Geografia Caa 1s Vol3 2010reduzido
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Caro(a) aluno(a), Neste Caderno você será apresentado aos saberes da Geologia, uma importante ciência que estuda a composição, a estrutura e os processos dinâmicos do nosso planeta, bem como sua história e evolução. A Terra está em contínua transformação desde sua origem, porém algumas mudanças são tão lentas que não podemos notá-las no intervalo de tempo de nossa vida, como, por exemplo, a erosão de uma montanha. Outras são violentas e rápidas, como um terremoto ou um tsunami, que afetam sensivelmente um de- terminado lugar. Sinta-se, então, convidado a descobrir e aprender como ocorrem os fenômenos naturais que criam e modelam a superfície terrestre. Aproveite bem este Caderno e bom estudo! Equipe Técnica de Geografia Área de Ciências Humanas Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENP Secretaria da Educação do Estado de São Paulo GEO_1S_VOL3_CA.indd 1 9/8/2010 14:39:46 GEO_1S_VOL3_CA.indd 2 9/8/2010 14:39:46 Geografia - 1 a série - Volume 3 3 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 ESTRUTURAS E FORMAS DO PLANETA TERRA: OS MOVIMENTOS E O TEMPO NA TRANSFORMAÇÃO DAS ESTRUTURAS DA TERRA Observe bem seu bairro e, em uma folha avulsa, descreva a geografia dele. Restrinja-se ao mundo inor- gânico (sem vida): o relevo, a hidrografia e o clima. Você pode acrescentar desenhos, em especial do re- levo que observar: colinas, morros, fundos de vale etc. Leitura e Análise de Quadro e Imagem Examine o quadro a seguir. As três esferas terrestres (Interface onde as esferas se encaixam: superfície terrestre) Esferas Materiais básicos Composição química (predomínio) Temperatura (limite) Estado da matéria Litosfera (referência para o relevo) “terra” e rochas materiais pesados: ferro, silício, magnésio e outros cerca de 700 o C sólido Hidrosfera (referência para a hidrografia) água materiais leves: hidrogênio e oxigênio cerca de 100 o C líquido Atmosfera (referência para o clima) ar materiais leves: nitrogênio, oxigênio, hidrogênio e outros gases cerca de 50 o C gasoso Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. ! ? ● Não inclua as obras humanas. ● A vegetação também deve ser ignorada. GEO_1S_VOL3_CA.indd 3 9/8/2010 14:39:48 Geografia - 1 a série - Volume 3 4 Após a leitura do quadro, responda às questões que seguem. 1. O que acontece se a água for aquecida a 100 ºC? 2. O ar atmosférico tem diversas temperaturas e a máxima, como mostra o quadro, atinge cerca de 50 ºC. O que acontece quando a temperatura está em 33 ºC? 3. O que acontece se os materiais que compõem a litosfera forem aquecidos acima da temperatura de 700 ºC? A imagem abaixo pode servir como um elemento a mais para sua resposta. © R o g e r R e s s m e y e r / C o r b i s - L a t i n s t o c k Erupção do vulcão Kilauea no Havaí em 12/3/1992. A ativi- dade vulcânica, comum nesse arquipélago, se dá numa área no centro de uma placa tectônica. A lava (o magma) que está sendo derramada na superfície terrestre tem mais de 700 °C. GEO_1S_VOL3_CA.indd 4 9/8/2010 14:39:53 Geografia - 1 a série - Volume 3 5 4. As esferas terrestres sofrem alterações? Seus materiais podem ser transferidos de uma esfera para outra? Justifique. 5. Os seres humanos estão expostos a eventos da natureza: precipitações, furacões, enchentes, frio e calor intensos, terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas etc. Procure associar os eventos citados às esferas terrestres apresentadas no quadro “As três esferas terrestres”. Depois escolha três deles e descreva como ocorrem. 6. Em seu cotidiano, qual(ais) evento(s) proveniente(s) das esferas terrestres você já vivenciou e qual(ais) você nunca presenciou? A figura a seguir pode auxiliá-lo na elaboração da resposta. © M i k e T e i s s / U l t i m a t e C h a s e / C o r b i s - L a t i n s t o c k Furacão no sul dos Estados Unidos, no Estado da Flórida. Essa é uma área muito suscetível a eventos dessa natureza. GEO_1S_VOL3_CA.indd 5 9/8/2010 14:39:56 Geografia - 1 a série - Volume 3 6 ● O que é pouco tempo para o ser humano é pouco tempo na vida de uma mosca doméstica que, em média, vive 30 dias? E o que é muito tempo na vida do ser humano, digamos 72,8 anos, que era a “esperança de vida ao nascer” do brasileiro em 2008, significa muito tempo para os movi- mentos da hidrosfera? Em 73 anos pode surgir um novo rio natural na superfície terrestre? ● É comum afirmar que os oceanos existem na superfície terrestre há pouco tempo, apenas 200 milhões de anos. Esse tempo é pouco em relação à história do ser humano ou à história do planeta? ● Vocês concordam com a afirmação de que o tempo é relativo? 7. Qual esfera terrestre se movimenta mais? Por quê? 8. Mesmo quando não ocorrem terremotos e erupções vulcânicas, a litosfera se movimenta? Justifique. A proposta é discutir o tempo. As reflexões devem ser debatidas com seus colegas, contando com a mediação de seu professor. As questões a seguir orientam a atividade. ● Após debater as questões, o grupo deve examinar e completar o quadro “Guia de reflexões sobre a relatividade do tempo”, apresentado na próxima página. ● Com base nas questões e também no trabalho realizado com a análise e o preenchimento do “Guia de reflexões sobre a relatividade do tempo”, em uma folha avulsa, produzam um relatório contemplando dois aspectos: – O tempo é relativo às referências que usamos. – O tempo da natureza é outro, bem diferente do tempo humano. GEO_1S_VOL3_CA.indd 6 9/8/2010 14:39:57 Geografia - 1 a série - Volume 3 7 Guia de reflexões sobre a relatividade do tempo Relação temporal Considerando o tempo de vida de um ser humano e a história de suas sociedades, seria possível perceber que os continentes estavam se afas- tando e os oceanos se alargando? Tempo humano ↕ Tempo da natureza É possível afirmar que, para o ser humano, os oceanos sempre tiveram o mesmo tamanho? Afinal, em 2 milhões de anos, o Oceano Atlântico ampliou-se cerca de 24 km, e nos últimos 10 mil anos, abriu-se somen- te cerca de 120 metros. Argumente. Tempo humano ↕ Tempo da natureza Pode-se afirmar que esse tempo natural de abertura dos oceanos é um tempo longo para o ser humano? Justifique. Tempo humano ↕ Tempo da natureza Considerando-se que o tempo de abertura dos oceanos é de 4,4% em relação ao tempo total de formação da Terra, e em relação ao tempo do universo é de apenas 1,3%, pode-se falar que a abertura dos ocea- nos é um evento natural rápido? Justifique. Tempo da natureza (curto) ↕ Tempo da natureza (longo) É possível afirmar que o mesmo tempo que é curto pode ser conside- rado longo, dependendo da referência? Tempo da natureza (curto) ↕ Tempo da natureza (longo) Tempo humano ↕ Tempo da natureza GEO_1S_VOL3_CA.indd 7 9/8/2010 14:39:57 Geografia - 1 a série - Volume 3 8 Preencha o quadro a seguir, aplicando os conhecimentos até aqui trabalhados. Os movimentos nas três esferas inorgânicas da natureza Esferas Características da movimentação em relação ao tempo Efeitos sobre o ser humano Litosfera Movimentação dominante Movimentação abrupta Hidrosfera Movimentação dominante Movimentação abrupta Atmosfera Movimentação dominante Movimentação abrupta GEO_1S_VOL3_CA.indd 8 9/8/2010 14:39:57 Geografia - 1 a série - Volume 3 9 Desafio! Será que os movimentos em uma esfera podem provocar movimentos em outra? Utilize a imagem a seguir para responder a este desafio. © S m i l e y N . P o o l / D a l l a s M o r n i n g N e w s / C o r b i s - L a t i n s t o c k Alagamento na cidade de Nova Orleans, nos EUA, consequên- cia da passagem do furacão Katrina (2005): uma tragédia anunciada. GEO_1S_VOL3_CA.indd 9 9/8/2010 14:40:01 Geografia - 1 a série - Volume 3 10 Leia o texto a seguir. O que podemos fazer contra os eventos catastróficos Jaime Oliva A diferença temporal na movimentação das esferas terrestres inorgânicas acaba tendo um significado importante para a vida humana, para os espaços humanos. Os eventos relaciona- dos aos movimentos da hidrosfera e da atmosfera são mais frequentes “no tempo humano”. Os eventos naturais que saem de certa rotina (e a ideia de rotina diz respeito ao tempo humano) e perturbam de forma importante a vida e os espaços humanos são chamados de catástrofes. As catástrofes mais frequentes em algumas regiões do mundo, inclusive no Brasil, se relacionam à hi- drosfera e à atmosfera. Já as catástrofes relacionadas à litosfera, como os terremotos e as erupções vulcânicas, não acontecem com tanta frequência em determinadas regiões do mundo. Porém, em outras, mais sensíveis a esses movimentos, as catástrofes ocorrem com alguma frequência. A ideia de catástrofes surpreendentes pode nos levar a refletir acerca das relações do ser humano com a natureza: nessa relação, o primeiro (ser humano) transforma muitos aspectos da segunda (natureza) e a isso podemos denominar controle ativo. Mas, em muitas situações, o ser humano não pode interferir; por exemplo: o que pode a humanidade fazer quanto aos movimentos que provocam terremotos? Podemos estudá-los com o intuito de prever quais regiões do planeta são mais sensíveis a esses eventos e, dessa maneira, obter conhecimento para edificar de forma diferenciada, organizar programas de emergência para proteção e fuga etc. Dessa forma, todas as ações em relação a eventos dessa ordem podem ser denominadas de controle passivo, que é tão mais eficiente quanto maior o conhecimento a respeito dos fenômenos envolvidos. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. 1. Defina o que é catástrofe natural. Todas as catástrofes são surpreendentes para o ser humano? GEO_1S_VOL3_CA.indd 10 9/8/2010 14:40:01 Geografia - 1 a série - Volume 3 11 2. Considerando os eventos naturais e suas consequências na vida humana, defina o que é controle ativo e controle passivo. 3. De que forma o aumento do conhecimento sobre os eventos naturais catastróficos pode tornar mais eficiente o controle passivo? Leitura e Análise de Texto e Imagem Leia o texto a seguir e assinale os termos sobre os quais tem dúvida. A idade da Terra Jaime Oliva James Ussher, um arcebispo irlandês que viveu entre 1581 e 1656, ao se manifestar sobre qual seria a idade da Terra, calculou o ano da criação em 4004 a.C., no dia 23 de outubro. Assim, a Terra teria cerca de 6 mil anos e a humanidade, que desde o início já estava no planeta, corresponderia a 116 gerações. Essa visão de uma Terra tão jovem perdurou até o início do século XIX. Entendia-se que o planeta não mudava e era habitado por seres vivos imutáveis. E, se assim o era, o futuro repeti- ria essa mesma realidade. Porém, a essa altura, esse entendimento já era objeto de dúvida. GEO_1S_VOL3_CA.indd 11 9/8/2010 14:40:01 Geografia - 1 a série - Volume 3 12 Georges-Louis Leclerc, o conde de Buffon (1707-1788), foi um naturalista francês que, em sua época, realizou pesquisas revolucionárias no campo da Biologia (seres vivos) e da Geologia. Para que suas ideias fizessem sentido, a idade da Terra deveria ser de ao menos 35 mil anos. No que se baseava Buffon para defender que o planeta e seus habitantes eram mutáveis? Já se sabia de alguns achados intrigantes na superfície terrestre. Por exemplo: em 560 a.C., o filósofo grego Xenófanes de Cólofon encontrou conchas marinhas incrustadas em estratos ro- chosos no alto de montanhas da Grécia. Como esse material de origem marinha teria chegado ali? Já no tempo de Buffon, muitos fósseis haviam sido encontrados, inclusive alguns ossos humanos que eram diferentes dos ossos humanos da época, assim como objetos feitos pelos homens que os povos atuais não conheciam. Buffon concluíra que a Terra, tida como estável, fora diferente e que o próprio ser humano não tinha sido o mesmo no passado. Logo, havia mudança, o que demandaria um tempo maior do que 6 mil anos. As comprovações sobre a condição mutante da Terra e dos seres vivos vieram posterior- mente, justamente por intermédio de uma nova concepção revolucionária a respeito do tempo, desenvolvida por uma ciência dependente do tempo da natureza, que é a Geologia. O escocês James Hutton (1726-1797), depois de muitas pesquisas, apresentou à Royal Society of Edinburgh, em 1785, a primeira análise bem documentada sobre a idade da Terra. Seu trabalho se chamava “Teoria da Terra”. O que Hutton apresentou alterava radicalmente o que se pensava na época. Era uma descrição de uma dinâmica até então negada: ● solos são formados pelo desgaste lento, muito lento, das rochas; ● as águas marítimas, por meio das marés e de suas ondas em choque com as costas litorâneas, desgastam rochas; desse desgaste surgem as areias, os sedimentos; ● no fundo do mar e nas terras baixas acumulam-se camadas e camadas de sedimentos; ● o desgaste das rochas e a acumulação das camadas de sedimentos podiam ser vistos por toda parte. E, se isso era verdade, quanto tempo seria necessário para se formar uma praia com sedimen- tos produzidos pelo desgaste das rochas? Muito, mas muito tempo. Nada disso caberia nos 6 mil anos calculados por James Ussher nem nos 35 mil anos calculados por Buffon. Assim, Hutton descobriu que a Terra era bem mais velha (pelo menos centenas de milhares de anos): ele tinha descoberto um tempo longo. “O presente é a chave para o passado”, afirmou Hutton. Na década de 1820, as novas possibilidades de entendimento da Terra, vislumbradas na janela aberta por Hutton, não haviam sido aproveitadas, e a ideia de uma Terra muito antiga era ainda muito mal aceita. As coisas mudaram definitivamente quando Charles Lyell (1797-1875), um geólogo inglês, conseguiu examinar as rochas de forma muito mais detalhada do que antes. Ele adotou ideias de Hutton, reuniu muitos exemplos em viagens pelo mundo e produziu provas esmagadoras sobre a antiguidade do planeta, estabelecendo a ideia de um processo geológico lento e uniforme, expressão pela qual ficou conhecida essa visão teórica da formação da litosfera. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. GEO_1S_VOL3_CA.indd 12 9/8/2010 14:40:01 Geografia - 1 a série - Volume 3 13 Conteúdos científicos Termos-chave Esclarecimentos Geologia Ciência que estuda a formação estrutural da Terra; uma ciência do tempo da natureza. Se continuássemos admitindo que a Terra tem apenas 6 mil anos, não haveria a Geologia. Dinâmica A lógica dos movimentos de uma realidade qualquer. No caso da Terra, reconhecer sua dinâmica é admitir que o planeta não é estático, mas que está em constante transformação. Rocha Estratos rochosos Observe a imagem e defina: Rochas sedimentares Mais recente Mais antiga Sedimentação num lago ou num mar Esquema de estrato rochoso e de camada de sedimentos. Fonte: Disponível em: <http://fossil.uc.pt/ pags/sedime.dwt>. Acesso em: 10 mar. 2010. Com base na leitura do texto, acabe de preencher o quadro a seguir registrando os necessários esclarecimentos e definições. As palavras que você assinalou durante a leitura também devem com- por esse quadro. GEO_1S_VOL3_CA.indd 13 9/8/2010 14:40:02 Geografia - 1 a série - Volume 3 14 Fósseis Observe a imagem e defina: Conchas marinhas Sedimentos Camadas de sedimentos Processo geológico lento e uniforme © F a b i o C o l o m b i n i / M u s e u d e H i s t ó r i a N a t u r a l d e T a u b a t é Fóssil de 50 milhões de anos de espécie extinta. Os fósseis são fundamentais para demonstrar que existiram seres vivos diferentes, que há evolução e que há tempos longos. GEO_1S_VOL3_CA.indd 14 9/8/2010 14:40:05 Geografia - 1 a série - Volume 3 15 Explorando os conhecimentos científicos: o escritor americano Loren Eiseley usa uma belíssima imagem para se referir às teorias de James Hutton, que, segundo ele, vislumbrou que um pequeno córrego é um agente erosivo incessante que carrega silenciosamente para o fundo dos oceanos, diluídos em forma de sedimentos, segmentos imensos e sólidos de continentes, ao longo de um tempo que não se conhecia e ele “descobriu”: o tempo longo da natureza. Essa descrição pode ser resumida na ideia de um processo geológico lento e uniforme. Além dos pequenos cursos de água, são agentes erosivos, entre outros, os ventos e as chuvas. Uma leve erosão, imperceptível, ao longo de muito tempo pode devastar uma montanha. É possível saber como e em que ritmo? Vocês podem utilizar livros de Geo- grafia e outros materiais de pesquisa para a elaboração do relatório. Após a leitura do texto “A idade da Terra” e a elaboração do quadro, produza com seus colegas, em uma folha avulsa, um relatório considerando o questionamento a seguir. GEO_1S_VOL3_CA.indd 15 9/8/2010 14:40:10 Geografia - 1 a série - Volume 3 16 ● James Hutton e Charles Lyell perceberam a movimentação dos blocos continen- tais? Procurem o significado da palavra “Pangeia”. ● Como se chegou à conclusão de que os blocos continentais se movimentam? ● O cientista que pensou isso se baseou em quê? ● Que teoria surgiu para explicar como os fragmentos da Terra se movimentavam? Como foram denominados esses fragmentos da crosta terrestre? ● Apresentem resumidamente quais são as explicações dominantes para descrever a dinâmica da crosta terrestre. Vocês concordam que há duas grandes explicações, uma que considera um tempo natural longo e outra que considera um tempo natural curto? SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 ESTRUTURAS E FORMAS DO PLANETA TERRA: OS MOVIMENTOS DA CROSTA TERRESTRE Para começo de conversa As teorias e pesquisas inovadoras de James Hutton e Charles Lyell foram capazes de explicar todos os fenômenos que ocorrem na litosfera terrestre? Justifique. Com a orientação de seu professor, considerem os questionamentos a seguir para orientar a pesquisa e a produção de um texto coletivo, em uma folha avulsa. ! ? Combinem com seu professor o modo de apresentação do relatório. GEO_1S_VOL3_CA.indd 16 9/8/2010 14:40:10 Geografia - 1 a série - Volume 3 17 Leitura e Análise de Mapa 1. Os mapas das próximas páginas estão representando um processo natural de escala planetária em cinco tempos. a) O primeiro mapa representa a Terra há 225 milhões de anos. Qual é o nome do período geoló- gico correspondente? Qual evento mencionado anteriormente está representado nesse mapa? b) Qual é o período geológico do segundo mapa? Descreva o que você está vendo, comparando com o mapa anterior. c) Qual é o período geológico do terceiro mapa? Descreva o que você está vendo, comparando com o segundo mapa. d) Qual é o período geológico do quarto mapa? Como se encontram as aberturas entre os blo- cos continentais, preenchidas por água, em relação ao mapa anterior e à configuração atual dos oceanos? e) Observe o quinto mapa, que representa a superfície terrestre atual. Descreva quais blocos continentais parecem se encaixar, como num jogo de quebra-cabeças. GEO_1S_VOL3_CA.indd 17 9/8/2010 14:40:10 Geografia - 1 a série - Volume 3 18 Coleção de mapas sobre a deriva continental: da Pangeia até nossos dias Fontes: Gran atlas ilustrado del mundo. Buenos Aires: Reader’s Digest, c1999. 1 atlas (288 p.): mapas; USGS. This dynamic Earth: the story of plate tectonics. Online edition. Disponível em: <http://pubs.usgs.gov/gip/dynamic/dynamic.html>. Acesso em: 10 mar. 2010. GEO_1S_VOL3_CA.indd 18 9/8/2010 14:40:13 Geografia - 1 a série - Volume 3 19 Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2004. p. 64-65. Fontes: Gran atlas ilustrado del mundo. Buenos Aires: Reader’s Digest, c1999. 1 atlas (288 p.): mapas; USGS. This dynamic Earth: the story of plate tectonics. Online edition. Disponível em: <http://pubs.usgs.gov/gip/dynamic/dynamic.html>. Acesso em: 10 mar. 2010. GEO_1S_VOL3_CA.indd 19 9/8/2010 14:40:16 Geografia - 1 a série - Volume 3 20 2. A crosta terrestre é móvel, está fragmentada, e seus fragmentos estão se movimentando. Você acha que essa afirmação faz sentido? Argumente para sustentar a posição a que você chegou. Observe o mapa a seguir e responda às questões. * A palavra “tectônica” vem do grego e quer dizer “o que constrói”. Forças tectônicas, que atuam na estrutura da crosta terrestre, movem as placas. Fonte: USGS. Tis dynamic Earth: the story of plate tectonics. Online edition. Disponível em: <http://pubs.usgs.gov/gip/dynamic/ dynamic.html>. Versão do mapa com cotas em português disponível em Wikimedia commons: <http://commons.wikimedia.org/ wiki/File:Placas_tect2_pt_BR.svg>. Acesso em: 10 mar. 2010. © U . S . G e o l o g i c a l S u r v e y . C o r t e s i a Placas tectônicas* GEO_1S_VOL3_CA.indd 20 9/8/2010 14:40:17 Geografia - 1 a série - Volume 3 21 1. Liste as placas tectônicas, indicando sua posição geográfica. Para isso, preencha o quadro a seguir. Placas tectônicas: localização geográfica Nome Continente Oceano Hemisfério latitudinal Hemisfério longitudinal 1. Sul-americana América do Sul Atlântico Sul (dominante) Ocidental (dominante) 2. Nazca – Pacífico Sul (dominante) Ocidental 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 2. Existem placas tectônicas que são ao mesmo tempo continentais e oceânicas? Cite dois exemplos. GEO_1S_VOL3_CA.indd 21 9/8/2010 14:40:17 Geografia - 1 a série - Volume 3 22 3. Localize as áreas do encontro das placas. Elas são fundamentais para entender o vulcanismo e os terremotos. Assinale e liste pelo menos cinco dessas áreas. Com o auxílio das imagens a seguir e do que foi estudado até o momento, responda às questões. © D o u g l a s P e e b l e s / C o r b i s - L a t i n s t o c k © D o u g l a s P e e b l e s / C o r b i s - L a t i n s t o c k As erupções vulcânicas apresentam riscos diferentes. Quando há explosão, a periculosidade é imensa, principalmente para as áreas habitadas mais próximas ao vulcão, como está registrado na história de erupções trágicas e destruidoras. 1. Se os continentes e os oceanos se formaram a partir da movimentação das placas é porque elas se movem. Mas movem-se sobre o quê? 2. Por que pode ocorrer atividade magmática nas áreas de encontro das placas? O que acontece com a lava que vaza do interior da Terra? GEO_1S_VOL3_CA.indd 22 9/8/2010 14:40:22 Geografia - 1 a série - Volume 3 23 3. Vulcanismo é qualquer vazamento de lava? Quais são as consequências desse vazamento? 4. O que acontece quando as placas tectônicas se encontram? 5. As placas também se afastam. O que acontece quando isso ocorre? 6. Pode haver terremotos em áreas mais centrais das placas? Pesquise para justificar sua resposta. 7. Alfred Wegener foi um visionário em sua área científica. Com poucos elementos ele antecipou algo que somente cerca de 50 anos depois foi de fato comprovado. Explique sua teoria e a im- portância que ela teve para a compreensão da dinâmica da crosta terrestre. GEO_1S_VOL3_CA.indd 23 9/8/2010 14:40:22 Geografia - 1 a série - Volume 3 24 GEO_1S_VOL3_CA.indd 24 9/8/2010 14:40:27 Geografia - 1 a série - Volume 3 25 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 ESTRUTURAS E FORMAS DO PLANETA TERRA: A PRODUÇÃO DAS FORMAS DA SUPERFÍCIE TERRESTRE Para começo de conversa 1. Cite o nome das mais elevadas cadeias montanhosas do mundo e os continentes onde se localizam. 2. De acordo com a tabela do tempo geológico, apresentada abaixo, identifique em que era e período surgiram as cadeias montanhosas modernas. ! ? Éon Era Características gerais Idade (em milhões de anos) Fanerozoico Cenozoica Período Quaternário: ocorrência de glaciações; surgi- mento da espécie humana. de 1,6 a 0 Período Terciário: formação das cadeias montanhosas atuais; continuação da formação dos continentes; alar- gamento do Oceano Atlântico. de 66 a 1,6 Mesozoica Dividida nos períodos Cretáceo, Jurássico e Triássico; desenvolvimento dos grandes répteis; evolução da vege- tação; formação das rochas areníticas, calcárias e margas; início da fragmentação dos continentes (Pangeia); gran- de atividade vulcânica; desaparecimento dos grandes répteis. de 245 a 66 Paleozoica Dividida nos períodos Permiano, Carbonífero, Devo- niano, Siluriano, Ordoviciano e Cambriano; início da formação das bacias sedimentares; difusão da vida vege- tal e animal na Terra; formação de bacias carboníferas. de 545 a 245 P r é - c a m b r i a n o Proterozoico Muitas transformações e poucos registros geológicos; formação de depósitos minerais no Brasil; surgimento da vida nos oceanos. de 2 500 a 545 Arqueano Planeta sem vida. de 4 000 a 2 500 Hadeano de 4 600 a 4 000 Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Fontes: SALGADO-LABORIAU, M. L. História ecológica da Terra. São Paulo: Edgar Blucher, 1996. p. 8; PRESS, F.; SIEVER, R.; GROTZINGER, J.; JORDAN, T. H. Para entender a Terra. Porto Alegre: Bookman, 2006. p. 259; WICANDER, R.; MONROE, J. S. Fundamentos de Geologia. São Paulo: Cengage Learning, 2009. p. 21. GEO_1S_VOL3_CA.indd 25 9/8/2010 14:40:27 Geografia - 1 a série - Volume 3 26 3. Qual das teorias sobre a constituição e a dinâmica da crosta terrestre, apresentadas nas situações anteriores, explica a existência dessas cadeias montanhosas? Por quê? Observe o mapa apresentado às páginas 28 e 29 e responda às questões. 1. O que o mapa representa? 2. Observe o mapa e verifique se, no conjunto dos blocos continentais, há predomínio de terras baixas ou altas. Por exemplo, na América do Sul, o que predomina? E na África? 3. Como foi possível identificar no mapa as áreas de maior altitude do planeta? GEO_1S_VOL3_CA.indd 26 9/8/2010 14:40:27 Geografia - 1 a série - Volume 3 27 4. Imagine esse mapa sem legenda nem título. O que as cores empregadas nos induziriam a interpretar? 5. Agora, voltando à legenda, nota-se que os verdes representam terras baixas. Volte a imaginar o mapa sem legenda. Qual tonalidade de verde seria a mais adequada para representar as terras mais baixas? A clara ou a escura? Por quê? 6. Qual seria a melhor maneira de representar visualmente as diferentes altitudes nesse mapa? Por quê? GEO_1S_VOL3_CA.indd 27 9/8/2010 14:40:27 Geografia - 1 a série - Volume 3 28 Planisfério físico Zona de Fratura Mendocino Zona de Fratura Charlie - Gibbs Zona de Fratura Romanche Zona de Fratura Clarion C a d e ia d e C a r ls b e r g C a d e ia d o H a v a í C a d e i a M e s o - A t l â n t i c a C a d e i a M e s o - A t l â n t i c a F o s s a d e K e r m a d e c F o s s a d e T o n g a o ã p a J o d a s s o F Fossa das Marianas F o s s a P e r u - C h i l e F o s s a A l e u t a s Fossa Kuril - Kamchatka D O R S A L P A C ÍF IC O - A N T Á R T IC O DO R S A L D O O C E A N O Í N D I C O D O R S A L D O O C E A N O ÍN D ICO E s tr e ito d e M a g a lh ã e s Estr. de Torres MTE. BRANCO 4 810 m MTE. GUNNBJ ORN 3 700 m MTE. QUILIMANJ ARO 6 000 m PICO DA NEBLINA 3 014 m ACONCÁGUA 7 000 m CITLALTÉPETL 5 700 m MTE. MCKINLEY 6 187 m MTE. EVEREST 8 848 m MTE. KOSCIUSKO 2 228 m I. Tasmânia Is. Falkland (Malvinas) I. Mindanao I. Hokkaido Is. Nova Zembla Is. Terra do Norte I. Nova Guiné I. Borneo I. Java Ilhas Britânicas I. Formosa (Taiwan) e d . I r a c s a g a d a M Is. Havaí I. Sumatra I. Islândia I. N o v a Z e lâ n d ia I. Sri Lanka (Ceilão) Is. Maldivas Is. Seicheles Arq. Nova Caledônia I. Maurício I. Reunião I. Geórgia do Sul Is. Kerguelas Is. Galápagos DESERTO DE GOBI DESERTO VITÓRIA DESERTO DE KALAHARI PLANALTO DO TIBET B Á L C Ã S A P A L A C H E S A T L A S A L P E S C Á U C A S O C Á R P A T O S A L P E S E S C A N D I N A V O S TERRA DO FOGO T E R R A DE VI T ÓR I A D R A K E N S B E R G A N A T R A L I A U S C O R D . PLANÍCIE AMAZÔNICA A N D E S D O S L H E I R A C O R D I H I M A L A I A M O N T E S U R A I S S A A R A S I B É R I A M O N T A N H A S R O C H O S A S O C E A N O P A C Í F I C O OC E ANO GL AC I AL ÁRT I C O P A C Í F I C O O C E A N O Í N D I C O O C E A N O A T L Â N T I C O O C E A N O O C E A N O G L A C I A L A N T Á R T I C O Amazonas Orinoco N egro M a d e ir a P a r a n á M is s is s ip p i Yukon M a c K e n z ie N íge r N ilo M e k o n g Ganges Volga O b Ob Ie n is s e i L e n a Zambeze D a n ú b io E u fr a te s Aldan L e n a A m u r In d o D a rlin g Orange ( A z u l) K ia n g Y a n g T s é S ã o F r a n c is c o R e n o C o n g o Grandes Lagos L. Winnipeg L. Vitória L. Chade L. Baikal E s tre ito d e B e rin g Baía de Hudson Baía de Baffin G .P é r s ic o Golfo do Alasca Golfo do México Golfo de Bengala Mar do Caribe Mar do Norte Mar Mediterrâneo Báltico Mar Mar Negro M. Aral (L. Aral) Mar da Arábia M a r d a C h i n a Mar do J apão Mar de Okhotsk M a r d a T a s m â n ia Mar de Weddell M a r C á s p i o M a r V e r m e l h o A N T Á R T I D A Groenlândia (DIN) 15º N 30º N 45º N 60º N 75º N 15º S 0º 30º S 45º S 0º 15º O 30º O 45º O 60º O 90º O 90º E 75º O 105º O 120º O 135º O 150º O 165º O 15º E 30º E 45º E 60º E 75º E 105º E 120º E 135º E 150º E 165º E 60º S 75º S 60º N 0º 15º O 45º O 60º O 75º O 90º O 105º O 120º O 135º O 150º O 165º O 15º E 30º E 45º E 60º E 75º E 90º E 105º E 120º E 135º E 150º E 165º E 180º 15º N 30º N 45º N 75º N 15º S 0º 30º S 45º S 60º S 75º S 30º O TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO TRÓPICO DE CÂNCER TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO TRÓPICO DE CÂNCER CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ÁRTICO EQUADOR EQUADOR G R E E N W I C H G R E E N W I C H 4 800 m 3 000 m 1 800 m 1 200 m 600 m 300 m 150 m 0 m - 1 000 m - 2 000 m - 3 000 m - 4 000 m - 5 000 m - 6 000 m - 7 000 m - 8 000 m Altitudes Profundidades Picos 0 650 km ESCALA escala no Paralelo 60ºN 325 0 1 100 km ESCALA PROJ EÇÃO DE ROBINSON escala no Paralelo 30ºN Todas as escalas estão referenciadas ao Meridiano 0º (Greenwich) 550 0 1 300 km ESCALA escala no Equador 650 GEO_1S_VOL3_CA.indd 28 9/8/2010 14:40:30 Geografia - 1 a série - Volume 3 29 Planisfério físico Zona de Fratura Mendocino Zona de Fratura Charlie - Gibbs Zona de Fratura Romanche Zona de Fratura Clarion C a d e ia d e C a r ls b e r g C a d e ia d o H a v a í C a d e i a M e s o - A t l â n t i c a C a d e i a M e s o - A t l â n t i c a F o s s a d e K e r m a d e c F o s s a d e T o n g a o ã p a J o d a s s o F Fossa das Marianas F o s s a P e r u - C h i l e F o s s a A l e u t a s Fossa Kuril - Kamchatka D O R S A L P A C ÍF IC O - A N T Á R T IC O DO R S A L D O O C E A N O Í N D I C O D O R S A L D O O C E A N O ÍN D ICO E s tr e ito d e M a g a lh ã e s Estr. de Torres MTE. BRANCO 4 810 m MTE. GUNNBJ ORN 3 700 m MTE. QUILIMANJ ARO 6 000 m PICO DA NEBLINA 3 014 m ACONCÁGUA 7 000 m CITLALTÉPETL 5 700 m MTE. MCKINLEY 6 187 m MTE. EVEREST 8 848 m MTE. KOSCIUSKO 2 228 m I. Tasmânia Is. Falkland (Malvinas) I. Mindanao I. Hokkaido Is. Nova Zembla Is. Terra do Norte I. Nova Guiné I. Borneo I. Java Ilhas Britânicas I. Formosa (Taiwan) e d . I r a c s a g a d a M Is. Havaí I. Sumatra I. Islândia I. N o v a Z e lâ n d ia I. Sri Lanka (Ceilão) Is. Maldivas Is. Seicheles Arq. Nova Caledônia I. Maurício I. Reunião I. Geórgia do Sul Is. Kerguelas Is. Galápagos DESERTO DE GOBI DESERTO VITÓRIA DESERTO DE KALAHARI PLANALTO DO TIBET B Á L C Ã S A P A L A C H E S A T L A S A L P E S C Á U C A S O C Á R P A T O S A L P E S E S C A N D I N A V O S TERRA DO FOGO T E R R A DE VI T ÓR I A D R A K E N S B E R G A N A T R A L I A U S C O R D . PLANÍCIE AMAZÔNICA A N D E S D O S L H E I R A C O R D I H I M A L A I A M O N T E S U R A I S S A A R A S I B É R I A M O N T A N H A S R O C H O S A S O C E A N O P A C Í F I C O OC E ANO GL AC I AL ÁRT I C O P A C Í F I C O O C E A N O Í N D I C O O C E A N O A T L Â N T I C O O C E A N O O C E A N O G L A C I A L A N T Á R T I C O Amazonas Orinoco N egro M a d e ir a P a r a n á M is s is s ip p i Yukon M a c K e n z ie N íge r N ilo M e k o n g Ganges Volga O b Ob Ie n is s e i L e n a Zambeze D a n ú b io E u fr a te s Aldan L e n a A m u r In d o D a rlin g Orange ( A z u l) K ia n g Y a n g T s é S ã o F r a n c is c o R e n o C o n g o Grandes Lagos L. Winnipeg L. Vitória L. Chade L. Baikal E s tre ito d e B e rin g Baía de Hudson Baía de Baffin G .P é r s ic o Golfo do Alasca Golfo do México Golfo de Bengala Mar do Caribe Mar do Norte Mar Mediterrâneo Báltico Mar Mar Negro M. Aral (L. Aral) Mar da Arábia M a r d a C h i n a Mar do J apão Mar de Okhotsk M a r d a T a s m â n ia Mar de Weddell M a r C á s p i o M a r V e r m e l h o A N T Á R T I D A Groenlândia (DIN) 15º N 30º N 45º N 60º N 75º N 15º S 0º 30º S 45º S 0º 15º O 30º O 45º O 60º O 90º O 90º E 75º O 105º O 120º O 135º O 150º O 165º O 15º E 30º E 45º E 60º E 75º E 105º E 120º E 135º E 150º E 165º E 60º S 75º S 60º N 0º 15º O 45º O 60º O 75º O 90º O 105º O 120º O 135º O 150º O 165º O 15º E 30º E 45º E 60º E 75º E 90º E 105º E 120º E 135º E 150º E 165º E 180º 15º N 30º N 45º N 75º N 15º S 0º 30º S 45º S 60º S 75º S 30º O TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO TRÓPICO DE CÂNCER TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO TRÓPICO DE CÂNCER CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO CÍRCULO POLAR ÁRTICO CÍRCULO POLAR ÁRTICO EQUADOR EQUADOR G R E E N W I C H G R E E N W I C H 4 800 m 3 000 m 1 800 m 1 200 m 600 m 300 m 150 m 0 m - 1 000 m - 2 000 m - 3 000 m - 4 000 m - 5 000 m - 6 000 m - 7 000 m - 8 000 m Altitudes Profundidades Picos 0 650 km ESCALA escala no Paralelo 60ºN 325 0 1 100 km ESCALA PROJ EÇÃO DE ROBINSON escala no Paralelo 30ºN Todas as escalas estão referenciadas ao Meridiano 0º (Greenwich) 550 0 1 300 km ESCALA escala no Equador 650 Fonte: Map Resources, com elementos destacados pelo IBGE. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/mapas_pdf/ mundo_056_planisferio_fisico.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2010. Mapa ampliado em relação ao seu tamanho original. GEO_1S_VOL3_CA.indd 29 9/8/2010 14:40:33 Geografia - 1 a série - Volume 3 30 crosta manto núcleo líquido núcleo sólido Geosferas da Terra Leia o texto a seguir, pesquise no material didático disponível e responda às questões. A estrutura interna da Terra vista pelas ondas sísmicas Jaime Oliva O núcleo da Terra está situado a cerca de 6 370 km de profundidade. Como se pôde obter essa informação? O que mais se conhece do interior do nosso planeta? Perfurando a crosta terrestre, podem-se alcançar apenas uns poucos quilômetros. O interior da Terra é conhecido por intermédio das ondas sísmicas que chegam até a superfície terrestre. Elas se originam no interior do planeta e se propagam pelas camadas internas com determinada direção, velocidade e ener- gia, e se comportam de maneira diferen- ciada conforme os materiais pelos quais se propagam. Ao atingirem a superfície, as ondas sísmicas podem ser interpreta- das e fornecer indícios sobre o interior da Terra. Podem dizer algo também so- bre as rochas em estado sólido e sobre as que estão parcialmente fundidas, as- sim como indicar as profundidades nas quais as rochas se encontram. Estudan- do a propagação das ondas sísmicas se pôde mapear o interior da Terra. Assim, chegou-se à classificação das três di- mensões do planeta (geosferas): crosta, manto e núcleo. 1. De acordo com o texto, qual é a metodologia científica para estudar o interior do planeta? 2. Defina crosta terrestre, manto e núcleo. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. © C l a u d i o R i p i n s k a s GEO_1S_VOL3_CA.indd 30 9/8/2010 14:40:35 Geografia - 1 a série - Volume 3 31 3. A espessura da crosta terrestre varia, em média, de 10 a 35 km, mas existem pontos com espes- sura de 65 km. Como explicar a espessura desses pontos? Leia o quadro a seguir e fique atento às relações estabelecidas. Diferentes tempos em ação na moldagem de uma cordilheira Tempos Processos Consequências Tempos naturais curtos (*) Movimento tectônico Surgimento da cordilheira Tempos naturais curtos (*) Erosão Moldagem e rebaixamento da cordilheira Tempos naturais longos (**) Erosão Devastação da cordilheira (*) Cerca de 60 milhões de anos. (**) Indefinidos; algo como 1 bilhão de anos. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. 1. Considerando o quadro, qual é a condição atual de uma cordilheira ou cadeia montanhosa? Justifique. 2. Uma cordilheira pode perder altitude ao longo do tempo? Por quê? GEO_1S_VOL3_CA.indd 31 9/8/2010 14:40:35 Geografia - 1 a série - Volume 3 32 1. A erosão se dá sobre a crosta terrestre, que é formada de rochas. Ela tem a mesma velocidade, isto é, erode da mesma maneira os diferentes tipos de rocha? Apresente exemplos. 2. O que alimenta (o que fornece energia) o processo erosivo? 3. Em lugares chuvosos há erosão mais intensa? Por quê? 4. Comente e explique o quadro a seguir. Erosão mais eficiente → rochas moles + clima chuvoso Erosão menos eficiente → rochas duras + clima seco GEO_1S_VOL3_CA.indd 32 9/8/2010 14:40:35 Geografia - 1 a série - Volume 3 33 Pesquise em seu material didático, em atlas geográficos e em outras fontes e, com base em seus conhecimentos, levante dados organizados sobre a estrutura rochosa dos blocos continentais, seguin- do o roteiro. Você pode ilustrar sua pesquisa com imagens dos principais tipos de rocha. ● Quais são os tipos de rocha existentes? ● Como os estratos rochosos se distribuem geograficamente no Brasil? É importante lembrar que as rochas reunidas formam conjuntos maiores, estruturas de vários tipos: maciços cristalinos, cadeias montanhosas e bacias sedimentares. Combine com seu professor o modo de apresentação dos resultados. GEO_1S_VOL3_CA.indd 33 9/8/2010 14:40:36 Geografia - 1 a série - Volume 3 34 Leitura e Análise de Texto e Imagem Leia e reflita sobre o texto e a imagem a seguir. Encontrando as formas de relevo Jaime Oliva Imagine que somos navegantes e estamos nos aproximando de terra firme. Desembarcamos numa praia, que é um terreno plano. Se fôssemos medir quantos metros subimos do nível do mar para o nível da praia, chegaríamos a algo em torno de 10 metros. Mas, se continuarmos indo para o interior do continente, é possível que encontremos terrenos bem mais elevados e mais irregu- lares. Assim, podemos chegar a uma conclusão: um elemento importante das formas de relevo é sua altitude, ou seja, a altura do terreno em relação ao mar. Logo, existem terras baixas, existem terras altas e, entre elas, altitudes intermediárias. Outra conclusão igualmente simples, mas não menos importante: uma praia é um terreno mais ou menos regular, sem muitas ondulações. É um terreno horizontalizado que por vezes adentra no continente em grandes extensões. Mas há também terrenos irregulares. Existem, portanto, terre- nos planos e terrenos irregulares, que podem se combinar com outras condições: terrenos baixos e terrenos altos. Com essas conclusões, temos alguns critérios iniciais para uma primeira observação de duas formas básicas do relevo: as planícies, áreas planas ou levemente onduladas e limitadas por aclives, e os planaltos, áreas planas ou levemente onduladas e limitadas por declives. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Nesta configuração insular podem ser notadas diversas altitudes, desde as planícies sedimentares quase ao nível do mar até cadeias montanhosas de elevada altitude. © H a r o l d o P a l o J r / K i n o GEO_1S_VOL3_CA.indd 34 9/8/2010 14:40:37 Geografia - 1 a série - Volume 3 35 Aplicação 1 – Caracterize a geografia das formas do seu lugar 1. Você mora numa área onde o terreno é predominantemente plano? A área onde você vive é baixa em relação ao nível do mar? Descreva-a. 2. Terras muito baixas estão sempre próximas ao mar? Terras altas estão sempre longe do mar? É possível estar em terras muito baixas e distantes do mar? Em qual dessas categorias você inclui a maior parte dos terrenos da Amazônia? 3. Considerando os terrenos das proximidades do lugar em que você mora, quais as formas de relevo que você visualiza? GEO_1S_VOL3_CA.indd 35 9/8/2010 14:40:37 Geografia - 1 a série - Volume 3 36 4. Considerando a resposta da questão anterior, quais são os limites de relevo de sua região? Para estabelecer esses limites você precisa consultar um mapa em que escala? Aplicação 2 – A geografia das formas dos blocos continentais Com base no mapa “Planisfério físico” (p. 28 e 29), preencha o quadro a seguir, considerando cinco planícies, cinco planaltos e três cadeias montanhosas. Tipo de relevo Nome Altitude Localização Planícies Planaltos Cadeias montanhosas GEO_1S_VOL3_CA.indd 36 9/8/2010 14:40:37 Geografia - 1 a série - Volume 3 37 GEO_1S_VOL3_CA.indd 37 9/8/2010 14:40:45 Geografia - 1 a série - Volume 3 38 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 RISCOS EM UM MUNDO DESIGUAL: CATÁSTROFES E PREVENÇÃO – UMA CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Para começo de conversa 1. No Brasil, estamos sujeitos a eventos catastróficos que têm origem na estrutura geológica da Terra, como terremotos devastadores e erupções vulcânicas perigosas? Comente. 2. Riscos ambientais relacionados à Geologia ocorrem somente em virtude de catástrofes que re- sultam de atividades vulcânicas e terremotos? Justifique. 3. Quais são os riscos que podem ocorrer nas cidades em razão de fatores geológicos? Dê exemplos de cidades que tenham áreas de risco. ! ? GEO_1S_VOL3_CA.indd 38 9/8/2010 14:40:45 Geografia - 1 a série - Volume 3 39 © 2 0 0 6 S A S I G r o u p ( U n i v e r s i t y o f S h e ffi e l d ) a n d M a c k H o u s t o n ( U n i v e r s i t y o f M i c h i g a n ) d e Fonte: Worldmapper. Disponível em: <http://www.worldmapper.org/posters/ worldmapper_map247_ver5.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2010. Observe o mapa a seguir. Fonte: Worldmapper. Disponível em: <http://www.worldmapper.org/posters/worldmapper_map247_ver5.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2010. © 2 0 0 6 S A S I G r o u p ( U n i v e r s i t y o f S h e ffi e l d ) a n d M a c k H o u s t o n ( U n i v e r s i t y o f M i c h i g a n ) Mortos em terremotos, 1975-2000 1. Qual medida foi utilizada para dimensionar a extensão dos países no mapa? Para auxiliar na resposta, observe o gráfico que deu origem ao mapa. GEO_1S_VOL3_CA.indd 39 9/8/2010 14:40:46 Geografia - 1 a série - Volume 3 40 2. As relações de vizinhança entre os países e os continentes foram mantidas? E as formas dos países e dos continentes? Ainda lembram as formas definidas com base em medidas do terreno? Explique suas respostas. 3. Com base no mapa, destaque alguns países/regiões com maior e menor incidência de mortos em terremotos. A partir dos materiais utilizados nas atividades anteriores – o mapa “Mortos em terremotos, 1975-2000”, o gráfico que deu origem a esse mapa e o mapa “Placas tectônicas” (p. 20) – produza com seu grupo, em uma folha avulsa, um relatório a respeito dos seguintes aspectos. ● O que há em comum entre as zonas de maior número de mortos em terremotos e a distri- buição das placas tectônicas? ● Qual é o número estimado de mortos em terremotos entre 1975-2000? Quais foram os países que apresentaram o maior número de vítimas? ● Haveria populações mais protegidas e pre- paradas para os impactos dos desastres naturais que outras? De que forma essa “pro- teção” interferiria no número de vítimas? Combinem com seu professor o modo de apresentação dos resultados. GEO_1S_VOL3_CA.indd 40 9/8/2010 14:40:46 Geografia - 1 a série - Volume 3 41 Leitura e Análise de Texto e Imagem Ainda reunidos em grupos, leiam os dois pequenos relatos sobre casos associados ao vulcanismo e observem atentamente as imagens que os acompanham. O caso do vulcão Nevado del Ruiz Jaime Oliva Do total mundial de vítimas fatais de desastres vulcânicos de 1975 a 2000, 86% morreram na Colômbia. A maior parte delas vivia na cidade de Armero, que foi surpreendida pela erupção do vulcão Nevado del Ruiz no dia 13 de novembro de 1985. O vulcão explodiu perto das 15 horas, arremessando cinzas e outros materiais sobre a cidade, sem grandes consequências. O pior estava por vir: às 23h35, chegou à cidade uma enorme enxurrada de lama, com grande velocidade, com uma altura de seis metros, um dos principais perigos de uma erupção vulcânica. A lama era principalmente uma combinação de neve derretida, grande quantidade de água por causa de uma chuva torrencial e porções de solo carregadas pela enxurrada. Essa enorme avalan- che durou de 10 a 15 minutos e a destruição da cidade de Armero foi quase total. Das 4,5 mil casas existentes, apenas 80 não foram destruídas. Cerca de 25 mil pessoas (aproximadamente 3 4 da população da cidade) morreram nessa catástrofe. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. © J a c q u e s d e l R u i z / L a n g e v i n / C o r b i s S Y G M A - L a t i n s t o c k Armero, Colômbia, 5 dias após a erupção vulcânica do Nevado del Ruiz, ocorrida em 13/11/1985. Cerca de 25 mil pessoas morreram em uma tragédia em que não foram previstos todos os riscos desse tipo de evento natural. GEO_1S_VOL3_CA.indd 41 9/8/2010 14:40:49 Geografia - 1 a série - Volume 3 42 O caso do vulcão Vesúvio Jaime Oliva O Vesúvio se localiza no sul da Itália, numa área onde habitam 3 milhões de pessoas. Ali se situa a cidade de Nápoles, construída sobre uma espessa camada de cinzas lançada numa erupção por volta de 1780 a.C. Nessa região foi instalado o Observatório Vesuviano, com especialistas vulcanólogos. Esse vulcão, em 79 d.C., soterrou a cidade de Pompeia, razão pela qual deve ser monito- rado. Mas é preciso mais: será que esse vulcão é “capaz” de ter erupções maiores e mais graves do que aquela que atingiu Pompeia? Por que é importante saber isso? Porque as estratégias de evacuação estão planejadas levando em conta a erupção que destruiu Pompeia; e se, na história do vulcão, houver erupções maiores, será preciso rever as estratégias de proteção. Por isso se estuda a história das erupções. Nesse estudo, novidades estão surgindo. Foram encontrados indícios de uma erupção de 3 780 anos atrás (erupção de Avellino), bem mais violenta do que a que destruiu Pompeia. Ela coloca sob nova perspectiva a potência vulcânica do Vesúvio. Uma erupção como a de Avellino seria capaz de destruir Nápoles e toda a região circun- dante e provocar muitas mortes. Só que Nápoles não está nos planos de evacuação, pois não se admite que possa ocorrer uma erupção na proporção da de Avellino – isso é uma nova desco- berta ainda sob discussão. Os planos que existem são para evacuar 600 mil pessoas que estão mais próximas do vulcão e, caso haja uma erupção nas proporções da de Avellino, esse plano não será suficiente para evacuar toda a população do entorno do vulcão. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. © B e t t m a n / C o r b i s - L a t i n s t o c k Erupção do Vesúvio em 1944. Abaixo, a cidade de Nápoles, que se situa numa área de risco diante do perigo que o Vesúvio representa. GEO_1S_VOL3_CA.indd 42 9/8/2010 14:40:52 Geografia - 1 a série - Volume 3 43 1. Em Armero, o intervalo entre a explosão do vulcão e a enxurrada de lama foi de oito horas. Era possível prever o risco de uma enxurrada de lama? Justifique. 2. É importante considerar as informações científicas sobre os riscos das erupções vulcânicas em programas de proteção das populações? Por quê? 3. Considerando o conceito de controle passivo, podemos concluir que a baixa eficiência desse controle foi responsável pela envergadura da tragédia de Armero? Justifique. 4. O caso do vulcão Vesúvio é um bom exemplo de controle passivo eficiente? Por quê? 5. Por que os estudos sobre as erupções vulcânicas devem considerar também as marcas do passado, e não apenas a atividade atual dos vulcões? GEO_1S_VOL3_CA.indd 43 9/8/2010 14:40:52 Geografia - 1 a série - Volume 3 44 6. Tendo em vista o número de vulcões existentes no mundo, você acha que o controle passivo está sendo bem realizado? Justifique. 7. Considerando a condição dos países mais pobres, os que são suscetíveis a terremotos e erupções vulcânicas estariam bem protegidos? Por quê? 1. Observe a imagem a seguir e responda às questões. Exemplo de destruição provocada pelo tsunami. Sumatra, Indonésia, 26/12/2004. © B e n j a m i n L o w y / C o r b i s - L a t i n s t o c k GEO_1S_VOL3_CA.indd 44 9/8/2010 14:40:56 Geografia - 1 a série - Volume 3 45 a) O que você sabe sobre esse tsunami que atingiu a Indonésia em 2004? Quais foram os países afetados por essa catástrofe? b) O que é um maremoto (ou tsunami)? Escreva o que você sabe a respeito. 2. Leia o texto que segue, tendo em mente as escalas geográficas dos eventos naturais e humanos. Tsunami do Índico: uma catástrofe regional de amplitude mundial Jaime Oliva Em 26 de dezembro de 2004, às 0h58, um tremor de terra poderoso (9 graus na escala Richter) foi registrado no litoral da Indonésia, em Sumatra. Foi o quarto tremor mais potente desde 1900. Ele promoveu uma mudança vertical no fundo do Oceano Índico e provocou um tsunami espanto- so. Uma imensa coluna de água deslocou-se para as regiões litorâneas em alta velocidade, invadindo também as regiões do interior com um potencial destrutivo muito elevado. E por que foi destruti- vo? Pela sua força natural e em razão das condições do espaço geográfico das áreas atingidas. Em diferentes momentos, as águas foram alcançando as áreas litorâneas. Sua propagação foi de 12 horas. A coluna de água chegou até a Somália e a Tanzânia, a 5 mil km do epicentro do tremor. O balanço da destruição (humana e material) foi trágico. As áreas costeiras, mais baixas e mais povoadas, foram devastadas. A água carregava uma quantidade enorme de des- troços, o que aumentava seu potencial destrutivo. Calcula-se que houve mais de 128 mil mortos na Indonésia, 30 mil no Sri Lanka, mais de 12 mil na Índia e mais de 5 mil na Tailândia, sendo 2 245 turistas (mais de 2,8 mil desa- parecidos, sendo 898 turistas). Esses foram os países mais afetados. No total, calcula-se mais de 180 mil vítimas fatais, às quais é preciso acrescentar dezenas de milhares de desaparecidos e milhões de desalojados. Rapidamente, a comoção diante da catástrofe tornou-se mundial; os donativos afluíram de to- dos os lados, alcançando a soma de 2 bilhões de dólares. O fenômeno de escala regional logo se ampliou para a escala do globo. Nessa difusão, juntaram-se narrativas, imagens de profissionais e de amadores, descrições mais ou menos científicas do tsunami e de suas consequências etc. O fenôme- no foi bastante midiatizado pelas grandes redes, mas também pela internet, nos fóruns e nos blogs. Essa grande exposição deu a essa catástrofe uma dimensão inédita na história da humanidade. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. GEO_1S_VOL3_CA.indd 45 9/8/2010 14:40:56 Geografia - 1 a série - Volume 3 46 a) O que foi esse maremoto? Qual é a relação entre ele e o movimento das placas tectônicas? b) Com o auxílio de um mapa-múndi político, localize as áreas citadas no texto. c) O tsunami atingiu áreas turísticas, vitimando um grande número de pessoas de diversas nacionalidades. Você acredita que a enorme repercussão dessa catástrofe se deu em função desse fato? Justifique. 3. Você concorda com a afirmação de que a repercussão do tsunami em escala mundial pode signi- ficar uma forma de aproximação dos povos, visto que a solidariedade que se organizou veio de lugares dos quais no passado não viria? Justifique. GEO_1S_VOL3_CA.indd 46 9/8/2010 14:40:56 Geografia - 1 a série - Volume 3 47 Quadro de questionamentos sobre as consequências do tsunami de 2004 O que está acontecendo agora nos países vitimados pelo tsunami de 2004? Como foi retomar a vida depois da devastação? Como construir novos espaços? Será que agora vai se pensar de outra maneira na localização geográfica da ocupação do espaço nas regiões litorâ- neas? E será reavaliada a qualidade das edificações, dada a força destrutiva do tsunami? E o sistema de proteção, como o monitoramento das condições oceânicas, os meios para o alerta geral e para a evacuação, será que tudo isso está sendo considerado? Será que tudo faz parte das preocupações dos construtores e dos governantes? Por fim: será que os países atingidos têm condições econômicas e sociais de incorporar essa experiência e os novos saberes para construir espaços humanos mais bem protegidos e mais dignos? Com base nos questionamentos a seguir e no que foi estudado até o momento, elabore um texto em uma folha avulsa, sintetizando as principais ideias a respeito do tsunami. GEO_1S_VOL3_CA.indd 47 9/8/2010 14:41:00 Geografia - 1 a série - Volume 3 48 Filme ● O inferno de Dante (Dante’s Peak). Direção: Roger Donaldson. EUA, 1997. 108 min. 12 anos. Harry Dalton (Pierce Brosnan), um vulcanologista (perito em fenômenos vulcânicos), e Rachel Wando (Linda Hamilton), a prefeita da pequena cidade de Dante, tentam conven- cer o conselho dos cidadãos e outros geólogos a declarar estado de alerta, pois um vulcão muito próximo, que está inativo há vários séculos, entrará em erupção. Mas interesses econômicos são contrariados com a notícia: o alerta pode afastar um grande empresário que pretende fazer investimentos e gerar 800 empregos diretos na cidade. Sites ● Folha Online. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u9306. shtml>. Acesso em: 10 mar. 2010. Animação da Folha Online de um vulcão e mapa da ocorrência de vulcões na Terra. ● Instituto Geofísico – EPN. Disponível em: <http://www.igepn.edu.ec>. Acesso em: 10 mar. 2010. Portal do Instituto Geofísico do Equador, país que tem vários vulcões e costuma sofrer abalos sísmicos. Em espanhol. ● Star news. Disponível em: <http://www.starnews2001.com.br/vulcao.html>. Acesso em: 10 mar. 2010. Informações e imagens de vulcões. ● VULCANOtícias. Disponível em: <http://www.vulcanoticias.hpg.ig.com.br>. Acesso em: 10 mar. 2010. Informações sobre eventos vulcânicos no mundo. GEO_1S_VOL3_CA.indd 48 9/8/2010 14:41:01
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