Empreendorismo e Inovação

March 17, 2018 | Author: Hobbes | Category: Business Plan, Entrepreneurship, Innovation, Economics, Time


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Pós-Graduação | Unicesumar1 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA SOR ME. RIC GA | PROFES K A MISUNA LDO YUTA ME. HARO PROFESSOR QUERQUE ARDO ALBU AZENHA S E Õ Ç A V O N I E UNIDADE I INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO UNIDADE II UNIDADE III OPORTUNIDADES EMPREENDEDORAS Qual é a estrutura de um plano de negócios? Proteção da propriedade intelectual EMPREENDEDORISMO NA ATUALIDADE Criatividade, inovação e empreendedorismo Tendências e Desafios do Empreendedorismo palavra do reitor Reitor Wilson de Matos Silva Viver e trabalhar em uma sociedade global é um grande desafio para todos os cidadãos. A busca por tecnologia, informação, conhecimento de qualidade, novas habilidades para liderança e solução de problemas com eficiência tornou-se uma questão de sobrevivência no mundo do trabalho. Cada um de nós tem uma grande responsabilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos nossos fará grande diferença no futuro. Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar – assume o compromisso de democratizar o conhecimento por meio de alta tecnologia e contribuir para o futuro dos brasileiros. No cumprimento de sua missão – “promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro Universitário Cesumar busca a integração do ensino-pesquisa-extensão com as demandas institucionais e sociais; a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consciência social e política e, por fim, a democratização do conhecimento acadêmico com a articulação e a integração com a sociedade. Diante disso, o Centro Universitário Cesumar almeja ser reconhecida como uma instituição universitária de referência regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de competências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação da extensão universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa; compromisso social de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, incentivando a educação continuada. Direção Unicesumar CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância: C397 Empreededorismo e Inovações / Haroldo Yutaka Misunaga; Ricardo Azenha Loureiro Albuquerque Revista e atualizada, Maringá - PR, 2014. 126 p. NEAD - Núcleo de Educação a Distância “Pós-Graduação - EaD”. Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. 1. Empreendedorismo. 2. Inovações . 3. Franchising. 4. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 658.421 CIP - NBR 12899 - AACR/2 NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Direção de Operações Chrystiano Mincoff, Coordenação de Sistemas Fabrício Ricardo Lazilha, Coordenação de Polos Reginaldo Carneiro, Coordenação de Pós-Graduação, Extensão e Produção de Materiais Renato Dutra, Coordenação de Graduação Kátia Coelho, Coordenação Administrativa/Serviços Compartilhados vandro Bolsoni, Gerência de Inteligência de Mercado/Digital Bruno Jorge, Gerência de Marketing Harrisson Brait, Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nalva Aparecida da Rosa Moura, Supervisão de Materiais Nádila de Almeida Toledo, Direção de Arte Editorial Jaime de Marchi Junior, José Jhonny Coelho, Revisão Textual Keren Pardini, Ilustração Nara Emi Tanaka Yamashita, Fotos Shutterstock. Logo. que não reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em segundos. A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje em um dos principais fatores de agregação de valor. local e elitizado. selecionar e usar a tecnologia que temos e que está disponível. Priorizar o conhecimento hoje. do acesso wireless em diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. bem-vindo(a) à Comunidade do Conhecimento. ricos em informações e interatividade. Porém. “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. Essa é a característica principal pela qual a UNICESUMAR tem sido conhecida pelos nossos alunos. As redes sociais. atemporal. entender. equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura e transformando a todos nós. É isso que a EAD da UNICesumar se propõe a fazer. por meio da Educação a Distância (EAD). renovável em minutos. de superação das desigualdades. propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. lugares. convido você a saber cada vez mais. professores e pela nossa sociedade. significa possibilitar o contato com ambientes cativantes. Como já disse Sócrates. De fato. Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda uma cultura e forma de conhecer. global. blogs e os tablets aceleraram a informação e a produção do conhecimento. da educação por meio da conectividade via internet. informações. transformado pelas tecnologias digitais e virtuais. como agente social. os sites. é importante destacar aqui que não estamos falando mais daquele conhecimento estático. mas de um conhecimento dinâmico. . as tecnologias de informação e comunicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas.boas-vindas Pró-Reitor de EaD Willian Victor Kendrick de Matos Silva Prezado(a) Acadêmico(a). democratizado. que ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. repetitivo. É um processo desafiador. a conhecer. as tecnologias atuais e suas novas ferramentas. Estes cursos foram planejados pensando em você. você terá a oportunidade de conhecer um conjunto de disciplinas e conteúdos mais específicos da área escolhida. desta forma. Professor Dr. tendo como consequência o aumento da sua importância e popularidade no cenário global. não é mais suficiente para garantir sua empregabilidade. Renato Dutra Coordenador de Pós-Graduação . fortalecendo seu arcabouço teórico. É preciso o constante aperfeiçoamento e a continuidade dos estudos para quem quer crescer profissionalmente. A pós-graduação Lato Sensu a distância da UNICESUMAR conta hoje com 16 cursos de especialização e MBA nas áreas de Gestão. oportunizando sua aplicação no dia a dia e. A graduação. Extensão e Produção de Materiais NEAD . fato que só não é maior devido a uma grande carência de mão de obra especializada. que no passado era um diferenciador da mão de obra. as exigências do mercado de trabalho são cada vez maiores. ajudando sua transformação pessoal e profissional. motivadas pela estabilização e crescimento da economia. Esta importância tem se refletido em crescentes investimentos internacionais e nacionais nas empresas e na infraestrutura do país. Nesse sentindo. Educação e Meio Ambiente. Escolhendo um curso de pós-graduação lato sensu na UNICESUMAR. em especial nas últimas décadas. aliando conteúdo teórico e aplicação prática.sobre pós-graduação a importância da pós-graduação O Brasil está passando por grandes transformações.UNICESUMAR . trazendo informações atualizadas e alinhadas com as necessidades deste novo Brasil. formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária” .Missão “Promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento. mostrando que. Tratamos a respeito do intraempreendedorismo. ser empreendedor. pois trata-se de um processo envolvendo pessoas com o objetivo de criar algo novo. Esperamos contribuir. necessariamente não obriga as pessoas a começar seu negócio do zero. L. Vamos juntos estudar um pouco mais sobre empreendedorismo.apresentação do material Professor Mestre Haroldo Yutaka Misunaga Professor Mestre Ricardo A. não somente para o empreendedor em si. . muitas vezes o caminho para o negócio próprio é contratar uma empresa que já detenha estrutura administrativa/operacional pronta que possa assessorar no desenvolvimento do negócio. compreensão e discussão de um tema que está em voga no atual contexto social e organizacional: o empreendedorismo. com o despertar de uma centelha empreendedora em você. Trouxemos uma breve introdução a respeito do tema empreendedorismo apresentando os conceitos do tema e pesquisa recente do GEM . Compreender a dinâmica desse fenômeno chamado empreendedorismo torna-se imperativo. No momento que estávamos escolhendo os assuntos que seriam abordados ao longo deste material. iremos descobrir que colaboradores em empresas privadas e/ou públicas também podem ser empreendedores. Abordamos sobre Franchising. assunto em que nós procuramos trazer os conceitos mais modernos a respeito do tema para que possamos despertar as características empreendedoras em você. procuramos trazer algo que pudesse contribuir para a análise. ou seja. Albuquerque É uma grande satisfação poder dirigir-se a você por meio deste livro. podendo iniciar na carreira empresarial com uma franquia. diferente e com valor.Global Entrepreneurship Monitor –. região ou país. que tem o objetivo de “explorar e compreender o fenômeno do empreendedorismo e o seu papel no processo de desenvolvimento e crescimento econômico dos países”. mesmo não sendo donos de seus próprios negócios. pelo menos. mas para o desenvolvimento econômico e social de um local. ou seja. sumário Gestão de Negócios 8 01 INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO 12 empreender o que significa isso? 13 empreendedorismo no mundo 16 24 empreendedor entendendo esse estranho ser formar empreendedores: realidade ou mito? 25 plano de negócios 39 políticas públicas e fontes de financiamento 52 fontes de financiamento . Pós-Graduação | Unicesumar 9 02 OPORTUNIDADES EMPREENDEDORAS 03 EMPREENDEDORISMO NA ATUALIDADE 62 propriedade intelectual 102 intraempreendedorismo 72 criatividade. inovação e empreendedorismo 104 cases de sucesso 84 franchising 105 como desenvolver intraempreendorismo nas empresas 107 empreendedorismo & globalização 109 empreendedorismo tendências e desafios . • Relacionar as políticas públicas ao ambiente empreendedor. apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: Objetivos de Aprendizagem • Compreender o significado e a importância do empreendedorismo na atualidade. • Introdução ao empreendedorismo • Empreendedorismo: o que significa isso? • O empreendedorismo no mundo • O empreendedor: entendendo esse estranho ser • Apresentação do plano de negócios • Por que redigir um plano de negócios? • Mas afinal. • Entender a importância do plano de negócios. Ricardo Albuquerque Azenha Plano de estudo A seguir. • Conhecer a estrutura do plano de negócios. o que é um plano de negócios? • Qual é a estrutura de um plano de negócios? • Políticas públicas e fontes de financiamento • As Políticas Públicas e os governos • As Políticas Públicas no Brasil • Fontes de Financiamento . Haroldo Yutaka Misunaga / Professor Me. • Conhecer as principais fontes nacionais de financiamento ao empreendedor.Empreendedorismo e Inovações 10 1 INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO Professor Me. exercem atividades das mais variadas sem ter uma empresa formalmente constituída. compreender como essa característica pode levar alguém a ter sucesso na sua vida pessoal e profissional. Isto porque não falamos de centenas de milhares de pessoas que fabricam pães. talvez. fabricando coisas. conhecer esta característica nas pessoas e. outras de eletrodomésticos.Pós-Graduação | Unicesumar 11 Quando você caminha por uma rua comercial de uma cidade qualquer. empregando pessoas. constroem. com menor ou maior intensidade. ao mesmo tempo contribuindo também para que outras pessoas possam realizar seus objetivos por meio de um empreendimento. salgados. Talvez. percebe também a presença de indústrias de pequeno. Precisamos. fabricando os mais diferentes tipos de produtos imagináveis. então. milhares de pessoas que se deslocam de e para essas empresas. poderemos constatar que você é um grande empreendedor e talvez nunca tenha se dado conta disso. algumas relojoarias. meu(minha) caro(a) aluno(a). . movendo com uma velocidade fantástica as engrenagens da economia. consertam. outro movimento também acontece: são centenas. algumas lojas de calçados. enfim. Logo nas primeiras horas da manhã e no final da tarde. Essa dinâmica que vemos acontecer é prova de um fenômeno que não tem nada de recente. O fato é que as empresas estão presentes em nossas vidas. pequenas ou grandes. conversando com você. com certeza percebe a presença de vários pontos comerciais. Nesta primeira sessão. conheceremos um pouco mais das características daquele estranho ser que faz as coisas acontecerem: o empreendedor. então. mas que está entranhado na vida das pessoas: o empreendedorismo. Se você sai um pouco desta área central e vai para o entorno da cidade. quem sabe até algumas lanchonetes e farmácias. médio e até grande porte. mais do que isso. Estão ali. para trabalhar. Todo esse panorama que descrevemos acima é comum em nossas cidades. encontrará. Já o termo empreendedorismo é tido como uma tradução livre para o português da palavra inglesa entrepreneurship. alguns como agricultores. A partir de então.Empreendedorismo e Inovações 12 empreender o que significa isso? S e pesquisarmos uma obra de referência. o interesse de estudiosos sobre o tema. um objetivo. Outro fato histórico e igualmente interessante. outros como comerciantes. vamos encontrar uma definição muito interessante da palavra “empreender”. Este comportamento empreendedor parece ter sofrido uma redução com o advento da Revolução Industrial que trouxe consigo a massificação do emprego formal. iniciar um novo negócio. como um dicionário. de economistas a filósofos. se revisitarmos a literatura constataremos que os seres humanos sempre foram empreendedores. Por exemplo. de psicólogos a administradores. literalmente. fazer. Esses significados todos encontramos naquele que é o sujeito de todos estes atos: o empreendedor. Somente com estes dois vocábulos.uol.michaelis. pôr algo em curso. um grande contingente de empreendedores que saíram a campo. delinear.com. pôr em prática uma ideia. ainda outros como artesãos. buscando formas de prover os meios de subsistência para si e para suas famílias. Essas pessoas – empreendedoras – foram e ainda são responsáveis pelo “motor” da economia das nações. Este mesmo dicionário dá a origem com a junção do sufixo em mais a palavra do latim prehendere. elas mesmas. Historicamente.br>). Essa força propulsora despertou. por exemplo. colocaram seus planos em prática e. 2 Pôr em execução. o Dicionário on-line Michaellis (<www. se você pesquisar os países mais desenvolvidos do mundo. 3 Realizar. Este fato tornou a maioria das pessoas apenas empregados executores de uma série de regras próprias da mecanização do trabalho humano. a define assim: (em2+lat prehendere) 1 Resolver-se a praticar (algo laborioso e difícil). você já conclui vários conceitos interessantes e reais: empreender se refere ao ato de “fazer acontecer”. mudaram a realidade de onde estavam inseridos. via de regra. . tentar. gradativamente. empreender ficou restrito a um pequeno número de pessoas propensas a. do Chile. um projeto chamado GEM – Global Entrepreneurship Monitor –. Essas Instituições decidiram criar. 2008). MAYER. Cumprindo essa finalidade. É bom que você saiba que iniciativas neste sentido foram formuladas. a London Business School. o que influencia também estudos sobre o grau de desenvolvimento da atividade empreendedora nas nações. em 1999.Pós-Graduação | Unicesumar 13 empreendedorismo no mundo Essa força propulsora interessa aos países. . sendo que uma delas merece um destaque especial. o GEM desenvolveu instrumentos que permitissem medir a atividade empreendedora dos diversos países pesquisados. da Inglaterra e a Universidad Del Desarrollo. Trata-se da contribuição de três importantes instituições que estudam este assunto – a Babson College. dos EUA. que tem o objetivo de “explorar e compreender o fenômeno do empreendedorismo e o seu papel no processo de desenvolvimento e crescimento econômico dos países” (MARIANO. os países mais ricos. as pesquisas para o GEM estão a cargo do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade. exemplos da Bolívia e Uganda. O número de adultos considerados . O terceiro grupo é o dos demais países que são impulsionados pela inovação. com menos de 42 (quarenta e dois) meses de existência. Países de renda alta: PIB per capita superior a US$20. até para que você tenha uma visão do grau de desenvolvimento do espírito empreendedor pelo mundo. respeitando o seu desenvolvimento econômico. casos também do Chile e da China. Países de renda média: PIB per capita inferior a US$20. O relatório GEM 2010 indica que o Brasil apresentou.000. É muito proveitoso que você conheça os resultados dessa pesquisa. uma TEA de 17. consideram-se os países cujas economias são baseadas na extração e comercialização de recursos naturais. O cálculo é simples: se o índice TEA for de 10%. de acordo com critérios definidos pelo Fórum Econômico Mundial. 2008): a.5%. e em especial no Brasil. que é a maior já registrada desde que a GEM começou a ser realizada no país. No Brasil. contando com o auxílio de renomados pesquisadores e autores do tema Empreendedorismo em território nacional. Imaginemos uma população adulta de 120 milhões de pessoas num país que apresente TEA de 15%. Para se ter uma ideia de como funciona essa classificação. basta extrair esse percentual do total da população adulta (de 18 a 64 anos) de um país. O SEBRAE também é parceiro desta iniciativa no Brasil e publica a versão em português do relatório.00. Os critérios da pesquisa do GEM são muito interessantes. no primeiro grupo. Outro critério utilizado pelo GEM é dividir os países pesquisados em dois grupos. b.000. ou seja. significa que 18 milhões de pessoas iniciaram empreendimentos no país. O resultado é uma melhor compreensão do perfil empreendedor do brasileiro. que representa a proporção de pessoas na faixa etária entre 18 e 64 anos envolvidas em atividades empreendedoras na condição de empreendedores de negócios nascentes ou empreendedores à frente de negócios novos. por exemplo. a chamada Taxa de Empreendedores em Estágio Inicial (TEA).Empreendedorismo e Inovações 14 Você pode ter acesso aos relatórios do GEM na Internet. como Estados Unidos e Itália. Nosso país faz parte dos países impulsionados pela eficiência que considera as economias norteadas para a eficiência e a produção industrial em escala. segundo o PIB per capita (considerado pela paridade do poder de compra) (MARIANO. que tem como um de seus objetivos “a promoção e a valorização de uma cultura cada vez mais empreendedora no Brasil” (Relatório GEM. O GEM desenvolveu um índice para medir a taxa de empreendedorismo nos países participantes da pesquisa. MAYER.00. A metodologia leva em conta as três categorias de países para coleta das amostras. considerados menos desenvolvidos. Os resultados do Brasil têm sido muito animadores. naquele ano. 2010). 8 26.2 51.1 Figura 1 – Sonho dos Brasileiros / fonte: GEM BRASIL 2012 2010 2002 : 2010 fonte: Greco.3% 2004 12.também registrou alta.6 50.1 48.0 31.7 10.9 31.3 56.6 40.0 46.3% 12.8 33.8 22.9 7. 2010).4 33. este é menor apenas que o registrado na China. Há uma preocupação de que muitas pessoas acabam por empreender unicamente pela necessidade. (2010) Região Região Sudeste Sul 51.5 36.5 16.5 14.2 48.5 11. valor que representa 21.7 20.5% 13.5% 13.0 39.7% 11.0 30. em números absolutos de empreendedores.4 35.7% 2006 2007 13.2 19.1 59.2 5.5 34. 25% 17.2 5.1 empreendedores por oportunidade para cada empreendedor por necessidade (RELATÓRIO GEM.2 32. Isto porque o empreendedorismo por oportunidade – aquele que enxerga de fato uma possibilidade real de exploração de um novo negócio .4 51. 2010).1 15.4 37.9 30.9 19.6 43.0 48. et al.Pós-Graduação | Unicesumar 15 ficou em torno de 120 milhões de pessoas.1 44.3 31.4 11. A pesquisa destaca que.5 20. mas também no qualitativo. Mas é animador.7 32.4 18.0 27. Na figura abaixo. que seria um indicativo que a pessoa não teve alternativa senão iniciar um negócio para sobreviver.3 10. a proporção entre os dois foi de 2.6 18.1 milhões de brasileiros empreendendo em 2010.5% 12. et al. na pesquisa GEM 2010. que o crescimento da atividade empreendedora no país não se deu apenas no aspecto quantitativo.7 18.6 18.7 36.4 .6 29. Outro fato interessante é que ao longo dos onze anos em que o Brasil participa da GEM.9 20.9 25.9 10.8 26.8 37.9% 0% 2002 2003 2005 15.5 11.2 67.0% 11.0 43.2 23. o país mantém uma TEA superior a média dos países participantes (GRECO.7 38.3 22. Se comparado com o empreendedorismo por necessidade.9 47.8 15.1 3.7 54.2 25. demonstra-se essa evolução da Taxa no Brasil.9 24.3% 2008 2009 Sonhos da população adulta brasileira Brasil Região Norte Região Nordeste Região Centro-Oeste Viajar pelo Brasil Comprar a casa própria Ter seu próprio negócio Comprar um automóvel Viajar para p exterior Ter um diploma de ensino superior Ter plano de saúde Fazer carreira numa empresa Ter seguro de vida Ter seguro para automóvel Casar ou formatar uma família Comprar um computador 50.3 16.2 30. entre os anos de 2002 a 2010.5 58.0 37. a importância para a economia da presença dos empreendedores. MAYER. e os comportamentalistas. pois muitas pessoas consideram que a pessoa que investe seu capital num negócio qualquer é um empreendedor. que utilizam os princípios de suas próprias áreas de interesse para construir o conceito. (. Mariano e Mayer (2008) trazem as palavras do professor Fernando Dolabela. De acordo com os economistas.Empreendedorismo e Inovações 16 empreendedor entendendo esse estranho ser P ara que você tenha uma ideia da diversidade de compreensão do termo empreendedor. Para Dolabela. reconhecendo. foram os economistas os primeiros que emitiram conceitos sobre o assunto.) os economistas. ISTO NÃO É VERDADE. “não há empreendedorismo no ato de investir em um novo empreendimento. associaram o empreendedor à inovação. 12). Vale a pena nós conhecermos bem essa diferença. principalmente porque são propostas por pesquisadores de diferentes campos. . 2008). com a criatividade e a intuição (MARIANO. há muitas definições do termo empreendedor. MAYER. Dentre todos os estudiosos do tema Empreendedorismo. que enfatizam aspectos atitudinais. 2008. p. Uma contribuição importante dos economistas foi a distinção entre EMPREENDEDORES e CAPITALISTAS. que é considerado um dos percussores do ensino sobre empreendedorismo no Brasil... Para Robert Young (apud MARIANO. desde sempre. O empreendedor. precisa ser baseada numa descoberta cientificamente nova.Pós-Graduação | Unicesumar 17 assim como não há empreendedorismo no investimento em uma carteira de ações na bolsa de valores ou numa caderneta de poupança”. A ação dos empreendedores provoca grande impacto na economia. frutos de mentes empreendedoras. este material só era empregado na produção de objetos de barro. comercialmente. explorarou pela primeira vez o mercado brasileiro. o austríaco Joseph Schumpeter. fontes de mercadoria e até mesmo indústrias antigas e os substitui por outros de maior eficácia e produtividade. de modo algum. “sócios capitalistas são investidores que trocam riscos pela expectativa de remuneração mais elevada sobre o capital investido”. ao mesmo tempo em que gera progresso e desenvolvimento” (MARIANO. na visão de Young. Introdução de um novo método de produção Desenvolvimento e adoção de um método que ainda não tenha sido testado pela experiência no ramo próprio da indústria de transformação que. Inovação no formato de negócios de uma organização empresarial. p. com base em Mariano e Mayer. entre outros. o telefone celular. e pode consistir também em nova maneira de manejar. MAYER. Por exemplo: a implantação das primeiras fábricas de automóveis no Brasil. Antes. Exploração de um novo mercado Estabelecimento de uma nova organização de qualquer indústria. Um dos mais destacados economistas. Exemplo: criação de uma posição de monopólio ou a fragmentação de uma posição de monopólio. a chamada supercondutividade. Encontramos nos estudos de Schumpeter cinco tipos básicos de inovação. 2008. pesquisador do empreendedorismo. Exemplo: A cerâmica que atualmente é um material utilizado pela indústria de eletricidade. “destrói processos. quer esse mercado tenha existido anteriormente ou não. Por exemplo: a produção de automóveis utilizando uma linha de produção que se move. nos anos 1950. Por exemplo: a internet. tijolos etc. uma mercadoria. por meio do uso de sua imaginação e capacidade de realização. (2008) . Fonte: o autor. Entrada em um mercado em que o ramo particular da indústria de transformação do país em questão ainda não tenha entrado. depois que se descobriu a sua elevada capacidade de conduzir impulsos elétricos. enquanto os trabalhadores permanecem parados em seus postos de trabalho. 13). Conquista de uma fonte de oferta de matérias-primas ou de bens semimanufaturados Esta inovação não depende do fato de essa fonte já existir ou ter que ser criada. formulou o conceito de que o empreendedor exerce o papel de um destruidor criativo ou construtivo. Veja no Quadro abaixo a descrição de cada uma delas: Tipos Básicos de Inovação na Visão do Empreendedor Introdução de um novo bem Lançamento de um bem que os consumidores ainda não estejam familiarizados – ou de uma nova qualidade de um bem. padrões de produção. Assim. dependendo do ponto de vista. mesmo dentro de uma corporação existente”. central complementares Servem como apoio à visão central e podem também ser imprescindíveis à continuidade da mesma. Filion desenvolveu um modelo de três categorias de visão do empreendedor. p. desenvolve e realiza visões”. ensinam que o termo empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e indica “aquele que assume riscos e começa algo novo. 2008). aspectos de liderança. Destacam-se dois focos nesse processo: o lugar que seu produto ou serviço alcançará no mercado e o tipo de empreendimento que ele precisa criar pra lançar seu produto/serviço. . espaço e aberturas de mercado para atuar. Por esta definição. procurando por nichos. cujo sucesso dará subsídios para a percepção seguinte ser iniciada. Podemos analisar este modelo abaixo: emergentes visões do empreendedor Reúnem idéias ou percepções do empreendedor sobre produtos ou serviços que ele possa lançar no mercado. tendo agora o alcance de todo o mercado. como Filion (2000. Essa visão pode se materializar e chegar a uma missão e objetivos. Geralmente o empreendedor investe muito tempo em pesquisa e reunião de percepções nessa etapa. energia e percepções. É a estratégia surgindo.28 apud SILVA et al. envolvendo processos gerenciais que permitirão desenvolver componentes como habilidades de comunicação e redes de relacionamento. Resulta de uma ou mais visões emergentes. partindo de seus sistemas de relações.Empreendedorismo e Inovações 18 A inda outros autores. o empreendedor é “uma pessoa que imagina. maioria das pessoas considera o início de um novo negócio como uma opção desejável de carreira Afirmam que no país. podemos agora mesmo analisar o perfil deste profissional.4 85. a maioria das pessoas considera o início de um novo negócio como uma opção desejável de carreira Afirmam que no país. meu(minha) caro(a) aluno(a).9 89.4 74.7 81.4 76.6 Mentalidade empreendedora Afirmam conhecer pessoalmente alguém que começou um novo negócio nos últimos dois anos Afirmam perceber para os próximos seis meses boas oportunidades para se começar um novo negócio na região onde vivem Afirmam ter o conhecimento.5 55. procure verificar se você tem uma ou mais dessas características. aqueles que alcançam sucesso ao iniciar um novo negócio têm status e respeito perante a sociedade Afirmam que no país.0 86.8 50.0 55. aqueles que alcançam sucesso ao iniciar um novo negócio têm status e respeito perante a sociedade Afirmam que no país.Pós-Graduação | Unicesumar 19 Então.2 87. você pode perceber a importância do tema e.7 35.9 75.1 82.5 81.4 87.1 88.7 35.3 81.2 88.3 59.4 53. a habilidade e a experiência necessários para se começar um novo negócio Afirmam que o medo de fracassar impediria que começassem um novo negócio Afirmam que no país.9 54. Empreendedores Iniciais Empreendedores Estabelecidos Total de Empreendedores 49.0 51. a maioria das pessoas gostaria que todos tivessem um padrão de vida parecido Afirmam que no país.5 31.2 87.7 37.5 32. se vê frequentemente na mídia história sobre novos negócios bem sucedidos Brasil Região Norte Região Nordeste Região Centro-Oeste Região Sudeste Região Sul 33.0 92.0 83.2 89.0 88.7 84.3 28.1 87.9 84. das consequências para todos nós do trabalho dos empreendedores.2 48.8 37.7 83.0 39.3 32.5 43.5 85.2 32.4 27.2 56. a habilidade e a experiência necessários para se começar um novo negócio Afirmam que no medo de fracassar impediria que começassem um novo negócio Afirmam que no país. faz as Afirmações da população adulta brasileira Afirmam conhecer pessoalmente alguém que começou um novo negócio nos últimos dois anos Afirmam perceber para os próximos seis meses boas oportunidades para se começar um novo negócio na região onde vivem Afirmam ter o conhecimento. se vê frequentemente na mídia história sobre novos negócios bem sucedidos fonte: GEM BRASIL 2012 coisas acontecerem.0 36. a maioria das pessoas gostaria que todos tivessem um padrão de vida parecido Afirmam que no país. que realiza.7 52.9 53.3 86.4 84. Aliás.0 87. principalmente.0 80.8 83.7 82. Depois vamos discutir se é possível desenvolver um empreendedor a partir de uma pessoa “comum”.8 85. que tem visões e um pensamento inovador.7 85.3 48.8 50. Ao analisar esse perfil.1 87.1 88.4 27.6 .9 54.1 85.5 83.0 82.6 87.0 86.5 50.3 35.1 33. privatizações e reengenharia. Falando um pouco mais sobre este perfil de empreendedor. muitos se tornam empreendedores por exclusiva necessidade da vida: encontramos neste grupo adultos. ou empreendimento. Por isso. Filion (1999 apud OLIVEIRA. todos querem que seus ideais se realizem. encontramos algumas linhas comuns a todos eles. (2008). Filion designa que empreendedores involuntários são formados por “jovens recém-formados e pelas pessoas que foram demitidas em função dos processos de fusões.Empreendedorismo e Inovações 20 perfis do empreendedor T alvez você sempre desejou saber o que faz com que uma pessoa decida ser empreendedor(a). têm na criação do próprio negócio uma alternativa de trabalho e renda”. Ao revisitar a literatura sobre o perfil do empreendedor. GUIMARÃES. Mas independente do motivo que os fez empreender. aquilo que eles deveriam minimamente apresentar para que possam ser bem-sucedidos. mas não são empreendedores no sentido geralmente aceito do termo. Mas um contingente importante – e que ficou demonstrado pelo relatório GEM 2010 – é composto por pessoas que enxergam uma oportunidade real de negócios e lançam-se à ação. mas não são movidos pelo aspecto da inovação. et al. 2006) argumenta que iniciou-se nos anos 90 este novo tipo de empreendedor: “o involuntário”. Vamos analisar algumas? Na pesquisa realizada por Silva. precisamos compreender o perfil do empreendedor. iniciam um empreendimento para ter os meios de subsistência para si e para a família. Criam uma atividade de negócio. a realizar o que a oportunidade lhes trouxe à porta. não conseguindo retornar ao mercado formal de trabalho. por dificuldade de recolocação no mercado de trabalho – talvez pela própria idade –. os quais. Outra observação desse autor é que esse tipo de empreender faz a opção pelo autoemprego. geralmente responsáveis por uma família. que ficam desempregados e. o que muitos chamam de “cavalo encilhado”. Como comentamos acima. encontramos as seguintes citações: . chegando por vezes à obstinação em persegui-las e que essas características podem ser aprendidas ao longo das experiências. fazem o que gostam. Busca de informações. nessa linha. pode propiciar as condições de alcance de suas metas. produtivo e grandemente realizado. Silva et al. com aspirações de criar algo novo ou de não se conformar com o modo como as coisas estão. et al. transparecem competência para trabalhar em equipe. Fonte: o autor. Persistência. 8. . a identificação do perfil de cada uma é a chave e o trabalho em equipe pode ser fundamental para o sucesso dos empreendedores dentro de uma organização (SILVA et al. Relatório GEM (2010) É um ser inquieto. transformando possibilidades em probabilidades. Na verdade. Por isso. de modo a desenvolver habilidades específicas à gestão de negócios e resultados. 10. Aceitação de riscos. 5. (2010) Um dos autores mencionados acima. (2008) destacam que dificilmente os empreendedores que atingem o sucesso possuem todas as características mencionadas pelos autores acima. 2008). sua ação tem impacto decisivo em contextos organizacionais. Cunha e Ferla (1997) Definem suas próprias metas. Busca de oportunidades e iniciativa. 3. Aspirações estas fundamentais na medida em que se estimula a inovação e a criatividade. Monitoramento e planejamento sistemático. É difícil encontrar todas essas características em uma única pessoa. Um fato importante é que os empreendedores não são apenas aqueles que têm ideias. MAYER. Preferem depender das próprias habilidades para obtenção de resultados. com base em Silva et al. São também os que implementam. Independência e autoconfiança (MARIANO. (2008) e Greco.Pós-Graduação | Unicesumar 21 Leite (1999) São multifuncionais com domínio de informática. McClelland (1971) Alta necessidade de realização. E. que formando um conjunto. 9. possuem amplo conhecimento das diretrizes e princípios básicos de administração. por si mesmos. 7. o empreendedor é formado dentro do próprio mercado de trabalho. Persuasão e rede de contatos. 2. que criam métodos inéditos para a geração de oportunidades em mercados. lideram equipes e vendem suas ideias. 4. criam novos produtos ou processos. de ser útil. McClelland. ou seja. Exigência de eficiência e qualidade. Estabelecimento de metas. 6. 2008). Gerber (2004) São estrategistas. Comprometimento com o trabalho. já que seu dinamismo praticamente dita o ritmo de andamento dos processos. um fator importante para seu sucesso está na equipe ou no meio organizacional em que o empreendedor está inserido. ainda lista dez competências pessoais empreendedoras (CPEs). presentes no empreendedor: 1. Empreendedorismo e Inovações 22 Poderíamos resumir algumas colocações que estudamos até agora na figura abaixo. . em que vemos demonstrado o que faz alguém empreender e abrir uma empresa. 7 7.2 22.6 fonte: GEM BRASIL 2012 .8 2.5 8.3 55-64 7.3 8. Masc.4 30.0 0.7 1.4 10.0 2.6 12.4 45-54 13.2 9.5 Mais de 9 salários mínimos 2.3 0.2 47.8 48.5 5.7 1.0 14. Fem.2 25-34 34.6 12.4 19.4 34.9 22.4 4. 18-24 18.2 1.5 27.6 5.6 1.0 51.3 3.0 31.0 49.1 32.2 5.0 32.2 5.0 6.2 0.2 36.7 0. Fem.8 38. Masc.5 39.6 12.3 7.2 1.4 0.8 33.0 8.7 59.3 26.6 1.7 13.2 26. Fem.9 7.0 1.0 15.2 15.9 0.5 1.9 2.0 1.0 0.2 7.6 28. Masc.4 50.0 29.0 2. Fem.3 12.1 6.5 15.6 6.4 9.1 29.7 1.2 27.2 16.8 35-44 26.7 9.4 8.1 15.2 0.5 22.8 49.3 6.9 31.3 12.2 1.7 39.7 0.9 12.0 32.7 1. Fem.3 17.0 39.8 1.3 3.0 Pós-graduação incompleta 0.1 24.5 23. Região Norte Região Nordeste Região Centro-Oeste Região Sudeste Região Sul Masc. Fem.9 44.0 3 a 6 salários mínimos 46.3 12.1 4.4 11.3 12.5 7.5 5.4 25.8 1.4 6.6 8.3 15.7 47.3 18.1 8.4 21.4 9.2 10.4 9.0 42.7 54.0 13.7 2.6 20.8 0.0 0.1 56.0 0.1 1.2 3.6 22.2 40.3 9.0 13.9 17.9 7.9 10.7 47.3 Pós-graduação completa 1.3 Grau de escolaridade Nenhuma educação formal 2.2 36.8 11.4 15.3 1.7 0.9 14.7 Primeiro grau completo 10.6 8.7 14.0 33.9 6 a 9 salários mínimos 2.5 6.9 Curso superior incompleto 10.4 1.8 38.0 0.2 7.2 50.7 23.1 11.8 Segundo grau incompleto 8.1 35.4 34.2 47.9 17.0 10.2 10.9 1.3 45.9 47.0 8.3 32.4 3.3 8.5 5.5 Faixa de renda Menos de 3 salários mínimos 49.1 6.0 15.8 13.6 8.0 33.4 7.7 0.9 29.5 10.3 2.0 27.7 18.5 1.6 Primeiro grau incompleto 19.6 21.0 46.8 37. Masc.8 5.7 0.0 1.2 39.Pós-Graduação | Unicesumar 23 perfil dos empreendedores iniciais no Brasil Gênero Brasil Faixa etária Masc.9 45.1 13.7 Curso superior completo 12.3 43.6 Segundo grau completo 34.3 12.0 7.5 12.5 0.4 16.3 21.4 0.6 1.9 44.6 1. não é verdade? A diferença é que esse aprendizado foi adquirido ao estilo “fazendo-e -aprendendo” e não formalmente. dizem eles.sucedidos. O caso é que esse tipo de aprendizado pode sair caro. pois a experiência anterior é uma forma de aprendizado. nascem com as habilidades necessárias – como as que descrevemos anteriormente – são bastante persuasivos na defesa desta posição. ou pelo menos a maioria. por que não aproveitar-se de todo o conhecimento acumulado. No entanto. Os que acreditam que os empreendedores já “vêm prontos”. tanto financeiramente. na absorção de competências técnicas e desenvolvimento de habilidades pessoais por meio de uma formação continuada? É isso que as principais Instituições de ensino procuram fazer. É evidente que não podemos ser ingênuos e acreditar que somente a qualificação profissional é o bastante. ainda assim preferem a estabilidade de um emprego formal e da “segurança” que oferece? Por outro lado. encontraremos a informação de que a experiência anterior pesa mais do que os estudos – num percentual acima de 50%. Afinal. de acordo com pesquisas do Sebrae – este argumento é falho. tais como políticas governamentais. como numa Universidade. com a destruição de patrimônio próprio e de pessoas que confiaram no empreendimento. os que defendem que é possível aprender a empreender argumentam – com igual capacidade argumentativa – que qualquer pessoa. ao revisitarmos as estatísticas sobre negócios bem. o jogo nem começa. pode sim desenvolver as habilidades necessárias de um empreendedor com sucesso. preparada. É preciso ter competência para se estabelecer. se realmente se dedicar com afinco. quem está com a razão? Apesar de que. ou seja. Esse repositório de conhecimento está disponível para quem desejar formar-se como empreendedor de sucesso. se treinada. na experiência prática. a existência ou não de agências de apoio. não é tão simples de responder. na pesquisa. Afinal. que mesmo que recebam educação superior da melhor qualidade. fatores externos como taxa de câmbio. Portanto. não é verdade que existem pessoas que jamais empreendem. taxa de juros.Empreendedorismo e Inovações 24 formar empreendedores: ou ? realidade mito A resposta à pergunta de: é possível formar um empreendedor ou se eles já nascem prontos. o próprio mercado. . sem a preparação individual. como emocionalmente: não é nada glamuroso ver um empreendimento fracassar. Há vários outros fatores que contribuem para o sucesso de um empreendimento. É bom que você saiba que existem debates ferrenhos sobre o assunto. esta seção irá dedicarse a apresentar e destacar a importância da elaboração de um bom plano de negócios (também conhecido como business plan) que atua como ferramenta útil e necessária no auxílio ao empreendedor para a concretização do sonho de ser dono do seu próprio negócio.Pós-Graduação | Unicesumar 25 plano de negócios U m empreendimento representa. basear-se apenas naquilo que se sabe ou conhece não é suficiente para garantir a concretização do sonho do empreendedor. conhece e. além disso. . É necessário. buscando naquilo que ele sabe. buscar outros meios que ajudem-no a sustentar esse sonho. tal sonho pode transformar-se em um verdadeiro pesadelo! Desta maneira. na maioria das vezes. bem como a sua continuidade. Entretanto. a concretização de um sonho. naquilo que vivenciou durante sua vida subsídios para concretização de tal sonho. principalmente. O desejo de tornar tal sonho realidade faz com que o empreendedor não meça esforços. Caso contrário. Birley e Muzika (2004) afirmam que o plano de negócios se mostra útil também para empresas que planejam uma mudança de rumo ou estabelecer uma nova fase com crescimento para a empresa. o plano de negócios se mostra como a ferramenta principal que o empreendedor pode utilizar para realizar o planejamento das atividades e das ações do seu empreendimento. ou seja. como: quantos quilômetros terei que percorrer da minha cidade até Santiago? Quanto tempo levará para percorrer essa distância? Iremos de carro? Ônibus? Avião? Qual será o custo da viagem? Temos dinheiro suficiente para arcar com tais custos? Onde ficaremos hospedados? Quanto tempo ficaremos na cidade? Quais lugares visitaremos? Onde faremos nossas refeições? Enfim. você e sua família viajarão para a cidade de Santiago.. não procede dessa maneira. Para Hisrich. Aidar (2007) destaca que grande parte dos empreendedores inicia o seu empreendimento sem a elaboração de um plano de negócios. Assim. Geralmente. De acordo com esse autor. a cidade de Santiago. muitos empreendedores acabam por concordar que a realização de um planejamento como o oferecido pelo plano de negócios teria sido útil principalmente no que diz respeito a evitar erros e possíveis armadilhas encontradas no início de um negócio. são várias questões que deverão ser analisadas e respondidas. basta esperar o feriado. o plano de negócios se caracteriza . no Chile. pegar o carro. Da mesma forma. mas afinal. O destino já foi estabelecido. é necessário planejar (lembrese desta palavra!) a viagem. o que é um plano de negócios? O plano de negócios atua como uma ferramenta no auxílio a empreendedores que pretendem iniciar um negócio e também para empresas já estabelecidas que planejam ampliar suas atividades com vistas à sua consolidação junto ao mercado no qual atuam. Todos estão bastante animados e empolgados com a viagem uma vez que ainda não conhecem a capital chilena. Além do que. Agora.. será? A maioria das pessoas. A partir disso é possível responder a perguntas. Nesse sentido. empreender exige planejamento e preparação. um plano de negócios caracteriza-se como um documento elaborado pelo empreendedor em que o conteúdo descreve todos os possíveis elementos internos e externos considerados relevantes para o início de um novo negócio. para que a viagem possa acontecer de forma tranquila e segura e também diminuir o risco de que algo saia errado e prejudique o passeio da família.Empreendedorismo e Inovações 26 por que redigir um plano de negócios? Imagine que no próximo feriado. quando sai para viajar. colocar todo mundo dentro e curtir a viagem. conforme Dornelas (2003). Peters e Shepherd (2009). deve ser o meio pelo qual o empreendedor pode expressar suas ideias. Entretanto. conforme destaca Dornelas (2005). é mostrar a viabilidade e.Pós-Graduação | Unicesumar 27 como um documento cuja finalidade é descrever um empreendimento e o modelo de gestão que irá sustentá-lo. Pierantoni (2012) destaca que um plano de negócios objetiva auxiliar o empreendedor ou o executivo a planejar e direcionar suas ideias. Na verdade. Complementando esta ideia. Baron e Shane (2011) o plano de negócios não deve ser visto como uma “camisa de força” afirmam que o planejamento realizado por meio do plano de negócios deve ser cuidadoso. a possibilidade de sucesso do empreendimento que está . Além disso. principalmente. mas ao mesmo tempo flexível com vistas a atender as necessidades específicas do novo empreendimento. não deve ser tratado como algo rígido composto por regras que não podem ser alteradas ou ajustadas. em uma linguagem acessível e que possibilite o amplo e completo entendimento por quem irá lê-lo. um plano de negócios. ao mesmo tempo. Pizo. Baron e Shane (2011) afirmam que o plano de negócios deve explicar o que o novo empreendimento irá tentar realizar e de que forma alcançará as metas que foram estabelecidas para tal negócio. ou seja. e. Pereira e Tubino (2001) salientam que o plano de negócios é um documento capaz de permitir o amplo conhecimento de um negócio como um todo bem como permitir a análise dos riscos e custos envolvidos na execução de qualquer empreendimento. considerado aquilo que foi imaginado e pensado para a sua empresa. Viesti (2011) alerta que o plano de negócios não deve ser visto como uma “camisa de força”. ou seja. atuando como um meio de acompanhamento e estabelecimento de metas e gerenciamento de riscos. Esse autor destaca que o plano deve servir como um guia cujo conteúdo deve abordar as principais ações e estratégias de um novo negócio com a flexibilidade necessária para que o empreendedor (e o empreendimento) possa reagir às ações impostas pelo mercado no qual está atuando. conforme esse autor. o plano de negócios deve converter as ideias do empreendedor em realidade. o principal aspecto a ser evidenciado no plano. lamento informar. bem como o objetivo almejado pelo plano.Empreendedorismo e Inovações 28 sendo descrito. Conforme esses autores. Hisrich. Birley e Muzyka (2004) indicam que a forma mais fácil de elaborar um plano de negócios é. Peters e Shepherd (2009) salientam ainda que o plano de negócios serve ainda como ferramenta útil para a captação de recursos para financiamento do negócio. Hisrich. Isso deve ser feito principalmente devido ao fato de que a realidade na qual os empreendedores e seus empreendimentos estão inseridos não serem exatamente iguais. o empreendedor deve realizar um rápido estudo de viabilidade envolvendo o conceito do negócio com o intuito de verificar a existência de possíveis barreiras ao seu sucesso. reunir informações para em seguida escrever . você deve estar se perguntando: mas como elaborar o plano de negócios? O que o plano de negócios deve contemplar exatamente? Quem deve ser o responsável pela elaboração do plano de negócios? A resposta para essas perguntas serão apresentadas na seção a seguir. Peters e Shepherd (2009) alertam que a elaboração de um bom plano de negócios pode levar centenas de horas. dependendo de aspectos como experiência e conhecimento do empreendedor. 2011). mas tal “receita” não existe! O que existe é uma estrutura que pode ser utilizada e ajustada conforme as necessidades impostas pelo futuro empreendimento. Complementando. Por fim. depois de compreender do que se trata um plano de negócios e a sua importância para os empreendedores que pretendem iniciar um negócio. em primeiro lugar. Hisrich. Peters e Shepherd (2009) recomendam que antes de destinar tempo e energia na elaboração do plano de negócios. o plano deve ser bastante abrangente com vistas a proporcionar a um investidor em potencial uma visão geral e um panorama completo do novo empreendimento além de tornar mais clara a ideia do negócio para o próprio empreendedor. Confira! qual é a estrutura? Se você está ansioso(a) à espera de uma “receita” de como elaborar o plano de negócios. sendo necessário uma grande quantidade de horas de pensamento cuidadoso seguidas por uma quantidade equivalente ou superior de horas para converter tais pensamentos em um documento escrito (BARON. SHANE. A preparação de um plano de negócios exige trabalho árduo. . advogados. deve considerar o conceito do negócio. As fontes secundárias de dados e informações se mostram vantajosas uma vez que o empreendedor irá economizar tempo e. principalmente.Pós-Graduação | Unicesumar 29 o plano. outras fontes de informação úteis. associações de classe. Levando em consideração o país ou a região na qual você vive. governos estaduais. garantir uma maior credibilidade ao plano. disponibilizados para o público em geral. bem como contatos pessoais do empreendedor. os riscos envolvendo o empreendimento. são os clientes e fornecedores em potencial que poderão ser entrevistados e. oriundas da coleta e análise realizadas pelo empreendedor. caracterizam-se por informações que foram produzidas no decorrer da própria pesquisa. Em se tratando de fontes de pesquisa. contadores. esses autores afirmam que a elaboração do plano de negócios poderá encontrar informações por meio da combinação de bibliotecas. bem como as formas de gerenciamento de tais riscos. recursos financeiros com a realização da coleta de dados. Tal descrição. de acordo com o autor. o plano de negócios representa a descrição. conforme esse autor. bases de dados do governo que são disponibilizadas ao público. Já as fontes secundárias são definidas pelo autor como sendo dados e informações que foram coletados por terceiros e. da oportunidade de negócio almejada pelo empreendedor. em um documento escrito. o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). ou seja. sindicatos etc. assim. a potencial lucratividade e expansão do negócio. Tais dados são coletados por instituições como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). uma vez que esses dados já foram coletados e tabulados estando disponíveis agora para uso. de acordo com esses autores. Fontes primárias. prefeituras. Além disso. em seguida. Dolabela (2008) destaca duas fontes: primárias e secundárias. De acordo com Degen (2009). apresentando uma visão geral. Santos e Serra (2010) destacam que. (3) Quem são as pessoas que estão . dentre outras informações importantes e valiosas para a concretização do negócio. Trata-se da primeira parte do plano que será visualizada pelo seu leitor. • A análise do meio ambiente e do setor. a identificação de possíveis clientes e concorrentes. C onfira a seguir uma estrutura do plano de negócios sugerido por Ferreira. Santos e Serra (2010) recomendam incluir os dados de contatos da empresa: nome. para Ferreira. • Anexos. Em se tratando do sumário executivo. o empreendedor deve dar ênfase no modelo de negócio que se pretende implementar. estratégias competitivas envolvendo marketing e vendas. • O plano econômico-financeiro. Pode não parecer. devendo apresentar informações pertinentes e necessárias. o plano de negócios deve incluir itens como a explicação do modelo de negócio. endereço. no sumário executivo. sendo a “porta de entrada”. informações para contato com o(s) empreendedor(es). • O plano de marketing e análise do mercado. é uma das partes essenciais do plano de negócios. a demanda de pessoal (funcionários) e o montante necessário de investimento financeiro e também. que contempla os seguintes elementos: • Capa e índice. • Plano/calendário de implementação. telefone. pois sintetiza a essência do negócio e tem o objetivo de despertar o interesse do leitor nas demais partes do plano. Peters e Shepherd (2009. • O plano de produção ou operações. Baron e Shane (2011) descrevem-no como sendo a parte do plano de negócios que deve ser breve e ir direto ao ponto. p. • Apresentação do negócio. • Apresentação da empresa e sua estrutura. • O plano de organização e de recursos humanos. Por isso. Santos e Serra (2010). o principal. • A estratégia da empresa. (2) Até que ponto esse conceito ou modelo de negócio é único?. concisa e clara sobre o que é o empreendimento apresentado pelo plano. Além disso. do investimento necessário e as possíveis vantagens competitivas. Santos e Serra (2010). elementos operacionais. endereço eletrônico e. 231) apresentam quatro questões que podem nortear a elaboração do sumário executivo: (1) Qual é o conceito ou modelo do negócio?. • A equipe fundadora e de gestão. Hisrich. deve ser feita com a maior seriedade possível.Empreendedorismo e Inovações 30 projeção de fluxo de caixa. Portanto. • Introdução/ Sumário executivo. mas a capa é uma das partes de maior importância do plano de negócios. Ferreira. a oportunidade de mercado que se pretende conquistar e o motivo pelo qual tal oportunidade surgiu. Ferreira. o sumário executivo. Por isso. “Muitos capitalistas de risco observam que é melhor investir em uma equipe de primeira classe com uma ideia de segunda classe do que em uma equipe de segunda classe com uma ideia de primeira classe” (BARON. É imprescindível colocar o futuro empreendimento em um contexto adequado.Pós-Graduação | Unicesumar 31 iniciando esse negócio?. conforme Baron e Shane (2011). 194). o empreendedor deve explicar a oportunidade que foi identificada como sendo passível de gerar uma aplicação comercial a um determinado produto ou serviço. investido em uma caderneta de poupança. 2011. tais como os dados pessoais. Além disso. Santos e Serra (2010) alertam que essa parte do plano de negócios é essencial. É necessário. p. o empreendedor deve descrever o problema a ser resolvido ou a necessidade a ser satisfeita e como o empreendimento contribuirá para a resolução desse problema ou satisfação dessa necessidade. Ferreira. mas que deve ser breve e incluir apenas itens relevantes como os descritos anteriormente. composição societária. certamente não depositarão o seu valioso dinheiro no negócio e podem preferir mantê-lo. de acordo com Ferreira. bem como da equipe responsável pela gestão do empreendimento. e (4) Como o capital será obtido e qual é o montante necessário? Na apresentação do negócio. qual é a natureza da ideia que direcionará a empresa e como essa ideia surgiu. a formação acadêmica e experiência profissional são importantes na descrição da equipe fundadora e de gestão. Santos e Serra (2010). cuja rentabilidade e retorno são garantidos. Degen (2009) afirma que a apresentação do negócio deve ser concluída com uma descrição do potencial de lucratividade e de crescimento do negócio. O empreendedor deve ater-se a explicar. Quem são os empreendedores? Essa é a principal questão feita por possíveis investidores do novo negócio. como: classificação jurídica do empreendimento. Para . SHANE. Se os investidores entenderem que a equipe e os empreendedores não são suficientemente competentes ou confiáveis. organograma da empresa etc. apresentar informações básicas e verídicas. por exemplo. detalhar todas as informações sobre os fundadores do negócio. os riscos envolvendo o empreendimento e a maneira como serão administrados pelo empreendedor. nessa etapa. Santos e Serra (2010). logotipo. nome ou denominação jurídica da empresa. Para Ferreira. A apresentação da empresa e de sua estrutura deve enfatizar aspectos relevantes. o empreendedor deve apresentar qual será sua estratégia para o composto (mix) de marketing: produto. Como você irá comercializar o seu produto? Tal pergunta deve direcionar a elaboração do plano de marketing e a análise de mercado. econômicas. de alguma forma. de acordo com Hisrich. quais são os produtos e serviços comercializados por eles. Santos e Serra (2010). exercer influência sobre o novo empreendimento. Quanto maior a capacidade de realizar tal conversão. trata-se do estudo da área específica onde o novo empreendimento irá atuar. Santos e Serra (2010). Mas mais importante do que explicar como o futuro empreendimento pretende conquistar clientes. o empreendedor deve se preocupar em explicar também como pretende mantê-los consumindo seus produtos ou serviços. são aspectos que.. Santos e Serra (2010) indicam algumas variáveis ambientais que devem ser observadas e analisadas pelo empreendedor: demográficas. maior será a possibilidade de sucesso do negócio. é a identificação de tendências e modificações ocorridas tanto em nível nacional como internacional e que poderão. De . Ferreira. de acordo com Ferreira. O empreendedor deve estabelecer quais serão os objetivos no curto. Já em relação ao setor. pois será a comercialização do produto ou serviço que garantirá a entrada de dinheiro no caixa da futura empresa.Empreendedorismo e Inovações 32 gerenciar pessoas é o maior desafio que isso seja possível. Investidores ficam bastante atentos para a capacidade de conversão de uma ideia em um produto que as pessoas queiram comprar. tecnológicas. quais são os preços e condições de pagamento praticados etc. Considerar quem são os concorrentes. Peters e Shepherd (2009). Identificar e analisar a aceitação do produto ou serviço comercializado pelo futuro empreendimento torna-se questão essencial para o empreendedor. promoção e ponto de distribuição (praça). devem ser analisados pelo empreendedor quando da análise do setor. políticas e legais. ambientais. Para Ferreira. médio e longo prazo que pretende alcançar. O objetivo principal da análise do ambiente. culturais. preço. é necessário fazer um estudo aprofundado sobre o ambiente e o setor nos quais o novo negócio irá atuar. Definir a estratégia da empresa mostra ao empreendedor quais são os “caminhos” que deverá seguir para a implementação e consolidação do negócio. onde estão localizados. “Gerenciar pessoas é o maior desafio” é o que afirmam Birley e Muzika (2004. Santos e Serra (2010). Santos e Serra (2010). p. gerenciar pessoas é uma das tarefas mais difíceis e demoradas. no plano de negócios. o plano de organização e de recursos humanos deve contemplar o planejamento das formas de gerenciamento do capital humano do futuro empreendimento. De acordo com Ferreira. Esses autores afirmam que tal estratégia deve contemplar a visão (direção que a empresa pretende seguir) e a missão (qual a razão de ser da empresa) empresarial. os objetivos da empresa. as competências inerentes e que estejam relacionadas com o negócio e as tarefas a serem realizadas. uma seção sobre a estratégia a ser seguida pelo futuro empreendimento. Desta maneira. possíveis forças e fraquezas do empreendimento (análise SWOT). 108). Descrever como se dá o processo de fabricação do produto ou a forma como será prestado o serviço pelo novo empreendimento é tarefa do plano de produção ou de operações.Pós-Graduação | Unicesumar 33 acordo com Ferreira. sendo necessário motivar e sustentar o comprometimento dessas pessoas para com o ideal da empresa fazendo-as trabalharem em conjunto visando à consecução do objetivo estabelecido para o novo empreendimento. De acordo com esses autores. uma vez que é necessário liderança para fazer com que outras pessoas aceitem a visão do empreendedor. é necessário planejar as necessidades de recursos humanos. além da estratégia adotada para atingir o mercado-alvo e lidar com os concorrentes. . a análise dos pontos fortes e fracos. Nesta etapa do plano de negócios. deve ser contemplado. mapas de localização. estatutos. segundo Hisrich. considerando para tal classificação os objetivos e os públicos de cada parte. O empreendedor não deve se restringir em detalhar apenas o processo produtivo mas. Peters e Shepherd (2009). favorece a compreensão das diversas etapas a serem cumpridas no decorrer da implementação do empreendimento. Para Dornelas (2005). 2010). De acordo com o autor. De acordo com Dornelas (2005). mas de forma resumida apresentando a oportunidade de negócio com vistas a conquistar o interesse de possíveis parceiros e investidores. Incluir como anexo todos os documentos e informações adicionais considerados como sendo relevantes para uma melhor compreensão do plano de negócios.Empreendedorismo e Inovações 34 é necessário descrever o processo de fabricação do produto que será comercializado bem como todos os agentes envolvidos em tal processo. o índice de refugo. conforme Degen (2009). é possível planejar melhor as necessidades financeiras requeridas por cada etapa. Santos e Serra (2010). esses autores salientam que com o auxílio de um calendário estabelecido pelo empreendedor. resultados de pesquisas. A primeira parte é representada pelo sumário do plano de negócios. demonstrativos financeiros detalhados etc. catálogos. quais serão as dívidas sob sua responsabilidade além de apresentar um demonstrativo de fluxo de caixa (apresentando o valor previsto das entradas e saídas de caixa) e a análise do ponto de equilíbrio (apresentando o nível de vendas necessárias para que todos os custos possam ser cobertos). material de campanha publicitária. O autor destaca que o sumário não substitui a versão completa do plano. Elaborar um calendário de implementação. Degen (2009) apresenta uma divisão do plano de negócios com o intuito de auxiliar e orientar o candidato a empreendedor (vide figura p. bem como os roteiros utilizados para a sua realização. o plano de produção ou de operações deve contemplar o lead time produtivo. deve também descrever o fluxo de produção de bens e serviços da produção até o cliente. o lead time do desenvolvimento do produto ou serviço etc. A segunda parte. Conforme o autor. o percentual de entregas a tempo (on time delivery). é possível anexar documentos como fotos de produtos. Além disso. . a rotatividade do inventário. contrato social da empresa. o plano econômico financeiro deve fornecer uma avaliação de quais ativos a empresa possuirá. é o plano do negócio. SERRA. SANTOS. De acordo com Baron e Shane (2011). O autor classifica as divisões do plano de negócios em três categorias. essa parte deve ter no máximo dez páginas e representa a apresentação completa e autossustentável do novo empreendimento. 26). Demonstrar a capacidade do novo empreendimento quanto à viabilidade financeira e à possibilidade de sucesso é tarefa do plano econômico-financeiro (FERREIRA. a parte representada pelo plano do negócio deve ter entre trinta e no máximo cinquenta páginas e deve abranger todos os aspectos relacionados com o novo empreendimento. conforme Ferreira. Conforme esses autores.Pós-Graduação | Unicesumar 35 fazendo uma análise e avaliação mais elaborada da oportunidade de negócio. mesmo que pequenos. os responsáveis. custos e prazos a serem executados com o plano caracterizando-se como um roteiro para o desenvolvimento do novo negócio. erros. os leitores do plano levam menos de cinco minutos para avaliar o trabalho que você pode ter demorado semanas para concluir e. A terceira parte é o plano operacional e é composto por mais de cinquenta páginas além de um cronograma detalhando as tarefas. . podem condenar todo o trabalho e fazer com que seja completamente descartado. Baron e Shane (2011) fazem algumas recomendações com vistas a evitar o que eles chamam de “Sete pecados capitais dos Planos de Negócios de novos empreendimentos” (veja a tabela p. 27). Ainda com relação à elaboração do plano e sua estrutura. O plano é muito pretensioso. papel da impressão de qualidade exageradamente superior. bem como considerar possíveis dúvidas que possam surgir durante a leitura são fatores importantes e que devem ser levados em consideração no momento da redação do plano. desconsiderando. Não há uma clara apresentação das qualificações da equipe administrativa. Alguns empreendedores presumem que o seu produto seja tão bom que será capaz de vender a si mesmo. Por isso. “Esses realmente são amadores!”. um dos fatores críticos de sucesso na estruturação e redação de um bom plano de negócios é considerar quem irá lê-lo. “Não é possível concluir se de fato trata-se de algo real ou se é uma ideia impraticável. conclui o leitor/investidor. Por exemplo. 200).não são fornecidas respostas claras para essa pergunta. maiores serão as chances de o leitor/investidor do . uma capa má elaborada. passarei para o próximo plano”. com falta de informações ou erros de formatação. As projeções financeiras se mostram em grande parte como um exercício de imaginação.Empreendedorismo e Inovações 36 os sete pecados capitais dos planos de negócio de novos empreendimentos “Pecado” A preparação do plano foi feita de maneira deficiente e não possui aparência profissional. p. conclui o leitor/investidor do plano. Isso faz com que o leitor/investidor do plano reaja considerando: “Estou lidando com amadores”. Não há clareza quanto ao desenvolvimento do produto. etc. “Por que alguém iria querer comprar isso?” . O leitor/investidor do plano pode analisar tal fato da seguinte forma: “Não perderei tempo com pessoas que sequer conseguem descrever a própria ideia e a empresa de forma sucinta”. conclui o leitor/investidor do plano. se ele existe ou não e se ele pode ser produzido imediatamente. “Eles não fazem ideia do que realmente é uma empresa e seu funcionamento e me consideram ingênuo ou estúpido”. uso excessivo de recursos como gráficos extravagantes. O leitor/investidor do plano pode considerar: “O que está tentando se esconder sob esses fogos de artifício?” O sumário executivo se mostra muito extenso e desconexo. Fonte: Adaptada de Baron e Shane (2011. por exemplo. Consequência Por exemplo. a importância de um planejamento de marketing. Além disso. Evitar utilizar linguagem demasiadamente técnica. não indo “direto ao ponto”. “Provavelmente não possuem experiência relevante nesse tipo de negócio e talvez nem saibam o que é ter experiência relevante”. quanto mais claras forem as informações apresentadas no plano além da boa aparência do documento final. Por fim. Assim.Pós-Graduação | Unicesumar 37 plano levar a sério o que está sendo apresentado. A condição principal agora é fazer uma apresentação com qualidade que expresse o conhecimento do futuro empreendedor em relação ao negócio que está sendo proposto e principalmente que seja convincente o suficiente para que o negócio possa sair do papel. conseguir informação detalhada sobre a audiência (por exemplo. Verificar quem estará presente na apresentação e. Ademais. experiência e outras características relevantes) pode auxiliar o empreendedor no . Mas fique atento: ser convidado para uma apresentação não garante a conquista do leitor. tampouco a realização de um discurso decorado. Por se tratar de um momento importante. se possível. sinal de que o empreendedor obteve êxito na descrição por escrito do futuro negócio. Para Baron e Shane (2011). ou seja. os interessados no que foi apresentado na parte escrita certamente solicitarão uma apresentação oral para esclarecimento de dúvidas. para deixar o leitor/investidor simplesmente entediado ou entretido com o que está sendo apresentado. investidor ou possível financiador do projeto. Degen (2009) afirma que a apresentação do plano de negócios não é a simples apresentação do conteúdo resumido do documento escrito. não elabore um “romance”. não deve haver preocupação excessiva com a quantidade de páginas do plano. Não se esqueça também de utilizar sempre fontes confiáveis e dados e informações que serão levantadas e utilizadas no plano. Para esse autor. Caso isso ocorra. os empreendedores devem encarar as oportunidades para apresentação do plano de negócios como sendo uma chance para se destacar ao invés de uma situação estressante em que ficarão acuados e sob pressão dos possíveis interessados no negócio. algumas dicas podem ser úteis para que a apresentação seja útil e gere bons resultados. Baron e Shane (2011) recomendam que o empreendedor deve estar o mais preparado possível para a apresentação não somente em relação ao conteúdo do plano. apresentação do plano de negócios Após lido o plano. a apresentação é o momento em que os interessados no negócio (o empreendedor e seus possíveis investidores) irão se reunir e interagir para analisar tudo que poderá dar certo e dar errado no futuro empreendimento. seja ele um sócio. os empreendedores devem levar a sério a oportunidade de apresentar o plano de negócios e tentar fazer um excelente trabalho. aprofundamento de pontos específicos identificados durante a leitura além da avaliação do candidato a empreendedor. mas para possíveis perguntas que possam surgir durante a apresentação bem como adequar a apresentação ao tempo que lhe será disponibilizado. Talvez essas perguntas sejam de caráter técnico. exigindo cuidado na preparação das respostas e da argumentação. Além disso. Por fim. bem como solicitação de esclarecimentos acerca daquilo que foi apresentado pelo empreendedor ao longo da sua fala. a apresentação do plano de negócios merece atenção e cuidados especiais. de maneira atenta e demonstrando receptividade. Outra dica importante é utilizar recursos computacionais. uma postura compreensiva e de colaboração. tais como softwares na elaboração da apresentação. adotando-se. conforme Degen (2009). Degen (2009) destaca que a apresentação deve ser feita de forma simples. de acordo com esse autor. Este aspecto se torna relevante uma vez que a plateia fará perguntas investigativas direcionadas durante e depois da apresentação. apresentar e demonstrar o produto garante maior atenção à apresentação e gera entusiasmo naqueles que a assistem. Caso contrário. sempre que possível. esclarecer tais dúvidas e fornecer todos os esclarecimentos solicitados. Uma boa apresentação poderá garantir o sucesso do plano de negócios. se houver alguma demonstração de rispidez ou falta de vontade para esclarecer os questionamentos feitos. assim. não fornecedendo qualquer tipo de apoio ou ajuda financeira para o novo negócio (BARON. . um possível investidor para o novo empreendimento) podem se afastar da proposta de empreendimento. O empreendedor deve. recomenda-se levar em consideração aqueles que estão assistindo à apresentação. Questionamentos oriundos dos espectadores poderão surgir. 2011). os espectadores (por exemplo. Além disso. SHANE. então.Empreendedorismo e Inovações 38 momento da apresentação. curta e sem excessos de cores e animações. 12). ou seja. ainda assim existem os recursos privados . como ambientais. tecnológicas. mas. mas não estão sendo utilizados pela falta de projetos. é necessário que estes projetos cumpram determinadas regras impostas pelo Estado para que o mesmo possa atingir não só benfeitorias para a sociedade. sendo expressão do compromisso público de atuação numa determinada área em longo prazo”. as políticas públicas são o resultado de um conjunto de decisões de ações do poder público. Se você não conseguir os recursos públicos. (2003) explicam que a limitação constitutiva de uma política pública passa por análises compreensivas que levam às múltiplas respostas de acordo com as diferentes possibilidades de análise e contribuição de diversas áreas de investigação. “as políticas públicas têm sido criadas como resposta do Estado às demandas que emergem da sociedade e do seu próprio interior. Você deve estar se perguntando se as políticas públicas têm o intuito de garantir os direitos fundamentais. O Brasil tem investido muito em políticas públicas de incentivo em diversas áreas. apesar do interesse no governo em investir em projetos que possam complementar ações governamentais. Para Sampaio (2003). Estas são uma maneira do Estado garantir os direitos fundamentais previstos na constituição brasileira. culturais. p. implicitamente (e infelizmente). Ou seja.Pós-Graduação | Unicesumar 39 públicas políticas e fontes de financiamento Talvez o principal argumento utilizado pelas pessoas que tenham dificuldades em empreender seja a falta de dinheiro para tal. no esporte e sociais. com interesse em resolver lutas de interesses relacionadas a demandas por parte de atores sociais. por que então existe tanto recurso financeiro não sendo utilizado? Melazzo et al. O Brasil é um país que detém uma quantidade muito grande de recursos financeiros disponíveis para diversos tipos de empreendimentos. conforme Cunha & Cunha (2002. sirvam de propaganda política para o governo. Saiba que isso é uma grande fantasia. 5 2. sócios investidores.6 3. lançamento de títulos ao público) fonte: gem Brasil 2012 Brasil Países 1. principalmente aqueles que estão a frente deum negócio nascente. disponibilidade de financiamento proveniente de lançamento público de ações e títulos ao públicos suficiente para empresas novas ou em crescimento (mercado de ações. não se apresenta grandes diferenças em relação a média dos países do GEM 2012.6 2. lançamento de títulos ao público) Em meu país. se o seu empreendimento estiver voltado para o comércio de um modo geral. você sempre poderá contar com recurso de amigos ou parentes e. O crédito no Brasil é um dos mais caros no mundo. recurso de bancos privados com juros Constantemente observamos empresários reclamando das políticas públicas. debêntures. debêntures.4 2.8 2. há disponibilidade suficiente de fundos de participação para empresas novas e em crescimento (do BNDES. há disponibilidade suficiente de financiamento para empresas novas ou em crescimento (por ex: financiamento para capital de giro e investimento) Em meu país. revolucionar naquilo que se propõem. apesar destas condições limitantes.7 2. As federações empresariais têm ocupado parte desse importante papel de participação ativa nas questões políticas do país. Mas. há disponibilidade de financiamento proveniente de investidores privados (exceto fundadores) suficiente para empresas novas e em crescimento (parceiros. esquecendo que podem e devem participar ativamente do processo de melhoria ou de constituição dessas políticas. em último caso.6 . comercial papers. na maioria das vezes.9 2. é o ambiente financeiro. mais positiva é a avaliação. Entretanto. comercial papers. acaba por inviabilizar sua ideia. por exemplo) Em meu país.3 2. entretanto. há disponibilidade suficiente de capital de risco para empresas novas ou em crescimento Em meu país. quanto maior o valor. exorbitantes que. Ambiente financeiro relacionado ao empreendedorismo segundo especialistas nas áreas questionadas Uma dificuldade presente no Brasil aos empreendedores.2 2. projetos que têm uma característica peculiar.Empreendedorismo e Inovações 40 de investidores de risco que apoiam projetos que se mostrem viáveis a médio e longo prazos. estes investidores de risco dão preferência para empreendimentos de alto impacto. angels) Em meu país. ou seja.1 2.3 2. disponibilidade de financiamento proveniente de lançamento público de ações e títulos ao públicos suficiente para empresas novas ou em crescimento (mercado de ações. a figura 5 mostra que o ambiente financeiro brasileiro medido como a média das respostas dadas pelos especialistas consultados que vai de 1 a 5 onde. Ambiente financeiro relacionado ao empreendedorismo Em meu país. com certeza. O´Niell. que “muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento estão agora intervindo.org/docs/download/2806>. incentivando novos empreendedores. até os dias atuais. Assim. < http://www.gemconsortium. desde o período colonial. • Stokey e Zeckhauser (1978) sugerem algumas etapas para a análise de políticas públicas. Cromie (2003) corroboram com essa afirmação quando colocam Leia sobre o empreendedorismo brasileiro na maior pesquisa mundial sobre o assunto. Hardman e Leonardi (1991) colocam que no período colonial. com o objetivo de promover a habilidade dos empresários. tem se tornado cada vez mais importante medir os resultados alcançados com essas políticas públicas. no Império. Bridge. resultado de acordos bilaterais entre Portugal e Inglaterra daquele período. • Sendo assim. as políticas públicas no Brasil No Brasil. . tendo sucesso. tem ouvido há bastante tempo que os empregos estão diminuindo. assim aumentando o autoemprego e se preocupando com a informalidade”.Pós-Graduação | Unicesumar 41 as políticas públicas e os governos Governos da maioria dos países têm apostado no desenvolvimento empreendedor como uma maneira de solucionar problemas sociais que têm como consequência o desemprego. de modo que os envolvidos neste processo de implantação de gestão possam acompanhar o andamento das atividades. houve uma influência muito forte dos interesses portugueses no desenvolvimento da indústria brasileira e posteriormente os empresários brasileiros se deixaram influenciar pelas pretensões da burguesia britânica. como: análise do contexto. incentivar o empreendedorismo é incentivar que as pessoas invistam em seus negócios onde. a maior parte da capacidade empresarial brasileira se desenvolveu por meio de programas e políticas governamentais em diferentes épocas. um dos fatores que motiva isso é o enxugamento do quadro de pessoal das grandes empresas. Você. poderão absorver a mão de obra ociosa. previsão de consequências. identificação e listagem das alternativas. atribuição de valores aos resultados e tomada de decisão. em algum sentido. a SPVEA . dando prioridade maior à política de combate à inflação. iniciam-se os trabalhos da SUFRAMA instituindo-se a Zona Franca de Manaus. cujo êxito levou ao declínio da ordem regulada e ao desenvolvimento de uma sociedade complexa e diferenciada. principalmente com a divulgação das contas nacionais do Brasil. Saindo perdedora nesta disputa. conforme Santos e Ribeiro (2004). 1974-1979) é considerado o último programa importante de políticas de desenvolvimento no Brasil. Em 1988.Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Região da Fronteira Sudoeste do País. neste período. claramente. em 1950. proporcionando um contexto favorável para a substituição de importações. diferenças significativas entre o volume e o crescimento das rendas nacionais. em consequência das profundas mudanças. . desencadeadas pelos projetos desenvolvimentistas postos em prática pela ditadura militar. é a vez do centro-oeste ser contemplado com uma agência voltada ao seu desenvolvimento e é criada a CODECO – Comissão de Desenvolvimento do CentroOeste que se transformou em SUDECO em 1967.Empreendedorismo e Inovações 42 Pode-se dizer que a partir daí iniciam-se vários projetos federais de apoio regional ao desenvolvimento nacional que se intensificam nos anos de 1951 e 1952. a União redireciona as suas ações. visto que ao longo do processo constituinte de 1988 percebe-se uma disputa entre os níveis de governo pela fração da renda nacional apropriada pelo setor público. a dinâmica administrativa brasileira muda. adapte tecnologicamente às novas tecnologias. em especial de bens de capital e de Indústria intermediária. Para Santos (1985). No ano de 1961. o modelo de desenvolvimento utilizado pelo governo brasileiro não possibilita que o país se No livro 1808. em 1967. como “uma mudança inconsequente”. na SUDESUL. deixando em segundo plano os programas de investimentos em setores sociais e de infraestrutura econômica. fazendo com que o parque industrial brasileiro perca competitividade mundial e diversificação da base industrial. Em uma tentativa de resolver essa situação. a SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste. surge. O II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento. transformada em 1966 na SUDAM e a SPVERFDP . Na década de 1980.Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônica. mostrando. que se transformou. Ainda neste ano de 1961. a matriz de Estrato-Central já apresentava sinais de desgaste lenta e gradual. Laurentino Gomes relata as negociações comerciais feitas entre portugueses e ingleses devido aos interesses militares daquele momento. o interesse dos ingleses no comércio com o novo império (Brasil) contribuiu para a falta de estímulo da industrialização brasileira. as formas de articulação Estado-sociedade e o regime político. o enfraquecimento do segmento privado nacional e o fortalecimento da empresa estrangeira.1 2. essas mudanças atingiram o modelo econômico.2 2. os anos 90 representaram uma década de mudanças desencadeadas por um conjunto de políticas voltadas para a liberação das forças do mercado. Estas mudanças proporcionaram um profundo corte com o passado. promovendo-se um acentuado processo de desnacionalização da economia. Sua consequência impacta diretamente nos custos das empresas. Assim. um problema recorrente ao empreendedorismo é a insegurança gerada pela constante mudança na legislação tributária e trabalhista (GEM. refletindo diretamente sobre a sociedade. o tipo de capitalismo. o estreitamento dos vínculos com o mercado internacional. para Diniz (2003). Fatores limitantes ao empreendedorismo relacionado a politicas públicas No Brasil. representado pela ênfase nas empresas de capital nacional. o apoio a empresas novas e em crescimento é uma alta prioridade nas políticas dos governos estaduais e municipais Em meu país. com a drástica redução do setor estatal. como a privatização do patrimônio público. a modalidade de Estado. A figura 6 retrata justamente a percepção de especialistas consultados sobre os fatores limitantes ao empreendedorismo relacionados a politicas publicas onde.org/wiki/Privatiza%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil>.wikipedia.2 2. Desestruturou-se o chamado modelo do tripé. calulou-se a média das respostas dos especialistas em cada tópico numa escala de 1 a 5 de forma que. licitações públicas) favorecem consistentemente as novas empresas Em meu país.8 . Entenda mais sobre as privatizações no Brasil e o impacto sobre a economia nacional <http://pt. quanto maior o valor. estatal e estrangeira. além das reformas constitucionais. mais positiva a avaliação. sustentado pelo pacto desenvolvimentista.Pós-Graduação | Unicesumar 43 Por fim.5 2. 2012). Cumprir a lei nessas condições tornase algo tão complexo que dificulta o exercício regular da atividade empreendedora.7 2. a economia e a ordem política. o apoio a empresas novas e em crescimento é uma alta prioridade nas políticas do governo federal fonte: gem Brasil 2012 Brasil Países 2. as políticas governamentais (por exemplo. Políticas governamentais: concretas (prioridades e suporte) Em meu país. a abertura para o exterior. complementa essa afirmação apontando a necessidade dos municípios se adaptarem a um novo desafio. Um problema das políticas públicas no Brasil é o fato de estarem mais direcionadas a questões sociais e culturais. Tendler e Amorim (1996) explicam que as políticas públicas no Brasil têm maior preocupação com demandas sociais como a desigualdade. com colaboração entre municípios e sociedade. a pobreza e o desemprego. Entretanto. KEINERT. utilizando estratégias diferenciadas da guerra fiscal. 2001. No entanto.Empreendedorismo e Inovações 44 dificuldades apontadas referentes às políticas públicas O efeito das mudanças ocorridas nos anos 80.13). do que efetivamente com o impacto que pode causar no desenvolvimento econômico. Para Junqueira (1998). participação da sociedade civil. no que se refere às verdades consideradas incontestáveis do discurso neoliberal. esse processo de levar a decisão de políticas públicas para o âmbito do município exige a presença e a quando o enfoque é desenvolvimento social. passando a exigir dos gestores públicos municipais e estaduais maiores esforços de racionalidade e probidade no processo de gerenciamento dos recursos públicos. principalmente. com objetivos de desenvolvimento e. é preciso reconhecer que o novo paradigma tecno-econômico. equidade e justiça. e estabelecendo um sistema virtuoso com competição. Entretanto. Pacheco (1999). o que as torna. tem como consequência a desarticulação do modelo de formulação e implementação de políticas públicas no Brasil. bem como os processos de globalização e regionalização trazem consigo novos parâmetros para a elaboração de políticas públicas de desenvolvimento regional e integração nacional (FERES. apesar de existirem políticas públicas direcionadas a pequenas e médias empresas. . após 1988. Hastenreiter-Filho e Souza (2005) afirmam que. esse processo vem promovendo reflexões nos analistas de políticas públicas. p. tornarem-se competitivos. especialmente paternalistas. essas políticas estão ainda desconsiderando as diferenças entre os vários A questão regional vem adquirindo um caráter estratégico para a inserção dos países na economia internacional. de certa forma. Muitas vezes o poder público argumenta que a falta de políticas públicas de desenvolvimento se devem a dificuldades das mais variadas. falta uma atuação coesa entre setores administrativos municipais. Além disso. Oliveira (2005) argumenta que essa dificuldade de implantação não é um privilégio brasileiro. com isso. Westphal e Ziglio (1999) colocam haver grande dificuldade na realidade brasileira em motivar governantes a assumirem uma nova racionalidade Existem articulações políticas com objetivo de estímulo ao segmento empresarial nas esferas Federal e Estadual. por isso a importância de empreendedores organizados viabilizando investimentos nos respectivos municípios. Isso mostra ser resultado de um Estado paternalista que prefere “dar o peixe ao invés de se ensinar pescar”. Investir no setor privado é promover a geração de empregos e consequentemente a geração de renda. e a cultura política na busca de soluções integradas para os múltiplos problemas dos diferentes segmentos sociais. para o autor. governamental intersetorial no município.Pós-Graduação | Unicesumar 45 setores em que serão implementadas. mas onde tudo acontece mesmo são nos municípios. ou seja. muitas secretarias municipais resistem à mudança dos seus modelos de prestação de serviços com medo de perder os recursos. essa dificuldade estaria relacionada à ênfase que se dá no Brasil ao planejamento como forma de se tentar o controle da economia e da sociedade. em vez de vê-lo como um processo de decisão construído pelos sujeitos interessados. colocam inúmeros obstáculos à criação de novos desenhos de implementação de políticas. ocorre em todo o mundo. Desta forma. . a análise de políticas públicas é ainda pouco utilizada no Brasil. via mobilização de algumas importantes sinergias. Em meu país.br/portal/2011/como-funcionam-os-nucleos-setoriais/>.ampeblumenau.0 2. as novas empresas conseguem obter a maioria das permissões. conforme Carvalho (2005). a carga de tributos não é um fardo para empresas novas e em crescimento. licenças e concessões em cerca de uma semana.7 2. Quanto maior o valor. c) qualificar-se para ter acesso aos benefícios dessas políticas. geralmente incentivadas pelo SEBRAE. fonte: GEM BRASIL 2012 . seja devido ao seu alto custo de formulação ou pela falta de informação de métodos para aquele fim. O estudo parte de um cenário de dificuldades.com. é relativamente fácil para empresas novas e em crescimento lidar com a burocracia governamental. No quadro 04. diversidade e contrastes regionais. mas com boas oportunidades que podem ser aproveitadas. b) saber quais são os instrumentos disponíveis e como utilizá-los. mais positiva a avaliação. Em meu país.4 1. principalmente. Outro fator a ser vencido são as dificuldades com a grande dimensão territorial. Em meu país. p. Arroio e Lemos (2003) apontam os desafios e vantagens para políticas públicas para a promoção de micro e pequenas empresas. d) utilizar com eficácia e competência os recursos (financeiros ou de qualquer outra natureza) obtidos através dessas políticas. Núcleos setoriais não organizacionais. os tributos e outras regulamentações governamentais são aplicados às empresas novas e em crescimento de forma previsível e consistente. regulamentações e permissões. fatores limitantes relacionados à burocracia e impostos Políticas governamentais: burocracia e imposto Em meu país. que trazem grandes benefícios às empresas que participam.167). Entenda como funcionam com um exemplo da cidade de Blumenau. Lastres.3 2.Empreendedorismo e Inovações 46 Para Castanhar (2005. <http://www. Brasil Países 1. cabe observar que: o sucesso de uma política pública setorial dependerá tanto da qualidade e consistência das políticas propriamente ditas quanto da capacidade das empresas para: a) tomar conhecimento de que essas políticas existem.2 1.4 2.5 2.7 *Média das respostas dos especialistas em cada tópico numa escala de 1 a 5. paralelo a isso. . Diminuir custos inerentes a esse modelo.. Incluir efetivamente as MPMEs nos seguimentos de maior tecnologias.fonte: (LASTRES. Obtenção de benefícios derivados da participação em redes globais. devem buscar adequar-se às especificidades das MPMEs e evitar dispersão.que promovam a inserção e atuação em redes de empresas de menor porte.. . Vantagens Desafios . como os arranjos produtivos locais. .... integração vertical e horizontal entre as MPMEs e com parceiros de diferentes formas institucionais e portes. .que estimulem os programas de incubação de empresas.. Articulação das políticas públicas para que estas empresas atuem efetivamente da rede de inovação proporcionada pelo sistema de incubação.. M.que promovam a modernização de agências de promoção ao empreendedorismo.. neste caso. superposições e descoordenações de ações.que promovam a ocupação de nichos e aproveitamento das oportunidades associadas às novas tecnologias e bens e serviços. H.Pós-Graduação | Unicesumar 47 Políticas Públicas . . ARROIO.. As políticas públicas. Aprendizado mais intenso e maior capacidade de sobrevivências de empresas submetidas a esse processo...que foquem segmentos específicos com potencial e necessidade de desenvolvimento. estimulando de forma eficiente o sistema produtivo.que promovam a descentralização do atendimento às MPMEs. Superar a cristalização de um quadro de inadequações. as quais não têm continuidade.. Aumento da disponibilidade de infra-estrutura nesta área especificamente. LEMOS. participando da competitividade internacional em segmentos de ponta. .. formas de governança. A. O atendimento eficaz nas necessidades pertinentes às MPMEs. O desenvolvimento de capacidade tecnológica regional.. considerando que o sistemas atualmente foram estruturados para atendimento de empresas de maior porte. Exploração das complementaridades.. .que promovam o empreendedorismo a segmentos sociais e regionais marginalizados. Flexibilização do sistema gerencial das políticas públicas. assim como de sistemas de fomento a financiamentos. potencializando assim sua capacidade de promoção de desenvolvimento nos mercados em que atua. Adequada inclusão ao sistema produtivo de categorias que mais se expandiram nos últimos anos. Melhorar o aparato institucional de apoio às MPMEs.. Necessidade de que as especificidades dos arranjos produtivos locais e seus ambientes sejam bem conhecidas a fim de que a formulação de políticas públicas considere sua estrutura. Adequar esses sistemas a realidades de MPMEs. ... 2003).. mercados atingidos e territorialidade das atividades produtivas e inovativas. Atuam sobre as reais necessidades das empresas de acordo com as diferenças regionais de cada uma delas.que permitam o acesso MPMEs em segmentos mundiais de comercialização. Requer estruturas especializadas e condições específicas que contemplem as particularidades de empreendimentos de segmentos marginalizados quadro 04: desafios e vantagens de políticas públicas . novas áreas do conhecimento e novas formas de atuação.. A criação de novos negócios (TURGOT. SAY apud BAUMOL. JULIEN. CASTRO. (SHANE. HISRISH. 1997. 1998). SILVA. VENKATARAMAM. 2006). 2005). A inovação (SCHUMPETER. 2004). GIFFORD.Empreendedorismo e Inovações 48 políticas públicas e empre endedo rismo Entre os estudos que abordam o empreendedorismo no âmbito de políticas públicas. 1983. . 2. 2001) e (MACHADO. são focados em problemas. 2000). 3. A mudança no indivíduo e no ambiente (BRUYAT. 4. GARTNER. 2000. 1993. O aproveitamento das oportunidades (KIZNER. tais como: 1. Outro fator apontado foi o aumento da desigualdade econômica e social entre países e regiões (LASTRES. 2003). 14. 9. particularmente. na transição do milênio. 2005). 1996). LEMOS. Sua realidade é o convívio permanente com exigências burocráticas e encargos que dificultam sua própria existência legal. O empreendedorismo e o crescimento econômico (WENNEKERS. A dinâmica do campo de estudo do empreendedorismo (STEARNS. SILVA. O empreendedorismo e a governança eletrônica (FREY. 2005). além das próprias carências técnicas e gerenciais.. o potencial das micros e pequenas empresas. O empreendedor tem um papel social muito importante. uma luta diária pela sobrevivência. 2006). al. 2006). com restrições de mercado e barreiras intransponíveis para obtenção de créditos. HILLS. CORREA. 1999). intensificando a busca por meios de fortalecer o tecido econômico e gerar empregos e renda. para a organização de entidades que promovam o empreendedorismo social.Pós-Graduação | Unicesumar 49 5. muitas delas com incentivo público. ARROIO. O empreendedorismo e gênero (MACHADO. os pequenos empreendimentos enfrentam condições nitidamente adversas. na verdade. 2002. 15. Destes incentivos destaca-se os voltados principalmente ao empreendedorismo . 2003). O empreendedorismo juvenil (MACHADO. 7. como geradoras de ocupações. A pesar de suas potencialidades e do papel que já desempenham na vida de dezenas de milhões de brasileiros. 12. FERGUSON. THURIK. SILVA.O Estado tem incentivado de diversas formas o empreendedorismo no Brasil. 2003). 1994). experimentando. A pesquisa no empreendedorismo (DAVIDSSON. O papel do estado na promoção do empreendedorismo (JULIEN. via surgimento de micro. 2002). 10. 2002. será em grande parte desperdiçado (SILVEIRA. 11. Um fator a se considerar nesse processo foram as maiores dificuldades de crescimentos econômicos aliados a altas taxas de desemprego. 6. Sem a eliminação destes bloqueios e a existência de políticas específicas de apoio. 8. 2001). A influência de aspectos idiossincráticos no empreendedorismo (SHANE. 2000). A influência do empreendedorismo no comércio internacional (MCDONALD. 13. no mundo inteiro surgiram iniciativas. As desigualdades sociais relacionadas à formação do capital (MOURA et. A classificação dos tipos empreendedores (GARTNER. por isso. pequenas e médias empresas. Para Hisrich (2004) o governo tem grande importância no suporte ao ambiente empreendedor. Além disso. consciência crítica e ambiental e geralmente surgem da incapacidade do Estado em atender estas demandas. o surgimento de redes de colaboração em que se objetiva a possibilidade que os participantes possam desenvolver atividades em redes de colaboração solidária. expansão no processo produtivo desse segmento (ANDREASSI. tratando-se de uma das principais tendências dessas novas políticas de incentivo. resultando em dificuldades iniciais para implementação Conheça o programa do BNDES para microcrédito acessando <http://www. como forma de fomento voltado ao pequeno empreendedor. cognitivas e sociais) no exercício de sua cidadania ativa. De acordo com Vidal Farias e Moreira (2004). pois atua como um conduto para a comercialização dos resultados da síntese entre necessidade social e tecnologia. apesar desta atuação ainda ter muito espaço para crescer. que tem grande importância na expansão de vendas por meio da disponibilidade de recursos financeiros e. para Oliveira e Guimarães (2003). 2003). Investir na capacitação tecnológica de pequenas e médias empresas é um caminho seguro para melhorar sua produtividade e competitividade.bndes. consequentemente.Empreendedorismo e Inovações 50 social. das empresas transnacionais que operam no Brasil (FIGUEIREDO. 2005). Estas organizações têm contribuído para as melhorias das condições de vida das populações onde as mesmas estão inseridas. renda. Outros exemplos de políticas voltadas ao empreendedorismo são os programas de acesso ao microcrédito.gov. O governo tem relevante papel no estímulo à pesquisa. mas o desabrochar de suas diversas dimensões humanas (afetivas. 16). as políticas públicas voltadas ao estímulo à tecnologia e inovação podem incluir as empresas locais de pequeno e médio porte no cenário competitivo da cadeia de fornecedores de grandes empresas locais e. SANTOS. Outro ponto de destaque são os investimentos relacionados à tecnologia. visando não apenas a geração de trabalho com distribuição de renda em empreendimentos autossustentáveis. p. aprimorando sua capacidade de identificar oportunidades no país e no exterior e de contribuir para o desenvolvimento econômico como um todo. têm gerado dezenas de empregos. bem como. a indiferença de muitas empresas em relação aos problemas sociais (DUARTE. Porém.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/ Programas_e_Fundos/Microcredito/> . 2003. principalmente. as políticas de microcrédito são ainda escassas. f ) Estimular a participação da mulher como empreendedora em setores tradicionais. g) Criar aconselhamento e suporte para exportação a empresas dirigidas por mulheres. investigando. d) Estimular programas de "apadrinhamento". e) Estimular a produção de casos sobre empreendedoras de sucesso. criando programas de desenvolvimento de potencial gerencial e linhas especiais de concessão de crédito. Um dos componentes do juro é a inadimplência. nos quais empresárias mais experientes forneçam orientações para outras com menor experiência. a) Estimular a adequação de estatísticas econômicas sobre empreendedoras. Destaca-se nessa regulamentação o Simples que já existia anteriormente e foi rediscutido com objetivo de deixar a tributação a micro e pequenas empresas mais justa. que foi a entrada em vigor. No que se refere à legislação brasileira. reduzindo a burocracia proporcionando mais crédito e maior acesso às compras governamentais. enfatizando as formas de superação de problemas. Machado (2001) apresenta alguns aspectos que exprimem a relevância do empreendedorismo feminino e que justificam a adoção de políticas públicas que visem reduzir obstáculos e criar oportunidades para o empreendedorismo feminino. o Brasil inicia um grande debate para a promoção do crescimento que aconteceu nos anos posteriores. b) Estimular a criação de empresas por parte de jovens. No que se refere ao empreendedorismo feminino. dentre outros aspectos relativos aos setores de atuação. em 2004. visando o desenvolvimento de estudos de gênero que busquem produzir interfaces e eliminar marginalizações. uma boa gestão dos recursos financeiros das empresas poderia levar a uma sensível diminuição dos juros cobrados hoje. da Lei do Empreendedor Individual. em 2007. nos quais sua presença ainda é de difícil acesso. perfil empreendedor e perfil gerencial. logo. c) Difundir preceitos de empreendedorismo nos diversos níveis escolares. da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa e no ano seguinte. como um instrumento de motivação e orientação às demais.Pós-Graduação | Unicesumar 51 … ponto de destaque são os investimentos relacionados à tecnologia e consolidação dos novos negócios. . que são marcos da regulamentação ao estímulo ao empreendedorismo brasileiro. h) Estimular a criação de programas de pesquisa nas universidades. como na área agrícola e agroindustrial. e uma vez que o recurso é administrado com deficiência nas empresas. aponta-se o outro lado da moeda. quando estudamos alternativas de financiamento e as dificuldades de captação é plausível abordar as duas questões. mas no fim. porém o envolvimento e a articulação dos empreendedores também são limitados. . Existe também. ou seja. abordamos também como esses recursos são mal administrados dentro da empresa. a burocracia interminável e a dificuldade na captação e segundo o pouco preparo.Empreendedorismo e Inovações 52 { fontes de financiamento O leitor já deve ter percebido que quando abordamos questões polêmicas acerca do empreendedorismo. talvez até lhe falar que tem uma baita oportunidade nas mãos. Faça o experimento. também existe a similaridade em relação ao financiamento. primeiro os custos elevados. na administração dos recursos financeiros da empresa. no entanto. e isso. as políticas públicas têm suas dificuldades na aplicabilidade ou em sua formulação. uma dificuldade considerável em relação ao aval. principalmente dos pequenos empresários. ou os dois lados da moeda. o que leva ao aumento das taxas gerais de juros. vai pedir um imóvel. com um juro impeditivo ao empreendimento. imprima um bom plano de negócios e apresente aos gerentes de agência bancária da sua cidade. Qual é o pano de fundo desse problema? Um dos componentes do cálculo de juros é a inadimplência. É interessante a cena. Assim. provavelmente ele vai olhar para seu plano de negócios. isso gera a inadimplência. Ou seja. carro ou terreno em garantia para lhe conceder o valor necessário para iniciar a empresa. achar ele muito interessante. com certeza vamos abordar as dificuldades de acesso que empreendedores brasileiros têm de captar recursos financeiros com custos viáveis. em geral. no sistema bancário brasileiro. a empresa não inicia e sempre fica na condição de empresa nova. na maioria dos casos. Seja qual for a alternativa. microcrédito Com forte tradição na Ásia.000. . em algumas regiões do Brasil. créditos mais caros. Assista ao vídeo da Agência Sebrae que fala sobre o crédito para micro e pequenas empresas <http://www. baixo faturamento. o microcrédito tem ganhado força no Brasil na última década.com. abordaremos as alternativas mais comuns de financiamento no mercado brasileiro. os Angels ou similares que são pessoas ou organizações que procuram investir em negócios promissores para se tornarem sócios ou para permanecer temporariamente nas empresas. e em alguns casos.agenciasebrae. sendo que os valores vão de R$500. um círculo vicioso no qual não se tem recurso financeiro para quem é novo. organizações sem fins lucrativos. já existem o crédito solidário. além disso. Outras alternativas de crédito podem ser as relacionadas à operação da empresa. associações locais.Pós-Graduação | Unicesumar 53 As justificativas para a impossibilidade do empréstimo são as mais interessantes. É importante para ter acesso ao microcrédito que o empreendedor faça parte da comunidade em que o agente de microcrédito está instalado. Alternativas existem para sair dessa situação. em alguns casos existem linhas para empresas que ainda não se formalizaram. como o caso dos agiotas. esse empreendedor não pode ter seu nome constando nos órgãos de proteção ao crédito. empresa sem histórico de movimentação no banco. como cheque especial e cartões. e o crédito informal com familiares ou com pessoas que emprestam dinheiro no mercado informal.kmf?cod=127>. A seguir. enfim. como a negociação do prazo de compra de produtos de revenda ou de matéria-prima com fornecedores.br/video_int. pois em geral é uma opção de captação de pequenas quantias de recursos financeiros com um grau de burocracia relativamente menor. e não conseguindo o recurso. 12% ao ano. falta de relacionamento com a instituição financeira. órgãos públicos. o empreendedor deve entender qual o risco envolvido na operação e evitar se expor demasiadamente a esse risco. que geralmente são impeditivos também. Entre as instituições que oferecem o microcrédito estão organizações não governamentais. com sistema de amortização contínua ou até mesmo com juros simples.00 com juros baixos.00 chegando a R$20. Ao contrário de linhas de financiamento do BNDES. sigla de Financiamento de Máquinas e Equipamentos. desde estrutura de informática até máquinas e equipamentos que visem ao aumento e comercialização de produtos e serviços. que tem como foco a promoção do crescimento empresarial por meio do incremento da produção e da comercialização de equipamentos nacionais. dando acesso a recursos financeiros.2 milhão ao ano. Existem subdivisões no FINAME. O grupo de bens que podem ser financiados é bastante diversificado. a microempresa é aquela que aufere até 1. pequenas empresas entre 1. em que a comissão do agente .2 e 10. tanto para quem produz como para quem compra essas máquinas e equipamentos. Para o BNDES. o BNDES usa critérios diferentes dos adotados na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. Para definir o que é pequena ou média empresa.5 anual e média empresa acima disso. essas linhas de créditos são viabilizadas em sua maioria por recursos advindos do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. FINAME Uma fonte interessante de financiamento é o FINAME.Empreendedorismo e Inovações 54 crédito de bancos públicos e privados Tanto bancos públicos como bancos privados têm linhas de crédito direcionadas a pequenas empresas. que oportuniza o financiamento de equipamentos importados que não têm similar nacional e o Finame componentes que se destinam a peças que constituem o equipamento final produzido. como o Finame leasing. apesar de mais complexo o acesso a essa linha de financiamento. 2012). sendo possível incluir nessa linha a necessidade de capital de giro da empresa. . e todas as operações acontecem por intermédio de bancos comerciais nacionais e por meio das duas principais operadoras de cartões de crédito do Brasil Cartão (BNDES. podendo chegar até 120 meses. no Finame o valor do juro pode variar de acordo com a instituição. O banco atua como avalista das operações e permite o parcelamento das compras em até 48 vezes. (BNDES. Neste caso. Já a garantia é fiduciária. Este recurso se limita a dez milhões de reais. em que se tem a opção de um grupo de empresas. 2012). ficando o bem em nome do agente financeiro. e em alguns seguimentos específicos. Os produtos nacionais que se enquadram nessa modalidade estão apresentados no site do BNDES. o Pré-embarque Empresa Âncora Cartão BNDES Crédito de até 1milhão de Reais. BNDES Automático Quando há necessidade de recursos para montagem de parte ou de toda a estrutura de uma pequena. em que podem ser adquiridos máquinas e equipamentos. Quanto ao prazo. que existem várias opções de financiamento para este fim. assim como para ter acesso ao cartão BNDES é necessário cadastro no mesmo site. podendo ser seis a doze meses antes do embarque. o financiamento já é estabelecido. geralmente formado em núcleos setoriais. existe a opção do BNDES Automático. média ou grande empresa. como é o caso do Programa Embarque Ágil. com juros que geralmente são os mais baixos do mercado financeiro.Pós-Graduação | Unicesumar 55 financeiro é fixa. juntarem-se e exportarem por intermédio de uma terceira empresa. para pequenas empresas. pois o adicional que cada banco põe nas operações é diferente. Os fornecedores e distribuidores que pretendem adquirir o equipamento ou insumos estão cadastrados no site do cartão. ela está disponível para quem tem um bom plano de expansão ou de montagem de um negócio. Apoio à Exportação Quando a opção do empreendedor é pela exportação. pré-aprovados. com carência em geral de seis meses para o início do pagamento. este também é negociado. insumos para a atividade fabril. Empresas internacionais. 2012) destaca como outras fontes de financiamento. pp. Match International Centre e Partners in Rural Development. Save the Children. CARE. entre outros. Fundações comunitárias.Empreendedorismo e Inovações 56 Speak (2002 apud Albuqueque. nacionais e locais. ONGs do hemisfério norte divididas em dois grupos: as grandes ONGs transnacionais. por exemplo. CUSO. criação de emprego e renda e geração de divisas. a França e os Estados Unidos da América. recursos não reembolsáveis e subscrição de valores mobiliários. 34-37).bndes. Clubes como o Rotary. entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e suas muitas agências. o apoio financeiro pode se dar de forma conjugada. têm abrangência internacional há vários anos. esses grupos preferem trabalhar com.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro> . que têm programas de captação de recursos e de sensibilização em vários países do norte (por exemplo. Fonte: SPEAK (2002.gov. Disponível em: <http://www. The Steelworkers Humanities Fund – o fundo dos Siderúrgicos para a Humanidade. O apoio financeiro pode se dar por meio das seguintes modalidades: financiamentos. Criadas pelas próprias empresas. por meio de financiamento a uma parte de projeto e via subscrição de valores mobiliários em outra. A decisão de utilizar as duas modalidades fica a critério do BNDES. O BNDES investe em empreendimentos de organizações e pessoas físicas segundo critérios que priorizam o desenvolvimento com inclusão social. Fundações Familiares. Exemplos canadenses deste último tipo incluem CODE. ou através de. e agências nacionais menores estabelecidas em um só país. Visão Mundial). Grupos Religiosos e Seculares que também são considerados ONGs. Em alguns casos específicos. a fim de poder atender às muitas solicitações de financiamento recebidas todo ano. Associações profissionais. o Banco Mundial e os Bancos regionais de desenvolvimento. Em quase todos os casos. A fundação faz doações com o rendimento sobre o valor do legado para grupos comunitários. como os governos nacionais de países como o Canadá. não necessariamente de recursos públicos: Instituições multilaterais de financiamento. Fundações de empresas. Muitas vezes são uma ampliação dos interesses filantrópicos de uma só pessoa. São criadas por um indivíduo ou uma família que transfere montantes generosos de dinheiro para um fundo de legado (endowment fund). Agências financiadoras bilaterais. Outras entidades como sindicatos com programas internacionais de desenvolvimento. Oxfam. Normalmente distribuem seu rendimento residual para atender as necessidades da comunidade. um grupo parceiro local no país em desenvolvimento que os interessa. a importância do estudo do empreendedorismo e suas facetas como o estudo do ambiente empreendedor.com.com.org. conquista de sócios e investidores.com.br>.empreenderparatodos.br>. mas que podem ser desenvolvidas por qualquer pessoa. Foi possível conhecer também a importância da elaboração de um plano de negócios. bem como suas aplicações como o crédito e as leis específicas. o plano de negócios se mostra como um instrumento essencial para a captação de recursos. . o surgimento e significado desta palavra. Vários portais na Internet têm o objetivo de auxiliar os empreendedores na busca de uma maior qualificação. que tem raízes no latim. você encontrará informações preciosas sobre o assunto: <www.br>. seja pelo pouco acesso ao crédito.com.Pós-Graduação | Unicesumar 57 considerações finais Nesta unidade.endeavor. Mais do que um simples documento escrito.empreendedor. Nos endereços abaixo. <www. Diante disso. trabalhamos com os conceitos sobre o empreendedorismo. bem como a importância dessa ferramenta no que tange ao planejamento do novo empreendimento. Assim. Complementamos esta parte com informações a respeito do empreendedorismo no mundo apresentando dados do GEM Global Entrepreneurship Monitor. empreender no Brasil ainda é uma tarefa complexa. Conhecemos os principais aspectos na elaboração do plano. desde que esta tenha realmente desejo nisso. <www. seja pela burocracia. Estadual e Municipal. suas características.portaldosempreendedores. sendo capaz de desenvolver o perfil necessário para se tornar um empreendedor de sucesso.br>.sebrae.br>. qualidades pessoais e comportamentais comuns aos empreendedores. <www. concluímos esta unidade com os conceitos que achamos serem de grande importância no processo de estudo sobre o empreendedorismo. <www. em conjunto com organizações como o Sebrae e Associações Comerciais. além de servir como “cartão de visitas” do empreendedor. É nesse ambiente empreendedor que se estudam as políticas públicas voltadas à promoção do empreendedorismo. Apesar dos esforços conjuntos dos governos Federal. Pode-se estudar a respeito do empreendedor. 2. com isso compare com as apresentadas no livro. Explique qual é a importância de um plano de negócios no que diz respeito à redução nos índices de mortalidade prematura de micro e pequenas empresas. Sendo assim. pesquise na sua cidade como está o desenvolvimento do empreendedorismo: quantas empresas foram abertas no último ano? Qual é o ramo de atuação dessas empresas? Quem é o empreendedor? Quem são os sócios? Existem estatísticas oficiais sobre a abertura de novas empresas na sua cidade? 3. você vê seu município como um ambiente que promove o empreendedorismo? Por quê? 4. .Empreendedorismo e Inovações 58 atividade de autoestudo 1. De acordo com o que foi apresentado nesta unidade. Analisando os pontos levantados no texto de políticas públicas voltadas ao empreendedorismo. Pesquise com dois ou três empresários da sua cidade quais são as fontes de financiamento que eles conhecem. o empreendedorismo é bastante discutido e assume posição de destaque na sociedade. países e nações. uma vez que proporciona desenvolvimento econômico e social a regiões. estava apenas começando.ed. sua atitude foi considerada coisa de maluco. Ao contar a história de Luísa. para participar de uma feira de plástico na qual adquiriu os equipamentos necessários para sua fábrica. o livro busca mostrar aos leitores que é possível transformar a paixão por uma ideia em algo real e concreto. em 90% dos municípios do país.com. filme O HOMEM QUE MUDOU O JOGO (Moneyball. Para ler a reportagem na íntegra. desenvolve um sofisticado programa de estatísticas para o clube. na Alemanha. Mostra ainda que o empreendedorismo pode ser um agente de mudança e transformação levando as pessoas a repensar suas trajetórias pessoais e profissionais. mas principalmente a realização pessoal. Fernando. a história de Luísa retrata a realidade de muitos empreendedores. Em “O segredo de Luísa”. De acordo com a reportagem. além de dar ao leitor importantes contribuições e esclarecimentos acerca do empreendedorismo e abertura de um negócio.São Paulo: Saraiva. br/economia/empreender-pme/ conteudo. localizada em Joinville. Hoje. Fonte: CHIAVENATO. pois não se acreditava nem se aceitava que o PVC pudesse substituir o ferro usado nas tubulações. Santa Catarina. Na história. Beane. buscando mais do que estabilidade financeira ou profissional. apesar de não tratar de um esporte muito praticado por aqui. O BRILHO DA OUSADIA Casos de sucesso — como Natura.gazetadopovo. boa leitura! Pesquisas apontam que 75% das empresas sobrevivem aos dois primeiros anos Reportagem publicada no jornal Gazeta do Povo (em sua versão digital) afirma que a taxa de sobrevivência das empresas paranaenses está crescendo. 2007. TAM.phtml?id=1389817>. O segredo de Luísa. tal melhora no índice pode ser atribuída ao planejamento realizado pelos empreendedores antes de abrir o seu próprio negócio. Fernando Dolabela narra o surgimento de uma empreendedora e quais são os caminhos por ela trilhados para a criação de um negócio. Apesar de ser ficção. Curioso? Então. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor: empreendedorismo e viabilidade de novas empresas: um guia eficiente para iniciar e tocar seu próprio negócio. gerente do time de baseball Oakland Athletics. Gol. Tigre. Microsiga. São Paulo: Sextante. Sua empresa. rev. com pouco dinheiro em caixa. 2008. No filme o ator Brad Pitt interpreta a história real de Billy Beane. responsável pelo saneamento básico. é uma lição do que um empreendedor pode fazer com criatividade e persistência. que fez com que ficasse entre as principais equipes do esporte nos anos 80. Por fim. Boa leitura! <http://www. . A reportagem apresenta índices comparando a taxa de sobrevivência de empresas no estado do Paraná e o Brasil de forma geral. a Tigre é uma empresa de grande porte. Hansen foi para Hannover. Quando João Hansen Júnior resolveu optar pelo PVC em tubos e conexões para sistemas hidráulicos no final da década de 1950.Pós-Graduação | Unicesumar 59 DOLABELA. principalmente em residências. resta saber agora qual é o segredo de Luísa. e atualizada. . Grupo Ultra — deveriam ser mais comentados e discutidos. Hansen precisou vencer forte resistência. em uma época em que tinha início o processo de urbanização do país. 2012). São lições de empreendedorismo que valem a pena conhecer. 2. acesse o link. Acreditou em sua visão e partiu decisivamente para o empreendimento. Assista ao filme que. apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Proteção da propriedade intelectual • Patentes • Marcas • Direitos autorais • Criatividade.Gestão de Negócios 60 2 OPORTUNIDADES EMPREENDEDORAS Professor Me.conhecendo um pouco mais sobre o termo • Franchising .a dimensão do modelo de negócios • Tipos de franquias . Haroldo Yutaka Misunaga / Professor Me. • Analisar a relação entre inovação. Ricardo Albuquerque Azenha Objetivos de Aprendizagem • Entender a importância da propriedade intelectual. • Conhecer o conceito de inovação. Plano de estudo A seguir. • Conhecer o conceito de franchising. • Analisar o franchising como um modelo de negócio. • Definir criatividade e a sua importância para a inovação. mudança e negócios. inovação e empreendedorismo • Inovação e empreendedorismo • Tipos de inovação • Criatividade e inovação • Fases da criatividade • Franchising . • Estudar os principais tipos de proteção da propriedade intelectual. é importante conceituarmos inovação. Deste modo. analisar sua relação com mudanças e negócios. Nesta unidade. vamos conhecer o conceito de franchising e analisá-lo como um modelo de negócio. na maioria das vezes. . Inovar é gerar receita com uma invenção. analisar os principais tipos de proteção da propriedade intelectual de modo a estar protegendo suas invenções. O que esperamos com esta unidade é ajudar a fortalecer o seu conhecimento e contribuir em sua caminhada empreendedora. definir criatividade e apresentar sua importância para a inovação.Pós-Graduação | Unicesumar 61 Empreender. se a sua invenção gerar receita então teremos uma inovação. Continuaremos tratando a respeito da inovação. entretanto. para isso. iremos discutir justamente a importância da propriedade intelectual. pois. como dissemos. é fundamental buscar proteção da sua propriedade intelectual. Para concluir essa unidade. caminha lado a lado com a inovação. Gestão de Negócios 62 propriedade intelectual . sendo considerada como produto do intelecto humano que possui características intangíveis. Assim.Lei 9. uma boa ideia facilitará o sucesso”. que representam as principais formas jurídicas de proteção da propriedade intelectual. Peters e Shepherd (2009). mas com valor comercial no mercado. as marcas e os direitos autorais. pois é fruto de uma invenção. De acordo com Ferreira. Ficam confinadas no imaginário de quem as teve. para esse tipo de situação. com vistas a evitar que essa ideia seja apropriada por um concorrente ou mesmo que seja utilizada de forma indevida. algumas ideias consideradas realmente “boas” acabam por se tornar “realidade”.279/96). De acordo com Hisrich. deve ter tido uma ideia para tentar resolver algum problema do dia a dia que foi vivenciado por você ou por alguém que você conheça. Sendo assim. uma vez que a ideia que irá sustentar o novo negócio foi identificada e desenvolvida. Proteger a ideia garantirá ao empreendedor a posse da propriedade intelectual originada por tal ideia. Santos e Serra (2010). mas que por não saberem exatamente do que se trata a propriedade intelectual. sem pretensão alguma de se tornar realidade. algumas mais “geniais” e outras nem tanto. Entretanto. ou seja. então. Santos e Serra (2010. é importante compreendermos do que trata a propriedade intelectual. você conhecerá e aprenderá sobre o conceito de propriedade intelectual e as formas de sua proteção. “o empreendedor deve ter uma boa ideia de negócio. Desta maneira. Alguns empreendimentos irão surgir no mercado graças a uma ideia nova. porque. você. nesta seção. 47). Todos nós já tivemos ideias. antes de tratarmos a proteção da propriedade intelectual. Para Ferreira. Então. a propriedade intelectual é “intelectual”. seja ela relacionada com um produto inovador e totalmente novo ou. conhecer a sua definição. em algum momento da sua vida. Entenderá como se dá o processo envolvendo as patentes. p. um produto resultante de novas formas de fabricá-lo ou comercializá-lo. de início. da criatividade e da imaginação resultante de uma atividade intelectual. torna-se importante conhecer e compreender as principais formas jurídicas de proteção da propriedade intelectual: as patentes. torna-se importante o empreendedor tentar proteger tal ideia. a Lei de Propriedade Intelectual .Pós-Graduação | Unicesumar 63 C ertamente. A grande maioria delas passa despercebida. reservadas a uma simples representação mental de uma situação real ou abstrata. a propriedade intelectual é representada por ativos importantes para o empreendedor. concretizando-se na forma de um novo negócio. ignoram as etapas consideradas vitais para proteger esses ativos. . o direto autoral e a proteção de marcas. bem como a legislação que trata desse assunto (no Brasil. a Lei de Propriedade Intelectual (Lei 9.279/96) irá regular sobre o registro de patentes. é concedido por um período de cerca de vinte anos. por um período de vinte anos. no qual o empreendedor adquire o direito de excluir outros na produção. não são considerados invenções: • descobertas. arquitetônicas. entende-se tudo aquilo que estava acessível ao público antes da data em que o pedido de patente foi feito. Já em relação à aplicação comercial. conforme esses autores. Hisrich. Em contrapartida. é patenteável a invenção que atenda os requisitos de novidade. • concepções puramente abstratas. bem como estimular novas formas de desenvolvimento científico.Gestão de Negócios 64 patentes Para Teh. De acordo com a Lei 9. mediante a divulgação completa de como tal invenção funciona. no qual é garantido o direito de exploração de uma invenção. educativos. N o Brasil. comercialização e uso de uma invenção enquanto a patente durar. tornando a patente em um importante instrumento com vistas a divulgar informações tecnológicas. atividade inventiva e aplicação industrial. segundo a Agência USP de Inovação (2012). usar ou comercializar a invenção definida no registro de patente. uma vez que impede que qualquer outra pessoa passe a produzir. uma vez que necessita que o ato inventivo deve ser oriundo de trabalho intelectual. deve haver garantia de que a invenção tenha uma aplicação comercial e que seja passível de produção em escala industrial. para o desenvolvimento tecnológico mundial. Baron e Shane (2011) afirmam que a patente representa um direito jurídico concedido por um governo nacional. Santos e Serra (2010) consideram a patente como sendo um benefício concedido pelo governo. • as obras literárias. planos. no Brasil ou no exterior. De acordo com essa lei.279/96. a novidade existe quando o invento não está compreendido no estado da técnica. Kayo e Kimura (2008). . trata-se de um quesito subjetivo. Revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico do que está sendo protegido pela patente contribui. princípios ou métodos comerciais. financeiros. Conforme a Agência USP de Inovação (2012). Em relação à atividade inventiva. Por estado da técnica. Esse direito. pelo seu inventor. o registro de patente impede que um produto seja produzido e tenha seus processos utilizados por terceiros por um determinado período de tempo. teorias científicas e métodos matemáticos. dependendo do tipo de patente. • esquemas. publicitários. de sorteio e de fiscalização. conferindo exclusividade de exploração pelo autor. Ferreira. contábeis. por meio de uma solicitação escrita ou oral. Peters e Shepherd (2009) consideram que a patente concede aos seus proprietários uma espécie de direito negativo. • apresentação de informações. trata da criação do sistema de chamada telefônica a cobrar. exceto os micro-organismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade . artísticas e científicas ou qualquer criação estética.Pós-Graduação | Unicesumar 65 A reportagem de Natália Cancian. aos bons costumes e à segurança. ou ainda que dela isolados. 2014). misturas. Leia a reportagem disponível no link: <http://www1. Destaca-se aqui a atuação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). será o órgão responsável por receber os pedidos de patente e publicar/ divulgar os registros concedidos. matérias. para aplicação no corpo humano ou animal. em sua versão online. conforme o artigo 18 da Lei 9.279/96. • técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos. 8º e que não sejam mera descoberta. Entretanto.shtml> (CANCIAN.uol. Solicitou então o registro de patente recebendo a carta patente no ano de 1984. inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais. • todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza. continue na linha após a identificação”. publicada no jornal Folha de São Paulo. à ordem e à saúde pública. não é patenteável: • o que for contrário à moral. • as substâncias.com. órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento. conforme Ferreira.previstos no art.folha. são descritos a seguir: . Para aceitá-la. Santos e Serra (2010). bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico. Araujo foi o responsável por criar todo o sistema eletrônico de geração da chamada a cobrar e a veiculação da gravação com a frase indicativa do tipo de chamada. elementos ou produtos de qualquer espécie. • o todo ou parte dos seres vivos.279/96. atividade inventiva e aplicação industrial . • regras de jogo. • programas de computador em si. Além disso. Araujo não pôde receber os benefícios de sua criação decorrentes da patente e acabou tendo que buscar na justiça seus direitos de autor da propriedade intelectual.novidade. Indústria e Comércio que. Os passos para solicitar o registro de patente no Brasil. quando resultantes de transformação do núcleo atômico.br/mercado/2013/10/1362767-minha-historia-inventor-ganhana-justica-a-autoria-da-frase-chamada-a-cobrar. bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação. de acordo com a Lei 9. Tal sistema foi desenvolvido por Adenor Martins de Araujo e tem como principal marca a frase “Chama- da a cobrar. Santos e Serra (2010.Gestão de Negócios 66 fonte: Adaptado de Ferreira. pp. 66-67) . Esse valor diminui para R$ 95. serviços de expedição de carta-patente dentre outras. instituições de ensino e pesquisa. visitar ou simplesmente passear. caso contrário. • Ajuda a levantar o capital demonstrando a existência de uma vantagem competitiva. • Aumenta o custo da imitação por parte da concorrência. o pedido inicial de patente. empresas de pequeno porte e cooperativas assim definidas em lei. a taxa do pedido de exame de invenção. Baron e Shane (2011) alertam que em muitas situações. bem como por órgãos públicos. Desvantagens • Exige a divulgação da invenção. as pessoas podem usar a divulgação feita no Brasil para saber como utilizar a invenção em outros países. fazendo com que nem sempre os empreendedores patenteiem suas invenções.Pós-Graduação | Unicesumar 67 Vantagens De acordo com o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (2014). entidades sem fins lucrativos. Bastou olhar para essas letras e identificar se tratar de uma rede de postos de combustíveis. Embora as patentes ofereçam muitas vantagens. em papel. • Oferece monopólio temporário: 20 anos. Bastou olhar para isso e você imediatamente identificou se tratar de uma rede de lanchonetes conhecida internacionalmente e que vende sanduíches (hambúrgueres) dos mais variados tipos. 313) marcas É possível que na sua cidade ou em alguma que você tenha ido para trabalhar. microempreendedores individuais. o que torna difícil e caro proteger uma patente.00. vantagens e desvantagens das patentes fonte: Adaptado de Baron e Shane (2011. você tenha se deparado com uma letra “M” na cor amarela. quando se referirem a atos próprios. • Oferece direito de monopólio. bem grande. Mas o processo de patente inclui outras taxas entre elas. • Pode ser contornada se a concorrência realizar a mesma meta esquivando-se da proteção por patente. p. Outra situação semelhante diz respeito aos postos de combustíveis: você já deve ter abastecido o seu veículo ou ao menos passado em frente de um posto cuja identificação é feita pelas letras “BR”. • É menos efetiva do que outros mecanismos na proteção de propriedade intelectual da maior parte das tecnologias. as desvantagens podem superar as vantagens. • Exige um pedido de patente em todos os países do mundo. • Requer exigências jurídicas rigorosas para serem válidas e mostrarem infração. • Evita que outra parte use a invenção como segredo comercial. impedindo que outras pessoas façam a mesma coisa. em especial contra grandes empresas. com estilo a formar dois arcos.00 nos casos de pessoas naturais. . certidões de busca. • Pode ser irrelevante no momento em que a patente for concedida se a tecnologia ficar obsoleta rapidamente. microempresas. custa R$ 235. .neologismo . Usada como forma de identificação da fonte ou a procedência dos produtos ou serviços. japonês. Quanto à apresentação: considerando a apresentação. bem como qualquer forma de ideogramas de língua como. Dornelas (2005. SANTOS. De forma diferente das patentes. PETERS. de produto ou de embalagem) e mista (combinação entre elementos figurativos e nominativos). coletivas (função de identificar produtos ou serviços oriundos de membros de uma determinada entidade) e de certificação (marcas destinadas a atestar a conformidade de um produto ou serviço). 2010). desenho. tridimensional (composta pela conformação física . Além disso. uma vez que tal símbolo representa uma empresa fabricante de artigos esportivos mundialmente conhecida. bem como forma de distinguir produtos ou serviços das outras empresas.forma plástica. Peters e Shepherd (2009) afirmam que uma marca pode ser representada por um slogan ou um som específico que possibilite a identificação da fonte ou o patrocínio de alguns produtos ou serviços.além de combinações de letras e/ou algarismos). figurativa (a proteção neste caso recai sobre o símbolo ou ideograma representado pela marca e não sobre a palavra ou termo que a representa. a marca pode ser representada por qualquer palavra. árabe etc. por exemplo. nome ou instrumento (FERREIRA. 2009). Hisrich.). símbolo. figura ou qualquer tipologia estilizada de letra e número de forma isolada. Quanto ao uso: a marca pode ser de produtos ou serviços (uso destinado à distinguir produtos e serviços semelhantes ou afins). a marca (marca registrada) pode durar por tempo indeterminado desde que continue a desempenhar a função indicada (HISRICH. você e muitas pessoas podem associá-lo com eventos esportivos. pp. sendo composta assim por uma imagem.Gestão de Negócios 68 Ao observar o símbolo acima. 218-219) apresenta algumas classificações da marca: Quanto à origem: a marca pode ser brasileira (quando foi depositada no Brasil por pessoas domiciliadas no país) ou estrangeira (depositada tanto no Brasil como no país de origem que esteja vinculado a um tratado ou acordo do qual o Brasil também seja participante). SERRA. SHEPHERD. a marca pode ser classificada como nominativa (composta por uma ou mais palavras do alfabeto romano e abrangendo também novas palavras . do design e da configuração do produto. 68) destacam também um conjunto de itens que não são passíveis de proteção: aqueles considerados imorais ou escandalosos. frases curtas e slogans. Ferreira. Para proceder com o registro da marca. esse tipo de registro abrange os sons distintivos associados à marca. é necessário definir o uso e a natureza da marca.Pós-Graduação | Unicesumar 69 De acordo com o Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). por exemplo. os diretos autorais caracterizam uma forma de proteção da propriedade intelectual. nesse caso. enganosos. • Formas: o registro é possível.279/96 irá tratar da questão do registro de marcas.00 para pessoas físicas. p. De acordo com o artigo 133 dessa lei. descritivos (não é passível de registro as expressões que apenas representem a descrição de um produto ou serviço) e sobrenomes (o sobrenome. Também conhecidos como copyrights (representado pelo símbolo ©). Além disso. contados à partir da data em que o registro foi concedido além de haver a possibilidade de prorrogação por período igual e sucessivo. microempresas. números e letras: representadas pela combinação de palavras. Santos e Serra (2010. • Designs e logos: os designs e logotipos que compõem uma marca. 67) destacam: Palavras. Já em relação aos itens da marca passíveis de proteção. • Fragrâncias: é passível de registro somente se o reconhecimento e identificação do produto não for possível sem a fragrância. sejam elas soltas. Ferreira. se o formato do produto não exercer impacto sobre a sua função. “Silva” poderá ser registrado somente se estiver combinado com outras palavras que distingam um produto ou serviço). o interessado deve realizá-lo junto ao INPI. • Aparência: consiste no registro da embalagem. entidades sem fins lucrativos e órgãos públicos (INPI. empresas de pequeno porte e cooperativas além de instituições de ensino e pesquisa. na qual é concedido ao direitos autorais . tal definição será solicitada. Esse valor diminui para R$ 140.00 para depósito inicial (INPI. uma vez que no momento do registro. a lei número 9. 2012). Santos e Serra (2010. microempreendedores individuais. é necessário fazer o pagamento da retribuição relativa do depósito cujo valor atualmente é de cerca de R$ 355. números e letras. o registro de marca terá vigência de dez anos. p. • Sons: apesar de mais raro. 2012). No Brasil. Além da apresentação dos documentos exigidos pelo INPI. • Cores: o registro da cor é possível desde que a cor não afete a funcionalidade do produto/serviço (leia na seção “Saiba mais” o caso da disputa entre empresas pela cor vermelha do solado de sapatos femininos). o direito autoral torna ilegal a publicação do material todo ou parte dele por outra pessoa ou o uso desse material de qualquer outra maneira. Conforme essa lei em seu artigo 19. Você sabia que a brasileira Gradiente e a norte-americana Apple foram protagonistas de uma disputa envolvendo a marca iPhone no Brasil? Entenda o que houve com a marca iPhone em realção à essas duas empresas assistindo ao vídeo disponível no link: <http://www. SANTOS. ou no Conselho Federal de Engenharia. De acordo com Baron e Shane (2011). 2010). na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os itens passíveis de proteção pelos direitos autorais são. Conforme Baron e Shane (2011).610/98 trata da questão dos direitos autorais.988/73): na Biblioteca Nacional. no Instituto Nacional do Cinema.Gestão de Negócios 70 autor o direito legal à “paternidade” da obra com o intuito de assegurar sua genuinidade e integridade (FERREIRA. Arquitetura e Agronomia. na Escola de Música. SERRA. a lei número 9. caso o autor queira assegurar seus direitos.youtube. poderá proceder com o registro da obra. é facultado ao autor o registro de sua obra em órgão público. copiar ou exibir aquilo que foi protegido. 17 da Lei nº 5. tal obra já possui direitos autorais. Ainda de acordo com essa lei. a partir do momento que uma obra é produzida. No Brasil. de acordo com sua natureza nos seguintes órgãos (descritos no caput e no § 1º do art. de acordo com o quadro a seguir.com/ watch?v=RkRf6Gv4NtU> . O direito autoral concede autorização ao seu proprietário e às pessoas por ele designadas de reproduzir. o empreendedor tem a ideia de criar uma máquina para vender na praia água de coco engarrafada. mapas. poesias. desenhos animados. Ao contrário disso. Ferreira. jogos. não são cobertas pela proteção dos direitos autorais. Essa ideia propriamente dita não pode ser protegida pelo direito autoral. Fonte: Adaptado de Ferreira. bem como se dará o seu funcionamento. Santos e Serra (2010. reproduções de artes etc. gráficos ou de imagem Referem-se a uma diversidade de trabalhos. Conforme esses autores. Santos e Serra (2010). Trabalhos dramáticos Incluem-se aqui as peças de teatro. p. a sua expressão específica sim. Santos e Serra (2010) denominam tal princípio de “dicotomia ideia-expressão”. a ideia não é passível de proteção. . slogans publicitários. tais como: livros. música. é possível de ser protegida. comédia ou show de TV. Composição musical São protegidos os versos e a composição musical. discursos.Pós-Graduação | Unicesumar 71 Item Descrição Trabalhos literários Faz parte dessa categoria qualquer trabalho escrito. Por exemplo. manuais diversos etc. Trabalhos de escultura. em contrapartida. de acordo com Ferreira. dentre eles fotografias. a descrição completa e minuciosa de como será constituída essa máquina. 69) A s ideias. publicidade. Trabalhos coreográficos Diz respeito aos movimentos de dança de uma composição. impressões. Não há jeito de conseguirmos escapar desse urso. entretanto. cuja especialidade era a física. estimou a velocidade que eles poderiam alcançar na fuga. O empreendedor. Ele então afirma: “Pare de correr. Ele nos alcançará em 15 segundos”. eu não tenho que correr mais que ele: tudo o que preciso é correr mais que você!”.eu jamais poderei correr mais que o urso. Quando o professor perguntou por que. continuou correndo. .Gestão de Negócios 72 criatividade inovação emprendedorismo Dois indivíduos. O professor. Porém. um professor universitário e um empreendedor estão caminhando na floresta quando avistam um urso pardo feroz avançando em sua direção. sobre os ombros: “Você está certo . o empreendedor gritou para trás. A constante necessidade de diferenciar-se dos demais faz com que o empreendedor redefina constantemente o seu negócio. também trataremos da criatividade. Além do que. houve uma popularização das tecnologias tornando-as acessíveis a uma maior quantidade de pessoas. torna-se necessário criar-se e recriar-se a todo tempo. . Assim. de acordo com Chér (2008). a inovação como forma diferente de criar algo novo. conforme descrito ao lado. E você. A criatividade. segundo Ferreira. Os ciclos de vida dos produtos e serviços foram encurtados.Pós-Graduação | Unicesumar 73 Iniciamos esta seção. imaginando a situação apresentada por Baron e Shane (2011. além da necessidade constante de rever as estratégias do negócio. “Para manter o seu negócio no presente e no futuro. tentariam descobrir uma forma diferente. possibilitando transformar uma simples ideia em algo concreto. Santos e Serra (2010). o que faria? Ficaria conformado à espera do urso ou pensaria em algo para tentar salvar a sua vida? Talvez a grande maioria das pessoas ficasse ali aguardando o triste desfecho da história. seja de micro. de promover transformações no ambiente no qual um empreendimento atua ou irá atuar. nessa seção. No que tange a empreendedores. pequenas. E essa nova maneira de enxergar as coisas certamente influenciará e contribuirá para o desenvolvimento de inovação eficiente. para sobreviver ao eminente ataque do urso pardo. nova. trataremos. esperando ser devorado pelo urso. Perceber e compreender o que acontece à nossa volta. pelo contrário. Fabrício e Machado (2010) afirmam que os empreendedores procuram identificar oportunidades de negócio consideradas novas. torna-se um imperativo almejado pelas empresas. Desta maneira. conseguirão sobreviver e se manter competitivas no mercado aquelas empresas cujo seus empreendedores e gestores forem capazes de fazer com que a empresa responda de maneira rápida às mudanças ocorridas no seu ambiente. A cada dia as empresas se veem na constante necessidade de “fugir do urso pardo que as persegue”. Outras. por meio de um processo visionário. E assim é o que acontece no atual cotidiano organizacional. importante aspecto para o processo de inovação. não deixando que o negócio no presente seja superado por um futuro incerto. p. é patológica. identificar problemas e oportunidades e descobrir formas de sobreviver a esses problemas e aproveitar as oportunidades. figura como a capacidade de olhar as mesmas necessidades ou problemas a partir de pontos de vista diferentes. combinando habilidades e recursos de maneira inovadora. 73). Conforme esse autor. médias e grandes empresas. inovação e empreendedorismo A dinâmica atual do mundo dos negócios. metodologias. afirma Dornelas (2003). Dornelas (2003) salienta que a diferença entre o empreendedor e o inventor está pautada no fato de que o empreendedor alia criatividade às suas habilidades gerenciais e conhecimento dos negócios de forma a possibilitar a identificação de oportunidades de inovar.Gestão de Negócios 74 você precisará transformá-lo algumas vezes isso porque para ser superado. o inventor almeja apenas a criação e a descoberta. “Como então enfrentar esta nova realidade de se fazer negócios com as mesmas premissas. não é preciso parar. bem como em processos. Além disso. através da criação de valor pela exploração de alguma forma de mudança. 2008. De acordo com esse autor. preços. . taxação. a inovação refere-se a mudanças. basta se manter na mesma velocidade. mas também pequenas alterações ou explorar com sucesso novas ideias. 190). Inovação é a criação de um produto ou de um processo melhor. ferramentas e estratégias de antigamente?”. e até certa falta de consenso sobre a definição de inovação. proporcionar a criação de algo novo. Em se tratando de inovação. Para Leite e Moori (2008).. p. a inovação de processos produtivos ou formas de gestão. p. a saber: técnica. 25). sempre estiveram presentes no cotidiano organizacional. a geração de novas demandas ou de novas maneiras de explorar um mercado existente” (SALIM. Em contrapartida. diferenciar inovação de invenção. É necessário. Para ser atropelado. de forma deliberada as fontes de inovação” (DRUCKER. O conceito de inovação. Existe uma grande variedade. o meio pelo qual eles exploram a mudança. materiais. sejam elas formas de tecnologias. a inovação relacionada com a criação de um produto novo ou um serviço diferente. invenções dizem respeito a descobertas. é a questão que Chér (2008. destaca o autor. no mesmo ritmo. 213). “A inovação é o instrumento específico dos empreendedores.] os empreendedores precisam buscar. entretanto. algo totalmente novo. p. Tudo isso acaba por indicar uma necessidade óbvia: inovação permanente (CHÉR. SILVA. Ou ainda. p. patentes ou fórmulas. bem como sua prática.. realizar as coisas de maneira diferente. 191) coloca em pauta para que empreendedores novos e já atuantes possam refletir sobre as mudanças constantes que afetam os negócios. na mesma estratégia” (CHÉR. 2003. 2010. de promover a transformação do ambiente no qual se está atuando. ou seja. Complementando essa ideia. esses autores afirmam que a inovação possui uma dimensão mais ampla e pode ocorrer tanto no desenvolvimento de novos produtos. Para esse autor. como uma oportunidade para um negócio diferente [. não é novo. Bessant e Tidd (2009) afirmam que a inovação não implica necessariamente em comercializar apenas grandes invenções. não objetivando a criação de algo com finalidade econômica. demografia e até geopolítica. 2008). existem modelos e formas menos tangíveis de inovar. ou a prática de inovação.“fazer o que já se faz. só que melhor”) até mudanças de grande porte. com. Realizar algum tipo de alteração das características ou função a que se destina o produto. de acordo com Dornelas (2003). Para esses autores. Velasco inovou ao recriar um composto químico que. estão constantemente buscando algo novo. Mas de acordo com Chér (2008). é o grau de novidade envolvido.br/bbc/2013/08/1328763-aguaem-po-pode-tornar-a-seca-um-problema-do-passado. a busca da inovação sistemática.Pós-Graduação | Unicesumar 75 Os empreendedores. publicada no jornal Folha de São Paulo. aumentando assim a produtividade de lavouras alí cultivadas.shtml> inovação Quando pensamos em inovação.uol. porém. Mais detalhes sobre a “água em pó” estão disponíveis na reportagem “Água em pó pode tornar seca um problema do passado”. em sua versão online– o link para a reportagem é este: <http://www1. não menos importantes. bem como quais são os tipos de inovação correspondentes. para que seja possível para empresas definirem qual o grau de inovação devem promover. Segundo Dornelas (2003). não são essas as únicas maneiras de pensar e implementar a inovação.“fazer o que fazemos de forma diferente”). Assim. um engenheiro químico mexicano. Um fator a ser considerado na classificação da inovação. Para esse autor. de acordo com Bessant e Tidd (2009). em que será aplicado algum tipo de modificação a um produto existente ou a criação e incorporação de um produto totalmente novo. Um método apresentado por esse autor diz respeito à classificação das oportunidades de . aumentaria a sua capacidade de reter água. níveis diferentes de novidade existem e caracterizam-se desde melhorias incrementais menores (inovação incremental .folha. torna-se comum como atividade relacionada com os empreendedores. bem como a criação de algo totalmente novo certamente são formas de inovar. tanto para aqueles que se lançam no mercado com um novo empreendimento como para aqueles que já possuem ou trabalham em organizações já estabelecidas. para esse autor. sempre querendo ir além. radicais e de certa forma difíceis e que podem alterar a própria base da sociedade (inovação radical . misturado ao solo. motivando-os para a busca da inovação. a primeira coisa que nos vem à mente é aquele tipo de inovação voltada apenas para o produto. tipos de Você já ouviu falar em “água em pó”? Essa é a novidade criada por Sérgio Jesus Rico Velasco. é necessário que utilizem ferramentas que possam auxiliá-las com a avaliação dos riscos e retornos da oportunidade de inovar. a oportunidade de inovação é representada pela possibilidade de lançar-se em mercados e negócios totalmente novos. Tal tipologia de inovação requer da empresa mudança de processos e de produtos/serviços que serão ofertados no novo mercado almejado pela empresa. de acordo com Dornelas (2003). Esse método de classificação da inovação. tentando balancear os riscos e obter o maior retorno possível. posição e paradigma.caracterizada como uma adaptação ou extensão de produtos e/ ou serviços que são oferecidos atualmente cujo resultado representará uma nova versão desse produto e/ou serviço com possível redução de custos. mas o retorno garantido por ela possui um potencial considerável. mas igualmente baixo é também o retorno proporcionado. Esse tipo de inovação diz respeito a produtos e/ou serviços totalmente novos e.Gestão de Negócios 76 fazer o que fazemos de forma diferente inovação em três categorias. De acordo . mas com altos retornos potenciais. Nova plataforma . Outro tipo de classificação de inovação é apresentado por Bessant e Tidd (2009). As categorias de classificação das ideias e oportunidades de inovação. diversificando assim o portfólio de produtos da empresa.estão muito além das competências essenciais da organização. são: Ideias derivadas . O risco dessa categoria de inovação é bastante alto. proporciona auxílio para que a organização possa tomar a decisão de como irá direcionar seus recursos para as oportunidades de inovação. segundo Dornelas (2003). pois requerem muito mais esforço. Referemse ao conjunto de competências essenciais da empresa e possuem caráter de aprovação mais fácil internamente pelas gerências de inovação. para os quais serão destinados recursos com objetivo de novos desenvolvimentos na área. Os riscos relacionados com essa categoria de inovação são consideravelmente baixos. essa categoria de inovação envolve um alto risco. tempo e recursos. devido a isso. processo. Esses autores consideram a dimensão da mudança e apresentam os 4P’s de inovação: produto. acabam por serem criadoras de mercados considerados inexistentes até então. Avançadas . de acordo com Bessant e Tidd (2009). A mudança. telefones celulares e internet. as mudanças acontecem na forma como os produtos/serviços são feitos e ofertados/apresentados para o consumidor. diz respeito à forma de como o produto será armazenado e. em que o consumo da cerveja geralmente é feito em casa (as pessoas preferem comprar a bebida e levar para consumir no conforto e na privacidade da sua casa). foi lançada no Brasil a garrafa de cerveja de 1 litro. a inovação do produto diz respeito à mudança nos produtos/serviços que uma empresa oferece.Pós-Graduação | Unicesumar 77 com esses autores. em especial caminhonetes. restaurantes e lanchonetes. Já em relação à inovação de processo. comercializado nessa nova embalagem. praticamente não há a impressão de nenhum documento relacionado com a passagem aérea. Exemplo de inovação de posição é o uso de veículos utilitários. Atualmente. Mudanças no contexto em que produtos/serviços são introduzidos representam a inovação de posição. ou seja. Entretanto. Vamos considerar como exemplo de inovação de processo a venda de passagens aéreas. A priori. posteriormente. as passagens aéreas eram emitidas “em papel” pelas companhias aéreas e agências de turismo. com uso de computadores. Nas décadas de 1980 e 1990. Essa garrafa é tradicionalmente vendida em países como a Argentina. nesse caso. Toda a transação de compra até o check-in se dá por meio eletrônico. os veículos utilitários possuem a função de trabalho. nas cidades. Bessant e Tidd (2009) destacam que nessa dimensão. geralmente na zona rural ou em empresas. nos . diferentemente do Brasil. onde a maioria dos consumidores prefere beber a cerveja em bares. carregar e transportar uma grande quantidade de carga. Recentemente. Gestão de Negócios 78 últimos anos, percebe-se a utilização de tais veículos também na cidade, como veículo de passeio. Nesse caso, houve mudança na função a qual o veículo se destinava, talvez não pelo direcionamento do fabricante do veículo, mas pelo fato dos consumidores utilizarem tal veículo como veículo de passeio ao invés de transporte de cargas. Perceba que a finalidade inicial para qual o produto foi destinado foi alterada. Sobre a inovação de paradigma, Bessant e Tidd (2009) afirmam que nessa dimensão, as mudanças ocorrem nos modelos mentais básicos que irão nortear o que a empresa faz. Como exemplo, vamos considerar o período pré e pós-Revolução Industrial (ocorrida no século XVIII). No período pré-Revolução, a tradição empresarial estava baseada na produção artesanal de bens. Com o advento da Revolução, a produção deixa o caráter artesanal e passa a ser de larga escala, principalmente com o uso de grandes máquinas, esteiras - linha de produção. É preciso esclarecer, de acordo com Chér (2008), que nem toda inovação é igual e nem sempre a inovação é boa. Conforme esse autor, é necessário estabelecer um objetivo claro ou optar por um modelo de inovação para que não ocorram distorções no processo de inovação. Além do que, é necessário que o empreendedor demonstre sempre ações efetivas colocando em pauta a prioridade que a inovação enseja e quais serão as vantagens oriundas delas com vistas a comprometer todos os envolvidos, desde funcionários até o mercado, alerta Chér (2008). Percebe-se na realidade brasileira, conforme Leite e Moori (2008), que pequenas empresas, apesar de perceberem a importância de implementação de um processo de inovação, a gestão do negócio, em certa medida, amadora e alguns entraves, tais como, falta de recursos financeiros, acabam por impedir que os empreendedores realizem ações mais elaboradas do tipo de contratação de consultoria, realização de pesquisa de mercado, testes de mercado etc., com vistas a apoiar o processo de inovação. Por fim, para Leite e Moori (2008), não é esperado das pequenas empresas o uso de estratégias semelhantes das grandes, mas acredita-se que a questão da inovação deve ser repensada por seus gestores. criatividade e inovação Uma das pré-condições da inovação é a criatividade. Chér (2008, p. 203) afirma que “para haver inovação, é preciso criatividade”. Para Ferreira, Santos e Serra (2010), é a criatividade que possibilita ao empreendedor a criação de novos negócios a partir da combinação e recombinação de partes que já existem, criando assim novos modelos de negócio, novos produtos e serviços, enfim, olhar para aquilo que já está sendo ofertado e enxergar algo que os outros ainda não detectaram. Além do que, para Baron e Shane (2011), a Pós-Graduação | Unicesumar 79 criar produzir inventar criatividade é importante, pois leva à descoberta de novos conhecimentos, produtos, além de poder contribuir com a qualidade A criatividade é a criação e a comunicação de novas conexões importantes que nos permitem pensar em muitas possibilidades, experimentar formas variadas e utilizar diferentes pontos de vista; que nos permite pensar em possibilidades novas e incomuns; e que nos leva a gerar e selecionar alternativas [...] resultando em algo valioso para o indivíduo, o grupo, para a empresa ou sociedade. (BESSANT; TIDD, 2009, p. 60). de vida das pessoas. Chér (2008) afirma que a palavra criatividade tem origem na palavra “criar”, cujo significado remete a “dar origem a”, “produzir”, “inventar”. Conforme esse autor, a criatividade representa o processo cujo resultado é um produto novo, comportamento ou serviço, que é aceito como sendo algo de utilidade, satisfatório ou que terá valor em um dado momento. Além do que, esse autor afirma que haverá sempre uma possibilidade para inovação onde houver um padrão e costume passíveis de serem quebrados e, também, haverá possibilidade de inovação onde houver conhecimento, pois há a possibilidade de seu rearranjo. Gestão de Negócios 80 Em se tratando de conhecimento, é possível afirmar que, conforme Chér (2008), o conhecimento atua como fonte das novas ideias. Assim, de acordo com esse autor, o indivíduo criativo é aquele que possui uma “bagagem de conhecimento”, mas que além disso, possui atitudes as quais irão definir se é mais ou menos criativo. Além disso, o preço de ser criativo é o de não ser aceito uma vez que passamos por um processo de domesticação que nos leva a pensar nas coisas simplesmente como elas são e não como poderiam ser (CHÉR, 2008). Seguir as normas e agir conforme os padrões aceitos não conduzirão à inovação. De acordo com Chér (2008), romper com as normas estabelecidas não necessariamente culmina em ideias criativas, mas é uma possibilidade. Conforme esse autor, é Alguns estudos indicam que os adultos utilizam menos percentagem do potencial criativo que as crianças. Em parte, isso pode acontecer porque, com o crescimento, os indivíduos encontram maiores restrições aos seus comportamentos e estas diminuem o espaço para o processo criativo. Alguns autores questionam o papel da educação formal sobre a criatividade, porque o modelo de aprendizagem atual é baseado em uma lógica de repetição de estereótipos, relegando o potencial criativo. (FERREIRA; SANTOS; SERRA, 2010, p. 51). E você, concorda ou discorda com o que foi mencionado? necessário perguntar-se constantemente: “e se?”, arriscando e buscando possibilidades de ideias criativas. fases da criatividade “É possível gerenciar o processo criativo? É possível guiá-lo? Podemos nos conduzir por suas diferentes etapas de modo a produzir deliberadamente atos criativos ao seu final?” Essas questões são discutidas por Chér (2008, p. 213), no que diz respeito às fases da criatividade. De acordo com esse autor, talvez não seja possível conduzir o processo de criatividade obedecendo fases distintas e que acontecem de forma organizada mas, que conhecer essas fases e como elas se desenvolvem pode se tornar uma vantagem. Assim, Kneller (1999) define as etapas da criatividade: (1) Insight - funciona como um alerta no qual o pensamento predomina e surge a inspiração para uma ideia que poderá resolver um determinado problema. (2) Preparação - aqui investigam-se as possibilidades geradas pela ideia obtida durante o insight. Surgem ponderações acerca das vantagens e desvantagens da implementação da ideia. (3) Incubação depois de realizar a investigação e o estudo da ideia, é nesta fase que a ideia será maturada, desenvolvida, incubada à espera do é o momento da inspiração. ou seja. (5) Verificação . De acordo com esses autores.Pós-Graduação | Unicesumar 81 momento exato para ser implementada. a abordagem da confluência (figura abaixo) é responsável pelo estímulo à criatividade. (4) Iluminação . estilo apropriado de pensamento. . uma ampla e rica base de conhecimento. momento no qual a imaginação toma conta e delineia a solução de certo problema. Já para Baron e Shane (2011). verificar a reação das pessoas que serão comunicadas de tal ideia.é a fase na qual se prepara para comunicar a ideia criativa e. assim. atributos de personalidade. a abordagem da confluência considera que a criatividade surge devido à convergência (confluência) de diversos fatores tais como habilidades intelectuais.esta fase se dá por meio do uso de estratégias para estimular e complementar a cadeia de ideias que haviam sido incubadas. motivação e ambiente que dê apoio a ideias criativas. identificam-se causas e subcausas de tal problema. ideias que possam promover solução para o problema identificado são geradas.figura 5). Essa etapa envolve um processo de construção ativa pautada no indivíduo ou em grupos para a estruturação do problema que necessita de solução por meio de ideias criativas. de acordo com esses autores. O efeito (ou o problema) identificado diz respeito às reclamações feitas por clientes de um restaurante. Solucionando-se as causas. é o primeiro estágio do processo criativo. de acordo com Bessant e Tidd (2009). Nessa fase. posteriormente. A compreensão da oportunidade. sendo caracterizado pela formulação de um problema ou estabelecimento de metas ou objetivos. conforme Bessant e Tidd (2009). Bessant e Tidd (2009) afirmam que nesta etapa. é preciso focalizar e escolher dentre as muitas ideias geradas com o intuito de agrupá-las. O segundo estágio é representado pela geração de novas ideias. é necessário que se reconheça quais ideias. geração de novas ideias e planejamento para a ação. Tais ideias podem ser obtidas por meio de ferramentas. revisá-las e. a análise de Pareto e o diagrama de causa e efeito (ou diagrama de Ishikawa . dentre as diversas . tais como. Além de gerar. selecionar aquelas consideradas mais promissoras O planejamento para a ação representa o terceiro e último estágio.Gestão de Negócios 82 Outra forma de delinear as fases do processo criativo. consequentemente o problema será solucionado. é pautada em três etapas: compreensão da oportunidade. A partir disso. à época.abril. . Priscila Fins. por isso. Além do que. o indivíduo inovador não é satisfeito com o que vivencia e. de acordo com Chér (2008). A ideia foi tão apreciada pela Heineken que Priscila foi até a sede da empresa Amsterdã (Holanda) apresentar a inovação e receber incentivo para colocá-la no mercado. publicada em sua versão digital disponível no link <http://exame. Critérios podem ser estabelecidos para definir o que é e o que não é promissor uma vez que a partir das ideias promissoras é que será formulado um plano de ação para desenvolvimento e implementação de tais ideias. com vitaminas. uma vez que rompe com os padrões atuais e estabelece novas regras para o jogo. O final dessa história de criatividade você geradas. Para esse autor. de autoria de Marcela Ayres. praticamente todos os grandes avanços conquistados pela humanidade aconteceram quando alguém resolveu questionar as normas vigentes e tentou um outro caminho. não serão úteis ou não irão produzir resultados valiosos ou válidos.Pós-Graduação | Unicesumar 83 Jovem brasileira cria cerveja com vitaminas e recebe apoio de cervejaria multinacional a colocar a ideia em prática. sempre questiona as regras atuais do jogo e busca resultados fora delas. participou de um programa interno de inovação promovido pela empresa e propôs a criação de uma cerveja saudável. Por fim.com. br/negocios/noticias/ como-na-heineken-funcionaria-de-22-anos-conhececeo-global>. pode conferir lendo a reportagem da revista Exame. estagiária da cervejaria Heineken. o autor complementa que o pensamento criativo é também destrutivo. ©shutterstock / JuliusKielaitis ©shutterstock / Tupungato Gestão de Negócios 84 franchising . num objetivo nobre. é sufocado pelas dificuldades que se apresentam no caminho desses realizadores. os mesmos obstáculos que todos os empreendedores enfrentam também estarão no seu caminho. às vezes. pode-se atribuir as causas desta mortalidade a fatores. que move muitas pessoas tenazes. Esse relatório ainda mostrou que o índice de empresas que fecham as portas até o terceiro ano de funcionamento gira em torno de 55% a 73% e. como: falta de capital. das 4.2% são micro e pequenas empresas.Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – num relatório de 2005. O desejo de empreender. Pelo estudo do Sebrae. buscando a realização pessoal. 60% das restantes não passam dos quatro anos. Você talvez – se ainda não fez isso – também pode se lançar a um novo negócio. 99. deficiência de gestão e as crises econômicas que afetam o acesso . O Sebrae .©shutterstock / Rob Wilson Pós-Graduação | Unicesumar 85 E mpreender é ao mesmo tempo fascinante e desafiador. computou que. a independência financeira e.9 milhões de empresas comerciais e de serviços existentes no Brasil. Neste caso. contribuir para o desenvolvimento da sociedade em que vive. Outros afirmam que o franqueado nada mais é do que um funcionário de luxo. também constatamos os setores que mais se desenvolveram. à tecnologia e. Em troca. Certamente. ainda é muito mal compreendido pelas pessoas em geral. o franqueador recebe um fluxo de receita. não é verdade? Que caminho você poderia seguir para evitar esse destino fatídico? Pode ser que você já tenha pensado numa alternativa: o franchising. um mesmo conceito de negócio”.Gestão de Negócios 86 ao crédito. Siqueira (2009. (2006). você não gostaria de engrossar essas estatísticas. afinal. p. Alguns acreditam que uma franquia é um passaporte para o sucesso. as franquias podem ser definidas como contratos em que uma empresa (franqueador) concede o direito de uso de um ou mais elementos do seu negócio a outra empresa (franqueado). Precisamos conhecer mais profundamente essa ferramenta para o empreendedor. por consequência. o que são franquias? De acordo com Luiz et al. da capacidade de se reproduzir. em diferentes locais e sob a responsabilidade de diferentes pessoas. ao mercado. Ao avaliarmos a evolução do setor. 21) define que franchising é o termo em inglês que é traduzido para o português como franquia. Além disso. fundamentalmente. Por mais popularidade que o termo tenha obtido nos últimos anos. comprovamos a força do modelo para a economia e para a geração de emprego e renda. Vamos analisar um pouco destes números? . conhecendo um pouco mais sobre o termo Mas. Este autor define Franchising como um “método para a distribuição de produtos e/ou serviços cujo sucesso depende. Um elemento sempre presente e essencial para o modelo é a formalização por meio de um contrato entre as duas pessoas jurídicas envolvidas. a dimensão do modelo de negócios A atratividade do modelo de franchising explica em parte o grande sucesso deste modelo de negócios no Brasil e no mundo. para que possamos formar nossa própria convicção sobre o assunto antes de cogitarmos uma parceria como essa. 681 940.426 1.032 29. serviços e outros varejos Alimentação Esporte.br Casa e construção Veículos Comunicação.379 faturamento por segmento . informática e eletrônicos 509.com.855 2.892 777.076 553. beleza.031 1.854 75.2013 6% 5% 22% 4% 12% 4% 19% 5% 3% 2% 19% 6% 88.029.122 531.013 1.256 837.285 589.882 719. saúde e lazer Vestuário Educação Acessórios pessoais e calçados Limpeza e conservação Hotelaria e turismo 1100000 1.820 39.582 evolução do faturamento do setor de franquias 6% 7% 24% 8% Negócios.039 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 21% 11% 10% redes de franquias por atividade .292 2.977 647.portaldofranchising.586 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 .120 55.044 31.703 63.Pós-Graduação | Unicesumar 87 números do franchising de 2003 a 2013 evolução do número de franquias 2.2013 115.887 evolução na geração de empregos diretos no sistema de franchising 500000 0 fonte: http://www.252 563.197 1.643 678 814 971 1.639 35.987 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 1% 2% 3% 103.810 46. muitas vezes o ramo de atividade que o conversão franqueado está montando com o franqueador é o mesmo que ele tem na atualidade só que não tem o respaldo de uma marca franqueada por trás. em um mesmo espaço. no caso o franqueado. esse percentual incide sobre compras de produtos ou serviços do franqueador. Franquia Um mesmo franqueado vai gerenciar mais de uma franquia num mesmo espaço comercial. Busca vantagens no intuito de somar. O franqueado passará as experiências obtidas naquele ponto comercial. O outro lado da parceria – o franqueador. este também um empreendedor . essa modalidade de franquia é voltada a negócios que comportam colocar shop in shop um espaço de uma unidade franqueada dentro de uma unidade de negócio já em funcionamento. onde está instalado. temos detalhado os critérios para esse tipo de classificação. No caso das franquias. No Quadro abaixo.recebe royalties do franqueado como forma de remuneração pelo uso da marca e de tecnologias para a administração da unidade franqueada (SIQUEIRA. para que o franqueador absorva as dificuldades reais. São estilos de negócios combinada de franquia normalmente complementares ou não conflitantes. Quanto à modalidade de negócio Franquia Individual Não há divisão de espaço com outros negócios ou mesmo outras franquias. 2009). São pequenas unidades que funcionam dentro de lojas maiores. É a loja dentro da loja. é um percentual sobre o faturamento da unidade franqueada. Os tipos de franquias podem ser classificados de acordo com quatro critérios. Franquia Também conhecida como Corner (Esquina). Como funciona o pagamento dos royalties? Via de regra. A franquia utiliza sozinha o ponto comercial. assim como em qualquer outro tipo de negócio. serviços que atendam a necessidade do mesmo público-alvo e divide os custos operacionais para um resultado mais seguro de cada um dos negócios. . o franqueado investe recursos em seu próprio negócio. Pode iniciar-se com a utilização do nome e do logotipo da empresa e incluir também práticas de gestão como gestão de suprimentos e distribuição. A redução de custo é o principal fator de sucesso dessa modalidade. que será operado sob a marca do franqueador e de acordo com todos os padrões estabelecidos e supervisionados por ele. Em outros casos. Franquia de A vivência comercial do franqueado será repassada para o franqueador. tipos de franquias Há vários níveis de franquias. uma vez que não há necessidade de abertura de um negócio e sim associar ao negócio existente.Gestão de Negócios 88 como funciona o sistema? Como funciona um sistema de franquias na prática? É bom saber que o sistema exige investimentos do empreendedor. o pagamento das taxas de franquias é negociado conforme a abertura de novas regiões. A Master pode criar outras unidades individuais. especialmente naquilo que afete a "essência competitiva" da organização). representação comunicação. dentro do limite para o perfil do público de cada região e sempre sob o controle do franqueador. Franquia de terceira O franqueador tem um maior controle sobre o negócio. Nesse tipo de franquia. Franquia pura O franqueador não fornece produtos para a venda ou mesmo sobre serviços terceirizados. é comum não haver um contrato formal entre as partes. bastante rígidos. O nível de profissionalização desse estágio de franquias é baixo e a tendência de mercado para franquias de primeira geração é que elas venham a desaparecer. O franqueado é quem produz e comercializa diretamente com o cliente. Franquia de O franqueado tem a responsabilidade de prestar serviços aos novos franqueados com: treinamentos.Pós-Graduação | Unicesumar 89 Quanto à atuação geográfica Franquia unitária O franqueado recebe do franqueador o direito de montar uma unidade do negócio. Franquia máster Dá direito à subfranquias por parte do franqueado. Franquia regional O franqueado negocia um espaço geográfico específico com o franqueador que dará um tempo limite para abertura de novas unidades naquelas áreas determinadas. onde as franquias de segunda geração têm exclusividade da distribuição dos produtos. fonte: o autor. Normalmente. também é possível fazer um negócio com resultado social repetir o modelo. sempre de área assinados como franqueador. com base em Siqueira (2009) . O franqueador é distribuição remunerado no momento que vende seus produtos ou presta algum serviço. O produto. serviço e a marca são concedidos para que a comercializageração ção seja feita. não cedendo o direito de abrir novas unidades sem consulta prévia ao franqueador. Nesse estágio de franquia. de know how é remunerada ao franqueador por meio de royalties e taxas sobre as vendas ou rentabilidade do negócio. Em função do baixo nível de profissionalização. e é negociada por áreas geográficas. A profissionalização é média/alta e os riscos baixos. Desde uma ONG até mesmo uma idéia de cunho social de uma organização pode ser contemplada com as ferramentas da franquia para que a replicação seja feita e os resultados sejam colhidos conforme seu crescimento. O funcionamento e a padronização da rede estão fundamentados mais no senso de Missão e em Valores (estes sim. Além do projeto arquitetônico. até mesmo franquias internacionais. Quanto ao estágio Franquia de primeira Há a concessão de produto e/ou serviço para comercialização além da marca para que o franqueado seja reconhecido geração como participante daquele negócio. a unidade é o único canal de distribuição existente. há um estudo para verificar a viabilidade do espaço quanto ao ponto escolhido. sendo que o franqueador exige que aquela unidade seja específica. Franquia de segunda Tem características muito próximas das franquias de primeira geração. Franquia de quarta Também conhecida como franquia de aprendizado contínuo. Franquia de O franqueado adquire o direito de abrir unidades próprias da franquia ou unidades em parceria dentro do espaço desenvolvimento negociado como franqueador. E tem o papel de vender a franquia para o franqueador. Franquia de sexta Na franquia de sexta geração. Franquia múltipla Há um acordo prévio de que o franqueado poderá abrir novas unidades. em objetivos claros e compartilhados e em relacionamentos fundados no respeito mútuo. Não são franquias. O nível de profissionalização é alto. A Master Franquia fica com a responsabilidade de ter uma estrutura de suporte aos novos franqueados que vai ceder o negócio. Os contratos de franquia são assinados conforme os negócios forem surgindo. são empresas que operam em rede que pegam o modelo de franquia para gerir o negócio. As regras do dia a dia geração são menos rígidas (naquilo em que a rigidez não é essencial). supervisão. a principal diferença está na questão da disgeração tribuição. as redes de negócios fazem uso das ferramentas e técnicas utilizadas no sistema de geração franquia para gerir seus negócios. A padronização está menos baseada no típico esquema de "comando e controle" e mais na conscientização e na motivação da rede. Nesse tipo de franquia a transferência. os riscos tanto para o franqueado quanto para o franqueador são grandes. Não há exclusividade na distribuição dos produtos do franqueador. Franquia de quinta Também conhecidas como franquias sociais. Quanto à remuneração Franquia de O franqueado não tem custos com royalties ou taxa inicial de franquia com esse tipo de negócio. Tudo é sempre estabelecido em contrato entre o franqueado principal e a franquia Master. Se é possível fazer um negócio economicamente rentável repetir o geração modelo. Franquia mista O franqueador tanto é remunerado pelos serviços de transferência de tecnologia como também na cobrança de royalties e taxas. com base em Luiz et al (2006) prospere. franqueador Os ganhos de escala em marketing se traduzem nos benefícios do valor da marca e no acesso à propaganda.Gestão de Negócios 90 vantagens e riscos Redução dos custos de monitoramento e controle do negócio. se não garantem. pode realizar investimentos necessários em tecnologia. que contam exclusivamente com a sorte para o sucesso. A utilização compartilhada de uma marca permite investimentos difíceis de serem alcançados isoladamente franqueado Que vantagens existem no sistema de franquias? São apontadas algumas vantagens bastante significativas: ganhos de escala em marketing e na adoção de tecnologia. em razão de poderem contar com o suporte de toda uma rede de lojas de franqueados ou. permitindo sua expansão no mercado sem o dispêndio de capital necessário para a sua ampliação. É claro que os riscos não devem ser ignorados. um empreendedor mais experiente. por ser um modelo mais consolidado de negócios. podemos observar mais algumas vantagens para o franqueado e franqueador no sistema de franquias: Um atrativo muito forte no modelo de negócios de franquia é que “os pequenos já nascem grandes”. et al. 2009). as franquias contam com fundamentos bastante comprovados de seu modelo que. Não é necessário o desenvolvimento de outros mecanismos de incentivo e controle sobre os empreendimentos. Leite e Campos sugerem que há uma taxa de sucesso 80% maior para franquias do que num empreendimento convencional (LEITE. ou seja. O franqueador é. ao menos. 2006). foi ele quem formatou o negócio. poderem contar com o sucesso do franqueador que conseguiu superar as dificuldades e sabe como gerir o negócio (SIQUEIRA. devemos nos lembrar que as duas partes envolvidas estão sob condições de risco. é totalmente infundada. enfim. Porém. fonte: o autor. a obtenção de capital para ampliação do negócio e a redução do custo de monitoramento e controle quando comparado com a expansão do negócio com lojas próprias (LUIZ. passou pela avaliação do mercado. além dos próprios contratos. CAMPOS. 2009). Desenvolvimento de novas práticas gerenciais e tecnológicas permite o acesso a pequenos empreendimentos. Aliás. Alguns candidatos a empreendedor costumam acreditar que o sistema de franquias. Na figura ao lado. Vamos conhecer um pouco mais desses riscos associados ao negócio de franquias. Mediante a cobrança de taxas de franquias. Essa afirmação é tão verdadeira quanto afirmar que não existem riscos nos jogos de cassino ou em aplicações financeiras. e ambos são empreendedores. não só não devem ser ignorados. pelo menos conferem probabilidades bem melhores de que o empreendimento Vantagens do Sistema de Franquias Obtenção de capital para ampliação do negócio permite a produção de produtos/serviços por terceiros. não oferece riscos e que garante um retorno sobre os investimentos realizados. pelo menos a princípio. De fato. Para começar. mas devem ser conhecidos em profundidade. testou o produto. Afinal. Compartilha custos para consolidação e propaganda da sua marca. ao contrário de jogos de azar. adquiriu o know how necessário para . com/>. Considerando então que se trata de dois empreendedores.com. Ainda é preciso obter o máximo links abaixo vão direcioná-lo de informações possíveis.franquia.com. conta com muita disposição e algum capital para que seja um parceiro viável para o franqueador. Os <http://www. especialmente naquelas do ramo alimentício. <http://www. não devemos ter a visão míope de que o franqueado seja a parte mais frágil da relação. pois o franqueador também deposita no franqueado sua confiança para Na escolha de uma rede franqueadora que possa dar o suporte necessário ao empreendedor franqueado.br/>.br>. existe um risco elevado de perda de valor da marca relacionado com produtos. para os franqueadores. <http://www. Na outra ponta. É para alguns portais sobre muito útil consultar portais franquias: especializados no assunto. Considerando este fato. Assim. temos o empreendedor franqueado.portaldofranchising. <http://www.suafranquia. tendo claro que os riscos são de ambas as partes. processos ou serviços fora dos padrões especificados. além de seus sonhos.br/>. perenizar sua marca e produto. entendemos a razão das exigências impostas e o controle exercido em toda a cadeia de suprimentos.com. que.revistafranquia. .©shutterstock / bibiphoto Pós-Graduação | Unicesumar 91 que o negócio tenha chances de prosperar. Gestão de Negócios 92 há o fato de que ex-franqueados podem utilizar e até transferir o conhecimento adquirido à época da parceria. sob a ótica do franqueador e do franqueado. o que leva a estagnação do negócio e perda do posicionamento competitivo ao longo do tempo (LUIZ. o Quadro 10 abaixo traz as vantagens e desvantagens.franqueado • Perda de controle sobre os pontos de venda • Riscos inerentes à má escolha do franqueador • Divisão da receita • Menos liberdade de ação • Retorno a prazos mais longos • Risco vinculado à performance do franqueador • Possibilidades de disputa com os ex.franqueados • Risco vinculado à imagem da marca • Risco vinculado a atuação dos franqueados • Limitações à venda do negócio • Limitações na escolha de produtos e de fornecedores . o que pode auxiliar um futuro empreendedor interessado neste modelo de negócios. Pelo lado do franqueado. com impacto direto no aumento da concorrência e redução dos lucros. 2006).franqueador Desvantagens . et al. estoques e insumos • Feedback • Ingresso em novos mercados • Treinamento e orientação quanto a práticas administrativas e comerciais • Canal diferenciado para seus produtos/serviços • Propaganda e marketing cooperados • Fortalecimento da Marca • Desenvolvimento Contínuo • Menos riscos trabalhistas • Maior poder de negociação • Redução de custos • Desenvolvimento de novos métodos e produtos Desvantagens .franqueador • Know-how adquirido • Maior garantia de sucesso • Marca conhecida • Facilidade de instalação • Expansão veloz • Assessoria na escolha do ponto • Mais eficiência • Projeto para instalação da Unidade • Estrutura central reduzida • Assessoria na aquisição dos materiais. franqueado franqueador Vantagens . o risco pode advir pela abertura indiscriminada de unidades de uma mesma franquia em uma mesma área geográfica.franqueado Vantagens . Para resumir os desafios do sistema de franchising. instalações. Alguns franqueados também sofrem quando o franqueador não investe em marketing e no desenvolvimento de novos produtos. foram descritos os principais aspectos e as etapas que devem ser cumpridas para o registro da propriedade intelectual no Brasil e a atuação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) como um dos principais agentes depositários dos direitos de propriedade intelectual no país. As Franquias podem ser um bom negócio uma vez que oferecem estrutura de apoio operacional. encerramos esta unidade falando a respeito do Franchising. no qual apresentamos os caminhos para aqueles que desejam iniciar no mundo corporativo. Também trabalhamos os conceitos de inovação e criatividade que estão intimamente ligados à atividade empreendedora. é possível minimizar os erros que normalmente empreendedores iniciantes cometem. assegurando ao “autor” da propriedade intelectual o direito de explorá-la comercialmente e por um determinado período de tempo. o direito autoral e a marca registrada atuam como ferramentas de proteção da propriedade intelectual . o direito autoral e a marca registrada atuam como ferramentas de proteção da propriedade intelectual. Compreendemos como a patente. Além disso.  compreendemos como a patente. Analisadas com cautela. A necessidade de criar e recriar sempre. faz com que empreendedores busquem em novos produtos e serviços a renovação de estratégias de negócios e mercados. existe uma grande chance de abrir um negócio utilizando uma Franquia. Os tipos de inovação abordados nesta unidade podem abrir caminhos para análises mais aprofundadas e refinadas acerca dos novos produtos e serviços a serem desenvolvidos por empreendedores com vistas a explorar uma oportunidade de negócio diferente daqueles já existentes e atuantes no mercado. principalmente aquela originada a partir da criação de novos negócios. A adoção de um processo criativo se mostra bastante útil ao desenvolvimento de inovações. Por fim. foi possível conhecer a necessidade da proteção da propriedade intelectual.Pós-Graduação | Unicesumar 93 considerações finais Nesta unidade. Diante disso. é possível afirmar que a forma adequada de PROTEGER a PROPRIEDADE INTELECTUAL constituída na criação desses dois produtos é o DIREITO AUTORAL? Justifique sua resposta considerando os conteúdos apresentados nesta unidade. atendendo a uma convocação feita por Juliana. Estão todos reunidos na sala de reunião da “Cheirozin”. O primeiro produto é um gel para barbear destinado ao público masculino.Gestão de Negócios 94 atividade de autoestudo 1. O outro produto é uma caneta hidratante e esfoliante labial voltado para o público feminino. Pesquise na sua cidade os tipos de franquias existentes. tendo uma delas um esfoliante para remover as células mortas e impurezas o que deixa os lábios com uma textura aveludada. A caneta possui duas pontas. Juliana exerce a função de coordenadora de P&D (pesquisa e desenvolvimento) nesta conceituada indústria de cosméticos e agendou essa reunião para apresentar dois produtos desenvolvidos por ela e sua equipe. e a outra possui hidratante para deixar os lábios renovados após a esfoliação. Todos os diretores da “Cheirozin”. exigindo menos “barbeares” por semana. gerentes e alguns técnicos estão presentes. Entre em contato com o empreendedor (franqueado) e realize uma entrevista. reduzindo problemas como danificação da pele causada pela lâmina de barbear. Algumas sugestões de questões para a entrevista: • Qual é o tipo de franquia? • Qual é o ramo de atuação da franquia? • Quantas unidades dessa franquia existem na cidade? • Desde quando essa franquia está instalada na cidade? • Como está formatado o sistema de franchising? • Quem são os proprietários/sócios? • Quais foram os motivos que levaram o empreendedor a adquirir tal franquia (ou se tornar um franqueador)? . 2. São exatamente 09h da manhã de uma segunda-feira. A utilização do gel faz com que o tempo de crescimento da barba seja retardado. em 1898. em seu nome. passando a outorgar licenças para empresários e grupos empresariais interessados em produzir e comercializar seus refrigerantes no âmbito de áreas geográficas definidas por contrato. Em 1925. o Franchising se tornou cada vez mais popular como método para a criação e expansão de redes de negócios dos mais variados ramos da economia norte-americana. quando a Igreja Católica – e. a A&W. (fabricante de máquinas de costura de que o leitor já deve ter ouvido falar). Até então. surgiram as pri- meiras Franquias de mercearias ou mercados de vizinhanças (as chamadas “grocery stores”). surgiu nos Estados Unidos por volta de 1851 ou 1852. Acesso em: 10 mar. Em 1917. que depois evoluíram para supermercados. os carros e outros veículos eram vendidos diretamente pelas empresas montadoras aos consumidores. convertendo em Franquias os postos de revenda de combustível que operavam diretamente e autorizando oficinas de reparos a colocarem suas marcas nas respectivas fachadas e a revender a gasolina. Extraído de: <http://www. por exemplo.com. foi a vez da General Motors iniciar a utilização do sistema para expandir a rede de pontos de venda dos carros que produzia. o Franchising.Pós-Graduação | Unicesumar 95 O Franchising – como surgiu Embora certos arranjos e práticas que deram origem ao Sistema possam ser rastreados até muito antes disso (alguns historiadores afirmam que o conceito nasceu na Idade Média. surgiu a primeira Franquia de fast-food. mais tarde. o uso do Franchising se difundiu nos Estados Unidos. tal como o conhecemos hoje. Alguns anos mais tarde. resolveu outorgar várias licenças de uso de sua marca e de seus métodos de operação a comerciantes interessados em revender seus produtos em lojas exclusivas situadas em cidades e vilarejos de todos os tamanhos e localizadas nos mais diversos estados da federação norte-americana. os lubrificantes e demais itens que produziam e distribuíam. A partir dos anos 1930. foi criada a primeira Franquia de serviços puros de que se sabe: a da locadora de veículos Hertz. criando o conceito de negócio que mais tarde veio a ser chamado de Concessionária de Veículos. coletassem impostos e taxas). A partir do início do século XX. Em 1899. mais ou menos nos moldes do que faz até hoje. quando a Singer Sewing Machine Company.2012. E nos anos 1930 foi a vez das companhias de petróleo partirem para a adoção do sistema. os monarcas – passaram a conceder licenças ou Franquias a senhores de terras e outras pessoas para que.br/como_surgiu>. Em 1921.franquia. . sediada na região da Nova Inglaterra. a Coca-Cola criou a primeira Franquia de Produção (também chamada Franquia de Fabricação) de que se tem notícia. no Brasil e em outros países. mas isso não significa que ela tenha talento para gerenciar uma franquia de lojas de chocolate. Extraído: de: <http://www.seguindo os conceitos e padrões da franquia em questão. há maior facilidade de obter informações complementares importantes para a tomada de decisão de compra.uma pessoa pode adorar chocolates. assim. que conhecer melhor a franquia antes de fechar negócio. o franqueador deve fazer uma série de observações e testes para se certificar de que os escolhidos realmente têm maior chance de ter sucesso.br/site/content/interna/index.portaldofranchising. • Capacidade financeira de investimento do candidato. depois de selecionar uma franquia.Gestão de Negócios 96 Como é um processo de seleção para comprar uma franquia por Marco Millitelli Uma das coisas que as redes franqueadoras devem conhecer bem é o perfil ideal de franqueado para sua rede. O processo de seleção baseado em perfis é bom para o franqueador. procurando deixar de lado todos os aspectos emocionais que tenha com o produto ou serviço da franquia. que mira no alvo certo.com. Redes franqueadoras mais estruturadas têm um processo seletivo mais rigoroso.2012 . esse perfil ideal de franqueado também varia conforme o ramo de atuação da empresa. Logo. Nessa fase. Também é importante fazer uma autoanálise antes de qualquer passo para assegurar de que a decisão de ser franqueado é a mais adequada para o seu caso. no primeiro contato com o franqueador.asp?codA=15&codAf=20&codC=5&origem=artigos>. Como cada sistema de franquia tem um procedimento específico de seleção de franqueados. procure terceiros para auxiliá-lo em sua escolha. o candidato pergunte quais são os passos do processo de seleção. é fundamental que o franqueado pesquise profundamente os detalhes operacionais da franquia que deseja comprar. Independentemente de qual seja a rede e marca. Por isso. e é bom para o candidato a franqueado.. Se preferir. É importante que. • Grau de motivação que o candidato demonstra em se tornar parte integrante da sua rede. Opiniões de fora sempre são construtivas em processos decisórios. Cada negócio tem características diferentes. o candidato converse abertamente com o franqueador. Um erro comum é confundir gosto do candidato com aptidão para o negócio . Elas aprenderam que franqueados com perfil adequado têm possibilidades maiores de serem mais bem-sucedidos que os outros. e fazer uma pesquisa preliminar. Nas entrevistas. é importante que. que deve ser compatível às necessidades da franquia. há três fatores que se destacam:  • Capacidade de gerir uma franquia . Acesso em: 10 mar. não há compromisso entre as partes e. duas quem disse. instituída pelo Grupo no último ano. “Quanto mais profissionalizado for o franqueado. mas os produtos ganharam outro ponto de venda na capital baiana. Erik Cavalheri... guiado pela emoção. Acesso em 17/02/2014 . os pais de Christopher conheceram Miguel Krigsner com sua então farmácia de manipulação.. o casal se tornou um dos primeiros franqueados da marca. de acordo com o empresário.) Coisa de família A empresa está nas mãos do empresário há 18 anos.portaldofranchising.. Algum tempo depois. quanto a capital pernambucana têm sido dois dos destinos de investimentos nos últimos anos.. afirma.) Profissionalizamos o negócio com governança corporativa e crescemos absurdamente. e dessa forma a opção por investimento em franquia é por ser um negócio rentável. A autonomia sobre expansão é da franqueadora”. com a abertura de dez lojas em Salvador e dez em Recife. dá cada vez mais lugar à razão. uma vez que não existe empreendedor com mais de cem unidades entre as dez maiores redes de franquias identificadas no ranking da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Isso o faz o maior franqueado de uma marca em atividade no Brasil. minha mãe se animou. por praça de atuação. antes até mesmo do franchising. O casal gostou tanto do produto que levou para revender em Varginha (MG). A vizinha Recife (PE) tem quase a metade disso. O número faz da capital baiana a maior receptora de centros comerciais na região Nordeste. Gestão Apesar do porte de franqueadora. onde morava à época. com 120 das mais de 3..br/revista-de-negocios/edicao-fevereiro-de-2014/o-maiorfranqueado-do-brasil>. (. Em 1979. na visão do diretor de franqueados da ABF. saímos de médio para grande porte”. (.. mas espero oportunidades. O crescimento foi ainda mais expressivo em 2013. sete shoppings. em Curitiba (PR). “Minha mãe fez um chá da tarde.Pós-Graduação | Unicesumar 97 O maior franqueado do Brasil A Cidade de Salvador (BA). No entanto. (. de acordo com levantamento feito pela reportagem. e não por falta de opção. (. O maior preparo do investidor de franquias é benéfico para todo o setor. mas mesmo assim pretende crescer uma loja O Boticário. na Bahia. possui 13 shopping­centers. chamou as amigas e perguntou o que achavam dos produtos e se venderia.5 mil unidades... e abriram uma lojinha”. a gestão de Christopher tenta ser o mais próximo de um franqueado possível. na visão do diretor. O empresário de 48 anos é o maior franqueado da rede O Boticário. cada uma no seu ritmo.com. os centros comerciais das duas cidades possuem um ponto em comum: Christopher Hannigan­tem uma loja lá. Para 2014 a meta de Christopher é a remodelação das lojas. Disponível em: <http://www. O retorno foi superpositivo. com a padronização do franchising. mais as soluções para o sucesso serão compartilhadas e a probabilidade de sucesso será potencializada”. “Algumas lojas de menor porte têm uma gerente que atende duas a três pequenas e as maiores têm gerente exclusiva”. mas O Boticário está na família Hanni- gan há muito mais tempo. O sonho anterior. A loja de Varginha encerrou as atividades quando o casal Hannigan se mudou para Salvador. Tanto a cidade do carnaval.) Cada vez mais perfis como o de Christopher devem aparecer. segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). benerice? E duas Nativa SPA. “Estou sempre aberto e disposto a crescer.). • Conhecer as formas de desenvolvimento do intraempreendedorismo nas empresas. Plano de estudo A seguir. apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Intraempreendedorismo: entendendo o termo • Intraempreendedorismo: como desenvolvê-lo nas empresas • Tendências e Desafios do Empreendedorismo . Ricardo Albuquerque Azenha Objetivos de Aprendizagem • Entender o conceito de intraempreendedorismo. • Identificar as tendências e desafios do empreendedorismo.Gestão de Negócios 98 3 EMPREENDEDORISMO NA ATUALIDADE Professor Me. • Analisar a influência da globalização no empreendedorismo local. Haroldo Yutaka Misunaga / Professor Me. em um primeiro momento. agora superado. veremos como desenvolvê-lo nas empresas e. Acreditamos que você poderá aproveitar muito esta unidade e lhe desejamos bons estudos. ser empreendedor não necessariamente é abrir empresas. Muitas vezes. por fim. O sucesso de suas empresas é a realização de sonhos acalentados durante anos. parece coroado quando a empresa expande suas fronteiras. apresentaremos tendências e desafios do empreendedorismo. . ganha mercados e se consolida em sua área de atuação. definiremos o termo. mas desenvolver características comportamentais que farão a diferença no dia a dia do indivíduo. É justamente a respeito do intraempreendedor que iremos tratar nesta unidade. onde. algumas pessoas podem questionar a necessidade de desenvolver sua característica empreendedora justamente por não terem interesse em abrir um negócio.Pós-Graduação | Unicesumar 99 Crescer é o desejo de dez entre dez empreendedores. Entretanto. na sequência. mesmo como funcionário ou também conhecido como intraempreendedor. O próprio desafio de empreender. com”. se. em que se conclui.15). memorandos. de pequenas empresas que abocanham pedaços de seu mercado. como você talvez já tenha concluído. ao explicar esse paradoxo. O próprio desafio de empreender. as grandes corporações sofrem com a concorrência de outras grandes empresas e. de um lado. agigantar-se. p. por estudos. O sucesso de suas empresas é a realização de sonhos acalentados durante anos.Gestão de Negócios 100 o desejo de crescer: empreender Crescer é o desejo de dez entre dez empreendedores. começam a padecer dos mesmos males das anteriores concorrentes: o gigantismo torna a reação aos pequenos concorrentes lenta e difícil. pode ser o garrote que sufoca o processo de inovação e agilidade que fez com que a empresa crescesse. que simplesmente converter o estilo organizacional. ganha mercados e se consolida em sua área de atuação. justificativas e explicações (CHIEH. parece coroado quando a empresa expande suas fronteiras. adotando o das empresas “. é interessante observar um artigo publicado na revista Director em 2005 e citado por Chieh (2007). por outro lado. que o fato de serem grandes facilita a utilização de recursos. Este sonho. há uma exigência crescente para que os gestores dessas empresas tenham mais criatividade e assumam cada vez mais riscos. tais como orçamentos rígidos. traz um grande paradoxo: crescer. ao mesmo tempo. Lutar nas duas frentes não é fácil. uma vez que elas conseguem também se agigantar. a agilidade e a inovação apresentadas pelas pequenas empresas – mesmo carentes de recursos como as grandes – são de fato. Conforme Chieh (2007). cada vez mais acirrado. No entanto. 2007. São muitos os relatos de pequenas empresas que acabaram por superar as gigantes corporações por meio de suas competências em agilidade e inovação. uma ameaça bem real. que elas têm em abundância. não é suficiente – e muitas vezes nem viável – para que as grandes corporações ganhem . no entanto. Como assim? Num mercado mundial. É evidente. No entanto. Buscando vencer estas dificuldades que se apresentam ao longo do caminho. elaboração de relatórios de controle semanal e uma infinidade de outros relatórios. seus modelos de negócio/gestão forçam os mesmos gestores a gastar uma fração cada vez maior do seu tempo lidando com as “amarras corporativas”. agora superado. Então. as perguntas: o que fazer para que as empresas.já tem uma resposta: o intraempreendedorismo.Pós-Graduação | Unicesumar 101 coisas espantosas acontecem quando as pessoas se sentem valorizadas por suas ideias agilidade. continuem a ser ágeis e inovadoras? Como preservar aquela “fome” por vencer. não importa o seu tamanho. Ou seja. afirmam que essas empresas devem incentivar os empreendedores internos para assumirem riscos calculados para inovar. no entanto. por acreditar. eles também concluíram que o incentivo ao intraempreendedorismo seja uma alternativa concreta para a sobrevivência das grandes corporações engessadas. por inovar? . Chieh (2007) cita ainda um comentário de Ronald Jonash. Os especialistas autores desse artigo. diretor da consultoria Monitor: “Coisas espantosas acontecem quando as pessoas se sentem valorizadas por suas ideias e podem exercitar o próprio julgamento e sabedoria”. . Aliado a isso. devem também acompanhar o progresso dessas iniciativas e tomar ações para mitigar os riscos e as dificuldades que um empreendedor externo enfrentaria. captura e implementação . O termo parece autoexplicativo: ser empreendedor dentro das organizações.O termo desenvolveu-se para abarcar a noção de competência organizacional e coletiva que permite a identificação. não é mesmo? No entanto. apesar de guardar a ideia central. Vamos olhar um pouco do desenvolvimento do entendimento deste termo. De acordo com Ferraz et al. associando à inserção competitiva empresarial pela via dos processos de inovação internos” (grifo acrescentado). (2006).Gestão de Negócios 102 intra empreendedorismo D e alguns anos para cá. A própria ideia de intraempreendedorismo tem vertentes muito amplas de definições. desenvolvimento. principalmente com o foco das empresas voltado para a inovação. o conceito de intraempreendedorismo ou intrapreneurship é originalmente atribuído a Gifford Pinchot III. Você talvez já tenha concluído isso somente pelo título desta unidade. derivando do “termo empreendedorismo tradicional. ganhou força a ideia do intraempreendedorismo. esta interpretação do termo não pode ser tão reducionista assim. 2006). segundo essas empresas. Dessa forma. Com o tempo. o intraempreendedorismo relaciona-se além da criação de novos negócios corporativos.Pós-Graduação | Unicesumar 103 de oportunidades de negócios (DORNELAS. empreendedorismo interno ou intraempreendedorismo. atenderia o ímpeto empreendedor de alguns funcionários alinhando a política de controle interno da empresa.. 2008). Algumas até incentivam que o funcionário se desligue da empresa e passe a ser um fornecedor ou prestador de serviços. também a outras atividades inovadoras. passa também a integrar a noção de que a empresa pode aproveitar-se de oportunidades de negócio identificadas por empreendedores internos. estratégias e posturas competitivas. o desenvolvimento de novos produtos. 2003 apud FERRAZ. serviços. Podemos entender então que a ideia de intraempreendedorismo. independentemente de seu tamanho ou mercado em que atua” (FERRAZ et al. Outros autores. modelo que. explicam que “o empreendedorismo corporativo. Na verdade. algumas vezes funciona – a conclusão é óbvia: a empresa estará abrindo mão de ter em seus quadros alguém com espírito empreendedor em ebulição. embora tenha se desenvolvido no incentivo à inovação por processos internos. práticas administrativas. Acabam acreditando que não é possível conciliar o desejo de empreender dos funcionários com os interesses organizacionais. é o empreendedorismo praticado em organizações já existentes. Talvez o grande desafio das empresas seja não sufocar o espírito de empreender presente em seus funcionários. Quanto vale isso? . tecnologias. Embora você possa achar que essa ideia tem algum fundamento – e na prática. esse desafio é tão grande que muitas empresas não sabem lidar com isso. ampliando nosso conhecimento sobre o assunto. não ficou restrita apenas a isso. por exemplo. Art Fry se dedicou a criar um business case. mostrando um pouco mais desse produto inovador. le cantava num coral e sonhava com um marcador de páginas auto-adesivo que não danificasse as partituras e usou a política 3M que incentiva seus funcionários de P&D a empregar 15% do seu tempo para projetos de sua paixão. Agora pense: a empresa 3M teria obtido o sucesso neste produto se tivesse uma cultura rígida e sufocante? Onde estariam os intraempreendedores da 3M se isso fosse verdade? Outro caso muito interessante é o da Apple. basicamente podemos dizer que são “seguidoras” . 5. de exclusividade e tecnologia. Tolerância ao erro (um cientista da 3M precisava criar um adesivo muito forte para uma aplicação industrial. Empreendedorismo (Art Fry. não necessariamente solicitados por seus chefes). especialmente pela figura emblemática de seu recentemente falecido fundador. Um dos casos mais clássicos é o “Post it”. em que a empresa abre mão do funcionário para manter sua rígida estrutura de controle.br/blog/gestao-do-conhecimento/gestao-do-conhecimento-aplicado-a-inovacao-%E2%80%9 3-case-post-it-3m/>. 2. Gestão do Conhecimento (este insucesso foi compartilhado para que outros cientistas colaborassem com a ideia e encontrassem eventualmente uma utilidade para o adesivo). que não colava). Apesar de muitas empresas terem produtos similares hoje no mercado. o cientista da 3M que criou o Post-it tinha uma necessidade.com. Assista ao vídeo no YouTube.Gestão de Negócios 104 cases de sucesso Para quebrar a lógica cruel que mencionamos anteriormente. de produtos de qualidade. Paciência e Gestão de Longo prazo (foram necessários 5 anos para que outro cientista da 3M investigasse aquele adesivo e iniciasse um novo projeto). Basicamente. Falar da Apple hoje é falar de inovação.be/WelIo6EOPvA>.mkmconsulting. mostrando o potencial da ideia ao distribuir amostras a centenas de funcionários e obter feed-back positivo para o produto em gestação). Acesso em: 19 abr. mas acabou inventando um adesivo fraco. a inovação que resultou neste produto revolucionário à época deu-se da seguinte forma: 1. link: <http://youtu. Perseverança e Paixão (mesmo com algumas resistências iniciais. 3. 4. 2012. da 3M. Steve Jobs. Essa empresa todos nós conhecemos. vamos examinar casos de sucesso em que a promoção do intraempreendedorismo mudou a cultura empresarial de forma definitiva. Extraído de: <http://www. 38). 2007. 2008. todos fariam. “em vez de passar por diversos estágios de desenvolvimento e diferentes times de forma sequencial. não é verdade? O fato é que desenvolver o intraempreendedorismo passa por uma mudança radical na cultura organizacional. O ideal seria atingir o nível descrito por Hashimoto (2006. ágil. um iPod. “a organização intra-empreendedora aproveita o melhor dos dois mundos. um iPAD. você sabe do que estou falando. pp. proativa e realizadora”. O estágio a ser atingido é de uma empresa em que as barreiras à comunicação são eliminadas. Se você possui ou conhece um iMAC. como a Apple atingiu este nível de inovação? Incentivando seus intraempreendedores. as equipes de todos os departamentos da companhia trabalham simultaneamente nos projetos”. época em que era mais criativa. Para Hashimoto. Chieh (2007) cita o então Vice-Presidente da companhia.Pós-Graduação | Unicesumar 105 dos produtos Apple. ou seja. . que. que explica o processo de desenvolvimento da Apple. aproveita ao mesmo tempo seu aprendizado em outras iniciativas. em que o fomento da inovação. Este comportamento deve “contaminar” todos os níveis organizacionais. muitas vezes assumindo riscos e a possibilidade de fracassar” (FERRAZ. 2006. ousada. como desenvolver intraempreendorismo nas empresas Parece que até agora já encontramos a solução para vários problemas de que são acometidas as empresas. p. a busca da identificação de oportunidades. terceirização. 19). 52-53 apud FERRAZ. sendo recompensadas por buscar algo novo. o trabalho criativo. Jonathan Ive. 23 apud FERRAZ. para a organização do trabalho e dos processos empresariais de forma mais integrada aconteçam o tempo todo. Pois bem. p. como descentralização. dinâmica. incentivar um espírito empreendedor entre seus funcionários. Se fosse tão simples fazer isso. 2008). principalmente com foco nas pessoas. mantendo sempre vivo o desafio de se reinventar e de se adaptar continuamente para não entrar no estágio da velhice” (HASHIMOTO. Este patamar seria atingido “sem perder os benefícios que a burocracia trouxe para torná-la mais organizada e administrável. 2008): “a organização intraempreendedora sendo a empresa que consegue recuperar o espírito empreendedor presente em seus tempos áureos de infância. “que devem se sentir motivadas para agirem de forma empreendedora. fusão e downsizing”. Este executivo menciona que “o perfil da equipe de criação é de gente tão afinada que bebe o mesmo sabor de refrigerante e tem um senso de autocrítica exacerbado em relação aos produtos que criam – mas despreza relatórios com tendências de mercado e pesquisa com consumidores” (CHIEH. p. flexível. Gestão de Negócios 106 Ferraz (2008) elaborou uma pesquisa em que é possível identificar as características das empresas intraempreendedoras. O resultado pode ser analisado no Quadro abaixo: CARACTERÍSTICAS Apoio dos gerentes da alta administração à autonomia e participação. Transmissão da missão, da visão e dos objetivos estratégicos para a base. Liberdade para que os demais níveis estabeleçam suas próprias estratégias de ação. Funcionários e equipes dotados de autonomia / empowerment. Descentralização do processo decisório. Comunicação intensa e aberta, em todos os níveis. Livre acesso às informações necessárias ao trabalho e às estratégias. Auto-seleção / Permissão para contribuições voluntárias. AUTORES Antoncic (2007), Bringhenti et al. (2005), Christensen (2005), Dornelas (2003), Hashimoto (2006), Hisrich e Peters (2004), Kuratko e Hornsby (1996), Pinchot Iii (1989), Pinchot e Pellman (2004). Dornelas (2003), Hashimoto (2006), Kuratko e Hornsby (1996), Pinchot e Pellman (2004). Hashimoto (2006), Pinchot e Pellman (2004). Bom Ângelo (2003), Dornelas (2003), Hashimoto (2006), Pinchot Iii (1989), Pinchot e Pellman (2004). Dornelas (2003), Hashimoto (2006), Pinchot Iii (1989), Pinchot e Pellman (2004). Antoncic (2007), Bringhenti et al. (2005), Cozzi e Arruda (2004), Fillion (2004), Hashimoto (2006), Machado e Zottes (2005), Pinchot e Pellman (2004). Antoncic (2007), Bom Ângelo (2003), Bringhenti et al. (2005), Dornelas (2003), Fillion (2004), Hashimoto (2006), Pinchot e Pellman (2004). Bom Ângelo (2003), Hisrich e Peters (2004), Pinchot Iii (1989), Pinchot e Pellman (2004). Senso de comunidade (inexistência de conflitos). Christensen (2005), Pinchot Iii (1989), Pinchot e Pellman (2004). Reconhecimento e recompensa pelas iniciativas, inovações e resultados obtidos. Antoncic (2007), Bom Ângelo (2003), Bringhenti et al. (2005), Christensen (2005), Cozzi e Arruda (2004), Dornelas (2003), Drucker (2005), Hashimoto (2006), Hisrich e Peters (2004), Kuratko e Hornsby (1996), Pinchot Iii (1989), Pinchot e Pellman (2004). Políticas de recrutamento e seleção para favorecer competências empreendedoras. Capacitação para reforçar competências empreendedoras. Drucker (2005), Fillion (2004), Hashimoto (2006), Pinchot e Pellman (2004). Antoncic (2007), Bom Ângelo (2003), Cozzi e Arruda (2004), Dornelas (2003), Drucker (2005), Fillion (2004), Hashimoto (2006), Hisrich e Peters (2004). Políticas de retenção (carreira/promoções) valorizando competências empreendedoras. Bom Ângelo (2003), Pinchot Iii (1989). Avaliação de desempenho levando em conta competências empreendedoras. Drucker (2005), Fillion (2004), Hashimoto (2006), Hisrich E Peters (2004), Pinchot e Pellman (2004). Tolerância aos erros /aprendizado. Bom Ângelo (2003), Bringhenti et al. (2005), Dornelas (2003), Hashimoto (2006), Hisrich e Peters (2004), Kuratko e Hornsby (1996), Pinchot Iii (1989), Pinchot e Pellman (2004). fonte: Ferraz et al. (2008) Isto não é uma utopia. Conforme vimos nos cases acima, é perfeitamente possível conseguir atingir este estágio. Não é o caso somente de empresas americanas e europeias. O Brasil é também um país que conta com muitas empresas que já apresentam estas características. Pós-Graduação | Unicesumar 107 & empreendedorismo globalização S empre que escrevo sobre globalização lembro de uma aula nos Estados Unidos em que um professor americano apresentava à nossa turma do MBA Executivo a diferença entre empreendedores brasileiros e americanos. Dizia ele, isso no fim da década de 90, que os empreendedores americanos, quando decidem abrir um negócio, se preocupam inicialmente em ser o melhor na sua cidade, depois no seu estado, aí quer ser o melhor no país e depois no mundo, enquanto os brasileiros que abrem uma empresa e têm algum sucesso logo se preocupam em imobilizar o recurso da empresa, com carros de luxo, apartamentos, propriedades rurais e por aí vai. Por essas características é que americanos dominavam até àquela altura grandes negócios mundiais, e o pior, o professor estava certo. Porém, passados quase quinze anos, o que vemos é bem diferente. O descrédito que o sistema americano aumentou e o Brasil fazendo sua lição de casa nas contas públicas e melhorando as condições de formação e capacitação de empreendedores fizeram com que a situação hoje mudasse consideravelmente. Hoje somos uma economia mundial e que conserva fundamentos importantes da democracia e do bom capitalismo que é a solidez de nossas instituições, e melhor ainda, muitos dos negócios brasileiros se tornaram mundiais. Gestão de Negócios 108 H oje, um brasileiro que procura uma instituição de ensino superior ou instituições como o SEBRAE já são orientados que estão abrindo um negócio no mundo, ou seja, circunstancialmente seu registro empresarial será numa cidade brasileira, porém, caso sonhe, seu negócio atuará em todo o mundo. Os empreendedores globalizados procuram alternativas para isso, seja no investimento em inovação e produtividade, seja na junção de empresas em arranjos produtivos locais e clusters que têm um efeito importante no início da atuação mundial. E isso os brasileiros tiram de letra, pois somos um dos povos mais criativos do mundo. Cabe destacar aqui o efeito distribuição de renda que o fenômeno do empreendedorismo permite, uma vez que o grande gerador de empregos são as pequenas empresas, atuando globalmente, é provável que a empresa venda seus produtos em várias partes do mundo e gere emprego e renda na cidade onde está instalada. O ambiente empreendedor, conforme já destacamos, depende também da A Coreia do Sul, depois de passar por períodos de guerra e de ditadura, superou todas as suas dificuldades com o empreendedorismo, inovação e tecnologia. Tudo isso foi globalização, pois oportunidades surgem à medida que os países decidem cooperar, seja por meio de parcerias comerciais ou num nível muito maior, caso dos blocos econômicos em que essa integração econômica é muito mais desenvolvida permitindo maiores possibilidade aos empreendedores. Se voltarmos nosso olhar para a gestão do negócio, o empreendedor tem que estar muito mais preparado, segundo Garcia (2009), pois assim como a empresa pode competir em outro mercado em algum país, outras empresas podem vir para disputar a fatia desses mercados locais e isso exige um nível de profissionalismo da gestão muito maior que em ambientes anteriores ao fenômeno da globalização. E, por fim, a globalização exige investimentos considerando que uma nova variável surgiu nas conquistas desses mercados que é a diferença cultural. Empresas não conseguem impor sua cultura local no mundo, ao contrário, é necessário investir em pesquisa para entender qual nicho de mercado essa empresa pode explorar, e na maioria dos casos, adaptando sua produção às necessidades culturais de outro país. possível devido aos investimentos que fez em educação. De certa forma, no meio empresarial, passamos pelo mesmo fenômeno, a educação transformando a realidade. Os empreendedores poderiam contar apenas com a sorte e talvez a ajuda de familiares.Pós-Graduação | Unicesumar 109 empreendedorismo tendências e desafios A o lidarem com a ideia do negócio. o desafio de superar as incertezas e dúvidas parecia insuperável. tanto em situações onde o negócio ainda é uma “ideia embrionária” ou em fases mais avançadas em que o negócio já está concretizado e funcionando. incerteza e até mesmo insegurança em relação ao empreendimento: será que vai dar certo? No passado. com a evolução dos negócios. Entretanto. É nesse contexto que surgem as possibilidades de assessoria para o novo empreendimento. muitas vezes tortuoso e cheio de obstáculos. sobreviver se mostra como sendo o principal objetivo . em alguns casos. Tão importante quanto conseguir capital para financiar o empreendimento. amigos e. Garantir a sobrevivência do negócio é a primeira e mais difícil tarefa que todo o negócio na fase inicial deve executar. empreendedores mais experientes para vencer as dificuldades e incertezas pelas quais passariam. pudesse ser compartilhado. o aumento da atividade empreendedora e principalmente o incentivo dado às pessoas para que se tornassem empreendedores fizeram com que o ato de carregar um “fardo” de incertezas e o caminho que o empreendedor teria que trilhar. muitos empreendedores se deparam com situações de dúvida. As incubadoras geralmente são entidades sem fins lucrativos. Assim. a incubadora de empresas atua como um agente de suporte junto às empresas incubadas por meio de regime de compartilhamento de infraestrutura bem como serviços de suporte e amparo técnico.endeavor. além de um ambiente flexível e de apoio ao novo empreendimento. As empresas incubadas por uma incubadora de empresas devem atender a determinados requisitos estabelecidos pela incubadora. telefone. Caracterizado como um entidade privada sem fins lucrativos. a empresa passa a ser incubada e recebe todo o apoio técnico e de gestão necessários à condução do negócio bem como a possibilidade de compartilhar recursos de infraestrutura. o Sebrae atua no Brasil desde 1972 assessorando empreendimentos de micro e pequeno porte. Com tais requisitos atendidos. Dessa maneira. a marca ainda não está consolidada e o próprio empreendedor sofre com a nova rotina do empreendimento.Gestão de Negócios 110 dos negócios de maneira geral.com. internet. As incubadoras de empresas dão amparo aos negócios em fases iniciais oferecendo O Sebrae disponibiliza diversos materiais instrucionais tais como artigos e informações além de vídeos e soluções de negócio em sua página na internet. caso não haja um trabalho de apoio e acompanhamento amparando o negócio de forma adequada. visando principalmente tornar aquelas ideias de negócio por elas incubadas em negócios de sucesso (DORNELAS. sendo necessário passarem por um processo seletivo para então serem incubadas.sebrae. energia elétrica. 2005). sendo mantidas por entidades governamentais. tais como: laboratórios. o que era sonho poderá se transformar em pesadelo (DORNELAS. quando o produto ou serviço ainda é desconhecido do mercado. fazendo com que tais empreendimentos . Para acessar o conteúdo consulte o endereço: <www. As incubadoras de empresas são consideradas um agente de assessoria bastante importante junto a novos negócios. universidades. destaca-se o trabalho de agentes. institutos de pesquisa. para superar os desafios iniciais.br> facilidades. grupos empresariais etc. O Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) busca estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento de pequenos negócios de forma sustentável atuando como agente que capacita e promove o desenvolvimento de negócios no Brasil.org.br> Conheça mais detalhes do trabalho da Endeavor no Brasil além dos casos de empreendedores de alto impacto acessando o site : <www.. cujo objetivo é o de assessorar o empreendedor e seu empreendimento nas fases iniciais bem como quando já estiver consolidado no mercado e que visam garantir a sobrevivência e continuidade do negócio buscando perpetuar sua atividade junto ao mercado no qual atua. 2005). E. no início. instalações físicas de escritórios e parque produtivo etc. potencializa tais empreendimentos fazendo com que possam gerar emprego.Pós-Graduação | Unicesumar 111 Sebrae busca estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento de pequenos negócios possam tornar-se competitivos e consigam manter-se no mercado. colocando paixão em tudo o que fazem e assim moldando um país melhor para todos. o ambiente de negócios é bastante dinâmico. cursos. publicações sobre os mais variados assuntos de interesse de quem pretende abrir ou já possui um negócios além de premiações para reconhecer. multiplica os casos de sucesso pois entende que uma sociedade impactada pelos exemplos de empreendedores de alto impacto é inspirada a ser mais empreendedora (ENDEAVOR. O Instituto Empreender Endeavor (ou Endeavor) atua no Brasil desde a década de 1990 sendo uma entidade internacional cujo foco é dar suporte ao empreendedorismo em países em desenvolvimento. renda e desenvolvimento do país e. fazendo com que mudanças tanto em questões mercadológicas quanto de comportamento da sociedade afetem diretamente as operações e estratégias das organizações. Busca por empreendedores que inovam. consultorias. Vivemos em um mundo permeado de incertezas. 2014). A Endeavor trabalha buscando transformar países tornando-os mais empreendedores. Assim. A Endeavor atua selecionando empreendedores de alto impacto cujo empreendimento possua potencial de crescimento e uma vantagem competitiva sustentável. O Sebrae atua assessorando negócios nas áreas industriais. a Endeavor inicia oficialmente suas operações no Brasil tornando-se referência em programas de educação empreendedora no país levando aos brasileiros diversos casos de empreendedores de sucesso. divulgar e incentivar a atividade empreendedora no país. É nesse contexto que novos negócios terão que atuar . Além disso. comércio e serviços e agronegócio (SEBRAE. O Sebrae presta assessoria aos empreendedores por meio de informações sobre diferentes economias e negócios. quebram paradigmas. 2014). em 2000. um dos grandes desafios para empreendedores e seus negócios é lidar com tais riscos. responsabilidades perante pessoas e o próprio negócio e. As redes de relacionamento não são uma novidade propriamente dita pois o ser humano. as redes de relacionamento exercem influência na identificação e reconhecimento de oportunidades (FERREIRA. O primeiro aspecto a ser destacado como uma tendência em empreendedorismo são as redes de relacionamento. Mas o fato é que com o advento e a consolidação da internet. novos empreendimentos e micro e pequenas empresas. por fim. os riscos são caracterizados como sendo a possibilidade de que alguma adversidade ocorra e assim comprometa os resultados que haviam sido planejados e que seriam desejados (LONGENECKER et al. Empresarialmente. SANTOS. O processo de gestão de risco envolve. Dessa forma. Assim. 2007). . Tratados alguns desafios relacionados ao empreendedorismo. cinco passos: (1) a identificação dos riscos (na qual determina-se os riscos que o empreendimento pode enfrentar).Gestão de Negócios 112 ocasionando assim a necessidade de calcular riscos e determinar estratégias para lidar com eles. é necessário destacar algumas tendências envolvendo a questão empreendedora. Com modelos de negócios cada vez mais diferenciados e competitivos. principalmente em relação aos hábitos de consumo. por meio das redes de relacionamento. Assim. de acordo com Longenecker et al (2007). (2) a avaliação dos riscos (calcula-se seu potencial de perdas e a possibilidade de ocorrência). (3) a seleção dos métodos de gestão de risco (pautados principalmente no controle e financiamento dos riscos). torna-se necessário gerenciar tais riscos de forma a tentar minimizar o impacto das perdas caso isso ocorra. a forma como as pessoas se relacionam e constroem seus relacionamentos sociais mudou. 2010). Além do que. Santos e Serra (2010) afirmam que as pessoas trocam ideias. desde os primórdios. além da mudança no comportamento da sociedade. SERRA. principalmente. informações. (4) a implementação da decisão de gestão de riscos (implementação efetiva do método de controle de risco escolhido) e. Os riscos podem estar associados a decisões de investimento. aprender a manter contatos e cultivar relações e uma rede de relacionamentos torna-se cada vez mais importante para empreendedores e seus empreendimentos. experiências e até mesmo a possibilidade de desenvolver algum projeto em conjunto. posse de bens. de perdas. (5) a avaliação da decisão de controle de risco tomada aplicando-se revisão da decisão tomada caso seja necessário. tornase cada vez mais importante compreender como essa nova dinâmica do mercado pode influenciar a criação de novos negócios bem como a atuação daqueles já existentes. O risco tem significados diferentes dependendo do contexto e da situação em que é percebido. vive em sociedade e forma relacionamentos. Ferreira. afetem diretamente as operações e estratégias das organizações. . tanto em questões mercadológicas como de comportamento da sociedade.Pós-Graduação | Unicesumar 113 o ambiente de negócios é bastante dinâmico fazendo com que mudanças. Segundo o site. Outra tendência em relação ao empreendedorismo contemporâneo é o crowdfunding. A iniciativa é simples: o empreendedor Intitulado como a maior comunidade de financiamento coletivo do Brasil.me/pt> apresenta sua proposta de negócio em uma plataforma virtual (no Brasil. a plataforma virtual repassa o dinheiro para o detentor da ideia para que esse possa iniciar as suas atividades. a principal plataforma de crowdfunding é o site Cartase) e especifica quanto de dinheiro precisará para tornar a ideia em um negócio real. Assim. o site Cartase busca viabilizar financeiramente projetos de negócios no Brasil. Dessa forma. Assim. os laços fortes sofrem devido a proporcionarem o fluxo de informações e experiências redundantes uma vez que as pessoas ligadas por tais laços acabam por vivenciar sempre as mesmas experiências e acessam basicamente os mesmos tipos de informação. Conheça o sistema de crowdfunding do Cartase acessando o link: <http://catarse. Convém destacar que tanto os laços fortes como os fracos são necessários e desempenham papel importante na rede de relacionamentos. O crowdfunding é um modelo de financiamento de negócios no qual indivíduos ou empresas captam recursos para financiarem seus projetos por meio de doações coletivas. Já nos laços fracos. se tornam realidade a partir da colaboração de pessoas que se identificam diretamente com elas (CARTASE. os relacionamentos não se mostram tão constantes. as pessoas e empresas que se mostrarem interessadas no negócio podem doar qualquer quantia com intuito de colaborar no financiamento da ideia de negócio. 2005). Quando a ideia atinge o valor estabelecido para as doações. principalmente no financiamento de produções cinematográficas . gamers. designers. Caso o valor não seja atingido. o fluxo de informações novas e experiências diferenciadas se mostra como sendo mais propício nesse tipo de relacionamento. Essa prática de financiamento colaborativo de negócios começa a despontar no Brasil. Há assim. O relacionamento existe. As redes sociais são permeadas por laços (ligações) entre os indivíduos. criativas e ambiciosas de artistas. a força dos laços fracos (GRANOVETTER. Entretanto. mas em países estrangeiros se mostra como uma prática já comum. 2014).Gestão de Negócios 114 Destaca-se no contexto de redes sociais. as iniciativas inovadoras. Os laços fracos são aqueles que formam relacionamentos consolidados e consistentes. pessoas que constituem relacionamentos sociais por meio de laços fracos têm muito mais chances de visualizar novas oportunidades e vivenciarem novas experiências do que aquelas que possuem laços fortes (GRANOVETTER. duas categorias de lações: os fortes e os fracos. 2014). 2005). empreendedores e ativistas. mas a intensidade com que acontece é muito menor do que aquela registrada nos laços fracos. o empreendedor não recebe nada e o dinheiro arrecadado é devolvido aos doadores (MOREIRA. Pós-Graduação | Unicesumar 115 alternativas fora do meio hollywoodiano. Ademais, a captação de recursos para o novo empreendimento ou uma ideia de negócio se mostra facilitada principalmente por meio da divulgação feita pela plataforma online. considerações finais Nesta unidade, introduzimos conceitos sobre Intraempreendedorismo nos quais procuramos mostrar que mesmo funcionários devem desenvolver suas características empreendedoras para ajudar no desenvolvimento da empresa. O mundo corporativo não oferece mais oportunidades para pessoas que desejam apenas um trabalho, atualmente, as empresas procuram profissionais que consigam inovar, serem criativas e proativas, ou seja, que antecipem problemas antes mesmo deles acontecerem. Em suma, os colaboradores precisam ser empreendedores corporativos. Ainda nesta unidade, apresentamos argumentos para analisar e compreender o processo empreendedor em relação à globalização, como tais aspectos se tornam importantes, uma vez que servem de balizadores para a busca e aproveitamento de oportunidades empreendedoras. O Brasil tem evoluído no contexto econômico mundial e para que esse crescimento se torne sustentável, é necessário que os empreendedores estejam preparados, por isso o desafio começa dentro da empresa, em que o empreendedor tem que organizar todos os processos e gerir o negócio com planejamento e eficiência. Aliado aos desafios internos, existem os desafios externos, nos quais se destacam os incentivos ao empreendedorismo. Espero que este material estimule as boas práticas na gestão de novos negócios ou de antigos negócios que necessitam de maior profissionalismo. Porém, se você não tem interesse em abrir um negócio, então que seja um excelente intraempreendedor, pois as organizações estão sedentas por este tipo de profissional. atividade de autoestudo 1. Faça uma pesquisa no site da sua prefeitura e identifique que informações apresentadas ali são voltadas à promoção do empreendedorismo. 2. Qual é sua avaliação quanto ao preparo da empresa em que trabalha ou trabalhou para os desafios e tendências apresentadas no texto?’ Gestão de Negócios 116 Inovação Envolvimento dos colaboradores é o caminho para o intraempreendedorismo. A afirmação é de Antonio Carlos Teixeira Alvarez, diretor superintendente da empresa paulista Brasilata, cujo case de sucesso foi apresentado no Diálogo Intra-Empreendedor, promovido pelo IEL e Unindus. A busca pela abertura de canais de comunicação entre funcionários e diretoria trouxe um maior envolvimento das pessoas, e com isso o intra-empreendedorismo aconteceu naturalmente, mostrando que não temos 900 colaboradores, mas sim, 900 inventores. Essa é a realidade da empresa paulista de embalagens metálicas, Brasilata, cujo processo de implantação do empreendedorismo corporativo foi exposto pelo diretor superintendente da organização e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Antonio Carlos Teixeira Alvarez. Ele participou nesta segunda-feira (17), em Curitiba, do “Diálogo Intra-Empreendedor”, evento promovido pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio do IEL e da Unindus, e que integra as atividades da Semana Global de Empreendedorismo, realizada mundialmente entre os dias 17 e 23. “O primeiro passo foi ouvir as pessoas, envolvê-las nas decisões e proporcionar um ambiente em que elas se sentissem à vontade e inspiradas para criar”, explicou Alvarez. Segundo ele, o ambiente inovador só foi possível com a implantação de um programa de sugestões na empresa, denominado “Projeto Simplificação”, em que cada funcionário depositava ideias de melhorias de processo e negócios. “Com isso o intra -empreendedorismo aconteceu. Começamos a ter ideias e mais ideias, e hoje temos uma média de mais de 110 mil por ano”, disse o empresário. Modelo japonês O sistema escolhido para o programa de sugestões, contou Alvarez, foi o modelo japonês, que se difere do sistema americano por ter um “acúmulo gradual de pequenas ideias, enquanto que o americano apresenta grandes ideias, porém pequenas”. A implantação do programa na Brasilata aconteceu em 1985 e, atualmente, 81% das ideias sugeridas pelos funcionários são aprovadas e colocadas em prática. “Tudo começa com o administrador. Ele deve cuidar do ambiente de trabalho, abrindo canais de comunicação e mostrando para seus funcionários que tem uma política de integridade, tolerância a erros, segurança, e relação de emprego a longo prazo”, pontuou Alvarez, destacando que a empresa “acredita que sua força tem origem no seu pessoal”. A Brasilata está entre as dez organizações brasileiras no ranking de empreendedorismo corporativo. A classificação é feita pela Revista Exame e pelo Instituto Nacional de Empreendedorismo e Inovação. De acordo com o diretor superintendente, a organização é a primeira em seu segmento, com um faturamento anual de R$ 384 milhões. Extraído de: <http://www.unindus.org.br/News544content61992.shtml>. Acesso em: 19 abr. 2012. Pós-Graduação | Unicesumar 117 Atitude Empreendedora Estímulo contínuo na formação de um ambiente criativo e inovador Durante dois anos, Roberta Lippi, coordenadora de Comunicação Corporativa da Brasilprev e atual líder do Vida Ativa, comandou o pilar atitude empreendedora, que promove o comportamento empreendedor na empresa, alinhado à estratégia corporativa. Antes de iniciar a implementação de ações voltadas ao empreendedorismo, o grupo atitude empreendedora buscou compreender melhor o tema por meio de capacitação e do relacionamento com professores e especialistas. “Esse era um assunto novo, que demandou muita dedicação do grupo, justamente por não existir no mercado algo que fosse próximo ao que esperávamos implementar”, conta Roberta. Com maior conhecimento do assunto, o time decidiu por uma atuação voltada a toda empresa, para mostrar que todos, independentemente do perfil, podem ser empreendedores corporativos. No período de dois anos, o grupo divulgou para os funcionários o conceito da atitude empreendedora, incentivando os colaboradores a pensar diferente, inovar, gerar valor e observar melhor o próximo. Para isso, realizou palestras e ações de comunicação interna, além de dois importantes movimentos que obtiveram forte adesão da empresa: 1. A campanha da Atitude Empreendedora, de 2005 a 2006, teve como meta fazer com que os colaboradores enxergassem atitudes empreendedoras em seus colegas. Mais de 250 atitudes foram indicadas. Além de mobilizar a companhia em torno do tema, estimulou o reconhecimento entre os funcionários; e 2. A ferramenta Fábrica de Idéias, lançada em fevereiro de 2007, cujo objetivo é fazer com que as idéias geradas, que tragam melhorias e inovações, sejam registradas e efetivamente saiam do papel, por meio de ações de equipes de trabalho. Com esses trabalhos realizados, a Brasilprev obteve reconhecimentos importantes, como o prêmio Empreendedor Corporativo, realizado pela revista Exame em parceria com o Instituto Brasileiro de Intra-empreende- dorismo, por dois anos consecutivos. Além disso, a pesquisa de clima da empresa apontou resultados expressivos nos quesitos de indicadores de inovação (considerados favoráveis por mais de 80% dos funcionários, nos últimos dois anos). Apesar do grande apoio e incentivo recebidos pela alta direção da Brasilprev, a equipe enfrentou algumas dificuldades para implementar o projeto. “Os principais desafios foram: Fazer as pessoas perceberem que essas ações agregam valor aos negócios, a resistência mostrada por alguns gestores e obter o comprometimento de todos os integrantes do grupo”, afirma. Ela ainda ressalta o aprendizado obtido com a experiência, que surpreendeu até os mais céticos da organização. “A grande lição foi perceber que, quando as pessoas são estimuladas, são capazes de fazer coisas que nunca imaginaram”. A Atitude Empreendedora prova que incentivo e estímulo são os principais ingredientes de um programa de Empreendedorismo Corporativo de verdade. Extraído: <http://prezadoscolaboradores.wordpress.com/2009/08/04/case-atitude-empreendedora-da-brasilprev-empreendedorismo-corporativo-de-verdade/>. Acesso em: 19 abr. 2012. bem como a possibilidade de tornar-se empreendedor tenha sido desmistificada. envolvendo povos e nações. fazendo com que micro e pequenas empresas sejam verdadeiros “motores” capazes de “mover” a economia de países. o enfoque dado aos assuntos tratados neste livro foi o de trazer à tona o universo e peculiaridades do ambiente empresarial brasileiro. a realidade social atual. apresenta-se como fato importante analisar e compreender um assunto que está em voga no momento: o empreendedorismo. A possibilidade de transformação de um “sonho” ou uma “ideia” em algo concreto foi tratada com base em planejamento oriundo da elaboração de um plano de negócios.Gestão de Negócios 118 conclusão Compreender a dinâmica econômica atual. muita persistência. e também melhorando condições sociais da sua população. em que mercados estão cada vez mais globalizados e interligados. Além do que. Este livro abordou de forma equilibrada as diversas facetas relacionadas ao empreendedorismo. no Brasil. Foram consideradas as características e também as motivações pessoais que levam indivíduos a se tornarem empreendedores. Sabe-se que. . ousadia. torna-se essencial para empresas que almejam sobreviver e prosperar. principalmente. desde a sua essência até temas mais atuais como o franchising. condizem com as atuais práticas realizadas no contexto brasileiro. mas. Além disso. A “viagem” está apenas começando. Por fim. As fontes de financiamento apresentadas bem como as formas de proteção da propriedade intelectual. o fenômeno do empreendedorismo proporciona a geração de emprego e renda. Diante desse contexto. capacidade de “aprender sempre”. Com isso. buscou-se situar o(a) pós-graduando(a) na realidade vivenciada por grande parte das micro e pequenas empresas em geral. esperamos que ao ler e discutir os assuntos abordados por este livro. contribui para a modificação da relação entre pessoas e o mercado. Mais do que a criação de novos empreendimentos. tornar-se um empreendedor bem-sucedido não é uma tarefa das mais fáceis. oriunda da criação de produtos e serviços. muitas dúvidas possam ter sido esclarecidas. em que as micro e pequenas empresas poderão atuar. É necessário uma boa dose de criatividade. as “portas” para o universo do empreendedorismo foram “abertas” para que você possa escolher qual será o melhor caminho a trilhar. Então. ousadia e capacidade de aprender sempre .Pós-Graduação | Unicesumar 119 é necessário uma boa dose de criatividade. M. Brasília: UFBR. S. 2014. In: XXVIII-ENANPAD – ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO. F. 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