EXTINÇÃO

March 27, 2018 | Author: Henri Ishiba | Category: Extinction, Dinosaurs, Earth, Evolution, Fossil


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EXTINÇÃO eventos físicos que se estabelecem As principais extinções no passado foram todas causadas porcomo alterações climáticas fora do normal e outras perturbações físicas que aniquilaram espécies, ecossistemas e toda a experiência. .PRIMEIRA GRANDE EXTINÇÃO (c. 440 Ma): Alterações climáticas (relativamente graves e súbito arrefecimento global) parecem ter sido a causa da primeira grande extinção, foi no fim do Ordoviciano e causou uma a acentuada mudança na vida marinha (pouca ou nenhuma vida existia na terra naquela época).25% das famílias desapareceram (uma especie pode ser constituída por um número reduzido de milhares de espécies). SEGUNDA GRANDE EXTINÇÃO (C. 370 MA): Perto do final do Período Devoniano, pode ou não ter sido o resultado da mudança climática global. 19% das espécies desapareceram. TERCEIRA MAIOR EXTINÇÃO (C. 245 MA) :Crê-se que no final do Período Permiano ocorreram complexas alterações climáticas. Muito recentemente, no entanto, evidências sugerem que um bólido criou impacto semelhante ao do fim do Cretáceo evento pode ter sido a causa. 54% das especies desapareceram. QUARTA GRANDE EXTINÇÃO (C. 210 MA): O evento que ocorreu no final do Período Triassico, pouco depois de dinossauros e dos mamíferos evoluírem, continua também a ser difícil de determinar, em termos de causas precisas. 23% das espécies desapareceram .QUINTA GRANDE EXTINÇÃO (C. 65 MA): O mais famoso e mais recente foi este evento que ocorreu no fim do Cretáceo. São eliminados o restante dos dinossauros terrestres e marinhos, como as amonites, bem como muitas outras espécies em todo o espectro filogenético, em todos os habitats amostrados a partir do registro fóssil. Consenso surgiu na última década que este evento foi causado por um (eventualmente vários) colisões entre Terra e um bólido extraterrestre (provavelmente cometas). Alguns geólogos, porém, apontam para o grande evento vulcânico que produzido pelo Deccan da Índia. 17% das espécies desapareceram.Sexta grande extinção. SEXTA GRANDE EXTINÇÃO Esta extinção é atual e causada pela raça humana, há poucas dúvidas que os seres humanos são a causa direta da destruição dos ecossistemas e das espécies do mundo moderno, através das suas atividades, ou do resultado delas, como a poluição, introdução de novas espécies em ecossistemas, sobre exploração delas. Estas alterações estão a mudar o nosso meio ambiente, o planeta inteiro. . os descendentes de uma população original se modificam ao ponto de serem considerados como uma nova espécie e a espécie original como extinta. Neste tipo de processo.extinção • Pseudo-Extinção ou Extinção Filética: • segundo essa abordagem. uma das causas de extinção é justamente a Evolução. vulcanismo. esta combinação de fatores tectônicos e climáticos teria afetado drasticamente tanto a fauna quanto a flora existentes. tectônica. Estes episódios são chamados de extinções em massa. Em resumo. sozinhos ou combinados. O rol dos agentes potenciais que podem. . sendo o mais famoso deles aquele que envolve o fim dos dinossauros. levando à extinção uma significativa parcela das espécies existentes. impacto de meteoros e radiações cósmicas. terem sido os responsáveis por estas extinções são: deriva continental.• EXTINÇÕES EM LARGA ESCALA OU EXTINÇÕES EM MASSA * Em alguns momentos da Terra surgiram situações em que uma significativa porção de tudo o que era vivo no planeta foi totalmente eliminada. Já no segundo aspecto. Outras causas naturais (biológicas e não biológicas) podem induzir a extinção das espécies como. relações entre espécies. Nem todas as espécies têm os atributos necessários para se reproduzir num ritmo suficiente para permitir sua preservação. Estas ficam ainda mais difíceis de entender ao regressarmos no tempo geológico. em poucas dezenas de milhões de anos. Geralmente estima-se que mais de 99% das espécies que já viveram estão extintas. Ou seja. a extinção dos dinossauros abriu caminho para a diversificação dos mamíferos • • • . na qual se observa que na natureza. mas pouco sabe sobre as causas diretas da extinção. queda de um corpo extraterrestre. a extinção pode abrir nichos anteriormente ocupados por formas dominantes que impediam a evolução de suas espécies sucessoras. Estes então ocuparam. Dessa maneira. descida ou subida do nível do mar. aumento ou decréscimo da salinidade do mar. por exemplo.PADRÕES DE EXTINÇÃO • As extinções ocorrem quando os indivíduos de uma mesma espécie morrem sem deixarem nenhum descendente. Há ainda espécies em via de extinção. Alguns paleontólogos dividem extinção em: extinção normal ou de fundo e extinção em massa . impedidas pelas numerosas fontes de mortalidade que afunilam todas as espécies. vulcões. Ecologistas têm documentado exemplos de extinção populacional por exclusão competitiva. as quais estão sob uma possível extinção futura. dos quais o primeiro se refere à extinção como um fator que elimina as formas que estão fisiológica e anatomicamente menos eficientes para o ambiente atual que determinada espécie se encontra. eventos físicos. provocando ou acelerando a extinção de espécies. isso porque a qualidade das evidências depende de quão recente são os fósseis. Uma das grandes histórias do registro fóssil é a da extinção dos dinossauros há pouco mais de 60 milhões de anos atrás e no período que se seguiu a tal extinção houve grande diversificação evolutiva dos mamíferos. A primeira está ocorrendo o tempo todo enquanto espécies desaparecem à medida que evoluem e a segunda é aquela que há intervenção de fenômenos geológicos. alterações climáticas. já que em fósseis muito recentes. podemos ter evidências bem convincentes sobre a causa das extinções. desenvolvimento de um vírus ou micróbio nocivo para espécies. a maioria dos habitats que eram ocupados anteriormente pelas espécies de dinossauros. se duas espécies similares tenderem a ocupar o mesmo nicho. Dois aspectos principais são sugeridos. a extinção apresenta um papel importante na evolução da vida na Terra. a luta pela existência entre elas será intensa e resultará na extinção da espécie mais fraca. entre outros. . veja você. a qual faz alusão à observação da Rainha Vermelha em Alice Através do Espelho. e todas elas estão atrás de sua melhor condição possível. sobre o quão boa explicação é a coevolução Rainha Vermelha para as taxas de extinção . Comparativamente insetos são menos extinguíveis do que vertebrados. Em tal hipótese um grupo de espécies que competem tem. deve-se tomar cuidado quando uma espécie morre e há uma relação de dependência com outra. sugere uma causa biológica para as extinções em que as espécies se extinguem quando são sobrepujadas na competição com outras espécies.• 1 • • Além disso. níveis balanceados de adaptação.e r-selecionados . alguns biólogos não estão certos sobre quanto às taxas de extinção são freqüentemente constantes e nem mesmo. porque esta também tende a morrer. é preciso correr tanto quanto se consegue para ficar no mesmo lugar”. Ou seja. uma espécie pode sofrer um ataque aleatório de má sorte reprodutiva e ser extinta. Em qualquer ocasião. no livro de Lewis Carroll: “aqui. Fazendo então uma analogia entre a corrida e a as mudanças coevolutivas . em vez de examinar as espécies individualmente. Besouros britânicos quase não se extinguem e Coope (1978) afirma que isso deve ser relacionado ao fato de que eles têm motilidade. o que lhes permite acompanhar o ambiente em mudança. efeitos devastadores em ilhas. em média. E uma hipótese sugerida por Van Valen em 1973 para analise de padrões é a Hipótese da Rainha Vermelha. Porém. As diferenças na extinção provavelmente se dão pelos mesmos motivos que temos espécies k. Exemplo: plantas que “usam” pássaros para dispersão de sementes. introduzem espécies num novo meio. poluição. Em alguns estudos. destroem habitats e ecossistemas por desmatamento. As extinções também podem ser induzidas pelo homem quando estes exploram e caçam animais visando lucro ou mesmo para coleções. agricultura ou minério e. urbanizações. examinam-se os padrões de um grande número de espécies ou táxons mais elevados. que fizeram progressos evolutivos. o Estágio Hirmantiano. desde o final do Pré -Cambriano (570 milhões de anos atrás) até o Pleistoceno (2 milhões de anos atrás). que resultou de extensas glaciações. elas ocorreram com magnitude. por exemplo. A geologia tem registrado. Dentre suas vítimas estariam os trilobitas pelágicos. uma migração inversa ocorre. Entretanto. alguns graptozoários. em cinco ocasiões. . seguido por um período de grande aquecimento global. organismos tropicais fogem para as zonas temperadas. agora aprisionados em uma armadilha mortal.EXTINÇÕES EM MASSA Extinções em massa de espécies estão sempre ligadas a mudanças bruscas e radicais no meio ambiente. duas são ainda maiores. no final do Devoniano e do Triássico e são utilizadas como marcadores de tempo. (final do Ordoviciano) marca o que teria sido a primeira das cinco grandes crises do Fanerozóico Aproximadamente 25% das famílias e cerca de 60% os gêneros de organismos marinhos foram perdidos. Segundo alguns autores. braquiópodes e bivalves. Os fatores contribuintes foram grandes flutuações no nível do mar. cerca de nove extinções globais. diferenciando se das demais e dentre essas cinco. Mas se a temperatura resfria . Extinção em massa de menores proporções são registradas no final do Ordoviciano. uma associação de braquiópodes e trilobitas de águas mais frias. Se a temperatura aumenta. Este evento teria ocorrido em dois pulsos intercalados por uma fase de expansão caracterizada pela fauna Hirmantia. e os organismos polares podem ser dizimados. Vertebrados terrestres ainda não tinha evoluído. com prejuízo para os organismos tropicais.se. Um resfriamento global após impactos de meteoróides pode ter sido responsável pelas extinções. embora tenha sido uma crise rigorosa entre os organismos pelágicos. essa extinção apresenta um dos padrões mais seletivos de todas as crises bióticas. e eles sobreviveram a esta extinção em massa. a crise Devoniana teria afetado muito pouco os organismos bentônicos como demonstrado no registro dos briozoários e corais rugosos e tabulados . os primeiros vertebrados terrestres. Contudo. Os goniatites (uma ordem de moluscos) também foram muito afetados restando somente poucas espécies.desapareceram. quando 22% das famílias marinhas e 57% dos gêneros marinhos. grupo de peixes dominantes neste período. Além disso.A extinção do final do Devoniano Superior (≈ 364Mya). Anfíbios. foram totalmente extintos. incluindo quase todos os peixes com mandíbula inferior. Os placodermes. evoluíram no final do Devoniano. somente um pequeno grupo teria resistido. Entre os trilobitas. 84% dos gêneros marinhos e 70% das plantas terrestres. insetos e vertebrados. existe um consenso de que esta crise teria sido provocada pela desoxigenação de inúmeros habitats devido a um aumento significativo da temperatura registrado no final do Triássico. assim como terrestres) foram extintos. Entre os especialistas. 95% de todas as espécies (marinhas.Finalmente. incluindo 53%das famílias marinhas. . a crise do final do Triássico e início do Jurássico foi um dos eventos mais notáveis resultando. incluindo vertebrados e invertebrados . Quase todos os invertebrados do Paleozóico desapareceram. Na passagem da Era Paleozóica para a Era Mesozóica. Esta época foi marcada pela maior extinção de seres vivos registrada na história da vida sobre a Terra atingindo muitos grupos de organismos de diferentes habitats.O primeiro evento de grande magnitude ocorreu cerca de 248 milhões de anos atrás. Já o segundo evento ocorreu na fronteira entre o Cretáceo e Terciário (64. na passagem do período Permiano para o Triássico. no final do Período Permiano.5 milhões de anos atrás). cerca de 95% das espécies encontradas no Permiano não apareceram mais no Terciário. Dentre os grupos mais afetados estão os foraminíferos fusilinídeos. euripterídeos. Alguns grupos que sobreviveram à extinção permiana reduziram drasticamente e nunca mais alcançaram o domínio ecológico que possuíam anteriormente. corais rugosos e tabulares. trilobitas. . Dentre os grupos drasticamente reduzidos estão os briozoários. amonóides (moluscos). Estudos plublicados a partir da década dos anos oitenta sugeriram que não existe evidência segura de extinção em massa no registro fóssil das plantas. placodermes. braquiópodes. entre outros.Entre os vertebrados. crinóides. 75% dos anfíbios e 80% das famílias de répteis desapareceram do registro geológico. ostracódes e equinodermas. . Esta crise é mais conhecida por ter exterminado os dinossauros da face da Terra.A passagem da Era Mesozóica para a Cenozóica também foi assinalada por uma grande extinção em massa no registro geológico denominada crise K/T (Cretáceo/Terciário). Cerca de 85% de todas as espécies de seres vivos desapareceram tornando a crise K/T a segunda maior no registro geológico. dinoflagelados. Entre os invertebrados. braquiópodes e equinóides. anfíbios e mamíferos. Os grupos menos afetados foram as plantas com flores. plesiossaurus e mesossaurus também teriam sido extintos. muitas espécies e foraminíferos. duas correntes de pensamentos associam essas mudanças ambientais bruscas em nosso planeta a dois fenômenos: vulcanismo em grande escala e impacto na Terra por um corpo extraterrestre . os gastrópodes. Dentre os grupos bastante afetados estão os foraminíferos planctônicos. alguns grupos de moluscos (amonóides. Tradicionalmente. bem como os pterossaurus (répteis voadores).Contudo não foram apenas os dinossauros as vítimas deste evento. belenmnóides) também foram extintos. pelicípodes. Outras linhagens de répteis marinhos tais como os ictiossaurus. cerca de 800.000 anos. O vulcanismo relacionado com o primeiro evento (PermoTriássico) ocorreu na Sibéria. Poeira e gases foram lançados na atmosfera em grandes quantidades. As conseqüências para a vida foram: um resfriamento global decorrente da obstrução da luz do sol durante anos. durando um período de tempo geológico relativamente curto.Em ambas as fronteiras temporais supradescritas relacionadas com mudanças climáticas e extinções. ocorreram alguns dos maiores eventos vulcânicos do planeta. e depois um aquecimento decorrente dos gases agora presentes na atmosfera. patrocinadores do efeito estufa .000-900. com extravasamento de centenas de milhares de quilômetros quadrados de lavas. No local são observados extensos derrames de lava basáltica no limite Cretáceo/Terciário ocupando atualmente uma área de 500. Isso porque o irídio é um elemento só encontrado no manto terrestre ou em corpos celestes como os meteoritos e cometas. alterando o clima global da Terra e a química dos oceanos.O segundo grande evento de extinção em larga escala (fronteira Cretáceo .000 km2. como evidenciado no planalto de Decan. Outros cientistas já acreditam que por poder ter também o irídio origem no manto terrestre que. Assim. na Índia e Paquistão. tanto as erupções vulcânicas como os impactos de meteoritos são mecanismos viáveis para explicar a extinção em massa verificada no limite Cretáceo/Terciário . as erupções vulcânicas foram o agente mais importante no desencadeamento da crise K/T.Terciário) Alguns pesquisadores acreditam que a presença de altas concentrações de irídio em uma fina camada de sedimento depositado no limite K/T e encontrada em sedimentos marinhos e continentais em inúmeras localidades em torno da Terra só pode ser explicada considerando-se a ação do impacto de meteoritos. Este derrame teria produzido enormes quantidades de cinzas. mandíbulas de um enorme lagarto. e os dinossauros representam a culminação de sua evolução. uma colecionadora e comerciante de fósseis.Os répteis foram a forma de vida dominante na Terra durante muitos milhões de anos. Eram animais evoluídos e perfeitamente adaptados as condições de vida do ambiente em que viviam. identificação e classificação no mercado de fósseis. distinto de qualquer animal moderno. no sul da Inglaterra. Em 1784 encontraram na Baviera restos de um pequeno réptil voador. e que mortos. significa “lagarto”. a beira do rio Mosa. Logo a criatura foi denominada Monossaurio (Lagarto da Mosa). Em 1822 em Sussex. foram conservados e enterrados em sedimentos trazidos pelo mar – iniciou o seu trabalho de triagem. a uma iguana – com padrões anatômicos muito maiores. A partir daí novos fósseis foram descobertos e gêneros identificados . em Lyme Regis. Os cientistas possibilitaram uma reconstrução do animal. dando origem a palavra dinossauro. Muitos estudos através de fósseis foram culminados para entender melhor sobre a história de vida dos dinossauros e suas relações com o ambiente. recebendo o nome de Pterossaurio. na costa sul da Inglaterra – onde as rochas do cretáceo são ricas em restos de plantas e animais que viveram há muitíssimo tempo. Em 1770 foi descoberto por um povo holandês. Na terminologia grega. onde. recebendo o nome posteriormente de Ictiossauro. Em 1810 ela descobriu em falésias da praia. deinos. Dorset. em uma caverna subterrânea de Maastricht. significa “terrível” e sauros. Nesse contexto surge Mary Anning (17991847). em termos gerais. ossos de que haviam sido deum grande animal marinho. um réptil similar. que se acredita ser um réptil carnívoro e marinho. foram encontrados dentes fósseis de um animal denominado Iguanodon. Quando se conhece o processo que produz uma rocha. Para calcular a medida de deposição de sedimentos sobre a matéria a ser fossilizada e conservada em determinado estrato rochoso. muitos cientista propuseram teorias para ajudar na datação e classificação dos dinossauros. de rochas semelhantes.Para dar suporte e validar os achados de vários pesquisadores de fósseis como Mary Anning. Com isso determinou-se que as rochas onde existissem fósseis de dinossauros pertencem ao período chamado Cretáceo. Mas na verdade. vários princípios teóricos foram propostos – princípio da horizontalidade original. pode-se propor que esse mesmo processo foi responsável pela produção. a quantidade de fósseis encontrados não condiz com a realidade do número total de fósseis – seria somente a ponta de um gigante Iceberg . princípio da superposição e princípio da continuidade lateral e original. ao longo da história. James Hutton (1726-1797) enunciou a teoria do uniformitarismo – os processos geológicos que tem lugar atualmente na Terra haviam acontecido de um modo similar a toda extensão da história do planeta. Mary Annig encontrou seus fósseis no limite. Quando eles desapareceram do planeta. limite bem real e de natureza física. Muitas teorias para a extinção dos dinossauros foram propostas.O que aconteceu para provocar uma catástrofe de tão magnitude? Por que os dinossauros se extinguiram? Quem os matou? A era Mesozóica começou em torno de 225 milhões de anos e os répteis floresciam durante toda ela (Cretáceo → 65 milhões →Terciário [Mesozóica]). Dessa forma algumas possíveis causas para extinção em massa dos dinossauros foram elucidadas . A catástrofe foi imensa. inclusive se utilizar simultaneamente todas as armas nucleares do arsenal mundial. O que causou as extinções ficou conhecido como o Evento limite Cretáceo-Terciário. muitíssimo maior que o homem moderno poderia nunca produzir. O desaparecimento dos dinossauros data por volta de 65 milhões de anos. entre os estratos da época conhecida como Jurássico Inferior (subdivisão do Jurássico) e o Cretáceo. 85% das espécies viventes se perderam junto. pois seus fósseis tem entre 65 e 200 milhões de anos. mas as provas eram insuficientes para corroborar com as teorias. homeotérmicos. e os répteis de “sangue frio”. e sul em norte). Como eles eram animais de “sangue quente”. Com essa inversão. a magnetosfera. 3) Uma das teoria acredita na prosperidade dos mamíferos sobre os répteis. pecilotérmicos não podiam. Com isso seus ovos estariam desprotegidos e seriam presas fáceis para os mamíferos que se alimentavam a noite. 2) A inversão do campo magnético da Terra invertendo a polaridade (norte em sul. os mamíferos podiam seguir um modo de vida noturno. escudo formado pelo campo magnético que envolve o planeta. . Algumas hipóteses sugerem que as inversões de polaridade podem ser causadas por impactos de meteoritos. dessa forma provocou-se uma deficiência reprodutiva dos répteis e diminuição das espécies até o desaparecimento por completo. está debilitada. permitindo a entrada de radiação ionizante procedente do Sol.1) A mudança climática que ocorreu durante o período Cretáceo. os animais dependentes delas também.4) Outra teoria sugere que uma estrela como uma supernova estaria em nossa região da galáxia. e um ambiente escuro e frio se instalaria na Terra. sendo um ambiente inóspitos para animais pecilotérmicos . em um planeta escuro as plantas dependentes de luz solar morreriam. Concomitantemente. jogando sobre a superfície terrestre partículas de grande energia. O sistema solar estaria sendo atravessado por uma nuvem de poeira interestelar e o permanecimento dessa nuvem teria escurecido o planeta. caso os impacto fosse no mar tsunamis monstruosas seriam produzidas. A energia seria tão grande que reações químicas ocorreriam no próprio ar e a liberação do magma através dos vulcões em erupção. com tamanho similar de um pequeno planeta. seria como comparar a erupção do monte Santa Elena com os disparos de uma arma de brinquedo. um cometa . Em todo esse percurso a energia teria diminuído .contra a Terra seria o responsável pela extinção. os terremotos causados pelo impacto poderiam ser sentidos em qualquer parte do mundo. girando cada vez mais. O som seria propagado em grandes ondas de choques. ele desintegraria em fragmentos e cairia sobre uma extensa área. Esse impacto teria gerado uma explosão descomunal – se compararmos essa explosão com a maior bomba de hidrogênio. de modo que admitisse uma órbita instável em volta da Terra.5) Por último e a mais aceita teoria. o choque de um grande objeto – um meteorito. Caso o objeto tivesse entrado em ângulo mais empinado. Se um planetesimal tivesse entrado na atmosfera terrestre em alta velocidade ele demoraria pouco segundos para alcançar a superfície. e uma cratera de 200 quilômetros de diâmetro abriria expulsando material para atmosfera. Planetesimal é o termo geralmente usado para referir-se a objetos sólidos que existem no espaço. se afirmar a existência conjunta desses dois fenômenos.Portanto. assim como suas correspondentes extinções em massa.se um debate científico que há muito tem empolgado os cientistas. Atualmente parece improvável que cada um dos fatores atue como causa geral de extinções em massa. em várias combinações. graças à propagação pela Terra das ondas de choque. Creditar ao vulcanismo ou a impacto cósmico as grandes mudanças ambientais que ocorrem no planeta. Seus efeitos seriam muito semelhantes àqueles relacionados com um impacto cósmico. Nesse sentido. Vários fatores podem agir. mudanças ao nível do mar. clima e tectônica de placas.se sistematicamente com os períodos de extinções em massa. . vulcanismo. além de concentrações anômalas de metais raros na crosta terrestre como platinóides. vulcanismos basálticos registrados relacionam . formação de tsunamis (maremotos). A pesquisa sobre as causas das extinções em massa está considerando vários fatores incluindo impacto de asteróides. como saturação da atmosfera por poeira e gases. tem-se admitido que um impacto de grandes proporções geraria também vulcanismo em grande escala. Adicionalmente. Pelo menos no caso da extinção do Cretáceo-Terciário. pode . abre . que só conseguem sobreviver em cativeiro ou em cultivos. que culminou com quase 95% da vida sobre o planeta. número que. chegam a 784. Outro exemplo é a extinção dos dinossauros. . segundo especialistas. cinco dos quais estiveram a ponto de fazer desaparecer a vida sobre o planeta. que viveram durante milhões de anos e então desapareceram. 23% das de mamíferos. deu-se a maior extinção de todas. prova de que o ritmo atual de perda da biodiversidade é muitas vezes maior do que a taxa que prevaleceu por longos períodos geológicos. deve ser acrescido de 65 outras espécies. As espécies oficialmente extintas desde o início dos trabalhos da UICN. 52% das de insetos. Estimativas baseadas nos fósseis já encontrados sugerem que a taxa de extinção anterior dos mamíferos e pássaros era de uma espécie perdida a cada 500 ou 1. estão ameaçados 12% das espécies das aves. Naprática.000 anos . 51% das de répteis. há 40 anos. 25% das de coníferas e 20% das de tubarões e raias. 32% das de anfíbios. durante o período Permiano.EXTINÇÃO NATURAL VERSUS ANTROPOGÊNICA Durante os últimos 600 milhões de anos existiram vários episódios de extinção massiva. Por exemplo. O número de espécies declaradas oficialmente extintas chegou a 27 nos últimos 20 anos. Mais estudos sendo disponibilizados. proteção de zonas costeiras. varia entre US$ 16 trilhões e US$ 54 trilhões por ano (Costanza e outros. Sob uma ótica estritamente antropocêntrica. cujos estudos de valoração econômica ainda são muito recentes.Os organismos vivos contribuem para uma grande variedade de serviços ambientais. 1995). muitos desses serviços foram qualificados e quantizados em termos econômicos. calculou-se recentemente que o valor econômico combinado de 17 serviços prestados pelos 16 biomas analisados. O próprio Cerrado. o valor total aumenta . regulação de ciclos hidrológicos e do clima. geração e conservação de solos férteis. dispersão e decomposição de resíduos. não foi considerado. como a regulação da composição gasosa da atmosfera. 1997). polinização de várias plantações e a absorção de poluentes (UNEP. já que não são ainda adequadamente pesquisados e objeto de valoração econômica. Existem limitações nestas análises: Vários biomas e diversas categorias de serviços ambientais ficaram de fora do trabalho. A biodiversidade também fornece recursos genéticos para alimentos e para a agricultura e. certas variedades etíopes protegeram de patógenos virais plantações de cevada californianas. Cerca de 75% da população mundial usa remédios tradicionais diretamente derivados de fontes naturais para tratar da saúde (UNDP. Por exemplo. estimadas em US$ 160 milhões por ano. A resistência genética a doenças obtida a partir de variedades silvestres de trigo na Turquia foi avaliada em US$ 50 milhões por ano (UNEP. Por exemplo. Estima-se que o valor do mercado mundial de produtos farmacêuticos derivados de recursos genéticos esteja entre US$ 75 bilhões de US$ 150 bilhões por ano.A saúde e o bem-estar humanos dependem diretamente da biodiversidade. Várias espécies relacionadas a plantas silvestres são de grande importância para as economias nacionais e mundiais. 2000). 10 dos 25 medicamentos mais vendidos no mundo em 1997 derivavam de fontes naturais. World Bank e WRI. constitui a base biológica para a segurança alimentar do mundo e o suporte à subsistência humana. portanto. UNEP. 1995) . Alguns podem se perguntar por que de tanto barulho em preservar se já houve cinco grandes extinções. verifica-se o fenômeno da redução e perda de espécies. A biodiversidade global está mudando a uma velocidade sem precedentes (Pimm e outros. uma crescente produção de lixo e poluentes. e os maiores responsáveis por essa mudança são a conversão de terras. conflitos internacionais e a contínua desigualdade na distribuição de recursos. a exploração não sustentável dos recursos naturais e a introdução de espécies exóticas (Sala e outros. atualmente. Mas o caso é que essa seria única. 2000). o que pode ocasionar a extinção do próprio ser humano por escassez de serviços ambientais prestados pela biodiversidade.Assim. mas sim das atividades de uma única espécie (que aliás ocupa cerca de 25 a 50% do território terrestre). As causas principais da perda de biodiversidade são o crescimento da população humana associada a padrões de consumo insustentáveis. pois a extinção de espécies representa perda de biodiversidade. é necessário repensar as ações humanas. pois não vem de causas naturais. 1995). a poluição. o . o desenvolvimento urbano. Desta forma. as mudanças climáticas.
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