Espelho 01_OAB 2 Fase Trabalho_20113

March 26, 2018 | Author: Thadeu Moreira Hudson | Category: Annual Leave, Overtime, Temporary Work, Employment, Salary


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ESPELHO 01 – EXAME DA OAB 2011.2 PEÇA 01 Fábio trabalhava desde agosto de 2003 para a pessoa jurídica Zeta, exercendo a função de auxiliar administrativo, no cargo de supervisor de contas nível A. Em maio de 2008, atendendo a interesses da empresa, Fábio foi remanejado para o cargo de encarregado de recebimento de mercadorias, com a mesma remuneração. Na nova função, Fábio passou a supervisionar a carga e descarga de caminhões dos fornecedores da empresa Zeta. Na época, Fábio gostou da mudança, a qual lhe deu a oportunidade de aprender novas rotinas. É importante ressaltar que o cargo de supervisor de contas possui plano de carreira, para o qual o empregado sobe um nível a cada cinco anos de tempo de serviço na função, com acréscimo de 50% do valor total da remuneração do cargo anterior, enquanto o cargo de encarregado de recebimento de mercadorias não possui plano de carreira. Em janeiro de 2011, Fábio foi demitido sem justa causa, recebendo todos os seus direitos trabalhistas com base na remuneração de encarregado de recebimento de mercadorias, tendo sido o termo de rescisão devidamente homologado no respectivo sindicato da categoria. Considerando a situação hipotética apresentada, elabore, na condição de advogado de Fábio, a peça processual cabível, pleiteando o que julgar de direito. EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA... VARA DO TRABALHO DE... FÁBIO, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., Id..., CPF..., CTPS..., endereço..., vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado ao final firmado, com procuração anexa, propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em desfavor de ZETA, CNPJ..., endereço..., com fundamento nos artigos 839 e segs. da CLT, pelas razões de fato e de direito que passa a expor: Da Causa de Pedir O reclamante trabalhou para o reclamado no período de agosto de 2003 a janeiro de 2011, exercendo, inicialmente, a função de auxiliar administrativo, no cargo de supervisor de contas nível A. Ocorre, Excelência, que no mês de maio de 2008, atendendo a interesses da empresa, o reclamante foi remanejado para o cargo de encarregado de recebimento de mercadorias, passando a supervisionar a carga e descarga de caminhões dos fornecedores da empresa reclamada, sendo importante destacar, douto magistrado, que o cargo anterior (supervisor de contas) possui plano de carreira, para o qual o empregado sobe um nível a cada cinco anos de tempo de serviço na função, com acréscimo de 50% do valor total da remuneração do cargo anterior, enquanto que o cargo de encarregado de recebimento de mercadorias não possui plano de carreira. Ora, Excelência, a alteração do contrato de trabalho, pertinente ao remanejamento de cargos, é nula de pleno direito, porquanto causou prejuízos ao reclamante, o qual, uma vez remanejado, deixou de receber o acréscimo salarial previsto no plano de carreira. O artigo 468 da CLT ratifica a tese autoral, espelhando o princípio da inalterabilidade contratual lesiva ao obreiro, consagrando que as alterações contratuais só serão lícitas se não causarem prejuízo ao trabalhador, parte notoriamente hipossuficiente na relação empregatícia. O prejuízo também alcançou as verbas rescisórias, visto que o reclamante, quando demitido sem justa causa, recebeu os seus direitos com base na remuneração de encarregado de recebimento de mercadorias, sem o acréscimo, portanto. Destarte, o reclamante, diante da nulidade da alteração, faz jus ao reenquadramento no anterior cargo (supervisor de contas nível A) e, naturalmente, às diferenças salariais do período de agosto de 2008 a janeiro de 2011, com repercussão sobre o aviso prévio, férias + 1/3, 13º salários e FGTS + 40%, além da diferença das verbas rescisórias, as quais foram pagas a menor, atraindo, com isso, a aplicação da multa do artigo 477, § 8º, da CLT. Do Pedido Pelo exposto, vem requerer a nulidade da alteração contratual, para que o reclamante seja reenquadrado no cargo de supervisor de contas nível A, sendo o reclamado condenado nas verbas abaixo discriminadas, acrescidas de juros e correção monetária: a) b) c) d) e) Diferenças salariais com repercussão sobre o aviso prévio, férias + 1/3, 13º salários, FGTS + 40%; Diferença das verbas rescisórias; Multa do artigo 477, § 8º, da CLT; Multa do artigo 467 CLT; Honorários advocatícios à razão de 20%. Requer, por fim, a citação do reclamado, para que este venha, sob as penas da lei, responder a presente reclamação trabalhista, e, ao final, sejam julgados procedentes os pedidos, protestando provar o alegado por todos os meios em direito admitidos. Dá-se à causa o valor de R$ 30.000,00. Pede deferimento. Município..., data... Advogado..., OAB... 1 à presença de Vossa Excelência.. firme em sua decisão de ingressar com reclamação trabalhista. 13º salário proporcional.. cuja pretensão é de competência da Justiça do Trabalho.. com procuração anexa. X. na condição de advogado de Alberto. um advogado.. o segundo reclamado tem responsabilidade subsidiária por todas as verbas decorrentes da condenação. a ponto de o deixarem. o reclamante passou a ser alvo de desprezo por parte de seus superiores. Alberto. indubitavelmente. consagra o direito à reparação – art. incluindo o aviso prévio indenizado – inteligência do artigo 487. propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA em desfavor de Empresa de Prestação de Serviços de Informática. nas verbas abaixo discriminadas. comparecia diariamente ao trabalho. da CLT. naturalmente... Ocorre que. Em face do relato hipotético acima. VARA DO TRABALHO DE. 5º... quando Alberto não mais suportou e procurou seu advogado para que fossem adotadas as medidas legais cabíveis.. já que sempre cumprira suas funções com o mesmo ânimo que o colega beneficiado.. para trabalhar em favor do segundo reclamado. Após o encerramento da reunião. por seu advogado ao final firmado. CNPJ.. A proteção à honra consiste no direito de não ser ofendido ou lesado na sua dignidade ou consideração social. Antes mesmo de ingressar em juízo. Saldo de salário.. que começaram a ignorá-lo e reduzir substancialmente suas atribuições. subsidiariamente. endereço. e. exatamente por se sentir discriminado. surge o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. na função de técnico... convocou o reclamante para uma reunião. pleitear a rescisão indireta do contrato de trabalho.. Alberto confirmou seu propósito e alegou que se sentia preterido e injustiçado. Essa situação permaneceu inalterada por mais de um mês. redija. o qual... 483. estado civil. Reconhecida a rescisão indireta.. durante todo o período em que sofreu o assédio moral. realizada na presença de outros empregados. o fato chegou ao conhecimento do primeiro reclamado. com fundamento nos artigos 839 e segs.. da CLT e no pagamento de uma indenização por dano moral. do segundo reclamado.. Excelência. além de seus reflexos. mesmo sendo totalmente ignorado. intencionalmente.. o que fez logo na semana seguinte. com a condenação do primeiro reclamado.. Id. vem requerer a rescisão indireta do contrato de trabalho. O reclamante. “d” e “e”. VI da Lei Maior e a Súmula 392 do TST. 2 . para trabalhar em favor de um grande banco privado. verificou que seu salário não recebeu o mesmo reajuste concedido a um colega admitido na mesma data. em típica relação terceirizada. Depois de dois anos. nacionalidade. que o convocou para uma reunião... realizada na presença de outros empregados. quando o reclamante não mais suportou a humilhação. Nesse período. A Constituição Federal. O arbitrário ato patronal afrontou. diante da discriminação. no pagamento das verbas rescisórias. ilustre magistrado. comparecia diariamente ao trabalho.. por conta disso. ao verificar que seu salário não recebera o mesmo reajuste concedido a um colega admitido na mesma data. por conta disso.. endereço. CPF. o que passou a chamar a atenção de todos. Liberação das guias do seguro-desemprego ou indenização – Súmula 389 do TST. mesmo antes de ingressar na Justiça do Trabalho. Férias proporcionais + 1/3. EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA. à luz dos artigos 186 e 927 do Código Civil. pleiteando diferenças salariais e reflexos. e Banco Privado. com o escopo de cobrar as diferenças salariais e reflexos. § 4º. CNPJ... profissão. a ponto de o deixarem sem qualquer atividade durante mais de dois meses. depois de dois anos de contrato. à luz da Súmula 331. a intenção de Alberto chegou ao conhecimento do empregador. como preceitua o artigo 114. endereço. permanecendo inalterada por mais de um mês. “b”. a honra do reclamante... Depois disso.. decorrerá. CTPS. pelas razões de fato e de direito que passa a expor: Da Causa de Pedir O reclamante foi contratado pelo primeiro reclamado. sem executar qualquer tarefa. os quais começaram a ignorá-lo. vem. reduzindo substancialmente suas atribuições. O reclamante. Do Pedido Pelo exposto. pois a situação vexatória passou a chamar a atenção de todos. Alberto. o reclamante propôs reclamação trabalhista. douto julgador. sem qualquer atividade durante mais de dois meses. na função de técnico. ali permanecendo sem executar nenhuma tarefa. subsidiariamente. Uma semana depois da reunião. passou a ser alvo de desprezo por parte de seus superiores. tendo confirmado seu propósito. mui respeitosamente. do segundo reclamado. Sendo assim. procurando. a peça correspondente. da CLT. e. Ao ser inquirido acerca de sua intenção de processar a empresa. com fulcro no art.... Vem.. a condenação do primeiro reclamado. Liberação do FGTS + 40% ou indenização substitutiva. Caso ocorra tal lesão. acrescidas de juros e correção monetária: a) b) c) d) e) f) Aviso prévio indenizado..PEÇA 02 Alberto foi contratado por uma empresa de prestação de serviços de informática. procurou um advogado para dar início a ação na justiça do trabalho com o objetivo de cobrar as diferenças salariais resultantes da aplicação do índice de reajuste concedido ao colega. preterido e injustiçado. quando o reclamante foi inquirido acerca de sua intenção de processar a empresa. IV e VI. do TST.. a reclamante. por indisciplina e insubordinação... na qualidade de advogado constituído por Maria.. endereço... erroneamente. X. a diretoria da empresa Delta Indústria Farmacêutica Ltda.. responder a presente reclamação trabalhista. Ora. A reclamante também requer. CPF.. mui respeitosamente. foi surpreendida com a arbitrária ordem patronal de realização de revista íntima. constituindo medida afrontosa. determinou a realização de revista íntima diária em todos os empregados. responsável pela revista íntima das mulheres. VI. OAB. por todo o constrangimento infligido pelo reclamado. a todas as verbas rescisórias pertinentes à despedida arbitrária.. por seu advogado ao final firmado.. à luz das normas dos artigos 186 e 927 do CC. Destarte.. vem.. § 8º.. acrescidas de juros e correção monetária: a) b) c) d) e) f) g) h) i) Aviso prévio indenizado. Honorários advocatícios à razão de 20%. que era. tampouco. PEÇA 03 Sob a alegação de que os empregados estariam subtraindo produtos farmacêuticos de uma de suas fábricas. A reclamante. afrontando a honra da reclamante. da CLT e 5º. responsável.. Pede deferimento. enquadrada. recusou-se a despir-se diante da supervisora do setor.. com fundamento nos artigos 840 e segs. não encontrando suporte legal. na forma do artigo 114.. Do Pedido Pelo exposto. Maria.. in casu. em valor a ser arbitrado por Vossa Excelência. da ira do reclamado. Requer a citação dos reclamados. vem requerer a nulidade da demissão por justa causa e sua conversão em demissão sem justa causa. 3 . destacando que a competência é da Justiça do Trabalho. recusou-se a despir-se diante da supervisora do setor... propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. o procedimento de revista íntima encontraria suporte no poder diretivo e fiscalizador da empresa.. inclusive das mulheres. sendo injustamente demitida. A revista íntima é um procedimento vedado pelo ordenamento jurídico pátrio. profissão. à presença de Vossa Excelência. nada mais falacioso! O poder diretivo patronal.. sendo o reclamado condenado nas verbas abaixo discriminadas.. Advogado. ao final. Dá-se à causa o valor de R$ 50. CTPS. extrapolou os limites do seu poder diretivo. estado civil.. encontra limites na dignidade da pessoa humana.000.. em valor a ser arbitrado por Vossa Excelência.. sejam julgados procedentes os pedidos. Segundo argumentou a empresa.. sob o inaceitável fundamento de que a demissão serviria para “evitar movimento generalizado dos trabalhadores contra deliberação patronal”. data. da CLT. naquele momento. sob o pífio argumento de que “os empregados estariam subtraindo produtos farmacêuticos de uma de suas fábricas”.. como espécie de “medida educativa”. Multa do artigo 467 da CLT e multa do artigo 477. passível de reparação. Município. Férias proporcionais + 1/3. eminente magistrado.. no poder diretivo e fiscalizador da empresa.. com procuração anexa. demitir Maria por justa causa. endereço. em face da conversão em demissão sem justa causa. da CLT. da CLT. passando a ser alvo. pela revista íntima das mulheres. Visando a não favorecer movimento generalizado dos trabalhadores contra deliberação patronal. Honorários advocatícios à razão de 20%. nacionalidade.. como medida educativa. Liberação do FGTS + 40% ou indenização substitutiva. da CF. douto magistrado. MARIA. sob as penas da lei. VI. à luz do que rezam os artigos 373-A.. faz jus. além de constituir medida eficaz contra o desvio de medicamentos para consumo sem o devido controle sanitário.. VARA DO TRABALHO DE. por este motivo... protestando provar o alegado por todos os meios em direito admitidos. Saldo de salário. assim como à aplicação da multa do artigo 477.. inaceitável... Indenização pelo dano moral..00. O reclamado. uma indenização por dano moral. arguindo ato de indisciplina e de insubordinação. Fundamente a peça processual com toda argumentação que entenda cabível. Considerando a situação hipotética apresentada..g) h) i) Multa do artigo 467 da CLT. Liberação das guias do seguro-desemprego ou indenização – Súmula 389 do TST. CNPJ. empregada na empresa há cinco anos. e. 13º salário proporcional. a empresa resolveu. da CF e Súmula 392 do TST. diante da nulidade da demissão por justa causa. § 8. naquele momento.. arbitrária.. para que os mesmos venham. pelas razões de fato e de direito que passa a expor: Da Causa de Pedir A reclamante. empregada da empresa reclamada há cinco anos. capaz de reparar a injustificável humilhação a que foi submetida. redija a medida judicial mais apropriada para defender os interesses de sua cliente. Indenização pelo dano moral. Id.. em desfavor de DELTA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA LTDA.. EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA. Em 12 de dezembro de 2005. à luz da Súmula 261 do TST. com base na legislação aplicável e no entendimento do Tribunal Superior do Trabalho.. a estabilidade inicia-se na concepção. do TST. Neste sentido a Súmula 369. 2 – José foi contratado pela empresa Bola Sete Ltda. 265 do Código Civil. José pediu demissão da empresa alegando ter recebido de outra empresa uma proposta de trabalho mais vantajosa. não há que se pensar em estabilidade provisória da gestante. em 04 de maio de 2007. pois a mera insuficiência ou deficiência de transporte público não enseja o pagamento de horas "in itinere". Ana foi contratada para trabalhar para Beta. Na qualidade de advogado do departamento jurídico dessa empresa. pois já se encontrava grávida na época da rescisão contratual. só incidindo quando expressamente prevista em lei ou no contrato”. OAB. abarcando o período desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. a citação do reclamado. especificamente na OJ 191 da SDI-1. juridicamente. b) se o dono da obra estiver atuando como incorporador. Este é o entendimento consagrado pela jurisprudência trabalhista – Súmula 244. No dia 04 de outubro de 2007. em contratos de experiência. Nessa situação especifica. parágrafo 3º da CLT? Fundamente. Ana também teria direito à estabilidade? O fato de o empregador desconhecer o estado gravídico de Ana afasta o direito da gestante ao recebimento da indenização em virtude da estabilidade provisória? Durante que período é devido o direito à reintegração ao emprego? R – A estabilidade provisória da gestante é uma garantia prevista na Constituição Federal. V. à luz do art. responda. É o que reza a Súmula 244.. QUESTÕES 1 – Com base no Direito do Trabalho. sob o argumento de que a “solidariedade não se presume. Considerando que José não completou 1 ano de trabalho na empresa. Ana foi demitida sem justa causa por Beta. I.. sob as penas da lei. Advogado..Requer. o dono da obra não responderá pela dívida trabalhista decorrente da relação mantida entre o empreiteiro e seus empregados. sendo que parcela da jurisprudência fixa a responsabilidade subsidiária. segundo entendimento uniforme da jurisprudência trabalhista. porquanto a mesma base jurisprudencial prevê duas exceções. Ana tem direito à reintegração ao emprego. responder a presente reclamação trabalhista. Pede deferimento. b. 4 – Pedro estava cumprindo o período referente ao aviso prévio quando registrou sua candidatura a cargo de dirigente sindical. à luz da Súmula 90. quando estiver construindo para alugar ou vender. do TST. não lhe assegura a estabilidade. ou seja. por fim. atraindo. Dá-se à causa o valor de R$ 30. II. III. Nesses dois casos. quais sejam: a) quando o dono da obra também tiver natureza de empresa de construção civil . destarte. respondendo. de forma fundamentada. II. do TST. da CLT não deve ser aplicada a Pedro. foi emitido atestado médico informando que Ana estava aproximadamente com seis semanas de gravidez. mas mero deságüe do que foi pactuado – “pacta sunt servanda”. parágrafo 3º. Assim sendo. A reintegração só será possível se a decisão for prolatada durante o período de estabilidade. caso contrário a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao referido período. se a empresa deveria aceitar o pleito dos empregados.. não há qualquer relevância quanto ao fato de o empregador ter ou não conhecimento do estado gravídico da empregada. Para fins de aquisição da estabilidade. aos seguintes questionamentos: Se o contrato fosse de experiência. protestando provar o alegado por todos os meios em direito admitidos. deveria ser aplicada a Pedro a regra da estabilidade prevista no art. a sua resposta. III. como verdadeiro empreiteiro principal. responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro . do TST. duas situações em que o dono da obra poderá ser responsabilizado. necessariamente.000. recebendo todas as suas verbas rescisórias e tendo seu contrato de trabalho devidamente homologado pelo sindicato representativo.. vislumbrando fins lucrativos.. ainda que indenizado..00. De fato a empresa está localizada em sítio de difícil acesso e o transporte oferecido pelo poder público é deficitário. para que o mesmo venha. R – A empresa não deve aceitar o pleito dos empregados.. A regra não é absoluta. vale destacar que. e. Neste sentido a Súmula 244.. na rescisão contratual. desenvolva um texto dissertativo acerca de estabilidade provisória da gestante. O entendimento encontra-se alicerçado em jurisprudência uniforme do TST. inclusive. ele deve receber na rescisão do contrato de trabalho algum valor a título de férias? Justifique sua resposta. pois a extinção da relação empregatícia não constitui dispensa arbitrária. a incidência do artigo 455 da CLT. No dia 3 de janeiro de 2006. férias proporcionais acrescidas do terço constitucional. sejam julgados procedentes os pedidos. do TST. ao final. Município. pois o empregado que se demite antes de complementar 12 (doze) meses de serviço tem direito a férias proporcionais. pois. na função de auxiliar de serviços gerais. o registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o períod o de aviso prévio. R – A regra da estabilidade prevista no artigo 543. se há responsabilidade do dono da obra em relação às obrigações trabalhistas do empreiteiro no contexto do contrato de empreitada. pleiteiam a incorporação. ou seja. com suas repercussões financeiras. 5 – Os empregados de uma empresa. ou seja. do tempo despendido no trajeto até a empresa. 543. o contrato de empreitada entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja. Considerando a situação hipotética apresentada. reclamando que o transporte público para o local da prestação de serviços é deficiente. especificamente no artigo 10. 4 . por prazo indeterminado. o dono da obra responderá pelas verbas trabalhistas inadimplidas pelo empreiteiro. do ADCT. R – Diante da inexistência de previsão legal. 3 – Em 10 de agosto de 2003. enquant o que uma segunda corrente defende a responsabilização solidária do dono da obra. figurando. R – José deve receber. responda. no cargo de analista de sistema. data. de forma fundamentada. Por fim. ou seja. em regra. Ao ser despedido sem justa causa. ou seja. Foi demitido em dezembro de 2007. à luz do artigo 659. porquanto trabalhava exposto a inflamáveis e explosivos.A. indaga-se: O obreiro deve ser enquadrado como bancário? São-lhe devidas as pleiteadas horas extras e as parcelas referentes às normas coletivas dos bancários? Fundamente sua resposta. a condições de risco. Na qualidade de advogado contratado por Antônio. o que afasta o direito a horas extras a partir da sexta diária. não fazendo jus à incidência do artigo 224 da CLT. A atividade de João não é especializada e no município para onde será transferido não há deficiência de mão-de-obra para executar tal função. próximo ao abastecimento dos aviões. não poderá ser impedido do exercício de suas funções. empregado da empresa XYZ Indústria e Comércio S. Neste sentido vem se posicionando a jurisprudência. próximo ao abastecimento dos aviões. portanto. já que as garantias do dirigente sindical visam proteger toda a coletividade profissional. da CLT c/c artigos 273 e 461 do CPC. Há no contrato. nos três anos em que não houve depósito fundiário. nos termos da Súmula 364 do TST. porquanto a empresa empregadora não depositara os 40% devidos sobre o FGTS. mormente por inexistir. naquele lapso. para trabalhar como vigilante. cláusula prevendo a possibilidade de transferência do empregado para localidade diversa daquela em que ele for celebrado. Com base nesses dados. deve propor. Acreditando ter sido despedido injustamente. atrai a incidência do adicional de periculosidade. 5 . O entendimento encontra-se insculpido em sólida jurisprudência – Súmula 269 do TST. da CLT. de modo imediato e urgente. proíbe o exercício de qualquer outra atividade. responda de forma fundamentada se ele possui algum adicional. porquanto. subordinação jurídica entre Antonio e a empresa. Seu empregador. Neste sentido a Súmula 257 TST.A. caput e § 1º.. independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Após o término da relação de emprego. sofria riscos bastante consideráveis a saúde. porquanto. a qual Antônio estava submetido. já que eleito por decisão de assembléia. à razão de 30%. nos termos do artigo 193. é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada. unilateralmente. à luz do referido artigo. Argumenta que estava exposto a agentes nocivos a sua saúde. na medida em que.Em dezembro de 2003. prevalecendo o interesse da categoria. nos horários de folga presta serviços de segurança para a empresa Irmãos Gêmeos Ltda. Luís foi contratado como motorista pela Administração Aeroportuária para conduzir ônibus com passageiros e tripulação. a concessão de liminar. reclamação trabalhista com pedido de antecipação de tutela. prevista no artigo 543 da CLT. Policial militar. in casu. Nélson ajuizou reclamação trabalhista postulando seu enquadramento como bancário e. Irrelevante. questionar judicialmente a ordem de transferência. R – Luís faz jus ao adicional de periculosidade. pergunta-se: a) É lícita a transferência determinada pelo empregador? b) Caso João pretenda. qual a medida processual cabível? R – A transferência de João não é lícita. uma vez preenchidos os requisitos do art. De fato. Na qualidade de dirigente sindical. o contrato estava suspenso. O fato de laborar aguardando embarque dos passageiros. indubitavelmente. comprovou-se que não houve nenhum recolhimento de valores à conta do FGTS de Antônio Camargo no período em que este exerceu o cargo de diretor. cargo administrativo de diretor comercial nessa empresa. o tempo de serviço do referido período. visto que o Estatuto da Corporação Militar. porquanto. 224 da CLT. promoveu reclamação trabalhista pleiteando valores que supostamente lhe seriam de direito. nem tampouco transferido para lugar que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho das suas atribuições . fundamente a atitude da empresa. questionar judicialmente a ordem de transferência. do terminal do aeroporto até os aviões. Caso João pretenda. requerendo. após 10 anos de trabalho para essa empresa. nos últimos três anos. exercia. sem qualquer subordinação jurídica. 8 – O banco Cidade contratou Nélson. entendeu que o cálculo de sua indenização compensatória era inferior ao devido. porquanto o vigilante contratado diretamente por banco não é bancário. bem como o pagamento de parcelas previstas em normas coletivas dos bancários. como dirigente sindical. R – A empresa agiu corretamente. aguardando embarque dos passageiros. 10 . IX. R – Nélson não deve ser enquadrado como bancário. consecutivamente. diretamente. durante o período em que Antônio Camargo ocupou cargo administrativo de diretor comercial. consideráveis riscos. Com relação à situação hipotética. a existência de cláusula contratual prevendo a possibilidade de transferência. na Justiça do Trabalho. não se computando. mesmo que intermitente. 3º da CLT. na qualidade de advogado contratado por Luis para ingressar com a reclamação trabalhista. relativamente ao período em que exerceu o cargo de direção na XYZ Indústria e Comércio S. ou seja. apresente a fundamentação adequada para afastar a argumentação de nulidade do contrato de trabalho do Policial militar na referida empresa de segurança. assim como fulmina qualquer possibilidade de aplicação das normas coletivas dos bancários. possui a garantia da inamovibilidade. indicando sua espécie e percentual correspondente. Diante desses fatos. o recebimento de horas extras conforme o art. a vedação prevista no Estatuto da Corporação Militar não é capaz de impedir o reconhecimento do vínculo empregatício. acarretava. de modo imediato e urgente. determina sua transferência para município fora da base territorial do sindicato profissional.6 – Antonio. 7 – João é servente da construção civil e dirigente sindical dos trabalhadores da referida categoria. A empresa argüiu que o contrato de trabalho seria nulo. Considerando a situação hipotética. 9 – Antônio Camargo. como se observa da Súmula 386 do TST. pois a exposição. R – A argumentação da empresa reclamada é frágil. n. MARINA JOSÉ DA SILVA. teve seu contrato de trabalho rescindido no dia 10 de dezembro de 2009. Faz jus... indica a presença insofismável da verossimilhança (ou “fumaça do bom direito” ou “fumus boni iuris”). além da multa prevista no artigo 477. a condenação do reclamado em horas extras. Dá-se à causa o valor de R$ 30. VARA DO TRABALHO DE. CPF. a peça processual correspondente. sejam julgados procedentes os pedidos... na confirmação da gravidez.. acrescidas do adicional de 50%. Advogado.. da CLT.. CTPS. responder a presente reclamação trabalhista. redija. Pede deferimento. recebendo os salários e demais verbas trabalhistas do período de injustificado afastamento. o pagamento dos salários e demais verbas trabalhistas pertinentes ao período entre a dispensa injusta e o término da estabilidade. Inobstante estar no segundo mês de gestação. Caso Vossa Excelência entenda desaconselhável a reintegração.. pelas razões de fato e de direito que passa a expor: Da Causa de Pedir A reclamante foi contratada pelo reclamado em 12 de março de 1998. Seu último salário foi de R$ 700. como bem define a Súmula 244. casada. Ora. ante o pedido de antecipação de tutela. EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA. estabelecida nesta Cidade.000. 20 horas extras por mês. Centro.. à luz do artigo 10. residente na Avenida Acre n. além de honorários advocatícios à razão de 20%. com repercussão nas demais verbas trabalhistas. Fazia habitualmente 20 horas extras por mês. Município.. para fins de aquisição da referida garantia de emprego. CNPJ. Do Pedido Pelo exposto. Caso Vossa Excelência entenda desaconselhável a reintegração. XIII e XVI. protestando provar o alegado por todos os meios em direito admitidos. na Rua Libero Badaró. à luz do artigo 7º. A inequívoca gravidez da reclamante. ao final. foi admitida como empregada das Casas Ramos Ltda. vem.. 1530.. cuja concepção se deu na vigência do contrato de trabalho. em 12 de março de 1998.00 por mês.. Em face do relato hipotético acima. Diante disso. Centro. estendendo-se até cinco meses após o parto. para que a reclamante seja imediatamente reintegrada ao emprego. ao pagamento das horas extras. vem requerer a reintegração ao emprego. Vem requerer. por seu advogado ao final firmado. dezoito dias depois da dispensa.. aplicando. a reclamante faz jus à reintegração ao emprego. § 8º. sem.. no FGTS + 40% e no repouso semanal remunerado. b. sob as penas da lei. contudo.. mediante a concessão de liminar inaudita altera pars. Excelência. n.. já que a reclamante encontra -se desempregada. com salário mensal de R$ 700. mediante a concessão de medida liminar inaudita altera pars. com procuração anexa. 6 . com carga horária semanal de 44 horas. na condição de advogado legalmente constituído de Marina. 30. realizava. brasileira. eminente magistrado. Presente também o risco de dano irreparável (ou “perigo da demora” ou “periculum in mora”). cumprindo destacar que as verbas rescisórias foram pagas intempestivamente. da CLT. quando já se encontrava no segundo mês de gestação. ante a intempestividade na quitação das verbas rescisórias.. mui respeitosamente. Assim sendo. Id. ainda. para que o mesmo venha.. pagas fora do prazo previsto no § 6º do mencionado artigo. acrescidas do adicional de 50%. propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. brasileira. Centro. 30. do TST.. desamparada de qualquer proteção trabalhista e previdenciária. § 8º. portanto. nesta Capital. sucessivamente. com fundamento nos artigos 839 e segs.00. do ADCT. secretária.. Requer a citação do reclamado. com repercussão no aviso prévio. requer. casada.. da CLT. Centro.. ocupando o cargo de secretária.. OAB. na Rua Libero Badaró. sem.. nos termos do artigo 496 da CLT e Súmula 396 do TST. nesta Capital. requer a antecipação de tutela. Irrelevante. adquirida. residente na Avenida Acre n. receber a contraprestação pecuniária correspondente.. requer. no 13º salário. receber a contraprestação pecuniária correspondente. II.. douto julgador. à presença de Vossa Excelência. a condenação do reclamado a pagar os salários e demais verbas pertinentes ao período entre a dispensa e o final da estabilidade.RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (MODELO) ___________________________________________________________________________________________________________ __ Marina José da Silva. na forma dos artigos 273 e 461 do CPC. A reclamante. a multa prevista no artigo 477. a dispensa contraria a estabilidade provisória da gestante.00. Depois de dezoito dias da dispensa. assim. 1530. nas férias + 1/3. data. da Constituição Federal. o fato de o empregador ter ou não conhecimento do estado gravídico da obreira. e. recebeu as verbas rescisórias. I. habitualmente. no cargo de secretária. estabelecida nesta Cidade. tendo sido dispensada injustamente no dia 10 de dezembro de 2009. sucessivamente.. contudo. em desfavor de CASAS RAMOS LTDA.
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