Empilhadeira V_2.pdf

March 29, 2018 | Author: Jeliston Patricio | Category: Internal Combustion Engine, Motor Oil, Warehouse, Forklift, Thermometer


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SumárioApresentação 5 A empilhadeira 7 • Classificação quanto ao abastecimento 7 Equilíbrio da empilhadeira 9 • Estabilidade lateral 13 • Centro da gravidade 15 Triângulo da estabilidade 17 Componentes da empilhadeira 19 • Acessórios para movimentação de materiais 21 • Características dos instrumentos do painel 27 • Símbolos utilizados no painel de instrumentos 30 • Símbolos utilizados no comando hidráulico 34 Manutenção 35 • Tipos de motor 39 • Verificação diária 39 • Bateria - água e cabos 39 • Óleo do cárter – nível 40 • Óleo hidráulico – nível 40 • Embreagem – folga 41 • Combustível 41 • Troca do botijão de GLP 42 • Cilindro P-20 para empilhadeira 42 • Tabela de observações diárias 45 Normas de segurança 47 • Acidente do trabalho: conceito legal (Lei n º 8.213/91) 47 • Conceito prevencionista 47 • Teoria de Frank Bird 48 • Cem normas de segurança 49 • Resumo 56 a Folha de operação 59 Dimensionamento de espaços 61 • Planejamento do espaço e leiaute da armazenagem 62 Anexo Aspectos relativos a NR 11 aplicados ao manual 69 5 Apresentação Considerando que este Manual se limita a informações sobre segurança no trabalho, sem caráter prescritivo e, por outro lado, a natureza dinâmica do assunto, uma vez que a segurança e tecnologia se ampliam contínua e paralelamente, prevêem-se constantes atualizações deste material. Serão, portanto, bem recebidas críticas e sugestões de especialistas nesta área. 7 A empilhadeira A empilhadeira éum veículo automotor utilizado para transporte e movimentação de materiais. D otada de garfos e outros dispositivos de sustentação de carga, a empilhadeira foi proj etada de forma a permitir a movimentação e o deslocamento de materiais tanto no sentido horizontal como vertical. Éutilizada para transportar , empilhar e desempilhar cargas, possuindo a capacidade de se autocarregar e descarregar, de acordo com as especificações dos fabricantes. Éum veículo de grande utilidade, que substitui, com vantagens, talhas, pontes rolantes, monovias e també m o pró prio homem, pois realiza tarefas que ocupariam várias pessoas. Seu custo e manutenção são elevados. Ooperador tem em mãos, diariamente, um patrimô nio inestimável. C lassif ic açã o q uant o ao ab ast ec iment o As empilhadeiras podem ser movidas a: • gasolina - éa empilhadeira que mais polui o ambiente; • diesel - apresenta menor poluição que a de gasolina; • gás - por ser mais perfeita a queima, polui menos que outros combustíveis; • eletricidade - mais usada nas empresas alimentícias, farmacêuticas e em espaços confinados. Neste tipo de empilhadeira ex iste maior possibilidade de incêndio que nos demais. Atualmente pode-se adaptar no escapamento de qualquer empilhadeira com motor de combustão interna o ox icatalisador que elimina os odores e o monó x ido de carbono, reduzindo o índice de poluição. 8 Q uanto a transmissão, as empilhadeiras com motor de combustão interna podem ser: • Mecânica normal - possui câmbio com conversor de torque, com atéquatro velocidades a frente e a ré . • Automática - a mudança de marcha e sentido de direção éfeito automaticamente atravé s de controle de alavanca e/ ou pedal, cuj a força e velocidade édesenvolvida de acordo com a necessidade. 9 O equilíbrio da empilhadeira A empilhadeira é construída de maneira tal que o seu princípio de operação é o mesmo de uma gangorra. Assim sendo, a carga colocada nos garfos deverá ser equilibrada por um contrapeso igual ao peso da carga colocada no outro extremo, desde que o ponto de equilíbrio ou centro de apoio esteja bem no meio da gangorra. Entretanto, podemos, com um mesmo contrapeso, empilhar uma carga mais pesada, bastando para isso deslocar o ponto de equilíbrio ou centro de apoio para mais próximo da carga. 10 Assim sendo, é muito importante saber qual a distância do centro das rodas até onde a carga é colocada. Toda empilhadeira tem a sua capacidade de carga especificada a um determinado centro de carga, isto em virtude de transportar sua carga fora da base dos seus eixos, ao contrário do que acontece com uma carga transportada por caminhão. O centro de carga (D) é a medida tomada a partir da face anterior dos garfos até o centro da carga. Tem-se como norma especificar as empilhadeiras até 999kg a 40cm do centro de carga, de 1.000 até 4.999, 50cm, e, de 5.000 até 7.000kg, 60cm. 11 Caso o peso da carga exceda a capacidade nominal da empilhadeira ou o centro de carga esteja além do especificado para ela, poderá ocorrer um desequilíbrio e conseqüente tombamento, com sérios prejuízos tanto para o operador quanto para o equipamento ou para a carga. Os fatores que influem no equilíbrio de uma gangorra são os pesos utilizados em seus extremos e as distâncias desses pesos em relação ao centro de apoio ou ponto de equilíbrio. Como não se pode variar o peso próprio de uma empilhadeira, nem a posição do seu centro de gravidade em relação ao centro das rodas dianteiras, ficamos limitados a procurar o equilíbrio somente escolhendo adequadamente as dimensões e peso da carga e sua posição sobre os garfos. 12 As empilhadeiras têm uma tabela onde é especificado o centro de carga e a carga correspondente; é a placa de identificação. A relação carga x distância obedece a tabela de carga abaixo: Se o operador tentar pegar a mercadoria, com centro de carga maior que o especificado, sem obedecer à diminuição de peso relativa, pode comprometer a estabilidade frontal da empilhadeira. 13 Para se manter as cargas bem firmes em cima dos garfos, o comprimento dos mesmos deve atingir pelo menos 3/4 da profundidade da carga, ou seja, 75%. Estabilidade lateral Todo operador deve conhecer o que é estabilidade lateral, ou seja, como operar a máquina sem ocorrer o risco de que ela tombe para os lados. 14 Para que haja estabilidade, qualquer equipamento precisa ter uma base de apoio. Por exemplo: Na empilhadeira, a base é feita em três pontos: dois deles estão na parte frontal da máquina, são as rodas de tração. O terceiro ponto é o de união entre o chassi e o eixo de direção, que é formado por um pino montado no meio do eixo de direção e fixado ao chassi. Este tipo de montagem permite que as rodas de direção acompanhem as irregularidades do terreno, fazendo com que as quatro rodas sempre estejam tocando o solo. 15 Centro de gravidade Além da base, há um outro dado importante para a estabilidade lateral, que é o centro de gravidade. Vamos tomar como exemplo a famosa Torre de Pisa. Imaginemos que possamos amarrar um fio de prumo de pedreiro no centro de gravidade da torre. Enquanto a ponta do prumo estiver dentro da base da torre ela não tombará, porém se a inclinação for suficiente para que a ponta do prumo se desloque para fora da base, a torre tombará. 16 Quando elevamos ou inclinamos a carga, o centro de gravidade muda de posição. Considerando o fio de prumo no (CG), no momento em que a empilhadeira passar sobre uma pedra ou um buraco se a ponta do prumo cair fora da base, ela tombará. 17 Triângulo da estabilidade Numa empilhadeira o ponto central de gravidade está localizado em algum lugar na altura do motor, mas não devemos esquecer que a carga também tem um centro de gravidade. Neste caso surge um terceiro ponto que é o resultado da combinação dos dois primeiros e vai variar de acordo com a movimentação feita com a carga. 18 19 Componentes da empilhadeira Carcaça ou chassi É a estrutura metálica, geralmente em chapa de aço, que serve de contrapeso para a carga e de proteção para vários componentes da empilhadeira. Volante Dispositivo de controle de direção do veículo. Pode ser girado tanto para a direita como para a esquerda. O volante deve ser mantido limpo, evitando-se choques que possam danificá-lo, bem como tração desnecessária como, por exemplo, utilizá-lo como apoio para subir na empilhadeira. 20 Contrapeso Construído de ferro fundido, situa-se na parte traseira, serve para equilibrar a empilhadeira. 21 Torre de elevação Dispositivo utilizado na sustentação dos acessórios de movimentação de materiais. Movimentando-se no sentido vertical, inclinando-se para frente e para trás. Acessórios para movimentação de materiais São dispositivos utilizados para carregar, transportar e empilhar materiais. Fixador de cargas Caçamba mecânica Garra para bobinas 22 Garfos (ou lanças) Inversor de cargas Lança guindaste rígida ou giratória Pedais Dispositivos que auxiliam o comando do veículo. • Embreagem: em empilhadeiras com transmissão com câmbio mecânico, serve para desligar o motor do câmbio. • Freio: serve para parar ou reduzir a velocidade. • Acelerador: serve para imprimir maior velocidade ao veículo. Alavanca de freio e estacionamento Deve ser usada para estacionar a empilhadeira ou para substituir o pedal de freio em caso de uma eventual falha. Buzina Sinal sonoro, que deve ser acionado em cruzamentos, entrada e saídas de portas e locais de pouca visibilidade, visando alertar pedestres e outros veículos. O uso correto é dar três toques curtos. 23 Motor É o conjunto de força motriz do veículo que também movimenta as bombas hidráulicas e o câmbio mecânico ou automático. Sistema elétrico É o conjunto formado pelo alternador, bateria, velas, ignição eletrônica, alguns instrumentos do painel, lâmpadas etc. Qualquer avaria nesse sistema é indicado pela lâmpada piloto. Sistema de alimentação É o conjunto de peças que serve para fornecer e dosar o combustível utilizado na alimentação do motor de combustão interna. Sistema hidráulico Conjunto que movimenta o óleo com pressão necessária para elevar e inclinar a torre. Fluxograma – Sistema hidráulico principal 24 Bateria Componente do sistema elétrico, que armazena e fornece energia elétrica à empilhadeira. Bateria estacionária Em empilhadeiras com motor elétrico utiliza-se bateria tracionária que serve para tracionar e alimentar todo o sistema elétrico. Serve também de contrapeso. Bateria tracionária 25 Precauções que devem ser tomadas com a bateria para evitar acidentes Gases explosivos Retirada/Instalação da bateria no veículo • Cigarros, chamas ou faíscas próximos a baterias podem causar uma explosão; • Proteger os olhos e a face ao manusear a bateria; • Não recarregue ou use cabos elétricos sem conhecimento prévio. Para evitar explosão: • Evite curto circuito com ferramentas ou cabos entre terminal positivo da bateria e o terra do veículo; • Ao retirar a bateria que esteja instalada, desligue todas as cargas possíveis (lanternas, motor, rádio, etc.), a seguir desconecte primeiro o cabo negativo e depois o positivo; • Ao instalar a bateria no veículo conecte primeiro o cabo positivo e depois o negativo. Contém ácido sulfúrico Antídotos – “primeiros socorros” • Pode causar queimaduras, evite o contato com a pele. • Externo: lavar com grande quantidade de água; • Interno: beber grande quantidade de água; • Procure imediatamente auxílio médico. Pneus Componentes sobre os quais se apoia e movimenta a empilhadeira. Podem ser maciços ou com câmaras. A pressão normal dos pneus é de 100lb/pol 2 . Radiador Em motores de combustão interna serve para alimentar o sistema de arrefecimento do motor. Alavanca de câmbio Dispositivo que serve para transposição de marchas e, em alguns casos, o sentido de direção do veículo. 26 Diferencial É o conjunto de engrenagens que transmite movimento para as rodas, e conserva o veículo em equilíbrio nas curvas, permitindo que as rodas dianteiras movimentem-se com velocidades diferentes uma da outra. Caixa de câmbio É o conjunto de engrenagens, que serve para mudar as velocidades e o sentido de movimento do veículo, a partir do posicionamento que se dá à alavanca de câmbio. Transmissão automática É o conjunto que permite a mudança automática das marchas. Sistema de filtros É o conjunto dos filtros de ar, combustível, lubrificante, hidráulico e suspiro. Painel de instrumentos No painel de leitura, o operador encontra um observador fiel, que registra os principais pontos vitais dos componentes da empilhadeira. Por isso, o operador deve prestar muita atenção nesse painel, conservá-lo e, quando indicar qualquer falha, levar a empilhadeira à oficina de manutenção. 27 Características dos instrumentos do painel Lâmpada piloto do óleo Utilidade - serve para verificar a pressão da bomba de óleo do motor. Funcionamento - ao ligar a chave de contato, a lâmpada acende. Quando o motor entrar em funcionamento, a lâmpada deve apagar- se. Defeitos Conseqüências Verificação • Lâmpada queimada • Falta de pressão • Excesso de temperatura • danificação do motor. • lâmpada não acende ligar a chave - lâmpada queimada. • lâmpada sempre acesa - falta de pressão. Lâmpada piloto do alternador Utilidade - indica se o alternador está produzindo carga. Funcionamento - ao ligar a chave de contato, a lâmpada acende; ao acelerar, esta deverá apagar-se, assim como a do óleo. Defeitos Conseqüências Verificação • lâmpada queimada • alternador não produzindo carga • regulador de voltagem defeituoso • descarga de bateria • queima do alternador • queima do regulador de voltagem • lâmpada não acende ao ligar a chave – lâmpada queimada • lâmpada sempre acesa - falta de carga • lâmpada piscando - regulador de voltagem defeituoso 28 Chave de contato A chave de contato deve ser conservada sempre limpa, não deve ser forçada e o operador deve sempre lembrar que nela está uma das primeiras providências a serem tomadas em caso de emergência, pois desliga toda a parte elétrica da máquina. Nunca deixe a chave de contato na posição ligada para evitar danos na bobina de ignição e descarregamento da bateria. Horímetro Éum relógio que indica quantas horas o motor trabalhou. Serve para que a manutenção possa ser feita de acordo com as especificações do fabricante da máquina. Marcador de combustível Em empilhadeiras alimentadas a gasolina, álcool e diesel, é um dispositivo que acusa o nível de combustível no tanque. Um operador precavido, por questões de segurança, deve conservar sempre a metade da capacidade do tanque de combustível. E = tanque vazio ½ = meio tanque F = tanque cheio 29 Marcador de temperatura É um dispositivo que serve para verificar a temperatura da água do sistema de arrefecimento do motor. Partes principais - ponteiro e mostrador com marcador. à esquerda - frio à direita - quente na metade - normal Lâmpada piloto Acende com o sistema de arrefecimento superaquecido. O motor pode ser danificado pelo excesso de temperatura. Providências: parar, desligar o motor do veículo e avisar a oficina de manutenção. Afogador É um dispositivo que regula a entrada de ar no carburador. Problemas mais comuns: cabo arrebentado ou borboleta solta. 30 Símbolos utilizados no painel de instrumentos tempo termômetro de temperatura da água termômetro de temperatura do óleo do motor nível de combustível manômetro de pressão do óleo do motor amperímetro purificadores de ar volume cheio volume meio cheio volume vazio buzina fechamento de combustível filtro de combustível tanque de combustível virar à direita virar à esquerda óleo do motor nível de óleo do motor termômetro de temperatura do óleo do freio manômetro de pressão do óleo do freio freio freio de estacionamento rápido lento freio de emergência luz geral ligado desligado 31 Comando da torre Alavancas que acionam o sistema hidráulico, movimentando a torre. Dependendo da marca da empilhadeira, diferem na localização, número de alavancas e posições das mesmas. Empilhadeira Yale Possui uma alavanca de elevação e outra de inclinação, localizadas à direita do operador. Empilhadeira Hyster Possui uma alavanca que eleva e inclina a torre, situada à direita do operador. Empilhadeira Clark Possui uma alavanca de elevação e outra de inclinação, localizadas à direita do operador. 32 H á empilhadeiras que possuem acionamento hidráulico dos garfos no sentido horizontal e movimento giratório de 360°(graus). Empilhadeira Toyota Possui uma alavanca de elevação e outra de inclinação, localizadas à direita do operador. Caixa de câmbio É um conjunto de engrenagens que servem para mudar as velocidades e o sentido de movimento do veículo. Alavanca de câmbio Em empilhadeiras com câmbio mecânico, serve para mudar as marchas de acordo com a necessidade. Dependendo da marca da empilhadeira, difere na localização, número de alavancas, de marchas e posições destas. Empilhadeira Yale Possui uma alavanca situada à direita do operador. 33 Empilhadeira Toyota Possui uma alavanca de transposição de marchas e outra de reversão, situadas à direita do operador. A primeira marcha é em cima e a segunda em baixo, fugindo portanto do convencional das outras empilhadeiras de câmbio mecânico Empilhadeira Hyster Possui uma alavanca de reversão (frente-ré) localizada à esquerda, na coluna de direção, e outra de mudança de marchas à direita do operador. Empilhadeira Clark Possui uma alavanca de reversão (frente-ré) localizada à esquerda, na coluna de direção, e outra de mudança de marchas à direita do operador. 34 Símbolos utilizados no comando hidráulico levantar garfo abaixar garfo inclinar garfo para frente inclinar garfo para trás deslocamento lateral do garfo a esquerda deslocamento lateral do garfo a direita movimento de garfo para direita movimento de garfo para esquerda limitador de garfo para frente limitador de garfo para trás fechar travessa de garfo abrir travessa de garfo empurrar carga do garfo puxar carga no garfo movimento da alavanca 35 Manutenção Um bom operador, além de dirigir deve saber detectar defeitos e tomar as devidas providências antes que estes se tornem maiores ou perigosos, diminuindo assim o custo e o tempo de parada da máquina. Torre Defeitos Causas Não atinge o limite máximo de elevação • falta de óleo devido a vazamentos em válvulas de comando, mangueiras ou retentores Tomba para a frente • gaxeta estragada Quebra da corrente • desgaste por fadiga Quebra do rolete • deficiência do material • penetração de corpos estranhos • desgaste por fadiga Não eleva e nem inclina • quebra do eixo da bomba • trava do rolamento da bomba • quebra da correia da bomba • trava da válvula principal de elevação ou de inclinação Desce devagar quando suspensa sem ser acionada • desgaste de gaxeta • trava da válvula Conseqüências - possíveis acidentes. Providências: • notificar a chefia; • levar a empilhadeira à oficina; • completar o nível do óleo hidráulico. 36 Volante Defeito Causas Volante duro ao movimentar • desregulagem da válvula de pressão do óleo • quebra da correia da bomba • trava do rolamento da bomba • quebra do terminal no pistão de direção Conseqüências: dificuldades para manobrar a empilhadeira. Pedais • Embreagem Defeitos Causas Com muita ou sem folga • desregulagem Disco gasto • uso excessivo/pedal sem folga • dirigir com o pé apoiado no pedal Rolamento gasto • má lubrificação • dirigir com o pé apoiado no pedal Conseqüências: dificuldades de engate das marchas e dificuldades em saída. Providências: notificar a chefia e levar a empilhadeira à oficina. • Acelerador Defeitos Causas Acionando o pedal do acelerador, não se altera a rotação do motor • quebra do terminal da haste Motor acelerado • molas soltas ou quebradas Conseqüências: impossibilidade de trafegar com a empilhadeira. Providências: notificar a chefia e chamar o mecânico. 37 • F reios Defeitos Causas Perda total dos freios • vazamento de fluido na borrachinha do cilindro mestre ou borrachinha do cilindro de roda. • tubulação. Perda parcial dos freios • lonas excessivamente gastas • Freio de mão Defeito Causa Freio não trava as rodas • quebra do cabo de aço • desregulagem Conseqüências: possíveis acidentes. Providências: • notificar a chefia e chamar o mecânico; • na quebra do cabo, levar a empilhadeira à oficina e notificar a chefia. Pneus Defeitos Causas Cortados ou furados • choques contra obstáculos • manobras em lugares apertados e impróprios para transitar Com desgastes excessivos • saídas e freadas bruscas: pneus abaixo da pressão Vazamento na válvula • bico torto; válvula solta; sujeira na válvula Conseqüências: • cortados ou desgastados implicarão em risco de acidentes; • abaixo da pressão ocasionarão maior esforço do motor, a direção ficará dura ao movimentar e acarretará uma diminuição na vida útil dos pneus. 38 Providências: • notificar a chefia; • levar a empilhadeira à oficina para calibragem ou troca dos pneus; • chamar o mecânico, se furar. Bateria Defeitos Causas Descarregada • falta de água destilada • alternador não carrega • quebra da correia que aciona o alternador • desgaste dos contatos do regulador de voltagem Placas grudadas • falta de água destilada Precauções: • Não permitir vazamentos, pode ocorrer explosão, intoxicação e queimaduras. • Não provocar curtos afim de verificar a carga da bateria. • Não dar carga rápida. • Não deixar empilhadeira em carga no horário de intervalo de almoço. Conseqüências: não armazenamento de energia. Providências: não insistir no botão de partida, chamar o mecânico e notificar a chefia. Motor Defeitos Causas Superaquecimento • vazamento de água nas mangueiras • vazamento na bomba de água • falta de água • má vedação da tampa do radiador • correia do ventilador, frouxa ou quebrada • colméia suja • má regulagem do ponto de ignição Motor não pega • carburador entupido • bobina queimada 39 • ignição danificada • velas desgastadas • bateria descarregada • motor de partida danificado • entupimento de circuito de gás • falta de combustível Conseqüências: • fundir o motor; • descarregar a bateria. Providências: • se estiver superaquecido, parar a empilhadeira imediatamente; • notificar a chefia e chamar o mecânico. Tipos de motor Existem 3 tipos de motor utilizados em empilhadeira: 1. Motor de combustão interna, com ignição por centelha, com kits de ignição e carburação ou com injeção eletrônica. ex.: gasolina, gás e álcool. 2. Motor de combustão interna com ignição por compressão. Neste caso não existem kits, a ignição ocorre por compressão gerada pela bomba injetora e bicos de injeção. ex.: motor a diesel. 3. Motor elétrico, neste caso o sistema de funcionamento é todo elétrico alimentado por bateria tracionária. Verificação diária As empilhadeiras trabalham 24 horas ininterruptamente. Para seu bom funcionamento, e para que não haja interrupção durante a jornada de trabalho, é imprescindível que antes do início de cada turno se façam as seguintes verificações: Bateria - água e cabos • Retirar as tampas. • Verificar se a água cobre as placas. 40 • Completar o nível com água destilada, caso necessário. • Movimentar os cabos e verificar se estão soltos ou danificados. • Avisar o mecânico, se constatar alguma irregularidade. Óleo do cárter - nível • Retirar a vareta. • Limpar a vareta com pano limpo. • Introduzir até o fim no local de onde foi retirada. • Retirar novamente a vareta. • Verificar se o nível do óleo encontra-se entre os dois traços da vareta. • Completar com óleo para motor, caso o nível esteja no traço inferior da vareta. Óleo do hidráulico - nível Proceder do mesmo modo que o óleo do cárter, e caso o nível esteja abaixo do traço inferior da vareta, completar com óleo, recomendado pelo fabricante. 41 Embreagem - folga Comprimir o pedal e verificar se a folga está em torno de 1" (polegada). Freio - folga Comprimir o pedal e constatar se este encontra resistência. O pedal nunca deve encostar no assoalho da empilhadeira. Combustível - quantidade Verificar se a quantidade é suficiente através dos marcadores. Alimentação de GLP Em empresas com várias empilhadeiras a combustão por GLP, poderá haver um reservatório grande alimentado pelo distribuidor através de caminhões. Pessoas credenciadas, são treinadas junto ao distribuidor para fazer o abastecimento nas empilhadeiras, mediante a horários estipulados ou conforme necessidade de abastecimento utilizando-se de equipamentos de segurança. 42 Troca do botijão de GLP Como conectar o P-20 na empilhadeira 1. Utilizar luvas nas mãos e óculos de proteção. 2. Ao substituir o vasilhame verifique se a válvula está corretamente fechada antes de conectar o pig tail (rabicho); 3. Verifique se o engate macho da garrafa da empilhadeira possui o anel de vedação; 4. Procure fazer a substituição da garrafa sempre em lugar bem ventilado; 5. Nunca faça a troca do vasilhame próximo a fagulhas incandescentes ou qualquer outra fonte de ignição; 6. Procure conectar o engate fêmea no engate macho com este voltado para cima, pois se ocorrer vazamento será na fase gasosa, evitando, assim, acidente com lesões graves no operador, por frio intenso; 7. Antes de desconectar o pig tail você deve primeiramente fechar a válvula da garrafa com a empilhadeira em funcionamento para queimar o gás da tubulação; Cilindro P-20 para empilhadeira Válvula especial para empilhadeira 43 Painel - funcionamento Verificar se todos os instrumentos do painel estão funcionando normalmente, com o motor ligado. Pneus - pressão e condições • Retirar a tampa da válvula do pneu. • Pressionar o bico do calibrador contra o bico da válvula do pneu. • Fazer leitura tomando como referência a borda do corpo. • Completar, se a pressão estiver abaixo de 100 libras. • Esvaziar, caso a pressão seja superior a 100 libras. • Verificar se os pneus encontram-se cortados ou excessivamente gastos. Radiador - colméia e água • Usar luvas para retirar a tampa. • Abrir a tampa até o primeiro estágio a fim de aliviar a pressão. Este procedimento é importante para evitar graves acidentes por queimaduras. • Retirar a tampa e verificar o nível sem colocar o dedo. 44 • Completar o nível com o motor em funcionamento, se estiver quente. • Verificar se a colméia está suja; caso esteja, passar ar comprimido. Se o motor estiver superaquecido, desligar o veículo e chamar a manutenção. A seguir você verá um modelo de tabela de observações diárias, que deverá ser preenchido após cada 8 horas de operação. 45 Tabela de observações diárias Empilhadeira nº __________________ Horímetro ___________________________ Operador chapa nº _______________ Departamento _______________________ Data __ /__ /__ Início _____________ Término ____________________________ Inspeção 1. Água da bateria 2. Cabos da bateria 3. Água do radiador 4. Nível do óleo do cárter 5. Nível de óleo hidráulico 6. Correia do ventilador 7. Filtro de ar 8. Estado geral e pressão dos pneus 9. Buzina 10. Folga pedal da embreagem 11. Freio de estacionamento 12. Roletes da torre 13. Extintor de incêndio 14. Abastecimento de combustível 15. Nível do óleo da transmissão 16. Freio de serviço 17. Marcador de combustível 18. Luz de advertência da carga da bateria 19. Indicador de temperatura 20. Indicador pressão do óleo Observações diversas____________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________ __________________________________ Assinatura do operador 47 Normas de segurança Quarenta por cento dos acidentes ocorridos no Brasil, são provocados na movimentação de materiais (transporte manual, ponte rolante, talhas, transportadores de esteiras, empilhadeira, etc.). A empilhadeira tem considerável participação neste alto índice de acidentes, inclusive quanto à gravidade, seja de lesão ou de grandes perdas. Esta afirmativa pode ser verificada se relacionarmos este veículo com os conceitos de acidentes, que reproduzimos a seguir. Acidente do trabalho: conceito legal (Lei nº 8.213/91) Acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda, ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Conceito prevencionista Já Heinrich (1930), através de pesquisas na área de acidentes do trabalho, formulou o seguinte conceito prevencionista: Acidente do trabalho é uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e danos materiais. 48 Esse conceito originou-se dos estudos sobre a relação de lesões e danos, onde se concluiu a necessidade de se levantar as causas dos danos materiais, motivada pela desproporcionalidade gritante de danos para lesões, ainda porque os danos geralmente resultam em lesões. Veja a relação proporcional na figura abaixo. A empilhadeira mal operada ou em más condições tem contribuído sensivelmente com a pirâmide acima, principalmente na sua base (danos materiais). Teoria de Frank Bird (1969) Incidente (quase acidente) é toda ocorrência anormal com potencialidade para provocar perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e danos materiais. O estudo de Frank Bird demonstra uma evolução da teoria de Heinrich, onde se inclui um novo elemento, o incidente, como se pode ver na figura abaixo. Esse estudo foi feito pela Insurance Company of North America, em 297 empresas, analisando 1.753.498 casos para 1.750.000 trabalhadores. 49 A ocorrência do incidente é muito mais desproporcional em relação às lesões e danos materiais (de Heinrich), e constitui um aviso que vamos ter, em termos de probabilidade, um acidente com danos materiais e/ou lesões. Também nessa teoria a empilhadeira contribuiu com enorme parcela. Porém, no caso dos incidentes, já que são avisos de danos materiais e/ou lesões, a contribuição é altamente benéfica, pois os riscos no corpo da empilhadeira (em quase a totalidade das empresas) na realidade são os incidentes (proposta de Bird) e até mesmo os danos materiais de Heinrich. Conclui-se daí que, através do operador da empilhadeira, teríamos uma quantidade expressiva de informações de atos e condições inseguras reveladas pelo veículo, o que ajudaria significativamente o programa de segurança da empresa, pois riscos na empilhadeira demonstram: erros operacionais, má arrumação, materiais ou painéis projetados para o corredor, leiaute (arranjo físico) inadequado, etc. Cem normas de segurança Visando enriquecer o conhecimento dos operadores de empilhadeira e aumentar cada vez mais a prevenção de acidentes, seguem cem normas de segurança para estudos. 1. Ao ligar a empilhadeira, verificar sempre se a marcha está desengatada. 2. Movimentar a alavanca de marcha: se for para a frente, colocá-la para frente; se for à ré, colocá-la para trás, sem arranhar, pisando na embreagem até o fim. 50 3. Verificar se o freio de mão está desengatado. 4. Transitar sempre com os garfos um pouco acima do chão (15 a 20cm), observando as lombadas, obstáculo, etc. 5. Se for andar em marcha àré: olhar com cuidado o piso, pessoas e obstáculos que estiverem nas proximidades. 6. Se for andar para a frente: olhar sempre com cuidado para o piso e para pessoas à sua frente. 7. Tirar o pé do freio e acelerar devagar para a saída. 8. Para carregar, conservar a empilhadeira na posição horizontal e a torre na vertical. 9. Baixar os garfos somente até a altura suficiente para que entrem embaixo do que vai ser levantado. 10. Posicionar a empilhadeira frontalmente (ou perpendicularmente) àcarga até que esta encoste na torre, e levantar os garfos. 11. Deslocar de ré a empilhadeira até que tenha saído do lugar onde se encontrava. 12. Opedestre deve merecer toda a atenção do operador . 13. Inclinar a torre para o lado do motorista (para trás), sempre que tiver carga. 14. Fazer as manobras necessárias, sempre tomando cuidado com o que está à s suas costas e de ambos os lados, para evitar colisões e acidentes. 15. Não operar empilhadeira sem condições físicas adequadas. 16. Em cruzamentos ou passagens sem visão, buzinar sempre. 17. Não fazer curvas em alta velocidade. 18. Diminuir a marcha quando o piso tiver ondulações ou estiver molhado. 51 19. Em hipótese alguma o operador deve ceder a empilhadeira a pessoas não habilitadas e autorizadas. 20. Quando estiver transportando carga delicada, andar na menor velocidade possível, para evitar a queda da carga. 21. Quando estiver transportando tambores, evitar parar ao ultrapassar os obstáculos, pois uma parada brusca pode causar movimento dos mesmos, ocasionando a sua queda. Os tambores devem sempre ser acondicionados, presos em dispositivos apropriados sobre pallets ou berços. 22. Avaliar bem o local por onde irá passar, para não provocar colisões da máquina ou da carga com o que estiver no caminho, procurando os caminhos mais fáceis e mais seguros. 23. Não usar contrapeso adicional na empilhadeira. 24. Buzinar regularmente (pelo menos três vezes) sempre que se aproximar de pessoas que estejam andando, puxando algum carrinho, ou carregando algo, evitando assustá-las. 25. Evitar as manobras muito difíceis. 26. Não provocar situações embaraçosas e perigosas. 27. Não assustar propositalmente os colegas. 28. Não andar em grande velocidade. 29. Não fumar enquanto estiver ao volante ou abastecendo a empilhadeira. 30. Segurar sempre o volante com as duas mãos, a não ser quando tiver que acionar dispositivos de comando e nas manobras. 31. Não admitir brincadeiras em volta da empilhadeira. 32. Não passar sobre objetos no piso, evitando movimentos bruscos do volante de direção e balanço da carga. 52 33. Verificar a maneira mais fácil de carregar e descarregar o material. 34. Verificar sempre o peso e o volume da carga. 35. Durante as descargas, não permitir pessoas em volta da empilhadeira. 36. Olhar sempre para trás na hora de dar marcha à ré, após a descarga, independente do espelho retrovisor. 37. Tomar cuidados especiais com determinados materiais a serem transportados. 38. Usar calçados de segurança apropriados. 39. Ao iniciar o serviço, limpar a máquina por fora, tirar o óleo do piso, limpar o volante, limpar as partes fixas da empilhadeira. 40. Não mexer no motor e acessórios da empilhadeira, para efetuar reparos. 41. Comunicar imediatamente, ao supervisor ou à manutenção, qualquer defeito verificado na empilhadeira. 42. Sempre que não tiver visão de frente, dirigir a máquina em marcha à ré. 43. Com a empilhadeira carregada descer rampas em marcha à ré. 44. Com a empilhadeira descarregada, andar sempre de frente. 45. Quando estiver dirigindo de marcha à ré, olhando para trás pelo lado direito, usar sempre o pé direito para o freio e acelerador. 46. Andando para a frente, usar o pé direito para acelerar, e o pé esquerdo para frear (hidramático). 47. Quando estiver seguindo outra empilhadeira, não ultrapassá-la, a não ser que ela pare e seja avisada. 48. Nunca fazer reversão (para frente ou para trás) com a máquina em movimento. 53 49. Para verificação dos níveis de óleo, deixar a máquina em lugar plano. 50. Verificar o abastecimento de combustível sempre antes de iniciar o serviço. 51. Quando estiver operando a empilhadeira observar sempre: pressão de óleo, circuito de carga, temperatura e nível de combustível. 52. Não dirigir a empilhadeira com a perna esquerda para fora. 53. Nunca transportar pessoas na empilhadeira, qualquer que seja o local e o motivo alegado. 54. Não deixar estopas, panos ou resíduos de óleo e graxa, em cima da empilhadeira, o que pode ocasionar incêndios. 55. Observar rigorosamente todos os regulamentos e sinalizações de trânsito interno estabelecido pela empresa. 56. Observar os regulamentos de trânsito, quando operando fora da propriedade da Empresa. 57. Não efetuar meia volta em rampa ou plano inclinado, pois há possibilidade de tombamento. 58. Certificar-se de que as rodas e as extremidades da carroceria do caminhão estejam devidamente calçadas, antes de nela entrar com a empilhadeira. 59. Não transportar líquidos inflamáveis ou corrosivos, a não ser em recipientes especiais. 60. Verificar o lacre do extintor de incêndio. 61. Usar uniforme ou outra indumentária específica ao dirigir empilhadeira. 62. Usar luvas, sempre que possível, para mexer na carga. 63. Nunca ajustar a carga introduzindo o braço pela coluna. 54 64. Não utilizar o acelerador como buzina. 65. Nunca soltar os garfos totalmente no chão para chamar a atenção de pedestres. 66. Não utilizar garfos para empurrar ou puxar qualquer que seja o objeto. 67. Pessoas não autorizadas, não habilitadas e não treinadas não devem dirigir empilhadeira. 68. Usar somente macaco do tipo jacaré para trocar os pneus da empilhadeira. 69. Tomar cuidado ao circular na área de ponte rolante. 70. Nunca colocar ou deixar a máquina em movimento estando fora dela. 71. Nenhuma carga deverá ser levantada ou transportada numa só lança do garfo da empilhadeira. 72. Nos dias chuvosos, use capa ao trafegar em pátio aberto, usando encerados para proteção da carga. 73. Não dirija com as mãos molhadas ou sujas de graxa. 74. Não transportar material superior à capacidade nominal da máquina, evitando que as rodas traseiras percam o contato com o piso. 75. Ao transportar tubos de oxigênio ou acetileno, devem ser evitados choques violentos e contatos da válvula com substâncias graxas. 76. Iniciar o carregamento dos caminhões da frente da carroceria para trás e o descarregamento de trás para frente. 77. Cargas colocadas de um lado da carroceria do caminhão devem ser carregadas e descarregadas por este mesmo lado. 78. Dirija-se sempre perpendicularmente à carroceria do caminhão. 79. Deve-se empilhar somente materiais iguais. 55 80. Empilhamento de tambores devem ser feitos até o limite máximo de três camadas. Entre as camadas, recomenda-se utilizar chapas de madeira. 81. Empilhamento de amarrados de chapas devem ser feitos até o limite máximo de dois metros de altura. 82. Observar sempre o alinhamento da pilha, na horizontal e na vertical. 83. Observar sempre uma distância de aproximadamente 5cm entre as pilhas e 50cm das paredes. 84. Quando for empilhar estrados com sacos, observar que a pilha não fique inclinada pela má arrumação destes. 85. Ao empilhar estrados carregados com sacos, verifique se o estrado tem fundo fechado. Se não tiver, não empilhe. 86. Observar 5 camadas de sacos por estrado, no máximo. 87. Colocar o equipamento de forma que possa ser removido por empilhadeira e que permita o acesso aos demais equipamentos. 88. Se for pegar estrados no sentido longitudinal (lado maior), coloque luvas de prolongamento nos garfos, pois somente o garfo não atinge o lado posterior da palheta e isto provocará, ao levantar, a queda da carga (observar o centro de carga). 89. Em se tratando de empilhamento a partir de 2 metros de altura, o operador deve redobrar a atenção, pois o equilíbrio da máquina e da pilha se tornam bastante instáveis. 90. Fardos de alumínio devem ser transportados, no máximo, dois por vez, pois é uma carga muito instável, fácil de cair nos garfos ao menor solavanco. 91. Nenhum equipamento deve ser colocado de forma a obstruir os corredores de circulação. 92. Ao estacionar a empilhadeira, verificar se o local é plano e se não obstrui extintor de incêndio ou passagem de pessoas ou equipamentos. 56 93. Não inclinar a torre de elevação para a frente, quando os garfos estiverem carregados e na posição alta. 94. Não se atirar contra as cargas; você pode danificar o material e também a si mesmo. 95. Evitar marchas à ré bruscas, principalmente se estiver transportando cargas. 96. Nunca deixar alguém embaixo de uma carga suspensa. 97. Nunca puxar ou empurrar carros, caminhões, empilhadeiras ou outros veículos com a empilhadeira. 98. Permanecer a uma distância razoável de outros veículos. No mínimo uma distância equivalente a três metros de afastamento. 99. Utilizar sempre na empilhadeira o protetor do operador e o protetor de carga. 100. Antes de iniciar o serviço com a empilhadeira, verificar sempre a Tabela de observações diárias. Resumo Segurança é um fator básico quando se opera com a empilhadeira. Sempre que a máquina for colocada em movimento, o operador deve estar preparado para os imprevistos. As empilhadeiras não devem ser dirigidas por pessoas que não estejam habilitadas ou autorizadas para isso. Ao colocar a empilhadeira em movimento, o operador deve fazê-lo com cuidado. Deve observar o ambiente. As partidas rápidas prejudicam a máquina. O operador deve estar sempre atento ao painel, pois este mostra irregularidades da máquina. 57 Na troca de marchas, o operador deve ter cuidado, pois uma avaria na caixa de câmbio leva bastante tempo para ser consertada e consequentemente haverá prejuízos para a Empresa. As empilhadeiras devem ser freadas suavemente. Deslizamento das rodas e frenagens violentas são perigosas e prejudiciais ao veículo e à carga. O operador deve dirigir com cuidado nos locais onde existem outras empilhadeiras. Nessas condições, o operador deve estar atento ao sentido de deslocamento (direção) dos veículos. A habilidade de um operador em evitar acidentes é uma indicação de sua perícia. Qualquer pessoa pode aprender a dirigir uma empilhadeira, mas poucas podem realizá-lo com segurança e qualidade. 59 Folha de operação Fases Precauções Movimente a empilhadeira • Em baixa velocidade e com atenção. • Buzinando nos cruzamentos. • Levantando o garfo ao ultrapassar obstáculos. • Procurando o caminho mais curto. • Dirigindo em marcha à ré quando faltar visão de frente e ao descer rampas carregado. Pare a máquina ao inverter posições. • Observando a carga. • Analisando o percurso. • Tomando cuidado com pedestre. Fases operacionais para transportar materiais diversos. 60 Fases Precauções Posicione a máquina. • No local demarcado. • Verificando as distâncias entre as pilhas. Movimente a máquina. • Para a frente. • Lentamente. • Centralizando. Coloque a torre na vertical. Lentamente. Abaixe os garfos. Lentamente. Dê marcha à ré com a máquina. Lentamente. Coloque os garfos na posição normal. Horizontalmente 15 a 20cm do solo. Fases operacionais para descarregar a empilhadeira. 61 Dimensionamento de espaços O problema de dimensionamento de espaços envolve toda a instalação de uma indústria, desde a recepção, passando pela produção, até a expedição. Para otimizar o dimensionamento de espaços, temos que levar em conta os seguintes itens: Recepção Durante o processo de recepção e prévia disposição. Estocagem Armazenagem segura da matéria-prima e de peças necessárias até a requisição pela produção. Suprimento Itens não produtivos utilizados para o suporte da produção: suprimento para a manutenção e equipamentos; suprimento para o(s) escritório(s), etc. Em processo Materiais parcialmente processados em espera de operações subsequentes. Peças acabadas Esperando montagem (pode-se armazená-las também em áreas situadas na própria linha de processamento em uma forma útil). Material de reprocessamento Material, peças, produtos, etc., que permitem o reprocessamento em uma forma útil. Refugos Cavacos, sucatas. Acúmulo, separação e disposição de itens que não são mais úteis. 62 M iscelâ neas Equipamentos não usados, ferramentas, contêineres, pallets, etc., para um possível emprego no futuro. A rmaz é m de produtos acabados •recebimento de produtos acabados da produção; •armazenagem dos produtos com segurança e ordenamento; •seleção ordenada dos produtos a serem enviados à expedição; •embalagem para a expedição. Identificados os vários tipos de problemas de armazenagem em um empreendimento, torna-se necessário considerar o planejamento do espaço. Assim, todos os tipos de estoque serão denominados de estoque apenas - desde que os dados a serem coletados, sua análise e processo sejam praticamente idênticos para todas as categorias e tipos de estoque. P lanej amento do espaç o e leiaute da armaz enagem U ma série enorme de materiais e produtos diversos são estocados em qualquer indú stria. Para isso, basta que qualquer item, seja utilizado periodicamente e que seja imperativa a existência desse item dentro da organização na ocasião de sua utilização. U m leiaute de armazenagem leva em conta as exigência s de estocagem de curto e longo prazo, partindo de um conhecimento bastante aproximado das tendências do material estocado e das eventuais flutuações da demanda, informações sem as quais o leiaute se torna simples previsão sem base. 63 Antes de se efetuar um planejamento do espaço, é necessário obter uma grande quantia de dados detalhados, tais como: • máximo estoque; • estoque médio; • política de reposição; • unidades de estocagem; • volume recebido/expedido por período de tempo, tipo de área de estocagem (disponível ou sendo planejada): granel, reservada, varejo, segurança, refrigerada, porta-pallets, prateleiras, estantes e área externa; • métodos de movimentação atuais ou planejados capacidade do equipamento disponível ou proposto: tipo, tamanho, capacidade, raio de giro, etc. Leiaute No projeto do leiaute há diversos itens que merecem considerações cuidadosas, tais como: • tamanho do produto; • tamanho do pallet; • equipamento mecânico a ser usado (empilhadeira para corredor estreito e empilhadeira contrabalanceada); • razão entre a largura do corredor e o tamanho do pallet; • espaçamento do pallet nos porta-pallets; • espaçamento entre dois pallets; 64 • espaçamento das colunas; • formato e tamanho da edificação; • localização desejada do recebimento e expedição; • localização dos corredores; • área de serviço requerida, sua localização e tamanho desejados. Espaçamento entre colunas Este espaçamento é importantíssimo no projeto de um bom armazém, e é difícil a sua determinação. Ele determinará as dimensões da estrutura porta-pallets, que por sua vez influenciará no espaçamento das colunas. Todos os fatores com seus inter-relacionamentos devem ser estudados para se conseguir otimização no uso do espaço. Corredores O arranjo e dimensionamento dos corredores é uma das chaves para se conseguir a máxima eficiência do armazém. Eles são os caminhos de passagem dentro e entre as áreas de estocagem, recebimento e expedição. Devem ser localizados de forma a manter um bom acesso ao estoque, aos equipamentos de carga e descarga, e às áreas de serviços auxiliares. Alguns dos fatores que afetam a distribuição e a largura dos corredores são: • tipo de estrutura de armazenagem; equipamento de movimentação (tipo, tamanho, capacidade, raio de giro, etc.); • tamanho dos itens estocados; • distância e acessibilidade às portas e às áreas de carregamento e descarregamento; • tamanho dos lotes estocados; • localização das paredes corta-fogo; • capacidade de carga do piso; • localização de elevadores e rampas; • facilidade de acesso desejado. Há diversos tipos de corredores, os mais comuns são: • Corredores de trabalho 65 São aqueles através dos quais o material é colocado ou retirado na estocagem: − Corredores de transporte principal: se estendem através de todo o prédio e permitem tráfego nos dois sentidos. − Corredores de cruzamento: se estendem através de todo o prédio, geralmente conduzindo à portas opostas do armazém. • Corredores de pessoal São aqueles utilizados somente por pessoas para acesso à áreas especiais ou interiores da edificação. Devem, na medida do possível serem demarcados. • Corredores auxiliares Necessários para acesso a fontes de utilidades, equipamentos anti-incêndios, etc. A seguir estão relacionadas algumas sugestões úteis para dimensionamento dos corredores, obtidos da prática: 1. Os corredores devem ser retilíneos (o máximo possível); 2. Não devem ser obstruídos; 3. Devem conduzir à portas quando possível; 4. As interseções devem ser minimizadas; 5. Os corredores devem ser suficientemente largos para permitir uma operação eficiente; 6. As colunas podem ser utilizadas freqüentemente como linhas de fronteira; 7. Todos os itens estocados devem ser convenientemente acessíveis; 8. Os corredores devem ser identificados por uma linha de largura de 8 a 10cm demarcada no piso; 9. Todos os corredores devem ter mão única de direção, menos os corredores de transportes principais. 66 Corredores irregulares “labirinto” Corredores contínuos e ordenados Determinação do espaço de manobra para empilhadeira No momento de escolher o tipo de veículo mais conveniente para as operações de movimentação de materiais, o corredor de operação deve condicionar a largura livre necessária para o equipamento num giro de 90°, para depósito, remoção, empilhamento, desempilhamento de materiais e produtos, como um dos fatores mais importantes de decisões. Mínima largura do corredor para empilhamento em ângulo reto A largura do corredor para o empilhamento em ângulo reto, significa a largura necessária do corredor para girar uma empilhadeira em 90°, a fim de depositar um material na lateral de um corredor, três fatores são envolvidos para determinar esta dimensão: • raio de giro (R 1 ); • distância entre a linha central do eixo dianteiro (tracionário) e frente do suporte dos garfos, mais o fator (D); • comprimento da carga (W). 67 Conforme mostra a figura abaixo, à medida que aumenta a folga entre as cargas, a largura necessária do corredor torna-se menor. Desse modo, considera-se a dimensão da largura do corredor para empilhamento ou a largura entre os suportes verticais das prateleiras. Empilhamento em ângulo de 90º Como as especificações do raio de giro, as dimensões do corredor para empilhamento em ângulo reto são determinadas sob condições ideais de operação. Quando a recomendação dessa dimensão é importante, é aconselhável adicionar 150 a 300mm à largura do corredor para empilhadeiras de médio porte (1.000 a 4.000kg de capacidade) e até 800mm ou mais quando tratar-se de empilhadeiras de maior porte. Isso permitirá ao operador efetuar giros mais suaves e velocidade normal de operação sem preocupar-se com a precisão da aproximação na área de empilhamento. 69 Aspectos relativos a NR 11 aplicados ao manual NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais 11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. 11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho. 11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas. 11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida. 11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de segurança. 11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos. 11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função. 11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível. 70 11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador. 11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina). 11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas. 11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis. 11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados. 11.2.5. As pilhas de sacos, nos armazéns, terão a altura máxima correspondente a 30 (trinta) fiadas de sacos quando for usado processo mecanizado de empilhamento. 11.2.7. No processo mecanizado de empilhamento, aconselha-se o uso de esteiras- rolantes, dalas ou empilhadeiras. 11.3. Armazenamento de materiais. 11.3.1. O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso. 11.3.2. O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc. 11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo menos 0,50m (cinqüenta centímetros). 11.3.4. A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de emergência. 71 11 .3 .5 . O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material. Modelo de c art ã o de ident if ic açã o Frente Verso
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