Elaborar Prova Contextualizada

March 26, 2018 | Author: Ana Lou | Category: Heliocentrism, Pedagogy, Learning, Lesson, Schools


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ELABORAR PROVA | EXEMPLOS DE PROVAS | EXEMPLOS DE QUESTÕESDE PROVA Neste artigo serão dadas algumas dicas para você inovar na elaboração e aplicação de provas escritas INTRODUÇÃO Segundo Perrenoud, a avaliação formativa “é toda a avaliação que ajuda o aluno a aprender e a se desenvolver, ou melhor, que participa da regulação das aprendizagens e do desenvolvimento no sentido de um projeto educativo” (PERRENOUD, 1999). Por esse ponto de vista, a prática avaliativa deve ser um processo que associe:   estratégias variadas, tais como: TRABALHOS EM GRUPO, ESTUDOS DO MEIO, AUTOAVALIAÇÃO, PESQUISAS, LIÇÕES DE CASA, PROJETOS CULTURAIS. instrumentos variados, tais como: PROVA ESCRITA (OBJETIVA E/OU DISSERTATIVA), SEMINÁRIOS, RELATÓRIOS, DEBATES, EXPERIMENTOS, JORNAL FALADO, PRODUÇÕES DE TEXTO, PAUTA DE OBSERVAÇÃO. Por uma questão cultural, a prova escrita tornou-se o instrumento dominante de avaliação e muito pouca inovação tem-se agregado a ela. Uma prática avaliativa ancorada apenas em provas escritas deixa de contemplar a gama de habilidades e recursos cognitivos que os alunos poderiam mobilizar se fossem também avaliados por meio de outros instrumentos, como os citados acima. **** Devido à dominância da prova escrita, no presente artigo você encontrará um roteiro de como elaborar uma prova diferente, mais contextualizada e que favoreça a aprendizagem do seu aluno. COMO ELABORAR UMA PROVA Ao se sentar na frente do seu computador e elaborar uma prova, você, professor, deverá responder às seguintes perguntas: 1) O QUE ESPERO QUE MEU ALUNO TENHA APRENDIDO? Esse é o primeiro e fundamental ponto a ser especificado com clareza. Normalmente o professor se baseia no conteúdo dado para formular sua prova. Por exemplo: “turma, semana que vem vou dar uma prova sobre astronomia”. Até que ponto está claro para o aluno o que ele tem de aprender, e para o professor o que ele tem de avaliar? Ficaria mais claro para ambas as partes se o professor, em vez de pensar numa “prova sobre astronomia”, pensasse numa prova em que avaliaria o que Por isso uma prova escrita deve ter um certo número de questões de nível fácil. podemos estipular como objetivos: comparar as teorias geocêntrica e heliocêntrica. No segundo caso. a habilidade exigida é COMPARAR. aproximando-o do tema abordado. 4) QUAIS COMPETÊNCIAS SERÃO EXIGIDAS NAS QUESTÕES? No caso das aprendizagens envolvendo astronomia. comparar os modelos astronômicos. 7) EXISTEM QUESTÕES COM DIFERENTES NÍVEIS DE DIFICULDADE? É importante dosar a mão nas questões. jornal ou revista. Também é importante que esteja assinalado na questão o seu nível de dificuldade. Por exemplo. o próximo passo é determinar o objetivo da prova. 5) QUE CONTEXTO SERÁ DADO NAS QUESTÕES AOS CONTEÚDOS COBRADOS? Apresente no enunciado da questão um texto de apoio ou de repertório.os alunos aprenderam sobre “as explicações para os movimentos celestes dadas pelos modelos geocêntrico e heliocêntrico”. relacionar os modelos astronômicos com o pensamento dominante nas diferentes épocas da História. Quase sempre se trabalha com salas heterogêneas e diferentes níveis de aprendizagem. os alunos deverão fazer na prova que assegure ao professor que o assunto foi aprendido? Seguindo o nosso exemplo. um artigo científico. IDENTIFICAR DADOS E INFORMAÇÕES No terceiro. um diagrama ou esquema que remeta o aluno à questão. No primeiro caso. 2) QUAL O OBJETIVO DESSA PROVA? Uma vez estabelecido que será avaliado o que os alunos aprenderam sobre a “modelos geocêntrico e heliocêntrico”. identificar as datas relacionadas com o movimento aparente do Sol. outras de nível médio e algumas de nível mais difícil. . pode-se dizer que a competência exigida é COMPREENDER OS MOVIMENTOS CELESTES E SUA INFLUÊNCIA NA VIDA HUMANA E NA NATUREZA. ESTABELECER RELAÇÕES. 3) QUAIS HABILIDADES QUESTÕES? SERÃO REQUISITADAS DOS ALUNOS NAS A partir dos objetivos fica fácil descobrir quais habilidades você deverá exigir dos seus alunos. O que. concretamente. 6) EXISTEM QUESTÕES INTERDISCIPLINARES? Procure saber se o tema em questão apresenta pontos de contato com outras disciplinas. os modelos astronômicos estão fortemente ligados aos momentos históricos da Biblioteca de Alexandria e do Renascimento Científico que são temas da disciplina História. procure evitar questões com valor 0.75 ou 1. por exemplo. INTRAPESSOAL)? Quando você utiliza em vez de apenas textos escritos outras formas de textos como tirinhas. ESPACIAL.8) É EXPLORADA A CAPACIDADE DE LEITURA E ESCRITA DO ALUNO? Se você só utiliza testes nas suas provas não há como avaliar a capacidade do seu aluno escrever. em especial nas questões dissertativas. Se sua prova vale uma nota até 10. mescle questões testes e dissertativas. e elabore enunciados que exijam bom domínio de leitura e interpretação de texto. Abaixo apresentamos um quadro para CHECK-IN da sua prova antes de aplicá-las aos alunos e um modelo de prova. imagens de obras de artes. da clareza de idéias. etc. Se não há textos fundamentando as questões também não avalia a leitura e interpretação. para que o aluno possa ter uma idéia do seu desempenho. quando considerar o uso da norma culta da língua portuguesa. . infográficos. 10) EXPLICITA COM CLAREZA OS CRITÉRIOS DE CORREÇÃO? Ao lado das questões. 9) SÃO EXPLORADAS OUTRAS FORMAS DE INTELIGÊNCIA (PICTÓRICA. adequação ao tema explorado. Sempre fica mais claro questões valendo notas redondas. poderá explorar a dimensão pictórica da inteligência do seu aluno.5. charges. Faça isso quantitativamente. Deixe claros os critérios que serão utilizados na correção das questões. Por isso. coloque o valor de cada uma e o seu nível de dificuldade. Como fazer uma prova nota 10 As pesquisas mostram que o professor que ensina bem nem sempre prepara boas provas. Como as escolas estão mudando essa realidade – e o que os alunos ganham com isso NATÁLIA SPINACÉ. COM CAMILA GUIMARÃES E LUCIANA VICÁRIA inShare35 | | Seu nome Seu e-mail Enviar para 2573 http://revistaepoc Comentário140 caracteres Verificação de segurança Atualizar imagem Digite os caracteres ao lado para enviar enviar para um amigo Seu Nome Seu E-mail Cidade onde reside UF AC . a professora Roberta Ramos não perdia mais que meia hora para preparar uma prova de português. Ela mesma . As perguntas eram diretas e exigiam do aluno pouco mais que o esforço de decorar a matéria. em São Paulo. Ela mudou completamente a maneira de preparar as avaliações (Foto: Filipe Redondo/ÉPOCA) Antes de chegar ao Colégio São Luís.Gênero M F Assunto Opinião Mensagem atualizar imagem Digite as palavras ao lado para enviar sua matéria enviar mensagem Seu voto foi efetuado com sucesso MUDANÇA A professora Roberta Ramos numa das salas do Colégio São Luís. O estudo de Ravela mostra três problemas fundamentais nas provas analisadas. Primeiro. diz ela. deixou isso claro. agora vêm acompanhadas de textos. a raiz desses problemas se encontra na formação do professor. Seis anos atrás. segundo Maria Márcia Malavasi. ao ingressar na equipe de professores da escola. Sua pesquisa não incluiu o Brasil. Terceiro. Questões de gramática. não são reflexivas. “Os professores cobram apenas o conteúdo decorado. “Infelizmente. Roberta passou por um treinamento específico para aprender a preparar provas. A conclusão é que a grande maioria dos professores não sabe elaborar provas que avaliem o aprendizado de forma eficaz. Seu objetivo é criar questões que exijam uma reflexão sobre o idioma. Hoje. feito pelo uruguaio Pedro Ravela. uma das particulares mais tradicionais da cidade. gasta por volta de uma hora para elaborar avaliações para alunos da 6ª série. Ravela entrevistou 160 professores de escolas com bom desempenho nos exames da Unesco (que avaliam alunos da educação fundamental de 17 países da América Latina) e analisou as provas elaboradas por eles. Ele não aprende a fazer provas na faculdade. esse é um problema que também afeta as escolas brasileiras. “Falta aos . Não existe uma reflexão na hora de fazer os exercícios”.admite isso. com 12 anos de idade. Um estudo comparativo entre oito países latino-americanos. o que é fundamental para que aprendam. mas. e a preocupação de Roberta vai além de verificar se os alunos sabem identificar sujeito e predicado – ou se a concordância verbal da frase está correta. Segundo. cobram apenas o conteúdo decorado. a maneira como os professores corrigem as provas é subjetiva e arbitrária. o que temos visto são professores despreparados e provas que não conseguem avaliar as turmas”. antes apresentadas em frases soltas. da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica do Uruguai. diz Ravela. os professores não debatem as questões com os alunos depois da correção.  Roberta e o Colégio São Luís estão tentando mudar uma situação comum no Brasil e em outros países da América Latina: os professores não sabem avaliar seus alunos. coordenadora do curso de pedagogia da Unicamp. Para Ravela. Roberta também foi orientada a criar questões que despertem o espírito crítico do aluno e avaliem habilidades como comparar. fazer provas que avaliam diferentes competências é muito mais trabalhoso. diz Roberta. os cursos de pedagogia e de licenciatura precisam se adaptar à mudança. O profissional de educação deve ter uma inquietude que a faculdade não dá Os colégios Móbile e Sidarta. de qualquer matéria. Mas existem pontos que devem ser levados em consideração na hora de elaborar qualquer avaliação. O modo como a nota é dada também é uma questão importante. Os cursos oferecem disciplinas que abordam teoricamente os princípios da avaliação. Um deles é trabalhar o conteúdo em contextos e situação reais ou similares aos que o aluno pode encontrar na vida real. Na prática. mas o resultado final é muito melhor” (leia o quadro abaixo com a comparação dos resultados). A faculdade deveria oferecer uma disciplina que ensinasse a preparar provas. quando os alunos começaram a fazer as provas do Enem (que avalia o ensino médio) e do Enade (voltado para os estudantes universitários). “Tudo isso dá mais trabalho e toma mais tempo. não deveria nunca ser vista como algo subjetivo e pessoal. “Isso é um erro”.” Até pouco tempo atrás. quais são os critérios de avaliação. Supõe-se que os professores aprenderão a preparar provas durante seus estágios profissionais. Isso obriga o estudante a aplicar aquilo que foi ensinado. Algumas escolas já põem em prática o que o estudo de Ravela aponta como o método ideal de avaliação. Esses dois exames têm métodos de avaliação reflexivos. O treinamento inclui um documento que cria regras para elaborar as provas. portanto. Os termos “cite exemplos” ou “na sua opinião” foram abolidos. “As exigências mudaram”. deram um salto de qualidade. do Colégio São Luís. “Tenho de pesquisar e elaborar questões que desafiem o aluno”.professores fazer esse trabalho de ajudar os alunos a entender o que aquela nota realmente significa. afirma Neide Noffs. Foi com esse método que as provas da professora Roberta. Agora. em São Paulo. e não apenas a reproduzir o que foi dito pelo professor (leia o quadro abaixo). no curso de pedagogia. coordenador pedagógico do Colégio São Luís. também investiram na formação de seus professores. afirma Laez Fonsesa. as provas eram usadas apenas para medir o conteúdo decorado. Não existe uma fórmula para fazer boa prova – e nisso todos os pedagogos concordam. Isso está mudando A necessidade de melhorar as avaliações ficou evidente nos últimos anos. “Os estágios não são suficientes para esse tipo de aprendizado. A professora Maria Márcia diz que não existe. É fundamental que a escola tenha os critérios de avaliação padronizados. porque envolve pesquisa. para o aluno entender por que ganhou ou deixou de ganhar pontos em determinada questão. a diretora pedagógica Claudia Siqueira fez um processo em três . Segundo ela. Outro ponto importante é usar a prova como parte do processo de aprendizado. uma matéria que ensine a preparar provas. sugere Ravela. mostrar exemplos de como melhorar”. coordenadora do curso de psicopedagogia da PUC-SP e pesquisadora na área de formação de professores. diferentes dos testes que prevaleciam nas escolas. para que o aluno possa melhorar a partir da avaliação recebida. diz ele. por ser considerados subjetivos. A avaliação. No Sidarta. interpretar e relacionar. por não se contentar em reproduzir os exercícios feitos na sala de aula. Afinal.” . “Além de ensinar bem. “Só assim o aprendizado é completo. O primeiro passo para a mudança foi reunir os professores durante seis meses para um estudo de habilidades e competências. mas o objetivo é um só: fazer com que bons professores sejam. A ideia era colocar o professor no papel de aluno. Claudia orientou os professores a refinar o processo de questionamento. a tarefa de criar provas melhores foi dada à coordenadora pedagógica e professora de física Maria da Glória Martini. bons avaliadores. também.etapas: primeiro. um excelente professor deveria ser capaz de também fazer boas avaliações”. com base nos critérios exigidos pelo Enem. “Deu muito certo. Os métodos das escolas são diferentes. afirma Ravela. O resultado foi que a maioria das questões avaliava o conteúdo decorado. Depois disso. Pudemos ter uma noção real do que é eficaz em uma prova e do que não é”. a avalição afeta dramaticamente o aprendizado e a vida escolar do aluno. para que ele percebesse onde a avaliação apresentava problemas. A partir disso. Diz que aprendeu sozinha a fazer boas provas. avaliou com cada professor as provas que estavam acostumados a fazer. sempre questionando o tipo de competência que pretendiam avaliar com determinada questão. Maria da Glória dividiu os professores em dois grupos – um resolvia as questões criadas pelo outro. diz Maria da Glória. Ela não fez nenhum curso específico para aprender a avaliar. No Móbile. (Foto: Shutterstock) . Como elaborar provas que ajudam na aprendizagem . prova?  Avaliação não é ameaça Temida pelos alunos e questionada quanto aos resultados. sempre terá sua importância".. a prova deixou de ser o único instrumento de avaliação usado pelo professor. O resultado de uma prova vai servir de parâmetro para que o professor aprimore seu planejamento e seu trabalho em sala de aula. Para que seja eficiente. pode ser uma ótima aliada para produzir um bom diagnóstico do que a turma aprendeu.em geral. . autora de livros sobre o tema e uma das críticas dos testes feitos apenas para atribuir um conceito aos alunos. ajudem o professor a melhorar as aulas. Jussara propõe o uso de questões cujas respostas indiquem o que cada um aprendeu e. ela precisa ser preparada com cuidado e o coordenador pedagógico pode ajudar muito a equipe (veja os pontos que devem ser levados em consideração na elaboração de uma prova nos infográficos do último quadro).br) Compartilhe Envie por email Imprima Mais sobre Avaliação REPORTAGENS  Avaliação Nota 10  Avaliação deve orientar a aprendizagem  Quem tem medo de.org. Cabe ao gestor responsável pela formação permanente . A avaliação por escrito. isso não significa que a prova deva ser banida das salas de aula. a simples observação do professor nunca é suficientemente profunda e individualizada em uma classe com dezenas de estudantes.Uma reunião de formação vai ajudar os professores a elaborar exames cada vez mais eficientes para a avaliação dos alunos Cinthia Rodrigues (gestaoescolar@fvc. com isso. afirma Jussara Hoffmann.fazer reuniões para discutir os critérios de elaboração (leia mais no quadro abaixo). portanto. o coordenador pedagógico . ele dispõe de outras ferramentas para verificar o conhecimento da turma.. Contudo. Hoje. "Apesar da necessidade de tornar a avaliação contínua e diversificada. porém. Quando elaborada com precisão. o coordendor pode avaliar uma cópia do exame antes de ele ser dado . . . afirma Beatriz Cortese. afirma Jussara.Marque com os professores um encontro de formação para falar sobre os métodos de avaliação e o papel da prova escrita. Contudo. Além de fazer a formação da equipe docente.Pauta da reunião Oficina de prova . peça que os participantes troquem novamente as produções e debatam se a nova versão resulta em um diagnóstico mais preciso do que os alunos aprenderam. coordenadora da formação em Matemática da prefeitura de São Caetano do Sul.Pergunte: as atividades são parecidas com as realizadas pelos alunos? As perguntas se justificam diante do que o professor quer saber? As questões estão claras? Há espaço para as respostas? As orientações estão adequadas? . Se uma turma trabalhou em duplas nas aulas e explorou as possibilidades de respostas de forma colaborativa. Para ela. e formadora do projeto Matemática É D+. da Fundação Victor Civita. Questões devem ter familiaridade com as atividades desenvolvidas nas aulas O principal problema destacado por especialistas é a falta de conexão entre as provas e o dia a dia da sala de aula.Proponha a reformulação das provas atendendo às solicitações do colega. o mesmo método pode ser adotado no exame. os professores dão para o aluno uma folha com questões que não têm nenhuma relação com as atividades que ele está habituado a fazer". . . debatendo as diversas estratégias possíveis para preparar uma boa prova. "As práticas pedagógicas estão mais diversificadas. n Peça que os professores troquem entre si as provas e os materiais usados para elaboração. por exemplo. peça ao grupo um exame elaborado com base no caderno de um aluno. SP. formadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação.Inicie falando sobre a importância de elaborar questões específicas para cada turma e baseadas nas práticas desenvolvidas em classe. . a melhor maneira de conferir se há a ligação entre o cotidiano da classe e as solicitações da prova é compará-la com as anotações nos cadernos.Os educadores devem ler os exames e analisar se entenderam o enunciado e se as questões coincidem em forma e conteúdo com as encontradas nos cadernos. Consultoria: Priscila Monteiro. O correto é tomar como base não apenas o conteúdo ensinado em sala mas também a forma como ele foi apresentado.Por fim. na hora de avaliar. de São Paulo. Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).Cada educador devolve a prova ao colega que a elaborou com observações e sugestões de pontos a melhorar. Para que haja exemplos. "Não há motivo para fazer da prova uma surpresa para o grupo". e os que se cansam rapidamente. Os mais ansiosos certamente começarão pelas mais simples. O enunciado das perguntas explicita claramente o que os estudantes precisam fazer? Pegadinhas ou enigmas são inúteis. observando se as atividades conferem com o que foi ensinado. O olhar do coordenador Veja o que você deve analisar nas provas elaboradas pelos professores. Lea Depresbiteris.ainda está em desenvolvimento. Use lápis para o caso de você querer apagar. pois a equipe não terá condições de avaliar se o estudante não sabia o conteúdo ou se não entendeu o que foi pedido. por sua vez. a criança costuma manter o interesse e a concentracão em uma só atividade por cerca de uma hora". Se utilizar outra folha para rascunho. Para evitar o cansaço. "Aos 9 ou 10 anos. explica.aos alunos. poderão responder antes as mais complexas. "O nível do desafio não deve ser nem tão alto que frustre o aluno. O professor deve lê-las para que todos compreendam Orientações para a realização da prova Leia atentamente todas as questões da prova na frente e no verso da folha. Compare-as com registros dos alunos e outros materiais para saber quais conteúdos foram estudados Identificação A prova deve ter um espaço adequado para a identificação do aluno e a nota do professor Prova de Matemática Nome da escola:________________________________________ Nome do professor: ______________________________________ Nome do aluno: __________________________________________ Classe: _______ Data: ________ Conceito:______ Regras claras As informações para a turma devem estar em destaque. oriente os professores a mesclar perguntas objetivas e dissertativas e a pedir que todos leiam as questões no início. nem tão baixo que o torne desmotivado". entregue-a . destaca também a importância de entregar aos estudantes provas que não sejam muito fáceis nem difíceis demais.principalmente nos primeiros anos do Ensino Fundamental . afirma Lea. Avalie quais são mais fáceis e quais são mais difíceis e decida por qual você quer começar. doutora em Psicologia Escolar pela Universidade de São Paulo. O ideal é que o exame não seja muito extenso porque a capacidade de concentração dos menores . É interessante notar também a linguagem utilizada. Se eu tenho no banco R$ 6. há quatro problemas.Marcos. deve-se deixar espaço suficiente entre as perguntas para rascunho e o desenvolvimento de raciocínios ou contas.para seu professor junto com a prova para ele considerar suas estratégias e não apenas o resultado.Anália deve R$ 345. 1) Resolva os problemas . Objetivo A pergunta corresponde ao que o professor realmente quer avaliar? Uma questão como esta pode gerar respostas pouco esclarecedoras. Laura e João repartem entre eles uma soma de dinheiro da seguinte maneira: Marcos recebe o dobro de Laura.00 para Andréia e esta deve R$ 248. questione termos que possamser de compreensão difícil e comprometer o entendimento.00 e retiro todos os dias R$ 17. em quantos dias terei retirado todo o meu dinheiro? __________________________________________________________ __________________________________________________________ __________________________________________________________ .Um fazendeiro tinha 285 bois.754.00 para Anália. Quem deve pagar a quem para que ambas as dívidas sejam saldadas? Quanto? . Linguagem Preste atenção nas palavras. João recebe a mesma quantidade que Marcos e Laura juntos. como "porque fiz a conta". Que quantidade de dinheiro os três repartiram? Quanto Marcos e Laura receberam? Como você pode garantir que sua resposta está correta? . Comprou mais 176 bois e depois vendeu 85 deles. Tempo Nesta questão. Será que a prova não ficará muito longa? Peça ao professor que use a experiência das aulas para analisar se as crianças conseguirão manter a concentração.00. Se o objetivo não é verificar o vocabulário. Quantos bois esse fazendeiro tem agora? . Espaço Para evitar grande número de papéis e anexos.00. João recebeu R$ 141. uma maneira de o professor saber o que eles já sabem para ensiná-los com base nisso. Ed. 222 págs. tel. que pede que os alunos expliquem como pensaram . 3) Marque o número mais próximo do resultado para cada um dos cálculos abaixo e explique como você chegou a ele. pelo computador.Familiaridade O aluno está habituado ao conteúdo e ao tipo de questão? Para resolver esta questão. Na tabela a seguir estão os lançamentos feitos em quatro dias do mês de março. ele precisa ter trabalhado com tabelas em sala. Todos os valores estão em reais. Março Créditos Débitos 2 25 100 5 320 50 8 42 0 10 101 205 O saldo inicial era zero.. Unesp. o movimento de sua conta bancária. (11) 3242-7171. Qual é o saldo atual de Virgínia ao considerar esses lançamentos? Além da resposta A pergunta objetiva é acompanhada de outra. 2) Virgínia acompanha diariamente. além de ter noções de conceitos bancários. Os depósitos feitos na sua conta são lançados como créditos e os pagamentos ou retiradas são lançados como débito. Quer saber mais? CONTATOS Beatriz Cortese Jussara Hoffmann Lea Depresbiteris BIBLIOGRAFIA Avaliar para Aprender. 35 . Domingos Fernandes. (51) 3330-8105. Jussara Hoffmann. Ed Mediação. 176 pags.reais O Jogo do Contrário em Avaliação. 36 reais . tel..
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