Entrevista Com Raymond Boudon

May 11, 2018 | Author: Jota Pereira | Category: Sociology, Émile Durkheim, Science, Theory, Max Weber


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0 Mais Blogue seguinte» Criar blogue Iniciar sessãoQue cazzo é esse?!! "Lasciate ogni speranza, voi ch'entrate": Isso é um blog de teoria e de metodologia das ciências sociais quinta-feira, 5 de junho de 2008 Entrevista com Raymond Boudon Le Cazzo Cynthia Hamlin, Jonatas Ferreira e Artur Perrusi (Professores do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós- Graduação em Sociologia da UFPE). Visualizar meu perfil completo Seguidores Seguidores (328) Seguinte Jonatas e eu tivemos a idéia de postar algumas entrevistas com cientistas sociais no Cazzo. Aproveito a deixa para postar uma entrevista antiga com Raymond Boudon, que efetuei durante o meu doutorado. Embora o propósito da entrevista fosse esclarecer algumas questões que me pareciam fundamentais para a pesquisa da minha tese e, por esta razão, diga respeito a temas muito específicos, acho que pode trazer alguns insights em relação ao pensamento deste autor. Aí vai: Seguir Paris, 21 de Setembro de 1995 Inscrever-se Cynthia Hamlin- Algumas pessoas dizem que a sociologia que o senhor faz é muito mais Postagens próxima da sociologia americana do que da sociologia francesa e, de acordo com o seu Curriculum Vitae, o senhor estudou somente um ano nos Estados Unidos. Como o senhor Comentários explica isto? Raymond Boudon - Eu acho que estou familiarizado tanto com a sociologia americana Ocorreu um erro neste gadget quanto com a alemã. As pessoas sempre esquecem, em minha biografia, que eu passei um ano na Alemanha antes de passar um ano nos Estados Unidos. E eu fiquei ‘marcado’ Marcadores por muitas coisas na Alemanha. Eu também fiquei ‘marcado’ por muitas coisas nos Estados Unidos. Dessa forma, eu sempre fico muito surpreso quando as pessoas dizem que minha Aborto (2) sociologia é americana. Tenho a impressão que, como qualquer outro cientista, eu tento ser aceleração (2) universal. Isto é, tento escolher em cada país o que é melhor, da mesma forma que um Agamben (3) físico não se preocuparia com as origens nacionais das teorias. Provavelmente, minha Alagoas (1) atitude básica é universalista; pelo menos mais universalista do que outros sociólogos Alain Caillé (2) franceses. Isto é entendido como sendo americano, mas esta não seria minha Alfred Schütz (2) interpretação. Alienação (1) amor (2) CH - Bem, talvez seja por que ela é uma forte influência e nós podemos percebê-la Animal (2) claramente. E eu estava justamente me perguntando de onde ela veio. Na sua opinião, quem são os autores que mais o influenciaram, especialmente no início de sua carreira? Antropologia (6) Ariano Suassuna (2) RB - Você quer dizer na América ou... Artaud (1) arte (10) CH - Em geral. Artesanato Intelectual (1) asilo (1) RB - No início de minha carreira eu me interessei bastante e fui influenciado por muitas baianidade (1) pessoas... Por Durkheim, por exemplo, que é francês. Eu me senti muito atraído pelo banca (2) esforço de Durkheim em ser científico; quer dizer, em introduzir a distância entre o objeto e barroco (1) o modo como ele analisava seu objeto. Durkheim me ‘marcou’ muito. Depois, eu descobri Tocqueville, que também é francês, mas muitíssimo diferente de Durkheim. E devo dizer Bauman (3) que agora eu considero Tocqueville como o sociólogo clássico de quem me sinto mais Beauvoir (1) próximo em termos de metodologia, ou epistemologia, se você quiser. Bem, eu também fui Benjamin (1) por assim dizer. Porque lá você sabe a verdade. clichê (1) Comércio (1) CH . Por positivismo estreito eu entendo que. Em certo momento da minha carreira David Hume (1) eu me perguntava se não seria melhor tornar-me economista. no caso dos sociólogos. desde o início.. Eu sempre tive um sentimento positivo em relação a Durkheim Campo (3) porque. o número de austríacos.Hum. de depressão (1) forma que eles me deram aulas particulares de matemática. Fui falar com Raymond Aron. digamos. ele quer comunicação (5) dizer. E eu estava interessado em Derrida (2) matemática porque este é um campo maravilhoso.atraído por Lazarsfeld.Não no caso de Durkheim. Boudon (4) Bourdieu (11) RB . Capitalismo (4) como qualquer positivista da tradição mais forte.. Ou seja. então. A primeira dropes (3) era Gurvitch.Não. Meu curriculum era em filosofia e sociologia. Não. pois. o psicológico. No próximo número Brasil (7) do Swiss Journal of Sociology há uma entrevista comigo acerca do meu difícil Butler (7) relacionamento com ele.Isto é um modo muito interessante de colocar o problema. o número de pessoas Consumo (3) vivendo nas cidades. Émile Durkheim". o psíquico.. eu passei um ou dois anos neste mundo Desenvolvimento (1) preto-no-branco.. mais sérios. argúi-se que o invisível é exatamente o fato social ou a estrutura. metodologicamente Capital (2) orientado do que. Desigualdade (9) diálogo (1) CH . Assim. Por outro lado.E então. eles eram mais.. meus melhores amigos eram matemáticos. o que ele aspirava fazer era Convivialismo (1) definir a ciência pela relação. por exemplo. Assim.. ele Esporte (1) conseguiu a bolsa para mim. o senhor já tinha uma forte base Crack (1) matemática antes de trabalhar com Paul Lazarsfeld? criatividade (1) Crime (2) RB . escola (1) Discutimos a idéia e ele achou que seria muito bom para mim ir para Columbia..Eu sempre tive um sentimento ambíguo com relação a Durkheim. Assim. metódica e assim por diante. O senhor biomedicina (1) concorda com isto? E como isto se compatibiliza com o seu individualismo metodológico? biopoder (6) RB . pelo exame dos relacionamentos. Mas. Por que ele dizia aquilo? Porque queria Ciências Sociais (3) excluir o invisível. me veio a idéia de ir para empirismo (4) Columbia.Sim. eu resistia à idéia Ciência (9) de explicar os fatos sociais pelos fatos sociais. E a outra era DSM (1) Lévi-Strauss. ou a proporção de austríacos.Bem.E o senhor conseguiu uma bolsa de estudos?. por acaso. em algumas abordagens atomísticas. não há Desastre (1) ambigüidade. por exemplo. Blogosfera (1) Boltansky (2) CH . eu não me sentia atraído nem por Gurvitch nem por Lévi. Assim. Eu estava na École Normale neste tempo. ele queria eliminar o invisível da análise Carl Hempel (1) sociológica. em um certo momento. muito resistente ao seu positivismo muito estreito. democracia racial (3) menos vagos. pois quando ele diz fato social. Catolicismo (2) Desse modo. por um lado. mais diretamente emoção (1) inscrita no mundo real do que as outras duas. os economistas. ou o número de mulheres etc. Foi então que eu li The Language of Social Research e senti Elias (2) que havia uma sociologia que potencialmente poderia ser muito útil.O sociólogo britânico Donald MacRae define o senhor como "um dos mais Biologia Molecular (2) importantes e criativos dos seguidores do maior dos sociólogos. que cometem congestionamento (1) suicídio. Fui educado de modo puramente privado. em matemática. depois disto. comecei a estudar economia e matemática. dos fenômenos psicológicos.. e eu tinha a impressão de que a teoria dele era geral demais e também. entrevista (20) epistemologia (20) RB . o número de franceses que cometem suicídio. eu resistia à idéia de que. Por outro lado. eu me sentia atraído pelo fato de que ele queria que a sociologia Censura (1) fosse científica. para cibernética (1) ser realmente científico. é difícil para mim dizer se concordo ou não com um elogio tão forte. que isto seja muito visível e.. Tudo é preto-no-branco. ele me parecia muito mais metódico. Assim. empirismo lógico (1) CH .Em relação ao seu background matemático. e o invisível no sentido. Bibliometria (2) Biografia (3) CH . uma instituição onde todas as denegação (1) disciplinas são misturadas e. Eu tinha a impressão de que ele era muito vago. Corpo (23) CH ... eu consegui uma bolsa. (Risos). o que ele faz é colocar esta proporção de pessoas que cometem conservadorismo (2) suicídio em relação com outro fato visível. Auguste Comte. porque me parece que ele levantou uma questão importante: a Berger (2) questão de se uma linguagem formalizada — a matemática — pode ser usada nas ciências Bergson (8) humanas. mas sem nenhum background real em termos de estudos formais. como disse antes. muito platônica. Conhecimento (2) se você olha o Suicídio. Eu simplesmente trabalhei duro em demonologia (3) matemática. confuso etc. Durkheim (11) digamos. Édipo (1) Strauss naquele momento.. que era meu professor. eu me senti. eu fiquei muito desapontado com o David Harvey (1) estado da filosofia e da sociologia da década de 50. que seria.O senhor estudou com Raymond Aron? Estruturalismo (3) . o senhor decidiu ir para os Estados Unidos estudar Direito (2) especificamente com Lazarsfeld? doença mental (2) RB . vamos dizer com "um seguidor de Durkheim".Sim. você tem de eliminar o não-observável. compaixão (1) Comte (2) RB . Dessa forma. porque eu tinha a vaga Democracia (15) impressão de que pelo menos a economia. evidentemente. entre fatos visíveis e outros Cordialidade (1) fatos visíveis. Estado-nação (1) Estranho (2) CH . em meados dos anos 50. amador. cultura (1) no início dos meus anos de estudante.. porque eu tinha a impressão de que o que nós tínhamos na França eram dor (2) essencialmente duas grandes figuras naquele tempo. meu Hegel (5) interesse básico era: que tipos de sociologia realmente permitem um melhor entendimento Heidegger (5) dos fenômenos? A unidade do que eu fiz é. Para mim. O tema era Hegel em Berlim. eu diria. nós temos teorias gerais. loucura (1) muito claramente. John Rawls (1) John Searle (1) CH . Foi minha tese de doutorado. O senhor acha que houve uma mudança Facebook (2) substancial ou em seus interesses ou na sua abordagem que justifique isto? feminismo (34) RB . no sentido jogo (3) restrito da palavra indutivo. Internet (10) J. devido à Foucault (6) complexidade de agregação dos processos decisórios dos estudantes irem para as universidades. Eu queria deixar claro os Feuerbach (1) usos da linguagem matemática das ciências sociais. mas esta teoria geral seria indutiva? Eu acho que o meu problema é com o inteligência artificial (1) ‘indutivo’. seu trabalho parecia ser muito mais formal.Em The Crisis of Sociology o senhor escreveu que os sociólogos não deveriam se Humanismo (4) limitar ao estudo de métodos quantitativos porque isto implica a exclusão de uma "grande Humor (17) proporção de questões propostas pelos sociólogos (. Machado de Assis (3) neste ponto. que devem ser Imaginação Sociológica (1) distinguidos nas ciências sociais. A linguagem (1) forma de individualismo que é usada na economia neoclássica por Hayek e Popper e Literatura (11) outros é sempre uma forma muito particular de individualismo: uma forma que supõe que o lógica asilar (1) comportamento deveria ser explicado pela consideração de custos e benefícios. a teoria está lá para explicar Incivilidade (1) conjuntos muito circunscritos de fenômenos. que era a primeira oportunidade de etnografia (1) escrever algo longo. Mas sempre com um interesse metodológico básico. Mas eu não falaria de uma teoria indutiva. O senhor acredita identidade (18) uma teoria geral indutiva é apropriada para. por exemplo. No sistema francês. então. nós chegamos à idéia de crenças. na minha opinião. Na maioria dos casos você tem de usar algo mais geral e. você observará a extensão do conjunto de fenômenos. indutivo! Não.Meu primeiro livro — L’Analyse Mathematique de Faits Sociaux — é modesto. em um nível mais geral. Então. chamado de Diplome d’Études ética (1) Superieures. Eu acho que.No início de sua carreira.).Certo. eu usei uma espécie muito Fofura (1) flexível de matemática porque o objeto requeria isto. por exemplo.. E já naquele momento eu tive a Fichte (2) definida. você tem de usar uma formalização mínima para Frankfurteanos (5) desemaranhar os processos. naquele período. minha posição é muito diferente.O senhor acha que a principal diferença entre sua concepção de individualismo juventude (2) metodológico e a de Popper. neste sentido. Indústria Farmacêutica (1) Assim. eu senti que não tinha mais nenhum prazer Freud (5) fazendo aquilo. em meu livro sobre oportunidades em educação. em termos experiência (1) matemáticos. objetivamente. Mill (2) RB . Eu pensei que isto talvez fosse mais interessante e básico do que estudar a Gadamer (12) forma como os estudantes chegam às universidades.S. as quais podem explicar individualidade (2) vários fenômenos que pertencem a diferentes esferas. Eu não acredito que X é . No nível intermediário. sim.Eu tinha a impressão de que. gênero (27) Glenn Gould (5) CH . metodológica. Meu problema é com esta ‘teoria geral indutiva’. digamos. por exemplo. crenças são muito mais difíceis de Habitus (2) serem explicadas. do que o seu trabalho mais recente. mas em alguns filme (1) pontos muito restritos e limitados. você sempre tentará checar se ela explica de modo satisfatório um conjunto João Gilberto me influenciou (1) de fenômenos e então. eu escrevi um longo paper com Aron.. ou mesmo possível nas.Básico em que sentido? Goffman (1) Habermas (9) RB . e assim por diante. como a vejo. eu não diria isto. quando recebi meu primeiro diploma. E então. Mas. que é muito indivíduo (2) próxima das teorias gerais dos físicos. fenomenologia (6) mas muito modesto na intenção. Pareceu-me que. etnometodologia (1) exclusão social (2) CH . como processos de difusão etc. no sentido de que eu sempre insisto em fazer uma distinção precisa entre individualismo e utilitarismo.. diversos níveis de teorização. Uma das grandes questões na sociologia na atualidade é se o modelo da escolha racional pode ou não explicar todos os fenômenos. por exemplo. Este é o tipo de impressões vagas que eu Harold Garfinkel (1) tinha e que explica porque progressivamente eu mudei de certos tipos de fenômenos para Hartmut Rosa (1) outros. Indutivo no sentido de que uma vez que você Jó (1) tem sua teoria. individualismo (3) você tem discussões.Primeiro. Mas eu me sinto Lévi-Strauss (1) muito diferente e acho que. poderia ser colocada em Kant (3) termos de individualismo e atomismo? Kuhn (2) Laclau (2) RB . Em todos os casos. Desse modo. minha posição. eu tomaria o modelo da escolha racional como um Informação (1) exemplo de teoria geral. e cheguei à conclusão de que um fenômeno muito interessante são as futebol (8) crenças etc. a um tal grau que ainda falta uma teoria geral indutiva". você tem teorias como Inclusão digital (5) a Teoria do Comportamento Coletivo de Olson. é muito diferente das de Popper e Hayek.Eu diria que há. se você fala de teorias gerais. a matemática poderia ser útil. Você não pode explicar. Grande. clara e forte impressão que. e em certo grau também a de Hayek.Sim. acerca do modelo da escolha racional. exceto em casos Manifestações (1) muito particulares. As Lazarsfeld (1) pessoas que não gostam de mim tendem a me colocar no mesmo ‘saco’. hermenêutica (16) holocausto (1) CH . como os físicos.RB . o comportamento das pessoas sem invocar suas crenças e as crenças Manifestações de junho (1) não podem ser explicadas em termos de custo e benefício. No nível mais baixo. não. intrinsecamente. ciências sociais? IDH (1) Iluminismo (2) RB . Inquietante (1) instituição (2) CH . de forma que é muito mais difícil para os sociólogos darem alguma contribuição para o entendimento de crenças do que para o entendimento do porquê as handicap (1) pessoas vão para a universidade. desde filosofia da linguagem (7) muito cedo eu tive expectativas modestas acerca dos usos da matemática nas ciências Filosofia da Mente (1) sociais.Ah.. este tipo de axioma comportamental é muito particular e não pode ser Luhmann (1) usado na maioria dos casos. nacionalismo (1) nanotecnologia (2) CH . para ele. está conectado com seu passado. pertence a grupos e assim por diante. especialmente em seu livro sobre ideologia. pós-estruturalismo (10) RB .. Assim. Eu aceito totalmente a idéia de habitus. Não dizem No começo foi tudo muito difícil (1) mais do isto. algo está presente na sua mente. O que você tem de ver Pesquisa (2) é que Bourdieu usa habitus de uma forma muito particular. ontologia (14) o habitus é o resultado. como qualquer austríaco. E também há a Margaret Archer (12) distinção que você mencionou: parece-me que os que são conhecidos como individualistas Mário de Andrade (1) metodológicos são. pois ele tinha todos os tipos de preconceitos. há uma coisa que narcisismo (1) eu acho curiosa. Eu diria que tanto Popper quanto Hayek podem ser considerados como modernidade (7) atomistas e como muito próximos da tradição utilitária tal como usada pelos economistas.. o psicologia social (1) que você tem são seres humanos com atitudes. ele era nominalista no sentido de que considerava a posmodernismo (1) psicologia muito importante para explicar os fatos sociais. cuja obra ele entendeu errado. sem sombra de dúvida. como eu o analiso. Assim.Nominalista em um sentido muito vago. Sempre fui contra Bourdieu porque ele faz do conceito de objeto (1) habitus uma mistura de Tomás de Aquino e do Marx mais ruim. eu introduziria — o que tenho feito melancolia (2) em meus textos — a distinção entre atomismo e individualismo. Ele é Opinião (36) muito inteligente.S. Quero dizer. os recursos Marxismo (1) que as pessoas mobilizam para fazer as coisas. Segundo. em seu cérebro. Entre estes recursos você tem a Mead (2) lembrança de coisas passadas..Eu gastei muito tempo em alguns dos meus artigos refletindo acerca do porquê eu fui Reconhecimento (1) tão atraído por Tocqueville. atomísticos. e que psicose (1) você tem sempre de ir para este nível.. a tradução de Tomás de Aquino da hexis de Aristóteles. O senhor acha que há Raewyn Connell (1) alguma relação entre nominalismo e individualismo metodológico? Colocado de outra Razão (1) forma. Eu não posso deixar de naturalização (1) pensar que o que o senhor chama de efeitos de disposição é muito similar à noção de natureza (11) habitus de Bourdieu.verdadeiro porque é meu interesse acreditar nisto. cuja suposição mais forte é que pessoa (1) a Sociedade — com S maiúsculo — tem o poder de colocar coisas em você que poder (3) determinam completamente o seu comportamento. e porque — eu diria agora — ele é. mas eu não gosto do modo como ele usa este conceito. raça e etnicidade (5) racionalismo (2) CL . pois consideram as pessoas como Marx (3) de fato isoladas.U. eu diria que é porque ele fez reducionismo (3) exatamente o que Huygens fez... o senhor acha que nominalismo é a base do individualismo metodológico? realismo crítico (17) RB . meu ator social. ele não é uma entidade isolada. ações e assim por diante. e Modernismo (1) eu rejeito estas duas limitações. eles dizem niilismo (1) somente que.A. por trás dos fatos sociais.. Eu sempre considerei. Moscovici (1) CH . Durkheim e Weber usam o conceito de habitus. Assim.O senhor acha que Popper poderia ser considerado como um atomista? mídia (3) missões-suicida (2) RB .. isto é. que poderia ser chamado de psicanálise (2) nominalismo? Psicofármaco (8) RB . Ele tem uma percepção holística de Poder Simbólico (1) sociedade por atrás disto.Sim. Em um dos meus artigos. ele sempre construiu teorias que. pragmatismo (5) Praxiologia (2) CL . no que eu não acredito. mas não do de Bourdieu. política (3) Popper (5) CH .Mas o senhor não acha que há uma origem comum entre esta negação dos profissão (1) fenômenos holísticos e um tipo de realismo empírico. o senhor escreveu que Pós-Colonialidade (1) Lazarsfeld se considerava nominalista e. certamente não. já que o senhor mencionou o problema do meio social do ator. Mas não nominalista no sentido de que ele considerava que Positivismo (14) não havia realidade..Sim. Eles são também muito cuidadosos em dizer que habitus é somente um ponto nominalismo (1) em suas análises da ação. do que forças sociais anônimas querem.Bem. Mas quando Nietzsche (1) Aristóteles. muito freqüentemente. antes de tudo. O senhor acha que há qualquer similaridade. crenças. por exemplo. reflexividade (8) atendem aos critérios popperianos: uma boa teoria é uma teoria. holístico e determinístico e eu não posso aceitar nem o holismo poesia (1) nem o determinismo. está sempre em um dado campo social. Eu uso Religião (7) freqüentemente o exemplo da teoria do pêndulo de Huygens: ele introduz na teoria .Então esta seria sua resposta ao M. particularmente contra Max Weber.. por causa do seu passado. que é compatível Relacionismo (1) com todos os fatos que você pode observar.Na introdução de On Social Research and its Language. uma teoria científica é boa se suas relativismo (3) afirmações não diretamente empíricas são boas — e isto não é popperiano. Meu conceito de disposição é muito próximo do de habitus no sentido usado por Tomás de Aquino. não seria? movimentos sociais (3) mulher (1) RB . Ele está em um medicina (2) dado campo. no sentido de que. Esta seria minha resposta.. por exemplo. Pentencostalismo (2) Aristóteles e Max Weber. há uma profunda distinção aí marco teórico (1) entre o individualismo tradicional da economia neoclássica e o meu.S. sem saber e sem aceitar Pudor (3) o fato. contra os raça (1) alemães. E se você me perguntasse por quê. primeiro. Esta é neo-kantismo (2) uma velha noção. Memória (1) metodologia (20) CH .Minha próxima questão segue a mesma linha de pensamento. No sentido de que ele se colocava fortemente Pós-Humanismo (1) contra abordagens holísticas. Tomás de Aquino.Sob estes rótulos nominalistas você tem a idéia de que. está conectado com todos os tipos de Meio Ambiente (1) pessoas. porque ele era um weberiano.Talvez em um nível muito superficial. qualquer conexão entre natureza x cultura (1) os dois? Nazismo (1) RB . tentei apontar para o fato psiquiatria (6) de que Lazarsfeld é muito ambíguo. o Redes Sociais (2) maior de todos. quando Winch (2) na comunidade as pessoas concordam acerca de ‘A’ e discordam acerca de ‘B’. Porque. mesmo nas ciências naturais. Sartre (1) Individualism. Você já Viveiros de Castro (1) viu uma força vindo do centro da terra? Não. Anthropológicas Antropologia CH . ser social (1) Sérgio Buarque (2) RB . Como estas funções se tornaram crescentemente sonho (1) cruciais. ele lhe dirá que. a complementariedade reinou nos Tempo (2) Estados Unidos. Oxford: Basil Blackwell. Como conseqüência. Mas ela é aceitável. você tem afirmações psicológicas romantismo (15) muito simples. porque ele sempre usa afirmações que Rickert (2) podem ser facilmente aceitáveis. Schopenhauer (2) CH . enquanto um clima de competição tecnologia (26) Igreja-Estado prevaleceu na França centralizada. educação e bem-estar. Segundo. Em um primeiro Simmel (4) tipo de teoria. onde ela é ‘governada’ por uma igreja dominante. você introduz coisas Universidade (7) grandiosas: o espírito alemão. No que diz respeito a Tocqueville.Há alguma ontologia social implicada no individualismo metodológico. Key Concepts in the Social Sciences. Socialismo (1) por exemplo. por exemplo. não foram associadas na mente das pessoas com teoria política (1) quaisquer correntes políticas e ideológicas.. como em qualquer estado centralizado.Não. o espírito britânico. Parece-me que em qualquer representação social (3) teoria nas ciências naturais.. Nós temos de introduzir afirmações aceitáveis.O senhor colocaria a distinção em termos de observabilidade? video game (1) violência (6) RB . Elas impregnaram a vida cotidiana de forma que exerceram um Teoria Crítica (4) grande papel no que diz respeito às três funções mencionadas acima. tais sofrimento psíquico (3) como saúde. Deixe-me delinear um Silêncio (3) exemplo muito caricatural: as diferenças entre os alemães e os franceses.. o Estado francês tende a controlar direta ou indiretamente todas as funções sociais importantes. ele analisa o porquê dos franceses não Ricoeur (1) serem como os britânicos com relação a alguns aspectos do século XVIII. Esta circunstância tornou a subjetividade (4) competição Estado-Igreja mais aguda. você explicaria o problema introduzindo o Sociologia Clássica (29) conceito de espírito nacional. Isto é uma típica teoria holística. como lhe disse antes. quando eu pertenço a uma comunidade. o que não significa necessariamente que elas serão observáveis. para serem hostis à sociologia no ensino médio (9) religião.. Você não diria isto de Durkheim. Deixe-me tomar o exemplo do excepcionalismo religioso americano. Uma igreja dominante não pode deixar de se sofrimento (10) envolver com política. sociologia rural (1) em contraste com. mas ainda assim têm de ser aceitáveis. digamos. sociologismo (1) Esta diferença dá origem a muitos efeitos. me parece. você explicaria estas diferenças introduzindo o conceito de espírito alemão. a França. por exemplo. o Estado francês aumentou seu controle sobre eles. você tem a idéia de que as afirmações Sade (1) em suas teorias deveriam ser afirmações psicológicas simples e facilmente aceitáveis. Ele propõe uma Risco (3) teoria na qual todas as afirmações são facilmente aceitáveis..afirmações tal como ‘as forças que vêm do centro da terra’.Eu acho que a questão está colocada de forma errada. Observável deve ser distinguido de Zizek (4) aceitável. mas os físicos normalmente usam tais coisas. enquanto é menos atrativo e factível para uma seita competir com o sofrimento à distância (2) Estado em matéria de política. por exemplo. sociologia da juventude (1) Alternativamente. você tem uma teoria individualista universalismo (4) com todos os tipos de afirmações psicológicas. Por que os americanos mantêm uma religiosidade que já desapareceu nos Sociologia (2) países europeus? No primeiro tipo de teoria. as igrejas permaneceram como uma dimensão Teoria (6) básica da sociedade civil. Anthropology in the news RB .Observável. na teoria de Vitalismo (4) Huygens por exemplo.Há um capítulo onde ele diz que o que ele não pode aceitar no individualismo Segregação (1) metodológico é a idéia de que fatos individuais ou afirmações psicológicas seriam mais Sennet (2) reais do que afirmações holísticas.. por trás da idéia de individualismo. como conseqüência de sua Suicídio (2) organização descentralizada. pode deixar mais facilmente grande parte destas funções sujeito (3) para as denominações religiosas. vida intrauterina (1) CH . no fundo. 1973]? Saúde Mental (1) Schleiermacher (1) RB .Pelo menos potencialmente observável. Por que as teorias Rousseau (4) individualistas são boas quando são boas — nem todas são boas. Isto é uma típica teoria holística. você pode explicar isto como Tocqueville o faz. por exemplo. Como elas eram vistas como estando acima da política.O senhor conhece o livro de Steven Lukes sobre individualismo [Lukes. Os americanos não têm sociologia da saúde (1) as mesmas razões que os alemães ou franceses. ele invoca a idéia de uma força que vem do centro da terra. Este é o erro de Carnap: pensar que tudo deveria ser. Alternativamente. ou o senhor Arauto da Consciência acha que os aspectos metodológicos são independentes dos ontológicos? Blog de Tom Zé . eu tenderei Wittgenstein (4) a dar mais importância a ‘A’ do que a ‘B’. Páginas Úteis A rede CH . você pode explicar isto do Sociedade da Informação (1) modo como Tocqueville faz. ficando protegidas dos efeitos das mudanças Teoricismo (1) ideológicas. você tem elementos que não podem ser checados diretamente reprodução (5) contra os dados. Se você compara Durkheim com resenha (6) Tocqueville. não. Esta teoria de Tocqueville é individualista com afirmações psicológicas teratologia (1) implicitamente incluídas (Por exemplo: "é improvável que pais que vivem em um contexto Tony Lawson (6) onde seus filhos normalmente serão educados em instituições educacionais religiosas torcida organizada (3) desenvolvam uma atitude de hostilidade com relação à religião") e estas afirmações são Trágico (1) facilmente aceitáveis. mas quando elas são Roy Bhaskar (4) boas? Porque. Nos Estados Unidos. Tocqueville é sempre bom. Weber (1) Se você ler Tocqueville. mais facilmente observáveis.Eu dei uma olhada nele. por outro lado. S. Samba no pé (1) Sandra Harding (3) CH . E por que elas são aceitáveis? Porque. Você não pode checar estes tipos de afirmações Wright Mills (1) diretamente contra a realidade. na maioria das vezes. Por exemplo. A vida religiosa americana é organizada em torno de um grande número de seitas. O Estado americano. o senhor trabalha com o conceito de Fernando da Mota Lima) estrutura como o contexto da ação social e. E. Eles O Pensador Selvagem gastam seu tempo na corte. Realism neste sentido. você pode dizer que eles são aspectos estruturais.Associação de Estudos e que você tem uma teoria. gravidez e alienação parental XVIII. como estas diferenças entre duas sociedades. por exemplo. uma descrição realista. Blog dos Perrusi Muito freqüentemente. eu The Stone (a ágora virtual de Simon construo a teoria e vejo se ela é aceitável ou não. a relação entre as posições Sociologicus ontológica e epistemológica. neste sentido. de fatos.. E. Você começa a partir do fenômeno que você quer explicar. Para Tese Digital (textos acadêmicos e explicar isto. como os conceitos vêm da Sociologists: dead and alive realidade. Estes aspectos não são Pittacos: revista de cultura e inventados. aqueles que Outros Campos mais provavelmente encontram os camponeses. eu quero explicar isto. se eu estou Critchley no NY Times) . seguindo Roy Bhaskar. and culture) como uma estação de metrô. de seguir alguns difíceis de achar) critérios: eu não devo introduzir Deus em meu vocabulário. A Pesquisa FAPESP mesma análise é feita por Tocqueville acerca de outros aspectos. Blog do Edmilson Lopes RB .Em The Uses of Structuralism sua conclusão é que "uma estrutura é sempre a teoria Imagens e Palavras de um sistema — e ela não é mais do que isto". eles são reais. O antropologia aleatória nobre rico compra postos reais correspondendo muitas vezes a deveres mal definidos.O que o senhor quer dizer quando escreve em The Crisis of Sociology que "enquanto Ciência Hoje os objetos da lingüística. Esta é um típica questão sem sentido. eu introduzirei. Lola. a mistura de todo Frédéric Vandenberghe (textos para este conjunto complexo de informações convencerá o leitor.Deixe-me utilizar Tocqueville novamente. Letteri Café Literatura e Crítica Cultural (blog de CH . em seus livros mais recentes.Não. como um fenômeno objetivo que Marxists internet archive resulta de interações sociais prévias. nightclub culture e você tem realidades sociais. e nada mais. tanto no nível local livre quanto no nacional. Derrida em castelhano Diacrianos CH .. de forma contrastante. quando eu vejo críticas ao meu trabalho. uma teoria científica é boa quando ela fala da realidade tal como ela é. e não ontológica. não existia antes que ele a levantasse. dos dois Núcleo de Cidadania (NUCEM) contextos. Bruno Latour (home page) Para mim. Você tem de convencer o seu leitor da realidade do seu objeto. como quando eu falei a você que há uma diferença entre os Escreva. então. mas não produz os próprios objetos? Jornal do Mauss Les Classiques des Sciences Sociales RB .Certo. ele quer nos dizer que o indivíduo vem primeiro e sociedade vem depois". Carta Potiguar CH . esta é uma questão que não existia antes. se você observa os tipos de questões levantadas pelos Cuerpos y Emociones sociólogos. Por exemplo. mas. Eu concordo. Desse modo.. Desse modo. Mas ninguém na França vê a base desta superioridade. de estatísticas etc. Mas como isto é compatível com a sua definição em Matizes Feministas The Uses of Structuralism. ele não lhe dá uma descrição. mas não implica que a Tatuí Revista Crítica de Arte teoria deva ser descritiva.. poliTICs não vejo qualquer diferença ao falar que a estrutura não tem existência até o momento em SEAF . então você tem de convencer Etnofoco: antropologia e fotografia seu leitor que a diferença existe. E como se constrói conceitos. Mas como esta diferença não é imediatamente visível. de testemunhos. Os Talking Philosophy: TPM's Blog contatos entre a teoria científica e a realidade devem ser fortes. Neste momento. você Darwin vs The Machine: the science of tem duas coisas: você tem a realidade social que você pode observar e da qual pode falar. Neste sentido. Mas a seleção destes aspectos é guiada pela teoria que ele tem humanidades em mente.Eu estava me perguntando acerca do tipo de conseqüências que esta posição Sociedade Brasileira de Sociologia epistemológica teria na formação dos conceitos. download) IBGE CH . mesmo que Domínio Público (MEC) seja um objeto abstrato. de que a estrutura é uma teoria e nada mais? Mundo em Movimentos Na Prática a Teoria é Outra RB . a pequena nobreza tem o direito de receber de pessoas comuns O Chihuahua Anão: um blog de sinais de respeito e deferência. funções sociais e políticas.De fato. (blog de Elaine Cesar) nos termos que ele a coloca. Stanford Encyclopedia of Philosophy RB .Como se decide sobre a realidade de um objeto? Direitos Urbanos/Recife Diário de um Sociólogo RB . Com relação aos nobres pobres. eles se apegam com insistência aos seus Parrhesia: journal of critical philosophy privilégios. eu construo uma teoria e esta teoria tem.Depende. Por exemplo. e que a teoria lhe guia na pesquisa da estrutura. technology RB . um Teatro Oficina dado fenômeno bem definido. e que não são visíveis diretamente. da economia ou da demografia são geralmente constructos Classiques des sciences sociales abstratos aqueles da sociologia são encontrados na realidade"? ComCiência CTheory (journal of theory. Cynthia Semíramis quando Tocqueville explica porque os britânicos e os franceses são diferentes no século Câncer. desde que estes são a única fonte de seu status.. Assim. em Versailles. finalmente. sua superioridade oficial é vista como legítima e é aceita. e como eles voltam à realidade — e eu acho que esta é a parte mais SOS Corpo importante.. e eu não devo The Erving Goffman Archives introduzir em meu vocabulário. eu diria que esta é meramente uma questão epistemológica. Eu não sei — ninguém jamais saberá — Café Colombo se a sociedade ou o indivíduo vem primeiro. e. Atividades Filosóficos Simmel on line CH . Escreva franceses e os britânicos em tais e tais aspectos e tal e tal tempo. e assim por diante. Uma vez estabelecidos estes critérios. naturalmente.Eu vejo que. conceitos tais The Feminist eZine como o espírito nacional. se eu sou um individualista metodológico. a pequena PE Livre: plataforma de conhecimento nobreza exerce. Não seria mais apropriado dizer que o International Association of Critical conceito de estrutura é precedido por teorias. Quando ele escreve que "os franceses e os britânicos são diferentes". você tem também questões que não existem na realidade. esta ciência produz as condições para a identificação Jornal Cultural dos objetos. mas que a estrutura em questão não o é. Na Inglaterra. este tipo de questão é mero nonsense. ele somente extrai um número muito limitado de grandes características. A diferença entre as duas sociedades. O biscoito fino e a massa Para dar um exemplo. eu vejo as pessoas Blogue do Jampa dizendo: "ah. como uma estação de metrô. que você tem Dead Sociologists de construir antes de falar acerca delas. E o que você fará então? Você mostrará todos os tipos de European sociological review documentos.Você tem dois tipos de coisas: você tem realidades concretas não-individualísticas. Não. Eis porque eu não estou muito consciente disto. as lutas entre Sérvia e Croácia etc. Naturalmente. Yann Moulier Boutang. diante ad infinitum. Mas. mas é importante se preocupar com este ‘grande saco’. em uniforme militar. Ninguém Heraldo Souto Maior. Suponha que o que eu quero explicar são as diferenças entre a França e a Inglaterra. mas todos os dados que estão lá. principalmente no seu livro Theories of Social Change.. Isto não significa que elas têm alguma prioridade. Conhecimento e Poder: quando eles olham a situação atual.Não. RB . eu pensei. E Max Scheler em seu livro sobre Wert Ethik. Giuseppe Cocco. Eu me senti perplexo por isto. onde eles estão. perguntar: "por que era diferente na França e na Hamlin. pois não estou muito consciente disto. Dan Schiller.. em certa medida. Eu simpatizava com ele. CH . Eu tomaria este elemento como pertencendo à situação dos sérvios. e eu tenho muitos of lynching in USA fatos em todos os lugares na conexão entre teoria e o que eu quero explicar. e isto é tudo. Você os percebe. RB . avôs etc.preocupado em explicar algumas diferenças entre dois países. Neste sentido. Tudo que está presente Sarita Albagli e Maria Lucia Maciel (org. Isto significa o valor que eles dão à história passada através de suas próprias famílias.Isto me deixa embaraçado. Robert Brym.A noção de uma racionalidade limitada e ‘subjetiva’ é talvez a característica mais original do seu individualismo metodológico e ela requer um método que nos permita a apreensão desta racionalidade. O senhor poderia me dizer exatamente o que entende por situação? RB . ela é uma resposta à questão que eu quero que seja universalmente aceitável. ele está certo quando diz que os valores morais têm uma realidade. forma quase casual.. Então. porque eu tenho de parar em algum lugar. Maria Nélida González de abordagem. Mas minha teoria. Todos eles. eu considerarei. uma revelação científica.Eu não o defini porque. Isto significa somente que este é o ponto onde eu tenho de parar. por exemplo. ou ao que aconteceu à Sérvia. Eu não as explico. no que eu considero como características periféricas. foi Max Scheler.. eu diria que as fotografias pertencem à mudança tecnológica e inovação social. Ela não é uma descrição Sugestões de Leitura do objeto. No entanto. em princípio. Without Sanctuary . O único autor sobre o qual eu refleti muito nesta corrente de pensamento. . aspas? César Bolaño. eu tomo o exemplo dos sérvios. Assim. eu o tomo de uma forma muito abstrata e vaga: eu não entendo por situação a situação concreta. Eu dei muita atenção a este livro porque Max Scheler diz que "os valores morais existem de fato.O conceito de situação. você não pode definir situação se você a utiliza da forma como eu faço. John Lie.Schütz muito menos. Publicado pela me impede de fazer esta pergunta e. de Sarita Albagli e Maria Lucia Maciel (org. Garamond. o último termo da função é estrutura social. Alain Herscovici.. é meramente uma descrição do objeto. É interessante que o senhor se refira a este método. não tem um ‘grande saco’: as pessoas têm seus conjuntos de preferências. os elementos que você irá levar em consideração dependerão do que você quer explicar. CH . (2010) A Nova Retórica do Capital. mas não posso aceitar a idéia de que nós temos uma percepção ou um sentido em termos destes valores. eu tenho de convencer o leitor que elas de fato existem. como dissemos antes. ao passado. como uma abordagem fenomenológica. nós os percebemos de um modo fenomenológico". então. intencionalmente. no sentido utilizado pelos economistas neo-clássicos. 2011.Photos & postcards no sentido mais forte da palavra. Inglaterra?".). Rio de Janeiro. situação. e assim por Thomson em 2006.). na forma como ela ‘recorta’ a realidade. ir adiante. com Sandra Braman. a partir do trabalho dele. Eu paro aí porque este não é o ponto que quero explicar. características estruturais. e muito recentemente. e por que sempre usa o termo ‘fenomenologia’ e outros correlatos entre Gómez. Trezentos Estas características estruturais. Na Sérvia.Na equação que sumariza o paradigma da ação social. Assim. porque você tem de ver que. de modo nenhum. na mente das pessoas ou no meio em que vivem. Eu paro aí. o senhor nunca o definiu tão cuidadosamente quanto o senhor definiu outros termos envolvidos nesta abordagem. Dessa forma. a teoria é sempre. CH . isto não implica que é realmente a estrutura que funciona como elemento explicativo? RB . os fatos relacionados estão aí. todos os camponeses têm fotografias de seus pais. Maria Eduarda. ao meio em que se vive. Eu nunca me Lexington Books interessei muito por fenomenologia. e que eu tenho de invocar para responder a uma dada questão. ser redutível às ações dos indivíduos. Cynthia Lins mas eu poderia. eu não posso definir situação. Eliane Veras. O individualismo metodológico. mas nunca tive a impressão de ter tido qualquer revelação. você não os percebe como objetos físicos. Perplexo porque. o livro Value Ethics. Minha preocupação é com outra coisa. à natureza das relações entre as pessoas e que você tem de invocar para explicar o que você quer explicar. "por que se tinha mais posições na França do que na Inglaterra?".E Schütz? Rocha. Jonatas Ferreira e Maria Eduarda da Mota Rocha.. que o número de posições na corte é maior na França do que na Inglaterra. É um ‘grande saco’. Informação. em um dos meus artigos. para outras questões. Se você quer explicar a forma como eles julgam agora o que aconteceu na Sérvia. CH . Max Scheler é o único fenomenólogo acerca de quem eu realmente refleti. Remo Mutzenberg. mas nós temos um sentido em termos de valores morais. você tem de considerar que eles têm estas fotografias presentes em suas mentes. arbitrária. eu reconheço. Dessa forma. Edusp. como o conjunto de todas estas coisas que pertencem à memória. Assim. exerce um papel central na sua concepção de individualismo metodológico. naturalmente. eu tenho de parar ali arbitrariamente. Apesar do senhor argüir que esta estrutura pode sempre. isto é. Como o senhor define esta (2010). Eu sempre resisti a grandes teorias. Eu nunca me senti. a teorias que englobam tudo. Bryan Turner. ainda me manda um artigo.U. Eu tenho a sensação de que o conceito de habitus na obra de Boudon é completamente ad hoc e leva a contradições incríveis. Hamilton (eds). quanto no desenvolvimento do subjetivismo de Hayek. E. né?) e fiquei morrendo de medo de perguntar aquilo. Não vejo que problemas Schütz solucionou. Boudon é simpático? Recebeu-te bem? Achei muito interessante a pergunta sobre as semelhanças entre a noção de "efeitos de disposição" e de "habitus" de Bourdieu. além de uma das pessoas mais educadas que já conheci. E. Cherkauoi e P.. 1996. Dutra (orgs). pois eu acredito que Schütz foi uma referência importante tanto no desenvolvimento fenomenológico do trabalho de Weber. No.. Mauro Koury escreveu um comentário muito interessante a esta pergunta. Sobottka. O que vc acha? Bjs 6 de junho de 2008 11:06 Raymond Boudon: a life in sociology (2009). Oxford: Bardwell Press. nem achei que ele fosse responder tão longamente. 1. Hegel e a Sociedade muito diferente. Clarles. 6 de junho de 2008 12:45 Pedro Monteiro disse. Perrusi.. Imagens da Loucura. 2008. Com relação a Schütz.. Artur (1995). Eu acho que a essência do trabalho científico é solucionar quebra-cabeças..Não. realmente atraído seja por Schütz.S.. . A relação entre Boudon e Boudieu era um horror (a França tem essa coisa de inimigos acadêmicos. Sei lá. Porto Alegre: PUC-RS.A. Bob Brym e Cynthia Hamlin. A.CH .. Eu acho ele muito simpático. Gonçalves. entrevista Miglievich. RB . Vol. Achei a resposta de Boudon um tanto evasiva.. R. Edições Loyola. R. Gosto 0 Tweet Partilhar 229K Postado por Le Cazzo às 21:06 A Modernidade como Desafio Teórico.Isto é muito interessante. Enquanto isto. 2001. como uma certa Joas. CH . seja por Hayek. eu tinha uma forte atração por Tocqueville e Weber porque tinha a impressão de que eles me ensinaram algo. Peter pessoa deste Cazzo que não sou eu? Hedstrom. Eles lidaram com todos os tipos de fatos que eram obscuros ou opacos antes deles e que se tornaram claros depois deles.A. mas manda. eu devo dizer. 2. CH .. Artigos de Hans Você também achou ele "fofo" e com cara de "galã de cinema"..O senhor é mais o tipo de cientista de "alcance médio". Muito interessante a entrevista. Mutzenberg e R. dentre outros. mas ao mesmo tempo parece se distanciar do M. muito pouco.. Porque? Talvez tenha entendido mal. Para falar a verdade.S.. Se te interessar. B Arenari.S. Cynthia disse. Swedberg. Marcadores: Boudon. 17 de junho de 2008 06:44 Cynthia disse. tenho a impressão de que não aprendi nada com ele. De vez em quando. Edições Loyola pergunta: Não entendi bem a posição dele em relação ao M. O Belo e o Destino: uma introdução à filosofia de ótima a idéia das entrevistas! Hegel..S...Muito obrigada. Márcia. depois te mando. 2005. ele é Taylor.. sim. O senhor tem alguma coisa a ver com esta tradição? RB . 4 comentários: Artur disse. Pelo que entendi ele se coloca contra o atomismo/utilitarismo do paradigma da escolha racional. Moderna. Com relação a Hayek.. apesar de simpatizar com ele.Sim (Risos). Manda para meu endereço no Canadá (que eu já corrigi um zilhão de vezes). Mas a resposta é evasiva.U. M. Tradução: Jorge Ventura de Morais Publicada originalmente em Estudos de Sociologia. Tiryakian. entre Postagem mais recente Página inicial Postagem mais antiga outros Assinar: Postar comentários (Atom) Hamlin. Pedro. F. Aécio Amaral. ele próprio reconhece hoje que este não é o caso. Hamlin. Raymond. Di Nuoscio. Serfati. Londres e Nova York: Routledge. Abç 17 de junho de 2008 16:47 Postar um comentário Links para esta postagem Criar um link Marcos Costa Lima (org). São Paulo: Cortez. (2005) As Sociologias de Georg Simmel. Vandenberghe. . Jonatas Ferreira. Cynthia Lins (2002). Embora Caillé tenha continuado a se referir a Boudon como utilitarista por um tempo. especialmente Alan Caillé. sobre valores morais (que consiste numa negação do consequencialismo das teorias morais utilitaristas). Cynthia (2004). artigos de Chenais. Oi. Beyond Relativism: Raymond Boudon. Spiegazione scientifica e relativismo culturale. Belém e Bauru: Edufpa e Edusc. no entanto. Ocorre. André Furtado. Roma: LUISS ed. o que era verdade. que Boudon foi progressivamente se afastando desta abordagem. Boudon. Alguns autores do MAUSS. mais tarde. costumavam citar Boudon como exemplo de autores utilitaristas contemporâneos. Editora UNESP. especialmente a partir de seu trabalho sobre ideologia e. Cognitive Rationality and Critical Realism. Enzo. Ewen. Ewen. UFMG e Iuperj. São Paulo. Frédéric (2010). Luis (2009) Feios. Belo Horizonte e Rio de Janeiro: Ed.Vandenberghe. S. Teoria Social Realista: um diálogo franco- britânico. E. Excelente estudo sobre a criação dos estereótipos modernos. Nova York. (2006) Typecasting on the Arts and Sciences of Human Inequality. Alameda. Ferla. Arquivo do blog Setembro (10) Outubro (5) Novembro (3) Dezembro (11) Janeiro (14) Fevereiro (4) Março (6) Abril (14) Maio (18) Junho (7) Julho (4) Agosto (11) Setembro (15) Outubro (6) Novembro (10) Dezembro (10) Janeiro (2) Fevereiro (2) Março (5) Abril (13) Maio (11) Junho (11) Julho (2) Agosto (8) Setembro (11) . Seven Stories Press. Sujos e Malvados sob Medida: a utopia médica do biodeterminismo. 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