5.1.1 - Colocação de comadre Finalidades: Evitar que o (a) paciente tenha perdas de urina ou fezes no leito, criando um desconforto e propiciando a formação de ulceras de decúbito; Permitir o controle das eliminações nos pacientes restritos ao leito; Permitir a coleta de amostra de urina ou fezes para exames. Material necessário: Comadre; Toalha; Papel higiênico; Bacia; Jarro com água morna; Biombo; Luvas de procedimento. a) Método para paciente que pode auxiliar 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Lavar as mãos; Juntar todo o material; Explicar ao paciente o que vai ser feito; Preparar o ambiente e, se for conveniente, cercar a cama com biombos; Calças as luvas; Aquecer a comadre com água morna e, após, secá-la; Erguer ligeiramente a cabeceira da cama para evitar hiperextensão da coluna vertebral; 8. Dobrar o lençol do paciente em triângulo; 9. Solicitar que o paciente flexione os joelhos e erga os quadris, apoiando os pés no leito. 10. Colocar a comadre na posição adequada; 11. Deixar o paciente só, com a companhia e o papel higiênico ao seu alcance; 12. Solicitar ao paciente que erga novamente os quadris,remover a comadre com movimentos delicados, tendo o cuidado de apoiar as costas do paciente com a mão livre; 13. Alcançar o material para a higiene, se o paciente tiver condições de fazê-lo ou realizá-la por este; 14. Deixar o paciente em posição confortável; 15. Recolher o material e levá-lo para a sala de material; 16. Registrar o procedimento na folha de evolução e comunicar alterações. 2. Preparar o ambiente e. se suas condições permitirem. 12. 11. Calçar as luvas. Recolher o material e levá-lo para a sala de utilidades. Realizar a higiene de genitália. cercar a cama com biombos. 3. 17. Remover delicadamente a comadre de sob o paciente. e rolar novamente o paciente para o lado. Explicar ao paciente o que vai ser feito. Desprezar o conteúdo da comadre no vaso sanitário e levá-la para a sala de utilidades para ser lavada. 8. Lavar mãos. 6. estando o paciente ainda em decúbito lateral. Deixar o paciente só. 9. 19. 15. Dobrar o lençol do paciente em triângulo. Colocar a cabeceira da cama na posição horizontal. Abaixar a cabeceira novamente. Observações Cobrir a comadre para o transporte. Em pacientes caquéticos acolchoar bem a comadre. 16. se a elevação da cabeceira não for permitida. 13.b) Método para paciente que não pode auxiliar: 1. 14. . Evitar deixar o paciente muito tempo sobre a comadre. 18. Levar a cabeceira da cama. nunca no chão ou sobre a mesa de cabeceira ou refeições. Colocar a comadre sobre a cadeira. Aquecer a comadre com água morna e após secá-la. Juntar todo material. Retirar o procedimento na folha de evolução e comunicar alterações. Ajustar a comadre contra as nádegas e rolar o paciente sobra a mesma. para evitar lesões e desconforto. Colocar um travesseiro sob as costas do paciente para proteger a região lombar. pois poderá ocasionar lesões. Deixar o paciente em posição confortável. 7. 10. se for conveniente. 5. 4. segurar a comadre firmemente com uma das mãos para evitar derramamento no leito. A comadre deve ser aquecida sempre antes do uso. com a companhia e o papel higiênico ao seu alcance. para evitar lesões causadas por ficção. com as nádegas voltadas para você. Rolar o paciente em decúbito lateral. 2 – Colocação de dispositivo urinário externo masculino Finalidades: Evitar que o paciente masculino tenha perdas de urina no leito. Lavar as mãos. 2. cercar a cama com biombos. Tesoura. Permitir o controle do volume unitário de pacientes masculinos incontinentes. 9. Coletor para urina sistema aberta ou conjunto contendo: .intermediário (2). 11. . Sabão líquido. Fixar o dispositivo urinário com adesivo microporoso. 14. Realizar a higiene do local e secar bem após. Adesivo microporoso.vidro 1000 ml com tampa de borracha (1). 13. Material necessário: Dispositivo urinário externo tipo condon (1). Recolher o material e levá-lo para a sala de material. Lavar as mãos. 3. 4. Deixar o paciente em posição confortável. se for conveniente. 6. Fazer tricotomia na base do local e secar bem após. Adaptar o conjunto coletor ao dispositivo urinário. Manter um sistema de drenagem de urina em pacientes masculinos que não necessitam de sondagem vesical. 8. Juntar todo o material. 10. desenrolando-o em direção d a glande até a base do pênis. . Aparelho e lâmina para tricotomia (se necessário).1. Colocar o dispositivo urinário. Método: 1. . Preparar o ambiente e. 7.5. que podem causar desconforto e propiciar a formação de ulceras de decúbito.tubo de silicone (1). Explicar ao paciente o que vai ser feito. Fixar o tubo de drenagem da urina para evitar tração. 12. Registrar o procedimento na folha de evolução e comunicar alterações. Toalha. 5. cuidando para não causar constrição do pênis. Trocar o conjunto coletor diariamente ou conforme rotina da instituição. 5. 3. 2. Urodensímetro e proveta de 100ml. Ficar atento às queixas do paciente Higienizar o pênis diariamente e trocar o dispositivo urinário. Ler o valor de densidade na escala calibrada.Observações: Vigiar frequentemente a coloração do pênis. 7. Colocar a proveta numa superfície plana. Refratômetro. Coletar uma amostra aleatória de urina. 4. a) Método para medir com URODESÍMETRO 1.3 – Verificação da densidade urinária Finalidade Medir a densidade da urina. 8. sedimentação e odor. encher a proveta até aproximadamente ¾ do volume 6. marcada na base quando o urodesímetro parar de oscilar. Ler a escala no ponto mais baixo do menisco. Material necessário: Cálice graduado. quando necessário. Observador e registrar as características da urina quanto ao volume. Inserir a extremidade do bulbo do urodesímetro no líquido e gerar uma pequena rotação com os dedos ao soltar os dispositivos. Luvas de procedimento. Fitas reagentes. 5. Descartar a urina no final de cada turno ou. Levar a comadre ou o papagaio com urina para a sala de utilidades. e anotar no prontuário do paciente.1. coloração. Calçar luvas e colocar a urina da comadre ou papagaio no cálice graduado. sinais de edema e lesões que eventualmente possam ocorrer. . os nutrientes são selecionados e absorvidos para são excretados. Anotar a leitura da densidade no prontuário do paciente e comunicar alterações. para que sejam eliminados do organismo através do orifício anal. No colón. os alimentos e líquidos ingeridos são misturados e preparados. Calçar luvas colocar a urina da comadre ou papagaio no cálice graduado. Descartar a urina. 10. 11. Remover o excesso de urina. 3.2 Eliminações intestinais Durante o processo da digestão. passando a fita contra a borda do frasco de amostra e. 5.sedimentação e odor. a) Composição das fezes . Remover as luvas e lavar cuidadosamente as mãos. Observar e registrar as características da urina quanto ao volume. O uso de água quente coagula as proteínas existentes na urina. deixando-as aderidas urodesímetro. fazer a comparação da cor resultante com a tabela padrão de cores existente na embalagem. grande tornam-se semi-sólidos e finalmente sólidos. coloração. 6. 4. em seguida. levando em seguida a proveta e o urodesímetro com água fria. inserindo por 2 segundos na amostra e extremidade reagente da fita de teste. Os íons potássio e bicarbonato são excretados. O colón recebe os produtos da digestão sob forma líquida de quilo.9. 5. Anotar a leitura da densidade no prontuário do paciente e comunicar alterações. b) Método para medir com FITA REAGENTE: 1. Coletar uma amostra aleatória ou controlada de urina. processa-os e transporta os resíduos resultantes para o reto. Levar a comadre ou o papagaio com urina para a sala de utilidades 2. As principais partes do sistema digestório encarregados da excreção são colón e o reto. Remover as luvas e lavar cuidadosamente as mãos. 7. usual das fezes é devida à presença de elementos biliares. e cilíndricas em sua forma. Se os produtos residuais são propelidos muito rapidamente através dos intestinos. além de grande do excesso de potássio do organismo. os quais se eliminam por esta via. Isto se deve ao tempo mais breve do que o normal para a absorção de água dos intestinos. 300 a 400 g por dia. Os resíduos da digestão incluem os alimentos não-digeridos ou nãoabsorvidos e as secreções digestivas. Além disso. as fezes resultantes serão pouco consistentes e aquosas. A cor castanha. Os intestinos constituem a principal via excreção de alguns minerais. assim com bactérias e seus derivados. b) Forma e consistência das fezes: À medida que as fezes passam pelo reto elas assumem a forma desta tubular. constituem o que se denomina de flora intestinal normal. A maior parte das fezes consiste em restos digestivos e água. Entre um décimo e um terço da matéria fecal consiste em bactérias vivas ou mortas e seus produtos. A quantidade de matéria fecal excretada é altamente variar entre 100 e 200 g por dia. usualmente residente.As fezes eliminadas através do orifício anal representam os resíduos acumulados vindos do intestino. notavelmente o cálcio e o ferro. cada 2 a 3 dias. cuja dieta possui alto conteúdo de fibras. As fezes normais são maleáveis e firmes em sua consistência. especialmente urobilinogênio. as fezes contêm detritos celulares. Se por outro lado. sendo que se considera a faixa normal entre uma. sendo que esta ultima compreende até 60 a 80 por cento do total. Estas bactérias. e duas a três evacuações diárias. numa pessoa cuja dieta contém grande proporção de alimentos sem resíduos. muco eliminado pelo revestimento interno do trato gastrintestinal e pequena quantidade de secreções intestinais. ocorre uma demora . O numero de evacuações varia consideravelmente entre os indivíduos. uma excessiva quantidade de água é absorvida deles. as fezes retidas no reto e segue-se a estase crônica ou constipação. O reflexo da defecação é iniciado pela distensão retal. Constipação intestinal: evacuação difícil ou pouco freqüente. e relaxamento do esfíncter interno do ânus. são transmitidos impulsos aos centros reflexos na medida espinhal e ao cérebro (hipotálamo). O controle voluntario sobre o esfíncter externo do ânus tanto permite que a defecação prossiga.indevida na evacuação dos resíduos alimentares. que é responsável pela evacuação retal. Os receptores de pressão retais podem distinguir entre aumentos de pressão resultantes de fezes. Terminologia: Acolia: ausência da coloração castanha das fezes. reto e ânus desencadeiam intensas concentrações peristálticas do cólon e do reto. Diarréia: evacuação líquida abundante (3 a 4 episódios em um dia) Enterorragia: sangramento intestinal baixo. líquidos ou gás. o que resulta em fezes ressecadas e duras. como a inibe. c) Defecação: O reto está normalmente vazio até próximo à defecação – a massa fecal é armazenada no colón sigmóide (pélvico). o recondicionamento do reflexo ocorre com o resultado final de que a distensão retal não é mais seguida por urgência em defecar. Sinais de retorno ao cólon. decorre de um distúrbio biliar. . Quando isso ocorre. O desejo de defecar aparece quando (frequentemente como resultado do movimento de massa) as fezes são forçadas para o reto. A defecção é precedida por relaxamento voluntário do esfíncter externo e compressão do conteúdo abdominal por esforços de contração. Essas ações dão origem a estímulos que suportam e aumentam o reflexo da defecação. Se um individuo ignora repetidamente o reflexo da defecação. consequentemente. aumentando a pressão retal. Esteatorréia: presença de gordura nas fezes: ocorre geralmente quando há um obstáculo ao fluxo da bile para o duodeno.2. Material opcional: Biombo. Fecaloma ou impactação fecal: presença de fezes impactadas (endurecidas) no reto. Flatulência: distensão abdominal devida ao acumulo de gases no intestino. devido ao esforço para evacuar. decorrentes de hemorragia na porção alta do trato digestório. .1 – Assistência de enfermagem ao portador de ostomia intestinal A colostomia e a ileostomia são orifícios artificiais no intestino que visam à eliminação de fazes e/ ou gases quando a via normal está interrompida. Finalidades: Manter o paciente limpo e confortável. tipo borra-de-café. 5. visto que somente pequena porções de fezes líquidas consegue escorrer ao redor da massa impactada. Tenesmo: sensação dolorosa na região anal. Quando um individuo tem perda contínua de fezes líquidas deve-se suspeitar de impactação fecal. se indicado. Luva de banho e toalha. Material necessário: Sistema de bolsas descartáveis ou reutilizáveis Pasta para o orifício. Bacia com água morna. Cuba-rim. Melena: fezes escuras. Sabonete neutro. Luva de procedimentos. Incontinência fecal: é a incapacidade de controlar a eliminação de fezes e/ ou gases pelo ânus. Evitar o surgimento de dermatite de contato na região abdominal Evitar o surgimento de odor desagradável. Folhas de papel higiênico ou lenços de papel. 8. para melhorar a aderência da bolsa. 5. 3. Observações: Estimular o paciente a permanecer quieto por alguns minutos. Raspar os pêlos circundantes. Fita adesiva. 9. Anotar o cuidado realizado. 6. Lençol móvel. suavemente com papel higiênico ou lençóis de papel. se necessários. Remover as luvas. Impermeável. se necessário. 16. Descartar a bolsa em local apropriado. Calçar as luvas e posicionar o paciente adequadamente. Organizar o material e levar para junto do paciente. Tesoura a) Material para bolsa descartável: 1. cercando a cama com biombos. 14. 11. se necessário. Proteger a roupa de cama com o lençol impermeável. para permitir que a drenagem flua para o fundo da mesma. Lavar e secar cuidadosamente a pele priostomal água morna e sabonete neutro. 17. conforme rotina da instituição. 15. Deixar um pouco de ar dentro da bolsa. Lavar as mãos. Descartar o papel que cobre o adesivo da parte superior da bolsa e aderi-la suavement6e sobre o estoma. Limpar o estoma e a pele periostomal. Material para tricotomia. . 12. Colocar a cuba sob o estoma e remover a bolsa. no prontuário do paciente. Aumentar o orifício da bolsa com o auxílio da tesoura. Lavar as mãos. Saco de lixo para desprezar a bolsa utilizada. Explicar ao paciente o que vai ser feito e solicitar a sua colaboração Privatizar o ambiente. conforme rotina da instituição. Organizar o ambiente deixar o paciente confortável. após o cuidado. 18. e comunicar alterações. Selante líquido para pelo. Proteger a pele periostomal com o selante. 10. se for necessário. 13. 7. 2. 4. 11. Inclinar o fundo da bolsa para cima e remover o grampo de fechamento. Lavar as mãos. 12. Organizar o material e levar para junto do paciente. 4. Explicar ao paciente o que vai ser feito e solicitar a sua colaboração. 3. 2. 8. 9. . Lavar as mãos. Proteger a roupa de cama com o lençol impermeável. Anotar o cuidado realizado. 6. Limpar o fundo da bolsa e recolocar o grampo de fechamento. Calçar as luvas e posicionar o paciente adequadamente. 13. 7. se necessário. 5. Não furar a bolsa para que não ocorra extravasamento de conteúdo da mesma ou odores. se necessário. e comunicar alterações. Deixar que o conteúdo da bolsa drene para dentro da cuba rim ou comadre. Observar atentamente a pele periostomal. para identificar para identificar lesões causadas pelo contato das fezes. Incentivar o paciente ao auto-cuidado durante o procedimento. b) Método para bolsa reutilizável: 1. Remover as luvas. 10. Lavar a porção inferior da bolsa. Observar que o orifício da bolsa não seja maior que o estoma para evitar o contato das fezes com a pele periostomal. no prontuário do paciente. Privatizar o ambiente cercando a cama com biombos. Organizar o ambiente deixar o paciente confortável.