Genética Emancipa I

March 27, 2018 | Author: Bruno Gabriel | Category: Allele, Dominance (Genetics), Genetics, Earth & Life Sciences, Biology


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GenéticaPrincipais conceitos A genética estuda os mecanismos da hereditariedade e variação. Hereditariedade refere-se ao mecanismo pelo qual as características biológicas passam de pais para filhos, enquanto variação corresponde às diferenças entre os pais e os filhos, ou mesmo entre irmãos. Na realidade, o que herdamos de nossos pais não são propriamente as características, mas sim as "receitas" para produzi-las. Essas "receitas" são os genes, que são transmitidos de pais para filhos pelos gametas (óvulos e espermatozoides nos humanos). Portanto, um gene pode ser definido como um segmento do DNA que contêm a informação necessária para determinação de certa característica. Um indivíduo recebe, de cada um de seus pais, um conjunto completo de genes, característico da espécie. Assim, cada indivíduo apresenta duas cópias de cada gene: uma da origem materna, e outra de origem paterna. As versões paterna e materna podem não ser idênticas, sendo as diferentes versões chamadas de alelos. Dessa forma, consideramos como alelo dominante aquele capaz de expressar determinada característica mesmo que esteja em dose simples (sendo sempre representado por letras maiúsculas), e alelo recessivo aquele que se manifesta apenas em dose dupla(sendo representado pela letra minúscula). Um indivíduo que apresenta dois alelos idênticos de um gene é chamado homozigótico ou puro, enquanto o indivíduo que apresenta dois alelos diferentes de um gene é chamado heterozigótico ou híbrido. Denomina-se cromossomos homólogos cada um dos pares dos Figura 1: Estrutura dos cromossomos cromossomos recebidos dos pais. (Cromossomo 1 paterno e cromossomo 1 materno, por exemplo. Fig. 2) O termo genótipo designa a constituição genética do indivíduo, ou seja, o conjunto de alelos herdados dos progenitores. Fenótipo, por sua vez, se refere às características observáveis de um ser vivo, pode ser definida como expressão do genótipo associado à ação do meio ambiente. Por exemplo, quando nos referimos à cor das flores de uma planta, ou à coloração da pelagem de cachorros estamos nos referindo ao fenótipo, mas se nos referirmos à constituição genética (alelos), estaremos falando de genótipo. Os conceitos de dominância e recessividade estão certamente entre os mais antigos na história da Genética. Os termos aparecem pela primeira vez nos trabalhos de Mendel e são empregados até hoje. Contudo, como nem todas as situações da análise genética se encaixam perfeitamente nos conceitos de dominância e recessividade, é natural que, com o passar do tempo, ajustes e acomodações tenham sido necessários e tenham surgido os conceitos de codominância e dominância incompleta. Na genética clássica, um caráter é dito como dominante quando se manifesta fenotipicamente no heterozigoto, ocultando completamente o fenótipo recessivo. O fenótipo dominante é aquele presente na primeira geração de descendentes, que resulta do cruzamento de duas linhagens puras com fenótipos contrastantes. Em outras palavras, nessa situação, o fenótipo do heterozigoto é igual ao do indivíduo com genótipo homozigoto que possui dois alelos dominantes. 1ª Lei de Mendel (Lei da Pureza dos Gametas/Lei da Segregação dos Fatores) Em 1865, Gregor Mender através de seus estudos com ervilhas, conseguiu estabelecer as principais leis que regem a base da genética. Durante seus estudos, conseguiu definir alguns princípios: 1. Cada característica genética é condicionada por 2 fatores (alelos), 1 da mãe e 1 do pai. 2. Na reprodução, apenas 1 alelo do par é transferido para a célula sexual (gameta). Desse forma, a 1ª Lei de Mendel pode ser resumida da seguinte forma: "Os alelos de um gene se segregam na formação de gametas" Figura 2: Dois PARES de cromossomos homólogos Assim sendo, se um organismo heterozigoto (Aa) gerar descendentes com outro organismo heterozigoto(Aa), podemos construir um quadro de descendência (quadro de Punnett. Fig. 3). Observando-se o quadro acima, podemos determinar as proporções fenotípicas e genotípicas da geração resultante do cruzamento:  Proporção Genotípica: 1 (AA) : 2 (Aa) : 1 (aa)  Proporção Fenotípica: 3 (Amarelos) : 1 (Verde) Probabilidade Eventos aleatórios dependem do acaso e sua ocorrência não pode ser prevista com certeza absoluta. Não podemos ter certeza, por exemplo, se, sendo o pai heterozigoto, o gene que irá transmitir para o filho será dominante ou recessivo. A probabilidade considera exatamente que, a princípio, todos os eventos são igualmente possíveis. Há chances de o gene transmitido ser o dominante e há chances de ser o recessivo. O que tentamos avaliar com as regras propostas é a probabilidade de ocorrência de cada evento, ou seja, quais são as chances de o gene transmitido ser o dominante, e quais são as chances de o gene transmitido ser recessivo. No exemplo citado a resposta é simples, a chance de o gene transmitido ser dominante ou recessivo é a mesma, já que temos apenas 2 alelos e a meiose separa cada um para uma célula sexual. A chance aqui é de 50%. Regra do "E": Segundo os príncipios da matemática "A probabilidade de dois ou mais eventos independentes ocorrerem conjuntamente é igual ao produto das probabilidades individuais" Para aproximarmos esse princípio à linguagem genética, podemos utilizar o seguinte exemplo: Qual a probabilidade de um casal gerar um descendente homem E homozigoto recessivo?  Probabilidade de ser homem: 1/2  Probabilidade de ser homozigoto recessivo: 1/4 Figura 3: Quadro de Punnett. Demostração do resultado de cruzamentos para a Primeira Lei de Mendel Assim, a probabilidade de ser homem E homozigoto recessivo será de: 1/2 * 1/4 = 1/8 Regra do "OU": Segundo os princípios da matemática "A ocorrência de dois eventos que se excluem mutuamente é igual à soma das probabilidades de ocorrência de cada um dos eventos individuais". Por exemplo: Qual a probabilidade de se obter Face "1" OU Face "6" no lançamento de um dado?  Probabilidade de face "1": 1/6  Probabilidade de face "6": 1/6 Assim, a probabilidade de se obter Face "1" OU Face "6" é igual: 1/6 + 1/6 = 2/6 = 1/3 Dominância Incompleta No entanto, há situações em que, do resultado do cruzamento de indivíduos de linhagem pura (homozigotos), surgem indivíduos heterozigotos com fenótipo intermediário entre os fenótipos apresentados pelos dois indivíduos parentais. Esse tipo de interação entre alelos é chamado de dominância incompleta (Fig. 4). Alelos Múltiplos Certos genes podem apresentar não apenas dois alelos, mas três ou mais. Contudo, apesar de haver três ou mais alelos, cada indivíduo contêm apenas dois dos alelos da série. A esse fenômeno, damos no nome de alelos múltiplos. Um exemplo clássico de alelos múltiplos são os genes que condicionam a cor de pelagem em coelhos, que se apresentam sobre a forma de 4 alelos (C, C ch , C h , c). O Figura 4: Demonstrativo de Dominância Incompleta. Do cruzamento de duas espécies homozigotas (uma branca e outra vermelha), haverá formação de uma espécie com coloração intermediária (rosa). alelo C é dominante sobre todos ou outros; o alelo C ch é recessivo em relação ao C, mas dominante sobre os demais; o alelo C h é recessivo em relação aos dois primeiros, mas dominante em relação ao alelo c; o alelo c é recessivo em relação a todos os anteriores. Relação de dominância entre os alelos Tabela 1: Relação dos alelos dominantes na determinação dos pêlos de coelhos Genótipo Fenótipo CC / CC ch / CC h / Cc Aguti/Selvagem C ch C ch / C ch C h / C ch c Chinchila C h C h / C h c Himalaia cc Albino Codominância Finalmente, há casos de codominância, pois se observa no heterozigoto, simultaneamente, ambos os fenótipos determinados pelos dois alelos no lócus. São exemplos clássicos da codominância a produção de antígenos que determinam grupos sanguíneos em humanos. 1. Sistema ABO Os alelos diferentes produzem tipos diferentes de antígenos que estão presentes na superfície das hemácias. Os antígenos (também chamados de aglutinogênio) são substância que induzem resposta imunológica, ou seja, é visto pelo corpo como algo que faz mal, e o corpo tenta eliminá-lo. Já os anticorpos (também chamados de aglutininas) são substância que interagem com o antígeno, inativando-o, e portanto protegendo o corpo do antígeno. Por exemplo, no sistema ABO, indivíduos com genótipos I A I B produzem ambos os tipos de antígenos (antígeno A e antígeno B), portanto dizemos que os alelos I A e I B são codominantes. No entanto, no mesmo lócus podemos ter também o alelo i, incapaz de produzir antígeno e que se comporta como recessivo em heterozigotos que tenham qualquer um dos outros dois alelos. Como o organismo não produz anticorpos contra substâncias produzidas por ele mesmo (com exceção das doenças auto-imunes), é natural que um indivíduo de sangue A (que produz antígeno A) não produza anticorpos anti-A, mas sim anti-B. Da mesma forma, um indivíduo sangue B não irá produzir anticorpos anti-B, mas sim C > C ch > C h > c anti-A. Seguindo a mesma lógica para os outros tipo sanguíneos, podemos classificar o sangue conforme Tabela 1: Tabela 2: Classificação do sistema sanguíneo ABO Genótipo Fenótipo Antígeno Anticorpo I A I A Sangue A A Anti-B I A i I B I B Sangue B B Anti-A I B i I A I B Sangue AB AB Não possui anticorpos para tipo sanguíneo ii Sangue O Não produz antígeno A nem B Anti-A e Anti-B Esse exemplo, além de servir para ilustrar a codominância, ilustra também a ocorrência de alelos múltiplos pois, nesse caso, três alelos distintos podem ocorrer nesse lócus. A presença de antígenos e anticorpos nos grupos sanguíneos explica boa parte das tranfusões sanguíneas. Baseando-se na tabela acima, as transfusões podem ser esquematizadas conforme demontrado na Fig. 5. 2. Sistema Rh Ainda se tratando de transfusões, antígenos e anticorpos, é válido destacar também o sistema Rh. Os tipos sanguíneos do sistema Rh são condicionados por dois alelos (R e r), com dominância de R sobre r. Pessoas portadoras de pelo menos um alelo dominante, ou seja, com genótipo RR ou Rr, apresentam o fator Rh sem suas hemácias e têm, portanto, Rh(+), enquanto os homozigotos recessivos (rr) não possuem fator Rh e são, portanto, Rh (-). Figura 5: Transfusões de sangue conforme sistema ABO Eritroblastose fetal (Doença hemolítica do recém-nascido) Os anticorpos Anti-Rh não existem naturalmente no sangue das pessoas , como ocorre com o anti-A ou anti-B. Uma pessoas Rh(-) produz anticorpos anti-Rh somente se for sensibilizada, ou seja, se receber, em sua circulação sanguínea, hemácias portadoras do fator Rh (Rh(+)); já as pessoas Rh(+), como era de se esperar, não produzem anticorpos anti-Rh. A sensibilização de uma pessoa Rh(-) ocorre quando ela recebe transfusão de sangue Rh(+), ou quando mulheres grávidas Rh(-) geram filhos Rh(+). neste último caso, durante a gravidez e principalmente na hora do parto, a placenta sofre rupturas por onde hemácias da criança (Rh(+)) passam para a circulação materna. As hemácias do feto estimulam a mãe (Rh(-)) a produzir anticorpos e a adquirir memória imunológica, tornando-se sensibilizada para o fator Rh. Na primeira gravidez, o nível de sensibilização é pequeno e a quantidade de anticorpos presentes no sangue da mãe não chega a afetar a criança. Na hora do parto, porém, pode ocorrer forte sensibilização da mãe, que terá consequências para gestações posteriores. Se a próxima criança gerada for Rh(+), os anticorpos anti-Rh produzidos em grande quantidade pela mulher sensibilizada atravessam a placenta, destruindo hemácias fetais, processo que continua a ocorrer no recém-nascido. Atualmente, no momento do parto de uma mulher Rh(-) que terá uma criança Rh(+), é aplicada uma injeção intravenosa de anticorpos anti-Rh. Esses anticorpos ficam na circulação e destroem rapidamente as hemácias fetais Rh(+) que penetram na circulação durante o parto. Dessa forma, a destruição rápida das hemácias fetais na circulação materna impede a ativação do sistema imune da mãe, que não será sensibilizada. 3. Sistema MN É um terceiro sistema de classificação do sangue, baseado na presença de antígenos M e N nas hemácias. Não há anticorpos anti-M ou Anti-N, portanto não são importantes para a transfusão, apenas na medicina legal (teste de paternidade). Tabela 3: Relação antigeno e genótipo do sistema MN Antígeno Grupo m M n N m e n MN 4. Identificação do tipo sanguíneo Duas gotas do sangue são misturadas com anticorpos anti-A e anti-B, isoladamente. Dependendo da ocorrência de aglutinação (manchas pretas na figura), pode-se determinar o tipo sanguíneo correspondente. Por exemplo: um indivíduo que possui sangue tipo A, possui anticorpo anti-B, dessa forma, quando em contato com uma solução contendo anticorpo anti-B, nada irá ocorrer, pois o indivíduo já os possui em sua circulação. Por outro lado, quando em contato com anticorpo anti-A, ocorrerá reação de aglutinação, pois os anticorpos anti-A do soro irão reagir com as proteínas de superfície das hemácias dos indivíduos de sangue tipo A. Figura 6: Representação esquemática de identificação de tipos sanguíneos EXERCÍCIOS 1) A porcentagem de espermatozoides de um macho Aa que conterá o gene recessivo será de: a) 25% b) 30% c) 50% d) 75% e) 100% 2) Em uma raça bovina, animais mochos (M) são dominantes a animais com cornos (m). Um touro macho foi cruzado com duas vacas. Com a vaca 1, que tem cornos, produziu bezerro mocho. Com a vaca 2, que é mocha, produziu um bezerro com cornos. Assinale a alternativa que apresenta corretamente os genótipos dos animais citados: TOURO VACA 1 VACA 2 a) Mm mm Mm b) Mm Mm Mm c) MM mm Mm d) MM Mm MM e) Mm Mm MM 3) (UNIFOR-CE) A acondroplasia, um tipo de nanismo, é causada por um alelo autossômico dominante. Os indivíduos homozigóticos para esse alelo morrem antes de nascer e os heterozigóticos apresentam a anomalia, mas conseguem sobreviver. A probablilidade de um casal de acondroplásicos vir a ter uma criança normal é de: a) 3/4 b) 2/3 c) 1/2 d) 1/3 e) 1/4 4) (FEEQ-CE) A capacidade de sentir o gosto de uma substância amarga chamada feniltiocarbamida (PTC) deve-se a um gene dominante. A probabilidade de um casal sensível ao PTC e heterozigóticos terem um filho do sexo feminino e sensível ao PTC é de: a) 1/4 b) 1/8 c) 3/4 d) 3/8 e) 1/5 5) (UNIVALI-SC) Até o século CC, era grade a ocorrência de acidentes graves durante as transfusões sanguíneas. Este problema foi resolvido quando Karl Landsteiner (1868~1943), patologista austríaco, ao pesquisar tipos sanguíneos entre os seres humanos, identificou os quatros tipos do sistema ABO. De acordo com esta classificação, assinale a correta: a) O indivíduo para ter sangue tipo O tem de ser homozigoto ii b) O indivíduo para ter sangue tipo AB é necessariamente homozigoto I A I B c) O indivíduo para ter sangue A deve ter aglutinogênio A e aglutininas anti-A d) O indivíduo para ter sangue tipo B deve ter aglutinogênio B e aglutininas anti-B e) O indivíduo para ter sangue tipo O deve ter os dois aglutinogênios A e B 6) (UEPB) A doença hemolítica do recém-nascido também denominada Eritroblastose Fetal, é caracterizada pela destruição das hemácias do feto, que em caso acentuado, acarreta uma série de consequências. Após a descoberta do Fator Rh, se constatou que este era o responsável por esta doença. Os estudos levaram à conclusão que a doença ocorre somente na seguinte situação: a) Mãe Rh-, que gera bebê Rh- b) Mãe Rh+, que gera bebê Rh- c) Mãe Rh-, que gera bebê Rh+ d) Mãe Rh+, que gera bebê Rh+ e) Mãe Rh-, independente do Rh do bebê 7) Qual a prole de um coelho selvagem heterozigoto para himalaia com uma fêmea chinchila heterozigota pra albina? a) Selvagem 50% - chinchila 25% - albino 25% b) Selvagem, Chinchila, Himalaia e Albino - 25% cada um c) Selvagem 50% - Chinchila 25% - Himalaia 25% d) Selvagem 25% - Chinchila 25% - Himalaia 25% e) Nda 8) (ENEM 2009) Em um experimento, preparou-se um conjunto de plantas por técnica de clonagem a partir de uma planta original que apresentava folhas verdes. Esse conjunto foi dividido em dois grupos, que foram tratados de maneira idêntica, com exceção das condições de iluminação, sendo um grupo exposto a ciclos de iluminação solar natural e outro mantido no escuro. Após alguns dias, observou-se que o grupo exposto à luz apresentava folhas verdes como a planta original e o grupo cultivado no escuro apresentava folhas amareladas. Ao final do experimento, os dois grupos de plantas apresentaram: a) genótipos e fenótipos idênticos; b) genótipos idênticos e fenótipos diferentes c) diferenças nos genótipos e fenótipos d) o mesmo fenótipo e apenas dois genótipos diferentes e) o mesmo fenótipo e grande variedade de genótipos 9) (UFT) Os heredogramas abaixo representam características autossômicas. Os círculos representam as mulheres e os quadrados, os homens. Os símbolos cheios indicam que o indivíduo manifesta a característica. Supondo que não haja mutação, analise os heredogramas e assinale a alternativa errada. a) As informações disponíveis para a família 1 são insuficientes para a determinação da recessividade ou dominância da doença b) A família 2 apresenta uma doença dominante. c) O genótipo dos pais da família 3 é heterozigoto. d) Os descendentes da família 3 são todos homozigotos. e) Nenhuma das alternativas anteriores 10) (FUVEST 2010) Numa espécie de planta, a cor das flores é determinada por um par de alelos. Plantas de flores vermelhas cruzadas com plantas de flores brancas produzem plantas de flores cor-de-rosa. Do cruzamento entre plantas de flores cor de-rosa, resultam plantas com flores: A) das três cores, em igual proporção. B) das três cores, prevalecendo as cor-de-rosa. C) das três cores, prevalecendo as vermelhas. D) somente cor-de-rosa. E) somente vermelhas e brancas, em igual proporção 11) (ENEM.2012) Os vegetais biossintetizam determinadas substâncias (por exemplo, alcaloides e flavonoides), cuja estrutura química e concentração variam num mesmo organismo em diferentes épocas do ano e estágios de desenvolvimento. Muitas dessas substâncias são produzidas para a adaptação do organismo às variações ambientais (radiação UV, temperatura, parasitas, herbívoros, estímulo a polinizadores etc.) ou fisiológicas (crescimento, envelhecimento etc.). As variações qualitativa e quantitativa na produção dessas substâncias durante um ano são possíveis porque o material genético do indivíduo: a) sofre constantes recombinações para adaptar-se. b) muda ao longo do ano e em diferentes fases da vida. c) cria novos genes para biossíntese de substâncias específicas. d) altera a sequência de bases nitrogenadas para criar novas substâncias. e)possui genes transcritos diferentemente de acordo com cada necessidade. . 12) (ENEM.2013) Cinco casais alegavam ser os pais de um bebê. A confirmação da paternidade foi obtida pelo exame de DNA. O resultado do teste está esquematizado na figura, em que cada casal apresenta um padrão com duas bandas de DNA (faixas, uma para o suposto pai e outra para a suposta mãe), comparadas à do bebê. Que casal pode ser considerado como pais biológicos do bebê? a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 13) (FUVEST 2014) Para que a célula possa transportar, para seu interior, o colesterol da circulação sanguínea, é necessária a presença de uma determinada proteína em sua membrana. Existem mutações no gene responsável pela síntese dessa proteína que impedem a sua produção. Quando um homem ou uma mulher possui uma dessas mutações, mesmo tendo também um alelo normal, apresenta hipercolesterolemia, ou seja, aumento do nível de colesterol no sangue. A hipercolesterolemia devida a essa mutação tem, portanto, herança a) autossômica dominante. b) autossômica recessiva. c) ligada ao X dominante. d) ligada ao X recessiva. e) autossômica codominante 14) (MACK 2014) Uma mulher pertencente ao tipo sanguíneo A, Rh- casa-se com um homem pertencente ao tipo B, Rh+, que nasceu com Eritroblastose fetal. O casal tem uma filha pertencente ao tipo O e que também nasceu com eritroblastose fetal. Se essa menina se casar com um homem com o mesmo genótipo do pai dela, a probabilidade de ter um criança doadora universal é? a) 1/8 b) 1/4 c) 1/2 d) 1/6 e) 3/4 15) (MACK 2014) 16) (FUVEST) No porquinho-da-índia existe um par de genes autossômicos que determina a cor da pelagem: o alelo dominante B determina a cor preta e o recessivo b, a cor branca. Descreva um experimento que possa evidenciar se um porquinho preto é homozigoto ou heterozigoto. 17) (UFRJ) Nas transfusões sanguíneas, o doador deve ter o mesmo tipo de sangue que o receptor com relação aos sistema ABO. Em situações de emergência, na falta de sangue compatível, podem ser feitas pequenas transfusões de pequenos volumes de sangue tipo O para pacientes do grupo A, B ou AB. Explique o problema que pode ocorrer se forem fornecidos grandes volumes de sangue tipo O para paciente A, B ou AB. 18) (UNICAMP 2012) A anemia falciforme é uma doença genética autossômica recessiva, caracterizada pela presença de hemácias em forma de foice e deficiência no transporte de gases. O alelo responsável por essa condição é o HbS, que codifica a forma S da globina β. Sabe-se que os indivíduos heterozigotos para a HbS não têm os sintomas da anemia falciforme e apresentam uma chance 76% maior de sobreviver à malária do que os indivíduos homozigotos para o alelo normal da globina β (alelo HbA). Algumas regiões da África apresentam alta prevalência de malária e acredita-se que essa condição tenha influenciado a frequência do alelo HbS nessas áreas. a) O que ocorre com a frequência do alelo HbS nas áreas com alta incidência de malária? Por quê? b) O heredograma abaixo se refere a uma família com um caso de anemia falciforme. Qual é a probabilidade de o casal em questão ter outro(a) filho(a) com anemia falciforme? Explique. 19) (FUVEST 2014) A fenilcetonúria é uma doença que tem herança autossômica recessiva. Considere a prole de um casal de heterozigóticos quanto à mutação que causa a doença. a) Qual é a probabilidade de o genótipo da primeira criança ser igual ao de seus genitores? b) Qual é a probabilidade de as duas primeiras crianças apresentarem fenilcetonúria? c) Se as duas primeiras crianças forem meninos que têm a doença, qual é a probabilidade de uma terceira criança ser uma menina saudável? d) Se a primeira criança for clinicamente normal, qual é a probabilidade de ela não possuir a mutação que causa a fenilcetonúria? RESPOSTAS 1. C 2. A 3. D 4. D 5. A 6. C 7. C 8. B 9. D 10. B 11. E 12. C 13. A (De acordo com o texto, basta um alelo para a hipercolesterolemia se manifestar. Isso caracteriza herança autossômica dominante. Obs.: a herança da hipercolesterolemia é um caso clássico de herança com dominância incompleta. Um indivíduo homozigoto HH possui grande quantidade de receptores de membrana (a proteína citada no texto). Assim, é um indivíduo com quantidade normal de LDL, “mau” colesterol no sangue. Um indivíduo heterozigoto HA possui poucos receptores de membrana (a proteína citada no texto). Assim, possui maior quantidade de LDL no sangue, cerca de duas vezes a quantidade do normal. Um indivíduo AA não possui receptores de membrana. Assim, possui hipercolesterolemia. Portanto, ambos os indivíduos apresentam o problema, sendo que o heterozigoto possui um fenótipo intermediário. Isso caracteriza uma herança autossômica dominante incompleta.) 14. A 15. D 16. Para se descobrir o genótipo do porquinho preto, basta fazer um cruzamento- teste, isto é, cruzá-lo com o recessivo (branco) e examinar sua descendência. Podem ocorrer duas opções:  Se entre os descendente houver filhotes brancos, então o porquinho preto será heterozigoto  Se todos os filhotes forem pretos, então o porquinho preto será homozigoto 17. O sangue tipo O possui anticorpo anti-A e anti-B. Com transfusões de pequeno volume, esses anticorpos ficam diluídos no sangue do receptor, o que não acarreta problemas significativos. Por outro lado, se o volume do sangue O doado for grande, esses anticorpos atingem concentrações que provocam a aglutinação das hemácias do receptor, causando entupimento dos capilares e outros tipos de problemas. 18. a) Em regiões de alta incidência de malária, os indivíduos heterozigotos são favorecidos pela seleção natural. Isso porque não apresentam os sintomas da anemia falciforme e os protozoários do gênero Plasmodium sp não conseguem se multiplicar dentro das suas hemácias, assim, também não terão os sintomas da malária. Uma vez selecionados favoravelmente, eles crescem, multiplicam- se e deixam descendentes, mostrando uma grande adaptação às regiões malarígenas. Nessas regiões, a frequência de heterozigotos chega a mais de 40% dos indivíduos. b) A probabilidade do casal ter outra criança com anemia falciforme é de 25%. 19. a) P (Aa) = 2/4 = 1/2 b) P (aa) e P (aa) = 1/4 *1/4 = 1/16 c) P (home e A_) = 1/2 * 3/4 =3/8 Obs.: o fato de as duas primeiras crianças serem meninos afetados não interfere na probabilidade da terceira criança ser uma menina saudável. d) Sendo clinicamente normal (AA ou Aa), a probabilidade de a criança não possuir a mutação (ser AA) é 1/3.
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