Fibromialgia

March 25, 2018 | Author: Jamylle Lima | Category: Fibromyalgia, Major Depressive Disorder, Pain, Muscle, Science


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31/03/2015Fibromialgia Fibromialgia 1 1 Avaliação do Usuário: Pior    / 2  Melhor  Votar Trabalho realizado por: Marcelle da Costa Pinheiro. * Fisioterapeuta formada pela UNESA ‐ 2006. Contato: [email protected]   Resumo O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica sobre a fibromialgia (FM) e o alongamento muscular. Sendo a Fibromialgia uma síndrome músculo‐esquelética crônica caracterizada por dores difusas, não inflamatória, com sítios dolorosos específicos pelo corpo, sensíveis à palpação (tender points); e de etiopatogenia desconhecida, que acomete principalmente o gênero feminino, em idade produtiva de trabalho, interferindo na sua qualidade de vida, pois freqüentemente está associado a distúrbio do sono, fadiga e cefaléia crônica, distúrbio psíquico como ansiedade e depressão além do cansaço constante. O tratamento da Fibromialgia tem como objetivo a melhora da qualidade de vida destes pacientes, que inclui: medicamentos analgésicos e antidepressivos, acompanhamento psicológico e fisioterapia. A fisioterapia pode contribuir muito no controle da dor, na cinesioterapia e na melhora do padrão postural, e tem mostrado sua grande importância na redução dos sintomas e na melhora significativa da qualidade de vida dos pacientes.. Como questão norteadora do trabalho temos: De que maneira o fisioterapeuta, através de seus recursos terapêuticos disponíveis, principalmente os exercícios de alongamento muscular, pode auxiliar na promoção de melhor qualidade de vida à pacientes portadores de fibromialgia? E como objetivo incluimos a descrição dos métodos e técnicas utilizadas pelos profissionais de fisioterapia no tratamento da FM. Especialmente os exercícios de alongamento, relaxamento e fortalecimento muscular. Além de apresentar a Síndrome da FM, seus principais sintomas clínicos e patogenia; descrever a dor e pontos de localização nessa patologia; expor o alongamento muscular, suas indicações, contra‐indicações e técnicas de aplicabilidade; averiguar a terapêutica da FM e algumas atividades cinesioterápicas, principalmente os exercícios de alongamento muscular no tratamento da doença apontando o seu benefício no controle da dor. Dentre os recursos utilizados pela fisioterapia, o alongamento muscular é um componente importante do programa de reabilitação, pois um músculo encurtado pode criar desequilíbrio e instabilidade nas articulações, assim data:text/html;charset=utf­8,%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B%… 1/31 31/03/2015 Fibromialgia como um alinhamento postural incorreto que pode levar a lesões e a disfunções articulares. Nesse sentido, o alongamento permite que o músculo recupere seu comprimento necessário para manter um alinhamento postural correto, manter a estabilidade articular, garantindo principalmente a integridade e a função. 1    Introdução 1.1     Consideração Iniciais Para o implemento deste trabalho foi realizada uma revisão da literatura científica, a fim de identificar e agrupar informações a respeito da Síndrome da Fibromialgia (FM) e o tratamento fisioterapêutico que tem apresentado resultados benéficos, especialmente os exercícios de alongamento muscular. A pesquisa foi desenvolvida nas seguintes bases de dados: Lilacs, Pubmed e Scielo, onde foram empregadas as palavras‐chave: fibromialgia, fisioterapia, alongamento muscular, dor e qualidade de vida, além de buscar com deligência em revistas indexadas e eletrônicas disponíveis na internet e livros estudos referentes ao assunto. A FM é uma síndrome reumática de etiopatogenia desconhecida, que acomete predominantemente mulheres, sendo caracterizada por dores músculo‐esqueléticas difusas e crônicas, sítios anatômicos específicos dolorosos à palpação, chamados de tender points, estando frequentemente associada a outros sintomas como: fadiga, distúrbios do sono e do sistema digestivo, rigidez matinal e distúrbios psicológicos, como a ansiedade e depressão (PROVENZA, 2004). Os fibromiálgicos apresentam aptidão física cardiovascular diminuída e alterações posturais, que levam a uma redução nas suas atividades da vida diária e causa um ciclo de descondicionamento físico e diminuição da flexibilidade. Segundo estudos realizados nos últimos anos, os exercícios de alongamento muscular têm apresentado ser uma terapêutica respeitável no controle da sintomatologia apresentada por estes pacientes (MARQUES et al, 2004). 1.2     Questão Norteadora De que maneira o fisioterapeuta, através de seus recursos terapêuticos disponíveis, principalmente os exercícios de alongamento muscular, pode auxiliar na promoção de melhor qualidade de vida à pacientes portadores de fibromialgia? 1.3     Objetivos 1.3.1     Objetivo Geral Descrever os métodos e técnicas utilizadas pelos profissionais de fisioterapia no tratamento da FM. Especialmente os exercícios de alongamento, relaxamento e fortalecimento muscular. 1.3.2     Objetivos Específicos data:text/html;charset=utf­8,%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B%… 2/31 31/03/2015 Fibromialgia Apresentar a Síndrome da FM, seus principais sintomas clínicos e patogenia; Descrever a dor e pontos de localização nessa patologia; Expor o alongamento muscular, suas indicações, contra‐indicações e técnicas de aplicabilidade; Averiguar a terapêutica da FM e algumas atividades cinesioterápicas, principalmente os exercícios de alongamento muscular no tratamento da doença apontando o seu benefício no controle da dor. 1.4     Justificativa O estudo se justifica devido à prevalência da FM que é de 2% da população geral, 15% das consultas de ambulatórios de reumatologia e de 5% a 10% das consultas em ambulatório geral (PROVENZA, 204). Devido ao número crescente de portadores desta síndrome, existe uma preocupação com a situação vivida por estes pacientes, na sua maioria mulheres que estão numa fase produtiva, economicamente falando, e estão sendo afastadas de seus cargos profissionais prejudicando sua qualidade de vida bem como da sua família (GASHU; MARQUES, 1997). Cerca de 90% dos portadores de fibromialgia sentem uma fadiga de moderada à severa, com perda da energia, diminuição da resistência aos exercícios ou um cansaço semelhante àquele resultante de uma gripe ou perda de sono. Apontando assim para a necessidade do seu tratamento promover um melhor condicionamento físico e relaxamento da musculatura, este, sendo promovido dentre outras terapêuticas, pelos exercícios de alongamento muscular (RIBERTO, 2004). 2    Síndrome da Fibromialgia 2.1     Conceito De acordo com os estudos de Provenza (2004) a Síndrome da Fibromialgia (FM) pode ser definida como uma síndrome dolorosa crônica, não inflamatória, de etiologia desconhecida, que se manifesta no sistema músculo‐esquelético, podendo apresentar sintomas em outros aparelhos e sistemas. Há relatos de casos nos quais a síndrome se inicia após infecção viral ou bacteriana, um acidente, problemas emocionais que envolvam perdas ou conflitos, levando a pensar em uma provável falha de adaptação ou incapacidade de elaborar respostas adequadas aos estímulos internos e/ou externos. Acredita‐se também, que possa estar relacionada a traços de personalidade herdados, como o perfeccionismo ou a rigidez na manifestação do comportamento (RIBEIRO; PROIETTI, 2005). Segundo Maeda; Fernandez; Feldman (2006), a causa e a fisiopatologia da FM permanecem sendo desconhecidas, porém várias alterações fisiológicas são observadas, como distúrbios do sono, dor músculo‐esquelética, alterações neuroendócrinas, nos transmissores e até do fluxo sangüíneo cerebral. data:text/html;charset=utf­8,%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B%… 3/31 PROIETTI. 2. onde são concebidos os sonhos). 2005). Torácica e Lombar. data:text/html;charset=utf­8. doença do tecido conectivo. a maioria dos pacientes relata cansaço matinal e dor. estas considerações de diagnósticos adicionais podem ser rejeitadas por um histórico cuidadoso e um exame físico com documentação dos pontos sensíveis típicos (ESTEFANI.31/03/2015 Fibromialgia Estudos comprovaram o distúrbio energético muscular e a anóxia tecidual. •      Músculo supra – espinhoso: bilateralmente nas origens e acima da espinha escapular e da borda medial da escápula. Mas. como polimialgia reumática. Existem poucas condições que causam dor muscular difusa com um curso crônico caracterizado pelo aumento e diminuição dos sintomas. 2002). Seu diagnóstico é decorrente da aplicação dos critérios diagnósticos da patologia. 2) Dor à palpação de pelo menos 11 de 18 locais específicos do corpo (os pontos dolorosos chamados tender points): •    Região occipital: bilateralmente.2     Diagnóstico O diagnóstico de fibromialgia é bastante direto. •    Epicôndilo lateral: bilateralmente. apresentar dor no esqueleto axial: •    Coluna Cervical. que utilizam duas variáveis: 1) Dor disseminada com mais de três meses de duração. •    Segunda costela: bilateralmente. Várias condições podem imitar a fibromialgia. miopatia e osteoartrites. dois cm abaixo dos epicôndilos. •    Músculo trapézio: bilateralmente. Antonio (2001). nos quadrantes superolaterais e abaixo do músculo piriforme.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B%… 4/31 . •    1/3 inferior do músculo esternocleiodomastóideo. E se.  Sendo a maioria dos pacientes possuidores de baixo condicionamento físico. •    Trocânter maior: bilateralmente. posterior à proeminência trocantérica. Porém ainda não foi definido se o padrão de sono não restaurador é a causa ou somente uma conseqüência da FM ou de outras síndromes crônicas dolorosas. ARICE. A dor é considerada disseminada quando apresentar: •    Dor no hemi corpo direito e esquerdo. hipotireoidismo. afirma que em relação ao distúrbio do sono. •    Região glútea: bilateralmente. no 2º espaço intercostal e articulação condrocostal. na maioria dos casos. bilateralmente. no ponto médio da borda superior. •      Joelho: bilateralmente. desenvolvidos pelo American College of Rheumathology (ACR) em 1990. •    Dor acima e abaixo da altura do punho. nas interlinhas mediais e no local de inserção dos músculos da pata de ganso (RIBEIRO. vimos que por não entrarem na fase 4 (fase do movimento rápido dos olhos que dura em média de 5 a 45 minutos. nos espaços intertransversos de C5 a C7. Scotton et al (2000) concluiu que as alterações do metabolismo podem ser responsáveis pelo quadro álgico intenso relatado pelos pacientes. em adição. as manifestações clínicas da FM exibem uma constelação tão variada de sintomas que formam um quadro característico (CHAITOW. 2002. Estes. 2002). 2002). que corresponde à pressão necessária para empalidecer o leito subungueal do polegar ou através do dolorimetro referido pelo paciente (CHAITOW. 2. A identificação de pontos dolorosos é o método mais apropriado para diagnosticar pacientes com FM se comparados com os de controle com outras condições dolorosas (MENDONÇA et al. Uma incisão cirúrgica. ARICE. A palpação digital deve ser feita com a força de aproximadamente 4 Kg/cm2.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B%… 5/31 .3     Principais Sintomas Clínicos Além das características essenciais para a sua classificação. tensão e problemas articulares podem ser causas de seu aparecimento (ESTEFANI. data:text/html;charset=utf­8. ARICE. 2002).  O ponto gatilho ou tender point é um local hipersensível dentro de uma faixa muscular e/ou associado à fascia. podem ser usados a fim de um diagnostico diferencial (ESTEFANI. traumas por movimentos repetitivos. contusões. porém. O diagnóstico da FM é clínico. tendo como característica fundamental ausência de achados em outros estudos ou exames subsidiários.31/03/2015 Fibromialgia Figura 1: Tender Points na Fibromialgia Fonte:ESTEFANI. 2002). 2002). ARICE. parestesias. síndrome da TPM. síndrome do cólon irritável. MOLDOFSKY. 2002). 2002).3. dentre as quais.  2. além disso. cefaléias. Esta é um  neurotransmissor que tem um efeito dramático nos vasos sanguíneos. distúrbios do sono. depressão. sono não reparador e rigidez matinal) e aquelas que são menos freqüentes. esgotam‐se. ardência.3. alterações psicológicas e significativa incapacidade funcional (ANTONIO. 2004). quanto mais frio. alergias e sensibilidade química. ansiedade. síndrome de Raynaud. fadiga que geralmente varia com a hora do dia. caracterizando o distúrbio do sono. pior. sensação de aumento do volume articular. despertares intermitentes e movimentos de membros inferiores. rigidez matinal. onde a falta do estágio 4 (apresentada por estes pacientes) tem relação direta com as queixas de fadiga e sensação do sono não restaurador.  Na fase 4 do sono é produzido cerca de 80% de hormônio do cresimento. quando apresentadas aos médicos não familiarizados com a FM. tais como fadiga. acordar cansado.2     Dor Muscular A dor em fibromialgia tem sido descrita de várias maneiras. ocorrendo em cerca de 25% a 50% dos casos.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B%… 6/31 . redução da porcentagem do sono de ondas lentas do estágio mais profundo. que altera diretamente o estado muscular (PEREA. Estão presentes também as manifestações secundárias que são de dois tipos: as consideradas quase características (devido a sua ocorrência em mais de 3/4 dos indivíduos. VALLADA. numa tentativa de encontrar explicações para esta enorme quantidade de sintomas (SETTE. sendo mais comum pela manhã e ao anoitecer. parestesias. Segundo Scotton et al (2000) o paciente com FM tem o ciclo vigia/sono alterado. Os pacientes fibromiálgicos possuem um limiar de dor mais baixo que se comparado com um indivíduo normal. e fadiga são queixas das mais diversas naturezas que. com uma baixa qualidade do sono e aumento da quantidade de estagio 1 do sono. TUFIK.1     Distúrbios do Sono O sono é dividido em quatro estágios (1 a 4). edema articular subjetivo. cefaléia tensional. 2001). dispepsia não‐ulcerosa.2003). cuja função também é de restaurar e regenerar a musculatura e parte da produção da serotonina (responsável entre outros fatores pela sensação de prazer) também é realizada nesta fase. Essa dor é sentida principalmente nos músculos e os pacientes dizem ter a sensação de como se estivessem constantemente gripados (RIBERTO. quanto mais ativo. Freqüentemente sentem dor como resposta à estímulos que normalmente não causam dor. candidíase. sendo elas: SCI‐síndrome do cólon irritável. padrão do sono e estresse. melhor.31/03/2015 Fibromialgia Infecções virais e bacterianas.  2. BARROS JÚNIOR. nos músculos lisos em volta desses vasos (ROIZENBLATT. sendo cada estágio um estado progressivo mais profundo do sono. síndrome dismenorréica. Para a fisioterapia as principais manifestações são: dor generalizada e difusa e em pontos anatômicos denominados como Tender Points. fenômeno de Raynoud. inflamação/dor. data:text/html;charset=utf­8. tipo de atividade realizada. clima. rigidez. PATO. incômodo. Não sabem discernir se a dor é de origem muscular. sendo que nenhuma lesão de tecido ou alguma outra provável causa patológica são detectadas  através dos testes laboratoriais  de rotina (BATES.31/03/2015 Fibromialgia isto é. desconforto e fraqueza do músculo acometido. Os mesmos fatores responsáveis para gerar os PGs (pontos‐gatilho) ativos podem. Alguns estudos referentes ao fluxo sanguíneo no músculo afetado pela fibromialgia revelaram que nestes tecidos ocorre hipóxia. ou Trigger Points) podem se classificados em: 1. 2000).    Quanto ao estímulo: Ativos: são os pontos dolorosos percebidos pelo paciente durante algum estímulo fisiológico como alongamento. Secudário: a causa não é muscular. Os pontos‐gatilho (PG. do que os complexos desequilíbrios que estão produzindo. uma das questões chave a serem respondidas em qualquer caso está derivando de pontos‐gatilho miofasciais uma vez que eles podem muito bem ser mais facilmente modificados. esta é de curta duração com períodos inferiores há 15 minutos. se articular ou periarticular. Em geral. 2002). diferentemente da rigidez matinal da artrite reumatóide. indiretamente. causar os latentes ou induzir os satélites em outros músculos. A dor só ocorrre num estímulo não fisiológico.1998). contribuindo ou mantendo a condição primária da FM (CHAITOW.     Quanto a origem: Primário: a causa está no músculo. há uma hipersensibilidade à dor. 2. HANSON. são os pré‐requisitos para a evolução de áreas localizadas de estresse miofascial e hiper‐reatividade neural (isto é. como numa compressão direta (CHAITOW. porém. A ativação dos pontos gatilhos é geralmente associada à sobrecarga muscular que ocasiona um tensionamento e encurtamento do músculo com PGs latente e/ou ativo ou. como indicado. torácica e lombar) e cinturas escapular e pélvica. causam limitação. também sendo referida na parede anterior do tórax (SCOTTON et al. sendo que a  inativação de um trigger point pode também inativar um outro trigger points satélite sem que este seja diretamente tratado. a intensidade e a área de dor referida depende do data:text/html;charset=utf­8. tendo como localização mais comum o esqueleto axial (coluna cervical. ocorre em sinergistas e antagonistas como resultado de outro trigger point. Essa microcirculação anormal e déficts de energia. Habitualmente eles têm dificuldade em localizar a dor. Completando ainda que um grande número de pacientes queixa‐se de rigidez articular. em menor grau. alguns tem a impressão de que a dor ocorre em ossos e “nervos”.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B%… 7/31 . Scotton et al (2000) nos mostra que foram realizaram estudos com pacientes portadores da FM a fim de verificar a intensidade do dor através de escalas visuais e constataram que esses apresentam dor mais intensa que os pacientes portadores de artrite reumatóide. movimento ou até ao repouso. 2002). pontos‐ gatilho) e. Latentes: percebidos quando são palpados. pela atividade de outros PGs pré‐existentes. Dificuldade de memória e concentração foram sintomas também citados. 2. 2001). Sendo assim. PATO. mudança no humor e na maneira de pensar são comuns na data:text/html;charset=utf­8. Outro relato interessante foi: “O pior é a ansiedade prévia ao realizar uma tarefa. Estou andando e não me lembro para onde vou. 2006). ou se os níves de substância P são mais altos. Estes baixos níveis observados poderiam resultar na inadequada produção de serotonina (no trato intestinal. dificuldade de concentração. foi o relato mais intenso nestes aspectos (MARTINEZ et al. 2.31/03/2015 Fibromialgia grau de irritabilidade dos tender points e não do volume muscular (TEIXEIRA. podendo ocorrer reativação ocasional dos PGs. um PG ativo pode converter‐se espontaneamente em PG latente. em músculo dos mesmos segmentos medulares sensibilizados. se os níveis de serotonina são mais baixos do que deveria. KAZIYAMA. 2004). As expressões típicas dos pacientes são: “Parece haver um negócio sufocando”.4        Depressão Sabe‐se que distúrbios mentais e/ou emocionais podem estar presentes nos portadores de fibromialgia. há a certeza de que a dor vai piorar” (MARTINEZ et al. perda de memória etc.3        Fadiga A fadiga é um outro sintoma extremamente comum. 2001). os sintomas dolorosos desaparecem. muitos dos indivíduos inicialmente são tratados como depressivos (MAEDA. na área de dor referida. FELDMAN. Com repouso adequado e na ausência de fatores perpetuantes. RAMOS. em músculos sinergistas e/ou músculos antagonistas. 2002). ou de mais baixa captação de serotonina pelas plaquetas (RIBERTO. incluindo alterações do humor. irritabilidade. 2002). derivado da digestão de proteínas).%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B%… 8/31 . se os níveis de serotonina e substância P são normais a amplitude da dor será moderada. FERNANDEZ. “Tinha momentos que achava que ia morrer”. Os pontos gatilho satélites podem ser desenvolvidos em músculos localizados nas áreas de dor referida dos PGs principais. No que se refere à modulação do dor. podendo ser acentuada. quando é excedido o limite de tolerância dos músculo (TEIXEIRA. KAZIYAMA. prática de esportes e no lazer.3. A serotonina tem uma influência amortecedora na percepção da dor ‐ o oposto da influência da substância P. Estes sintomas podem apresentar‐se isoladamente ou em conjunto. porém.“Tem horas que eu não consigo pensar. sinto que minha cabeça está morrendo”. de triptofano. por isso aliadas à dificuldade da confirmação diagnóstica.3. levando o paciente a ter dificuldades no exercício profissional. “Sinto que o meu cérebro está moído por dentro. que ajuda na transmissão de mensagens de dor periféricas ao cérebro. a transmissão da dor será ampliada (RIBERTO. De acordo com diversas teorias. através de estudos. 2004). percebeu‐se que os níveis de serotonina e triptofano em fibromiálgicos são mais baixos que em outros pacientes. RAMOS. O quanto e como os pacientes são atendidos em suas necessidades pela equipe de saúde e pelos familiares pode ser um fator estressante. possibilitando os pacientes a reconhecer e enfrentar os possíveis causadores de estresse. gastrite nervosa e hérnia de hiato. foi visto que a reorganização de valores e a mudança de comportamento foram devido à conscientização desses fatores.31/03/2015 Fibromialgia Fibromialgia. mas na seqüência do tratamento percebem que antes se sentiam de fato deprimidos e só não haviam percebido a sintomatologia devido à evolução extremamente lenta de enfermidade. Não são também incomuns as queixas de náuseas.3. temos um questionário. dor epigrástrica. por si só. 2000). muitos pacientes negam que se sentem deprimidos. formando um conceito sobre o que desejavam para si no que diz respeito à qualidade de vida. É importante lembrar que pessoas com outras patologias também podem sentir depressão quando enfrentam dificuldades para amenizar seus sintomas (CHAITOW. Os diagnósticos gastroenterológicos são de cólon irritável. a fim de reorganizarem suas vidas. uma opção de mensuração da qualidade de vida desses pacientes. prurido. 2002). disfunção temporomandibular. por estes mesmos autores. pois se percebeu que estes indivíduos não conseguem. 2002). muitos indivíduos sentem‐se desanimados embora apenas 25% estejam verdadeiramente deprimidos. “hipersensibilidade alimentar”. “reações alérgicas a medicamentos”. Em anexo.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B%… 9/31 .5     Alterações no aparelho digestivo Quanto ao aparelho digestivo. No grupo que foi estudado. O conceito de qualidade de vida fica prejudicado. 2001). porém. Muitos dos sintomas de FM são similares àqueles experimentados durante a depressão e há muitas provas de que medicações antidepressivas leves auxiliam no alívio dos sintomas do sono e da  dor (SCOTTON et al. ansiedade e irritabilidade são queixas comumentes observadas na maioria dos pacientes. avaliar as suas dificuldades e os fatores geradores de estresse. 2002). 2. várias outras alterações podem ainda ser encontradas. 2. as queixas mais comuns referem‐se a alterações do hábito intestinal. muitos pacientes relatam que não se irritam e conseguem “se controlar” (ANTONIO. síndrome dismenorréica primária e outras (CHAITOW.4       Patogenia da FM Sua patogenia ainda não está bem esclarecida. O mesmo acontece com a irritabilidade. alguns data:text/html;charset=utf­8. O sofrimento psíquico afeta diretamente a resposta de melhora. sinusites crônicas. e flatulência (CHAITOW. logo na primeira consulta. Alguns deles também manifestam ansiedade. variando de constipação intestinal (maioria dos pacientes) à diarréia sendo que alguns intercalam períodos de constipação e diarréia. 2006). FELDMAN. Como ocorre com os distúrbios do sono. FERNANDEZ. urticária. Depressão. pois a dor é valorizada em excesso e a não aceitação ou compreensão desta dor lhes favorece o quadro depressivo (MAEDA. vômitos. Por estes motivos estudos sugerem haver relação entre a FM e algumas formas de depressão e de ansiedades crônicas. vários estudos levam a evidências de que. como: predisposição genética.  Chaitow (2002) relata que as mudanças ocorridas no tecido muscular envolvido na origem da FM são iniciadas por predominância simpática localizada. prolongados e com somação temporal. estudos têm apontado o papel importante de aminoácidos (por ex. 2004). A dosagem elevada da substância P no líquor de pacientes portadores de fibromialgia. o triptofano. 1998). exceto por uma correlação data:text/html;charset=utf­8. 2005). PROIETTI. distúrbio de ansiedade/depressão. FELDMAN. estado psicológico alterado que caracteriza sua personalidade como indivíduos perfeccionistas. Quando estimuladas por estímulos nociceptivos. A dor músculo‐esquelética crônica é um achado comum na população geral. num fenômeno chamado “windup”. No nível molecular. A substância P é um neuromodulador presente em fibras nervosas do tipo C. As bases fisiopatológicas para a ocorrência de tal fenômeno são o mecanismo de geração da dor ser definida como uma experiência dolorosa resultante da estimulação de alguns neurônios não relacionados com a dor na coluna espinhal. hepatite C. Considerando a participação dessa substancia P nas respostas dos neurônios nociceptivos. doença de Lyme. Supostamente. qualquer distúrbio da sua produção.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 10/31 . infecção pelo parvovírus. essas fibras a liberam num grupo específico de neurônios (do corno posterior da medula). com aumento dos estímulos nociceptivos e neurovasculares. porém esse autor não encontrou correlação entre tal alteração e qualquer outra manifestação clínica dessa síndrome. hipóxia e isquemia. não‐mielinizadas. nos estado de dor crônica. A dor seria o resultado dessas disfunções levando à espasmos musculares e contrações fortes. condições externas de estresse e/ou trauma físico. intensificando‐as uma nas outras e criando um círculo vicioso de impulsos. que se encontram nos feixes musculares junto à estimulação vaso motora e no músculo. descondicionamento físico (o paciente fibromiálgico é mais descondicionado que indivíduos sedentários não portadores da FM) e distúrbio do sono (RIBERTO. disfunção neuroendócrina. PROIETTI. que passam a responder com potenciais lentos. associado à vasoconstricção. juntamente com mudanças na concentração de íons hidrogênio e no equilíbrio de cálcio e sódio. A percepção da dor é também regulada por vias inibitórias descendentes espinhais ‐ os chamados tratos espinhais antinociceptivos descendentes ‐ sendo aqui importantíssimo o papel da serotonina que é o mais importante neurotransmissor do sistema descendente inibitório da dor. HIV. vindos do sistema músculo‐esqueletico (HELFENSTEIN. O seu mecanismo gerador pode ser explicado por uma alteração no processamento central da dor em nível espinhal. estes fatores provocariam uma disfunção no SNC em regular ou modular a resposta dolorosa a nível medular e cerebral. a glutamina) e de neuropeptídeos (por ex.31/03/2015 Fibromialgia fatores interagem para o aparecimento da FM. a substância P) no processo de sensibilização central (RIBEIRO. 2005). Através de experimentos podem ser demonstrados níveis reduzidos de serotonina e de seu precursor. É como uma parte do componente maior da chamada dor músculo esquelética crônica em que emerge a fibromialgia (RIBEIRO. comparadas a controles sem dor foi detectada por Russel et al (1994). Epstein‐Barr. Esses autores concordam que os níveis elevados de substância P detectados nos pacientes com fibromialgia estão de acordo com a teoria de sensibilização central na patogênese da síndrome. podendo apresentar‐se como regional ou difusa. 2004). atividade funcional aumentada ou sua diminuição pode resultar numa percepção dolorosa defeituosa (RIBERTO. Durante o alongamento muscular os componentes em série se deformam quase que totalmente.  Os data:text/html;charset=utf­8. Mas a importância de fatores sociais. PATO 2004). emocionais. FERNANDEZ. resultando numa conseqüente elevação da resposta dolorosa frente a estímulos de origem álgica. baixo nível de condicionamento cardiovacular e performance muscular. tanto quanto a sua fisiopatologia. o que o classificaria como uma alça de retro‐ alimentação negativa em relação a sensações dolorosas (HAUN et al. Porém. 2003). 2003). As alterações do metabolismo da serotonina implicam na redução da atividade do sistema inibidor de dor. aliados a uma característica de maior resposta aos estímulos dolorosos. Os componentes elásticos são os que quando submetidos ao alongamento. A etiologia da fibromialgia permanece sendo incerta. 2004). sendo estes os miofilamentos que representam os elementos contráteis fundamentais. FELDMAN. Esse conjunto de estruturas é denominado sistema inibidor de dor e os principais neurotransmissores envolvidos no seu funcionamento são a serotonina e noradrenalina ao nível do tronco encefálico e as dinorfinas e encefalinas a nível segmentar medular (RIBERTO. que partem de estruturas do tronco encefálico para os diversos níveis segmentares de medula. a sua patogênese vem se apresentando como uma cadeia de eventos. plásticos e inextensíveis.1    Fisiologia do alongamento muscular O tecido muscular e as articulações possuem componentes elásticos. contudo. onde alguns elos ainda estão faltando e outros elos são fracos (CHAITOW. 2006.5. além do tecido conjuntivo que é disposto em séries ou em paralelo com as fibras musculares (DANTAS. retornam à sua forma original após o relaxamento da musculatura. vem se tornando mais importante (PEREA 2003). estímulos nociceptivos são decididamente responsáveis por uma elevação do seu funcionamento. familiares. para depois ser sentido nos que estão dispostos em paralelo com as fibras musculares (DANTAS.5     Alongamento Muscular 2.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 11/31 . Dessa forma. também parecem estar envolvidas na fisiopatologia da fibromialgia. ou até mesmo o aparecimento de dor espontânea (PEREA 2003). O nível basal tônico de atividade desse sistema já foi descrito e parece ser influenciado pelo condicionamento e estado motivacional. Por outro lado. as vias descendentes inibitórias de dor. Figura 2: Fisiopatologia da Fibromialgia Fonte: MAEDA. torna‐se mais claro que as explicações monocausais devem ceder espaço para modelos multifatoriais. 2. 2002). que possam permitir o entendimento dessa síndrome como a somação de várias desordens que acabam se manifestando pela associação de vários sintomas. 2001). PATO.31/03/2015 Fibromialgia com a contagem de pontos dolorosos (RIBERTO. não há uma causa única pra a dor referida pelos pacientes da FM. 31/03/2015 Fibromialgia componentes plásticos são aqueles que não retornam à sua forma original depois de cessado o alongamento. Se o impulso do alongamento for por demais significativo. composto de 3 a 12 fibras musculares finas (intrafusais). inibem reflexamente a contração do agonista e enviam um sinal à medula espinhal (através dos neurônios sensoriais.  A pressão externa resulta em percepção dolorosa e afastamento de um estímulo de estiramento prejudicial ao músculo (BANDY. quando as contraturas interferem com as atividades funcionais cotidianas. levando ao encurtamento de músculos.5. Os componentes inextensíveis são aqueles que não trabalham durante a ação de um alongamento sendo eles: os ossos e os tendões (ACHOUR 2006). 2006). Os OTG localizam‐se nos tendões e estão dispostos em série com as fibras extrafusais do músculo e. Os fusos musculares são órgãos sensoriais espalhados por todo o tecido muscular. retículo sarcoplasmático e o sistema tubular. 3)    Corpúsculo de Pacini e 4)    Órgãos terminais de Ruffini (no tecido conjuntivo profundo e nas cápsulas Articulares). sendo de 3 a 10 mm de comprimento e que ativam reflexamente o músculo e inibem simultaneamente o músculo antagonista (resposta conhecida como reflexo de estiramento). adesões e formações de tecido cicatricial.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 12/31 . 1)    Órgão tendinoso de Golgi (OTG) 2)    Fibras musculares intrafusais. Eles inibem ou facilitam a contração muscular com um efeito coordenado destinado a proteger o músculo de possíveis lesões causadas por estas contrações ou por um alongamento excessivo (KISNER.  Os autores acrescentam que os músculos retraídos devem ser alongados antes que os músculos fracos possam ser efetivamente fortalecidos. SANDERS. 2. quando existe fraqueza muscular e retração nos tecidos opostos. Brody (2005).2     Indicações e contra‐indicações do alongamento muscular Segundo Kisner. COLBY. data:text/html;charset=utf­8. o influxo proveniente do fuso muscular acarreta uma contração protetora funcionando como um detector do comprimento (ACHOUR. 1999). quando as limitações podem levar a deformidades estruturais que podem ser prevenidas. Esses receptores são ativos durante uma contração rigorosa ou no alongamento. O corpúsculo de Pacini e os Órgãos terminais de Ruffini são estimulados pela pressão exercida pelas estruturas que a circundam no momento em que as articulações são movimentadas. existem quatro sistemas orgânicos sensoriais proprioceptivos que respondem ao estímulo de alongamento. quando ativados. Colby (2005) as indicações do alongamento se dão quando a amplitude de movimento está limitada como resultado de contraturas. que enviam sinais inibitórios para que o músculo relaxe) servindo assim como um dispositivo de segurança (ALTER. tecido conectivo e pele. circundadas por uma bainha do tecido conjuntivo.  Segundo Hall. 2003). Eles são divididos basicamente em: mitocôndria. 2005). ele reduz o gasto de energia global e diminui a possibilidade de ultrapassar a extensibilidade tecidual. 2.  2. Porém a baixa velocidade de alongamento do músculo evita a resposta neurológica do reflexo do estiramento e estimula a atividade dos órgãos tendinosos de golgi (OTG) facilitando o alongamento muscular. Para Kisner. De acordo com Bandy. Barbara (1999) dentre as vantagens do alongamento estático descreveram que este contribui para o alívio das dores musculares e para melhora da flexibilidade. depois uma leve tensão deve ser percebida pelo terapeuta à medida que o músculo vai sendo alongado. aumentando a possibilidade de causar micro lesões (CONCEIÇÃO. Brody (2005) acrescentam que além desses benefícios. Harrinson. sensação de dor. aumentando a sua intensidade. à medida que o paciente se adapta a posição para então adquirir um novo posicionamento estacionário (HALL. esse tipo de técnica tem um bom efeito para melhora da flexibilidade de uma população data:text/html;charset=utf­8.3.  O arco de movimento deve ser mantido por um tempo de 15 a 60s.2.5.5. DIAS. Allsen. o procedimento realizado é alongar o músculo de forma lenta e gradual sem a necessidade de ter um tempo específico para tal. balístico e por facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). Brody (2005) existem três tipos básicos de alongamento: estático. BRODY.Alongamento balístico Para um bom alongamento balístico.  Apesar disso. trauma nos tecidos ou quando existem contraturas em tecidos moles encurtados e estiverem promovendo aumento de instabilidade articular em substituição a estabilidade estrutural normal. por um período de no mínimo 15 e no máximo 60 segundos (HALL. evidências de processo inflamatório ou infeccioso agudo intra ou extra‐articular. 2005). sendo que os autores Hall.5. Bandy. levando a deflagração de estímulos que mandam o músculo contrair ao invés de relaxar (reflexo de estiramento). Sanders (2003). 2005).3     Métodos de alongamento muscular Segundo Hall. o músculo deve ser levado a se contrair e relaxar de forma rápida e por repetidas vezes. 2.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 13/31 . Sandres (2003) afirmam também que ele reduz a atividade dos fusos musculares e aumenta consideravelmente a atividade dos órgãos tendinosos de golgi (OTG).1 Alongamento estático No método de alongamento estático os músculos e os tecidos são estirados (alongados) e mantidos em posição estacionária em seu maior comprimento possível. 2004). Colby (2005) quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular ou após uma ruptura recente do músculo.31/03/2015 Fibromialgia Existem algumas contra‐indicações para o uso das técnicas de alongamento. para que haja uma boa adaptação das fibras a esse novo comprimento.3. BRODY. %3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 14/31 . Harrison. 2005). Os mesmos autores sugerem que há. se usa o mesmo termo para diferentes técnicas desse alongamento.  manter em reversão lenta‐relaxar. concordam com os autores quando eles se referem à reação do músculo no alongamento balístico e quanto a sua possibilidade de gerar lesões. HARRISON. SANDERS. 2004). Uma vez atingido o final da amplitude de movimento. Com base nesses conceitos de influenciar a resposta muscular. 2003).3.   3. tornando‐os mais maleáveis e menos passíveis de lesão.31/03/2015 Fibromialgia restrita (os atletas). também.  Allsen. A terminologia usada para descrever as atividades de alongamento por FNP tem variado consideravelmente. uma quantidade considerável de pesquisas indicando que ambos os métodos. pois a temperatura dos tecidos encontra‐se mais elevada. que o condicionamento possa afrouxar as conexões de actina‐miosina aumentando a sua eficácia (HALL. BRODY. para aumentar a flexibilidade muscular. Além disso.3.   2. Vance (2001). às vezes. contudo. incluindo o uso de novos termos como: 1. DIAS. o paciente aplica uma data:text/html;charset=utf­8. Na técnica manter‐relaxar. mas acrescenta que seus feitos benéficos podem ser potencializados quando realizados como sendo uma atividade pós‐aquecimento.    contrair‐relaxar. pode‐se usar as técnicas de FNP para fortalecer os músculos e aumentar sua flexibilidade articular.   5.  contrair‐relaxar com contração do agonista  e  manter‐relaxar com contração do agonista. 3. VANCE. Portanto três principais técnicas de alongamento por FNP são definidas como: manter‐relaxar.3 Alongamento por facilitação neuromuscular proprioceptiva Segundo Achour (2006) as técnicas de FNP (Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva) são métodos para promover ou acelerar a resposta de mecanismo neuromuscular pela estimulação de seus proprioceptores. são eficazes no desenvolvimento da flexibilidade. contrair‐relaxar e manter em reversão lenta‐relaxar (ALLSEN.  manter‐relaxar. pois para um bom rendimento em atividades dinâmicas são necessárias atividades balísticas (BANDY. Uma contração breve antes de um alongamento estático do músculo é o ponto chave para a técnica de FNP. o terapeuta move passivamente o membro a ser alongado até o final da amplitude de movimento.   4. balístico e estático.  Acredita‐se. 2001). O alongamento balístico é difícil de avaliar por causa da necessidade de equipamento e habilidade na mensuração da força que é requerida para mover a articulação através de sua amplitude de movimento nas velocidades rápida e lenta (CONCEIÇÃO. BRODY. causando um alongamento maior. BRODY. A fisioterapia pode contribuir muito no controle da dor. 2001). o uso de órteses e próteses. mantendo. Enquanto o paciente executa a contração concêntrica do músculo. o profissional aproveita qualquer amplitude de movimento que tenha sido ganha. A contração isométrica do músculo que está sendo alongado leva a um aumento da tensão nesse músculo. o membro na nova posição de alongamento.6    Terapêutica da Fibromialgia O tratamento da FM tem como objetivo a melhora da qualidade de vida destes pacientes. 2004). assim.31/03/2015 Fibromialgia contração isométrica. possibilitando ao músculo antagonista relaxar para um alongamento mais eficaz por inibição recíproca (CONCEIÇÃO. a cinesioterapia. Faz‐se necessário o conhecimento real a respeito das várias técnicas de alongamento. Os procedimentos terapêuticos incluindo os meios físicos. A técnica de manter em reversão lenta‐relaxar segue os mesmos procedimentos das técnicas anteriores. e tem mostrado sua importância na redução dos sintomas e na melhora significativa da qualidade de vida dos pacientes (DIAS et al. termoterapia. precauções e aplicabilidade para que assim se possa obter o sucesso esperado no tratamento adequado (CONCEIÇÃO. como a eletroterapia. levando‐se em consideração itens como: procedimentos. 2. contra resistência imposta pelo profissional por 6 s. em que o paciente aplica uma força isométrica contra o profissional por 6s. mantendo‐o por cerca de 10 a 20 s sem abaixar o membro. o que estimula os OTG que por sua vez causa então um relaxamento reflexo do músculo (inibição autógena) antes que o músculo seja movido a uma nova posição de alongamento passivo (CONCEIÇÃO.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 15/31 . ou seja. após a remoção da contração do músculo relaxa‐se e o terapeuta realiza o alongamento. 2003). para então voltar ao seu posicionamento inicial (HALL. em que se faz o mesmo procedimento da técnica anterior. DIAS. 2004). Proporcionam uma reabilitação mais rápida e reintegração mais apropriada dos pacientes (YENG et al. 2005). acompanhamento psicológico e fisioterapia. DIAS. 2005). em qualquer grupo muscular sinérgico uma contração do agonista causa um relaxamento reflexo do músculo antagonista. a reabilitação psicossocial e os programas educativos também têm se mostrando de suma importância e são seguros na reabilitação dos doentes com dor. contraindo assim o músculo a ser alongado por inibição autógena (HALL. na atividade física dirigida e na melhora do padrão postural. DIAS. pedindo ao paciente para relaxar e manter a posição por 10 a 20 s (HALL. causando um alongamento maior. Uma outra técnica utilizada é contrair‐relaxar. 2005). no músculo que se quer alongar. que inclui: medicamentos analgésicos e antidepressivos. 2004). data:text/html;charset=utf­8. assim o terapeuta solicita ao paciente para tentar executar uma contração concêntrica do músculo oposto ao músculo que está sendo alongado. podendo‐se repetir este processo de três a cinco vezes. BRODY. aumento da extensibilidade dos tecidos moles.31/03/2015 Fibromialgia Atualmente. para a redução do edema e indução de relaxamento muscular quando o calor superficial não é eficaz. por condução (ex. Nos últimos anos. a sedação. da restauração da função e de estilos de vida funcionais promovendo o bem‐estar e a qualidade de vida dos pacientes portadores da FM (MARQUES et al.  As reações generalizadas incluem o aumento do fluxo sangüíneo no hemicorpo contralateral. FERNANDEZ.: parafina. dessensibiliza cicatrizes operatórias. pode. BAZIN.: infravermelho. vários estudos controlados têm sido publicados. Portanto. o relaxamento. a modificação da sudorese e a modificação das propriedades viscoelásticas teciduais. 2002). Tais procedimentos proporcionam bem estar e facilitam a execução da cinesioterapia. É indicado no tratamento de processos inflamatórios localizados e rigidez articular dentre outros (KITCHEN.1        Termoterapia A termoterapia pode ser realizada por adição ou subtração do calor. a principal ênfase está centrada na melhora do controle da dor e da sintomatologia e no aumento ou manutenção das habilidades funcionais efetivamente em casa ou no trabalho. melhora do metabolismo e da circulação local. pois ainda se desconhece a sua etiologia. não há um único tratamento que elimine os sintomas da FM ou que cure essa condição. 2006). causa analgesia e facilita a cinesioterapia em casos de dor articular.6. compressa quente) ou convecção (ex. o melhor conhecimento científico tem permitido a elaboração de estratégias terapêuticas baseadas nestes conhecimentos por parte da medicina. Uma intervenção terapêutica bem‐sucedida em pacientes com dor crônica deve conter: mudança na atitude. músculo‐tendínea e distrofia simpático‐ reflexa.  data:text/html;charset=utf­8. 2004). A hidroterapia com turbilhão ajuda na redução do edema. ainda que a condição não desapareça ou que o indivíduo se torne completamente curado. Supostamente a qualidade de vida é uma conseqüência (MARQUES et al. 2.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 16/31 . 2004). na intervenção terapêutica. vários tratamentos podem ajudá‐los. forno de Bier) e profundo. como um meio de alívio da dor. No entanto. Dentre a terapêutica aplicada. a fisioterapia tem se destacado como um bom recurso no combate aos sintomas. analgesia e redução da rigidez articular (KITCHEN. O tratamento é sintomático. 2001). entretanto agravar o edema. 1998). entretanto. principalmente agudas. relaxamento muscular. seguida da redução de outras manifestações que trazem sofrimento a estes pacientes. além da manutenção das habilidades funcionais. microondas e ultra‐som). autocontrole da dor e expectativas positivas. O programa de tratamento de cada paciente precisa ser individualizado (MAEDA. FELDMAN. tanto com terapias medicamentosas como não medicamentosas (RIBERTO. A crioterapia consiste na utilização do frio para o tratamento da dor gerada por afecções músculo‐ esqueléticas traumáticas e/ou inflamatórias. Os efeitos fisiológicos da termoterapia por adição incluem vasodilatação.: ondas curtas. A termoterapia por adição consiste no emprego do calor superficial. por conversão (ex. se o membro permanecer em postura pendente durante sua execução (YENG et al. 1998). BAZIN. A eletroterapia promove analgesia porque melhora a circulação local e exerce ativação do sistema supressor de dor. é bastante utilizada na reabilitação dos doentes com dor. a  sua aplicação no corpo todo. polaridade e somação de correntes com a finalidade de promover diversos efeitos fisiológicos. mantém o trofismo muscular e é um método de treinamento proprioceptivo e sinestésico. retarda a miotrofia.2     Eletroterapia A eletroterapia. Ela pode ser útil em dores de fibromialgia. em sua maioria. Os recursos fisioterapêuticos utilizados são.  Ela inclui estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS). A analgesia foi obtida ao longo da aplicação. As autoras verificaram melhora progressiva da sensibilidade dolorosa ao longo do tratamento. eficientes em curto prazo. BARROS JÚNIOR. e ionoforese. Os geradores de correntes dispõem de recursos para controle de diversos parâmetros de estimulação que variam em relação aos tipos. associado a um programa de exercícios de alongamento muscular em pacientes com FM. Porém. E é indicada quando é objetivado o efeito analgésico (PEDRINELLI. Em um estudo de Deluze et al (1996). estando sua utilização mais voltada para o auxílio do tratamento da fibromialgia. Bolsas refrigeradas contendo água ou gel. larguras de pulso. 2. Participaram da pesquisa seis pacientes fibromiálgicos realizando em seguida os data:text/html;charset=utf­8.31/03/2015 Fibromialgia O frio pode ser aplicado como em compressas. usando calor e frio também podem ser úteis em pacientes com fibromialgia (SETTE. e não somente em um segmento corporal. 2002). Gashu. intensidade. 1990). 2002).%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 17/31 . VALLADA. Num estudo realizado foi utilizada uma técnica pouco comum de crioterapia. excitação elétrica funcional. que são mais crônicas. associados a programas de exercícios podem contribuir para a melhora da sintomatologia dos fibromiálgicos (MARQUES et al. durando cerca de 90 minutos após o fim da terapia (MARQUES et al. a utilização de corrente elétrica com finalidade terapêutica. A crioterapia deve ser realizada com a duração de 10 a 30 minutos. foi avaliada a eficácia da eletroacupuntura no tratamento de pacientes com fibromialgia. relatando diminuição da dor e melhora da função. O estudo teve como objetivo verificar a eficácia da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) na diminuição da sensibilidade dolorosa dos tender points de pacientes fibromiálgicos. terapia de interferência. bolsas com agentes frios e aerosois refrigerantes. 1998). Com o auxílio de uma câmara fechada com ar frio. Muitos pacientes respondem favoravelmente à eletroterapia (KITCHEN. Bassan et al (1995) relataram um caso de fibromialgia juvenil.2002). uma ou várias vezes o dia. Os autores utilizaram a estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) aplicada no local da dor mais intensa associada com injeção de anestésico. formas. gelo picado ou gelo “mole” (mistura congelada de três partes de água com uma parte de álcool) são amplamente utilizados. e ao final houve diminuição significativa da dor difusa que foi mensurada pela escala analógica visual. com queixa de dor em coluna lombar. BAZIN. freqüência. Os banhos de contraste. ou seja. reduzindo a dor e a tensão muscular. Marques (1997) utilizaram a TENS como um recurso para melhorar a sensibilidade dolorosa dos tender points.6. Segundo Matsutani (2003) algumas manobras massoterápicas data:text/html;charset=utf­8. relaxar os músculos que estão contraídos e rígidos. 1998). Com o método Watsu. com movimentos que proporcionam alongamentos ou uma simples flutuação (ATRA.    Hidroterapia Na piscina terapêutica. 2004). 2. do edema e da extase linfática. alívio da dor. a massagem transversa profunda. incluindo relaxamento muscular. a massagem das zonas reflexas. a do tecido conjuntivo (Rolfing) e a dos pontos clássicos da acupuntura proporciona relaxamento muscular.         Os resultados mostraram que a terapêutica proposta atingiu seus objetivos. Os pacientes que persistem no tratamento mostram uma melhor qualidade de vida (BATES. os métodos Watsu (shiatsu e alongamentos passivos) e Bad Ragaz são aplicados passivamente e sob critérios personalizados. 2. HANSON. onde a água aquecida é um meio ideal para se relaxar o corpo do paciente. 2001). com temperatura média de 35º. literalmente massagem na água. Sugerindo um efeito cumulativo ao longo das sessões. mostrando‐se importante quando associada à cinesioterapia (YENG et al. gastrocnêmios.6. o paciente permanece completamente passivo. remoção de escórias (lixo) musculares e aumento da flexibilidade muscular.31/03/2015 Fibromialgia exercícios de alongamento dos músculos encurtados. 2001). diminuindo gradativamente a sensibilidade dolorosa dos pontos gatilhos. sendo eles também orientados para realizarem os seguintes exercícios em casa diariamente: alongamento dos músculos glúteos.  O método promove um trabalho corporal em que o terapeuta conduz o paciente a uma alternância de toques e posturas. obtém‐se melhora do sono e diminuição da dor. paravertebrais. MARTINEZ.4        Massoterapia A massagem clássica. PRADO. que parece ser a queixa principal na FM. A utilização do método Watsu como recurso hidroterapêutico em pacientes portadores de fibromialgia parece oferecer estratégias para ajudar no tratamento dos mesmos. As zonas reflexas relaxam e melhoram a elasticidade muscular e tendíneo‐ligamentar e oferecem condicionamento básico. sóleo.  Sugere‐se que a TENS pode ser utilizada para promover alívio da sintomatologia dolorosa em pacientes com FM. O Watsu é um trabalho corporal realizado em piscina aquecida. ísquios‐ tibiais. A massoterapia pode ajudar na diminuição da dor da fibromialgia por vários mecanismos.6. melhora da circulação e oxigenação. havendo paralelamente um aumento da tolerância ao mesmo. sendo esta a base para o programa de recondicionamento físico mais avançado (YENG et al. diminuindo a dor.3. auxiliam a dessensibilização de área dolorosas por estimulação exteroceptiva e pela liberação das aderências teciduais. e muitas vezes experimenta um relaxamento profundo a partir da sustentação pela água e o contínuo movimento rítmico (VITORINO. alongamento da cadeia anterior do braço e ântero‐interna do ombro e ainda exercícios respiratórios. É uma junção de duas palavras: Water e Shiatsu.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 18/31 . 1993). Pode ser realizada em casa pelo próprio paciente ou aplicada por seus cuidadores. O alongamento ajuda a manter ou melhorar a flexibilidade. POLLAK. hidroterapia ou andar de bicileta.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 19/31 . tendo por objetivo alcançar uma melhora no condicionamento físico. Da mesma forma. Tal exercício principia importantes benefícios físicos. Dentre outros recursos fisioterapêuticos utiliza a técnica de alongamento passivo. 2003). COLBY. Fricção: a massagem que penetra profundamente no músculo e usa movimentos circulares lentos com as pontas dos dedos ou do polegar. SANDERS. massagens transversas profundas). como a melhora da flexibilidade. Achour (2002) define o alongamento como sendo exercício físico com objetivo de manter e/ou desenvolver flexibilidade.5        Alongamento muscular A cinesioterapia visa a aprimorar e a otimizar a atividade mecânica gerada pelos músculos e a proporcionar analgesia. performance e eficiência muscular. desempenhar regularmente algum exercício aeróbico de baixo impacto. o cônjuge ou outra pessoa pode ser treinado para executar as massagens (MATSUTANI. As automassagens são um procedimento simples que os pacientes podem aprender facilmente a trabalhar nos seus próprios músculos para tentar alcançar a redução da dor e o relaxamento. ativo assistido ou ativo e manobras de liberações ou inativações miofasciais (massagem da zona reflexa. Kendall (1995) refere‐se ao alongamento como o ato de esticar. Devendo‐se progredir gradualmente de forma tolerável. Além de seguir uma postura adequada para minimizar a tensão nos data:text/html;charset=utf­8. e as terapias craniossacrais são exemplos de técnicas especializadas para ajudar no alívio da dor em fibromialgia e em outras condições que causam dor. 2.31/03/2015 Fibromialgia interessantes para o relaxamento muscular para pacientes com dor crônica incluem: Deslizamento: passar as palmas das mãos e os dedos firmemente sobre os músculos em um movimento rítmico lento. aumentando o comprimento do músculo. O procedimento cinesioterápico deve restabelecer a expansibilidade e o comprimento do músculo e dos folhetos teciduais superficiais. 2005). Segundo Chaitow (2002) as características fundamentais de um programa de tratamento próspero no tratamento da FM são: ênfase em exercícios de alongamento e flexibilidade de todos os grupos musculares principais e aquecimento somente com alongamento. a terapia dos pontos gatilhos.            Amassamento: quando os músculos são pressionados entre os dedos e o polegar ligeiramente erguidos e apertados em uma seqüência rítmica lenta. resistência à fadiga e restabelecimento da cinestesia (padrões gestuais fisiológicos). podendo ser este uma caminhada. Segundo Anderson (1993) o termo alongamento seria o aumento da extensibilidade do músculo assim como quando utilizamos movimentos amplos e com reduzida tensão muscular para desenvolver flexibilidade. força. 2003). seguidas de contrações isométricas para manutenção e recuperação do trofismo muscular (BANDY. recuperação da expansibilidade tecidual. bem como a atuação direta na prevenção de lesão (KISNER. graças à inibição dos fatores irritantes e fisiolimitadores. O significado implicado é de algo não além do comprimento normal do músculo.6.  A liberação miofascial. aceleram o processo cicatricial e o relaxamento muscular.  Os músculos. Após a fase inicial de remissão da dor intensa. 2001). que pode ser complementado por medidas físicas como relaxamento. há evidências que demonstram que o condicionamento aeróbio e alongamento muscular são benéficos no tratamento da FM. os exercícios físicos. à sensibilização e às posturas antálgicas. eficientes e uniformes. à elaboração dos engramas dos movimentos coordenados. e ativos assistidos preservam ou aumentam a amplitude do movimento articular. Ela predispõe ao aparecimento de lesões por contratura muscular. condição fundamental para que adquira potência máxima. passam a apresentar tender pointes (pontos gatilhos). com o objetivo de promover a recuperação funcional completa. ativos livres e contrarresistidos proporcionam redução do edema e da inflamação. de flexibilidade. BRODY. de fortalecimento muscular  e condicionamento cardiovascular são fundamentais para a manutenção do bem estar e para prevenção de recorrências ou agravamento de dor (MARQUES et al. COSSERMELLI.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 20/31 . passivos.31/03/2015 Fibromialgia músculos e articulações. data:text/html;charset=utf­8. 1994). sugerindo que ela possa atuar como um mecanismo de induçäo ao surgimento de lesöes musculares de repetiçäo (VAISBERG et al. bem como atividades que melhorem a sua performance cárdiorrespiratória. 2001). A fibromialgia é uma patologia de alta prevalência na populacäo geral. Na fase crônica da FM. Exercícios ativos livres. O relaxamento de estruturas tensas ou contraturadas e o fortalecimento muscular podem ser proporcionadas pelos exercícios isométricos. antidepressivos e miorrelaxantes. MENDONÇA. Os exercícios de alongamento procuram devolver ao músculo fadigado e encurtado o seu comprimento de repouso. à restauração da flexibilidade articular e à prevenção da síndrome do desuso. força e do trofismo muscular. Os músculos dos doentes com dor tornam‐se tensos e descondicionados.  Os programas de reeducação postural a partir do alongamento de cadeias musculares e estímulos neuro proprioceptivos. entre outros. funcionalmente sobrecarregados ou hipertônicos devido à dor. ao relaxamento da musculatura. Esses pacientes devem ser orientados a realizar alongamentos musculares. 2002). melhoram as condições circulatórias. que resulta acúmulo de substâncias que causam dor e hipertonia muscular (HALL. com o método de cadeias musculares de reeducação postural global (RPG) ou GDS. lenta e progressivamente. pois o aumento de tensão muscular gera uma compressão dos pequenos vasos e capilares e uma “isquemia” muscular. O programa de cinesioterapia visa à restauração da função. inclusive o retorno as  suas atividades da vida diária (PEREA. melhoram o alinhamento postural e tornam os padrões de movimentos mais harmoniosos (MARQUES. cujo tratamento é feito por meio de medicamentos como antiinflamatórios. os músculos devem ser fortalecidos para que possam exercer suas atividades habituais. reduzem a dor e a incapacidade funcional. BENNET. CLARCK. 2002). 2003). alongamento e exercícios físicos. Até o presente momento. ao desenvolvimento do senso de propriocepção. possibilitam reformulação da imagem e esquema corporal. Os exercícios isométricos devem ser seguidos dos resistidos manualmente e progredir para utilização de elásticos e pesinhos (JONES. Marques. FURTADO. alongamentos muscular..%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 21/31 . Nesse sentido. Dentre os recursos utilizados pela fisioterapia. Segundo as pesquisas de Perea (2003). coordenação. A literatura aponta para o fato de que os pacientes fibromiálgicos apresentam baixa tolerância à exercícios físicos pela sensação de fraqueza muscular. Furtado. que visa ganhar força e resistência. associados a musicoterapia e exercícios respiratórios. 1994). Cossermelli (1994) os músculos pouco solicitados ou utilizados de forma inadequada ficam mais sujeitos à fenômenos de lesão pós‐exercício. conhecimento do próprio corpo devido à concientização corporal. mas. portadores de FM. apontam em seu estudo descritivo. assim seus estudos demonstram que as pacientes podem tolerar bem os exercícios de alongamento feitos com regularidade e atingindo os pontos críticos de dor. através da atividade física dirigida e na melhora do padrão postural. 2003). porém houve melhora a ansiedade e intensidade da dor e tensão. pois um músculo encurtado pode criar desequilíbrio e instabilidade nas articulações. aplicou‐se um programa de atividades de hidroterapia. Furtado.  Em tratamento realizado com um grupo de 10 pessoas de ambos os sexos. relato feito por vinte pacientes com FM durante seis sessões de Reeducação Postural Global (RPG). COSSERMELLI. Cossermelli (1994). com redução da tensão e aumento da flexibilidade. foram ótimos para o tratamento da FM e conseqüentemente ajuda na melhora da qualidade de vida (DIAS et al. o alongamento permite que o músculo recupere seu comprimento necessário para manter um alinhamento postural correto. têm se mostrado importante na redução dos sintomas e na melhora significativa da qualidade de vida dos pacientes. permitindo ao indivíduo realizar movimentos mais coordenados e eficientes. o que foi conseguido graças à avaliação inicial de cada paciente. Barros Júnior (2002) estabeleceram um protocolo de tratamento fisioterápico. que nos permite melhorar a rigidez e a falta de flexibilidade (MARQUES. os estudos não conseguiram ainda demonstar o impacto sobre qualidade de vida em comparacão a um data:text/html;charset=utf­8. Sette. 2003). Diferentemente do condicionamento físico. o alongamento muscular visa recuperar progressivamente o comprimento dos músculos. Após o tratamento as dores permaneceram. composto por 10 minutos de caminhada. 30 minutos de alongamento muscular das cadeias encurtadas e 10 minutos de exercícios de relaxamento. inspiratória e ântero‐interna do ombro. Os pacientes com fibromialgia apresentam aptidao física e cardiovascular diminuída. Para Marques. Na conclusão os autores verificaram que a hidrocinesioterapia incluindo alongamento muscular no programa. Vallada. Há uma evidência moderada de que os exercícios físicos aeróbios são benéficos no tratamento da fibromialgia. manter a estabilidade articular. garantindo principalmente a integridade e a função (PEREA. Geralmente as cadeias musculares encurtadas são a posterior. exercícios de resistência. o exercício de alongamento muscular é um componente importante do programa de reabilitação. sugerindo que o protocolo apresentado pode contribuir no tratamento da FM. assim como um alinhamento postural incorreto que pode levar a lesões e a disfunções articulares. que os exercícios de alongamento e percepção corporal refletem na melhora da sintomatologia do fibromiálgico.31/03/2015 Fibromialgia A contribuição da fisioterapia também é no que se diz respeito ao controle da dor. relaxamento muscular globalizado. consumo máximo de oxigênio e limiar anaeróbio. enquanto que os do condicionamento aeróbio ocorreram com 10 semanas e aumentaram com 20 semanas. pois têm baixo custo e efeitos benéficos globais. escala visual analógica para dor.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 22/31 . maior tolerância ao desconforto. três vezes por semana. garantindo principalmente a integridade e a função muscular. Quanto ao alongamento muscular. Sendo a FM uma doença multifatorial. o impacto na qualidade de vida e avaliação das cadeias musculares. Inventário Beck para depressão. Assim os autores concluiram que o condicionamento físico aeróbio melhora os sintomas da fibromialgia e é superior ao alongamento na melhora da depressão. peitorais maior e menor. o tratamento deve englobar várias intervenções. Foi realizado um estudo em Curitiba envolvendo a terapêutica da FM e os exercícios de alongamento. na dor. Short‐Form Healthy Survey (SF‐36). e a anterior do braço. As pacientes foram avaliadas no início. observando‐se que estas se apresentaram encurtadas: respiratória. Foram tratadas pacientes com o diagnóstico clínico de FM.31/03/2015 Fibromialgia grupo controle (VALIM. Inventário de Ansiedade Traco‐Estado (IDATE). com frequência cardíaca  mantida no nível do limiar anaeróbio. saúde mental. paravertebrais. aerobicamente. Os benefícios do alongamento ocorreram com 10 semanas e se estabilizaram. 2001). 1994). ansiedade. 2001). sendo fundamental incluir atividade física de condicionamento aeróbio em qualquer modalidade. Nesse estudo os exercícios objetivaram alongar os seguintes músculos: isquiotibiais. função e qualidade de vida e que estes beneficios não dependem necessariamente do ganho de aptidao cardiorrespiratória (VALIM. pode‐se orientar o paciente a realizar sua atividade mantendo de 70% à 85% de sua frequência cardíaca máxima (MCARDLE. Elas foram devidamente avaliadas. glúteos. Elas foram orientadas a repetir em casa os exercícios data:text/html;charset=utf­8. facilitando a realização das atividades de vida diária tendo como objetivo final do tratamento melhorar a qualidade de vida deles. 1999). Os pacientes que receberam alongamento não apresentaram significativa melhora da depressão e nos domínios "saúde mental" e "aspectos emocionais". no aspecto emocional. melhora da  dor. ansiedade. Os exercícios foram ensinados de forma gradativa e era solicitada a concentração na região trabalhada de modo a incentivar a percepção corporal. tendo em vista a flexibilidade. por uma hora. tríceps da perna. Nele foram incluídas 76 mulheres com fibromialgia entre 18 e 60 anos. Na prática. posterior. uma possível correlação entre a melhora na aptidão cardiorrespiratória e a melhora dos sintomas. no sistema endócrino. após 10 e 20 semanas de treinamento físico pelos seguintes protocolos de avaliação: Fibromialgia Impact Questionnaire (FIQ). Para condicionar um indivíduo. trapézios e músculos respiratórios em média 8 vezes por 20 seguntos. atendidas uma vez por semana e realizando em média 15 sessões de 40 minutos. teste espiroergométrico e banco de Wells. no mínimo. por análise de gases ou cálculo indireto por teste ergométrico. cardiovascular e nos aspectos psicológicos (VALIN et al. diminuição da dor e menor limitação das AVDs (MARQUES. Seus estudos evidenciaram também. necessário para manter um alinhamento postural correto e a estabilidade articular. depressão. dor. 2003). Como resultado da terapêutica proposta a autora obteve os seguintes resultados: o condicionamento aeróbio foi superior ao alongamento. é preciso orientar a cinesioterapia regular. que pode ser determinada por consumo de oxigênio. vimos que este permite que o músculo recupere seu comprimento. 2002). Dessa forma. além da possibilidade de se enfatizar a consciência de movimentos corporais adequados aos pacientes com FM.  Após o estudo os autores concluíram que este tratamento foi benéfico para melhorar a dor. portanto. Assim os ganho obtidos pela intervenção podem ser perpetuados a longo prazo e assim os pacientes conseguem se tornar menos dependentes da presença do fisioterapeuta (MARQUES et al. O esclarecimento da razão da ocorrência da dor e a remoção dos fatores que perpetuam a existência dos tender points (tais como sobrecargas mecânicas devido a posturas inadequadas durante as AVDs e durante o sono) são ótimas táticas  no tratamento dos doentes com dor (YENG et al. 2004). Martin et al (1996) teve por objetivo avaliar a utilidade de um programa de exercícios que inclui elementos aeróbicos. Foi percebido que os exercícios ajudam a melhorar o quadro sintomatológico da FM a curto prazo. flexibilidade e fortalecimento muscular no tratamento da FM. por 6 semanas. A análise não mostrou neghuma diferença significativa entre os dois grupos na avaliação realizada antes do estudo. quando comparou a terapia com Laser associados à alongamentos e concluiu  que os exercícios de alongamento muscular foram os principais responsáveis pela melhora da dor.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 23/31 . 2004). de fortalecimento e de flexibilidade sem efeitos adversos. porém. relaxamento. O terapeuta deve adotar atitudes encorajadoras em relação ao paciente. numa frequência de 3 vezes por semana com uma hora de duração de exercício ou relaxamento. desses. os exercícios de alongamento podem ser uma alternativa para estimular a otimização de uma boa mecânica corporal por meio da manutenção de amplitudes de movimentos sem dor. a flexibilidade e a qualidade de vida das pacientes (MARQUES et al. a eliminação ou diminuição desses sintomas poderia devolver aos fibromiálgicos a qualidade de vida (MARQUES et al. FERNANDEZ. pois as situações devem ser esclarecidas com clareza e com expressões acessíveis ao padrão cultural de cada um. que o sofrimento psíquico afeta diretamente a resposta de melhora. Semelhantes resultados foram encontrados por Matsutani (2003). 2004).31/03/2015 Fibromialgia aprendidos nas sessões fisioterapêuticas. data:text/html;charset=utf­8. Podemos supor que a qualidade de vida está associada com a maior ou menor intensidade dos sintomas e que. É de grande importância o paciente ser um elemento ativo em seu tratamento. pois a dor é muito valorizada e a não aceitação ou compreensão desta dor e da doença acaba favorecendo o quadro depressivo (MAEDA. 2001). onde 38 pacientes concluíram o estudo. 18 realizaram exercício e 20. 2006). FELDMAN. levando à conseqüente diminuição dos níveis de dor e à melhora da qualidade de vida (MARQUES et al. da sensibilidade dos tender points e qualidade de vida destes pacientes. como mensionado anteriormente. na realizada pós‐estudo obteve‐se uma resposta interessante. Foi percebido. O conceito de qualidade de vida para os fibromiálgicos fica prejudicado. para que metas sejam estabelecidas entre o fisioterapeuta e o paciente logo no início do tratamento. além de mostrar que pacientes com FM podem realizar atividades aeróbicas. Jones. características mecânicas e funções neuromusculares. 1999). 2001).  Existem diferentes mecanismos possíveis para explicar por que estes pacientes se beneficiariam desta modalidade terapêutica. O observado foi que no grupo de fotalecimento a melhora foi o dobro quando comparado ao de alongamento. hiperlordose lombar com retropulsão do sacro. as autoras tiveram a oportunidade de comprovar os benefícios dos exercícios de alongamento muscular. caracterizadas principalmente pela acentuação das curvas fisiológicas da coluna: hiperlordose cervical. flexibilidade e fortalecimento muscular por seis semanas com melhora na dor muscular. visando manter ao mesmo tempo. hormônio adrenocorticotrópico. É utilizado como conduta terapêutica tendo em vista que a célula muscular estriada é altamente especializada em transformar energia química em mecânica (ACHOUR. No estudo realizado. são achados constantemente: as alterações posturais. sem melhora em três questionários de qualidade de vida: FIQ. Os corredores de longa distância têm hipoalgesia e melhora do humor que se acompanha de aumento sérico de neurotransmissores do sistema endorfínico: ‐endorfinas. Illness Self Efficacy Questionnaire (IIQ) e Self Efficacy Questionnaire (SEQ). prolactina (VALIM et al. cujos resultados foram originariamente divulgados no XVIII Congresso Brasileiro de Reumatologia (MENDONÇA et al. Clark. o condicionamento aeróbio teria efeito terapêutico influenciando vários aspectos da FM: melhora das alterações isquêmicas e metabólicas nos locais de tender points. além dos pés planos (traduzindo encurtamento da cadeia muscular posterior). acompanhada ao exame físico por um aumento do diâmetro da caixa torácica. num outro estudo foi administrado um programa de exercício incluindo atividade aeróbia. melhora no estado mental e do padrão de sono.  O exercício físico é capaz de interferir positivamente no estado mental.  Na avaliação do paciente com fibromialgia. aparentemente decorrente do encurtamento da cadeia muscular respiratória. 1999). Assim. 2002).31/03/2015 Fibromialgia O alongamento muscular permite modificar o comprimento do músculo. quando especificamente questionados. aumento do nível de endorfinas.  data:text/html;charset=utf­8. mas num grau menor.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 24/31 . 2002). hipercifose dorsal. Foi comparado o efeito do condicionamento aeróbio obtido por caminhada com atividades de relaxamento e controle e observou que após quatro semanas os grupos submetidos a condicionamento aeróbio e relaxamento melhoraram em relação ao grupo‐controle. Existem estudos que comprovam o efeito terapêutico do exercício físico na FM. Bennet (2002) determinaram a eficácia de um programa de fortalecimento muscular comparado com um programa de alongamento em mulheres com fibromialgia por 12 semanas. visto ser este o mais envolvido na fisiopatogênese da FM (VALIM. Além disso. porém os resultados não respondem completamente a questã. a grande maioria dos pacientes referem falta de ar. melhorando a auto‐estima e a depressão. as evidências sugeriram que condicionamento aeróbio e alongamento são benéficos. Porém somente exercícios de flexibilidade também geram melhora do quadro álgico. Porém deve‐se considerar ainda que o exercício pode influenciar o sistema monoaminérgico‐serotoninérgico. com uma discreta superioridade do primeiro sobre o segundo (VALIM et al. que poderia ser caracterizada como “respiração suspirosa”. Até aquele momento. todos os procedimentos adotados buscarão atender às necessidades apresentadas por cada paciente individualmente. mantendo ou até aumentando sua qualidade de vida. 2006. podemos concluir que o alongamento muscular como um recurso complementar é fundamental. Junior. Além de minimizar as chances de ocorrer novas lesões. pois proporciona o aumento da flexibilidade. São Paulo: Manole. na terapêutica oferecida aos portadores da Síndrome da Fibromialgia. devolvendo sua auto‐estima. cinesioterapia. sendo  portanto contra‐indicado no tratamento dos pacientes portadores da FM. Conclusão  Em presença dos estudos pesquisados. causam uma grande sensação de bem‐estar e proporciona um aumento na flexibilidade. Eles promovem a redução do quadro álgico e da rigidez articular.  Para uma boa resposta ao tratamento faz‐se necessário o conhecimento da FM e das técnicas de alongamento. 2002). percebemos que os procedimentos terapêuticos químicos (medicação) e físicos.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 25/31 . levando‐se em consideração itens como: procedimentos. Referências ACHOUR. como a eletroterapia.31/03/2015 Fibromialgia Os exercícios de alongamento têm sido rotineiramente aplicados no tratamento desses pacientes que freqüentam os ambulatórios terapêuticos para o controle da fibromialgia com resultados animadores (MENDONÇA et al. termoterapia. O método balístico é pouco citado pela literatura no que diz respeito à sua aplicabilidade em portadores de dor crônica. geradas pelo encurtamento da musculatura. massoterapia. Perante o levantamento bibliográfico apresentado. Porém. segundo a opinião dos autores. precauções e aplicabilidade. para que assim se possa obter o sucesso esperado no tratamento. anatomia e fisiologia. que cure a FM. é importante afirmar que atualmente não existe nenhuma terapia. o retorno às suas atividades da vida diária. Embora este seja um bom recurso para adquirir flexibilidade existe a possibilidade deste causar micro lesões. aumentando a estabilidade das articulações. Exercícios de alongamento. Com relação aos exercícios de alongamento estático e por FNP encontramos alguns estudos que sinalizam que o alongamento muscular quando aplicado tanto associado a outros recursos fisioterapêuticos quanto realizado isoladamente apresenta sua acuidade na reabilitação dos portadores de fibromialgia. data:text/html;charset=utf­8. gerando um realinhamento postural. seja ela por meios químicos ou físicos. reabilitação psicossocial e programas educativos têm mostrado ser importantes na reabilitação dos pacientes portadores de fibromialgia. Assim. S..215‐224. Diagnóstico diferencial e a fisioterapia na fibromialgia e síndrome miofascial.NIV. 65‐72. v. Katianne Soraya Gonçalves. n.4. W. D. São Paulo: Manole. BATES. C.2. p. Glauce. Alongamento muscular: uma versão atualizada. Amélia Pascoal. Traduçao Guiseppe Taranto. E. M. 136‐141. Ciência da flexibilidade.320‐325. Exercício e qualidade de vida: uma abordagem personalizada. 2001/2002. Eliana. n. Tradução Fernando Diniz Mundim. dez 2001. 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(Monografia) ‐ Escola de enfermagem da Universidade de São Paulo. Revista Brasileira de Reumatologia. jan/fev. 2000. 2004. Revista Brasileira de Reumatologia. dez. n. n. Fibromialgia. v. n. PROVENZA. 2004.1. SILVA. V.. Revista Fisioterapia Brasil. p. set/out. Características do sono alfa na fibromialgia.45.12. L. VALLADA. Revista Brasileira de Medicina. 42. Luis Severiano. 1990. 2004.42. Marcelo. Os efeitos da crioterapia: uma revisão na literatura. Harvey. 2002. Fisiologia do exercício. H. TUFIK. 2003. v.v.2. São Paulo. São Paulo. Antonio Scafuto. SCOTTON. Fibromialgia: epidemiologia. p. Comparação das manifestações clínicas em pacientes portadores de fibromialgia traumática e não traumática. Antonio. p. Raquel.São Paulo. Fisiopatologia da fibromialgia.. PEDRINELLI. Fibromialgia. MENDONÇA. José Roberto. 746‐748. p. E. Revista Brasileira de Reumatologia. Ana Amélia Benedito. Cristiane Januário. n.  RIBERTO. et al. KATCH. 2004. Acta fisiátrica. n. 2003. Exercícios de alongamento para pacientes com fibromailgia. 2000. 2005. Tratamento fisioterapêutico na fibromialgia. KATH. diagnóstico. nov/dez. . Manoel Jacobsen. São Paulo. 2001 VAISBERG. Lin Tchia. 2001. Anexo A ‐ Questionário de Qualidade de Vida em Fibromialgia (FIQ) Nome: _____________________________________________________ Idade: _______________________                 Sexo: _______________ 1. n. VALIM. Tese apresentada na Universidade Federal de São Paulo (curso de Reumatlogia) ‐ Escola Paulista de Medicina.63‐77. Intervenções fisioterapêuticas para pacientes com fibromialgia: Atualização. VITORINO.7. Mauro W. et al.p. p. 2001. Fisiopatologia da dor músculo‐esquelética. Valeria. YENG.   Atividade Sempre Na maioria das vezes As vezes Nunca Fazer compras 0 1 2 3 Lavar a louça e passar roupa 0 1 2 3 data:text/html;charset=utf­8. Fibromialgia e exercícios físicos. 2001. v. São Paulo: Manole. n. 2001.edição especial. p. Exercícios na Água. THOMPSON. Revista de Medicina do Esporte. Valeria. Revista de Medicina de São Paulo. v. 1999.245‐255.3. 1985. n. edição especial. edição especial. YENG. A. Durante os últimos 7 dias você tem conseguido. Debora Fernandes de Melo.80. Gilmar Fernandes. v. Revista de Medicina de São Paulo.1.  Tradução Nelson Gomes de Oliveira. et al. Revista de Medicina de São Paulo.31/03/2015 Fibromialgia SKINNER.. 2001. ano. jan/fev. Fisiopatologia da dor músculo‐esquelética.. ano 80. Lin Tchia. et al. TEIXEIRA. edição especial. n.14‐17. A.12. Fibromialgia: descricäo da síndrome em atletas e suas implicacöes. Revista Sinopse de Reumatlogia. et al. M. 63‐77. PRADO.. et al. 2004. Medicina física e reabilitação em doentes com dor crônica. VALIM.58. p. Revista Neurociências. 117 folhas.. nov.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 29/31 ..3. Estudo dos efeitos do condicionamento aeróbio e do alongamento na fibromialgia.80. jul/set. Como tem sido sua dor? Sem dor_0_|_1_|_2_|_3_|_4_|_5_|_6_|_7_|_8_|_9_|_10_|_Muito forte 6. em quantos você se sentiu mal? 0    1    2    3    4    5    6    7 3. Quando você vai ao trabalho. Nos últimos 7 dias da semana. tapete.31/03/2015 Fibromialgia Cozinhar 0 1 2 3 Lavar a louça 0 1 2 3 Limpar chão. carpete 0 1 2 3 Arrumar as camas 0 1 2 3 Andar vários quarteirões 0 1 2 3 Visitar parentes e amigos 0 1 2 3 Cuidar do quintal 0 1 2 3 Dirigir 0 1 2 3 2. Como tem sido o nível da rigidez ? Sem _0_|_1_|_2_|_3_|_4_|_5_|_6_|_7_|_8_|_9_|_10_|_Muita data:text/html;charset=utf­8. 0    1    2    3    4    5    6    7 4. deixe a questão em branco. Como você acorda pela manhã ? Bem disposto _0_|_1_|_2_|_3_|_4_|_5_|_6_|_7_|_8_|_9_|_10_|_Cansado 8. Quantos dias da semana passada você perdeu seu trabalho por causa da fibromialgia? Se não trabalha fora.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 30/31 . Como tem estado a sua disposição física? Sem cansaço _0_|_1_|_2_|_3_|_4_|_5_|_6_|_7_|_8_|_9_|_10_|_ Muito cansada 7. quanto a sua dor ou outros sintomas da fibromialgia interferem na sua habilidade em trabalhar? Sem dificuldade_0_|_1_|_2_|_3_|_4_|_5_|_6_|_7_|_8_|_9_|_10_|Com muita dificuldade 5. Qual o nível de tristeza ou depressão que você tem sentido? Sem _0_|_1_|_2_|_3_|_4_|_5_|_6_|_7_|_8_|_9_|_10_|_Muita Método de pontuação: Questão 1‐ somar e dividir pelo número de questões respondidas e o resultado deve ser multiplicado por 3. Qual o nível de tensão.33 Questão 2‐ resultado deve ser multiplicado por 1. 2001. mais prejudicado se encontra o paciente.%3Ctable%20class%3D%22contentpaneopen%22%20style%3D%22margin%3A%200px%3B%20padding%3A%200px%3B%20width%3A%20580px%3B%20border­collapse%3A%20collapse%3B… 31/31 . Fonte: YENG et al. quanto maior a pontuação.31/03/2015 Fibromialgia 9.43 Questão 3‐ resultado deve ser multiplicado por 2 Questões de 4 a 10‐ valor simples Valor máximo‐100 pontos. ‐ Publicado em 14/02/2012. data:text/html;charset=utf­8. nervosismo ou ansiedade que você tem sentido? Sem _0_|_1_|_2_|_3_|_4_|_5_|_6_|_7_|_8_|_9_|_10_|_Muita 10.     Obs: ‐ Todo crédito e responsabilidade do conteúdo são de sua autora.
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