ESGOTAMENTO ESPIRITUAL - RESUMO ANALÍTICO COMENTADO

March 27, 2018 | Author: Paulo Afonso Ribeiro Costa | Category: Faith, Jesus, Love, God, Sin


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ESGOTAMENTO ESPIRITUAL – Quando Fazer Todo O Possível Não É SuficienteSMITH, Malcolm. Esgotamento Espiritual: Quando fazer todo o possível não é suficiente. Editora Vida, São Paulo, 1991, 207 páginas. “O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados. Nos lábios do entendido se acha a sabedoria, mas a vara é para as costas do falto de entendimento. Os sábios entesouram a sabedoria; mas a boca do tolo o aproxima da ruína. Os bens do rico são a sua cidade forte, a pobreza dos pobres a sua ruína. A obra do justo conduz à vida, o fruto do perverso, ao pecado. O caminho para a vida é daquele que guarda a instrução, mas o que deixa a repreensão comete erro. O que encobre o ódio tem lábios falsos, e o que divulga má fama é um insensato. Na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio.” (Provérbios 10.12-19) SINOPSE Viver mediante regras e ritos não é ser cristão; é ser religioso. O Cristianismo não é uma religião que dependa de fórmulas para obter o favor divino, mas é, antes, um relacionamento dinâmico com Deus mediante Jesus Cristo. O Cristão esgotado espiritualmente deve reagir com renovado frescor ao amor, à misericórdia e à graça de Deus, e viver cheio de paz e de alegria. “Alguns Ministérios”, diz Malcolm, “foram convocados para colher o trigo numa obra evangelística. Eu fui chamado para pegar esse trigo e transformá-lo em pão que alimente o mundo”. CREDENCIAIS DOS AUTORES: MALCOLM SMITH é um Ministro do Evangelho que aos quinze anos de idade, na Inglaterra, aceitou a Jesus como seu Senhor e Salvador. De imediato se dedicou a trabalhar com todas as forças para Deus... apenas para descobrir que tudo o de que necessitava era deixar que Deus operasse por meio dele. Depois de estudar em um instituto bíblico, Malcolm pregou nas ilhas britânicas e a seguir pastoreou uma Igreja em Nova York. Foi nesta última função que ele experimentou profundo desânimo, queimou-se espiritualmente, e renunciou ao pastorado. Mais tarde Deus lhe falou ao coração e lhe deu um ministério de alcance mundial. ÍNDICE 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. Evidências de Esgotamento Espiritual O Caldo Mortífero do Legalismo Novo Tipo de Amor Escravos ou Filhos? Falsos Pastores A vida “zoe” Como Viver a Vida de Cristo Verdadeira Fé O Descanso da Fé Como vencer a Tentação Um Caso Clássico de Esgotamento Espiritual Fé – a Alegria do Senhor Fé – a Paz do Senhor Como Viver no Espírito Esgotamento Espiritual Repentino Uma Solução para o Esgotamento Espiritual O Problema da Falta de Perdão Fé para Perdoar O Ministério do Perdão Referência Bibliográficas RESUMO ANALÍTICO COMENTADO NO CAPÍTULO 1, intitulado EVIDÊNCIAS DE ESGOTAMENTO ESPIRITUAL, o autor, já recuperado do Esgotamento Espiritual pelo qual passara e retornando às suas atividades normais do ministério pastoral e de evangelização, tem contatos com antigos amigos de ministério pastoral e ex-missionários, companheiros das suas épocas de missionário, e é surpreendido pelos seus relatos rancorosos decorrentes do processo de esgotamento nos quais se encontram. Homens, outrora íntegros, agora cheios de ódio, vícios, ressentimentos, amargura, angústia, rebeldia, e etc. Usando da experiência pela qual passara, tenta, sem sucesso – pelo menos não há registro de que tenha obtido êxito, digamos imediato – trazê-los de volta ao amor de Deus. Conclui este primeiro capítulo com o seguinte relato: “Muitos crentes são como essa rã... algo lhes suga toda a vida, arrebata-lhes toda a vitalidade. Eles se tornam espiritualmente exaustos, seus pensamentos agora são cínicos e negativos. Ei-los amargurados, ressentidos, como se Deus estivesse longe demais. Queimaram-se espiritualmente.” NO CAPÍTULO 2: Intitulado O CALDO MORTÍFERO DO LEGALISMO, o autor faz um relato sobre a vida do profeta Eliseu, desde quando este foi visitar alguns estudantes das Escrituras em Gilgal, e havia fome na terra Israel. Chegando a hora do jantar e, enquanto a panela fervia, um dos estudantes saiu à procura de alguns vegetais a fim de preparar um caldo. Visto não haver ali fazendas onde pudesse comprar provisões, o estudante pesquisou os pastos silvestres ao redor da comunidade. Ele encontrou o que acreditava ser pepinos. Na verdade, deveriam ser o que se denomina “colocíntidas”, que parecem pepinos comestíveis, porém são venenosos... Preparado o alimento, qual seja uma espécie de caldo... Todos viram na mesa a sopeira cheia de rodelas do que lhes pareceu ser pepino. Eliseu ensinava, a sopa borbulhava; nenhum aroma indicava que o caldo fosse venenoso. É claro que ninguém estava procurando indício indicativo de que algo estava errado... Só quando a comida já estava em suas bocas é que alguém descobriu o gosto de veneno, o sabor da morte. E essa pessoa grito: - Há morte na panela! A reação de Eliseu foi tomar um pouco de farinha e atirá-la no caldo. Miraculosamente, a sopa tornouse comestível, deixou de ser venenosa. Daí, por diante o autor passa a falar sobre a fome espiritual que estamos vivendo e do alimento que não se encontra disponível onde esperaríamos encontra-lo. Fala que os famintos espirituais saem à procura de quaisquer provisões, mantimentos, onde quer que os encontrem. E a narrativa envolve as igrejas com seus problemas atuais, que cada vez mais estão se distanciando do verdadeiro evangelho e oferecendo um VENENO MORTÍFERO que leva os “famintos”, sequiosos pela cura de seus problemas existenciais ao ESGOTAMENTO ESPIRITUAL. NO CAPÍTULO 3: Intitulado NOVO TIPO DE AMOR, é apresentado a revelação de Jesus sobre um novo tipo de amor com que a humanidade, a despeito de sua mais sublime imaginação, jamais poderia sonhar. As mais lúcidas mentes do mundo se haviam reunido e deliberado a respeito da natureza de Deus, ou dos deuses. Pensamentos mais sublimes que puderam conceber eram a extensão da mais elevada virtude que conheciam, como homens decaídos – Eros. O homem só pode saber como é Deus mediante a revelação que o Senhor fez de si mesmo em Jesus. Passa a falar sobre o amor ágape (Deus é amor) encontrado em 1 João 4.8. Ensina o que Jesus falou da maneira de ser de Deus, contida em Mateus 5.44,45 e em Lucas 6.35. Posteriormente o autor se direciona para a vida do profeta Oséias – um modelo exemplar de amor ágape e da vida abençoada desse profeta, através do qual, Deus realizou muitos milagres. A começar, pela transformação da vida de Oséias, que por ordem de Deus casara-se com uma mulher de prostituição, que o traia publicamente, envergonhando o profeta, mas Deus o ordenou e ele obedeceu: arrematou-a num leilão público aquela prostituta “sucateada”. Mesmo profundamente chorando profundamente tanto pela ferida..., como pela solidão, vergonha, escândalo público, Deus lhe ordena que vá comprá-la e que a reconsidere como sua esposa e deu-lhe o seguinte recado: “Ame a mulher que o envergonhou e o desprezou, procure o maior bem dessa mulher, leve-a para casa, proteja-se e tome conta dela”. O que Deus passa para Oséias é que rejeite o Eros, pois o Eros rejeita aos que o ferem...; Ágape abraça seus inimigos e procura seu mais elevado bem. Diz Eros: “Eu te amo, porque preciso de ti!” Diz Ágape: Preciso de ti porque eu te amo!” 2 O autor conclui este capítulo com a parábola do Filho Pródigo, enfatizando a alegria do pai ao recebe de volta o filho perdido, sem deixar de observar a atitude e ou posicionamento do filho (irmão) mais velho que refutava aquele acolhimento caloroso do pai. A seguir faz seguinte narrativa (íntegra): “Nesta altura da história os fariseus deveriam ter demonstrado total ódio ao moço. Na opinião deles, um filho tão sem valor, que havia abandonado o povo da aliança, só prestava para o inferno. Se acontecesse que os fariseus tocassem em um homem cujas vestes estivessem sujas de estrume de porco, eles imediatamente sairiam para tomar banho e lavar as próprias roupas. Abraçar tal pessoa e apanhar um pouco daquela sujeira que ela portava era algo revoltante demais para exprimir-se em palavras... e beijar um tratador de porcos era a mesma coisa que beijar um sapo repulsivo!” Novamente na íntegra, finaliza: “Portanto, a tese defendida por Jesus era óbvia. Ele dizia que Deus não era, de forma alguma, como os fariseus imaginavam que fosse. Deus ama as piores pessoas, aquelas carregadas de problemas, que já não têm mais esperança. Deus não condena as pessoas pelos seus pecados, acusando-as sem piedade; em vez disso, ele abraça essas pessoas que ainda cheiram a porcos, ele as perdoa e as beija.” NO CAPÍTULO 4: Intitulado ESCRAVOS OU FILHOS? Malcolm enfatiza o ponto de vista que Jesus introduziu relativamente ao caráter do irmão mais velho a fim de mostrar, mediante o contraste vívido, a verdadeira natureza do sistema doutrinário farisaico. Vê-se que esse irmão não possuía o amor-Ágape presente em seu pai e, além disso, revelou-se totalmente ignorante de tal amor, e inimigo de qualquer manifestação nesse sentido. Faz uma descrição completa da natureza radical e preconceituosa do irmão mais velho, apresenta relatos bíblicos sobre a passagem; faz comparações com o sistema legalista farisaico praticado por várias igrejas nos tempos hodiernos; e faz severas críticas e advertências quantos as consequências advindas desse tipo de comportamento. Fala, outrossim, que ao longo da história, o Espírito de Deus tem-se manifestado continuamente entre os homens, e aberto seus olhos para que vejam o grandioso e incondicional amor revelado por Deus em Jesus Cristo. Comenta, mais adiante, que o único inimigo real do crente é a mentalidade de escravo, em constante luta para ganhar o favor de Deus. Alerta, que todas as bênçãos divinas nos pertence, desde que procuremos ganhá-las pela modificação de nosso comportamento. Recomenda examinarmos nossas ações para certificar-nos de que estamos sendo aceitos diante de Deus, para não cairmos nas garras do diabo; e que, sem a mínima esperança, nos tornemos presa fácil do acusador de nossos irmãos. Outro registro interessante de ser repassado é que: “Ao lermos o relato do Espírito Santo descendo no Pentecoste, esquecemo-nos de que aqueles primeiros crentes estavam arrolhados dentro da cultura religiosa em que nasceram. Haviam recebido o Espírito, mas suas mentes avaliavam o caminhar com Deus em santidade da maneira como tinham sido educados, e esta, até certo ponto, não passava de farisaísmo. Muitos fariseus chegaram a conhecer Jesus depois do Pentecoste. Entretanto, ao aceitarem a Jesus, não cessavam de viver segundo as ordenanças da lei. Presumiam que, pelo fato de conhecerem Cristo, o Senhor os ajudaria a cumprir todos os rituais e fórmulas da lei vetero-testamentária – bem como seus preceitos humanos denominados “cercas legalísticas”. Fala, outrossim, da forte tensão entre a igreja de Jerusalém, sob a liderança de Tiago, e o que estava ensinando, e o que Paulo estava pregando. Decidiu-se, portanto, marcar uma reunião em que o assunto fosse discutido abertamente, com a orientação do Espírito Santo. Nesse concilio (registrado no livro de Atos dos Apóstolos), o Espírito abriu os olhos dos crentes de Jerusalém, inclusive de Tiago, e todos viram que a graça e o amor de Deus estavam voltados a todas as pessoas... sem que precisassem merecê-los mediante a observância da lei de Moisés ou dos preceitos dos fariseus. O grupo de irmãos voltou a Antioquia, regozijando-se porque o Espírito prevalecera e salvara a Igreja da mentalidade de escravo, própria do IRMÃO MAIS VELHO. Finaliza este capítulo dizendo que: “Tal mensagem faz sentido para a carne. A liberdade em Cristo cede lugar à escravidão do farisaísmo. Sob o jugo dessa escravidão, a espontaneidade da vida em Cristo, que mora no crente, torna-se apenas memória, e desaparece a alegria no Senhor. Agora é apenas uma questão de tempo: a pessoa, quer esteja dentro, quer fora da igreja, queimar-se-á, ficará ESPIRITUALMENTE EXAUSTA. 3 NO CAPÍTULO 5 – FALSOS PASTORES, o autor relata que milhares de crentes queimados espiritualmente, cheios de confusão, deixaram a igreja porque um pastor sincero os alimentou, servindo-lhes da panela farisaica do legalismo. Jesus usou com frequência a imagem do pastor e das ovelhas a fim de descrever a razão porque veio à terra. Tal imagem não é originalmente de Cristo. Na verdade, é um quadro que Deus com frequência usava para descrever seu relacionamento com o povo da aliança. Jacó foi o primeiro a falar de Deus nesses termos (Gênesis 48.15; 49.24), e Davi imortalizou esse quadro no Salmo 23. Nos dias bíblicos o pastor significava muito mais do que hoje. Ele se entregava a seu rebanho; era totalmente responsável pela proteção e sustento das ovelhas. Sempre que o termo pastor era usado simbolicamente, descrevia líderes; tanto podia referir-se ao rei quanto aos líderes espirituais da nação. Todos esses eram vistos como responsáveis pelo cuidado, alimentação e orientação das pessoas em suas áreas específicas. Entretanto, a imagem do pastor desenvolveu-se na realidade entre os profetas. Muitos deles sentiram o pesado fardo de enfatizar que o povo da aliança de Deus havia sido desviado por falsos profetas. O autor então lança uma série de versículos bíblicos com o intuito de exemplificar ou responder a seguinte pergunta: “Que é que os pastores ensinaram ao povo que causou sua dispersão, e os deixou à mercê de todos os inimigos que procuravam sua morte?” Citaremos esses versículos para serem lidos como reflexão: Zacarias 10.2; e 11.15; Ezequiel 34.4-8; e 34.11-16. Como pastor divino da aliança, Jesus falou que tinha vindo com o propósito de ajuntar seu rebanho, curá-lo e dar-lhe repouso e segurança. Usou a linguagem de Ezequiel a fim de descrever sua missão (Ler Lucas 19.10). Jesus viu o povo como ovelhas feridas de que os profetas haviam falado (Ler Marcos 6.34 e Mateus 9.36). O autor destaca duas palavras neste texto que descrevem as condições das ovelhas. A palavra traduzida por “aflitas” é usada na língua grega para descrever pessoas que foram atacadas e roubadas, perdendo seus bens. Elas jazem agora amedrontadas, confusas, fracas demais para caminhar e sair da margem da estrada aonde foram atiradas e abandonadas. “Exaustas” – a segunda palavra – também tem sido usada para descrever pessoas que caíram e não têm condições de erguer-se. Jesus as via com os olhos de Pastor da aliança. Ele descreveu essas pessoas respeitáveis como ovelhas perdidas, aflitas, de que tinham roubado a verdade, ovelhas perseguidas, dispostas a desistir. Seus líderes espirituais distorceram a verdade da Palavra de Deus a tal ponto, que esta se lhes tornara fonte de morte e exaustão espiritual. Entretanto. O fato é que Jesus estava afirmando que tinha vindo para buscar os que viviam confusos e magoados pelas palavras daqueles que se diziam pastores. Os perdidos eram os que se sentavam todos os sábados na sinagoga, no esforço de tornarem-se bonzinhos a ponto de Deus os amar. Os perdidos eram também as pessoas que, embora quisessem aproximar-se de Deus, eram afastados pelos líderes espirituais. O autor fala que muitas pessoas nos Estados Unidos já estiveram numa escola dominical, e muitos têm frequentado escolas seculares pertencentes à igreja. No entanto, tais pessoas fugiram daquilo que ouviram! Por quê? Será que são pessoas que odeiam Deus? Não! Fugiram porque algum pastor, falando como represente de Deus, apresentou-lhes um evangelho corrompido pelo fermento dos fariseus. Esse pastor exigiu que mudassem seu comportamento a fim de conformar-se a um tipo de vida que – segundo promessa dele – lhes traria o favor de Deus. Posteriormente fala dos seus primeiros passos no ministério, quando ainda adolescente e aprendiz de missionário e dos pastores responsáveis pelos acampamentos que faziam reuniões e mais reuniões. Esses pastores responsáveis pelas sucessivas palestras ministradas, sob o patrocínio de igrejas, estavam preocupados com o estado espiritual de seus adolescentes. Observava-se que, quando as crianças chegavam à adolescência, ficavam desinteressadas quanto às coisas de Deus: alguns tinham-se até rebelado contra seus pais e contra a igreja. Depois faz um relato de todos os acontecimentos nesses acampamentos. Agora o autor, depois de recuperado da exaustão, reaproxima-se de novos missionários em formação e ainda continua a ouvir coisas inaceitáveis e comportamentos absurdos. Então toma a iniciativa de reeducar esses jovens. Comenta o autor, sobre os resultados positivos alcançados tomando como exemplo genérico, o caso de cristãos verdadeiramente dedicados, quais as suas ações e atitudes e principalmente a motivação dessa incrível transformação. 4 Finaliza este capítulo com a seguinte afirmativa quanto aos que não obtiveram a cura, ou seja, continuavam exaustos, ESGOTADOS ESPIRITUALMENTE: “Não, não eram rebeldes. Não fugiram de Jesus – nunca o encontraram. Fugiram CANSADOS E EXAURIDOS, DA RELIGIÃO QUE RETRATA UM DEUS MESQUINHO, IRADO, QUE SÓ AMA AS PESSOAS QUE A IGREJA CONSIDERA BOAS”. NOS CAPÍTULOS 6 – A VIDA “ZOE” e 7 – COMO VIVER A VIDA DE CRISTO, (Para facilitar a compreensão de todos, antes mesmo de continuarmos a transcorrer sobre a mensagem no autor no capítulo 6 – A VIDA “ZOE”, transcrevemos o que ele define como “zoe” ou vida “zoe”: “A definição final de zoe é “a vida de Jesus”; é a vida como Jesus viveu”). Neste capítulo 6, o autor inicia fazendo menção ao evangelho de João 10, “onde Jesus descreveu os falsos pastores como ladrões, assaltantes e assassinos. Na melhor das hipóteses, eram servos contratados que só trabalhavam mediante salário, empregados que não demonstravam qualquer interesse pelo bemestar do rebanho. Na pior das hipóteses, eram semelhantes a ladrões que assaltavam o rebanho, para roubarlhe tudo quanto o Pai lhes havia concedido graciosamente, em seu amor”. “Eram assassinos que traziam a morte espiritual com suas palavras. “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir... o mercenário... não tem cuidado com as ovelhas” (João 10.10,13)”. Na opinião do autor “Muitos têm sugerido que o ladrão é o diabo, mas o contexto não permite tal interpretação. O ladrão, nesta passagem, é a pessoa que está ensinando às ovelhas uma doutrina que destrói sua vida espiritual. No contexto de João 10, tratava-se dos fariseus”. Jesus nada tinha em comum com a religião, da mesma forma que um pastor nada tem em comum com o caçador desonesto. Ele não veio para dar-nos forças para cumprirmos os dez mandamentos (s.m. Os dez mandamentos da lei de Deus, dados, segundo a Bíblia, a Moisés no monte Sinai. P. ext. Princípios, norma), e tampouco deu-nos Cristo uma versão atualizada do decálogo no sermão do monte. Ele não nos ofereceu leis do tipo “cerca”. Na verdade, com palavras veementes, ele repudiou essas leis vigentes em seus dias. Ele mesmo as violou ostensivamente, e incentivou seus seguidores a fazerem o mesmo. Jesus opôs-se a todo e qualquer sistema que ensinava que a pessoa precisa antes mudar seu comportamento a fim de tornar-se aceitável diante de Deus. Ele não veio fundar nova religião. A igreja pela qual ele morreu e ressuscitou a fim de trazê-la à existência, de modo nenhum é uma religião. Ei-lo descrevendo a si próprio e à sua religião: “... eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá sua vida pelas ovelhas”. (João 10.10,11). Sentiremos a força daquilo que Jesus está dizendo aqui, ao compreendermos o significado da palavra que ele usa para vida. Na língua grega, essa palavra é zoe. Zoe se define como “vida no sentido absoluto, vida como Deus a tem, vida que o Pai possui em si mesmo, e que ele deu ao Filho encarnado, para que a tivesse nele mesmo...” (1) = A definição final de zoe é “a vida de Jesus”; é a vida como Jesus viveu. Zoe é a vida que se expressa na Palavra que, pronunciada, trouxe o mundo à existência, sendo o alicerce de todo o fôlego existente no universo. É a vida de Deus e, portanto, não se entende meramente como extensão de dias e atividades, mas como qualidade e intensidade de vida. ... Deus é amor... (Ágape) (1 João 4.16) e por isso, a vida de Deus, o modo de ele ser, é Ágape. A zoe de Deus veio habitar entre nós, em Jesus. Disse ele de si mesmo: “Eu sou a vida...” (zoe) (João 14.6). Quando João contemplou os anos que passara com Jesus, e ao olhar para trás, retrospectivamente, na vida terrena de Jesus, ele exclamou: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos próprios olhos, o que contemplamos com respeito ao Verbo da vida (zoe) – pois a vida (zoe) foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida (zoe) eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada”. (João 1.1,2). Ao ser criado originalmente, o homem partilhou a vida e a natureza de Deus: “Formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e soprou-lhes nas narinas o fôlego da vida...” (Gênesis 2.7). No meio deste jardim paradisíaco estava a Árvore da Vida, da qual o homem tinha permissão para comer. Contudo, na queda, Adão foi eliminado desta vida... “entenebrecidos no entendimento, separados da vida (zoe) de Deus...” (Efésios 4.18). Desse dia em diante, o homem é descrito como estando morto. É certo que ele está vivo em sua mente e corpo, e juntamente com toda a vida criada, é sustentado pela zoe. Deste ponto em diante, o autor passa a narrar o ministério de Jesus desde o início, e tornou-se patente que Jesus estava dizendo alguma coisa radicalmente diferente de tudo que se ouvira antes. Com várias narrativas e passagens bíblicas o autor discorre brilhante o ministério de Jesus. 5 A seguir volta a dirigir-se ao crente que se queima, com as seguintes palavras: “Quando um crente se queima, foram seus próprios recursos humanos que se exauriram. A zoe infinita de Deus jamais pode chegar à exaustão. Já que ele vive em cada um de nós, e é a vida de cada crente, a queima espiritual é causada pela incapacidade do crente de descansar no fluxo da vida, e de receber essa vida que ele emana continuamente”. E continua: “Quando um ramo se queima, as chamas se alimentam dos gases aprisionados no interior da madeira. Quando tais gases se exaurem, a madeira fica reduzida a cinzas, as chamas fenecem e morrem. Houve, porém, uma vez um arbusto que se queimava, mas não se consumia nas chamas. O arbusto ardia, mas as chamas não se alimentavam dos recursos dele; ele era apenas um veículo que continha e expressava o fogo”. “As chamas e a luz radiante que provinham do arbusto era a Vida não-criada, a zoe de Deus, que é luz. Quando a presença de Deus abandonou o arbusto, suas folhas permaneceram verdes e os galhos tão permeados de água, com sempre estiveram. Ele se queimara, mas seus recursos haviam sido poupados: não se queimaram.” E finaliza o capítulo 6 com a seguinte frase: “Viver a vida cristã não é viver mediante as próprias forças e recursos, mas mediante o Cristo infinito que vive dentro de quantos creem nele. Toda a força humana chegará ao fim, mais cedo ou mais tarde, deixando cada um de nós transformado em cinzas. Mas o poder de Cristo não tem fim!”. Adentrando agora no capítulo 7 intitulado COMO VIVER A VIDA DE CRISTO, reservamos algumas passagens comentadas pelo autor, a saber: Primeiramente o autor ouve o desabafo de um missionário e velho amigo seu, da época do seu ministério em Londres. Daremos alguns saltos para enxugarmos o texto, ponteando aqui e acolá os mais relevantes, como veremos: “Ouvi o que você disse hoje pela manhã no estudo bíblico, Malcolm. Eu sei que Cristo vive em nós, e sei que isso significa que o amor de Deus está em nós. Na verdade, suponho que todos os crentes sabem disso, mas deixamos esse fato de lado, achando que é uma ideia formidável e pronto. Você sabe como é que a gente faz!” – e ele riu-se. E continuou: “Posicionalmente, estamos em Cristo nos lugares celestiais, mas na realidade estou aqui em baixo arrastando-me na companhia de meus irmãos. De certo modo Deus nos vê perfeitos, embora eu saiba que sou muito imperfeito. Às vezes, acho que se Deus me conhecesse tão bem como eu o conheço, ele não diria que estou entronizado em alturas celestiais!” – e riu de novo, uma risadinha oca. “Vamos ser francos, Malcolm. Se a vida de Cristo está ativa dentro de nós, e se essa vida é amor, como é que sempre que tento ser semelhante a Jesus, me esborracho no chão? Vamos ser absolutamente francos. Há cinco casais de missionários aqui: dois dos Estados Unidos e três da Inglaterra. Aqui estamos nós enterrados no mato a 800 quilômetros de Monróvia, e o que você está enxergando à sua frente é o nosso mundo”. E mais: “As pessoas têm ciúmes umas das outras; elas brigam como cães e gatos, e só se falam em reuniões. As crianças chegam a brigar aos murros! Há mais ressentimentos e amarguras aqui do que nas horas disponíveis para eu lhe narrar tudo. E tenho tanta culpa como qualquer um deles”. Continua falando: “E há, além disso, os problemas entre eu e a minha esposa. Discutimos a respeito das discussões... você sabe, tomamos partido quanto à última briga lá fora. Eu já decidi que não voltarei mais para novo período de trabalho missionário. Como é que vou pregar para os nativos desta terra se eu próprio sinto que a coisa não funciona em minha vida? Nem na vida dos outros” – acrescentou com tristeza. O autor, então solta o seguinte desabafo: “Já ouvi palavras semelhantes em quase todos os campos missionários em que estive. Meu coração se rompe por causa desses homens e mulheres que sacrificam a vida e famílias a fim de levar o evangelho aos confins do mundo... só para descobrir, ao chegar lá, que não sabem como viver o que pregam! Já me sentei com jovens missionários nas Filipinas... e etc.”. Malcolm volta a falar: “Este não é um fracasso peculiar dos missionários. Já mantive o mesmo tipo de conversa com donas-de-casa de Los Angeles, executivos da Wall Street e frequentadores de igreja que se queimaram em Tulsa”. Então o autor nos faz a seguinte admoestação, a começar por uma interrogativa: “De que forma a zoe, a vida do próprio Cristo, verdadeiramente se torna manifesta em nossa vida? Sabemos que tentar imitá-la com nossas próprias forças é total desespero. Mas, então, como é que Cristo vive em nós?” E volta a admoestar afirmativamente: “Algumas das palavras mais importantes de Jesus ele pronunciou durante aquela ceia, na noite anterior, pouco antes de padecer a morte. Os discípulos estavam confusos, cheios de perguntas; não tinham a mínima ideia do que estava acontecendo. Não percebiam que estavam vivendo alguns minutos da história que nos introduziriam à Nova Aliança, que traria o homem a Deus”. 6 E continuou Malcolm: “Ainda estavam apegados à ideia judaica de que o Messias haveria de estabelecer seu trono em Jerusalém e derrotar os inimigos. Viam-se como membros do governo messiânico. A caminho da ceia, discutiram asperamente entre si mesmos sobre qual deles seria o maior e quem, dentre eles, ocuparia o primeiro lugar no reino, o qual, eles tinham toda a certeza, seria estabelecido naquele fim de semana. Porém Jesus os decepcionou com um choque, logo no início ceia, ao assumir o encargo do mais ínfimo servo, levando-lhes os pés – ação que jamais seria praticada por um poderoso dominador mundial! Em seguida, ele lhes falou sobre a necessidade de se amarem uns aos outros com aquele tipo de amor... Ágape”. “Novo mandamento vos dou: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei a vós, assim também deveis amar uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (João 13.34-35). Nesses moldes, o autor segue com diversos ensinamentos sob a forma de COMO VIVER A VIDA DE CRISTO. E conclui o capítulo 7 com a seguinte afirmativa: “Quando vivemos segundo a plenitude de Cristo, que vive em nós, NÃO PODEMOS QUEIMAR-NOS”. NOS CAPÍTULOS 8 – VERDADEIRA FÉ AS RECOMPENSAS e 9 – O DESCANSO DA FÉ, o autor nos fala sobre as causas principais do ESGOTAMENTO ESPITITUAL, iniciando pela distorção da nossa fé pelo fermento dos fariseus. Nos textos entre aspas que abaixo serão descritos, representaram uma transcrição literal do autor. “Vivemos pela fé e, quando esta se transforma em obra da carne, a exaustão espiritual é inevitável.” “Quando usamos a palavra fé, que é que estamos querendo dizer? É vital que entendamos exatamente o estamos dizendo, visto que uma ligeira distorção em nossa definição significará o caos, e maior desastre ainda estrada abaixo.” “Fé é, essencialmente, uma reação de confiança a determinado conjunto de fatos. Nossa fé no relacionamento com Deus pode ser ilustrada, até certo ponto, no nível humano.” “Suponhamos que eu tenha encontrado uma pessoa que livremente abriu o coração para mim, e mostrou-se bondosa, piedosa ao extremo. Suponhamos, ainda, que essa pessoa caminhou um pouco mais e agiu para comigo de maneira tal que me mostrou de forma concreta a sua bondade. E façamos mais uma suposição: essa pessoa comprometeu-se comigo em lealdade e prometeu-me que, de acordo, com sua capacidade, faria por mim tudo quanto um amigo faria, pelo resto de minha vida.” “Ação assim exige algum tipo de reação. Eu poderia, é claro, alimentar suspeitas de que essa pessoa teria motivos menos dignos, segundas intenções, e eu poderia ir embora, dando-me parabéns por não ter caído numa esparrela. Mas eu poderia também correr o risco e reagir às suas palavras e ações com plena confiança, crendo que essa pessoa é tudo quanto afirma ser. Em outras palavras, eu teria fé na tal pessoa, e lhe permitiria transformar suas intenções em realidade. Na verdade, minha fé seria a permissão para que a pessoa pudesse expressar seu amor e bondade através das coisas que desejava dar-me.” “Há riscos nesse tipo de compromisso que será posto em jogo ao longo dos anos. Haverá épocas em que o que eu vejo e ouço poderá sugerir que aquela pessoa não é tudo o que parecia; entretanto, a natureza da fé é que, havendo feito um compromisso de lealdade, ela descansa no caráter da pessoa como eu a conheço – e não no que estou vendo agora.” “Minha reação a essa pessoa iniciaria uma comunhão que amadurecida ao longo dos anos, transformando-se em verdadeira amizade. Esse tipo de relacionamento humano é apenas sombra da atuação da fé em nosso relacionamento com Deus.” Terminada essa narrativa do autor, em que ele cria uma situação, por analogia, de um suposto relacionamento de fé e confiança que uma pessoa deposita noutra, ele volta a falar da fé sobre o ponto de vista de Deus e com base bíblica, ou seja, baseada nas Sagradas Escrituras. Para começar ele faz a seguinte afirmativa: “A fé não se inicia com o ser humano. Inicia-se quando Deus abre o coração para conosco. Deus revela seu amor e graça concretizados em Jesus. Começa com o caráter de Deus, e o que ele fez por nós em Cristo. A primeira ação de fé é a reação de confiança à revelação que Deus nos concedeu”. “Deus se revelou em sua Palavra, mas a fé é concedida quando o Espírito Santo torna viva essa Palavra em nós, pessoalmente. De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus (Romanos 10.17). O vocábulo grego para “palavra” é rhéma; significa que este versículo poderia ser traduzido assim: ... ouvindo a palavra dos próprios lábios de Jesus.”. “A fé é reação a algo ou a alguém fora da própria fé – nesse caso, a revelação de Deus em Jesus, e sua fidelidade a essa revelação. Essa reação responsiva assume forma de abrir-se a porta a fim de permitir que Deus em Cristo seja tudo quanto ele prometeu; é deixar Deus ser o Deus que ele afirma ser em qualquer situação”. 7 A partir desse ponto e com respaldo bíblico através de versículos, o autor passa a demonstrar múltiplas formas da manifestação da fé que Deus opera em nosso ser, tais como: “Fé como ‘olho do espírito’ para motivação em reação ao em amor e descanso pela revelação de Deus”; “Fé que agrade a Deus permitindo a cura”; “Fé como fonte de fidelidade da Palavra de Deus”; “Fé como confiança, sabedoria e o poder Deus”; “Fé como pela oração e revelação do caráter do Deus pai e que se manifesta pelo seu filho Jesus”; “Fé como fonte de esperança e o amor derramado por Deus”; e assim por diante. Malcolm volta a falar que o sistema religioso dos fariseus havia distorcido a fé transformando-a em obra, a saber, em um dos degraus da escala mediante a qual a religião procura galgar alturas até Deus. A fé legalista sutil, ou seja: “fé na fé em Deus”, onde a ênfase é colocada na fé, em vez de no objetivo que é a fonte e o consumador da fé: Cristo. O autor explica que esse tipo de engano não apenas produz tensão que sempre se associa às obras da carne, mas também gera medo constante de essa fé vir a perder-se trará condenação, caso a pessoa não tenha fé suficiente. Segundo o autor, é aqui que milhares tombam ESPIRITUALMENTE ESGOTADOS. Finaliza o capítulo dizendo que a exaustão espiritual resultante de tentar obrigar Deus a fazer nossa vontade não apenas queima as pessoas, mas deixa-as também desiludidas e amarguradas, por acharem que Deus não honrou o “dinheiro celestial” que colocaram no balcão divino. Porém, a entrega leal e simples que a fé verdadeira faz, muda tudo. Nunca mais haverá luta para que se tenha bastante fé. Quer seja fé para cura, quer para experiência mais profunda no Espírito, quer para necessidades que precisam ser atendidas, quer para a resposta às nossas orações. Fé é simplesmente reação àquele que é, o “EU SOU”, a permissão para que ele assuma nossas circunstâncias. É ele o “EU SOU” (como Deus se autodenominava sempre que inquirido) quem nos cura e é a fonte de todas as bênçãos. Ao vê-lo como resposta a todas as suas necessidades e desejos, o crente declara: “SENHOR JESUS, TU ÉS TUDO ISSO, AGORA, PARA MIM!”. Quanto ao Capítulo 9 – O DESCANSO DA FÉ, o autor começa dizendo: “Já sabemos que a vida inexaurível que ressurgiu, vencendo a morte, está disponível a nós, a fim de que possamos viver triunfantemente neste mundo. Mas como seguimos trazer essa vida às nossas próprias vidas tão fracas? A sabedoria infinita de Deus está dentro dele mesmo, e precisamos dessa sabedoria para superarmos os problemas e confusão da vida. Contemplamos as agruras sofridas pelas pessoas à nossa volta, e julgamo-nos insensíveis e desinteressados. De que maneira poderíamos receber no coração compaixão de Deus? Quando as pessoas nos ferem e não encontramos em nós mesmos capacidade de amá-las e perdoá-las, como poderíamos obter o amor divino, perdoador, implantado no coração?” E diz Malcolm: “A resposta da religião a estas perguntas sempre se expressa em termos de alguma coisa que temos que fazer. Na minha mocidade, fiz essas perguntas a muitos pastores e as respostas sempre foram alguma variação da mesma ideia: Se quisermos receber a seiva da vida de Deus, devemos reservar tempo para a oração, para a leitura da Bíblia, de modo regular; nosso culto pessoal a Deus seria a chave para habitarmos em Cristo.” Complementa Malcolm: “Pois eu não acredito nisso. Na verdade, acho que essa prática apenas aumenta mais ainda a frustração, e piora o problema. Há muitas razões pelas quais devemos separar algum tempo para estar com Deus; entretanto, se estivermos fazendo isso a fim de obter o fluir de Deus em nossa vida, estamos só piorando nossa EXAUSTÃO ESPIRITUAL.”. E continua... “Afirmar que a vida de Cristo flui em nós é através de nós, porque gastamos uma hora em exercício devocional hoje, é transformar a oração e o estudo bíblico em obras da carne. É transformar o culto ativo num degrau adicional da escada conducente a Deus. Os fariseus esquadrinhavam as Escrituras e recitavam orações na crença de que, assim, estabeleceriam ligação com a vida divina. Porém Jesus lhes disse categoricamente que tal procedimento deixava de lado a única fonte de vida que é o próprio Cristo. Ler João 5.39-40”. Em seguida afirma: “De maneira semelhante, nossas autodedicações, nossas promessas e votos a Deus de que nossa vida lhe pertencerá daqui por diante, caem todos na mesma categoria. Até que ponto a pessoa precisa dedicar-se para que a vida comece fluir? Em que nível de “entrega total a Deus” precisamos estar antes de os primeiros sinais de zoe começarem a fluir? Todas estas obras farão apenas que a pessoa corra mais depressa pela estrada escorregadia do ESGOTAMENTO ESPIRITUAL. O autor faz menção a Colossenses 2.6 e posteriormente faz o seguinte comentário: Nós sabemos pela fé e, da mesma maneira permanecemos nele e o expressamos diante do mundo. Paulo declarou a oração que elevava a Deus pelos efésios: “Assim habite Cristo nos vossos corações, pela fé.” “Que Cristo, mediante 8 vossa fé, possa verdadeiramente habitar - estabelecer-se, orar – em vossos corações, fazendo deles seu lar permanente!” (A Bíblia Amplificada, muito usada por ele em vários capítulos deste livro). Malcolm faz várias dissertações em torno do viver pela fé, para nos dizer que chegamos ao ponto central das Boas Novas por fé e não por obras! E ratifica o seu raciocínio presente nesta obra, de que não se refere à obediência aos dez mandamentos, mas obediência que resultava da fé. Faz citações bíblicas pertinentes às suas afirmativas, tais como Romanos 16.26; 1.5 e Atos 6.7. Então o autor tira a seguinte conclusão: “É neste ponto que o crente, que se vai queimando em seus esforços para agradar a Deus, SAI DA EXAUTÃO e entra no DESCANSO.” Faz uma extensa explanação para finalizar com as seguintes palavras: “É assim que Jesus Cristo, mediante seu Espírito, vive em nós. O DESCANSO DA FÉ ocorre quando decidimos permitir-lhe que venha disputar o jogo da vida dentro de nós, como se ele estivesse em nosso lugar. É um salto pela fé, segundo o qual declaramos que ele é nossa vida; depois, tomamos um milhão de decisões pela fé, à medida que os desafios vão surgindo. CRISTO PRODUZ EM NÓS TUDO QUANTO A LEI E TODOS OS ALPINISTAS DE ESCADAS RELIGIOSAS TÊM ESTADO OBJETIVANDO – O AMOR, QUE É O CUMPRIMENTO DA LEI (GÁLATAS 5.14)”. NO CAPÍTULO 10 intitulado COMO VENCER A TENTAÇÃO, segundo o autor, segue-se a euforia logo após a descoberta do que significa está em Cristo. Aliadas ao descanso que sobrevém ao crente, quando este cessa de produzir suas próprias obras, chega a alegria e a paz sobre as quais havia lido tanto nas Escrituras. Malcolm descreve esse descanso e alegria da seguinte maneira: “A vida assume novo sentido e nova dimensão quando todos os dias são iniciados com o reconhecimento de que posso todas as coisas naquele que me fortalece.” (Filipenses 4.13). Que agora a vida é definida como... Cristo em vós, esperança da glória (Colossenses 1.27). Então o autor descreve levanta um questionamento: “Entretanto, quando a tentação surge, desaparece a euforia, e com frequência o crente sucumbe. Torna-se confuso e fica imaginando como é que pode ser tentado, se Cristo mora dentro dele. Muitas vezes as pessoas me têm perguntado: ‘Se Cristo está em mim, como é que eu pude ser tentado daquele jeito? Como é possível eu abrigar os pensamentos que me sobrevêm? ’...”. E ele responde: “Devemos entender que a tentação não é pecado. Jesus foi... como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hebreus 4.15). Precisamos ter a ousadia de aceitar esse versículo exatamente como ele se apresenta – Jesus, o Homem perfeito, impecável, conheceu a tentação em todas as áreas da vida, de todas as maneiras, como ocorre conosco. Tal compreensão nos convenceria, finalmente, que ser tentado não é pecado; entretanto, crentes em número incontável se autocondenam porque sentem o chamado da tentação”. Esta é a avaliação exata do que é a tentação nos livrará de estar em constante luta contra ela. Nós a reconheceremos como o método escolhido por Deus para firmar-nos na fé. O autor menciona que antes de virmos a Cristo, éramos um com o mundo, que... jaz no maligno (1João 5.19), mundo que consiste de ... concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e a soberba da vida... (1 João 2.16). Agora fomos libertados... do poder das trevas e transportados para o reino do Filho do seu amor (Colossenses 1.13), tornamo-nos conscientes daquele império do qual fizemos parte um dia. Enquanto estávamos na escuridão, vivíamos tão acostumados a ela que praticamente não a notávamos. O autor faz relatos de quando morava em Nova York e sobre sua vida lá naquela selva de pedras cheia de poluição, de perigos, de sua imundície e feiura, estando fora dela. Da mesma forma, só quando estamos em Cristo é que percebemos como o mundo é, na realidade. Vendo-o, sabemos que já não temos parte com ele. Quanto à tentação volta a se pronunciar da seguinte maneira: “Tentação é apelo forte para que voltemos às trevas. É apelo à nossa humanidade, aos nossos apetites físicos, às reações normais de nossas emoções e racionalizações. Tiago nos demonstra passo a passo o processo de tentação: Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência (cobiça). Depois, havendo a concupiscência uma vez concebida, dá à luz o pecado...”. Continuando o autor nos diz: Nós não recebemos corpo ressurreto quando Cristo vem morar em nós; continuamos a manter ainda todos os apetites físicos normais e comuns ao gênero humano. Ainda sentimos fome, sede, atração sexual, e sentimo-nos cansados após longo dia, exatamente como Jesus se sentia. Se viciamos nosso organismo com drogas ou com álcool antes de termos recebido a Cristo, não será incomum o corpo sofrer alguns retrocessos e enviar mensagens ao cérebro solicitando alívio para as tensões, como o fazia antes. 9 E continua o autor: Nada disso é pecado. Porém, encontrei muitos crentes que usam máscaras em todas estas áreas, fingindo que não experimentam reações diante da vida. O fato é que tais crentes estão entre os primeiros a queimar-se espiritualmente, porque a pessoa não consegue viver na irrealidade. O Getsêmani nos mostra Jesus enfrentando as maiores tentações de sua vida. Muitas vezes ela falara de sua morte aos discípulos, morte que se aproximava, e de sua ressurreição. Havia mostrado a eles com clareza que era a vontade do Pai que ele, o Filho, sofresse e morresse. No Getsêmani, sendo homem verdadeiro, tudo em sua carte tentava afastá-lo para longe da determinação divina. Aquela tentação foi tão grande que Jesus perguntou ao Pai se não haveria outro caminho. Contudo, nem aqui o Senhor Pecou. O autor agora explica o que vem a ser a fonte e manifestação do pecado: “Pecado é seguir o desejo e escolher a prática proibida. E a realidade factual e que raramente os crentes vão tão longe. Grande parte da condenação sentida pelos crentes não deveria de terem realmente pecado; apenas de terem sido atraídos para o pecado. Faça uma pausa e veja bem como é o crente. É alguém que forma unidade com Cristo. É um em Cristo. “... o que se une ao Senhor é um espírito com ele... não sabeis que o nosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus? Não sois de vós mesmos; fostes comprados por preço...” (1 Coríntios 6.17,19,20). O autor ainda discorre brilhantemente sobre o viver em Cristo e como vencer a tentação quando as poderosas polias da tentação nos puxam e que, se quisermos crescer em Cristo devemos de imediato reconhecer as reais questões que enfrentamos e de duas maneiras diferentes a tentação nos chama para sermos o que não somos. Em primeiro lugar, a chamada tentação é para que façamos algo que, em nosso coração, sabemos não estar de acordo com quem somos agora em Cristo. E a segunda maneira – a tentação real – é esquecer-nos de quem somos, e tornar-nos legalistas, tentando vencê-la como se estivéssemos separados de Jesus. O autor nos ensina a agir para nos redimir do pecado: “Quando confessamos o nosso pecado, dizendo sobre ele a mesma coisa que Deus diz. Admitimos que, na verdade, é pecado, mas reconhecemos que ele já foi lavado no sangue de Jesus. Ao procedermos assim, concordamos com Deus em que nosso pecado já está perdoado. Nós não injuriamos Deus, chafurdando na culpa e na condenação, mas louvamo-lo, levantandonos e partindo para novas vitórias”. Finaliza este capítulo com uma história sobre um Senhor chamado Hector que antes de conhecer o Senhor, fora viciado em drogas. Experimentou conversão maravilhosa, e em seguida se encheu do Espírito Santo. Voltou à convivência da esposa e ela também conheceu o Senhor. Contudo, não se passou muito tempo para que Hector descobrisse que, embora fosse agora novo Hector em Cristo, ainda sentia fortes tentações para retornar ao velho hábito das drogas. E caíra. Sua esposa recorreu à Malcolm e esse conseguiu, com muita bravura, aconselhamentos, empenho, e etc. Enfim, faz a seguinte narrativa de como tudo terminou em bênçãos: Não sei como, mas dentro dele, bem no fundo, Hector se lembrou da conversa que havíamos tido meses antes, fazendo a seguinte confissão. “Este anseio por drogas não é o meu real. Esse Hector morreu com Cristo e agora eu ressuscitei com o Senhor, e ele é a minha vida. Estou tentando resolver este problema como se Cristo não estivesse dentro de mim. Senhor Jesus, não quero fazer esta ‘viagem’. Mas eu sou fraco. Toma posse de mim, Senhor, e executa a tua vitória”. E vejam que final maravilhoso: “Naquele instante, Hector percebeu que ele era um ramo de videira, e que a vida estava ali, à sua disposição. A fé uniu sua vida a Cristo. Naquele momento, Cristo assumiu o controle. O Espírito do Senhor veio a ele, e Hector prosseguiu em seu caminho, louvando a Deus. Isso aconteceu há muitos anos. Hector nunca mais foi tentado seriamente a voltar às drogas.”. NO CAPÍTULO 11 intitulado UM CASO CLÁSSICO DE ESGOTAMENTO ESPIRITUAL, o autor se detém ao caso ocorrido com o levita Asafe autor dentre outros do famoso Salmo 73, que a exemplo de milhares de crentes que se esgotam diariamente porque esperavam coisas da parte de Deus que o evangelho não promete, também experimentou o ESGOAMENTO ESPIRITUAL. Asafe era um homem de Deus, nos dias do Rei Davi. Era autor de vários salmos, sob a orientação de Davi, na condução de Israel num culto alegre no monte Sião. Asafe havia nascido na tribo sacerdotal de Levi, o que significava que estava destinado a ministrar na presença de Deus durante toda a vida. Na época do seu nascimento, o interesse nacional pelas coisas espirituais estava num ponto baixíssimo devido a apostasia de Saul, que reinava em Israel. Quando Davi tornou-se rei, conduziu o povo a um reavivamento espiritual, levando a arca da aliança de volta a Jerusalém. Ela tinha sido colocada dentro dos muros de Sião; na tenda que a abrigava, erguia-se um louvou desinibido, um culto espontâneo a Deus. 10 O autor relato vários acontecimentos entre os quais o seguinte: “A consciência da presença de Deus exigia o cântico de louvar e palmas de alegria diante da magnificência de Deus. O próprio rei Davi dançava sem inibições em adoração a Deus. Foi quando encontraram Asafe pela primeira vez. Ele foi atirado por catapulta da obscuridade à prominência ao ser escolhido para reger a música de louvou do povo que escoltava a arca no trajeto até Jerusalém. Então: “Disse Davi aos chefes dos levitas que constituíssem a seus irmãos, cantores, pra que, com instrumentos de música, com alaúdes, harpas e címbalos, se fizessem ouvir, e levantassem a voz com alegria. Portanto, designaram os levitas a Hemã... a Asafe... e Etã...” (1 Crônicas 15.16-17). Para que os guias tivessem consciência de sua capacidade musical, a reputação de Asafe deveria ter sido semelhante à do próprio Davi. Anos antes, quando era obscuro pastorzinho de ovelhas, a habilidade de Davi para louvar a Deus com sua harpa já era conhecida até na corte. Logo após este fato, Davi nomeou Asafe para a posição permanente de líder do culto, diante da arca da aliança. “Designou alguns dos levitas para ministrarem perante a arca do Senhor, para fazerem petições, para louvarem e exaltarem ao Senhor Deus de Israel: Asafe era o chefe... deviam tocar os alaúdes e as harpas, Asafe devia fazer ressoar os címbalos... Nesse mesmo dia Davi entregou a Asafe e seus irmãos, pela primeira vez, o seguinte Salmo de ações de graças ao Senhor... Davi deixou a Asafe e seus irmãos diante da arca da aliança do Senhor para ministrarem ali continuamente, segundo se ordenara cada dia.” (1 crônicas 16.4, 5, 7, 37). Sem dúvidas, Asafe era homem dotado de grandes dons espirituais, e de grande potencial, ungido pelo Espírito a fim de conduzir o povo no louvor. Com o passar dos anos, ela haveria de escrever alguns salmos, e, muitos anos após sua morte, seria lembrado pelo título profético de “vidente” (2 Crônicas 29.30). Contudo, naqueles primeiros dias, logo após ser guindado da obscuridade, Asafe estava numa posição perigosa. Recebera a magnífica honra de ter seu nome ligado ao de Davi como salmista de Israel. Por razão de sua posição, o moço gozava de reputação que excedia sua experiência. A adoração sem inibições a Deus exigia todas as emoções e esforços físicos. Os enormes corais e orquestras moviam a alma na direção de Deus, havendo momentos em que tempo e espaço pareciam tragados pela eternidade. Entretanto, a profunda sensação da presença de Deus não podia ser confundida com a experiência de conhecê-lo num relacionamento de aliança. Deus ordenara os corais e a música, não, porém como substitutos do conhecimento do próprio Deus... Eram apenas expressões do relacionamento com ele. O louvor não é uma droga celestial destinada a amortecer a dor desta vida. Visto que conhecemos nosso Deus, nós o louvamos até em meio das tristezas cotidianas e aos sentimentos. Nossa vida se fundamenta sobre Quem é Deus, não sobre como possamos sentir-nos a respeito dele, hoje. Asafe, companheiro de Davi, homem que conduzia a nação no louvou, no ápice de sua vida espiritual esgotou-se espiritualmente. Exauriu-se. Ocupadíssimo todos os dias na organização do culto a Deus, as bases de Asafe começaram a desmoronar. É significativo que o Espírito Santo registre o testemunho que ele deu no Salmo 73, descrevendo como falhou e se recuperou. ASAFE É PROVA DE QUE NINGUÉM ESTÁ ISENTO DE QUEIMAR-SE ESPIRITUALMENTE... E ELE TAMBÉM É A ESPERANÇA DE QUE PODEMOS MOVER-NOS, SAINDO DA EXAUSTÃO ESPIRITUAL PARA A VERDADEIRA ALEGRIA DA FÉ. O autor finaliza este capítulo revelando a percepção de Asafe após a sua restauração: “Olhando para o futuro, Asafe percebeu que haveria de chegar muitas ocasiões em que ele enfrentaria outra vez problemas que poderiam exauri-lo... mas agora ele possuía a resposta. Seu relacionamento com Deus e seu conhecimento sobre como viver em comunhão com ele o levariam em triunfo por quaisquer circunstâncias que o futuro desconhecido lhe trouxesse”. “A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti. A minha carne e o meu coração desfalecem, mas Deus é a fortaleza do meu coração”. (Salmos 73.25,26). NOS CAPÍTULOS 12 – FÉ: A ALEGRIA DO SENHOR e 13 – FÉ: A PAZ DO SENHOR, nestes dois capítulos o autor enfatiza a Fé como a fonte de ALEGRIA no Senhor e a PAZ que dela emana. Reforça que o verdadeiro problema de Asafe (personagens do capítulo 11) estava em suas expectativas de Deus. Há coisas que o Senhor nunca prometeu, e que jamais fará. Se estivermos esperando que ele faça coisas que não prometeu, mais cedo ou mais tarde estaremos ESGOTADOS ESPIRITUALMENTE. Asafe procurava a felicidade. Deus não dá a seus filhos a felicidade no sentido de circunstâncias perfeitas. Na verdade, ele nos livra tanto da felicidade quando da infelicidade! 11 O vocábulo felicidade provém do latim “felicitas”. Trata-se de palavra criada pelo homem fora da aliança de Deus, para descrever a vida como o ser humano sente. O homem vê os eventos de sua vida como sendo caóticos, sem que alguém os controle; portanto, os eventos e as pessoas lhe sobrevêm. Tudo é questão de sorte, probabilidade, destino impessoal. Em algumas partes do mundo, as pessoas creem que suas vidas são controladas por espíritos cruéis, satânicos; portanto, vêem o caos da vida como uma série de fatos atirados em seus caminhos pelos demônios. Pense em como a pessoa típica perambula errante pela vida. Às vezes, os fatos atiram-lhe ao colo as coisas de que gosta. Acha que está sendo tratada como merece... as pessoas lhe dão o devido respeito, a esposa está de bom humor e as crianças tiram notas boas na escola. Seu time de futebol favorito está ganhando o campeonato e o sol brilha todos os dias. Os acontecimentos tornam-no feliz, ele se sente bem, tudo vai bem. A este relacionamento com as circunstâncias a pessoa chama de felicidade! Entretanto, na maior parte das vezes, as pessoas não gostam dos acontecimentos da vida, das coisas que encontram pelo caminho. Elas não fazem o que gostariam de fazer. Parece-nos que quem exerce o controle da situação são os maus deste mundo. Achamos que não somos estimados, e até nos julgamos rejeitados. As pessoas nos magoam com suas palavras e ações. Há dias cheios de ansiedade, preocupação e temor. Quando dias assim começam a acumular-se, dizemos que somos infelizes. O homem procura escapar desses maus acontecimentos tentando de alguma forma bloqueá-los na mente, e viver na fantasia da felicidade. Não gosta do mundo do jeito que ele é, está entediado e infeliz e, por isso, procura um meio de escapar, metendo-se numa euforia que o faço acreditar momentaneamente que tudo será como deseja. Então surge a oportunidade para o vício das drogas, dos psicotrópicos à cocaína; da filosofia do esquecimento nas “horas alegres” no bar. Isto também faz parte das razões porque milhões de pessoas se prendem todas as noites às novelas de televisão. A felicidade tem a aparência de paz, mas é falsa harmonia que se prende a um fio fragílimo, em que todas as coisas e todas as pessoas se encaixam nos planos atuais da pessoa. Essa pseudo-paz e pseudofelicidade assemelham-se à teia de aranha na sebe do jardim, em manhã de verão. Ela rebrilha com um milhão de gotículas de orvalho, ostentando a aparência de tiara de rainha. Mas no meio da manhã o orvalho se evapora e algum animal destrói a estrutura frágil dos fios. Até no riso tem dor o coração, e o fim da alegria é tristeza (provérbios 14.13). Qual o crepitar dos espinhos debaixo duma panela, tal é o riso do tolo. Isto também é vaidade (Eclesiastes 7.6). Se a paz e felicidade da pessoa dependerem de os outros agirem conforme essa pessoa quer, ela passará a maior parte de sua vida na infelicidade. Como já vimos, Jesus veio a fim de livrar-nos da felicidade (sensação de bem-estar baseada em circunstâncias externas). Assim, Cristo nos livrou da infelicidade. Deixamos de ser escravos dos acontecimentos e também da felicidade. Libertos da infelicidade, já não necessitamos de fugir, e nos tornamos capazes de encarar a vida como esta realmente é. Se o crente foi induzido a pensar que Deus vai torna-lo feliz fazendo com que pessoas e acontecimentos da vida se encaixam em seus planos, tal crente está bem perto do ESGOTAMENTO ESPIRITUAL. A fé não é a força que controla a Deus. Ela não consegue determinar que os acontecimentos da vida obedeçam a um padrão de felicidade pessoal. Entretanto, a verdadeira fé nos introduz numa dimensão só conhecida pelos crentes. Há pouquíssimas pessoas felizes na Bíblia, porém tampouco encontramos crentes infelizes. A Bíblia está cheia de homens e mulheres que, por causa de sua fé, constituem o alvo do ódio do mundo. São traídos pelos melhores amigos, estão rodeados pelo diabo e pressionados pelo mundo para que se conformem com os padrões mundanos. Acrescente-se a tudo isso o fato de as pessoas partilharem com toda a humanidade a vida num mundo decaído, com todas as suas mazelas naturais. Dificilmente alguém diria que este é um quadro de felicidade! Entretanto, tais pessoas têm a vida cheia de gargalhadas. Encontramo-las louvando a Deus ao ponto de dançar, bater palmas e rodopiar de alegria. E fazem tudo isso enquanto coisas negativas estão acontecendo. Tais pessoas não estão escravizadas àquilo que lhes acontece. Portanto, não são escravos da felicidade ou da infelicidade. A fé trouxe o crente a uma nova dimensão de vida que não depende dos eventos e das pessoas ao redor. Trouxe-nos à compreensão de nossa comunhão com o Espírito de Cristo, e daí vem... o fruto do Espírito... alegria... (Gálatas 5.22). 12 Este vigor espiritual que energiza o crente recebe o nome noutra passagem de... alegria no Espírito Santo. (Romanos 14.17) e “... a alegria do Senhor...” (Neemias 8.10). Isaías, contemplando o futuro e vendo os dias da nova aliança, disse: “...e os remidos do Senhor voltarão e entrarão em Sião com júbilos; alegria eterna coroará as suas cabeças. Gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido.” (Isaías 35.10). O autor passeia pela Bíblia com várias passagens envolvendo homens de Deus que passaram por momentos difíceis mais que encontraram a verdadeira alegria que provém do Senhor. Vários são os versículos apresentados com seus respectivos comentários, entre tantos destacaremos os principais como Sofonias 3.17; Salmos 2.1-4; Habacuque 3.17, 18, 19 e etc. Citaremos agora, alguns comentários do autor: “Quando todos os poderes das trevas se atiram contra nós, quando as pessoas nos ferem e nada parece dar certo, a fé enxerga além da escuridão e diz: Deus existe. As promessas de Deus são verdadeiras. Ele é sábio, controla tudo, ele é bom e me ama. Ele não morreu”. Outra observação do autor é que: “O objetivo constante de Satanás é levar-nos a amaldiçoar a Deus diante de cada dificuldade, e fazer-nos partir em amargura. Com respeito a Jó, o escárnio do diabo era: - Jó te serve em troca de nada? Não passas de escravo de Jó! Se sobrevier uma crise, ele te abandona.” Mais observações do autor: “Épocas difíceis são a prova de nossa fé. Quando todas as evidências indicam que Deus está ausente, a fé enxerga além das circunstâncias e regozija-se em Deus. Contudo, isso não é o fim. Se fosse, esta posição seria apenas a variação do fatalismo. O crente submeteu-se a Deus e declarou: Eu creio em ti, a despeito de tudo que estou vendo! Está agora capacitado para executar a vontade de Deus naquela situação especial. Ele consegue dizer a Cristo, que é a sua vida: “Que faremos agora? Serás glorificado neste ato?” Outros comentários do autor: Alguns crentes espiam as pedras que se aproximam e lastimam-se temerosos. Sentem-se infelizes, e gostariam que as pedras mudassem de rumo, que se evaporassem, que acontecesse qualquer coisa, desde que desaparecessem. Nas reuniões de oração esses crentes medrosos rogam a todos que orem a seu favor, porque os perversos atiradores de pedras estão atacando de novo; “Orem para que as pedras vão-se embora”, suplicam. Tais crentes candidatam-se ao ESGOTAMENTO ESPIRITUAL. Alimentam expectativa da parte de Deus, a qual, por ser falsa, nunca se realizará. O conceito que têm o evangelho é que Jesus removerá todas as pedras que descerem da montanha; a definição que fazem de paz é a ausência de pedras caindo lá de cima. Mais comentários do autor: Em todas as cidades há muitas congregações que vivem esmagadas pelas pedras que rolam das montanhas. Creem sinceramente que Deus é semelhante ao irmão mais velho do filho pródigo, na imagem que fazia de seu pai; portanto, não há Boas Novas que a fé possa despertar. Tais crentes não têm alegria e tampouco felicidade. É bem difícil alguém entusiasmar-se diante da ideia de um Deus que atira pedras em seus filhos! Eles vivem num estado de exaustão espiritual, lutando para sobreviver num mundo em que as pedras despencam enquanto, ao mesmo tempo devem crer que Deus os ama. Finalizando o capitulo 12 o autor faz a seguinte afirmação: O crente cuja fé nasceu do Espírito contempla a pedra que vem rolando e sente-se perturbado. Poderá sentir um toque de medo e desejar que a pedra vá embora... ele não gosta de pedras. Contudo, ele interromperá a sequencia de pensamentos de temor e de desejos de fugir correndo. Diz a si mesmo que existe ali muito mais coisas do que pedras caindo. Prefere ver todos os fatos, que incluem outras coisas além da pedra. Sabe que Deus controla a montanha toda, o que inclui todos os atiradores de pedras e todas as pedras. Sabe, também, que Jesus ressuscitou dentre os mortos e venceu todos os apedrejadores. À luz desses fatos, ele entenderá que houve permissão para que a pedra rolasse, a fim de que a glória de Cristo fosse revelada... e para que mais uma vez ficasse evidente que todos os atiradores de pedras serão derrotados. COM LOUVOR A DEUS, QUE É O DONO DA MONTANHA, E A JEUS, O VENCEDOR DOS ATIRADORES DAS PEDRAS, o crente que tem fé coloca-se no caminho das pedras e recebe-as à medida que caem. Com brado de vitória, ele pergunta: “Que faremos com isto, Senhor? De que maneira tu serás glorificado desta vez?” Essa pessoa, em comunhão com seu Deus, é senhor da montanha, E NÃO SE ESGOTARÁ ESPIRITUALMENTE. Quanto ao Capítulo 13 intitulado FÉ – A PAZ DO SENHOR, o autor como base a história do Rei Jeosafá, já publicado em postagem especial, na sua íntegra, porém iremos pontear as partes mais interessantes, a saber. Jeosafá foi um dos grandes reis de Judá. Um incidente em sua via, registrado em 2 Crônicas20, nos permite ver como ele controlada todas as pressões existenciais, e que jamais se viu exausto espiritualmente, apesar de ter sentido muito medo que e pânico na mente. Precisou de um “cutucãozinho para lhe adverti 13 sobre seu desleixo e a sua incapacidade de controlar a vida segundo as suas próprias forças e sabedoria e de pensar que poderia resolver os problemas e circunstância, simplesmente recitando as Escrituras como fórmula de oração numa tentativa de solucionar problemas da vida”. A passa conta-nos de sua fé, e a coloca sob microscópio. Diz o autor que os problemas de Jeosafá começaram no dia em que chegaram as notícias de que seus vizinhos amonitas, moabitas e membros de tribos de Edom se uniram a fim de destrona-lo e ocupar Jerusalém e Judá. O inimigo não fez um ataque frontal à região em que Jeosafá mantinha guardas de fronteira, pois estes poderiam tê-lo alertado... Dizem as Escrituras que Jeosafá estava com medo. Em sua oração dele descreveu a situação como sendo triste e angustiosa. A palavra que traduzimos em nossa Bíblia por “angústia” também poderia ser traduzida por “desfiladeiro estreito; estrada que se aperta”. Em números 22.26 a palavra é traduzida assim: ... lugar estreito, onde não havia caminho para se desviar nem para direita nem para a esquerda. Significa que tudo está prestes a esmagar o indivíduo; ele sente claustrofobia no espírito. Jeosafá sentia tudo isso. A vida o pressionava a ponto de ele achar que não havia escapatória. Sem espaço para voltar, sentiu muito medo. Medo é fé em todos os fatos apresentados pelos cinco sentidos; de acordo com todas as evidências disponíveis, a nação seria derrotada dentro de 24 horas. Nesta vida, quando enfrentamos momentos assim, há variedade de providência a que podemos recorrer. Podemos tomar o caminho da nossa experiência para estabelecer nossa comunhão com Deus, ou podemos assumir atitudes que no fim nos conduzirão à QUEIMA ESPIRITUAL. A CAMINHADA AO LONGO DA TRILHA DOS SENTIMENTOS DE CULPA E CONDENAÇÃO ESTÁ CAUSANDO MILHAS DE QUEIMAS, hoje. Os sentimentos de culpa baseiam-se no erro legalístico segundo o qual a fé é coisa originada no homem, e que os grandes homens de Deus têm em abundância. Se o crente estiver cheio de temores, uma luz vermelha condenatória disparará raios sob ele, gritandolhe; “Você não tem fé suficiente! Você não tem lido as Escrituras, nem tem orado suficiente. Você baixou a guarda, não está alerta”. A situação torna-se, agora, mais angustiosa: “Deus não se agrada de mim por causa da minha falta de fé. Preciso remediar a situação”. Então o pobre crente solitário começa a “afugentar” seus temores. Poderá tentar repetir versículos bíblicos como fórmulas mágicas para o sucesso; é desta forma que alguns crentes tentam exorcizar seus temores. Quando a pessoa se sente forte, tenta repreender o inimigo. O fato é que, em qualquer época em que virmos a fé como algo que podemos criar dentro de nós mesmos, estaremos decididamente destinados ao fracasso. O medo que sentimos é apenas o lembrete: sou apenas ramo e, de mim mesmo nada posso fazer. Dependo completamente do Deus com quem celebrei aliança. O princípio bíblico é que quando sou fraco, então sou forte. Esse tipo de medo não constitui pecado: é a reação humana às circunstâncias que se apresentam. É o “cutucãozinho” que me adverte sobre minha incapacidade de controlar a vida segundo minhas próprias forças e sabedoria. Fé é minha reação ao grandioso jogo dos fatos que meus cinco sentidos não conseguem apresentar-me – fatos que sobressaem do conhecimento do Deus que me ama, que celebrou comigo, e que jamais me deixará. Medo é pânico mente, quando a pessoa procura depressa uma solução humana sem valor, depois outra, e outra... É possível a pessoa pensar em recitar Escrituras e uma formula de oração, como tentativa de solucionar os problemas da vida. Contudo, trata-se apenas de mais uma tentativa inútil, fútil, de resolver os problemas da vida usando o nome de Deus como alguém invocaria um gênio mitológico. Episódios como o de Êxodo 14.1-15, registra pânico. Uma das soluções foi clamar ao Senhor. A oração de Jeosafá descreve, em câmara lenta, a fé acontecendo. Essa oração nos conta o que o espírito de Jeosafá fazia... “... Ó Senhor, Deus de nossos pais, não és tu Deus nos céus? Tu dominas sobre todos os reinos dos povos, e na tua mão há força e poder, e não há quem de possa resistir.” (2 Crônicas 20.6). Recomendamos a leitura completa de 2 Crônicas, capítulo 20, para termos a completa inteireza de tudo que aconteceu após a oração de Jeosafá. O autor conclui este capitulo 13 com a seguinte afirmativa: “O crente que enfrenta os problemas desta vida com o conhecimento de seu relacionamento com Deus, em Cristo, não pode QUEIMAR-SE ESPIRITUALMENTE – a despeito dos problemas que vai enfrentando. Ele poderá entristecer-se e às vezes ficar perplexo, mas sempre vencerá por morar no centro da paz de Deus”. NO CAPÍTULO 14 intitulado COMO VIVER NO ESPÍRITITO, Este também foi um capítulo já publicado na íntegra no Facebook, porém que esta obra maravilhosa não seja prejudicada por omissões, narremos 14 pequenos trechos descritos pelo autor, considerado relevante para uma análise completa desse polêmico, mas necessário, debate. O autor inicia este capítulo fazendo a narrativa de um cão pastor alemão que fora abandonado pelo seu dono e, apesar de muitos vizinhos tentarem alimentá-lo ele rosnava contra seus benfeitores, até ser recolhido pela sociedade protetora de animais, onde foi repetidamente surrado por um homem meio louco, até fugir e ficar perambulando pelo campo, não ousando confiar noutro ser humano. Depois o autor, faz um comparativo do sofrimento daquele cão com a quantidade de crentes solitários em todas as cidades desse mundão, que tremendo de frio espiritual, agachando-se para evitar os que lhes desejam fazem bem. São pessoas feridas em seu espírito, surradas verbalmente desta ou daquela maneira pelos irmãos da mesma fé. Segundo o autor, essas pessoas veem-se indignas diante de Deus, e temem partilhar sua vida com outro ser humano, pois seriam condenadas e rejeitadas, à semelhança daquele cão pastor alemão... alienadas, amedrontadas e solitárias. Agora o autor faz uma analogia bíblica com a passagem em que Isaías profetizava o ministério de Jesus, constante de Isaías 42.3: “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega...”. Na sua profecia, disse Isaias que quando o Messias viesse ao mundo ele não esmagaria “a cana quebrada” em que Cristo se caracterizaria como a Pessoa que nunca jogaria fora aqueles que fossem esmagados no processo de “manuseio”. Outrossim, faz menção à parte (b) do versículo “... apagará a torcida que fumega”, ou seja, os pavios já no fim de suas vidas úteis, praticamente apagados, inutilizados, e que não seriam considerados mais úteis para manter acessas as lamparinas que iluminas as casas e ruas dos israelitas àquela época. Ele, Jesus, não se livraria daqueles que se viam como pavios queimados pela vida, que só produzisse luz bruxuleante (tremulantes, de brilho muito fraco). Daí o autor comenta que os fariseus descartavam-se das pessoas que haviam falhado na vida, mas que Jesus restaurava aquelas canas esmagadas e as transformava em instrumentos musicais que tocam seu cântico da graça. Jesus tomava os restos fumegantes de uma vida esgotada e transformava-as num pavio mediante o qual ele próprio seria a Luz do mundo. Daí o autor conta a história de Neil que sentou-se em seu gabinete e, mesmo, hesitante, falou de seus problemas conjugais e que ele e a esposa haviam mantido a imagem de família crista perfeita, até cair às escâncaras do conhecimento público passando a serem alfinetados por todos, à semelhança de corvos ao redor de um cadáver. Desde que se divorciaram a igreja que frequentavam passara a trata-los coo se fossem leprosos. Prossegue o autor, com a história de Neil e sua esposa, afirmando que as pessoas da comunidade religiosa a que Neil pertencera estavam queimadas espiritualmente, pastoreadas por alguns descendentes do irmão mais velho do “irmão mais velho” do filho pródigo e lamenta tratar-se de um caso trágico de que não se davam conta. Essas pessoas proclamavam uma distorção repugnante do evangelho, torcendo as Escrituras, como se estas declarassem que a aceitação diante de Deus depende de nosso desempenho, de nosso comportamento. Segundo o autor, a mensagem daquela comunidade era: se você agir direito, terá aceitação diante de Deus e de sua igreja; se você for um fracasso, submeta-se à rejeição divina, que é endossada e executada por sua igreja. Segundo o autor, aquelas pessoas não conheciam o amor ágape de Deus. Cada qual tentava ganhar a aceitação divina comportando-se melhor do que seu vizinho de banco. Quando um irmão da igreja falha, surge um espírito malvado disfarçado de piedade que diz: “Não sou como as pessoas que fazem coisas tão erradas, tão repugnantes. “Quem pensa assim só conhece um jeito de tratar com o ofensor: rejeição e expulsão! É preciso manter a imagem de que merecemos a aceitação de Deus, à qual temos direito pelo nosso procedimento. E afirma o autor: o mundo nos observa não se surpreende diante da maneira áspera e maldosa com que a igreja disciplina seus membros faltosos. O único evangelho que ouviram é que ser cristão constitui questão de enquadrar-se num comportamento incrivelmente bom. Segue-se, portanto, que aqueles que não atingem esse padrão devem ser descartados. Acenando com sabedoria, muitas pessoas do mundo se congratulam mais uma vez porque nunca se misturaram com membros de igreja de briguentos, amantes de discussões violentas. Outras pessoas maneiam a cabeça com tristeza, sabendo, nas profundezas de seu coração, que Deus não é assim. Deve existir alguém que repara caniços quebrados e reacende pavios queimados. O autor relato outro caso de uma Senhora chamada Elizabeth, que decidira, depois de muita, hesitação, contar à sua igreja que era não era aquela pessoa que passava a imagem de boazinha, pois era orgulhosa e que brigava constantemente com os seus filhos e que nutria ressentimentos com seu marido. Foi a pior coisa 15 que fizera e teve que abandonar a igreja. E a igreja louvara a Deus porque uma falsa crente havia sido desarraigada, e disseram que, em vista da saída dela, poderiam viver vidas santificadas. Reajustaram as mascaras nos rostos e asseguraram entre si que jamais tomariam o caminham que ela havia escolhido. Segundo o autor, Elizabeth se tornara uma cana esmagada durante muitos anos, até que um dia descobriu a graça de Deus. Segundo o autor: “se Elizabeth conhecesse o verdadeiro evangelho teria percebido que, ao parar de frequentar aquela comunidade em particular, pois Deus, na verdade a estava conduzindo ao descanso e à alegria que se encontra quando se confia naquele que ressuscitou, em vez de confiar em preceitos religiosos forjados pelos homens”. E ele continuou a comentar: “Diga-se o mesmo a respeito de todos os que têm sofrido às mãos dos ditadores eclesiásticos. Aquelas mãos que tão perversamente expulsaram agora podem ser vistas como mãos de Deus disfarçadas, promovendo a atmosfera em que a graça de Deus pode ser usufruída. Deus graciosamente arrancou a cana quebrada do cativeiro dos preceitos externos, a fim de esse sofredor poder gozar da vida no Espírito”. E disse mais esse autor: “Você é uma cana quebrada? Você foi considerada torcida fumegante pelos seus irmãos? O que é esse lugar de onde você foi expulso... um ambiente de tentativas constantes de viver de acordo com uma lista de preceitos que nada têm que ver com as Escrituras, impostas sobre você por um conselho eclesiástico que não conhece a graça de Deus... um clima em que a espiritualidade é medida segundo a submissão irracional, à obediência cega aos presbíteros? Você não foi expulso... você foi salvo! Olhe além da fúria eclesiástica e de todas as feridas infligidas durante o processo de expulsão, em que a pessoa deixou amigos e a comunidade. Deus está levando-o a ver que o modo de caminhar ao seu lado não é mediante uma lista de regras impostas de fora, mas mediante a vida interior e os apelos do Espírito Santo”. O autor acrescenta ainda: “Que alívio! Embora alguns dos filhos de Deus mal orientados o tenham atirado fora, como caniço inútil, e retirado seu nome do rol, como se você tivesse queimado espiritualmente, como se você fosse um pavio inutilizado, Deus, contudo, não agiu assim. Diz ele: ‘Agora você está pronto para permitir que Cristo seja a sua vida’. ‘Mas’, objeta alguém, ‘eu pequei de verdade, e não consigo imaginar que Deus me perdoaria; eu era crente quando pequei, e tinha conhecimento das coisas’.”. A partir de agora, o autor, passa a relatar a história de Davi, no tocante ao seu pecado de adultério e homicídio com o seu amigo Urias, para ficar com sua esposa Bate-Seba e como Deus perdoou e curou a Davi, que passou a ser reconhecido pelo próprio Senhor, como AMIGO DE DEUS. O autor conclui este capítulo 14 com a seguinte conclusão: “Quando falhamos, Deus não nos condena a ficar no saguão de embarque de seu segundo melhor plano. A vida não deve transformar-se jamais no desespero de ficarmos prisioneiros daquilo que poderia ter acontecido se... O Deus onisciente, infinitamente sábio, tem outras maneiras de concretizar seus planos e propósitos para a nossa vida. Nossos relacionamentos serão diferentes, nossas circunstâncias mudarão também, mas atingirão os padrões de sabedoria boa e perfeita de nosso Deus”. NOS CAPÍTULOS 15 intitulado ESGOTAMENTO ESPIRITUAL REPENTINO e 16 – SOLUÇÃO PARA O ESGOTAMENTO ESPIRITUAL, Estes também foram publicados na íntegra no nosso Facebook. Para não sermos enfáticos em nossos argumentos relembraremos apenas do personagem-chave considerado pelo autor, qual seja a história de Elias, quando ele se esgotou espiritualmente após derrotar os 450 profetas de Baal, subordinados à profetisa Jezabel, que contaminara o povo de Israel com práticas lascívias (característica, aptidão daquilo que está destinado à libidinagem, sensualidade, despudor e ou luxúria), cujo marido, Acabe, o então Rei de Israel, deixou-se dominar inteiramente por sua impura e anátema esposa. (Ler 1 Reis, Capítulo 18 a 21, mais especificamente os capítulos 18 e 19). Elias teve medo da ameaça pronunciado por Jezabel de que Elias seria morto este fugiu... por não confiar no Senhor Deus. Mais tarde Deus o restaurou. Baseado na atitude de Elias e de outros personagens bíblicos e não bíblicos, o Auto comenta que “Muitos crentes queimados espiritualmente se têm atirado numa cama e feito essa oração cheia de amargura: “Basta para mim, quero morrer!”. O sentimento predominante É: não sobrou nada pelo qual valha a pena continuar vivendo... a morte é bem-vinda. Segundo ele uma pessoa descreveu a situação muito bem quando disse: “Nada sobrou capaz de entusiasmar-me, ou inspirar-me; não sobraram desafios que me interessem para serem enfrentados. Estou entediado da vida... só quero morrer”. 16 No seu texto o autor destaca a seguinte atitude de um Elias derrotado pela exaustão, característica de uma pessoa atemorizada e acomodadas com uma vidinha sem batalhas: “Enquanto seguia tropeçando pelo deserto, Elias reconsiderava as decisões que o haviam trazido até ali, desde as montanhas de Gileade. Queixase, agora, de que não era melhor do que seus pais. Essas eram pessoas das montanhas, satisfeitas [acomodadas] nas colinas com a vida simples que viviam. Que loucura é essa que me deu, a de pensar que eu poderia destronar a rainha Jezabel? Que sonho selvagem me fez pensar que eu poderia mudar alguma coisa em Israel? Sou um montanhês, e deveria ter ficado em casa. O maior erro da minha vida foi deixar minha casa... mas, agora é tarde demais; é melhor que eu morra.” Finalizando o Capítulo 15 o autor faz a seguinte declaração: “Eis a irracionalidade da pessoa queimada espiritualmente. Se ele quisesse morrer mesmo, deveria ter ficado ao alcance de Jezabel”! No Capítulo 16 – SOLUÇÃO PARA O ESTOGAMENTO ESPIRITUAL, a ênfase maior é também para Elias e seu processo de restauração da parte de Deus. O autor interroga como foi que Deus curou seu servo exausto, queimado espiritualmente? E responde com o seguinte relato: Ele [O Senhor] não ouviu a oração que Elias despejou diante dele – oração feita de sentimentos de desespero. Deus nos ama demais, de modo que nem sempre responde às nossas orações, e tampouco ouve todas as palavras que escapam de nossa boca. Se o fizesse, a população da terra ficaria bem diminuída! Os comentários do autor, deste ponto em diante são os seguintes: “Deus curou Elias revelando-lhe sua graça de uma maneira que o projeta jamais tinha visto e experimentado antes. Algumas pessoas espantamse quando leem este registro, porque não encontram nenhuma condenação vinda dos lábios de Deus. O amor de Deus pelo seu servo trouxe-lhe de volta a sanidade espiritual. O Senhor não o abandonou. Em toda as caminhadas de Elias, durante as semanas seguintes, Deus caminhou ao seu lado. Enquanto o profeta fervia em seu furor e amargura, Deus permaneceu em silêncio, em seu amor, esperando que Elias chegasse ao lugar onde estaria pronto para ouvir o que ele tinha a dizer.” Agora faz uma série de relatos direcionados tanto a nós crentes em Deus, sempre trazendo à luz as expressões análogas inerentes à Elias. Vejamos algumas: “Ah! Tivéssemos nós a oportunidade de dizer a Elias: “Que teria acontecido se você tivesse ficando e enfrentado Jezabel...”. Ou, se pudéssemos aumentar-lhe o desespero, dizendo-lhe: “Se você tivesse ficado Israel teria experimentado uma onda de reavivamento como nunca acontecera na história...” Contudo, Deus nunca faz especulações à nossa maneira; ele vive no agora, cheio de pulsações vitais. Deus nem mesmo exigiu que Elias rededicasse sua vida ao serviço divino. Ele simplesmente o amou na situação em que se encontrava. O primeiro passo desse amor foi cuidar das necessidades físicas e Elias. O profeta precisava desesperadamente de sono reparador; e enquanto se deitava debaixo do zimbro, Deus não só fê-lo dormir, mas colocou um anjo que o guardasse e lhe cozinhasse uma refeição! Muitas horas depois, Elias foi despertado pelo anjo, que o sacudiu. Às suas narinas chegou a fragrância do pão recém-cozido, e a fumaça do fogo. Mais tarde, talvez depois de mais um dia de sono, o anjo o acordou outra vez para uma segunda refeição”. Ao tratar do problema da queima espiritual e da exaustão, diz o Auto: “É PRECISO QUE NÃO NOS ESQUEÇAMOS DE QUE SOMOS ESPÍRITOS QUE VIVEM EM CORPOS FÍSICOS, E A RESSURREIÇÃO DO CORPO AINDA NÃO OCORREU! SE ABUSARMOS DO NOSSO CORPO MEDIANTE A MÁ COMIDA, FALTA DE SONO OU UM PROGRAMA SOBRECARREGADO DE TRABALHO, COM POUCO TEMPO PARA RECREAÇÃO, PODEMOS TER TODA CERTEZA DE QUE TUDO ISSO SE REFLETIRÁ EM NOSSAS EMOÇÕES DESGASTADAS, MENTE OBSCURECIDA E ESPÍRITO EXAUSTO. EM SEU AMOR E SABEDORIA, DEUS ESTAVA CONCEDENDO A ELIAS UM DIA DE DESCANSO EMERGENCIAL, BENÇÃO QUE ATÉ O HOMEM DECAÍDO RECEBEU A ORDEM DE USUFRUIR! SE ESTIVERMOS SOB GRANDE TENSÃO FÍSICA, EMOCIONAL OU MENTAL, ESSE ESTADO TAMBÉM SE REFLETIRÁ EM NOSSO ESPÍRITO. PRECISAMOS ATENTAR PARA O FATO DE QUE, EM ÉPOCAS ASSIM, É POSSÍVEL QUE NOSSA ENERGIA ESPIRITUAL FIQUE EXAURIDA. ESTA VERDADE APLICA-SE DE MODO ESPECIAL ÀS PESSOAS QUE EXERCEM O MINISTÉRIO SAGRADO. A TENSÃO MENTAL E EMOCIONAL, ORIUNDA DO PROFUNDO ENVOLVIMENTO NOS PROBLEMAS DAS OUTRAS PESSOAS, EXAURE NOSSA ENERGIA E FORÇA. AS LONGAS HORAS SEM DESCANSO APROPRIADO, AS LONGAS SEMANAS SEM DIA DE DESCANSO, MAIS CEDO OU MAIS TARDE RESULTARÃO EM A PESSOA PASSAR A VIVER À BEIRA DA EXAUSTÃO FÍSICA. É QUANDO A QUEIMA ESPIRITUAL SOBREVÉM”. O Autor cita, outrossim, outras passagens bíblicas sob o mesmo tema; da forma, passo a passo, como Deus se apresentou a Elias e conduziu o seu processo de restauração. E, tendo recebido nova perspectiva, de Deus, viu-se pronto para nova missão. Esta seria a de nomear outros para tratar com o baalismo de maneira que Elias mesmo jamais conseguiria. O profeta também recebeu alguém para treinar, Eliseu, o qual também seria seu companheiro. 17 E o autor finaliza este capítulo com a seguinte narrativa: “Esta foi a maneira suave de Deus dizer a Elias que ele não era o único! A graça de Deus operava onde Elias não conseguia enxergar. Eles não eram Elias, não conseguiram lançar mão de Jezabel, todavia, eram o povo da aliança de Deus, povo que ele conhecia. NUNCA MAIS DEUS – E TAMPOUCO ELIAS – LEVANTOU O ASSUNTO DO CARMELO PARA NOVA DISCUSSÃO. O QUE PODERIA TER ACONTECIDO SÓ É DO CONHECIMENTO DE DEUS, E ISSO É VERDADE A RESPEITO DE TODOS NÓS. DEUS DEIXA DE LADO TOTALMENTE O PASSADO, ASSUME O NOSSO PRESENTE, E UNE-SE A NÓS NESTA AVENTURA CHAMADA VIDA. Agora prestem muita atenção nesses três últimos capítulos. Para este Resenhista é o cerne do polêmico, porém abençoado livro, através do qual Deus usou este SERVO [ministro e pastor] que, também fora ESPIRITUALMENTE ESGOTADO, mas recuperado pelo o SENHOR, transformou, voltou o ter um GRANDE MINISTÉRIO DE ALCANCE MUNDIAL, para ensinar-nos do que Deus é capaz de operar em benefícios prol de todos os SEUS ESCOLHIDOS. NO CAPÍTULO 17 – intitulado – O PROBLEMA DA FALTA DE PERDÃO, este Resenhista se arriscará muito pouco em fazer comentários com suas palavras – como já o fizemos em alguns trechos dos capítulos anteriores, desta feita, tudo que estiver entre aspas dizem respeito a transcrição literal do autor, pois a perfeição da abordagem do autor é de tanta magnitude, que tememos correr o risco de distorcê-la. É claro que não poderemos transcrever o capítulo inteiro, mas todos os pontos relevantes terão que ser expostos. O autor faz a seguinte introdução: “Um dos maiores problemas da pessoa esgotada espiritualmente é a falta de perdão. Em geral, essa incapacidade de perdoar degenera em ressentimento e amargura de raízes profundas”. “A pessoa espiritualmente exaurida é a que se desapontou em todas as áreas da vida, e de modo especial no relacionamento com as demais pessoas. Todas as esperanças alimentadas pela pessoa exausta no espírito, as esperanças de poder caminhar com Deus, abrangiam, de certa maneira, outros crentes. E assim, ao longo da vida, o crente que se queimou foi erigindo marcos que ostentam os nomes dos que falharam, que não conseguiram manter-se à altura de suas expectativas. “No início das manifestações de queima espiritual ocorre, usualmente, amargas confrontações com outros crentes. Às vezes achamos que conseguimos suportar os pagãos que nos ferem com mais facilidade do que suportamos os irmãos em Cristo. Davi explicou a dupla mágoa produzida pela traição de um irmão: Se fosse um inimigo que me afrontava, eu o teria suportado; se fosse um adversário que se engrandecia contra mim, dele me teria escondido. Mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo. Conversávamos juntos suavemente, e íamos com a multidão à cada de Deus. (Salmos 55.12-14)”. “Um dos principais passos na direção da volta ao vigor e à força espiritual é perdoar a todos quantos fizeram parte de nossas mágoas nesta vida. Perdoe a todos quantos o abandonaram, os que se esquivaram quando você mais precisou deles. Perdoe os mexericos mediante os quais as notícias de sua exaustão e de seus problemas chegaram a todos os demais crentes das vizinhanças. Perdoe àqueles líderes e presbíteros que o feriram com suas palavras e ações. E perdoe às pessoas que você julgou serem gigantes espirituais, mas provaram ter pés de barro e uma porção de fraquezas, exatamente como as demais pessoas”. ALERTAR CONTRA O VENENO DOS FARISEUS E SEUS RESPECTIVOS RISCOS OBJETIVANDO NOS DISTANCIAR DE CRISTO É UMA COISA, DESPREZÁ-LOS É OUTRA. O PRÓPRIO JESUS OS CONFRONTAVA PUBLICAMENTE E OS CHAMAVA DE HIPÓCRITAS. VEJAMOS, ENTÃO O QUE O AUTOR TEM A NOS DIZER: “Não despreze o fariseu. A pessoa que despreza o fariseu torna-se fariseu também! Embora os houvesse enfrentado tantas vezes, Jesus nunca alimentou quaisquer ressentimentos contra eles. Ele chorou por causa das pessoas religiosas de Jerusalém: ‘Jerusalém, Jerusalém! que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quisestes’ (Mateus 23.37)". “Jesus orou também pelos que se apressaram a conduzi-lo no sofrimento e morte: Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem (Lucas 23.34). Pedro fala da humanidade de Jesus e mostra-nos como ele foi capaz de perdoar àqueles que o feriram tão profundamente. O apóstolo se refere a esse aspecto dos sofrimentos de Jesus como exemplo que devemos seguir (Ler 1 Pedro 2.21-23). “Quanto visto sob esta luz, percebemos que o perdão a alguém requer muito mais do que a simples decisão de esquecer o passado. O perdão está no âmago de nossa fé em Deus. Perdoar significa que reconhecemos que nos falta onisciência necessária num julgamento justo, e que nos falta também o amor, a graça e a misericórdia a fim de temperar a justiça. Perdoar a um ser humano é ato de fé em Deus, de que ele é Deus, e só ele tem o direito de julgar. Ao crer que consegue agir como Deus, o homem ainda está vivendo a mentira da queda original. Essa mentira é a força motriz que impele sua vida. Persegue àqueles 18 que o feriram; exige vingança. Diz a lei: “olho por olho, e dente por dente” (Mateus 5.38). O homem exige a boca toda como vingança por um dente quebrado; se dependesse dele, o mundo todo ficaria cego!”. “Mas a fé entrega o julgamento ao Pai e, ao fazê-lo, confessa que ele é o único capaz de julgar com perfeição. O ato de perdoar é a decisão de reconhecer Deus em certa situação, abrindo-lhe a porta para que opere tanto nos que infligiram dor quanto nos que agora estão perdoando”. “Isto nos revela o verdadeiro significado do perdão. É colocar a pessoa nas mãos de Deus, preferindo não ser juiz dela, mas deixando todo o julgamento nas mãos de Deus. Perdoar uma pessoa não é dizer que esta tinha razão no que disse ou fez a você; é liberá-la de todas as dívidas que você acha que essa pessoa tinha com você, e colocar tudo nas mãos de Deus”. “Depois de Jesus ter falado sobre perdão, Pedro aproximou-se dele e perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, que eu lhe perdoarei? Até sete? Mateus (18.21). Parece que houve aqui o passo na maturidade de Pedro... Entretanto ele não entendeu absolutamente aquilo de que Jesus estava falando, que era o amor de Deus. A solução proposta por Pedro parecia-me com a do fariseu, que dizia: “Diga-me qual é a lei e, seja o que for, cumprirei meu dever e a ela obedecerei.” ... A lei é a aparência do amor de Deus, ao expressar-se na sociedade. Pedro tentava reduzir o amor a uma fórmula que pudesse marcar e contar tantos e tantos atos de perdão. A proposta de Jesus foi e ainda é chocante para a mente natural. Disse-lhe Jesus: “Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.””. “Há, também, um trocadilho em que se usam os números sete e dez, que são números que indicam coisa completa, perfeita, nas Escrituras. Jesus está dizendo que devemos perdoar tão completamente como Deus nos perdoa, e para demonstrar o que tem em mente, conta-nos uma parábola (A PARÁBOLA DO SERVO INCOMPASSIVO – Ler Mateus 18:23-35). Com esta parábola Jesus nos dá este exemplo extremo afim de ilustrar seu ensino. Se um servo – um escravo – pudesse avistar-se com seu senhor, a quem devia importância tão grande, isto seria indicativo de que ocupava posição de destaque, e exercia grande autoridade. É difícil exprimir essa dívida em termos modernos. ...”. “Quando não perdoamos a alguém, estamos efetivamente aprisionando essa pessoa! Na mente daquele que não perdoa, o malfeitor está trancado para sempre, como pessoa que agiu mal. À semelhança da imagem de vídeo que se “congelou”, ou seja, que foi paralisada a fim de mostrar a jogada de certo atleta, assim também o indivíduo que odeia “congela” ou paralisa o objeto de ódio em sua mente. No que lhe concerne como pessoa ofendida, aquele que o ofendeu não pode mudar; o que tal pessoa disse ou fez de mal é sua maneira de ser, e sempre será assim”. “Tendo experimento o amor de Deus em nós, jamais poderemos voltar a agir sem o espírito de perdão, sem perceber que estaríamos pecando contra esse amor que se fez conhecido em nós. MUITOS DOS SINTOMAS DA QUEIMA ESPIRITUAL RESULTAM FALTA DE PERDÃO – recusamo-nos a perdoar os que ficaram aquém de nossas expectativas. Toda e qualquer pessoa que se arrependeu de seu ódio, recebeu o perdão de Deus e perdoou a todos quantos lhe fizeram mal, testificam do tormento que o ódio produz. Tornamo-nos escravos da pessoa a quem odiamos. TODOS OS NOSSOS PENSAMENTOS OBSCURECEREM-SE SOBRE A NOSSA VIDA. A vida se nos torna amarga, o ódio ferve logo abaixo da superfície, pronto, para agredir qualquer pessoa que vier a fazer alguma coisa que nos desagrade.” “A AMARGURA INJETA VENENO EM NOSSA CORRENTE SANGUÍNEA, que perturba seriamente nossa saúde emocional e física. Com o passar do tempo, não sobra energia suficiente para gozemos a vida. Tais pessoas foram entregues a seus verdugos; são os mortos-vivos. A PESSOA QUE NÃO PERDOA FERE-SE MUITO MAIS DO QUE A QUE NÃO FOI PERDOADA! Entretanto, HÁ PERDÃO PARA OS QUE NÃO PERDOAM! PODEMOS LIBERTAR-NOS DA PRISÃO QUE A FALTA DE PERDÃO DA PARTE DO VERDUGO TORTURADOR CRIA PARA NÓS, E FICAR LIVRES PARA MANIFESTAR AO MUNDO O AMOR E O PERDÃO GRATUITOS DE DEUS.” “Um dos tormentos que corroem a alma da pessoa que não perdoa é a intranquilidade indefinida, nebulosa, concernente à sua própria situação diante de Deus. A PERGUNTA NÃO FORMULADA QUE LHE PESA NO ESPÍRITO É: “Se não consigo perdoar ao meu inimigo, será que Deus me perdoou realmente? Será que estou realmente bem com Deus?” Essa pergunta se ergue sobre os fundamentos da nossa fé e do próprio evangelho. A ressurreição de Jesus dentre os mortos é o anuncio às pessoas que todo pecado teve uma solução. Não apenas o nosso pecado! Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelo de todo o mundo (1 João 2.2)”. “O crente que não perdoa precisa encarar o fato de que os pecados da pessoa que contra ele pecou foram incluídos na obra de Jesus, em sua morte e ressurreição... até mesmo aqueles pecados que esse crente resolver não perdoar. DIZ ELE QUE PELO MENOS ESSES PECADOS NÃO PODERÃO SER PERDOADOS; MAS TAL ATITUDE LEVANTA A QUESTÃO SOBRE SE DEUS REALMENTE DEU AO MUNDO A SOLUÇÃO COMPLETA PARA 19 TODOS OS PECADOS. ISTO COLOCA À NOSSA FRENTE A AMOLANTE QUESTÃO DO NOSSO PRÓPRIO RELACIONAMENTO PESSOAL COM DEUS.” “É honra para nós, como filhos de Deus, perdoar aos outros na base da obra de Cristo. SOU UM ESCRAVO CUJA DÍVIDA INCALCULÁVEL FOI PERDOADA, E QUE AGORA ESTENDO O MESMO PERDÃO A UMA PESSOA QUE, COMPARATIVAMENTE, ME FERIU APENAS DE MANEIRA TRIVIAL. É aqui que JAZ NOSSA MAIOR DIFICULDADE EM CONCEDER PERDÃO. Uma voz interna exige que alguém pague pelo malefício cometido. O ato de perdão parece contradizer todo o senso de justiça; as pessoas deviam pagar pelas coisas erradas que fizeram!” “A FÉ OUVE DIZER: “Eu já paguei, deixe essas pessoas irem livres”! PERDOAR A ALGUÉM NÃO É DIZER QUE NÃO HAVIA DÍVIDA A SER PAGA, E TAMPOUCO SIGNIFICA QUE NÃO HOUVE SENTIMENTOS FERIDOS. PERDOAR É LIBERAR O DEVEDOR DA DÍVIDA REAL QUE LHE PESA, À LUZ DO QUE JESUS FEZ”. “Estevão estava sendo apedrejado, condenado à morte, e seu último ato foi: E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: “Senhor, não lhes imputes este pecado.” (Atos 7.60). A Bíblia Amplificada diz: “Senhor, não fixe este pecado neles – não os lances na conta deles”! Se não se “fixou” nos assassinos, em que se fixou então? Se esse pecado não lhe foi lançado na conta, foi lançado na conta de quem, então? Estevão não encenava um gesto bonito, proclamando um desejo às portas da morte, que ficava bem num cristão. Ele estabelecia o fato legal ao reconhecer que o pecado, cometido naquele instante contra a sua pessoa, já fora lançado na conta de Jesus. Esse pecado se fixara em Cristo, na cruz, e havia sido declarado isento de culpa, em sua ressurreição.” “O DERRADEIRO ATO DE ESTEVÃO FOI CONCORDAR, PELA FÉ, COM O PAI, EM QUE A OBRA DE JESUS FOI SUFICIENTE PARA TRAZER PERDÃO A TODOS, ATÉ MESMO ÀQUELES QUE O ESTÃO ASSASSINANDO! MUITOS DE NÓS CONHECEMOS OUTRO TIPO DE CRENTES QUE ATIRAM AMEAÇAS E PROCURAM DESTRUIR NOSSO ESPÍRITO. PERDOE-LHES, reconheça que o pecado deles não lhes foi debitado na sua conta. Aquele servo poderia ter perdoado ao seu conservo (Ver A PARÁBOLA DO SERVO INCOMPASSIVO – Ler Mateus 18:23-35) e a toda a comunidade, e muitas vezes mais, e mesmo assim esse ato seria apenas sombra tênue do amor que ele próprio havia recebido. DISSE JESUS QUE SERÍAMOS CONHECIDOS COMO PESSOAS QUE AMAM, CARACTERIZADAS PELO SEU AMOR ÁGAPE, QUE SE REPRODUZ NA MANEIRA COMO TRATAMOS O PRÓXIMO.”. NO CAPÍTULO 18 – intitulado – FÉ PARA PERDOAR, o autor iniciativa narrando o que acontecera com ele que passou por um ESGOTAMENTO ESPIRITUAL, como se sobressaiu, retornando ao Ministério, e passando a ser uma fonte de bênçãos, admoestando e recuperando pessoas decaídas. Vejamos. “Logo que retornamos de nossas perambulações cansativas, em total exaustão espiritual, uma das primeiras coisas que devemos fazer é reconhecer as pessoas contra quem abrigamos desagravos ou ressentimentos. Confesse o pecado de não conceder perdão às pessoas que o prejudicaram. O fato de essas pessoas nos terem injustiçado de modo algum justifica nosso ressentimento, e nós não conseguiremos perdoá-las enquanto nós mesmo não recebermos, primeiro, o perdão por termos agido exatamente como o servo que mandou prender o companheiro. E não apenas perdoamos à luz do amor perdoador que nos foi revelado em Cristo, mas também porque o Espírito Santo do Cristo perdoador habita em nós: ... porque o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. (Romanos 5.5)”. “Quando perdoamos à pessoa que nos feriu, não procuramos dentro de nós mesmos alguma força ou emoção com que possamos perdoar. Não nos dedicamos a dar mais fé a esses desafetos. Os discípulos descobriram que o perdão em tal nível não poderia ser atingido com o tipo de fé que tinham! Respondeu o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te daqui e plantate no mar, e ela vos obedeceria. (Lucas 17.6).” “Com efeito, Jesus respondeu comum “não” ao pedido dos discípulos por mais fé. Uma fé pequeníssima despertada pelo primeiro raio da luz que vem do coração de Deus é suficiente! O mais novo dos crentes já viu o suficiente para poder perdoar a seu irmão que pecou contra ele. Esta fé para perdoar é liberada mediante palavras de comando. A raiz de amargura que poderia começar a tomar conta de nossa vida é atirada ao mar, e o amor de Deus flui através de nossa vida. É significativo que Jesus tenha encerrado seu ensino nessa ocasião com uma história estranha (Ler Lucas 17.7-10). O sentido desta parábola é claro quando considerada no contexto de que Jesus está ensinando a seus discípulos, a perdoar. Após havermos perdoado ao pior dos nossos inimigos, e caminhado pela vida perdoando a todos quantos nos ferem, não fizemos nada de grandioso. Simplesmente estivemos agindo como devem agir os crentes unidos com Cristo!”. 20 “HÁ UM PROBLEMA QUE DE INÍCIO FAZ COM QUE O PERDÃO DE DEUS PAREÇA ALGO IMPOSSÍVEL. TENHO ENCONTRADO MUITAS PESSOAS QUE ME DIZEM, AO TEREM DE ENCARAR A NECESSIDADE DE PERDOAR: “EU CONSIGO PERDOAR, MAS JAMAIS CONSIGO ESQUECER!” É possível esquecer a maneira como as pessoas nos trataram? CONSEGUIREMOS REALMENTE EXERCER AMNÉSIA DIVINA QUANDO NOSSOS AMIGOS FALHAM CONOSCO? SERÁ QUE A MÁGOA VAI MESMO EMBORA, DE MANEIRA QUE DELA NÃO NOS LEMBRAREMOS MAIS?” “Quando perdoamos da maneira que Deus nos perdoa, esquecemo-nos da mesma forma como Deus se esquece. ENTRETANTO, NECESSITAMOS DE UM CONCEITO CLARO DOQUE SIGNIFICA AS PALAVRAS: DEUS ESQUECE. PRECISAMOS ENTENDER QUE NADA EXISTE QUE POSSA FICAR DO LADO DE FORA DA MENTE DE DEUS. SENDO ONISCIENTE, ELE SABE TODAS AS COISAS. DEUS NUNCA SOFRE DE AMNÉIA! QUANDO O SENHOR NOS PERDOA, NOSSOS PECADOS NÃO ABANDONAM A ESFERA DE SEU CONHECIMENTO; EM VEZ DISSE ELE DECIDE QUE NÃO OS TRARÁ À LEMBRANÇA. Falando de sua forma perdoadora na nova aliança, diz ele: ...perdoarei a sua maldade, e nunca mais me lembrarei dos seus pecados. (Jeremias 31.34).” “QUANDO DEUS DIZ “JAMAIS ME LEMBRAREI” ELE SE REFERE A UMA DECISÃO TOMADA. Esquecer é algo involuntário; é coisa que nos acontece por muitas razões. “Jamais me lembrarei” foi a escolha que Deus fez no que concerne aos nossos pecados. DE MANEIRA SEMELHANTE, OS EVENTOS FUNESTOS DA VIDA, OS PECADOS QUE AS PESSOAS COMETERAM CONTRA NÓS, NÃO PRECISAM SER ATIVAMENTE RELEMBRADOS. É quando a memória começa a fenecer e perde seu poder sobre nossas vidas. O que antes era ferida aberta, infecta, capaz de encher nossa vida com o VENENO DA AMARGURA, TORNOU-SE DE REPENTE UMA CICATRIZ INOFENSIVA.” Deste ponto em diante, o autor relembra outras passagens, até mesmo já mencionadas no seu livro, como por exemplo, o processo delineado na história do filho pródigo e de seu irmão mais velho; e faz as seguintes admoestações: “NINGUÉM PERDOA A ALGUÉM BOIANDO ABULICAMENTE; TRATA-SE DE DECISÃO SEGUIDA DE AÇÃO. ÀS VEZES O PERDÃO É DADO A ALGUÉM NÃO PODE SER PRONUNCIADO OU REALIZADO DE MANEIRA PESSOAL A TAL PESSOA, MAS DEVE OCORRER NA PRESENÇA DE DEUS, MENCIONANDO-SE O NOME DO INDIVÍDUO A QUEM ESTAMOS PERDOANDO. Tenho verificado que a pessoa QUEIMADA NO QUE CONCERNE ÀS COISAS ESPIRITUAIS POSSUI, GERALMENTE, UMA LISTA COMPRIDA, CHEIA DOS NOMES DAQUELES QUE PRECISAM SER PERDOADOS. Não tire o assunto de sua frente dizendo: “Eu perdoo a todos eles”! TRAGA À MENTE CADA PESSOA, NA PRESENÇA DE DEUS, E PERMITA QUE SUA FÉ MENCIONE O NOME DO INDIVÍDUO, E PERDOE-LHE A MÁGOA ESPECIFICA QUE LHE CAUSOU.” “Lembre-se de que você está pronunciando suas palavras de perdão pela fé; mas os sentimentos não acompanharão necessariamente de imediato essas palavras. Muitas vezes, nossa reação pela fé ao Cristo que vive em nós permanece despida na Palavra de Deus durante longo tempo, até que os sentimentos corretos cheguem.” AGORA O AUTOR VAI NARRAR O MOTIVO DE TEMPOS ATRÁS TER PASSADO POR UM PROCESSO DE ESGOTAMENTO ESPIRITURAL. VEJAMOS. “Há alguns anos uma pessoa me fez um grande mal. Cheio de inveja por causa da maneira como Deus me estava usando, começou a espalhar mentiras, procurando destruir meu ministério. A situação agravavase pelo fato de essa pessoa ter sido meu amigo íntimo. “Certa noite, a crise explodiu diante da congregação. A essas alturas o assunto tinha ido longe demais, e nada havia que eu pudesse fazer. Para minha mente limitada, parecia que meu ministério havia chegado ao fim. Em desespero entorpecido, saí da igreja. “Vi-me numa estrada rural deserta; havia trevas ao redor e também em meu espírito. Pensamentos de raiva e amargura turbilhonavam dentro de mim. Perguntas e mais perguntas giravam em minha cabeça... como é que aquela pessoa havia descido tão baixo ao ponto de fazer tal coisa contra mim? “Eu sabia que o ressentimento e o ódio tentavam aninhar-se em meu coração. Sabia também que, a menos que o assunto fosse resolvido naquela noite, meu inimigo não precisaria destruir-me... eu me destruiria a mim mesmo mediante a falta de perdão. “Parado no meio da estrada, pronunciei o nome do homem que havia sido meu amigo e agora seria meu destruidor. Em seguida, eu disse: “Eu te perdoo no nome de Jesus Cristo, o Senhor. Meu Deus e Pai, não lances esse pecado na conta dele. Reconheço que já foi colocado sobre Jesus, e cancelado... Não vou atirá-lo contra esse homem de novo.” Voltei-me e caminhei pela estrada abaixo. Eu havia traçado minha linha pela fé, e a questão tinha sido resolvido no meu coração, com o meu Deus. “Dez minutos depois, recomecei a sentir a fúria, a autopiedade e o ressentimento cresciam de novo em meu coração. “Como é que ele pôde fazer isso?” indagava meu espírito magoado. Parei e disse em voz alta: 21 “Há 10 minutos essa pessoa foi declarada perdoada, o caso está encerrado, e eu não vou discutir o assunto nem comigo mesmo nem com ninguém.” “Durante os dias e semanas seguintes, muitas vezes tive de parar o que eu fazia e declarar que, a despeito de toda a pressão de meus sentimentos, que já havia pronunciado a palavra fé e de perdão. Foramse embora tais sentimentos, visto que isso é tudo o que eles são: sentimentos apenas! Meu verdadeiro eu, está em comunhão com Cristo, o perdoador em ágape. “É preciso observar que eu passei a não me sentir irado, atirando emoções contra aquela pessoa. Na verdade, durante aqueles dias eu nada senti a respeito dela. Todavia, planejava o que fazer no futuro. Aos poucos, o tempo decorrido entre os retornos dos sentimentos negativos foi ficando cada vez maior até que, finalmente, nunca mais voltaram. “Ainda posso lembrar-me daqueles dias. Posso reviver com toda nitidez a história daquela noite. Contudo, lembro-me de tudo apenas como história, e nada mais. Nenhum ressentimento, nenhuma amargura, nenhum poder capaz de magoar a mim ou a outra pessoa.” Após essa narrativa o autor volta a falar sobre a história de Jesus, mas especificamente sobre a alimentação da multidão que ilustra com perfeição a maneira como devemos agir em situações semelhantes. Depois volta a falar que “Cristo está em nós, como nosso tipo divino de amor, e nesta fé devemos sair e começar a distribuir amor e perdão. É quando percorremos os ossos caminhos da vida, e agimos como se ele estivesse aqui dentro de nós, que comprovamos que ele realmente está dentro de n´s. Só mais tarde é que nossos sentimentos nos alcançam.” “Em muitos casos, as pessoas nem sequer sabem que feriram você. Em tais circunstâncias, você pode perdoá-las de onde está, a sós, na presença de Deus. Não seria justo apresentar a tais pessoas problemas que elas nem sequer sabiam existir! “Outras poderão de início prosseguir na ação que o está ferindo, e enquanto Deus não operar no coração dessas pessoas, a reconciliação será impossível. Que lhes seja dado perdão na presença de Deus, da mesma maneira como o pai perdoou o filho muito tempo antes de o filho pedir-lhe perdão. É imperativo que você não retenha o perdão de tais pessoas, e que esteja sempre pronto a aceitar que Deus opere a reconciliação. “Se existe barreira entre você e a pessoa que o magoou, da qual vocês dois estão cientes, peça-lhe que o perdoe o pecado de alimentar ressentimento. Partilhe isso, após ter estado no deserto da queima espiritual, e você de novo estará voltando à vida, desejoso de ver curadas todas as feridas. “Talvez existam pessoas com as quais você jamais terá amizade íntima; todavia, você deverá sempre ostentar um coração de amor e de fé para com tais pessoas. Permita que o Espírito Santo derrame fé em seu coração, em prol da pessoa a quem você perdoou. A natureza humana tem tendência à suspeição: receamos que as pessoas voltem a agir da maneira como de início nos feriu. “A carne não consegue ver o modo como Deus opera na vida de algumas pessoas e promove maior maturidade em Cristo. Todavia, você deve crer que o Espírito de Cristo está operando naquelas pessoas do mesmo modo como operou em você. “Vemos uma sombra deste fato quando a mamãe apanha o bebê que engatinha, ergue-se nos próprios pezinhos e lhe diz: “Vá para onde está o papai!” Aos olhos de um transeunte anônimo que desconhece o modo como os pais tratam os filhos, isto até parece ridículo! O bebê não sabe o que a mamãe quer dizer com “vá”, e é óbvio que os músculos das pernas não têm desenvolvimento suficiente para que a criança ande. Mas ela repete o processo vezes e vezes sem conta. E um dia a criança sai andando. “Os pais agem dessa maneia porque depositam fé no fato de a criança ser uma pessoa humana: é previsível que um dia ela andará ereta. Uma fé assim está acoplada ao amor que fornece paciência infindável, e tudo isso no fim produzirá o crescimento da criança. “Não permita que qualquer resquício de amargura permaneça em seu coração. Deixe que o dia de hoje seja o dia de receber o perdão de Deus por todo o ressentimento que cresceu livremente no período de exaustão espiritual. Que esse novo dia veja o início de nova vida em que você perdoará a todos quantos o magoaram e, sem dúvida, vão magoá-lo. “À medida que sua fé vai liberando para Deus todas as pessoas que o feriram, comece a esperar que o Senhor trará não apenas a sua maturidade em Cristo, mas a dessas pessoas.” NO CAPÍTULO 19 – intitulado – O MINISTÉRIO DO PERDÃO. Neste último capítulo, o autor explica que o crente esgotado, na verdade está numa posição de crescimento espiritual, senão vejamos: “O crente que se esgotou espiritualmente está, na verdade numa posição propícia de um grande crescimento espiritual. Os fracassos, o horror de perceber a própria fraqueza e desamparo, tudo isso compõe 22 o portal de entrada para uma nova vida! Essa pessoa está, agora, em condições de dar passos gigantescos na direção da graça e misericórdia de Deus, de experimentá-las, caminhar numa nova vida e descobrir a realidade de Cristo vivendo dentro dela como nunca antes. “Entretanto, a oportunidade para alcançar esta nova dimensão de crescimento não se estende apenas à pessoa cuja vida espiritual extinguiu-se pela queima. Tal oportunidade está aí para todos os que rodeiam a pessoa queimada. Todas as pessoas que tocam na vida de um espírito ferido permanecem relacionadas às feridas. Quando alguma parte de meu corpo se fere, meu corpo inteiro sente dor. Da mesma forma, quando um membro do Corpo de Cristo sofre, os que estão imediatamente ao seu redor sofrem também. “Os que estão bem perto da pessoa queimada gozam da oportunidade perfeita de pôr a fé em ação. Todos nós temos cantado hinos e salmos bíblicos que exaltam o amor, a graça e a paciência de Deus; temos nos espantado diante do grandioso perdão vindo de Deus. “Agora chegou o momento de praticar tudo quanto temos visto, e crer. Chegou a hora de sermos de verdade a graça e o ágape de Deus para a cana esmagada e para a torcida que fumega, de sermos a mão estendida do perdão de Deus aos feridos e magoados. “Nossa reação diante daqueles que sucumbiram de exaustão na estrada da vida é o verdadeiro teste final de nossa compreensão da graça de Deus. Com demasiada frequência, nossa compreensão do amor de Deus inicia-se e encerra-se com o cântico do hino “Maravilhosa Graça”! Quando nos vemos diante de uma oportunidade para pô-la em prática efetivamente, tendemos a colocá-la de lado – a coisa não funciona. “Quando encaramos o fracasso de um dos filhos de Deus, somos levados à força à posição de reafirmar tudo aquilo em que cremos. Nunca teremos compreendido verdadeiramente o perdão de Deus para nós enquanto não estendermos o perdão a nossos irmão e irmãs em Cristo. “O fato estranho é que achamos bem fácil perdoar a nossos vizinhos não crentes do que a nossos irmãos e irmãs na fé! Ao rejeitar o pavio fumegante de um irmão, estamos nos associando aos legalistas e inventores de preceitos legais, e votando contra o Cristo que se deleita em restaurar pessoas espiritualmente esgotadas. “Resguardemo-nos contra a atitude de somente nos mantermos ao lado de uma pessoa se esta agir como crente responsável, e de a abandonarmos caso falhe em seu comportamento. Se o irmão que falhou conosco deve ser punido, e nada mais queremos com ele, então não o amamos. Podemos dizer que o amamos de longe, mas isso não é amor! “O crente ferido em nosso meio obriga toda a comunidade da fé a reconsiderar os alicerces sobre os quais se fundamenta a nossa aceitação diante de Deus. Talvez seja por isso que os legalistas se zangam tanto diante dos que tombam... é que são obrigados a ver a falta de lógica de sua própria posição. Será que alguém é aceito por causa de seu tremendo zelo pelas coisas espirituais? Será que somos bem-vindos à presença de Deus devido ao nosso modo de viver – que se aproxima bastante da perfeição? Até mesmo o legalista há de admitir que nada disso é verdade. “Somos aceitos única e exclusivamente à base do que Jesus fez por nós em sua morte e ressurreição. Reafirmo minha fé na redenção de Cristo quando meu irmão erra e, a despeito de seu mau comportamento, eu lhe estendo perdão e graça. “Se um ser humano viesse a escrever o epitáfio de Davi, este seria o seguinte: “Aqui jaz um dos maiores fracassos jamais conhecidos do povo da aliança.” Mas Deus escreveu a respeito de Davi que ele era homem segundo o seu coração (Atos 13:22). Deus não para de trabalhar no crente espiritualmente exausto e ferido no processo de santificação. Davi entendeu isto, e escreveu seu próprio testemunho da grande de Deus: A tua clemência me engrandece (Salmo 18:35).” Deste ponto em diante o autor passar a historiar sobre a vida de outros personagens bíblicos que também falharam e exauriram-se espiritualmente como Davi e foram igualmente restaurados por Deus, bem como dos personagens estampados no seu livro e fez a seguinte conclusão. “Há, hoje, milhões de irmãos e irmãs feridos na igreja. Você mesmo poderá ser um deles [E SOU MESMO, DEPOIS DO QUE NOVAMENTE OCORREU COMIGO NA IGREJA QUE FREQUENTAVA ATÉ POUCOS DIAS ATRÁS]. Pode estar exausto das energias espirituais, queimado e magoado. Pode ser também que você esteja passando por uma fase de sentimento real de culpa e desespero. Ou pode ser que você seja apenas alguém que contempla um desses irmãos ou irmãs machucados. “A chama do Espírito, tanto para quem sofre como para quem observa o sofrimento, é no sentido de redescobrir a vastidão do amor e da graça de Deus, e ousar agir pela fé. Deus nos perdoa os pecados e erros do passado. Aceitamos seu perdão, mas continuamos a nos sentir embaraçados por nossos fracassos; gostaríamos de escondê-los num armário. 23 “Todavia, se lhe permitimos, Deus, eu sua graça imensa, tomará nossos erros e os incluirá no arcabouço de seu plano perfeito. No que diz respeito ao nosso futuro, estamos agora vivendo segundo a Vida eterna, inexaurível, existente em Cristo; Cristo em nós, a esperança da glória (Colossenses 1:27). “Se entendermos que tudo isso é verdade, tanto em nossa vida como na vida de todos os nossos irmãos e irmãs, assim nos dirá a fé: “Muito obrigado, Pai; seja tudo como quiseres”.” Colaboração do Ir. Paulo Afonso. Graça e Paz! 24
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