Fichamento bibliográfico

March 27, 2018 | Author: Marcus Vinicius Moraes | Category: Citation, Books, Plagiarism, Science, Information


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Fichamento bibliográficoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Foi proposta a fusão deste artigo ou secção com: Ficha de leitura. 1. Fichamento 1.1 O Que é fichamento O fichamento tem como função colocar á disposição do pesquisador uma serie de informações de varias obras já consultadas , permitindo assim a identificação das obras, seus conteúdos, elaborar crítica, entre outras coisas. Quando se faz um bom fichamento de um texto ou livro, você nunca mais precisará recorrer ao original novamente. Alem do fichamento tradicional, programas de computador permitem que esses vários registros sejam elaborados e consultados com maior facilidade. A utilização de fichas permite ao pesquisador coletar todas as informações de obras que não lhe pertencem. Essas fichas pautadas ou não,devem preencher determinados requisitos,tais como durabilidade e tamanho,tais como: Grande 12,5 cm x 20,5cm Médio 10,5 cm x 15,5 cm Pequeno (internacional) 7,5 cm x 12,5cm 1.2Critérios para se fazer um fichamento: 1º O fichário deve ser elaborado de tal forma que permita a qualquer momento incluir novos assuntos , nova subdivisões,sem necessidade de refazer a trabalho. 2º O texto deve ser anotado de forma simples,evitando a falta de entendimento e perda de tempo do leitor. 3º Um critério muito utilizado é a classificação por ordem alfabética ,quando se tratar de catalogar por autores. Mas quando classificada alfabética for utilizada por assunto não se oferece à clareza necessária, pois as idéias podem ficar distantes uma das outras, por exemplos as palavras amor, carinho, simpatia e entre outras. A classificação decimal foi criada por Melvil Dewey1 em 1876 ,tem como finalidade facilitar a pesquisa de uma determinada obra. 2. Estrutura de uma ficha: Para qualquer que seja o tipo de trabalho e independente da modalidade de ficha que se escolhe,o pesquisador deve utilizar cinco dados necessários: Cabeçalho referência Bibliográfica texto Indicação da obra Local 2.1.Cabeçalho: É o conjunto de dizeres que no fichamento representa o título para a sua identificação. No cabeçalho deverá constar : Título Genérico: É o titulo do livro ou trabalho que esta sendo utilizado na pesquisa Titulo Próximo: Nada mais é que um desdobramento do titulo,que e encontrado no sumário e destina-se ao fechamento.. 2.2.Referencia Bibliográfica: A referência Bibliográfica deve sempre seguir as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) Nome do autor. Titulo da obra, Editora e ano de lançamento da obra. Diálogo sobre retórica.Rio de janeiro:FGV.Segundo discurso de Sócrates .Ficha de Resumo: Ex Cabeçalho: A natureza e a lógica do capitalismo Referencia bibliográfica: HEILBRONER.Robert natureza do capitalismo . 2. esboço ou bibliografia . bibliotecas .já que o pesquisador utiliza obra das mais diversas origens. [tradução e notas de Pinharanda Gomes].250-02/jan/1996. critica.5.1988. Lisboa:Guimarães Editores. Para Catalogação bibliográfica de revista e outros periódicos.1994 Conteúdo:O discurso de Lisboa. .1.na capa da revista ou rodapé das paginas.Arte da retórica 3.mensal. 1.Indicação da obra: Onde se aplica o estudo da obra. Depois elaborar um resumo com suas próprias palavras evitando observações e colocações subjetivas para que não fuja do assunto central do livro. . 3. 2. Local: O original pode ser encontrado na Fundação Dom Aguirre.4.1957.Arte da dialética Revista: Conjuntura Econômica .São Paulo:África. Indicação da obra: Aplicação ao estudo dos sistemas econômicos. É importante que identifique na ficha onde pode ser encontrada a obra . citação.Local: O estabelecimento onde foi encontrada a obra .Filosofia de Platão 2.Tipos de Fichas: 3.3.ou seja aquilo que o autor considera o ponto central .Paulo . Texto: É a captação das idéias maiores do texto. Ficha catalografica (livro) Platão Fedro ou da beleza.Corpo ou Texto: É o texto a ser desenvolvida na ficha.Ex : Fundações. n. 2.normalmente as informações localizam-se na primeira página .Ano IX.e devem-se seguir as regras especificas a cada uma delas.Para proceder-se corretamente é importante consultar a ficha Catalográfica da obra que se localiza normalmente no verso da folha de rosto do livro.Crítica do discurso de Lísias . ISBN 0010-5945 Jornal: O Estado de S.Faculdades e etc. que pode ser resumo.3.Primeiro discurso de Sócrates . Cidade .3. três pontos. Devem ser acentuadas as fontes utilizadas no desenvolvimento do texto tais como pesquisa de campo feita pelo autor com a aplicação de questionário.4. Cidade . Texto: Tem como fundamento identificar o objetivo da obra.Ficha de Esboço: Cabeçalho: Titulo Referencia bibliográfica: Nome do autor. aspectos da cultura citadina" (p.os problemas que a obra pretende responder. .pois qualquer conhecimento adicional poderá ser obtido nas demais fichas. Isso permitirá a posterior utilização no trabalho..os resultados obtidos. com a correta indicação bibliográfica.Ficha de Citação: Ex Cabeçalho: Titulo Referencia bibliográfica: Nome do autor. a) Na citação tem de vir entre aspas.Ficha Bibliográfica: Cabeçalho: Titulo Referencia bibliográfica: Nome do autor. ..se. Indicação da obra: Nome do livro onde foi extraída a obra. gradativamente. embora venha assimilando. Indicação da obra: Nome do livro onde foi extraída a obra . antes de tudo. . Exemplo: "Essa liberdade é a marca predominante no comportamento do garimpeiro" (.2. precedidos e seguidos por espaços. Titulo da obra.. Texto: Nessa ficha será reproduzido todo conteúdo que interesse ao pesquisador. Cidade . entrevista. Texto: Nessa ficha . utilizando . no inicio ou no final do texto e entre parênteses. a colocação das aspas evita que. no meio.. ressaltando os principais aspectos com a devida anotação do numero da pagina numa coluna á esquerda da ficha. ao utilizar a ficha. sempre que possível. b) Após a citação. só em última instância o garimpeiro aceita a opção de serviço na roça.3.Editora e ano de Lançamento. 130)"."(p.. no local da omissão. 127) c) a supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada. Local: O estabelecimento onde foi encontrada a obra Ex:Fundações.Editora e ano de Lançamento. Além disso.o pesquisador vai fazer as anotações das idéias do autor de forma mais detalhada lendo pagina por pagina. Titulo da obra. bibliotecas etc 3.O texto da ficha bibliográfica deve ser o mais breve possível.pois através desse sinal que se distingue uma ficha de citações das de outro tipo. ao invés do trabalho nas lavouras. se transcreva como do fichador os pensamentos nela contidos. mas conservador da cultura rural... Ex: "Chegou-se á conclusão de que o garimpeiro é.Editora e ano de Lançamento. pela garimpagem. utilização de dados estatísticos e a literatura existente sobre o assunto . Local: O estabelecimento onde foi encontrada a obra Ex:Fundações. bibliotecas etc 3. Titulo da obra.) esse desejo de liberdade leva-o a optar.. um homem do campo desocado (sic) para a cidade. mais tarde. deve constar o número da página de onde foi extraída. Editora e ano de Lançamento.principalmente nos pontos em que o entendimento se torna duvidoso.E nessa ficha que serão anotadas eventuais contradições entre vários autores a respeito do mesmo assunto. bibliotecas etc 3. principalmente a trabalhos que exigem uma avaliação mais critica dos autores que serviram de base para o desenvolvimento da pesquisa . Ex:363.razão.. Local: O estabelecimento onde foi encontrada a obra Ex:Fundações. bibliotecas etc .A ficha de esboço e importante pois apresenta uma síntese das idéias do autor ..5. Indicação da obra: Nome do livro onde foi extraída a obra . Indicação da obra: Nome do livro onde foi extraída a obra .pagina por pagina.e tem como significado juízo.org/wiki/Fichamento_bibliogr%C3%A1fico" Categoria oculta: !Artigos a sofrerem fusão . Titulo da obra.wikipedia.A lógica.Características importantes a ser destacada: Deverá deixar bem clara a importância da obra para o trabalho que está sendo elaborado Interpretação e analisa critica do texto com o objetivo de torná-lo mais claro. Texto: Tem como função armazenar determinadas informações.entre idéias desse autor e de outro também são registradas nessa ficha .o que facilita consulta posteriores para uma eventual citação num trabalho a ser elaborado . As comparações a serem efetuadas. Local: O estabelecimento onde foi encontrada a obra Ex:Fundações.discurso. Cidade . Obtido em "http://pt.que etimologicamente vem do grego.Ficha Crítica ou Analítica: Cabeçalho: Titulo Referencia bibliográfica: Nome do autor.por definição é a ciência das leis idéias do pensamento e da arte de aplicá-las corretamente na procura e na demonstração da verdade. Trabalho que se baseia no esquema (na introdução pode fazer uma pequena apresentação histórica ou ilustrativa). 3. MODELO DE FICHAMENTO Indicação bibliográfica (conforme as normas da ABNT) 1ª parte: apresentação objetiva das idéias do autor 1 – Resumo (baseado no esquema) 2 – Pequenas citações (entre aspas e páginas) 2ª parte: elaboração pessoal sobre a leitura 1 – Comentários (parecer e crítica) 2 – Ideação (novas perspectivas) . Resumo – sintetizando o conteúdo da obra. Para isso.Fichamento e Fichário voltar “FICHAMENTO” é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. Citações – apresentando as transcrições significativas da obra. baseando-se ou não em outros autores e outras obras. Indicação bibliográfica – mostrando a fonte da leitura (cf. 4. Ideação – colocando em destaque as novas idéias que surgiram durante a leitura reflexiva. 5. “Um fichamento completo deve apresentar os seguintes dados: 1. é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. Comentários – expressando a compreensão crítica do texto. mas é também uma forma de estudar / assimilar criticamente os melhores texto / temas de sua formação acadêmico-profissional. Não só. ABNT) 2. onde o bem estar do profissional é o fator principal para o desenvolvimento corporativo. classificadamente.64-65. . as fichas produzidas por seus fichamentos. 2000. 7. pp. INTRODUÇÃO Apresentamos nestes modelos de fichamento a idéia o qual o livro O Gerente-Minuto de gerenciar pessoas no meio corporativo. Rio de Janeiro: Agir. buscando a qualidade e não os defeitos dos profissionais. um modelo aperfeiçoado e simples o qual muda completamente a idéia de gerenciamento. Metodologia científica. Fichário O fichário não é mais do que o espaço no qual você armazena.M.Extraído de: HUHNE. Um dos fatores principais e a relação humana. ed. não importando o porte da empresa. L. Insere-se no campo da administração e da liderança. 112p. Abordagem específica e analítica. não importando a dimensão da empresa. como liderança como um todo. Desenvolveram alguns tópicos específicos. . observação e entrevista. O Gerente-Minuto. administração do tempo.FICHAMENTO DO LIVRO O GERENTE-MINUTO FICHA BIBLIOGRÁFICA 01 BLANCHARD. falta de comunicação (feedback) e relação pessoal. Rio de Janeiro. utilizando recursos ilustrativos de 01 quadro. Aborda uma melhor forma de gerenciamento e liderança como um todo Os autores utilizaram documentação direta. JOHNSON. 2002. Spencer. Kenneth. Record. O livro traz uma nova visão de gerenciamento e motivação de equipe em geral. Rio de Janeiro. Só existe um problema quando há uma diferença entre o que está realmente acontecendo e aquilo que você desejaria que estivesse acontecendo. então você não tem ainda um problema.81) “. Como resultado.77) “A maioria dos gerentes espera até seu pessoal faça algo totalmente certo antes de elogiá-lo. Assim que ficamos sabendo o que devemos fazer. isto é. porque seus gerentes concentram-se “flagrá-los” fazendo coisas erradas..29) .” (p. no principio. 112p. “A chave para treinar pessoas para realizarem novas tarefas é. Está apenas se queixando. 2002.FICHAMENTO DO LIVRO O GERENTE-MINUTO FICHA DE CITAÇÕES 01 BLANCHARD.” (p. Kenneth. o gerente certifica-se de que saibamos também o que ele considera ser um bom desempenho. muitos jamais chegam a ter um ótimo desempenho. flagrá-las fazendo alguma coisa aproximadamente certa até que.. tudo o que fica aquém do desempenho desejado.” (p. Record. Spencer. Em outras palavras os padrões de desempenho ficam claros. Ele nos mostra o que espera de nós.27) “Se não pode me dizer o que gostaria que estivesse acontecendo.” (p. JOHNSON. aprendam a fazê-la exatamente certa. no fim. O Gerente-Minuto. Kenneth. O “Plano de Jogo” do Gerente-Minuto. Record. Objetivos e Conseqüências em relação aos comportamentos. funcional que gera resultados. O GerenteMinuto. Administrando comportamentos. Conhecimento dos Elogios-Minutos. 2002. Conhecimento dos Objetivos-Minutos. 09/14 15/20 23/24 36/44 46/48 49/58 60 63 66/67 71 75/84 86 87/91 92 96 98/99 100 101/104 105/107 Busca constante de um gerente eficaz. Exemplificando os Elogios-Minutos. O Gerente-Minuto. O novo Gerente-Minuto. A repreensão do profissional e nunca da pessoa. o qual se demonstra simples. O Funcionamento das Repreensões-Minuto. O Gerente-Minuto constata falha nos outros sistemas de gerenciamento corporativo por onde passou. Reconhecimento do trabalho realizado Compartilhando o conhecimento adquirido. usando apenas o método que criou de gerenciamento. Constatação que o Feedback é o alimento dos campeões Treinamento sistemático de pessoas para se tornarem um vencedor. O jovem encontra uma nova forma de gerenciamento. Reconhecimento do método Gerente-Minuto. Spencer. Rio de Janeiro. Conhecimento das Repreensões-Minuto. . A unidade do Gerente-Minuto é a mais eficaz dentre todas nossas fábricas. 112p.FICHAMENTO DO LIVRO O GERENTE-MINUTO FICHA DE ESBOÇO 01 BLANCHARD. JOHNSON. Repreensões-Minuto – recolocar os profissionais vencedores em potencial ao seu caminho correto para almejar um desempenho superior. O Gerente-Minuto. Kenneth. Rio de Janeiro. 112p. Kenneth. 112p. ou . JOHNSON. FICHAMENTO DO LIVRO O GERENTE-MINUTO FICHA DE CITAÇÕES 01 BLANCHARD.D e Dr. Spencer. 3. 2002. 2. Demonstrar os erros do profissional e nunca o pessoal. E apresentado o “Gerente-Minuto” um tipo de gerente muito diferente do padrão. Record. para conseguir um alto nível de desempenho e aumentar a produtividade. Estabelecer objetivos e analisar os problemas para encontrar várias soluções. O trabalho dos autores (Kenneth Blanchard – Ph. Decorrente do processo deficiente. corrigindo e recolocando o profissional no caminho do desempenho.D) demonstram a deficiência de gerenciar pessoas no meio corporativo atualmente. O modelo e dividido em 03 estágios: 1. Spencer Johnson – Ph. explorando os acertos. Caracteriza-se como um excelente processo de gerenciamento de pessoas. facilitando a aplicação em qualquer tipo de empresa. Rio de Janeiro. Explorar os acertos dos funcionários e não os erros. O modelo e funcional e de fácil aplicação e entendimento. Elogio-Minuto – o esforço positivo. Objetivo-Minuto – estabelecer objetivos e padrões de desempenho e fornecer feedback aos seus funcionários para sentirem-se preparados para finalizarem suas tarefas. Spencer.FICHAMENTO DO LIVRO O GERENTE-MINUTO FICHA DE RESUMO 01 BLANCHARD. JOHNSON. participa completamente do gerenciamento de pessoas. O Gerente-Minuto. Record. o qual os autores demonstram a eficiência do modelo “Gerente Minuto” com implicações no valor humano. 2002. estabelecendo objetivos. os autores criam um modelo de gerenciamento o qual supri a deficiência do sistema corporativo atual. . Manual de Normas Técnicas e Roteiros de Trabalhos Acadêmicos Adotados na FIPAG. Guarapari. FIPAG. 2003. 102 p. Armindo de Souza. rev. Guarapari.seja. sempre preservando o pessoal e recolocando o profissional. Sandra G. REFERÊNCIAS TEDOLDI. encontrando varias soluções para um mesmo problema. a superação de obstáculos e problemas. Um modelo eficaz de como gerenciar uma equipe. RIBEIRO JÚNIOR. seja quais forem os problemas. Foi dada especial atenção a valor humano. 50 p. ed. 2005. 3. e ampliada. Deste modo. Conteúdo (resumo e cópia-citação). em seguida deve-se discutir de modo pessoal as idéias fichadas (comentário e ideação). não se efetua.METODOLOGIA DO TRABALHO ACADÊMICO Prof. Em outras palavras.2. Em primeiro lugar. Assim. assim como também surgem na nossa mente várias idéias e relações novas. 5) Ideação — colocando em destaque as novas idéias que surgiram durante a leitura reflexiva. Todavia. Mas não vemos necessidade de ampliar o número de fichas.comentário. 1. que é a assimilação da matéria. [B] . deve-se apresentar objetivamente as idéias do autor (resumo e citação). 2. é preciso usar fichas que facilitam a documentação e preparam a execução do trabalho. Trabalho que se baseia no esquema (na introdução pode fazer uma pequena apresentação histórica ou ilustrativa). exige interesse. no próprio exercício da leitura percebemos a necessidade de fazer comentários sobre a argumentação do autor. Modelo de Fichamento INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 1ª Parte: apresentação objetiva das idéias do autor 1). num único tipo de ficha (fichamento). Dicas sobre a Técnica de Fichamento Quanto mais se estuda. disciplina. Destacamos dois tipos de fichas: 1. esforço. 2) Resumo — sintetizando o conteúdo da obra. Para isso. waldemar neto [I] TÉCNICAS DE FICHAMENTO 1. porque o objetivo básico da aprendizagem.resumo (baseado no esquema) 2).ideação.pequenas citações (entre aspas e página) . Não adiante ler ou levantar dados superficialmente. baseando-se ou não em outros autores e outras obras. 3) Citações — apresentando as transcrições significativas da obra. Alguns autores de técnica de ensino acrescentam mais dois tipos de fichas de conteúdo: [A] . lembramos que o fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar (registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema. mas simplesmente assinalar a necessidade de elaborar esses tipos de anotações que devem aparecer na feitura do trabalho. pode-se incluir as diversas modalidades de apurações de investigação. Bibliográfica (assunto e autor). 4) Comentários — expressando a compreensão crítica do texto. um fichamento completo deve apresentar os seguintes dados: 1) Indicação bibliográfica — mostrando a fonte da leitura. mais se percebe que o ato de estudar é extremamente lento. Noções sobre Bachelard Nasceu em 1884. que surgem no próprio ato de conhecer.Ideação (novas perspectivas) 2. em Champagne.. é no interior do próprio ato de conhecer que aparecem. 1957. ele analisou nesta obra a noção de obstáculo epistemológico à luz das psicanálise do conhecimento objetivo. 2 . mais tarde professor de história e filosofia das ciências na Sorbonne. por uma espécie de necessidade funcional. Modelo de Fichamento (a respeito de “Obstáculo epistemológico”..Comentários (parecer e crítica) 2). DEFINIÇÃO . “. 3ª ed. mas analisa principalmente aqueles obstáculos internos de carácter inconsciente. Paris: L.Influência da psicanálise freudiana sobre Gaston Bachelard Nesse texto ele não apresenta os objetos externos como os empecilhos verdadeiros ao conhecimento científico. Gaston. A noção de obstáculo epistemológico. In: A formação do espírito científico [La formation de l’espirit scientifique].INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA 2ª Parte (elaboração pessoal sobre a leitura) 1). em 1962. Preocupado com a pedagogia das ciências. Foi professor de ciências na sua cidade natal. retardos e perturbações”. Recensão Citação COMO SE FAZ UMA RESENHA? 1. de Gaston Bachelard) In: BACHELARD.J.F. e faleceu em Paris. 1 .1. inteligível e dinâmico. o texto deve ser claro. Em concreto. 4o Passo .e. como voz crítica sobre o texto. quer dizer. 3o Passo . ou seja. Esses esclarecimentos. devem abrir a resenha e preparar o comentário sobre o texto em pauta. é preciso manter a identidade de quem escreveu o trabalho que você está analisando.2. 2o Passo . 4. trata-se de resumir de maneira clara e sucinta um livro.3. que tem de ser claro. Bibliografia. isto é. ordenado e distinto. Descartes parte de uma dúvida universal (metódica). Texto dissertativo contendo: introdução. APRESENTAÇÃO GRÁFICA . 5. o dado inicial. Para isso. artigo ou qualquer tipo de texto científico. que servirão de fio condutor para elaboração do texto da resenha. entretanto.revisão do texto. • A forma da resenha. Resenhar significa resumir. PROCEDIMENTOS 1o Passo . destacar os pontos principais de uma obra científica. isso deve ser feito entre aspas e/ou em destaque. Sempre deve haver referência bibliográfica. 2. Lembremo-nos de que.Leitura total da obra a ser resenhada. no método Descartes. o critério cartesiano da verdade é a clareza e a distinção.construção do texto propriamente dito. DICAS IMPORTANTES • A recensão deve cumprir um objetivo claro: comunicar ao leitor os aspectos essenciais da obra em questão e situá-lo no assunto da melhor maneira possível.Inicialmente é preciso definir o termo “resenha”. mas é preciso transparecer a sua presença. 3. é imprescindível o uso das normas padrão da língua portuguesa.leitura pormenorizada. cabeçalho contendo o nome da instituição de ensino. sobre o assunto em questão e sobre a situação atual da pesquisa científica sobre o tema. a 1ª regra é a evidência. • Por vezes.elaboração de um esquema com as principais etapas a serem desenvolvidas pela resenha. superá-la criticamente na conquista da verdade. é interessante fazer uma pesquisa mais abrangentes sobre o/a autor/a do texto resenhado. Embora o texto a ser resenhado tenha um/a autor/a. autor/a da resenha. corpo principal do texto e conclusão com apreciação crítica. daí as seguintes necessidades: 3. o/o recenseador/a deve ser o/a autor/a do seu trabalho. local e data. título da resenha com identificação do texto resenhado. correção e aprimoramento. 3. • Caso haja necessidade de citação do próprio texto resenhado. fazendo os destaques da partes mais significativas. O/A leitor/a deve ter prazer nesta leitura e deve sentir-se convidado/a à leitura do texto resenhado. objetivo do trabalho. i. NECESSIDADES Toda resenha deve ser o mais bem identificada possível.1.. 3. Fazer uma resenha é o mesmo que fazer uma recensão (que significa apreciação breve de um livro ou de um escrito). 5o Passo . quando convenientes. para. ou seja. sintetizar. em nota de rodapé. Ao passar para a redação da tese. p. mas a quem quer que posteriormente estude a sua tese. ano da publicação e páginas citadas. Thais Curi. Subtítulo. 1986. pode tirar dai uma péssima impressão. Neste caso. Mas o leitor que. percebe na página não uma paráfrase do texto original. fez paráfrases e repetiu com suas próprias palavras o pensamento do autor. é claro. é preciso certificar-se de que os trechos que copiou são realmente paráfrases e não citações sem aspas. para publicá-la ou para avaliar sua competência.• Papel A4 (210x297) • Corpo do texto: • margens: superior e inferior: 2. pois às vezes é inevitável ou mesmo útil que certos termos permaneçam imutáveis. A prova mais cabal é dada quando conseguimos parafrasear o texto sem tê-lo diante dos olhos. Humberto. Como ter certeza de que uma paráfrase não é um plágio ? Antes de tudo. que está se referindo àquele autor. Título da obra. • espaçamento: no texto: 2 (duplo). SP: EDUSP/Nova Stella. mas uma verdadeira cópia sem aspas. E também reproduziu trechos inteiros entre aspas. 12ª ed. Essa forma de plágio é assaz comum nas teses. significando que não só não o copiamos como o entendemos. Do contrário. • caracteres (fontes): “Times New Roman”. de acordo com os padrões de Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): SOBRENOME. O estudante fica com a consciência tranqüila porque informa. já não terá sob os olhos o texto. 1995. Cidade (local da publicação. em negrito e/ou sublinhado. e provavelmente copiará longos trechos das fichas. margem direita: 2cm e margem esquerda: 3cm. antes ou depois. separa-se com barra: /): Editora (quando houver mais de uma editora. por acaso. de sorte que a paráfrase deve ser muito mais longa do que o trecho original. Nome do autor. Ex: BEAINI.5cm. você resumiu vários pontos do/a autor/a que lhe interessavam: isto é. . COMO SE FAZ UMA TESE1 [I] PARÁFRASES E PLÁGIO Ao elaborar a ficha de leitura. Como se faz uma tese. tamanho 12. Edição. quando houver duas cidades. não se deve preocupar doentiamente em nunca colocar as mesmas palavras. Aqui.. separa-se por barra: /). SP: Perspectiva. Heidegger: arte como cultivo do inaparente. terá cometido um plágio. • Bibliografia Observa-se o seguinte critério de citação. 128 a 132. E isto não diz respeito apenas ao orientador. se for muito mais curta do que o original. Mas há casos em que o autor diz coisas de grande conteúdo numa frase ou período curtíssimo. 1 ECO. • títulos e subtítulos: no mesmo tamanho. na bibliografia: simples. que constitui um plágio. discórdia civil. cujo reino seria de fato um caos sem lei. uma era votada à rapina e ao saque. todavia. As pessoas estavam sempre alerta. O texto original A vinda do Anticristo deu lugar a uma tensão ainda maior. saques. à tortura e ao massacre. cometas. mortes imprevistas de pessoas eminentes e uma crescente pecaminosidade geral. “cujo reino seria de fato um caos sem lei. Com o número 2 exemplifico uma paráfrase razoável. a do reino do demônio. Cohn2 é bastante explícito. atentas aos “sinais” que. Milano: Comunità. Em atenção à perfeita tradução e revisão do texto. rapinas. [Nota do Compilador] . mas também o prelúdio à Segunda Vinda ou ao Reino dos Santos. nunca houve dificuldade em detectá-los. a Segunda Vinda e o Reino dos Santos”. a guerra. 128. nunca houve dificuldade em detectá-los. uma era consagrada à rapina e ao saque. já que esses “sinais” incluíam os maus governantes. Norman. mantivemos a grafia original do texto. cumpre não esquecer que a vinda do Anticristo deu lugar a uma tensão ainda maior. Por outro lado. recorda ainda que “a vinda do Anticristo deu lugar a uma tensão ainda maior”.1. empregamos a forma transliterada do grego parusía. Uma paráfrase quase textual que evita o plágio O próprio Cohn.Para melhor esclarecer esse ponto.3. ao mesmo tempo. As diversas gerações viviam em constante expectativa do demônio destruidor. atentas aos sinais que. a Segunda Vinda e o Reino dos Santos. e. Sucessivas gerações viveram numa constante expectativa do demônio destruidor. acompanhariam c anunciariam o último “período de desordem”: e. fome. uma era consagrada à rapina e ao saque. a discórdia civil. inspirado na dor e na desordem. mas também o prelúdio de um termo ansiado. já que os “sinais” incluíam maus governantes. I fanatici dell’Apocalipse. à tortura e ao massacre. As gerações viviam na constante expectativa do demônio destruidor. Uma falsa paráfrase Segundo Cohn. mas onde o plágio é evitado pelo uso honesto de aspas.4. segundo a tradição profética. [segue-se uma lista de opiniões expressas pelo autor em outros capítulos]. 2 3 COHN. não faltavam às pessoas os “sinais” correspondentes aos sintomas que os textos proféticos haviam sempre anunciado como típicos da vinda do Anticristo. as pestes e os cometas. a volta do Cristo triunfante. Com o número 4 exemplifico uma paráfrase igual à do número 3. a fome. 1. segundo os profetas. além das mortes imprevistas de pessoas importantes (e uma crescente pecaminosidade geral). mas também prelúdio da chamada Segunda Vinda. p. Normalmente. Debruça-se sobre a situação de tensão típica desse período. peste. Os Fanáticos do Apocalipse). à tortura e ao massacre. Uma paráfrase honesta A esse respeito. no dicionário Aurélio a forma de se grafar esse vocábulo é parúsia. carestia. 1965. entre nós teólogos/as e pastoras/es. mas também o prelúdio de um termo ansiado. As pessoas estavam sempre alerta... a seca. guerra. a carestia. a Parúsia3. anunciariam e acompanhariam o último “período de desordem”. 1. cujo reino seria de fato um caos sem lei. 1. carestia e pestes. em que a expectativa do Anticristo é. 1. Numa época dominada por acontecimentos sombrios. Com o número 3 exemplifico uma falsa paráfrase. transcrevo com o número I um trecho de um livro (trata-se de Norman Cohn. já citado.2. ora compilador. corolários e informações adicionais. como no sistema autor-data discutido em 5. As remissões internas também podem aparecer no texto. não existindo aspas na ficha. atrapalharia a leitura. p. sejam importantes. a obra tal”. d) As notas servem para introduzir uma citação de reforço que. 50). Seria então prova não só de lealdade científica. no texto. Se for nota de referência bibliográfica. Para que servem as notas Uma opinião muito difundida pretende que não apenas as teses.. melhor fora transcrever como citação o trecho completo.1. consciente de que pode haver quem não esteja de acordo. discórdia civil. pois desse modo com um simples golpe de vista pode-se controlar o que se está discutindo. Você deve estar seguro de que. p. segundo os profetas. o que ali está é uma paráfrase e não um plágio. para não perder o fio da meada. Por certo. cit. 50) lembram que é útil colocar em nota discussões técnicas. com freqüência. Mas isso não impede que as notas. se poderia fazer uma objeção à nossa assertiva. Aqui também é mais cômodo colocá-las em rodapé. Isto pode ser feito no texto. a leitura da página seria difícil. mortes imprevistas de pessoas eminentes e uma crescente pecaminosidade geral. em geral.” (que quer dizer “confrontar” e que remete a outro livro ou a outro capítulo ou parágrafo de nosso próprio trabalho). depois de haver dito que é útil fazer as notas. cometas.4. p. Ora. a nota se presta maravilhosamente a este fim. Não há nada mais irritante do que as notas que parecem inseridas só para fazer figura e que não dizem nada de importante para os fins .. E preciso ter cuidado em não transferir para as notas informações importantes e significativas: as idéias diretamente relevantes e as informações essenciais devem aparecer no texto”. Mas para isso seria preciso que sua ficha de leitura já contivesse todo o trecho ou uma paráfrase insuspeita. ou considera que de um certo ponto de vista. seca. sublinha Cohn. Qual seja essa justa medida depende do tipo de tese. Campbell e Ballou (op. Há sem dúvida maneiras de fornecer referências essenciais no texto. guerra. comentários incidentais. sem recorrer às notas. não poderá mais recordar-se do que foi feito na fase de fichamento. mas também os livros com muitas notas. às vezes subtraídas subrepticiamente da literatura critica examinada. “qualquer nota de rodapé deve justificar praticamente sua própria existência”. op. é claro que. 5 As notas de conteúdo podem ser usadas para discutir ou ampliar pontos do texto. pode-se pôr em nota um “cf. carestia. ou que recheiam as notas com informações desnecessárias. devem basear-se numa evidência da sua validez. ao mesmo tempo. c) As notas servem para remissões internas e externas. Ora. ressaltemos que. cit. embora importantes. são acessórias em relação ao tema ou apenas repetem sob um diferente ponto de vista o que já fora dito de maneira essencial. b) As notas servem para acrescentar ao assunto discutido no texto outras indicações bibliográficas de reforço. Por outro lado. quando essenciais: sirva de exemplo o presente livro. 6 De fato. Cf CAMPBELL. denunciam um esnobismo erudito e. mas também espírito crítico inserir uma nota explicativa6. peste. uma vez que estes sinais incluíam “maus governantes. Se a fonte tivesse de ser indicada no próprio texto. nunca houve dificuldade em detectá-los. ao invés de dar-se ao trabalho de elaborar a paráfrase n. onde vez por outra surgem remissões a outro parágrafo.. Mas. quando utilizadas na justa medida. Tratado um assunto. como dizem os mesmos autores (ibidem). e) As notas servem para ampliar as afirmações que se fez no texto 5: nesse sentido. passa à afirmação seguinte. fome. Não obstante. uma tentativa de lançar fumaça nos olhos do leitor. são úteis por permitirem não sobrecarregar o texto com observações que. a) As notas servem para indicar as fontes das citações. “o uso das notas com vista à elaboração do trabalho requer certa prudência. acompanhariam e anunciariam o último “período de desordens”. [II] NOTAS DE RODAPÉ 2. na nota de rodapé ou em ambos.3. Por exemplo. no texto você faz uma afirmação e. Quer dizer. não se deve excluir que muitos autores amontoam notas para conferir um tom importante ao seu trabalho. 4 Todas as afirmações importantes de fatos que não são matéria de conhecimento geral. você está seguro do que afirma mas. cumpre proceder corretamente a partir daí. ao redigir a tese.As pessoas estavam sempre alerta e atentas aos sinais que. “ver também' a esse respeito. Como. convém que apareça em rodapé e não no fim do livro ou do capítulo. f) As notas servem para corrigir as afirmações do texto.° 4. procuraremos ilustrar os casos onde as notas se impõem e como se elaboram. cit. 50. remetendo em seguida à primeira nota onde se demonstra como uma célebre autoridade confirma a afirmação feita4. como lembram ainda Campbell e Ballou (op. g) As notas podem servir para dar a tradução de uma citação que era essencial fornecer em língua estrangeira. h podem aparecer também no fim do capítulo ou da tese. tabelas. do contrário não será uma nota. diremos que uma nota nunca deveria ser excessivamente longa. por exemplo que uma série de idéias originais ora expostas jamais teria vindo à luz sem o estímulo recebido da leitura de determinada obra ou das conversações privadas com tal estudioso. mas um apêndice que. era mais cômodo fazer em tradução. e atenha-se àqueles uses. h) As notas servem para pagar as dívidas. figuras no texto ou em apêndice. como tal. ou a versão original de uma citação que. e pode ser norma de correção científica advertir em nota. é preciso também pagar dívidas cuja documentação não é fácil. no texto. porém. cartas ou documentos etc. as páginas de um diário. se se está examinando uma fonte homogênea. De qualquer forma. Enquanto as notas do tipo a. Às vezes. Veja o parágrafo sobre as citações de clássicos. deve aparecer no fim da obra. Convém lembrar mais uma vez que. . 30. a obra de um só autor. 231). numerado. Deve-se proceder da mesma maneira pare remissões a quadros. poder-se-á evitar as notas simplesmente fornecendo no início do trabalho abreviaturas para as fontes e inserindo entre parênteses. por razões de fluência do discurso. Citar um livro donde se extraiu uma frase é pagar uma dívida. Citar um autor do qual se utilizou uma idéia ou uma informação é pagar uma divida. Contudo. ou breves notas em rodapé e apêndices no fim da obra. e c são mais úteis em rodapé. Numa tese sobre autores medievais publicados na patrologia latina de Migne evitar-se-ão centenas de notas colocando no texto parênteses do tipo (PL. uma sigla com o número de página ou do documento para cada citação ou outra remissão qualquer. daquele discurso. as do tipo d. é preciso ser coerente: ou todas as notas em rodapé ou no fim do capítulo. b. uma coleção de manuscritos. principalmente se forem muito longas.
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