Fisioterapia na paralisiacerebral: um relato de caso La terapia física en la parálisis cerebral: un relato de caso *Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná **Graduada em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria Atualmente é efetivo da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) Atua no Centro de Reabilitação Física da Unioeste Daiane Lazzeri de Medeiros* Maria Goreti Weiand Bertoldo**
[email protected] (Brasil) Resumo O termo paralisia cerebral (PC) é denominada como seqüela de caráter não-progressivo, que acomete o sistema nervoso central imaturo e em desenvolvimento, ocasionando desordens do desenvolvimento motor, alterações músculo-esqueléticas secundárias, déficits posturais e tônicos e dificuldade na execução dos movimentos, é de caráter permanente e mutáveis. Objetivo: Este relato de caso tem como objetivo apresentar aspectos sobre a Paralisia Cerebral bem como discorrer sobre a atuação da fisioterapia neste quadro. Metodologia: Estudo retrospectivo, baseado em análise de prontuário e observações feitas durante as sessões de fisioterapia realizado no setor de Pediatria do Centro de Reabilitação Física (CRF) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Relato de caso: M.M.S., 2 anos e 8 meses, sexo masculino, histórico de prematuridade, após o nascimento permaneceu 3 meses na incubadora, fez uso de ventilação mecânica, foi diagnosticado como quadriplegia espástica, apresentou atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM). Atualmente seu diagnóstico é seqüela de paralisia cerebral do tipo diplegia, apresenta-se deambulando, com padrão de marcha em ponta, hiperextensibilidade de tronco, déficit de equilíbrio, redução de dissociação de cinturas escapular e pélvica. Iniciou tratamento fisioterapêutico aos 6 meses, durante o estudo as condutas eram baseadas no estado clínico e a avaliação fisioterapêutica do paciente, realizado duas vezes por semana. Conclusão: Conclui-se com esse trabalho que o paciente evoluiu de maneira progressiva, portanto, as condutas realizadas foram favoráveis ao seu desenvolvimento, e não podemos deixar de salientar a importância da intervenção fisioterapêutica precoce que possibilitou resultados satisfatórios relacionados a neuplasticidade cerebral. Unitermos: Paralisia Cerebral. Tratamento. Fisioterapia. Criança. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 161, Octubre de 2011. http://www.efdeportes.com/ 1/1 Introdução O termo paralisia cerebral (PC) é denominada como seqüela de caráter nãoprogressivo, que acomete o sistema nervoso central imaturo e em desenvolvimento, ocasionando desordens do desenvolvimento motor e alterações músculo-esqueléticas secundárias, consequentemente dificuldade na execução dos movimentos, é de caráter permanente e mutáveis (VILIBOR, VAZ, 2009). Crianças com PC podem desenvolver fraqueza muscular, dificuldade no controle entre os músculos agonistas/antagonistas, restrição da amplitude de movimento, alterações de tônus e de sensibilidade, apresentam alterações biomecânicas que levam a assimetria, alterações de descarga de peso e equilíbrio e, consequentemente, utilizam estratégias compensatórias para realizar suas funções, gerando desordens de postura e movimento (GUERZONI et al. 2008, FOWLER et al. 2007, AMARAL, MAZZITELLI, 2003). elas têm capacidades que devem ser potencializadas. assim. Tais alterações podem interferir no desempenho de atividades que englobam tanto a motricidade fina como a global. o processo de desenvolvimento normal é interrompido e a recuperação da função abrangerá a organização e reorganização dos sistemas de percepção e ação com relação a tarefas e a ambientes específicos. 2008). oportunidade em executar tarefas funcionais em ambientes contextualizados (BRASILEIRO. ocorre em 10 a 30 % dos pacientes. esse número pode estar relacionado a problemas gestacionais. estima-se que a cada 1. 2002). A aprendizagem motora de uma criança com disfunção é elucidada situações onde seja dada a mesma. CHAGAS et al. MOREIRA. 2008). atendimento médico e hospitalar muitas vezes inadequados e em muitos casos a prematuridade (OLIVEIRA. quanto àquelas que alcançam quociente motor próximo da normalidade. Quanto mais grave a lesão neurológica. relevantes à funcionalidade dessas crianças. Este relato de caso tem como objetivo apresentar aspectos sobre a Paralisia Cerebral do tipo diplegia. comumente evidenciando uma acentuada hipertonia dos adutores. 2010). Há diferentes gradações quanto à intensidade do distúrbio. peri e pós-natal (ROTTAS. No Brasil não existem dados estatísticos precisos. CUNHA. podendo ser pouco afetado. 2009). buscando enriquecimento do seu repertório motor (ROSA et al. mais evidente estarão os déficits motores e sensoriais (BRASILEIRO.5 e 5. bem como discorrer sobre a atuação da fisioterapia neste quadro. 2008). 2008. sete são portadoras de PC. 2004). A coleta de dados foi efetuada pela . MOREIRA.Nos Estados Unidos. Embora as crianças apresentem limitações impostas pela PC. sendo fundamental proporcionar tanto atividades relacionadas às capacidades que apresentam quociente motor menor.000 nascidos vivos. enquanto outros evoluem com graves limitações funcionais (LEITE. PRADO. Metodologia Estudo realizado no setor de Pediatria do Centro de Reabilitação Física (CRF) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. más condições de nutrição materna e infantil. GOLIN. podendo limitar a participação das mesmas em diferentes ambientes (GUERZONI et al.000 crianças que nascem. trata-se de um comprometimento principalmente em membros inferiores. JORGE. A Diplegia é um dos tipos de PC. O evento lesivo pode acontecer no período pré. a incidência de PC varia entre 1.9/1. 2009). ocorre em 10 a 30 % dos pacientes. hiperextensibilidade de tronco. conquistou controle cervical aos 6 meses. porém a mãe da criança não fez acompanhamento pré natal. quanto mais precocemente se age no sentido de proteger ou estimular o SNC. melhor será a sua resposta (BORELLA. Discussão Baseado no caso em questão o paciente nasceu de 24 semanas. Atualmente seu diagnóstico é seqüela de paralisia cerebral do tipo diplegia. sexo masculino. após o nascimento permaneceu 3 meses na incubadora. déficit de equilíbrio. sentou com 1 ano e 2 meses. avó relata que não houve intercorrências durante a gestação. S.. a intervenção precoce possibilitam resultados satisfatórios relacionados a neuroplasticidade cerebral. faz uso de órteses em ambos os pés. atualmente diplegia. Vale ressaltar que o paciente continua em tratamento fisioterapêutico no CRF da UNIOESTE. Começou fazer acompanhamento fisioterapêutico aos 6 meses. redução de dissociação de cinturas escapular e pélvica. apresenta-se deambulando. Apresentou atraso no Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM). engatinhou com 1 ano e 8 meses e adquiriu a marcha com 2 anos e 4 meses. foi diagnosticado como quadriplegia espástica. As sessões de fisioterapia foram realizadas duas vezes por semana. fez uso de ventilação mecânica. 2004). nascido no dia 11/02/2008. nasceu de 24 semanas. o paciente começou a receber atendimento fisioterapêutico aos 6 meses de idade período o qual obtinha diagnóstico de quadriplegia espástica. fato este que está de acordo com a literatura pois a paralisia cerebral tipo diplegia. branco. encurtamento da musculatura posterior de MMII e adutores de quadril. sendo a forma mais encontrada em prematuros (LEITE. quando sentado faz apoio em sacro. histórico de prematuridade. com padrão de marcha em ponta. M. Relato do caso Paciente M. . totalizando 10 sessões com duração de 40 minutos cada uma. pois apresentava padrão flexor de MMSS. SACCHELLI. A intervenção fisioterapêutica precoce foi de grande importância. PRADO.autora por meio de análise do prontuário do paciente no período de dois meses e também por observações feitas durante as sessões de fisioterapia. Os alongamentos eram realizados alguns de maneira passiva e outros ativos utilizando recursos lúdicos. dissociação de cinturas escapular e pélvica. exercícios de extensão pélvica. entre elas estavam alongamento de isquiotibiais. A mobilização passiva de cinturas escapular e pélvica eram realizadas no rolo. jogos e brincadeiras como coadjuvantes no tratamento fisioterapêutico de crianças portadoras de Paralisia Cerebral. As condutas realizadas partiram do princípio do método Bobath para que os objetivos propostos fossem alcançados. adutores de quadril e tríceps sural. melhora da reação de proteção. as quais auxiliam no apoio plantar. transferências de posturas neuroevolutivas associado a habilidades funcionais e exercícios de reação protetora. que visa a manutenção da flexibilidade e a realização de movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível. Ruedell e Diamante (2009) em um estudo afirmaram que houve uma diminuição do tônus e aumento da força muscular com uma conseqüente melhora das atividades funcionais estáticas nos pacientes com disparesia espástica após intervenção fisioterapêutica através do Conceito Neuroevolutivo Bobath. diminui o atrito mecânico na articulação. coordenação motora e desenvolvimento neuro-psicomotor. Esta conduta. REFSHAUGE e CROSBIE. em grande parte da terapia foi utilizado recursos lúdicos para aumentar o interesse em realizar determinados exercícios. exercícios de mobilização de cinturas escapular e pélvica. conseqüentemente. melhora a dor. 2003). (2005). discutem a importância da utilização de brinquedos. adequação de tônus. possibilitando a marcha ao paciente com menor dificuldade. entre os benefícios estão melhora da atenção e cognição. estabilidade e equilíbrio. 2002. O paciente relatado faz uso de órtese em ambos os pés. O seu restabelecimento promove a congruência articular. tanto em decúbito ventral. mobilidade pélvica e prevenir contraturas e deformidades. como sentado em “cavalo”. edema e. a função do segmento corporal comprometido (DENEGAR. . o suporte mecânico oferecido pelas órteses visa minimizar ou corrigir o padrão eqüino de marcha assumido por muitas crianças portadoras de PC. A mobilização refere-se aos movimentos acessórios passivos que visam à recuperação da artrocinemática entre as superfícies articulares. Peres. Reis et al 2007.Os objetivos traçados ao paciente foram promover melhora da Amplitude de movimento (ADM). consiste em qualquer forma de trabalho submáximo. segundo Galdino et al. GREEN. HERTEL e Fonseca. Acta Fisiatra. auxiliando o tratamento fisioterapêutico. Os efeitos da prática de atividades motoras sobre a neuroplasticidade. MAZZITELLI. M. portanto.. S. 11.161-169. M. 409-416. P.5. S.v. C. P.16. 2008. R. C.proporcionando benefícios como a melhora da qualidade de deambulação e a prevenção de deformidades de tornozelo e pé. e não podemos deixar de salientar a importância da intervenção fisioterapêutica precoce que possibilitou resultados satisfatórios relacionados a neuplasticidade cerebral. T. v. MOREIRA. M. 2009. Prevalência de alterações funcionais corpóreas em crianças com paralisia cerebral.... Referências bibliográficas AMARAL. Conclusão Conclui-se com esse trabalho que o paciente evoluiu de maneira progressiva. p. BRASILEIRO. n. J. P. Interveniência dos fatores ambientais na vida de crianças com paralisia cerebral. p..17. 2006 em um estudo mostraram que o uso de órteses suropodálicas proporcionou benefícios tanto nos parâmetros qualitativos da marcha. I. M.132-137. C.12. I.. 29-33. S. v. Classificação da função motora e do desempenho funcional de crianças com paralisia cerebral. JORGE. Acta Fisiatra.. quanto no desempenho motor grosso de crianças com PC. R. M. 1. BRASILEIRO. 37-41. A. Revista Neurociências. n. n. P.2. 2008.. B. MANCINI. DEFILIPO.3. MOREIRA. n. LEMOS. 2009. 4. p. n. as condutas realizadas foram favoráveis ao seu desenvolvimento. SACCHELLI. M. Cury et al. . p. v. C. 2003. CARVALHO. v. C.. Revista Brasileira de Fisioterapia. M. FRÔNIO. E. T. Revista de Neurociências. C. p. CHAGAS. M. 11. BORELLA. T. Alterações Ortopédicas em Crianças com Paralisia Cerebral da Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp).. 8. HENDERSON. Revista Brasileira de fisioterapia.32.G. Promotion of Physical Fitness and Prevention of Secondary Conditions for Children With Cerebral Palsy: Section on Pediatrics Research Summit Proceedings. F. S. 2004. FONSECA. STEVENSON. Physical Therapy.4.C. J.1. GUERZONI. FONSECA. BRUNSTROM. THORPE.S. v. F. H.R. M. Comparação entre níveis de força explosiva de membros inferiores antes e após flexionamento passivo. L. p. n. COSTER.10. B. MANCINI. C.F.. PITETTI. R.. v. 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Entenda melhor o que é a Paralisia Cerebral Infantil e quais são os seus sintomas. podem existir outros problemas como crises convulsivas. de modo que há casos mais graves e outros com pequeno acometimento. deve levar primeiro ao pediatra e. Um dos mais importantes é trabalhar com a neuroplasticidade em que. Nidia Pires é especializada no tratamento de Paralisia Cerebral Infantil. depois. A manifestação mais precoce da paralisia cerebral é o atraso no desenvolvimento motor e psicológico da criança. demora para sentar. Nessa fase. O tratamento inicial é fisioterápico. As causas mais comuns são: infecções cerebrais. fala e audição. falte de oxigenação. Veja na lista abaixo os sinais de alerta para detectar a paralisia cerebral infantil: Dificuldade para comer ou manusear alimentos . As sequelas de paralisia cerebral variam muito não só em termos de gravidade. A paralisia cerebral infantil é uma desordem neurológica que afeta o tônus muscular. andar. alergia a medicamentos. entre outras. A paralisia cerebral é geralmente causada por problemas antes ou durante o parto ou pode se desenvolver até o 5 anos de idade. defeitos de formação da placenta ou cordão umbilical. sorrir. icterícia neonatal grave e meningites nas crianças pequenas. além de dificuldades de aprendizagem. Quando a família suspeita que a criança está com atraso. Muitas crianças andam. certas áreas do cérebro são estimuladas a assumir tarefas das áreas acometidas. alteração na circulação cerebral. mas ocorre lesão em uma ou várias partes do cérebro.ocorreu antes. Dependendo da causa. a movimentação e a coordenação motora. como também do tipo de acometimento. rotura prematura da bolsa. distúrbio do comportamento. Paralisia Cerebral Infantil A Clínica da Dra. através do treinamento. durante ou logo após o nascimento. ao neurologista e. Podem resultar de prematuridade. etc. Vários recursos de reabilitação podem ser usados. estrabismo. partos prolongados com falta de oxigênio para a criança. mas algumas gravemente acometidas não terão esta capacidade pelo grau de alteração neurológica e devem ser preparadas para uso de cadeira de rodas. Primeiro é preciso confirmar se há mesmo atraso e investigar a causa. Geralmente a criança em alguma etapa do tratamento usará de órtese ou será submetida a cirurgias. nas pré-eclâmpsias. engatinhar. de doenças nas mães durante a gravidez (principalmente viroses). deficiências na formação do sistema nervoso central. ao ortopedista (veja item 2). Outro recurso que existe é o uso de toxina botulínica que é uma substância é capaz de relaxar os músculos afetados. traumatismos. Essa condição ainda pode provocar problemas na visão. Ou seja. Geralmente há necessidade de tratamento ortopédico mais tarde. dificuldade de aprendizado. por último. etc. A causa é variada. parto prematuro ou tardio. Paralisia Infantil Tweetar publicidade Dr. consulte um neurologista para fazer o diagnóstico. . leia mais aqui. Arthur Frazão (Médico) A paralisia infantil. A incidência da paralisia cerebral na população é de cerca de 0. também conhecida por poliomielite. pescoço e nos músculos pelo desenvolvimento da fraqueza muscular. já que a paralisia infantil não tem cura. provocadas pela paralisia cerebral é a espasticidade. ou 4 casos em cada 1000 nascimentos. Contratura exagerada nos braços e nas pernas Alterações na postura acompanhadas de rigidez muscular Não sorri ou fixa o olhar aos 2 meses Não sustenta a cabeça aos 3 meses Não balbucia e não se vira aos 6 meses Não se senta aos 7 meses Não engatinha aos 9 meses Não anda aos 15 meses *Caso a criança apresente um ou mais sintomas. Seu tratamento é inespecífico e consiste apenas em melhorar a qualidade de vida do indivíduo. cerca de 90% dos pacientes. é uma doença infecciosa grave que causa paralisia permanente em determinados músculos.4%. Uma das sequelas mais frequentes. que pode ser tratada com aplicações de toxina botulínica tipo A. Sintomas da paralisia infantil Os sintomas da paralisia infantil incluem: Forte dor nas costas. sensação de falta de ar. e a terceira dose deve ser aplicada após 6 a 12 meses após a segunda dose. mas isto é raro. dificuldade para engolir. Paralisia de uma das pernas. Indivíduos que sofrem com a paralisia infantil a mais de 30 anos podem vir a desenvolver a síndrome pós-pólio que gera sintomas como fraqueza. . Os adultos que não completaram o sistema de vacinação devem receber novamente as 3 doses da vacina. Três são dadas com intervalo de dois meses (2. a segunda dose deve ser aplicada após 1 ou 2 meses da primeira. Para estes são recomendadas 3 doses da vacina. Adultos: Nos adultos a vacinação contra a paralisia infantil é indicada quando o indivíduo não foi vacina durante sua infância e irá viajar para países onde a doença ainda não foi controlada. um dos braços. dos músculos torácicos ou abdominais e Retenção urinária. mesmo nos músculos não paralisados. Febre.4 e 6 meses de idade) e o reforço da vacina. que pode levar ao acumulo de secreções na boca e na garganta. fadiga e dor muscular. que é dado com 15 meses de idade. Prevenção da paralisia infantil A prevenção da paralisia infantil pode ser feita com a toma da vacina contra a poliomielite. quando o indivíduo não foi devidamente vacinado contra a poliomielite. Neste caso a fisioterapia realizada com alongamentos musculares e exercícios respiratórios pode ajudar a controlar os sintomas da doença. Crianças: Nas crianças a vacina é feita em 4 doses. Causa da paralisia infantil A causa da paralisia infantil é a contaminação com o poliovírus que pode ocorrer pelo contato oral-fecal. Paralisia dos músculos da fala e do ato de engolir. As sequelas da paralisia infantil estão relacionadas ao comprometimento do sistema nervoso e por isso o paciente poderá apresentar: Paralisia permanente de uma das pernas que irá comprometer seu caminhar. Pode haver ainda dificuldade em falar e em engolir que poderá causar insuficiência respiratória pelo acumulo de secreções nas vias respiratórias. ou seja. a paralisia cerebral na realidadae é a conseqüência de um outro problema. Na realidade a paralisia cerebral é uma lesão que atinge uma parte do cérebro e este fica então paralisado. como andar. Ao mesmo tempo é uma criança extremamente saudável e não apresenta nenhuma doença. ou mesmo comer. Em tratamento com agentes da saúde na AACD tive a oportunidade de conhecer milhares de outras crianças e jovens com paralisia cerebral e suas incansáveis mães. e pude perceber que as seqüelas de uma paralisia cerebral são tão variadas que não é possível tentar enumeralas. ou seja. e também algumas doenças graves que atinjam o cérebro. as conseqüências desse fato dependem de vários fatores especialmente da extensão e da localização da área que sofreu a lesão. assim como as causas que levam uma criança a ter uma paralisia. não funciona. somente as limitações impostas pela própria paralisia. A Paralisia Cerebral Porém a grande maioria das seqüelas são motoras. falar ou segurar sua própria cabeça. Tenho um filho com paralisia cerebral. etc. morre. assim um bebê que custa a nascer e fica sem oxigênio por muito tempo pode ter uma paralisia cerebral em virtude da falta de oxigênio. no seu caso especifico tem inúmeras pequenas lesões no cérebro o que ocasionou muitas seqüelas diferentes. as pessoas perdem habilidades motoras ou quando bebes não adquirem certas habilidades motoras.A Paralisia Cerebral A paralisia cerebral é um problema na Área da saúde bastante sério. andar. Uma parada respiratória pode ocasionar uma paralisia cerebral. que atinge especialmente as crianças e pode ter varias origens. . assim o Mateus não aprendeu a falar. Como é o cérebro que comanda todas as funções do nosso organismo e cada comando esta localizado em uma determinada área as seqüelas resultantes de uma paralisia cerebral são determinadas pela sua extensão e localização. sentar. uma receita mágica. tem coisas na vida da gente que mesmo sendo de cunho cientifico não cabe a nós humanos explicar.Deficiência Conheci crianças que nasceram com paralisia cerebral. uma batalha de amor. Aos pais dessas crianças resta uma batalha de uma vida inteira. muitas mães e alguns país se tornam heróis no seu dia-a-dia de lutas em busca e de uma melhor qualidade de vida para seus pequenos filhos. Deixo aqui meu imenso carinho. uma resposta. um filho com paralisia cerebral. através deles nos transformamos. Enfim. viver. Se tornam gigantes dedicando suas vidas a esses seres que dependem delas em casa para comer. todas nós sonhamos com filhos lindos. e a aceitação desse fato é uma das maiores batalhas que um ser pode travar consigo mesmo. nosso conceito de felicidade! . meu abraço solidário a todas as mães de crianças especiais que sabem do que eu estou falando! Um filho especial é uma mensagem de vida em nossas vidas. simples assim. Tratamento Nenhuma mãe quer ter um filho especial. Para tudo isso há de haver algum dia. nossa fé. uma batalha de vida e morte. outras que adquiriam com uma virose que se instalou no cérebro. somente Deus tem a explicação para uma criança como o Mateus e tantos outros que existem por ai viverem uma vida de tantas limitações. perfeitos e inteligentes. em algum lugar. outras que caíram na piscina e tiveram parada respiratória e consequentemente uma paralisia cerebral. respirar. dormir. de renuncia e de fé. transformam-se nossos valores. ir ao banheiro. Hoje com o Mateus sou mais feliz do que ontem porque reconheço a verdadeira felicidade em qualquer lugar. especialmente na saúde e beleza do seu singelo e meigo sorriso! .