento. no litoral (zona entremarés) onde se acumula água durante a maré baixa. mostrando poças formadas entre as rochas areno-ferruginosas no pontal dos Seixas. Um termo mais apropriado para esta condição é eurifágico. PNEUMOTRÓPICO Organismo que tem afinidade por pulmões. lagartixas e cobras. (Ver foto ao lado. pequenos peixes. nas rochas ou na areia. João Pessoa. NEUSTON. de Avicennia sp (mangue-siriúba) por exemplo. crustáceos. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS PODZOLIZAÇÃO Aplica-se este termo à formação do podzol (tipo de solo conhecido atualmente por spodosol), solo arenoso que ocorre em regiões úmidas (a maioria na América do Norte, Europa e Ásia), ácido, com baixa CTC (exceto onde há acúmulo de humus), baixa porcentagem de saturação de bases, com deposição de óxidos de ferro, alumínio e/ou colóides humificados em subhorizonte e é considerado naturalmente infértil para a maioria dos cultivos. (Ver LATOLIZAÇÃO; e SPODOSOL) “poiquilo-” (ou “pecilo-”) Prefixo de origem grega significando “vários; variável”. POIQUILOTERMIA (ou PECILOTERMIA) (Ver ECTOTERMIA) POISSON, DISTRIBUIÇÃO DE Na matemática a distribuição de Poisson é usada quando se deseja descrever ou testar uma distribuição ou processo aleatório (ao acaso) e como um modelo de populações distribuídas ao acaso, onde a presença de um indivíduo em qualquer ponto (da distribuição ou processo) não aumenta nem diminui a probabilidade de um outro indivíduo (da população) ocorrer próximo e onde a variância é aproximadamente igual à média. “poleo-” O prefixo de origem grega “poleo-“ significa “negociar; vender”, mas usa-se este termo para designar o organismo que tem habitat urbano, sendo então poleófilo, aquele que prefere habitat urbano; o oposto, que não tolera viver em zona urbana é poleófobo; usa-se também poleotolerante para designar aquele que tolera essa zona. Alguns autores utilizam um índice de poleotolerância (escala qualitativa de tolerância a ambiente urbano). (Ver PLANTA RUDERAL) POLIANDRIA (Ver POLIGAMIA) POLICLÍMAX (Ver TEORIAS MONO E POLICLÍMAX) POLÍFAGO POLÍFAGO = EURIFÁGICO = PLEÓFAGO = PLEOTRÓFICO = PLURÍVORO = POLITRÓFICO Que se alimenta de uma grande variedade de tipos de alimento. Um termo mais apropriado para esta condição é eurifágico, que significa uma ampla (larga) faixa de seleção de alimento. (Ver “euri-”) POLIFATORIAL (Ver POLIGÊNICO) POLIGAMIA Refere-se ao indivíduo que se acasala com vários outros do sexo oposto. No caso do macho que se acasala com várias fêmeas dá-se a denominação de poliginia; e no caso da fêmea que se acasala com vários machos dá-se a denominação de poliandria. (Ver MONOGAMIA) POLIGÊNICO (POLIGENIA) POLIGÊNICO = MULTIFATORIAL = MULTIGÊNICO = POLIFATORIAL Refere-se a características controladas pela ação integrada de genes independentes múltiplos. POLÍGONO DAS SECAS Região semi-árida do nordeste brasileiro, de formato poligonal, periodicamente assolada por longos períodos de estiagem, abrangendo os estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e norte de Minas Gerais. POLIMÍTICOS (Ver HOLOMÍTICOS) POLIMORFISMO Coexistência de duas ou mais formas segregantes descontínuas, geneticamente determinadas, numa população, onde a freqüência do tipo mais raro não é mantida por si só pela mutação. Refere-se este conceito ao polimorfismo genético, dentre as várias denominações de polimorfismo (críptico, fenotípico, pseudoestacional ou pseudosasonal, transitório ...). O polimorfismo transitório é bastante comum na Natureza, onde as mudanças de condições ambientais num habitat possibilitam a substituição de uma forma por outra. (Ver TAUTOMORFISMO) 184 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS POLIMORFISMO COMPORTAMENTAL GENÉTICO (Ver HIPÓTESE DO COMPORTAMENTO POLIMÓRFICO (ou HIPÓTESE DO POLIMORFISMO COMPORTAMENTAL GENÉTICO)) POLINIZAÇÃO Em geral, é a fertilização de plantas com sementes, as fanerógamas (ou espermatófitas: angiospermas e gimnospermas). É a transferência de pólen do androceu de uma mesma flor (flor hermafrodita, em reprodução autogâmica) ou de outra flor, para o gineceu da flor receptora. (Ver MONÓICA; DIÓICA; e TRIÓICA) POLÍTICA DOS TRÊS Rs Reduzir, reutilizar e reciclar: em educação ambiental, princípio em que se procura sensibilizar e conscientizar os cidadãos visando poupar, aproveitar e reaproveitar os recursos naturais disponíveis. Procura-se hoje aplicar este princípio a uma gama muito grande de materiais utilizados no dia-a-dia das mais diferentes sociedades humanas. POLÍTICA NACIONAL DA BIODIVERSIDADE O Decreto no 4.339, de 22/08/2002, instituiu princípios e diretrizes para a implementação da Política Nacional da Biodiversidade. Durante a CNUMAD – Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, e seguindo as orientações da Declaração do Rio e da Agenda 21, o Brasil assumiu o compromisso na Convenção sobre Diversidade Biológica, de implementar a Política Nacional da Biodiversidade, com a participação dos governos federal, distrital, estaduais e municipais, e da sociedade civil (pormenores referentes aos princípios e diretrizes gerais desta Política são apresentados em PAZ et al. (2006). Os componentes desta Política, considerados como eixos temáticos, são: I – Conhecimento da biodiversidade; II – Conservação da biodiversidade; III – Utilização sustentável dos componentes da biodiversidade; IV – Monitoramento, avaliação, prevenção e mitigação de impactos sobre a biodiversidade; V – Acesso aos recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais associados e repartição de benefícios; VI – Educação, sensibilização pública, informação e divulgação sobre biodiversidade; e VII – Fortalecimento jurídico e institucional para a gestão da biodiversidade. POLITRÓFICO POLITRÓFICO = POLÍFAGO = EURIFÁGICO = PLEÓFAGO = PLEOTRÓFICO = PLURÍVORO (Ver POLÍFAGO) POLUENTE POLUENTE = AGENTE POLUIDOR Resíduo ou qualquer outro material proveniente da fabricação e uso ou da atividade do homem, lançado por este na Natureza e que causa poluição. POLUENTE PRIMÁRIO Dá-se esta designação (complementar) ao agente poluidor que por si só, causa poluição. O metano, que emana naturalmente de pântanos (gás de pântano), arrozais etc, é um poluente primário. (Ver METANOGÊNESE; e POLUENTE SECUNDÁRIO) POLUENTE SECUNDÁRIO Designação (complementar) dada ao agente poluidor que se constitui como tal ao reagir com um outro componente natural ou um outro poluente. O SO2 em contato com vapor d’água forma H2SO4 (ácido sulfúrico), que é altamente poluidor. O Hg (mercúrio) nas guelras dos peixes ou no interior de ostras, forma o metilmercúrio, altamente tóxico nos sistemas aquáticos. (Ver SINERGISMO) POLUIÇÃO Efeito acarretado pelo procedimento humano de lançar na Natureza, resíduos, dejetos ou qualquer outro material que altere as condições naturais do ambiente, contaminando ou deteriorando nossa fonte natural de recursos, do ar, terra ou água, sendo prejudicial ao próprio homem ou a qualquer ser vivo desejável. O termo poluição é aplicado hoje a uma vasta gama de conseqüências de procedimentos humanos, mormente nos centros de grande atividade ou aglomeração, tais como excesso de efeitos sonoros (poluição sonora ou auditiva), de efeitos visuais (poluição visual), poluição do ar, poluição térmica (por geração indesejável de calor), poluição alimentar etc. O quadro seguinte ilustra a poluição atmosférica em centros urbanos com diferentes densidades de população (GOUDIE, 1990): 185 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CONCENTRAÇÃO ---------------------------------------μg / m3--------------------------------------------------------CLASSE DE PARTÍCULAS EM PARTÍCULAS DE SO2 PARTÍCULAS DE NO2 POPULAÇÃO SUSPENSÃO (TOTAL) Não-urbano 25 10 33 <10.000 57 35 116 10.000 81 18 64 25.000 87 14 63 50.000 118 29 127 100.000 95 26 114 400.000 100 28 127 700.000 101 29 146 1.000.000 134 69 163 3.000.000 120 85 153 A fotos que seguem, mostram Pequim: à esquerda em dia após a chuva e à direita em dia com poluição atmosférica (do site www.wikipedia.com). Estas outras duas fotos que seguem, mostram: a da esquerda, Nova York em dia com poluição do ar elevada; e a da direita, dois edifícios em Bordeaux (França), onde o da esquerda foi construído com material suscetível à aderência dos poluentes atmosféricos, em contraste com o edifício da direita (fotos do site www.wikipedia.com). PONTO DE COMPENSAÇÃO (DE LUZ ou FÓTICO) Refere-se à luminosidade na qual o O2 produzido na fotossíntese compensa o O2 consumido na respiração. Em ecologia aquática, a profundidade de compensação é aquela, na coluna de água, onde a produtividade primária e o consumo pela respiração se igualam, não ocorrendo produtividade líquida. PONTO DE INFLEXÃO (Ver INFLEXÃO, PONTO DE) 186 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS PONTO (ou COEFICIENTE) DE MURCHA PERMANENTE (DE UMA PLANTA) Teor de água no solo que causa a murcha irreversível da planta, sendo que esta não se recupera quando é colocada em ambiente saturado com vapor d’água. Estima-se ser tal ponto em torno de -1,5 Mpa de potencial mátrico do solo. Este potencial é representado em termos de energia livre (e não de pressão), significando portanto, um valor negativo, ou seja, faz-se necessário “trabalho” (ou força) para remover a água do solo. (Ver POTENCIAL DE ÁGUA DO SOLO) PONTO DE ORVALHO Temperatura em que o vapor de água se liquefaz. “POOL” (Ver COMPARTIMENTO DE CICLAGEM e DE RESERVA) POPULAÇÃO Grupo de organismos de uma mesma espécie, coexistindo ao mesmo tempo e no mesmo espaço, e capazes, na maioria, de se intercruzarem, produzindo descendentes férteis. POPULAÇÃO EFETIVA (Ver TAMANHO DE POPULAÇÃO EFETIVA) POPULAÇÃO EM GARGALO POPULAÇÃO EM GARGALO = EFEITO GARGALO (DE GARRAFA) = GARGALO POPULACIONAL Originalmente o termo utilizado foi, em inglês, “bottleneck population”, querendo significar uma redução brusca no tamanho de uma população com conseqüente redução no tamanho do compartimento (“pool” em inglês) gênico ou da variabilidade genética total. POPULAÇÃO LOCAL Qualquer grupo de indivíduos, da mesma espécie, relativamente isolados, que se intercruzam. Devido às trocas genéticas e à continuidade da população através do tempo, a população local, mais do que o indivíduo, é a unidade básica da evolução. POPULAÇÃO MÍNIMA VIÁVEL − PMV É o número mínimo de indivíduos de uma população, que lhe possibilite evitar a vulnerabilidade à extinção e continue com chances de aumentar, tão logo as condições ambientais lhe permitam. (Ver ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO) PORCENTAGEM DE SATURAÇÃO DE BASES (Ver SATURAÇÃO DE BASES) POROSIDADE (DO SOLO) Porção, de um volume de solo, não ocupado por partículas sólidas (seja mineral ou orgânica). Em condições normais de campo, os espaços entre tais partículas são ocupados por ar e água; é este o espaço disponível para a penetração das raízes no solo. Fala-se em microporos (ou em microporosidade do solo), geralmente no interior dos agregados, em que a água é retida por capilaridade; e fala-se em macroporos (ou em macroporosidade do solo ou porosidade não-capilar), em que a água o atravessa por gravidade e é então substituída por ar. A estimativa da porosidade pode ser feita da seguinte maneira (MILLER & DONAHUE, 1990): a) Uma amostra de solo é coletada com um cilindro (ver o utilizado no verbete DENSIDADE APARENTE), perfazendo um volume de 73,6 cm3. A amostra, seca em estufa a 105°C, pesou 87,8 g. A densidade de partícula “padrão” é 2,65 g/cm3 (ou 2650 kg/m3). b) Obtém-se inicialmente a densidade aparente (ver o verbete DENSIDADE APARENTE), que neste exemplo foi 1,19 g/cm3. c) A porcentagem de poros é dada finalmente por: = 100% - (densidade aparente/densidade de partículas) (100) = 100% - (1,19/2,65) (100) = 100% - 44,9% = 55,1%; esta é a porcentagem de volume de poros do solo. Um solo argiloso tem uma porcentagem em torno do valor dado neste exemplo. Um solo arenoso teria entre 45 e 50%. O volume de poros é portanto inversamente proporcional ao diâmetro das partículas sólidas do solo, ou seja, varia com a textura do solo. Raramente um solo apresenta porosidade inferior a 30% ou superior a 60%. (Ver DENSIDADE APARENTE; e PERFIL DO SOLO) POSCLÍMAX Refere-se à modificação de uma vegetação, como conseqüência de alterações ou ligeiras flutuações climáticas, refletindo tal modificação nas condições ambientais (climáticas) que se tornam mais frias e/ou mais úmidas do que a média do ambiente antes da modificação. 187 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS POSSIBILIDADE DE DEFESA ECONÔMICA A habilidade de um animal defender um território e que é medida como sendo os custos biológicos de defesa, comparados aos benefícios obtidos. Quando os benefícios excedem os custos, diz-se ser o território “defensável”. POTAMO Termo, de origem grega, utilizado como designação de rio e a tudo que a ele se refere. Combinados a esta nomenclatura há então termos tais como potamoceno (ecossistema de rio) e muitos outros (potamobento, potamoneuston, potamopleuston, potamopelagial, potamoquinal). POTAMÓDROMO (Ver ANÁDROMO) POTÊNCIA DE TRÊS MEIOS (Ver LEI DA POTÊNCIA DE TRÊS MEIOS) POTENCIAL BIÓTICO Diz-se da habilidade de uma determinada população em reproduzir numa certa taxa ou velocidade, geralmente num ambiente sem limitação de recursos. POTENCIAL DE ÁGUA (DA PLANTA) O potencial de água da planta é o estado termodinâmico da água nas células vegetais, mais do que a quantidade total de água que participa das reações bioquímicas da planta. O potencial de água, ψ, é o trabalho necessário para elevar a água combinada ao potencial de água pura. É expressa em energia por unidade de massa (J m-3), sendo convertida em potencial pela relação: 1 MJ m-3 = 1 Mpa. O potencial osmótico, ψπ, sendo mais baixo do que o da água pura, ele é um valor negativo; e o potencial de pressão ψP é geralmente positivo. Assim num certo estado de hidratação, o potencial da célula vegetal inteira é dado por: ψcél = (-)ψπ + (+)ψP. Um potencial de água da célula vegetal (ψcél) negativo indica que a célula está sob tensão. Um déficit de vapor de água no ar ou um meio hipertônico (solo salino, por exemplo), pode fazer com que a água saia da célula e assim baixe seu potencial. Nas células do ser vivo há uma tendência da água mover-se de pontos com potencial mais alto para pontos com potencial mais baixos. Outros elementos importantes na questão do potencial de água das plantas é o potencial mátrico (−)ψτ do protoplasma e da parede celular (geralmente é de valor negligível). Quando a célula, ou melhor o protoplasma está saturado com água, devido à pressão de turgescência, a parede da célula se distende ao máximo e assim impede a célula de absorver mais água. Os valores são então: ψcél = 0 e ψπ = ψP. (Ver outros pormenores em LARCHER, 2001). POTENCIAL DE ÁGUA (DO SOLO) Quantidade de trabalho que uma porção infinitesimal de água pode desenvolver para se deslocar do solo (maior concentração de sais ou nutrientes) para um local com água pura, em condição de pressão atmosférica normal. É uma combinação dos efeitos da área de superfície das partículas do solo, dos pequenos poros que adsorvem água (potencial mátrico), juntamente com os efeitos das substâncias dissolvidas (potencial osmótico) e dos efeitos da pressão atmosférica (potencial de pressão). A unidade de energia tradicionalmente utilizada para representar o potencial de água é o bar: 1 bar = 100 kPa (quilo Pascal) = 100 J/kg 1 kPa = 1J/kg = 0,009869 atm Modernamente usa-se o Pascal. Este potencial é representado em termos de energia livre (e não de pressão), significando portanto, um valor negativo, ou seja, faz-se necessário “trabalho” (ou força) para remover a água do solo. A figura que segue (MILLER & DONAHUE, 1990) mostra o aumento do valor negativo do potencial de água que está fortemente ligada aos sais em dissolução no solo: 188 O potencial redox é atualmente expresso em Eh (anteriormente era Pε).059. Como exemplo. movimento flagelar. se oxida.4 -600 -0.8 -800 -1 -1200 -1. PPB − PRODUÇÃO PRIMÁRIA BRUTA (Ver PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA BRUTA) PPL − PRODUÇÃO PRIMÁRIA LÍQUIDA (Ver PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA LÍQUIDA) 189 . a oxidação do NO2 a NO3 no solo (na nitrificação) tem um potencial redox de Eh = 0. por causa da ausência comum de íons e também porque os estados de oxidação do carbono não são comumente usados em química orgânica. Esta reação é interpretada como de transferência de 2 átomos de H. que requerem pouca energia para usá-la). a transferência de eletron não é muito evidente. que requerem muita energia para usá-la).35 volts. assim: Pε = Eh (volts)/0. O potencial é negativo quando a substância redutora é mais forte. pouco disponível para os organismos. ATPase para formar ATP etc). Nos inúmeros processos oxidativos que ocorrem nos seres vivos há sempre liberação de energia. Nas reações biológicas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS kPa 0 -33 -100 Condição do solo Solo saturado Capacidade de campo Energia requerida Pouca energia Crescente Potencial mátrico Alto (maior) MPa 0 -0.1 -0. 2) Baixo potencial (grandes valores negativos) corresponde a um solo seco (baixo teor de água.6 Observações sobre a representação do potencial mátrico do solo: 1) Alto potencial (pequenos valores negativos) corresponde a um solo úmido (alto teor de água. A reação geral pode ser dada por: AH2 + B ↔ A + BH2 O agente oxidante B é o aceptor de hidrogênio. A maioria das reações biológicas de redox envolve a transferência de hidrogênio. que é utilizada pelo organismo nos mais diferentes processos metabólicos vitais (transporte ativo. POTENCIAL DE PRESSÃO (DO SOLO) (Ver POTENCIAL DE ÁGUA (DO SOLO)) POTENCIAL MÁTRICO (DO SOLO) (Ver POTENCIAL DE ÁGUA (DO SOLO)) POTENCIAL OSMÓTICO (DO SOLO) (Ver POTENCIAL DE ÁGUA (DO SOLO)) POTENCIAL REDOX (ou POTENCIAL DE REDUÇÃO-OXIDAÇÃO) Diz respeito às reações em que um composto orgânico sofre oxidação (adição de oxigênio ou remoção de hidrogênio) ao tempo em que outro sofre redução (remoção de oxigênio ou adição de hidrogênio). disponível para os organismos. de A para B.42 volts.2 -200 -400 -0.2 Ponto de murcha Muita energia -1600 Baixo (menor) -1. de maneira que A ao perder 2 eletrons. fortemente ligada às partículas do solo. fracamente ligada às partículas do solo.03 -0.6 -0. a oxidação do NH4 a N2 é Eh = -0. com seus 2 eletrons. fao. Em 1988 registrou-se deslocamento de gafanhotos do oeste da África até a India. se num determinado local a precipitação pluviométrica é de 1500 mm/ano. Cada gafanhoto é capaz de comer o equivalente ao seu próprio peso. Enquadram-se aqui. Países como Mauritânia e Marrocos são freqüentemente sujeitos a ataques de gafanhotos. e a podridão parda (fungo) do cacaueiro ou o mal-das-folhas (fungo) que ataca a seringueira.. em campo. alimentava-se de gafanhotos. todo dia. cigarrinhas (da cana-de-açúcar. naquele país africano (fotos de G.. grande concentração de gafanhotos. pelo abaixamento da temperatura. É dada geralmente em mm/ano. em alguns campos de várzea da amazônia e no planalto central brasileiro. ou seja.: 1 litro de chuva/m2 = 1 mm). onde há predomínio de gramíneas (geralmente de uns poucos centímetros de altura até 2 m) e que ocorre em muitas regiões do mundo (do norte do Canadá ao México).Diana. o desaparecimento da siriema propiciou a proliferação desse inseto que freqüentemente ataca plantios de cana-de-açúcar. neblina.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS P:R (Ver RAZÃO P : R) PRADARIAS Denominação generalizada para as formações (ou ecossistemas) campestres. à esquerda. (Ver CAÇA PREDATÓRIA) PRAGUICIDA (Ver PESTICIDA) PREAMAR PREAMAR = MARÉ ALTA Altura máxima da maré. atacando vorazmente uma planta. com explosões de crescimento populacional. geralmente um animal ou um microrganismo. tais como. da FAO – Food and Agricultural Organization).org. cochonilha. e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) PRECIPITAÇÃO PLUVIAL Fenômeno em que o vapor d’água da atmosfera (concentrado na forma de nuvens). ou seja. Em termos ecológicos pode se afirmar que na maioria das vezes “não existem pragas. (Ver BARREIRA DE CHUVA) 190 . e PAMPA) PRAGA PRAGA = PESTE Organismo. ave de apetite voraz que ocorria em abundância no nordeste brasileiro. como ratos. (Ver CAMPOS SULINOS. em organismo indesejável. Nas fotos que seguem vêem-se. por exemplo) e o bicudo do algodão. isto significa a média anual de chuva (obs. escorpiões e a ferrugem (fungo) que ataca o cafeeiro. orvalho. A precipitação pluviométrica diz respeito ao registro da quantidade de chuva que cai num determinado local. o trigo. causando desequilíbrios. tanto gafanhotos. mas sim conseqüências indesejáveis para o homem. da espécie Schistocerca gregaria. uma “praga”. O termo precipitação atmosférica envolve a passagem desse vapor para outras formas de precipitação. Atribui-se à praga a característica de espécie estrategista r. pelo manejo inadequado dos componentes dos ecossistemas”. granizo. atravessando o atlântico em 10 dias (suspeita-se que eles foram em navios e “navegando” sobre grandes quantidades de gafanhotos mortos. que rapidamente atinge níveis de dano a um cultivo e indiretamente. ao ser humano. gafanhotos em campos da Mauritânia e à direita. correspondendo ao limite superior do estirâncio. constituindo-se portanto. do site www. A siriema. se condensa e se transforma em chuva. (Ver BAIXA-MAR. neve. Alguns autores utilizam o termo compensação de densidade para designar o aumento no tamanho da população em resposta à redução no número de populações competidoras (muito observado em ilhas). 191 . parasitas e parasitóides). Considera-se freqüentemente o pré-clímax como um estádio seral que precede o clímax climático. em que há um limite no consumo de presas. sendo o número de predadores reprimido com o decréscimo na densidade de presas). continuamente. conforme representado acima. predam ovos e pulpas reciprocamente. citando-se aqui por exemplo a predação recíproca. O entomólgo C. Em RICKLEFS (2007) esta relação é denominada de trajetória de população. como conseqüência de alterações ou ligeiras flutuações climáticas. tipo II (em que no início o número de presas consumidas por predador aumenta rapidamente com o aumento da densidade de população de presas. classificando-a em três tipos: tipo I (a população do predador cresce sempre proporcionalmente ao número de presas consumidas). No predatismo geralmente. 1986): Predador + Presa + Predador + Presa - Predador Presa + Predador Presa - Alguns autores denominam de oscilações pareadas às flutuações na abundância de predador e presa. muitas são as inferências sobre o predatismo e conseqüentemente muitas expressões e termos foram introduzidos em ecologia. de quem depende para manter-se. Ao predador que ataca e mata de imediato. Há uma classificação taxonômica dos predadores (herbívoro alimentando-se de plantas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS PRECISÃO (Ver EXATIDÃO e PRECISÃO) PRÉ-CLÍMAX Refere-se à modificação de uma vegetação. a maior influência na estrutura dessa comunidade. A seguir é representado um esquema (teórico) das relações presa-predador (COLINVAUX. mas logo em seguida se nivelam) e o tipo III (com semelhanças ao tipo II. carnívoro de 2ª ordem alimentando-se dos de 1ª ordem e omnívoro consumindo qualquer desses tipos). predadores verdadeiros. refletindo tal modificação nas condições ambientais (climáticas) que se tornam mais secas e/ou mais quentes do que a média do ambiente antes da modificação. PREDAÇÃO (Ver PREDATISMO) PREDAÇÃO RECÍPROCA (Ver ANTAGONISMO) PREDADOR (Ver PREDATISMO) PREDADOR-CHAVE É o predador dominante. o indivíduo predador é maior do que a presa. com grande ênfase nos ecossistemas aquáticos (cadeia alimentar típica de pastejo). suas presas (e muitas serão estas ao longo de sua vida). em que duas espécies diferentes (de besouros do gênero Tribolium). dá-se o nome de predador verdadeiro. PREDATISMO Tipo de interação ecológica na qual uma das populações afeta a outra. em antagonismo mútuo (como também é chamada). mais do que poderia se esperar a partir de sua abundância relativa. que tem. Há diversas formas de predatismo ou predação. e há uma classificação dita funcional (pastejadores. carnívoro de 1ª ordem alimentando-se de herbívoros.Holling introduziu o termo resposta funcional quanto à relação predador-presa. ou quase. entre outros predadores duma cadeia alimentar numa comunidade. Sendo esta interação um tipo de grande importância à manutenção da maioria dos ecossistemas.S. Sua supressão significaria o “desmoronamento da pirâmide alimentar”. por constituir-se como patrimônio ecológico de valor. imprimem um certo direcionamento ao processo evolutivo da espécie. Seria a maneira com que um animal macho demonstraria à fêmea sua capacidade de superioridade em relação aos machos competidores. Estas últimas espécies poderiam ser denominadas de estenofágicas. caso em que uma espécie de pássaro carrega para o ninho até 2 kg de pequenas pedras. alertando a humanidade sobre as ameaças da poluição à vida na biosfera. (Ver CONSERVAÇÃO) PREVALÊNCIA Em parasitologia refere-se ao número de indivíduos de uma espécie hospedeira infectado com um parasita. Há consumidores que têm “alternativas” quanto à fonte de alimentos. expressa pelos consumidores (herbívoros e carnívoros). sendo portanto. que utilizam predominantemente alimento de maior teor energético e conseqüentemente sentem menor necessidade em adquirí-los (poderia isto ser chamado. Há por exemplo. denominada em inglês de “handicap principle” (ainda sem tradução exata e amplamente aceita em português). há uma tendência para que a competição leve as duas espécies intimamente relacionadas ou similares à separação ecológica. devendo-se observar uma comunidade ou um ecossistema como um “superorganismo” (com propriedades de plantas e animais. Usa-se uma outra avaliação. como se demonstrando para os demais machos (principalmente para os “fracos”) que só ele é capaz disso. e RETROALIMENTAÇÃO) PREFERÊNCIA BALANCEADA Refere-se à preferência por alimento. foi o livro escrito pela bióloga e escritora científica norteamericana Rachel Carson. em conjunto). em inglês. denominada de intensidade de infecção. PRINCÍPIO DAS PROPRIEDADES EMERGENTES Alguns autores interpretam que um certo nível ecológico ou unidade ecológica não pode ser entendida a partir do estudo exclusivo de seus componentes. passando a viverem em habitats diferentes ou passando a ocuparem nichos diferentes. e UTILIZAÇÃO DIFERENCIADA DO RECURSO) PRESA (Ver PREDATISMO) PRESSÃO SELETIVA Determinado fator (ou “força”) agindo sobre uma população (ou populações). é claro). ou seja. Fala-se assim em prevalência de infecção. 2007). Dessa maneira. PRINCÍPIO DA “DESVANTAGEM IMPOSTA AO COMPETIDOR” (= “HANDICAP PRINCIPLE”) Expressão sugerida pelo biólogo israelense Amotz Zahavi (segundo RICKLEFS. para as gerações subseqüentes. INTERAÇÃO ECOLÓGICA. de “energia ganha por unidade de tempo utilizado”). 192 . É usualmente expresso como porcentagem. “euri-”. merecedor de uma chance para transmitir seus genes à prole que gerar (com a concordância da fêmea que conquistar.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver DEPENDÊNCIA DA DENSIDADE. PARASITISMO. PRESERVAÇÃO (AMBIENTAL) Ação de proteção e/ou isolamento de um ecossistema com a finalidade de que ele mantenha suas características naturais. constituindo-se estes em recursos complementares (seriam espécies eurifágicas). quando num coral as algas e os animais celenterados evoluem conjuntamente. em 1962. (Ver INFECÇÃO) PREVALÊNCIA (DE ABUNDÂNCIA) (Ver ESPÉCIE RARA) “PRIMAVERA SILENCIOSA” Ou “Silent Spring”. PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO COMPETITIVA PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO COMPETITIVA = PRINCÍPIO DE GAUSE Duas espécies não podem coexistir permanentemente no mesmo nicho ecológico. quanto ao parasitismo. (Ver “esteno-”. A biodiversidade e a produtividade do coral seriam propriedades emergentes somente possíveis de serem caracterizadas no nível das comunidades desse recife de coral. Há consumidores no entanto. de maneira a determinar que alguns indivíduos dessa população (ou dessas populações) gerem mais descendentes (ou mais genes) do que outros. ou seja por exemplo. dividido pelo número de parasitas examinados. forma-se um eficiente mecanismo de ciclagem de nutrientes (em água com baixo teor de nutrientes) mas com alta produtividade. como gostam alguns autores. podendo ser traduzida como “desvantagem imposta ao competidor”. Visa definir metodologias. por 193 . sempre. Exemplos: bactérias (incluindo os actinomicetos) e cianobactérias. utilização sustentável de seus componentes e na repartição justa e eqüitativa dos benefícios dela decorrentes. objetivando promover parcerias entre o Poder Público e a Sociedade Civil na conservação da diversidade biológica.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS PRINCÍPIO DE ALLEE Embora a agregação possa aumentar a competição entre os indivíduos. e EUCARIOTO) PROCLÍMAX Comunidade cuja manutenção caracteriza-se por repetidos distúrbios. O grau de agregação. numa determinada área. tanto a subpopulação (ou ausência de agregação) como a superpopulação. (Ver ÁRVORE FILOGENÉTICA UNIVERSAL. ou seja. por nutrientes ou espaço. em crescimento. instrumentos e processos. que resultará num ótimo de sobrevivência e crescimento da população. sobrevivência e reprodução. DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS. capacitação de recursos humanos. Há restrições a esta “teoria” que não considera aspectos importantes da dinâmica de população . varia com a espécie e as condições ambientais e por isso. como classes etárias. aprimoramento institucional e desenvolvimento de ações para a conservação da diversidade biológica e utilização sustentável de seus componentes. taxas diferenciais de crescimento. produção e disseminação de informações. estimular a cooperação internacional. (Ver CLÍMAX TRANSITÓRIO e CLÍMAX CÍCLICO) PROCRIAÇÃO CONSANGÜÍNEA (Ver HOMOZIGOSIDADE. PRODUTIVIDADE PRODUTIVIDADE = TAXA DE PRODUÇÃO Refere-se genericamente. os indivíduos quando agrupados poderão reduzir sua taxa de mortalidade pela sua capacidade conjunta de modificar as condições de microhabitat ou de microclima. O PROBIO é desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). ao peso de matéria seca produzida num dado período pelas plantas clorofiladas. e DEPRESSÃO DA PROCRIAÇÃO CONSANGÜÍNEA) PRODUÇÃO MÁXIMA SUSTENTÁVEL Refere-se ao balanço entre a sub e a superexplotação. (Ver PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA) PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA Refere-se à taxa com que a energia solar é armazenada pela atividade fotossintética dos organismos produtores (principalmente as plantas clorofiladas) sob a forma de substâncias orgânicas. promover pesquisas e estudos. ao passo que a da espécie B tem menor sobrevivência nos extremos de densidade. bem antes da capacidade de suporte (K). O gráfico que segue mostra que a população da espécie A sobrevive melhor quando sua densidade é baixa. tanto a densidade baixa como a alta limita o crescimento populacional da espécie B: A B Sobrevivência Densidade PRINCÍPIO DE GAUSE (Ver PRINCÍPIO DA EXCLUSÃO COMPETITIVA) PRINCÍPIO DE HARDY-WEINBERG (Ver EQUILÍBRIO DE HARDY-WEINBERG) PROBIO Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira. PROCARIOTO Organismo (geralmente unicelular) cuja célula não possui núcleo individualizado. sendo portanto uma taxa máxima de uso de uma determinada população (no pico de sua densidade maior). poderão ser limitantes. (Ver PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA LÍQUIDA) PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA LÍQUIDA . brejos 2000 Estuários. No quadro que segue estão representados valores de produtividade primária líquida e fitomassa de diversos ecossistemas: ECOSSISTEMA PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA LÍQUIDA Mat. que é capaz de produzir alimento pela fixação da energia solar e transformação de substâncias inorgânicas simples em compostos orgânicos.m-2.PPL É a taxa com que a energia solar é armazenada pela atividade fotossintética dos produtores. em geral 650 Oceano 125 TOTAL CONTINENTAL 773 TOTAL MARINHO 152 A produtividade primária líquida (média mundial) dos ambientes terrestres é estimada em 7 X 1010 Mg de C/ano e dos oceanos é de 4 X 1010 Mg de C/ano (lembre-se que Mg (megagrama) = 1.R. recifes.. (Ver PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA BRUTA) PRODUTIVIDADE SECUNDÁRIA É a taxa com que a energia proveniente dos produtores é armazenada ao nível dos consumidores. em excesso à matéria orgânica utilizada na respiração desses produtores.ano-1). ou seja: PPB = PPL + R. PROGRAMA INTERNACIONAL DA GEOSFERA E DA BIOSFERA (Ver “IGBP”) PROGRAMA INTERNACIONAL DE BIOLOGIA (Ver “IBP”) PROPÁGULO Qualquer parte originária de um vegetal (semente. esporo. PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA BRUTA – PPB É a taxa com que a energia solar é armazenada pela atividade fotossintética dos produtores.000. incluindo a matéria orgânica utilizada na respiração desses produtores. gema ou broto vegetativo. 194 . algas em estratos 1800 Floresta temperada 1200 Savana tropical 900 Floresta boreal 800 Mata e vegetação arbustiva. com perdas respiratórias..m-2. Nos ecossistemas terrestres a produtividade primária é geralmente expressa em termos de matéria seca (g.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS unidade de área (nos ecossistemas terrestres) ou de volume (nos ecossistemas aquáticos) e por unidade de tempo. sem impedimentos que possam causarlhes problemas. Neste caso o termo “produtividade” seria melhor substituído por “assimilação”. (Ver PONTO DE COMPENSAÇÃO) PROFUNDIDADE DE COMPENSAÇÃO (DE LUZ) (Ver PONTO DE COMPENSAÇÃO (DE LUZ ou FÓTICO)) PROFUNDIDADE EFETIVA DO SOLO Profundidade do solo alcançada pelas raízes das plantas. g m-2 ano-1 (média) Floresta tropical 2000 Pântanos. O produtor ocupa o primeiro nível trófico da cadeia alimentar. uma vez que os consumidores recebem a matéria já produzida. em geral 700 Terra cultivada. ou seja.) e que dá origem a novo indivíduo.000g = 1 tonelada). PROFUNDIDADE CRÍTICA Profundidade na qual a intensidade média de luz numa coluna de água iguala a intensidade de compensação de luz. seca. (Ver ASSIMILAÇÃO) PRODUTO EM PÉ (Ver BIOMASSA) PRODUTOR Organismo autotrófico (especialmente as plantas clorofiladas). ou seja: PPL = PPB . Sinônimo menos usado: diáspora.ano-1) ou de energia (kcal. onde as relações de associação não são obrigatórias. O instrumento que mede umidade relativa do ar a partir das medições de temperatura feitas num termômetro de “bulbo seco” e num de “bulbo úmido”. cuja diferença de valores corresponde a uma determinada umidade relativa do ar (em porcentagem. PSEUDOINTERFERÊNCIA Refere-se a uma característica ou padrão. realizado no Rio de Janeiro em junho/1992.A. OXISERE. por exemplo). continuando com o “First Assessment Report” ocorrido em Sundsvall (Suécia) em agosto/1990 e depois com a Eco-92. PSAMOSERE Diz-se da “sere” cuja vegetação se desenvolve sobre areia (de dunas. Foi discutido e negociado em Quioto. ou seja. Os detalhes finais foram estabelecidos em Marraquech (de 29/10 a 9/11/2001). PROVÍNCIA NERÍTICA (Ver REGIÃO OCEÂNICA. em geral) que se desenvolve melhor na areia. caso em que uma ou ambas as espécies de uma associação mutualística podem sobreviver na ausência do “parceiro (ou parceira)”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS PROPRIEDADES DO GRUPO POPULACIONAL (Ver ATRIBUTOS DA POPULAÇÃO) PROPRIEDADES EMERGENTES (Ver PRINCÍPIO DAS PROPRIEDADES EMERGENTES) “PROTISTA” (Ver REINO) PROTOCOLO DE QUIOTO (ou KYOTO) O Protocolo de Quioto (nome de cidade do Japão) surgiu como conseqüência de evento iniciado em Toronto (Canadá) na “Toronto Conference on the Changing Atmosphere”. e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) PROVÍNCIA OCEÂNICA (ou OCEANO ABERTO) (Ver REGIÃO OCEÂNICA. com as notórias exclusões dos E. e MUTUALISMO) PROTÓTROFO (Ver AUXOTROFIA) PROTOZOOPLÂNCTON (Ver APÊNDICE V – PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) PROVÍNCIA FAUNÍSTICA Uma subregião geográfica contendo fauna distinta. vista numa tabela psicrométrica) chama-se psicrômetro. e APÊNDICE IV – ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) “psamo-” Prefixo de origem grega significando “areia”. por exemplo). e Austrália.A. e XEROSERE) PSEUDOEFÊMERO Uma flor que fica aberta por cerca de um dia (há cacto que assim se comporta). Os E. negaram-se a assinar o acordo. (Ver LITOSERE. PSAMÓFITA Planta que se desenvolve sobre areia (de dunas. que é uma reminiscência da “interferência mútua”. em outubro/1988. mas que na verdade.U. Nele foi proposto um calendário no qual os países desenvolvidos (países do Anexo I) terão que reduzir a emissão de poluentes (essencialmente o CO2) em pelo menos 5. Seguem alguns termos com este prefixo. Psamófilo é um organismo (um vegetal. com o aumento de sua densidade de população. do declínio da taxa de consumo de um predador. PSAMOFAUNA Animais que vivem em substrato arenoso. Alguns autores usam o termo mutualismo facultativo com significado muito similar ao de protocooperação. (Ver EFEITO ESTUFA) PROTOCOOPERAÇÃO Tipo de interação ecológica na qual ambas as populações se beneficiam mas. em 16 de março de 1998 e ratificado em 15 de março de 1999. no governo de George W. “psicro-” Prefixo de origem grega significando “frio”. Dele participam mais de 160 países. Bush. tendo entrado oficialmente em vigor em 16 de fevereiro de 2005. que se situa mais ou menos isoladamente de outras regiões por barreiras que impedem migrações. das Nações Unidas. Muitos herbívoros tendem a agregar-se sem que isto seja uma “resposta de agregação” à existência de maior densidade de presa.2% (em relação aos níveis de 1990) até 2012. resulta da “resposta de agregação” do predador. Em 18 de novembro de 2004 a Rússia confirmou sua participação. 195 . (Ver INTERAÇÃO ECOLÓGICA.U. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS PSICRÓFILO Termo aplicado geralmente para definir microrganismos capazes de crescer em temperatura abaixo dos 5°C. fetos” (ou pteridófitas). mas cuja temperatura ótima aproxima-se daquela dos mesófilos. Alguns derivados: pupívoro (pupivoria) (que se alimenta de pupas). Pteridofágico: é aquele organismo que se alimenta de pteridófitas. pupígero (que gera ou produz pupa). PUMILIOTOXINA (Ver DEFESA QUÍMICA) PUPA Nos insetos holometabólicos pupa é o estádio intermediário entre larva e imago. PUTREFAÇÃO (Ver DECOMPOSIÇÃO) “PVA − POPULATION VIABILITY ANALYSIS” (Ver ANÁLISE DE VIABILIDADE DE POPULAÇÃO) 196 . “pterido-” Prefixo de origem grega que se refere a “samambaias. De microrganismos de solo. garras . Esta denominação é comumente aplicada para delimitação de pequenas áreas de estudo em vegetação rasteira (numa pastagem ou sobre dunas. como por exemplo alguns fungos que. como em matas por exemplo. em que se delimita uma área para se investigar ou amostrar plantas ou animais. QUEBRA-VENTO Barreira constituída geralmente por árvores e introduzida pelo homem com o propósito de reduzir o impacto do vento sobre cultivos. são solúveis e auxiliam na manutenção dos nutrientes metálicos (Fe.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Q qCO2 ou QUOCIENTE METABÓLICO QUOCIENTE METABÓLICO = TAXA DE RESPIRAÇÃO ESPECÍFICA DA BIOMASSA Variável (ou parâmetro) utilizada geralmente em ecologia microbiana. sendo algumas dessas ligações insolúveis. um solo que recebeu substrato (matéria orgânica) recente também apresenta qCO2 mais elevado do que aquele com substrato mais antigo. biológicas) que propiciem vida saudável ao ser humano. QUADRANTE.).g-1 de biomassa de C. Prosopis juliflora (duas fileiras) e mais internamente por espécimes de eucalipto. no solo.. unhas.7 a 12 mg . podendo com isso manter-se em equilíbrio dinâmico ou crescer numericamente de acordo com suas aspirações. químicas. que se mobilizam no solo e atuam na absorção desses nutrientes pelas plantas. por exemplo) em que se utiliza uma espécie de moldura quadrada.. Como exemplo cita-se um quebra-vento formado por espécimes de Leucaena leucocephala (duas fileiras externas). mas também se aplica esta denominação para estudos em áreas grandes. Mn e Cu). em que se relaciona o carbono emanado pela respiração dos microrganismos (representado como C-CO2) à biomassa desses microrganismos por unidade de tempo. juntamente com as espécies vegetais e animais desejáveis. (Ver DORMÊNCIA) 197 . satisfaz todas suas necessidades biológicas sem riscos à sua segurança e saúde. em que o ser humano.h-1 X 10-4): em monoculturas de 6 a 17 mg e em cultivos rotacionais de 1. QUELAÇÃO Ligação muito forte entre metais e compostos orgânicos. QUELANTE (Ver QUELAÇÃO) QUERATINOFÍLICO Organismo que se desenvolve em material rico em queratina (chifres. seguidos internamente por algaroba. de 1 m2 ou pouco mais. Eucalyptus calmadulensis (uma fileira). A boa qualidade de vida implica até num estado de bem-estar psicológico e social. caracterizado pela atividade reduzida ou inatividade (ou cessação) do desenvolvimento. degradam este composto. obtiveram-se as seguintes faixas de qCO2 nas seguintes condições (com dados em mg de C-CO2. Os quelantes (agentes da quelação) utilizados para fertilizar o solo. A área é geralmente tomada ao acaso. por exemplo. especialmente. QUALIDADE DA ÁGUA (Ver ÁGUA POTÁVEL) QUALIDADE DE VIDA Refere-se ao conjunto de condições (físicas. Zn. Parece haver uma tendência para que um agro ou ecossistema jovem tenha qCO2 mais elevado do que um maturo e da mesma maneira. como acontece com o humus do solo. (Ver QUITINOLÍTICO) QUIESCÊNCIA (QUIESCENTE) Uma fase ou estádio de descanso ou repouso ou quietude. MÉTODO DO (ou MÉTODO DO QUADRADO) Método de estudo de campo. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS QUÍMICA AMBIENTAL Uma visão da química (elementos químicos. As tiobactérias ou bactérias sulfurosas. dentre outros. QUIMIOAUTÓTROFO (Ver AUTÓTROFO) QUIMIOLITÓTROFO Bactéria que utiliza ampla faixa de compostos inorgânicos como fonte de carbono. a quitinase. bioquímica e ecologia. ou seja. de maneira a propiciar ao ser humano a possibilidade de avaliar inteligentemente suas chances de usufruir dos ambientes por tempo indeterminado. Ex. que atua na desnitrificação. Esta possível disciplina. como bases necessárias ao desenvolvimento de tecnologias limpas. pela ação de uma enzima. QUITINA (e QUITINASE) (Ver QUITINOLÍTICO) QUITINOLÍTICO A quitina é um polímero de N-acetilglucosamina encontrada na parede celular da maioria dos fungos e no exoesqueleto de insetos. e BIOLIXIVIAÇÃO) QUIMIÓTROFO QUIMIÓTROFO = LITÓTROFO Organismo. A química ambiental promove a junção dos conhecimentos da biologia molecular. ou seja. mas sim uma maneira de entender a química moderna relacionando seus princípios básicos e conhecimentos atualizados. Alguns microrganismos. actinomicetos (bactérias filamentosas). que sintetiza seu alimento a partir de compostos inorgânicos simples (à maneira dos fotossintetizantes. compostos e suas estruturas. processos químicos etc. oxidam o H2S. A T. sem comprometer sua vitalidade e qualidade. QUIROPTERÓFILO (QUIROPTEROFILIA) Vegetal que é polinizado por morcegos (quiropterofilia é a polinização por morcegos).) relacionada ao ambiente em que vivem os organismos. o ambiente físico-químico: a terra. bactérias do gênero Pseudomonas. não seria uma mera subdivisão da química. ferrooxidans oxida o Fe2+. degradam a quitina. produzindo energia que é então usada para sintetizar glicose (C6H12O6) a partir de H2O e CO2. geralmente microrganismo. são quitinolíticos. Trichoderma (um fungo imperfeito. sendo muito usada no processo de biolixiviação de minérios.: a Thiobacillus desnitrificans. (Ver QUIMIÓTROFO. que utilizam H2O e CO2). QUOCIENTE METABÓLICO (Ver qCO2) 198 . reduz o NO3 a N2. o ar e a água. saprófita comum no solo). sem necessitar de energia luminosa para tal síntese. tem carga positiva (dois prótons e dois nêutrons).br): 199 .nucleodeaprendizagem. O rádio. É muito comum ser encontrado próximo a zonas de mineração de ferro. ou energia luminosa.com. RADON Elemento gasoso radioativo proveniente de emanação natural de certas rochas e minérios. (Ver MANGUE) RAIZ TABULAR RAIZ TABULAR = SAPOPEMA = SAPOPEMBA Raiz que se projeta externamente na base do tronco de certas árvores. Há registros de câncer de pulmão em mineiros (da mineração do urânio) que se expuseram excessivamente ao radon. e RADIAÇÃO FOTOSSINTETICAMENTE ATIVA) RADIONUCLÍDEOS Átomos de núcleo instável que se desintegra espontaneamente e emite partículas alfa e beta e/ou radiação gama. produz alta ionização e sendo maior do que as outras partículas de radiação. A partícula beta (ou partícula-β) é negativa (constituída de elétrons) é de baixo poder de penetração. formada pela radiação cósmica (partículas elementares vindas do espaço) e pela radiação terrestre (proveniente da degradação de isótopos de ocorrência natural). que vive num solo rico em matéria orgânica. é a radiação natural. que auxilia na fixação desta árvore no solo movediço do mangue e desempenha importante função respiratória através dos pneumatódios ou lenticelas. Ela é importante à sustentação da árvore e auxilia na respiração da árvore. RAIZ ADVENTÍCIA Raiz que. A partícula alfa (ou partículaα). (Ver RADIONUCLÍDEOS. denominada originalmente em inglês. Em inglês é comum o uso da abreviatura “PhAR–” ou “PAR–Photosynthetically Active Radiation”. mas em ferimentos. pode ser biologicamente danosa. origina-se de um caule ou folha. embora um pouco mais do que a alfa. diferentemente de uma raiz normal. principalmente das florestas tropicais. urânio e estrôncio são exemplos de radionuclídeos. emitidas por radioisótopos.001 a 0. urânio e outras. RAÇA ECOLÓGICA (Ver ECOTIPO) RADIAÇÃO FOTOSSINTETICAMENTE ATIVA–RFA Faixa de radiação. RADIAÇÃO GAMA (Ver RADIONUCLÍDEOS) RADIAÇÃO IONIZANTE Partículas alfa e beta (de movimento rápido) e gama (alta energia). onde há grande competição por oxigênio. Têm energia suficiente para deslocar eletrons de átomos que venham a atingir. onde há emissão desse gás sob a forma de partículas alfa. A figura que segue. Um bom exemplo é a raiz da Rhizophora mangle.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS R RADIAÇÃO DE FUNDO “Background radiation”. ilustra raízes tabulares típicas de uma árvore de ecossistema tropical (do site www. (Ver APÊNDICE III – ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO). que incidindo sobre a clorofila. tem reduzida capacidade de penetração nos tecidos vivos moles (em pele e músculos de 0. a partir da fixação do CO2 atmosférico e absorção da água. cataliza no vegetal a transformação desta energia em energia química.007 cm). entre 380 nm e 780 nm. enquanto o vetor é mantido como uma coleção de pontos. É um tipo de subamostragem de indivíduos para um tamanho comum (ou padrão) para evitar que “ao se estimar a diversidade de espécies. O “raster” tem sido a tecnologia dominante nesse setor da computação. o número de espécies numa amostra tenda a aumentar com o número de indivíduos amostrados” (RICKLEFS. linhas e arcos. 2007). 1998 e por RICKLEFS. sendo muito utilizado em geoprocessamento. reduzindo-a (ou “rarefazendo” a amostragem) para um tamanho de amostra comum. (Ver “RUNOFF”) RAZÃO DE FERTILIDADE (Ver RELAÇÃO DE FERTILIDADE) RAZÃO P : R (Ver RELAÇÃO P : R) REABILITAÇÃO (Ver RECOMPOSIÇÃO) REAÇÃO DE HILL (Ver FOTOSSÍNTESE) REBENTAÇÃO (Ver ZONA DE REBENTAÇÃO) RECALCITRANTE (Ver BIODEGRADAÇÃO) RECEPTOR (Ver MODELO CONTROLADO-PELO-DOADOR) 200 . RAUNKIAER (Ver FORMAS DE VIDA DE RAUNKIAER) RAVINA Sulco ou depressão no solo causada por água de escoamento. 2007) é um meio de se padronizar a amostragem de uma comunidade para medir a diversidade de espécies. O tipo “raster” mantém uma imagem como uma matriz de pontos controlados independentemente.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS RAREFAÇÃO Do inglês “rarefaction” (termo usado por LINCOLN et al. “RASTER” e VETOR Denominações de dois métodos utilizados em computação gráfica no processamento de imagens. Termo de uso mais freqüente em geociências. sendo a imagem armazenada na memória do computador como uma matriz ou grade de pontos individuais ou “pixels”.. são divididos em dois tipos principais: renováveis e não-renováveis. aplicada como uma necessidade à manutenção de um ser vivo. ar. geralmente um par de recursos (alimento por exemplo) que é requisitado simultâneamente por um animal para manter uma determinada taxa de aumento. REDE ALIMENTAR (Ver TEIA ALIMENTAR) REDE DE NEBLINA Em inglês “mist net”. constituídos por exoesqueleto de corais e algas calcárias e por vezes também por arenito. principalmente em áreas intensamente degradadas. à semelhança (mas não exatamente a mesma) da que existia anteriormente. a grosso modo. em que na obra “Through the Looking-Glass” a “red queen” (rainha vermelha) diz: “Agora. (Ver ATOL.D. Tais recursos. em que (por exemplo neste último caso) quando as 201 . Recruta refere-se ao indivíduo que entrou nessa população. o que realmente nos importa. você veja que leva-se todo o esforço de corrida que você possa fazer. crescimento e reprodução. Substâncias inibidoras de crescimento. em inglês). por exemplo. termo introduzido por A. que é recomendada somente para capturar pássaros (e às vezes morcegos) que se constituiram em pragas. nos trópicos. (Ver RECURSOS NATURAIS) RECURSOS NATURAIS Componentes da crosta terrestre. por processos naturais. recomenda-se o uso de plantas que tenham simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico e/ou com fungos endomicorrízicos. A palavra recurso. RECUPERAÇÃO ou REGENERAÇÃO DE SOLOS DEGRADADOS (Ver BIORREMEDIAÇÃO e RECOMPOSIÇÃO) RECURSOS ANTAGONISTAS São recursos. Nos recifes de corais a salinidade geralmente é alta e a temperatura da água supera os 20 °C. refere-se às relações hospedeiro-parasita e predador-presa. contidas em sementes de duas diferentes plantas que servem de alimento a uma determinada larva de inseto. (Ver RECURSOS NATURAIS) RECURSO RENOVÁVEL Diz-se do recurso natural passível de renovação. Os recursos de origem biológica. minérios. Para outros tipos de pássaros. HIPÓTESE Uma alusão à passagem das “aventuras posteriores” de Alice (personagem de “Alice no País das Maravilhas”. onde o solo original desapareceu. (Ver SINERGISMO) RECURSOS COMPLEMENTARES (Ver PREFERÊNCIA BALANCEADA) RECURSO EXAURÍVEL (Ver RECURSO NÃO-RENOVÁVEL) RECURSO NÃO-RENOVÁVEL Recurso com disponibilidade limitada (dependente do seu estoque) na crosta terrestre. Neste processo. (Ver REPOSIÇÃO) RECRUTAMENTO / RECRUTA Considera-se como a entrada de novos membros numa população. como nutrientes. aqui. significa qualquer componente abiótico ou biótico da Natureza que seja importante à sua manutenção. vida selvagem. num ambiente natural. se ingeridas isoladamente não exercem nenhum efeito inibitório sobre o animal. água. “RED QUEEN”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS RECIFES (DE CORAIS) Ajuntamentos calcários formados no mar. como o cobre ou o petróleo (este poderá ser naturalmente reposto mas de maneira extremamente lenta). são recursos renováveis. para manter-se no mesmo lugar”. e CORAL) RECOMPOSIÇÃO RECOMPOSIÇÃO = REABILITAÇÃO = REVEGETAÇÃO Corresponde este termo à “rehabilitation” (= reabilitação. Em ecologia. do escritor norte-americano Lewis Caroll).Bradshaw. É uma rede especial de finos fios de náilon. em profundidade inferior a 40 m. mas se ingeridas simultâneamente retardam o crescimento da larva. pela reprodução ou imigração. significando uma recomposição de uma comunidade. somente com a finalidade de estudo sob controle. Exemplo: um metal. energia e outros elementos produzidos por processos naturais. quando utilizados numa velocidade inferior à sua capacidade de reposição. São elas: Neoártica (América do Norte) e Paleoártica (Eurásia). Neotropical (América do Sul) [Ver NEOTROPICAL. usa-se a expressão oceano aberto. formando um tipo de relito especial. Baixando a taxa de explotação. ocorreria o inverso. Etiopiana (África) e Australiana (Austrália). que poderiam ser chamados de sítios ou manchas (do inglês “patch”) que funcionam como “refúgios temporários”. diferente das demais da região e que ocorre em grandes altitudes (às vezes superiores a 1.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS adaptações do predador são relativamente efetivas e a presa é explotada em alta taxa. Num sistema de equilíbrio dinâmico. Tem como objetivo proteger ambientes naturais onde asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. tendo os animais (e plantas. REGIÕES ZOOGEOGRÁFICAS As grandes regiões zoogeográficas da Terra fundamentam-se na distribuição dos animais nos diversos continentes do planeta. Este suposto refúgio ecológico pareceria melhor enquadrado na denominação geral de campos (Ver CAMPOS). que no curso da evolução. geralmente em animais que procuram escapar de predadores ou de competidores. favoreceria mais a população da presa do que a dele própria. de um todo. Oriental (sudeste da Ásia) que isolou se da África e América do Sul. mantiveram conexões através do que é hoje a Groenlândia ou o estreito de Bering entre o Alaska e a Sibéria. têm mais afinidades entre si. que é denominado por alguns autores como província oceânica. E a região exorreica é aquela onde os rios se originam e desaguam no mar. o reducionismo trata do estudo pormenorizado de uma parte ou partes. As águas rasas sobre a plataforma continental constituem a região ou província nerítica. REGIÃO OCEÂNICA Relativa aos oceanos. Há locais restritos. REGIÃO]. experimentaram longa história de isolamento do resto do mundo desenvolvendo formas muito distintas de vida. (Ver TEORIA DOS REFÚGIOS) REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE Categoria de unidade de conservação do Grupo I do SNUC. haveria um contínuo “balanço de forças” nesta relação. em resposta à distribuição espacial e ao comportamento do seu predador (ou seus predadores). do que a Neoártica e a Neotropical. Daí podermos concluir que a pressão exercida pelo predador. mantiveram-se como grandes áreas de isolamento. REDUCIONISMO Em oposição ao holismo. incluindo-se estes organismos falamos então de regiões biogeográficas) desenvolvido características próprias. a população da presa evoluiria mais lentamente. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) REGATO (Ver CÓRREGO) REGIÃO ABISSAL (Ver ZONA ABISSAL) REGIÃO: ARREICA / ENDORREICA /EXORREICA A região arreica é aquela onde não existe rio. em que um animal (ou presa) procura se localizar. ou em outras palavras. A visitação pública está sujeita às normas e restrições estabelecidas no plano de manejo da unidade. contrapõe-se à abordagem reducionista da biologia molecular. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. permanecendo no mesmo lugar”. o processo seletivo da população da presa tende a melhorar seus mecanismos de escape mais rápido do que o processo seletivo ao qual o predador está submetido. “um esforço de corrida contínua. por vezes também denominado de campo de altitude. devido ao longo contato contínuo. A região endorreica é aquela onde os rios lá se originaram mas não alcançam o mar. Por exemplo: a abordagem holística feita pela biologia ambiental (ecologia). Toda a região situada além da plataforma continental. conforme a alusão à rainha vermelha da história de Lewis Caroll. desaguando em bacias fechadas ou finalizando em cursos secos.800 m). As florestas temperadas da Ásia contêm uma alta porcentagem de espécies de 202 . formando grande massa biótica principalmente na India. em termos de sua habilidade para explotar a presa. Quando se deseja referir-se às águas além da borda da plataforma continental. (Ver HOLISMO) REDUTOR (Ver DECOMPOSITOR) REFÚGIOS Denominação dada às áreas ou habitats. ou seja. As regiões Paleoártica e Oriental. Alguns autores utilizam a expressão refúgio ecológico quando desejam referir-se a um tipo de vegetação. pela maioria dos últimos 100 milhões de anos. geralmente restritas. pernas e cauda) menores do que os endotermos similares ou parentes próximos. H. sem no entanto nenhuma explicação plausível. regra da poliploidia: no hemisfério norte. um sistema baseado nas diferenças evolutivas entre os seres vivos. REJEITO(S) Em ecologia energética refere-se à parte do alimento ou energia total ingerida por um indivíduo. de regiões quentes. possibilitaram que alguns ecólogos. Segundo a classificação de R. coelho. quanto aos modos de nutrição (fotossíntese. É expresso por: Rejeito = egesta + excreta (Ver EGESTA. No entanto seria importante considerar que tais diferentes tonalidades de cor ajudam no balanço energético (ou balanço de calor): cor clara ao sol absorve menos energia e cor escura sem sol (ambiente úmido) aumenta a absorção da energia solar. No que pese as restrições a tais generalizações. b) Regra de Bergman: animais de “sangue quente” (mamíferos como veado. As extremidades menores reduziriam a perda de calor. a partir de um único indivíduo. regra do tamanho dos moluscos: os que vivem em águas de alta salinidade são maiores do que aqueles que vivem em águas de menor salinidade. por unidade de área ou volume. reúneas em “regras”. (Ver ALOMETRIA) 203 . do que os animais pequenos). d) Plantae: plantas.Whittaker. nutrição sem ingestão). absorção e ingestão). população ou unidade trófica (do nível trófico) que não é utilizada para produção e respiração. A “lógica” desta relação poderia ser assim exemplificada: mudanças nas proporções ou relações de superfície ou área : volume resultaria em mudanças no tamanho de um organismo levando a mudanças na eficiência da transferência de calor por unidade de volume.. Outras regras são mencionadas. REGRAS ECOGEOGRÁFICAS Tanto a ecologia energética e a ecofisiologia. por vezes conflitantes. por ser capaz de se estabelecer como população. a ecologia. c) Fungi: fungos unicelulares e filamentosos (eucariotos pluricelulares). 1986): a) Regra de Allen: animais endotérmicos de regiões frias. b) Protista: algas e protozoários (eucariotos unicelulares. perdendose como egesta e excreta. procurassem “explicações” para as relações entre a estrutura e fisiologia de organismos que habitam determinadas regiões. Em algumas espécies de pássaros o aumento do peso deste animal está associado com a “redução do tempo necessário para chocar os ovos por unidade de peso corpóreo”. como a biogeografia. de regiões quentes. a partir de estudos de caso ou inferências teóricas provenientes de observações. os organismos são mais provalmente poliplóides do que os que vivem mais para o sul. particularmente na tundra e entre espécies alpinas. tendem a ser mais claros na coloração do que os similares de regiões úmidas. com fotossíntese nas algas e ingestão nos protozoários). constituindo-se nos seguintes reinos: a) Monera: bactérias e cianobactérias (procariotos.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS árvores oriundas de florestas tropicais. Eis alguns exemplos (segundo COLINVAUX. raposa.. três incluem microrganismos. principalmente a autoecologia. como por exemplo: regra de Jordan: peixes de regiões frias têm menor número de vértebras do que os similares que vivem em águas quentes. ao passo que as florestas temperadas da América do Norte.) das regiões frias tendem a ser maiores do que as espécies similares ou parentes próximos. não contêm tais espécies. c) Regra de Gloger: indivíduos de uma espécie de clima seco. fotossintetizantes (eucariotos pluricelulares). Observe-se que dos cinco reinos. REGULAÇÃO (Ver AUTORREGULAÇÃO) REINO Denominação dada a cada um dos grandes grupos de seres vivos. urso. que naturalmente têm suas exceções. há necessidade daqueles animais de regiões frias de conservarem o calor corpóreo (animais de grande porte têm menor relação superfície : volume. (Ver PANGÉIA (ou PANGAEA)) REGRA DE BAKER Diz respeito à vantagem de planta autopolinizadora na colonização de habitats remotos. e) Animalia: animais (eucariotos pluricelulares). que propôs. À semelhança da interpretação da regra de Allen. Seria uma camuflagem das sombras ao fundo: cor clara no seco e cor escura no úmido. têm extremidades (orelhas. em 1969. e EXCRETA) RELAÇÃO ALOMÉTRICA É aquela na qual uma propriedade física ou fisiológica de um organismo altera-se relativamente ao tamanho desse organismo. 5 * Pó-de-serra de certas madeiras pode atingir relação C : N de até 800 : 1 RELAÇÃO C : N 13 : 1 40 : 1 20 : 1 30 : 1 80 : 1 500 : 1* 5:1 6:1 10 : 1 11 : 1 RELAÇÃO DE FERTILIDADE Número de descendentes numa população em relação ao número de fêmeas adultas. e como conseqüência. assim como para os microrganismos do solo que decompõem a necromassa. Volume dessa bactéria: V = 4.. a biodiversidade poderia não estar aumentando. para as populações microbianas se manterem. O quadro que segue mostra as porcentagens aproximadas de carbono orgânico.186. mesmo assim. por exemplo) e o seu volume.O.S. 1990): MATÉRIA ORGÂNICA C ORGÂNICO (%) N TOTAL (%) Resíduos de cultivos alfafa (jovem) 40 3 milho (sabugo. é importante observar que os microrganismos. Uma relação baixa indicaria que a energia contida nos carboidratos (o carbono) estaria sendo gasta na respiração. e SUCESSÃO HETEROTRÓFICA) RELAÇÃO SENSIBILIDADE : RESISTÊNCIA (Ver ÍNDICE DE VERSATILIDADE) RELAÇÃO SUPERFÍCIE (ou ÁREA) : VOLUME Cálculo da relação que existe. Na comunidade clímax essa razão tende a ser igual a 1. para decompor a necromassa.3. Solos em que esta relação seja elevada.5 pó-de-serra 50 0. Este é um parâmetro importante que deve ser estimado sempre que se deseje conhecer as condições que as plantas devem ter para crescer. podendo assim aumentar sua biodiversidade. é utilizada esta relação como indicadora da capacidade da biomassa dos microrganismos do solo em armazenar carbono como porcentagem do carbono orgânico total contido na M. é importante ainda observar que nesta circunstância não restará muito N para as plantas que se deseje cultivar. O resultado da relação é portanto: S : V = 0.256 μm2. referindo-se à relação entre a parte da energia fixada que é transformada em energia química ou matéria orgânica produzida (P) e a parte da energia fixada e transformada em energia química que é perdida na respiração (R). A um solo agricultável que se deseje adicionar (ou incorporar) matéria orgânica. (Ver SUCESSÃO AUTOTRÓFICA. de solo por exemplo.66 μm3. Volume dessa bactéria: V = 3 4/3πr = 523. a energia fixada na produção de matéria orgânica é balanceada pela perda de energia gasta na respiração para manter a comunidade. nitrogênio total e relação C : N.6.33 μm3. da espiga) 40 1 Trevo 40 2 capim-do-campo (ou 40 1. a bactéria com menor raio (5 μm) tem uma relação S : V maior do que a bactéria com maior raio (10 μm). que poderá ser investida em reprodução. b) Superfície de uma bactéria com raio de 10 μm: S = 1. 204 . indicariam que a biomassa microbiana está armazenando energia.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS RELAÇÃO CARBONO DE MICRORGANISMOS : CARBONO ORGÂNICO TOTAL ou Cmic : Corg Em ecologia microbiana. mostrando o seguinte resultado: a) Superfície de uma bactéria com raio de 5 μm: S = 4πr2 = 314 μm2. Portanto. O resultado da relação é portanto: S : V = 0. por exemplo. (Ver qCO2) RELAÇÃO C : N Relação da porcentagem de carbono para a porcentagem de nitrogênio no solo. entre a superfície de uma esfera (uma bactéria.3 “bluegrass”) Palha 40 0. ou seja.1 Microbiota Bactérias 50 10 Actinomicetos 50 8. Esta relação também pode ser dada pela equação simples: CBM/CBT X 100 (ou carbono da biomassa dividido por carbono total do solo vezes cem). RELAÇÃO P : R É a relação ou razão “produção : respiração”. necessita de uma relação C : N entre 20 : 1 e 30 : 1.5 Fungos 50 5 Humus do solo 50 4. existentes em alguns tipos de matéria orgânica (resíduos) ou como constituintes de alguns microrganismos (segundo MILLER & DONAHUE. desde que compatível com o plano de manejo da unidade. Alguns outros problemas ecológicos são apontados. No “campus” da Universidade Federal da Paraíba. diferenciando-se pela proteção faunística. em João Pessoa. (Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) RESERVA DE FAUNA Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. para o estabelecimento de “reservas da biosfera” (em 1970). onde seja possível uma restauração para condições naturais. da Caatinga. d) exemplos de ecossistemas modificados ou degradados. quando se trata de reserva ecológica e os problemas relacionados aos efeitos de borda. e RESTAURAÇÃO) RESERVA BIOLÓGICA Categoria de unidade de conservação do Grupo I do SNUC. por outra comunidade completamente diferente. A periodicidade lunar. quando se trata de reservas pequenas. como por exemplo a baixa taxa de reprodução. a luz. (Ver EFEITO DE BORDA. assim como os ciclos estacionais são considerados ritmos circadianos. É uma área natural que abriga populações humanas tradicionais. e HETEROZIGOSIDADE) RELÓGIO BIOLÓGICO Mecanismo fisiológico. da Mata Atlântica. os meios necessários para a melhoria da qualidade de vida das populações humanas que vivem em tal reserva. como num rio ou riacho. terrestres ou aquáticas. CORREDORES DE MATA. A reserva da biosfera pode incluir unidades de conservação. há relitos da mata atlântica. de um ecossistema típico de certa área. do Cinturão Verde da cidade de São Paulo (parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica) e do Pantanal. Deve ser área de posse e domínio públicos. como parques nacionais ou reservas biológicas. b) comunidades únicas ou áreas naturais de excepcional interesse. c) exemplos de uso harmonioso da terra. RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. que muitos organismos têm. do Cerrado. REPOSIÇÃO Corresponde ao termo “replacement” (em inglês). isolado. introduzido por A. TAXA DE REPRODUÇÃO. residentes ou migratórias. HOMOZIGOSIDADE. (Ver RECOMPOSIÇÃO. a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. com caráter semelhante ao das estações ecológicas. Alguns autores preferem chamar de fragmentos florestais. ou de repetir funções num espaço de tempo de 24 horas (ritmo circadiano) mesmo até na ausência do estimulador diurno principal.D. Seu tamanho é objeto de discussões. sendo que as áreas particulares porventura em seus limites devem ser desapropriadas. A visitação pública é permitida. de medição do tempo (relógio biológico). significando a substituição de uma comunidade. Ao tempo em que a Natureza deve ser preservada. cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais. devendo preservar integralmente a biota e demais atributos naturais. São as Reservas da Biosfera: da Amazônia Central. Estas reservas devem conter: a) amostras do bioma natural. excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural. sem inteferência humana direta ou modificações ambientais. estabelecida em lei. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) RESERVA DA BIOSFERA Iniciativa do programa “O Homem e a Biosfera” (em inglês “MaB – Man and Biosphere”). adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentátel de recursos faunísticos. A reserva biológica tem a mesma finalidade dos parques. 205 . No Brasil há seis biorregiões incluídas nesse programa (MaB). REÓFITA Planta adaptada a ambiente sujeito a corrente de água contínua. desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da Natureza e na manutenção da diversidade biológica. devem ser garantidos. alteração nos níveis de homo e heterozigosidade etc.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) (Ver IMPACTO AMBIENTAL) RELITO RELITO = FRAGMENTO FLORESTAL Relito é um remanescente.Bradshaw. É uma área natural com populações animais de espécies nativas. Uma das unidades de conservação brasileiras. num ambiente natural. de diversas atividades humanas (resíduos sólidos: agrícolas. pode evitar que uma subpopulação em declínio venha a se tornar extinta. industriais. Fala-se em resistência (simples ou múltipla) a antibióticos ou a pesticidas. assegurando o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. tolera o malation). Nela são permitidos a pesquisa científica e a visitação com objetivos turísticos. gravada com perpetuidade. Acre. Uma boa abordagem sobre o extrativismo pode ser encontrada em EMPERAIRE (2000). quando um organismo apresenta mecanismos de reação aos efeitos desses biocidas. com o objetivo de conservar a diversidade biológica. após sofrer um deslocamento desse estado ou condição. de evitar modificação de seu estado inicial. EFEITO Em estudos de dinâmica de populações. no todo ou em parte.938. A primeira delas foi criada com base na experiência do extrativismo do látex (da seringueira). as resoluções referem-se às decisões normativas tomadas pelos seus membros. Complementam o extrativismo a agricultura de subsistência e a criação de animais de pequeno porte. são denominados de “aeróbios obrigatórios” (os organismos superiores). em que. por uma população com tradição extrativista. recuperadas ou cujas características justifiquem ações de recuperação. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) RESGATE (ou SALVAMENTO).Conselho Nacional do Meio Ambiente. uma imigração de subpopulação suficientemente grande. No caso do CONAMA .GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS RESERVA ECOLÓGICA Área de preservação permanente (pública ou particular. recreativos e educacionais. sejam identificadas condições naturais primitivas. ou seja. descartado ou não sob a forma livre. procurando disciplinar matéria de sua competência específica. No caso particular dos pesticidas. Instituída pelo Decreto nº 98. É a velocidade com que uma comunidade retorna ao seu estado inicial após uma perturbação. ou seja. funcionando este gás como um agente oxidante terminal. utiliza-se o termo resistência cruzada quando uma determinada espécie (ou sua população) tende a resistir a um pesticida e aos demais a este relacionado (um inseto resistente ao paration. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. de 31/08/81. Imóvel sob domínio privado. semi-primitivas. ou mais especificamente em estudos de metapopulações. no Acre). de 31/01/90. de acordo com a sua situação dominial). (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. mencionada no artigo 18 da Lei nº 6. a taxa de extinção desta subpopulação em declínio decrescerá à medida em que a fração de novas manchas ocupadas (pelos imigrantes) aumente no habitat desta subpopulação. “Chico Mendes” (assassinado em dez/89. (Ver ESTABILIDADE) RESISTÊNCIA É a habilidade ou capacidade de uma comunidade em resistir à perturbação e portanto. Criada a partir da sugestão do líder sindical seringalista. pelo aspecto paisagístico. RESPIRAÇÃO AERÓBIA Respiração onde o oxigênio molecular (O2) funciona como aceptor de hidrogênio (oxidante). Os organismos que têm o O2 como indispensável para suas necessidades energéticas. 206 .914. e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) RESERVA EXTRATIVISTA Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. É uma área privada. As reservas extrativistas (RESEX) são espaços territoriais destinados à exploração auto-sustentável e conservação dos recursos naturais renováveis. (Ver ESTABILIDADE) RESISTÊNCIA CRUZADA (Ver RESISTÊNCIA) RESOLUÇÃO Ato administrativo normativo expedido por autoridade do executivo. bem como a que for estabelecida por ato do Poder Público. domésticos ou urbanos em geral etc). e UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) RESERVA PARTICULAR (REP) ou RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NACIONAL (RPPN) Categoria de unidade de conservação do Grupo II do SNUC. na região de Xapuri. ou para preservação do ciclo biológico de espécies da fauna e da flora nativa do Brasil. (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO. RESILIÊNCIA Refere-se à elasticidade. RESÍDUO SÓLIDO Material sólido indesejável. devendo-se proteger os meios de vida e a cultura dessas populações. ou seja. com 22cm de diâmetro. pelos autótrofos (Ra) e heterótrofos (Rh). segundo GRISI (1978): extremidade fechada do cilindro cilindro de PVC. a solução é renovada a cada 12 h. 3) No laboratório é feita a dosagem do CO2 absorvido pelo KOH. do solo. RESPIRAÇÃO EDÁFICA Emanação de CO2 do solo. isolada pelo cilindro. emite CO2 (da necromassa e das raízes) que será absorvido pela solução de KOH 0.5N extremidade aberta do cilindro área. (Ver FERMENTAÇÃO) RESPIRAÇÃO BASAL (Ver TAXA METABÓLICA) RESPIRAÇÃO DO ECOSSISTEMA (Re) A energia total utilizada durante a respiração. exceto em certas bactérias (do ácido acético. se ocorrer mudança na densidade de presas. RESPOSTA DE AGREGAÇÃO (Ver AGREGAÇÃO) RESPOSTA FUNCIONAL (Ver PREDATISMO.5N. são denominados de “anaeróbios facultativos”. Os organismos sobre os quais o O2 age como substância tóxica são denominados de “anaeróbios obrigatórios”. Outros admitem que a respiração edáfica serve também como indicadora da ciclagem de nutrientes. Quando ocorre uma mudança na taxa de predação (ou de 207 . proveniente das atividades respiratórias dos organismos do solo e das raízes das plantas. uma vez que representa “queima de matéria orgânica” (carboidratos). há uma relação linear e positiva entre o CO2 emanado do solo e a imobilização de minerais. pelo menos. A figura seguinte ilustra um método químico para medição do CO2. usando-se solução de HCl 0. sendo um composto inorgânico o aceptor de eletron (oxidante). dada então por: Re = Ra + Rh. e RESPOSTA NUMÉRICA) RESPOSTA NUMÉRICA Refere-se. numa população de predadores. enterrado no solo superfície do solo béquer sobre tripé e contendo solução de KOH 0. 2) A área do solo. a uma mudança no número de seus componentes.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Na respiração aeróbia há completa oxidação da matéria orgânica.1N e indicadores colorimétricos de pH. de emissão do CO2 Observar os seguintes aspectos: 1) O cilindro de PVC (extremidade aberta) é enterrado. A respiração edáfica é tomada por alguns autores como parâmetro de medição da produtividade primária bruta. como por exemplo as bactérias que utilizam sulfatos e carbonatos como aceptores de eletrons. Os organismos que são capazes de crescer na presença ou ausência de O2. uns (como a bactéria do ácido lático) tendo um metabolismo energético exclusivamente fermentativo e outros (leveduras e bactérias coliformes) podendo mudar seu metabolismo energético de respiração para fermentação. emanando CO2. usando-se um cilindro invertido. uns 5 cm no solo. por exemplo) onde o substrato é oxidado parcialmente: CH3-CH2OH + O2 → CH3-COOH + H2O etanol ácido acético RESPIRAÇÃO ANAERÓBIA Respiração onde o oxigênio molecular não participa. Um outro exemplo de retroalimentação negativa (ou “negative feedback”. é que a pesca é permitida). em inglês. cria ambientes frescos. é o que acontece como conseqüência da rotação da Terra em que há uma deflexão das correntes oceânicas afastando-se das margens dos continentes (com a ajuda dos ventos). Em geral. recuperar-se. no Chile e Peru. REVEGETAÇÃO (Ver RECOMPOSIÇÃO) RIBEIRO (Ver CÓRREGO) RICHTER (Ver ESCALA DE RICHTER) RIOS MEÂNDRICOS (Ver MEANDROS) RIPARIANO (Ver ZONA RIPARIANA) RIPÍCOLA (Ver ZONA RIPARIANA) 208 . introduzido por A. Uma curiosidade a respeito da ressurgência. e somente após um estoque suficiente ter garantido sua migração para o ponto de desova. um herbívoro) ao diminuir pela ação do predador (um carnívoro) causaria “como conseqüência”. constituindo um denso emaranhado. em Cachoeira de Emas. outro exemplo é o de permissão para captura e comercialização de peixes de rios. Myrcia e Clusia. O esquema teórico visto em PREDATISMO.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS consumo) de um indivíduo predador em resposta à mudança na densidade de presas (ou o alimento do predador). com altura aproximada de 5 m. somente após estes desovarem (no rio Mogiguaçu. promovendo a ressurgência. CORRENTE DE (ou CORRENTE DO PERU)) RESTAURAÇÃO Corresponde ao termo “restoration”. espécies dos gêneros Eugenia. Alguns autores denominam este processo de retroalimentação negativa. Esse ecossistema. é um ecossistema da costa brasileira. dá-se o nome de resposta funcional. juntamente com o de dunas. o provimento (pelo governo) de subsídios (ajuda financeira aos pescadores) para evitar que as populações declinem mais ainda. SP.Bradshaw. com as correntes de superfície fluindo em direção ao equador. redução na população deste último.000 km). Pirassununga. em inglês) seria a regulamentação da caça e pesca limitando o abate ou captura de animais silvestres. seria uma representação gráfica deste controvertido tipo de controle. r . (Ver RECOMPOSIÇÃO. constituída por vegetação diversificada. ajudada pela sombra de chuva andina. um conjunto de degraus foram construídos no rio para facilitar a migração dos peixes rio-acima. porém secos ao longo da costa (continental) oeste da América do Sul. sobre solo arenoso. Esta riqueza de nutrientes das águas de profundidade. por comunidade semelhante à que existia anteriormente nesse local. Byrsonima sericea. com algumas plantas espinhosas.ESTRATEGISTA (Ver ESTRATEGISTAS K e r) RETROALIMENTAÇÃO RETROALIMENTAÇÃO = “FEEDBACK” Mecanismo de controle. sendo geralmente as águas de profundidade mais férteis. Uma retroalimentação positiva (ou “positive feedback”) seria por exemplo. (Ver HUMBOLDT. e RESTAURAÇÃO) RESTINGA A restinga. as populações de plâncton. (Ver PREDATISMO) RESSURGÊNCIA Processo que ocorre em ecossistemas aquáticos. Esta mesma corrente do Peru. As comunidades vegetais vão de campos ralos de gramíneas à mata fechada de até 15 m de altura. ocorre ao longo de 79% do litoral brasileiro (ao longo de 5. Plantas típicas: muricí. significando a restauração de um ambiente natural. resultando nos desertos mais secos do nosso planeta. podendo então a população de herbívoro.D. sustentam a pesca abundante na corrente de Benguela (costa oeste do sul da África) e a corrente do Peru (costa oeste da América do Sul). NÉCTON e bentos são numerosas. onde a camada mais profunda e fria de água sobe à superfície. bromeliáceas e cactáceas. em que (por exemplo) uma população de determinado nível trófico da cadeia alimentar (uma certa presa. Alguns autores designam de “jundus” a um tipo de restinga formado por plantas lenhosas. entende-se que um ecossistema será sustentável quando o efeito ou resultado líquido da retroalimentação negativa exceder os efeitos da retroalimentação positiva. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS RIQUEZA DE ESPÉCIES (Ver BIODIVERSIDADE) RISCO Probabilidade de que algo indesejável possa acontecer, expondo-se deliberada ou acidentalmente a um mal (ou dano). Fala-se portanto, em risco de extinção e nos estudos de impacto ambiental fala-se em risco de que algo (degradação, acidente, catástrofe, efeito bumerangue etc) possa acontecer no ambiente. RISCO DE EXTINÇÃO (Ver ESPÉCIE EM VIA DE EXTINÇÃO) RITMO CIRCADIANO (Ver RELÓGIO BIOLÓGICO) RITUAL DE CORTEJO Padrão de comportamento (uma característica geneticamente determinada) envolvendo a produção e recepção de uma seqüência complexa visual, auditiva e de estímulos químicos, pelo macho e pela fêmea, precedendo o coito ou acasalamento. RIZOMA Caule subterrâneo, muitos deles ricos em reservas, possuindo em geral escamas e gemas que geram ramos folíferos, floríferos e raízes. Uma planta muito comum em nossas praias, o pinheirinho-domar (Remirea maritima) possui rizoma, propiciando sua fácil expansão pela areia das pequenas dunas. RIZOPLANO (Ver RIZOSFERA) RIZOSFERA Literalmente é a “esfera que circunda a raiz”. Alguns autores distinguem a endorrizosfera, indo da epiderme até o cilindro central, onde alguns microrganismos vivem em simbiose com a raiz e a ectorrizosfera, parte mais externa da raiz, incluindo a área do solo imediatamente adjacente às raízes das plantas, onde, além das propriedades inerentes ao solo, existem microrganismos (simbiontes e às vezes patógenos e alguns de vida livre no solo), exudato da própria raiz etc. Esse ponto da raiz onde ocorrem as associações com microrganismos (simbiontes e patógenos) e onde se forma a rizosfera, alguns autores denominam de rizoplano (denominação proveniente do inglês “rhizoplane”). Alguns autores aplicam o termo rizosfera quando desejam se referir ao conjunto das raízes. Ver na figura a seguir, a distribuição espacial da rizosfera e da filosfera num ecossistema tropical e num de região temperada , segundo LONGMAN & JENÍK (1987): Floresta pluvial tropical Floresta de faia Rizosfera Filosfera Observações: 1) No ecossistema da floresta pluvial tropical a distinção, no nível do solo, entre rizosfera e filosfera é mais difícil de ser feita do que no ecossistema de região temperada. 2) No ecossistema tropical o estrato superior propicia condições para o aparecimento de microhabitats, permeando o desenvolvimento de epífitas. As trepadeiras lenhosas (ou lianas) são freqüentes. 209 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 3) Os dois ecossistemas distinguem-se entre si, facilmente, porque o de região tropical apresentase mais denso, com uma certa aparência “caótica”. ROBUSTA, DINAMICAMENTE (Ver ESTABILIDADE) ROBUSTECIMENTO (Ver ADAPTAÇÃO) ROCHA MATRIZ (ou ROCHA-MÃE) Rocha inalterada, não-decomposta, constituindo o horizonte mais profundo do solo (horizonte C) e que, por eventual intemperismo, dará origem ao solo. ROCHAS As rochas são resultado da consolidação natural de minerais. Entre estes, há os minerais essenciais, que estão sempre presentes nas rochas e lhes determinam o nome, e há os minerais acessórios, podem ou não estar presentes, sem no entanto modificar o nome dado à rocha. As rochas estão classificadas em três grupos: (i) ígneas ou magmáticas (resultante do resfriamento do magma; sendo ígnea intrusiva, quando o resfriamento ocorre no interior do globo terrestre e ígnea extrusiva, ou vulcânica, quando o resfriamento ocorre na superfície da Terra; o granito é a rocha ígnea intrusiva mais abundante no nosso planeta); (ii) sedimentares (formadas a partir da cimentação de fragmentos produzidos pela ação dos agentes de intemperismo e pedogênese; o material fragmentado é carregado pela chuva, vento ou gelo, depositando-se sobre rocha preexistente, que pode ser ígnea, metamórfica ou outra rocha sedimentar; as rochas sedimentares são facilmente reconhecidas pelas suas camadas de deposição); e (iii) metamórficas (resultam da transformação de uma rocha preexistente no estado sólido, por aumento de pressão e/ou temperatura; o metamorfismo regional, em extensas áreas, provavelmente ocorreu como conseqüência de eventos geológicos em grande escala, como a edificação de cadeias de montanhas; a estrutura de foliação, por vezes com camadas dobradas, caracterizam esse metamorfismo). Rs (Ver POLÍTICA DOS TRÊS Rs) ROTAÇÃO DE CULTURAS (Ver CULTIVO ROTACIONAL) ROTA DE MIGRAÇÃO (DE PÁSSAROS) Em inglês é “flyway”, que quer dizer “rota de vôo”. É a rota de migração de pássaros. RUDERAL (Ver PLANTA RUDERAL) RUÍDO Pode ser definido como sendo um som que, em termos “médicos” e mesmo “sociais”, é tido como indesejável ou causador de distúrbio e aborrecimento. Em nível elevado pode causar dano ao aparelho auditivo e problemas neurológicos. (Ver “BACKGROUND”; e DECIBEL) RUÍDO AMBIENTAL (Ver “BACKGROUND”) RUMINANTES Animais (ovinos, bovinos, caprinos e também veados, antílopes, ou seja, a maioria dos ungulados artiodáctilos, de dedos pares) cujo estômago está subdividido em câmaras, sendo a primeira câmara, a maior delas, o rúmen (ou rume), onde o alimento é reduzido a pequenas partículas, alcançando então a outra câmara, o retículo (ou barrete), depois o omaso (ou folhoso) e finalmente o abomaso (ou coagulador). Grandes populações de bactérias (superior a 1010/ml e de protozoários (superior a 105/ml), presentes no rúmen, juntamente com o controle de pH pela secreção salivar de bicarbonato de sódio, realizado pelo animal, garantem a degradação da celulose e outras fibras, uma vez que o ruminante carece de enzimas que as decomponham. Em termos gerais o alimento de um carneiro, por exemplo 960 g de alfafa, produz 57 g de ácidos graxos voláteis, 128 g de células microbianas, 43 g de sais minerais, 343 g de matéria seca e quantidade variável (menor) de CH4 e CO2; a matéria residual final (fezes) alcança os 369 g. Um carneiro com um volume de rúmen de 4,7 litros tem 20% deste espaço ocupado por microrganismos. É uma rica comunidade microbiana que o rúmen ostenta. O animal ruminante exerce papel importante na Natureza, pela sua posição no início da cadeia alimentar (herbívoro) e reciclando a matéria. “RUNOFF” É a água de escorrimento (ou escoamento) sobre a superfície do solo (água de precipitação pluvial), que não se infiltra no solo e se escoa, podendo carregar nutrientes, às vezes levando-os para os cursos d’água. (Ver BIOLIXIVIAÇÃO; EROSÃO; ESCOAMENTO; LIXIVIAÇÃO; e RAVINA) 210 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS RUPESTRE Organismo que vive sobre paredes ou rochas. 211 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 212 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS S SAHEL Região subsaariana (ou região saheliana, ao sul do deserto do Saara, no norte da África) é a região que cruza a África, onde se encontram os seguintes países de oeste para leste: Senegal, Mauritânia, Mali, Burkina, Níger, Nigéria, Chade, Sudão, Eritréia e Etiópia (inclui-se na costa oeste também Cabo Verde, ex-colônia portuguêsa). Esta região tem se caracterizado por períodos de seca extrema, como a de 1983-85 (que também atingiu o nordeste brasileiro) levando à fome cerca de 1 milhão de pessoas. Estudos recentes realizados por Leon Rotstyn (do CSIRO, Instituição da Austrália) e por Ulrike Lohmann (da Universidade de Dalhousie, Canadá) mostraram que as interações entre dióxido de enxofre e formação de nuvens (poluentes emitidos nos E.U.A. e Canadá) provocavam condensação e precipitação de chuvas na América do Norte, que assim deixavam de se deslocarem para o norte da África. O sofrimento nessa região tende a se agravar porque o solo desnudo (pelas secas contínuas) reflete mais radiação solar enquanto os aerossóis de poeira refletem os raios de volta, mantendo assim a atmosfera sempre quente; e sem vegetação a erosão eólica se acentua, reduzindo assim as propriedades produtivas do solo. SAIBRO Material mineral que resulta da desagregação de granito ou de gnaisse e que sendo grosso, não sofre muito desgaste de transporte pela água da chuva de escorrimento na superfície do solo. SALINIDADE É, literalmente, o teor em sais da água. A salinidade da água do mar é, em média, 35 partes por mil (35 °/°° ou 3,5 %). A água do mar contém principalmente cloreto de sódio (cerca de 27 %) e o restante é constituído por sais de Mg, Ca e K. Explica-se porque a água do mar é salgada pelo seguinte mecanismo: as águas dos rios (que correm para o mar) são geralmente ricas em feldspato potássico (KAlSi3O8), anortita (CaAl2Si2O8) e feldspato sódico (NaAlSi3O8). Estes cristais de rocha em solução, quando na água do mar, perdem potássio para o sedimento e o cálcio precipita-se nas rochas carbonatadas, combinando-se então o restante com o cloro (Cl), dando origem portanto à “água salgada”. Os principais componentes da água do mar e respectivas quantidades (ajustadas para uma salinidade de 35 ppt de NaCl), estão representados no quadro seguinte (COLINVAUX, 1986): ELEMENTO ELEMENTO μg / LITRO μg / LITRO Oxigênio como componente da água 8,83 X 108 Hidrogênio 1,10 X 108 Cloro 1,94 X 107 Sódio 1,08 X 107 6 Magnésio 1,29 X 10 Enxofre 9,04 X 105 5 Cálcio 4,11 X 10 Potássio 3,92 X 105 4 Bromo 6,73 X 10 Carbono inorgânico 28.000 Nitrogênio (N2 dissolvido) 15.500 Estrôncio 8.100 Oxigênio dissolvido 6.000 Boro 4.450 Silício 2.900 Fluor 1.300 Nitrogênio nas formas de NO3,NO2 e 670 Carbono orgânico 500 NH4 dissolvido Argônio 450 Rubídio 120 SALINIZAÇÃO Processo de acumulação de sais de várias naturezas (cloreto de sódio, sulfato de sódio, carbonato de cálcio, sulfato de cálcio e cloreto de cálcio) em alguns tipos de solo, cujos percentuais e condutividade elétrica, fazem-nos reunir em três categorias: solos salinos (< 15% de Na e condutividade de mmhos > 4), solos alcalinos (> 15% de Na e condutividade < 4) e solos salino-alcalinos (> 15% e condutividade >4). 213 aves e répteis). Têm formas e dimensões variáveis (cerca de 400 m de extensão e excepcionalmente. sarcócoro ou sarcocore (geralmente propágulo carnoso de planta. Assim sendo. concha e cerâmica). se um solo tem uma CTC de 16 cmol/kg e se 4. Este termo tem sido usado para caracterizar um sedimento com espessura de > 1cm. designando as “pequenas elevações constituídas sobretudo de restos animais (carapaças de moluscos. em decomposição”. SAMBAQUIS Termo. podendo ocorrer próximos a margens de rios ou de lagoas. Solos salinos são encontrados na região nordeste brasileira. SAVANA Designação generalizada para os ecossistemas com predominância de vegetação herbácea e arbustos ou árvores muito esparsas. mas geralmente no litoral. ou a partir da inspiração de partículas de chumbo (no caso. esqueletos humanos. “Gyttja” é termo de origem sueca. da sua manipulação). artefatos (de pedra. característico de lagos eutróficos temperados.7 %. SAPRÓBIO (Ver DECOMPOSITOR) SAPROBIONTE (Ver DECOMPOSITOR) SAPRÓFAGO (Ver DECOMPOSITOR) SAPRÓFILO / SAPRÓFITO(A) (ou SAPROFÍTICO(A)) (Ver DECOMPOSITOR) SAPROPEL SAPROPEL = “GYTTJA”) Sedimento orgânico. carnoso”. osso.8/16) (100) = 73. sendo comum encontrá-los em restingas. (Ver CAMPOS. de origem indígena (“tambá” = concha e “ki” = depósito). A porcentagem de saturação de bases será: (11. O cerrado e a caatinga seriam tipos diferentes de savana. pinças de crustáceos e fragmentos ósseos de peixes. ou seja: Porcentagem de saturação de bases = (cmol de bases trocáveis/CTC) (100). Pode ocorrer a partir de recipientes utilizados para conter alimento ou bebida.2 cmol destes cátions forem Al e H.8 cmol/kg. 30 m de altura). Este sedimento rico em matéria orgânica forma-se sob condições redutoras (ausência de oxigênio dissolvido na coluna de água) num sistema aquático estagnado. vestígios de fogueiras e outras evidências da atividade humana”. SAPRÓTROFO (Ver DECOMPOSITOR) SAPROXENO (Ver DECOMPOSITOR) SAPROXILÓBIO Saproxilóbio é o organismo vivendo em ou sobre madeira em apodrecimento. Cuidados muito especiais são necessários para cultivos irrigados nesses tipos de solo. as bases trocáveis serão 16 4. (Ver CTC) SATURNISMO Intoxicação causada por ingestão de chumbo. que sendo ingerido por animais dissemina-se através destes). de origem autóctone. Seguem-se alguns termos com este prefixo. contendo > 2% em peso. de carbono orgânico.2 = 11.como por exemplo no carirí e sertão da Paraíba. por exemplo.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Presença de minerais silicatados ou de origem marinha e má drenagem são fatores causadores de salinização. mamíferos. Alguns usos em: sarcófago (que se alimenta de carne). e CERRADO) 214 . SATURAÇÃO DE BASES Utiliza-se a estimativa de “porcentagem de saturação de bases” de um solo estimando-se as bases trocáveis como porcentagem da CTC (capacidade de troca catiônica). “SANGUE FRIO” (Ver ECTOTERMIA) “SANGUE QUENTE” (Ver ENDOTERMIA) SAPOPEMA (Ver RAIZ TABULAR) “sapro-” Prefixo de origem grega significando “podre. “sarco-” Prefixo de origem grega significando “carne. de acordo com sua capacidade de suporte (limite em que o habitat é capaz de manter populações em nível de equilíbrio). devido ao movimento de vai-e-vem das ondas. modificações genéticas ao longo do tempo (ou ao longo do processo evolutivo). (Ver AGREGAÇÃO) “SELF-THINNING” Refere-se ao declínio progressivo na densidade populacional. (Ver “FITNESS”) SELEÇÃO POR GRUPO Refere-se à força de um grupo em deixar descendentes. resultando numa mudança na freqüência dos genes desse fenótipo. no processo evolutivo de uma população. (Ver LEI DA POTÊNCIA DOS TRÊS MEIOS (-3/2)) 215 . K e r. é mergulhado na água para se estimar a profundidade de visibilidade. na seleção K os recursos naturais estão direcionados mais para a manutenção em si das diversas populações de um determinado ecossistema (ou habitat) do que para o “esforço reprodutivo”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS SAVANA ESTÉPICA (Ver ESTEPE) SAZONAL (Ver ESTACIONAL) SDT (Ver SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS) SECA (Ver PERÍODO DE SECA) SECA FISIOLÓGICA Condição de seca numa planta. podendo ter a forma de esfera ou elipse (seixos fluviais) ou achatada. ROCHAS (Ver ROCHAS) SEDIMENTO (Ver SEDIMENTAÇÃO) SEIXO Fragmento de rocha. proporcionando uma adaptação evolutiva num ambiente em transformação progressiva. deposição de matéria particulada transportada pela água. que dependerá da luz e turbidez da água. causada por fatores que afetam a absorção de água pela planta. “SELFISH HERD” Literalmente. em que as “forças da Natureza” determinam que alguns indivíduos. Estando tal aterramento ou acréscimo de sedimento. De maneira bastante simplificada. pode se precipitar formando o sedimento. de origem as mais diversas (rochas como o granito ou basalto etc). sem que o problema seja falta de água no solo. relacionado a distúrbios.5 mm ano-1. A matéria particulada na água. de arestas arredondadas. DISCO DE Método em que se utilizando um disco (de Secchi). significa “egoísmo dentro da manada”. e EQUAÇÃO LOGÍSTICA) SELEÇÃO NATURAL Expressão introduzida a partir da publicação clássica de Charles Darwin. vento ou gelo. SELEÇÃO K Refere-se a um processo de seleção natural que ocorre num ambiente. SEDIMENTARES. (Ver ESTRATEGISTAS C. Alguns autores usam o termo aterramento de sedimento (do inglês “sediment burial”) que é definido como uma sedimentação em excesso a taxas de ≥ 0. SEDIMENTAÇÃO Processo de formação de sedimento. SECCHI. SELEÇÃO DIRECIONAL (ou DIRECIONADA) Seleção de um fenótipo ótimo num organismo. ou seja. como sendo superior à deixada por indivíduos. de maneira isolada. como os seixos marinhos. imprimindo assim. No caso dos estrategistas “r” e “K” é a competição entre as espécies (“oportunistas e fugitivas” = r ou o “equilíbrio” entre elas = K) que predomina. em 1859 (“A origem das espécies por meio da seleção natural”). estando mais bem adaptados à sobrevivência. Na caatinga são comuns encontrar-se os seixos rolados. em inglês. geralmente pintado com a cor branca. contribuem com maior intensidade na perpetuação da sua espécie. responsáveis pela mobilização deste metal no solo. são chamados de “inseticidas de terceira geração” (ver PESTICIDA). viabilizando uma mudança no comportamento de organismos. que é essencial ao seu desenvolvimento. (Ver ESTÁDIOS SERAIS) SÉRIE BARREIRAS (Ver BARREIRAS. formando ligações estáveis com íons de ferro. semioquímicos são produtos químicos que atuam como “sinalizadores”. São mencionadas duas classes de semioquímicos: feromônios e aleloquímicos. UNIDADES Refere-se ao “Système International d’Unités”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS SEMA (Ver IBAMA) SEMELPARIÇÃO (ou SEMELPARIDADE) SEMELPARIÇÃO = MONOPROCRIAÇÃO O prefixo grego “semel” quer dizer “geração. descendência”. quilograma (kg). As outras unidades são derivadas ou suplementares. nécton e matéria particulada derivada de organismos vivos) e o abiosséston (matéria particulada nãoviva). privam os nematódeos fitopatogênicos deste elemento. Embora sejam produtos naturais. (Ver ITEROPARIDADE) SEMENTE TERMINAL Denominação das sementes obtidas na engenharia genética (obtida através da “terminator technology”. sendo portanto. assim como os reguladores de crescimento de insetos. alguns já têm sido sintetizados. Este termo refere-se à oportunidade única de uma espécie reproduzir-se ao longo de sua vida. SEVERIDADE DE SECA (Ver ÍNDICE DE PALMER DE SEVERIDADE DE SECA) SHANNON. aprisionando o Fe. SEMI-ÁRIDO (REGIÃO ou CLIMA) (Ver DESERTO) SEMICADUCIFÓLIA (Ver CADUCIFOLIA) SEMIDECÍDUA (Ver CADUCIFOLIA) SEMIOQUÍMICOS O prefixo grego “semio” significa sinal. segundo (s). candela (cd) e mol. em inglês). (Ver APÊNDICE II − SI – SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES) SIDERÓFORO Refere-se a um produto metabólico (principalmente catecolato e hidroxamato) de alguns microrganismos. Portanto. Muitos desses compostos. que é o sistema métrico internacional. composto das sete seguintes unidades básicas: metro (m). de certa maneira. compreendendo o biosséston (plâncton. (Ver ALELOPATIA. ampere (A). kelvin (K). ÍNDICE DE (Ver ÍNDICE DE DIVERSIDADE) SHELFORD (Ver LEI DA TOLERÂNCIA) “SHIFTING CULTIVATION” (Ver AGRICULTURA ITINERANTE) SIALITIZAÇÃO (Ver SILICATOS) SI. Aplica-se a denominação “microrganismos sideróforos” àqueles de importância agroecológica que. SÉRIE ou FORMAÇÃO) SERRAPILHEIRA (ou SERAPILHEIRA) (Ver NECROMASSA) SÉSTON Total da matéria particulada em suspensão na água. 216 . e FEROMÔNIOS) SERE Designação coletiva de todas as comunidades temporárias que constituem as várias etapas (ou estádios) de desenvolvimento de uma vegetação no processo de sucessão ecológica em certo local. Período reprodutivo muito curto. em que as sementes de cultivos são geneticamente modificadas para não germinarem (para o plantio subseqüente) e assim os agricultores são forçados a adquirir continuamente novas sementes para novos plantios. garantindo informações necessárias sobre o meio ambiente. Quando em contato com água. o adjetivo simbiôntico qualifica o simbionte. Ao processo de eliminação total da sílica e formação de oxi-hidróxidos de alumínio e de ferro dão-se os nomes: alitização (referente ao alumínio) e ferralitização (referente ao ferro). granito ou quartzo também estão enquadradas nesta conceituação. Portanto. ÍNDICE DE (Ver ÍNDICE DE DIVERSIDADE) SINECOLOGIA Uma das subdivisões da ecologia que estuda grupos de organismos. fisiológicas ou de comportamento) dissimilares. Ao fator determinante genético que impede o intercruzamento entre indivíduos de espécies simpátricas. (Ver AUTOECOLOGIA) SINERGISMO Fenômeno em que duas populações. havendo formação de silicatos de alumínio. Consta em geral. e MUTUALISMO) SIMILARIDADE (Ver ÍNDICE DE SIMILARIDADE. abundantes na Natureza. do mesmo gênero). dos componentes estruturais (i) banco de dados. enfim cadastrando uma base de dados e de conhecimentos que forem necessários à compreensão sobre as interações Natureza-sociedade. O isolamento ecológico ou genético numa mesma área. (Ver ALOPATRIA) SIMPSON. usa-se a denominação mecanismo de isolamento extrínseco. (Ver LATOLIZAÇÃO) SILICOSE Afecção pulmonar causada pela inalação de partículas muito diminutas de sílica ou silicatos. piroxênios. 217 . pode resultar numa especiação simpátrica. formar uma estrutura distinta ou induzir uma resposta patológica etc. principalmente. dá-se o nome de mecanismo de isolamento intrínseco. isto é. que estejam associados. No caso de hidrólise parcial. (Ver ASBESTO) SILTE (Ver TEXTURA DO SOLO) SILVICULTURA SILVICULTURA = ENGENHARIA FLORESTAL Estudo de florestas e exploração de recursos florestais. têm características (morfológicas. além do alumínio. (Ver MUTUALISMO) SIMBIOSE (Ver INTERAÇÃO ECOLÓGICA. embora vivendo numa mesma área (mas não necessariamente com o mesmo nicho ecológico) apresentam divergência de caractéres. (ii) modelos (conceituais e matemáticos) e (iii) imagens. anfibólios e outros. objetivam a estruturação de sistemas informativos. aqui aplicam-se os termos monossialitização (quando se formam argilominerais (= aluminossilicatos hidratados) do tipo da caulinita. SILICATOS Compostos salinos. formando feldspatos. o processo é denominado sialitização. SIMBIONTE Organismo participante do processo de simbiose ou mutualismo. geralmente em protocooperação. Se houver um impedimento do tipo “barreira ambiental”. para os planejamentos urbanos e regionais. micas. para sua proteção e conservação.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS SIG − SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA ou SGI – SISTEMAS GEOGRÁFICOS DE INFORMAÇÃO Também chamados de Sistemas Geoinformativos (SGI). Uma das exigências mais importantes dos SIGs é a unificação dos dados e informações sob o enfoque sistêmico. podendo ser total ou parcial (ver ACIDÓLISE). Partículas de areia. descendentes de um ancestral comum (portanto. intimamente relacionadas. com relação Si:Al de 2:1). o ferro também pode permanecer no perfil do solo (estes elementos têm comportamento geoquímico semelhantes). como uma unidade e a relação que os mesmos mantêm entre si. sofrem hidrólise. com relação Si:Al de 1:1) e bissialitização (quando se formam argilominerais do tipo esmectita. No caso de hidrólise total. são capazes de sintetizar determinado produto. e LIMITE DE SIMILARIDADE) SIMILARIDADE DE DEMANDAS E TOLERÂNCIAS (DE INDIVÍDUOS) (Ver SUPERORGANISMO) SIMILARIDADE PERCENTUAL (Ver PERCENTUAL DE SIMILARIDADE) SIMPATRIA Caso em que duas espécies. originalmente atribuída à que ocorre em Los Angeles (California. embora possa permutar energia. subarbórea.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Sinergismo significa também a ação de dois elementos.: o mercúrio metálico nos sistemas aquáticos é pouco tóxico. subarbustiva e subherbácea). (Ver SISTEMA ABERTO) SISTEMA TAMPÃO (Ver TAMPONAMENTO) SÍTIOS (ou MANCHAS) (Ver REFÚGIOS) “SLASH-AND-BURN” (Ver AGRICULTURA ITINERANTE) “SMOG” Palavra da língua inglesa cunhada a partir de “smoke” (fumaça) + “fog” (nevoeiro. Entre os diversos de seus componentes danosos destacam-se: ozônio.). ou seja. (Ver SISTEMA FECHADO) SISTEMA ECOLÓGICO Ambiente natural (ecossistema) ou introduzido pelo homem (agrossistema). uma dessas populações seria incapaz de sobreviver ou seria muito pobre. formam-se gotículas de água com diâmetro de 2 a 20 μm. sem esta protocooperação. geralmente em circunstâncias de deficiência nutricional. (Ver AGROSSISTEMA. e de uma variedade de partículas sólidas em suspensão. mas quando no interior de organismos (como nas guelras dos peixes) transforma-se no metilmercúrio. (Ver “SMOG” FOTOQUÍMICO) 218 . Alguns autores utilizam o termo sinúsia quando se referem a agrupamentos de plantas. (Ver METILMERCÚRIO. No “fog”. considerando não só a altura como o modo de vida da planta e a sua morfologia. a razão da fotossíntese e respiração é igual à unidade. mas que juntos tornam-se poluentes. Fala-se assim de sinúsias. altamente tóxico. peroxiacetilnitratos (PANs) e vários aldeídos. MINAMATA. por exemplo. embora todas estejam à mesma altura. que dificultam a visibilidade. de epífitas ou de lianas. gotículas de ácido sulfúrico (H2SO4) em suspensão. de acordo com a altura das plantas. e ECOSSISTEMA) SISTEMA ESTABILIZADO Sistema ecológico em que. (Ver “SMOG” INDUSTRIAL) “SMOG” INDUSTRIAL Tipo de poluição atmosférica consistindo em sua maioria de uma mistura de dióxido de enxofre (SO2). SISTEMA FECHADO Sistema ecológico que não permuta matéria com as partes circunvizinhas. e POLUENTE SECUNDÁRIO) SINTROFISMO Fenômeno que ocorre entre duas ou mais populações auxotróficas em que. constituído por componentes bióticos e abióticos). ex. que individualmente não são poluentes. baseando-se no seu metabolismo. cerração) para designar a poluição atmosférica. referem-se à sinúsia arbórea. E. em temperatura baixa.A. algumas delas formadas a partir do SO2. ou seja P : R = 1 (onde: P = fotossíntese e R = respiração).U. elas são capazes de proliferar graças à troca de fatores de crescimento. Na ausência do sintrofismo. arbustiva e herbácea (com as respectivas subdivisões. SINÚSIA SINÚSIA = ESTRATO VEGETATIVO Refere-se à determinada parte de uma vegetação. arbórea. Assim. (Ver PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO AR) “SMOG” FOTOQUÍMICO Mistura complexa de poluentes atmosféricos produzidos na camada atmosférica inferior pela reação de compostos de hidrocarbonetos e de óxidos de nitrogênio sob a influência (ou ação) da luz solar. (Ver FITOCENOSE) SISNAMA – SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Ver CONAMA) SISTEMA ABERTO Sistema ecológico que permuta matéria e energia com as partes que lhe circundam. Chernossolos: constituídos por material mineral que tem como característica de destaque a alta saturação por bases e argila de atividade alta. (Ver SOLOS BRASILEIROS.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Lei Federal no 9.. Alguns identificam-nos pela abreviação SDT. caracteriza-se por horizonte B incipiente com textura franco-arenosa ou mais argilosa. desenvolvidos de materiais arenoquartzosos sob condições de umidade elevada. de fortemente a bem drenados. expressos em mg/L. com saturação por bases alta (alguns destes solos eram classificados como Podzólico Vermelho-Amarelo. dispõe de outros fatores imprescindíveis a uma boa produtividade vegetal (rico em humus e biomassa microbiana ativa. solos moderadamente ácidos a fortemente alcalinos (correspondem aos Brunizens e Rendzinas de classificações anteriores). estes solos variam muito de um local para outro. macro e microbiota). Gleissolos: solos hidromórficos ou saturados com água. com ampla ocorrência nas regiões equatoriais e tropicais. sendo mal drenados em condições naturais. Espodossolos: solos mineralogicamente pobres. (Ver PERFIL DO SOLO. pequena parte de Terra Roxa Estruturada e de Terra Bruna Estruturada). Novas categorias de áreas protegidas foram criadas e reunidas nos grupos I − Unidades de Proteção Integral e II − Unidades de Uso Sustentável. Glei Húmico. baixa saturação por bases. textura de média a argilosa no horizonte A e de média a muito argilosa no horizonte subsuperficial. umidade e densidade adequadas. No Grupo II estão: Área de Proteção Ambiental. topografia e da biota. aprovada em 18/07/2000. e Podzol hidromórfico). com baixa capacidade de troca de cátions. (Ver UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) SOCIABILIDADE (ou SOCIALIDADE) (Ver EUSSOCIABILIDADE) SOCIOLOGIA DE PLANTA (ou VEGETAL) (Ver FITOSSOCIOLOGIA) SÓLIDOS DISSOLVIDOS TOTAIS Resíduos sólidos obtidos por evaporação de uma amostra de água ou efluente. Glei Tiomórfico e Solonchak ). física. de forte a moderadamente ácidos. com saturação por bases baixa. muito evoluídos. Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural. além dos nutrientes necessários às plantas. visando disciplinar a conservação e o uso das áreas protegidas. CLASSIFICAÇÃO DE A EMBRAPA publicou em 1999 um “Novo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos” (EMBRAPA. Resumidamente. É essa parte não consolidada da Terra que serve de meio natural para o crescimento das plantas.985. Reserva Biológica. e PERFIL DO SOLO) SOLO PRODUTIVO Solo que. destituídos de minerais primários ou secundários menos resistentes ao intemperismo. podendo ocorrer altos teores de alumínio. SC. RS) ocorrendo também na equatorial (AC) ou tropical (PE. e SOLOS BRASILEIROS.). AL. No Grupo I estão: Estação Ecológica. Latossolos: solos em avançado estádio de intemperização.. Cambissolos: devido à heterogeneidade do material de origem. Floresta Nacional. Área de Relevante Interesse Ecológico. sendo comuns na amazônia e na 219 . Podzólico Vermelho-Amarelo Distrófico ou Álico . Reserva de Fauna. 1999). Argissolos: material mineral com argila de atividade baixa. Podzólico Bruno-Acinzentado. as principais classes de solo (e equivalências com algumas mais antigas) são: Alissolos: constituídos por material mineral com argila de atividade ≥20 cmolc/kg de argila. química e biologicamente) do material que lhe deu origem. do clima. normalmente muito profundos. CLASSIFICAÇÃO DE) SOLO FÉRTIL SOLO FÉRTIL = SOLO RICO Solo contendo os nutrientes que as plantas necessitam. pH e potencial redox compatíveis com tal produtividade). equivalendo aos Spodosols e Entisols do “Soil Taxonomy” americano. moderada a fortemente ácidos. desenvolvendo-se comumente em sedimentos recentes próximos a cursos d’água (correspondem aos antigos Glei Pouco Húmico. fortemente ácidos. comuns em boa parte da amazônia e em muitas partes do litoral brasileiro (inclui atualmente todos os solos classificados como Podzol. SOLO Toda a matéria mineral não consolidada da superfície da Terra. textura de arenosa a argilosa no horizonte A com aumento de argila no horizonte subjacente. porosidade. Parque Nacional. Reserva Extrativista. com saturação por alumínio ≥50%. alguns deles assemelham-se a latossolos (esta denominação pre-existia a esta presente classificação). com textura predominante arenosa. comuns na região subtropical (PR. baixa saturação por bases. SOLO PRODUTIVO. CLASSIFICAÇÃO DE. sujeita às influências ambientais (da rocha matriz. (Ver SOLO FÉRTIL) SOLOS BRASILEIROS. Monumento Natural e Refúgio da Vida Silvestre. durante um período de tempo e que por isso difere (morfológica. das formas de relevo e das condições climáticas. BA) (alguns eram conhecidos como: Rubrozem. (1987). infestans ou T. formando-se assim as “sombras de chuva”. ocorrem em diversos tipos de clima sendo comuns em bacias sedimentares do semiárido nordestino (conservam a denominação dos antigos Vertissolos). Vertissolos: solos com pronunciadas mudanças de volume com o aumento do teor de umidade no solo. com grande quantidade de matéria orgânica acumulada em ambientes mal drenados ou em ambientes de umidade elevada. megista ou T. Solos Aluviais e Areias Quartzosas: Distróficas. com horizonte B geralmente com acentuada concentração de argila. e quando o vento desce do outro lado das montanhas ele arrasta a umidade dessas áreas a sotavento e cria ambientes áridos. Pode ser consultado o trabalho de CAMARGO et al. Marinhas e Hidromórficas). Utiliza-se esta abreviação após o nome genérico. 220 . em geral são fortemente ácidos. e parte dos Solos Litólicos Turfosos). O deserto de Gobi na Ásia é um exemplo. Nitossolos: bem evoluídos. abreviadamente. com argila de atividade alta e saturação por bases alta (antes classificados como Bruno Não Cálcico. Amapá. fendas profundas na época seca. situada a sotavento. pode-se abreviar o nome do gênero. com horizonte B reluzente devido à cerosidade. Baixada Maranhense-Gurupi. ainda é importante ter acesso à antiga classificação. alta saturação por bases. de bem a imperfeitamente drenados. com argila de atividade baixa. são considerados férteis. Em que pese a melhoria neste sistema de classificação. Solos Litólicos. será substituído pelo clímax. Observe-se que ao se citar várias espécies do mesmo gênero. Pantanal. SOS MATA ATLÂNTICA (Ver FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA) SOTAVENTO (Ver BARLAVENTO e SOTAVENTO) sp (ESPÉCIE) Significa. gerando assim a chamada chuva orográfica e na microrregião do Cariri paraibano. textura argilosa ou muito argilosa. Luvissolos: não-hidromórficos. Podzólicos plínticos e partes de solos Glei). não apresentando horizonte B diagnóstico. Plintossolos: solos minerais formados sob condições de restrição à percolação da água. No estado da Paraíba. o vento é forçado a ir para o alto. com teores de alumínio extraível baixos ou nulos. de moderadamente ácidos a ácidos. com material original resistente ao intemperismo podendo impedir ou limitar a evolução destes solos (alguns destes solos eram conhecidos como Litossolos. Ilha de Marajó. vetor da doença de Chagas). Terra Bruna Estruturada e alguns Podzólicos Vermelho-Escuros e Podzólicos Vermelho-Amarelos). Solonetz-Solodizado e Hidromórficos Cinzentos). ocorrendo preferencialmente em áreas de relevo plano ou suave ondulado (abrange os antigos Planossolos. normalmente pouco profundos de 60 a 120 cm. Semiorgânicos e Tiomórficos. com expressiva plintização ou segregação e concentração localizada de ferro. SPODOSOL SPODOSOL = PODZOL (Ver SOLOS BRASILEIROS. e são desenvolvidos normalmente em ambientes de bacias sedimentares. Organossolos: pouco evoluídos. Podzólico Vermelho-Amarelo Eutrófico e alguns Podzólicos). resfriando-se e ocasionando precipitação pluvial na porção a barlavento. quando o específico não for determinado (ou identificado). com saturação por bases baixa a alta. usa-se Triatoma spp (poderiam ser T. com alta capacidade de troca de cátions e baixa saturação por bases. Neossolos: pouco evoluídos. são solos com alta capacidade de troca de cátions. quando se deseja referir-se a mais de uma espécie deste mesmo gênero. ocorrem usualmente em áreas baixas de várzeas e depressões (correspondem aos antigos Solos Orgânicos.). que pode persistir por longo tempo mas eventualmente. tendo ocorrência mais ampla no Médio Amazonas. Planossolos: solos minerais imperfeitamente ou mal drenados.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Mata Atlântica (ferralsols e oxisols são denominações mais antigas destes solos) [ver LATOSSOLOS]. de moderadamente ácidos a ligeiramente alcalinos. SOMBRAS DE CHUVA Ao encontrar montanha ou montanhas. CLASSIFICAÇÃO DE)) “STANDING CROP” (Ver BIOMASSA) SUBCLÍMAX Penúltimo “estádio” de uma sere. “barbeiros”. sendo típicos de zona quente e úmida. com a equivalência das classes de solo com os sistemas FAO/UNESCO e “Soil Taxonomy” americana. Ilha do Bananal e em Campo Maior no Piauí (corresponde às antigas Lateritas Hidromórficas. ocorrendo em várias partes no sudeste da Bahia e no Paraná (correspondem hoje à maioria das: Terra Roxa Estruturada. uma vez que muitas publicações importantes no Brasil utilizaram tais sistemas. as chuvas são raras.: Triatoma sp (um dos insetos. com teores elevados de cálcio e magnésio. sordida etc. a serra da Borborema (nas imediações de Campina Grande) conduzem à supersaturação da massa de ar. Ex. espécie. Regossolos. no tempo. pastejos etc). há registros de ocorrência dessa inibição em algas marinhas sobre rochas. resultante de modificações físicas do ambiente causadas pela própria comunidade (em parte) e culmina com um sistema ecológico estável.H. SUBCLÍMAX ANTROPOGÊNICO (Ver DISCLÍMAX) SUBLITORAL Refere-se tanto à zona marinha que se estende da margem da zona de entremarés até a margem mais externa (em relação ao continente) da plataforma continental. toleram níveis baixos de disponibilidade desses recursos e atingem sua maturidade na presença dos componentes remanescentes dos estádios anteriores. EXOCRUZAMENTO. e SUCESSÃO HETEROTRÓFICA) SUCESSÃO ECOLÓGICA Ou simplesmente “sucessão”. Quando a sucessão se inicia numa área não ocupada previamente por uma comunidade. para significar o alimento de que o microrganismo faz uso. 2) Sucessão por tolerância: pelo fato de que diferentes espécies têm diferentes estratégias para explorar recursos. e METAPOPULAÇÕES) SUBSISTÊNCIA (Ver AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA) SUBSTITUIÇÃO (Ver REPOSIÇÃO) SUBSTRATO Em geral. A sucessão é uma mudança unidirecional. SUBPOPULAÇÕES (Ver ENDOGAMIA. ilustrando o processo de sucessão (num lago): 221 . (Ver SUCESSÃO AUTOGÊNICA) SUCESSÃO AUTOGÊNICA Seqüência de comunidades que ocorre quando as populações que vivem em determinado local modificam o ambiente de tal maneira que elas são substituídas por espécies melhor adaptadas ao habitat modificado. as espécies dos estádios serais subseqüentes ao primeiro (ou primeiros).Slatyer. se extinguiria caso o dominante fosse removido do seu ecossistema. que em 1977 sugeriram: 1) Sucessão por facilitação: ocorrem mudanças no meio abiótico que são “impostas” pelas espécies pioneiras e portanto. competindo até com eles. até uma profundidade de 200 m. como também se refere à zona mais profunda de um lago abaixo do limite da vegetação enraizada. (Ver RELAÇÃO P : R. ou mais apropriadamente. “substrato alimentar”. E há o “subordinado tolerante”. os componentes do estádio seral subseqüente terão seu estabelecimento e desenvolvimento dependentes dos seus antecessores. abandonado ou uma floresta que tenha sido derrubada). considerar três situações ou mecanismos.Connell e R. conhecido como clímax. Ver figura que segue. a taxa da produção primária (ou da fotossíntese bruta. excede a taxa de respiração da comunidade (R). (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) SUBORDINADO Espécime vegetal que. de acordo com a classificação de J. (Ver SUCESSÃO ALOGÊNICA) SUCESSÃO AUTOTRÓFICA Diz-se da sucessão ecológica em que. total) (P). Em microbiologia e ecologia microbiana. SUCESSÃO ALOGÊNICA Seqüência de comunidades que ocorre quando o habitat é modificado por fatores não determinados pelas populações que vivem nesse habitat. Torna-se necessário. se removido não ocasionaria muito rearranjamento no seu ecossistema. Há o “subordinado dependente”. E quando a sucessão ocorre em área previamente ocupada por uma comunidade (tais como um campo cultivado. ela é denominada de sucessão secundária. utiliza-se este termo. é um processo de desenvolvimento de um ecossistema em que numa mesma área ocorrem seqüências de diferentes comunidades.O. tal tipo de sucessão foi registrada em ambiente onde ocorreu retraimento de glaciação. nos estádios iniciais. ela é denominada de sucessão primária. refere-se à base sobre a qual um organismo se estabelece. 3) Sucessão por inibição: tipo em que ocorre um mecanismo de resistência à invasão por competidores. que é o vegetal que tolera mas não depende ou requer condições impostas pelo dominante do seu ecossistema. ou seja. em que a vegetação mantém-se em forma indefinida devido a fatores naturais alheios ao clima (incêndios. nesta sucessão autogênica. sucessões velhas mostram este mecanismo. o vegetal que vivendo na dependência das condições mantidas pelo dominante.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS É considerada uma etapa “imperfeita” da evolução. Os fatores determinantes da modificação são de origem abiótica. para remover partículas que interferem na sua transparência. a respiração (R) é maior do que a produção (P). como uma característica generalizada de uma comunidade. A somatória do funcionamento de 222 . (Ver DESERTIFICAÇÃO.E. contendo indivíduos e populações. contendo células e tecidos. e SUCESSÃO AUTOTRÓFICA) SUCESSÃO HIDRARCA (Ver HIDROSERE) SUCESSÃO PRIMÁRIA (Ver SUCESSÃO ECOLÓGICA) SUCESSÃO SECUNDÁRIA (Ver SUCESSÃO ECOLÓGICA) SUCESSÃO XERARCA (Ver XEROSERE) SULFATO DE ALUMÍNIO (Al2(SO4)3) Composto que é adicionado no tratamento da água.Clements (em 1916). Este autor comparou a comunidade. (Ver RAZÃO P : R. Embora panelas e outros recipientes de alumínio também sejam importantes fontes de excesso de Al para o organismo humano. nos seus primeiros estádios. e EXPLOTAÇÃO) SUPERITINERANTES (Ver FUNÇÕES DE INCIDÊNCIA) SUPERORGANISMO O conceito de superorganismo foi emitido inicialmente pelo ecólogo F. a um organismo. SULFONATO DE ALQUILBENZENO (Ver “ABS − ALKYLBENZENE SULPHONATE”) SUPEREXPLOTAÇÃO Exploração excessiva dos recursos naturais.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS A B C SUCESSÃO HETEROTRÓFICA Denominação freqüentemente usada para caracterizar uma sucessão ecológica na qual. o nível de sulfato de alumínio na água de beber não deve exceder os 200 μg/L. sujeita a ser coberta pela água durante a quebra das ondas. Além disso. além de aditivos químicos. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) SURFACTANTE Substância tensoativa. dotada de organização social análoga às propriedades fisiológicas de um organismo simples. Os “synfuels”. (Ver SUPERORGANISMO) SUPRALITORAL Subregião do litoral imediatamente acima do nível mais alto da água. é tido como espécie suspensívora. em que se mistura metano + vapor. ao tempo em que se obtém metanol e eletricidade. onde se converte este minério fóssil em combustível líquido.”). geram menor poluição atmosférica do que o carvão sólido. em contraste. que podem ser transportados por gasodutos. vê a relação de espécies coexistentes como simples resultado das similaridades das demandas e tolerâncias dos indivíduos e por isso.Gleason (em 1926) e defendida por diversos autores.A. em inglês) é um produto obtido através do processo FisherTropsch. A concepção “individualística” (ou do individualismo) de H. uma associação de organismos. ou colônia. uma comunidade é muito menos previsível do que um “superorganismo”. 223 . da zona litorânea. O tatuí ou tatuíra (Emerita brasiliensis). este “syngas” seria mais facilmente transportado. como metanol ou gasolina sintética. agindo portanto. ligeiramente solúveis na água. de moléculas grandes. SUPORTE (Ver CAPACIDADE DE SUPORTE (e CAPACIDADE DE SUPORTE CULTURAL)) “supra-” Prefixo de origem grega significando “acima” (o oposto de “infra. “SYNFUEL” ( e “SYNGAS”) “Synfuel” é uma palavra inglesa que surgiu da combinação: “synthesis + fuel” (= síntese + combustível). como a atual gasolina que produz gases do efeito estufa. é um exemplo (ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA). pequeno crustáceo que vive na zona de arrebentação do mar. principalmente diatomáceas). O supralitoral. como uma unidade funcional única. O “syngas” (“synthesis + gas”. SUSPENSÍVORO Diz-se do organismo que se alimenta de matéria em suspensão no meio aquático (fitoplâncton e zooplâncton. (Ver PRINCÍPIO DAS PROPRIEDADES EMERGENTES) SUPERPASTEJO Pastejo excessivo. obtendo-se assim o “syngas” do qual pode se obter parafinas e hidrogênio e daí ser elevado para diesel e outros combustíveis “mais limpos” do que os derivados de hidrocarbonos. ou consumo de pastagem por animais de maneira a impedir ou dificultar a recuperação natural da comunidade pastejada (consumida).GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS cada indivíduo promoveria o bem-estar de todo o conjunto. Refere-se ao processo de gaseificação do carvão mineral em que há conversão de carvão sólido em gás natural sintético (metano) e daí efetua-se a liquefação. Estudos na China (o país mais rico do mundo em carvão mineral) vêm procurando retirar enxofre (alto poluente) do carvão mineral. podendo causar mudanças indesejáveis na composição dessa comunidade. assim como o supraorganismo ou superorganismo. causando às vezes a formação de espuma e tendendo a manter-se na interface água-ar. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 224 . TAIGA FLORESTA DE CONÍFERAS = TAIGA = FLORESTA BOREAL Os nomes boreal (grego) e taiga (russo) significam vento norte. os solos permanecem úmidos durante a estação de crescimento das plantas.Richards e N. com grande acúmulo 225 . refere-se aos “cerrados” locais. com declividade muito baixa.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS T TABELA DE FERTILIDADE (ou DE FECUNDIDADE) Tabela ou quadro em que são quantificados os padrões de nascimentos provenientes de indivíduos de diferentes idades de uma ou mais populações. A média anual de temperatura está abaixo dos 5oC e a precipitação pluviométrica está na faixa dos 400 a 1000 mm anuais. Originalmente. Ao número médio de indivíduos que cada indivíduo existente numa população dá origem. onde figuram dados de: número de indivíduos observados em cada um dos estádios do seu desenvolvimento (ou “intervalo de idade”). (Ver CURVA DE SOBREVIVÊNCIA. às vezes cobertos por densas e altas matas (mata atlântica). permitindo a compreensão sobre o que está acontecendo no presente e criando possibilidades de conhecer o futuro da população ou populações em questão. em um (1) intervalo de tempo que se segue. juntamente com os da tabela de vida e a curva de sobrevivência são fundamentais em ecologia de populações. proporção da população original morrendo durante cada estádio. é uma tarefa muito difícil de ser executada a contento. dá-se a denominação de taxa reprodutiva líquida fundamental. além de ovos produzidos no estádio de adulto. mais topográfica. Estes dados. e TABELA DE VIDA) TABELA DE VIDA (ou TABELA VITAL) É uma representação. que é a taxa reprodutiva básica. ovos produzidos por indivíduo adulto sobrevivente (fornecendo uma idéia da fecundidade da coorte) e os produzidos originalmente por indivíduo adulto. É uma floresta essencialmente de coníferas que se estende por grande parte da região subpolar no norte da Eurásia (principalmente Rússia. TABELA VITAL (Ver TABELA DE VIDA (ou TABELA VITAL)) TABULEIRO Designação.W. A partir dos cálculos sugeridos por Richards e Waloff. apresentando-se como um “cinturão verde”. obtém-se um termo que sumariza o histórico de vida da população. Limita-se ao norte pela tundra e pelas estepes ao sul.Waloff. dada a um planalto e que é também conhecida como “chapada”. é a taxa de multiplicação relacionando o tamanho de uma população ao seu tamanho em um (1) intervalo de tempo mais cedo (anterior). seus introdutores (O. dividido pelo número original de indivíduos. num quadro (ou tabela) em que se sumariza o histórico de uma coorte (ou população). em 1954) representaram a história de vida (ou história vital) do gafanhoto Chorthippus brunneus. incluindo a Sibéria. principalmente na Paraíba e Pernambuco. Na Bahia esta denominação é mais pedológica ou edáfica. e Escandinávia) e norte da América do Norte. No nordeste. Conseqüentemente. com produção contínua de brotos vegetativos subterrâneos). referindo-se aos latossolos pobres. podendo ser estimada a partir do número total de ovos fertilizados produzidos numa geração. Construir uma tabela de vida de um organismo que além de modular apresenta superposição de gerações (como uma planta rizomatosa. proporção da população original sobrevivendo ao início de cada estádio. a taxa de mortalidade. Sendo a evaporação baixa. quantitativamente. Um exemplo (de BEGON et al. Estima-se que somente a taiga da Sibéria totalize 19% das áreas de floresta do mundo. A madeira da taiga tem sido intensivamente explotada. Animais carnívoros peludos como a zibelina (Martes zibelina) e o arminho (Mustela erminea) tipificam esse bioma. se não for 1 : 1. uma vez que estará “menos exposto” a tais variações. A complexidade do problema aumenta quando a ele se adiciona a questão do tamanho mínimo crítico da população. talvez a mais “marcante” (conspícua) dos seres vivos.. suas características físico-químicas e fisiológicas. Ne é usualmente menor do que N. da família do pinheiro. pressão osmótica.500 km2. O talude continental refere-se à parte do oceano que segue à plataforma continental. Muitos animais e plantas apresentam dormência durante o inverno (água inacessível).200 m de profundidade. pH. TAMPÃO (Ver TAMPONAMENTO) TAMPONAMENTO TAMPONAMENTO = SISTEMA TAMPÃO Propriedade inerente aos organismos que são capazes de manter estáveis. como os abetos dos gêneros Picea e Abies.. A foto ao lado mostra um trecho de floresta de Taiga. na base de um morro ou encosta. seja de uma espécie ou da biodiversidade em geral. HEINRICH)) TAL – TAXA DE ASSIMILAÇÃO LÍQUIDA (Ver TAXA DE ASSIMILAÇÃO LÍQUIDA – TAL) TALASSOCICLO (Ver BIOSFERA) TALUDE (e TALUDE CONTINENTAL) Superfície inclinada de um solo. devido a vários fatores. devido a sua menor relação superfície : volume. Penso ser este termo também apropriado a determinadas situações no ambiente. o ser vivo de grande tamanho. com metabolismo muito baixo. por certos aspectos. Seu incremento pode trazer benefícios.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS de necromassa devido também à ausência de invertebrados detritívoros. o aumento das possibilidades do predador em capturar a presa.. ou no caso da presa. (Ver REGRAS ECOGEOGRÁFICAS) TAMANHO DE POPULAÇÃO EFETIVA Considera-se como o tamanho de uma população “geneticamente idealizada” (Ne) para a qual a população real (N) é equivalente. junção esta denominada de aresta continental. estará mais apto a manter suas funções vitais constantes. que tem uma probabilidade de 95% de sobreviver por 100 anos e uma população estimada de 50 a 90 animais. tais como temperatura. TAMANHO Esta é uma característica. como no seguinte exemplo: a existência de um rio e de uma laguna ou lagoa em planície onde o lençol freático é 226 . em termos genéticos. 1990) mostra que o urso pardo (Ursos arctos). que é necessário para evitar a endogamia ou a perda importante da diversidade genética. como razão (relação) de sexo. situada entre 200 e 1. estando por vezes coberto por detritos. A esta inclinação alguns autores dão o nome de aclive continental. como por exemplo. a redução de sua vulnerabilidade ao predador. Considera-se que o talude continental tenha um ângulo médio de inclinação de 4o e um máximo de 20o próximo à sua margem superior em contato com a plataforma continental. Árvores típicas da taiga são coníferas. Tal propriedade aplica-se tanto em relação ao ambiente interno do organismo (suas células) quanto ao ambiente externo. se o tamanho da população variar de geração para geração . TAMANHO MÍNIMO VIÁVEL DE POPULAÇÃO Este conceito tem aplicação importante na conservação. requer uma reserva com área de 1000 a 13. na Sibéria. (Ver ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER. Em termos de adaptação às variações climáticas. flua naturalmente através desses corpos d’água (ver BANHADO). taquifágico/taquifagia (que ingere alimento de maneira muito rápida). Exemplo: numa planta (Agropyron smithii) que foi experimentalmente podada. (Ver POLIMORFISMO) TAXA DE ASSIMILAÇÃO LÍQUIDA – (“NAR − NET ASSIMILATION RATE”) Aumento em matéria seca ou peso seco (“dW = dry weight”) de uma única planta. TANINOS (Ver DEFESA QUÍMICA) “taqui-” Prefixo de origem grega significando “rápido. numa planta onde as demais folhas foram removidas. Observações: 1) A cada contagem o alimento (farinha) era renovado.01 ou 1% por hora. Na prática refere-se a qualquer coisa que reduza o impacto. a taxa de circulação é 10/1. Equivale a um polimorfismo paralelo. exerce ação de “tamponamento” ao propiciar que o excesso de água acumulada no lençol freático na época das chuvas. e TAXA DE MORTALIDADE) TAXA DE EXTINÇÃO Número de espécies num certo habitat ou área que se tornam extintas. 2) O crescimento da população sempre parava quando a densidade de besouros atingia 4.000 ou 0.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS muito superficial. em alguns insetos há eliminação de estádio larvar). ocorreu 227 . Taq POLIMERASE (Ver TERMÓFILO) TAUTOMORFISMO Termo que contém o prefixo de origem grega “tauto-” que significa “o mesmo” e que se refere à uma certa lembrança de forma pertencendo a duas ou mais diferentes espécies polimórficas. por unidade de tempo. (Ver TEMPO DE CIRCULAÇÃO) TAXA DE CRESCIMENTO É calculada pela diferença entre as taxas de natalidade e de mortalidade de uma população. ligeiro”. sem formar o par). refere-se a um aumento na taxa fotossintética por unidade de área das folhas sobreviventes. É também denominada de taxa de produção individual. em diferentes volumes de farinha (COLINVAUX. em determinado espaço de tempo. por unidade de tempo. relacionada a uma área de assimilação (A). (Ver LEI DA CONSTANTE DE EXTINÇÃO (ou LEI DE VAN VALEN)) TAXA DE EXTRAÇÃO DE ENERGIA (Ver TEOREMA DO VALOR MARGINAL) TAXA DE FECUNDIDADE ESPECÍFICA DA IDADE (Ver NATALIDADE ECOLÓGICA) TAXA (DE FOTOSSÍNTESE) POR UNIDADE DE FOLHA Denominada em inglês.4 besouros/g de farinha. taquigâmico/taquigamia (uma espécie na qual o macho se afasta rapidamente após o coito. 1986). por seus descobridores. 4000 Total de indivíduos 128g 3000 64g 2000 1000 16g 100 50 4g 32g 8g 150 Tempo (em dias) (Ver TAXA DE NATALIDADE. de “ULR-unit leaf rate”.000 unidades estão presentes num componente e 10 dessas unidades saem ou entram a cada hora. Ex. sendo calculada por: NAR = dW / dt X 1/A TAXA DE CIRCULAÇÃO É a fração da quantidade total de uma substância em certo componente do ecossistema que é liberada (ou que entra). No gráfico que segue estão representados os resultados do crescimento de uma população de “besouros da farinha”. e/ou filogenético. rápido. Alguns exemplos: taquigênese (com desenvolvimento ontogenético.: se 1. no caso de estudos demográficos). Toma-se como valor representativo da população. enquanto a planta contrôle mostrou. É também conhecida como parâmetro Malthusiano e é dado por: r = b − d. ocorrido num determinado tempo (geralmente num ano. pode estimular o aumento desta taxa. Em ecologia usa-se às vezes a taxa de mortalidade específica da idade. O resultado é expresso em número de mortes por 1. ocorrido num determinado tempo (geralmente num ano. (Ver TABELA DE VIDA) TAXA METABÓLICA Refere-se ao consumo energético de um organismo por unidade de peso. (Ver NATALIDADE ECOLÓGICA) TAXA DE PRODUÇÃO DA COMUNIDADE − TPC Em ecologia vegetal é a produção. de matéria seca.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS um aumento de 10% na taxa de fotossíntese das folhas remanescentes durante os 10 dias subseqüentes. Em ecologia. calculado como o número de indivíduos que estão morrendo numa certa classe (de idade) x. à semelhança da poda. Embora uma taxa de mutação pareça ser baixa. dividido pela população estimada no meio do ano (30 de junho de 1990). da ordem de 1 em 100 milhões por geração. um zooplâncton que pasteja nas algas. Assim. importante no processo evolutivo. pode 228 . por exemplo.000 pessoas da população. dividido pela população estimada no meio do ano (30 de junho de 1990). Usa-se então a fórmula: TPC = TAL X IAF TAXA DE PRODUÇÃO INDIVIDUAL (Ver TAXA DE ASSIMILAÇÃO LÍQUIDA) TAXA DE REPRODUÇÃO Número de descendentes gerados por um organismo (representativo de uma população) por unidade de tempo ou por um determinado período de tempo. no caso de estudos demográficos). a taxa de natalidade no ano de 1990 no Brasil. TAXA DE MORTALIDADE É o número de mortes por número de indivíduos de uma população. Da mesma maneira. TAXA DE MUTAÇÃO Proporção com que nucleotídeos numa seqüência de DNA sofrem modificações. o número de indivíduos no ponto médio do ano considerado para cálculo da taxa. será o número de nascimentos ocorridos nesse ano. maior é o seu metabolismo por grama (ou caloria) de biomassa.000 pessoas da população. é provável que uma ou mais mutações estejam sempre ocorrendo em alguma parte do genoma desse organismo. por exemplo. simultâneamente. num determinado tempo. a eficiência energética de uma população ou comunidade. como por exemplo em zonas urbanas. TAXA DE NATALIDADE É o número de nascimentos (nascidos vivos) de indivíduos de uma população. pode ter um metabolismo tão elevado quanto um volume muito maior de árvores de uma floresta. como por exemplo o índice de área foliar ou IAF). calculada da taxa de crescimento de uma planta. O resultado é expresso em número de nascimentos por 1. onde b é a taxa de nascimento instantâneo e d a equivalente de morte. será o número de mortes ocorridas nesse ano. a qual se refere a um determinado grupo ou classe de idade de uma população. a taxa de mortalidade no ano de 1990 no Brasil. o número de indivíduos no ponto médio do ano considerado para cálculo da taxa. num vertebrado. é conseqüência das mutações. Toma-se como valor representativo da população. pode ser avaliada a partir da sua taxa metabólica. é geralmente expressa em “casos por milhão por ano”. onde se estima o consumo de oxigênio relacionado à fitomassa. de uma comunidade de plantas. quanto menor for o organismo. como por exemplo em plantas. uma redução de 10%. Assim. Em geral. A herbivoria. Este aspecto reveste-se de importância ao se efetuar poda de árvores (principalmente). individualizada (que seria sua taxa de assimilação líquida ou TAL) e também considerando-se um parâmetro que reflita a densidade de vegetação dessa comunidade. se multiplicada por centenas ou milhares de nucleotídeos num gene e por trilhões de nucleotídeos existentes. TAXA DE MORBIDADE Número de casos de uma determinada doença em relação ao total da população. dividido pelo número de indivíduos que estão atingindo esta classe. O fitoplâncton. A variabilidade genética. (Ver TAXA REPRODUTIVA DEPENDENTE DA DENSIDADE. e NATALIDADE ECOLÓGICA) TAXA DE RESPIRAÇÃO ESPECÍFICA DA BIOMASSA (Ver qCO2) TAXA INTRÍNSECA DE CRESCIMENTO ou AUMENTO (NATURAL) Taxa de aumento per capita de uma população que alcançou uma estrutura etária estável sem competição ou outro efeito restringidor. principalmente em termos de alternativas energéticas. principalmente carbono).org. Seu site: http://www. caracteriza-se por ter alta biodiversidade e baixa taxa reprodutiva. Um beija-flor tem elevada taxa metabólica. (Ver qCO2) TAXA REPRODUTIVA BÁSICA (Ver TABELA DE VIDA) TAXA REPRODUTIVA DEPENDENTE DA DENSIDADE Refere-se ao número de indivíduos representativos de uma população. reciclar”. utensílios os mais diversos. daí necessitando ingerir mais carboidrato (açúcar) para manter sua grande atividade. publicações e inúmeras outras atividades. eficiente e efetiva. telegâmico / telegamia (processo ou comportamento de atrair o macho à distância). informação. através de cursos. Alguns exemplos: o “CAT − Centre for Altgernative Technology”. o engajamento das sociedades humanas que optem por adotarem a “nova ordem mundial dos três Rs: reduzir. o filo. (Ver DOMÍNIOS DOS MICRORGANISMOS) TCDD (Ver DIOXINAS) TECNOLOGIA ALTERNATIVA A tecnologia alternativa constitu-se hoje num conjunto de materiais.ider.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ter uma respiração total igual ao do gado que come pastagem. de maneira econômica. além de processos e procedimentos que substituam ou complementem os tradicionais. A floresta tropical. Nos microrganismos a respiração basal é definida como a referente à respiração que ocorre sem adição de substrato (sem adição de nutrientes. ou seja. “tele-” Prefixo de origem grega significando “além.org. (Ver CADEIA ALIMENTAR) 229 . Nas categorias da classificação taxonômica o menor taxon é a espécie. a família. as cadeias alimentares não são seqüências isoladas e por isso podem estar interconectadas através de um ou mais de seus componentes. equipamentos. reutilizar. a ordem. a classe. TECNOLOGIA LIMPA (Ver MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO) TEIA ALIMENTAR TEIA ALIMENTAR = REDE ALIMENTAR A teia ou rede alimentar. sediado em Fortaleza (CE). Chama-se taxa metabólica basal à energia consumida por um organismo que está em repouso. por exemplo.br. participação voluntária. sediado na Inglaterra. vem desempenhando papel semelhante. Alguns exemplos de uso deste prefixo: telemorfose (mudança da forma que resulta de estímulo distante). distante”. TAXA REPRODUTIVA LÍQUIDA FUNDAMENTAL (Ver TABELA DE VIDA) TAXON (ou TAXION) Unidade taxonômica (ou taxionômica) dos seres vivos (plural: taxa). o reino e o domínio.uk. o IDER − Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Energias Renováveis. No Brasil. Seu site: http://www. na execução das mais variadas tarefas e atividades inerentes à vida humana. encontrados numa determinada área. seguindo-se o gênero.cat. sem ter ingerido alimento e em condições “normais de temperatura”. é um entrelaçamento de diversas cadeias alimentares. vem propondo. telmatófita (planta de tais ambientes). Ainda de acordo com RICKLEFS (2007) a energia acumulada na necromassa. pode ser representado de maneira similar ao da equação da biomassa: Tempo de residência (ano) = acúmulo de necromassa. e quanto mais longo for o tempo de residência. (Ver TAXA DE CIRCULAÇÃO) TEMPO DE GERAÇÃO DA COORTE (ou POPULAÇÃO) Tentativa de estimar-se o verdadeiro comprimento de uma geração. regiões montanhosas e boreais = > 100 anos. Segundo esse autor. maior será o acúmulo de energia. os valores médios de tempo de residência da necromassa em diferentes ecossistemas são: trópicos úmidos = 3 meses. todos termos da língua inglesa). é o tempo necessário para compensar a fração da quantidade total de uma substância num componente do ecossistema. Conseqüentemente.: se 1. Ex. TEMPO DE CIRCULAÇÃO É o recíproco da taxa de circulação. em g m-2 / taxa de queda da necromassa. durante o tempo de geração (ou vida reprodutiva) dos seus pais. sudeste dos E. sem considerar-se o fato de que alguns descendentes podem eles próprios desenvolverem-se o suficiente para reproduzir-se e originar novos rebentos (descendentes). dominar e consumir uma presa e preparar-se para a procura da próxima presa.000/10 ou 100 horas. telmatoplâncton (constituído por organismos planctônicos de zonas de pântano). paludoso”. 230 . habitats tropicais montanhosos = 1–2 anos. (floresta estacional temperada) = 4–16 anos. telmícola (o organismo que vive em zonas pantanosas). para uma certa taxa de produção. No primeiro caso. em kJ m-2 ano-1. em g -2 m ano-1. TEMPO DE RESIDÊNCIA Expressão semelhante a “tempo de circulação” e que se refere ao tempo em que determinada quantidade de substância permanece num certo compartimento do ecossistema.A. só se considerou o tempo médio entre o nascimento de um pai e o nascimento de seus filhotes (ou rebentos). pantanoso. Alguns exemplos: telmatologia (parte da ecologia que estuda pântanos. o tempo de residência de energia e seu armazenamento na biomassa viva e na necromassa estão diretamente relacionados. ou seja. Esta expressão tanto é usada com relação ao fluxo energético como com relação à biogeociclagem. TEMPO DE MANIPULAÇÃO TEMPO DE MANIPULAÇÃO = TEMPO DE MANEJO = TEMPO DE TRATAMENTO Espaço de tempo gasto por um predador. o tempo de circulação é 1. em kJ m-2 / produtividade líquida.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS CAPIM besouro sapo aranha cobra gafanhoto decompositores “telmato-” Prefixo de origem grega significando “pântano. o tempo de residência da matéria neste compartimento do ecossistema terrestre. que sai ou que entra. 2007) para tempo de residência num certo nível trófico.U. que é dado pela energia armazenada dividida pela taxa na qual a energia é convertida em biomassa (lembrar que taxa implica em tempo). ou seja. A fórmula seguinte é sugerida (RICKLEFS. ou “wetlands”. “marshes” ou “peatbogs”.000 unidades estão presentes num componente e 10 dessas unidades saem ou entram a cada hora. em perseguir. logo: Tempo de residência (ano) = energia armazenada na biomassa. telmófago (inseto que suga sangue de tecido dilacerado ou sangue empoçado em tecido ulcerado). estima-se que 75% da vida terrestre e 90% da vida marinha tenha perecido diante da extinção em massa causada por atividade vulcânica e mudança climática. que evoluíram em muitas formas. novamente os répteis dominaram a vida na terra. O tempo geológico convencionou-se ser subdividido nos seguintes segmentos (em ordem descendente): Eon. apareceram no final deste período as plantas com flores e os insetos polinizadores. há 290 milhões de anos. desde a mais antiga rocha que se estima ter existido até a presente data. artrópodos. com domínio supremo sobre as demais formas de vida. no final deste período a sofrer extinção em massa. parentes das atuais aranhas e as primeiras plantas terrestres. há 354 milhões de anos. No caso de desenvolvimento dos embriões. após desaparecimento dos dinossauros. mas seria de 5 dias se a temperatura fosse 30°C (14°C acima do limiar). surgindo moluscos. equinodermos. ou “idade do carvão”. o desenvolvimento até a eclosão a 20°C levaria 17. são os meios principais para se conhecer a escala de tempo geológico. até o presente. Esta faixa de temperatura. os insetos se espalharam e as primeiras verdadeiras florestas apareceram. na chamada “idade dos dinossauros”. os primeiros vertebrados a viverem na terra firme. Período e Época (um quadro resumido é mostrado na próxima página). assim como no mar eram muito comuns os moluscos.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS (Ver COMPARTIMENTO DE CICLAGEM. em ovos. há 3. com os segmentos do tempo geológico e o tempo estimado (em milhões de anos − M. Estende-se ao longo de 3. para o seu desenvolvimento. A vida pode ter surgido no início da era Precambriana.8 bilhões de anos. No Carbonífero. analisando os organismos que caracterizam determinadas partes do registro geológico. o clima quente ajudou a formação de florestas em solos pantanosos. Segue-se um quadro. que correlaciona e classifica os estratos de rocha e a paleontologia. apareceram os pterossauros (voadores) os notossauros e ictiossauros (nadadores) e uma minoria terrestre dos primeiros mamíferos. O objeto principal dos estudos da escala do tempo geológico é a VIDA.9 bilhões de anos. No Terciário. grupos de mamíferos tiveram grande evolução isoladamente. os quais necessitam da combinação de tempo e temperatura. o Quaternário. foi a “idade dos peixes”. Portanto. há 417 milhões de anos. o cálculo de “dias-graus” (ou dias-graus acima do limiar) seria 70 (17. considerando-se que o limiar térmico básico ao desenvolvimento de um embrião animal de região temperada seja 16°C. destacando-se o Archaeopteryx. As primeiras criaturas surgiram no mar (entre 545 e 495 milhões de anos) no Cambriano. há 443 milhões de anos. não é letal para o animal em questão (como acontece com algumas espécies de gafanhoto. os gigantescos dinossauros. com predominância do ser humano. TEMPO GEOLÓGICO Refere-se ao tempo ocupado pela história geológica da Terra. há 206 milhões de anos. No Permiano. escorpiões gigantes. mas evidência fóssil data de cerca de 1 bilhão de anos. apareceram os peixes mandibulares. constitui-se no “calendário” dos eventos que marcaram a história da Terra. No Jurássico. como as libélulas com até 60 cm de envergadura. há 142 milhões de anos. que talvez tenha aparecido há mais de 150 milhões de anos. A estratigrafia. O Cretáceo. As aves evoluíram. tempo é dependente do fator temperatura nos ectotermos. assistiu a evolução rápida das plantas com flores e dos animais que delas se alimentavam. cujo aparecimento e evolução podem ser resumidamente distribuídos nos períodos vistos a seguir. resumido.8 milhão de anos. Em ambos os casos. muitos já viviam em água doce.5 X 4 ou 5 X 14). há 248 milhões de anos. os répteis tornaram-se os animais terrestres dominantes. E no período mais recente. a vida ainda estava confinada no mar (apareceram crustáceos e alguns peixes não-mandibulares). Foram estas florestas que geraram grandes depósitos de carvão. vieram.5 dias (4°C acima do limiar). estima-se que neste período a “terceira extinção em massa” eliminou 70% das espécies de animais. apareceram os anfíbios. por sua vez. como os herbívoros saurópodos (talvez de 90 toneladas ou Megagramas) e bípedes como os Tyrannosaurus. encorajando a evolução dos pulmões. A escala de tempo geológico. por exemplo). há 65 milhões de anos. a característica maior deste período. as mudanças abruptas no clima propiciaram condições para a grande evolução dos mamíferos. obviamente.a. Era. estimulando anfíbios e insetos. No Triássico. há 1. No Devoniano.): 231 . No Ordoviciano. os continentes eram uma única massa de terra. No Siluriano. estes se fortaleceram como dominantes herbívoros e carnívoros. e COMPARTIMENTO DE RESERVA) TEMPO FISIOLÓGICO Atribui-se esta denominação a animais ectotérmicos. Diz respeito à taxa de extração de energia de um forrageador.a.L. a taxa inicial de sua extração será elevada. de “teorema do valor marginal”.Charnov. TENSÃO ECOLÓGICA (Ver ECOTONO) TEOREMA DO VALOR MARGINAL Modelos da previsão de comportamento de espécies animais forrageiras.500 4.3 24 33 54 65 142 206 248 290 354 417 443 495 545 PROTEROZÓICO Cambriano 1.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS EON ERA PERÍODO ÉPOCA Quaternário Holoceno (ou Recente) 0.8 ARQUEANO 2. (Ver EXTINÇÃO EM MASSA) TEMPO LETAL (ou LT50) Tempo necessário para matar 50% dos organismos-testes numa dada concentração. TENDÊNCIA EXPONENCIAL Numa série temporal é uma tendência descrita por uma equação da forma y = ab2. Parte-se da premissa de que um forrageador ótimo. criados simultâneamente por alguns ecólogos e denominado. maximizará a aquisição do recurso que ocorre em diversos locais (sítios ou “manchas”) no seu habitat. Quando o animal atinge o local do recurso. Ao se mover de um local para outro o forrageador não estará adquirindo energia. decrescendo à medida que o 232 .01 FANEROZÓICO Plioceno Neógeno Mioceno Terciário CENOZÓICO Pleistoceno Oligoceno Paleógeno Eoceno Paleoceno MESOZÓICO Cretáceo Jurássico Triássico Permiano PALEOZÓICO Carbonífero Devoniano Siluriano Ordoviciano 5. em 1976 por E.560 M. aparecendo como uma linha reta quando plotada em papel de gráfico semilogaritmo. no momento em que ele deixa o local restrito do recurso (usualmente energia ou alimento). constituindo-se em alto grau de endemismo. em função da taxa de imigração de novas espécies na ilha e da taxa de extinção das espécies já residentes (I = taxa de imigração. HIPÓTESE. E assim. 2001). Mycorrhiza. pouca será a perda de nutrientes por lixiviação. não levando em consideração portanto. uma característica hoje reconhecida na floresta amazônica e na mata atlântica. são capazes de digerir a matéria orgânica morta e transferir os minerais e substâncias nutritivas para as células das raízes das plantas.W. migrar e gerar especiação. 233 . levantando a possibilidade de que a história e o acaso poderiam por si sós desempenhar um papel igual ou maior na estruturação das comunidades.H. e TEORIA DO EQUILÍBRIO) TEORIA DOS REFÚGIOS Teoria proposta pelo cientista alemão H.MacArthur e E.O. refere-se à “neutralidade” como sendo os organismos numa comunidade idênticos nas suas probabilidades de produzir descendentes. TEORIA (Ver CONJETURA. & Stark. que diz: “nos ecossistemas de floresta tropical as micorrizas. Hubbel (ver Bibliografia). num ponto de equilíbrio definido. nos períodos mais secos a floresta se reduziria a “pequenas ilhas ou refúgios”. através das hifas”. E = taxa de extinção) (reproduzido de HUBBEL. (Ver TEORIA NEUTRA UNIFICADA) TEORIA DA CICLAGEM MINERAL DIRETA Teoria proposta por “Went. LEI e TEORIA) TEORIA DA BIOGEOGRAFIA DE ILHAS (ou TEORIA DE MaCARTHUR E WILSON) Teoria introduzida por R. 18: 1035-1039”.N. Obviamente essa taxa dependerá do conteúdo inicial da energia no local escolhido pelo animal e da sua eficiência em adquirí-lo. Considera o autor que. em 1967. explicando o equilíbrio dinâmico do número de espécies em ilhas: I E Taxa de imigração Taxa de extinção Ŝ Número de espécies na ilha Na figura estão representados: equilíbrio dinânico (Ŝ) do número de espécies em ilhas. 1968. na teoria do não-equilíbrio. Neste caso são focalizados o fator tempo e as variações que possam ocorrer no sistema. BioScience. (Ver NÍVEL DE EQUILÍBRIO.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS recurso escasseia. A neutralidade é definida no nível do “indivíduo” e não da espécie. permitindo a geração de espécies. (Ver NÍVEL DE EQUILÍBRIO. e TEORIA DO NÃO-EQUILÍBRIO) TEORIA DO JOGO (Ver “GAME THEORY”) TEORIA DO FORRAGEAMENTO (Ver FORRAGEAMENTO) TEORIA DO NÃO-EQUILÍBRIO Em oposição à teoria do equilíbrio.Haffer e pelos cientistas brasileiros Paulo Vanzolini (zoólogo) e Aziz Ab’Sáber (geomorfólogo) considerando que sucessivas glaciações causaram ciclos alternados de expansão e contração das florestas.Wilson. TEORIA NEUTRA UNIFICADA (ou TEORIA DE HUBBEL) Introduzida por Stephen P. extremamente abundantes na necromassa da superfície e no húmus do solo. do que as regras de assembléias fundamentadas nos nichos. TEORIA DO EQUILÍBRIO A teoria do equilíbrio refere-se à observação de propriedades de um sistema. O modelo proposto pelos autores pode ser sumarizado na representação que segue. observam-se as propriedades de um sistema num ponto de transição em que tais propriedades se afastam do ponto de equilíbrio. o tempo e quaisquer variações que poderiam estar ocorrendo no sistema.F. que na superfície é mais elevada. Estes insetos têm importante papel na Natureza. compostos estes que são aproveitados por bactérias que assim produzirão metano. conforme reproduzido de KLEEREKOPER (1990): 234 .Clements (publicada em 1916). determinado por um conjunto de fatores limitantes. sociais. na camada inferior mais fria. Os térmitas reutilizam suas próprias fezes como alimento. que é utilizado como alimento (no Pará. Inicialmente a temperatura. condições geológicas. No aparelho digestivo desses animais predominam protozoários. Assim sendo. Em 1953 R. À maneira dos ruminantes. SEMENTE (Ver SEMENTE TERMINAL) “TERMINATOR TECHNOLOGY” (Ver SEMENTE TERMINAL) TÉRMITAS TÉRMITAS = CUPINS São insetos (Isoptera). caindo repentinamente logo abaixo desta camada quente e. por exemplo). em 1943. digerindo celulose. O mutualismo térmita-protozoário é imprescindível à digestão de madeira. Outros alimentam-se diretamente de madeira. produzindo acetato. Alguns ecólogos brasileiros consideram o cerrado como um “ecossistema clímax do fogo”. (Ver DIOXINAS) TEREDO TEREDO = GUSANO Moluscos marinhos. TERATOGÊNICO É um agente causador de deformidades ou defeitos ocorridos quando o ser vivo nasce. O policlímax é portanto. são no entanto. vai diminuindo gradativamente com a profundidade. geralmente da família Teredinidae (gênero Teredo) perfurantes de madeira.H. que formam colônias. hemicelulose e lignina. dependendo das condições locais. quanto são os fatores que os determinam. A seguir está representado um gráfico de termoclino registrado no açude Bodocongó (Campina Grande. Alguns grupos ditos mais avançados cultivam fungos. dióxido de carbono e hidrogênio. que concebe uma continuidade ou gradiente de tipos de clímax e não necessariamente clímaces distintos. na base do tronco de Rhizophora mangle. reciclando a matéria e embora possam causar problemas ao ser humano. A dioxina é considerada como um forte teratogênico. tais como clima. que fermentam anaerobiamente a celulose. fala-se em tantos tipos de vegetação ou de ecossistema clímax. Foi observado que bactérias que vivem no aparelho digestivo dos térmitas fixam N2. segundo seu autor. separados. PB). produzem também ácidos graxos voláteis e principalmente ácido acético. É muito encontrado em alguns dos nossos mangues. (Ver TEORIA DA BIOGEOGRAFIA DE ILHAS) TEORIAS MONO E POLICLÍMAX A teoria monoclímax propõe que todas as seqüências de uma sucessão numa mesma região. de importância na fertilização natural de alguns solos mineralogicamente pobres. (Ver MURUNDUM) TERMOCLINO (ou TERMOCLÍNIO ou TERMOCLINA) Refere-se à gradação de temperatura numa coluna de água de um ecossistema aquático. microclima e até mesmo o ser humano. participando ativamente da reciclagem da matéria.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS embora seja difícil entender que ocorra uma neutralidade completa. TERMINAL. A teoria policlímax defende a idéia de que a sucessão ecológica conduz a uma variedade de ecossistemas clímaces. muitos ecólogos admitem que populações e comunidades estão sujeitas não somente a fatores físicos e interações bióticas mas também à “estocasticidade demográfica” (estocástico refere-se à variável aleatória). Gusano é um nome vulgar usado principalmente no nordeste. destroi embarcações e árvores dos manguezais. F.Whittaker propôs a hipótese do padrão-de-clímax. conduzem a uma característica clímax única. volta a diminuir com regularidade. ou mais especificamente. à queda acentuada da temperatura em direção à profundidade. rico em proteínas. O teredo. que é absorvido no intestino posterior. solos. um horizonte superficial originado de atividades humanas. isolado de fonte termal a 84°C.. A maioria das terras roxas incluem-se hoje nos nitossolos. é reutilizável. sendo termoestável. suscetível ao desgaste.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS o C→ 25 26 28 27 29 m ↓ 1 2 3 4 5 6 TERMÓFILO (ou TERMOFÍLICO) Termo geralmente aplicado para definir microrganismos cuja temperatura ótima para seu crescimento está entre 55°C e 65°C. ou seja. sendo considerado um dos solos mais ricos do mundo. laterítico. medicina legal etc). (Ver SOLOS BRASILEIROS. no equipamento de PCR (muito utilizado em biotecnologia. O Quadro seguinte mostra temperaturas em que diferentes classes de microrganismos termofílicos (ou termófilos) vivem: Classe de termófilos Temperatura (oC) Mínima Ótima <30 <45 Máxima Termotolerante Termofílico facultativo >45 Termofílico moderado <70. muito rico em matéria orgânica. TERRA ROXA Refere-se a um tipo de solo que ocorre no Paraná e em São Paulo. tornando o solo muito fértil. (Ver CRIÓFILO) TERPENÓIDES (Ver DEFESA QUÍMICA) TERRA PRETA DOS ÍNDIOS Em algumas poucas localidades na amazônia (às vezes próximas a aldeias indígenas).. microbiologia ambiental. A bactéria que vive em fontes termais.75 Termofílico ≥40 ≥55 ≥65 Hipertermofílico ≥40 ≥65 ≥70* * O Bacillus caldolyticus. Esta enzima. Thermus aquaticus é a que produz a enzima Taq polimerase. usada no “PCR – polymerase chain reaction”. tem sido cultivado a 105°C. toleram faixa entre 45°C e 75°C. se exposto à erosão. um trecho de latossolo caolinítico amarelo (originariamente pobre em nutrientes) onde supõe-se que ao longo do tempo os índios foram acumulando matéria orgânica. CLASSIFICAÇÃO DE)) TERREMOTO (Ver ESCALA DE RICHTER) 235 . atendendo às condições necessárias à amplificação do DNA. É considerado um epipedon antropogênico. em grandes extensões. é encontrada a “terra preta dos índios”. muitos deles em geral. em inglês) para definir como um local delimitado por machos para cortejar as fêmeas. (Ver ARGILA e PERFIL DO SOLO) TIOCARBAMATO Herbicida que atua inibindo crescimento de raízes e caules de plantas herbáceas.Odum afirma que. E.05 mm a 0. Pode ser avaliada pelo tato.002 mm. cuja cor varia de acordo com o óxido que a impregna. como a mosca-da-fruta. principalmente vertebrados. Há organismos no entanto. compensação. A argila é um silicato hidratado de alumínio. geralmente representada por um triângulo (de origem americana. que têm eficiência para mais 236 . pelo tamanho menor. mais curto será seu período de vida. Nos organismos superiores este mecanismo é comportamental (neural) e nos inferiores é de origem química.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS TERRITORIALIDADE Termo geralmente usado para designar a defesa ativa de um território. Um animal. nidificação etc).P. Exemplo: uma planta “investe” energia metabólica para produção de frutos e em conseqüência retarda seu crescimento. é incluído neste termo qualquer mecanismo ativo desenvolvido por qualquer organismo (mesmo as plantas e os microrganismos) que afaste outro organismo do seu espaço ou “território”. mas quanto mais elevada for sua atividade reprodutiva.05 mm Silte (ou limo): de 0. ANTIBIOSE. A areia é um grão essencialmente de quartzo.E. P. com diversas finalidades (alimentação. O silte diferencia-se da areia. acasalamento. de “plasticidade e pegajosidade”.2 mm a 0. embora com o risco de ofensa aos puristas da semântica. tomando-se uma pequena amostra úmida. beneficia-se de intensa atividade reprodutiva.002 mm Argila: menor que 0. barganha. a areia transmite a sensação de “atrito”. o silte. Em termos energéticos é importante considerar os custos de defesa do território. As diferentes combinações destes três componentes constituem as classes de textura.COLINVAUX e R. de “serosidade” e a argila. negócio”. examinada num perfil do solo. (Ver ALELOPATIA. refere-se aos recursos que um organismo utiliza para uma determinada finalidade e que pode faltar para a execução de outra finalidade ou atividade. segundo o “Soil Survey Manual”) com os seguintes tipos e seus equivalentes em português: Inglês Clay Sandy clay Silty clay Clay loam Silty clay loam Sandy clay loam Loam Silt loam Sandy loam Silt Loamy sandy Sand Português Argila Argila arenosa Argila siltosa Franco-argiloso Franco-argiloso-siltoso Franco-argiloso-arenoso Franco Franco-siltoso Franco-arenoso Silte Areia franca Areia Quanto às faixas de tamanho dos componentes do solo consideram-se as seguintes (diâmetro): Matacão: maior que 20 cm Calhau: de 2 mm a 20 mm (ou 2 cm) Areia grossa: de 2 mm a 0. com alta freqüência de acasalamentos. e POSSIBILIDADE DE DEFESA ECONÔMICA) TERRITÓRIO PERIGOSO (Ver AGREGAÇÃO) TEXTURA DO SOLO Uma das importantes características do solo.2 mm Areia fina: de 0. efetuado por animais. (Ver CARBAMATO) TOLERÂNCIA AMBIENTAL (Ver AMPLITUDE ECOLÓGICA) TOLERÂNCIA (EM SUCESSÃO) (Ver SUCESSÃO AUTOGÊNICA) “TRADE-OFF” Termo usado na língua inglesa (ainda sem equivalente convencionado na língua portuguesa) e que é traduzido como “balanço.Ricklefs utilizam o termo arena (ou “lek”. reprodução. vencer um gradiente de concentração. Estas agrobactérias são colocadas em placas de Petri contendo embriões de arroz. as bactérias transferem os genes que codificam as instruções para sintetizar beta-caroteno. que assim se tornará imune ao ataque por insetos. (2006)). ao passo que pacientes que sofreram ileostomia (remoção do colon intestinal) apresentaram 3. Estes mecanismos foram detectados tanto em Archaea como em Bacteria. em inglês). sendo inseridos em plasmídios (pequenas alças de DNA) da bactéria Agrobacterium tumefaciens. facilitando assim sua entrada na bactéria receptora. Em Bacillus subtilis.: genes do Bacillus thringiensis ou genes Bt (da bactéria que é usada no controle biológico de insetos) são inseridos numa planta cultivada. a linha traçada para o perfil ecológico) na qual. como uma víbora venenosa (Vipera aspis) (BEGON et al. Muitas discussões ainda existem sobre riscos à saúde causados pelos transgênicos. antes necessária ao combate da praga. Exemplo: cientistas escoceses observaram que pacientes saudáveis ao ingerirem alimentos transgênicos. fazendo ainda uso de “promotors” (promotores ou segmentos de DNA que ativam genes). A técnica. principalmente no mecanismo de transformação. Estas plantas transgênicas assim obtidas são submetidas a cruzamentos com plantas já adaptadas à região específica. por exemplo. se observa. consiste em utilizar este gene e genes da bactéria Erwinia uredovora. à semelhança da reprodução sexual dos eucariotos. através de vírus. a molécula se quebra facilmente. por exemplo. uma planta ornamental da família Liliaceae) capaz de produzir beta-caroteno. torná-la resistente a determinada “praga”ou “doença”. com esta planta transgênica espera-se reduzir a quantidade de inseticida. alimento geneticamente modificado) que é obtido a partir da planta de arroz comum. Um outro exemplo é o da obtenção do “Golden Rice” (arroz dourado.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS de uma atividade simultâneamente. Microbiólogos de solo afirmam que partículas de argila exercem papel importante na transferência de DNA entre linhagens de bactérias (e de “arquebactérias”). por exemplo. b) Transdução: o DNA passa de uma bactéria para outra. cujas fêmeas recuperavam-se mais rapidamente para procriar quando tinham maiores ninhadas. da manipulação humana das características genéticas de uma planta cultivada. (Ver SEMENTE TERMINAL) TRANSMISSÃO LEPTOCÚRTICA (Ver PARASITISMO) TRANSPORTE ATIVO Um mecanismo de transporte em que se requer energia para se conseguir. Ex. o precursor da vitamina A. nenhum indício do DNA transgênico. visando. esquematiza-se a forma e o porte dos vegetais e se coletam exemplares desses vegetais com finalidades de estudo taxonômico ou estudo de fitomassa. (Ver PERFIL ECOLÓGICO) TRANSFERÊNCIA DE DNA. ou seja. num espaço paralelo à linha (1 m de cada lado da linha. c) Transformação: uma célula bacteriana ao se romper (lise) libera o DNA. É um organismo geneticamente modificado (ou “GM food”. a sua molécula de DNA mede 1700 μm de comprimento. sobre a transferência de material genético nas linhagens ou cepas de várias bactérias (mas não todas) da microbiota edáfica. TRAJETÓRIA DE POPULAÇÃO (Ver PREDATISMO) TRANSDUÇÃO (Ver TRANSFERÊNCIA DE DNA) TRANSECÇÃO DE FAIXA Faixa delimitada ao longo de uma linha (por exemplo. uma bactéria típica do solo. A planta transgênica recebe um ou mais genes (transgenes) de um indivíduo de diferente espécie. MECANISMOS DE Em ecologia microbiana de solo são importantes os três mecanismos conhecidos. Os médicos presumiram que os pacientes sem o colon não produziam enzimas que destruiriam o DNA transgênico. após a lise da bactéria e sua liberação no meio. resumidamente. na qual se inseriu gene de outra planta (narciso. TRANSFORMAÇÃO (Ver TRANSFERÊNCIA DE DNA) TRANSGÊNICOS (ou ALIMENTOS GENETICAMENTE MODIFICADOS) Trata-se da nova criação ou melhor dizendo.7% de DNA transgênico. por exemplo). estes seres agem como vetores de transferência ou mediadores. não apresentaram no sistema digestivo. é receptado por outra bactéria. São eles: a) Conjugação: o DNA transfere-se no contato de célula-a-célula. zonação etc. que então livre no meio (em solução no solo). TRATAMENTO (Ver ESTAÇÃO DE TRATAMENTO) TRÊS MEIOS (Ver LEI DA POTÊNCIA DOS TRÊS MEIOS) 237 . Ao infectar tais embriões. implicando processo ativo. mixótrofo etc. DIÓICA. atrofiadas”). (Ver GINODIOÉCIA. (Ver “-cola”) TROPOSFERA Porção inferior da atmosfera terrestre (0 a 15 km). A maioria das tundras ocorre nas regiões onde a temperatura média está abaixo do ponto de congelamento da água. têm importantes diferenças. onde a temperatura diminui gradativamente com o aumento da altitude. Segue-se a tropopausa (uns 3 km acima da troposfera). Fala-se então em troglófilos (que preferem tais ambientes) e em troglobiontes ou troglóbios (que vivem nesses locais) e que são também chamados de cavernícolas. de componente triplo. como oligotrófico (que necessita de pouco alimento ou nutriente ou que vive em local com carência de nutrientes). As tundras alpina e ártica.200 km duas vezes ao ano.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS TRIÂNGULO C−S−R Sistema. São conceituados neste glossário diversos termos. Entre estes. e MONÓICA) TRITION (Ver ORGANOFOSFORADO) TROCA DE CÁTIONS Troca que ocorre entre um cátion em solução no solo e um outro adsorvido à superfície de uma partícula coloidal (argila ou matéria orgânica). com uns 8 km de altura nos polos e 16 km na região do equador. como por exemplo. A foto à direita. o caribu (Rangifer tarandus. e dinâmica.U. TROFO-DINÂMICO O prefixo “trofo”. da família do veado. espécime só com flor feminina e espécime só com flor hermafrodita. a tundra alpina tem estação de crescimento mais quente e mais longa. (Ver “PERMAFROST”. e ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER. heterótrofo. aves e mamíferos migrantes. Surgem daí inúmeros termos a ele relacionados ou dele derivados. apesar de semelhanças. Por isso.A. com insetos “estacionais”. A fauna é pobre. significando “planície desprovida de árvores da região norte”. arbustos (“árvores nanicas. litótrofo. tais como autótrofo. invernos menos rigorosos. sendo então usado para indicar os organismos que vivem em cavernas ou em ambientes subterrâneos. maior produtividade e maior biodiversidade do que a tundra ártica. solos mais bem drenados. TUFÃO (Ver CICLONE) TUNDRA Termo lapônio ou russo. TRIOICA(O) Originalmente chamava-se “espécie trioécia”. líquens e musgos. significando alimento. copiotrófico (que necessita de muito alimento ou nutriente ou que vive em local com abundância de nutrientes). Esta é a camada da atmosfera de influência maior e direta sobre os seres vivos do nosso planeta. (Ver ECOLOGIA ENERGÉTICA) “troglo-” Prefixo de origem grega significando “caverna”. auxotrofia. mostra tundra no Alasca. caracterizado por vegetação rasteira. conceitualizado como um triângulo com os três extremos representando espécies competitivas (C-estrategistas). Bioma típico do círculo polar ártico. o solo. (Ver CTC) “trofo-” Prefixo de origem grega significando “alimento”. Diz-se da espécie de planta que tem espécime (ou indivíduo) só com flor masculina. E. denominado “permafrost” apresenta-se permanentemente congelado até grandes profundidades. espécies tolerantes a estresses (S-estrategistas) e espécies ruderais (R-estrategistas). diz respeito à produção primária. Cervidae) migra 1. maior precipitação. em estratégias ecológicas. HEINRICH)) 238 . TURISMO ECOLÓGICO (Ver ECOTURISMO) 239 . estimada a partir do grau de penetração da luz. por vezes utilizado como combustível para aquecimento. Em certas regiões.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS TURBIDEZ Medida da transparência de uma amostra ou corpo d’água. encontrado freqüentemente em regiões pantanosas formando turfeiras. sendo resultado da quantidade de matéria em suspensão ou substâncias coloidais. Alguns autores usam o termo turfeira para designar uma vegetação xeromorfa que se estabelece em solos turfosos. a turfa dá origem a carvão. TURFA Material de origem vegetal que se acumula em certos solos (solos turfosos). mormente as frias. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 240 . (Ver “infra-”. Estaduais e Municipais g) Monumentos Naturais h) Jardins Botânicos i) Jardins Zoológicos j) Hortos Florestais 241 .GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS U “ultra-” Prefixo de origem grega significando “além de”.org.APA. especialmente suas zonas de vida silvestre e os Corredores Ecológicos d) Parques Nacionais. A diferença de temperatura medida simultaneamente por estes termômetros. Pode ser facilmente medida através de dois termômetros (um com o bulbo umedecido e outro com o bulbo seco. de 03/12/1987): a) Estações Ecológicas b) Reservas Ecológicas c) Áreas de Proteção Ambiental . informando e habilitando-as a melhorar a qualidade de vida sem comprometer a qualidade de vida das gerações futuras. baseada na força da gravidade que atua sobre um rotor com peso x e certo número de rotações. ultra-abissal (ver ZONA HADOPELÁGICA).: g é a designação atual de uma força de centrifugação.000 g para a sedimentação de macromoléculas) (obs. há os seguintes termos: ultrarradiano (ritmo biológico com um período que excede 24 h). à mesma temperatura. Tem também estimulado organizações do setor privado a promover o uso sustentável dos recursos naturais mundiais. Sua missão: prover liderança e encorajar a participação das nações no cuidado ao meio ambiente. inspirando. chamado de psicrômetro). e RELÓGIO BIOLÓGICO) ULTRAPLÂNCTON (Ver PLÂNCTON) UMBRÓFILA (Ver OMBRÓFILA. “GESAMP − The Joint Group of Experts on the Scientific Aspects of Marine Environment Protection”. em substituição à antiga denominação “rpm − rotações por minutos”). “IPCC − Intergovernmental Panel on Climate”.unep. Seu site: http://www. vista numa tabela psicrométrica. Além de alguns verbetes que seguem. e PLANTA DE SOMBRA) UMIDADE RELATIVA (DO AR) Massa de vapor de água por unidade de volume de ar. (Ver ÍNDICE DE UMIDADE) “UNEP − UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME” Organismo internacional criado em 1972 para guiar e coordenar atividades ambientais no âmbito do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU). corresponde a uma determinada porcentagem de umidade relativa do ar. “UNSCEAR − The United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation”. como porcentagem da mesma medida de um ar saturado. Estaduais e Municipais e) Reservas Biológicas f) Florestas Nacionais. ultracentrifugação (uso de um campo de centrifugação da ordem de 500. “STAP − The Scientific and Technical Advisory Panel”. Seus grupos consultores: “ECG − Ecosystem Conservation Group”. UNIÃO INTERNACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA (Ver “IUCN”) UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Denominação dada a diversas categorias de “sítios ecológicos de relevância cultural” seguintes (de acordo com resolução do CONAMA nº 11. 198 1. que segue (observar que a ordem dos Estados é de percentual decrescente de área protegida): 242 . municipais e de organizações nãogovernamentais que lidam com a estatística das unidades de conservação brasileira.2 0. 24. divulgadas pelo IBAMA e pelo IBGE.403.L.177. são “desencontrados”.859.902 2.02 21.77 329 21.573 3.554 927.18 81 1.410. nº 143. de 1997) com o percentual de cada região: NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTROOESTE BRASIL UNIDADES ÁREA PROTEGIDA ÁREA DA REGIÃO ÁREA PROTEGIDA (ha) (km2) (%) 43 16.547.944.681 11.98 14.82 26.0 1.699 4.612.32 10 411.455 ÁREA (km2) 97. estaduais.9 4. Nesta publicação de F. utilizando não somente material publicado pelas referidas Instituições.561. out/98).99 6 16 1.5 Segundo análise feita recentemente por Felipe A.L.982 2.183.81 38 4 152 12.Costa e publicada na Revista Ciência Hoje (Vol.032.22 27 1.6 1.116.19 Dados mais recentes mostram o seguinte quadro das reservas e parques federais e estaduais (Anuário Estatístico do IBGE.301.605 1. suas quantidades e respectivas áreas totais: TIPO DE UNIDADE Parques nacionais Reservas biológicas Estações ecológicas (decretadas) Estações ecológicas (não-decretadas) Reservas ecológicas Área de proteção ambiental Florestas nacionais Reservas extrativistas TOTAL QUANTIDADE 34 23 21 ÁREA (ha) 9. Segue um quadro com as unidades de conservação do Brasil (até setembro/91). além do quadro acima sobre as reservas e parques federais e estaduais.989 33.243 3.Costa.637.694.119 126.130. é apresentado um quadro representativo da situação por Estado e o Distrito Federal (reproduzido do IBGE).655.703.077.085. Este pesquisador tentou reavaliar esta situação.301.635 8.244.5 2. mas obtendo informações (“dados principais”.515 577.8 1. são protegidas por lei específicas como por exemplo as Terras Indígenas.456.A.63 59 702.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS l) Refúgios de Vida Silvestre m) Áreas de Relevante Interesse Ecológico – ARIE n) Reservas Extrativistas.162.43 30.214.P. os registros sobre nossas áreas preservadas.296.89 333.011.566. Outras áreas não incluídas nas Unidades de Conservação.869.767.13 119 1.512.559.P. segundo o autor) de ex-funcionários dos diversos órgãos federais.688 1.629. 5) Em 12 Estados a área protegida não atinge 1% de seus territórios.64 MARANHÃO 7 1.3 0.14% do seu território) fosse excluído.4 km2) de litígio PI/CE.5 0.59% se o MA (3.149.75 AMAZONAS 15 9. Além disso.9 4.80 ESPÍRITO 15 81.76 SANTO PARÁ 6 1.253.6 3. corrupção e/ou o cinismo.02 SANTA 10 187.55 PERNAMBUCO 38 22.8 10. que entram artificialmente na contagem (e não de fato) ou são contadas mais de uma vez.5 1.500 153. como “unidades fantasmas”.709. RJ.P.045.808. AM. 4) Nove Estados e o DF (RO.05 FEDERAL AMAPÁ 4 1.14 PARAÍBA 3 6.483 143.050.1 0. bioma que ocupa espaço significativo na região nordeste.867. 2) MS é o único Estado sem reserva federal e em SP 95% são estaduais.453.306.577.7 0.50 * Área de predominância marinha.0 0.933.806.46 RIO DE JANEIRO 21 193.76 BAHIA 14 389.189 27.11 CEARÁ 6 14.7 4.97 CATARINA PARANÁ 33 360.111. GPS etc)??? A incompetência é também “deste mesmo tamanho”??? Interesses políticos.811 95.420 333. impedem uma avaliação honesta??? Será que é tudo isso somado??? Destaco o fato de que dos Estados que menos mantêm reservas (abaixo de 1% dos territórios). 6) No nordeste a média cairia de 1.78 DISTRITO 5.170 341. 8 são do nordeste.822.A. A caatinga.681 1. excluindo-a.415 906. há registros de fatos graves.9 1.L.94 RIO GRANDE 4 40.158.7 2.638.18%) é a única maior (média regional) do que a nacional (2.312 278.12%. DO SUL 16 153.2 5.142 46.8 0.23 ALAGOAS 4 6.164. AP. tem somente 22% de sua área sob proteção (“teórica”).472 225.365.410.296 1.60 TOCANTINS 1 562.547. Pergunto: o país é muito grande e daí é difícil estimá-las com precisão (mesmo com satélites.6 0.247 147. (Ver ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO) UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL (Ver SNUC − SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO) 243 .13% para 0.977.1 8.03 PIAUÍ 3 239.751* 53.420.40 SÃO PAULO 61 905.Costa: 1) As unidades federais respondem por 73% das áreas preservadas.6 0.062. MA e RR) têm média superior à nacional.9 1.194.442.045 248.837.383.7) Muitas das 329 unidades nacionais estão abandonadas ou não foram implantadas.882 ÁREA DO ESTADO (km2) ÁREA PROTEGIDA (%) RONDÔNIA 238.541 199.863 282.0004 DO SUL BRASIL 329 21. DF.422 56.1 2.2** 0.571.403.635 8.820.032.933 588.14 RORAIMA 4 584.8 3.57 RIO G.7 7.829 46.289.512. AC.982* 98.22 SERGIPE 2 3.76 DO NORTE GOIÁS 6 260.434 43.5%).154 253.69 MINAS GERAIS 22 332.937.5 1.5 2.909.468 567. ** Inclui metade da área (2. Algumas deduções de F.584.72 ACRE 2 682.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS PARQUES E RESERVAS 11 7 ÁREA PROTEGIDA (ha) 2.0** 0. sendo MS o pior deles.31 MATO GROSSO 13 937.295. 3) A média da região norte (4.4 0.10 MATO GROSSO 1 138 358.116. SP.8 0. a média nacional cairia para 1.1 1.055 22. a região mais crítica. É fácil entender que os animais. todas demandam recursos semelhantes e sendo fixas. uma disponibilidade temporal diferenciada (os recursos variam ao longo das estações do ano). não têm dificuldade em adquirir os recursos disponíveis. A utilização diferenciada do recurso pelos animais pode ser expressa como uma diferenciação de microhabitat que exista entre as espécies ou como uma diferença na distribuição geográfica ou ainda. 244 . que se locomovem. No caso de plantas (terrestres.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS UNITÁRIO (Ver ORGANISMOS UNITÁRIO e MODULAR) UTILIZAÇÃO DIFERENCIADA DO RECURSO Fenômeno observado quando espécies que vivem no mesmo habitat utilizam recursos diferentes para sobreviverem. principalmente). não têm muitas alternativas para adquirirem o que necessitam. ou ainda. para sua população.U. VARIEDADE (Ver CULTIVAR − CV) VÁRZEA É um tipo de planície de inundação de um rio. VALORAÇÃO DA BIODIVERSIDADE (Ver “eMergia”SOLAR) VALOR DE IMPORTÂNCIA Uma medida da importância (total) de uma espécie numa comunidade. em todas as fases do seu ciclo de vida subseqüentes ao presente. derramando mais de 50 milhões de litros de petróleo no mar. k = log (densidade inicial) . densidade relativa e dominância relativa. que em março de 1989. das quais como conseqüência se espera haver perda de variabilidade genética. Os solos de várzea são tidos como férteis e produtivos. que se espalharam por quase 8.A.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS V/W VALDEZ Nome de um superpetroleiro dos E. representado pela equação k = log10ax . O valor k aumenta quando a taxa de mortalidade também aumenta.000 km2. a proporção dos sobreviventes diminui. geralmente baixa e que se beneficia do material fluvial que ali se deposita. A importância relativa da deriva genética é mais elevada nas populações pequenas. isoladas. ou seja. (Ver FLORA) VEGETAÇÃO ALUVIAL (Ver ALUVIÃO) VEGETAÇÃO DE DUNA (Ver DUNA) 245 .log10ax+1. VALOR k Valor que figura na tabela de vida. causou um dos maiores desastres ecológicos. por plantas. a freqüência de genes na população é determinada mais pela chance do que pelas vantagens evolutivas). VAN VALEN (Ver LEI DA CONSTANTE DE EXTINÇÃO) VARIABILIDADE GENÉTICA (ou VARIAÇÃO GENÉTICA) A variabilidade genética de uma população é uma característica desta população que é determinada pela ação conjunta do processo de seleção natural e da deriva genética (onde nesta. sem levar em conta a classificação taxonômica das espécies.log (densidade final). expressão equivalente a k = log (densidade inicial / densidade final). no Alaska. de origem humana. calculada a partir da soma da freqüência relativa. (Ver ALUVIÃO) VEGETAÇÃO Este termo é usado quando se deseja se referir à cobertura de uma certa área. VALOR DE REPRODUÇÃO Refere-se à contribuição relativa da reprodução (esperada) de um indivíduo. VALOR MARGINAL (Ver TEOREMA DO VALOR MARGINAL) VALOR REPRODUTIVO RESIDUAL Refere-se à contribuição relativa da reprodução (esperada) de um indivíduo. no presente e no futuro. para sua população. piperáceas e outras). O tamanho de vizinhança é definido como o número de indivíduos incluídos 246 .A. convexas ou planas. registrando-se uma área basal média entre 2 e 10 m2/ha. TAMANHO DE Conceito (não muito utilizado) fundamentado na estimativa de distância de dispersão. manejo. médio e avançado. onde o D. recebendo a denominação popular de “capoeirinha”. VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA Termo que para as florestas tropicais. O CONAMA emitiu diversas resoluções (no ano de 1994). podendo estar em estádio clímax. Quando são muito abruptas.. T. Atribui-se este fenômeno ao que provavelmente ocorreu com as várias espécies de aves que não voam. onde as copas formam uma cobertura contínua (dossel). solanáceas. como especificamente a nossa mata atlântica. médio entre 15 e 25 cm e uma área basal geralmente acima de 18 m2/ha. de um ser vivo para outro. que definem vegetação primária e secundária. podendo apresentar sinais mínimos de ação antrópica. habitante do continente Gondwana. causada pelo Trypanosoma cruzi). tendo um D.P. a ema na América do Sul e o avestruz na África. recebendo a denominação popular de “capoeira”. em zonas montanhosas. estando muitas vezes ladeando cursos de rios. formam gargantas. c) estádio avançado (o estrato arbóreo predomina). quando ocorre fragmentação ou separação de indivíduos com um ancestral comum. não superior a 3 cm. podendo apresentar-se num dos seguintes estádios de regeneração: a) estádio inicial (com predominância de estrato herbáceo-graminoso. denomina-se vicariância. é dada pela distribuição da freqüência normal (uma curva “em sino”) cujo pico coincide com o ponto de origem.. o “desvio padrão” (s). VERMELHO LONGO e VERMELHO CURTO (Ver APÊNDICE III − ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO) VERMICOMPOSTAGEM (Ver COMPOSTAGEM) VERTENTE As encostas com declives variados e formas côncavas. sendo a área basal superior a 10 m2/ha.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS VEGETAÇÃO PLUVIAL (Ver OMBRÓFILA) VEGETAÇÃO PRIMÁRIA Termo que para as florestas tropicais. podendo a altura das árvores variar entre 15 e 20 m. VICARIÂNCIA No processo evolutivo. utilização racional.P. A distância de dispersão é estimada por todo o período vital (t) de um indivíduo. todos com o mesmo ancestral. b) estádio médio (o estrato arbustivo/arbóreo predomina sobre o estrato herbáceo.A. sordida. como especificamente a nossa mata atlântica.) é o vetor da doença de chagas (tripanosomíase. O “barbeiro” (Triatoma infestans. preservando significativamente suas características originais”. conservação etc. onde os arbustos apresentam-se por vezes.A. com grande diversidade de espécies. em diversos Estados brasileiros. podendo ser entendido da seguinte maneira: a probabilidade de se encontrar um indivíduo numa dada distância de um local onde foi liberado. com presença de espécies colonizadoras. formando um dossel relativamente fechado. CLASSIFICAÇÃO DE) VETOR Organismo transmissor. marantáceas. com D. de 20 a 40 m de altura. como o emu e o casuar na Austrália e Nova Guiné.P. fazendo parte da formação de um vale. Muitas vertentes são formadas por rochas ou rochedos nus na maioria dos seus pontos. VIRIOPLÂNCTON (Ver APÊNDICE V − PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO) VIVIPARIDADE (Ver MANGUE) VIZINHANÇA. como pteridófitas. (Ver ENCOSTA) VERTISSOLOS (Ver SOLOS BRASILEIROS. visando orientar os procedimentos de licenciamento de atividades florestais. refere-se a uma “vegetação resultante da ação antrópica ou de processos naturais de regeneração ou sucessão”. em diferentes áreas. que conduz o agente causador de uma doença por exemplo. refere-se a uma “vegetação arbórea de máxima expressão regional. e seus estádios (chamados por eles de “estágios”) sucessionais inicial. compostas. médio pode alcançar os 15 cm entre as espécies arbóreas e 5 cm entre as arbustivas. agrupados. e alguns arbustos. podendo observar-se estratos distintos). distância = 0) e cuja largura caracteriza-se por uma variável simples. são chamadas de vertentes. gramíneas. Fala-se assim que o caramujo Biomphalaria glabrata é o vetor da esquistossomose (Schistosoma mansoni). como sendo st. Atua em colaboração com a “IUCN”. HEINRICH)) WILSON (Ver TEORIA DO EQUILÍBRIO. alimentar-se de”.) por todo seu período de vida. “-voria” (“-voro”) Sufixo de origem latina significando “comer. em benefício de toda a biota da biosfera. não-governamental. conhecido anteriormente como “World Wildlife Fund”. Há fortes indícios de que os ácidos causadores da chuva ácida que atinge a Alemanha tenham origem nos E. 247 . ozônio. É uma base de dados com uma visão global das espécies de animais e plantas ameaçados. “WETLAND” (Ver PÂNTANO) WHITTAKER. sendo de uso muito amplo: apívoro (come abelha).U. principalmente de regiões altas. competir .A. a “UNEP” e o “WWF”. As coníferas na Alemanha. devorar. piscívoro (come peixe). geralmente causada pela chuva ácida. radicívoro (come raiz). VOÇOROCA (ou VOSSOROCA ou BOÇOROCA) Canal profundo ou vala. c) promover ações para reduzir a poluição e o desperdício de recursos naturais e energia. têm sido suscetíveis aos poluentes atmosféricos (óxidos de enxofre e de nitrogênio. de pinheiros.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS num círculo de raio 2 st. No Paraná é comum encontrar-se voçorocas em regiões onde se cultiva soja... ovívaro (come ovo). herbívoro (come planta). e muitos outros (ver “-voro” em dicionário). insetívoro (come inseto). processo este agravado pela ausência de cobertura vegetal do solo ou vegetação inadequada à sua proteção. A floresta negra. é um exemplo desse efeito.. O pospositivo “-voro” é usado para indicar o organismo que se alimenta de determinado tipo de comida ou de animal. Em alguns termos tem se preferido usar o sufixo grego “-fagia” (“’-fágico” ou “-fago”). (Ver FLORESTA NEGRA) “WCMC − WORLD CONSERVATION MONITORING CENTRE” Centro mundial de monitoramento da conservação. PANs etc). b) assegurar a sustentabilidade dos recursos naturais. DE MaCARTHUR E WILSON) “WWF – WORLD WIDE FUND FOR NATURE” Órgão de ação internacional. causado geralmente por fortes chuvas que tornam o solo imprestável para a agricultura. CLASSIFICAÇÃO DE BIOMAS DE (Ver ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER. (Ver “-fagia”) VORTEX (Ver ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DE POPULAÇÃO) VULNERABILIDADE (Ver ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DE UMA POPULAÇÃO) “WALDSTERBEN” Denominação alemã para a morte de florestas. assim como de habitats ameaçados e áreas protegidas. Compromete-se principalmente em: a) preservar a biodiversidade. este tamanho indica o subconjunto de outros indivíduos com os quais um membro de uma população pode potencialmente interagir (cruzar. GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 248 . ZONA ABISSAL Região das profundezas do oceano situada aproximadamente entre 2.500 e 4. e de abissopelágica (ou abissalpelágica) à zona entre 2. OXISERE. 249 . abundância de tricomas. Há evidências de que as adaptações fisiológicas à escassez de água. XEROSERE Sere cuja sucessão se inicia em lugares onde há extrema deficiência de água (sobre rochas.000 m e 6.000 m de profundidade. tendo por vezes grandes depressões de até 10.000 m de profundidade. ou seja.500 m. e BIORREMEDIAÇÃO) XERÓFITA Planta que vive num habitat onde uma grande parte de seu sistema radicular seca ao nível do ponto (ou coeficiente) de murcha.000 e 6. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA ABISSOBENTÔNICA (ou ABISSALBENTÔNICA) Zona de profundidade da coluna de água oceânica compreendida entre 4. alguns geralmente são xenobióticos.000 m. areia etc). sejam mais importantes nessas plantas. estômatos situados em nível mais profundo na epiderme da folha e só em uma de suas faces. presença de resina ou cera nas células epidérmicas etc. aí não existem organismos produtores. ou simplesmente.000 m. (Ver LITOSERE. (Ver ZONA FITAL) ZONA AFÓTICA Profundidade de zona aquática não atingida pela energia luminosa. diz-se de substância que seja estranha ao organismo. As plantas que apresentam características morfológicas de adaptação a ambiente seco. são ditas como apresentando xeromorfismo.500 m e 4. Algumas plantas da caatinga apresentam tais características. embora pouco pronunciadas.000 m de profundidade. (Ver BIODEGRADAÇÃO. Alguns autores subdividem-na em: abissobêntica/−bentônica (ou abissalbêntica/−bentônica) à subzona abissal entre 4. como cutícula espessa. a xerófita é uma planta que apresenta adaptações a ambiente seco. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA ABISSOPELÁGICA Zona de profundidade da coluna de água oceânica compreendida entre 2. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA AFITAL Zona no fundo de um ecossistema aquático (lago ou oceano) sem plantas.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS X/Z XENOBIÓTICO Literalmente significa “estranho biológico”. e PSAMOSERE) XILÓFAGO (Ver LIGNÍVORO) ZIGOTO Resultado (célula diplóide) da união dos gametas (células haplóides) provenientes do cruzamento de indivíduos de sexos opostos. em intervalos freqüentes. Os compostos que no solo e na água são resistentes à decomposição denominam-se de recalcitrantes e entre estes.000 m e 6. portanto. deficiente em água. O crescimento e o desenvolvimento do zigoto resulta num novo indivíduo da mesma espécie. como preferem muitos autores. decídua.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ZONA ARQUIBÊNTICA (ou ARQUIBENTÔNICA ou ARQUIBENTAL) Parte do fundo do oceano que se encontra entre a extremidade superior da plataforma continental até o início da elevação continental. tendo na coluna da esquerda os biomas correspondentes na classificação de biomas de Whittaker (RICKLEFS. clima árido IV Mediterrânea: estação chuvosa de inverno e seca no verão V Temperada quente: geadas ocasionais. Segue abaixo a classificação das zonas climáticas de H. com consideráveis superfícies expostas Esclerófila (adaptada à seca). savana Vegetação de deserto. e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA BATIPELÁGICA Zona marinha situada na zona pelágica entre as profundidades aproximadas de 500 m e 2. os limites dos biomas terrestres do nosso planeta.000 m.000 m de profundidade. sem árvores. um tanto quanto sensível a geadas (congelamento) Resistente a geadas (congelamento). O clima definiria assim. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA BATIAL Zona do talude continental. crescendo sobre solos permanentemente congelados . apresenta-se com superfície bastante acidentada. com verões tépidos ou quentes e invernos frios VIII Boreal: temperado frio com verões frescos e invernos longos IX Verões secos muito curtos e invernos frios muito longos 250 Floresta perenifólia Vegetação pluvial tropical Floresta estacional. 2007): Bioma Floresta pluvial tropical Floresta estacional tropical / savana Deserto subtropical Mata / arbustivo Floresta pluvial temperada Floresta estacional temperada Pastagem temperada / deserto Floresta boreal Tundra Zona climática I Equatorial: sempre úmida e sem estacionalidade de temperatura II Estação chuvosa de verão e estação seca de “inverno” III Subtropical (desertos quentes): altamente estacional. HEINRICH) O biogeógrafo e ecólogo alemão Heinrich Walter (o proponente do diagrama climático) propôs uma classificação denominada de “zonas climáticas do mundo”. (Ver ESTIRÂNCIO. e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA(S) CLIMÁTICA(S) (de WALTER. arbustiva e de mata sensíveis a geadas (congelamento) Floresta perenifólia temperada. ZONA BENTOPELÁGICA Zona de profundidade da coluna de água oceânica que se estende por cerca de 100 m no fundo. Estende-se dos 200 m aos 4. abaixo da franja infralitorânea. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONAÇÃO Distribuição dos organismos em áreas ou zonas distintas. que estando constantemente submetida à erosão subaquática e às avalanches. abaixo da margem da plataforma continental. floresta temperada Pastagens e desertos temperados Floresta perenifólia. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA BENTÔNICA Zona do fundo do mar ou de lago ou do leito de rios. Alguns a denominam de batibentônica ou batibêntica. em todas as profundidades. freqüentemente com máxima precipitação de verão VI Nemoral (típico de bosque): clima moderado com inverno congelante VII Continental (desertos frios): árido. com folhas aciculadas endurecidas no congelamento (taiga) Vegetação perenifólia baixa. arbustiva. Walter. (Ver “bati-”. FRANJA INFRALITORÂNEA. segundo o curso anual de temperatura e precipitação. (Ver ECOTONO) ZONA CIRCALITORÂNEA Subregiâo da zona sublitorânea. É a segunda zona da plataforma continental no sentido da costa para o mar. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA INFRAPELÁGICA (Ver ZONA MESOPELÁGICA) ZONA “INTERTIDAL” (Ver ESTIRÂNCIO) ZONA LIMNÉTICA Zona aquática livre (aberta) à profundidade da penetração efetiva de luz. localizada imediatamente adiante (ou acima) da zona de quebra das ondas. e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA MAIOR DE VIDA (Ver BIOMA) ZONA MESOPELÁGICA Zona de profundidade marinha cuja coluna de água alcança até aproximadamente 200 m. por exemplo. esta zona é atingida pela energia luminosa imprescindível aos produtores. (Ver ESTIRÂNCIO. tornando-o escasso para outro indivíduo ou mesmo esgotando-o. ZONA DE QUEBRA DAS ONDAS (Ver ZONA DE REBENTAÇÃO) ZONA DE REBENTAÇÃO (ou de QUEBRA DAS ONDAS) (“SPLASH ZONE”) Zona na costa marinha. onde o O2 produzido pela fotossíntese compensa o O2 consumido na respiração. geram no solo zonas de depressão de água. assim como as raízes. ao absorverem água. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA DE DEPRESSÃO Refere-se a um local (um habitat ou um microhabitat) onde um determinado indivíduo (ou suas partes) utiliza um recurso natural. ou litoral. Portanto. Em zonas oceânicas de águas claras e límpidas a zona eufótica pode chegar a 100m ou talvez até 200 m de profundidade. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA NERÍTICA Zona de água rasa da plataforma continental. poderá estender seus ramos de maneira a reduzir a “radiação fotossinteticamente ativa” para outras plantas. mas se nela se incluir uma parte inferior chamada de zona infrapelágica. ZONA DE BORRIFOS (“SPRAY ZONE”) Zona na costa marinha. ZONA HADAL (Ver ZONA HADOPELÁGICA) ZONA HADOPELÁGICA Subdivisão da zona pelágica que se estende de 6. Uma árvore. é a zona oceânica superior. onde se enraiza uma vegetação. chamada de “nível de compensação”.000 m de profundidade. ZONA FITAL Zona do fundo de um lago. Nela ocorrem as fossas (cânion ou canhão). raso. ZONA LITORÂNEA (Ver ESTIRÂNCIO. ZONA EUFÓTICA É a zona aquática até a profundidade onde existe produção de O2.000 m até 11.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ZONA COSTEIRA Refere-se à parte rasa do oceano. indo do limite da preamar à borda da plataforma continental. Alguns autores usam a denominação zona hadal (que alguns também chamam de ultra-abissal) referindo-se à região bentônica entre essas profundidades. em contato com o talude continental. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA DE TRANSIÇÃO (Ver ECOTONO) ZONA EPIPELÁGICA Zona de profundidade oceânica cuja coluna de água se estende da superfície até 200 m (alguns autores consideram-na até 100 m). estando sujeita a molhar-se (ou ao umedecimento) pelos borrifos mar. estando sujeita à dinâmica de alterações dos movimentos da maré. localizada imediatamente acima do nível mais elevado do mar. a coluna de água se estende até 500 m de profundidade. ou litoral. e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) 251 . onde constitui parte do lodo ativado. NÉCTON e o neuston. Fala-se também em zoneamento agroecológico. uma vez que os insetos são grande parte do seu alimento). (Ver FITÓFAGO. ZONA RIPARIANA Situada ou relativa às margens de um curso d’água. Às plantas que se alimentam de animais. Termo geralmente aplicado a animais. (Ver “-cola”) ZONA SUBLITORÂNEA (Ver ESTIRÂNCIO. como a Drosera sp. O nome provém da bactéria originariamente descrita nesta circunstância. e APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONEAMENTO Discriminação das diversas áreas ou ambientes propícios ao exercício de determinada atividade ou para determinado propósito. ZOOCORIA (Ver “CORIA”) ZOOECOLOGIA (Ver ECOLOGIA ANIMAL) ZOÓFAGO Que se alimenta de animais. Ao organismo que habita esta zona dá-se o nome de ripícola. que é importante para definir (ou delimitar) solos apropriados a programas especiais. outros animais e às vezes. ZOOCENOSE (ou COMUNIDADE ANIMAL) Termo que se refere a todos os animais que vivem numa fitocenose. a Zooglea ramigera. por exemplo. Inclui portanto. aplica-se o termo “plantas carnívoras” (ou “insetívoras”.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS ZONA PELÁGICA Termo comumente usado para indicar toda a zona de vida de uma região aquática. fungos. quando se deseja estabelecer a “vocação” das parcelas de terra para os cultivos que lhes sejam adequados. em zoneamento agrícola. A este substrato prontamente aderem protozoários. como o do biodiesel (produção de óleos vegetais para uso em veículos automotores). dando maior destaque para questões de cunho ecológico e desenvolvimento sustentável. ZOOPLÂNCTON (Ver PLÂNCTON) 252 . Fala-se. o plâncton. ZOOMASSA É a biomassa dos animais (ou consumidores). e MICROBÍVORO) ZOOGEOGRAFIA (Ver BIOGEOGRAFIA) ZOOGLEA Substância gelatinosa produzida por bactérias. ocorrendo geralmente em filtros biológicos. (Ver APÊNDICE IV − ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA) ZONA POLAR Situada latitudinalmente entre 72o e 90o em ambos os hemisférios da Terra. constituindo-se na base do planejamento de uso de um recurso natural. Rio de Janeiro. São Paulo. (2002) Principles of terrestrial ecosystem ecology. John Wiley & Sons. Rio de Janeiro.P.A. & MOONEY.L. GRISI. dos S. W. 725p. Oxford. DE A.. (1990) O cerrado e a ecologia do fogo. (1968) Plant communities. W. 2nd ed. Oxford. New York.H. COUTINHO. DICKINSON.H. Blackwell Scientific Publications. Martin’s Press. FUNDAÇÃO ESTADUAL DE ENGENHARIA DO MEIO AMBIENTE (1992) Vocabulário básico de meio ambiente. Boston. EMBRAPA (1999) Sistema brasileiro de classificação de solos.R.co. (1990) The human impact on the natural environment. Annu. Edit.A. CAPOBIANCO. CONAMA (1992) Resoluções CONAMA.R. Embrapa. 26:1-24.R. Methuen and Science Paperbacks. João Pessoa.J. Ecol. (1985) Vegetação. SANTOS. New Jersey.R. pp44-47. 12:22-30.H.P.M. St. 287p. 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Exemplo: 4/2/2; dividindo-se primeiramente 4/2 = 2 e, depois, dividindo-se este resultado pelo 2 seguinte, teremos como resultado final “1”. Mas se dividirmos 2/2 = 1 e depois 4/1 = “4”; este resultado final é diferente do anterior. O uso do expoente negativo é o matematicamente correto quando são representadas 3 unidades. Exemplo: 4 . 2-1 . 2-1 (ou 4 X 2-1 X 2-1), significa, matematicamente, 4 X ½ X ½ ; multiplicando-se primeiramente 4 X ½ = 2 e posteriormente multiplicando-se este resultado 2 X ½ = “1”. Ou então, multiplicando-se primeiramente ½ X ½ = ¼ e depois 4 X ¼ = “1”, ou seja, o mesmo resultado, seja qual for a ordem do cálculo. Assim sendo, representando-se um valor de fitomassa (produção / área), pode ser usada a barra, uma vez que são apenas 2 unidades: kg / m2. Mas a representação da produtividade primária (produção / área / unidade de tempo), deve ser feita usando-se o expoente negativo: kg . m-2 . dia-1. O uso do ponto (.) entre as unidades pode ser substituído pelo uso de um espaço: kg m-2 dia-1. 2. Tonelada (métrica) ou Megagrama A representação atual da tonelada é o Megagrama, ou seja: 1 tonelada = 1.000.000 g = 1 Mg, ou seja, uma tonelada é igual a um milhão de gramas, ou um megagrama (equivalente a 1.000 kg). Continuando: 1Gg ou Gigagrama = 1 bilhão de gramas (equivalente a 1.000.000kg) e 1Tg ou Teragrama = 1 trilhão de gramas (equivalente a 1.000.000.000kg). 3. O hectare (conversão de ha para km2) O hectare equivale a uma área de 100 m de lado X 100 m = 10.000 m2. Para se ter uma idéia desta dimensão, podemos imaginar um campo de futebol que tivesse uma largura igual a do seu comprimento, que é de 100 m. Para se converter ha para km2 (uma unidade menor convertida para uma unidade maior), deve-se dividir o valor em ha por 100. Isto porque: 1 km2 é uma área de 1.000 m de lado X 1.000 m = 1.000.000 m2, ou seja, 100 vezes maior do que 1 ha. Exemplo: o Estado da Paraíba tem 5.637.200 ha, que divididos por 100 é igual a 56.372 km2. (Ver subitem 6.1 no APÊNDICE II, sobre mais unidades de área). 257 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS APÊNDICE II SI − SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (De acordo com publicação do Instituto Nacional de Metrologia - INMETRO”) 1. Unidades de base e unidades SI suplementares Grandeza Unidade Unidades de base Comprimento Metro Massa Quilograma Tempo Segundo Corrente elétrica Ampère Temperatura termodinâmica Kelvin Quantidade de matéria Mol Intensidade luminosa Candela Ângulo plano Ângulo sólido Unidades suplementares Radiano Esterradiano Símbolo m kg s A K mol cd rad sr 2. Algumas unidades SI derivadas simples, expressas em termos das unidades básicas Grandeza Unidade Símbolo Área metro quadrado m2 Volume metro cúbico m3 Velocidade metro por segundo m/s Aceleração metro por segundo ao quadrado m/s2 Densidade quilograma por metro cúbico kg/m3 Concentração em quantidade de Mol por metro cúbico mol/m3 matéria Densidade de corrente ampère por metro quadrado A/m2 Força de campo magnético ampère por metro A/m Volume específico metro cúbico por quilograma m3/kg Luminância candela por metro quadrado cd/m2 3. Prefixos utilizados com unidades SI (SI, 1991) Fator Prefixo Brasil EUA 10-24 (1) yocto 10-21 (1) zepto Atto atto 10-18 10-15 Femto femto 10-12 Pico pico Nano nano 10-9 10-6 Micro micro 10-3 Mili milli Centi centi 10-2 10-1 Deci deci 101 Deca deca 102 Hecto hecto 103 Quilo kilo 106 Mega mega Giga giga 109 1012 Terá tera 1015 Peta peta Exa exa 1018 1021 (1) zetta 1024 (1) yotta (1) Prefixo ainda não regulamentado no Brasil 258 Símbolo Y Z A F P N μ M C D Da H K M G T P E Z Y GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 4. Conversão de algumas unidades para unidades SI Medida Comprimento Energia, calor Pressão Condutividade Força Radioatividade Irradiância Ângulo plano Unidade outra Angström (A) micron (μ) Caloria BTU Erg Atmosfera Bar Psi mmho.cm-1 Dina Curie cal.cm-2.min-2 Graus Multiplicar por 0,1 1,0 4,19 1054 10-7 0,1013 0,1 6,9X103 0,1 10-5 3,7X1010 698 1,75X10-2 Unidade SI nm μm J J J MPa MPa Pa S.m-1 N Bq W.m-2 rad 5. Unidades SI derivadas, com nomes especiais Grandeza Nome Símbolo Expressão em outras unidades SI Freqüência Hertz Hz Força Newton N Pressão pascal(a) Pa N/m2 Energia; trabalho; quantidade Joule J N.m de calor Potência; fluxo energético Watt W J/s Quantidade de eletricidade; Coulomb C A.s carga elétrica Tensão elétrica; potencial Volt V W/A elétrico Capacitância elétrica Farad F C/V Resistência elétrica Ohm V/A Ω S A/V Condutância Siemens(a) Fluxo de indução magnética Weber Wb V.s Indução magnética Tesla T W b/m2 Indutância Henry H W b/A Fluxo luminoso Lumen lm Iluminamento ou aclaramento Lux lx (a) Nome especial introduzido em 1965 (b) Nestas expressões o esterradiano (sr) é considerado como uma unidade base Expressão em unidades SI de base s-1 m.kg.s-2 m-1.kg.s-2 m2.kg.s-2 m2.kg.s-3 s.A m2.kg.s-3.A-1 m-2.kg-1.s4.A2 m2.kg.s-3.A-2 m-2.kg-1.s3.A2 m2.kg.s-2.A-1 kg.s-2.A-1 m2.kg.s-2.A-2 cd.sr(b) m-2.cd.sr(b) Observações 1. Os símbolos das unidades não mudam no plural. 2. O produto de duas ou várias unidades é indicado, de preferência, por “ponto” como sinal de multiplicação. Este ponto pode ser suprimido quando não exista possibilidade de confusão com outro símbolo de unidade. Ex.: N.m ou N m; porém não mN. 3. Quando uma unidade derivada é constituída pela divisão de uma unidade por outra, pode-se utilizar a barra inclinada (/), o traço horizontal, ou potências negativas. Ex.: m/s, m ou m.s-1 2 4. Nunca repetir na mesma linha mais de uma barra inclinada, a não ser com o emprego de parênteses, de modo a evitar quaisquer ambigüidades (ver APÊNDICE I, ítem “1. Uso da barra (/) e do expoente negativo (.-1)”). Nos casos complexos devem utilizar-se parênteses ou potências negativas. Ex.: m/s2 ou m.s-2, porém não m/s/s [ver Apêndice I, ítem 1] m.kg/(s3.A) ou m.kg.s-3.A-1, porém não m.kg/s3/A. 259 GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 6. 1 Alguns “pesos e medidas” (úteis no campo e no laboratório) COMPRIMENTO 1km=1000m 0,1km=100m 0,01km=10m 0,001km=1m 1m=100cm 0,1m=10cm 0,001m=1cm 1cm=10mm 0,1cm=1mm 1mm=1000μm 0,1mm=100μm 0,01mm=10μm 0,001mm=1μm 1μm=1000nm 0,1μm=100nm 0,01μm=10nm 0,001μm=1nm ÁREA 1km2=1000000m2 1ha=10000m2 0,1ha=1000m2 0,01ha=100m2 0,001ha=10m2 0,0001ha=1m2 1m2=10000cm2 0,1m2=1000cm2 0,01m2=100cm2 0,001m2=10cm2 0,0001m2=1cm2 1cm2=100mm2 0,1cm2=10mm2 0,01cm2=1mm2 1mm2=1000000μm2 0,1mm2=100000μm2 0,01mm2=10000μm2 0,001mm2=1000μm2 0,0001mm2=100μm2 0,00001mm2=10μm2 0,000001mm2=1μm2 PESO (MASSA) 1Mg*=1000kg 0,1Mg=100kg 0,01Mg=10kg 0,001Mg=1kg 1kg=1000g 0,1kg=100g 0,01kg=10g 0,001kg=1g 1g=1000mg 0,1g=100mg 0,01g=10mg 0,001g=1mg 1mg=1000μg 0,1mg=100μg 0,01mg=10μg 0,001mg=1μg VOLUME 1km3=1000000000m3 0,1km3=100000m3 0,01km3=10000m3 0,001km3=1000m3 0,0001km3=100m3 0,00001km3=10m3 0,000001km3=1m3 1m3**=1000000000cm3 0,1m3=100000cm3 0,01m3=10000cm3 0,001m3=1000cm3 0,0001m3=100cm3 0,00001m3=10cm3 0,000001m3=1cm3 1cm3=1000mm3 0,1cm3=100mm3 0,01cm3=10mm3 0,001cm3=1mm3 1mm3=1 X 109μm3 0,1mm3=1 X 108μm3 0,01mm3=1 X 107μm3 0,001mm3=1X106μm3 0,0001mm3=1X105μm3 ... = ... 1 X 10-9 = 1μm3 * 1Mg (megagrama) = 1.000.000g = 1 ton (tonelada métrica ou 1.000kg) ** 1m3 = 1.000L (litros; Ver no próximo subitem) 6.2 Ainda sobre volumes (litro) LITRO 1L* = 1000mL 0,1L = 100mL 0,01L = 10mL 0,001L = 1mL 1mL = 1000μL 0,1mL = 100μL 0,01mL = 10μL 0,001mL = 1μL • A representação gráfica de litro hoje utilizada é um L (maiúsculo), tanto para litro como para mililitro (mL) e demais subunidades do litro (dL, decilitro ...). 260 “long ton”: tonelada maior. “ft (foot)”: pé.4516 cm2 1 ft2=929.94635L 33.16818km3 ton = 1000kg=1Mg 0. área.03cm2=0.387ml 1ft3=28. “mi (mile)”: milha terrestre.155 in2=1cm2 1 in2=645.814fl oz=1.3cm ÁREA PESO (MASSA) VOLUME 0. passando de 14° C para 15°C.1200 short ton=1 long 0.3097yd3=1m3 1 short ton=0. “short ton”: tonelada menor.9144m 7. 1 yd=0.18kg 1 mi=1. Uma pequena caloria ou cal ou gcal (gramacaloria) é a quantidade de calor equivalente quando se trata de 1 g (ou 1 mL) de água.196yd2=1m2 1.035274 oz=1g 0. “lb (pound)”: libra peso. A medida usual do nosso sistema é a grande caloria ou Cal ou kcal (quilocaloria).09290 3m2 1 yd2=0.5900km2 1fl oz=29. de 1° F (1 grau Fahrenheit).: “in (inch)”: polegada.315ft3=1. que é a quantidade de calor necessária para elevar de 1° C (1 grau Celsius).7854L Obs.16mm2=6. “gal (gallon)”: galão. 261 . “qt (quarter)”: 1 quarto de 1 galão.1 Comprimento.2046 lb=1kg 35.317L 2.1023 short ton= 0. “fl oz (fluid ounce)”: onça fluida.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 7.54cm 1 ft=30. 1 kg (ou 1 L) de água pura.98421 long 1mi3=4.8361m2 1 oz=28. “yd (yard)”: jarda.06102in3=1mL=1cm3 0.573ml 1qt=0.26417gal=1L 1gal=3.350g 1 lb=0. Algumas unidades comuns inglesas e seus equivalentes no sistema métrico 7.2 Temperatura BTU (British Thermal Unit): 1 BTU é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura da água.45359kg 1in3=16.3937 in=1cm 1 in=2.0567qt= 0.23990mi3=1km3 ton=907.609km 1.03937 in=1mm 0.38608mi2=1km2 1. GRAUS FAHRENHEIT: as conversões são feitas como segue: °F = 9/5°C + 32 °C = 5/9 (°F .00155 in2=1mm2 0. líquida. peso (ou massa) e volume COMPRIMENTO 0.03381fl oz=1mL ton=1016kg 1 mi2=2.32).8929 long 0. Alfabeto grego. ki Psi Ômega 262 NOSSO ALFABETO a b g d e z e th i k l m n x o P rh. MAIÚSCULAS A B Γ Δ Ε Ζ Η Θ Ι Κ Λ Μ Ν Ξ Ο Π Ρ Σ Τ Υ Φ Χ Ψ Ω MINÚSCULAS α β γ δ ε ζ η θϑ ι κ λ μ ν ξ ο π ρ σς τ υ φ χ ψ ω PRONÚNCIA Alfa Beta Gama Delta Epsilon Dzéta Eta Teta Iota Capa Lambda Mi Nu Cs Ômicron Pi Ro Sigma Tau Ípsilon Fi qui.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS 8. r S T y. Letras que são freqüentemente usadas em termos técnicos. u F Kh Ps O . GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS APÊNDICE III ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO m Hz nm 106 780 Onda de rádio longa Infravermelho 760 103 101 106 Vermelho longo 720 Onda curta AM 700 10 8 TV e FM 1 660 Vermelho UHF 10-1 640 1010 Microonda Laranja 600 10-3 1012 10-4 580 Infravermelho Amarelo 560 10-6 Luz visível 1015 540 Verde 10-7 10-8 Ultravioleta 520 1017 10-9 500 Azul Raios X 480 10-11 10 10-10 1019 -12 460 Raios gama 420 10-13 Violeta 400 380 360 263 Ultravioleta . GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS APÊNDICE IV ZONAS DE PROFUNDIDADE MARINHA (Baseado em LINCOLN et al. 1998) ZONAS PELÁGICAS 0m Província nerítica Província oceânica Epipelágica 200 m 200 m Plataforma continental Mesopelágica 1000 m Talude continental (declive) Batipelágica 2500 m Bentopelágica Aclive continental Abissopelágica 4000 m 6000 m Hadopelágica Planície abissal Zona de borrifos Zona de quebra das ondas Frnaja infralitorânea Fossa oceânica ± 8000 m Entremarés ou litoral Zona litorânea Submarés Zona sublitorânea Litoral Supralitoral Eulitoral Infralitoral Circalitorânea 264 Zona Arquibental Zona batial Zona abissal Zona hadal .. 02-0.0 – 20 μm 20 – 200 μm 0.2μm 0.2 – 20 mm 20 – 200 mm 0.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS APÊNDICE V PLÂNCTON: TIPOS E CATEGORIAS DE TAMANHO Plâncton Femtoplâncton e Picoplâncton (Ultraplâncton) 0.2-2.2–2 μm Tamanho Virioplâncton Nanoplâncton Microplâncton Mesoplâncton Macroplâncton Megaplâncton 2.0 m Bacterioplâncton Micoplâncton Fitoplâncton Protozooplâncton Metazooplâncton Nécton Tamanho (m) 10-8 10-7 10-6 10-5 10-4 265 10-3 10-2 10-1 100 . 40 Mín. estendendo-se até o oceano Índico. 25 Continua .000 250 – 300 Máx. separado pelo mar Vermelho) Estende-se através do sul da Mongólia e norte da China Ao sul de Botsuana. Wyoming. do oceano atlântico ao mar Vermelho Estende-se do norte da Síria para o Yêmen e Oman (é uma extensão do Saara.: nos estados de Oregon.000 10 – 250 712. 47 Mín. estendendo-se a oeste para a Namíbia e ao sul para a África do Sul Leste dos Andes.) E.000 100 – 500 140.000 Precipitação pluviométrica mm 20 – 400 Temperatura o C 16 – 37 2.000 250 Máx. 48 Mín.000 50 – 125 250 409. -13 5 – 13 518. estendendo-se ao sudeste do Paquistão Mojave: sul da Califórnia Sonora: Arizona (ambos nos E. -30 446. -13 (em ambos) Máx.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS APÊNDICE VI OS MAIORES DESERTOS DO MUNDO (LUHR. 38 Mín..A. Argentina Entre as cadeias de montanhas de Sierra Madre no México. Nevada.U. 266 . 45 Mín. -7 Máx.U. 0 1. no noroeste Área aproximada km2 9. Idaho. estendendo-se na direção norte para os E. Noroeste da Índia. -40 Máx. no sul das províncias de Chubut e Santa Cruz. 3 Máx. 2003) DESERTO Saara Península Arábica Gobi Kalahari Patagônia Chihuahua Thar Mojave e Sonora Grande Deserto da Bacia Grande Deserto Arenoso Localização Norte da África. 49 Mín.000 275.000 50 – 200 Máx. 42 Mín.A.300.500 125 – 500 670. na província de Rajasthan. 42 Mín.A.300.U.000 100 – 260 Máx.000 250 340. Colorado e Califórnia Na parte norte do oeste da Austrália. Utah.000.. . 18 327. -4 Máx.000 15 – 100 267 Máx. na província Xinjiang no oeste da China Maior parte do Turcomenistão. 0 Máx. 10 . 42 Mín.000 200 – 250 145. 38 Mín. 25 Máx. 50 Mín. 25 Mín. estendendo-se a leste até a parte central do sul da Austrália Norte das montanhas Kunlun.900 100 – 200 Máx. entre Arica e Vallenar Na parte central do Território Norte. 35 Mín.200 15 37.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS . ao norte de Alice Springs.000 175 – 200 105. 40 Mín.continuação DESERTO Grande Deserto de Victoria Takla Makan Kara Kum Gibson Simpson Atacama Tanami Deserto da Namíbia Localização Na parte sudeste do oeste da Austrália. 18 Máx. no oeste de Queensland e na parte norte do sul da Austrália Oeste dos Andes.500 200 – 400 31. Austrália Na costa atlântica da Namíbia. estendendo-se ao norte para Angola Área aproximada km2 338. ao longo da costa norte do Chile.000 40 – 100 297.. -9 -14 – 32 156. 42 Mín. a leste do mar Cáspio Na parte central do oeste da Austrália Parte sul do Território Norte.500 Precipitação pluviométrica mm 150 – 250 Temperatura o C Máx. a leste das montanhas Mackenzie Norte do deserto de Kara Kum..-Canadá.. no Canadá. do Congo e Tanzânia Na Rússia....... Rússia e Turcomenistão APÊNDICE VII OS MAIORES LAGOS DO MUNDO (LUHR.500 1...58.367 .. Irã.25.....000 950 30 (abaixo do nível do mar) Grandes lagos: Superior Michigan Huron Erie Ontario Vitória Tanganica Baikal Grande lago do urso Grande lago “slave” (do escravo) Mar de Aral Fronteira E.000 km2 406 281 228 64 224 84 183 177 176 174 75 1....U...A.570 .741 456 31.820 . Maior sistema de lagos do mundo.U.134 32......19. Fronteira E.... Há algumas dúzias de espécies de peixes ciclídeos (peixes teleósteos fluviais) endêmicos do Tanganica O mais profundo do mundo.... contendo 20% de toda a água doce de superfície mundial ..-Canadá...-Canadá..000 1.......150 446 186 Maior lago....... 2003) Área aproximada Profundidade Altitude km2 máxima m m 371.... no Canadá.. no círculo polar Ártico Territórios do Noroeste.... Área conjunta: 244.. inteiramente no Canadá 28.U. ao sul do platô siberiano central.U..59..A. 268 O maior lago da África e o segundo maior de água doce do mundo O segundo lago mais profundo do mundo.......010 68.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS LAGO Mar Cáspio Localização Fronteiras do Azerbaijão. perto da Mongólia Territórios do Noroeste.... Fronteiras do Quênia. recebe água dos rios Ural e Volga e não desemboca em nenhum outro Despejam suas águas no rio St....A... Fronteira E.000 .. Rep..82.000 Característica(s) relevante(s) O maior corpo de água continental do mundo....-Canadá ...A.... Lawrence... na fronteira do Casaquistão e Uzbequistão ....... devido à utilização de suas águas para irrigação (desde 1930) no cultivo do algodão Continua . .. Dem..568 614 156 O segundo maior lago do Canadá e principal reservatório do sistema do rio Mackenzie 26.471 773 31..000 58 40 Já foi o quarto maior do mundo e hoje está secando..... Casaquistão......A... Fronteira E.. Tanzânia e Uganda Extremo sul do “Great Rift Valley” nas fronteiras de Burundí.....U. Totalmente nos E.... 280 Qinghai Hu Toba Parte centro-norte da China Província norte da Sumatra 4... formado por fluxo de lava que entrou em colapso .460 1. E. limitado por Camarões.812 8. fronteira da Etiópia e Quênia na 6. nas fronteiras de Malauí. Chad. 269 Lago raso. ligeiramente salino O maior “lago caldeirão" do mundo.000) 10 280 Austrália.772 281 3.A.750 Profundidade máxima m 36 217 18. Rico em espécies de peixes Recebe águas de mais de 14 rios.. Há 10.750 110 360 Nyasa 6. noroeste da Rússia.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS .5 16 8. no platô Altiplano. ao sul do deserto de Simpson Entre Peru e Bolívia.U.000 espécies de ciclídeos) Um dos maiores corpos de água salgada continental (o maior do hemisfério ocidental) O maior da China. com área variando muito durante o ano. 5.200 905 Winnipeg Balkhash Ladoga Lago Chad Eyre Titicaca Nicarágua Localização Área aproximada km2 Parte centro-sul do Canadá.000 anos era três vezes mais longo.200 25 340 17.100 38 529 3.675 230 5 A maior parte de suas águas vem do rio Saskatchewan Seu nível d’água oscila estacionalmente. norte de Utah. Moçambique e Tanzânia Oeste das montanhas Rochosas.000 a 25. à leste do mar Báltico Nas bordas sul do deserto de Saara. É o mais rico em espécies de peixes do mundo (talvez mais de 1. na região central dos Andes Sudoeste da Nicarágua 9. na província de Manitoba Sudeste do Casaquistão Na região de Karelia. estando em encolhimento devido ao uso da água para irrigação.. há 5. situado a 15 km apenas da costa (voltada para o Pacífico) Também chamado de lago Rudolf. continuação LAGO Altitude m Característica(s) relevante(s) 23.400 706 500 Grande lago de sal Extremo sul do “Great Rift Valley”.700 5.000 anos atrás tinha profundidade de 50 m Lago salgado de dimensão variável.150 70 32 Turcana No “Great Rift Valley”. em 3m O maior lago da Europa Variável (de 10. Níger e Nigéria Continua . recebendo águas de rios temporários O maior lago de água doce da América do Sul e o situado em altitude mais elevada O maior lago de água doce da América Central.000 12 1. . A água esté escasseando pela irrigação e se salinizando Supre de água doce mais de 4.. sem desembocadura. situa-se numa depressão que é uma extensão do “Great Rift Valley” da África. Alemanha e Suiça Lombardia. estando Israel a oeste e Jordânia a leste 810 Profundidade máxima m 330 Genebra 581 310 372 230 (desconhecida) 945 Mar da Galiléia Noroeste dos Alpes. norte da Itália 541 252 395 146 410 198 LAGO Manyara 270 Altitude m Característica(s) relevante(s) 405 (abaixo do níveldo mar) Alimentado pelo rio Jordão. Sua alta taxa de evaporação contribui para seu encolhimento (nível da água cai 1 m por ano) O maior dos lagos alpinos Não tem fontes de água de superfície perenes. recebendo água do rio Reno O mais profundo dos lagos alpinos .GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS . é o mais baixo rio do mundo. nas fronteiras da Áustria. continuação Localização Área aproximada km2 Mar Morto Norte do mar Vermelho. com salinidade de cerca de 32%. na fronteira da França e Suiça Tanzânia. sudeste da planície do Serengeti e noroeste da estepe de Masai Ao norte de Israel.5 milhões de pessoas. mas apenas uns poucos riachos temporários Conhecido também com lago Tiberias. próximo às fronteiras com Síria e Líbano 166 48 212 (abaixo do nível do mar) Constança (ou Constance) Como Norte dos Alpes. até o oceano Atlântico na Nigéria 4.460 4.430 5. banhando grandes áreas da África central O maior rio do oeste da África. O “Grand Canal”(1.500.900.900.500 1.300 5. atravessando o Brasil até o Atlântico 6.648 APÊNDICE VIII OS MAIORES RIOS DO MUNDO (LUHR. daí a sua cor amarela O mais longo da Ásia e o terceiro no mundo. despejando no mar Amarelo 5. Carrega 30 vezes mais silte/m3 do que o Nilo e tanto sedimento (“loess”) quanto o Ganges. dos Himalaias até o mar leste da China no oceano Pacífico 6. Negro Madeira.000 Amarelo Flui na China. pelo sul do Saara. Nilo Azul RIO Localização Nilo Flui do norte do lago Vitória e montanhas da Etiópia até a costa mediterrânea do Egito Amazonas Flui dos Andes peruanos. No seu curso há seis grandes cataratas. Segundo mais longo da África.600 km liga-o ao Beijing Segundo do mundo (após o Amazonas) em volume d’água. Despeja 770 bilhões de litros de água/h no oceano Também chamado Huang-He ou Huang-Ho. Ubangi Níger Flui da Guiné. Fen He Yangtze Flui na China.670 1760 3.000 Han Shui.000. Característica(s) relevante(s) Durante muito tempo considerado o mais longo do mundo. Benue. 271 Juruá. A represa de Aswan (1970) formou o grande lago Nasser. Sangha.. Lualaba.135 3.480 2.180 850 1.400. Ya-Lung Chiang Congo Flui das montanhas do leste da África através do continente até o oceano Atlântico 4. passa por densa floresta ..100. 2003) Declividade Área da bacia Afluentes M km2 principais 1.000 Bani. Despeja 20% de toda a água proveniente de rios para o mar. Nas suas gigantescas três gargantas estão sendo construídas as maiores represas do mundo.000 Nilo Branco.500 7. do norte até o platô tibetano.000 Wei He.000 Kwa.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS Extensão km 6. Kaduna Continua . Srepok Ohio.400. Irtysh.000. continuação RIO Localização Mekong Flui do oeste da China para o Laos e Camboja Mississipi E. flui de Minnesota. Jhelum. através dos Himalaias. para o mar Cáspio Flui das montanhas da África central para o ocenao Índico em Moçambique Forma parte da fronteira E. Con-.900 4.000 Chenab.200. Sutlej 2.000 3. descendo das montanhas Rochosas até as Apalachianas O rio congela até 200 dias por ano O mais longo da Europa e a mais importante rota de trans-porte da Rússia O quarto maior rio da África.848 1. até o mar Arábico Ob’ Volga Zambezi Rio Grande Indus Danúbio Flui do sul da Alemanha.860 662 816. para o golfo do México Rússia. próximo à fronteira com o Canadá.000 Declividade M 4. no leste da Romênia Extensão km 4..-México.460 1.200.000 Drava. formando 2..000 Chama. fluindo das montanhas rochosas para o golfo do México Flui do platô tibetano. Mun.U. banha a Áustria e Hungria .700 m antes de atingir as cataratas de Victoria O quinto rio mais longo da América do Norte.000 Oka.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS .650 445. fluindo através da Sibéria para o mar de Kara no oceano Ártico Rússia. para a costa do mar Negro.A.A. No seu curso superior flui para noroeste para o território da Kashimira. Arkansas. forma imensa bacia de drenagem. de disputa entre Índia e Paquistão O segundo mais longo da Europa. Tisza Continua … 272 Afluentes principais Kang. Shire 3. nascendo na Alemanha.000 Chulym. Pecos.690 258 1. chos. tendo uma largura de 1. Sava.U.700 Dado desConhecido 3. fluindo inicialmente para leste e depois para o sul. Kama 3. Tennessee 3. Característica(s) relevante(s) O mais longo rio do sudeste da Ásia.034 3.950 Área da bacia km2 795.780 450 3.540 1.000 km da fronteira do Texas com o México O maior dos rios dos Himalaias. originando-se no platô tibetano. passando por vales profundos Junto com os tributários.000 Missouri.300. Sa-lado 2.000 Kafue. Tom 3. Kabul. 800 Declividade M 2.000 Brahmaputra.100.000 Darling. fluindo das montanhas Rochosas para o golfo da California 2. Gila Orinoco Flui através da Venezuela.A. fluindo dos montes Mishmi para o mar de Andamã no oceano Índico Nordeste do Canadá.A. Arauca.U.151 1. Ghaghar.074 948.030 1. Carreia mais areia e silte para o mar do que qualquer outro rio do mundo (2 bilhões de Mg por ano) Drena o sudoeste árido dos E. vegetação arbustiva.000 Guaviare. Murrumbidgee Ganges Flui ao longo da borda sul dos Himalaias para a baía de Bengala na Índia 2.00 Liard. das montanhas da Guiana até o oceano Atlântico 2. Meta.000 Green.100.U. Sua bacia de drenagem cobre 80% da Venezuela e 25% da Colômbia Em Burma fornece a maioria da água de irrigação Segunda maior bacia no Canadá e América do Norte. tundras . Peel Mackenzie Continua … 273 Característica(s) relevante(s) Junto com o Tigris. drenando ¼ da Índia. forma o único realmente importante sistema fluvial da Austrália (80% das terras irrigadas) Rio sagrado da religião hindu. forma o sistema mais importante do oeste da Ásia.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS … continuação RIO Localização Extensão km 2.600.320 632. Tem sido o rio mais “manejado” do mundo O segundo maior da América do Sul.. Caroni Irrawaddy Burma.506 3. Little Cololrado.000 Afluentes principais Tigris Eufrates Flui das montanhas do leste da Turquia para o golfo Pérsico Murray Austrália. Síria e Iraque acusam a Turquia de “roubar” sua água Junto com o Darling.705 156 1.050 1.000 Chindwin 1. “Great Bear” (Grande Urso). fluindo do Grande Lago Escravo para o mar de Beaufort no oceano Ártico 2.333 4.800.100 Dado desconhecido 411. Nos baixios formam-se florestas. Yamuna Colorado Principalmente nos E. pântanos.590 2. cortando o grandioso Grand Canyon (2 bilhões de anos de história geológica). fluindo do extremo sul para o oceano Índico 2..680 Área da bacia km2 1. . Moselle. Neckar Ottawa.. Indústrias ao longo do seu curso (como a Bayer. Maurice St.000 Aube. Ambos países usam sua água na irrigação O mais longo da França. do leste da Espanha para a costa atlântica de Portugal França. .320 Declividade m 2.A.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS . Arve. após Toledo e limita (por 275 km) este país com Portugal.000 Ardèche. Apesar de largo (9... Marne.850 117.300. Oise Reno St. Saône 780 471 83. Lawrence (São Lourenço) Tagus Loire Sena Localização Flui dos Alpes suiços para o mar do Norte na costa da Holanda Continua . ficando congelado 1 mês no inverno O principal rio europeu que desemboca no mar Mediterrâneo Forma a “bacia de Paris”.5 km) é raso (média de 90 cm).590 81.U. Isère. fluindo do norte da região de Burgundy para o canal da Mancha em Le Havre 813 1800 96. em Leverkusen). Vienne Oder Flui da Rep.020 14.000 Fronteira do Canadá-E. 274 Afluentes principais Main. Tem sido transforma-do por obras de engenharia Passa por zona árida na Espanha. nas margens Noventa por cento da bacia de drenagem está na Polônia. o poluem Contribui significativamente para o sistema dos Grandes Lagos.244 75 1. Warta Rhône Flui dos Alpes suiços através da França para o mar Mediterrâneo França. fluindo do maciço central para a costa no Atlântico ao sul 1.000 Flui através da península Ibérica.339 Área da bacia km2 220. Maine.007 1.000 Neisse. fluindo do lago Ontario para o ocenao Atlântico 1.. Característica(s) relevante(s) O mais comercialmente importante rio da Europa ocidental. continuação RIO Extensão km 1. Tcheca para o mar Báltico na Polônia 886 633 119.000 Allier. Zezere 1. À montante de Paris o Sena e tributários cortam zona calcária formando o platô fértil de Île de France. No outono e primavera chuvas pesadas causam enchentes nos baixios.600 Gallo. Seu curso inferior sofre influências Gales para o canl de Bristol e Usk da maré. desemboca na baía de Marapatá. Paraguai e Uruguai OBSERVAÇÃO: Importantes rios brasileiros. com ondas de 25 km/h mar Irlandês atingindo altura de 3 m Rio da Plata Costa leste da América do 290 Nula 4. Wey Característica(s) relevante(s) . 2) Rio Paraná: nasce da confluência dos rios brasileiros rio Grande e Paranaíba.200. 4) Rio Araguaia: principal afluente do Tocantins. dos quais 99 são perenes. fluindo no sul da Inglaterra até o mar do Norte Extensão km 507 Declividade m 1. há uns 1. Teme. por ser o caminho de ligação do sudeste e do centro-oeste com o nordeste do Brasil. É tido como um dos rios mais piscosos do mundo. Chapada Diamantina.. forma uma bacia de 800.8 cm/km e vazão média de 2. Bahia.000 km2. com marés de até 1. como os acima mencionados. há mais ou menos 1. em direção a Salvador e desemboca na baía de Todos os Santos após uns 600 km de curso. Após percorrer 2. Nasce na Serra da Canastra. recebendo água de 168 afluentes. Tem comprimento total de 2. a uns 60 km ao norte de Brasília. continuação RIO Hudson Tâmisa Localização Nos E. 3) Rio Tocantins: nasce na serra do Paranã. Influência das marés estende-se até Albany. É rota comercial importante O mais longo da Grã-Bretanha.000 Paraná. Stour. Após cerca de 2. 20. Seu curso baixo sofre influências da maré (por 145 km) e comportas controlam possibilidades de enchentes em Londres Severn Grã-Bretanha. é importante acidente deste rio. Tem declividade média de 8. nasce na serra do Caiapó. em Goiás. A ilha do Bananal.GLOSSÁRIO DE ECOLOGIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS . no estado de New York. Percorre 620 km formando uma bacia de mais de 53 mil km2.100 m de altitude.115 km desemboca no Tocantins. fluindo de 290 600 11.628 336 108 13. 5) Rio Paraguaçu: nasce na região diamantífera na serra do Cocal. sendo 619 km em território brasileiro e o restante entre Argentina e Paraguai..266 Avon.739 km. há uns 850 m de altitude.830 km.943 m3/s. 6) Rio de (das) Contas: nasce na serra da Tromba.4 m.U. próximo a Belém.600 Afluentes principais Mohawk Kennet. Atravessa parte da Chapada Diamantina.700 km (ou 2. flui para o oceano Atlântico na cidade de New York Grã-Bretanha.000 km2.A. não foram incluídos no livro do qual a relação acima foi extraída.200 m de altitude). 275 Colne. Bolívia. em Minas Gerais (a mais ou menos 1. Junto com o rio Araguaia. tomando inicialmente o nome de rio Maranhão. Sul. Uruguai Estuário em forma de funil. entre Goiás e Mato Grosso. talvez por não existirem dados completos disponíveis. segundo alguns). Sua área de captação se estende por Argentina. os seguintes (em resumo): 1) Rio São Francisco: denominado “rio da integração nacional”.400 km de curso.500 m de altitude. Destacam-se entre estes. Percorre 2.. tendo Uruguai ao norte e coincidindo com a desembocadura Argentina ao sul do rio Uruguai e o delta do Paraná.371 Área da bacia km2 34. Brasil. município de Barra da Estiva.