FISIOTERAPIA-UROGINECOLOGICA.pdf

March 31, 2018 | Author: Marcia Borba | Category: Muscle, Physical Therapy, Old Age, Major Depressive Disorder, Sexual Intercourse


Comments



Description

0UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO FISIOTERAPIA Maria Aparecida Ferreira Sobreira FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA: UMA CARTILHA PARA PREVENÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA SAÚDE DA MULHER. BELÉM 2010 1 Maria Aparecida Ferreira Sobreira FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA: UMA CARTILHA PARA PREVENÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA SAÚDE DA MULHER Trabalho de Conclusão de curso apresentado à Universidade da Amazônia para obtenção do grau de bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof Mestrando Said Kalume Kalif BELÉM 2010 2 Sobreira, Maria Aparecida. Ferreira. Fisioterapia Uroginecológica: uma cartilha para prevenção da Incontinência Urinária na Saúde da Mulher / Maria Aparecida. Ferreira Sobreira - Belém / 2010. 60 f. Trabalho de Conclusão de Curso -- (Graduação) Universidade da Amazônia. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, curso de Fisioterapia. Orientador: Prof Mestrando Said Kalume Kalif. 1. Multíparas 2. Incontinência Urinária 3.Cartilha, 4.Prevenção 5.Tratamento 6. Fisioterapia Uroginecológica. I. Sobreira, Maria Aparecida. Ferreira II. Kalif, Said Kalume III. Título CDD ______ Orientador: Prof Mestrando Said Kalume Kalif Banca Examinadora ____________________________________________ Profª Cibele Nazaré da Silva Câmara ____________________________________________ Profª Nazete dos Santos Araújo Apresentado em: __ / __ / __ Conceito: ___________ BELÉM 2010 . 3 Maria Aparecida Ferreira Sobreira FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA: UMA CARTILHA PARA PREVENÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA SAÚDE DA MULHER Trabalho de Conclusão de curso apresentado à Universidade da Amazônia para obtenção do grau de bacharel em Fisioterapia. . 4 Aos meus pais que sempre me ensinaram a nunca desistir de um sonho e aos meus amados filhos que sempre me incentivaram a voltar a estudar. Amo vocês. Prof. sempre me ajudando a levantar e a seguir em frente. mas também à minha vida pessoal. que nas minhas dúvidas e incertezas. carinho e compreensão nos momentos mais difíceis dessa jornada. Said Kalif. não só à minha vida acadêmica. Às minhas entrevistadas e às amigas pessoais que participaram da pesquisa. Desistir NUNCA! Aprendi e ainda tenho muito que aprender com eles. A todos os professores que tive. que durante 2 anos e meio sempre me trataram com muito respeito e carinho. contribuindo de forma crucial para a realização deste trabalho. mostrou o caminho para que eu tivesse a chance de me tornar uma pessoa melhor. respeito e ética. ensinou-me a ter uma visão mais ampla e humana da importância de se atuar na comunidade. à sua maneira. Aos meus amigos que souberam compreender a minha ausência nesses tempos e nunca deixaram de me apoiar. E a todos aqueles que de uma forma ou de outra. 5 AGRADECIMENTOS A Deus. contribuíram para que esse trabalho fosse realizado com sucesso e o meu sonho também. que tiveram muita paciência. Aos funcionários da Unama. pois cada um deles soube acrescentar. uma pitada a mais de conhecimento. que nunca deixaram que eu esmorecesse (nem nas histerias das vésperas de provas). . Sem esse apoio eu jamais chegaria tão longe. Aos meus amigos e grandes companheiros nessa jornada. principalmente aos da biblioteca e aos da Fisioclínica. À minha família. em todas as faculdades pelas quais já passei. que como professor e fisioterapeuta. meus filhos e meu marido.“Vamo que vamo” Ao meu orientador. Heilane e Ulysses. Vi .Venci!” JÚLIO CÉSAR (47 aC) . 6 “Vim. 3% não sabiam que a IU pode ser evitada e 91. tendo como valor de significância = 0. Palavras-chave: multíparas. prevenção.05. Para o teste estatístico foi utilizado o teste de QUI-QUADRADO. tratamento. que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). no Hospital de Aeronáutica de Belém (HABE). o que é Incontinência Urinária (IU). a grande maioria desconheceu os recursos utilizados pela Fisioterapia Uroginecológica para o tratamento e/ou prevenção da IU. Conclusão: apesar do entendimento da cartilha em 100% das entrevistadas. através de uma cartilha.7% sabiam que a IU é tratável. 7 RESUMO Objetivo: informar. Método: estudo prospectivo e analítico realizado através do uso de questionários e de uma cartilha. . Aderência.7% não sabiam que a Fisioterapia Uroginecológica trata da IU. Resultados: houve 100% no entendimento da cartilha. cartilha. 41. 75% sabiam o que é IU. em 24 mulheres (entre 28 a 69 anos. Incontinência Urinária. 83. multíparas). os tipos mais frequentes. Fisioterapia Uroginecológica. os fatores de risco e as terapias utilizadas pela Fisioterapia Uroginecológica para o tratamento e/ou prevenção da IU. no período de Outubro a Novembro de 2009. Urinary Incontinence.7% didn’t know that the Urogynecologic Physiotherapy treats UI. For the statistical test was used the QUI- QUADRADO test.7% knew that it is treatable. 41. Method: prospective and analytical study accomplished thought the use of questionaries and a booklet over 24 multiparous women (28-69 years old). booklet.05. 83. Key-words: multiparous. what is Urinary Incontinence (UI). 75% knew what the UI was. the majority ignores the resources used by the Urogynecological Physiotherapy for the UI treatment and/ or prevention. Urogynecologic Physiotherapy. Conclusion: although the booklet understanding has reached 100% of the interviewed women. prevention. Grip. Results: there was 100% in the understanding of the booklet. with the significance value of α < 0. treatment. who have signed the Free and Informed Consent Term (FICT) at the Belém Air Force Hospital during October to November from 2009. the most frequent kinds. .. .3% did not know that the UI can be avoided and 91. 8 ABSTRACT Objective: inform through a booklet. risk factors and therapies used by Urogynecological Physiotherapy for the UI treatment and / or prevention. descobriu-se incontinente 35 Gráfico 10: Distribuição quanto a procura da Fisioterapia Uroginecológica para tratamento e/ou prevenção 36 Gráfico 11: Distribuição quanto ao conhecimento de que o Sistema Público de Saúde disponibiliza o tratamento para a IU 37 . 9 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Distribuição quanto a faixa etária 27 Gráfico 2: Distribuição segundo o número de filhos 28 Gráfico 3: Distribuição quanto à atividade sexual 29 Gráfico 4: Distribuição quanto ao conhecimento do que é IU 30 Gráfico 5: Distribuição quanto ao conhecimento de que a IU é tratável 31 Gráfico 6: Distribuição quanto ao conhecimento de que a Fisioterapia Uroginecológica trata da IU 32 Gráfico 7: Distribuição quanto ao conhecimento de que a IU pode ser evitada 33 Gráfico 8: Distribuição quanto ao entendimento da cartilha 34 Gráfico 9: Distribuição quanto após a leitura. .....................29 Tabela 5: Distribuição quanto ao conhecimento do que é IU .................................................. 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Resultado global dos questionários ...............26 Tabela 2: Distribuição quanto a faixa etária ............................................31 Tabela 7: Distribuição quanto ao conhecimento de que a Fisioterapia Uroginecológica trata da IU ................35 Tabela 11: Distribuição quanto a procura da Fisioterapia Uroginecológica para tratamento e/ou prevenção ...........................................36 Tabela 12: Distribuição quanto ao conhecimento de que o Sistema Público de Saúde disponibiliza o tratamento para a IU ...............................34 Tabela 10: Distribuição quanto..............37 ..........................................................................................................27 Tabela 3: Distribuição segundo o número de filhos .....................28 Tabela 4: Distribuição quanto à atividade sexual .................... .33 Tabela 9: Distribuição quanto ao entendimento da cartilha .................... após a leitura.......................................................................................................... descobriu-se incontinente .............30 Tabela 6: Distribuição quanto ao conhecimento de que a IU é tratável ........................32 Tabela 8: Distribuição quanto ao conhecimento de que a IU pode ser evitada .............................................................................................................................................................................. 2 FATORES DE EXCLUSÃO PARA A PRESENTE PESQUISA 20 7.OBJETIVOS ESPECÍFICOS 16 4.1 LIMITAÇÕES REFERENTES À PESQUISA 38 9. METODOLOGIA 18 6. FATORES DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO PARA A PRESENTE 20 PESQUISA 6. INTRODUÇÃO 12 2.1 OBJETIVO GERAL 16 3. JUSTIFICATIVA 15 3.FATORES DE INCLUSÃO PARA A PRESENTE PESQUISA 20 6. ÉTICA DE PESQUISA 17 5. REFERENCIAL TEÓRICO 21 8 RESULTADO E DISCUSSÃO 26 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS 40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 42 APÊNDICES 45 ANEXOS 53 . 11 SUMÁRIO 1.2 .1 . OBJETIVOS 16 3. é descrita como a queixa de perda involuntária de urina acompanhada ou precedida imediatamente de urgência. É comum a associação entre IU e incontinência fecal e uma prevalência de 20% foi descrita (FIALKOW. acomete 20% a 50% da população feminina ao longo de suas vidas. 2001). ou seja de desejo repentino e dificilmente adiável de urinar (BERGHMAN et al. responsável por prejuízos físicos. 12 1 – INTRODUÇÃO Segundo a International Continence Society (ICS): “Incontinência Urinária (IU) é perda de urina em quantidade ou freqüência suficientes para causar um problema social ou higiênico”. Os sinais e sintomas mais comumente identificados entre as mulheres com IU são: urgência. com prevalência de 22% dos casos de IU feminina. uma maior importância tem sido dada a IU nos últimos . apontam prevalência de mulheres com IU de 30 a 43% sendo a IUE o tipo mais prevalente (BLANES et al. um sinal ou por meio da observação urodinâmica (GRIFFITHS et al. embora ainda incipientes. 2002). Esses sinais e sintomas são usados para nortear o diagnóstico e a intervenção terapêutica nesta população. 2003). acomete 29 a 44% das mulheres incontinentes. enurese noturna. 2005) podendo ser classificada em incontinência urinária de esforço (IUE).. definida por queixa de perda involuntária de urina após tosse.. a IU é descrita como um sintoma. De acordo com a Sociedade Internacional de Continência.(ABRAMS. 2003). psicológicos e sociais. A associação entre IUE e urge-incontinência. é a mais prevalente na população em geral e acomete 49% das mulheres incontinentes (ABRAMS. A IUE.).. 2003.. urge-incontinência (IUU) ou IU mista (ABRAMS. 2002. 2003). Essa disfunção. A urge-incontinência. noctúria.. denominada IU mista. aos altos custos pessoais e governamentais e à sua prevalência. Devido ao impacto negativo na qualidade de vida. Já a perda contínua de urina é chamada de IU contínua e é o tipo menos freqüente. Dados referentes à população brasileira. urge-incontinência e perda aos esforços (VAN DER VATT et al.. espirro ou esforços físicos. 2005.) . GRIFFITHS et al. polaciúria. também tem sido apontado como fator de risco para a IU. a qualidade de vida tem sido também relevante para avaliar a satisfação deste em relação aos resultados do tratamento. provavelmente devido a neuropatia resultante do estiramento e pressão sobre o nervo pudendo. responsável pelo envelhecimento natural das fibras musculares. Vários fatores podem contribuir para o aumento da prevalência da IU... Outros fatores de risco freqüentemente associados à IU é a presença da IU gestacional e IU pós-parto (MORKVED et al.. devido a atrofia epitelial e diminuição da vascularização local (BARACHO. presente em mulheres em período gestacional ou com elevado índice de massa corpórea (IMC). 13 anos. Estudos demonstram que a IU impacta negativamente na qualidade de vida tanto de mulheres quanto de homens (HUANG et al. 2003). que pode iniciar durante a gestação. A sobrecarga no assoalho pélvico pode desencadear alteração anatômica e/ou alterar a sua função de sustentação dos órgãos pélvicos e de controle miccional (SUBAK et al. 2005). 2001). .A presença de IU gestacional duplica o risco de ocorrência de IU. a diminuição do estrógeno na pós-menopausa prejudica a coaptação da mucosa uretral. Já existem instrumentos específicos que quantificam a qualidade de vida. Os partos vaginais também aumentam o risco para a IU. Além da importância para o indivíduo especificamente. 2003). A qualidade de vida tem sido um desfecho importante em saúde. Outro fator de risco importante é a história familiar.. devido à maior chance de lesões de fibras musculares e nervosas no assoalho pélvico (MORKVED et al. Além disso. diminuindo. a capacidade dos músculos do assoalho pélvico de contribuir de maneira efetiva para o processo de continência (DANFORTH et al. Neste contexto. . inclusive instrumentos específicos para mulheres com IU já traduzidos para a língua portuguesa (TAMANINI et al. tendo em vista que características genéticas podem alterar a proporção entre fibras musculares tipo I e II e/ou de tecido conjuntivo (LAYCOCK et al. 2006). O sobrepeso. impactando negativamente a qualidade de vida das mulheres no futuro (PATRICK et al. 2007).. 1999). assim.. tanto no que diz respeito à criação de serviços específicos para atendimento à população quanto ao desenvolvimento de pesquisas científicas que possam nortear o eficiente manejo de tal disfunção. pode levar a uma hipotrofia ou a substituição destas por adipócitos ou células de tecido conjuntivo. 2006). o aumento da idade. 2003).. piorar no pós-parto e progredir lentamente com o avançar da idade. . 2005). em 1948. Tal fato pode estar relacionado a diferentes estratégias de enfrentamento.. Em mulheres com IU. como o estado das relações pessoais e de trabalho. em 2005. ocupacionais e de lazer. 2005). indicado pela Sociedade Internacional de Continência como a opção de primeira linha para IU. . tem tempo de recuperação demorado.. Arnold Kegel já houvesse proposto uma série de exercícios da musculatura perineal com o objetivo de minimizar seus sinais e sintomas (CAMMU et al. É importante ressaltar. tendo em vista que o tratamento cirúrgico é um recurso invasivo. pode trazer complicações. 2006). além do sucesso não ser totalmente garantido e de existirem chances de recidivas (CAMMU et al.. ainda que. os efeitos da terapia medicamentosa dependem de uso contínuo e podem causar efeitos colaterais indesejáveis (NEUMANN et al. baixo risco e eficácia comprovada (NEUMANN et al. Por outro lado. são comuns o isolamento social e o aparecimento de depressão (HUANG et al. 2000). Essa abordagem vem sofrendo transformações. a IU vem sendo tratada por meio de cirurgias e medicamentos.. desenvolvimento de atividades físicas. por exemplo. Historicamente. devido ao baixo custo. 2006). que mulheres com sinais e sintomas similares de IU podem apresentar diferentes níveis de qualidade de vida. no entanto.. 14 Esses instrumentos levam em consideração aspectos importantes da vida cotidiana do indivíduo. O tratamento fisioterapêutico foi. 2000). algumas mulheres consideram a IU uma conseqüência natural do processo de envelhecimento e passam a usar absorventes higiênicos para minimizar o impacto dessa disfunção no seu cotidiano. enquanto outras buscam tratamento especializado (HUANG et al. mas sim como doença de fato (MINISTÉRIO DA SAÚDE. são voltados para a mulher incontinente e não para a prevenção da Incontinência Urinária. 15 2 – JUSTIFICATIVA Mesmo sendo a Fisioterapia indicada como a primeira opção de tratamento da IU (ABRAMS. Não podemos esquecer de que a população feminina também está envelhecendo e é preciso minimizar os possíveis riscos de doenças. 2005). 2006). procurar o atendimento especializado. Além disso. Caderno de Atenção Básica ao Idoso. e que até falam do problema da IU. Existem cadernos de atenção à saúde do idoso. faz-se necessário o acesso à publicações que contenham informações que levem essas mulheres a conhecerem sobre a doença e posteriormente. com um número elevado de mulheres afetadas e que existem recursos terapêuticos. todos produzidos pelo Governo. o caderno de atenção à saúde da mulher. . é importante ressaltar que esses atendimentos. além dos cirúrgicos e medicamentosos. advindos com a idade. mas não como forma preventiva e nem prioritária. quando existem. procurando assim promover programas e projetos que visem à prevenção para que seja possível melhorar a qualidade de vida desta população no amanhã. existem relativamente poucos serviços públicos de atendimento fisioterapêutico à mulheres incontinentes no Brasil. Tendo em vista o alto índice de IU. 16 3 – OBJETIVOS 3.1 - OBJETIVO GERAL: • Criar uma cartilha informativa sobre o que é a Incontinência Urinária (IU), seus sintomas e fatores de risco para a IU. 3.1 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Informar através de uma cartilha que a IU é uma doença, tratável e que também pode ser prevenida e que a Fisioterapia Uroginecológica dispõe de inúmeros recursos para o tratamento e/ou prevenção da mesma, fornecendo orientações sobre os órgãos públicos que disponibilizam esse tratamento. • Avaliar essas informações através da aplicação de questionários. 17 4 - ÉTICA DA PESQUISA Esta pesquisa foi realizada segundo os preceitos da Declaração de Helsinki e do Código de Nuremberg, respeitadas as Normas de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Res. CNS 196/96) do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL, 1996). O projeto foi aceito inicialmente pelo orientador da pesquisa (ANEXO 1), pelo local onde foram realizados os questionários, no Hospital de Aeronáutica de Belém- HABE (ANEXO 2) e, posteriormente, submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) envolvendo seres humanos do HABE (ANEXO 4). Após aprovação do CEP, cujo número do protocolo de aprovação foi 294064/09, sem restrições Sendo depois submetido à avaliação pela banca de qualificação da UNAMA, onde foi aprovado pela banca, permitindo que o projeto entrasse em fase de execução. Os participantes, então, tomaram conhecimento e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (Anexo 4), no qual constavam: o objetivo do estudo, os procedimentos de avaliação, os riscos e benefícios, o caráter de voluntariedade da participação do sujeito e a responsabilidade por parte do avaliador, tendo sido respeitada a privacidade e a total confiabilidade dos dados. 18 5– METODOLOGIA Estudo prospectivo e analítico realizado através do uso de questionários e de uma cartilha, em mulheres (em número de 35, sendo que 11 foram excluídas por não atingirem a faixa proposta pelo presente estudo, restando assim, 24 mulheres), com idade entre 28 e 69 anos, que fossem multíparas (que tenham tido pelo menos 1 filho), de preferência que tivessem tido filhos de parto normal (mas não obrigatoriamente). Os questionários foram aplicados no ambulatório de Ginecologia/Obstetrícia e no de Fisioterapia do Hospital de Aeronáutica de Belém (HABE), no período de outubro e novembro do ano de 2009, mediante autorização do diretor da instituição referida. As mulheres se submeteram a responder 3 questionários, à leitura da cartilha e a assinarem o TCLE, autorizando a realização da pesquisa, da seguinte maneira: No 1º questionário constavam as informações pessoais, se elas sabiam o que é IU e se aceitariam participar da pesquisa proposta. Aceitando e assinando o TCLE, elas receberam a cartilha se comprometendo a lê-la e agendando com o entrevistador uma nova data (no prazo de 1 semana após a entrega da cartilha) para responder ao 2º questionário. No 2º questionário constavam perguntas relativas ao texto e às informações contidas na cartilha, para que pudessem analisar o entendimento da mesma pela entrevistada, e caso não houvesse entendimento, responderiam onde e quais foram as dúvidas, levando à elaboração da correção das possíveis dificuldades geradas pela 1ª cartilha. Caso a entrevistada não apresentasse nenhuma dúvida quanto à leitura e à mensagem proposta, ela responderia ao 3º questionário no qual constavam perguntas sobre se ela apresentava um ou mais sintomas relatados na cartilha e, caso positivo, se ela procuraria a Fisioterapia para uma avaliação e posterior tratamento, se fosse o caso. Os resultados obtidos foram demonstrados através da base de dados estatísticos pelo método Qui-Quadrado – Aderência.. Os questionários e a cartilha encontram-se no APÊNDICE B e C do presente trabalho. A revisão bibliográfica e a pesquisa em base de dados (artigos científicos, periódicos e outras publicações) como Scielo, Pubmed, Biblioteca da UNAMA, Biblioteca da UEPA, Órgãos Públicos como o Ministério da Saúde (MS), Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), sites de Uroginecologia e de Fisioterapia entre outros, foram realizadas no período de agosto de 2009, indo até abril de 2010. 19 As referências dos acima citados encontram-se no referencial teórico e na referência bibliográfica deste presente trabalho. . ser multípara (pelo menos 1 filho / preferencialmente de parto normal) e ser alfabetizada. .FATORES DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO PARA A PRESENTE PESQUISA 6. não ter filhos e não ser alfabetizada.FATORES DE EXCLUSÃO PARA A PRESENTE PESQUISA Ter menos de 28 anos ou mais de 69 anos. 6.2 . ter idade entre 28 a 69 anos.FATORES DE INCLUSÃO PARA A PRESENTE PESQUISA Ser do sexo feminino.1 . 20 6. 4 milhões com idade superior a 40 anos. Uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens sofrem perda de urina tão grave que resulta em problemas sociais e de higiene. E a tendência é de que esse número aumente em grandes proporções. haja vista que a população mundial está envelhecendo (OMS. . 2005).REFERENCIAIS TEÓRICOS Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) existem milhões de pessoas incontinentes no Mundo. apenas uma em cada doze mulheres procura assistência médica em razão desse problema e metade das que chegam ao médico não obtém qualquer melhora de seus sintomas como resultado do atendimento (BLANES et al. que mostrou uma população feminina de 86 milhões de habitantes e destas 24. estima-se que haja. trinta milhões de pacientes portadores de incontinência urinária. calculam que o número de pacientes com Incontinência Urinária pode chegar a 80% (BLANES et al. independentemente de sexo. A Incontinência Urinária já é uma preocupação de saúde pública (ABRAMS. Nesse enfoque. raça. 2007). 2009). Considerando o fato de que muitas mulheres incontinentes relutam em admitir seu problema. pode-se estimar a possibilidade de que aproximadamente 10 milhões de mulheres sejam incontinentes. de fato. mas somente um terço dessas pessoas procura ajuda (BLANES et al. 2005). 2003). 21 7 . 2005). 2003). mas sim um fator de risco em potencial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA – SBGG. Acrescenta Moreira (2001) que o problema atinge aproximadamente 10% da população geral e é superior a 30% nas mulheres acima de sessenta anos. estima-se que a duração comum de tempo em que uma mulher permanece incontinente antes de buscar avaliação médica é de nove anos. 2007). Mesmo sabendo-se que a IU não é consequência direta do envelhecimento. Palma e Riccetto (1999) assinalam que existem nos Estados Unidos da América quinze milhões de pessoas incontinentes. idade (OMS. Levando-se em conta os dados epidemiológicos e o último censo do IBGE (2000). Apesar dessa alta incidência.. A incontinência urinária (IU) é definida como a perda involuntária de urina objetivamente demonstrada (ABRAMS. 1999). à medida que esses indivíduos abandonam sua prática esportiva. Segundo Moreno (2004). as restrições graves quanto a saírem de casa e preocupações a respeito da detecção de odores geraram a procura imediata por essas mulheres de assistência médica. tornando-se deprimidas. têm uma queda na auto-estima. 2004). 2002).. silenciosamente. De acordo com D'Ancona & Netto (2001). igrejas.. 2001). Estudos revelam que além da questão fisiológica. deixam de freqüentar festas. emocionais. angustiadas e irritadas. um estudo realizado por Lewis indicou que 75% de 827 mulheres com incontinência com quarenta anos de idade até mais de setenta anos permaneceram silenciosas por três ou mais anos antes de procurar auxílio (GUCCIONE. 2001).. 2002) identificou que apenas uma entre dez mulheres procurará os cuidados profissionais para a incontinência. Infelizmente. sentem-se humilhadas e embaraçadas demais para falar sobre o problema (SIMONETTI et al. na década de 50 (MORENO. Sua vida passa. essa condição causa a perda da auto-estima levando à depressão (SIMONETTI et al. que leva a que algumas mulheres adiem a procura por um serviço especializado para o tratamento. Arnold Kegel. Os exercícios mais conhecidos para a prevenção e tratamento da Incontinência Urinária são aqueles criados e popularizados pelo Dr. Apenas quando a qualidade de vida está demasiadamente comprometida pela incontinência urinária. a qualidade de vida de pessoas com incontinência urinária fica comprometida. Além disso. freqüentemente. desiste da prática de esportes e de outras atividades que possam revelar seu “problema”. psicossociais e profissionais também são comprometidos (SIMONETTI et al. os exercícios para fortalecimento da musculatura pélvica objetivando melhorar os mecanismos de continência urinária (MORENO. Kegel utilizou pela primeira vez. 2001). por isso. alterações no sono e em repouso. há o inevitável e inexorável fator envelhecimento. ginecologista norte- americano.. a depender da disponibilidade de banheiros e surgem dificuldades sexuais. a paciente incontinente tende ao isolamento social. pois tem medo de estar em público e ocorrer uma perda urinária. 1999). pois acreditam ser comum ou esperado que uma mulher idosa perca urina. muitas vezes. aspectos econômicos. As mulheres. 22 Thomas (apud GUCCIONE. Do ponto de vista psicológico. 2001). cientificamente. elas procuram o serviço médico (PALMA & RICCETTO. reuniões e locais públicos em geral. 2004). Ademais. (PALMA & RICCETTO. (SIMONETTI et al. . então. 2004). Contudo para que esses exercícios sejam desenvolvidos com eficácia.(PALMA & RICCETTO. 2004). no fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico (MAP). A função dos músculos do assoalho pélvico é sustentar as vísceras em posição vertical. 2007). Em termos técnicos esta percepção chama-se propriocepção. Exercícios específicos podem contribuir para melhorar e prevenir o quadro de Incontinência Urinária e ainda melhorar a performance sexual (BARACHO. 1999). esses músculos necessitam estar fortes e em perfeitas condições (PALMA & RICCETTO. Kegel observou também que vinculado à melhora da continência urinária. 2004). A maior dificuldade na realização dos exercícios para a musculatura do assoalho pélvico (MAP) é saber exatamente qual músculo contrair e de que forma (D’ANCONA. portanto. já que esses músculos não são usualmente treinados. seus exercícios melhoravam o prazer sexual de muitas mulheres (MORENO. ajuda na compressão da uretra contra a sínfise púbica. controle de esfíncter anal e constrição da vagina (BARACHO. o suporte estrutural dessa região fica mais eficiente impedindo a descida da uretra quando há aumento da pressão intra-abdominal. hipertrofia dos músculos pélvicos e aumento do volume dessa musculatura (MORENO. 2004). Antes de iniciar os exercícios é importante estar familiarizada com a contração da MAP: saber como contraí-la e testar sua força (MORENO. além da manutenção da continência urinária. 1999). expõe a necessidade das mulheres com Incontinência Urinária aprenderem a contrair e a relaxar a musculatura envolvida. 23 Os benefícios apresentados por esses exercícios consistem na melhora da contração da musculatura do períneo tornando-a mais potente (forte e rápida). . Podemos dizer que existem três ações da MAP que podem ser facilmente percebidas pela mulher :controle da uretra para o fluxo urinário. diminuindo assim as perdas urinárias (MORENO. Para tanto. 2007). Seus exercícios constituem. Dessa forma. aumento da pressão intra-uretral no momento do aumento da pressão intra-abdominal. D'Ancona (2001). 2001). em decúbito dorsal.2007). correr (BARACHO.e deve ser realizado em 3 séries de 10 repetições. ficando apoiada apenas sobre os ombros e os pés. também promovem a contração da musculatura do Assoalho Pélvico (MORENO. como subir escada. Os cones vaginais também são utilizados para o fortalecimento da MAP e para a propriocepção da mesma. (BARACHO. ou até mesmo uma bola pequena e flexível. de forma a isolar essa musculatura (ela vai contrair os glúteos e apertar a bola . fazer agachamento. sem roupa íntima. Outro exercício bem difundido e eficaz para o fortalecimento da MAP conhecido como Ponte. como os adutores.2007). .2007). a paciente flexiona os joelhos e eleva o quadril. 2007). ou travesseiro. é interessante que se faça uso de almofada. geralmente em número de 5 e com pesos e cores distintas (entre 25 g a 65 ou até 75 g). onde. Para mulheres que fazem uso dos músculos acessórios. com um intervalo de 1 (um) minuto entre as séries (BARACHO. Repetindo estas contrações em três séries de 10 vezes. Esse exercício é usado para propriocepção da MAP. procurando então segurar abruptamente o jato (imaginário) de urina para não deixar escapar. Os exercícios isométricos para o reto abdominal. contando até 3 segundos e depois vai relaxar essa musculatura. a paciente encontra-se de pé (posição ortostática) ou sentada (em sedestação) e imagina que está urinando. seja em decúbito dorsal ou em posição ortostática. realiza caminhada durante 15 minutos. inicialmente com o cone de menor peso. Conforme a evolução da paciente. Existe também a ginástica Hipopressiva onde a respiração é fundamental para a contração do abdomen juntamente com o Assoalho Pélvico (MORENO. Ela então realizará a contração dos glúteos. aumenta-se o peso e também as atividades com o mesmo. São cones de pesos variados. 2004). entre os joelhos ao mesmo tempo) e dar à paciente a noção exata da real musculatura a ser utolizada (BARACHO. promovendo assim a contração em tempo constante para evitar que o cone saia (BARACHO. 2007). 2004). 24 Um dos exercícios para o Assoalho Pélvico (AP) elaborados por Kegel. pular. Ele é introduzido no canal vaginal (como se fosse um absorvente higiênico interno) e a paciente. (MORENO. 2004). 2004). minimizando ou até mesmo eliminando o problema. . quanto a utilização dos mesmos exercícios para a prevenção da IU (MORENO. propriocepção. O controle miccional ou reeducação miccional também faz parte dos recursos fisioterapêuticos existentes. 2004). devendo-se lembrar que a associação deles (Cinesioterapia. proporcionando assim a melhoria da qualidade de vida destas mulheres e fazendo com que retornem as suas atividades de vida diária por ora esquecidas. EE. 25 A eletroestimulação (EE) . Exercícios estes que promovem o fortalecimento do AP tanto para o tratamento da IU.(exo ou endo/intra vaginal) também contribui de forma eficaz quando associada à Cinesioterapia (exercícios para o fortalecimento do AP) (MORENO. 2004). Existem inúmeros exercícios e acessórios para promover a contração da MAP e também a propriocepção da mesma (MORENO. etc) é que torna o tratamento realmente eficaz. Tabela 1 – Resultado global dos questionários Fonte : Pesquisa realizada no HABE (Out/ Nov 2009) . sendo que 11 delas foram excluídas. 26 8– RESULTADOS E DISCUSSÃO Participaram da pesquisa 35 mulheres. Dados estes que foram digitados em planilha para o banco de dados. e respeitando a metodologia do estudo.5. deu-se continuidade à metodologia já explanada e foram recolhidas as anotações dos dados. Após a leitura das mesmas. através do 1º questionário. A partir daí foram construídas as tabelas e gráficos no Microsoft Excel 2003. Após a seleção dessas mulheres. tendo o nível de significância p = α = 0. já no 1º questionário (que selecionava o perfil da pesquisa) por não se enquadrarem na faixa etária necessária para o presente estudo. onde para a análise da significância foi utilizado o teste do QUI-QUADRADO – Aderência. iniciou-se a 2ª etapa onde foram entregues as cartilhas para leitura das mesmas. 0% Fonte: HABE (out/Nov 2009) Gráfico 1 . 2009). 27 Tabela 2 .Distribuição segundo faixa etária Fx Etária Frequência % 30 a 39 7 29. .2% 40 a 49 5 20.7% TOTAL 24 100.3% 60 a 69 10 41.8% 50 a 59 2 8.Distribuição da faixa etária Fonte: HABE (Out/Nov. 0% Dois 8 33.Distribuição segundo nº de filhos N° de filhos Frequência % Um 6 25. 28 Tabela 3 . pois este dado não era fator de exclusão no presente estudo.8% TOTAL 24 100. A maioria das entrevistadas (75%) eram multíparas (que teve 2 filhos ou mais).0% Fonte: HABE (out/Nov 2009) Gráfico 2 . . não foram descartadas.Distribuição segundo nº de filhos Fonte: HABE (Out/ Nov 2009).8% Quatro ou mais 5 20. mas as primíparas (que teve apenas 1 filho).3% Três 5 20. 29 Tabela 4 . .3% NÃO 10 41.0% Fonte: HABE (out/Nov 2009) Gráfico 3 . pois o valor de p foi maior que 0.5. Este dado mostrou que não houve significância estatística.Distribuição quanto à atividade sexual Fonte: HABE (Out/ Nov 2009).7% TOTAL 24 100.Distribuição quanto à atividade sexual Vida sexual ativa? Frequência % SIM 14 58. Distribuição quanto ao conhecimento do que é IU Sabia o que é IU? Frequência % SIM * 18 75.Distribuição quanto ao conhecimento do que é IU Fonte: HABE (Out/ Nov 2009). Este dado mostrou que a maioria das entrevistadas sabiam o que é IU.0% *0.0243 (Qui-Quadrado) Fonte: HABE (out/Nov 2009) Gráfico 4 .0% NÃO 6 25. . 30 Tabela 5 .0% TOTAL 24 100. 7% NÃO 14 58. 31 Tabela 6 . . não houve significânciaquanto no resultado pois o valor de p novamente foi acima de 0.0% Fonte: HABE Out/ Nov 2009 p = 0. também nesse dado. . mesmo 75% das entrevistadas demonstrarem ter conhcimento sobre o que é IU. Podemos observar que.5403 (Qui-Quadrado) Gráfico 5 .3% TOTAL 24 100.Distribuição quanto ao conhecimento de que a IU é tratável Sabia que a IU é tratável? Frequência % SIM 10 41.Distribuição quanto ao conhecimento de que a IU é tratável Fonte : HABE (Out/Nov 2009).5. 7% TOTAL 24 100.0% Fonte: HABE Out/ Nov 2009 p = *0.3% NÃO * 22 91.Distribuição qto ao conhecimento de que a Fisioterapia Uroginecológica trata da IU Sabia que a Fisioterapia Uroginecológica Frequência % trata da IU? SIM 2 8. 91. . 32 Tabela 7 . .Distribuição quanto ao conhecimento de que a Fisioterapia Uroginecológica trata da IU Fonte: HABE (Out/ Nov 2009) Observa-se neste gráfico que apesar das entrevistadas terem conhecimento dobre o que é IU.7% não sabia que a Fisioterapia Uroginecolócica tratava desta doença.0001 (Qui-Quadrado) Gráfico 6 . 33 Tabela 8 .3% TOTAL 24 100.Distribuição quanto ao conhecimento de que a IU pode ser evitada Sabia que a IU pode ser evitada? Frequência % SIM 4 16.7% NÃO* 20 83.0022 (Qui-Quadrado) Gráfico 7 .Distribuição quanto ao conhecimento de que a IU pode ser evitada Fonte: HABE (Out/ Nov 2009).0% Fonte:HABE Out/ Nov 2009 *p = 0. A maioria não sabia que a Fisioterapia trata desse problema . . .0% NÃO 0 0. 34 Tabela 9 .Distribuição quanto ao entendimento da cartilha Fonte: HABE (Out/Nov. 2009) O presente dado demonstra que a cartilha teve 100% de aceitação mostrando que a mesma teve texto claro e objetivo.0% Fonte: HABE Out/ Nov 2009 Gráfico 8 .Distribuição quanto ao entendimento da cartilha Entendeu a cartilha? Frequência % SIM 24 100.0% TOTAL 24 100. após a leitura. a descobrir-se incontinente. Fonte: HABE (Out/Nov. Este resultado merece uma atenção especial. Observe que mais da metade das entrevistadas descobriu-se incontinente. 35 Tabela 10 . .Distribuição das entrevistadas quanto. apesar de não ter sido este o foco do presente trabalho.0% Fonte:HABE Out/ Nov 2009 p = 0.Distribuição das entrevistadas quanto.5% NÃO 9 37.3074 (Qui-Quadrado) Gráfico 9 . após a leitura. a descobrir-se incontinente Descobriu-se incontinente? Frequência % SIM 15 62. 2009).5% TOTAL 24 100. após a leitura da cartilha. .0% NÃO 0 0. 36 Tabela 11 . 2009) Este dado mostra que todas as entrevistadas procurariam a Fisioterapia Uroginecológica para tratar ou prevenir a IU.0% Fonte:HABE Out/ Nov 2009 Gráfico 10 .Distribuição quanto a procura da Fisioterapia Uroginecológica para tratamento e/ou prevenção Procuraria a Fisioterapia Uroginecológica Frequência % para tratamento ou prevenção? SIM 24 100.0% TOTAL 24 100. .Distribuição quanto a procura da Fisioterapia Uroginecológica para tratamento e/ou prevenção Fonte: HABE (Out/Nov. 37 Tabela 12 .Distribuição quanto ao conhecimento de que o Sistema Público de Saúde disponibiliza o tratamento para a IU.70% TOTAL 24 100. Quase que a totalidade das entrevistadas desconheciam que o Sistema Público de Saúde disponibiliza o tratamento.30% NÃO * 22 91. Os resultados do presente estudo demonstraram que.para IU. apesar da pequena amostra.0001 (Qui-Quadrado) Gráfico 11 – Distribuição quanto ao conhecimento de que o Sistema Público de Saúde disponibiliza o tratamento para a IU Fonte: HABE (Out/Nov. Sabia que o Sistema Público de Saúde disponibiliza o tratamento para a IU? Frequência % SIM 2 8. . 2009). houve 100% de aceitação no que se refere ao entendimento da cartilha.00% Fonte:HABE Out/ Nov 2009 *0. 91. 38 A maioria das entrevistadas (75%) sabia o que é IU (Tabela – 5). A falta de informação das entrevistadas quanto o conhecimento da Fisioterapia Uroginecológica para o tratamento e/ou prevenção da IU. ou similares. cabendo futuros estudos sobre estes outros questionamentos. atingiu a margem de 91.7% (Tabela 12) não sabiam da existência deste serviço. Isso reflete a necessidade da elaboração de projetos. que visem o acesso a essas informações. mais uma vez. O referencial pesquisado como instrumento principal da elaboração deste estudo. campanhas.7% (Tabela 11).5. pois o valor de p ficou acima de 0. a necessidade de divulgação dessas informações para que se atinja. Existem dados colhidos neste estudo. essa margem só não atingiu 100% porque 2 das entrevistadas são fisioterapeutas. que permitem cruzamentos interessantes. por isso não foram mencionados. vida sexual ativa e a distribuição quanto ao conhecimento de que a IU é tratável. os fatores como idade. que não são o foco desta pesquisa.1 – LIMITAÇÕES REFERENTES À PESQUISA A amostragem da presente pesquisa foi pequena necessitando de um número maior de entrevistadas para que os resultados sejam mais expressivos. Somente a título de ilustração. a comunidade. Na amostragem deste estudo. mas apesar de ter esse conhecimento. Quanto à distribuição das entrevistadas sobre o conhecimento da disponibilidade do tratamento através do Sistema Público de Saúde. 8. 83% destas não sabiam que pode-se trabalhar preventivamente para que a IU não venha a ocorrer. em grande escala. . Projetando assim. demonstra a carência de trabalhos publicados e similares que abordem a Fisioterapia Uroginecológica atuando preventivamente na IU. não apresentaram significância. da área de Fisioterapia Uroginecológica. E nesta pesquisa não foi encontrada nenhuma cartilha que falasse da prevenção da IU. é preciso que essas limitações sejam minimizadas para que essa pesquisa seja mais expressiva. Pouquíssimos trabalhos em formato de cartilha que tratam do mesmo assunto. Outro fator limitante foi o tempo disponibilizado para a pesquisa. artigos científicos que abordam as terapêuticas utilizadas pela Fisioterapia para o tratamento dos tipos de IU existentes. . Existem inúmeros trabalhos. publicações. voltada para a prevenção da Incontinência Urinária. 39 Outra limitação encontrada foi a dificuldade de trabalhos e publicações com o mesmo objetivo. ou seja. publicada pela Fisioterapia de forma a dar acesso ao público. uma cartilha. Enfim. entre outros. . através da elaboração de uma cartilha. em cartilhas. apesar da pequena população. Infelizmente tem-se pouca ou quase nenhuma informação. dependendo da gravidade. 40 9 – CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo teve como objetivo informar. Hanseníase. Diabetes. está voltada somente a cura e ao tratamento da mesma. assim. os tratamentos mais utilizados e quem trata da mesma. o que é IU. para que os resultados obtidos sejam mais expressivos. Existem cadernos de atenção à saúde direcionados ao público que falam da Hipertensão Arterial. alcançando. através da aplicação de questionários para avaliação e validação da mesma. orientam de que forma a população pode evitar e/ou minimizar esses problemas e também direcionando a quem procurar (Postos de Saúde. Não tendo quase trabalhos. e até mesmo do convívio social e familiar. HIV. foi possível observar um nível muito elevado (97%) da falta de informação sobre a prevenção deste mal. de mais estudos sobre o assunto. o objetivo principal deste trabalho. Existe uma preocupação muito grande com o doente e não com o possível doente (grupo de risco). que além de informar sobre causas. segundo a OMS (2007). Dengue. podendo levar essa população a se afastar do trabalho. É necessário uma pesquisa com um número muito maior de mulheres. quando se tem. entre outros. ela afasta a mulher (que foi o foco da pesquisa) de suas atividades de vida diária. Secretarias Públicas de Saúde. e também. que atinge uma população muito grande. onde o público possa ter acesso ao problema da IU e. O resultado foi de100% do entendimento e aceitação da cartilha. Hospitais de referência. os tipos mais frequentes. sinais e sintomas. A Incontinência Urinária já é considerada um problema de Saúde pública pois. nem estudos publicados que foquem a prevenção. etc) já que essas doenças afetam diretamente a comunidade. Podendo até levá-la à institucionalização. Mas. mais estudos sobre o assunto. Mas com uma amostragem maior. com certeza vai contribuir. para que se minimize essa doença que atinge hoje milhões de mulheres. que visem à prevenção. de maneira positiva. 41 Por isso a necessidade da criação de cartilhas e de programas que se voltem à prevenção. em variadas regiões do País e. Vários estudos comprovam a eficácia de terapias associadas (Cinesioterapia. Com publicações deste teor. será possível o acesso da comunidade a informações que irão promover uma melhora da qualidade de vida desta população em questão. . eletro- estimulação e outros) para o tratamento da IU. O objetivo deste trabalho foi atingido. 3a ed..194(2):339-45. GRIFFITHS D. Editores. Em 10 de outubro de 1996. Resnick NM. 2001.. In: The standardization of terminology of lower urinary tract function. E. C. 85:254-63. H.2002. 585-674.. R. Fisioterapia aplicada à obstetrícia. van Kerrebroek PE. Grodsten F. et al. N. Braz J Urol. 42 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAMS. N. D’ANCONA. BRASIL. et al. Lifford K.In: Risk factors for urinary incontinence among middle-aged women. BJU Int. Hendriks HJ. report from the Standardization Sub-committee of the International Continence Society. Van Waalwijk van Doorn ES. Santos VL. 2006. In: -Abrams P. Bø K. In: Urinary incontinence. A. 2001.27:281-8. 2005. Miller EA.In: The functional and psychosocial impact of fecal incontinence on women with urinary incontinence. BLANES L. Melville JL. International Continence Society. Urology.. Lentz GM. p. 2003. H. Koury S. 85:655-8. Incontinence Basic & Evaluation.2000. Cardozo L. BARACHO. 2003. Knowledge and attitudes in São Paulo. Townsend MK. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. Dynamic testing. et al. FIALKOW MF.. L. Pinto Rde T.São Paulo: Atheneu. Am J Obstet Gynecol. Am J Obstet Gynecol. Aplicações clínicas da urodinâmica. Wen A. BERGHMANS LC. 189(1):127-9. Ministério da Saúde. 61:37-49. In: Conservative treatment of urge urinary incontinence in women: a systematic review of randomized clinical trials. O Plenário do Conselho Nacional de Saúde resolve aprovar diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.In: A 10-year follow-up after Kegel pelvic floor muscle exercises for genuine stress incontinence. Miller J. CAMMU. Fenner DE. P. Curhan GC. Resolução 196/96. . De Bie RA. DANFORTH KN. uroginecologia e aspectos de mastologia. BJU Int.2007. Júnior. 4a ed. In: NETTO JR. P. Acesso em 16/08/2009. MINISTERIO DA SAÚDE: Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. In: Physiotherapy for female stress urinary incontinence: a multicentre observational study. Disponível em: http://www. L.19. B. n. et al. S. Fisioterapia geriátrica. NEUMANN.icsoffice. J.. LAYCOCK J. 2001. São Paulo: Atheneu... B. Disponível em: <http:www. RICCETTO. C. et al. C. "Incontinência Urinária de Esforço na Mulher". Bras. 1999. J Urol 1939. 2007. who.) Urologia Prática.. L. Ginecol Obstet. Z. Arch Intern Med. Fisioterapia em uroginecologia. LEWIS LG. . Rev. 2001. Annual meeting of the International Continence Society. A. According to Hormonal Status. In: Clinical Guidelines for the Physiotherapy Management of Females aged 16-65 with Stress Urinary Incontinence. C. 2005. F. 166:2000-6. N. M. Sartori. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.. Acesso em 17/09/2009. 2007. .int/en.br> Acesso em: 08/09/2009. Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2 ed. Cadernos de atenção básica. MORENO.org.org>. INTERNATIONAL CONTINENCE SOCIETY. R. A. A new clinical recording cystometer. 45:226-32. Obstet Gynecol.. HUANG. 41:638–45. Disponível em: <http://www. A. G. 24 (6): 365-70. 2008.. M. 2004. MORKVED S. 2002. MOREIRA. P. In: Pelvic floor muscle training during pregnancy to prevent urinary incontinence: a single-blind randomized controlled trial. In: Quality-of-life impact and treatment of urinary incontinence in ethnically diverse old women. Chartered Society of Physiotherapy. et al.. S. 2006.ministeriodasaude. São Paulo: Manole. PALMA. 43 GUCCIONE. A. J. R. 2003. et al. F. (org. Girao. In: Bladder Neck Mobility and Functional Pelvic Floor Evaluation in Women with and without Stress Urinary Incontinence. 101(2):313-9. Londres. TAMANINI. T. 90:544-9.sbgg. H.org.. Revista de Saúde Pública. C. nov.2005. L. In: The effect of urinary incontinence and overactive bladder symptoms on quality of life in young women. 174(1):190-5. J. BRUSCHINI. v. São Paulo. 2003. 23. Incontinência Urinária em Idosos: Impacto Social e Tratamento . 12. n.36:427-35. J. Weight loss: a novel and effective treatment for urinary incontinence. SOCIEDADE BRASILEIRA DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA.. In : Cultural adaptation of a quality-of-life measure for urinary incontinence.br> . Eur Urol. TRUZZI. Acesso em 8/09/2009. Disponível em: <http://www. SIMONETTI. . et al. Roovers JP. In:Validação do “King’s Health Questionnaire” para o português em mulheres com incontinência urinária. 2002. de Leeuw JRJ. Q. BJU Int. VAN DER VAART CH... 37(2):203-11. R. N. L. GLASHAN. p. 44 PATRICK. 53-69. 1999. A terceira idade. et al. J Urol. D..2001. Heintz APM. R. L. SUBAK. 45 APÊNDICE A . A Sra.Tem filhos? ( ) sim ( ) não 5.A Sra. sabe o que é Incontinência Urinária? ( ) sim ( ) não 7. 46 APÊNDICE B QUESTIONÁRIO 1 Nome:____________________________________________________________________ Endereço:___________________________________________________________________ Idade:_________________ Telefone:________________ Profissão: ____________________ Grau de instrução:____________________________________________________________ 1.Tem vida sexual ativa? ( ) sim ( ) não 3. é casada? ( ) sim ( ) não 2.Parto normal? ( ) sim ( ) não 6.Tem algum tipo de problema na hora do ato sexual? ( ) sim ( ) nã0 4.Gostaria de participar de uma pesquisa sobre Incontinência Urinária através de uma cartilha explicativa? ( ) sim ( ) não . Onde (em qual/quais partes)? (responder somente se nos itens anteriores houver alguma dúvida).Teve dúvida em alguma parte? ( ) sim ( ) não 4.A Sra. _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________. 47 QUESTIONÁRIO 2 Nome:____________________________________________________________________ Endereço:___________________________________________________________________ Idade:_________________ Telefone:________________ Profissão: ____________________ Grau de instrução:____________________________________________________________ 1.? ( ) sim ( ) não 3. entendeu as explicações da cartilha? ( ) sim ( ) não 2. .O texto estava claro para a Sra. conhece alguma mulher (mãe. irmã. filha.A Sra. sabia que na rede pública existe tratamento fisioterapêutico para a IU? ( ) sim ( ) não 5.Conseguiu saber qual tipo de IU que a Sra apresenta (responder somente se a 1ª pergunta for sim)? ( ) sim ( ) não 3.Depois de ler essa cartilha a Sra. a Sra procuraria a Fisioterapia Uroginecológica para iniciar um trabalho preventivo ou um tratamento para a melhora desse quadro. diria que tem IU? ( ) sim ( ) não 2. amiga.) que apresente esse problema? ( ) sim ( ) não 4.Agora que a Sra. 48 QUESTIONÁRIO 3 Nome:______________________________________________________________________ Endereço:___________________________________________________________________ Idade:_________________ Telefone:________________ Profissão: ____________________ Grau de instrução:____________________________________________________________ 1. etc.A Sra. se necessário fosse? ( ) sim ( ) não . teve esclarecimento sobre a IU. 49 APÊNDICE C CARTILHA PARA PREVENÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA SAÚDE DA MULHER FISIOTERAPIA UROGINECOLÓGICA CARTILHA PARA PREVENÇÃO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA SAÚDE DA MULHER Orientador: Prof. Mestrando Said Kalume Kalif Autora: Maria Ferreira Sobreira . mas os mais comuns são: Incontinência Urinária de Esforço ou por Estresse: perda de urina ao tossir. Incontinência Urinária de Urgência ou Urge-incontinência: é a vontade de ir ao banheiro sem controle. Incontinência Urinária Mista: é quando se apresenta as duas (esforço e urgência). Incontinência Urinária por transbordamento ou gotejamento: perda de urina constante (sensação de estar sempre molhada). : . espirrar. A perda é feita em jato. a bexiga enche e a pessoa não consegue “segurar” a urina. Quais os tipos de Incontinência Urinária? Existem vários tipos. pegar peso e abaixar-se ou levantar-se rapidamente. ou seja. 50 O que é Incontinência Urinária (IU)? Fonte: Google Imagens Incontinência Urinária é a perda involuntária (sem querer) de urina (xixi). A Fisioterapia Uroginecológica também atua na prevenção da IU. ovários. Como a Fisioterapia atua na Incontinência Urinária? A área que cuida da IU é a Fisioterapia Uroginecológica (o nome é complicado. A IU também afeta a vida sexual da mulher (medo de perder urina no ato sexual. da Incontinência Urinária e melhora do desempenho sexual. e falta de força na musculatura da vagina). pernas e abdomen (barriga). Dependendo do grau da IU (leve. ou se deseja conhecer mais sobre o trabalho de prevenção da IU. etc. É preciso realizar os exercícios só após orientação de um profissional. região interna das coxas. partos normais.Exerc. exercícios (de Kegel e ginástica hipopressiva) para fortalecer a musculatura da vagina (assoalho pélvico). Primeiramente é feita uma avaliação do grau de IU e da musculatura do assoalho pélvico. etc.. enfraquecimento dos músculos do períneo (assoalho pélvico). contrair a musculatura do assoalho pélvico ao tossir. Fonte: Google imagens Fonte: Google imagens . que sustenta tudo que se encontra na cavidade abdominal (barriga) como útero. Além do desconforto causado pela IU (fazendo com que a mulher não saia de casa por medo de perder urina). orientando quanto á prática regular dos exercícios para o assoalho pélvico e mudanças de comportamento (como por exemplo. urinar com intervalos de 2 a 4 horas no máximo. abdómen. Alonga: posterior de coxas. existem. também. E para Incontinência Urinária tem tratamento? Sim. moderada ou grave) existem tratamentos cirúrgicos.Trabalha: assoalho pélvico. Esses exercícios podem evitar as possíveis cirurgias de períneo. medicamentosos e Fisioterapia (exercícios. 51 Quem pode ter Incontinência Urinária? Ao contrário do que se pensa. mas é assim mesmo). Se você apresenta qualquer um dos sintomas de Incontinência Urinária descritos nessa cartilha. O tratamento é feito de acordo com o tipo e grau de IU. De Kegel (ponte) – Elevação do quadril fazendo a contração do assoalho pélvico por 3 seg (3x10 repet. Pode ser feito de 3 a 4 vezes ao dia.). a IU não é consequência da idade.). distância pequena entre uma gravidez e outra).controle das “idas” ao banheiro). braços. A Fisioterapia Uroginecológica disponibiliza vários recursos (eletroestimulação. eletroestimulação e reeducação miccional . Exercícios de Pilates para o assoalho pélvico ( 1 a / 1b). O Assoalho Pélvico parece com uma rede de músculos. cones vaginais. bexiga. Assim como existe ginástica para fortalecer os braços. As mulheres são mais atingidas por conta dos hormônios (diminuição).) para a melhora. exercícios na bola Suíça. falta de vontade. procure o (a) seu (sua) ginecologista para que ele (a) possa encaminhá-la á Fisioterapia Uroginecológica. ou até mesmo a cura. Contração da musculatura ao subir. . gravidez (número de filhos. : (91) 4009-2241 APÊNDICE C Saúde da Mulher Clínica Escola de Fisioterapia da UNAMA .1421 CEP:-66040-020 Santa Casa de Misericórdia do Pará (SCMP) Rua Oliveira Belo.Fisioclínica (91) 32228292.MIA) 3246-2303 / 6126 / 6267 / 6392 / 6919 / 7176 / 7284 / 7298 Av. Umarizal – CEP: 66050-380 Belém – PA Tel. 935. Alcindo Cacela. . 52 SESPA Unidade de Referência Especializada Materno Infantil (URE . 53 ANEXO 1 . 54 ANEXO 2 . 55 ANEXO 3 . 56 ANEXO 4 . o 3º questionário será aplicado imediatamente após o 2º. levando ao desconhecimento total ou parcial sobre o que é a IU. 57 ANEXO 5 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Você está sendo convidado (a) como voluntário(a) a participar da pesquisa: Fisioterapia Uroginecológica: elaboração de uma cartilha para a prevenção da Incontinência Urinária na Saúde da Mulher. caso a cartilha apresente alguma dificuldade no entendimento. DESCONFORTOS E RISCOS E BENEFÍCIOS: Existe um desconforto e risco mínimo para você se submeter à coleta do material para a pesquisa sobre a cartilha de prevenção da Incontinência Urinária (saber que tem IU ou alguém descobrir que você tem IU). os fatores de risco e como preveni-la. O objetivo desse projeto é levar ao conhecimento dessa mulher que a Incontinência Urinária é uma doença tratável e que pode ser prevenida através da Fisioterapia Uroginecológica. por exemplo. o 1º será aplicado no ato da assinatura do TCLE e em seguida será entregue a cartilha para a leitura e análise da candidata. O (os) procedimento(s) de coleta de material serão da seguinte forma: a aplicação de 3 questionários sendo que. mesmo sabendo que esse desconforto será mínimo em relação aos benefícios que esta cartilha pode trazer como tratar ou prevenir os problemas causados pela incontinência. como. . agravando com a idade. Se não houver correção para o entendimento da cartilha.. A JUSTIFICATIVA. OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: O motivo que nos leva a estudar o problema na prevenção da Incontinência Urinária (IU) na Saúde da Mulher é o alto índice de mulheres em idade adulta com Incontinência Urinária. A pesquisa se justifica pela dificuldade em se encontrar material que aborde o assunto. o 2º questionário (que constará sobre o entendimento da cartilha) será aplicado uma semana após o 1º e o 3º questionário será aplicado logo após a correção da cartilha (data agendada com a candidata no momento da entrega do 2º questionário). as formas de IU. uma cartilha informativa. ou se quiser conhecer melhor o trabalho de prevenção. Seu nome ou o material que indique a sua participação não será liberado sem a sua permissão. apresentar um ou mais sintomas de Incontinência Urinária. 58 FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA: Se depois de você responder aos questionários e ler sobre a cartilha. RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO POR EVENTUAIS DANOS: A participação no estudo não acarretará custos para você e não será disponível nenhuma compensação financeira adicional. Você é livre para recusar-se a participar. CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios. . LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE SIGILO: Você será esclarecido(a) sobre a pesquisa em qualquer aspecto que desejar. procure seu médico ginecologista para que ele possa encaminhá-la à Fisioterapia Uroginecológica. Uma cópia deste consentimento informado será arquivada no Curso de Ciências Biológicas e Saúde. da Universidade da Amazônia (UNAMA). GARANTIA DE ESCLARECIMENTO. Você não será identificado(a) em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. O(s) pesquisador(es) irá(ão) tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Campus Alcindo Cancela e outra será fornecida a você. Na rede pública existe atendimento na Santa Casa de Misericórdia no setor da Saúde da Mulher. Os resultados da pesquisa (feita através dos questionários) serão enviados para você e permanecerão confidenciais. retirar seu consentimento ou interromper a participação a qualquer momento. Recebi uma cópia deste termo de consentimento livre e esclarecido e me foi dada a oportunidade de ler e esclarecer as minhas dúvidas. estes serão absorvidos pelo orçamento da pesquisa. Nome Assinatura do Participante Data Nome Assinatura do Pesquisador Data Nome Assinatura da Testemunha Data . Em caso de dúvidas poderei chamar a estudante pesquisadora Maria Aparecida Ferreira Sobreira. Declaro que concordo em participar desse estudo. 59 DECLARAÇÃO DA PARTICIPANTE OU DO RESPONSÁVEL PELA PARTICIPANTE: Eu. Sei que em qualquer momento poderei solicitar novas informações e motivar minha decisão se assim o desejar. ou (91) 32312822. no telefone (91) 88602822. Também sei que caso existam gastos adicionais. o(a) professor(a) orientador(a) Said Kalume Kalif . O(a) professor(a) orientador(a) Said Kalume Kalif. e a estudante pesquisadora Maria Aparecida Ferreira Sobreira. certificaram-me de que todos os dados desta pesquisa serão confidenciais. _______________________________________ fui informada (o) dos objetivos da pesquisa acima de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas.
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.