ESTRUTURA COGNITIVA

March 29, 2018 | Author: alfsm | Category: Learning, Perception, Adaptation, Dogs, Epistemology


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FNTE: http://psicologiadoensino.blogspot.com.br/2011/05/estruturacognitiva.html Estrutura Cognitiva O conceito de estrutura cognitiva é central para a teoria de Piaget. Estruturas cognitivas são padrões de ação física e mental subjacentes a atos específicos de inteligência e correspondem a estágios do desenvolvimento infantil. Existem quatro estruturas cognitivas primárias - estágios de desenvolvimento - de acordo com Piaget: sensorial-motor, pré-operações, operações concretas e operações formais. No estágio sensorial-motor (0-2 anos), a inteligência assume a forma de ações motoras. A inteligência no período pré-operação (3-7 anos) é de natureza intuitiva. A estrutura cognitiva durante o estágio de operações concretas (8-11 anos) é lógica, mas depende de referências concretas. No estágio final de operações formais (12-15 anos), pensar envolve abstrações. As estruturas cognitivas mudam através dos processos de adaptação: assimilação e acomodação. A assimilação envolve a interpretação de eventos em termos de estruturas cognitivas existentes, enquanto que a acomodação se refere à mudança da estrutura cognitiva para compreender o meio. O desenvolvimento cognitivo consiste de um esforço constante para se adaptar ao meio em termos de assimilação e acomodação. Nesse sentido, a teoria de Piaget é similar a outras teorias de aprendizagem contrutivistas como as Bruner e Vygotsky. Embora os estágios de desenvolvimento cognitivo identificados por Piaget estejam associados a faixas de idade, eles variam para cada indivíduo. Além disso, cada estágio tem diversas formas estruturais detalhadas. Basta observar que o período operacional concreto tem mais de quarenta estruturas distintas, cobrindo classificação e relações, relações espaciais, tempo, movimento, oportunidade, número, conservação e medida. Uma análise detalhada similar das funções intelectuais é fornecida por teorias de inteligência, como Guilford, Gardner e Sternberg. Piaget explorou as implicações de sua teoria em todos os aspectos do desenvolvimento da cognição, inteligência e moral. Muitos dos experimentos de Piaget foram focalizados no desenvolvimento de conceitos matemáticos e lógicos. A teoria foi bastante aplicada no modelo de prática de ensino e de currículo na educação elementar (Bybee & Sund, 1982; Wadsworth, 1978). O desenvolvimento cognitivo tem como facilitador atividades ou situações que envolvam os aprendizes e que requeiram adaptação destes. Os materiais de aprendizado e atividades devem envolver um nível apropriado de operações motoras ou mentais para uma criança de uma dada idade. É preciso evitar o pedido para que os aprendizes realizem tarefas que estejam além de suas capacidades cognitivas atuais. Jacqueline Silva . ou cognitivas......... Esse processo de adaptação é então realizado sob duas operações.. ou padrão de comportamento ou pensamento..h tm A construção do conhecimento SEGUNDO PIAGET .... Os esquemas não são observáveis..... Que constitui a habilidade de integrar as estruturas físicas e psicológicas em sistemas coerentes... Piaget entende que o desenvolvimento intelectual age do mesmo modo que o desenvolvimento biológico (WADSWORTH.........cerebromente.. partiu da idéia que os atos biológicos são atos de adaptação ao meio físico e organizações do meio ambiente............. esquema é uma estrutura cognitiva........... são constructos hipotéticos..... e assim........... que emerge da integração de unidades mais simples e primitivas em um todo mais amplo.....7) : Do ponto de vista biológico..... os esquemas são tratados.. 1996)........... Assim sendo. Assim. a adaptação acontece através da organização. É uma das tendências básicas inerentes a todas as espécies.. . Para Piaget. temos a definição que os esquemas não são fixos.. 1986)...... portanto...br/n08/mente/construtivismo/construtivismo... é interessante introduzir um novo conceito que é amplamente utilizado quando essas operações. para explicar o desenvolvimento intelectual.... o organismo discrimina entre a miríade de estímulos e sensações com os quais é bombardeado e as organiza em alguma forma de estrutura.... Dessa forma. p.... Ainda segundo o autor. assimilação e acomodação.. Esse novo conceito que estamos procurando introduzir é chamado por Piaget de esquema (schema)... Os Esquemas Antes de prosseguir com a definição da assimilação e da acomodação... http://www.....org. mais organizado e mais complexo.. .. MSc A Organização e a Adaptação Jean Piaget... a atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento "total" do organismo (1952... mas mudam continuamente ou tornam-se mais refinados... A outra tendência é a organização.. Ainda segundo Piaget (PULASKI.. pelas quais os indivíduos intelectualmente se adaptam e organizam o meio..... a assimilação e a acomodação. Conforme PULASKI (1986). mas como conjuntos de processos dentro do sistema nervoso............. a adaptação é a essência do funcionamento intelectual. organização é inseparável da adaptação: Eles são dois processos complementares de um único mecanismo. são inferidos e. sempre procurando manter um equilíbrio...Malcon Tafner... são empregadas... sendo que o primeiro é o aspecto interno do ciclo do qual a adaptação constitui o aspecto externo... não como objetos reais.. assim como a essência do funcionamento biológico.. WADSWORTH (1996) define os esquemas como estruturas mentais.. quadrúpede. imaginemos que uma criança está aprendendo a reconhecer animais. etc. quando apresentada. uma integração à estruturas prévias. e até o momento. um adulto. mas simplesmente acomodando-se à nova situação. A Assimilação e Acomodação A assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pessoa integra (classifica) um novo dado perceptual. quando nasce. NITZKE et alli (1997a) escreve que os esquemas cognitivos do adulto são derivados dos esquemas sensório-motores da criança. um rabo. uma criança apresenta um certo número de esquemas. Pois bem. mais diferenciados e mais numerosos. que os esquemas são estruturas intelectuais que organizam os eventos como eles são percebidos pelo organismo e classificados em grupos. quando a criança tem novas experiências (vendo coisas novas. pescoço. essa criança tenta "encaixar" o estímulo em um esquema disponível. ela a terá também como cachorro (marrom. como também está apto a generalizá-los. Estes esquemas são utilizados para processar e identificar a entrada de estímulos. O funcionamento é mais ou menos o seguinte.Uma criança. podemos dizer que a criança possui.).. Assim. à esta criança. motor ou conceitual às estruturas cognitivas prévias (WADSWORTH. O próprio Piaget define a assimilação como (PIAGET. Figura 000 – Ligeira semelhança morfológica entre um cavalo e um cachorro . Diante de um estímulo. Por exemplo. e à medida que se desenvolve. Isto significa que a criança tenta continuamente adaptar os novos estímulos aos esquemas que ela possui até aquele momento. sem serem destruídas. p.. Ou seja. e graças a isto o organismo está apto a diferenciar estímulos. Vemos então. 1996. 1996). apresenta poucos esquemas (sendo de natureza reflexa). de acordo com características comuns. mas sem descontinuidade com o estado precedente. um esquema de cachorro. seus esquemas tornam-se generalizados. De fato. 13) : . que podem permanecer invariáveis ou são mais ou menos modificadas por esta própria integração. isto é. ou ouvindo coisas novas) ela tenta adaptar esses novos estímulos às estruturas cognitivas que já possui. o único animal que ela conhece e tem organizado esquematicamente é o cachorro. em sua estrutura cognitiva. que grosseiramente poderíamos compará-los como fichas de um arquivo. nariz molhado. um outro animal que possua alguma semelhança. possui um vasto arranjo de esquemas comparativamente complexos que permitem um grande número de diferenciações. por exemplo. como um cavalo. iniciamos com definição dada por PIAGET (p. motor ou conceitual é acomodado perante a sua assimilação no . p.Notadamente. aquilo não é um cachorro. Esta declaração de Piaget. o estímulo é prontamente assimilado. mas desencadeia ajustamentos ativos. Diante deste impasse. Entrando agora na operação cognitiva da acomodação. 7) "A acomodação explica o desenvolvimento (uma mudança qualitativa). apontará para o cavalo e dirá "cachorro" . a acomodação acontece quando a criança não consegue assimilar um novo estímulo. "não. 1997a). quando se fala que não existe assimilação sem acomodação. ocorre. também não existem acomodações sem assimilação. ou seja. que escreve que os processos responsáveis por mudanças nas estruturas cognitivas são a assimilação e a acomodação. uma adulto intervém e corrige. a criança pode tentar assimilar o estímulo novamente. Quando corrigida. acomodados em fases anteriores. e não mais de um cachorro. criando assim um novo esquema. então. definindo que se trata de um cavalo. no entanto. motor ou conceitual se dará primeiramente em esquemas já existentes. um esquema para o conceito de cachorro e outro para o conceito de cavalo. a criança. não existe uma estrutura cognitiva que assimile a nova informação em função das particularidades desse novo estímulo (Nitzke et alli." Essa mesma opinião é compartilhada por Nitzke et alli (1997a). Ocorrida a acomodação. acomodará aquele estímulo a uma nova estrutura cognitiva. A diferenciação do cavalo para o cachorro deverá ocorrer por um processo chamado de acomodação. Assim. WADSWORTH diz que (1996. e a assimilação explica o crescimento (uma mudança quantitativa). juntos eles explicam a adaptação intelectual e o desenvolvimento das estruturas cognitivas. um processo de assimilação. Ou seja. significa que a assimilação de um novo dado perceptual. e uma vez modificada a estrutura cognitiva. Neste momento. Procurando elucidar essas declarações. deixa claro que da mesma forma como não há assimilação sem acomodações (anteriores ou atuais). Esta criança tem agora. quando expõe as idéias da assimilação e da acomodação. Ambas as ações resultam em uma mudança na estrutura cognitiva. a criança. ou seja. restam apenas duas saídas: criar um novo esquema ou modificar um esquema existente. E quando se fala que não existem acomodações sem assimilação. 1996) : Chamaremos acomodação (por analogia com os "acomodatos" biológicos) toda modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores (meio) ao quais se aplicam. significa que o meio não provoca simplesmente o registro de impressões ou a formação de cópias. ou seja a similaridade entre o cavalo e o cachorro (apesar da diferença de tamanho) faz com que um cavalo passe por um cachorro em função da proximidades dos estímulos e da pouca variedade e qualidade dos esquemas acumulados pela criança até o momento. significa que um dado perceptual. PIAGET (1996). é um cavalo". neste caso. 18. em lugar de corresponder a uma montagem hereditária acabada. Assim. necessária para assegurar à criança uma interação eficiente dela com o meio-ambiente. Na acomodação o inverso é verdadeiro. a incorporar elementos que lhe são exteriores e compatíveis com a sua natureza. é notada principalmente frente a dois postulados organizados por PIAGET (1975. E é dessa maneira que os esquemas se desenvolvem por crescentes equilibrações e auto-regulações. pode-se dizer que a adaptação é um equilíbrio constante entre a assimilação e a acomodação. isto é. O primeiro postulado limita-se a consignar um motor à pesquisa. WADSWORTH (1996) escreve que durante a assimilação. Piaget (1975) define que o equilíbrio cognitivo implica em afirmar que : . uma vez que um esquema amplo pode abranger uma gama enorme de objetos sem modificá-los ou compreendêlos. uma pessoa impõe sua estrutura disponível aos estímulos que estão sendo processados. e dão lugar a diferenciações. ou por combinações (assimilações recíprocas com ou sem acomodações novas) múltiplas ou variadas. de acordo com a teoria construtivista. por diferenciações sucessivas. Partindo da idéia de que não existe acomodação sem assimilação. sem com isso. e assim. perder sua continuidade (portanto. de uma maneira geral. É neste contexto que Piaget (1996. por acomodação às situações modificadas. Segundo Postulado : Todo esquema de assimilação é obrigado a se acomodar aos elementos que assimila. constroem-se pouco a pouco. A pessoa é "forçada" a mudar sua estrutura para acomodar os novos estímulos. isto é. de esquemas anteriores.14) : Primeiro Postulado : Todo esquema de assimilação tende a alimentar-se. trata de um ponto de equilíbrio entre a assimilação e a acomodação. a se modificar em função de suas particularidades. A Teoria da Equilibração Segundo Piaget (WADSWORTH. De uma forma bastante simples. pois derivam sempre. p. podemos dizer que esses esquemas cognitivos não admitem o começo absoluto (PIAGET. modificado ou não. A importância da teoria da equilibração. e não implica na construção de novidades. é considerada como um mecanismo auto-regulador. p. O segundo postulado afirma a necessidade de um equilíbrio entre a assimilação e a acomodação na medida em que a acomodação é bem sucedida e permanece compatível com o ciclo. nem seus poderes anteriores de assimilação.sistema cognitivo existente. os estímulos são "forçados" a se ajustarem à estrutura da pessoa. 1996). Em outras palavras. Segundo WAZLAVICK (1993). a teoria da equilibração. Isto é. seu fechamento enquanto ciclo de processos interdependentes). mas. a maior parte dos esquemas. 18) fala de "acomodação de esquemas de assimilação". 1996). porém muito pequenos. Se ela for bem sucedida. as propriedades das partes diferenciam-se entre si. Se a criança não consegue assimilar o estímulo. podemos ver a integração em um todo. se as partes apresentam propriedades enquanto totalidades. é alcançado no momento. uma criança. Intervêm aqui. a terceira forma de equilibração é a que assegura as interações entre os esquemas e a totalidade. compõem um outro que os integra. enquanto que nesta terceira a equilibração intervém nas interações das partes com o todo. então. Nesta linha de pensamento em torno da teoria das equilibrações. igualmente. Em outras palavras. processos de assimilação e acomodação recíprocos que asseguram as interações entre dois ou mais esquemas que. O contrário também é nocivo. 2. Dessa forma. Finalmente. em segundo lugar. ela tenta. . Quando isso é feito. elas apresentam propriedades enquanto partes. são elas : 1.1. A conservação de tais estruturas em caso de acomodações bem sucedidas. enquanto que a diferenciação pode ser vista como uma tarefa de acomodação. identifica três formas básicas de equilibração. há primeiramente a equilibração entre a assimilação destes esquemas e a acomodação destes últimos aos objetos. na Segunda forma temos a equilibração pela diferenciação. ocorre a assimilação do estímulo e. conservação mútua do todo e das partes. juntos. fazer uma acomodação. como é o caso do esquema "seres". tenta assimilar o estímulo a um esquema existente. acabaria com uma grande quantidade de esquemas cognitivos. pois naquela a equilibração intervém nas interações entre as partes. o equilíbrio é alcançado. Essa terceira forma é diferente da Segunda. 2. ao experienciar um novo estímulo (ou um estímulo velho outra vez). Há. incapaz de detectar diferenças nas coisas. Esta equilibração é necessária porque se uma pessoa só assimilasse estímulos acabaria com alguns poucos esquemas cognitivos. o equilíbrio. Em função da interação fundamental de início entre o sujeito e os objetos. uma forma de equilibração que assegura as interações entre os esquemas. pois se uma pessoa só acomodasse estímulos. muito amplos. e por isso. segundo LIMA (1994. 3. nesse momento. em relação àquela situação estimuladora particular. A presença necessária de acomodações nas estruturas. segundo a teoria da equilibração como uma tarefa de assimilação. p. pois. Há. Piaget. na terceira temos a equilibração pela integração. já descrito nesta seção. contudo. Segundo WADSWORTH (1996).147). mesmo pertencendo à mesma classe. Obviamente. modificando um esquema ou criando um esquema novo. acarretando uma taxa de generalização tão baixa que a maioria das coisas seriam vistas sempre como diferentes. aprendida em função da experiência. obtida de forma sistemática ou não." Nitzke et alli (1997b) diz-se que o contato com o meio é direto e imediato. a partir de reflexos neurológicos básicos. em 4 estados. basicamente. configurando assim. "vê" o que está diante de si. conforme PIAGET. Sensório-motor Neste estágio. . Pré-operatório É nesta fase que surge. lembra que os tipos possuem o comum aspecto de serem todas relativas ao equilíbrio entre a assimilação e a acomodação. graças à função simbólica. 1996). 1991). segundo MACEDO (1994). Também é marcado pela construção prática das noções de objeto. Enquanto que o desenvolvimento seria uma aprendizagem de fato. Assim este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica. as noções de espaço e tempo são construídas pela ação. Segundo LOPES.  Operatório-concreto ( 8 – 11 anos). sendo este o responsável pela formação dos conhecimentos. Aprimorando esses esquemas. Piaget separa o processo cognitivo inteligente em duas palavras : aprendizagem e desenvolvimento. 1982). Piaget tenha apontando três tipos de equilibração. diferenciando-se e integrando-se. por isso mesmo. 1975). p. a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação (PIAGET e INHELDER. Conforme MACEDO (1991. pegá-lo e levá-lo a boca. uma inteligência essencialmente prática. "mama" o que é posto em sua boca. é capaz de ver um objeto.  Pré-operatório ( 2 – 7. 124) é assim que os esquemas vão "pouco a pouco. na criança. Essas 4 fases são :  Sensório-motor (0 – 2 anos). quando descreve a aprendizagem. no mesmo tempo em que o sujeito vai se separando dos objetos podendo. Para Piaget. além de conduzir o fortalecimento das características positivas pertencentes aos esquemas no sistema cognitivo. Exemplos: O bebê pega o que está em sua mão.8 anos). o bebê começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio (LOPES. interagir com eles de forma mais complexa. sem representação ou pensamento. tem um enfoque diferente do que normalmente se atribui à esta palavra. Piaget. espaço.  Operatório-formal (8 – 14 anos). descreve-a. a aprendizagem refere-se à aquisição de uma resposta particular. e esta substituição é possível. que ele próprio chama de fases de transição (PIAGET. Os Estágios Cognitivos Segundo Piaget Piaget. causalidade e tempo (MACEDO.Embora. quando postula sua teoria sobre o desenvolvimento da criança. ou seja. no lugar do outro. Um importante conceito desta fase é o desenvolvimento da reversibilidade. Apesar de não se limitar mais a uma representação imediata. . A criança deste estágio:  É egocêntrica.  Possui percepção global sem discriminar detalhes. Exemplos: Mostram-se para a criança.Contudo.. sendo então capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair dados da realidade.  Não aceita a idéia do acaso e tudo deve ter uma explicação (é fase dos "por quês"). não se limitando mais à representação imediata e nem às relações previamente existentes. para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. Agora a criança é capaz de pensar logicamente. ordem. e não consegue se colocar. abstratamente.  Já pode agir por simulação.. anulando a transformação observada. MACEDO (1991) lembra que a atividade sensório-motor não está esquecida ou abandonada. sem depender mais só da observação da realidade. permitindo que a mesma explore melhor o ambiente. a capacidade da representação de uma ação no sentido inverso de uma anterior. A criança nega que a quantidade de massa continue igual. A representação agora permite à criança uma abstração total. Operatório-formal Segundo WADSWORTH (1996) é neste momento que as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação. de formatos diferentes. Exemplos: Despeja-se a água de dois copos em outros. fazendo uso de mais e mais sofisticados movimentos e percepções intuitivas. pois verifica-se que ocorre uma crescente melhoria na sua aprendizagem. neste estágio a criança desenvolve noções de tempo. casualidade. formular hipóteses e buscar soluções. duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. . Operatório-concreto Conforme Nitzke et alli (1997b). depende do mundo concreto para abstrair. velocidade. espaço. centrada em si mesma.  Deixa se levar pela aparência sem relacionar fatos. pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações. "como se". mas refinada e mais sofisticada.. Ed. 1975. PIAGET. Maria F. a criança trabalha com a lógica da idéia (metáfora) e não com a imagem de uma galinha comendo grãos. 3. Jean. Julio A. São Paulo : Casa do Psicólogo. Ensaios Construtivistas. Lauro de Oliveira. ago. 2ª Ed. "Teoria de Piaget". 1997. XI. Exemplos: Se lhe pedem para analisar um provérbio como "de grão em grão. Fixation of belief and concept aquisition. 20. Bärbel. FODOR. Rio de Janeiro : Zahar. PIAGET. P. Campos.ufrgs. Trends In Neuroscience. Network memory. B. Cambridge : Harvard Press. Inteligência e Afetividade da Criança. Lino. BIBLIOGRAFIA LIMA. Jean et allii. 1997a. 1996. Não disponível Nitzke. São Paulo : DIFEL. . 1982. Mary Ann Spencer. 451459. v. Los años postergados: la primera infancia. http://penta. 1996. J. n. Language and Learning : the debate between Chomsky and Piaget. 1980. Jean. as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.. 1994. Lopes. Jean. Vozes : Petrópolis. a.br/~marcia/piaget/ (20 de Outubro de 1997) PIAGET. Rio de Janeiro : Livros Técnicos e Científicos. MACEDO. "Estágios de Desenvolvimento". a galinha enche o papo".htm (20 de Outubro de 1997). n. São Paulo : Casa do Psicólogo. Lino de. A psicologia da criança. 1996. 1975. Josiane. In : PIAGET. M. Compreendendo Piaget. B. Maria F.. Biologia e Conhecimento. e Lima. Nova Escola. PIAGET.ufrgs. 95. 4. Ensaios Construtivistas.Em outras palavras. Julio A. p. PIAGET. M. WADSWORTH. Nitzke. P. J. jean e INHELDER. 1994.. . e Lima. M. In : PIATELLI-PALMARINI. PIAGET. 1997b. Barry. Jean Piaget. A equilibração das estruturas cognitivas. São Paulo : Enio Matheus Guazzelli. PULASKI. http://penta.br/~marcia/piaget/estagio. Paris : UNICEF. In: MACEDO. 1986. 10. Como se desarolla la mente del niño. FUSTER. Campos. Ed.
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