Geografia Do Amapá.pdf

May 22, 2018 | Author: Genilson Kaikuxi Tymeremy | Category: Mangrove, Sea, Tertiary Sector Of The Economy, Economics, Geomorphology


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GEOGRAFIA DO AMAPÁINSTRUTOR – ASP OF PM FÁBIO CARVALHO O ESPAÇO NATURAL DO AMAPÁ Relevo: A geomorfologia do Amapá combina formações muito antigas com outras bem jovens, divididas por uma estreita faixa de idade intermediária. Existem duas “zonas geomorfológicas” principais. Uma delas é a das “Depressões da Amazônia Setentrional”, cobrindo mais de 70% do Estado, correspondendo às suas seções central e oeste. Ela se compõe da porção oriental do chamado Escudo Guianense e de suas franjas dissecadas. Sua morfologia é em parte montanhosa, porém a maior parte é composta por seções levemente onduladas. As duas principais porções montanhosas do Escudo Guianense dentro do Amapá têm o nome de Serras do Tumucumaque e Lombarda. Alguns dos seus morros ou picos superam a altitude de 600 m, sendo que o ponto culminante do Estado do Amapá, localizado na Serra do Tumucumaque, alcança 701m. As bordas dissecadas do escudo apresentam encostas abruptas e vales profundos que geram três grupos de rios relativamente curtos (para os padrões amazônicos): (1) Araguari-Amapari, Amapá Grande, Calçoene, Cassiporé e outros, que correm para leste, diretamente para o oceano Atlântico; (2) os rios Vila Nova, Maracá, Matapi e Cajari e outros, drenando para o sul e desaguando no delta do Rio Amazonas; (3) os rios Iratapuru e Mapari, entre outros, correm para oeste e são afluentes da margem esquerda do rio Jari, afluente do Amazonas. Deve-se mencionar ainda o rio Oiapoque, que drena as extremidades do platô no oeste do Amapá, com seu curso predominantemente para nordeste, desaguando no Oceano Atlântico. O rio Oiapoque e o primeiro grupo de rios acima citados, não fazem parte da área de drenagem da Bacia Amazônica, constituindo uma bacia distinta, denominada Atlântico Norte, responsável por quase dois terços do território do Amapá (98.583,5 km2). O restante (44.870,2 km2) enquadra-se dentro dos domínios da Bacia Amazônica propriamente dita. Altimetria do Amapá A outra zona geomorfológica principal do Amapá é chamada de Planície Costeira, a qual compreende cerca de 25% do Estado. Trata-se de uma faixa litorânea relativamente estreita, baixa e quase sempre plana, que se estende de norte a sul, formada por depósitos fluviais e fluviomarinhos a qual ocupa todo o leste do Estado. Em termos geológicos, essa formação é muito recente, pois a sua maior parte data do Quaternário, com uma idade máxima de 100.000 anos, e com uma idade média não muito superior a 15.000 anos. As partes litorâneas da Planície Costeira, ao longo do Oceano Atlântico e do delta do rio Amazonas, são formadas por depósitos de areia e argila, com partes alagadas, além de bancos de areia, dunas, ilhas, pequenas baías e reentrâncias, estuários, meandros, lagoas, litorais rasos e lamacentos, bem como lagos temporários e permanentes. É uma paisagem geomorfologicamente jovem, sujeita a mudanças perceptíveis ao testemunho humano. As águas dos rios que fazem parte deste sistema (como o Amapari-Araguari, o Amapá Grande e o Calçoene), vindos das Serras de Tumucumaque e Lombarda, conforme chegam aos terrenos mais baixos dessa planície, desaceleram os seus fluxos e formam meandros e banhados, em frequente mudança do leito em alguns trechos. A baixa altitude em relação ao nível do mar e as inúmeras conexões entre diversos tipos de corpos d´água fazem com que muitos trechos da Planície Costeira sejam sujeitos a enchentes, tanto de água doce como salgada, esta última decorrente do ciclo das marés. É em tal planície que vive a grande maioria dos amapaenses e instalou-se a maior parte dos empreendimentos produtivos do Estado. Entre essas duas formações principais ocorre uma sequência de sedimentos da Formação Barreiras, de idade geológica Terciária, distribuída numa estreita faixa de norte a sul do Estado. Ela se situa nas extremidades desgastadas e fraturadas das terras mais elevadas do Planalto Serra Agaminuara ou Uruaitu. enquanto Serra do Navio. que se estende até o Atlântico. na transição para a Planície Costeira. Serra do acapuzal. Serra do Naucouru. O relevo do Estado do Amapá é pouco acidentado. Serra Estrela. manganês.250 mm anuais - uma diferença de 1.das Guianas. sul. sendo os meses de setembro. a forma de cadeias de pequenos morros arredondados. recebe 2. na geologia do Amapá. com destaque para importantes depósitos de ouro. registram-se usualmente 20 ou mais dias de chuva e pelo menos 250 mm de chuvas por mês. num tipo de paisagem a que os geógrafos chamam “mares de morros”. dentre outras.oeste. que ocorrem em domínios geotectônicos antigos (Pré-Cambriano). são os cinturões de rochas verdes (greenstone belt). outubro e novembro)”. Serra Lombarda. . Clima: A classificação oficial do clima do Amapá é “tropical superúmido”. De dezembro a junho. Notável. outubro e novembro os mais secos. Cobre apenas 5% do Estado e assume. entre outros. Resumindo: O relevo do Estado é pouco acidentado. Sobre esse aspecto. ferro. na sua maior parte. Sob essa sequência geológica encontra-se o principal eixo de ligação terrestre do Amapá (BR-156). nos idos dos anos 1950. Serra do Navio. onde encontramos os planaltos cristalinos (porção oeste do Estado) com grandes extensões de colinas e morros dominados por cristais montanhosos como: a Serra do Tumucumaque (540m). e predomina sobre a maior parte do interior do Estado . Serra das Mungubas. Uma delas é “úmida com um ou dois meses secos (setembro e outubro)”. ao leste e até o Amazonas ao sul. Serra do Irataupuru. b) A outra porção é formada por região costeira de planície. Serra do Culari.250 mm de chuva por ano. A precipitação anual média cai significativamente do litoral para o interior. Serra da Pancada. de relevo suavemente ondulado. o Amapá foi o primeiro Estado a abrigar um empreendimento de mineração de grande porte na Amazônia. mas que podem atingir extremos de mais de 500m. com alturas médias de 100 a 200m. a leste. A outra é “úmida com três meses secos (setembro. registrada na maior parte do litoral. Além dessa diferença regional. Formada por terrenos baixos e alagadiços e por planícies aluviais nos baixos e médios cursos dos rios. incluindo Macapá. A costa atlântica. cromo.000 mm para uma distância de cerca de 200 km. O Estado possui duas regiões climáticas principais. para extração de depósitos de manganês na região de Serra do Navio. no coração do Estado. Pode ser dividido em 2 grandes regiões: a) uma interna. próximos uns dos outros. constituída por rochas cristalinas metamórficas e cobertas de floresta densa. Serra do Aru. norte e toda a parte central. o regime pluviométrico apresenta uma periodicidade (estacionalidade): o período de julho a novembro registra os menores índices de chuva. registra uma média de 3. responsáveis por múltiplas ocorrências minerais. entretanto. 6 27.4 90.3 72.7 73.5 22.4 22.1 72.5 79.5 81.1 79. que sofreram um elevado nível de modificação em função de atividades humanas no passado e ainda comuns no presente (como fogo.3 (°F) Chuva (mm) 461 515 426 479 498 288 149 75 31 31 76 293 Fonte: Climate-data. transformação em pastagens.8 89.9 °C.1 71.9 80.1 85.2 90. Vegetação: A vegetação natural do Amapá.9 22.5 79.8 79. Quanto aos campos inundados.5 87.4 (°C) Temperatura máxima 29. ainda relativamente bem preservados.3 85.0 79. Os manguezais do Amapá são.2 30. muitos campos cerrados mais afastados de Macapá ainda parecem conservar quase integralmente as condições florísticas e fitofisionômicas primitivas.0 87.6 29.3 28.1º C.2 73.8 81. Outra característica notável do clima amapaense é a cobertura relativamente densa de nuvens sobre muitas partes do seu território. as temperaturas médias anuais são as seguintes: média geral de 26º C (leste do Estado) e 25º C (restante da área).9 22.8 25.8 22 22.4º C.5 72.org Existe uma diferença de 484 mm entre a precipitação do mês mais seco e do mês mais chuvoso. No entanto. reflorestamentos e extração de madeira). .9 32. de sua resistência e do grande crescimento que os rebanhos demonstraram nos últimos anos.3 Temperatura máxima 84.3 31 31.4 26.9 91.8 86.6 22.8 29.2 79.9 32. destaca-se o baixo grau de alterações antrópicas em quase todas as formações.5 27. A umidade relativa média anual fica em torno de 85%. média das máximas de 30. em função do regime de criação extensiva.4 22.9 30.3 22. aliás.7 83.3 72.5 29.Os ventos no Amapá são classificados como moderados e não são raros os registros de “calmaria” (ausência de vento).1 80.7 Temperatura mínima (°F) 72. A mínima absoluta registrada foi de 16º C.3 27. considerados os mais preservados de todo o litoral brasileiro.8 85. Florestas nativas pouco ou muito pouco alteradas são a regra comum no Estado.2 71. As temperaturas máximas absolutas registradas foram de 36º C (leste do estado) e 38º C (nas demais áreas). durante o ano.4 26.1 27.4 78. As temperaturas médias. tem ao menos duas características notáveis.2 26.1 26.2 72.5 22.6 26. Em primeiro lugar.6 72.3 21. No período estudado por Nimer (1990).5 Temperatura mínima 22. média das mínimas de 23. Tabela climática Amapá Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Temperatura média (°C) 25. variam 1.1 26. A única exceção são os cerrados. existe a preocupação com os efeitos ambientais da pecuária bubalina.7 (°C) Temperatura média (°F) 78.5 72. principalmente em torno de Macapá. em seu conjunto.7 32. desde a década de 1970. campos inundados. Em muitos lugares. Um segundo aspecto notável da vegetação nativa do Amapá é que o seu alto grau de diversidade está distribuído em áreas relativamente próximas entre si. contribuiu para esse notável grau de preservação da integridade ecológica de grandes extensões das comunidades vegetacionais nativas. aliado a uma população pequena e concentrada. foi a menos alterada entre todos os Estados amazônicos. faz do Amapá um local ideal para programas de pesquisas em biologia e ecologia. Vegetação Amapá O caráter relativamente remoto do Amapá. Como a distância é sempre uma variável importante em quaisquer empreendimentos na Amazônia. até chegar às primeiras formações mais densas de florestas. uma linha reta imaginária traçada da costa atlântica para o interior. também. essa combinação de variedade ecológica com proximidade. e não apenas as suas florestas. um facilitador de atividades . Quando se realizou o Zoneamento Ecológico e Econômico do Amapá. florestas ciliares e florestas de palmeiras. especialmente sobre diversidade genética. de leste para oeste. O grupo executor do Zoneamento descobriu que toda a vegetação nativa do Amapá. em poucas dezenas de quilômetros atravessa manguezais. restingas. É. em virtude das dificuldades logísticas inerentes aos deslocamentos na região. biológica e ecossistêmica. que começou em meados da década de 1990. fora pouco acima de 1%. a interpretação das imagens de satélite (por meio de técnicas de sensoriamento remoto) revelou que o total de florestas nativas perdidas do Amapá. cerrados. restingas costeiras. que. ou então mais ao norte. A cobertura florística nativa do Amapá apresenta uma forte correlação com as duas zonas morfológicas em que o Estado é dividido. No entanto. sendo que os poucos inventários realizados até o presente momento são. compondo. Cobrem apenas cerca de 6% da área do Estado e têm sido usados historicamente para os mesmos fins dados aos cerrados mais secos (e muito mais extensos) do Brasil central: pastagens naturais para bovinos. em função da pecuária. As florestas do Amapá se subdividem em pelo menos cinco categorias básicas. os cinco tipos de florestas cobrem cerca de 80% do Amapá. ou seguindo os rios até o litoral. O Amapá é um verdadeiro laboratório. ou campos cerrados). trecho inacabado da chamada “Perimetral Norte”. e do último trecho da linha férrea Santana-Serra do Navio. Seu acesso somente é possível por estradas secundárias em sentido leste (algumas das quais particulares). Eles são a formação vegetal de maior impacto e exploração do Estado. são insuficientemente estudadas. agricultura de pequena escala e exploração florestal. norte. mais longe da estrada. e as florestas de palmeiras. Os cerrados (ou savanas) do Amapá subdividem-se em dois tipos: “parque” (com numerosos arbustos e árvores baixas) e “abertos” (com menor incidência de arbustos e árvores baixas). não podem ser avistadas por quem viaja pela rodovia. lagoas e alagados de água doce ou salgada. o que pode ser apreciado por quem viaja por elas. Os dois tipos têm um estrato herbáceo permanente. situadas em pontos mais altos. florestas de palmeiras e freqüentes “ilhas” de florestas densas (geralmente localizadas em meandros fluviais abandonados). baseados em amostras relativamente pequenas. As diferentes classes de florestas têm estruturas e floras variadas. Juntos. (ou “campos inundados”. centro-sul e partes do leste. da coleta de madeira para queima e de outras pressões oriundas da “Grande Macapá” e de várias cidades menores situadas na Planície Costeira. é dominada por contínuas florestas de terra firme. em geral. entremeados em suas partes mais baixas por matas ciliares densas. manguezais. Para quem viaja ao norte de Macapá pela BR-156. No seu conjunto. são substituídos pelas restingas e pelos manguezais. centro. assim. Essas duas tipologias litorâneas. de acordo com a sua localização: montanas. Para o leste. Esses cerrados ocorrem nas seções bem drenadas da Planície Costeira.de turismo ecológico e projetos de educação ambiental. a paisagem se apresenta como uma combinação de cerrados. A região. por sua vez. nos arredores da cidade de Amapá. cortada pelos últimos 150 km da BR-156. Os manguezais marinhos se instalam em . de terras baixas não- inundáveis e as de terras baixas inundáveis. a vegetação dominante do Estado. cerrados (ou campos naturais. ou “campos de várzea”). A mesma tipologia ocupa os terrenos situados às margens da BR-210. sub-montanas. Existem pelo menos seis grandes tipologias de vegetação (ou comunidades vegetacionais) a serem destacadas: florestas tropicais úmidas latifoliadas de folhagem permanente. longe do mar. a oeste. Os manguezais e as restingas localizadas junto ao litoral atlântico e à foz do rio Amazonas. que atravessa a Planície Costeira. no entanto. os cerrados fazem contato com os campos inundados. antes de chegar à cidade de Oiapoque. ciliares (ou aluviais). eles cobrem cerca de 11% do Amapá. dos extensos reflorestamentos com árvores exóticas (pinus e eucalipto). verifica-se normalmente o avanço de um tipo vegetacional em detrimento do outro. tendo em vista a abrangência territorial desse ecossistema. Essas áreas cobrem cerca de 3% da área do Estado. estes sistemas podem se apresentar instáveis. Exemplos desse tipo de situação podem ser observados quando as florestas densas dos terrenos mais elevados se estendem até as altitudes mais baixas da Planície Costeira. a qual forma bosques relativamente densos que conseguem nascer e prosperar mesmo em águas com até 50 cm de profundidade. Ao longo do tempo. fogo). As florestas de palmeiras são formações associadas aos terrenos influenciados por água doce. mas existem também ilhas de florestas densas. louros. o que faz contato com o cerrado ou quando estes margeiam os campos inundados e as restingas. acapu. de plantas lenhosas. mas é possível afirmar que sua representatividade é pequena. sucupira. apesar de sua marcante expressão fisionômica na paisagem. etc. florestas de palmeiras e até de manchas de cerrados (em terrenos mais drenados). Formam comunidades densas. A flora é composta principalmente por gramas e ervas. Dependendo dos fatores do meio (chuvas. As restingas são comunidades compostas principalmente por gramas e ervas (por vezes contendo árvores e arbustos de pequeno porte). copaíba. . Resumindo: Formações florestais a) Floresta Densa de Terra Firme: Ocupa aproximadamente 70% do espaço amapaense. marcados pela zona de contato entre tipos distintos de vegetação. de folhagem permanente. concentra-se na porção Oeste do Estado. localizadas em terrenos litorâneos um pouco mais elevados (como dunas). por vezes denominadas “formações pioneiras”. menos saturados por sais e fora do alcance das marés. As espécies que se destacam são: angelim. Diferentes pontos do Estado são ocupados por sistemas de transição. Diversas espécies de palmeiras (como açaizeiro e buritizeiro) adaptam-se à água doce parada ou em lento movimento. à medida que novos depósitos marinhos e fluviomarinhos ampliam os terrenos não recobertos regularmente por marés.depressões e lamaçais litorâneos saturados por sais. É o tipo de vegetação mais expressivo do Estado. cipó titica. sapucaia. em geral arenosos. Destaca-se pela sua alta biodiversidade.. quando se justifica a designação de “Área de Tensão Ecológica”. resistentes à salinidade do solo. gramíneas e herbáceas especializadas. Nesta condição. Os campos inundados (ou “campos de várzea”) formam uma área relativamente extensa (cobrem cerca de 8% da área do Estado) marcada por um complexo labirinto de lagos de água doce e salobra.. breus. Ainda não apresenta um quadro crítico de devastação. matamatás. As restingas e os manguezais formam duas comunidades vizinhas. inundações. castanha do Brasil. bem drenados. por vezes interligados por meio de canais e furos. seja ao longo dos meandros dos rios ou nos terrenos planos e alagados da Planície Costeira. Ainda não há estimativas quanto ao percentual de área ocupado por este tipo de floresta. as restingas tendem a substituir os manguezais. sujeitos à influência das marés. . Murici-vermelho. Vegetação esparsa. aves. arumã. pois participa intensamente no aumento da produtividade primária dos mares e estuários. Solos halófilos (com influência salina). principalmente quanto à utilização de agrotóxicos no manejo da vegetação . o Açaí. andiroba. constituindo berçário de espécies marinhas. Sua presença nesta região é consequência de drásticas alterações climáticas que marcaram a história. Representa cerca de 4. ubuçu. de difícil precisão de seus limites e dimensões. É o segundo maior ambiente florestado do Estado. siriubal. crustáceos. Ucuúba ou Virola. tintal. de alto porte em plantas trepadeiras e epífitas.. até o momento de grandes pressões. caimbé. etc. Espécies típicas: mangal. Cerrado: É um ambiente não amazônico.b) Floresta de Várzea: Configuram um ambiente primário florestal. Ocorre na Costa amapaense de influência salgada (devido ao Oceano Atlântico). Sua vegetação é do tipo savanítica (cobertura vegetal aberta). de palmitos e de outros elementos típicos. Árvores típicas: Sucuuba. dentre outros. Caju. Caracteriza-se pelo regime de alagamento permanente ou pelo menos com alto grau de encharcamento do solo durante a maior parte do ano. O estrato emergente é formado por árvores de 30 a 35m de altura. Características morfológicas: raízes profundas. Bacaba.8% do Estado. com grandes limitações naturais em termos de uso e ocupação. Economicamente é pressionada pela extração seletiva de madeiras. barbatimão. Murici-branco. Presença de capões (porção de mata isolado no meio dos campos). A catação indiscriminada do caranguejo gera problema ambiental. c) Mata de Igapó: São representados por áreas disjuntas. Vegetação pneumatófila (raízes aéreas).. É um dos ecossistemas mais ativos. Ocupa 6. buriti. e por conseqüência.. Algumas críticas vêm sendo levantadas contra o projeto CHAMPION (CHAMFLORA)instalado neste ecossistema. Manguezal: Ocupa parte do litoral do Estado. peixes.. Ex.. seringueira.etc. não ressentindo. etc. troncos retorcidos com casca grossa e solos ácidos.0% do estado em uma faixa norte-sul. estrato herbáceo-arbustivo. compreende o canal do Norte do Rio Amazonas e áreas dos principais rios da região sujeitas à inundações por ocasião do movimento das marés. são as maiores do estado. . Campo de várzea (ou inundáveis): Ambiente influenciado pelo regime pluvial sazonal.de pinnus e eucaliptos (vegetação exótica) em substituição à vegetação original e conseqüente contaminação dos mananciais. O estado possui uma rica rede fluvial. Áreas deprimidas. Oiapoque e Jari. Os campos de Várzea são influenciados pelas águas das chuvas e pelo regime de marés. (região de lagos . Hidrografia: Bacias Hidrográficas do Amapá O Estado possui uma rica e vasta rede hidrográfica com concentração de lagos ao norte do Rio Araguari. Ocorre com maior intensidade na região que vai do Rio Araguari até o Cabo Orange. interligadas por uma intensa rede de canais com inúmeros pequenos lagos temporários ou permanentes. e de marés cíclicas. e outros. como é o caso do rio Oiapoque. lagos e igarapés. As bacias hidrográficas dos rios Araguari. com rios caudalosos e perenes. formando bacias secundárias conhecidas como bacias do Norte ou do Amapá.com cerca de 300 Km²). sendo grande parte deles constituintes da Bacia Hidrográfica Amazônica. no Oiapoque. pela abertura de canais em propriedades rurais. Macapá e Santana.77% entre 1991 e 2000 e 3. Tais ondas de águas doce. a pororoca significa “grande onda” na língua indígena. População: A maior parte da população habita na fachada oriental (leste). Ocorre quando há o encontro das forças contrárias da maré do Oceano Atlântico. e uma no rio Jari. pisoteamento do gado. comparado a todos os outros Estados do país (5. há outra vertente que explica que o termo é oriundo de um termo indígena onomatopéico “poroc-poroc”. o fenômeno da pororoca vem sendo prejudicado pela redução do volume de água do leito dos rios. onde existe uma grande variação entre a maré alta e maré baixa. a devastação de trechos para abertura de pastos. a erosão dos solos. esses lagos deverão tornar-se. Infelizmente. . Os lagos têm sua origem em antigas depressões limitadas por barreiras. fortemente urbanizados. cada vez mais rasos. Isso se associa a uma distribuição espacial desequilibrada da população.2% dos habitantes residindo em apenas dois municípios. mesmo que muito lentamente. vem crescendo de forma rápida. O grande problema da região dos lagos é a degradação (rebanho bubalino) compactação dos solos. proveniente da Corrente do Golfo que vem das regiões caribenhas. com maior propensão da massa líquida dos oceanos. além das mudanças climáticas relacionadas ao aquecimento global. em alguns casos os canais são mais largos que o leito do rio. que foram se formando pela deposição de sedimentos que estancaram a água. A população do Amapá. a usina de Santo Antônio. dentre outros. apesar de ainda ser a segunda menor entre todos os Estados brasileiros (2007). Pororoca: Consiste num fenômeno peculiar do Estado. O Amapá vem registrando as maiores médias anuais de crescimento populacional. e o fluxo das águas doces dos Rios do Estado por ocasião das luas cheias. duas construídas no rio Araguari (Cachoeira Caldeirão e Ferreira Gomes.17% entre 2000 e 2007). calculadamente. O fenômeno natural é um dos espetáculos mais edificantes da natureza que conjuga beleza e força. formam-se em rios e baias pouco profundas. há cerca de mil quilômetros. pela construção de grandes hidrelétricas.Nos últimos anos o potencial hidrelétrico das bacias amapaenses tem sido explorado com a construção de usinas hidrelétricas. no encontro das águas do mar com as águas do Rio. força que na Amazônia é sentida. Etimologicamente. a salinização das águas dos lagos. referência ao barulho da força das ondas. provocado dentre outros fatores. e o consequente represamento das águas. atingindo em 2007 uma taxa de 90%. É uma onda que ocorre em épocas de grande marés oceânicas. O Estado é também o que mais vem crescendo em concentração urbana na Amazônia Legal. À medida que a sedimentação continua. com 76. que junto com a usina de Coaraci Nunes formam o conjunto de usinas hidrelétricas do Araguari). O Amapá é o Estado Brasileiro que mais recebe imigrantes. O estado fica à frente somente de Roraima. saúde. Suas cidades mais populosas são Macapá.679 habitantes.450. Maranhão.Oiapoque . a maioria vindo do Pará (Marajó). a partir de uma pesquisa feita anualmente. com cerca de 505 mil habitantes. comércio e extrativismo mineral (implantação de grandes projetos de exploração mineral).218 3º . com 112. Pracuúba é onde vivem menos pessoas. de acordo com a estimativa.Calçoene .Santana . Principais atrativos econômicos para a migração: Criação da ALCMS.10.Mazagão .163 .218. e 750. chegando a apenas 4. educação. Confira a população por município do Amapá. o instituto havia estimado a população em 202 milhões no país. A capital Macapá é a cidade mais populosa do estado. Santana e Laranjal do Jari (mais de 70% de todo a população). Em todo o país.988 10º .571 7º . Consequências do excessivo crescimento populacional: urbanização anômala.456. Macapá é o município mais populoso do estado.Laranjal do Jari .531 habitantes. crescimento das atividades informais. segundo o IBGE: 1º . O levantamento do IBGE foi publicado nesta sexta-feira (28). segundo uma estimativa divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).212 8º . a densidade populacional continua muito baixa. com 456. com mais de 456 mil moradores.Tartarugalzinho . O Amapá é o penúltimo estado em número populacional do país.669 6º .364 9º .Pedra Branca do Amapari .15. violência urbana. Implantação do estado do Amapá.Porto Grande .Vitória do Jari . no Diário Oficial da União.19.171 habitantes. e ficando em menos de 2 habitantes/Km2 em seis dos 16 municípios.19. A projeção das populações é feita anualmente a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) e serve de base para o repasse de recursos do orçamento aos municípios.45.712 4º . com 4.171 2º .Com exceção desses dois municípios.24.14. expansão horizontal acelerada da cidade. ocupação descontrolada das área de ressacas. seguido de Santana. a estimativa aponta que o Brasil tenha 204.112.912 no estado. Os dados são referentes a 1º de julho de 2015.649 habitantes. com 766. aumento do desemprego. etc.263 5º .11 habitantes/km2 em 2007 para a totalidade do Estado. Em 2014.13. e outros estados do Nordeste.Macapá . problemas relacionados à moradia. estabelecendo-se a vigência de 50 anos a contar de 02/05/1953 ICOMI ICOMI se associou.Amapá . atraindo migrantes principalmente das ilhas do Pará.407 14º . a companhia brasileira manteve o controle acionário do empreendimento.Serra do Navio . em 1949.DNPM. A Estrada de Ferro do Amapá cuja construção foi iniciada em março de 1954 e concluída em fins de setembro de 1956. em projetos concebidos pelo arquiteto Oswaldo Arthur Bratke. novos projetos . Maranhão e de outros Estrados do Nordeste Acelerou o processo desorganizado de urbanização MODERNIZAÇÃO E CRESCIMENTO: ALGUNS “GRANDES PROJETOS PÚBLICOS E PARTICULARES” A descoberta do manganês no Amapá remonta a 1934.901 13º .6. serviu de escoamento (transporte) da produção de minério de manganês das jazidas de Serra do Navio ao Porto de Santana. e staff. o Governo do Amapá abriu concorrência internacional que atraiu vários grupos. à empresa americana Bethlehem Steel Corporation. e sobre as mercadorias estrangeiras que nela entram.Pracuúba .Ferreira Gomes . organizada de modo semelhante).altos dirigentes e coordenadores) e outra em Santana(Vila Amazonas.4. quando o Engenheiro Josalfredo Borges . Vila Intermediária - gerentes e chefes imediatos. empresa brasileira sediada em Belo Horizonte –MG.938 16º .4. situado à montante da cidade de Macapá. constituiu o principal elemento de uma nova dinâmica é juridicamente controlada pela SUFRAMA possui suspensão de impostos de Importação e dos Impostos sobre Produtos Industrializados.8. a ferrovia e o embarcadouro localizado em Santana na foz do Rio Matapi. que no entanto só foi editado em 09/04/1953(após aprovação do tribunal de Contas da união e ratificação pelo Congresso nacional). assinalou ocorrência de minério de manganês no vale do Rio Amapari. na margem esquerda do canal norte do Rio Amazonas O primeiro embarque de minério ocorreu em 10 de janeiro de 1957 Quando se percebeu que o minério de alto teor começava a diminuir rapidamente em função do voraz ritmo de exploração. celebrou-se o contrato em 06/06/50. No ano seguinte iniciaram-se os trabalhos de urbanização e saneamento e a construção de duas vilas residenciais destinadas aos empregados da ICOMI: uma em Serra do Navio (subdividida em Vila Primária. sendo declarada vencedora a Indústria e Comércio de Minério do Amapá-ICOMI.5. Com esse objetivo. inclusive estrangeiros. a serviço do Departamento Nacional de Produção Mineral .622 12º .4. fomentou um crescimento populacional acelerado do Amapá. mas atendendo às exigências estabelecidas no contrato de concessão.Itaubal .Cutias .531 Aspectos Econômcos do Amapá A IMPLANTAÇÃO DA ALCMS A implantação da Área de Livre Comércio de Macapá e Santana pelo Governo Federal em 1991.949 15º .11º .onde residiriam os operários -. Em 1954 começaram a ser construídos as instalações industriais. e escoada por um mineroduto até o Porto de Munguba. Com área plantada de 5. que até a implantação deste projeto. a então Jari Indústria e Comercio S/A.A. hoje denominada CADAM S. explora o Caulim (rocha sedimentar orgânica) que é um tipo especial de argila e que pode ser utilizado em diversos produtos. . produtora e exportadora de caulim para revestimento de papéis. como era denominada..2 milhão de hectares. esteve voltada à produção de celulose. associação do Grupo CAEMI (Companhia de Assistência a Empresas de Mineração) pertencente à Augusto Trajano Antunes. em Monte Dourado. contrastando com a vila de Monte dourado do outro lado do Rio Jari. que atualmente representa 90% do volume das cargas movimentadas pelo Porto de Santana CODEPA (Companhia de Dendê do Amapá) criada em 1981.A.USINA DE PELOTIZAÇÃO . matéria prima da celulose. mas com suas minas localizadas no Amapá. para a AMCEL . e localizava-se no Município de Porto Grande.adicionais foram realizados buscando o aproveitamento maior de minérios de baixo teor de manganês tais como: I . Esta empresa foi vendida pelo Grupo CAEMI à CHAMPION Papel e Celulose em 1996 A Companhia Docas do Pará arrendou no início de 1992. Localizada no Estado do Pará. em 1943. Almerim-PA JARI FLORESTAL Em 1967. e no revestimento do papel A exploração é feita no Município de Laranjal do Jari no Morro de Felipe no Amapá. entre eles.000 para 50. às margens do Rio Jarí.000 ha CADAM Em meados de 1991 a CAEMI adquiriu o controle da Caulim da Amazônia S. com toda infra-estrutura necessária Implantado no Amapá. A CADAM já pertenceu ao Grupo Mitsui e atualmente pertence à Cia Vale do Rio Doce. a partir de 1956. que foi toda planejada. de tintas. eram considerados como rejeitos. A população de Monte Dourado. foi vendida a um magnata norte-americano Daniel Keith Ludwig.ICOMI. mas que aglomerados. e em seguida autorizou a concessão da exploração do manganês na Serra do Navio. não aceitáveis pelo mercado. Outra realidade danosa foi a favela que se formou no entorno do projeto: a Vila de Beiradão (hoje transformada no Município de Laranjal do Jarí.A. CAEMI O GRUPO CAEMI: do Quadrilátero Ferrífero ao Manganês do Amapá A Caemi (Cia Auxiliar de Empresas de mineração) O Governo federal criou o Território Federal do Amapá .3ha no porto. 6. o projeto cobre uma área de 1. a CADAM havia iniciou suas atividades em 1971.e da Bethlehem Steel (USA) AMCEL Criada em 1974 a AMCEL(Amapá Florestal e Celulose S/A).Amapá Florestal e Celulose S/A. para a instalação de uma indústria que produz cavacos. na indústria farmacêutica. passou de 3.Esta empresa foi vendida ao grupo paraense COPALMA que explora o setor de óleos de dendê.. considerada uma das maiores favelas de palafitas do Brasil). permitiram o aproveitamento deste finos de manganês.Este projeto permitiu a recuperação de minério de granulometria mais finos.000. à Industria Comércio de Minérios S. Depois de alguns anos concluiu-se que essa planta não se desenvolvia satisfatoriamente em clima e solo amazônico. sobre duas plataformas flutuantes. da margem esquerda do rio Anajás à margem esquerda do rio Atua O Projeto Itajobi (Amapari) É uma subsidiária da multinacional Anglogold (uma das maiores mineradoras de ouro do mundo). na cidade de Kure no Japão. Para produzir a matéria-prima(a celulose) para a fábrica de papel. desgostoso com várias questões. Após a compra do projeto em 28 de fevereiro de 2000 O grupo Caemi. e em razão disso alguns anos depois. Hoje é administrada por um grupo paulista (grupo Orsa). Augusto Antunes atuou como mediador entre Ludwig e o consórcio brasileiro.42km. Objetivo: é extrair do Amapá 4. bubalinocultura (búfalos). da empresa Companhia do Jari. principal empresa privada que assumiu então 40% das ações do Jari. em até 1/3 do atual percurso fluvial Via: ligação dos rios Atuá e Anajás: canal artificial com 31. necessária para a alimentação da usina termoelétrica que gera toda a energia do projeto. decidiu então convocar um grupo de 23 empresas brasileiras para assumir o controle do projeto. OUTROS PROJETOS MAIS RECENTES Hidrovia do Rio Marajó Objetivo: consiste basicamente na Implantação de uma via navegável que cruze a ilha de Marajó. e o governo brasileiro. de ouro por ano Localização: Município de Pedra Branca do Amapari O projeto pretende explorar o ouro por sete anos. teve sua administração repassada à outro grupo. no entanto só este último vigorou com eficiência uma fábrica de celulose foi projetada para funcionamento em 1978. sendo encomendada e construída pelos estaleiros Ishikawagima. A Estrada de Ferro Jari foi construída para transportar a madeira cultivada das áreas plantadas para a fabrica de celulose e também madeira nativa de segunda qualidade resultante das áreas desmatadas para implantação da floresta cultivada. que foram rebocadas desde o Japão até Munguba no rio Jarí. relativa ao financiamento das plataformas no Japão. numa área de 800 hectares investimento total da ordem dos 60 milhões de dólares Preocupações: A primeira preocupação tem a ver com o cumprimento de todas as exigências técnicas e legais em relação ao empreendimento. que assumiu o controle total do empreendimento inclusive suas dívidas em Ienes. o que representou 2/3 dos custos de produção naquele ano.5 ton. o empresário. em 22 de janeiro de 1982. Principal crítica: como será o manejo e utilização de “cianeto” para purificação do ouro . da baía do Marajó ao braço sul do rio Amazonas. tendo conseguido resolver o impasse de maneira razoável para todos. transferiu sua parte para o grupo Orsa. A outra tem a ver com os reflexos trazidos para a sociedade nas demais áreas. No ano de 1996 o balanço financeiro do Grupo Jari apresentou um défict de 60 milhões de dólares. Dos 220 km projetados inicialmente foram construídos apenas 68 km Após 1981. suinocultura (porcos) e celulose. propiciando uma ligação mais direta entre Belém e Macapá Vai reduzir o percurso e o tempo entre o Amapá e o Pará. resolveu suspender o fluxo de capital que havia mantido durante tantos anos.O projeto Jari tinha como objetivo inicial produzir a rizicultura (arroz). o que resultou na tomada de posse do empreendimento pelo grupo brasileiro e a constituição. foram plantados milhares de árvores chamadas de gmelina. Georges de l’Oyapock. em Caiena. devido a sua proximidade aos mercados europeu e norte-americano.5 milhões de toneladas de ouro ao ano. Dos 590 km que separam Macapá de Oiapoque. A estimativa para a produção de ferro gusa é de 2 milhões de toneladas anuais. entre o Amapá e a Guiana Francesa. caso novas reservas sejam localizadas. Transportes de cargas e passageiros em linhas internacionais ainda ficarão restritos na abertura provisória. Ponte Binacional Amapá x Guiana Francesa A Ponte Binacional sobre o Rio Oiapoque. O início das operações inicou-se no segundo semestre de 2007. Paramaribo. a 15 Km de Serra do Navio. Com uma jazida de minério de ferro de padrão “world class” . no lado brasileiro. Desse total. . com reservas vida útil de 13 anos . A decisão está inserida no marco de acordo de circulação transfronteiriça. O terminal portuário deverá entrar em operação em dezembro de 2007 e permitirá o armazenamento de até 500 mil toneladas de minério de ferro e a operação de navios do tipo Cape Size (capacidade igual ou superior a 80 mil toneladas).100. uma unidade de produtos semi-acabados e um terminal portuário no município de Santana (Terminal Portuário de Santana). e a cidade de St. 6 de dezembro. A abertura provisória será limitada a carros de passeio e à população da região de fronteira compreendida entre o município de Oiapoque. será aberta provisoriamente em janeiro de 2017.5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.5 milhão de toneladas) à exportação. o Sistema possui localização privilegiada para exportação. A nova agenda foi definida durante a X Reunião da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça França-Brasil.3 milhões de arrecadação em impostos por ano. na Guiana Francesa. O total de empregos diretos e indiretos deve chegar a cerca de 1. somente 157 km estão asfaltados. A travessia do rio Oiapoque para a cidade francesa Saint Georges (ponte de aproximadamente 310 m) Esta é uma das estratégias que poderá tirar o Amapá do isolacionismo geográfico Mineração Pedra Branca do Amapari (MPBA): Localizada no Município de Pedra Branca do Amapari. 500 mil toneladas serão destinadas à produção de semi-acabados e o restante (1. a partir de abril de 2008. Georgetown e Boa Vista. capital da Guiana Francesa. sendo os Municípios de Serra do navio e Pedras Branca do Amapari os mais atingidos. cerca de 1. O projeto também prevê a construção de uma planta de ferro gusa. A Mina Amapá tem potencial para produzir até 6. MMX AMAPÁ: O Sistema MMX Amapá compreende a Mina Amapá e a Estrada de Ferro do Amapá. com possibilidade de extensão . A implantação do projeto provocou uma forte imigração para a área.com mais de 400 milhões de toneladas -. cerca de 2.A Transguianense: permitirá ligar Macapá à Manaus e Caracas. que teve início na terça-feira. mais de 25 milhões em royalties para o Município. passando por Caiena. obra que foi finalizada em 2011. na Reunião da Comissão Mista. está sendo construído o pátio aduaneiro no lado brasileiro. saúde. disse o governador Waldez Góes. O encontro visa facilitar o intercâmbio entre os países. a abertura provisória tem a finalidade de oferecer oportunidade para que as autoridades de ambos os governos ajustem procedimentos de operação conjunta com a ponte. . prossegue nesta quarta-feira. representantes da Federação do Comércio do Estado do Amapá (Fecomércio). realizando uma simulação de abertura. Comissão Mista A Reunião da Comissão Mista de Cooperação Transfronteiriça França-Brasil. deverá ser concluída. No entanto. que acontece em Caiena. serão testados todos os dispositivos já concluídos da obra. Após essa etapa serão iniciadas as atividades da Receita e Polícia Federal. cooperação policial e judiciária. no dia 16 de janeiro. integram a comitiva amapaense secretários e servidores Estado. dia 7. a comissão mista continua tratando dos aspectos comercias”. Segundo o diretor do Departamento de Europa do Itamaraty. Ainda serão debatidos temas como segurança e defesa. capital da Guiana Francesa. a população dos municípios vizinhos e. que lidera a comitiva oficial do Amapá. cultura e pesquisa e inovação. e terá a abertura provisória prevista para a última semana de janeiro. que permitirá um exercício conjunto dos países”. Os prazos foram repactuados e as tratativas serão feitas com todos os órgãos regionais”. não há impedimento para que as regiões. Além do governador Waldez Góes. posteriormente. nesse primeiro momento. desenvolvimento do comércio e atrativos regionais. Universidade Estadual do Amapá (Ueap) e Universidade Federal do Amapá (Unifap). Atualmente. em Caiena. para trafego comercial. educação. permitindo os acertos para abertura plena. “A ideia é beneficiar. Para o prefeito da Guiana. em uma série de discussões internacionais de desenvolvimento socioeconômico. agricultura. o ministro Carlos Perez. Na ocasião. “Estamos convictos da liberação da ponte para trafego de veículos de passeios.Durante o encontro também ficou decidido que ocorrerá um dia de simulações da abertura provisória da ponte. paralelamente. Após esse dia de testes. o local deverá ser fechado por alguns dias novamente para possíveis ajustes. segurança civil. meio ambiente. luta contra a pesca ilegal. ao longo do próximo semestre. As lideranças políticas da Guiana Francesa compactuaram com o novo calendário. em ambos os lados. destacou. ressaltou. a relação da cooperação é um meio de desenvolvimento das duas regiões. das 8h às 17h. Martin Jaeger. Sebrae/Amapá. A construção da estrutura é uma das condicionantes para a abertura oficial da ponte. “A obra está em perfeito andamento e. governos e embaixadas fechem aqui uma estratégia para abertura provisória. que mostra a concentração de renda anual por morador de cada município. segunda maior cidade do Estado.2%. A pesquisa foi concluída recentemente pela Secretaria de Estado do Planejamento.2%. o Estado já sabe que é preciso ter.76 bilhões. Serra do Navio e Amapá. Porém quando analisados os setores econômicos é que se pode perceber o grande desafio da economia local. o indicador apontou que o Amapá produziu R$ 12. Itaubal e Tartarugalzinho. O crescimento de dois mercados. que somam 2.7 mil. Já os cinco menores participantes no PIB do Estado são Itaubal. No ano de 2013. A folha do Estado. as atividades de econômicas geradas a partir da produção de energia em Ferreira Gomes.Aspectos Econômicos: Por: Elder de Abreu Estudo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios amapaenses apontou que Estado iniciou um processo de descentralização da sua economia. nesses dois municípios. e Ferreira Gomes. Segundo a economista. com a Usina Hidrelétrica. e segmento de Serviços e Comércio com 84. ano anterior da pesquisa. “O governo teve a preocupação de olhar o potencial de cada município focado dentro da sua economia”.6%. um setor industrial mais agregativo”. por causa da atividade mineral. segunda a economista. mas este percentual representa uma queda de 3.4%. indústria. PIB Estadual O PIB é o indicador que quantificada as riquezas produzidas. ou regionalizada. seguida de Laranjal do Jari com 4. que está englobada no terceiro setor. Como sempre. e comércio e serviços. Mas percebemos uma concentração de renda aí.9%. com renda per capita de R$ 26. ainda representa 44. para 64. o Plano Pluri Anual (PPA) 2016/2019 foi traçado a partir de alguns dados consolidados do estudo.6%.1%. Cutias do Araguari. A partir de então. observa que até 2010 havia uma grande concentração na capital. o estudo é um retrato dos municípios e. que são Pedra Branca.7 mil. Em segundo lugar. ajudaram a descentralizar o PIB. mesmo quando estava em andamento. que coordena a equipe técnica da Seplan responsável pelo estudo.7% em relação à 2010. em 2010. a economia do Estado passa ser melhor distribuída. os números consolidados correspondem aos dois anos anteriores. A economista Regina Célis. enquanto que a indústria contribui com 13. porque novos polos econômicos começaram a surgir. Então. por consequência. “Temos dois municípios com indústrias fortes. ou seja. levando em consideração os três segmentos econômicos: setor produtivo. Orçamento e Tesouro (Seplan). além do desequilíbrio nos indicadores sociais.8%. A economista exemplificou com o indicador Renda Per Capita.2% do PIB do Estado. o imobiliário e o da indústria de transformação. com a indústria de energia elétrica. É um indicador que leva em consideração aspectos mais econômicos que sociais. e Porto Grande com 2. mas este percentual reduziu de 66. vem Santana. Ela diz que a pesquisa vai ajudar a nortear políticas públicas para cada vez mais desconcentrar a economia e equilibrá-la. com R$ 27.3% do PIB. Pracuúba. que é o desequilíbrio entre eles: o setor produtivo representa 2. e a exploração mineral em Pedra Branca do Amapari. foram . ao ano de 2013. afirma. em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também tem relevância o aumento da produção agrícola dos municípios de Porto Grande. A maior participação dos municípios no PIB estadual continua sendo de Macapá. com participação de 14.3%. Segundo Regina Célis. Pedra Branca com 2. Oiapoque com 2. da atividade econômica do Estado.4%. Neste contexto. entre 1990 e 1996. Dentro desse setor. Vitória do Jari e Oiapoque. Observa-se que a economia do Amapá está centrada principalmente no setor de serviços. uma taxa média anual de crescimento econômico de 4. destacam-se as concessões florestais e as cooperações para dobrar a área de plantio. sendo este mais acentuado entre 1995-96.4%. Excluindo-se algumas grandes empresas. comércio e aluguéis com . Santana. incluída a administração pública. com o processamento do pescado. foi o que mais caiu. com a atividade mineral.33 bilhão. a economia amapaense cresceu acima da média nacional no período entre 1985 e 1998. Em que pese ser pequena sua contribuição para o PIB do Brasil. produzido por uma empresa multinacional. os segmentos de maior destaque foram administração pública. As atividades de comércio e serviços têm superado a administração pública na geração de empregos em anos recentes. R$1. responsável pela geração da maior parte do PIB do Estado (70. produtos primários e semi-elaborados. crédito restrito e por contingente populacional reduzido. da construção civil e da indústria de transformação e tem sua capacidade de expansão limitada pela oferta de energia e por outras deficiências em infra-estrutura. Célis lembra que o governo lançou recentemente medidas para alavancar esses segmentos econômicos. O setor primário.2% no Brasil e 1. onde estão o comércio e o funcionalismo público.2% do PIB total do país (Ipea). onde está a produção de alimentos do Amapá. Cutias. 0. e Calçoene. O setor de serviços representava. o Amapá teve. Laranjal do Jari. De acordo com a Sudam (1998). Itaubal e Tartarugalzinho.3% e 0. a recente regulamentação da Zona Franca Verde é outro projeto promissor. produção florestal. açaí e cacau) encontra-se em franca expansão em virtude do apoio de políticas governamentais. aproximadamente. o cavaco de pinos. Até 2009 contribuía com aproximadamente 4%.5% do PIB total da Região Norte e 0. que participava com 3. Para isto. pesca e aquicultura são Pracuuba. O setor terciário. O setor secundário está concentrado nas atividades do extrativismo mineral.0%). com geração de energia. O setor primário é caracterizado por baixo nível tecnológico. observa a economista. borracha.8% na Região Norte. A participação da agropecuária foi de 0. Já no terceiro setor. Amapá.2% do total do Brasil e 4. apesar de não ser o principal empregador. com a indústria de transformação. Uma vez terminada a exploração de manganês na Serra do Navio. Segundo a pesquisa. quando eram 2. “O que podemos verificar é a necessidade de melhorar os desempenhos da indústria e da produção de alimentos”. O extrativismo vegetal (castanha. E na indústria. é o mais representativo da economia amapaense. e a indústria. a ordem é: Macapá. em 1998. seguido em importância pelo palmito de açaí e pelo pescado. os municípios que mais desenvolvem atividades econômicas agropecuárias.1% no total brasileiro. o que representava 3. Economia A economia do Amapá é diretamente dependente dos recursos naturais caracterizando-se pela exploração de matérias-primas. representa mais de 50% da exportação total. No setor produtivo.2% na região Norte.1% respectivamente (Tabela 6). No setor industrial. Produto Interno Bruto O Amapá possuía em 1998 um Produto Interno Bruto (PIB) de. por segmento. representava 0. predominam a informalidade e o baixo nível de utilização tecnológica.responsáveis pela baixa. Santana. Essas participações foram ampliadas desde 1985. lideram: Pedra Branca. Ferreira Gomes.0% da Região Norte. Por fim.2% para 7. caulim e granito.6% e 11. Macapá. para assegurar base energética às indústrias que vierem a ser ali instaladas. Na pecuária predominam as criações de búfalo e o gado bovino. Outras riquezas minerais Além do manganês. explorada pela empresa Hanna Company. amadeira e também a pesca. saindo de 40. que poderá contribuir para o surgimento de valiosas fontes econômicas. com 70% de ferro. Entre junho de 1993 e julho de 1994. assim como um porto.7%. com 22. com possibilidades de aproveitamento no setor de transformação industrial.8% do PIB estadual. 14. tendo passado no período de 6. Ali se encontram as maiores reservas do país. Indústria e Comércio de Mineração. Manganês Principal riqueza do estado do Amapá. palmito e as madeiras. o Amapá tem também grande reserva de recursos naturais que incluiminerais como o ouro.6 milhões de toneladas de hematita.7% do PIB estadual.9%. com o nome de capitania da Costa do Cabo do Norte. respectivamente. antes território administrado pelo Governo Federal. A região onde hoje se encontra o estado do Amapá foi doada ao português Bento ManuelParente. existe uma jazida de 9. sendo as encomendas asseguradas por um contrato com o Defense Materials Procurement Agency.4% em 1998. foram produzidos 451 milhões de kwh de energia. No extrativismo vegetal são exploradas a castanha-do-pará. onde são avaliados fatores de produção até agora pouco explorados. com 14. Os maiores crescimentos ocorreram nos segmentos de aluguéis e de administração pública. Diamantes são também muito encontrados na região de Santa Maria. A produção agrícola limita-se ao cultivo de arroz e mandioca. o setor agropecuário aparece com uma participação de 7. 15% na participação do PIB estadual. ou seja. Cassiporé e Igarapé de Leona. aproximadamente. A indústria vem a seguir. A participação da agropecuária apresentou oscilações com picos em 1989 e 1995. RECURSOS Este é um segmento de suma importância para a economia do Amapá. Essa empresa construiu uma estrada de ferro com capacidade para 700 mil toneladas de minério e200 mil toneladas de outros tipos de mercadorias. chegando o estado a extrair 80% da produção total de manganês do país na década de 60.participações de 30. Nesse setor. A mineração do manganês provocou deslocamento de mão-de-obra e contribuiu consideravelmente para o aumento da população no estado. do grupo Bethlehem Steel.7% na composição do PIB do Estado. A produção de energia elétrica no Amapá supera o seu consumo doméstico. explorado nos garimpos dos rios Calçoene. No final do . além do rico veio existente no rio Gaivota. o manganês teve sua exploração iniciada em 1957. O setor industrial dedica-se ao processamento das principais riquezas do estado. a que podem ter acesso navios de até 45 mil toneladas. tendo sido 1990 o ano que registrou menor porcentagem. que paga royalties de 4 a5% do valor do minério extraído ao governo local. Entre os minerais mais encontrados no estado estão as jazidas de manganês. Analisando a evolução na composição dos setores no PIB do Amapá entre 1985 e 1998. órgão governamental norte- americano. densidade de seus rios e pela grandeza de suas florestas. A participação da indústria apresentou queda significativa. a extração mineral. observa-se que a participação do setor de serviços cresceu nesse período em. que aumentaram cerca de 8% cada. destaca-se o segmento da construção civil. Destacam-se na composição da economia do estado do Amapá as atividades extrativistas tanto vegetais como minerais.4%. para um consumo local de 220 milhões de kwh. sendo identificado pela vasta extensão de suas terras. ouro. A 80 km da capital. Suas jazidas foram arrendadas por 50 anos pela Icomi. em 1637.7% em 1985 para 22. A renda dos royalties do manganês foi destinada à construção da Usina de Paredão. com o nome de Amapá. A nova Constituição. etc. PROJETO SOJA Daniel Popov.Procedeu-se a nova divisão territorial. Muitoembora existam boas perspectivas de desenvolvimento agrícola tendo e.laranja. A Comissão de Arbitragem. promulgada em 5 de outubro de 1988. Mas essa realidade está prestes a mudar. feijão. no entanto. cooperativas esindicatos. a região sofreu incursões de ingleses e holandeses. em Genebra. pracaxí. ainda écultivada em pequena escala.O povoamento do território começou a se intensificar no século XIX. sendo considerada uma cultura de subsistência.com a criação do município de Calçoene e a cessão de terras ao norte dos rios Amapá Grandee Mutum. uma vez que é o suporte básico de qualquer economia no Amapá. oterritório passou à administração do Governo Federal. cedro. andiroba. de São Paulo O Estado do Amapá planta atualmente 14 mil hectares com soja e colhe 38 mil toneladas.5 milhões de m³. Em 1945. para o cultivo de culturas temporárias como: arroz. Em 1943.o Tratado de Utrecht estabeleceu os limites entre o Brasil e a Guiana Francesa. principalmente no que se refere a crédito. coco. culturas permanentes como: pimentada-do-reino. .. Angelim. vista as condiçõesadequadas e bons solos e climas. etc. Pelosetor público. os quais nãoforam respeitados pelos franceses. distribuição e comercialização dosprodutos. limão e outros. propícios. que havia atingido altos preçosinternacionais na época. macacaúba.. EXTRATIVISMO VEGETAL Madeira A densa floresta conta com aproximadamente 9. ressaltando-se também a existência de espécies madeiras com fonte dematerial celulósico e semente oleaginosas com alto teor de óleo. As concentrações de madeiras comercializáveis equivalem a 170 m³por habitantes. etc. a incipiente organização dos produtos em associações. de grande aceitação comercial nos mercadosnacional e internacional. A descoberta de riquezas. para proteger seus limites das incursões dos franceses. pau mulato.mesmoséculo. números tão pequenos que nem ao menos aparecem nos levantamentos de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entre as espécies maiscomercializadas de madeiras estão: acapú. que restringe o seu poder de negociação na busca pelo desenvolvimento de suasatividades. AGRICULTURA A atividade agrícola embora seja considerada de maior importância sócio-econômica.Para o suprimento da demanda interna. No século XVIII. Entre as sementes oleaginosas que mais se destacam são: andiroba. Alguns fatores foram responsáveis por este desempenho negativo da agricultura. breu. Foi mais uma vez desmembrado em dezembro de 1957. que foram expulsos pelosportugueses. o mercado importa grande do seu consumo. fez crescer as disputasterritoriais que culminaram com a invasão dos franceses em maio de 1895. com uma reservade madeira superior a 1. mandioca. deu a posse da região ao Brasil e oterritório foi então incorporado ao estado do Pará com o nome de Araguari. A participaçãono abastecimento do mercado local é insignificante não havendo excedente para exportação. ucuúba. elevou o território do Amapá à categoria de estado da Federação.milho. passando a parte do Amapá ao norte do rio Cassiporé aconstituir o município de Oiapoque. a região deve atrair investidores interessados em abrir outros 400 mil hectares para a semeadura da oleaginosa na região. legumes. localizado no sudeste do Estado. revolucionou a economia local. houve a limitação de recursos destinados aos projetos de fomento ao setor decorrente da situação financeira imposta pelo governo federal na contenção do déficit públicoque atingiu o Amapá de modo contundente influenciando a ação estadual na área rural. Os portugueses construíram então a fortaleza de São Josédo Macapá. castanha-do- Pará. Delado do setor privado.maçaranduba. adescoberta de ricas jazidas de manganês na serra do Navio. os franceses também reivindicaram a posse da área e em 1713. com a descoberta deouro na área e o crescimento da extração da borracha.5 milhões de hectares. em 1º de janeiro de 1900. Com a inauguração de um terminal de grãos no porto de Santana. sucupira. ” Apontando crescimento de 900% na produção nos últimos cinco anos. a área passe dos atuais 14 mil hectares para pouco mais de 22 mil. Itaubal. “Neste próximo ano já faremos algumas áreas de teste adiantando a soja e vendo como será o desenvolvimento. “Agora boa parte da produção que era exportada pelos portos de Santos e Paranaguá podem vir para o Amapá e gerar uma economia de 20% pelos menos”. que destaca o impulso na colheita do grão a partir das possibilidades de exportação e estocagem no Porto de Santana. “Estamos estudando adiantar a safra de soja. “São áreas com solo zerado. produzidos ali mesmo no estado. a 17 quilômetros de Macapá. com outros 600 mil para reserva legal. comemora o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Amapá (Aprosoja-AP). de Sorriso. Sinop e região Norte do estado. “Isso é um marco histórico para o Amapá”. na primeira safra e só depois colocamos a soja. reitera Sebben. milheto etc. Hoje. A previsão é da Associação de Produtores de Soja do Amapá (Aprosoja). e a perspectiva para a safra de soja 2017/2018. o setor de plantio de soja no Amapá estima arrecadar até R$ 60 milhões em 2017. O estado possui aproximadamente 400 mil hectares de cerrado para futuras aberturas e expansão. montante que representa quase 66% de toda a produção do Amapá da safra 2016/2017. cobrimos a área com braquiária. que precisam ser trabalhados e corrigidos. “Além de ajudar os produtores de Mato Grosso. Segundo estimativas realizadas pela Aprosoja-AP a economia no valor do frete destas regiões até o porto de Santana pode superar a casa dos 20%. afirma o executivo. para produzir duas safras. Porto Grande e Tartarugalzinho. conta ele. Já a expansão total só deve acontecer em cinco anos. O transporte será realizado através da rodovia BR 163 até o município de Itaituba. no Pará e depois segue de balsa pela Hidrovia Tapajós Amazonas até o Porto de Santana. A produção local ocupa atualmente uma área de 19 mil hectares cobrindo quatro municípios: Macapá. Ao que parece esse movimento de expansão já começou. Entretanto nossa produtividade em áreas novas supera as 40 sacas por hectare”. .Quando o navio adentrou o porto de Santana na manhã desta quinta-feira. depois da abertura das áreas.” Sebben conta que a ideia inicial do empreendimento era atender a demanda por transporte portuário dos produtores de soja e milho do Mato Grosso. adaptação de cultivares para a região e adequação do calendário de plantio. não demorou a receber a sua primeira carga de soja no terminal de grãos recém-inaugurado. relembra. “Esse terminal graneleiro representa um divisor de águas na agricultura do Estado. Ao todo foram embarcados 25 mil toneladas do cereal.”. colhida em setembro. o porto incentivará uma grande expansão da agricultura do Amapá”. Daniel Sebben. mas esses 19 mil hectares são 35% maior que a área cultivada no ano passado". Primeira carga de soja foi exportada para a Europa em setembro de 2016 (Foto: Divulgação/ Governo do Amapá) A produção de 2016. na balança comercial. com agrônomos locais para prestar serviços de consultorias a esses produtores. de acordo com a Aprosoja. girou em torno de R$ 42 milhões. com a aquisição de equipamentos. "Temos um fácil acesso ao porto. contratação de empresas e mão-de-obra. Quanto a assistência técnica. Além disso. compramos todas as peças. sendo que a maior parte do recurso proveniente da exportação do grão foi aplicado no mercado local. "Para o Amapá representa um salto na economia. nem existiam empresas do tipo no Amapá. material de construção e óleo diesel dentro do estado". hoje estamos no máximo a 200 quilômetros do porto. na relação com os outros países e outros estados. disse que atualmente cerca de 50 agricultores no Amapá trabalham com o plantio em média escala do grão. na Holanda.Potencial do cerrado do Amapá é abrigar 400 mil hectares para cultivo (Foto: Divulgação/Aprosoja) O presidente da Aprosoja. "É uma transferência direta de recursos. com mais de 25 mil toneladas. aponta Sebben. Ainda não plantamos nem 5% do potencial do estado. transporte 100% é contratado aqui. mas que o mercado pode ser expandido para uma área de até 400 mil hectares. completa. O produto foi embarcado no Porto de Santana com destino ao Porto de Roterdã. Em termos de serviço. Daniel Sebben. presidente da Aprosoja (Foto: John Pacheco/G1) Exportação Além da venda da soja para outros estados. hoje tem. o que é bom para nós. A produção de soja do Amapá só é possível em função do porto de . os produtores locais realizaram em setembro de 2016 a primeira exportação do grão para a Europa. Daniel Sebben. predominantemente no cerrado. A estrutura compensa o nosso isolamento por rodovias para outro estado". segundo a associação. a rotação entre soja e milho foi possível. "Com o clima amazônico.Santana. . Podemos fazer uma safra de soja em um ano. deu viabilidade comercial à exportação. argumenta o presidente. Elas têm demandas e mercados diferentes e se equilibram muito bem". Porto de Santana impulsionou possibilidades de produção (Foto: Divulgação/Prefeitura de Santana) Outras culturas A característica de solo e clima do estado também facilitam o plantio de outros grãos no cerrado do Amapá. completa Sebben. que aproveitam as áreas usadas para a soja. arroz e feijão. como o milho. colhemos e depois plantamos o milho. ht http://gesieldesouzaoliveira.br/2017/03/geografia-do-amapa.com/ap/amapa/noticia/2015/08/amapa-tem-766679-habitantes-ate-2015- segundo-estimativa-do-ibge.academia.org/location/274627/ .pdf http://www.com.gov.climate-data.br/setec/arquivos/pdf/indicada1_ap.gov.mec.mpap.blogspot.blogspot.ghtml https://www.htm http://geografiaeanarquia.html http://www.br/amapa-a-nova-fronteira-agricola-do-pais/ http://www. 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