FORRAGICULTURA - APOSTILA (1)

March 31, 2018 | Author: Zuleide Silva de Carvalho | Category: Hay, Pasture, Plants, Soil, Proteins


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1 ÍNDICE ÍNDICE FORRAGICULTURA 1. CONCEITO 2. TRINÔMIO SOLO-FORRAGEM-GADO 2.1. Influência do gado sobre o solo. 2.2.Influência do gado sobre a vegetação 2.3. Inter-relação vegetação-gado 3. PLANTAS FORRAGEIRAS 3.1. Forrageiras nativas em diversas regiões do Brasil 3.2. Escolha da forrageira 3.3. Tolerância de gramíneas forrageiras tropicais ao alumínio e exigência de Cálcio e Fósforo 3.4. A pastagem plantada 3.4.1. Gramíneas 3.4.2. Leguminosas 3.4.3 Cactáceas 3.4.4. Outras culturas 3.4.1.1. Mandioca 3.4.4.2. Cana de açúcar 3.4.4..3. Feijão Guandu 3.4. 4.4. Sorgo 4. MANEJO DE PASTAGENS 4.1. Técnicas de plantio de pastagens 4.1.1. Implantação de forrageiras em solos corrigidos e adubados 4.1.2. A implantação em pastagens existentes 4.1.3. Plantio direto após a limpeza do terreno 4.2. Manejo tradicional do campo 4.3. Manejo Ecológico das pastagens 4.4. Manejo das pastagens nos trópicos úmidos 4.5. Problemas das pastagens plantadas 4.5. 1. Invasoras persistentes 4.6. Limpeza das pastagens 4.6.1. O Fogo 4.6.2. O Fogo controlado 4.7. Compactação do solo 4.8. Recursos pastoris na estação da seca nos trópicos 4.9. Problemas das pastagens plantadas 4.10. Calagem do solo 4.11. Adubação da pastagem 4.11.1. Adubação fosfatada 4.11.2. Adubação nitrogenada 4.12. Avaliação da produtividade de uma pastagem 4.13. Decadência das pastagens e suas razões 4.13.1. Como evitar a decadência das pastagens 4.14. Nutrição mineral e adubação de pastagens e capineiras 4.15. Acidez do solo 4.15.1. Amostragem do solo para análise química 4.15.1.1. Coleta da amostra 4.15.1.2. Profundidade de retirada da amostra simples de solo 4.16. Determinação da necessidade da calagem 4.16.1. Aplicação de calcáreo 4.16.2. Época e profundidade da calagem 4.17. Necessidades e aplicação de macronutrientes em solo destinado ao plantio de forrageiras 4.17.1. Adubação nitrogenada 4.17.1.1. Época de aplicação do nitrogênio 4.18. Adubação fosfatada 4.18.1. Método de aplicação do P 4.19. Adubação Potássica 4.19.1. Aplicação de potássio 4.20. Adubação com enxofre 4.21. Deficiências de macronutrientes 1 4 4 4 5 5 6 8 8 9 10 11 12 24 34 35 35 36 36 36 37 37 38 38 38 39 39 40 41 42 43 43 44 44 44 45 46 46 47 47 48 49 49 50 50 50 51 51 51 51 51 51 51 51 52 52 52 52 52 52 2 4.21.1. Nitrogênio 4.21.2. Fósforo 4.21.3. Potássio 4.21.4. Enxofre 4.21.5. Cálcio 4.21.6. Magnésio 4.22. Necessidades e aplicação de micronutirnetes em solos destinados ao cultivo e exploração de forrageiras 4.22.1. Molibideno 4.22.2. Boro 4.22.3. Cobre 4.22.4. Zinco 4.22.5. Ferro 4.22.6. Manganês 4.22.7. Cloro 4.23. Correção e adubação de solos destinados a exploração de forrageiras 5. USO DE LEGUMINOSAS NA RECUPERAÇÃO DAS PASTAGENS 6. CONSERVAÇÃO DE FORRAGEM 6.1. Fenação 6.1.1. Conceito 6.1.2. Produção de feno por hectare 6.1.3. Época de fenar 6.1.4. Processo da fenação 6.1.5. Corte da forragem para fenar 6.1.6. Desidratação da forragem 6.1.7. Armazenamento do feno 6.1.7.1. Armazenamento solto 6.1. 7.1.1. Vantagens do sistema 6.1. 7.1.2. Desvantagens 6.1. 7.1.3. Perdas por lavagem e fermentação. 7. SILAGEM 7.1. Conceito 7.2. Uso da silagem 7.3. Enchimento do silo trincheira 8. SAFRA E ENTRESAFRA 9. ASPECTOS DE MANEJO EM RELAÇÃO ÀS ESTAÇÕES DE PRODUÇÃO DE FORRAGENS 10. SISTEMAS DE PASTEJO 10.1. Pastejo contínuo 10.2. Pastejo protelado 10. 3. Pastejo estacional ou deferido 10.4. Pastejo rotacionado em faixas 10.5. Pastejo rotacionado ou rotativo 11. DIRETRIZES UTILIZADAS NO SISTEMA DE PASTEJO ROTACIONADO OU ROTATIVO 12. DIVISÃO DE ESTÂNCIAS GRANDES EM RETIROS 12.1. Subdivisão dos piquetes 12.2. Cochos para sal mineralizado 12.3. Tamanhos dos piquetes ou potreiros 12.4. Forma dos Piquetes 12.5. Época adequada de pastejo 12.6. Distribuição adequada do gado sobre as pastagens 12.7. Escolha da pastagem para a atividade pecuária 12.8. Seleção do gado para a pastagem 12.9. Relação entre o número de animais na área e a forragem disponível 12.9.1. Taxa de lotação 12.9.2. Pressão ou Intensidade de pastejo 12.9.3. Super-Pastejo 12.9.4. Pastejo Ótimo 12.9.5. Sub-Pastejo 12.10. Capacidade de suporte 13. DISTÚRBIOS DE FERTILIDADE NO GADO BOVINO 14. PARASITAS ANIMAIS 15. MANEJO DOS ANIMAIS 52 52 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 53 54 54 54 55 55 55 56 56 56 56 56 57 57 57 57 57 57 57 58 58 59 60 61 61 61 61 61 61 61 62 62 62 65 66 68 69 69 70 70 70 70 70 71 71 71 71 71 72 3 15.1 Suplementação alimentar durante o período seco 16. BIBLIOGRAFIA 72 72 Encontramos também forragens ótimas para a engorda. Existem regiões. cujas condições são excelentes para um bom desenvolvimento da pecuária. se nutrir. capim napier e outras. Não podemos aceitar a pecuária em campos nativos. o que se agrava com a monocultura de forrageiras exóticas. teremos um bom ou mau produto final. 2. há uma relação estreita entre o solo. o que obriga os criadores a exploração de terras mais ricas para a manutenção das matrizes e para os cruzamentos. Não podemos sacrificar o pasto ao gado. Há pastagens em que as novilhas não ficam de maneira alguma. Geralmente usam-se forrageiras de porte alto como sorgo. etc. por exemplo. o gado e a vegetação destinada à alimentação dos animais. mantendo a produtividade dos recursos forrageiros e conservando a fertilidade do solo. tornando-se a melhor opção para a alimentação do rebanho nacional. No manejo ecológico do rebanho e das pastagens valem todas as medidas capazes de proporcionar alimentação para o gado. de implantar pastagens artificiais ou cultivadas e de elevada produtividade. combatem a pragas e plantas invasoras e. no entanto. A mentalidade de destinar os piores terrenos. um bom manejo. nem o gado ao pasto. Segundo VOISIN: “o gado é o vivo retrato do solo” e há um adágio brasileiro que diz: “pela boca se faz à raça”. onde a escolha das glebas (terras aptas para culturas) e forrageiras. Temos um exemplo na Serra da Lua (Roraima). precocidade. pouco produtivos. Isto se prende ao fato de que o animal é apenas uma máquina de transformação e a forragem a matéria prima. A deficiência mineral é um dos problemas mais sérios no solo. Elas arrebentam as cercas para poder sair. Da qualidade da matéria prima. para a engorda dão resultados excelentes. adubações. Quando na época da seca as plantas forrageiras secam. campo sujo. TRINÔMIO SOLO-FORRAGEM-GADO Em cada área pastada. produtividade. podendo ser: pampa. na maioria das vezes com declive.4 Forragicultura 1. Há necessidade de melhorar esses campos. oferece todos os nutrientes necessários para um bom desempenho dos animais. caatinga ou pastagem plantada. pelo clima inadequado para as raças importadas e pelo uso predatório do solo. o gado se alimenta com as plantas nativas. consorciadas com leguminosas volumosas de crescimento rápido. a formação de boas pastagens assume real importância. mas fracas para a cria. já que além de constituir-se no alimento mais barato disponível. É claro e evidente que nem todo solo serve para qualquer idade e tipo de gado e se o clima é um fator de restrição. como nossos antepassados o fizeram. pedregosos e pobres para a formação de pastagens. em . nutrindo-o. Todos os solos não são capazes de nutrir os animais novos ou vacas leiteiras. tornam-se irritadas e não conseguem um bom desenvolvimento. A avaliação deve tomar por base os seguintes itens: Animal Peso ganho por hectare ou Kg/ha. campo limpo. muito mais atual e tecnificada. Sabe-se também que os animais criados a pasto são mais saudáveis e resistentes. Assim. Também há regiões que apresentam solos tão pobres e ácidos que impedem a sua utilização para a cria. Essas forrageiras destinam-se à alimentação do gado leiteiro ou à ensilagem e podem ser chamadas de forragens. Conceito Forragicultura é a ciência que cuida ou trata do plantio de forrageiras para serem levadas ao cocho ou para serem ensiladas e/ou fenadas. cerrado. manejo do gado. principalmente. o solo o é também. que o indivíduo de raça pura (Nelore) dificilmente se mantém nas pastagens nativas. são práticas que vêm recebendo a atenção dos pecuaristas. está sendo substituída por outra. ou leite produzido (ou de lã) % de parições % de desmamados Estado e vigor dos animais Cuidados especiais necessários Solo-planta Produtividade das plantas Variação na composição vegetal Variação no solo (físico e químico) Quantidade de matéria orgânica no solo e de massa verde produzida Erosão O Brasil é um país com uma vasta extensão territorial e um clima privilegiado para o crescimento de plantas herbáceas. milheto. Forragem é tudo o que serve para o gado pastar. se desenvolver e produzir. Quando são forçadas a ficar aí. Lã ./há/ano 40.97 0. e com ele a vegetação.1 Sulfato de Amônia 179.5 que temos como exemplo: por o gado novo em qualquer pastagem e reservar os melhores pastos para os bois de engorda. por outro lado. o que dá margem a uma decadência química e física do solo.35 a 1. pelo pastejo preferencial ou a rejeição de plantas.1 0. descobrindo facilmente o solo. PRESSÃO DO PASTOREIO Espécie Animal/outros Bovino de 400 Kg. O pastejo bovino é menos prejudicial que o do ovino e eqüino. Nos estados do sul do país aparecem gramas estoloníferas e desaparecem os capins entouceirados quando submetidos a intenso pastoreio.0 2.0 - No quadro podemos constatar que o gado de corte empobrece o solo muito menos que o de cria.2. O pisoteio direto do gado influi diretamente sobre o solo.8 21. Se compararmos a pastagem com a agricultura pode-se dizer que uma colheita de trigo não remove mais nutrientes do que uma de capim. 2.1.9 Sem importância 21. Ovino de 60 Kg. sendo altamente prejudicial nos dois extremos: épocas úmidas e durante a estação da seca. Necessário se faz a colocação das éguas prenhes em pastagens diferentes. Para os eqüinos não é diferente.0 39. Em estados de clima tropical.5. O solo compactado empobrece. e desaparecem as que necessitam de maior tempo para sua recuperação. Trator de esteira Caminhão Homem Pressão em Kg/cm2 3. ocorrendo a compactação. ou onde se planta capim colonião ( Panicum maximum). carboidratos. as pastagens com predominância de sapé ( Imperata exaltata) podem manter éguas prenhes em bom estado. pela freqüência com que as procura e por sus excreções. Observa-se assim. Nestes casos não adianta tratamento. necessitando de boa digestibilidade. biológicas e físicas.9 Gado de engorda Ovinos (5/ha) criados e engorda.0 Carbonato de Cálcio 33. as pastagens com carga animal fraca tornam-se muito ralas e mais altas. O solo suporta a vegetação segundo as suas condições químicas.0 20. Assim.500 Kg/ha/ano Gado de cria 1. em épocas muito chuvosas.0 21.27Kg.0 Sais de Potássio (30%) 23.12 A compactação do solo depende da umidade deste. Influência do gado sobre a vegetação Ocorre modificação da vegetação pelo pisoteio.0 - 10. é mais leve que o do bovino e eqüino.2UA/ ha 61. fibra. de leite e lã. Em épocas de seca o pisoteio é tão prejudicial que. Já os ovinos são sensíveis a solos úmidos e muito pobres em cobre.5 2.0 Superfosfato 67. com predominância de grandes áreas de capim-gordura ( Melinis minutiflora) e capim Jaraguá (Hyparrhenia rufa). Influência do gado sobre o solo.56 5. Perdas em nutrientes devido à extração animal. Quando a grama forquilha ( Paspalum notatum) cede lugar ao capim colchão ou pasto-negro (Paspalum plicatulum) é sinal de lotação muito baixa ou ausência de pastejo. vitaminas e outros nutrientes. 2. a vegetação forma e mantêm o gado segundo suas riquezas minerais. da cobertura vegetal existente (plantas com raízes profundas sofrem menos) e da vegetação viva ou morta. pois estes últimos pegam as plantas no colo da raiz. Influi também indiretamente. expondo manchas de chão onde se instala a erosão.21 a 0. mas podem prejudicar seriamente as crias que aos três meses de idade apresentam sinais de uma profunda deficiência de cálcio e fósforo. seu teor de proteína. através do pastejo seletivo. que geralmente predominam as plantas que melhor suportam o pisoteio e aos cortes freqüentes. É importante lembrar que a densidade da vegetação então . O pisoteio do ovino. e pelo pastejo freqüente que diminui o tamanho das raízes contribuindo para o adensamento do solo e finalmente age pelo modo de coleta das plantas.0 49. pelo modo de colher as plantas. equivalente em Kg/ha de adubo CLASSES Leite . a pastagem se deteriora. a pastagem não se torna vigorosa. Antigamente o capim colonião era plantado por mudas. uma vez que o gado não se dá com nossas pastagens. No início da época chuvosa queimava-se a vegetação seca. permanecendo somente as superficiais. jurubeba (Solanum spp). Assim. Quando esta é atacada por insetos e fungos. por ter crescimento mais rápido que o capim. Da mesma forma. o gado deve ser dirigido para que não destrua a pastagem. 4. Os animais novos necessitam de 830 g de proteína para a produção de um Kg. como capins entoceirados. não é sinal de um pastejo intenso.330 Kg. de carne. desta forma eles têm que ser preparados. O aparecimento de invasoras será tanto maior quanto mais inadequada for a forrageira cultivada para o solo e para a região. Tendo em vista que a digestibilidade é de apenas de 40 a 60%. como o superpastoreio. desnuda partes do solo.6 dependerá do pastejo. Atualmente o colonião é semeado. colonião e invasoras. O gado pasta sempre as mesmas plantas. variações da grama forquilha. As forrageiras são importadas principalmente da África. Cabe dizer que de nada vale plantar o capim e entregá-lo ao gado. Por esta razão. girafas. que se tornam duras e inaproveitáveis. Então a decadência da pastagem ocorre da seguinte forma: 1. e parte do solo fica descoberta (desnudo). tendo-se que proteger a pastagem com herbicidas. Quando se procede à limpeza do campo com fogo. o homem tem que dirigir o pastejo. porém evitadas pelo gado. Também a maneira como foi realizada a formação da pastagem. vegetação e gado devem ser sincronizados. Cada região possui as pastagens que seus solos são capazes de produzir e para cada tipo de pastagem criase uma raça. Desaparecem as forrageiras finas e palatáveis por exaustão. o que dá margem às ervas invasoras. 3. 2. levando a produção de pastagens deficientes em nutrientes minerais. ou seja. o gasto será de 1. grosseiro e pouco nutritivo devido ao manejo inadequado. Isto porque as invasoras sempre são ecotipos. enfraquecem as raízes profundas. ou de grama seda ou grama-de-burro (Cynodium dactylum). etc. plantas lenhosas com casca suberosa ou plantas de ciclo vegetativo muito curto. o gado deve ser adaptado à forragem existente e a forragem existente ao gado.). capim-flecha ou capim caninha. normalmente destruídas pelo pisoteio do gado. Se não houver a correção do solo. Temos que selecionar o gado para a pastagem. igualmente dando lugar à invasoras. tais como a barba-de-bode. As plantas formam moitas que logo são aproveitadas para o pastejo. aparece uma vegetação adaptada ao fogo. Cabe . Se o solo nunca permaneceu nu. ecologicamente adaptadas. o que dá lugar ao aparecimento de invasoras. As sementes nasciam e formavam uma cobertura densa do solo. aparecem invasoras. pode ser a razão do aparecimento de invasoras. mio-mio (Baccharis coridofilia). sem vegetação ou se a forrageira implantada é incapaz de cobri-lo. 2. batatais ou grama mato grosso. Nossos solos muitas vezes são inadequados para a produção de forrageiras exóticas. porém quando pastado. de proteína vegetal por cada quilo. Tais plantas são muitas vezes apresentam porte robusto. também é sinal de baixa carga animal.). ocupando o lugar vazio. os animais que melhor se adaptam às condições específicas. as plantas estoloníferas desaparecem quase que totalmente. a forragem vira praticamente agricultura. No nosso país o maior animal nativo é a anta (Tapirus anta). Instalam-se plantas com raízes superficiais. As invasoras arbustivas e até arbóreas instalam-se pelo pastejo fraco e. mas sim da decadência do solo pastoril. Isto porque além de possuir regiões de climas tropicais e subtropicais. criamos a pastagem com forrageiras importadas. por ser um procedimento muito caro e sem retorno. Assim. Se o capim cresce em demasia. no entanto uma diferença: na agricultura o produto é vendido para o consumo humano e na pecuária é necessária a conversão das substâncias vegetais (carboidratos e proteínas vegetais) em proteína animal. etc. É bom que se saiba que pelo uso permanente. Inter-relação vegetação-gado Há uma afirmação que diz: “O pasto faz o gado e o gado faz o pasto”. podendo proliferar livremente. isto é. o gado africano é de grande porte (elefantes. sempre procurar a forrageira adequada para a espécie animal. Isto significa que de nada adianta escolher uma raça e colocá-la numa pastagem inadequada. como: assa-peixe ( Vernonia spp.160 a 1. capim-cabeludo. produziam sementes e secavam. O campo torna-se grosseiro e “sujo”. com isso o solo deve receber calagem e adubação. o solo fica descoberto em cerca de 80%. Nestas condições o pasto torna-se sujo. ou seja para a forragem que o solo produz. permitindo a colonização de invasoras. as quais cresciam. que fazem concorrência às forrageiras e plantas com raízes profundas.3. O que está errado é o sistema empregado na pecuária: importamos a raça. intenso ou fraco. Há. O pasto deve ser preparado para o gado. O aparecimento de “gramão”. palmeiras como o buriti (Mauritia flexirosa). para cada propriedade selecionam-se. cobre todo o chão. desta raça. tucumã (Astrocaryum tucuma). isto é. corrigidos por uma calagem e adubação. rinocerontes. O aparecimento de determinadas invasoras. Primeiramente por serem mais palatáveis e depois por estas terem rebrota nova. Ninguém tenta adaptar s solos às forrageiras. Isto depende em termos absolutos da espécie forrageira e de sua capacidade de regeneração. Da idade fisiológica da planta. A planta em floração possui mais amido. sua fase vegetativa ou reprodutiva. Taxa de lotação e ganho de peso vivo por animal/há pelo melhoramento de pastagem nativa em Minas Gerais (SOUSA.47 -7. 3.90 Ganho de peso animal(Kg) 16. Relaciona-se em primeiro lugar o solo. ou seja. não significa que o gado estará sempre bem nutrido.7 lembrar que as pastagens nativas são adaptadas ao meio sendo necessário um bom manejo e cuidados essenciais (adubação. Se o solo não é adequado à formação dessas substâncias pode ficar a meio caminho.60 1.31 0. Para o gado de leite.45 176. consorciação com leguminosas. o que se expressa geralmente pela “idade fisiológica” da planta. Verifica-se que quanto mais velha a planta.). menos nutritiva. o ponto de pastejo é o início da floração. depende da capacidade da planta mobilizar seus nutrientes. 1977). 4. . gerando menor ganho no gado de corte. menos proteína contém.83 186.53 -9. Da espécie. por tornar-se mais fibrosa. Por exemplo. do cultivar e de seu potencial genético. etc. A nutrição da planta não depende somente da riqueza do solo. permanecer na área menor tempo e fornecem menos massa verde e de qualidade inferior.62 325. Tipo de pastagem Melhorada Nativa Período UA/há Seca Chuvas Seca Chuvas 0. ela consegue formar todas as substâncias até seu estágio final as quais são condicionadas geneticamente.. Já a planta nova possui maior teor em proteínas sendo mais favorável para alimentação do gado de corte. O valor nutritivo de uma forrageira depende: 1. 5. quando o teor de carboidratos é maior. ou seja.16 99. Há variação entre as plantas. Da riqueza mineral do solo e da adaptação da planta ao solo. Algumas delas no período da formação de botões as plantas possuem menos água e mais energia (carboidratos). tenra e nutritiva. D. com um bom nível de proteína. Do clima e da temperatura conforto para o animal.05 Ganho total Kg/ha Se a forragem for alta. não forma proteínas.E.80 133. no que se refere ao maior valor nutritivo.99 Ganho Kg/ha 25. Em segundo lugar podemos considerar a idade em que a planta é pastada. Nestas condições seu valor biológico é elevado.50 0. Da capacidade do animal de digeri-la e metabolizar as substâncias existentes. mas somente aminoácidos não essenciais.52 299. que deve possibilitar o desenvolvimento total do potencial genético das plantas. As plantas mal nutridas podem florescer muito mais cedo que as bem nutridas. Uma planta bem nutrida fornece uma forragem farta. A idade fisiológica indica o estágio de desenvolvimento do capim. 2. sendo mais favorável ao gado leiteiro. Quanto mais velha a planta. O feno é o capim cortado na floração e secado o mais rápido possível para interromper todos os processos enzimáticos e impedir a decomposição da proteína e amido. porém de péssimo aproveitamento pelo gado (Bello. possui uma flora bacteriana no rúmen. Temos entre elas: capim-seda ( Cynodon dactylon). vitaminas. Para isso.2 2. havendo outras ricas em proteína bruta. carboidratos (ausentes nas fibras) e parte dos minerais. Santa Catarina: com seus solos em parte muito ácidos. Exemplos de algumas forrageiras nativas por estado ou região: Rio Grande do Sul: grama-forquilha (Paspalum notatum).7 1. pois há forrageiras onde a fibra tem boa digestibilidade. e mesmo assim a concordância com a produção não é ainda como deveria ser.8 1. as quais são encontradas desde o extremo norte ao sul.5 1. 2.8 2. Paraná: explora grande quantidade de forrageiras do Rio Grande do Sul. o milhão ou capim-colchão (Digitaria sanguinalis).3 2. como os amidos. como a grama missioneira. não somente em relação às proteínas.8 3. Isto depende: 1. capim-mimoso (Andropogon tener) e desmódios (Desmodium intortum). Do efeito do clima local sobre o gado. que a partir daí encontra-se em todos os estados. A maioria está sendo confinada a determinadas condições ambientais e regiões restritas. energia metabolizável (EM). proteína digerível (PD). PLANTAS FORRAGEIRAS 3. Pode ser utilizado para engorda ou como alimento de “emergência” nos períodos da seca junto com a uréia ou misturado com melaço.2 1. trevo-carretilha (Medicago hispida).1 1. o capim-papuã ou marmelada (Brachiaria plantaginea).1 3.3 1.3 1.4 Início da formação de botão 3.8 Relação de proteínas na forragem segundo a idade(%) Forrageira Trevo branco Capim bermuda Capim-cola-de-zorro Cevadinha Capim cornichão Grama-comprida Capim-branco Capim-dátilo Capim-sudão Planta nova 4. o ponto mais importante. Há também diversos estilosantes (Stylosanthe spp). energia digerível (ED).9 2.9 1. etc. Só.4 Plena floração 2. não se constitui em um alimento suficiente para os animais. capim-flechinha (Stipa hyallina). . A capacidade de digerir e metabolizar a forragem consumida é.7 2. O capim seco em pé perdeu quase todo seu valor nutritivo. e também o capim-gordura ( Melinis minutiflora).3 1.2 3. ervilhacas (Vicia spp.0 Existem forrageiras das quais os ruminantes digerem melhor a fibra que o extrato não nitrogenado. 1970). cevadilha (Bromus spp. talvez.1. anuais ou perenes.5 1.8 2. pega-pega (Desmodium incanus). aminoácidos. 3. o que é traduzido pela capacidade do gado de usar a forragem da melhor maneira possível. etc. grama-missioneira (Axonopus compressus). mas igualmente às enzimas. Da adaptação do gado à forrageira.).). capim-Ramirez (Paspalum guenoarum).8 1. Forrageiras nativas em diversas regiões do Brasil No Brasil existem muitas forrageiras nativas ou espontâneas. grama-comprida (Paspalum dilatatum). gramão ou folha larga (Axonopus obstusifolius). o pega-pega (Desmodium incanus). até o Roraima. pode desenvolver a capacidade de digerir bem a celulose e formar dela. O valor real da forrageira passou-se a indicar com siglas da seguinte forma: nutrientes digeríveis totais (NDT). encontramos diversas espécies de Axonopus. treme-treme (Briza minor).0 2. O gado acostumado a pastar determinada forragem. como o capim-pantaneira ( Paratheria prostata). Quando estas baixam pelo pastejo. capim-mimosinho (Reimarochloa inflexa). diversos toucerinhos (Sporobulos spp). como: Centrosema spp. daí que as plantas que se instalam são robustas. produto da erosão. Camerum Tardio. A forragem plantada torna-se rala devido ao pastejo. Colopogonium spp. Isto é: para pastoreio direto. e outros que fizeram do estado um excelente criador de gado. (Desmodium barbatum) e maior variedade de estilosantes ( Rhynchelytrum roseum). para produção de feno. etc. isto devido a que na sombra total são raras as plantas que conseguem crescer. Encontram-se outros capina. O solo desnudo em manchas desprovidas de capim.. A enorme diversificação de plantas nativas é um indicativo de uma grande variedade de ecossistemas existentes no Brasil. mas de pouco crescimento e de baixo valor nutritivo. trazido das Guianas. portulacas e especialmente árvores forrageiras como canafístula-de-boi ( Pithecellobium multiflorum). Mato Grosso: conta com uma vegetação especial e famosa no pantanal. rabo-deraposa (Setaria spp). Escolha da forrageira Deve-se escolher espéices bem adaptadas à região e que atendam ao obletivo de sua seleção. No agreste predomina: Chloris orthonotum e o capim-mimoso (Gymnopogon mollis e Gymnopogon rupestris). etc. aparece pelo pastejo excessivo. 4. grama-mato-grosso (Paspalum notatum cv). grama-batais (Paspalum notatum). as “invasoras” surgem novamente. . os capins de solos alagados ou temporariamente inundados (Echinochloa polystachia e Echinochloa pyramidalis) e o quicuio-da-Amazônia (Brachiaria humidicola). para capineiras de corte ou para ensilagem. como o Colonião.. etc. Região Nordeste: a região litorânea baixa é rica em gramíneas e leguminosas. impedem ou dificultam o aparecimento de “invasoras” quando está com boa altura. faveiro (Parkia platycephala). amendoim-de-campolimpo (Arachis diogo). que vegeta ao lado do pasto-preto (Paspalum guenoarum). juazeiro (Zyziphus joazeiro). 3.2. Guatemala. É importante que sejam considerados os níveis de tolerância das forrageiras atendendo-se sempre às condições do meio ambiente. Napier. O quadro a seguir permite orientar a seleção de determinada forrageira considerando-se os npiveis de tolerância de leguminosas tropicais. O problema das “invasoras” é que o solo geralmente tem sido esgotado e compactado pelo plantio. 3. As plantas “invasoras” se instalam quando: 1.9 São Paulo: predominam o capim-gordura ou catingueiro (Melinis minutiflora) e o Jaraguá (Hyparrhenia rufa). As plantas “invasoras” são plantas que melhor se adaptam às condições locais e que se identificam com o lugar. Região Norte: merecem destaque as canaranas. Talvez esta possa ser uma explicação para a invasão de capineiras e pastagens plantadas por plantas nativas. possui grande número de desmódios e estilosantes e uma diversificação grande de leguminosas. 2. As forrageiras de porte alto. pisoteio do gado e pela ação da chuva. Há sulcos. mandarucu (Cereus jamacuru). Minas Gerais: como São Paulo. etc. Há trilhas de gado. grande quantidade de desmódios (Desmodium adscendens). e também leguminosas como feijão-batata ou jacutupé (Pachyrrhyzus bulbosus). como capim-murumbu (Panicum maximunm). Na caatinga encontra-se o capimpanasco (Aristida setifolia). orô (Phaseolus panduratus). Há necessidade de incrementar as pesquisas na vegetação nativa para melhor conhecimento dos seus hábitos e assim gerar tecnologias adequadas para seu uso. .250 850 600 600 750 F= fraca.000 1.000 600 750 850 1. recomenda-se sempre que possível uma análise de solo antes da implantação da pastagem.000 1. A tabela a seguir nos oferece uma orientação sobre o assunto.200 650 1. Whitteman (1980). MB= muito boa. Análises posteriores do solo orientam os procedimentos a serem adotados para prevenir a decadência dos pastos. 3.200 900 800 750 900 600 1. R= razoável. Brotel (comunicação pessoal) e experiências pessoais dos autores.200 350 1.3. Tolerância de gramíneas forrageiras tropicais ao alumínio e exigência de Cácio e Fósforo Para garantirmos o sucesso na formação e manejo das pastagens. RB= regular/boa. B= boa.200 1.200 1.000 1. FONTE: Bogdan (1977).10 Informações sobre aspectos de adaptação de Gramíneas e Leguminosas Tropicais ao meio ambiente Tolerância Espécies Andropogon gayanus Brachiaria decumbens Brahiaria humidícola Brachiaria mutica Brahiaria ruzizinsis Calopogonium mucunoides Chenchrus ciliares Centrosema pubescens Clhoris gayana Cynodon nlemfluensis Desmodium intortum Desmodium uncinatum Galactia striata Leucaena leucocephala Leucaena bainesii Macrotirium atropurpureum Melinis minutiflora Neonatonia wightii Panicum maximum .Colonião Panicum maximum -Makueni Panicum maximum – Green Panic Paaspalum plicatulum Pennisetum clandestinum Pennisetum purpureumm Pueraria phaseoloides Stylosanthes guianensis Stylosanthes humilis Stylosanthes hamata Setaria sphacelata Seca B R B R F F MB R B R R R B B R B R R R B B B R F R B B B B Geadas R F R F F F R F R R R B R B F F R F F B R B F F F F F B Inundação F R R MB F R F R R MB B F R F MB R F R F F F RB R F B R F F B Precipitação mínima (mm) 400 1.000 750 1.000 1. Tolerância ao Al a Espécies Brahiaria humidícola Andropogon gayanus Melinis minutiflora Brachiaria decumbens Brachiaria brizanta Panicum maximum Hyparrhenia rufa Pennisetum purpureumm Chenchrus ciliares x x x x Alta x x x x Média Baixa Exigência de Pb Baixa x x x x x x x x Média Alta Exigência de Cab Baixa x x x x x Média Alta a – Tolerância a Al: atendendo os dados de Salinas (1970). dando ênfase ao regime pluviométrico e a riqueza dos solos exigidos. GOMES (1973) indica forrageiras herbáceas. Altitude. bem como sus resistência ao frio e à seca. Pelo uso: fenação ou pastejo. Desta forma dividem o Estado de São Paulo em Região de Campos do Jordão. 2. cerrados e matas roçadas são plantados com forrageiras produtivas para aumentar a produção de carne por hectare. 3. 5. 2. ou os campos agrícolas deficientemente gramados. Temperatura média. Precipitações anuais. arbustivas e arbóreas para a região da caatinga. embora tendo estoque de sementes.11 Comparação entre nove gramíneas forrageiras tropicais quanto à tolerância ao alumínio e exigências de cálcio e fósforo na fase de estabelecimento das capineiras. argilosos. e enquanto uns procuram a forrageira . 1971) tentou um agrupamento: 1. No Rio Grande do Sul (ARAÚJO. indicam as regiões do Brasil onde se planta com maior sucesso uma ou outra forrageira. Spain & Andrew (1975 e 1976) b – Exigência em P e Ca: baseados em dados do CIAT (1977 e 1982) e Siqueira (1982) 3. A pastagem plantada Pastos nativos decaídos pelo mau uso. Vale do Paraíba. sub-úmido e seco). 6. Solo (segundo a taxonomia e capacidade de utilização). Alguns exemplos: Alcântara e Bufarah (1979) tentaram um zoneamento no Estado de São Paulo atendendo: 1. agreste e caatinga. médios. Noroeste e Contorno Leste. Em Pernambuco dividem a região em: litorânea. Não falta conscientização. SOUZA (1997) indica para cada forrageira suas características de clima. para que o pecuarista não sofra amargas experiências e perdas de dinheiro. Chuva excedente. Evidenciamos que existem muitos ambientes e microambientes com vegetação específica. 4. Praticamente não há autor que não indique as limitações e preferências de cada forrageira. Segundo a estação do ano (outono-inverno e primavera-verão). As firmas idôneas que vendem sementes de forrageiras. 3. Cerrado Central. Segundo os solos (arenosos. úmidos drenados e alagadiços).4. Já foram feitas várias tentativas para indicar as forrageiras mais adequadas a determinadas condições de clima e solo. Clima (úmido. de modo que não se pode generalizar escolhendo uma ou duas forrageiras para todo o território nacional. solo e manejo. semi-úmido. com 2. quanto menos se cuidar da conservação das espécies.0 UA/ha. com grandes investimentos. Uma forrageira que se identifica com o solo e o meio ambiente permanece na pastagem por muito mais tempo e. Origem: África Ocidental (Shika-Nigéria) 3. Exigências: Pouco exigente em fertilidade do solo. pois apresenta sistema radicar profundo (0. 5./ha/ano de massa verde e 100 a150 kg/ha de sementes. na estação das águas a lotação pode ser 4 a 5 vezes maior que na estação de seca. cespitoso. poupando os pastos secos. A .12 com o melhor resultado bromatológico.500 mm de chuvas anuais e altitudes de até 1. O número adequado de animais no pastejo dependerá da planta forrageira escolhida para a área.0 m. onde o volume de capim seco e a suplementação por leguminosas conseguem manter o gado. Os animais selvagens da África migravam sempre para regiões de pastagens verdes e abundantes. mas com investimentos muito menores. divisão Angiospermae. de certa forma. desta forma as espécies mais importantes para a nutrição são perseguidas pelo gado. .Andropogon gayanus Kunth 1. uma vez que não existe a migração dos rebanhos para pastagens mais abundantes. e garantindo assim sua rebrota vigorosa com o início das chuvas. outros procuram a melhor adaptação a determinadas condições locais. os animais sempre pastarão as plantas que mais lhes apetecerem. não somente como sustento do gado. capim gambá.5 a 2. preferindo os bem drenados e vegetando bem menos pobres e ácidos (solos de cerrado). evitando que o gado “raspe” o pasto.1.80 m de profundidade e 1. assemelhando-se a um pecíolo. Nas regiões onde o capim fica muito ralo por causa das condições secas. 3. Isso implica num pastejo deficiente na estação das águas.000 m. Para produção de sementes deve ser cortado ou pastado 90 a 120 dias antes da floração para não acamar. A lotação. ou seja.30 a 0. Se a carga animal na estação das águas era de 1 animal para cada 3 hectares e se a lotação durante a seca é de 1 animal por 10 hectares. e também ao corte e ao fogo. Nome comum: Capim Andropogon. Resistência: Boa à seca. Os ensaios de lotação por um a dois anos não conseguem dar informações válidas para a lotação da pastagem. é mais indicada que outra que exige a renovação a cada 4 a 5 anos. é às vezes menos econômica que uma produção um pouco menor. mas igualmente sobre a provável fertilidade do gado. Utilização: Pastejo e fenação. a manutenção da flora herbácea é mais importante. e desaparecem. A forma de controlar este problema é manter piquetes reservados para a seca. 4. 6. Se o animal passa fome de 5 a 6 meses do ano. Assim. Classe Monocotiledoneae e Ordem Gramininales. Gramíneas As gramíneas são do reino vegetal. fenos ou para ensilar. desequilíbrios vegetais cada vez mais inferiores até que a pastagem se torna incapaz de nutrir o gado. 7.70 m. contribuindo para a manutenção de uma lotação estável. Quando existem leguminosas elas podem servir de suplemento na estação da seca. O instinto do animal selvagem mantinha a produtividade dos pastos. Apresenta folhas abundantes com pilosidade aveludada. Nos períodos secos ou muito úmidos a lotação da pastagem deve ser moderada. Adapta-se bem em regiões com 400 a 1. Essa lotação será tanto mais oscilante. De modo geral. normalmente haverá superlotação e fome. Manejo: Em pastejo deve ser utilizado na altura compreendida entre 0./ano. 8. O fator econômico entra também em jogo e todos sabem hoje que uma produção elevada.0 m em torno da planta). um pastejo moderado.4. Por outro lado. 9. Não é somente a carga animal que as pastagens plantadas suportam quando recém instaladas e bem adubadas. Assim. coloração verde azulada estreitamento típico na base. o que dificulta grandemente a colheita. Rendimento: 40 a 80 ton. o número de animais no pasto durante a estação seca. não somente pode ser uma informação valiosa para o sucesso do manejo no decorrer dos anos. ou seja. 2. mas também para proteção do solo. São predominantes nas pastagens e vulgarmente chamadas de capins e gramas. por causa do estrago do pisoteio animal sobre a relva (erva rala e rasteira). Porte e hábito de crescimento: perene. geralmente tem sua fertilidade seriamente comprometida. instala-se um processo de “sucessão regressiva”. ou mais de altura. permite a rebrota do capim nativo mesmo durante a seca. São utilizadas na forma de pastagens. Capacidade de suporte: 1. Composição química: 5. Capacidade de suporte: 1 a 2 UA/ha/ano. fogo. Capacidade de suporte: 2. Bisquamulatus cv.5 UA/ha/ano 8. 6. Multiplicação: Através de sementes.400 mm por ano. A multiplicação pode ser feita por fração de .80 m. Porte e hábito de crescimento: É uma gramínea perene que forma touceiras. 10. Rendimento: 40 a 60 ton. gastando-se cerca 5 kg/ha de sementes. Resistência: não resiste à geada.S. podendo a vegetação atingir até 1. de altura. Segundo outros autores.B. 9. etc. 11. Gordura. 3. apresentando de 4. Quando o porte ultrapassa 0. do Continente Africano ou a Índia.8% de P. que deverão ser espaçadas de 0. Cultivares: a EMBRAPA lançou a cultivar Planaltina no 1 ° semestre de 1980 (Andropogum gayanus var. rendimento variável. Jitiranas. Origem: Brasil Central (segundo alguns autores). Exigências: Pouco exigente em fertilidade de solo. sendo a que se encontra em cultivo atualmente. 7. pastejo baixo e solos encharcados. capim-vermelho. visto que esta gramínea tem dificuldade de brotação de gemas basilares. 40 a 50 ton/ha/ano de massa verde. sapê-gigante. formando grandes e densas touceiras. 2. sendo estas produções conseguidas com até 4 cortes. Manejo: No pastejo contínuo e/ou rotativo. Meloso. 7. B . 6. sendo as mudas constituídas de fração de touceiras com raízes. Resistência: É um capim rústico. sendo comum no Brasil a utilização de 20 a 30 kg/ha para plantio a lanço. de massa verde por ha/ano em quatro cortes.B. na M. 5. Composição química: É considerado um capim de valor nutritivo médio. que são precoces. Planaltina). mas que apresenta baixa resistência ao encharcamento. é bastante atacado pela saúva (formigas) . sendo que algumas touceiras podem morrer após o corte.Melinis minutiflora Pal de Beauv 1. 11.20 m. Utilização: fenação e pastejo. 8.13 10. Consorciação: Siratro. 2. Manejo: Quando se emprega o pastejo controlado os animais entram na pastagem quando esta tem 0.20 m. capim-lageado e capim-Jaraguá. desenvolve-se bem em regiões de precipitação em torno de 800 a 1.8 a 12.40 a 0.S. Pode produzir de 150 a 250 kg/ha de sementes. 5. Para corte (fenação). Multiplicação: Através de sementes.50 m de altura) com a finalidade de que os meristemas apicais. corte mecânico e fogo e. Estilosantes. Desenvolve-se bem em solos sílico-argilosos ou argilosos. gastando de 8 a 10 kg/ha em sulco e 15 a 20 kg/ha a lanço. deve ser feito juntando qualidade e rendimento por área. Utilização: Aceitabilidade boa. Basta 10 a 15 kg/ha para plantio em linhas espaçadas de 0.60 m decresce sua aceitabilidade. 12.40 m e saem quando o porte estiver de 0. 12. 10.50 a 0.20 a 0. Nome comum: capim-provisório. Susceptível à cigarrinha. fenação e raramente para silagem. Consorciação: Kudzu tropical. utilizado para pastejo. Siratro. Podem empregar-se mudas. seca e temperaturas baixas. que atinge até 3 m. com colmos geniculados. Quando pastado repetidamente pode formar gramado que cobre o terreno. 4. Tem boa resistência ao pisoteio. 3.60 m. 4. 9. Catingueiro.Hyparrhenia rufa (Ness) Stapf 1. Calopogônio.20 m de altura. pode produzir de 150 a 200 kg de semente por ha e 20 ton/ha de feno/ano. Rendimento: há informação de 13 a 20 ton/ha/ano de feno. Porte e hábito de crescimento: É uma gramínea perene. recomenda-se pastejo alto ( ± 0. Exigências: Medianamente exigente em fertilidade do solo e exige pluviosidade acima de 800 mm anuais.80 x 0. No pastejo contínuo procurar manter a pastagem com cerca de 0. Multiplicação: Por sementes. Resiste relativamente à seca. Origem: Nativo de África e provavelmente da América do Sul. na M. C . não sejam eliminados. Soja perene. 13.3 a 12.9% de P. de acordo com o manejo. Nome comum: Capim-melado. vigoroso. 80 m. Roxo: inflorescência roxa. E . 2. 6. forragem para corte e ensilar. colocando-se 3 a 5 mudas por cova (este processo não é econômico). sendo mais comum o rendimento de 40 a 50 ton de massa verde por ha em 2 a 3 cortes. internódio longos e é mais cultivada no Brasil. 13. melaço. isto quando ficam muitos tocos (colmos) secos após o pastejo. Origem: África tropical e Subtropical. Napier ou Capim-cana. A mistura da semente com pó seco facilita o plantio.5 m. Branco: inflorescência clara. a maioria de suas variedades deve ser cortada com 1. o perfilhamento é estimulado. na M. utilizando-se de 15 a 20 kg para plantio em linhas.0 UA/ha. Cabelo de negro: têm inflorescência arroxeada. vegetando melhor em solos arenosos. A entrada dos animais no pastejo controlado é feita quando as plantas atingem cerca de 60 a 80 cm. Centenário. 5. Composição: 4 a 10% de P. Hamil. D . Exigências: Ésta é uma gramínea das mais exigentes em fertilidade./ano. com composição química inferior às demais. altura em que são mais tenras. na M. O emprego de roçadeira deve ser feito uma vez por ano e no início da estação chuvosa. sendo que Napier é uma variedade desta gramínea. sorgo. Utilização: Apresenta boa aceitabilidade e pode ser empregada para pastejo. Utilização: É empregado para pastejo e fenação. Gattonpanic. Cultivares: As cultivares mais comuns são: Colonião. 40 kg/ha para plantio a lanço. O nome Napier é dado de maneira errada a quase todas as variedades. mas não suporta solos com excesso de umidade e não resiste a geadas. Aruarana-IZ 5. Riversdale. 3. pois perfila facilmente. Makuani. Quando pastejado constantemente. sendo o gasto de 4 ton. 2. Rendimento: Encontra-se referência de rendimentos de 40 a 100 ton de massa verde por ha.S. 11. . É necessária a adição destas fontes de energia em função do alto grau de umidade e do baixo teor de carboidrato que apresenta o capim-elefante. É planta perene e suas touceiras apresentam-se com ramos tombados quando mais desenvolvidos. dando boa cobertura ao solo. 10.2% de P. Tobiatã. que contém um óleo volátil dando ao pasto uma fragrância forte e distinta. 5. Tanzânia 1. Produz de 150 a 200 kg/ha de sementes 9. 11. internódio curtos. 4. Porte e hábito de crescimento: Atinge 3 m de altura. Nome comum: Elefante.5 x 0.S. com excreção pegajosa. quando estão reduzidas de 30 a 40 cm. Siratro. Mombaça. 8. Siratro e Centrosema. Guiné. visto que elas têm tendências de aglutinarem-se. sendo também sensível ao frio. Consórcio: Soja perene. rebrota após o fogo. sendo também mais apreciado pelo gado. Para ensilar este material é conveniente que se adicione juntamente um material seco e/ou rico em carboidratos como a cana de açúcar. Possui sementes mais férteis. pode ser realizado 1 corte a cada 5 semanas. é mais resistente ao pisoteio que os demais. 7.Panicum maximum Jacq 1. quantidades estas que devem ser modificadas em função do valor cultural da semente. que não afeta o sabor do leite ou carne.3 a 1.B. Multiplicação: Por sementes. Orígem: África (Rodésia) 3. capim-touceira. Porte e hábito de crescimento: Ésta gramínea perene pode atingir 6 m de altura. A multiplicação por mudas pode ser empregada. Resistência: É uma gramínea bastante rústica adaptando-se a condições de sombreamento. Variedades: Estas possuem certa pilosidade.Penisetum purpureum Schum 1. 13. folhas claras. Exigências: É exigente quanto a solos férteis. sendo mais comum de 3 a 4 m. Sempre-verde. 12. porte menor. por ter bom rendimento e vigor vegetativo. Vencedor. Quando bem conduzidos./ha com espaçamento de 0. milho.14 touceiras. porém é antieconômico. 4. Greenpanic. não se adapta a baixadas úmidas.B. porte menor. Consorciação: com Centrosema. Nome comum: Capim-colonião. Kudzu tropical e soja perene. Composição química: Pode apresentar de 6 a 9. 12. Para desenvolver bem necessita de precipitação anual de 800 mm/ano. Capacidade de suporte: 3. Francano: esta variedade é mais indicada para fenação. etc. e a saída. Manejo: para esta gramínea emprega-se o manejo alto. folha verde escura. quando o crescimento é paralisado. Siratro.20 cm vem sendo adotado em esquema de pastejo rotacionado e impede o desenvolvimento de invasoras. apresentando dos 45 a 55 dias cerca de 9% de P. espaçados de 0. As mudas.5 a 1. com colmos macios e tenros. Vrukwona. purpureum cv. Capacidade de suporte: 3 a 8 UA/ha no período das águas. e retira-los quando baixar para 15 cm. Esta capacidade é reduzida no período de escassez de chuvas. 6. É recomendado o espaçamento de 0. 1 ha da cultura fornece mudas para 10 ha. é gramínea perene. 9. 12. na M.15 6. Consorciação: É difícil devido ao porte. Utilização: Pode ser empregada para pastejo e fenação. Para fins de cálculos considera-se que 1 ha de pangola fornece muda para 10 ha. quando a forrageira apresentar 1. 7. e em estágios mais avançados.0 m entre sulcos e 0.5 cm entre mudas. bem como doenças viróticas. a multiplicação por frações de colmo ou colmos inteiros é mais empregada.: África do Sul. procura-se manter a gramínea com cerca de 60 cm. Cameroon.0 m com pouca cobertura de terra.3 a 0. ministrando-se 20 Kg/vaca/dia. As variedades são bastante semelhantes. Porto Rico. cada parte deve conter de 3 a 5 gemas (olhos). toma-se por base a produção de 20 ton/ha/corte. 8. se forem mantidas à sombra. favorecendo a rebrota.5 UA/ha/ano. Outras existentes são: Mercker. sendo que fica crestado com geadas. colocar os animais na pastagem quando esta apresentar cerca de 30 cm.30 a 1. E a saída com 30 a 40 cm.S. O período de descanso não deve ser inferior a 30 dias. isto é. o que pode ser conseguido com períodos de ocupação de 1 a 7 dias e descanso de 35 a 45 dias. e plantadas em sulcos de 15 a 20 cm de profundidade. Origem. Napier. Manejo: Para pastejo controlado. a diferença é feita pelo diâmetro.B. 4. Multiplicação: Em função da baixa produção de sementes. Exigências: É uma gramínea exigente em fertilidade do solo e precipitação acima de 700 mm ao ano. sendo empregada a proporção de 1:10. sendo que a variação maior ocorre com a idade da planta. uma vez colhidas. comprimento. porém podem ser empregadas: Soja perene. 10. 10. ou seja. distribuição das mudas no solo e posteriormente fazendo uma gradagem leve. Nome comum: Capim-pangola. Centrocema. Rendimento: É comum conseguir 20 a 40 ton/ha de massa verde em 1 corte. Composição química: É pouco diferente entre as variedades. . 9. Manejo: Para pastejo controlado recomenda-se a entrada dos animais com 60 a 80 cm. No pastejo contínuo manter a pastagem com mais ou menos de 20 cm. Rendimento: Podem produzir 30 a 40 ton/ha/ano de massa verde. Estas características são possíveis de modificações em função de manejo e com isto quase todas as variedades deste grupo são chamadas de Napier. O plantio por muda pode ser também a lanço. F . Multiplicação: É realizada através de mudas ou estolões empregando espaçamento variável de acordo com a disponibilidade de mudas. Para fins de planejamento. Pueraria e Galactia striata. Taiwans A148 e A-144. O gasto de mudas está em torno de 2 a 4 ton/ha. podem apresentar ataques de pragas. 3 a 4% de P. na M. o qual deve ser feito a mais ou menos 20 cm do solo. Se o colmo for segmentado. O rendimento anual pode ultrapassar 180 ton/ha de massa verde em 3 a 5 cortes. Capacidade de suporte: 2. Gold Coast. No pastejo contínuo.5 a 1. 5. Resistência: É uma gramínea bastante rústica. 8. por 11. As melhores capacidades de suporte têm sido conseguidas em esquema de pastejo rotacionado. Variedades: As mais usadas e recomendadas são as que apresentam florescimento baixo ou tardio. mais empregadas: Mineiro. 1. suportando bem o pisoteio. 7. 13.Digitaria decumbens Stent 1. Elefante anão (P. Dwarf). 3. Porte e hábito de crescimento: Crescimento estolonífero que atinge de 60 a 90 cm. As mudas devem ser retiradas de culturas com mais de 100 dias. sendo portanto. o que seria suficiente para manter 10 vacas por 100 dias. dureza e porte do colmo. A fenação é forma de sua utilização para eqüinos de corrida e para altas produtoras de leite. Resistência: Pouca resistência a geadas e seca.S. como cochinilhas e cigarrinha. caindo também seu teor protéico. com relativa resistência ao frio e fogo.50 m de altura. O manejo alto. Niagara. número de folhas e época de florescimento. apresentando boa aceitabilidade. O vírus do enfezamento do pangola (PSV) acabou com esta gramínea em algumas regiões brasileiras.B. Elefante roxo. O rendimento para feno pode alcançar de 8 a 10 ton/ha/ano. sendo realizados 3 a 4 cortes. Toleram baixadas úmidas. Taiwans A-143 e A-241. 2. sendo que. suportam até 20 dias de transporte. vittata). que é o fungo: Metarrhizum anizopliae. 8. 2. “Signal grass”. sendo que os eqüinos rejeitam esta gramínea. venezuelae ). 7. Porte e hábito de crescimento: Pode atingir de 50 a 70 cm. desde com critérios. 4.1 . humidicola. Existe o combate biológico com o inimigo natural desta cigarrinha. no entanto. Floresce várias vezes ao ano. plantaginea). capim-de-teso. herbácea. Pluviosidade para seu bom desenvolvimento. as variedades: 60 e 72. secas prolongadas e sofre ataque de cigarrinhas e percevejos. são encontrados resíduos na carne e no leite. Rendimento: 50-70 ton/ha/ano de massa verde. Muito empregada com a finalidade de impedir a erosão. apresenta grande número de sementes estéreis e com isto baixo valor cultural. B. Origem: África. é perene. que impede sua frutificação normal. B. causando aspecto encaracolado das inflorescências. B. Primeira introdução no Brasil feita através do antigo IPEAN. B. Resistência: Não tolera solos argilosos.Brachiaria decumbens Stapf: 1. 6. 5. em 1952. As sementes têm dormência de 6 meses e para o plantio anterior a este período pode-se empregar a quebra de dormência com ácido sulfúrico comercial por 15 minutos e .B. purpurascens e B. Multiplicação: Pode ser feita por sementes ou por mudas. Por sementes se gasta em torno de 5 a 10 kg/ha para plantio a lanço. G . o gasto de mudas é maior. B. pode emitir raízes adventícias (estolonífera). são resistentes à gomose. Nome comum: Capim-Venezuela. 4. de: 1. 9. Nome comum: Brachiaria.Brachiarias A maioria das espécies são originárias da África Tropical. Brachiarinha.000 a 2. observando de sete a dez dias de intervalo entre a aplicação e o uso. 6. B. Os fosforados podem ser aplicados. três foram introduzidas provavelmente há décadas ( B. em caso de usá-lo. Centrosema. radicans. reptans. apresentado plantas anuais ou perenes. pasto imperial. Exigências: Não muito exigente em fertilidade de solo. Decumbens. molis. H . Utilização: Não é resistente ao pisoteio. capim colombiano. B. Resistência: Resistente a geadas e secas. Rebrota após o fogo. Para bom desenvolvimento necessita de precipitação anual de mais de 800 mm. 5. não é resistente ao fogo. Capim Brachiaria. Origem: América tropical e subtropical.000 mm. Exigências: Não muito exigente em solo. em três a quatro cortes. a entrada dos animais deve ser a gramínea em torno de 30 a 40 cm e a saída quando o porte for reduzido a 10 ou 15 cm. adspersa. 12. B. com período de descanso de 30 a 35 dias. evitar o uso de “clorados” porque dos problemas da sua degradação. fasciculata. mais freqüentemente três racemos. é bem palatável em comparação com as demais.S. Quinze espécies são encontradas comumente no Brasil: cinco são nativas ( B. decumbens. Manejo: para pastejo controlado. de aluviões das baixadas com boa umidade. hoje CPATU/EMBRAPA. na M. 11. Rendimento: Quando cortado produz aproximadamente 12-14 ton/MS/ha/ano ou 60-70 ton/MV/ha/ano. estoloníferas. etc. É comum o seu ataque pelo vírus da gomose. decumbens cv Basilisk. Para pastejo contínuo procurar manter a vegetação com porte de cerca de 20 cm. Siratro. Desenvolve-se melhor em solos férteis. Utilização: Pode ser empregado para pastejo e fenação. 3. Soja perene. 3. rizomatosas. 10. mas podem ser empregadas: Stylosanthes. B. ruziziensis. semente de valor cultural razoável. Consorciação: É mais fácil com leguminosas de maior porte devido a agressividade desta gramínea. A partir de 1965 disseminaram-se rapidamente nos “cerrados” brasileiros. Em terrenos muito argilosos ou muito arenosos a planta não prospera. eretas. É atacado por um fungo do gênero Helmintosporium. A multiplicação por sementes é inviável. O controle químico é perigoso e.Axononopus scoparius (Flugge) Hitche 1. B. Vegeta em zonas tórridas e temperadas. brizanta.16 este processo. Composição química: 4 a 8% de P. 2. O problema de ataque de cigarrinha ( Zulia entreriana) nestas pastagens preocupa os pecuaristas. extensa. tem regular resistência ao frio e ao pisoteio. H. Capacidade de suporte: 2 a 3 UA/ha/ano. sete foram as últimas a serem introduzidas ( B. argilo-sílico-humífero. Panícola com até de 1 a 5 racemos. B. Puerária. é bastante agressiva. A fotosensibilização hepatógena sempre esteve associada com esta gramínea. porém resiste a inundações e solos encharcados. ou seja. Quicuio da Amazônia. 13. Recentemente têm-se notícias de sua multiplicação por sementes. o que vai facilitar o estabelecimento da leguminosa que deve ser introduzida em cova ou sulcos. Capim de boi. apresentando capacidade de suporte de 1 a 2 UA/ha/ano.Esta gramínea constitui-se no hospedeiro predileto do Bilssus leucopterus (“chich-bug”). Hábito de pastejo: Planta estolonífera. alternando com outras não apresentam o problema. 9. podendo ser empregado: Soja perene. mas não é recomendado o seu plantio. Pode ser também empregado água a 37 °C por 30 min. Após estes comentários. 12. O espaçamento pode ser de 0. na M. é conveniente rebaixar a pastagem com roçadeira ou super pastejo. hastes finas e flexíveis. Seu plantio é feito em sulcos espaçados de 50 a 70 cm. visto que a produção de sementes é baixa. Exigências: Adapta-se a regiões tropicais e subtropicais úmidas. Nome comum: Capim angola. 3. com estolões compridos.17 posterior lavagem. Leucaena.3 . Em função destes problemas foram tomadas medidas governamentais para impedir o uso de áreas com esta brachiaria. perene. decumbens cv Australiana. introduzida diretamente da África. com fertilização específica. Variedades: Angolinha: apresenta colmos finos. Composição química: 4 a 7% de P. H. Os sintomas apresentados pelos animais são: perda de peso. Siratro. Consórcio: Difícil em função do vigor vegetativo desta gramínea. na Bahia. 4.Observou-se intoxicação de animais mantidos em regime de pastejo exclusivo nesta espécie de gramínea. Capim de muda. “Para grass”. hematuria (sangue na urina) e morte de animais. Multiplicação: Por mudas. cuja ocorrência não vem sendo registrada nos últimos anos. 7. Composição química: Variação de 4. Centrosema. Brachiaria “espetudinha”. produz poucas cariopses (frutos que apresentam o pericarpo preso à semente. 11. Origem: África e América Tropical (Colômbia). Brachiaria purpurascens (Laddi) Henr. Resistência: Baixa resistência a geadas e secas prolongadas.Brachiaria radicans Napper 1. sulcos ou distribuição sobre o solo e gradagem superficial. através de mudas. estolonífera. por isso também dita de B. H. Os infratores estavam sujeitos a penas determinadas pelo Regulamento da Defesa Sanitária Vegetal (Portaria N° 822. Capim fino. Angolão: colmos grossos. prática que aumenta a porcentagem de germinação.S. ou seja mal drenados. eretos e tenros. Porte e hábito de crescimento: Rizomatosa. O emprego de mudas pode ser realizado no plantio em covas. 8. Origem: África. Multiplicação: Via vegetativa. 2. na M. Nome comum: Capim agulha. considera-se que não é necessário a erradicação de áreas. Problemas: a. Cultivares: Brachiaria decumbens cv IPEAN. 6.Brachiaria humidicola (Rendie) Schw 1. H. 1.S. 5. Nome comum: “Tanner grass”. Manejo: Deve ser utilizado em pastejo controlado. arroxeados com folhas maiores e mais largas. Brachiaria de brejo. Panículas com 6 a 12 racimos.B.1 a 7% de P. 2.2 . Adaptação excelente em solos úmidos. podendo ser realizado também a lanço sobre o solo e posterior gradagem. A intoxicação observada foi causada por “nitratos e nitritos”. percevejo que causa sérios danos em gramíneas. decumbens cv Africana. panícola com 10 a 20 rácemos. . trânsito e multiplicação. Rendimento: 9 ton/ha/ano de matéria seca. Brachiaria decumbens cv Basilisk ou B. Por ocasião da colocação da leguminosa na pastagem formada.50 x 1. Animais pastejando nesta forrageira. 5. de 11/10/76). 4. 7.Brachiaria mutica (FOSK) Stapf. etc. 3. confundindo-se com ela). Exigências: Pouca quanto à fertilidade do solo.B.0 m variável de acordo com a disponibilidade de mudas e qualidades destas. Folhas lisas e verdes brilhantes. Bengo.4 . com gasto de 6 a 8 kg/ha. Rendimento: 30 a 40 ton/ha/ano de massa verde em 2 a 4 cortes. 6. b. estolonífera e apresenta grande perfilhamento. Deve ser manejada com cuidado e atenção. 4. Vantagens sobre a decumbens: Os eqüinos não rejeitam esta brachiaria. Origem: Congo. é perene. 5.6 . Multiplicação: Através de sementes e por mudas. 2. rizomatosa. Panícula com 2 a 12 racemos (4 a 6 racemos na cv Marandu). a partir de 1973 tornou-se muito importante na Amazônia brasileira. Porte e hábito de crescimento: Planta ereta.B. Rendimento: Produz 13 a 15 ton de feno/ha em solos de boa fertilidade.40 m e retirar com 0. perene.30 a 0. As plantas são verde-amareladas. em terra roxa não produz bem. Origem: África. apesar de que na África tem sido reportados cxasos de intoxicação dado a presença de ácido prússico. é menos vigorosa para gramar que as anteriores. 6. Nome comum: Brizantha. Floresce uma vez por ano (abril). estrela branca.5 Cynodon plecttostachyus 1. Rendimento: Até 80 ton. Multiplicação: Pode ser feita por mudas e por sementes. 8. se não for cortada ou submetida a pastejo no momento certo. Resistência: Fogo (rebrota).9% de P. Composição química: Variação de 5 a 11.B. 7. Plantar em solo úmido./ha/ano.15m. Exigências: Pouco exigente em fertilidade do solo. 3. H.B. desenvolve-se bem em solos secos ou úmidos.0 a 1. 5. 3. H.S. esparramar as mudas no solo preparado e passar a grade por cima. Porte e hábito de crescimento: É mais ereta que a decumbens e a vegetação pode atingir 1. na M. de massa verde. Tem maior rendimento por área que a decumbens. pois não é estolonífera.0 m. rebrota apesar da morte da parte vegetativa. Produz feno de boa qualidade. porque em relação haste/folha. predispondo à entrada de microrganismos patogênicos.Brachiaria brizantha (Hochst) Stapf 1. Porte e hábito de crescimento: Ésta brachiaria é muito semelhante a decumbens. Composição química: 4 a 11% de P. na M. Exigências: Não muito exigente em fertilidade. 2. H. É de 10 a 20% menos produtiva do que a Brachiaria decumbens. (touceira). Panícola com 2 a 5 racemos. “Ruzi grass”. solos arenosos de boa fertilidade. sendo rizomatosa e perene.S. estrela. 4. leva a perda do valor nutritivo com consequentemente interferência na produção animal. Apresenta maior resistência à cigarrinha do que a decumbens. provoca úlceras na mucosa bucal dos animais. 2. As sementes apresentam dormência até de 1 ano.18 2. 5. Quando lignifica. Utilização: Não tem sido reportados problemas. Também é fortemente estolonífera. 6. 4. que ocorre após colheita que é de até 12 meses (em condições ambientais). capim estrela gigante. Suporta bem o pastejo. 7. Resistência: Baixa resistência a geadas e secas. Para o pastoreio: entrada de animais com 0. Por sementes deve observar o período de dormência.Brachiaria ruziziensis Gemain et Everard 1. 3. a vegetação atinge 1. .2 m. Panícula com 3 a 6 racemos e forte pigmentação avermelhada. Nome comum: Ruziziensis. Exigências: Pouco exigente em fertilidade do solo.. Quando usada grade para o plantio. 7.0 a 1. Origem: África. 3. estolões e ramos. Resistência: Boa resistência a geada. Nome comum: Estrela africana.6 . Composição química: 4 a 11% de P. Capim congo. Propagação e plantio: Mudas. e perfilha intensamente. 4. 8. à seca: boa resistência desde que não muito prolongada e às geradas.5 m.S. 5. na M. a vegetação atinge até 1. 6. Origem: África Exigências: precipitação acima de 600 mm anuais. Eritréia. Se bem pastejada. Das três cultivares de Setaria anceps. a Nandi é a que apresenta menos ácido oxálico (cristais de oxalato de cálcio). As cultivares mais importantes são: Nandi. Kazungula e Narok. adaptando-se dos arenosos aos argilosos. Suportam bem as secas e toleram solos mal drenados e até sujeitos a inundações. I. Brizantão e Rodeslana. Resistência: Até o momento tem mostrado boa resistência à cigarrinha ( Zulia entreriana) 7. Origem: África 2.2 m.1 .0 a 1. Zaire e Tanzânia).19 6. 2. Cultivares: Brachiaria brizantha cv Marandu . Nome comum: Capim marangá e napiezinho (nome dado a todas as cultivares). Panícula com 4 a 10 racemos. 6. Multiplicação: Sementes.Setareas  Setaria sphacelata (Schum) Stapfet Hubbard  Setaria anceps Stapf A literatura reporta as denominações de Setaria phacelata e Setaria anceps como gramíneas perenes./ha/ano de massa verde e 150 kg/ha de sementes com razoável valor cultural 8. 3. Ruanda. Estas plantas têm boa versatilidade quanto ao tipo de solo.7 . Exigências: Não muito exigente em fertilidade do solo. I . Porte e hábito de crescimento: Planta perene. o que pode diminuir se adotar pastejo intenso no período que antecede a floração. Quênia. adaptando-se bem no Sul de São Paulo. Quênia. é perene. Composição química: 4 a 11% de P. Capacidade de suporte: 2 UA/ha. H. 2. devido a exigência de ácido oxálico Pode ser empregada para pastejo e fenação. forma touceira. esta gramínea pode dar boa cobertura ao solo.  Setaria geniculata P. originarias da África. 5. gasto que será menor se o plantio for em linha. lenta e irregular. 8. 4. que atinge de 1.B.Brachiaria dictyoneura (Fig & Mot) Stapf 1. Exigências: A utilização exclusiva e por longo período pode trazer problemas metabólicos aos animais.2 .000 m. é ereta. 9. estolonífera e rizomatosa.0 m no florescimento. Beauv: Nativa do Pantanal Matogrossense. A germinação desta gramínea é. Origem: África..5 a 2.Setaria anceps Stapf 1. Apresenta rizomas curtos.500 a quase 3. nos países de: Etiópia.S. Nomes comuns freqüentemente empregados para esta cultivar são: Brachiarão. 4. 7. terras altas da província de Nandi. exigindo uma semeadura superficial. Uganda. de altitude. na M. gastando-se de 20 a 40 kg/ha no plantio a lanço. . Multiplicação: Pode ser multiplicada por mudas ou por sementes que têm baixo poder germinativo. Manejo: No pastejo controlado colocar os animais quando a forrageira estive com 40 a 60 cm e retira-los quando reduzir a vegetação a 15 a 20 cm. Resistência: Resiste bem ao frio. é conhecida vulgarmente como rabode-rapousa ou rabo-de-cachorro. O florescimento é intenso. Origem: África (região com 1. Porte e hábito de crescimento: atinge de 1. Esta cultivar é a brachiaria que vêm sendo mais difundida nos últimos anos para bovino de corte e em escala menor para bovino de leite.Penisetum clandestinum Hochest: 1. 3. I.Outras espécies de setárea  Setaria sphacelata (Schum) Stapf: A primeira a ser cultivada em nosso meio. Rendimento: Semelhante à decumbens em terreno de boa fertilidade. 10. apresentam boa resistência ao frio e geadas. Mato Grosso e Norte do Paraná. Rendimento: 60 ton. I . Nome comum: capim Quicuio ou Kikuio. onde é conhecida pelo nome de capim mimoso vermelho. A partir deste porte os colmos tornam-se lignificados e o valor nutritivo decresce. 7. Origem: México. 4. Resiste mal à seca e umidade excessiva. Siratro. Existe uma subespécie Australiana que produz sementes. Exigências: Desenvolve-se melhor em solos férteis. Rendimento: 40 a 60 ton. pisoteio e sombreamento. em espaçamento de 1./ha/ano de massa verde em 6 cortes ou 5 ton/ha/ano de feno.S. colocar os animais na pastagem quando esta apresentar em torno de 30 cm. etc. L .0 a 13.S. J . Centrosema.. 6.0 x 1. de mudas para formação de 1 ha. Manejo: No pastejo controlado. desenvolvendo-se bem em solos ricos em matéria orgânica e que retêm muita umidade. No pastejo contínuo procurar manter a pastagem com 15 a 20 cm de altura./ha/ano.20 3. 1. Nome comum: Falaris. (cerca de 7 g. Resistência: É bem resistente ao frio. 11. com gasto de 4 a 5 ton.0 m. citando-se também. Stylosanthes e outras. a frutificação é baixa.B.. portanto a multiplicação é restrita a mudas que podem constituir-se de colmos ou frações de touceiras. Campim-Guatemala. 6. ou 1. Consórcio: pode ser consorciada com Desmodium. do solo. sendo mais comumente usada em piquetes para touros. Multiplicação: Embora floresça. com gasto de 2 a 4 kg/ha. 5.Pennisetum clandestinum cv Whittet Comparado com o Kikuio comum. Capacidade de suporte: 2 UA/ha/ano. fogo. apresentou maior teor de proteína bruta.0 x 1. 10. 9. Há indícios de que seja também menos exigentes em fertilidade do solo que o comum. Quando plantada em solos pobres.Tripsacum fasciculatum Trin (Tripsacum laxum Nash) 1. Guatemala e Filipinas. No pastejo não são encontradas grandes áreas com esta gramínea. Exigência: É exigente em fertilidade do solo.0 m. corte. Capim-imperial. de M. Rendimento: Pode produzir 60 ton.0 a 10. cultivos registrados na Europa desde 1824. profundos e úmidos. na M. 1.8% de P.0 a 1. o que facilita a brotação e deve ser feito quando a gramínea atinge 1. quando têm boa palatabilidade e digestibilidade. na M.S. 2. ricos em matéria orgânica e relativamente úmidos. Multiplicação: Feitas por mudas ou estolões de 30 cm.B. 7. Exigência: Exige solos férteis.1 . Utilização: Ésta gramínea. 8.. 8. Porte e hábito de crescimento: No Brasil o pote desta gramínea é de 30 a 40 cm.80 m. 3. 4. Trevo branco.4% de P. suínos e maternidades de vacas. apresenta problemas de doenças (ferrugem). de excelente qualidade pode ser empregada no pastejo e fenação. estolonífera e rizomatosa. Composição química: Pode apresentar de 4. quando eliminadas nas fezes dos animais. de altura e retira-los quando tiver 10 cm de altura. Resistência: Não resiste o encharcamento e geada. A broca da cana e a lagarta frugiperda causam danos à cultura. 3.Pennisetum clandestinum cv Breakwell Comparado com a cv Whittet tem: Crescimento mais prostrado. maior resistência ao pastoreio e a plantas invasoras. K . Para bom desenvolvimento necessita de mais de 750 mm de precipitação anual. 2.6 x 1. 10. Manejo: Cortar àaltura de 15 a 20 cm. Nome comum: Guatemalão. Galactia. desenvolve-se de maneira lenta. 2. Consórcio: Consorcia bem com a Soja perene. resistindo bem à seca. J. é perene. As sementes. 5. isto é apresenta uma baixa taxa de crescimento.0 m ou 0. 9. germinam. internódios mais curtos e maior capacidade para gramar.0 m.0 m. Utilização: Pode ser utilizado como verde picada e para ensilar. Porte e hábito de crescimento: Pode atingir até 3. bezerros./dia/m2. .Phalaris tuberosa L. É perene. Origem: Não definida. O espaçamento empregado pode ser de 0.5 x 1. Composição química: Apresenta de 8. S. 9. retirando os animais quando tiver com uma altura de 5 cm. 12. Exigências: Gramínea perene de estação quente.3 a 11. na M. com baixa exigência por fertilidade. Resistência: tolerante a temperaturas baixas. 3. Variedades: Kentuck 31. 5.0 m. Composição química: 5.0% de P. podendo atingir 1. Origem: Ásia Central. 3. capim-suiter. etc. inclusive a solos ácidos. adapta-se bem a vários tipos de solos. 7. Resistência: É tolerante à temperaturas baixas e sensível a deficiência de água. Resistência: Gramínea de clima frio. 9.21 4. Manejo: Não deixar ultrapassar 30 a 35 cm e não eliminar além de 8 a 10 cm em relação ao solo. gastando de 8 a 9 kg/ha em linhas espaçadas de até 45 cm.B. Multiplicação: Por sementes. 5. com gasto de 30 a 40 kg/ha.B. podendo ser cortada e fornecida no cocho. Manejo: Iiniciar pastejo com 20 a 25 cm de altura. Utilização: Pastejo.S. 3. O . com 3 a 4 cortes. não tolera concorrência com forrageiras de porte alto. na semeadura a lanço se gasta 12 kg/ha. Taqua B. 11. feno e para corte e silagem pré-secada.S. 10. 4. Rendimento: 4 a 8 ton de M. estolonífera. Porte e hábito de crescimento: Forma relvado de até 1.S. 10. 5. feno.Hemarthria altissima (Poir) Staphf & Hubb 1. 1. 8. de habitat natural em áreas úmidas.B. Preferida.Festuca arundinaceae Schreb 1. Para feno cortar antes do florescimento e para corte. Composição química: 15 a 20% de P. Para feno cortar com 50 a 70 cm. Variedades/cultivares: Roxinha. cortar com 50 a 60 cm. Utilização: Pastejo. 9. não se adapta a solos muito úmidos.0 m de altura. N . Consórcio: Trevo branco. Nome comum: Centeio. Nome comum: Festuca. Nome comum: Hemartria. 6. 2. Exigências: Gramínea de clima temperado que exige solos com boa umidade e matéria orgânica.3 a 15. 8. na M.. Utilização: Pastejo. Pastejo contínuo manter com 15 cm. M . é perene de hábito de crescimento cespitoso. 2.50 m. 10. Origem: África do Sul. Composição química: 6. Exigências: Bbaixa fertilidade do solo. feno. 8. com 4 a 5 cortes./ha/ano. em sulcos ou covas. . por ha/ano. Rendimento: 12 ton. 6.S. Multiplicação: Por sementes. 4. por hectare/ano. Multiplicação: Por mudas com gasto de 2 a 3 ton/ha. 2. Porte e hábito de crescimento: Hábito de crescimento cespitoso. com maior produção no inverno e primavera. com estolões longos. Utilização: Pastejo. Origem: Europa. Rendimento: 6 a 7 ton de M. Porte e hábito decrescimento: Pode atingir 1. na M. 7. O espaçamento entre sulcos pode ser de até 1 m. 6. 4.S. 7.Secale cereale L. Colocar pouca terra sobre a semente. 11. Apresenta tolerância à seca quando cultivada em áreas de solos drenados. de M.0% de P. Manejo: Pastejar quando estiver com 15 a 20 cm e retirar os animais com 5 cm de altura. Florida. Composição química: 9 a 25% de P. 8. Porte e hábito de crescimento: Atinge até 1. Millex 23 Q . corte.Lolium multiflorum Lam 1. 9. Manejo: Iniciar pastejo com 30 cm e retirar os animais quando atingir 6 cm. 2. 3.S. podendo atingir 1. 11.5 a 2.22 5.5% de P. de M. Origem: Mediterrâneo (Europa. por hectare. 11. Tifidate. Manejo: Cortar quando a forrageira atingir 40 cm. Variedades/cultivares: Pérola. 7. 10. na M. R . Origem: Hibridação entre trigo e centeio (Canadá). Para corte faze-lo quando a planta tiver 30 cm. aumentar a quantidade de sementes. Rendimento: 3.S. Multiplicação: Semear de março a maio em sulcos com espaçamento de até 20 cm e densidade de 50 sementes/metro. com ciclo curto em relação à aveia e azevém. Porte e hábito de crescimento: Cespitoso. 6. Exigências: Solos férteis e boa umidade no período de estabelecimento. 12. Resistência: Boa a períodos secos. 8. Origem: África. Schum 1.2 m e. Exigências: Solos bem drenados e férteis. Nome comum: Azevém. Consórcio: Feijão miúdo. A lanço com gasto de 20 Kg/ha. 9.S. Cultivares/variedades: Colonial. Mistura com Azevém tem dado bons resultados no Centro Sul do Paraná. 8. No pastejo.8 ton/ha. com gasto de 70 a 80 kg/há. a rebrota pode ser utilizada para grãos. 3. em linha com gasto de 15 kg de sementes/ha com espaçamento de 20 a 40 cm. Multiplicação: Por sementes com gasto de 150 a 100 kg/ha nos meses de abril a maio. Multiplicação. 4. Nome comum: Milheto. silagem. produzem com baixa precipitação. na M. silagem pré-secada.B. semeadura de setembro a março. Cortando aos 60 dias. 7. BR 1. 10. Composição química: 7. Resistência: Baixa ao pastejo contínuo. retirar o gado com 30 cm. capim charuto. Norte da África). 5. 11. P . Rendimento: 6 a 20 ton de M. pasto italiano. Nome comum: Triticale 2. em três cortes. 10.Pennisetum americanum (L) K. é planta cespitosa anual. anual. Utilização: Pastejo. 5.B. 9. Utilização: Feno. 7. 3. Manejo: cortar ou pastejar com plantas atingindo até 80 cm. pastejo. 6.S. fenação. corte. Resistência: Alta a o frio. A lanço.30 m de altura. 2. Rendimento: 8 a 10 ton de M. Ásia.S.Triticosecale Wiff 1. Consórcio: Serradela. 6. ./ha. Exigências: Solos de média a alta fertilidade. Consórcio: Ervilhaca ou Ervilha forrageira. 4. Porte e hábito de crescimento: Cespitosa. 3° corte. Manejo: Na Região Sul de Minas Gerais a aveia é plantada entre 15/03 e 30/04 e 50 a 60 dias após já se fez o primeiro corte. altura de 1. Alfafa. 10./ha de M. Apresenta ótima aceitação pelos animais. 9. 7. 16. geralmente em faixas rotacionais). podendo atingir 80 cm. em três a quatro cortes.5 ton/ha . de M.S. cespitosa. 5 a 6 ton/ha de feno e 1. 3. S . Trevo vesiculoso. Avena byzantina Koch (amarela). umidade excessiva e acidez do solo. Nas condições do Brasil Central a cultura é conduzida com irrigação. 11. Manejo: Entrar com os animais quando o capim atingir 25 a 30 cm e retirar com 8 a 10 cm. 12. O solo deve ser preparado para melhor desenvolver da cultura. Vegetam bem em regiões com temperatura média de 19°C até alguns graus abaixo de zero. 6. a 15 cm do solo e. Triticale. Cultivares/variedades: Coast cross 1. 9. Origem: África.5 ton/ha . Cornichão. 11. tenra e suculenta. Siratro. 7.2° corte. Composição química: 8 a 16% de P. Utilização: Pastejo e fenação.B. A formula 20-60-40 é usada freqüentemente. Multiplicação: Por estolões. Utilização: Forragem oferecida aos animais no cocho. após igual período. 5. 5. 8. mesmo sem picar. do solo. Exigências: As aveias vegetam numa grande variedade de solos. Resistência: Boa ao frio. Consórcio: Trevo Branco. 8. silagem. Rendimento: 7 a 12 ton. Consórcio: Ervilhaca. feno. Neste caso. Desmodium.5 m. 6. Porte e hábito de crescimento: A aveia é gramínea anual (ciclo médio de 180 dias). 3. Apresenta boa resistência a temperaturas baixas. Porte e hábito de crescimento: São plantas perenes de crescimento estolonífero formando relevo de até 50 cm.Avena sativa L. e a mesma dose após o primeiro e segundo cortes. Origem: Europa (velho mundo) 2. por hectare/ano./ha/ano. Centeio. 2. Manejo: Entrar com os animais quando as plantas tiverem 20 cm e retirar quando reduzir a 8-10 cm.S. feno. A umidade alta favorece o aparecimento de doenças fúngicas e bacterianas. Multiplicação: Semeadura de março a abril com 30 a 40 kg/ha. . Responde extremamente bem à adubação nitrogenada em cobertura. se faz um terceiro corte a 5 cm do solo. Resistência: Não tolera solos encharcados ou mal drenados. 7.S. a 10 cm. São menos sensíveis à acidez do solo do que o trigo (desenvolve-se bem em solos com pH entre 4 a 7). faz-se o pastejo direto. cespitosa. Trevo Vesiculoso. Na preta os colmos são finos e as folhas estreitas e verde-escuras. Nas aveias brancas e amarelas os colmos são grossos e suculentos e as folhas largas e verde-escuras. Resistência: Resistem bem a temperaturas baixas. onde 1 ha proporciona formação de 20 ha (1 ton/20 ha) 10. Após um período de 35 a 45 dias se faz um segundo corte. Nome comum: Coast cross. Serradela.0 a 2. Um rendimento médio de massa verde por ha por corte pode ser assim explicado: 24. pastejo direto (com critério 2 a 3 horas por dia. Avena strigosa Schreb (preta) 1. em sulcos ou por aspersão.B. 9. Porte e hábito de crescimento: Planta anual de ciclo hibernal. 6. Utilização: Pastejo. 5. T . em quatro cortes. Rendimento: 7 ton. utilizando-se comumente 20 kg N/ha. Composição química: 5 a 22% de P.5 ton/ha . na M.5 ton/ha de grãos. É comum não se fazer um terceiro já que o rendimento de massa verde deste é pequeno. 4. 4. na M. mas preferem os argilosos e limosos onde haja estagnação de água. Exigências: Alta fertilidade do solo.Híbrido (Cynodon dactylon cv Coastal e Cynodon nlemfuensis var Robustus) 1.23 4. 35 dias após o plantio.(branca).1 °corte. Rendimento: 50 a 60 ton/ha/ano de massa verde.S. classe Dicotiledoneae e Ordem Rosales A . Multiplicação: Por sementes. Utilização: Pastejo. Apresenta hastes. quando consorciadas com gramíneas. 13 a 15% de P.2. Na fase vegetativa é de baixa aceitação pelos animais. na M.4. porém quando mais velho é mais consumido. Pertencem ao Reino Vegetal. Origem: América do Sul Tropical. inflorescências e frutos bastante semelhantes à soja perene e Kudzu tropical. pode levar a perda total das forrageiras. pois se encontra seca. Na semeadura a lanço gastam-se 100 kg/ha de sementes. vegetando bem nos pobres e ácidos (solos de cerrado).54% de Ca e 0. Consorciação: Principalmente com leguminosas anuais como a ervilha e serradela e também o trevo branco (perene). 2.B. “Calopo”. que quando não percebido. de ciclo curto. Exigências: Pouco exigente em fertilidade do solo. morrendo com a seca prolongada. divisão Angiospermae. regiões com precipitação acima de 1. Resistente x x x x x x x x x x x Moderadamente resistente Moderadamente susceptível Susceptível . 60 kg/ha para aveia preta.S. Falso Oró. 3.22% de P. na forragem verde. 5. Enxada Verde. folhas. para combater principalmente o cupim. A semeadura é feita com semeadeiras-adubadeiras de arroz e trigo. em consorciação com gramíneas ou mesmo cultura pura. No quadro a seguir mostrase o grau de ressistência de gramíneas ao ataque de cigarrinhas.S. Leguminosas As leguminosas são plantas de folhas largas que. Composição química: 15 a 17% de M. no espaçamento de 20 cm entre linhas. No Brasil Central a aveia é cultivada solteira. Sua adaptação é melhor em regiões tropicais com umidade e temperaturas elevadas. Catinga de Macaco. como o caso do ataque de cigarrinhas. Grau de tolerância de gramíneas às cigarrinhas das pastagens (Deois spp) Tolerância Panicum maximum (Green panic) Andropogon cayanus Setaria sphacelata Panicum maximum (Makueni) Melinis minutiflora Brachiaria brizanta Brachiaria humidicola Panicum maximum Panicum maximum (Green panic) Panicum maximum (Guinezinho) Brachiaria decumbens Brachiaria ruziziensis FONTE: Adaptado de Cosenza (1981) 3. As folhas são pequenas e de coloração azulada. 0. Também é utilizado na forma de feno. Nome comum: Calopogônio.Calopogonium mucunoides Desv 1. Assim torna-se necessário conhecer os níveis de tolerância da forrageira a determinadas pragas. Porte e hábito de crescimento: Perene (semi-perene para alguns). podem proporcionar forragem de maior valor alimentício. é importante conhecer a susceptibilidade das mesmas a doenças. 10. ou seja.220 mm anuais. 9. antes do plantio. 80 kg/ha para aveias brancas e amarelas. 4.24 8. As sementes devem ser tratadas com Aldrim 40%. Para o sucesso da escolha de uma determinada gramínea para a formação de capineiras. devido ao alto teor de proteína e a capacidade de fixação de nitrogênio atmosférico através da simbiose com rizóbios. porém de semeaduras naturais. No pastejo controlado colocar os animais na pastagem com cerca de 30 a 30 cm e saída com 10 a 15 cm. Desenvolve-se melhor em solo com pH em torno de 6 e em local com precipitação acima de 700 mm anuais. Utilização: Pode ser empregada para pastejo. Para o emprego em regime de pastejo. tem razoável resistência à seca. ao encharcamento. porém é susceptível ao ataque de lagartas e vaquinhas. pode causar distúrbios gástricos. com hastes finas e em alguns casos pode enraizar-se pelas hastes (estoloníferas). é trepadeira. 8. Anuais. como forragem verde. 11. Para plantio exclusivo se gasta de 6 a 9 kg de sementes/ha. já que ele nessa época é rejeitado pelos animais. formando uma vegetação (colchão) de 30 a 40 cm. fica verde durante o inverno (boa resistência à seca) Glycine javanica cv Clarence: Precoce. 12.5% de P. Gordura. Exigências: Ésta leguminosa é muito exigente em fertilidade do solo. cujo espaçamento entre fileiras é de 0. Consorciação: Brachiarias. Andropogon. Resistência: Baixa à seca e a baixas temperaturas.Macropoptilium atropurpureum Urb . Rendimento: Quando utilizada para feno pode render 10 ton/ha/ano em três cortes.B. não deixar a gramínea abafar a leguminosa. Resistência: É mais tolerante ao frio do que Siratro e Centrosema. podendo empregar a relação de 120 kg/ha.4 a 0. Do mesmo modo que as demais leguminosas herbáceas tropicais. O pasto está em condições de receber animais com 120 a 150 dias (exclusivo) e 60 e 90 dias (em consórcio). Variedades: Glycine javanica cv Tinaroo: É considerada de florescimento tardio em relação às culturas Cooper e Comum. inoculadas com inoculante do grupo 1 e peletizada com fosfato natural. tem boa resistência à seca e é mais tolerante a solos ácidos que a Tinaroo e Comum. 4. De precipitação anual e é susceptível a geada e ao fogo. Glycine javanica cv Cianova: Época de florescimento semelhante à Tinaroo. 10. Multiplicação: É multiplicada por sementes escarificadas. Jaraguá.S. 7. não deixar a pastagem rebaixada a menos de 10 a 15 cm. como também para todas as leguminosas de hábito rasteiro. B . é no caso de consórcio. destacando-se a necessidade de fósforo. 8.Glycine javanica. 2. etc.25 6. 9. por longos períodos. ele não tolera altas cargas de animais. 11. Setáreas. dependendo da possibilidade de execução desta prática. Origem: Asiática.5 m. Exige clima quente com precipitação acima de 760 mm. Manejo: O pastejo normal nos meses quentes e chuvosos beneficia o Colopogônio. Glycine javanica cv Comum precoce em relação a Cianova e Tinaroo. Se pastejada exclusiva. na M. chegando a 800 kg/ha. Nome comum: Soja perene. Manejo: O principal cuidado não só para a soja perene. fenação. Glycine wightii. Glycine javanica cv Comum: Floresce de abril a setembro. Multiplicação: Através de sementes que devem ser escarificadas. Consorciação: A soja perene se presta para consórcio com gramíneas como Brachiaria. no espaçamento de 0. pelos animais. Rendimento: 40 a 50 ton/ha/ano de massa verde e 200 a 300 kg/ha de sementes na Austrália e Brasil (não muito comumente esta produção de sementes). Composição química: Apresenta em torno de 17% de P. Se gasta de 10 a 12 kg/ha de sementes na formação de cultivo. Setárias. Mediana. na consorciação. Para a produção de massa verde pode render 30 a 40 ton/ha/ano em 3 a 4 cortes. A produção de sementes é boa. 6. C . Neotonia wiighttii (Wigt & Arn) Lackey (atualmente) 1. Porte e hábito de crescimento: Ésta leguminosa é de hábito rasteiro. Gordura. Composição química: 16. tal como a Comum e Cooper. A soja perene é pouco aceitável e tem boa digestibilidade. Rhodes. cultura exclusiva. 9. em forragem nova com cerca de 60 dias de crescimento. O gasto de sementes é variável em função do valor cultural. 7. 3. exige em torno de 700 mm. 10.5 m entre linhas. 5.B. 26 1. Nome comum: Siratro (nome da cultivar única da espécie, até o presente, obtida pelo australiano Dr. E.M. Hutton) 2. Origem: América Central; resultante do cruzamento de ecotipos nativos de Phaseolus atropurpureum oriundos de México. 3. Exigência: Ésta leguminosa não é muito exigente em fertilidade de solo; tolera bem os moderadamente ácidos. Desenvolve-se bem em regiões com precipitação média anual acima de 700 mm. Deve ser utilizado em regiões mais secas, evitando assim maiores problemas com doenças. 4. Utilização: Pode ser utilizado para fenação e pastejo, apresentando boa palatabilidade. 5. Porte e hábito de crescimento: São plantas rasteiras ou trepadeiras quando associadas com gramíneas. É planta perene, podendo apresentar enraizamento pelas hastes (estoloníferas). 6. Manejo: quando associada, evitar o abafamento da leguminosa pela gramínea. No caso de empregar esta leguminosa para fenar, fazer cortes rente ao solo. 7. Rendimento: pode proporcionar em 3 cortes rendimento de 40 ton de massa verde por ha. A produção de sementes pode chegar a 300 a 400 kg/ha. 8. Resistência: É susceptível a doenças como o míldio e oídio. Não resistente a geadas; é tolerante ao pisoteio, resiste às secas e nematóides. 9. Multiplicação: Através de sementes que podem ser inoculadas com o inoculante do grupo Cowpea, gastando-se de 10 a 12 kg/ha de sementes em espaçamento de 0,5 m entre linhas (plantio exclusivo). 10. 11. Composição química: Pode apresentar de 16 a 18% de P.B. na M.S. Consórcio: Se presta para associação com Setária, Panicum, Brachiaria e outras. Esta leguminosa consorcia-se bem com praticamente, todas as gramíneas. D - Stylosanthes Este gênero a que pertence a maior parte das leguminosas nativas Brasileiras, vinte e cinco, de um total de 40 espécies, são encontradas no Brasil. Dezenove espécies são encontradas em terras do Estado de Minas Gerais. D.1 - Stylosanthes gracilis H.B.K. ou Stylosanthes guyanensis (Aubl.) Swartz 1.Nome comum: Alfafa brasileira, Vassourinha e “Stylo”. 2. Origem: América Central e do Sul 3. Exigências: Ésta leguminosa não é muito exigente em fertilidade do solo, desenvolvendo-se bem em regiões com precipitação média anual acima de 800 mm. 4.Utilização: Pode ser empregada para fenação e pastejo, apresentando boa aceitabilidade. 5. Porte e hábito de crescimento: Pode atingir 0,60 a 1,20 m e, quando sob efeito de pastejo, apresenta-se prostrado. É planta ereta, semi-arbustiva, muito ramificada, perene. 6. Manejo: Quando empregado para fenar, fazer o corte rente ao solo. Quando empregado em pastejo, evitar o rebaixamento excessivo que pode eliminar a coroa que se eleva com facilidade. Quando utilizado em consórcio, evitar abafamento pela gramínea. O porte da cultura favorável ao corte é em torno de 50 a 60 cm, quando a planta já tem bom valor forrageiro e ainda boa digestibilidade. 7. Rendimento: Pode produzir de 15 a 20 ton/ha/ano de massa verde. A produção de sementes varia de 150 a 500 kg/ha (60 a 200 kg/ha, com maior freqüência). 8. Resistência: Apresenta susceptibilidade à antracnose, boa resistência à seca e a solos ácidos; desenvolve-se bem em solos de cerrados; não tolera geada e solos alagados. No CIAT, Colômbia, foi obtida uma cultivar resistente à antracnose, cujo nome é “La libertad”. 9. Multiplicação: Através de sementes escarificadas com água a 60°C por cinco minutos. As inoculações das sementes devem ser com inoculante que contenha rizóbios do grupo Stylosanthes. O gasto de sementes é de 2 a 5 kg/ha para espaçamento de 0,5 m entre linhas. Para plantio em consórcio, a lanço ou em linha, emprega-se de 2 a 5 kg/ha. A multiplicação pode ser por mudas (estacas enraizadas), no espaçamento de 0,5 x 0,5 m. Cultivares Origem Paraguai Colômbia  Stylosanthes gracillis cv Oxley  Stylosanthes gracillis cv Cook 27  Stylosanthes gracillis cv Schofield  Stylosanthes gracillis cv Endeavour  Stylosanthes gracillis cv IRI 1002  Stylosanthes gracillis cv Deodoro I e II 10. 11. Composição química: Apresenta de 12 a 18% de P.B. na M.S. Brasil Guatemala Brasil Brasil Consórcio: O Stylosanthes gracilis pode ser empregado para associação com Jaraguá, Colonião e outras. D.2 - Stylosanthes humilis H.B.K. 1. Nome comum: Alfafinha do Nordeste, Alfafa do Nordeste, Erva de coelho e Erva de ovelha, “Townsville stylo”. 2. Origem: América Central e Sul (Nordeste Brasileiro). 3. Exigências: Não muito exigente em fertilidade do solo; desenvolve-se bem em regiões com precipitação superior a 500 mm anuais. 4. Utilização: Têm boa aceitabilidade, pode ser empregada para pastejo e fenação. 5. Porte e hábito de crescimento: É uma leguminosa anual (semiperene). 6. Manejo: Quando empregada para feno, fazer o corte rente ao solo. No caso de consórcio, não deixar abafar a leguminosa. A implantação da cultura em associação não é difícil porque é de aceitabilidade ruim em início de crescimento. 7. Rendimento: Pode produzir de 5 a 6 ton/ha/ano de M.S. A produção de sementes varia de 150 a 450 kg/ha. 8. Resistência: Têm boa resistência ao pisoteio, à seca e ao fogo após ciclo. Não têm boa resistência ao frio, sombreamento e solos alagados. gra 9. Multiplicação: Por sementes inoculadas e escarificadas, a exemplo do Stylosanthes cillis. O gasto de semente é de 2 a 5 hg/ha para plantio exclusivo, em espaçamento de 0,5 m entre linhas. Cultivar: Stylosanthes humilis var. Patterson Outras variedades: Stylosanthes angustifolia Stylosanthes capitata Stylosanthes scabra Stylosanthes viscosa E - Desmodium E.1 - Desmodium intortum Mill 1. Nome comum: Carrapicho-beiço-de-boi. Pega-pega, Amor-seco. Obs: O verdadeiro carrapicho-de-boi é Desmodium canum. 2. Origem: Brasil Central (regiões frescas do Estado de São Paulo). 3. Exigências: Quanto a fertilidade do solo, esta leguminosa é menos exigente que a soja perene, tolerando também solos mais ácidos que esta. Desenvolve-se bem em precipitação superior a 900 mm. ao ano. 4. Utilização: Pode ser empregada para pastejo e fenação. 5. Porte e hábito de crescimento: As plantas são perenes, estoloníferas em alguns casos (solos friáveis). 6. Manejo: No emprego em pastejo, não permitir o rebaixamento dos estolões. Para fenação a recomendação é que o corte seja rente ao solo ( 5 a 10 cm). Quando empregado em consórcio, a recomendação é a mesma dada para as outras leguminosas. Esta leguminosa floresce no final das águas, o que proporciona um prolongamento do fornecimento de massa verde no início da seca. 7. Resistência: Dados de rendimento indicam 15 a 20 ton/ha/ano de massa verde em 2 a 3 cortes. 28 8. Resistência: Comparando com Siratro e Soja perene, este tem maior resistência à temperatura baixa. É atacado por Rhizoctonia e por doença virótica, que causa queda das folhas. Com relação à seca, Desmodium intortum tem resistência razoável. 9. Multiplicação: Por sementes escarificadas e inoculadas, empregando inoculante específico. O gasto de sementes é de 2 a 6 kg/ha em plantio exclusivo, espaçado de 0,4 x 0,4 m. 10. 11. 12. Variedade: Desmodium intortum cv Green leaf Composição química: Pode apresentar de 17 a 21% de P.B. na M.S. Consórcio: Pode ser empregado na associação com gramíneas de menor porte, tais como: Capim-gordura, Setária, etc. E.2 - Desmodium uncinatum (Jacq) DC 1. Nome comum: “Silver leaf”. 2. Origem: Brasil, selecionada na Austrália a partir de uma introdução brasileira e registrado em 1962. A espécie se distribui naturalmente desde o México até o Norte da Argentina e Uruguai. 3. Exigências: Vegeta numa grande variedade de solos, inclusive naqueles moderadamente ácidos com pH entre 5,0 e 5,5, preferindo aqueles de fertilidade média a boa. Desenvolve-se melhor em regiões de temperaturas mais amenas (tropicais e subtropicais) e pluviosidade anual superior a 900 mm. Juntamente com “Green leaf” e a Soja perene, estas leguminosas são classificadas como “tropicais de temperaturas amenas”. 4. Utilização: Pode ser empregada para pastejo e fenação. 5. Porte e hábito de crescimento: Perene, herbáceo, estolonífero, fortemente coberto de pêlos ganchosos nas hastes, folhas e inflorescências. As folhas são compostas trifoliadas e apresentam nos folíolos uma mancha prateada, típica, acompanhando a nervura central. As flores são lilases e róseas e o fruto do tipo lomento, aderindo com firmeza às roupas e pêlos dos animais. 6. Manejo: É de estabelecimento lento como quase todas as leguminosas forrageiras perenes. Não é de boa aceitação pelos animais. Na consorciação recomenda-se o cuidado de não permitir que a gramínea abafe, para que não ocorra o seu desaparecimento rápido. Da mesma forma que a “Green leaf”, esta leguminosa floresce em abril/maio, proporcionando massa verde para animais por mais tempo. No Brasil o seu uso é maior na Região Sul. Muito importante na Austrália e Leste da África. 7. Rendimento: 15 a 30 ton/ha/ano de massa verde (5 a 6 ton/ha/ano de M.S.) e 200 a 300 kg/ha de sementes. 8. Resistência: Também é susceptível a doenças viróticas (vírus do “little leaf”) e fúngicas. Apresenta boa resistência a temperaturas baixas (geadas leves). 9. Multiplicação: Por sementes e inoculadas com Rhizobium específico (grupo desmodium) no espaçamento de 1,0 m entre linhas ou mesmo a lanço. 10. 11. 12. Composição química: Apresenta de 15 a 20% de P.B. na M.S. Consorciação: Com gramíneas do gênero Setárea, Panicum, Paspalum e os capins Rhodes e Ki-kuio. Cultivares: Apenas uma até o presente. Desmodium unicinatum cv Stiver leaf, sendo usada com o nome da espécie, significando “folha prateada”. E.3 - Desmodium discolor Vog 1. Nome comum: Marmelada-de-cavalo. 2. Exigências: Não muito exigente quanto à umidade e fertilidade do solo. Desenvolve-se bem em campos e cerrados, onde outras leguminosas não se adaptam. 3. Utilização: Pode ser empregada como forragem (verde picado), feno e silagem. Apresenta boa aceitabilidade e valor nutritivo, podendo substituir a alfafa em locais onde não pode ser cultivada. 4. Porte e hábito de crescimento: Atinge 2,5 m, é planta perene, subarbustiva. 5. Manejo: cortar a 10-15 cm do solo quando as plantas estiverem com 0,50 a 0,60 cm, no período que acontece a floração, quando as plantas têm bom valor nutritivo e uma boa digestibilidade. S. podendo ser empregada para pastejo e fenação. Manejo: As recomendações já citadas para leguminosas de pequeno porte (hábito rasteiro). A escarificação não é necessária e na inoculação. Composição química: Pode apresentar de 15 a 17% de P.Galactia striata Benth 1. Ë uma leguminosa tipicamente trepadora. em espaçamento de 40 a 50 cm entre linhas. é planta perene de haste longa. 7. pois é planta volúvel e não estolonífera. 3. gastando-se 7 kg/ha. 5. 8. Não se desenvolve bem em solos secos.B. 7. Utilização: Pode ser empregado para forragem (verde picada) e para pastejo em terrenos frescos e férteis. Tolera solos ácidos. na M. O gasto de sementes é de 3 a 5 kg/ha para plantio exclusivo. Nome comum: Barbadinho. na M. A resistência a pisoteio é razoável. 4.Desmodium barbatum Benth 1. na M. manifestada em forma de manchas ferruginosas. . 2. na M.S. desenvolvendo-se bem em cerrados (considerada por alguns como “leguminosa do cerrado”).5 . em caso de ser feita. Resistência: Não resiste bem a temperaturas baixas e apresenta problema de doença fúngica. Origem: América do Sul. Utilização: Apresenta boa capacidade. Nome comum: Galactia ou Galáxia. Composição química: pode apresentar de 14 a 20% de P.4 . É uma espécie perene. Manejo: Cortar com 60 a 70 cm.S. Utilização: É mais indicado para corte.B. em espaçamento de 0. Manejo: Cortar a 10 -15 cm do solo. A produção de sementes é cerca de 40 kg/ha. 8. Porte e hábito de pastejo: É planta perene. 6. Exigências: Desenvolve-se bem em solos úmidos. E. em 2 a 3 cortes. 3.. antes da floração. 4. quando as plantas estiverem com cerca de 40 a 60 cm. Porte e hábito de pastejo: Pode atingir até 3 m. Resistência: Tem boa resistência a temperaturas baixas. não sendo este o porte ideal para o corte. 6.Desmodium asperum Desv 1. pois nesse estágio é baixo o valor nutritivo e a digestibilidade. E.B. desenvolvendo-se bem com precipitação acima de 800 mm anuais. Composição química: Pode apresentar 23% de P. Composição química: Pode apresentar em torno de 13% de P. Origem: América Central 3.5 m entre linhas. 9. Exigências: Não muito exigente em fertilidade do solo. Multiplicação: Por sementes escarificadas e inoculadas.29 6. Porte e hábito de crescimento: Atinge 1m.B. Rendimento: Pode produzir de 30 a 40 ton de massa verde por hectare/ano e de 150 a 400 kg/ha de sementes. 6. 7. Pode ser multiplicada por estacas. 9. F . 10. gastando-se de 4 a 5 kg/ha em consórcio e de 10 a 12 kg/ha para plantio exclusivo. É susceptível a lagarta e bacterióides. Multiplicação: Sementes escarificadas e inoculadas. 2. 5. 9. 8. 4. manifestada em forma de manchas ferruginosas. e no Ceará recebe o nome de engorda magro. gastando-se de 8 a 10 kg/ha para plantio exclusivo. fogo e pisoteio. Multiplicação: Por sementes. Rendimento: Não resiste bem a temperaturas baixas e apresenta problema de doença fúngica. Rendimento: Pode produzir de 15 a 20 ton de massa verde por hectare.S. pega-pega (no RS) 2. 10. Multiplicação: Por sementes. deve-se empregar rizóbio do grupo Cowpea. antes da floração. Resistência: Resiste razoavelmente bem à seca e à geada e não resiste bem ao fogo e encharcamento de solo. rasteira e volúvel (trepadora). Nome comum: Amor-de-vaqueiro. 5. Multiplicação: Por sementes. em espaçamento de 50 cm entre linhas.63 a 23% de P. Composição química: Pode apresentar de 18 a 27% de P. Distribui-se entre latitudes de 220 N e S e altitudes inferiores a 600 m. O rendimento de sementes varia de 150 a 450 kg/ha. em três cortes. sombra e excesso de umidade. gastando-se de 4 a 5 kg/ha em consórcio e 10 a 12 kg/ha em plantio exclusivo. Nome comum: “Puero”. não resistindo à geada forte. pois as vagens são deiscentes (abertura natural). na M. Composição química: Pode apresentar de 1. pode-se multiplicar por coroas que são nós enraizados (mudas). selecionada no Instituto de Zootecnia. 6. Nova Odessa-SP. Manejo: Quando empregada para fenação. em 3 a 4 cortes. Colonião. A produção de sementes é de 180 a 400 kg/ha. Nome comum: Jutirana.5 a 1. Kudzu tropical. Utilização: É de boa aceitabilidade. do solo. 2. Consórcio: Pode ser empregado em associação com gramíneas de porte alto como as do grupo Elefante e de porte baixo como Gordura. pode ser empregada para pastejo e fenação. 5. Cultivares  Galactia striata cv comum  Galactia striata cv yarana.30 11. Jetirana. mais aceitável que a centrosema.) Benth 1. herbácea. Utilização: Pode ser empregada para fenação e pastejo. A escarificação pode ser feita com ácido sulfúrico concentrado por 15 minutos. fazer o corte rente ao solo.B. Brachiarias. A quebra de dormência pode ser realizada com imersão em água a 80 °C por quatro minutos. A vegetação forma um emaranhado de hastes e folhas de 40 cm. 11. G . as mesmas recomendações feitas para outras leguminosas deste porte. Porte e hábito de crescimento: É planta perene. H . não tolera solos encharcados. Resistência: Não resiste bem à geadas. Desenvolve-se bem com precipitação média anual superior a 900 mm. exigindo critérios no emprego em pastejo. Resistência: é menos resistente ao pastejo que a Centrosema (devido a alta aceitabilidade). “Butterfly pea”. 3.S.Centrosema pubescens Benth 1. Rendimento: Pode produzir de 40 a 50 ton de massa verde por hectare/ano. 5. 10. 7. Setária. 8.B.0 m entre linhas. Origem: América do Sul. Rendimento: Pode produzir de 30 a 40 ton/ha/ano de massa verde. . herbácea volúvel (trepadora) e em alguns casos pode enraizar pela haste. Quando em associação pode prender às outras plantas (trepadeira). isto quando exclusivo. 9. Para corte recomenda-se fazer a 20 cm. 4. por tanto. “Centro”. estolonífera. 10. Porte e hábito de crescimento: Quando plantado exclusivamente. Quando em consórcio. É tolerante ao sombreamento e ao alagamento. 6. Pueraria. Multiplicação: Sementes escarificadas e inoculadas. 7. 12. Manejo: O crescimento inicial é lento. 9.S. 8. a obtenção de sementes é dificultada. 2.Puerarea javanica Benth ou Pueraria phaseoloides (Roxb. não sendo muito exigente em fertilidade de solo. na M. Têm resistência razoável à seca e pastejo. Exigência: Desenvolve-se melhor em baixadas úmidas. A inoculação deve ser feita com rizóbio específico para Centrocema O gasto de sementes para plantio exclusivo. Origem: Índia 3. Exige precipitação média anual acima de 900 mm. Exigências: Pouco a medianamente exigente em fertilidade do solo. 4. é de 10 a 12 kg/ha com espaçamento de 0. Consórcio: A galactia pode ser empregada para associação com gramíneas de porte mais alto como o Napier. é rasteira. rebrotando facilmente. feno (forma de uso consagrada através dos tempos.5 a 6. sendo a leguminosa mais adaptada a solos neutros ou alcalinos (pH 6.2 m entre linhas. 7.800 m de altitude. B e Zn são extremamente importantes. azuis ou violáceas. faze-lo a 20 cm do solo. sistema radicular profundo (2. 300 a 400 . pastejo direto. a 3 . Porte e hábito de crescimento: Perene. 11. anual nos trópicos e bianuais em maiores latitudes. Nome comum: Cumandatia. com boa percentagem de matéria orgânica. 6. quando 20 a 50% das plantas estão floridas. Origem: América. entretanto.5 a 1. subtropical e tropical.“broto”). Utilização: Forragem verde e conservada. Multiplicação: Sementes inoculadas com rizóbio do grupo Cowpea. 4. Manejo: Sem irrigação. Porte e hábito de crescimento: Planta rasteira. Composição química: Apresenta cerca de 28% de P. Manejo: Para corte. no Brasil Central. 1. adubo verde e cobertura do solo. O plantio entre o milho após segunda capina pode proporcionar a “palhada verde”. O nome “alfalfa” é de origem Árabe e significa “o melhor alimento”. “Lucerne” (considerada a “rainha das leguminosas forrageiras”).. foi então cultivada na Espanha e também na Itália e da Espanha veio a América.S. Em seguida. 5. Variedades: .C. dando de 5 a 8 cortes por ano.S. Exigências: É planta de origem temperada.0 m). raramente brancas. silagem.45 dias são feitos os cortes subsequentes. pode ser associado na ensilagem. Mangaló (Gahia).9 a 1.Macrotylemoma lablab cv IAG 597 10. sendo o plantio feito de março a agosto. S e K quando cortada freqüentemente para produção de feno. Utilização: Pode ser utilizada no pastejo e fenação. pelos Mouros.Medicago sativa L. 3. Rendimento: variável em função do solo. herbácea. volúvel. “Alfalfa”. o que evita competição com invasoras.B.Macrotylemoma lablab cv Comum . Pode ser formado abaixo de seringais e cacaueiros (Amazônia e Bahia). Requer solos férteis. Cultivada desde 200 a 3. folhas lilases. É atacada por bacterioses que causam desfolha. profundos e permeáveis. 90 a 120 dias já se faz um primeiro corte. porém. 9. alimento humano (na fase de plântula . Nome comum: Alfafa. 4. Resistência: Tem resistência relativa à seca. 5. sendo este cotado na bolsa de valores).Macrotylemoma lablab cv Rongal . variedades. Podem-se citar os seguintes dados de produção: 5 a 18 ton/ha/ano de M. Cabo curso. textura média.31 11. gastando de 12 a 18 kg/ha em espaçamento de 0.C.000 m acima do nível do mar. 6. Foi a primeira planta que se cultivou e há registro de seu cultivo na Pérsia desde o ano 700 A. No Brasil Central ela é cultivada sob irrigação. o plantio é feito em outubro/novembro. concentrado. do solo. herbácea. 7. Rendimento: Pode produzir de 12 a 24 ton de massa verde por hectare/ano em dois cortes e. tratos culturais.Macrotylemoma lablab cv Highworth . sua melhor adaptação fica entre os 700 a 2. É extremamente exigente em fertilidade de solo. a cada 35 . J .Macrotyloma lablab Sweet (Lablab purpurens (L. Também os micronutrientes Mo. Exigências: Não muito exigente em fertilidade de solo. 3. Origem: Oriente Médio (Irã). exigindo precipitação anual superior a 500 mm. Sweet).5 cm. 8. apresentando boa aceitabilidade. 2. Feijão de vage. porém apresenta uma enorme gama de variações genéticas com variedades e cultivares adaptadas aos climas temperados. na M. Na Grécia a sua introdução se deu no ano 500 A. ereta.5). Levada para a Península Ibérica.0 m. Consórcio: Pode ser empregada em consorciação com gramíneas como Colonião. 8 a 10 ton/ha/ano de feno. 670 kg/ha de sementes. ela pode crescer em solos moderadamente ácidos. 18 a 30 ton/ha/ano de massa verde. 1. Têm alta exigência por P. I . Pangola e outras forrageiras. Altura de 0.5 a 7. etc. bem estruturados. Consórcio: Observando o detalhe de que na floração da gosto ruim ao leite. clima. sendo favorecida por tempo úmido. 2. As sementes que ficam no solo. . Exigências: Baixa a fertilidade de solos. Estrela africana Variedade/cultivar: CIAT 17434 (“Amarillo” = Amarelo) L . sendo mediana a tolerância à seca. podendo atingir até 28% de P. Após a fase de plântula ela resiste bem à seca desde que não muito prolongada. na M. Precident. Consórcio: Azevém. Pensacola.Arachis pintoi 1. 12. Composição química: 14. Nome comum: Vicia. Resistência: Boa a temperatura baixa ou mesmo a geadas. 2. M . que ficam abaixo do nível do solo. Fortinera. para ocorrer ressemeio natural. 7.Vicia spp. 8. Europa. tolerando solos medianamente ácidos. Exigências: Desenvolve-se bem em regiões com solos de boa fertilidade. ácidos. Composição química: teor médio de P. B.S.S. Utilização: Pastejo (não ultrapassar três horas de pastoreio). vegetando com baixos níveis de P. 10. Saladina. no Rio Grande do Sul. 3. 1. 11. 9. entrar com animais com 40 cm e retirar com 5 a 10 cm.B. de colheita difícil. herbáceo.S. não toleram secas prolongadas e nem fogo. Festuca. 5. Multiplicação: Por sementes que devem ser escarificadas. na M. 10. 7 kg/ha no plantio isolado e de 3 a 4 kg/ha em consórcios. 1. Avicia. Utilização: Pastejo controlado e feno. sendo a atividade de insetos polinizadores extremamente importantes. 9. com 20 a 40 cm de altura do relvado (terreno coberto de grama). Multiplicação: Por sementes.32 kg/ha de sementes. K . garantem a perpetuação da espécie no local. na M. perene. brizantha. etc. 4. inoculadas com Rizhobium específico (grupo Medicago) e peletizada com calcário ou hiperfosfato. Não tolera solos pobres.7 a 20% de P. Origem: América do Sul. Pioner. 4. Consórcio: B. Setárea e outros.S. Rairy peruvian. Composição química: 9 a 18% de P. Hun-ter river. Multiplicação: Sementes. Nome comum: Cornichão. Floresce no outono e produz sementes no inverno. Porte e hábito de crescimento: Perene. 10. decumbens. ereta ou prostrada. 8. Moapa. Resistência: Climas frios e ainda algumas cultivares resistem à seca. Rendimento: 1. Rendimento: até 4 ton/ha/ano de M. Cultivares/variedades: São Gabriel. 12. 9. estolonífero.S. WL-320. É conveniente deixar produzir sementes. Consorciação: Com gramíneas dos gêneros Paspalum. Origem: Europa (também Ásia e Norte da África). Manejo: No pastejo rotacionado. Porte e hábito de crescimento: Herbáceo. Natal. reduzindo para 6 a 8 cm. Resistência: Boa tolerância ao alumínio e sombreamento. 11. Estas são provenientes de fecundação cruzada. 3. 11.B. 2. gastando neste caso de 15 a 25 kg/ha. Semeadura com semeadora de forragens (Terence. 12.B.5 ton/ha/ano de M. 8.Lotus corniculatus L. 6. de 12%.B. Também é bastante atacada por pragas e doenças. Cultivares: Crioula (selecionada no Rio Grande do Sul). 7. Hemartria. CUF-101. Brillion) em linhas espaçadas de 20 a 30 cm e 2 a 5 cm de profundidade. Manejo: iniciar quando as plantas atingirem 20 a 25 cm. Smooth peruvian.S. Nome comum: Amendoim forrageiro. em locais de chuvas bem distribuídas. arenosos e mal drenados. 6.5 a 9. 5. na M. 5 ton/ha/ano de M. Consórcio: B. com linhas espaçadas de 20 cm. perene. 8. 9. As sementes que ficam no solo. Jacui. Azevém. O . Origem: Europa. pH superior a 5. 8. de ressemeadura natural. Composição química: 9 a 18% de P. bem drenados.5 a 9. Desenvolve-se bem com precipitação abundante e bem distribuída. 5. Manejo: Mais comum o uso em consórcio. Multiplicação: Semeadura de abril a junho. Pode ser semeada a lanço. sendo mediana sua tolerância à seca. 6. Gigante (cv Regal & Crown). Guaiba. Variedade/cultivar: CIAT 17434 (“Amarillo”=Amarelo) N . Multiplicação: Semeadura de março a maio. Resistência: Se houver período seco intenso. Manejo: No pastejo rotacionado. 4. P . Resistência: Tem boa tolerância ao Al e sombreamento. 10. este se comporta como anual.5 e. 12. 6.S.0 m. 10. Exigências: Solos mais arenosos e com baixa acidez. 5. brizantha.S. 2. 3. Origem: (Não há informações). e. Composição química: 9 a 15% de P. Composição química: Aveia. BR1 . Utilização: Pastejo. Multiplicação: Sementes. Comum. com 25 a 30 kg/ha. 10. Variedade/cultivares: Silvestre. na M.S.Trifolium repens L. com hastes de até 1.Ornithopus sativus Broth 1. 3. Rendimento: 6 a 20 ton/ha de M. Coast crosss. corte.Trifolium vesiculatum Savi 1. África. Nome comum: Serradela. 3. 7. 7. na M. Nome comum: Trevo branco. Exigências: Baixa exigência à fertilidade do solo. 2. 2. Utilização: Pastejo. Porte e hábito de crescimento: Planta anual. 8. então depende da forrageira acompanhante. 4. com 20 a 40 cm de altura do relvado (terreno coberto de grama). 4. Porte e hábito de crescimento: Perene. Porte e hábito de crescimento: herbáceo. entrar com animais com 40 cm e retirar com 5 a 10 cm. prostrado. de colheita difícil. Manejo: Colocar animais quando as plantas atingirem 25 cm. Rendimento: 1.B. mais comum é semear a lanço. Ásia. feno e consórcio para silagem. prostrada. Rendimento: Variável conforme o método de cultivo. 9. 11. 9. estolonífero. é exigente em P. . B. Nome comum: Trevo vesiculoso. Origem: Não conhecida. 5. garantem a perpetuação da espécie no local. 11. estolonífero. Resistência: Boa ao frio e as geadas.S. com 2 a 3 kg/ha. Pangola. Estrela Africana. Exigências: Temperaturas de verão moderadas.Bagé. que ficam abaixo do nível do solo. 7.B. 1. decumbens. Utilização: Pastejo.33 2. 6. Origem: Não definida. 8. 11. Utilização: Pastejo. 12. 9. 9. 2.0 e solos de boa profundidade e fertilidade. Variedades/cultivares: Geraldton.3 Cactáceas Obtidas pelo geneticista americano Burbanks. feno. 9. de crescimento cespitoso. Rendimento: De 6 a 8 ton/ha de M. Aveia. 3. ciclo bianual. Yarloop. 10. Q . Azevém.Trifolium pratense L. Porte e hábito de crescimento: Planta anual de ciclo invernal.34 3. Porte e hábito de crescimento: Planta anual de ressemeadura natural. 1. 6. Origem: Mediterrâneo. Consórcio: gramíneas perenes.S. Multiplicação: Semeadura de abril a maio. Resistência: Tolera solos rasos. Composição química: 16 a 25% de P. Variedades/cultivares: Yuchi. 4. Resistência: Boa a seca. 3. pragas e doenças. 5. Variedades/cultivares: Keuland. 4. na M. 1. Estanzuela 116 R . . Coast cross. sueco. gastando de 8 a 10 kg/ha.4.B. Rendimento: 2 a 5 ton/ha de M. Composição química: Em média de 14 a 20% de P. com plantio de abril a junho. 3. podendo atingir 80 cm. na M. Nome comum: Trevo subterrâneo. solos férteis e abundância de chuvas. 2. baixa aos solos fracos. 10. Exigências: pH de 5. Manejo: Entrar com os animais quando a planta tiver de 20 a 30 cm e retirar quando as plantas forem rebaixadas a 12-15 cm. Quiniquelle.S. 8. Porte e hábito de crescimento: planta de crescimento de inverno. Multiplicação: Semente.B. Dwalganup. vendedor de navios em Pernambuco. 8.S.S. a partir de cactos espinhosos e introduzidos no Brasil em 1980. 5. 11. por Herman Lundgeen. Multiplicação: Semeadura com 8 a 10 kg/ha no outono. 6. Manejo: Manter as plantas com 15 a 20 cm. Resistência: Em clima seco. Clare. Exigências: pH superior a 5. 7. 11. Festuca.Triflorum subterraneum L. com talos decumbentes. Exigências: Exigente em P. Rendimento: Não há informações. Consórcio: Com gramíneas perenes. 4. com ressemeadura natural. Ásia. Consórcio: Pangola. Nome comum: Trevo vermelho. Origem: Europa. Utilização: Pastejo (inclusão em campos naturais). Setária. comporta-se como planta anual de ressemeadura natural. 7. Estrela Africana. 12. 7. feno. 6. Manejo: Pastejar quando as plantas atingirem de 18 a 20 cm deixando resíduo de 3 a 5 cm. hábito de crescimento cespitoso. com 6 a 9 kg/ha de sementes. Utilização: Pastejo e consorcio.5 a 6. 5. 10. A raquete. Exigências: Pouco exigente em água (4 meses de água e 8 meses de seca são suficientes para o seu desenvolvimento). 7. Rendimento: Pode produzir de 110 a 150 kg de massa verde por/pé/ano. 4. O pedaço de maniva ou estaca. Utilização: É recomendada para emprego como forragem verde para épocas secas (polígono das secas). resistente à seca. Manejo: O corte deve ser feito nas articulações entre uma e outra raquete.Outras cactáceas Opuntia spp: É mais tenra e aceitável que a anterior. permeáveis. A raquete pesa em torno de 0. ou obliquamente. Exige solos férteis e sílico-argilosos. México. ainda lhe são suficientes. profundos. As folhas são ricas em proteína. semiúmidas e semi-áridas. Composição química: Variável. Mandioca Algumas variedades como a Manihot utilíssima chegaram de seus pontos de origem com a denominação de manipeba. a forragem não será laxativa e fica palatável. mas não resiste bem à seca. e as covas com profundidade de 20 cm. 6. Porte: Variável em função do número de raquetes. 3. onde é enterrada a metade da raquete. ocorrendo com 2 a 3 anos. sendo este método que proporciona produção mais rápida 1 a 2 anos. Não resiste bem a umidade excessiva. . A raquete pesa ± 0. profundos e férteis também são muito bons. foi de 100 mil kg de raízes e tubérculos por ha.5 x 1.4. Estas plantas têm perenidade de até 10 anos. para multiplicação deve ser colhida e deixar murchar para evitar doenças. e utilizado em forma de farelo. O rendimento por hectare pode chegar a 300 ton de massa verde no terceiro ano (planta média). a manipeba prefere solos frouxos. de preferência desintegradas. A manipeba cresce bem em regiões tropicais e subtropicais não sujeitas as geadas.20m x 0. 3.4. Se o plantio for feito com as raquetes tombadas. 5. Solos francos. 8. Com tal característica plantaram-se na Caatinga semi-úmida e subúmida. Multiplicação: Por raquetes ou artículos sadios e vigorosos com mais de 1 ano..20m x 0. Outras culturas 3. com características morfológicas diferentes.50m.0 kg.41. Além das perdas causam distúrbios gastrointestinais aos animais que consomem este material quente do sol.80m (10.350 a 1. B2 e B6 e niacina. A massa a ser fornecida aos animais deve ser mantida à sombra e assim. Como forragens usam-se também as manivas ou hastes em sua totalidade.60m. situados em boas terras. Nome comum: Palma grande. Palma azeda.427 covas por hectare). será colocado horizontalmente no fundo da cova. pois ocorre grande perda de material no campo. C e niacina. 10. desenvolvendo-se bem onde outras variedades mais delicadas cresceram com dificuldade..000 covas/hectare).35 A . Apresentava uma qualidade importante. B2. ou 1. Opuntia cochenillifera Sal: É mais apreciada pelos animais. alta úmidade. O tempo para dar o primeiro corte é variável em função da técnica de plantio empregada e varia de 1 a 3 anos. Recebe nomes comuns de: Palma redonda e Palma média. até 7% de P.S. 2. Solos sílico-argilosos. B . conservando-se por períodos de até 5 a 10 anos. gordura. necessitando reformar a cultura. Pode ser desidratado. se possível e necessário adubados. Recebe nomes comuns de Palma miúda. planta-se mandioca com o compasso de 1m x 1m (10. profundos e férteis também são muito bons.Opuntia ficus indica Mill 1. pois facilita a cicatrização do ferimento. A produção nestes ensaios.35 kg. mal distribuídas. sendo que cada uma mede aproximadamente de 15 a 30 cm. Como todas as outras variedades de mandioca. 9. O espaçamento empregado é de 1. Adapta-se melhor em locais com altitude superior a 400 m.4. minerais e vitaminas B 1.B. esta. Em solos bem arados e gradeados. Existem outros espaçamentos: 1. férteis e não excessivamente úmidos. o primeiro corte será demorado. a resistência à seca. Palma doce e Língua de vaca. etc. As raízes frescas de mandioca são ricas em Vitamina: B 1. Resistência: É forragem rústica. Palma gigante e Palma santa. 1m x 0. As covas deverão ser de 10 cm de profundidade. Origem: Texas (USA). hidratos de carbono. Cada raquete pesa de 0. Para pastejo não se recomenda o emprego de cactáceas. O plantio certo é feito colocando-se duas raquetes juntas e em pé.8 kg.0 m. na M. com 20 a 25cm de profundidade. Pluviosidades de 500 mm e até inferiores. . também em dois cortes.2. vassourinha. amadurecendo tardiamente. DESCARTES (1995) Pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia reconheceram o grande valor do produto. fez diversas análises bromatológicas das raízes tuberosas. é sua riqueza em ácido ascórbico ou Vitamina C. b. mesmo após terem atingido o pleno desenvolvimento.Pode ser cultivada na quase totalidade do país. Uma boa ração também poderia ser de 85% de cana e 15% de algaroba e temos ainda o seu uso associado a uréia (2. O solo deverá ser arado e se possível adubado. Escreveu que a mandioca ou aipim é uma das maiores plantas alimentares. devem ser preferidas as seguintes cultivares na ordem em que são citadas: Co 419. mulatinha. Feijão Guandu . produz cerca de 400 mil Kg de massa verde por hectare-ano. Para provar a sua tese. B2 ou riboflavina e niacina ou ácido nicotínico”.4. como se conclui na sua comparação nas análises químicas. rústica. São Pedro. A cana deverá ser picada antes de ir para o manejo. a alegada inferioridade da mandioca em relação a outros tubérculos e especialmente à batata. CB 40-69. cinza e gordura. As análises provam que as ramas da mandioca. e as raízes. Uma boa ração será de 95% de cana picada e 5% de torta de algodão. IAC 36-25. até em cerrados. embora exija irrigação nas zonas pouco chuvosas do Nordeste. da seguinte forma: Composição da rama da mandioca (folhas. Ele conclui: “O que porém. 3.5%). lesões (úlceras) gengivais. c. preta. Co 413. Deverá ser aproximadamente de 1m x 1m. A Co 413 tem boa perfilhação. de bom crescimento e boa perfilhação e resistente ao mosaico. As pontas representam 30% da produção do canavial dos engenhos e usinas. corrigem perfeitamente as deficiências das raízes. é mais extraordinário nessa folha. quanto ao poder alimentício.Grande produção de forragem verde durante a estação seca. obtém-se uma forragem concentrada de muita boa qualidade. Fazendo-se uma espécie de farelo com as ramas. cobra. em dois cortes. ou tiamina. permanecer longo tempo (em média três anos) sob a terra. aquelas que provoquem menor lesão ao aparelho bucal do animal. boiada. Entre as variedades encontram-se a IAC 36-25. a sua riqueza em extrativos não nitrogenados permite considerá-la dentro da média entre as forrageiras mais usadas no Brasil. (branca). consideradas tão boas forrageiras quanto os capins Napier e Sudão. A escolha da variedade é de grande importância. O rendimento pode ser muito grande. de valor econômico e mais propícias às regiões tropicais: muito rústicas. Exige solos mais férteis que a anterior.Nas usinas e engenhos há uma produção muito grande. de fácil cultura. que certamente dificultarão a alimentação. “Não há fundamento. muito ricas em proteína e sais minerais. Como indicado por DESCARTES. A cana forrageira deve ser plantada com um espaçamento menor que o destinado à produção de açúcar. de grande rendimento agrícola. incluindo as manivas em sua totalidade. A CB 38-22. pelo que é muito cultivada como forragem. No livro de sua autoria: Alimentos. a folha verde da mandioca tem excepcional riqueza protéica e é muito rica em sais minerais. Levando-se em consideração o rendimento. A Co 413 cerca de 330 mil Kg. muito rústica. principalmente em cálcio. bem como suas taxas em vitaminas B 1. pecíolos e partes verdosas do caule): média de amostras de diversas procedências. cresce bem em solos pobres. aguardando oportunidade de serem utilizadas. Sempre deve ser lembrado que é importante na escolha da variedade.4. não esquecendo as folhas.4. podem as raízes. pois eqüivalem. O plantio denso diminui o número de carpas e torna as canas mais macias porque terão menor diâmetro. retrós e cemedeira. e.Cultura fácil e barata. é. que poderá ser produzida na fazenda em grande escala e com poucas despesas. Kassoer. O que diferencia uma da outra ou das outras. devido aos problemas que causam as úlceras.3. sobretudo a questão de palatabilidade ou gosto”. riqueza média em açúcar e é muito macia. encontrando resultados diferentes entre os teores de nutrientes. A Kassoer.Pese a sua pobreza em proteína.4. d. 3. evitandose assim. Melhor ainda 85% de cana de açúcar e 15% de torta de milho. do ponto de vista nutritivo. brotos e pontas verdes das manivas. Cana de açúcar Esta cultura oferece como vantagens: a.36 Zehnter (1980) realizou analises bromatológicas de raízes das variedades: jacomá. Mato Grosso. não se justifica. O Brasil importa o sorgo dos Estados Unidos. Nutricionalmente os dois cereais assemelham-se muito. O Sorgo apresenta um princípio anti-nutricional. O gado come bem a rama verde e na forma de feno e ensilagem. verificam-se condições favoráveis para o rápido desenvolvimento vegetativo das forrageiras.37 Também chamado de guandu (Cajanus cajan) é um arbusto de 2 a 4 metros de altura. com covas rasas. Sua inflorescência é uma Panícula terminal. MANEJO DE PASTAGENS A obtenção de alto rendimento forrageiro com valor nutritivo e a manutenção do vigor e da perenidade. de maneira a facilitar a penetração da água das chuvas. 4. de maio a outubro. constitui o objetivo do manejo de pastagens e áreas de capineiras. O plantio desta cultura em zonas pouco chuvosas do Nordeste torna-se uma necessidade gritante. o Tanino. Goiás.4. Minas Gerais e estados do Nordeste. Pode-se considerar como um milho pobre. O manejo tem enorme efeito sobre o rendimento forrageiro. Nos últimos anos tem-se observado o incremento do plantio da cultura nas regiões do sul. índice da área foliar e reservas orgânicas. arando-o e gradeando-o. Atinge 4 metros de altura. sorgo sacarino e sorgo vassoura. caracterizado por relativa fartura de pasto no período das águas. que constituem um substituto do milho. temperatura e umidade). com espaçamento de aproximado de 0. em condições excelentes. que se desenvolvem bem com baixas temperaturas. O cultivo do sorgo assemelha-se ao milho. Este produto prejudica o desempenho animal. para a manutenção das características de carcaça e coloração de gema de ovos. sendo estes últimos. na África se faz com farinha de sorgo. Deve ser plantado no início da estação chuvosa. Israel e África. conforme o clima e variedade. apreciada também pelas aves domésticas. Índia. Pers) é uma gramínea originária da África Central. o qual é ainda afetado pelo clima (luz. China. com posterior falta de pasto no período da seca. semelhante ao milho. etc. Atualmente são encontradas variedades de sorgo que apresentam baixo nível de tanino. É uma cultura muito explorada nos Estados Unidos da América do Norte. como o cuscuz que se faz no Brasil com fubá ou farinha de milho. No caso do uso do Sorgo na alimentação de aves há a necessidade de acrescentar um produto pigmentante na ração. as respostas das plantas forrageiras ao pastejo. Quando admitimos condições favoráveis de clima e solo. É conveniente preparar bem o solo. compreendido de novembro a maio. tem-se aclimatado bem dado a sua condição de grande rusticidade.800 Kg de grãos na primeira safra e 800 Kg/hectare na seca. quente e chuvoso. verifica-se uma quase suspensão do crescimento das forrageiras perenes. pelo solo (propriedades físicas e químicas). O Brasil Central apresenta duas estações bem definidas: o verão e o inverno. Introduzido no Brasil há muito tempo. o mesmo é muito cultivado na Índia e outros países africanos. seco e de temperatura baixa. Esta cultura com escassa pluviosidade produz 2. Ë originário da África Equatorial. O sorgo se apresenta como um substituto do milho na criação de aves e suínos. uma vez que no período da seca o rendimento da pastagem reduz-se de forma acentuada. sorgo forrageiro. As vagens são xcelente forragem. Sorgo O sorgo (Sorghum vulgare. No Sul do país. . esta classe poderia desaparecer. As sementes podem ser consumidas como ervilha ou feijão. possíveis de serem alterados em função do manejo. Procede-se a colheita 3 a 5 meses após a semeadura. existem algumas forrageiras consideradas estivais. podem ser determinadas pela sua morfologia (hábito de crescimento). a carne do frango e a gema dos ovos são menos pigmentadas e até rejeitadas pelo consumidor. Pode ser utilizado também o plantio com máquinas. Como as outras classes de sorgo podem ser utilizadas na alimentação dos animais domésticos. enquanto que no inverno. Vegeta bem em solos pobres. porém carecem de adequado suprimento de água. 3. Por apresenta grão de coloração branca. 4. Um ponto de relevância ao bom êxito do manejo das pastagens é o reconhecimento de que a produção de forragem se encontra em sete a oito meses do ano. embora possa produzi-lo a vontade. O sorgo forrageiro é utilizado na alimentação dos animais domésticos. Durante o verão. pois a sua existência a que nos parece. Japão.4.80m x 0. devido ao baixo teor de caroteno. com bastantes ramificações. Tais condições determinam um quadro cíclico da exploração pecuária de corte ou de leite. Existe um cento e tantas variedades que se agrupam em classes: sorgo grão. um milho das regiões semi-áridas e sub-úmidas. O sorgo grão é produzido principalmente pela qualidade de seus grãos.50m. A razão da decadência de uma pastagem cultivada é sempre a formação de uma laje adensada logo abaixo da superfície do solo devido à agricultura antecedente ou simplesmente devido a uma aração profunda demais para as condições do solo. A implantação em pastagens existentes. São raras as pastagens que se conseguem manter produtivas durante muitos anos e que conseguem uma passagem vantajosa para pastagens mistas com capins e leguminosas nativas. a não ser guaxumba (Sida spp. sua permanência é garantida e a renovação da pastagem não se faz necessária. 4. às vezes adubados. Eles recebem gratuitamente a terra para limpar e cultivar durante um a dois anos. se receber um manejo rotativo. Aqui a regeneração da terra antes cultivada. Em capim-colonião associa-se ainda a cobertura muito incompleta do solo. Campos sujos e cerrados geralmente também necessitam do plantio de forrageiras. após dois anos de cultivo de algodão. será muito lento.1. e quando surtia. Antes da implantação se leva a vegetação existente até a floração. planta-se no início das chuvas regulares ou após a queimada feita . Este método de qualquer forma. que será tanto mais acentuada quanto mais deficiente for o manejo.38 4. A invasão de plantas nativas é certa. para poder iniciar a atividade pecuária. quando as gramíneas já acumularam reservas. A formação da pastagem não é feita pelo proprietário. 2. a terra encontrava-se em estado lastimável.1. onde foi aplicado adubo. Implantação de forrageiras em solos corrigidos e adubados Antigamente a formação de pastagens ocorria quase que exclusivamente por mudas ou toletes em solos recém-arados. Se a forrageira se identificar com o solo que se pode oferecer. Implantação de forrageiras após aração. Após o uso da terra com o plantio de milho ou soja. Esta rotatividade alta das pastagens cultivadas torna-as caras. a adubação com adubos comerciais e finalmente o plantio. Em forragem alta não nascerão. às vezes. barateou sensivelmente o custo da formação da pastagem.). tornando-se perenes. importadas ou produzidas no Brasil. é feito por semeadura. Assim. o preparo do solo por aração e gradagem. queimava-se o capim seco no início da primavera e esperava-se o nascimento da “sementeira”. dificultava muito o assentamento do capim. adubação e dois anos de cultivo. Como as forragiculturas obedeceram às regras idênticas às da agricultura. em lugar da consideração das condições de seu solo. Destrói as pastagens nativas e as cultivadas. era pastado pela primeira vez e a partir da rebrota o gado permanecia no pasto em pastejo permanente. Há três técnicas de formação de pastagens: 1. e o uso de herbicidas. pastando-as radicalmente. onera-se demasiadamente a formação das pastagens. é outro fator para sua decadência. é outro fator que encurta a vida da pastagem. O plantio direto em solos recém roçados. O solo era impregnado de defensivos. geralmente a vida da forrageira era relativamente curta. O mesmo vale em maior ou menor escala para todas as forrageiras de porte alto. geralmente após 5 anos. A escolha da forrageira segundo a propaganda feita pelas firmas de sementes. Era compactada e lavada e muitas vezes não nascia nada. sem descanso da pastagem. Passou-se então para o uso dos solos para a agricultura.1. Em área tropical. para baixar o custo de implantação da pastagem. especialmente quando a forrageira não se dava com as condições encontradas. Coloca-se o gado no fim do florescimento. tomadas por invasoras. O pastejo permanente dos animais. 4. onde no fim da seca a pastagem geralmente é rapada. terão recuperação lenta. Esta formação de pastagem é cara. A implantação em pastagens existentes A implantação de forrageiras em pastagens existentes somente funciona quando o solo não for muito decadente e pisoteado. a semeadura da forragem nem sempre surtia efeito satisfatório. Hoje dia existem sementes da maioria das forrageiras. especialmente de “gramão” e outros. com a obrigação de entregar a terra com capim plantado. Técnicas de plantio de pastagens O plantio de pastagens se faz necessário quando se pretende formar pastagens de inverno no sul do país ou quando se pretende introduzir pastagens em terras de uso agrícola ou de mata. 3.2. Exige que a pastagem esteja ainda em condições razoáveis.1. ou o aparecimento de forrageiras num solo que não abrigava capins e leguminosas herbáceas. Quando o capim alcançava a altura desejada. a renovação torna-se necessária. No primeiro ano se deixava o capim sementar. Quando plantada com soja-perene a pastagem conserva-se produtiva por muitos anos. No entanto. e o plantio. A forragem existente tem de ser bem baixa quando se semeiam as forrageiras que se pretende implantar. Também se pode proceder a sua fenação. Também pastagens completamente decaídas. geralmente. Ela permanecerá boa e produtiva. desaparecendo após poucos anos de uso. mas sim por um arrendatário ou empreiteiro. Quando o gado é de cria. sendo a forragem dominada pela vegetação nativa. etc. onde ocorre superlotação dos campos. Então se retira o gado somente quando se pretende vendê-lo ou se vai queimar o pasto. ficam por perto das aguadas. hiperfosfato ou termofosfato. Em muitas ocasiões não existem aguadas suficientes. Se limpa o terreno. O pastejo permanente contribui para a diminuição do rendimento da pastagem. coberta por uma camada de calcário ou farinha de osso. fica muito enfraquecida e produz muito menos que uma pastagem em que as plantas possuam tempo para acumular suas reserva. Em todos os casos aconselha-se a passagem do gado sobre o pasto implantado. Se a implantação der resultado e as forrageiras se identificarem com o ambiente. fracassou-se completamente. contribuindo com seu nascimento mais rápido. geralmente existe uma camada de húmus. terminando com a vegetação. isto é.3. o que obriga o gado a caminhadas longas a procura de água (riacho. 4. usando brachiaria. estilozantes e desmódios. Logo em seguida. que também não sabe. ou de avião. para prensar as sementes ao chão. No início das chuvas regulares. especialmente as arbustivas. Isso pode ser feito com a mão. a semente germinará rapidamente. tanques. Em pastagens baixas. Por tal razão reservam os melhores campos aos bois de engorda. caso contrário. a rebrota. cria ou engorda. com a distribuidora do adubo. Assim. dando um pasto melhor. Ela consegue dominar as invasoras e poderá permitir uma lotação de até 4 animais por hectare. segundo a idade e sua destinação. isto é. Nestas condições os indivíduos de pernas curtas sofrem mais. leve ou pesada. no mesmo cerrado. ou pulverizada com óxido de micronutrientes. e diversos desmodios. também uma camada floculada. O proprietário geralmente mora na cidade e o manejo das pastagens muitas vezes é feito sem o conhecimento do dono. tomarão conta da pastagem. poluindo a água com vermes intestinais.1. Quando isto acontece. o gado rapa o solo. A queimada prejudica um pouco o solo e a vegetação.). capim-jaraguá. plantas que já existam em pequena escala no terreno. e a rebrota é cada vez menos vigorosa. guandu. É preferível deixá-la na superfície. plantando em linhas as forrageiras que se pretendem introduzir. Os bovinos indianos aproveitam melhor a forragem nas épocas quentes. Uma pastagem colhida cada vez que rebrota. quando menor for o tempo de repouso. com raízes pivotantes. A semente de leguminosas pode ser peletizada. especialmente de cerrado alto. Plantio direto após a limpeza do terreno Quando limpa-se um terreno. locomovem-se pouco para manter a temperatura do seu corpo dentro dos limites suportáveis. 4. As forrageiras a serem utilizadas numa implantação direta devem ser “ecótipas”. Em algumas propriedades o gado espera. enfileiram-se as raízes e os galhos. Então. As árvores de sombra protegem o gado tanto do sol do verão. Nas propriedades de áreas menores. implanta-se uma mistura das 4 forrageiras com uma aplicação de 200 Kg/ha de hiperfosfato. tomadas por invasoras. menor quantidade de massa verde produzirá o campo.2. aduba-se com fosfato natural. existiam também capimgordura. eliminados através das fezes. pois pastagens fracas. não tendo como causa a carga animal. comendo de tudo. podem ser salvas quando se implantam leguminosas. e sim a seleção do capim pelo gado. como do frio no inverno. por terem maior dificuldade de locomoção até a fonte de água. com também será menor o teor de proteína e amido. A vantagem da implantação está em que não se remove a vegetação existente. Nos trópicos a implantação de leguminosas é muito importante.39 no início das chuvas regulares. o que leva aos animais mais jovens a . açudes ou cacimba). permanecendo as menos nutritivas e menos palatáveis. Alguns criadores acreditam que o boi gordo só deve sair para o abate quando atinge entre 15 e 20 arrobas (225 a 300 Kg). procede-se ao desmame com 6 a 8 meses. de 5 a 8 cm de profundidade. Temos exemplo: num terreno de cerrado que era dominado por samambaia ( Pteridium aquilinum). as melhores forrageiras desaparecem ao serem comidas pelo gado. se a terra for muito pobre. no meio das cinzas. jureminha (Desmanthus virgatus). quando o cerrado não foi queimado. mas remove a palha que impedirá o nascimento das sementes. como indigóferas. e será manejada com pastejo rotativo. isto ocorre com a apartação dos bezerros. Geralmente observa-se pouca sombra e os animais expostos ao sol e calor tropical. Após 3 meses realizar-se-á o primeiro pastejo leve. a implantação pode ser feita também com plantadeira de pastagens. não terão capacidade de dominar a vegetação existente. isto é. se não. passa-se uma grade e lança-se a semente. se junta à vegetação roçada e. Pela aração esta camada será soterrada. Manejo tradicional do campo Nas grandes fazendas o tamanho dos piquetes é de até 250 alqueires (600 ha. e. Na mesma fazenda. as existentes se beneficiarão com o adubo aplicado. mais fraca e mais vagarosa. grumosa. caso seja necessário. O único manejo que usado é soltar o gado em lotes. as que se multiplicam livremente. O sucesso na implantação direta está no uso de forrageiras adaptadas ao solo. Após 5 meses a pastagem estará formada. É absolutamente antieconômico querer drenar estas várzeas para plantar espécies exóticas. Manutenção das espécies forrageiras mais importantes por tempo indefinido. Oryza perennis. seriam mais precoces e sua carne não seria tão gorda. aração e gradagem. No período da seca estas pastagens servem para os bovinos. evitando assim a degeneração do sistema. Se os bezerros recebessem um capim de boa qualidade. Oryza hexandra ). e que é composta por plantas que suportam inundação ou que vegetam na água. Uso eficiente da pastagem. as quais são invadidas maciçamente por jurubebas. 2.). ocorre decadência do solo e com ela. as sementes do capim-colonião ou a “mela” nas leguminosas. com variedades de barba-de-bode (Aristida). de tal forma que. em que o pisoteio pesado e as tosas excessivas. assim leva maior tempo até poderem ser postos na engorda. como uma espécie de carvão. no campo bom. que possuem uma vegetação toda específica. como as canaranas (Echinochloa polystachya e Echinochloa pyramidalie). são plantadas. desenvolvendo um esqueleto fraco. Paspalum (Paspalum fasciculatum. que é de muito boa qualidade. o máximo de carne e leite. vasoura-de-botão (Borreria verticalata). considerando-se também o controle da erosão. de rabo-de-burro (Andropogon).4. compromete seu valor nutritivo drasticamente. O valor nutritivo destas pastagens eqüivale ao das cultivadas da melhor qualidade. As melhores pastagens situam-se por toda parte nos solos mais baixos. Como na mata não existe capim. deve produzir num mínimo tempo. As pastagens de terra firme que hoje. 3. com seu ambiente de umidade desenvolvem-se fungos. Estas pastagens praticamente não têm normas de manejo. Como estas práticas são realizadas com técnicas pouco adequadas ao nosso clima. Os animais europeus chegam a alcançar determinada conformação. de modo que o gado não consegue “vencer” a forragem. em boa parte abandonadas por terem sido escolhidas forrageiras inadequadas para as condições de clima e de solo. que torna difícil sua locomoção. diversos arrozes nativos (Oryza gandiplumis. sendo composta de gramíneas de muito baixo valor nutritivo. observação e conhecimentos tanto de hábito das plantas como do gado. 4. são praticamente todas plantadas. as pastagens são degradadas. Em baixo da forragem densa. Paspalum repens). possam prejudicá-las. Manejo Ecológico das pastagens O que é manejo ecológico das pastagens? É o manejo de todos os fatores de um lugar.40 receber a pastagem inferior. o que obriga à correção. capim-cabeludo (Trachypogon) e cabelo-deporco (Ciperacea) na paisagem típica do fogo. Estas forrageiras não combinam com o nosso solo. ao ser confinado. Quando se ancoram no solo. No nosso país geralmente as pastagens não combinam com as exigências do gado. A melhora zootécnica dos rebanhos brasileiros tem superado os problemas observados no gado europeu em que este. Estes fungos atacam igualmente as sementes das forrageiras. respeitando-se suas inter-relações e conservando ou recuperando seu equilíbrio. em que sua rápida lignificação. não importando se sofrem somente de inundação temporária ou por tempo prolongado. malvas-brancas. . leite e lã. bem como as práticas de adubação. de maneira que têm que ser introduzidas forrageiras exóticas.3. diversos Panicum (Panicum elephantipes e Panicum zizanoides). Manejo das pastagens nos trópicos úmidos Distinguem-se três tipos de pastagens diferentes: 1. assa-peixe (Vernonia spp. Goiás e Pará. capim-amargo (Trichachne insularis) e rabo-de-burro (Andropogon bicornis). a não ser o superpastoreio na estação mais seca. Finalmente as das várzeas. com uma vegetação entouceirada. Tem como ponto de vista fundamental: 1. A diferença existente entre a qualidade das raças purificadas e a qualidade das pastagens fornecidas ao gado é cada vez maior. de capim-chorão (Eragrostis). As dos cerrados de Mato Grosso. formam ilhas de capim. diversos sorgos (Hymenachne amplexicaulis e Hymenachne donacifolia). nas águas são pastadas quase que exclusivamente por bubalinos. em sua maioria. 3. etc. Aumento da produção e fertilidade dos rebanhos de carne. formam mais gordura e menos carne . 4. 4. 2. Manutenção do equilíbrio dos cursos de água. muito pobre. O problema mais comumente encontrado nas pastagens de terra firma é seu crescimento muito rápido. as pastagens em terra firme. A pastagem nativa é um ecossistema muito delicado e seu uso adequado necessita de bom senso. Nas culturas e nas pastagens cultivadas os problemas fitossanitários são graves enquanto se usa um manejo antiecológico. todos de boa aceitação pelo gado. A Brachiaria foi inicialmente muito plantada. justamente para evitar a “criação” de pragas e doenças. Ou a “salpicação” das pastagens com árvores ou palmeiras que ao mesmo tempo fornecem forragem adicional. um dos maiores problemas é a deficiência de minerais para o gado não adaptado à região. e como a formação de piquetes por enquanto é muito problemática. não somente por fornecerem uma variação limitada de minerais ao gado.5. tucumã (Astrocarymum vulgare). a deficiência de Ca e P são grandes e como a roça da mata se faz primeiro queimando árvores da mata. nesta região. caso contrário sempre será considerado pouco adequado à pecuária bovina. inclusive a cana de açúcar. No manejo ecológico das pastagens deveriam-se usar antes de tudo. Em áreas menos úmidas com seca definida o capim-jaraguá tem dado bons resultados. Logo após a entrada do fogo. Nas pastagens nativas a variedade de espécies é grande. especialmente as arbustivas e arbóreas. e em estado fresco é pouco procurada pelo gado. são importantes na suplementação do gado na época da seca. de qualidade excelente. que invade áreas de solos frescos e é usada para cobrir o solo nos cultivos de capim-colonião. pelo seu poder de locomoção. estas fontes secam e o gado tem que fazer longas caminhadas a procura de água. A implantação de leguminosas. especialmente a leucena. Quando existe um clima muito favorável ao crescimento vegetal. especialmente o cobalto. A migração do gado para as várzeas durante a seca é bem mais vantajosa do que a construção de silos que. A “salpicação” das pastagens é indispensável para fornecer sombra ao gado e diminuir o “desconforto” neste clima. razão porque tem desempenho médio em pastagens ótimas. desde o início há necessidade de suplemento com esses minerais. Em todo ecossistema os dois problemas maiores são: 1. deveria usar-se o pastejo alternado. É a água que antes era transpirada pelas árvores e que igualmente contribuía para a manutenção de uma temperatura razoável. mas são especialmente desfavoráveis na região equatorial úmida. Este manejo serve também ao gado como abrigo contra o sol. 2. como a de inajá ( Maximiliana regia). guiné e outros. Quando a mate é derrubada brotam fontes de todos os lados e até chegam a formar brejos. A precocidade das pastagens deve ser equilibrada pela plantação de leguminosas arbustivas. Aqui o gado zebuíno é mais adaptado para poder aproveitar sem maiores problemas as pastagens de várzeas. 4. elefante. Na região do cerrado consorcia-se com babaçu ( Orbigina martiana). Alguns anos depois. O problema pode ser combatido com o estabelecimento de faixas de vegetação arbórea que interceptem o vento e que inicialmente poderiam até ser de “juquira” engrossada por puerária ou a formação de “ilhas” de árvores. Desta forma com as pastagens aparecem grandes quantidades de pernilongos que antes não existiam. Nos trópicos úmidos. A seleção do gado para as condições particulares desta região é importantíssima. A monocultura. mais preocupante tornam-se as pragas que aniquilam as capineiras. fornecem ensilagem de péssima qualidade. mas também por serem “criadoras” de pestes e pragas. colocadas em forma de xadrez. a leucena (Leucaena leucocephala) e o guandu (Cajanus cajan). Isto exclui automaticamente as raças de pernas curtas tendo-se que dar preferência às raças de pernas compridas. não suportando pisoteio pesado nem queimadas. em que são explorados os mestiços zebus com gado europeu. descuidando dos fatores de um ecossistema extremamente delicado. .41 A leguminosa que se adaptou rapidamente é o Kudzu-tropical ( Pueraria phaseolides). A formação de piquetes para um manejo rotativo não parece muito adequada. Os ventos. Já nas pastagens de terra firme tem sido mais promisores o quicuio-da-Amazônia ( Brachiaria humidicola). em escala muito pronunciada. dada a grande diferença entre as pastagens de terra firma e as várzeas. forrageiras adaptadas à região. ingá (Inga mill) e outras. que é apreciada pelo gado em qualquer época do ano. que hoje está atacando a maioria dos capins. Há poucos cursos de água na mata. Problemas das pastagens plantadas Quanto mais pronunciada a monocultura. A maioria das leguminosas testadas apresenta sérios problemas fitossanitários. Monoculturas de pastagens não são muito apropriadas para o gado em região nenhuma. encontramos condições extremamente favoráveis ao desenvolvimento de fungos. Também se encontram problemas nas aguadas. porém foi muito aniquilada pela cigarrinha ( Deois incompleta). por causa do ataque de fungos. bactérias e insetos. quanto pior o manejo e quanto mais decaído o solo. do qual o gado necessita 80g de cloreto de cobalto para cada 100 Kg de sal. que caçam as saúvas e a fazem desaparecer. de solos compactos e portanto secos. Napier. 3. nem sempre bem sucedido. se houver plantio em grande escala de uma única forrageira. usa-se formicida em forma de isca. matando-as. Bermuda. Seu combate direto é difícil. fungos que atacam sementes. O percevejo (Bilssus leucopterus). de maneira que um superpastoreio ou uma roça curta das forrageiras e talvez a pulverização com esporos do Bacilus thuringuiensis eliminam o ataque. introduzido no Brasil (1975) dos Estados Unidos. com freqüência tomada pelo capim-favorito ( Rhynchelytrium roseum) que por isso possui também o nome de capim gafanhoto. Colonião. Os cupins. Onde a vida do solo é muito ativa. Não suporta a insolação direta. mas também para muitas forrageiras. como os lava-pés (Solenopsis saevissima) ou a cuiabana (Paratrechina fulva). que. ocorrem sempre. Na medida em que aumenta a matéria orgânica no solo desaparecem os cupins das pastagens. como as carnívoras (Penerieons). Eles atacam todas as gramíneas. especialmente em leguminosas. Encontrar mais facilmente as forrageiras mais adaptadas a suas condições. chamada também de lagarta militar ou mede-palmo. Sempre-verde. É aconselhável plantar coquetéis de várias gramíneas e leguminosas porque se tem como vantagem: 1. como mostra a larga difusão deste percevejo na América do Norte. Devemos distinguir claramente entre o combate momentâneo para livrarmos da praga e o combate verdadeiro. meso e macro vida se tornam escassas. desde o milho até a erva-cidreira. As saúvas. a cigarrinha. não somente para a maior parte dos animais terrícolas. O aparecimento de saúvas é sinal de que o solo é inóspito. Observa-se que praticamente todas as pragas são “ecótipos” provocadas pelas condições específicas de pastagens mal manejadas e pelo desequilíbrio biológico resultante. especialmente das espécies de Cornitermes. Fornecer ao gado uma forragem mais completa e portanto mais nutritiva. infesta 76 espécies de capins e gramíneas no Brasil. A ferrugem. Os cupinzeiros podem infestar pastagens em quantidades incríveis. nematóides. ácaros e outros animais terrícolas. Capim-gordura. como quebra ventos. existem muitas formigas carnívoras. bem como melívoros. Ataca a Brachiaria. as saúvas especializadas em determinadas forrageiras. como o Mirex. 2. sendo este caso o mais comum. tanto nas cultivadas como nas nativas. portanto não pode ser aproveitado. Normalmente não atacam as plantas bem nutridas em cálcio. como a correição (da espécie Eciton). e por enquanto apenas conhece-se o combate químico. É considerada uma das pragas mais temidas no mundo. O melhoramento da permeabilidade do solo bem como o uso da mosquinha Neodusmetia sangwani conseguem controlar esta este parasita.) é a praga mais difundida em todo o Brasil. Existem aqui dois fatores: 1. o método aconselhado de combatê-lo é roçar e queimar a pastagem. Pastagens com sauveiros não são das mais produtivas. por serem caçados por formigas. 1. Não danificam as forrageiras em si.42 A cigarrinha (Deois spp. O ácaro-vermelho (Tetranychus telearins) ataca várias forrageiras. lagarta proveniente de uma borboleta noturna. Impedir a criação de pragas em escala maior. tornado-as tóxicas. podem se tornar muito mais perigosos do que as cigarrinhas. O solo compactado não permite a infiltração suficiente de água e a solubilização deste nutriente. entre elas as leguminosas. Quicuio e até a Cana de açúcar. Os gafanhotos migratórios (Schistocera americana) criam-se exclusivamente em pastagens muito pobres. podem controlar eficazmente os prejuízos causados. e com o uso de variedades resistentes à cigarrinha. A colchonilha (Antonina graminis). a remoção das causas do aparecimento. isto é. Em pastagens corretamente manejadas desaparecem. mas também por colêmbolos. geralmente em base de clorados. O manejo rotativo das pastagens. O curuquerê-dos-capinzais (Mosis latipes e Spodoptera frugiperda). O combate mais efetivo é realizado pela pulverização do fungo Metarrizum anisopliae que penetra nas larvinhas. Com o melhoramento das condições dos solos e das pastagens o perigo do gafanhoto diminui consideravelmente. formigas cortadeiras ( Atta spp) podem cortar alqueires de capim-colonião numa única noite. especialmente porque quando aparecem em grandes quantidades é tarde demais para combatê-los. mas podem ocupar boa parte do terreno. Enquanto a pastagem não é melhorada fisicamente. que geralmente ataca a região do colo da raiz até as primeiras folhas. O solo muito diferente em cálcio. Elas aparecem em todos os campos onde pelo fogo e a falta de matéria orgânica a micro. Pangola. com superlotação dirigida e faixas de espécies florestais. começou a difundir-se pela primeira vez pela monocultura de pangola. . Jaraguá. Syntermes e Nusotermes aparecem especialmente em campos rotineiramente queimados e portanto muito pobres em matéria orgânica. Angola. porque aumenta o apetite doas animais e melhora sua saúde. onde fica muita terra desnuda. rabo-de-coelho e outras. deixando as outras. Quanto mais diversificada a vegetação de uma pastagem. 3. Enquanto não sejam removidas as causas aparece de novo. A “rebrota” do cerrado ou da mata geralmente não é rebrota. da forragem e o manejo que as provocam. Com a simples implantação de guandu ( Cajanus spp) removeram-se as deficiências. 4. Resultado: “PASTAGEM LIMPA”. mas sim plantas que se assentam posteriormente. seu estado físico. dinamitar as lajes do subsolo que represavam a água foram as medidas adotadas. 1. herbicida “agente laranja”. Elas conseguem germinar onde o solo está desnudo. Quanto mais deficiente a cobertura do solo. 4. uma vez que toda monocultura modifica as condições químicas do solo. O uso de TORDOM. Outro fator que podemos encontrar é o uso do fogo para a limpeza dos pastos. quebraram-se as lajes impermeáveis e conseguiu-se uma vegetação tão densa que as invasoras não tiveram oportunidades de se implantar. 2. Dessa forma uma pastagem se mantém limpa quando: 1. 2. 4. pela falta de Ca aparecem a cabelo-de-porco. roçado manual. e pela erosão. especialmente quando se usa pastejo permanente em que o pastejo seletivo do gado contribui para o desenvolvimento de plantas indesejadas. . 3. O desnudamento do solo ocorre também pelo pastejo seletivo. Podem ser provocadas pela monocultura. Impedimos a compactação do solo. Também o aparecimento de ervas-não-gramíneas e leguminosas pode contribuir para o melhor aproveitamento das pastagens. 4. Invasoras persistentes As plantas invasoras podem se divididas as invasoras em quatro grupos: 1. etc. mas não impede que voltem e com maior vigor.5. em solos muito compactados aparecem as malvas. As que têm origem em solo com deficiências físicas e químicas. podendo matá-las por certo tempo. como as jurubebas ( Solanacea spp). poderoso desfolhante usado no Vietnã. pelo pisoteio em períodos de seca ou muita chuva. esgotando-o unilateralmente em um ou mais nutrientes e enriquecendo-o em uma ou outra substância química excretada pelas raízes. Impedimos que sejam encontradas manchas desnudas no solo. Lembremos que a densidade de pastejo depende da: fertilidade do solo.000ha de quicuio-da-amazônia ( Brachiaria humidicola) foi invadido fortemente por capim-de-burro (Andropogon bicornis) e o capim demostrou sinais de deficiência de N e Ca. o que cria uma vegetação resistente ao fogo. assa-peixe e na medida em que a permeabilidade do solo diminui aumentam as euforbiácias.6. O manejo da pastagem e do pastejo pode permitir o aparecimento de invasoras. Medidas adotadas para resolver o problema: Corrigir o solo. Uma adubação nitrogenada contribui para o aparecimento de cardos (plantas espinhosas). mas nunca se desnudando o solo e dando lugar a invasoras. aparecem mais invasoras. Cabe lembrar que as invasoras são plantas perfeitamente adaptadas às condições do solo e do clima. embaúbas (Cecropia spp). Usamos coquetéis de forrageiras em que uma pode aumentar e outra pode diminuir. não resolve o problema das invasoras. São as condições do solo. 5. Este procedimento era antieconômico e chegou-se a considerar o abandono da pastagem. Dependem do modo como a forrageira cobre o solo. Isto acontece especialmente nas forrageiras de porte alto como: capim-colonião (Panicum maximum Jacq). aplicação de N. como o pinhão (Jatropha spp). Limpeza das pastagens Existem práticas menos drásticas que são destinadas à limpeza das pastagens. em que se obriga o gado a comer todas as plantas verdes nunca deixando de lado as piores plantas. da adaptação das forrageiras à região e do manejo do gado. isso pode ser controlado através de um manejo racional. Já em pastagens bem conduzidas a presença de invasoras é mínima. menor será a possibilidade de sua deterioração por uma praga. em que temos como exemplo: os solos ricos em Al em que aparece a samambaia (Pteridium aquilinum). em solos com umidade estagnante aparecem a rabo-de-burro. Incorporamos ao solo os nutrientes que possam faltar. Na região da Mata no Pará um plantio de 16. Ex: capim-colonião (Panicum maximum Jacq) sempre é invadido pelo gramão ( Paspalum notatum var). Utilizamos o manejo rotativo da pastagem. etc.43 Quando se observa a preferência do gado por uma determinada forrageira. 7 2. enquanto que a matéria orgânica. perde parte de sua vegetação.4 3. muita forragem sobra. 1976) Profundidade do solo (cm) 0-5 5-10 10-15 M.5 0. resultados encontrados também por Primavesi (1971). Já a queimada em solo seco e sem vento é muito mais prejudicial.2. perde matéria orgânica que poderia ter retornado. diminuindo o Al trocável e o Ca e o K mostraram tendência a subir. é sem dúvida alguma a limpeza dos mesmos. com sinal evidente da falta de manejo mais racional. Aqui não importa se é pelo pisoteio ou pelo impacto da chuva.82 0. pangola.58 Ca ( ppm) A 1.2 2. %) A 0. como a barba-de-bode (Aristida pallens) ou capim-cabeludo (Trachypogom spp). Instalação de uma vegetação resistente ao fogo. 4.8 D 3. estrela-africana e outros solos compactados diminuem sua massa verde.6. brachiaria. Efeito do fogo em pasto de capim Jaraguá (Hyparrhenia rufa Ness) Consorciado com leguminosas tropicais (Lourenço.38 5. Um dos cuidados para se manter detrerminada forrageira em boas condições nutricionais e com bons rendimentos e com boa cobertura vegetal do solo. poçadeira a motor (trator) e/ou costal. Observa-se na primavera um verde explosivo com uma grande produção de forragem. melhora a pastagem.48 0. em vez de esfacelar as folhas e caules das forrageiras.44 A vegetação excedente elimina-se pelo rolo-faca ou roçadeira com as facas bem afiadas.2 A 5.36 D 0. É comum que esta sobra de forragem seja eliminada pelo fogo. 4. e às vezes já madura. o Al trocável.56 0. Diminuição da massa verde produzida. formam menos guias e chegam a desaparecer. O Fogo controlado Pode ser usado somente para a limpeza da pastagem. Empobrecimento do solo em matéria orgânica e fósforo.58 0.72 0. As vezes a simples passagem de uma grade. sempre que haja brisa.84 D 1. com isso ocorrendo menor penetração da água da chuva. No entanto a análise de solo não apresentou uma informação exata sobre as conseqüências (Serrão. Diminuição da porosidade do solo. o K e o P baixam após alguns anos. especialmente as estoloníferas. 3. A melhora química do solo é acompanhada por uma decadência física e Popenoe (1951) mostra que se deve à perda de macroporos.84 D 0. 4.45 K( ppm) A 81 86 81 D 93 84 84 P (ppm) A 2.0 2. Após um período de 10 anos de queimada.7. O mesmo autor demonstrou que o pH e o Ca sobem após alguns anos de queimadas.35 Al (mg.7 3.04 0. mais tradicionalmente utilizados pelo homem podem ser citados: o roçado manual (terçado e foice).1. quando o solo estiver úmido devido à chuva e o capim estiver seco.20 5.02 4. Entre os mecanismos. Compactação do solo A grande maioria das forrageiras cultivadas exige um solo mais ou menos solto.0 1.08 0. Assim a vegetação cortada rebrota após 3 a 4 dias. uma vez que a carga animal corresponde à escassez de alimento durante a estação seca ou fria. Então com a queima o solo perde parte de sua permeabilidade.96 pH D 5. o campo apresentou somente 25% da produção de massa verde do que antes das queimadas (Serrão. Existem outros mecanismos citados a seguir.0 1. enquanto ainda há rebrota.7 A: Antes do fogo D: 20 dias depois do fogo A temperatura maior foi detectada de oito cm a 10 cm de profundidade. e em conseqüência maior susceptibilidade à seca. que são: 1. 1972).4 0. 1972). até em 75%.5 3.44 5. e cria-se uma vegetação adaptada ao fogo.% A 3. fazendo com que o fogo passe rapidamente. As plantas esfaceladas e rasgadas somente brotarão após 3 a 4 semanas. É um fogo tão rápido que não deixa queimar a palha no chão.00 Mg ( ppm) A 0. O Fogo O fogo pode ser considerado o maior problema dos campos nativos.82 0. mais pode ser necessário um sub-solador.2 D 2.O. Já em pastagens mistas a compactação é . 2. As vantagens momentâneas que o fogo apresenta são anuladas pelas desvantagens que acarreta com o tempo. 4. Houve redução da matéria orgânica.44 0.96 1.6. O quadro que temos é que o gado não come a vegetação velha. No capim colonião. Problemas das pastagens plantadas Entre os prolemas encontramos a formação de pastagens em solos utilizados na exploração de monoculturas (algodão. aumento dos casos de herpes (viroses). A cigarrinha ( Zulia entreriana) tem sido uma das doenças responsáveis pela destruição de pastagens já implantadas. O controle mais . setárias e grama-de-seda.45 menor devido aos sistemas radiculares diferentes. Algumas forrageiras como o gramão. que destroem as terras e que possibilitam a erosão e as enchentes. bezerros mortos ou natimortos. No entanto perdem sua rusticidade quando são melhoradas. No momento que ocorre o pastejo. O ferrejo em lugar do pastejo contribui para o afrouxamento do solo. os quais foram lixiviados durante as águas para o subsolo. Nas faixas roçadas o gado encontra suas proteínas e nas faixas de capim mais seco.9. comendo as folhas e vagens das leguminosas na época da seca. distúrbios de reprodução. isto é.8. tais como: nitrogênio. baixa produção de leite. etc. As plantas mal nutridas sofrem mais com a seca. a seca tem uma duração de 6 meses ou mais. Especialmente as leguminosas conseguem manter o solo aberto. enquanto os arbustos se “salpicam”.) com conseqüente decadência do solo pela extração de nutrientes do solo pelas culturas empregadas. Isto corresponde à metade das águas que caem. Para isso o solo tem que ser permeável. Já o capim gordura (Melinis minutiflora) quando queimado durante a seca. Quando se utiliza o fogo na limpeza do solo. Existem capins bem mais sensíveis à seca que outros. O capim-colonião tem raízes que são ávidas por oxigênio. O mesmo ocorre depois de geadas. pangola. que formam os cerrados. A brisa pode levar até 7. que se perde por transpiração. água para sua dissolução e absorção de oxigênio no solo.500 toneladas de água por hectare/ano. potássio e boro. com um manejo inadequado do solo se observa o apareciemento de pragas que são responsáveis pela aniquilação da pastagem. O capim Jaraguá ( Hyparrhenia rufa) mesmo durante uma seca bem forte se mantém verde quando pastado e mantido baixo e quando queimado rebrota bem.S. Já as plantas bem nutridas possuem uma seiva celular viscosa e grossa. tais como: capim-colonião e elefante. napier. especialmente nos cerrados. mas somente quando o gado não a pisoteia. do que as plantas mal nutridas. O problema da seca não é somente a falta de forragem verde. O verdor explosivo com o início das chuvas tenta justificar esta teoria. diversos panicum de porte baixo. Ataca as braquiárias. na tentativa de salvá-lo. colonião. conseguem aproveitar solos compactados. elas sobem à superfície e finalmente o capim morre. em média nos diversos estados do Brasil e mais do que cai no agreste Nordestino. e geralmente quem não mora na propriedade. a quantidade de água que penetra no solo é mínima e as raízes da maioria das plantas são superficiais. e que na maioria das vezes não possui experiência. Recursos pastoris na estação da seca nos trópicos Freqüentemente usa-se a palavra: “verão” ou “inverno”. O que é a seca: Ela é a ausência de chuvas ou a má distribuição destas? Chuva alguma rega as plantas mas somente a água penetra no solo. Assim a escolha das forrageiras e o tratamento das mesmas são importantes. podendo resultar em fracasso da atividade. No capim-elefante a maior parte de suas raízes alcança 40cm de profundidade. Pelo pisoteio do animal e pelo fogo forma-se uma camada compacta na superfície do solo. não rebrota mais e morre. aborto no final da prenhez com retenção da placenta e problemas de pele. Como o gado faminto necessita de alimento. O grande recurso a ser empregado nos trópicos são as leguminosas arbóreas ou arbustivas. 4. sendo reportada no Brasil e em muitos países do orbe. Ela é mais severa quanto menos água penetre no solo durante as chuvas. de 3 a 4cm de profundidade. desta forma ele tenta escapar da seca. Com isso elas gastam 4 vezes menos água para a formação de um Kg de M. Pelas queimadas rotineiras. o criador resolve “antecipar as chuvas” com a queima da vegetação velha. As plantas forrageiras permanentemente tosquiadas formam raízes superficiais. Em tais condições. fica exposto ao manejo dos trabalhadores (peões) da fazenda. se agrava mainda mais o problema. com conseqüente deficiência de Vitamina A nas forrageiras. quando o solo começa a compactar. Em pastagens com quebra-ventos e arbustos salpicados o capim sofre menos com a seca e o gado encontra aqui um grande recurso de suplementação alimentar. que dificilmente perde sua água. A brachiaria suporta bem a seca. Observa-se então o aparecimento de “pragas” ou doenças que aniquilam a pastagem. são irregularmente distribuídos pelo campo. Alguns consideram que a seca é o repouso natural da terra. a fibra.. plantadas nas pastagens e nos quebra ventos. para sua metabolização. Para uma boa nutrição a planta necessita de nutrientes no solo. devido a que estação seca é chamada de “inverno” na Região Sul e no Norte e Nordeste “verão”. com seu sistema radicular muito forte. O solo periodicamente queimado perde sua permeabilidade e grande parte da umidade é levada pelo vento constante. 4. no sertão e no “lavrado”. capim angola e até a cana de açúcar. As árvores forrageiras colocam-se geralmente em faixas e/ou em “ilhas” distribuídas pela pastagem. Um outro sistema de enfrentar a seca é deixar crescer o capim e roçar faixas de 5 a 6m de largura deixando em pé outras faixas de largura idêntica. Por isso plantam-se forrageiras de porte alto. permitindo a ascensão de nutrientes. jaraguá. Por causa da seca ocorrem então as queimadas. ela começa secar em poucos dias. Sua seiva torna-se fina e aguada. Em muitas regiões. Com a deficiência desta vitamina o quadro que observamos é: cegueira noturna. . as espécies de Axonophus. etc. grama-larga. prejudicando o desenvolvimento animal. Os cupinzeiros também são uma séria mameaça às pastagens plantadas. como grama-missioneira.000 a 1.3 e 5.S. O ataque de lagarta Curuquerê-dos-capinzais ( Mocis laticipes e Spodoptera frugiperda) conhecida como lagarta militar ou mede palmo. mas sim da aplicação de Ca. permite a penetração dos raios solares com conseqüente morte das cigarrinhas. impedem a implantação de pragas em maior escala. Eles não danificam a pastagem. próprias de solos compactados frequentemente invadidos pelo capim favorito (Rhynchelytrium roseum). isto é. que se consegue pela roça dos campos. mas ocupam grandes áreas das terras. onde há exportação considerável de minerais. O manejo da pastagem também auxilia no tratamento do problema. O ácaro vermeljho (Tetranychus telearius) é responsável pelo ataque às leguminosas. diminuindo a participação de leguminosas que deveriam fornecer cálcio ao gado. ou ainda quando existe matéria orgânica morta. uma vez que minhocas. Existem muitas forrageiras que crescem em pH bem menor. Entre as pragas mais temidas no mmundo. também se constitui em um problema serio da pastagem plantada. com conseqüente perda de matéria orgânica. pode ser uma prática necessária. Calagem do solo As pastagens raramente necessitam de correção de solo. 4. Calcário com menos de 12% de óxido de magnésio é inadequado. isto porque ela não suporta insolação direta.10. Recomen-se o manejo correto do solo e o uso de Mirex. é fornecer cálcio e magnésio ao solo. Outro problema da pastagen plantada tem sido o ataque da colchonilha ( Antonia graminis) que encontra como fatores predisponentes: solos compactados que impedindo a penetração de água. se aconse-lha a preservação do ecossistema. Outra forma de tratamento da mesma. não se deve causar desequilíbrio biológico. Os mesmos aparecem em campos rotineiramente queimados. la-pés (Solenopsis saevissima) e (Paratrechina fulva). as “glândulas morrem”. causa a morte das mesmas. e também leguminosas tropicais como: puerária.) também se constituem em um problema da pastagem plantada. isto porque. Difunde-se primeiramente em monoculturas (pangola). O bom manejo do solo e da pastagem.46 efetivo desta doença tem sido orientado coma pulverização de Metarrizum anisoplae. de modo que somente os calcários dolomíticos deveriam ser usados. para a preservação do Metarrizum anisoplae. pois quando descoberto já é tarde para combatê-lo. é considerado um sério problema devido a que podem cortar alqueires em uma noite. indigóferas. pois destroem a matéria orgânica do solo. caçadores de saúvas. Para evitar ou minimizar o aparecimendo de doenças e/ou prtagas. com que “calcificam” seu ambiente. Geralmente aumenta-se o teor em Ca na forragem pela consorciação com leguminosas e no solo por uma fauna terrícola ativa. bem como o aparecimento de ecótipos. Gafanhotos migratórios (Schiistocera americana) atacam as pastagens pobres. como: Andropogon. O fogo controlado poderia ser uma alternativa. se mconstituem em intrumento para seu controle. além de melhorar a qualidade da pastagem e condições dos solos. Desta forma destuindo-se toda essa vida terrícola do solo destrói-se também as formigas carnívoras (Penericona spp. Para o controle se conhe-se apenas o controle químico. O pH ótimo para as pastagens está entre 5. com supressão das queimadas. a micro e macro-flora do solo e mcrovida.). Em pastagens destinadas ao gado leiteiro. dificultam a solubilidade do cálcio. em que fungoo ao penetrar nas larvas. muitos micronutrientes serão ligados. etc. A finalidade de uma calagem nas capineiras. invassoras adaptadas a determinadas condições. O controle direto é difícil.) Percevejos (Bilsus leucopterus) introduzidos dos U.A (1975) atacam o milho e até a erva cidreira. Estes animais assentam-se quando não há queimadas e o solo está coberto pela vegetação. modificarem o pH e fazer desaparecer animais benéficos.6. Um dos fatprtes predisponentes é a utilização do fogo na limpeza das pastagens. capim-rabo-de-burro.9ton/alq) para não fazer desaparecer forrageiras existentes. Também se recomenda a utilização de forrageiras resistentes à cigarrinha. que a mantendo baixa. O uso de de coctéis formados por grtamíneas e leguminosas. Pode ser tratado com roçado e fogo controlado. com a volta da vida terrícola. estilosantes. milipés e outros possuem glândulas calcíferas. A pulverozação com Bacillus thurinquiensis eliminam o ataque. não bem sucedido. Recomenda-se nestes casos melhoria da permeabilidade do solo. principalmente quando o manejo da pastagem não foi muito bem conduzido. guandu. Recomenda-se também suprimir obrigatóriamente o uso do fogo. mucuna. A calagem de uma pastagem nunca deverá ser elevada. aumentando os valores de cálcio trocável. Para o controle se recomenda o manejo correto do solo. os cupins são caçados pelas formigas carnívoras (Penericona spp.4 a 2. Em pH maior. As saúvas ou formigas cortadeiras (Atta spp. superpastoreio e o roçado dos pastos. tem sido a utilização de um manejo riguroso da pastagem.200kg/ha (2. apelidado de capim gafanhoto. deve estar ao redor de 1. mas as que surgem. isto é. Nos solos arenosos e muito pobres em P. Caso contrário é antieconômico.1. afrouxando a terra até uns 20cm. Nas pastagens usadas extensivamente basta abolir as queimadas e introduzir sementes de leguminosas. A adubação do terreno só deve ser feita quando a forrageira for carente. parece mais econômico implantar leguminosas robustas. exigindo quantidades de P muito elevadas. Termofosfato. Mycorrhizas e outras. 4. O capim ou a grama formam poucas folhas. 3. Exemplo: a Puerária aumenta o teor de P de 5 a 42mg por cada quilo de terra.2. raquítica. No Rio Grande do Sul diz-se: “a adubação baixa o rendimento do pasto”. mas também as gramíneas possuem no seu espaço radicular bactérias fixadoras. a aplicação de fosfato pode ser necessária. Geralmente aplicam-se de 120 a 200 kg/ha. ou peletizadas com farinha de ossos ou hiperfosfato. Isto é verdade em pastos queimados e com uma terra sem vida. A adubação nunca deve ser um método utilizado para introduzir forrageiras inadequadas para o solo. em terras pobres. 4. como o Hiperfosfato. Quando a deficiência de fósforo aparece antes. como brachiaria. ou por indicação da análise do solo. Em pastagens queimadas a tendência é a diminuição da absorção do Ca e P. Quem deve fazer a terra permeável são os meso e macro animais do solo. Também não adianta querer plantar aqui capins exigentes em fósforo. Há a afirmação que a adubação não penetra no solo pastoril. Nestes casos a adubação nada resolve. Pode ocorrer que plantas bem assentadas desapareçam pela adubação. feijão-miúdo. Por quê? Vejamos pastagem não é agricultura. cria e gado leiteiro são indicadas. Nesses solos a cria é problemática. alguma coisa no manejo anda errada. A adubação fosfatada aumenta até 4 vezes a produção de massa verde. que em condições favoráveis. Em terras ricas. soltando sua inflorescência muito cedo. não encontram ainda seu ótimo nas condições criadas. Serão fracas e sem desenvolvimento. Um mecanismo muito útil e prático é produzir aquilo que o solo permitir. estrela. Nunca se deve aplicar fosfato sem que haja necessidade pronunciada na pastagem. Raramente será necessária uma aplicação com 120 a 200kg/ha de termofosfato. o qual deve ser suficiente para 4 anos. A carência aguda de P manifestase: 1. Porém é fácil determinar a causa do desenvolvimento fraco das forrageiras. o problema é compactação do solo e a medida mais urgente é a passagem de uma grade pesada ou um subsolador. A época para aplicação de P. bem ambientadas e destiná-los à engorda. É um ecossistema muito delicado. é sempre no início da primavera. Adubação fosfatada Fósforo é o nutriente mais importante na pastagem. . Existe também a deficiência induzida pelo adensamento do solo ou queima rotineira. adaptadas à região. as quais tornam a atividade antieconômica. Quando modificamos este sistema drasticamente. pois eles transportam parte do adubo. ou seja. Haverá então deficiência. Quando a raiz é fraca.11. muitas plantas desaparecem e outras surgem. a engorda é mais indicada. a planta sofre de deficiência mineral e precisa de adubo. apesar de um manejo bem conduzido e a consorciação de gramíneas e leguminosas. Pelas invasoras típicas de solos pobres e pela ausência de leguminosas. ou seja. podem fixar até 150kg de nitrogênio por hectare/ano.11. 2.11. Adubação da pastagem A adubação rotineira de uma pastagem sempre será cara e antieconômica. retorcida e superficial. As leguminosas aumentam o teor de fósforo no solo. A sua inexistência. Quando a raiz é bem desenvolvida até uns 15 a 20cm de profundidade. Pela falta ou desenvolvimento deficiente de guias em capins decumbens. O fosfato usado deve ser sempre de ação lenta.47 4. A forragem piorou. no início das chuvas regulares. mas prolongado. Adubação nitrogenada O nitrogênio no sistema de produção pastoril pode ser introduzido através da fixação simbiótica e assimbiótica. com manejo rotativo. e cada planta que aparece na pastagem nativa é indicadora de alguma condição do solo. Pelo ciclo vegetativo curto. Ela só deve ser utilizada para corrigir deficiências que possam aparecer após o uso intensivo da pastagem que esgotou o solo. de 2 a 20mg/kg. tornam difícil a penetração do adubo. como o Azotobacter ou Spyrillum. 300 a 500kg/alqueire. Nas pastagens com uso intensivo. pangola e outros. sendo não somente as leguminosas aptas a fixarem nitrogênio através das bactérias noduladoras. como a pangola e a estrela-africana. quando as forrageiras encurtam muito seu ciclo e aparecem com folhas purpuradas e roxas. piluladas. Toma-se uma raiz de forrageira com auxílio de enxadeco ou enxadão. Normalmente a pastagem se conserva mais verde quando recebe nitrogênio e rebrota mais cedo. que pode ascender até níveis tóxicos. 4. Como a abundância de massa verde também é importante. o nitrogênio pode faltar. que ficam menores e tornam a planta mais susceptível à seca (CORSI. 2. pode-se concluir que o uso rotineiro de nitrogênio em pastagens enfraquece as forrageiras. que pela aplicação de nitrogênio são parcialmente gastos para o crescimento. Ao mesmo tempo transportam-se menos carboidratos para as raízes. que somente permanece por algumas horas no pasto. Como o nitrogênio enfraquece a planta. Para gado de corte. de maneira que a forragem adquire efeito descalcificante sobre os animais. a adubação com NPK é indicada. sem queimadas. acumulando-se nitritos e nitratos na planta. Na forragicultura pura. Proporcionar uma rebrota mais cedo na primavera. Normalmente usa-se nitrogênio para corrigir problemas de escassez de forragem no inverno ou início da primavera. enquanto que a grama-forquilha produz mais quando cortada de 24/24 dias. e o manejo correto da pastagem. fizeram-se ensaios de forrageiras em blocos sorteados. Com este procedimento chegou-se à “melhor forrageira”. isto é. são capazes de recambiar nutrientes lixiviados do subsolo à superfície. produzindo ácido oxálico que intoxica o gado. seca ou fria. O nitrogênio na pastagem deve provir de leguminosas e de um manejo adequado da pastagem. conservam e aumentam a produtividade. Só que os erros são grandes devido a falta de pisoteio e à uniformização dos cortes. onde existe o perigo de intoxicação do gado por fungos que se assentam embaixo na forragem alta e densa. Mas como o teor de substâncias nutritivas em uma forrageira depende do solo em que foi plantada. como de calagem. Assim a comparação das forrageiras torna-se difícil. submetidos a diversos tratamentos. Também a produção de forragem para ensilagem deve ser adubada. defecando ali. usada com a finalidade de aumentar a resistência das plantas ao frio ou de provocar uma ou outra vez a brotação precoce de um piquete. ou início das chuvas. Nas pastagens rotineiramente queimadas esta fixação ocorre deficientemente ou sua falta. Durante muito tempo avaliou-se a pastagem pelos teores bromatológicos de suas forrageiras. em vez de se levar o gado ao pasto. Na pastagem consorciada com leguminosas e manejada com rodízio racional.12. as leguminosas devem fornecer as proteínas que ainda faltarem nas gramíneas. . Em pastagens com uso muito intensivo em rotação com gado leiteiro. nunca deve ser aplicado dois anos consecutivos na mesma área. o retorno de nitrogênio ao solo é considerável e pode ser até excessivo. geralmente dispensa-se a adubação nitrogenada. por esgotamento de reservas. significando uma ocupação melhor do terreno. que permanece na pastagem. tem-se realizado ensaios de corte pesando-se a forragem produzida. A finalidade de uma adubação nitrogenada deve ser: 1. Já nas pastagens parece pouco econômica. Nas forragens. Muitas vezes diminui a absorção de cálcio pela aplicação de nitrogênio.48 Com a rebrota das gramíneas forrageiras ocorre em base as reservas de carboidratos. Leguminosas com raízes profundas. Nunca deve esquecer-se que o enriquecimento do solo com nitrogênio se faz através de leguminosas e matéria orgânica. e a maior produção nas águas somente era de valor enquanto não se mantinha gado na seca e no frio. Em solos muito pobres uma adubação nitrogenada até pode prejudicar as forrageiras. e durante o início da seca no Brasil Tropical. Recomenda-se o uso de nitrogênio somente para áreas de pastejo rotativo racional e nunca em pastagens extensivas. cortes mais ou menos freqüentes e em alturas diferentes. Aumentar a pastagem verde durante o inverno no sul. O nitrogênio deve ser aplicado antes que os pastos sequem. pelo teor de fibra. bem como diversas árvores. adubação. produzindo mais matéria orgânica. onde a forragem é levada ao gado. Neste caso a escolha acertada da forrageira. O adubo nitrogenado é um recurso para encurtar a escassez de forragem na estação fria no sul. como ocorre em lotações até de 200 animais/ha por um dia. 1975). deixando 8ton de excrementos em cada passagem. Por outro lado aumentam a perfilhação de folhas e a área destas. Por exemplo: o capim-colonião produz mais quando cortado de 60/60 dias. mas somente exceção. Somente em solos com quantidades suficientes dos outros nutrientes o efeito é satisfatório. O entrave da produção animal é a estação adversa. aquela que tinha produção abundante e teores admiráveis de amido e proteína. Na deficiência de P e Mn a transformação de nitrogênio para aminoácidos é muito vagarosa. sua consorciação com leguminosas. proporcionando máxima de produção animal. Avaliação da produtividade de uma pastagem Considera-se produtividade de uma pastagem a capacidade que a planta tem de produzir forragem nutritiva e abundante. proteína bruta e amido. Pode-se concluir que uma adubação nitrogenada não deve ser rotineira. que permita a fixação por microrganismos de vida livre na decomposição de matéria orgânica. Existe ainda a produção diferente nas estações do ano. aumenta igualmente o teor em proteínas no vegetal. aceitação pelo animal e seu teor de minerais e aminoácidos essenciais. isto é. porque o desempenho do animal depende do solo. do “conforto” climático sentido pelo animal.o repouso das pastagens. que baixa a utilização da forragem pelo animal. isto é. observa-se o seguinte quadro: a . e nunca conseguem recuperar-se. c . leite e lã por hectare. em lotação permanente: a . sua abundância. raça. inclusive por não conseguir manter a saúde animal. e do clima. está faltando a vegetação de brotação precoce. 5. bem se observa ausência de um programa de suplementação para a época. 7. O pastejo permanente terá sempre menor produção de forragem e menor valor nutritivo desta forragem. O valor nutritivo da forrageira varia segundo o solo. ao redor dos cochos e em lugares preferidos pelo gado a terra fica desnuda. da raça e sua adaptação à vegetação. como também da sua digestibilidade. da ocorrência de verminose. a “forrageira maravilha” não existe. da raça e sua adaptação ao clima e à forragem.diminuição da absorção de Ca e P pelas forrageiras. da distância das aguadas. da idade em que entra na fase reprodutiva nesse solo. especialmente em épocas de chuvas. sua riqueza ou pobreza mineral e seu estado biofísico. embora a produção animal não dependa somente da forrageira. da forragem. da forrageira.pelo pisoteio intenso compacta-se a superfície da pastagem. que podem exigir um gasto grande de energia. 4.13. As mesmas desaparecem. 3. da sombra para as horas de repouso e ruminação. 6. c . . e instalam-se as invasoras. 2. no frio. Em volta das aguadas. do manejo rotativo racional das pastagens. da suplementação adequada com sais minerais. sua produção de carne. d . da presença ou ausência de ervas que aumentam o apetite do animal. 8. peso e sexo idênticos. b .49 Hoje em dia tem-se optado pela avaliação da pastagem relacionada com o “desempenho animal”. da adaptação da planta ao solo e do animal à planta.decadência física pronunciada da terra. que ocorre nas fazendas invernadoras e nas áreas de estação seca. Como a queimada é um método mais rápido e mais barato de realizar limpeza nas áreas. b – animais submetem áreas da pastagem à superlotação ou à sublotação. 4. Em ambos extremos ocorre a invasão de plantas indesejáveis como: jurubebas (Solanum maculatum). A produção animal depende: 1. Normalmente a avaliação é feita na estação das águas e na seca ou. A “melhor forrageira”. 9. Estas análises esta mais perto da realidade. tirada da produção.instalação de uma vegetação própria para o fogo. unha-de-boi (Bauhinia candicans). tanto em quantidade como qualidade. As avaliações do valor de uma forragem e de sua produtividade são bem mais complexas do que a simples constatação dos quilos de forragem produzida por corte ou por hectare/ano e do teor bromatológico das forrageiras. Decadência das pastagens e suas razões Por que a pastagem entra em decadência? Os cuidados da pastagem são entregues aos animais. A monocultura pode ser muito menos produtiva que uma mistura de forrageiras. da saúde dos animais na pastagem. na região sul. etc. Usam-se forrageiras diferentes e manejam-se lotes de animais de idade. e da idade fisiológica em que é pastada. 10. Uma adubação pode aumentar em muito a produtividade ou pode aumentar somente a produção de massa verde.as plantas mais palatáveis e mais apreciadas são perseguidas pelo gado. Assim. pois a queimada dos restolhos prejudica a pastagem que deve ser instalada. mesmo se foram usados ecótipos como forrageiras. o uso adequado de nutrientes minerais. 4. pragas. O pastejo permanente é pernicioso em qualquer pastagem nativa ou cultivada. estimulando a brotação nova. é utilizada uma escala de números de um a 14. temperatura. a exposição do solo ao sol e chuvas contribui para o aparecimento de invasoras. Desta forma. A escolha acertada da forrageira contribui significativamente para a vida das pastagens. sendo que as leguminosas são necessárias para a estação seca. Quando a escolha é acertada pode-se criar uma pastagem permanente. Em pastagens de capimquicuio-da-Amazônia. O retorno da matéria orgânica é indispensável. Uma gradagem com afrouxamento do solo com auxílio de um “sub-solador” são muito melhores.50 d . isto. o pastejo dirigido e a consorciação com leguminosas são geralmente suficientes para recuperas as pastagens. umidade. após plantios agrícolas no campo. as pastagens tratadas com fertilizantes que atendem às necessidades indicadas pela análise do solo. carboidratos e minerais que atendem às exigências nutricionais dos ruminantes. que não cobrem bem todo o solo. proporcionam bons teores de proteína. Para medir o pH.. Quando usamos forrageiras de porte alto.15. mesmo com muitas práticas. pastejo permanente e o fogo são as causas primordiais da decadência da pastagem. doenças. para cobrir o solo que não é ocupado pelo capim. adubação e a irrigação. aeração. dão boa forragem e garantem a continuidade da pastagem. o pastejo permanente e as queimadas são métodos que destroem qualquer pastagem. Muitas vezes a forrageira plantada não se identifica com o meio e tem dificuldade de se manter. Finalmente estas invasoras como gramão. sofre decadência pronunciada após 2 a 3 anos. que é uma medida que proporciona a concentração de íons de hidrogênio H+ encontrados no solo. é usado um indicador de pH. talvez exóticas. provocando desta forma o desnudamento do solo onde o pastejo é mais intenso. por pisoteio pesado em períodos secos ou úmidos. uma das formas mais baratas de produção dos herbívoros. A pastagem plantada é mais susceptível que a nativa. em que criam-se plantas “nativas do fogo”. Como sobra vegetação seca e se instalam invasoras. a consorciação com leguminosas é importante. que necessitam de cuidados para manter a disponibilidade de nutrientes exigidas pelas plantas forrageiras. por terem crescimento rápido. Chega assim o fim de cada pastagem. microrgasnismos e manejo do solo. para alcançar um bom rendimento e alta produção da forrageira plantada. Estas forrageiras nem sempre são as mais produtivas. Quando . Até os animais selvagens. forrageiras naturais da região. tomam conta do campo. assa-peixe. como o colonião. Como evitar a decadência das pastagens Na implantação da pastagem deve-se evitar a aração profunda. O uso de culturas consorciadas com a proteção total da terra contra o sol e impacto das chuvas. Nutrição mineral e adubação de pastagens e capineiras Áreas de pastagens que constituem um ecosistema com caractrerísticas químicas e físicas. Erros neste sentido. como por exemplo: Azevén no Rio Grande do Sul e o capim-gordura em muitas partes do Brasil Tropical. luz.13. etc. a decadência será menor”. porque contribui para o enfraquecimento de forrageiras em algumas partes e o endurecimento em outras. Quando a pastagem for manejada em rotação. porque não soterram a parte do solo que é estável à água. isto é. quando bem manejadas. Geralmente a decadência inicia-se nos dois anos de agricultura que a precedem. mas quando associadas com leguminosas e outras gramíneas. etc. usa-se fogo para a “limpeza” do pasto. para superar temporariamente a decadência. O banimento do fogo. O manejo rotativo do pastejo é indispensável para a manutenção da pastagem.14. Assim. pode manter a pastagem densa durante a seca. Desta forma o capim-colonião consorciado com soja-perene ou colopogônio proporciona uma pastagem muito mais estável e produtiva do que o capim-colonião em monocultura. As lajes no subsolo. por melhor que seja. especialmente capins de porte alto. “Qualquer pastagem cultivada. Assim. Monoculturas sempre são sujeitas as pragas. Destroe-se com isso boa parte da vegetação pastoril. é importante. A escolha acertada geralmente será: plantas forrageiras já existentes no lugar ou forrageiras das quais se sabe que são subespontâneas na região. sem renovações periódicas. devendo atender: sementes. dificilmente conseguirão conservar a produtividade da pastagem cultivada. impulsionados pelo instinto. que têm tendência a abafar as leguminosas durante a estação das águas. Acidez do solo Para conhecer a acidez do solo. 4. o que muitas vezes exige a renovação. O lab-lab suporta mal o pisoteio e a puerária ou galactia podem abafar o capim. 4. migram para conservar seu alimento.1. é importante o uso de leguminosas arbustivas como o guandu. por permitir um descanso para a recuperação das forrageiras. o elefante.desaparecimento das espécies de animais terrícolas benéficos e aumento dos parasitas. se constitue em um dos fatores necessários à produção de forrageiras. Amostragem do solo para análise química A análise do solo tem como objetivo conhecer o nível de fertilidade so solo. cor. P e S). O principal responsável pela acidez do solo é o Al trocável.1.16. é recomendado realizar algumas amostragens de 20 a 40 cm. O método denominado: Elevação de Saturação de Bases é um dos mais utilizados por oferecer um critério analítoco seguro. atendendo-se às características do solo e da planta.1.16. 4. Determinação da necessidade da calagem A análise de solo me o instrumento utilizado para conhecer a necessidade de calcário no solo. fornecer cálcio e mangnésio.2. O pH médio das terras de pastagens no Brasil é da ordem de 5. em ziguezage. varia entre 4.51 pH está abixo de sete (neutro) a terra é considerada ácida e acima de sete. 4. o que orienta a adubação correta. 4.15.8 e 5.15.2.1. 4. 4. Aplicação de calcáreo Esta prática tem como objetivo. No início dos trabalhos em determinada área (pré-amostragem). a profundidade sew deve atender a profundidade de 20 cm.5 e nos cerrados. textura. alcalima.17. A variação de uma unidade no pH corresponde a um aumento de 10 vezes na acidez. Profundidade de retirada da amostra simples de solo Quando o solo é usado na exploração de capineiras e pastagens.2. gevetação e sua exploração em anos anteriores. sofre decomposição ao longo do tempo. em que a argila composta principalmente de alumínio e silício. Para incorporar o calcário ao solo se deve utilizar uma grade pesada logo após sua aplicação. Coleta da amostra. 4. 4. 4. sempre se atendendo o emprego racional de calcáreo e do adubo indicado. manterem um pH adequado à flora microbiana e melhorar as propriedades físicas do solo. Adubação nitrogenada Nº dea mostras simples por talhão 15 20 25 a 35 . Necessidades e aplicação de macronutrientes em solo destinado ao plantio de forrageiras A prática de adubação em terras destinadas ao plantio e cultivo de forrageiras é um procedimento delicado quando comparado com o cultivo de cereais. Também se deve obedecer à maior ou menor susceptibilidade das forrageiras à acidez do solo. garantir o aproveitamento dos elementos (N. Já nas regiões que registram solos com alto teor de alumínio.1. O procediemto não difiere do utilizado para análise de solo para exploração agrícola.16. A quantidade de amostra varia de acordo com a área. como da seguinte forma: Área do talhão (ha) Até três De três a cinco De cinco a sete FONTE: Comissão de fertilidade do solo do Estado de Minas Gerais (1978) A amostragem deve ser aleatória. homogeiinidade de área atendendo-se a topografia.17. com uma profundidade de 20 cm. Época e profundidade da calagem Para a formação de uma pastagem.1.15. traslocando o alumínio (interno) para parede externa (forma trocável). a aplicação de calcário deverá ser realizada pelo menos 30 dias antes da adubação do plantio. neutralizar os excessos de alumínio e manganês.1. Isto porque a prática cultural sobre exigências e formas de aplicação de fertilizantes em cereais é muito mais conhecida. Neutralização de ácidos orgânicos. o que leva à retrenção do P em forma sólida.52 O N se constitui em um elemento determinante na produção de matéria seca pelas plantas forrageiras. Durante as águas visando-se produzir o máximo de forragem para ser utilizado no período da seca. adicionar o K ao N a ser colocado em uma mesma aplicação. Adubação Potássica O K é indispensável para: 1. 4. O nitrogênio atmosférico se apresenta em forma com teor meio de 78% sob a forma de gás inerte (N 2). principalmente em solos arenosos. A fixação do nitrogênio também pode ocrorrer através de microrganismos livres no solo. 4. Aplicação de potássio Quando a nálise de solo reporta baixos níveis de K no solo. 2. Esta baixa disponibilidade também guarda relação com o baixo pH do solo e o elevado teor de sesquióxido de Fe e Al. 4. sua distribuição é realizada em linha.20. prolongando o período de pastejo e maior produçã de Matéria Seca (MS) durante o período de escassez de forragem. abre-se sulcos ou covas onde é aplicada a adubação fosfatada. como algas e certas bactéias. como as diferentes espécies utilizadas são plantadas por mudas. o que permite menor benefício às invasoras que aparecem entre as linhas. ou por roçadeira e. por atuar na síntese de proteína e enzimas. A fotossíntese. Na aplicação do N se recomenda o parcelamento.1. As leguminosas são mais exigentes em K do que as gramíneas.19. pouco solúveis. x leguminosas) e Spirilium liporeum x gramíneas e ainda pelo emprego de adubos nitrogenados. Método de aplicação do P O P se aplica no plantio de forrageiras para favorecer o desenvolvimento das raízes. porque as adubações posteriores deverão ser após cada corte. Se as análises são indicativas de níveis razoáveis de K no solo. NO2 e combinação orgânica. No entanto. Para capineiras. Adubação com enxofre Este elemento é considerado um macronutriente de grande importância. 3. 2. as demais ficarão na dependência do número de cortes. chamam a atenção para atender a necessidade de aplicação deste elemento. recomenda-se o rebaixamento das forrageiras através de pastoreio intenso. 4. 4. quando são utilizados o sulfato de amônio ou superfosfato simples. As necessidades de S parecem oscilar entre 10 a 40 Kg de S/ha. em função das perdas por lixiviação. Época de aplicação do nitrogênio Se deve considerar: 1. o melhor período de sua aplicação seria na época de adubação. sendi indisponível para as forrageiras. favorecendo sua disponibilidade para as plântulas. será necessária sua aplicação na época do plantio das forrageiras. bem como para o enraizamento e perfilamento destas plantas. Com este procedimento.17. As gramíneas necessitam de P para a respiração. por ser constituinte essencial das proteínas das forrageiras. as formas mais seguras com capacidade de fornecer as necessidades das gramíneas e leguminosas são: fixação simbiótica (Rizobium spp. já que isto diminui os custos e facilitam a prática de dosar as quantides a serem utilizadas. 4. Quando a semeadura do campo é realizada com máquinas. Adubação fosfatada Solos brasileiros por serem pobres em P disponível para as plantas. posteriormente atravé de aplicação manual (lanço) ou com auxílio de distribuidora de calcário. 4. Para o caso da adubação de capineiras já formadas. Metabolismo vegetal. A incorporação com grades deve atender o estado cultural da capineira. Síntese de carboidratos e neutralização de ácidos orgânicos.18. o P será incorporado logo abaixo e ao lado da semente. além de tornar-se um constituinte da clorofila. A carência deste elemento no estabelecimento do “stand” prejudica consideravelmente o desenvolvimento das forrageiras. tais .18. No caso do plantio de capineiras. entretanto. O parcelamento da quantidade de N em pastagens e capineiras (50 a 200Kg/ha/ano) deve dividir-se no mínimo em três aplicações. O período de final das águas. podendo ser incorporado ao solo por descargas elétricas ao ser transformado em N 3 ou através das chuvas na forma de NH 3.1.19.1.1. transporte de energia. síntese de proteína e carboidratos. a primeira aplicação deve ser realizada no início das chuvas e. Uma boa prática. se podem observar problemas de toxidez nas plantas forrageiras. 4. através do suprimento no solo ou pela via folhar. A aplicação de micronutrientes na adubação de pastagens e capineiras. Magnésio A deficiência deste macroelemento leva à clorose nas folhas mais velhas. as que vão necrosando.0. Boro Este mineral torna-se importante no crescimento das raízes e pontos de crescimento das plantas forrageiras. as nervuras. Molibideno Este elemento é de grande importância no metabolismo do nitrogênio das plantas forrageiras.53 necessidades são usualmente atendidas. Cobre . Cabe resaltar que a disponibilidade destes nutrientes no solo decresce na medida em que o pH for superior a 5. Desta forma sua deficiência torna viável sua aplicação. clorose em faixas longitudinais em folhas médias e necrose das folhas velhas. Sua importância radica no fato de se ligar aos componentes da membrana celular. Observa-se carência deste elemento.22. Daí sua grande importância para as leguminosas devido ao papel que desempenha no processo de fixação de N pelos nódulos das plantas.21. muito semelhantes à deficiência de nitrogênio. 4. Daí sua importância para alcaçar bons resultados. Sua disponibilidade é limitada devido ao baixo nível do mesmo no solo. incidindo no perfilamento da planta. quando as pastagens não sofrem adubação fosfatada há anos. Fósforo Na sua deficiência encontramos: folhas verde-intensa no início. embora o perfilamento pareça normal. pela pobreza do solo em matéria orgânica e pela seca extrema e pela alta precipitação. pela alcalinidade do solo. as que secam e caem. como nas velhas.5. são essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas. 4. Depois do Mo.21.2.3. Seu excesso leva à diminuição do potássio. 4. O Mo é muito sujeito à lixiviação. Isto porque suas deficiências em pastagens adubadas e bem manejadas.4.22. porém com desenvolvimento quase que normal. ainda têm sido pouco esclarecidas. Isto é observado tanto nas folhas novas. 4.21.21. 4. isto devido a sua grande disponibilidade.0. Potássio Sua carência leva à diminuição do crescimento e perfilamento. 4. 4. Nas folhas mais velhas observa-se necrose. Sua deficiência se expresa pela presença de folhas verde-claras. iniciando-se pelo ápice alongando-se para as bordas. Por isso quando é realizada a calagem do solo. o que pode acontecer quando o pH do solo for alcalino. Cálcio Sua carência leva ao aparecimento de folhas novas de coloração verde-amarelado. Desta forma.21.1.21. alcançado as tembém. Nitrogênio Sua deficiência leva a pobre desenvovimento vegetativo. talvez seja o micronutriente mais importante na nutrição de forrageiras. 4. Necessidades e aplicação de micronutirnetes em solos destinados ao cultivo e exploração de forrageiras Estes minerais a pesar de ser exigidos em menor quantidade pelas plantas forrageiras. É pouco abundante no solo e na planta. sendo encontrado na solução do solo sob a forma trocável e adsorvido ao óxido e hidróxido de ferre e à maéria orgânica. Deficiências de macronutrientes Macronutirentes são importantes para o bom desnvolvimento e qualidade das pastagens. Conforme o ciclo da planta pode ser observado ausência de inflorescência. sendo indispensáveis para a produtividade e vida das plantas. sendo também pouco reportado.2.3. amarelando do ápice até a base. 4. Enxofre Sua deficiência ocasiona o aparecimento de folhas e nervuras verde-claras. 4. quando a pH for inferior ou igual a 5. se deve observar que o mesmo não ultrapasse 7.22.6. eszpecialmente das leguminosas. não se encontram freqüentemente. para correção do pH.21.22. clorose nas folhas.1.0 para que haja diminuição da disponibilidade dos mesmos. baixo nível de manganês no solo e condições que propriciem sua oxidação. solos erodidos e solos turfosos. 4.7. Por tal motivo. sejam atendidas as necessidades das plantas forrageiras. As aplicações folhares também suelem ser eficientes. 5. Zinco O zinco é um micronutriente importante na formação de compostos promotores e reguladores do crescimento das plantas forrageiras.0.0 As aplicações aqui indicadas. A calagem assim o indique. a lixiviação e crescimento das plantas forrageiras. Sua deficiência é decorrente do baixo nível disponível no solo. 4.5 8. Sua deficiência é decorrente de: pH neutro ou alcalino. Manganês Este mineral é importante para a formação da clorofila. Quando comparamos uma área detinada a produção de forragens. É provável que com a aplicação de adubos que normalmente contenham cloro. 4. não tem sido reportado sintomas de sua carência em condições de exploração de pastagens no campo. Recomendações de micronutrientes em pastagens: As aplicações de micronutrientes são apresentadas no quadro a seguir. A análise de solo reporte níveis inferiores a 18 ppm de fósforo e 80 ppm de potássio. Sua maior disponibilidade acontece quando o solo apresenta baixa aereação e quando o pH for inferior a 7. bem como na formação. compostos de bactérias simbióticas do gênero Rhizobium. Entre as principais causas de perdas de minerais do solo podemos citar a erosão. Correção e adubação de solos destinados a exploração de forrageiras Consideram-se necessário a correção e adubação de solos destinados à explortação de plantas forrageiras quando: 1. 2.23.22. nas quais os solos são de textura leve. 4. Após o ferro. solos com aplicações fosfatadas e nitrogenadas excessivas. . 4. É componente da leghemoglobina (proteína semelhante à do sangue animal) que se encontra presente nos nódulos que se fixam a raízes das leguminosas. alto pH.22.22. sera talvez necessária sua aplicação de quatro a cinco anos após o plantio das forrageiras.5. Não seja adotada a adubação orgânica das capineiras. Perda de nutrientes do solo e das plantas forrageiras. Micronutrientes Molibideto de amônio ou sódio Borato de sódio (Bórax) Sulfato de cobre Suylfato de zinco Kg/ha 0. observa-se uma maior retirada de minerais do solo pelas forrageiras em relação às das plantas produtoras de grãos.54 É de grande importância na síntese protéica e fotossíntese das plantas forrageiras. 3.22. Altas aplicações de adubo fosfatado e/ou nitrogenado em solos ácidos com baixa quantidade de matéria orgânica podem dar origem a excesso deste mineral nas plantas forrageiras.4.0 7. multiplicação e funcionamento dos cloroplastos.6. As pedas por lixiviação ocorrem com maiores intensidades em regiões de climas com altas precipitações. é o micronutriente que aparece com maior proporção no solo. Cloro Há pouca informação ao respeito deste microelemento. Sua deficiência pode estar ligada à carência do mineral no solo. Haja uso intensivo de capineiras destinadas ao corte. 4. níveis excessivos de P no solo. em solos com alto teor de matéia orgânica e de pH alcalino. Ferro Elemento de grande importância na síntese de proteína das plantas forrageiras.0 7. mas sim podemos dimunui-las adotando-se um bom manejo da pastagem. cálcio e potássio por lavagem do solo. capim elefante e outros. na escacéz de forragem. etc. há necessidade proporcionar alimento de uma qualidade durante o esse período de estação. Em países do Hemisfério Norte. e sim com adequado manejo das pastagens. A fenação deverá ocorrer quando exista excesso de forragem em piquetes. O cultivo da terra impede a atividade de micorganismos. Com relação ao uso de leguminosas. Nos Estados Unidos. Assim considera-se um subproduto de pasto rotativo. nunca deveriam ser considerados para fenação. 3. perdem muita folha levando à diminuição da qualidade do feno. citam-se: soja perene. A produção de feno encotra sérias limitações devido a que quando as forrageiras estão aptas para a produção de feno. O secado artificial. principalmente quando provém de pastagens com capins e leguminosas consorciadas. onde a fenação é obrigatória. Entre as gramíneas forrageiras tropicais mais utilizadas tem sido reportado: coast-cross. 2. As mesmas são cobertas com plástico e . Fósforo: por fixação ao solo. para estímular o desenvolvimento do rumem de bezerros destinados à formação de plantéis de produção. As forrageiras grossas como capim Guatemala. onde as chuvas do verão são quase diárias. no pastejo rotativo. silagens e capineiras de corte. ou seja. Na nossa região a utilização de puerária e amendoim forrageiro. 5. O ponto exato para a fenação é no início da floração dos principais capins. por volta do fim da floração. O nitrogênio. produção de leite e colheitas para fenação. o feno é secado a campo em medas de até 4 metros de altura. No Rio Grande do Sul. Conceito A fenação é um dos procedimentos utilizados para conservação de pastagens destinadas à alimentação de animais nos períodos de entre-safra. capim colonião. sua utilização têm sido pesquisada e utilizada em diversoa países e também no Brasil. alimentação no confinamento. Para fenação são mais indicados os capins finos. Fenação 6. Não podemo evitar a perda de nutrientes em 100%. Também é uma prática que auxilia a alimentação de eqüinos. produção de leite e colheitas. estrela africana. crescimento dos ossos. Também tem sido explorada a formação de bancos de proteína de leguminosas arbustivas com a utilização de leucaena (Leucaena leucocephala) e guandu (Cajanus cajan). tanto pelo fornemento de proteína. 6. galactia. ainda é mais fácil. siratro. etc. Cabe lembrar que éstas forrageiras quando são submetidas a desidratação a campo. Dentre os mais utilizados citam-se: 6. O interese maior tem sido dedicado às espécies perenes (mais sobre a forma arbustiva). mais ainda constitui um suplemento bom para o gado. O capim cortado que recebe chuva. como Rhodes. no Texas. onde pela estação rigurosa. por serem de secagem demorada e difícil. etc. Jaraguá e especialmente as leguminosas. As leguminosas constituem uma excelente fonte de proteína para os ruminantes e por tal motivo. perde quase todo o seu valor nutritivo. a ocorrência de chuvas limita a execução de tal prática. Em região de clima tropical. Na nossa região o problema não se resolve com tal prática. Centrocema. sendo reportado com um feno de excelente qualida. CONSERVAÇÃO DE FORRAGEM Vários são os procedimentos utilizados na alimentação de ruminantes. se visa o acumulo de reservas na planta. operação realizada no campo. a forragem cortada é transportada para secadores. embora também sejam utilizadas as rasteiras. como a puerária ( Pueraria javanica Benth ou Pueraria phaseoloides Roxb. É um procedimento mais indicado para regiões de clima frio ou temperado. é quase impossível. Como a fenação. Trevos. o produzido com capim pangola ( Digitaria decumbens) etc. O problema máximo é o secado. como Lab-lab. evitando-se o auto-aquecimento do feno. como conseqüência de um manejo rotativo racional. encarece os custos de produçã do alimento. Estrela-africana. Benth) e o amendoim forrageiro (Arachis pintoi) procurando-se desta forma a produção de um alimento mais balanceado e de baixo custo.1. têm sidi promissor. onde o verão é relativamente seco. centrocema.55 Principais formas de retirada de nutrientes do solo: 1. embora possa ser uma prátca a ser adotada. USO DE LEGUMINOSAS NA RECUPERAÇÃO DAS PASTAGENS O uso de leguminosas nas pastagens tem como objetivo a recuperação e melhoramento de pastagens degradadas. o ponto de corte deve ser mais tarde. Pangola.1. Neste estado a planta é bem mais pobre em proteínas.1. quanto pelo seu efeito melhorador na recuperação de pastagens em solos degradados. crachiarias. onde é desidratada. plantas lenhosas. o que é indicativo de que seu valor está alterado. etc. O valor nutritivo do feno depende: 1. enfardamento e ocasionam maiores perdas de material no campo. Roçadeiras também podem ser utilizadas para o cortre da forrageira. O feno de capim da primeira brotação geralmente é mais pobre do que o da segunda brotação. Quando está mofado. Produção de feno por hectare Dependendo da forrageira e das pastagens. Um bom feno deve apresentar as seguintes características: 2.42% e a secagem lenta = 5. A secagem possui efeito pronunciado sobre o valor de proteínas digestíveis: a secagem rápida = 7.1. O corte mecânico é realizado com ceifadeiras acionadas por trator acvopladas ao hidráulico ou de arrastro. Quando processo é mecânico. já que ambos não passam de palha e devem ser usados como tal. deve ser muito bem socado para evitar aquecimento e auto-incêndio.1. Da idade em que as forrageiras foram cortadas.. conforme a própria pastagem. não ultrapassar o rendimento de 2ha/h. porém dificulta o enfileiramento. Quando está marrom perdeu muito de seu valor nutritivo e de sua digestibilidade.1. falta-lhe o cheiro próprio. Os fenos de maior qualidade são os de leguminosas.5 e 20 ton/ha de feno. o que proporciona maior desidratação ao final do dia.89%. é quando a planta apresenta um alto valor nutritivo.4. a plantação de forrageira para fenação não faz muito sentido. A cerca de arame é retirada da meda quando a ela está liberada para consumo animal. Feno de plantas forrageiras pobres não vale a pena. Época de fenar O melhor momento para colheita da forrageira. Coloração esverdeada. 6. No nosso meio. operação que dever realizxada nas primeiras horas da manhã. Geralmente usa-se de 5 a 8 Kg de sal por tonelada de feno para evitar o aquecimento.2. O que deve ser realizado é o plantio de capineiras consorciadas com leguminosas. 2. . Como os processos enzimáticos nunca param completamente. Da rapidez da secagem.5. enquanto que de um feno pobre comerá apenas 10 a 11kg/dia. 6. O “ponto do feno” deve obedecer a uma umidade relativa do ar em torno de 60 a 70%. Esta condição limita a produção de feno excelente qualidades em regiões de elevada precipitaçã pluvial. isto é. ate alcançar o ponto ideal (10 a20%). Corte da forragem para fenar O procedimento adotado pode ser manual ou mecânico. A primeira brotação. de feno. 6. A forrageira sofre desidratação mais ascentuada. a partir de três meses de estocagem o valor inicial de proteínas cai consideravelmente. O gado chega a consumir até 15 a 16kg/dia de feno de boa qualidade.3. Elementos estranhos como poeira. Do tempo de estocagem. 10 ton de forragem verde cortada fornecem 2 ton. Processo da fenação Este processo consiste na desidratação da forragem verde com 65 a 85% de umidade para 10 a 20%. 3. possui menos valor nutritivo do que a segunda brotação. É importante lembrar que o feno quando não for enfardado. Não podemos considerar feno o capim cortado após a sementação e o capim secado em pé. já que perde parte de sua digestibilidade durante o secado.56 cercadas com arame farpado. desclassificam o produto. 6. o que ocorre antes da floração e/ou logo no início da mesma.1. Em condições normais o feno constitui 1/5 da forragem verde. Cheiro fresco e agradável. 4. No nosso meio a fenação se justifica quando é de leguminosas e é destinado ao gado leiteiro ou para a alimentação de eqüinos. 3. O corte manual pode ser realizado com segadeira de motor costa ou segadeiras de tração animal. Das forrageiras utilizadas para a fenação. graças ao crescimento muito rápido. logo apoós do corte e na medida em que atinge valores inferiores a 65% de umidade. podem-se colher entre 0. 2. sempre que sejam colhidos na própria fazenda e quando o criador está acostumado a avaliar o estado nutritivo desse feno. 2. Reduz os custos de transporte.1. deverá ser enleirado à tarde e esparramado no dia seguinte.7.6. No topo é colocado um teto de sapé. A meda deve circundada por cercas impedindo o acesso dos animais. com conseqüente combustão. 7. 6. vento e raios solares. 6. o meterial deverá ser enleirado e o processo de revirado deverá ser iniciado quando for observado enxugamento dos espaços entre as leiras. Actinomicetos e Termoactinomicetos.1.1.7. Maiores desperdícios pelos animais no momento do consumo.1. lona plástica ou outro material que impeça a entrada de água das chuvas.1416 . 7.1. Logo após o corte se deve iniciar a viragem do material. Perdas por lavagem e fermentação.1. Desidratação da forragem O ritmo de desidratação pode ser regulado se a forragem for revirada. Atingido o ponto do feno. pó que permite a entrada de ar. Um canaleta em volta da meda impedirá a entrada de enxorradas. Armazenamento do feno O feno pode ser armazenado solto ou enfardado obrigatóriamente em locais secos.7. tantas vezes quando possível. minimizando assim o efeito do orvalho.1.1. etc. garfos. Ex: Meda em forma de pêra: a) Volume do cone: V1 = rR2 x H 3 R= raio H= altura do conr r= 3. ventilados e livres de umidade. Propricia um menor valo nutricional.1.1. Fácil acesso para o gado. No procedimento o feno é disposto em camadas bem compactadas abrindo-se o diâmetro até 2/3 da altura.1. ftalmente alcançará altas temperaturas.1.7.3. com mumidade final entre 10 a 20% darse-a início ao enfardamento e armazenamento. com conseqüente minimização de perdas nutricionais nesta fase. Vantagens do sistema 6. com conseqüente homogeinicidade da desidratação. Na ocorrência de chuva durtante o dia. Aspergillus fumigatus.1. Uma desidratação inadequada levara ao desenvolvimento de fungos: Aspergillus glaucus.1. Armazenamento solto São utilizadas instalações reservadas para tal finalidade. Quando o feno não estiver desidratação adequada e não se obedecer às condições de armazenamento.7. A meda tem geralmente um diâmetro na base entre quatro a seis metros e uma altura entre seis a nove metros. isto considerando que o m 3 comporta 60 Kg de feno. 6. O feno deverá ser armazenado em lugar coberto. 6. 6. Não exige abrigos. que não são mais do que montes de feno.2. Quando o material permanece no campo por mais de um dia. 6.2.4. Obedecer ao ponto final de desidratação é um ponto utilizado para garantir o êxito ou fracaso da fenação. 6. com conseqüente risco de intoxicar animais que o consumam. Desvantagens 6. De acordo com o formato da meda se pode calcular a tonelagem.7.57 6.3. seco e arejado que permita circulação de ar.7. 6. Podem ser utilizados ganchos.1.1.7.3. Aspergillus flavus. Esta modalidade é mais utilizada para alimentação de criações extensivas ou seiextensivas.1. 6.3. O mesmo é armazenado na forma de “medas”. com uma capacidade para seis a 12 toneladas.1.1.1.1.1.7.1. Menores custos de armazenamento. por sofrer processos de oxidação e putrefação devido ao contato direto com o ar. em torno de 2%. já que éstas não toleram pH baixo.) sem a utilização de recursos adicionais. as paredes revestidas com madeira. devendo ser descartada. picagem. continuem com a fermentação. sorgo ou capim.0. caso em que valor nutritivo já é baixo. 7. tem sido o capim Guatemala.2. é que a mesma apresete uma boa qualidade. Em toda a extensão exposta. valor nutritivo e alto rendimento de maassa verde por ha. é reportads o milho. Se o mesmo é proveniente de capim recomenda-se 35 Kg/dia Para efeito do planejamento dos cuidados com alimentação necessária aos animais da fazenda recomenda-se um cálculo de 40 Kg/animal/dia. Daí a necessidade de reduzir as perdas de material e/ou valor nutritivo durtante sua produão. Define-se silagem como a forragem verde e suculenta armazenada sem ar em um depósito denominado silo. o que tem levado contribuído para um maior cosumo de matéria seca e proteína bruta. geralmente optam por silo tipo-torre. sorgo. Antes da construção do silo deve-se fazer um cálculo exato do diâmetro do silo. compactação e vedação). para perder água e que não haja muita perda de minerais por escorrimento de líquido rico em substâncias nutritivas. Cabe lembra que o consumo de um animal adulto ér da ordem de 25Kg/dia quando este foi rduzido com milho. Enchimento do silo trincheira O material a ensilar deve ser suficientemente maduro. com conseqüente ganho de peso e aumento da produção leiteira. Tripsacum fasciculatum Trin (Tripsacum laxum Nash) Entre tanto o milho tem sido considerado como fornecedor de ensilagem da melhor qualidade. O tipo de silo a escolher é importante. ou deve ser premurchado. Para a produção de uma boa silagem. para permitir a drenagem do líquido que . Inibição da fermentação pelo abaixamento do pH As bactérias atuam sobre os carboidratos solúveis (açúcares) levando à produção de ácido lático e ascético. Os silos mais baratos são os de tipo trincheira ou em bolsas de plástico próprias para a atividade. e existentes no mercado. capins (elefante. Deve considerar-se que uma fatia de 5cm de espessura se perde diariamente da ensilagem. com consequente abaixamento do pH impedindo desta forma que as bactérias não desejadas. e impermeabilizados com tinta própria para silos. Paralisação da respiração decorrente da ausêncvia de ar. Para o fornecimento aos animais recomenda-se a retirada de fatia/dia da ordem de 15 cm.58 b) Volume do tronco do cone: V2 = r h (R2 + r2 + R x r) R= raio da parte mais larga r= raio da base h= 2/3 altura Volume total = V1 + V2 7. Conceito Silos são verdadeiras câmaras de fermentação onde a forragem picada é colocada para fermentar. a silagem de sorgo tem sido uma alternativa viável. O pH encontrado no silo varia entre 5. etc.1. O fundo do silo deverá ter uma leve inclinação. os quais implicam em grandes investimentos devido a necessidade de máquinas que transportam a matéria prima do silo até sua boca.5 a 6. Outro capim que tem sido considerado excelente pela produção de massa verde por há. Uso da silagem A pesar da silagem sofre as transformações desejadas por volta de 20 dias após enchimento do silo. Consideram-se dois princípios básicos para a conservação da forragem: 1. SILAGEM 7. Muitos produtores que exploram o gado leiteiro em semiconfinamento. em que a coservação forragem é realizado pelas bactérias. carregamento. porém nas regiões secas. Resultados satisfatórios têm alcançados com a utlização de soja (planta) acrescida de grãos de milho. Por tal motivo este tipo de silo está sendo deixado de ser usado. napier. 2. transporte. Chama-se silagem aos procedimentos adotados para a confecçãp da silagem (corte. Este procedimento quando comparado com pastagens resulta ser mais caro.3. por medida de segurança se recomenda a abertura do silo após 30 dias do seu enchimento. quando não tem sido possível a produção de milho. O ponto de colheita é alcançado quando o mesmo se encontra em ponto de pamonha 7. com conseqüente redução de gastos com a produção de forragens (aditivo). com concreto ou com tijolos. Nas regiões secas o silo trincheira pode ser coberto com plástico. Um fator importante na escolha da forragem. ... uma camada maior para compensar o assentamento e evitar que se forme uma cavidade. devem ser misturadas com forrageiras ricas em carboidratos.50m.. 8...... Nos primeiros dias os animais não devem receber mais do que 2 a 3kg de ensilado. O carregamento final do silo geralmente termina no segundo dia.. a ensilagem ficará pronta em 35 a 40 dias em que a fermentação mais favorável (láctica) ocorre entre 19 a 21 °C... Lembrar que quando se usa ensilagem../Animal Suplementação Alimentação contínua + Vermífugo Peso de Abate 400300200100------------Pastagem Nativa Pastejo Permanente 500. até que se acostumem chegando-se até 8kg para gado leiteiro e 12kg para gado de corte. de espessura. O prblema que se vive nessa condição é o expresado pelo gráfico: Ganho de peso dos animais conforme a alimentação e o trato Kg. Uma recomendação prática é colocar uma lona e repor o material assentado no dia seguinte. Essa cobertura deve ser no mínimo de 0. As leguminosas não podem ser ensiladas isoladamente.. Na época das águas a forragem é farta e o gado engorda e na época da seca e/ou frio...- ... com uma camada de palha de 10 a 15cm de espessura. Prefere-se o enchimento em dias encobertos sem chuvas. com cheiro muito agradável... até no máximo neste último. propiônico ou até amônia e perda do material. Alguns recomendam a aplicação de Ca e Uréia (1:1)... Safra e entresafra Numa grande parte do mundo. A extremidade aberta por onde se começará a retirada da ensilagem.. perdendo-se toda a ensilagem.59 escorre do material ensilado. Quando o silo é totalmente enchido.. em que o material permanece verde. mais alta no meio para permitir o escoamento da água.. o que melhora a ensilagem.. deve ser firmemente fechada por tábuas cobertas por papel de silo.... Se o material estiver muito seco deve ser borrifado com água até perder a rigidez. Assim.... A temperatura maior ocorrerá putrefação e produção de ácido butírico.. Neste estado os animais recusam o material. sempre jogando-se terra até atingir 1 m. A forrageira destinada à ensilagem deve ser picada por picador e nunca deve ser jogada inteira no silo.. ou plástico. deve-se ministrar sal mineral ao gado. jogando-se por cima uma camada de terra de 35 a 40 cm. retirando-se o ar (usar socador manual). perdendo-se o peso ganho durante as águas.... O silo deve ser de um tamanho que permita seu enchimento em um só dia. a atividade pecuária vive dois regimes: safra e entre-safra..... quando o ar não foi cuidadosamente expulsado.. especialmente em açúcar. de 15kg. com cheiro de vinagre.. A putrefação pode também ocorrer a temperaturas baixas. de espessura.... coloca-se no meio.. Se o material for capim de pastagem deve-se acrescentar até 3% de melaço para adoçar o material e permitir uma melhor fermentação. mais ainda é aceito pelos animais. Com temperaturas maiores de 22 a 25°C ocorre fermentação acética. ou então deverá colocar-se uma camada absorvente de 15 a 20cm de palha picada para cada metro de altura de ensilagem. contra essas tábuas. não podendo ser socado.. O material rígido ou duro dificulta a compactação. a forragem escasseia e o gado emagrece. Não se deve socar somente no fim do enchimento... O enchimento é realizado iniciando-se pela extremidade fechada. Nos cantos deve-se ter muito cuidado na hora da compactação. fornecendo um produto marrom.. quando é fechado.. Devem ser colocados volumes de 20 a 25cm e socam-se cuidadosamente. porque assim a compactação fica deficiente e a fermentação pode virar putrefação.. de maneira que a seca é menos intensa. 4. Selecionar o gado para o melhor aproveitamento da forragem fibrosa. que além de servir como sombra para o capim. canafístula (Pithecolobium multiflorum). que castiga a nossa pecuária. Usar quebra ventos mantendo a umidade no solo. Podemos usar outras técnicas de manejo: 1. que enrique a alimentação animal. 2. 6. 4. 5. As barreiras de vento têm de cortar a direção do vento. são de péssimo valor nutritivo e que secam rapidamente. e leguminosas é uma prática indicada. 6. Deixar a pastagem repousar uma vez por ano (repouso prolongado). 5. Impedir que a forrageira feche seu ciclo. etc. Eles são capazes de auxiliar-nos. As raízes profundas encontram água no solo de forma diferente a das plantas com pastejo permanente. Com a suplementação consegue-se estacionar o peso. frutificando e sementando. florescendo.60 1 2 2. que além de serem plantas invasoras.). Manter plantas silvestres na pastagem.5 3 3. guandu (Cajanus spp). Devemos impedir que o gado paste as árvores. onde não existe possibilidade de manter os animais no pasto na época de inverno. Não adianta plantar árvore nas baixadas onde o vento não “bate”. juazeiro (Zyziphus juazeiro). Implantar nas pastagens árvores forrageiras como algarobeira (Prosopis juliflora). Ele fornece fibras e minerais. Já no nosso meio existe propaganda para a fenação e ensilagem. que com suas raízes superficiais. é necessário o estoque de forragem em forma de feno e ensilagem. Sombreamento de aguadas e pastagens para economizar água. palha de milho. Ministrar melaço e uréia aproveitando-se a presença na propriedade de material fibroso como palha de arroz. jurema (Pithecolobium diversiforum).5 4 4. de tal forma que na seca sejam procuradas pelos animais.5 5 Anos Em pastagem nativa e pastejo permanente. o gado perde parte do peso ganho durante as águas. permitindo a rebrota na época da seca ou frio. Na ensilagem ocorrem também perdas nutricionais pela fermentação acética. isto chama a atenção de deficiência de cobalto na dieta. 7. Proceder ao rodízio racional da pastagem. Conservar os excedentes de forragem em silos trincheira. canafístula-de-lagoa (Pithecolobium sp. são suplemento forrageiro para os animais. Evitar o fogo para impedir desta forma a implantação de uma vegetação própria do fogo. É importante lembrar que quando o gado é muito ávido por comer árvores. Plantar leguminosas e árvores forrageiras. zinco. camaratuba (Cratylia mollis). Ministrar vermífugo antes da entrada da estação seca. . Deve-se lembrar que planta que sementou. o plantio de leguminosas arbustivas. mantendo-se as pastagens permanentemente verdes. seca. prevenindo a perda de peso na estação seca: 1. A ensilagem é utilizada em maior escala. 2. Nas regiões de clima tropical. como a Leucena. prática que se torna obrigatória. Nas regiões de clima temperado. Usar leguminosas arbustivas que dêem sombra ao capim. bagaço de cana. 7. Há vários métodos de superar a entre-safra. 3. com sua estação seca. feijão-bravo ( Cratylia floribunda). devido a que a neve e o gelo impõem essa condição. O nome de “feno” infelizmente não aumenta seu valor nutritivo. enxofre cromo. de árvores forrageiras como a ingá (Inga mill). tais como: molibdênio. especialmente para alimentação de bovinos leiteiros. 3. e fornecer minerais que facilitem sua digestão. etc. Em pastagem bem conduzida o ganho de peso é permanente e o gado alcança o peso de abate com dois anos e meio. Com o manejo rotativo das pastagens rompe-se este ciclo.. não alcançam. de acordo com a resistência das plantas ao pastejo e à seca. 10. deve-se garantir a alimentação com concentrados. 10. Pastejo contínuo Este sistema de pastejo caracteriza-se pela presença dos animais todo o ano em determinado pasto e são utilizadas grandes áreas. em que. .Tomar todos os cuidados possíveis com a perda de água por escoamento.É conveniente cuidar para que as parições ocorram no início do desenvolvimento vegetativo das plantas para que coincida a época de maior produção de leite e de crescimento de bezerros com a época de maior produção de forragem. pois ficando a umidade armazenada no solo por mais tempo.  Recuperar pastos debilitados através de descanso.Formar pastagens com misturas de espécies e diferentes hábitos de crescimento. os animais concentram-se próximos aos cochos. época de crescimento vegetativo e palatabilidade. Pastejo rotacionado em faixas Este sistema consiste em dividir a área em faixas através de cercas móveis. A dificuldade deste sistema é a necessidade de uso de cercas elétricas. d . consumindo as forragens aí existentes e deixando outras em sub-pastejo. volta-se o gado com o objetivo de eliminar as macegas (ervas daninhas) e incorporar as sementes caídas no solo. e . prevenindo-se contra as secas intensas.Quando se trata de animais de corte. é importante reduzir a carga animal (descarte) antes das pastagens entrarem em repouso.61 9. ora os animais pastejam em uma área. ASPECTOS DE MANEJO EM RELAÇÃO ÀS ESTAÇÕES DE PRODUÇÃO DE FORRAGENS a . No gado leiteiro. Após passado este período.1. Pastejo estacional ou deferido Considera a divisão da pastagem em duas áreas. pois é mais fácil manter uma vegetação do que recuperá-la. e antes que o animal perca peso. mais de difícil realização prática. Este sistema tem como objetivo:  Reservar pasto para ser pastejado na seca. c . ora em outra. permitindo que as não pastadas continuem seu ciclo vegetativo podendo ser consumida em outras épocas quando as mais apetecíveis e preferidas pelo gado não estiverem mais produzindo massa verde. Pastejo protelado É a modalidade que consiste em retirar o gado por um período apenas para a conclusão do ciclo evolutivo das plantas. O único benefício é que os animais neste tipo de pastejo têm maior ganho de peso. Aqui as cercas móveis são deslocadas através da área. Aqui o super-pastejo seletivo é prejudicial às pastagens. No caso. 10. O animal logicamente faria pastejo seletivo. tratando de controlá-las.4. b . favorecendo o aumento da área de infiltração.Manter a capacidade de suporte adequada.  Permitir a sementação de uma pastagem. obtêm-se rebrotas vigorosas. Folga-se um pasto a cada ano para garantir a renovação e adensamento da pastagem. Esta modalidade não deixa de ser um pastejo rotativo estacional. Deve-se deixar sempre uma reserva de forragem. Alguns autores afirmam que a melhor época de parição seria no início da seca diminuindo o índice de mortalidade em virtude da ausência de endo e ectopasitas e. onde se volta ao ponto de partida. 10. 3. com a finalidade mais específica de renovação natural da pastagem por sementação. feno e silagens para vacas em produção. SISTEMAS DE PASTEJO No sistema de pastejo são reportados cinco modelos que devem ser utilizados para o melhor aproveitamento e conservação das pastagens. É uma boa condição na teoria. neste caso.2. até alcançarem o ponto final. o que implica na perda da forragem. dada a oportunidade de seleção da forrageira. não se recomenda descartar animais para em seguida substitui-los. ocasionando superpastejo das plantas mais palatáveis ocasionando alterações na composição botânica da capineira. Estas áreas permitem o pastejo de um ou dois dias. Por serem grandes áreas. ensilagens ou feno são de fundamental importância. aguadas e currais. 10. o uso de capineiras de corte. 4. Pastejo rotacionado ou rotativo Neste sistema tem-se alcançado o aumento de rendimento da propriedade. onde se planta a suplementação. 7. devem existir piquetes grandes para maternidade. Estes animais necessitam de pastagens ricas em minerais e bem nutritivas. a simples subdivisão da área em piquetes não resolve. 11. quais as forrageiras que o gado prefere. Em se tratando de ovinos e caprinos. água de boa qualidade e áreas bem drenadas. e saber contornar o problema do aparecimento de invasoras ou capins grosseiros. porque especialmente a ovelha com cria ao pé praticamente não pode ser mudada de pasto ou somente em rebanhos com. Divisão da pastagem em piquetes conforme plano de uso adotado e com a infra-estrutura de cercas. A divisão deve ser feita de tal forma que exista um retiro por categorias (animais de cria. Aqui o bom censo deve prevalecer para o êxito do trabalho. 8. em que se aconselham as pastagens consorciadas ou variadas. de porte baixo. quais as modificações que podem surgir por um manejo desordenado. Uma prática costumeira na formação dos piquetes é a formação dos retiros uma de cada vez. 2. Assim. etc. não permite os benefícios de divisões com relação aos efeitos na fisiologia de planta. O retireiro deve observar qual o ponto melhor da forragem para seu consumo (pastejo). Quando as pastagens são deficientes o choque é bem maior. Implantação de forrageira de alta produção com correção adequada do solo. corredores e aguadas. Aqui o produtor ao passar da exploração de bovino do sistema contínuo para o rotacionado. DIRETRIZES UTILIZADAS NO SISTEMA DE PASTEJO ROTACIONADO OU ROTATIVO 1. desmamados. cavalos. com capins variados. 6. pode-se onerar o processo ao passo que um número muito pequeno. engorda. Período de ocupação: 1 a 7 dias. Cada funcionário responsável pelo retiro (retireiro) deve conhecer as necessidades do gado que aí se encontra. as pastagens para o desmame devem receber cuidados especiais. mas muitas vezes é mais em função do emprego de recursos técnicos do que pelo efeito isolado de adoção do sistema. e finalmente reserva florestal. e mesmo assim fazer a suplementação em cochos. com suficiente sombreamento. Quando se usa um número grande de divisões. Caso contrário ocorrerá a desmama involuntária da cria.5. isto acontece por desencontro entre a mãe e o filho durante o deslocamento do rebanho. A adoção de qualquer outro esquema de divisão de pastagem está na dependência de muitos fatores e deve ser analisado caso a caso. isto para evitar erros e a necessidade de futuramente ter que movimentar cercas de contorno dos piquetes. no máximo. o que é notado porque berram durante uma semana ou mais. 4. Quando a vaca está com a cria ao pé. o que leva a morte do cordeiro. Separação de animais por categorias (animais em produção. Área disponível por UA por dia de permanência no piquete: 30 a 150 m. 12. Período de descanso: 20 a 45 dias. Cabe lembrar que há duas condições em que o gado necessita de uma forragem muito rica: 3. DIVISÃO DE ESTÂNCIAS GRANDES EM RETIROS Os grandes proprietários de terras participam do progresso na agricultura e pecuária estando interessados em melhorar sua produção e aumentar seu lucro. Quando o animal está recém desmamado. uma para forragicultura. Quando ocorre a apartação. atendendo-se a necessidade de moirões e lascas para cercas). faz adubação. 3. Nas propriedades pequenas aconselha-se possuir somente um tipo de gado: de cria ou de engorda ou de leite. vacas secas). Reposição periódica de nutrientes retirados do pasto. Nas propriedades com grandes extensões de terra. se necessita fazer drenagem. em que manejo o gado se apresenta em melhores condições.62 10. matrizes. novilhas. inclusive para ensilagem. O piquete de maternidade e enfermaria deve ter pastos bons (ricos em minerais). Cabe lembrar que quando usamos monta natural deve-se considerar sempre uma área-piquete rica em minerais. 5. o que é menos sofrido quando encontram uma boa pastagem com suplementação mineral (cochos). Deve ter de um bom abrigo contra o sol e os ventos frios. Enfim deve prever a reserva de capim para a época da seca. com boa saúde e crescimento rápido. as crias sempre procuram a mãe durante o dia. 200 animais. condiciona as aguadas e usa animais de melhor qualidade. O maior choque que o animal recebe é o desmame. É dispensável a previsão de recursos forrageiros para os períodos críticos de produção de forragem. cultiva as forrageiras mais produtivas. Uma prática . corrige o solo. adubar ou fenar. tanto em fertilidade.63 seguida por criadores. como em drenagem e declividade. com conseqüente decadência da pastagem pela ingestão da rebrota. Subdivisão dos piquetes A área escolhida para a subdivisão da pastagem deve ser mais ou menos parecida. Cochos para sal mineralizado Os animais deverão ter acesso permanente ao sal mineralizado. No ano seguinte. Podemos sugerir a subdivisão gradativa. Se possível colocar piso de pizarra em volta para evitar a formação de lama. dividindo primeiro toda a gleba em 4 partes. Área de subdivisão de piquetes Estrada Estrada Estrada Estrada Água Água Estrada Estrada . Cabe lembrar que os mesmos devem ser colocados equidistantemente às fontes de água de bebida. para obrigar a que os animais não permaneçam viciados no local. 12. dividimos cada uma destas pela metade e assim por diante.1. por exemplo. temos duas possibilidades. e após 3 dias quando os animais estão acostumados com a pastagem. Uma vantagem desta prática está em que se observa o consumo do pasto sem que haja desperdício e o peão e o gado acostuma-se pouco a pouco com o manejo rotativo. Quando temos áreas menores. é colocar as vacas com as crias na pastagem. retiram-se as mães. 12. em condições diferentes o manejo torna-se difícil. Os coxos devem ser coberetos para evitar perda de sal com as chuvas. a subdivisão não é muito problemática Já quando se trata de áreas mais extensas. ao redor de 100 a 300 ha.2. 5 Descanso Período de (dias) 20 10 5 2.5 5 2.5 5 2.5 1 2 4 8 16 (dias) 0 20 30 35 37..5 10 5 2.5 2. para respeitar a fisiologia da forrageira. . mantendo-se o vigor nutritivo e rendimento.5 2.5 5 2. Para o planejamento do sistema rotacionado. 1985 Em relação ao esquema apresentado. A.5 5 2. a adoção de período de uso de três dias e descanso de 30 dias.5 Contínuo 20 10 5 2. M. parece uma prática favorável à implantação do sistema rotacionado.5 10 5 2.64 Relação entre o número de subdivisões e o período de descanso Acréscimo no Período de Utilização em dias descanso N ° de Piquetes (dias) Pastejo 20 10 5 2.5 2.5 2. procede-se da seguinte maneira: Trabalhemos com duas hipóteses.5 2. & ALVIM.5 FONTE: GARDNER. L.5 2. J.5 2.5 2. com lotação que pode variar até 200 animais por hectare.4 ha. Área por animal/dia = 80 m2 (hipótese) N° de dias no piquete = 3 dias 24. vai de 150 m 2 para os menos produtivos à 30 m2 para os mais produtivos. do nível tecnológico e recursos empregados e. Mantendo-se 3 dias de uso e 30 dias de descanso teremos 11 piquetes.65 Hipótese N° 1: Tomemos por base o número de unidade animal a ser trabalhado (Ex: 100 UA. Tamanho dos piquetes: será a área disponível pelo número de piquetes (30 ha)/11 ≅ 2. 3. Qual o número de piquetes necessários? Dependerá do número de dias de uso e descanso (Ex: 3 dias de uso e 30 dias de descanso). 000m2 = N° UA x 80m2/dia x 3dias N° UA = 24.: É importante planejar a área de produção de forragem para os períodos críticos de produção. Isto pode alcançar-se com um manejo muito intensivo.7 ha.) 1.4 ha = 26.4 ha. Qual o N° de UA que poderá ser explorado? Área do piquete = N° UA x Área por UA/dia x N° de dias Área do piquete = 2.3. 1. Tamanhos dos piquetes ou potreiros Existe a crença de que em um sistema de produção “Voisin” os piquetes deveriam ter o tamanho de um hectare. 3. com pastejo dos piquetes com duração um único dia. a área necessária por unidade animal por dia de permanência no piquete. 12. Hipótese 2: Tomemos como base uma área disponível: Ex: 30 ha. N° de piquetes: PD + 1 = 30 + 1 = 11 piquetes.000 m2 ≅ 112 UA 240 m2 OBS. Pp 3 Onde: PD (período de descanso) e Pp (período de permanência) 2. desde que a condiçao do . 2. Qual o tamanho dos piquetes? Dependerá da forrageira adotada. Área total = 11 piquetes x 2.7 ha para cada piquete. bem como a reposição anual de nutrientes removidos pelo pastejo. Ex: 80 m2/UA/dia Área piquete = N° UA x Área/UA x tempo de pastejo = 100 x 80m2 x 3 dias ≅ 2. vai depender das condições locais da pastagem e da experiência do pecuarista. mas em áreas com piquetes menores. Observa-se um limite superior de tamanho do piquete dado pelo número de gado que se pode manejar sem causar “stress” ou danos. as resoluções não são tomadas mais pelos animais e sim pelo dono. O limite inferior parece ser 1 hectare. Para eles a troca diária de piquetes é uma medida saudável. mesmo tendo-se forragem suplementar plantada. suporte do pisoteio. O limite superior dependerá do controle da vegetação. não estranha a movimentação. O que se necessita é ter uma idêntica produção de forragem. que é indicado pela quantidade de forragem. o problema que se observa é o endurecimento da pastagem com perda de valores nutritivos. capacidade de rebrota. hábito de crescimento. Lembremos que a quantidade de animais que pode ser movimentada é limitada. presença de leguminosas. causa “stress”. bem como das técnicas pastoris usadas. mudanças iguais às do gado de leite. divide-se a área em 4 partes e quando o manejo dá bons resultados e o pecuarista está inteirado dos problemas pastoris existentes. entre 1 a 20 ha. Cabe uma pergunta: Por que o pastejo rotativo racional pode ser mais aprimorado para o gado leiteiro e menos intenso para o gado de corte? Isto por que o gado leiteiro é acostumado a uma manejo constante. bater. Já no pastejo permanente em áreas muito grandes o gado cuida de si e do dono. estrela ou buffel. O ideal é que o animal não caminhe mais do que 500 a 800 metros para a fonte de água.Subdivisão desfavorável (longas caminhadas) . O tamanho dos piquetes não obedece a uma norma fixa. mas sempre em grupos ou o rebanho inteiro. subdivide-se novamente até chegar ao tamanho ideal. do que onde se usa a roça com rolo-faca ou roçadeira com lâminas sempre bem afiadas.. e o tamanho inferior. Assim como após a ordenha come com fome maior. e até no sul do Paraná. 12. o gado e a habilidade do pecuarista. como uma operação matemática. deve ser o mais aconselhável. As grandes caminhadas como no Nordeste que chegam a até 12 Km constituem um fator altamente depressivo no desenvolvimento dos animais. sua capacidade de rebrota e pela resistência ao pisoteio.4. Em áreas onde a vegetação durante boa parte do ano possui um crescimento rápido. Esta prática tem sido alcançada no Estado de Rio Grande do Sul. Amansar não quer dizer amarrar. A forragem disponível depende da fertilidade do solo e do clima. da intensidade do manejo e da carga animal. sendo obrigatório o seu conhecimento das condições da pastagem durante as épocas do ano. Animais que nas épocas das águas ocupam 1 piquete. agradece quando posto em piquete novo ainda não pastado. como é feito por muitos. Normalmente os animais não vão beber água um por um. para a maioria dos rebanhos. Os tamanhos dos piquetes não necessitam ser iguais. O máximo parece oscilar entre 200 vacas leiteiras. Assim o gado percebe que sempre alcança alguma coisa boa quando em contato com o homem. 400 a 500 novilhos de engorda ou 800 ovinos sem cria ou 200 com cria. Forma dos Piquetes A . a pastagem será menos produtiva. Nestes casos o tamanho dos piquetes pode alcançar até 1 ha. o clima. porque estes iriam dar forragem somente na época das chuvas. o que poderia ser modificado caso sejam necessárias medidas para amansar o rebanho. Isto se consegue dando sal e ração nos cochos. enquanto que na seca o gado não teria o que comer. da distância das aguadas e do tamanho da aguada. O tamanho do piquete vai depender da forragem disponível. podem necessitar de 3 para o período da seca. Não adianta somente formar pastagens de brachiaria. Isto é. Onde prevalece a prática das queimadas. tendo em vista que a rotação do pastejo passa a ser direcionada pelo proprietário. O tamanho do piquete pode variar atendendo o acima dito: capacidade de suporte. etc. Já o gado de corte menos acostumado ao contato diário com o tratador. Lembremos que a quantidade de forragem também dependerá da adaptação das forrageiras ao solo e ao clima. Assim o tamanho tem de acompanhar a possibilidade de alimentar bem gado. dada a perda de tudo o que ganharam na pastagem. levando-se em conta a região.. Nestas áreas aconselha-se a subdivisão progressiva.66 capim assim permitam. De maneira que a troca em 4 a 6 dias. amansar é acostumar os animais ao convívio humano. O local da água é reduzido demais e o comprimento dos piquetes muito grande.Subdivisão pouco favorável.67 B .Subdivisão favorável (muito boa) C . . Época adequada de pastejo O momento adequado de colocar os animais no pastejo de um piquete.68 D . .5.Subdivisão muito favorável. Curso do Rio Estrada H2O Pantanal Morros 12. depende de vários fatores:  Do desenvolvimento das forrageiras. Observa-se água no rio e na área de repouso.  Da condição de umidade do solo. necessita-se de suplementação com concentrados. o sistema: “solte o gado e veja o que acontecerá” não é o adequado. O pastejo permanente em grandes áreas sempre é destrutivo quando não há migração do gado. A demanda de energéticos aumenta nas vacas prenhes a medida que o feto cresce. já que suas exigências de sustento são menores. O gado de corte necessita de proteínas para seu desenvolvimento (apronte) e o gado de leite reduz sua produção quando recebe somente suplemento protéico e existe uma deficiência de amido na alimentação. que dependem da acumulação de reservas na sua raiz para poderem sobreviver à seca. as vacas secas devam consumir uma ração rica carboidratos. Desta forma. o que no mínimo deve permitir um pastejo alternado.69  Das exigências das forrageiras “chave”.540 kg de amido digestível. isto é uma proporção de 1:7. extermina-se a forrageira. os quais se encontram disponíveis no amido. o ponto da pastagem do gado de corte seria antes do início da fase reprodutiva das forrageiras. causando somente erosão e uma seca muito intensa. Quando são obrigados a permanecer nessas áreas. ou seja. A conservação do solo. 11 kg de leite com 4% de gordura. Escolha da pastagem para a atividade pecuária Podemos assegurar que a diferença na exigência dos animais não está somente nos teores de minerais. que permanecem estacionários em determinados locais. não permite a penetração da água pluvial.6. Se tais grupos conseguem se locomover na estação seca para pastagens melhores. Para uma produção maior. Com um peso vivo de 590 kg deve consumir aproximadamente 13. juntando-se em grupos. pasta onde existe água por perto. é de suma importância. Uma vaca leiteira que produz 8 litros de leite diários necessita 770g de proteínas digestíveis e 5. Quando se impede a formação das sementes. em regiões subúmidas. Nas áreas muito grandes. 3 piquetes pois dois estarão sempre sendo usados alternadamente durante as águas e o terceiro deve criar as reservas adicionais para a seca. Solo endurecido na superfície pelo pisoteio em épocas inadequadas. o que aponta uma relação: 1:3. que impeça este armazenamento. que somente voltam após terem sementado. Suponhamos que os Nutrientes Digestíveis Totais (NDT) são da ordem de 67%. Um novilho que está na fase de engorda para aumentar 500g de peso por dia.4. 12.7. e para o gado de leite. mas sim seu confinamento a estas áreas. Por isso é importante que o pecuarista conheça sua pastagem. Distribuição adequada do gado sobre as pastagens O gado também segue o princípio do menor esforço. açúcares e ácidos graxos. Para isso. o que está entre 67 e 70 kg de pasto fresco. Por outro lado existem plantas perenes. 12. Um pastejo freqüente. que existem forrageiras anuais. destroem a pastagem. extermina as plantas.2. essa vaca poderá produzir 9 kg de leite com 4% de gordura. Assim. ele desnuda o solo. A quantidade de forragem por si não é o suficiente para soltar o gado nos pastos.390 kg de amido digestível.5 kg de matéria seca.3% de seu peso vivo em forragem. sua necessidade de repouso para sua sobrevivência. necessita de 900g de proteína digestível e 3. o sistema não é o pior. quando as forrageiras estivessem em floração. o gado torna-se semi-selvagem. devem ser instalados. expresso em matéria seca. dispensa-se a . Cabe lembrar também. no mínimo. Isto demonstra que a alimentação do gado de corte demanda mais proteína que a do gado de leite. Considera-se que uma vaca leiteira consome em torno de 2. Assim. uma vez que a sobrevivência do gado dependerá do uso eficiente da água da chuva. a subdivisão em piquetes é indispensável. destruindo então solo e pastagem. onde existem forrageiras das quais mais gosta ou onde já pastou uma vez e onde haverá rebrota nova. Quando a forragem é de boa qualidade. Aconselha-se que nos últimos meses. Se o animal pesar 410 kg poderá produzir com a mesma forragem. Desta forma. A sua formação de reservas estará ligada à quantidade de folhas verdes que sintetizam substâncias que podem ser armazenadas na raiz. Se usarmos uma pastagem mista composta de gramíneas e leguminosas. um número de animais que esteja em equilíbrio com a produção forrageira.5 kg de pasto fresco. ou seja.9. Se um animal pesa 100 kg deve consumir 2.1. Entre os descendentes escolhem-se os que obtiveram desenvolvimento mais rápido e maior produção. Selecionamse as matrizes que melhor passaram o período adverso. Refere-se a uma situação de momento e. O seguinte procedimento deve ser usado: 1. ou na época das águas. exceto o pecuarista. Esta expressão mostra a preocupação em colocar. Destes animais escolhem-se os de melhor fertilidade. Quando se realizam importações de matrizes devem escolher-se animais que se consigam adaptar ao meio ambiente.8% de seu peso vivo por dia. em que o fator de multiplicação seria aproximadamente 5 numa massa verde com 85 a 90% de água. dos mestiços de Gir no cerrado e no sertão. pode fazê-la. os que deram cria anualmente. Obtém-se o fator de correção de matéria seca em forragem verde. A seleção se faz com base as matrizes em que o touro é trazido de fora porque ele é o indivíduo melhorador. Com uma boa alimentação (capim de boa qualidade) para a vaca prenhe nos últimos dois meses. Selecionam-se os animais que melhor aproveitam a pastagem existente durante o pior período do ano. do Nelore nas pastagens cultivadas na região Sudeste. Relação entre o número de animais na área e a forragem disponível Para a utilização adequada e racional da pastagem. os que com menos suplemento apresentam o melhor desenvolvimento. Escolhe-se a raça mais adequada para a região. porque em outras propriedades existem outras condições. 2000). mas vale a pena porque permite a formação de um rebanho com custos menores e de uma boa produção. 12. Quando falamos na pressão ou intensidade de pastejo. o do frio no sul ou da seca nas outras regiões brasileiras.7 a 2. Pressão ou Intensidade de pastejo Refere-se ao número de animais por unidade de forragem disponível.7 kg de matéria seca ou 13. Com tudo isso. como por exemplo: o Caracu nas pastagens ácidas de Santa Catarina. Se o peso fosse de 200 kg comerá 27. Taxa de lotação Geralmente é determinada com o número de animais por unidade de área. ganha-se um bezerro mais forte. 2. em um pasto.9.2. uma seleção consciente do gado para a pastagem existente na propriedade ainda não existe.9. 3.9. Ex: 5 UA/ha. a vaca acumula reservas de energia e terá uma maior lactação. 4. Um bovino de corte presume-se que consuma 2. supondo-se que a matéria seca tenha aproximadamente 18% de água. 12. escolhem-se os de melhor ossatura e de porte maior.8. A seleção ocorre por etapas. 12. isto é. três situações devem ser esclarecidas: 12. do Hereford nos pampas da fronteira. isto é.3. pode não ser o ideal sobre o ponto de vista de manejo adequado. quer na época da seca. A seleção do gado para uma pastagem leva muitos anos. Super-Pastejo . a que já está sendo explorada. Da descendência. e ninguém.0 kg de pasto fresco (NRC. do Charolês na serra do Rio Grande do Sul.70 suplementação. etc. dispensando muita suplementação e artifícios. Seleção do gado para a pastagem A adaptação da raça existe espontaneamente. temos que levar em conta alguns aspectos para ajustar o número de animais à capacidade da pastagem: 12. isto é. Sub-Pastejo É uma modalidade em que observamos poucos animais em relação à disponibilidade de forragem.5.9. Esta prática visa exclusivamente o aumento da massa verde e o aumento de proteína bruta.4. ainda é obrigatório o uso de minerais no cocho para aumentar a fertilidade do rebanho. Ocorre a invasão por ervas daninhas. geralmente possui gado muito pouco atacado. 13. A adubação com esterco de curral consegue diversificar a flora em pastagens nativas. como: Senecio brasiliensis. mas a produção por área é baixa. plantas fibrosas sem valor nutritivo. isto é. pelo aumento do número de animais. ocasionando um definhamento da espécie forrageira por não conseguir armazenar reservas orgânicas e aumenta a possibilidade de erosão. em campos com alta infestação de barba-de-bode. 14. Capacidade de suporte Diz respeito ao número de animais por unidade de área observando-se a pressão de pastejo ótima. Já os carrapatos geralmente aumentam na medida em que aparecem “macegas” (ervas daninhas). a produção animal torna-se máxima. saúde e fertilidade são indispensáveis. A verminose depende de dois fatores: 1. Assim. Ex: Brachiaria decumbens Stapf. porém. os carrapatos abundam. Cita-se como exemplo que uma pastagem formada exclusivamente por brachiaria. DISTÚRBIOS DE FERTILIDADE NO GADO BOVINO Em muitos países do mundo. em função da oportunidade de seleção do alimento. Os animais que consomem esta forragem apresentam um desenvolvimento bom. 12. permitindo-se uma produção animal sem prejudicar as plantas e o solo. pela perda de forragem. PARASITAS ANIMAIS O aparecimento dos parasitos nos animais não somente depende das plantas hospedeiras. no entanto a produção por hectare torna-se antieconômica. porque eles não têm sobra de forragem que lhes proporcione melhor seleção como no sub-pastejo. a produção animal pode não ser a máxima. Nos animais de corte e leite. a produção é irregular. também depende da resistência dos animais. a disponibilidade de forragem. . enquanto que o cerrado. dado o número pequeno de animais na pastagem. porém os problemas de fertilidade não tardam a aparecer. Deficiência em proteínas nos animais. Em um super-pastejo a produção por hectare (carne e leite) aumenta até certo ponto. geralmente favorece o ataque dos animais pelo berne.71 Considera-se super-pastejo ao excesso de animais em relação à disponibilidade de forragem. porém a produção animal tende a cair pela falta de forragem ou sua baixa qualidade. 12. Compreende o ponto de otimização na utilização das pastagens. Aqui se observa perda da forragem e. é costume o cultivo de forrageiras adubadas com NPK. a produção por hectare é máxima. Em terras com deficiência mineral de Ca e P. também é importante manter o equilíbrio entre as espécies forrageiras que integram a pastagem. o que força a adoção da queima para eliminar as ervas daninhas deixadas pelos animais. A capacidade de suporte é sem dúvida uma medida de avaliação da forragem (característica própria da espécie). comprometendo-se a produção animal e a pastagem. Pastejo Ótimo É a condição em que se observa equilíbrio entre a produção de forragem e o número de animais em uma determinada área. No pastejo ótimo. Cabe dizer que quanto pior a pastagem e quanto mais desuniforme a alimentação. a berneira ou maria-mole. 12. mais parasitas aparecem. É importante lembrar que não somente é importante uma carga animal adequada para a conservação da fertilidade do solo. mesmo com possibilidades enormes de criar berne. capacidade de suporte de 3 UA/ha. Alguns animais ficam prejudicados. Neste caso o animal tem condições de atingir o seu máximo potencial genético de produção. da qual se fala que hospeda o bicho-berne.9.10. São Paulo. favorecem os animais ao ataque de parasitas. Evitar pastos em solos mal drenados. Nunca manter caprinos e ovinos em pastagens plantadas com uma única forrageira. Desta forma que as pastagens em monoculturas. 1. as forrageiras contêm altas concentrações protéicas. parte-se para a suplementação com volumosos. 3.1 Suplementação alimentar durante o período seco Durante o período seco. Já para os bovinos decorte. MANEJO DOS ANIMAIS Do manejo da pastagem dependerão em grande parte os resultados ou fracasos com a exploração pecuária. estaremos propriciando o ganho de peso. 2. Suplementação com sal proteinado se constitui em uma alternativa para aumentar o rendimento reprodutivo e minimizar as perdas de peso dos animais. o que acontece por volta floração. Revista Brasileira de Ciências do solo. Cuidar para que haja suficiente leguminosa nos pastos. v. J. In: ENCONTRO DE ATUALIZAÇÃO EM PASTAGENS. com expresão da carga genética do indivíduo. Quando a quantidade de forragem é limitada. 1. Na medida em é oferido pastagem de boa qualidade. O controle de parasitas não deve ser feito exclusivamente com banhos e medicamentos. Recomendações para evitar ou diminuir o problema: 1. O rúmen nesta faixa etária. S.. O fornecimento de forrageiras de boas qualidades será responsável pelo ganho de peso dos bovinos de corte. Cabe lembrar que para as vacas leiteiras devemos preservar as forragens com alto teor de carboidratos. 3. feno ou silagem. 1. 15. 1-9. os pastos ricos em proteína. estaremos dando início ao desenvolvimento dete compartimento. 1982. 15. Evitar pastos fortemente adubados. São Paulo. Ausência de pastejo rotativo. favorecendo a processo de reprodução de fêmeas e machos. n. Antes da floração. isto em conseqüência de que a cria torna-se totalmente dependente do leite nesta fase. 1977. Plantas Forrageiras: grmíneas e leguminosas. além de alcaçarmos uma boa expressão de massa corporal. 4. Boin. a suplemtação alimentar tem como objetivo complementar a quantidade e qualidade da forragem. Na medida em que iniciamos o fornecimento de volumoso e/ou feno nesta etapa. 165-172. . Destacam-se aqui os caprinos e ovinos.A. 16. que garantam o fornecimento de carboidratos demandados pelas altas produtoras. BIBLIOGRAFIA 1. 5. vacas secas e animais em crescimento. de tal forma que exista verme no pasto quando o animal nasce. Evitar campos onde aparece musgo (falta de cálcio). Desta forma se alaçançam maiores índices de produção. 1977. Manejar os pastos sempre em rotação. Recomendam-se assim. Livraria Nobel. Cabe lembrar que as altas produtoras de leite demandam forragem de bo a qualidade. p. 6. Alcântara. deve-se cuidar dos animais com uma alimentação sadia. p. Manejo de capineiras e conservação de pastagens. Nova Odessa. 2. Debemos levar em conta que animais na fase final de engorda deverá ser contemplado o fornecimento de capins com boa qualidade protéica. 150p. que é o maior nos bovinos adultos. 1974. G. em fazendas destinadas à produção leiteira. Os cuidados necessários iniciam-se já após o nascimento das crias. é o compartimento menos desenvolvido. Dobereiner. que se dê uma ligeira passada dos animais já prontos para saída (abate) e em seguida passar para continuar o pastroreio às novilhas. Nestlé. sob regime de pastoreio permanente. Fixação de nitrogênio em gramíneas.72 2. C. drenagem das áreas alagadas e pela rotação do pastejo.B Bufarhah. P. . Campinas 12. Manual de Pastagens e Forrageiras. Escola de Veterinária. 3a. Conservación de forrajes. Brasil. Informe Agropecuário. n.980 EPAMIG.990 EPAMIG. Universidade Federal de Viçosa. São Paulo. N. p. P. Forragicultura Universidade Federal de Lavras. Imprensa Universitária.73 4. Wilkins. Forragens Fartas na Seca.A. 1980. p. FAEPE – Fundação de Apoio à Pesquisa. Acríbia.P. 8. R. Informações sobre plantas forrageiras. Gomes. SP. 1995 EPAMIG. Forragiucultura. Departamento de Zootecnia. Rocha. S. n. Ed. p. Voisin.R.G. P. Universidade Federal de Lavras. L. 165. Rocha. 14. U. 1. 1. Manejo Ecológico das Pastagens em Regiões Tropicais e Subtropicais. Damasceno. 6 (64) abr. Universidade Federal de Minas Gerais. 1989. 1991. J.. 11. 9.C. 3. Belo Horizonte. Belo Horizonte. G. 7. A. v. P. T. 1970. Anais do Simpósio sobre produção e utilização de forragens conservadas/Editores: Jobim. C. 7a. 3.C. Zaragoza. 5. Reimpressão. Gonçalves. Belo Horizonte. 2a. Livraria Novel S. 14. J. 1990 Evangelista. 2001. 1997. Tópicos de Forragicultura Tropical. MESTRE JOU. Câmara Brasileira do Livro.319. Domício. Belo Horizonte. Santos. Cecato.. A R. Informe Agropecuário. PRIMAVESI ANA. Reimpressão.. Maringá: UBWCCADZO.. Simpósio sobre produção e utilização de forragens conservadas (2001 – Maringá). 14. Ed.J.Fundação de Apoio à Pesquisa. FAEPE . 1997. 165. INSTITUTO CAMPINEIRO DE ENSINO AGRÍCOLA. 15. 10. 13. A. Informe Agropecuário. Dinâmica das Pastagens.. 1997 Evangelista. v. 1992. Edit. . 6.
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