Genética IV 2012

March 27, 2018 | Author: Guilherme Xavier | Category: Blood Type, Immune System, T Cell, B Cell, Lymphocyte


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GENÉTICA IVSISTEMA IMUNOLÓGICO ALELOS MÚLTIPLOS DETERMINAÇÃO E GENÉTICA DOS GRUPOS SANGUÍNEOS JOSE AMARAL/2012 SISTEMA IMUNOLÓGICO Função do sistema imunológico  Sistema de defesa interno que nos protege do ataque de patógenos (microrganismos produtores de doença) diversos.  O sistema imunológico ou imune (imunitário) combate qualquer substância, célula ou tecido estranhos (rejeição a transplante).  As substâncias que desencadeiam respostas do sistema imune são os antígenos. Secreções 3.Linhas de Combate do Sistema Imune RESPOSTA INESPECÍFICA (IMUNIDADE INATA) RESPOSTA ESPECÍFICA (IMUNIDADE ADQUIRIDA) Primeira linha de combate Barreiras Naturais 1.Substâncias antimicrobianas 3.Pele e mucosas 2.Células fagocitárias 2.Peristaltismo Segunda linha de combate Inflamação 1.Anticorpos 2.Flora natural 4.Altas temperaturas Terceira linha de combate 1.Complemento 4.Resposta imune celular . Imunidade Inata e Adquirida . restos de tecidos. um tipo de leucócito). É importante na imunidade inata e na adquirida. ingerindo células mortas. microrganismos. . etc. (quando estão no sangue são chamadas de monócitos.Células do Sistema imune  Macrófagos: Células fagocitárias que se movimentam pelo corpo. Linfócitos B: produzem anticorpos específicos contra antígenos específicos (principalmente proteínas de vírus. bactérias. . etc). .Células do Sistema imune  Linfócitos: São os “soldados” do sistema imune. tecidos estranhos. .Linfócitos T: 1. 2. Linfócitos T auxiliadores (CD4): Recebem informações dos macrófagos e estimulam a ação dos linfócitos B e dos linfócitos T matadores. Linfócitos T matador (CD8): reconhecem e matam células infectadas por vírus.. São os linfócitos atacados pelo vírus da AIDS. Atacam células estranhas à pessoa. Órgãos do sistema imunitário  Órgãos Imunitários primários: Origem e maturação Medula óssea: Local de produção dos linfócitos T e B e das demais células sanguíneas. 1. Os linfócitos B maturam na própria medula óssea. 3. Timo: Local de maturação dos linfócitos T. . 2. Órgãos imunitários secundários  LINFONODOS: Gânglios pertencentes ao sistema linfático por onde circularão os linfócitos.  Outros órgãos imunitários secundários: baço.  Quando ocorre esta detecção tais células especificas começam a se multiplicar (são as populares “ínguas”). etc. . apêndice. Nesta “passagem” os linfócitos podem detectar os “invasores” trazidos pela linfa. baço. adenoides (amídalas). . O sistema imune em ação . toxinas. fungos e vermes. Efetiva contra patógenos intracelulares (vírus.  Imunidade celular Células T Age contra organismos ou tecidos estranhos Regula a ativação e proliferação de outras células. inclusive macrófagos. Proteção contra bactérias. bactérias) ou protozoários. Reação à tecido transplantado. . vírus.  Células B : Produção de anticorpos.Dualidade do sistema imunológico  Imunidade humoral (mediada por anticorpos). Imunidade humoral (mediada por anticorpos) . Anticorpos e Resposta Imune Humoral Linfócitos B produzem anticorpos específicos (receptores secretados) . . Seleção e ativação de linfócitos B Linfócito B Amadurecem na medula Células B – Memória Plasmócitos – Produz anticorpos Combate à infecção Orgãos linfóides Células B efetoras Encontro com antígenos circulantes e reação a partir das Ig de superfície (receptores) Célula B ativada (especificidade única) . Resposta imunológica por anticorpos Princípio da Vacinação RESPOSTA IMUNOLÓGICA  Primária – primeiro contato com o antígeno; baixa produção de anticorpos; Gera memória imunológica.  Secundária – segundo contato com o antígeno; alta produção de anticorpos  A geração de memória imunológica é importantíssima no processo de vacinação.  Vacinação: utiliza 2-3 doses para aumentar a produção de anticorpos. Como são feitas as vacinas? . IMUNIDADE CELULAR .  Participação de citocinas – Mediadores químicos secretados que regulam outras células do sistema imunológico (comunicação celular). .  Imunidade celular baseia-se na atividade de certos linfócitos especializados.  Interleucinas são citocinas de comunicação entre glóbulos brancos.Imunidade mediada por células  Anticorpos não têm acesso a micróbios que vivem e dividem dentro de células infectadas. principalmente células T. Seleção e ativação de linfócitos T Células T Amadurecem no Timo Células T – Memória Células T – Combate à infecção Orgãos linfóides Células T efetoras Encontro com antígenos e reação a partir dos TCR de superfície Célula T ativada (especificidade única) . por sua vez. alertam outros tipos de linfócitos. Estes. . que combatem os invasores. os macrófagos apresentam amostras de seus antígenos aos linfócitos T auxiliares.Papel central dos Macrófagos (apresentação de antígenos)  Depois de fagocitar um microrganismo invasor. Tipos de Respostas Imunes Adquiridas . DEFESAS ESPECÍFICAS DO HOSPEDEIRO . . Imunidade Ativa e Passiva  Imunidade ativa: conferida pela resposta do hospedeiro a um antígeno. .  Imunidade passiva: conferida pela transferência adotiva de anticorpos ou linfócitos T específicos para determinado antígeno. ALELOS MULTIPLOS . -Neste caso. podem existir mais de dois genes Relacionados com uma mesma característica? -Indivíduos diplóides sempre apresentam dois alelos de cada gene. falamos de ALELOS MÚLTIPLOS. -Para algumas características podem existir três ou mais alelos diferentes na POPULAÇÃO. . um proveniente do pai e outro proveniente da mãe.Numa população.  Novos alelos surgem por mutações que provocam alterações na proteína original.  Ex: cor da pelagem de coelhos e Sistema Sanguíneo ABO.Também conhecido como polialelia. polialelismo ou herança polialélica.  Cada indivíduo tem. um de origem paterna e outro de origem materna. apenas dois alelos.  Herança determinada por 3 ou mais genes alelos que condicionam um só caráter. no genótipo. . obedecendo os padrões mendelianos (diferentes aspectos da mesma característica biológica). ALELOS MÚLTIPLOS : Um exemplo Cor da pelagem Em coelhos A= Chincila B= Aguti C= himalaia D= albina . ca  albino.C  selvagem (aguti). cch _ ch _ C_ C > cch > ch > ca caca .Alelos múltiplos Cor da pelagem em coelhos (4 alelos) .ch  himalaia. . .cch  chinchila. . ALELOS MÚLTIPLOS : Um exemplo Fenótipo Aguti Genótipos CC. cchca ch ch . ch ca caca Cor da pelagem Em coelhos Chinchila Himalaia albina Existe uma hierarquia de dominância entre os alelos . Cch. Cca cchcch . cchch . Ccch. himalaia 25% d) selvagem 25% .albino 25% b) selvagem. himalaia e albino . Cch.chinchila 50% .himalaia 25% e) Nenhum dos itens é correto Fenótipo Aguti Chinchila Himalaia albina Genótipos CC. Ccch. cchc ch ch . Cc cchcch .chinchila 25% .chinchila 25% .25% cada c) selvagem 50% . cchch .EXERCÍCIO 1 Qual é a prole de um coelho selvagem heterozigoto para himalaia com uma fêmea chinchila heterozigota para albina? a) selvagem 50% . chinchila. ch c cc .  Conhecimento importante nas transfusões. . medicina legal.A herança obedece os padrões mendelianos: Sistema ABO  Polialelia e co-dominância. etc. . Sistema MN  Monoibridismo e co-dominância.Grupos Sangüíneos  Determinado por proteínas presentes no plasma ou nas hemácias. Sistema Rh  Monoibridismo com dominância.  Transfusões baseadas nas relações antígeno/anticorpo. • 1902 – Landsteiner consegue classificar o sangue humano em quatro tipos: A.DETERMINAÇÃO DOS GRUPOS SANGUINEOS NA ESPÉCIE HUMANA: SISTEMA ABO HISTÓRICO • Início do sec. AB e O. XX – Landsteiner verifica a incompatibilidade sanguínea entre as pessoas. B. • Quando havia a mistura de sangue poderia ocorrer a aglutinação. . • A incompatibilidade estava relacionada a uma reação imunológica entre substâncias do plasma e substâncias presentes na membrana das hemácias. Induzem a uma reação de defesa ao serem introduzidas em um organismo. Nele encontra-se os anticorpos de defesa de natureza protéica. podem ser do tipo A ou B. . São denominados de anticorpos naturais (ou aglutininas) pois ocorrem normalmente sem que haja imunização anterior*.superfície externa encontram-se glicoproteínas denominadas de antígenos ou aglutinogênios. • Plasma – “líquido” do sangue.• Hemácias . Reação de aglutinação . Hemácias do doador se aglutinam na circulação do receptor destruindo capilares.aderência das hemácias formando verdadeiros grumos.Conhecer os fenótipos com seus antígenos e aglutininas é fundamental em transfusões. . A incompatibilidade entre doador e receptor pode levar à morte. o que poderia ocasionar o óbito do receptor. GRUPOS SANGUINEOS NA ESPÉCIE HUMANA Sangue centrifugado Plasma ou soro: Rico em anticorpos (aglutininas) Sedimento com hemácias: contém os antígenos (aglutinogênios) . SISTEMA ABO: FENÓTIPOS . . Aglutinogênios e Aglutininas . REAÇÕES DE AGLUTINAÇÃO ENVOLVENDO ANTÍGENOS DO SISTEMA ABO . AB e O O Aglutinogênio (antígeno) nas hemácias A AB A.B.B.Transfusão no sistema ABO Grupo sanguíneo da pessoa A B Recebe de AeO BeO Doa para A e AB B e AB AB O Grupo Sangüíneo A. AB e O Aglutinina (anticorpo) no plasma Anti-B A B AB O B AeB - Anti-A Anti-A e Anti-B . Transfusão no sistema ABO . grupo B .5. Paciente II: possui apenas um tipo de antígeno nas hemáceas e aglutinina b no plasma. Quantos doadores estavam disponíveis para os pacientes I e II.8. respectivamente? a) 5 e 11 b) 12 e 12 c) 8 e 3 d) 12 e 20 e) 28 e 11 . O primeiro pedido de doação partiu de um hospital que tinha dois pacientes nas seguintes condições: Paciente I: possui ambos os tipos de aglutininas no plasma.12. grupo A . ITAJUBÁ) Num banco de sangue foram selecionados os         seguintes doadores: grupo AB .Exercício 2  1) (MED. grupo O .3. GENÉTICA DO SISTEMA ABO RELAÇÃO ENTRE FENÓTIPO E GENÓTIPO NO SISTEMA ABO FENÓTIPOS Grupo A GENÓTIPOS IAIA ou IAi Grupo B Grupo AB IBIB ou IBi IAIB Grupo O ii . RELAÇÃO ENTRE FENÓTIPO E GENÓTIPO NO SISTEMA ABO FENÓTIPOS Grupo A GENÓTIPOS IAIA ou IAi Grupo B Grupo AB IBIB ou IBi IAIB Grupo O ii A genética do sistema ABO envolve: dominância. codominância e alelos múltiplos. Por quê? . Exercício 3 . Exercício 4 . Rh+.  Indivíduos RR ou Rr produzem o fator. sendo. Produzirão anticorpos anti-Rh.  Tratando-se de outra proteína.Grupos sanguíneos: Sistema Rh  Trata-se de outro sistema de tipagem sanguínea. os genes são R e r. estão envolvidos outros genes. portanto. Neste caso. sendo. se sensibilizados. evidentemente. portanto. seguindo o modelo mendeliano de 1ª Lei. baseado na presença ou ausência de uma outra proteína na membrana da hemácia: O FATOR Rh. Não produzem anticorpos anti-Rh. . Rh-. com dominância. não produzem o fator.  Indivíduos rr. .  indivíduos que não possuem a proteína.Fator Rh  Proteína encontrada nas hemácias que pode agir como antígeno se for inserida em indivíduos que não a possuam. Rh. Rh+  indivíduos que possuem a proteína. Fenótipos Rh+ Rh- Genótipos RR ou Rr rr . Genética do sistema Rh . . Anti-Rh ---- Rh+ e Rh- Rh- Rh+ Rh+ e Rh- . podendo ocorrer a passagem de sangue do filho (Rh+) para a circulação da mãe (Rh-).Observação importante: Os anticorpos anti-Rh não existem naturalmente no plasma das pessoas Rh negativas (Anticorpos imunes). Exemplo: rompimento de vasos sanguíneos da placenta. . A mãe começará a produzir anti Rh. Somente são produzidos em decorrência de uma sensibilização anterior. ERITROBLASTOSE FETAL OU DHRN . 1) Mãe Rh. os anti Rh produzidos passarão através da placenta atingindo o sangue da criança Rh+.e filho Rh+.DHRN . hepatoesplenomegalia e liberação de eritroblastos). insuficiência hepática. . mãe Rh.é sensibilizada (exposta ao fator Rh por uma transfusão ou primeira gestação de filho Rh +) 2) Mãe começa a produzir anti Rh 3) Em uma segunda gestação de filho Rh +.Doença hemolítica do recém nascido . anemia hemolítica. Ocorrerá a destruição das hemácias do feto (icterícia.Eritroblastose Fetal Condição: pai Rh+. . Criança: Rh+ • Tratamento – Inoculação de imunoglobulina humana anti Rh.Condições: Mãe: Rh-. Pai: Rh+. (após o parto) . .Procedimento após o parto: administração de injeção intravenosa com anticorpos anti-Rh que provocarão a destruição das hemácias fetais presentes na circulação sangüínea materna. Rhb) Rh-. Rh+ . Rh+. Seu primeiro filho nasce com eritroblastose fetal. Rh+ d) Rh-. Rh+. a mulher.Exercício (UFPA) Uma mulher recebeu uma transfusão sangüínea. seu marido. Rh+. Rh+ c) Rh-. Rh-. Rh+. Rh-. a criança e o sangue que a mulher recebeu na transfusão: a) Rh-. quanto ao grupo sangüíneo Rh . Rh-. Rhe) Rh+. Rh-. Classifique. Rh+. Rh-. . Porém pode ser importante na exclusão de paternidade.Sistema MN  Dois antígenos nas hemácias: antígeno M e antígeno N (alelos codominantes) Grupo (Fenótipo) M N MN Genes LM LN LM e L N Genótipos L M LM L N LN LMLN  não é muito importante para transfusões de sangue (sensibilização é praticamente nula) com produção muito baixa de anticorpos. Rh+ . filho de pais tipo A.e mãe AB. Rh-. Rh. Rh+.Exercício  (Mack) Um indivíduo do tipo sanguíneo O. Qual a probabilidade de o casal ter filhos com o mesmo fenótipo do pai? . pretende se casar com uma jovem do tipo sanguíneo A. filha de pai de tipo sanguineo O. Rh-. Qual a probabilidade de o casal I X II ter um descendente: a)pertencente ao grupo O e Rh negativo b)pertencente ao grupo AB e Rh positivo .Exercício  (Unicamp-SP) Um homem (I) do grupo sanguíneo A e Rh positivo é casado com uma mulher (II) do grupo sanguíneo B e Rh positivo. Sabe-se que o pai desse homem e a mãe dessa mulher pertencem ao grupo sanguíneo O e são Rh negativo. 29/09/08. assinale a alternativa que apresenta o provável tipo sanguíneo do casal que confirmaria o drama descrito na reportagem. Jornal Hoje –Rede Globo. Rh+ . Rh+. d) Pai: O.  “Estudante descobre não ser filha dos pais em aula de genética” Uma aula sobre genética tumultuou a vida de uma família que vive em Campo Grande. Na adolescência. ou seja. Rh–e mãe: A.Exercício (UFC-CE) Leia o texto a seguir. Uma estudante descobriu que não poderia ser filha natural dos pais. Miriam Anderson cresceu acreditando que Holmes e Elisa eram os seus pais. Rh+ e mãe: A. Rh–. que Holmes e Elisa não poderiam ter gerado Miriam. Rh+ e mãe: O. b) Pai: A. Rh–. a) Pai: AB. Mato Grosso do Sul. Considerando que o tipo sanguíneo de Miriam seja O. ela entendeu que o tipo sanguíneo dos pais era incompatível com o dela. Rh–. Rh+. Rh–e mãe: B. durante uma aula de genética. e) Pai: B. Rh+ e mãe: B. c) Pai: B. Rh Casal 1:  Mulher: O. Rh Homem: AB. . Rh+  Explique como esses resultados excluem ou não a possibilidade de a criança ser o filho desaparecido do casal 1 ou do casal 2. MN. Rh+ Homem: B. N.Exercício  Dois casais afirmam que determinada criança achada pela policia é seu filho desaparecido. M. Rh+ Casal 2: Mulher: A. Os resultados dos testes para os grupos sanguíneos foram os seguintes:  Criança: O. M. MN.
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