EMPREENDEDORISMO

March 19, 2018 | Author: Joana | Category: Business Plan, Entrepreneurship, Bookkeeping, Planning, Industries


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Tema 01O Processo Empreendedor Você constatou nos capítulos preconizados do Livro-Texto para esse tema que o empreendedor (entrepreneurship), acima de tudo, é um inconformado, um inovador, sabe lidar com a incerteza do ambiente, encara o risco conscientemente tendo muita coragem de encarar e ultrapassar os desafios, buscando incessantemente novos caminhos. Para Dornelas (2001) “empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização”. A autodeterminação e a motivação que tem o empreendedor são a matériaprima e o combustível para o processo de transformação de sonhos, ideias e conhecimento em negócios de sucesso. A atividade empreendedora caminha junto com inovação e a criatividade, pois um país precisa criar constantemente novos produtos e serviços, como também melhorar o que já existe. Este último é o que o economista Joseph Schumpeter (1929) menciona em seus estudos sobre a destruição criadora, ou seja, a evolução econômica e, consequentemente, o mercado passam necessariamente por rupturas e descontinuidades por uma série de razões, mas uma delas deve-se a ação e interferência do empreendedor. Existem estudos que provam: o desenvolvimento econômico de uma região, de um país, só é virtuoso se houver um movimento empreendedor acentuado. Para Dolabela “(...) não há outra saída para qualquer nação que queira desenvolver-se, a não ser através do espírito empreendedor de seus cidadãos.” É o que comprova o projeto GEM (Global Entrepreneurship Monitor) desde 1998 sobre a atividade empreendedora mundial e a relação com o desenvolvimento de uma nação. O Brasil está é uma boa posição se comparado a outros países, porém, ainda é preciso melhorar, e muito. O empreendedorismo no país é muito alicerçado na necessidade, ou seja, via de regra o(a) cidadão(ã) perde o emprego, não consegue recolocação e se aventura na atividade empreendedora, seguindo esse caminho por falta de opção empregatícia. As consequências você já sabe: informalidade e altos índices de mortalidade das micro e pequenas empresas. Mas há trabalhos competentes, desde 1990, de duas entidades que estão mudando essa realidade: o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e a Softex (Sociedade Brasileira para Exportação de Software) e auxiliando a atividade empreendedora, além disso, várias ações governamentais e da iniciativa privada (Programa Genesis, Brasil Empreendedor, Ensino Univ. de Empreendedorismo, Anprotec, entre outros) estão ajudando no desenvolvimento do empreendedorismo brasileiro. A intenção do governo brasileiro e entidades de classes é desenvolver o empreendedorismo de oportunidade, dando ênfase a pesquisa e desenvolvimento (P&D) aliado inovação tecnológica, em que o(s) empreendedor(es) tem bastante conhecimento científico, querem empreender e são visionários. Esses empreendedores contemporâneos buscam e utilizam conhecimentos administrativos e de gestão aliados ao core-competence para gerar lucros, empregos e riqueza. A mola propulsora do acentuado desenvolvimento da atividade empreendedora está alicerçada em dois pilares: o primeiro está vinculado ao vertiginoso crescimento da Tecnologia de Informação, aliada a excelente facilidade de comunicação. O outro pilar é o desenvolvimento acentuado do conhecimento e isso tem consequências na economia, de produtos e serviços, tanto muito especializado e profissional, quanto de serviços mais não sendo uma característica inata. entre outros. Depois ter em mente que. programas e equipamentos de última geração. Os países emergentes ainda estão sob a forte influência da terceira onda que Alvin Tofler anunciou em seus estudos sobre o futuro. É justamente essa área que precisa de atenção especial por parte do governo. O processo empreendedor pode acontecer de maneira planejada ou por um simples acaso. Como já mencionado. O aspirante a empreendedor deve. treinar a capacitar um indivíduo para ser empreendedor é possível. deve-se manter o “radar” ligado e atento a todas as tendências. da teoria administrativa e da economia.simples. somados a oportunidade. tanto que várias instituições de ensino estão desenvolvendo cursos e programas para este fim. Os exemplos são inúmeros: automação nas fábricas. está difícil arrumar um excelente emprego. entre outras) e aptidão pessoal. tem-se que as organizações e os pesquisadores da área sempre procuraram estudar e entender os fenômenos e movimentos característicos a sua época. principalmente. atualmente. a verificação/aparecimento de uma oportunidade gera o estímulo. ou seja. primeiramente. que pague o que realmente os profissionais valem e contribuem às empresas. e também porque. todos os setores da economia precisam de máquinas. primeiramente. busca por recursos . pois. cumpre mencionar que a atividade empreendedora ligada à base tecnológica. Max Gheringer. Todos contribuíram sobremaneira ao desenvolvimento das organizações. o índice de mortalidade das micro (ME) e pequenas empresas (EPP) no país tem diminuído devido ao zeloso trabalho de entidades que estão auxiliando os pequenos empreendedores na “lida” administrativa/gestora do negócio. melhorar a relação entre capital e trabalho (mão de obra). particularmente a Tecnologia de Informação. materializam o sonho e a ideia – decisão de ir em frente. são fatores críticos para o surgimento e o crescimento de uma empresa. abrir o seu próprio negócio. de haver a intenção e o sonho de um profissional que trabalhou e se especializou em determinada área do conhecimento. atualmente.próprios ou de terceiros e a administração/ gestão da empresa criada. Para finalizar. está ligada diretamente ao conhecimento. econômicas. O renomado consultor de empresas. tecnologia. buscaria. tudo em função das oportunidades que a economia regional. avalia-se os riscos (as incertezas) e retornos da oportunidade. ou seja. nacional e mundial oferece a todos. ter o seu próprio negócio sempre foi o sonho de consumo de grande parte das pessoas/profissionais. mas é crucial destacar que o trabalhador sempre sofreu pelos mandos e desmandos de empresários e administradores despreparados ou sedentos por lucro e poder. o conhecimento e habilidade. isto é. solucionar problemas tais como: racionalização e padronização do trabalho do operário. Segundo DORNELAS (2008) existem várias explicações para que a decisão de uma atividade empreendedora aconteça: variáveis externas (sociais. procurando. desenvolvimento do Plano de Negócios. aprender a aprender. Por isso. É importante destacar que o empreendedorismo pode ser desenvolvido. Considerando as abordagens da administração no transcorrer do século XX. programas e equipamentos específicos para . melhoria de eficiência e eficácia no trabalho. De maneira geral tem-se. ou as duas coisas juntas. mencionou em uma palestra que se hoje ele fosse um egresso (recém-formado). primeiramente. vinculada ao desenvolvimento e criação de softwares e/ou hardwares. movimentos (incipientes ou acentuados) que venham a gerar mudanças no seu ambiente (mercado) de atuação. pois o que importa mesmo é todo o trabalho de verificar.diversas aplicações (diagnóstico. se não conhecer nada da atividade. que pode ser inédita ou não. Então. Logo. finalmente. a frase “mal explorado” gera uma oportunidade ao empreendedor que está com o “radar” bem apurado. O empreendedor tem de conhecer o ramo/setor de atividade do negócio que está aventando abrir seu empreendimento. no mundo contemporâneo. para que os resultados sejam os estipulados como no planejamento do negócio. Uma dica interessante para quem tem dificuldade de aferir/verificar oportunidades é tentar identificar tendências em matérias de jornais. com seu conhecimento (expertise) da área referente a oportunidade em questão e. procurando determinar a viabilidade do negócio. tem.  Mantém um network (rede de relacionamentos) bastante grande. Muitas pessoas afirmam que não tem criatividade e que não são capazes de ter boas ideias. utilizando várias fontes (mídia impressa. A importância da diferenciação entre ideia e oportunidade deve ter ficado claro a você. porém. pois. ou seja. mercadologicamente falando. questionada. entre outros). Quando muito. televisiva. conclui-se que a oportunidade está muito vinculada à ideia. trata-se do tempo entre ter a ideia e/ou verificação de uma oportunidade. embora boa parte da economia mundial não esteja boa. a viabilidade da proposta. rádio. mas de nada adianta ter uma boa ideia se o empreendedor não procurar informações que determinem se o negócio deve ou não ser constituído. ele irá desenvolver uma série de levantamentos e análises. perspicaz e aberto a novos conceitos e movimentos. basta o empreendedor ter o seu “radar” ligado e apurado às favorabilidades na abertura de novos negócios. análise. controle de atividades insalubres e/ou perigosas. Não adianta querer faturar rios de dinheiro se não conhece nada da atividade. o empreendedor terá de contratar profissionais altamente qualificados. nesse caso. cumpre lembrar: uma boa ideia se não analisada. no seu íntimo. . a vontade de montar e constituir o seu próprio negócio. A grande questão é fazer acontecer rapidamente. visando atender a um público-alvo que faz parte de um nicho de mercado mal explorado”.  O empreendedor deve ser curioso. as oportunidades sempre estão surgindo. determinação da viabilidade do negócio e. a saber:  O empreendedor de sucesso busca incessantemente informações – lê muito sobre os mais variados temas. com um pouco de conhecimento em administração. internet. particularmente em Administração Mercadológica (Marketing). algumas características dos empreendedores de sucesso podem ser desenvolvidas e. colocar o negócio para funcionar. assalariados. pela manhã já há empreendedores abrindo um negócio vinculado à ela. entre outros). em várias áreas funcionais. A grande maioria dos profissionais empregados.  Conversam com várias pessoas sobre os mais variados assuntos. quando surge uma ideia. É o que Dornelas (2008) menciona: “uma ideia isolada não tem valor se não for transformada em algo viável de implementar. gestão empresarial. porém. com certeza surtirão um efeito muito interessante. mas que. Tema 02 Identificando Oportunidades Considerando que o país vive uma onda muito boa de desenvolvimento e crescimento. Tudo isso em função do timing do mercado. estudada e viabilizada se tornará apenas um sonho que não se realiza. se . entre outros). índice de mortalidade. costumes e valores do segmento. estadual e federal) na sua função reguladora e fiscalizadora: quais os deveres e obrigações do empreendimento?. Com elas. legislação comercial. juros.revistas e telejornais. estabilidade da moeda. veículos de comunicação. política tributária. legislação trabalhista. entre outros). bem como o credenciamento dos mesmos). idade e estrutura familiar. sindicatos. como tendências do público-alvo. renda disponível. Dependendo do produto/serviço lançado. índice de poluição atmosférica. canais de distribuição: como o seu bem poderá ser disponibilizado/comercializado ao cliente final? Via distribuidor. carteira de clientes. o empreendedor deve fazer uso de alguns critérios (quantitativos e qualitativos). entre outros). ao cliente final e/ou corporativo. estilo de vida do segmento. no aspecto de serviços financeiros: quais instituições oferecem condições mais vantajosas para negociar (empréstimos para capital de giro. política fiscal. entre outros). clientes finais / corporativos (hábitos e costumes de compra. ou a melhor opção será pela venda direta?. com um trabalho rápido e certeiro. Quando se menciona que a atividade empreendedora está alicerçada em inovação tecnológica. visão estratégica. entre outros). política de estatização. entre outros). análise das variáveis ambientais e/ou ecológicas (legislação sobre uso do solo e meio ambiente. entre outros). análise da variável tecnológica (ritmo de mudanças tecnológicas. densidade populacional. características da orientação educacional. sim. índice de crescimento da economia. poder de barganha. taxa de crescimento demográfico. possa se tornar um movimento muito grande de consumo. entre outros) e análise da variável demográfica (mobilidade da população ‘interna’. por conseguinte. recomenda-se que análise deva ser feita levantando-se em consideração as ameaças (desfavorabilidades) e oportunidades (favorabilidades) nos ambientes:  Mercado (ambiente tarefa): concorrentes (portfólio de produtos/serviços. mas não existe uma regra e. orçamento de pesquisa e desenvolvimento. Além disso. preços praticados. trazendo a satisfação aos clientes finais ou clientes corporativos. legislação tributária. Finame. análise da variável sociocultural (levantar a população pertencente ao socioeconômico do empreendimento. posicionamento no mercado). níveis de audiência e leitura. melhores condições para antecipação de recebíveis. níveis de escolaridade. atende aos anseios. composição e distribuição da população segundo sexo. bom senso por parte do empreendedor. o governo (municipal. O empreendedor deve estar atento na avaliação de uma oportunidade. análise da variável político-legal (associações de classe.  Macroambiente: análise da variável econômica (taxa de inflação. Para avaliar se uma oportunidade é boa. é possível traçar uma pesquisa/levantamento mais apurado daquilo que. distribuição de renda. Este vende ao varejo e. índice de natalidade. política monetária. proteção de patentes/ propriedade intelectual. índice de poluição sonora. tendências. Leasing. no futuro. estrutura de consumo do segmento. nada mais é do que dizer que o empreendedor ou a organização com atividade empreendedora (vanguardista) monitora e/ou controla as tendências de um segmento ou um nicho de mercado e. base científica e/ou pesquisa e desenvolvimento (P&D). fornecedores (realizar análise criteriosa. poder de retaliação. os planos são desenvolvidos respeitando quinquênios (a cada cinco anos há uma revisão). Para finalizar. a ponto de os concorrentes. mas. as grandes organizações de médio e grande porte realizam planejamento em três níveis: O planejamento estratégico é realizado/confeccionado pelos executivos (alto escalão). O horizonte de influência e ação desse planejamento é de longo prazo (de dez anos para cima). determinando objetivos e estratégias. Um exemplo clássico é o da Coca-Cola. que recebem dados e informações de níveis inferiores e de empresas especializadas de pesquisas para servir de subsídio. enfatizam o planejamento como uma ferramenta muito importante para que organização tenha melhores resultados a partir da análise interna. Além disso. como a própria definição já evidencia. é realizado no nível operacional. Nesse planejamento. tático e operacional) que as organizações de maior porte/tamanho utilizam. marketing. vendas. Para entender melhor. • O planejamento tático é realizado/confeccionado no nível intermediário (gerentes de nível médio e gerentes de 1ª linha). O horizonte de influência e ação desse planejamento é de curto para médio prazo (um trimestre a um ano). os departamentos (produção. supervisor/chefe de seção e os colaboradores. • O planejamento operacional. houve a criação dos modelos coloridos. tenha em mente a ideia ou a oportunidade que você está vislumbrando seja implementada por outro empreendedor mais ágil que você ou que a oportunidade não se repita novamente nos próximos dez anos (ou mais). na análise externa. criando vantagem competitiva à marca. levando em consideração as recomendações do planejamento estratégico. Participam desse planejamento efetivamente o gerente de 1ª linha. Agora se você não tem boas ideias ou não tem facilidade para identificar oportunidades de mercado. é preciso mencionar que o movimento e teorias do século XX. pode ser feita a qualquer momento.for muito evoluído/ inédito. As . suprimentos. Um aspecto que todo empreendedor deve saber é que o “Plano de Negócios” nada mais é do que um planejamento completo (estratégico. como as ênfases no desenvolvimento organizacional e nos sistemas abertos. Nesse planejamento. às vezes. seguindo o planejamento estratégico. mas esse é um produto expoente muito difícil de ser batido. Isso diferenciou a marca e o produto. sempre com direção e foco nos resultados. caminho a seguir) gerais/globais que envolvem a organização como um todo. Esses diferenciais do produto/serviço geram uma vantagem competitiva fabulosa. levará algum tempo para que a concorrência o copie ou chegue bem perto da proposta. financeiro) realizam mais pesquisas e análises e traçam o planejamento (objetivos e estratégias) para a área funcional/departamento. Até hoje os concorrentes não descobriram qual é o segredo de a borracha ser tão macia. posicionando os modelos em segmentos de mercados distintos. É possível lembrar também de casos brasileiros: as sandálias Havaianas. A revisão desses planos. Tema 03 O Plano de Negócios Antes de estudar a importância e aplicabilidade do Plano de Negócios às empresas startups (micro e pequenas empresas de pequeno porte). principalmente. geralmente. mas. então comece com uma franquia. embora nunca bem vista. nunca descobrirem como copiar ou chegar perto do líder. são realizadas análises e determinação de objetivos (o que? quanto?) e estratégias (como atingir os objetivos. Pouquíssimas empresas começaram suas atividades com porte médio ou grande. Seguindo um modelo prédeterminado. seguem as diretrizes dos planejamentos estratégico e tático. O plano de negócios deve responder às perguntas:  Qual é a minha ideia ou oportunidade?  Quais as características do mercado?  Qual é a sua vantagem competitiva?  Por que quero iniciar esse empreendimento? . a maioria esmagadora inicia suas atividades atendendo a poucos clientes. para a parceria com os fornecedores a parte importante será a análise de mercado e determinação estratégica e assim por diante. tanto nos Estados Unidos. bem como planilhas e dados para os aspectos financeiros. Além do documento. Não há milagre para isso. utilização de teoria aliada à prática. os expoentes das causas de fracasso das startups são: incompetência gerencial e expertise desbalanceada (nenhum ou pouco conhecimento na área do negócio). é recomendável que o empreendedor confeccione uma apresentação (em power point da Microsoft ou outro programa similar – de 15 a 30 slides) para que o público-alvo interessado nas atividades do novo negócio tenha informações relevantes. procure pensar e lembrar quantos novos negócios abriram e depois de um breve tempo fecharam? As justificativas ou causas são inúmeras. O plano de negócios (business plan) é fundamental para o empreendedor. como já informado anteriormente. Essas práticas geram resultados fabulosos. enquanto a empresa existir. O empreendedor pode confeccionar seu plano de negócio utilizando programas (software). ano). editores de textos. fecham as portas nos primeiros anos de atividade devido a falta de conhecimento e traquejo na gestão administrativa de seu negócio. o empreendedor deverá utilizar esse modelo por toda a eternidade. podem ser feitas a qualquer momento. bem como participar de um programa de distribuição dos lucros em um determinado período. transparente e comunicado a todos os colaboradores. O empreendedor não pode acreditar que não precisa dessa “burocracia” toda para fazer o seu negócio crescer. objetivos e metas. porém. também não deve acreditar que sua cabeça (memória) é suficiente para manter tudo sobre controle na gestão do negócio. o planejamento deverá ser constante. como no Brasil. porém. estratégias e táticas são desenvolvidas visando o curto prazo (diariamente. Este documento facilita a transformação de uma ideia ou oportunidade em algo tangível. Sendo assim. o que deve existir é busca por capacitação e desenvolvimento administrativo/gerencial constante. para atrair recursos (a parte de fundamental importância será a viabilidade técnico-financeira). O tamanho do plano não importa. por exemplo. A revisão desses planos. pois. pois o essencial mesmo é atender as exigências do público-alvo que fará uso do mesmo. trimestre. um segmento pequeno. ou seja. embora nunca bem vistas/aceitas. um número muito grande de micro e pequenas empresas sucumbem. para os clientes finais ou corporativos a parte importante será o plano de comunicação com o mercado. quais os objetivos e metas a buscar/atingir. Outro equívoco é achar que o negócio é muito pequeno. Estes últimos devem permanentemente saber quais os rumos que a empresa pensa em trilhar. mês. gerando experiências e conhecimentos aplicados à empresa (setor/ramo de atividade). não há a necessidade de utilizar ferramentas de grandes empresas. Agora que você sabe da importância desse documento (plano de negócios) à vida dos novos empreendimentos.análises. como você pôde verificar na leitura dos capítulos preconizados. a formulação (objetivos. para verificar se a ideia e/ou oportunidade é viável.br>). análises de vários fatores e interpretação dos dados para a tomada de decisão é crucial à elaboração de um bom plano. Nesse último. motivo pelo qual vários desvios ou inconsistências levam o planejamento a ser mal visto ou mal interpretado. p. Outra fonte de auxílio é o portal nacional do empreendedor PN . sendo todas elas necessárias. há sempre algo que explica a chave do sucesso da empresa (COBRA.“ Esses FCS’s referem-se ao setor de atividade (ramo ou setor) da empresa e não aos fatores da empresa ou do negócio em análise. seus recursos financeiros. na hora da execução. As estruturas informadas são mais um instrumento para dar suporte e para modelar o resultado final. Sobre o Plano de Negócios. são em número reduzido. Tema 04 Criando um Plano de Negócios Eficiente Você terá. que é o “Diagnóstico Estratégico” e.br>). 1997. ou a sua imagem de marca. desenvolveu o programa (software) “SPPLAN” para auxiliar o micro e pequeno empreendedor na elaboração e implementação do plano. O Sebrae-SP. posteriormente. tendo como premissa que a informação. A utilidade do planejamento é inquestionável. logo de início o empreendedor . acaba tendo uma performance ruim. não há rigidez quanto à ordem de sua execução (elaboração).planodenegocios. nesse tema. ou ainda um produto. Devem ser somente aqueles fatores julgados essenciais e que. Devem ser apresentados em ordem decrescente de importância. estratégias e táticas) dos planos de ação. Apesar de existir certa lógica na sequência em que as etapas são requeridas.com. Ao realizar o levantamento e análise prévia. Pode ser a sua tecnologia diferenciada. mas o que deve ser uma preocupação constante é a implementação.com. por meio de pesquisas.sebrae. disponibiliza/coloca à disposição dos interessados cursos para capacitação e desenvolvimento dos planos. em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). “Entendemos que toda organização tem em sua essência algo que leva a ter sucesso em seus negócios.Plano de Negócios (<www. Para Hooley (1996: 47) “os fatores-chaves para o sucesso da empresa são aqueles considerados cruciais ou vitais para conduzir o negócio”. portanto. além disso. Com essa análise e determinação dos FCS’s.    Qual é o seu ideal? Sonho? Quais são as minhas competências e habilidades? Que competências precisa ter? Quanto será necessário para desenvolver a solução e atender a oportunidade do mercado?  Para onde vou? Uma excelente fonte de consultoria e ajuda ao micro e pequeno empreendedor é o Sebrae (<www. é necessário definir quais são os Fatores-Chaves de Sucesso (FCS) para obter sucesso no setor/ramo de atividade pretendido à abertura. há apenas duas contribuições que cabem fazer. enfim. a oportunidade de aprender como desenvolver um plano de negócios eficiente (e eficaz). Vários estudos com as empresas e os administradores evidenciam que o planejamento. 94). humanos. há o programa “Easyplan” que auxilia na criação do plano de negócios.  Setor de Varejo de Combustíveis: abastecimento de matéria-prima. 4) Tecnologia patenteada do produto. a sua rentabilidade global e. 5) Declínio dos custos com a experiência em uma indústria. como: 1) Economias de escala.  Setores de Varejo e Atacado: sortimento das linhas de produtos. subsídios oficiais e curva de aprendizagem ou de experiência. Os FCSs devem constar no conceito do negócio ou na descrição do negócio. localização e atendimento. Porter. As análises ambientais deverão ser realizadas (oportunidades e ameaças levantadas) tendo como base o(s) fator(es)-chave(s) (ou crítico[s]) de sucesso. Alguns exemplos de FCS’s são:  Setor de Serviços: agilidade operacional. independentemente do método adotado.  Setor Financeiro: credibilidade. e depende das Barreiras de Entrada.Exemplo: na aviação tem-se o serviço de transporte de passageiros e outro de cargas. A concorrência numa indústria depende de cinco forças competitivas básicas.  Setores de Alta Tecnologia: reputação da empresa. é importante que essa análise se dê conforme os seguintes passos: Ameaça de Entrada Representa o risco de entrada de novos competidores na indústria. portanto. realizada em termos de atratividade ou risco para o negócio. Essa técnica propõe a análise das forças que determinam a concorrência da indústria (setor/ramo). O que deve ser analisado são os seguintes itens: Identificação e avaliação das seis fontes principais de barreiras de entrada que estão agindo na indústria. O objetivo desta análise é identificar as características estruturais básicas da indústria (onde atua a empresa sob estudo) que determinam o conjunto das forças competitivas e. porém. isto é. Além do mais. pois eles devem ser diagnosticados e elencados antes que se faça a análise ambiental. as quais afetam o potencial de lucro final da mesma. será apresentada e comentada a seguir. também denominada de “cinco forças competitivas do mercado”. importante. 6) Política governamental.diagnosticará se é possível ou não levar a ideia ou oportunidade a frente. 3) Desvantagens de custo independentes de escala.  Setor Industrial: abastecimento de matérias-primas. suporte técnico. se interferir no(s) fator(es)-chave(s) a análise deverá ser realizada. de Michael E. capacidade e velocidade de inovação e criatividade. Outra importante técnica/ferramenta que auxilia na criação do plano de negócios é a análise do setor/ramo de atividade. disponibilidade de produtos e localização. O motivo é simples. investimento em capital intensivo e gestão adequada da cadeia de suprimentos (Supply Chain). que é expresso por meio do retorno a longo prazo sobre o capital investido. . qualidade (produto/serviço). por consequência. 2) Acesso aos canais de distribuição. custos conjuntos . localização.  Setor de Bebidas: distribuição.  Setor de Commodities: preços competitivos. o potencial de lucratividade da empresa. A análise da indústria.  Propriedades das barreiras de entrada. acesso favorável às matérias-primas. conhecimento na área de atuação. o planejamento é mais fácil do que a implementação (execução). grandes interesses estratégicos. restrições governamentais. Esses produtos criam mudança radical no setor/ramo de atividade. O empreendedor também . custos fixos de saída (por exemplo: acordos trabalhistas). implementação/execução.” Para finalizar esse tema. custos fixos de operação na indústria (altos). interesses estratégicos. Tema 05 Colocando o Plano de Negócios em Prática: a Busca de Financiamento Você estudou que diversas são as fontes de financiamentos que um empreendedor pode utilizar para iniciar o seu novo negócio e que a falta de políticas públicas não pode ser utilizada como justificativas para a inércia na atividade empreendedora. levando em consideração a empresa sob estudo. Ameaça de Produtos Substitutos Analisa a pressão que representam produtos ou serviços em alterar a competição a partir de seu lançamento no mercado pelos competidores. 2004. crescimento (lento) da indústria. bem como utilizar o plano de negócios como forma de demonstrar maturidade administrativa e gestora. Intensidade da Rivalidade Decorre da satisfação ou não com relação à posição ocupada pelos competidores na indústria. p. altos custos de mudança. Impacto das economias de escala e as barreiras de entrada. quanto ao comportamento das cinco fontes geradoras: ativos especializados. Custos exigidos para entrada em comparação à estrutura de preços praticados. comportamento dos concorrentes (divergências). Poder de Negociação dos Compradores Análise das circunstâncias em que esse poder pode estimular ou atenuar a rivalidade. 4). mas não é por isso que o plano de negócios perde sua importância. quanto à viabilidade operacional e econômica. O empreendedor deve apresentar segurança na hora de solicitar o financiamento. levando em consideração a empresa sob estudo. capacidades individuais dos concorrentes.   Expectativas de retaliação aos possíveis entrantes. lembre-se que para tudo o que foi avaliado. Poder de Negociação dos Fornecedores Análise das circunstâncias em que esse poder pode estimular ou atenuar a rivalidade. necessita-se projetar os resultados que o plano de negócios proporcionará.  Barreiras de saída. pois o planejamento. Essa análise visa identificar e avaliar os seguintes fatores estruturais:  Número e tamanho dos concorrentes. Isso envolve projetar uma demonstração de resultados para pelo menos cinco anos (quinquênio). Como já informado. avaliação e controle são partes interdependentes e indissociáveis no processo de criação de um novo empreendimento. “A meta da estratégia competitiva para uma unidade empresarial em uma indústria é encontrar uma posição dentro dela em que a companhia possa melhor se defender contra essas forças competitivas ou influenciá-las em seu favor (PORTER. alienação fiduciária e fiança. e 4. porém.735/2003 cobra das instituições financeiras (públicas e privadas) que direcionem um percentual (2%) mínimo dos saldos e depósitos à vista captados em operações de microcrédito (financiamento). São várias as modalidades. ampliação ou modernização de um empreendimento. A bolsa Nasdaq nos Estados Unidos é um bom exemplo de um local onde os investidores optam por riscos futuros altos e com perspectivas de retornos fabulosos. caso o empreendedor não tenha o montante – total e/ou parcial. o empreendedor deve mostrar que seu negócio tem pelo menos quatro características: 1. Um bom plano de negócios.deve preparar um projeto de investimento.” É importante destacar que pequenos negócios (startup) não são alvo de grandes investidores. então basta o empreendedor procurar e analisar a melhor modalidade e instituição financeira. Essas informações. Nesta linha de microcrédito tudo acontece diretamente entre os agentes de crédito (bancos privados. 3. A Lei 10. Caixa Econômica Federal. DRE – Demonstrativo de Resultados do Exercício -. podem ser aval solidário em grupo. Tecnologia da Informação (software). como por exemplo. as opções por negócios altamente rentáveis e novos. internet. com no mínimo três participantes. momento em que os micro e pequenos empreendedores contam com mais essa opção de crédito. Uma ideia realmente inovadora (DORNELAS. “Para conseguir convencer um capitalista de risco a injetar dinheiro em sua empresa. TIR e VPL) do plano de negócios. Ele também é direcionado para empreendedores individuais (Pessoa Física) com faturamento de até R$ 120 mil anuais. O “Programa Crescer”. do Governo Federal. 2012. a linha de microcrédito orientado (MPO) que visa atender as necessidades de financiamento dos empreendedores de pequeno porte. com alto retorno sobre o investimento inicial. 2. ou seja. Para aqueles negócios com alto potencial de risco. o Crescer oferece juros menores. de 1%. agências de fomento e sociedades de crédito) com os empreendedores no local da atividade econômica. indústrias farmacêuticas de P&D. de três a oitos pessoas se reúnem para obter o crédito e todos ficam responsáveis pelo crédito. Por essa e outras razões o plano de negócios é um documento fundamental para conquistar um empréstimo. foi iniciado a partir de 2011. porém. 189). Um mercado-alvo expressivo e em crescimento. Uma excelente equipe de gestão. você pode ter buscando os bancos públicos e privados participantes do programa. por exemplo. Há. via de regra os negócios voltados à alta tecnologia. Este leva em consideração as informações que compõem o plano financeiro (Balanço Patrimonial. sobre o valor financiado. O valor máximo para o crédito é de R$ 15 mil e é destinado a capital de giro ou investimento e o prazo de pagamento é acertado pelas instituições financeiras que participam do programa e pelo empreendedor (tomador do empréstimo). cooperativas singulares de crédito. Várias são as possibilidades de se conseguir um financiamento para investimento quer seja para implantação. o crédito só é oferecido nessa modalidade na forma de grupos solidários. pois este tipo de investimento concentra-se mais nas médias e grandes empresas que saíram da fase empreendedora inicial. você constatou que o retorno proporcionado por 20% do capital investido compensa a perda dos demais 80%. As garantias do financiamento são determinadas pela instituição financeira. agências. empresas de biotecnologia. e muito mais. Trabalha com a mesma metodologia do MPO. Geralmente. p. Fluxo de Caixa e Análise de Investimentos – Payback. . acenam com resultados rápidos e vultosos. Para os microempresários e/ou pessoas físicas (PF). as universidades e faculdades com suas empresas júnior. ou seja. Além do que aumenta a integração entre duas áreas que normalmente não se conversam. principalmente nos aspectos orçamentários. as Organizações Não Governamentais (ONG’s) com esse fim e as franquias. abreviando as primeiras dificuldades do novo negócio. faz o gestor resolver o problema de aplicabilidade do planejamento na empresa como um todo. O relativo baixo risco que o franqueado enfrentará compensa as incertezas de iniciar um novo empreendimento do zero. aspectos financeiros e pontos importantes na administração da franquia). Mas nem tudo são flores. porém. com objetivos e indicadores de desempenho organizados por meio de perspectivas importantes (financeira. pouca ou nenhuma ideia do negócio e desenvolver/abrir. o franqueado (empreendedor) precisa saber que participar de uma rede de franquias requer o seguimento dos padrões estabelecidos e normas rígidas. aprendizado e crescimento e clientes). como. As opções são muito competentes no que fazem: Sebrae nacional e suas agências no estados e municípios. da pesquisa e análise da ideia e/ou oportunidade. pois é uma excelente opção para aqueles empreendedores que tem o capital inicial. A proposta é interessante por vários motivos. As dicas para o candidato com a iniciativa empreendedora são:  O que está almejando?  Qual(is) é(são) a(s) sua(s) habilidade(s)?  Há conhecimento sobre o tema “Franchising”? Sabe como funciona? . Criada por Robert Kaplan e David Norton em 1992. essa ferramenta de gestão empresarial alinha a visão e a estratégia da empresa por meio de um mapa. desde o fechamento do contrato. pois. O franqueador concede aos franqueados uma série de coisas que o empreendedor levaria algum tempo para descobrir e desenvolver. A taxa de rentabilidade também é outra vantagem.O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) disponibiliza uma série de serviços e produtos para que o empreendedor busque informações e auxílio para obter êxito na nova empreitada. mas o mais importante é que a marca já está estabelecida no mercado. A operacionalização do plano de negócios deve ser bastante criteriosa e o empreendedor deve seguir um cronograma detalhado e controles definidos. processos internos do negócio. O empreendedor não deve ter vergonha e tão pouco receio de solicitar assessoria e/ou consultoria. principalmente na hora da execução dos planos. Esta técnica não traz nada de inédito. Tema 06 Buscando Assessoria para o Negócio Ultrapassada a barreira do sonho. porém. pois várias são as possibilidades e caminhos para buscar no mercado assessoria e/ou consultoria. É importante certificar-se que o que foi planejado ocorra de fato. dois professores da Harvard Business School. Tudo dever ser muito transparente e esclarecido. bem como do fomento a investimento. por exemplo. agora é chegada a hora de se trabalhar com a assessoria (auxílio) para que os acertos sejam maiores do que os erros. Uma ferramenta interessante para esse fim é o Balanced Scorecard (BSC). as incubadoras mistas ou de base tecnológica. o estratégico e o operacional. o franqueado tem claramente quais as margens de rentabilidade do negócio. o Know-How e experiência no trato com as particularidades do negócio (gestão da cadeia de suprimentos. Será trabalhado com mais ênfase nesse tema o Franchising. a avaliação e o controle devem se encarregar dessa tarefa. Elabore uma lista das áreas do empreendimento que necessitam de um especialista. das quais é consumidor e que. A busca por assessoria e ou consultoria por parte do empreendedor sacramenta todo o ciclo evolutivo do novo empreendimento. os resultados acenados suplantam tais obstáculos. vai se desenvolvendo. é importante que o empreendedor tenha elencadas perguntas específicas . política de comunicação com o mercado. Capacitação e Supervisão?  A assessoria e/ou consultoria é condizente?  Buscar informações da rede de franquia. tornando complexas as tarefas gestores do empreendedor. esse “engessamento” é um empecilho. as impressões foram boas? Atendimento? Nível de Informações? Valores? Proposta é condizente? Nos posteriores contatos com o franqueador:  Estrutura . pelo menos um dia. A primeira coisa a fazer é decidir que tipo de ajuda é necessária. O empreendedor precisará contar com a assessoria de diversas áreas por toda a vida de sua empresa. procedimentos de operação.  Grau de satisfação dos clientes finais. muitas vezes. ter de desempenhar mais tarefas do que como empregado e. pois queira ou não. Para os empreendedores que almejam liberdade e poder de decisão. logo. o mais indicado é buscar auxilio via consultores. entre outros. Assessoria profissional custa uma certa quantia. mais acessória será necessária. O interessante é o empreendedor buscar o máximo por um bom preço de assessoria.       Tem conhecimento (experiência) no setor/ramo de atividade da franquia escolhida? Já participou/visitou uma feira de franchising? Já buscou referências das alternativas de franquias escolhidas? No primeiro contato com a franquia. no seu início. lhe passou pela cabeça trabalhar para ela”. procure assessoria de especialistas.  Converse com os franqueados. se o negócio não for bem sucedido. a qualidade será particularmente muito importante. Quando da definição da assessoria/consultoria e do profissional a atender. Segundo Adizes (2004).Treinamento. de eventuais investidores. Mario Ponci. mas lidar com a complexidade de gerir um novo negócio. mas as garantias. claro. nunca menos. diretor de expansão da Chili Beans. Quanto mais a empresa crescer. Seja por iniciativa própria ou por franquia. “crescer significa a capacidade de lidar com problemas maiores e mais complexos”. a grande maioria dos negócios começa pequeno. o empreendedor tem de ter a consciência de que a responsabilidade do negócio próprio requisitará muita coisa: responsabilidade. Se todas as dicas acima não forem suficientes. Conselho do Sr. mesmo que sejam as agências subsidiadas pelo governo. pois a escolha de uma franquia é como um casamento: se não durar para a eternidade. o prejuízo será do empreendedor e. maior franquia de óculos de sol e acessórios do país: “comece pesquisando as marcas que você gosta. tempo e dedicação. tem de ser boa para ambas as partes durante um certo tempo. As desvantagens na opção por uma franquia são que o empreendedor tem de seguir as normas e diretrizes do franqueador: layout da loja. política de atendimento ao cliente. No plano contábil. Os principais livros comerciais obrigatórios são: o Diário e o Razão. que. em correspondência com a documentação respectiva. seu registro e sua proteção. e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado econômico. visando sempre esclarecer suas dúvidas e certificar-se de que o empreendimento esteja regularmente constituído e cumprindo todas as exigências legais. mecanizado ou não. entre outros. mas é mais fácil abrir do que fechar um negócio. abertura e funcionamento de uma empresa é bem completa e complexa no Brasil. pelos motivos já conhecidos: burocracia. o empreendedor deve providenciar a inscrição no Registro de Empresas Mercantis na junta Comercial da comarca/Registro Civil das Pessoas Jurídicas. a Secretaria da Fazenda (inscrição estadual) e a Prefeitura Municipal (inscrição municipal / alvará de funcionamento). em seguida. segundo o código civil brasileiro nos artigos 1155 e 1168. tem-se os lançamentos de subscrição do capital e. a escrituração em papel é substituída pela Escrituração Contábil Digital (ECD) ou SPED Fiscal. consequentemente. para a mesma poder funcionar. é a geração de um arquivo a partir da contabilidade da empresa. O que o empreendedor deve fazer é procurar assessoria contábil e jurídica. o que se refere a composição. estadual e municipal. tais como o Livro-caixa e o Registro de Inventário (estoques). O contador que assessora o novo empreendimento deverá manter. Tudo deve ser . na verdade. Atas das Assembleias Gerais e Presença dos Acionistas. a integralização total ou parcial do capital subscrito). Esses livros deverão ser mantidos e escriturados com informações referentes aos respectivos negócios.para as quais necessita de respostas. com base na escrituração uniforme de seus livros. Também será necessária a inscrição em outros órgãos. É nessa fase que se define o nome empresarial (firma e denominação). dentre eles: a Receita Federal (CNPJ). Atualmente. Finalizando. tais como o Lalur (apuração do lucro real para fins de base de cálculo do imposto de renda) e os livros de entrada. alguns livros obrigatórios. menos para empresas do Simples Nacional. escrituração contábil e fiscal deve ser realizada pelo Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Tema 07 Questões Legais de Constituição da Empresa A legislação que regulamenta a constituição. Depois de constituída a empresa. Neste sentido. Nas sociedades anônimas há livros obrigatórios específicos. Corpo de Bombeiros. obrigatório antes do início das atividades. existem os livros exigidos pelos fiscos federal. de saída e de apuração (relativos ao ICMS). O primeiro esclarecimento a ser feito é que não é fácil constituir e abrir uma empresa. Esse preparo prévio agiliza o trabalho e. custará menos. Dependendo da atividade. tais como os livros de Registro de Ações Nominativas. durante todo o funcionamento da empresa. os artigos 1179 a 1185 do Código Civil dispõem sobre a obrigatoriedade do empresário e das sociedades: “seguir um sistema de contabilidade. que possuem finalidade contábil (para abertura da escrita contábil da empresa. do local e das características do estabelecimento são necessárias licenças da Vigilância Sanitária.” Outros livros. também deverão receber a mesma atenção. A constituição é a primeira fase a ser realizada para a abertura de uma empresa e deve-se fazê-la por meio de um contrato social nas sociedades empresariais e de um estatuto social nas sociedades por ações. tudo o que levou anos para maturar. após intensos debates sobre a extensão de sua aplicabilidade e as consequências em todos os setores da economia e da sociedade. layout). A respeito de “patente”. Aprendeu a identificar oportunidades.279/1996) só foi sancionada em 14 de maio de 1996 e entrou em vigor em 15 de maio de 1997. nas décadas de 1970 e 1980 a Lei de proteção ao Mercado de Informática atrasou o desenvolvimento nessa área. ficou sabendo que as assessorias são para toda a vida do empreendimento e se inteirou dos . Para saber mais acesse os links e vídeos importantes indicados nas seções a seguir. você deve estar se perguntando: o que mais devo aprender sobre o assunto “empreendedorismo”? Já estudou como o processo empreendedor ocorre. 9. facilitando ao mesmo sair da informalidade. por meio de Leis Complementares. pois imagine o empreendedor abrindo seu novo empreendimento. bem como a Lei de Propriedade Industrial (Lei n. abrindo suas portas à pesquisa de base científica e produtiva. criado em 1970. atualmente. enfim. Algumas medidas legais foram aprovadas para ajudar e facilitar a vida da micro e pequena empresa no Brasil. No atual mundo globalizado. Para eles. A importância do registro de uma marca é muito grande. cores. É por isso que é crucial o empreendedor registrar sua marca. também denominada de Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. disseminação e gestão do sistema brasileiro de concessão e garantia de direitos de propriedade intelectual para a indústria. responsável pelo aperfeiçoamento. Outro aspecto interessante dessa Lei Complementar (LC) é que estabeleceu normas para que o micro e pequeno empresário possa participar de licitações públicas. principalmente o empreendedor individual. A Lei complementar 123/2006. o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A Lei complementar 139/2011 amplia em 50% os limites de faixas para o enquadramento das micro e pequenas empresas. O país tem um histórico um pouco turbulento sobre propriedade intelectual. facilitou a abertura de novos negócios por parte do empreendedor. Tema 08 Recomendações Finais ao Empreendedor Nesse último tema. concede patentes e averbações de contratos de franquia e das específicas modalidades de transferência de tecnologia. teve conhecimento das principais fontes de financiamento para abrir o novo negócio. O principal benefício é a alíquota diferenciada que criou a tributação simplificada aos micro e pequenos empresários. esses direitos se tornam fatores críticos de sucesso a um país e sua economia. fazendo esforços gigantescos para levantar adiante seu sonho. é o órgão (autarquia federal) vinculado ao Ministério do Desenvolvimento. o país se estabeleceu como uma nação que respeita e privilegia a propriedade industrial. principalmente aqueles profissionais que ainda estão na informalidade. Mas tudo isso é passado e. visto que. O governo brasileiro está facilitando de maneira incisiva os micro e pequenos empresários. visando uma série de facilidades à legalização. programas de computadores. cresce. viu como criar um plano de negócios. criou-se o enquadramento (empreendedor individual) e o tratamento está sendo muito especial. atinge a maturidade e de repente vê uma outra empresa copiando sua marca (logotipo. teve contato com os modelos (roteiros) e suas estruturas de plano de negócios.enviado pela Internet ao Sistema Público de Escrituração Digital. que registra marcas. bem como do empreendedor individual (assista ao vídeo sob o título ‘as mudanças na Lei Complementar 123/2006’). a proposta é defasada e contraproducente. Nesse momento. Desde a ideia ou verificação de uma oportunidade do mercado. flexível e controlável. A transparência. muitas vezes. dos funcionários a assessores externos. ou seja. inflexível. ele irá exaurir-se com as ‘dores do parto’ e teremos uma organização natimorta” (ADIZES. para esse autor. porém. não são necessariamente velhas. As questões estratégicas e operacionais devem contar com a presença e ajuda do empreendedor até o momento em que o empreendimento cresça o suficiente para andar com as próprias forças. O que causa o crescimento e o envelhecimento das organizações não é nem o tamanho nem o tempo (ADIZES. Para Dornelas (2012) o bom empreendedor deve aceitar a ajuda de todos. O autor ainda adverte que “tamanho e tempo não são causas de crescimento e envelhecimento: empresas grandes. Para ilustrar a abordagem. deve ser. bem como dos investidores. deve reconhecer suas limitações e acreditar que é possível profissionalizar a gestão de seu empreendimento. muito pode acontecer e os dilemas do empreendedor sempre terão de ser trabalhados com muita perspicácia. passa pela prova de fogo de materializar-se. nem a dos funcionários. quando o mercado assim exige. com todos os empreendedores. e empresas sem tradição alguma não são necessariamente jovens. O controle. com normas e procedimentos rígidos. muitas vezes. inteligência e preparo. Outra questão de suma importância é: como crescer mantendo a satisfação do cliente em primeiro lugar? Para esse dilema. são muito flexíveis. o fundador não entende que subestimar a ajuda (interna e externa) é uma cilada que o fundador não pode cair. até chegar a fase de efetivamente iniciar as atividades e fazer o negócio crescer. No modelo clássico de . com pouca propensão à mudança – rápida e ágil. com longa tradição. Para ele. “se o compromisso não for proporcional às dificuldades vindouras. funcionários. 2004. em que os níveis hierárquicos são mantidos. delegando tarefas e responsabilidades a todos os envolvidos nos processos internos. a empresa começa com um sonho. não aceitar a “interferência” externa ao negócio e. seja relativamente imprevisível o que poderá fazer. descentralização e delegação de poder (empowerment) são técnicas gestoras muito indicadas na busca de resultados positivos no novo negócio. significa que o comportamento da organização é mais comedido. nessa fase o empreendedor tenta ganhar a confiança daqueles que estão a sua volta. 14). tendo equipes gestores competentes e profissionais em cada área. Todas as fases do novo empreendimento são difíceis e reservam muitas surpresas a todos (empreendedor. ao mesmo tempo. na maioria dos setores/ramos de atividade. 2004. O maior problema que pode acontecer é o empreendedor acreditar na autossuficiência. quando jovens. O empreendedor deve reconhecer suas limitações. pode-se concluir que a organização. Para o autor.aspectos básicos sobre a legislação sobre constituição de uma empresa. ainda que. é preciso mencionar alguns aspectos que acontecem em todos novos empreendimentos. 3). são capazes de mudar com relativa facilidade. devido ao seu baixo controle. assessores). mantendo a centralização em algumas atividades ainda se faz necessário. p. porém. Adizes (2004) comenta que as organizações. Uma proposta interessante para manter esses preceitos é a inversão da pirâmide organizacional. utilizar-se-á o exemplo que o autor Adizes (2004) menciona em seu livro “Os ciclos de vida das organizações: como e porque as empresas crescem e morrem”.” O empreendedor sabe que o compromisso de todos é um fator chave para que o negócio cresça e dê lucros. O modelo de administração clássica. ou seja. p. independente de seu tamanho/porte e idade.” Por esses ensinamentos que Adizes (2004) coloca. porém. A proposta de inversão da pirâmide organizacional foi desenvolvida na década de 1990 para dar autonomia completa ao nível operacional (base da pirâmide). até mesmo. porém. reduz sensivelmente a agilidade e flexibilidade dos processos. A persistência do empreendedor é algo notável. devem ser atendidos rapidamente quando detectam oportunidades e/ou ameaças. Confira a abaixo o diagrama que mostra o organograma de uma empresa tradicional/clássica: O estilo de administração mais participativo e democrático é motivo de estudos há décadas. se bem implementada. pois. se você aspira um dia seguir a vida em uma iniciativa empreendedora. tenha em mente que não desistir e tentar de novo é uma virtude. por deterem informações valiosas sobre o mercado. é fundamental. . em um primeiro momento. saber a hora de fechar as portas também é outra virtude. cria desconfiança e. a hierarquia ainda deve ser mantida e respeitada. porém. Essa técnica administrativa. gera resultados muito bons.administração a centralização de poder mantém o controle sobre as ações do dia a dia. devem facilitar as ações e soluções aventadas pelo pessoal do operacional. devido à inversão. pois os funcionários é que tem mais contato com os clientes e. A profissionalização da gestão. retaliações por parte dos colaboradores. Esse é apenas um exemplo de gestão contemporânea que auxilia o empreendedor nas atividades estratégicas e operacionais do empreendimento. Na prática. Os gerentes e os executivos. com o passar do tempo de vida útil do empreendimento. Os desafios são imensos e a vitória é gratificante àqueles que persistem. essa mudança acontece apenas no processo de atender ao cliente. no organograma. porém.
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