EFÉSIOSESTUDOS EXPOSITIVOS Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 2 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 3 Efésios estudos expositivos Questões introdutórias à Efésios I. A importância de Efésios "A carta aos Efésios é um resumo, muito bem elaborado, das boas novas do cristianismo e das suas implicações. Ninguém pode lê-la sem ser compelido a adorar a Deus e ser desafiado a melhorar a sua vida cristã". (John Stott). II. A autoria de Efésios 1. As negativas da autoria paulina: 1.1. Argumento baseado no vocabulário - 1.2. Argumento baseado no estilo - 1.3. Argumento baseado na história - 1.4. Argumento baseado na teologia - 2. As respostas as negativas da autoria paulina: 1.1. As "hápax legomena" - 1.2. O estilo paulino - 1.3. A história de Paulo e da igreja de Éfeso - 1.4. A questão teológica - 1.5. Outras observações - III. O conteúdo de Efésios 1. Efésios é uma intercessão - 2. Efésios é uma proclamação - 3. Efésios é evangelização - IV. A permanência de Paulo em Éfeso O relato, a partir do livro de Atos dos Apóstolos e as alusões feitas a outras epístolas nos mostram um grave quadro de lutas do apóstolo em Éfeso. Isso se verifica nesses pontos: 1. 2. 3. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 4 O EVANGELHO ABALA UMA CIDADE ATOS 19.1-40 Introdução A cidade de Éfeso foi, durante o governo de Cesar Augusto, capital da província romana da Ásia, que hoje é a parte ocidental da Turquia. Nela estava erigido o templo à deusa Diana (da fertilidade). O ministério de Paulo em Éfeso foi impressionante: A pregação do Evangelho, por mais de dois anos, provocou uma grande agitação na cidade. Uma Igreja forte ali foi organizada (durante a sua existência homens como Paulo, Apolo, Timóteo e o apóstolo João foram seus líderes). A mensagem do Evangelho abalou de tal maneira a cidade que a estrutura dos adoradores e dos negociantes ligados a Diana foi afetada. Os missionários, então, enfrentaram forte oposição porque proclamaram a mensagem do Evangelho. Diante desses fatos, podemos dizer que: O Evangelho proclamado em todo o seu conteúdo produz efeitos singulares nas vidas das pessoas. Neste capítulo, vemos quatro efeitos causados pela proclamação completa do Evangelho: I - O 1º efeito, da proclamação do Evangelho, é produzir conhecimento total da verdade - v. 1 a 7 1. Os doze discípulos não conheciam a totalidade da mensagem do Evangelho - v. 1e 2 2. A exposição do Evangelho levou-os da ignorância espiritual à experiência da salvação - v. 3 a 5 3. A conseqüência da salvação foi capacitação especial para proclamarem a Deus - v.6 e 7 II - O 2º efeito, da proclamação do Evangelho, é produzir definições quanto ao que se crê - v. 8/10 1. Na sinagoga, os judeus rejeitaram a mensagem, tornando-se empedernidos e descrentes - v. 8 e 9 2. Muitos que creram foram levados a formar um grupo de estudos, na Escola de Tirano - v. 9 3. Discípulos foram feitos e dali a Palavra do Senhor repercutiu para toda a Ásia - v. 9 e 10 III - O 3º efeito, da proclamação do Evangelho, é revelar os falsos cristãos -v. 11 a 20 1. As manifestações sobrenaturais divinas atestam a veracidade da mensagem - v. 11 e 12 2. Os falsos cristãos são desmascarados pelos poderes sobrenaturais, controlados por Deus - v. 13 a 16 3. As manifestações sobrenaturais divinas dão impulso para a vitória da Palavra do Senhor - v. 17 a 20 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 5 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 6 IV - O 4º efeito, da proclamação do Evangelho, é revelar a intimidade dos corações - v. 21 a 40 1. Orientado por Deus a ficar na Ásia, Paulo, pregador do Caminho, opôs-se à idolatria -v. 21 a 27 2. A oposição do povo e negociantes mostraram o ódio dos ímpios e o amor dos cristãos -v. 28 a 31 3. A preocupação das autoridades com Roma foi usada por Deus em benefício da Igreja -v. 32 a 40 Conclusão 1. Qual tem sido o efeito que a proclamação do Evangelho tem causado à sua vida? 2. Você já está definido em relação ao conteúdo total do Evangelho? 3. Deus quer que você torne-se um proclamador da mensagem do Evangelho! 4. Deus quer que você se responsabilize pela proclamação total do Evangelho ao mundo! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 7 A EXPOSIÇÃO DA PALAVRA ATOS 19.1-40 Introdução O livro de Atos não deve ser encarado como um escrito teológico doutrinário. Ele é sim um livro histórico, que se ocupa em narrar o desenvolvimento do Evangelho nos dias iniciais da Igreja Cristã. O livro de Atos deve ser encarado como um livro prático, como modelo para o nosso cristianismo atual pois, nele encontramos a prática da Igreja primitiva que pode ser aplicada em nossos dias. O livro de Atos nos mostra a força do evangelho, enfrentando diversas oposições, e entre elas destacamos: a. Em Listra houve oposição por parte de um paganismo ignorante - 14.11 a 13 b. Em Atenas houve oposição por parte de uma cultura idólatra - 17.16 e 23 c. Em Corinto houve oposição por parte de barreiras raciais - 18.5 e 12/13 d. Em Éfeso houve oposição por parte de negociantes religiosos - 19. 24 e 25 Mas, em todos esses episódios, e especificamente neste capítulo 19 de Atos, encontramos a prática, por mais de dois anos, da exposição da Palavra de Deus. Por isso, afirmamos que: Somente através da exposição da Palavra temos possibilidade de ver o Evangelho vitorioso. Neste capítulo, encontramos quatro características da exposição da Palavra: I - A exposição da Palavra caracteriza-se por conceder pleno entendimento do Evangelho - v. 1 a 7 1. Através da exposição da Palavra chegamos a uma correta compreensão do plano de Deus - v.1 a 4 2. Através da exposição da Palavra chegamos a realidade, deixando as “sombras”- v.5 3. Através da exposição da Palavra chegamos a íntima comunhão com Deus - v. 6 e 7 II - A exposição da Palavra caracteriza-se por revelar a verdade a todos os homens - v. 8 a 20 1. A exposição da Palavra feita aos judeus, foi rejeitada, pelo endurecimento e incredulidade - v. 8 e 9a 2. A exposição da Palavra feita aos efésios, na escola de Tirano, foi aceita - v. 9b e 10 3. A exposição da Palavra feita em Éfeso, foi divulgada e aceita em toda a Ásia - v. 10b a 20 III - A exposição da Palavra caracteriza-se por fazer parte de planos preestabelecidos - v. 21 e 22 1. Um ministério de exposição da Palavra estará em sintonia com a vontade de Deus - v. 21 2. Um ministério de exposição da Palavra terá alvos de proclamá-la em outras cidades - v. 21 3. Um ministério de exposição da Palavra não perde as “portas abertas” (I Co.16.8/9) - v.22 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 8 IV - A exposição da Palavra caracteriza-se por ser vitoriosa mesmo quando é rejeitada - v. 23 a 40 1. A exposição da Palavra resulta em revelação das motivações da rejeição -v. 23 a 27 2. A exposição da Palavra rejeitada resulta em desordem social e falta de entendimento - v. 28 a 32 3. A rejeição e oposição à exposição da Palavra é controlada e solucionada por Deus - v. 33 a 40 Conclusão 1. Um dos segredos do ministério de Paulo certamente residiu na exposição da Palavra. 2. Pelo exemplo da Igreja primitiva somos desafiados a constantemente expor a Palavra. 3. A nossa Igreja caracteriza-se por ser expositora da Palavra? 4. Quando pregamos expositivamente a verdade é estabelecida, a Igreja é fortalecida e vidas são salvas! Que o Senhor nos abençoe a desenvolver um ministério de exposição da Palavra! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 9 COMPLETANDO A MENSAGEM DO EVANGELHO ATOS 19. 1-7 Introdução Lucas continua descrevendo o crescimento da Igreja, e a transição do judaísmo para o cristianismo. Essa transição, entretanto, foi feita de modo gradativo. Vemos Paulo, o grande mensageiro da graça, submeter-se a alguns rituais do judaísmo: circuncisão de Timóteo, voto de nazirado e sacrifícios. Atos, pois, deve ser encarado como livro histórico e de transição e não como teológico- doutrinário. Em Atos 19, temos mais uma transição: Paulo conduz um grupo de homens, que ainda não tinham a revelação total do Evangelho, do antigo judaísmo para o novo cristianismo. Assim, aprendemos que: Todo cristão deve conduzir os não cristãos à obtenção da fé completa no Evangelho. Este texto nos revela quatro passos que ajudam na obtenção da fé completa no Evangelho: I - O primeiro passo é constatar a existência da ignorância parcial - v. 1-2 1. A caracterização do seguidor: discípulos - a. Provavelmente de João Batista (veja Jo.1.35-42 e Mt. 11.2), b. Talvez do grupo de Apolo - conf. 18.25 2. A pergunta objetiva: “recebestes do Espírito Santo quando crestes?” a. O cristão é definido como alguém que crê em Jesus, b. Veja Paulo em Rm.8.9 3. A resposta sincera: “... nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo” a. Paulo constatou que não conheciam a promessa do ES, b. Feita por J.Batista, em Lc.3.16 II - O segundo passo é constatar a existência da influência passada - v. 3 1. A pergunta perspicaz: “em quem, pois, fostes batizados?” a. O batismo identifica, b) Sabendo em quem somos batizados, saberemos com quem nos identificamos 2. A resposta reveladora: “no batismo de João” a. O Evangelho não é parcial em seu conteúdo - b. Temos o arrependimento: batismo de JB, mas, temos a fé: batismo e identificação com Jesus Cristo 3. A influência de João Batista: Só Lucas narra o nascimento miraculoso de JB - Lc. 1.5/25 e 57/80 a. Ele veio como precursor de Jesus (Lc.3.1 a 22, conf. Is.40.3 e Ml. 3.1), b. O batismo que praticava era de arrependimento e preparação para a vinda de Jesus - conf. Lc.3.7 e 8. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 10 III - O terceiro passo é constatar a exigência da instrução precisa - v. 4 e 5 1. A transição: do judaísmo ao cristianismo a. Paulo evangelizou, b. Paulo doutrinou, 2. O conteúdo do Evangelho: não mais o AT. e João Batista, mas, o NT. e Jesus Cristo a. Jesus é o cumprimento da promessa, do próprio JB.- Lc. 3.16, b. é necessário crer em Jesus 3. A identificação correta: não o batismo de João, mas o batismo de Jesus a. Obediência pronta, b. O batismo em nome do Senhor Jesus (veja Mt. 28.19) IV- O quarto passo é constatar a exigência do poder ilimitado - v. 6 e 7 1. A prática de impor as mãos: usada em situações diversas - conf. At. 8.17; 9.17; 13.3; II Tm.5.22 a. A imposição de mãos não é necessária para a vinda do Espírito Santo - veja. At.10.44 b. A imposição de mãos tem diversos significados - aqui simbolizou uma bênção de comunhão. 2. A vinda do Espírito Santo: só o verdadeiro cristão tem o Espírito Santo a. Acontece quando cremos (veja At. 8.14ss e 10.44 a 47), b) Não é segunda bênção - Rm.8.9 3. A manifestação do Espírito Santo: são diversas, segundo o Seu querer a. A experiência das línguas e profecias ocorreu em Cesaréia (At.10.45/6) mas, não ocorreu em Samaria (At.8.17), em Damasco (At.9.17), em Antioquia (11.21), em Filipos (16.14/15 e 32/33), etc... b. Lucas usa essa narrativa para igualar esses “crentes da Velha Aliança” com os samaritanos e gentios, que junto com os judeus (At.2), formaram a Igreja, o novo povo de Deus (Ef. 2.11 a 22) Conclusão Como cristãos que conduzem pessoas à fé completa no Evangelho é necessário que: 1. Conhecermos o Evangelho de modo completo, mantendo fé alicerçada na pessoa de Jesus. 2. Sejamos zelosos guardiões das verdadeiras doutrinas bíblicas, interpretando fielmente as Escrituras. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 11 PREGANDO A PALAVRA DO SENHOR ATOS 19. 8-20 Introdução Em Éfeso, pela 2ª vez (18.19 a 21), Paulo se lança totalmente ao ministério de anunciar a Cristo. Após o ministério na vida de 12 homens, Paulo atinge toda a Ásia com a Palavra do Senhor. Lucas, ao descrever o ministério em Éfeso, mostra-nos a pregação baseada na Palavra do Senhor. Essa pregação tem o poder de atingir os homens, trazendo-lhes temor e engrandecimento ao nome de Jesus. Por isso, podemos dizer que: Todo ministério bem sucedido proclamará sempre a Palavra do Senhor. Neste texto, encontramos sete marcas de uma pregação que tem por base a Palavra do Senhor: I - Essa pregação é exposta em todos os lugares - v.8 e 9 1. Nos lugares costumeiros - nas sinagogas, como era costume de Paulo - (veja 18.19 a 21) - v.8 2. Em lugares selecionados - Escola de Tirano: talvez uma sala alugada, das 11hs. às 16hs. - v.9 3. Nos mais diferentes locais - a. na beira de um rio (16.13), b. em praça pública (17.17), c. no Areópago (17.22), etc. II - Essa pregação é expressa sem limites de tempo - v. 8 e 10 1. Por três meses - v.8 2. Por dois anos - v. 10 3. Por várias horas seguidas - veja 20.7 a 12 III - Essa pregação é externada com vigor - v. 8 1. Ousadamente - v. 8 2. Dissertando - v. 8 3. Persuadindo - v. 8 IV - Essa pregação é extensiva a todos - v. 9 e 10 1. A igreja de Éfeso surgiu desse ministério (As 7 igrejas da Ásia tiveram sua origem nessa época) - v. 9 2. Todos os habitantes da Ásia ouviram o Evangelho (veja v.26 e Cl.1.6)- v. 10 3. Todos, sem distinção, ouviram: tanto judeus como gregos - v. 10 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 12 V - Essa pregação é extraordinária em seus efeitos - v. 11 a 16 1. Essa pregação é confirmada com milagres e maravilhas (veja Lc.8.44 e At.5.15) - v. 11 e 12 2. Essa pregação revela os cristãos genuínos e os imitadores - v. 13 a 15 3. Essa pregação demonstra o mundo das trevas - v. 16 VI - Essa pregação é estimuladora de reações - v.17 a 19 1. Alguns tornam-se empedernidos, descrentes e falam mal do Evangelho - v. 9 2. Todos ficam temerosos diante do testemunho do Senhor (veja também At. 5.11) - v. 17 3. Muitos crêem e se libertam das obras passadas (veja Dt.7.25; 18.10 a 12 e I Ts.1.9) - v.18 e 19 VII -Essa pregação é especial em seus resultados - v. 20 1. Engrandece o nome de Jesus - v.17 2. Faz a Palavra do Senhor crescer - v. 20 3. Permite a Palavra do Senhor prevalecer - v. 20 Conclusão Como tem sido a minha pregação? Minha pregação tem se caracterizado segundo esse modelo? Tal como Paulo, podemos desenvolver um tipo de pregação que engrandeça o nome de Jesus. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 13 UM MINISTÉRIO AMADURECIDO ATOS 19. 21-22 Introdução Com o v. 20, Lucas finaliza a quinta secção do seu relato sobre a expansão do Evangelho pelo mundo. Esses versículos (21-22) iniciam a última secção no seu relato histórico. As divisões anteriores foram: a. O Evangelho em Jerusalém - At. 1.1 a 6.7 b. O Evangelho na Palestina -At. 6.8 a 9.31 c. O Evangelho em Antioquia -At. 9.32 a 12.25 d. O Evangelho na Ásia e Galácia - At. 13.1 a 16.10 e. O Evangelho na Europa - At. 16.11 a 19.20, e, a partir desse ponto: f. O Evangelho chega até Roma - At.19.21a 28.31 O objetivo de Paulo era levar o Evangelho até Roma (veja At 9.15 e 23.11), mas, em seu espírito, também deseja visitar Jerusalém (veja o v.21; 20.22 e 23.11). Sendo que a pregação da Palavra do Senhor estava prevalecendo, porque Paulo desejava estar primeiro em Jerusalém? A resposta a essa questão nos mostra algumas lições sobre um ministério amadurecido. Então, dizemos: Todo líder cristão deve ter como objetivo desenvolver um ministério amadurecido. Estes versículos nos apresentam três lições sobre um ministério amadurecido: I - A 1ª lição é que um ministério amadurecido é preparado espiritualmente - v. 21 1. Paulo resolveu “no seu espírito”- a. Certamente através de um impulso íntimo do Espírito Santo em seu espírito - b. Certamente dentro do plano elaborado pelo próprio Deus - conf. 23.11 - 2. Paulo “considerou” - a. Ou, “porque dizia”- isto é - raciocinava consigo mesmo, pensava consigo mesmo b. Deus concede inteligência a Seus filhos para raciocinarem, submetendo-se à liderança do Espírito Santo - II - A 2ª lição é que um ministério amadurecido é planejado antecipadamente - v. 21-22 1. Paulo queria estar na Macedônia e Acaia para depois ir a Jerusalém - a. Seu desejo era ajudar os pobres de Jerusalém que sofriam - demonstração de amor! b. Macedônia e Acaia ajudariam com ofertas - veja Rm.15.25/26 e IICo.8/9 - demonstração de unidade! 2. Paulo enviou Timóteo e Erasto - a. Timóteo: filho na fé (I Tm.1.2); Erasto: tesoureiro (Rm.16.23), ficou em Corinto (II Tm.4.20) b. Estes servos prepararam o recolhimento da oferta. Tito e outro irmão se juntam a eles (II Co.8.16/23) Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 14 III - A 3ª lição é que um ministério amadurecido é projetado para o futuro - v. 21-22 1. Paulo permaneceu na Ásia - a. O apóstolo ainda permaneceu em Éfeso (conf. I Co.16.8/9) b. Porque uma grande porta se abriu... (resultado das conversões e queima dos livros) - I Co.16.8 2. Paulo queria ir para Roma - a. Ele nunca perdeu seu propósito de ir até Roma - inclusive preparou a sua viagem até lá - Rm.15.24 b. A estratégia paulina - conquistar as grandes cidades: Jerusalém, Antioquia, Éfeso, Corinto, Roma ... Conclusão 1. Devemos planejar o progresso do ministério enquanto dependemos da liderança do Espírito Santo. 2. A cooperação de irmãos dedicados é valiosa quando queremos que o nosso ministério progrida. 3. Manter uma visão global da obra de Deus é fundamental. O Senhor pode concedê-la a nós. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 15 ENFRENTADO A OPOSIÇÃO AO EVANGELHO ATOS. 19.23-40 Introdução É inegável que a mensagem do Evangelho trouxe grande transformação à cidade de Éfeso. A cidade de Éfeso era um forte centro comercial, político e religioso e ali se destacava o templo de Diana (ou Ártemis). Éfeso disputava com Alexandria e Antioquia a liderança das cidades na Ásia. Provavelmente com Áquila e Priscila (At.18.18/19), o Evangelho começou a ser proclamado na cidade. Durante a terceira viagem missionária Paulo permaneceu na cidade por mais de 2 anos e dali, como vimos anteriormente, o Evangelho difundiu-se por toda a Ásia. Para que isso ocorresse, uma grande transformação abalou a própria cidade. “Houve grande alvoroço acerca do Caminho” (v.23). Esse alvoroço mostra que Éfeso foi abalada pelo Evangelho. Mas para os cidadãos de Éfeso, o Evangelho foi um grande transtorno. Uma oposição violenta se levantou contra os missionários, mas isso não os impediu de proclamarem com vigor o nome de Jesus. Portanto, diante desse texto, podemos afirmar que: A pregação do Evangelho, que combate a falsa fé, trará consigo a oposição de líderes egoístas e inescrupulosos Este texto mostra três atitudes que devemos ter ao enfrentarmos a oposição de líderes egoístas e inescrupulosos: I - A primeira atitude é reconhecer a oposição - v. 23 a 29a 1. Reconhecendo a preocupação de Demétrio - v.24 a 26 (Demétrio testificou a expansão da Igreja) a. Não queria perder os seus lucros - (teria ele se convertido após esse episódio? Veja III Jo. v.12) b. Não queria que a fama de Diana se desvanecesse - 2. Reconhecendo a adoração a Diana - v. 27 a. Diana era o nome romano e Ártemis, o nome grego - era a deusa da fertilidade b. O templo de Diana era uma das 7 maravilhas do mundo antigo - ela era adorada por todo o mundo 3. Reconhecendo a agitação e o descontrole da multidão - v. 28 e 29a a. O descontrole do povo provocou um clamor irracional: “grande é a Diana dos efésios” - v. 28 b. Muitos, da multidão descontrolada e insana, nem sabiam o que estava ocorrendo - v. 29 e 32 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 16 II - A segunda atitude é reagir à oposição - 29b a 31 1. A reação de Paulo - v.29b e 30 a. Gaio e Aristarco (20.4) eram companheiros das viagens, que o acompanhavam desde a Macedônia - b. Paulo quis salvá-los, arriscando a própria vida - veja I Co.15.30/32 e II Co.1.8/9) - 2. A reação dos discípulos – v.30 a. Esses discípulos eram o resultado do ministério de Paulo, nos dois anos ali em Éfeso (v.10) b. Os discípulos reagiram querendo salvar quem lhes instruíra no Evangelho - 3. A reação dos asiarcas - v. 31 a. Os asiarcas eram os líderes das cidades da Ásia - eram homens ricos e poderosos - b. Esses asiarcas, que eram amigos de Paulo, preocuparam-se, não o deixando enfrentar a multidão - III- A terceira atitude é receber a solução -v. 32 a 40 1. A solução foi tentada pelos judeus - v. 33 e 34 a. Os judeus queriam isentar-se do conflito - chamaram Alexandre (chefe da sinagoga?) para explicar - b. Eles queriam demonstrar que embora judeus, não tinham nada a ver com os seguidores do Caminho - 2. A solução foi tentada pelo escrivão – v. 35 a 37 a. O escrivão, homem mais importante da cidade, apaziguou o povo, preocupado com Roma (v.40)- b. Ele testemunhou em favor dos cristãos, mostrando que não eram sacrílegos nem blasfemadores- 3. A solução veio racionalmente - v. 38 a 40 a. A razão venceu o descontrole: se há demandas, deve-se procurar a justiça. E, a multidão foi embora - b. Vemos Deus atuando, através do escrivão, como Seu instrumento, para preservar Sua Igreja: (lembremos dos casos com Gamaliel (At.5) e Gálio (At.18). Conclusão 1. A situação de Éfeso nos ajuda a ver a mudança que o Evangelho produz numa cidade, país ou bairro. 2. O ministério de Paulo nos ajuda a ver como podemos evangelizar, mesmo que reajam. 3. A soberania de Deus nos ajuda a ver Seu controle em todas as situações, e o uso que faz das pessoas. 4. Que Deus nos abençoe a evangelizar de modo claro, mesmo diante de situações adversas! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 17 AS PRIORIDADES DO MINISTÉRIO ATOS 20. 17-24 Introdução O significado da palavra ministério: diaconia, serviço Para termos um ministério eficaz é necessário estabelecermos prioridades. Três títulos para uma função: presbíteros, anciãos e pastores - líderes da Igreja O exemplo do apóstolo Paulo nos mostra a importância de estabelecermos prioridades em nosso ministério. Por isso, dizemos que: Todo ministério bem sucedido tem as suas prioridades bem estabelecidas. Nestes versículos vemos quatro prioridades que devemos desenvolver no ministério: I - É necessário priorizarmos a nossa relação com Deus - servindo-O - v. 19 1. Nossa relação com Deus se demonstrará através de um serviço humilde - 2. Nossa relação com Deus muitas vezes nos levará a sofrermos até as lágrimas- 3. Nossa relação com Deus nos levará a enfrentarmos oposição dos que rejeitam o evangelho II - É necessário priorizarmos a nossa relação com os irmãos - ensinando-lhes - v. 18 e 20 1. Nossa relação com os irmãos nos faz sermos modelos para eles - v. 18 2. Nossa relação com os irmãos nos faz ensinar a Palavra em diversas circunstâncias - v. 20 3. Nossa relação com os irmãos nos faz ensinar todos os desígnios de Deus - v. 27 III - É necessário priorizarmos a nossa relação com o mundo - evangelizando-o - v. 21 1. Nossa relação com o mundo impede-nos de fazer acepção de pessoas - 2. Nossa relação com o mundo leva-nos a proclamar a necessidade de arrependimento - 3. Nossa relação com o mundo concita-nos a proclamar a necessidade da fé em Jesus Cristo - IV- É necessário priorizarmos a nossa relação conosco - sacrificando-nos - v. 22-24 1. Nossa relação conosco nos faz avançar dirigidos pelo Espírito Santo - v. 22 e 23 2. Nossa relação conosco nos faz desconsiderar o valor da própria vida - v. 24a 3. Nossa relação conosco nos faz desejar completar a carreira e o ministério - v. 24b Conclusão 1. Quando priorizamos aquilo que é importante em nosso ministério certamente obteremos êxito. 2. Quando priorizamos aquilo que é importante em nosso ministério podemos ser exemplo. 3. Quando priorizamos aquilo que é importante em nosso ministério cumprimos o chamado do Senhor. 4. Você está disposto a priorizar àquilo que de fato tem valor, segundo a orientação do Espírito Santo? Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 18 CONSCIÊNCIA LIMPA, A FORÇA DO MINISTÉRIO ATOS 20. 25-35 Introdução A consciência limpa deve ser buscada por todos cristãos. Para desenvolvermos uma vida de consciência limpa é necessário nos relacionarmos corretamente com Deus, através da obediência à Sua vontade e através da confissão de pecados - At.24.16 A consciência limpa deve ser desenvolvida também nas nossas relações com os homens - At.24.16 É importante, também, mantermos a consciência limpa conosco mesmo - Rm. 9.1; I Co.1.12 Diante dessas verdades podemos afirmar com segurança que: Um ministério forte deverá padronizar-se por desenvolver uma consciência limpa. Este texto nos mostra cinco razões pelas quais devemos manter limpa a nossa consciência: I - Nossa consciência estará limpa porque pregamos a Palavra - v. 25 a 27 1. A pregação da Palavra proclamará o reino de Deus - v.25 2. A pregação da Palavra isenta o ministro fiel do sangue dos seus ouvintes - v. 26 3. A pregação da Palavra anunciará todo o desígnio de Deus - v. 27 II - Nossa consciência deve estar limpa porque formamos líderes - v. 28 1. Os líderes da Igreja cristã são constituídos pelo Espírito Santo - 2. Os líderes responsáveis pela Igreja sabem que ela foi comprada pelo sangue de Jesus - 3. Os líderes da Igreja podem desenvolver diversas funções: bispos, pastores e presbíteros (v.17) III - Nossa consciência deve estar limpa porque advertimos contra os perigos - v. 29 a 3l 1. Os perigos podem vir de fora da Igreja - falsos mestres - v. 29 2. Os perigos podem vir da própria Igreja - pregadores de perversidades (heresias) - v. 30 3. Os perigos devem ser enfrentados com vigilância e admoestação - v. 31 IV - Nossa consciência deve estar limpa porque entregamos os irmãos aos cuidados divinos - v. 32 1. Os cuidados do Senhor é que fortalecem os nossos irmãos - 2. Os cuidados da Palavra da graça é que capacitam os nossos irmãos ao ministério - 3. Os cuidados divinos é que concedem poder e herança aos nossos irmãos - V - Nossa consciência deve estar limpa porque servimos de modelo de vida responsável - v. 33 a 35 1. A vida responsável elimina a cobiça dos bens materiais - v. 33 2. A vida responsável produz auto-sustento e atendimento aos íntimos - v. 34 3. A vida responsável caracteriza-se por seguir os ensinos de Jesus sobre a benevolência - v. 35 Conclusão 1. O desenvolvimento da consciência limpa nos capacitará a um ministério bem sucedido. 2. O desenvolvimento da consciência limpa, nas áreas básicas, nos dará ousadia para ministrarmos. 3. A sua consciência está limpa diante de você mesmo? 4. A sua consciência está limpa diante dos seus irmãos e do mundo? 5. A sua consciência está limpa diante do seu Deus? Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 19 OS DEVERES DOS LÍDERES DA IGREJA CRISTÃ ATOS 20.28-35 Introdução Ser designado líder da Igreja é um grande privilégio, mas, é também uma grande responsabilidade. Jesus quer líderes de alto padrão para a Sua Igreja. Bons líderes são abençoados em dobro, porém os maus líderes são punidos severamente. O contraste é estabelecido nas passagens de 1Tm. 5.17 e Tg.3.1. Devemos conceituar corretamente o que é liderar, para isso servimo-nos de Mt. 20. 20 a 28: a) Liderar não é desejar poder político - Mt. 20. 20 a 24 b) Liderar não é ser dominador, autoritário - Mt. 20. 25 a 26 c) Liderar é servir os outros - Mt. 20. 27 d) Liderar é seguir o exemplo de Cristo, que entregou sua vida por nós - Mt. 20. 28 Diante dessas verdades, podemos dizer que: Todo líder cristão tem deveres específicos de cuidado para com a Igreja de Cristo. Neste texto encontramos sete deveres do líder cristão: I - O líder cristão deve atentar pela sua vida pessoal - v. 28 1. Porque Deus o chamou - 2. Porque o Espírito Santo o designou - 3. Porque Jesus Cristo comprou com Seu sangue a Igreja - II - O líder cristão deve atentar pela vida dos seus irmãos - v. 28 1. Através da igualdade - sem favoritismo - ... todo o rebanho ... 2. Através da supervisão - o bispo é o superintendente, aquele que enxerga o todo, ao longe - 3. Através do pastoreio - alimentando-os com o melhor - III - O líder cristão deve prevenir-se contra os falsos mestres - v. 29 1. Os falsos mestres virão de fora da Igreja - são lobos devoradores - Mt. 7. 15 2. Os falsos mestres objetivam destruir a Igreja - II Pe.2.17 e 18 3. Os falsos mestres têm mensagens heréticas - II Tm.4. 3 e 4 IV - O líder cristão deve prevenir-se contra os falsos cristãos - v. 30 1. Os falsos cristãos surgem dentro da própria Igreja - I Tm. 1. 3 a 7 2. Os falsos cristãos objetivam arrastar os irmãos - Tt.1.10 e 11 3. Os falsos cristãos têm mensagens pervertidas - Cl. 2. 8, 18 e 19 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 20 V - O líder cristão deve vigiar e admoestar - v. 31 1. A vigilância deve ser constante - 2. A vigilância pressupõe a admoestação - 3. A admoestação deve envolver todo o ser, inclusive os sentimentos, e não apenas a razão - VI - O líder cristão deve edificar os seus irmãos - v. 32 1. A edificação dos irmãos deve ser feita pelo próprio Senhor - o líder é mero instrumento 2. A edificação dos irmãos deve ser baseada na Palavra da graça - o líder é mero instrumento 3. A edificação dos irmãos dará a certeza da herança com todos os santos - VII - O líder cristão deve libertar-se de interesses próprios - v. 33 a 35 1. O líder cristão não será cobiçoso - conf. I Pe. 5.2 - v. 33 2. O líder cristão suprirá as necessidades suas e de outros - conf. I Ts.1.9 - v. 34 3. O líder cristão servirá de exemplo ao seguir as palavras de Jesus - conf. I Co.11.1 - v. 35 Conclusão 1. Nossas Igrejas têm sido lideradas por homens que cumprem esses deveres? 2. Temos intercedido pelos líderes da nossa Igreja, diante das suas responsabilidades? 3. Se você é um líder de Igreja ,como seus irmãos reagiriam, diante da sua saída? - v. 36/38 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 21 A VERDADEIRA SAUDAÇÃO CRISTÃ EF. 1.1-2 Introdução “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem um Éfeso e fiéis em Cristo Jesus, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo”. Vivemos uma época em que os propósitos da vida humana estão sendo contestados diariamente. Não só os propósitos da vida pessoal estão sendo avaliados, como os propósitos institucionais têm sido discutidos. Instituições como a família, a escola, o trabalho, o governo e a igreja têm sido questionadas nos seus valores e finalidades. Pensando na igreja, como uma das instituições que tem sido debatida é necessário que voltemos à Palavra de Deus para estudar e entender biblicamente o seu propósito. Ao chegar aos vinte e um séculos de existência se faz necessário, mais uma vez, uma revisão do seu papel, dos seus valores, da sua missão e, da visão que devemos projetar para o futuro pensando na sua relevância para os dias que estão à sua frente. Vale a pena refletir sobre a seguinte questão: se a sua igreja fosso tirada do bairro onde ela atualmente se localiza, será que alguém sentiria falta dela? Sentiriam um alivio, sentiriam a perda de um organismo de valor, ou seriam indiferentes, porque nem sabiam da sua existência ali? Afinal, qual o propósito divino para que a igreja esteja espalhada pelo mundo afora? Paulo pensou sobre o significado e o propósito da igreja. Não os seus propósitos pessoais para a igreja, mas pensou, refletiu e registrou os propósitos de Deus para a sua igreja. A igreja não é o resultado de uma iniciativa e esforço humano, não! A igreja tem origem divina. Tem um edificador divino que, sobre si mesmo, edificaria e edificou e continua edificando a sua igreja (Mt 16.13-20). Embora seja possível concordar com a afirmação que diz que, em termos práticos, a igreja é um reflexo de nossas vidas espirituais individuais, não podemos afirmar também que a igreja é fruto dos nossos anseios e dos nossos sonhos. Não! A nossa condição nos impede de fazer tal afirmação. A grande verdade, que devemos assumir e a partir dela orientar a nossa análise, é que a igreja é o resultado da vontade de Deus, do senhorio de Cristo e da ação do Espírito Santo. Assim, é na igreja que realizamos os seus anseios e sonhos para que “a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades, nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor...” (Ef 3.10-11). O que precisamos com urgência, então, é voltar à Bíblia e redescobrir o que Deus planejou para esse novo povo, para a sua família, afim de que a igreja continue ou volte a ser relevante em meio o cenário em que está inserida. A carta de Paulo aos efésios é um documento que fala sobre o propósito de Deus, em Cristo, para a igreja, para a sua nova criação, para o corpo de Cristo. Quando pensamos, refletimos e avaliamos a igreja, estamos pensando, refletindo e avaliando a nós mesmos e, assim no estudo desta carta ao mesmo tempo em que falarmos da igreja estaremos falando de nós, e ao mesmo tempo em que falarmos de nós estaremos falando da igreja. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 22 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 23 Precisamos recuperar a imagem da igreja no mundo, precisamos mostrar ao homem contemporâneo o propósito, o valor e a missão da igreja. Mas só faremos isso quando recuperarmos a nossa imagem pessoal, vivendo melhor a vida cristã de forma madura e responsável. E uma das evidências da maturidade e da responsabilidade é estudarmos sem preconceitos a razão de ser da igreja e a maneira pela qual ela deve funcionar em meio ao mundo sem Cristo. Ao iniciar sua proclamação sobre o propósito divino para a igreja, o apóstolo Paulo, logo na saudação mostra a seriedade desse tema tão importante para todos nós. Por isso, nesses versículos iniciais temos muito mais do que uma mera saudação comum, formal e padronizada de Paulo para com os seus leitores. Esses versículos afirmam verdades profundas relativas a Paulo, o autor da carta e, também apresentam verdades objetivas aos cristãos à quem ele se dirige. Já a partir dessa saudação tão rica é possível perceber que o tema da carta é de extrema relevância para todos os que desejam que a igreja esteja vivendo de acordo com o que Deus tinha planejado para ela. Embora seja a tendência de muitos estudiosos não valorizarem as palavras iniciais das cartas, através das verdades que observamos nessa saudação, já é possível refletir, analisar e repensar o caminho que estamos seguindo como povo de Deus, como família de Deus, como nova sociedade, como nova criação, enfim, como corpo de Cristo, como igreja cristã. Assim, é possível afirmar que: A relevância da igreja cristã para o mundo contemporâneo somente será percebida ao destacarmos os seus personagens principais. Nestes versos encontramos os três personagens que constituem a essência da igreja cristã: I – O soberano amoroso: Deus 1. Deus é soberano em sua vontade – A soberania é um atributo singular à Deus. Ele aparece como rei sobre toda a terra. Ele não é tirano, nem déspota, nem autoritário, mas em sua soberania a sua vontade é sempre feita. 2. Deus é soberano em seu chamado – A chamada divina pode ter dois aspectos: a chamada geral para que sejamos seus filhos através de Jesus e, a chamada específica (desde a eternidade) para determinado ministério. 3. Deus é soberano em sua bênção – A disposição divina em abençoar o ser humano é vista desde o inicio da história. Ele quer que experimentemos toda a sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais, em Cristo (1.3-14). 4. Deus é soberano em sua paternidade – Para com Deus, estamos numa relação de filhos para pai. Deus é um pai justo e amoroso. Cada cristão e toda a igreja podem ser comparados a uma família, a família de Deus! (2.19) Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 24 II – O servo ativo: Paulo 1. Paulo foi obediente – Paulo sabia que foi comissionado pelo próprio Cristo, pela vontade única de Deus e não de homens. “...quando aprouve a Deus, ... me separou, e me chamou pela sua graça.” (Gl 1. 15) 2. Paulo foi apóstolo – “apóstolos” (Grego, “enviado, comissionado especialmente”). O dom do apostolado que veremos em 4.11 continua sendo exercido ainda hoje através dos missionários 3. Paulo foi comunicativo – Ao se dirigir aos efésios, mesmo depois de ter passado 2 anos e três meses com eles, Paulo continuava a sua tarefa de comunicar a eles todos os desígnios divinos (At 19.8-10; 20.27) 4. Paulo foi abençoador – Paulo, assim como todo ministro não tem em si mesmo o poder de abençoar, Paulo apenas invocou sobre os efésios as bênçãos divinas. A origem das bênçãos é divina e não humana! III – Os santos abençoados: cristãos 1. Os cristãos só iniciam a vida cristã relacionando-se com Deus por Jesus Cristo – Todo cristão verdadeiro sabe que sua vida cristã só se iniciou através do toque do Espírito Santo convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo, mostrando Jesus como Salvador. 2. Os cristãos desenvolvem a sua vida cristã em santidade conforme o seu Deus – Paulo estava se direcionando aos “santos”, pessoas que buscam a santidade. Irmãos já congregados da igreja. A palavra de Deus deve ser pregada para edificação dos santos! 3. Os cristãos desenvolvem a sua vida cristã em fidelidade, fruto do Espírito Santo – Assim como tinham sido fiéis e devotados às suas religiões idolatras, os efésios tinham que mudar de compromisso. A fidelidade de nossa vida a Cristo é fundamental para a vida cristã. 4. Os cristãos são abençoados com a graça e a paz de Deus – As palavras “charis” (graça, dom) e “eirene” (paz, do hb. shalom) em grego, tem implicações importantes. Pela graça somos salvos e só assim, podemos desfrutar da paz divina. Embora a expressão “graça e paz” seja a maneira mais correta de nos saudarmos, “graça e paz” é bem mais do que uma saudação. “Graça e Paz” é o desejo, a oração, o oferecimento de uma provisão diária para que todo cristão possa desenvolver a sua vida cristã. Conclusão 1. Sendo Deus amoroso, gracioso e abençoador só nos resta louvá-lo e submetermo-nos a ele. 2. Todo ministro cristão tem a responsabilidade de cuidar do povo de Deus, a igreja cristã. 3. A igreja cristã deve conhecer o propósito de Deus para si e assim ser relevante para hoje! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 25 LOUVOR PELAS BÊNÇÃOS DIVINAS PARA OS CRISTÃOS EF. 1.3-14 Introdução No grego original, estes doze versos formam uma única sentença gramatical complexa. Não há pausa nem para tomar fôlego. Esse parágrafo tem sido chamado de "um magnífico portal"; "um maravilhoso hino de louvor"; "um elogio ao nosso grande Deus". Nesse parágrafo encontramos uma referência deliberada à Trindade que, embora ainda não fosse uma doutrina elaborada e estudada, era uma realidade experimentada no cotidiano. Nessas ações divinas concedidas aos cristãos a origem das bênçãos é de Deus; a esfera das bênçãos é em Cristo; e, a natureza das bênçãos é espiritual, pois vem do Espírito Santo. Também podemos ver nesse parágrafo singular, nessa estrutura trinitariana o Pai elegendo (3- 6); o Filho redimindo (7-12); e o Espírito Santo selando (13-14). Na verdade, esse parágrafo é uma maravilhosa introdução ao livro de Efésios que revela A Nova Sociedade de Deus, O Plano Divino em Relação ao Ser Humano, o tema destas palavras inspiradas do apóstolo Paulo. O texto desse parágrafo trata da revelação de um mistério, outrora oculto, para uma nova sociedade, para uma nova criação que Deus estava fazendo, através de Cristo, isto é, "em Cristo"! Ao estudarmos este texto encontramos, em síntese, a seguinte afirmação: Diante das bênçãos divinas em todos os tempos cada cristão deve viver para o louvor da glória da graça de Deus Nestes versos encontramos os três tempos em que as bênçãos divinas que nos motivam a viver para o louvor da graça de Deus foram concedidas a cada cristão Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 26 I. No PASSADO os cristãos foram abençoados pelo Pai - 1.3-6 1. O Pai nos abençoou com toda sorte de bênçãos espirituais - v.3 1.1. A bênção é espiritual, isto pode significar também - bênção do Espírito Santo; 1.2. Há um contraste com as bênçãos do AT, que eram em grande medida materiais: uma boa colheita, abundância de gado e de ovelhas; fruto na vide e oliveira; liderança das nações; 1.3. As bênçãos materiais do NT são alimentação, moradia, e as demais coisas serão acrescentadas ao buscarmos em 1 o lugar o seu reino e a justiça divina; 1.4. As bênçãos espirituais do NT são a lei de Deus escrita em nossos corações; o conhecimento pessoal de Deus; o perdão dos pecados; a presença e a direção do E. Santo; 2. O Pai nos abençoou com bênçãos nas regiões celestiais - v.3 2.1. Só em Efésios essa expressão ocorre 5 vezes (1.3, 20; 2.6; 3.10; 6.12); 2.2. Não é um local geográfico. É o mundo invisível da realidade espiritual - 1.3; 2.3. É onde a igreja, a nova sociedade proclama a multiforme sabedoria de Deus - 3.10 e os principados e potestades continuam a operar desejando nos derrotar - 6.12; 2.4. Mas, é onde Cristo reina supremo e nos reinamos com Ele - 1.20-21; 2.6! 3. O Pai nos abençoou antes da fundação do mundo - v.4 3.1. Na eternidade, antes da fundação do mundo Deus formulou um propósito na sua mente; 3.2. Sua decisão se deu no passado (aoristo) de modo absoluto; 3.3. Antes de existirmos para não que nenhum mérito fosse nosso; 3.4. Mesmo ainda quando não existíamos o Pai resolveu tornar-nos seus filhos, através da redenção em Cristo; Ele nos concedeu tudo isso de graça em Jesus, no Amado! 4. O Pai nos abençoou através da sua escolha - v.4 4.1. Esse propósito envolvia planos em relação a Cristo e em relação a nós; 4.2. Ele nos escolheu não para oferecer sacrifícios, pois Jesus já fora oferecido. A escolha, o chamamento era para sermos santos e irrepreensíveis, porque éramos ímpios e culpados; 4.3. Ao invés dessa verdade nos deixar relaxados, ela nos estimula à santidade, pois este é o seu alvo, o seu propósito; 4.4. A única evidência do chamamento, da eleição é uma vida santa - separados, puros; e irrepreensível - vida imaculada (sacrifícios do AT); 5. O Pai nos abençoou através da sua predestinação - v.5 5.1. Essa frase é uma repetição, é um reforço da verdade que Paulo colocara. Alguns entendem que Jesus é o predestinado. Mas com toda a polêmica, vemos o amor e a sabedoria; 5.2. Essa escolha, essa predestinação tem como fonte o amor divino, segundo o beneplácito, isto é, o seu bom propósito; 5.3. Quem escolhe quem? Deus nos atrai com sua escolha, com o seu amor eterno, através de Cristo e nós respondemos e decidimos aceitando o seu presente; 5. 4. O amor divino teve como propósito, o seu plano era nos tornar filhos adotivos; Deus nos amou no seu Filho amado, gratuitamente. 6. A doutrina da eleição ou predestinação demonstra a soberania e o amor divino 6.1. Nesse parágrafo a escolha e a predestinação estão nos vs.4, 5, 11 6.2. Deus é soberano em seus planos eternos; 6.3. Mas, sobretudo Deus é amor; 6.4. A sua essência é amor! 7. A conseqüência dessa 1 a estrofe termina com um duplo propósito: 1)devemos viver de modo irrepreensível e santo; 2)devemos viver para o louvor da glória da sua graça - v.6 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 27 II. No PRESENTE os cristãos são abençoados pelo Filho - 1.7-12 1. O Filho nos abençoa com a redenção - v.7 1.1. Redenção lembrava que a comunidade era composta de ex-escravos do pecado 1.2. Redenção significa livramento mediante o pagamento de um preço 1.3. Redenção tem por alvo aquele que está escravizado 1.4. Redenção, a compra por outro senhor implica num chamamento para um novo trabalho 2. O Filho nos abençoa com o seu sangue - v. 7 2.1. A expressão "pelo seu sangue" significa a morte redentora de Jesus na cruz do Calvário; 2.2. O sangue de Cristo foi o preço pago a Deus Cl 2.14 a dívida era as ordenanças Gl 3.13 2.3. O sangue precioso, como de cordeiro, sem defeito e sem mácula, de Cristo 1Pe 1.19; 2.4. O sangue de Jesus tinha sido oferecido antes da fundação do mundo 1Pe 1.20; 3. O Filho nos abençoa com a remissão dos pecados - v.7 3.1. Jesus nos redimiu, isto é, jogar para longe, arremessar, desprender, soltar, livrar 3.2. Jesus nos dá a Remissão que significa escapar do justo juízo de Deus 3.3. Jesus nos dá a Remissão que é a libertação da condenação dos nossos pecados 3.4. Em Jesus a Remissão é o perdão pelos nossos pecados 4. O Filho nos abençoa com o derramamento da graça - v.8 4.1. Jesus perdoa derramando o seu sangue em profusão, abundantemente 4.2. Jesus é o canal - Deus é rico em perdoar, mensagem que vem do AT Is 55.7 4.3. Jesus é a manifestação da graça - Com Deus está o perdão para que o temamos- não tememos por medo mas por alegria - Sl 130.4; Mq. 7.18 4.4. Jesus é a concretização da graça derramada de forma sábia, inteligente e prudente. Isto é, Em Jesus, a graça atendeu a um padrão coerente onde não há injustiça. Algo pensado, planejado, organizado 5. O Filho nos abençoa com a revelação do mistério da sua vontade - v.9-10 5.1. Jesus, o mistério oculto, agora revelado (tirar o véu) era a vontade, o bom propósito - o desígnio de Deus para com a raça humana, algo que vai além do raciocínio humano - v.9 5.2. Jesus, o mistério era convergir (reordenar) em Cristo todas as coisas - nova criação - Não há outro nome - At 4.12 - A salvação é em Cristo - v.9-10 5.3. Jesus, o mistério foi revelado na plenitude dos tempos, cf Gl 4.4; isto é no tempo certo, no novo tempo, na nova era, nova época, inaugurada por Jesus - afeta o céu e a terra - v.10 5.4. Jesus, o mistério oculto já revelado é: Cristo em nós, a esperança da glória. A igreja é a nova criação, é a nova sociedade - v.10 6. O Filho nos abençoa com a herança - v.11 6.1. Em Jesus fomos feito herança, isto é, pertencemos adotados ao povo de Deus e ao mesmo tempo também temos herança, somos co-herdeiros, desde o AT - Êx 19.5; 23.20-31 6.2. Em Jesus a herança nos possibilita ter esperança - esperança da ressurreição 1Co 15.19 6.3. Em Jesus somos predestinados segundo o bom propósito soberano de Deus 6.4. Em Jesus o bom propósito de Deus é a realização dos planos, da vontade de um Deus pessoal que está ativo no mundo, conduzindo o mundo para a realização do que Ele planejou 7. A conseqüência dessa 2 a estrofe termina com um duplo propósito: 1)devemos viver para o louvor da sua glória; e, 2)devemos fixar nossa esperança em Cristo - v.12 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 28 III. No FUTURO os cristãos serão abençoados pelo Espírito Santo - 1.13-14 1. O Espírito Santo inspirou a Palavra que nós ouvimos 1.1. O ES ilumina e iluminará todos quantos querem entender a Palavra de Deus 1.2. O ES sendo o Espírito da verdade, cf. Jo 14.17; 16.13 inspirou a Palavra da verdade 1.3. O ES mostra que ao ouvir tem que se aplicar a fé para que se tenha resultado positivo 1.4. O ES aplica a fé que vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Cristo - Rm 10.14, 17 2. O Espírito Santo aplica a mensagem do evangelho 2.1. O ES mostra que o evangelho são as boas novas de salvação 2.2. O ES mostra que o evangelho é o poder de Deus para a salvação do que crê - Rm 1.16 2.3. Não há vida cristã sem a ação do Espírito Santo - Jo 3.5 2.4. Não nascemos do sangue nem da vontade da carne nem da vontade humana - Jo 1.13 3. O Espírito Santo nos leva a crer 3.1. O ES mostra a necessidade de crer 3.2. O ES mostra a coerência entre o crer e a predestinação 3.3. O ES nos lava e regenera, isto é, nos limpara e nos faz nascer – Tt 2.5 3.4. O ES nos lava e renova, isto é, nos limpa e nos dá nova vida – Tt 2.5 4. O Espírito Santo nos sela 4.1. O ES na vida da pessoa indica salvação. A vinda do Espírito Santo se dá concomitantemente à salvação 4.2. O ES como selo é sinal de autoridade, de autenticidade, de propriedade. Quando um governante decretava algo intocável ele colocava o seu selo, a sua marca. 4.3. O ES como selo significará que o objeto selado chegará no seu destino intacto - 1Jo 5.18 4.4. O ES como selo interno de Deus derrama em nossos corações o amor de Deus - Rm 5.5 5. O Espírito Santo é a concretização da promessa divina 5.1. O ES foi prometido desde o AT - Is 44.3; Jr 31.31-33; Ez 36.26-27; Jl 2.28-32 5.2. O ES foi prometido no início da era messiânica - Mt 3.11; Jo 1.31-33; 14.16ss; At 1.5 5.3. O ES veio concretamente na história - At 2.1-4 5.4. O ES inaugurou a igreja, a nova criação, a nova sociedade, incluiu todos - At 2, 8, 10, 19 6. O Espírito Santo é o penhor da nossa herança 6.1. O ES é o penhor, isto é, depósito, entrada. Palavra grega que veio dos mercadores fenícios, pagamento inicial como garantia que o restante seria pago. Hoje, é a mesma palavra que descreve o anel de noivado. 6.2. O ES em nós é a garantia que Deus nos dá de que nossa salvação será consumada. Haverá o resgate - no final dos tempos. 6.3. O ES em nós é a garantia de que somos de Deus, povo de propriedade exclusiva de Deus 6.4. O ES em nós é a garantia de que, no futuro, seremos resgatados, 7. A conseqüência dessa 3 a estrofe termina com um duplo propósito: 1)devemos viver sob a direção do Espírito Santo, e; 2)devemos viver para o louvor da sua glória. Conclusão Esta grande doxologia termina com o pensamento da possessão plena de tudo o que Deus planejou para os homens e com tudo isso, em cada estágio da revelação, Ele deve ser louvado, devemos Lhe render louvor pela glória da Sua infinita graça. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 29 A VERDADEIRA ORAÇÃO EF. 1.15-23 Introdução Quando alguém argumenta conosco pode ou não nos convencer. Mas quando alguém ora conosco, o nosso relacionamento com essa pessoa passa a ser diferente. Efésios nos cativa e por certo cativou os seus primeiros leitores porque nós e eles somos objetos da oração do apóstolo Paulo, inspirado que foi pelo Espírito Santo. Depois de exaltar a Deus e dizer que, por três vezes, que devemos viver para o louvor da glória da Sua graça (conforme os versos 6, 12 e 14), Paulo continua na presença de Deus, agora, intercedendo em favor dos seus leitores. Ele glorifica a Deus pela "tão grande salvação" da qual fomos alvo, mas baseado nessa bondade divina ele pede a Deus que os recursos necessários para uma vida de louvor estejam a disposição de todos os seus leitores. Nessa, como em outras orações temos gratidão e intercessão. Isto nos faz destacar a seguinte verdade: Não encontramos grupos ou cristãos totalmente imperfeitos pelos quais não temos o que agradecer; e não encontramos grupos ou cristãos totalmente maduros pelos quais não temos o que pedir. "Agradecemos e pedimos porque cremos que a graça de Deus pode operar transformações que são impossíveis à natureza humana decaída" (Monteiro, p.29). Quando oramos obtemos um duplo efeito: há transformação na vida daqueles por quem oramos e também experimentamos transformação em nossas próprias vidas. Quando colocamos o nosso próximo na presença de Deus cremos que Deus é poderoso suficientemente para transformar aquela vida, objeto de nossa intercessão. Quando incluímos alguém em nossa oração, em nossa vida de intimidade com Deus, nos tornamos mais sensíveis à vida e à necessidade do nosso próximo, deixando para trás qualquer tipo de preconceitos ou barreiras que pudéssemos ter em relação a ele, o nosso alvo de intercessão e, assim também somos transformados. Na carta escrita aos filipenses, nessa mesma época em que estava preso em Roma, na sua prisão domiciliar, Paulo orou em favor daquela igreja. Ele pediu a Deus que eles tivessem o amor aumentado “mais e mais, no pleno conhecimento e em todo o discernimento” (1.9). Naquele pedido percebemos a necessidade que a igreja tem de conhecimento intelectual, para conhecer a si mesma, para conhecer o mundo onde está plantada, para conhecer Deus e a sua vontade para ela mesma. Mas, é interessante que além do conhecimento Paulo pediu que Deus lhes desse também discernimento. Discernimento é a capacidade de aplicar o conhecimento. Assim como a prudência é a capacidade de aplicarmos a sabedoria (8), assim também a igreja precisa de conhecimento e discernimento para saber viver no meio de um mundo em trevas, uma vez que ela é luz, refletindo a luz de Jesus (Mt 5.16). A igreja atual precisa de discernimento porque nesses dias o mundo tem cobrado uma presença mais eficaz da igreja na vida das pessoas e da sociedade. O mundo quer perceber que diferença existe entre aqueles que seguem a Jesus e aqueles que seguem outras divindades. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 30 Quando a igreja, chamada cristã, faz adaptações de certas práticas que vemos em outras religiões e seitas, quando a igreja, no desejo de se contextualizar, desenvolve certas práticas mundanas demonstra que lhe falta discernimento, isto é, embora tenha o conhecimento da doutrina certa, não sabe como mostrar amorosamente a diferença que existe entre ela, formada por seguidores de Jesus e os seguidores de outras seitas e outros gurus. Precisamos mais do que nunca em nossos dias conhecer a origem, a natureza, o propósito e a missão da igreja. Porém precisamos discernimento espiritual para saber aplicar esse conhecimento. O estudo dessa carta escrita aos efésios nos ajudará nessa tarefa, mas, especificamente essa oração do apóstolo Paulo pode nos ajudar muito em conquistar o nosso objetivo. Quando estudamos o primeiro capítulo de Efésios fica clara essa divisão: Em 1º lugar, nos versos 3-14, ao agradecer, o apóstolo nos desafia a também agradecermos a Deus por toda sorte de bênção espiritual que Ele nos têm concedido desde a eternidade, mas para isso é necessário que compreendamos completamente a extensão dessas maravilhosas bênçãos que temos em Cristo, nas regiões celestiais. Em 2º lugar, nos versos 15-23 o apóstolo pede que os olhos espirituais dos cristãos sejam abertos e nos façam perceber que há uma dimensão sobrenatural no processo hermenêutico: não lemos a Bíblia como um livro qualquer; não conhecemos a Deus sem a iluminação do Espírito Santo. Para isso precisamos discernimento espiritual. Por isso, como diz Stott (p. 29) necessitamos manter um equilíbrio perfeito entre o louvor e a oração. Por um lado devemos agradecer por tudo quanto Deus já nos deu, mas por outro lado devemos pedir ainda mais tudo quanto ele tem para nos oferecer, gratuitamente, em Cristo. Diante dessas observações é possível sintetizar assim esta oração de Paulo: A verdadeira oração dirigida a Deus deve ter por objetivo a ampliação do conhecimento espiritual de todos os cristãos. Nestes versos encontramos 5 aspectos da oração que devemos fazer a Deus em favor de todos os cristãos: O 1º aspecto da verdadeira oração em favor dos cristãos é agradecer a Deus por suas vidas, vs. 15-16 1. Pelo testemunho da fé ou fidelidade - v.15 1.1. Fé no Senhor Jesus - cf. Cl 1.4 1.2. Fidelidade para com os irmãos - 2. Pelo testemunho do amor - v.15 2.1. Amor para com o Senhor Jesus - 2.2. Amor para com os irmãos (com dúvidas textuais), mas cf. Cl 1.4 3. Gratidão a Deus - v.16 3.1. Incessante - 3.2. Através das orações - Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 31 O 2º aspecto da verdadeira oração em favor dos cristãos é pedirmos pelas ações da Trindade, vs. 17 1. Pedimos as ações do Pai porque ele é: 1.1. Ele é o Deus do nosso Senhor Jesus Cristo 1.2. Ele é o Deus, o Pai da glória 2. Pedimos as ações do Filho porque ele é: 2.1. Ele é o "ambiente" no qual temos as bênçãos espirituais - v.3 2.2. Ele é o Senhor ungido, "o Cristo" - v.17 3. Pedimos as ações do Espírito Santo porque ele é: 3.1. Ele é o Espírito de sabedoria 3.2. Ele é o Espírito de revelação do pleno conhecimento de Deus O 3º aspecto da verdadeira oração em favor dos cristãos é pedirmos por visão espiritual, vs. 18-19 1. Para que através da iluminação do Espírito Santo seus olhos espirituais vejam qual é a esperança para a qual fomos chamados - v.18 2. Para que através da iluminação do Espírito Santo seus olhos espirituais vejam qual é a riqueza da gloriosa herança dos santos - v.18 3. Para que através da iluminação do Espírito Santo seus olhos espirituais vejam qual é a suprema grandeza do poder de Deus para com todos que cremos - v.19 O 4º aspecto da verdadeira oração em favor dos cristãos é pedir pela sublimidade de Cristo, vs. 20-21 1. "Em Cristo" é a maneira de nos relacionarmos com a divindade - v.20 2. "Em Cristo" vemos o poder divino - v.20 2.1. Cristo foi ressuscitado dentre os mortos 2.2. Cristo está assentado à direita de Deus nos lugares celestiais 3. "Em Cristo" vemos os planos divinos para com os seres angelicais caídos - v.21 3.1. Cristo está acima de todos os poderes angelicais, cf. 3.10 e 6.12 3.2. Cristo tem o nome que está acima de qualquer outro, no presente ou futuro - O 5º aspecto da verdadeira oração em favor dos cristãos é pedir pela centralidade de Cristo, vs.22-23 1. "Em Cristo" vemos v. 22 1.1. Cristo tem todas as coisas sob os seus pés - 1.2. Cristo é o cabeça de todas as coisas - 2. "Em Cristo" vemos os planos divinos para com os seres humanos salvos - v.22-23 2.1. Cristo foi dado à igreja para ser o seu "cabeça" - 2.2. Cristo tem a igreja como seu corpo 3. “Em Cristo” a igreja tem sua razão de existir – 3.1. Cristo é complementado pela igreja 3.2. Cristo age (enche) em todas as coisas por meio da igreja Conclusão A resposta a essa oração é o conhecimento mais amplo da plenitude da divindade para que a coletivamente a igreja ou os cristãos individualmente possam experimentar a realidade da vida, isto é, a vida humana só tem sentido com o conhecimento pleno de Deus! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 32 A NOVA VIDA, FRUTO DA GRAÇA DIVINA EF. 2.1-10 Introdução Iniciamos o estudo do capítulo 2 onde Paulo nos apresenta as ações divinas realizadas em nosso favor. Nesses primeiros 10 versículos encontramos uma narrativa do que Deus fez em favor de cada um de nós e qual o Seu propósito para com cada um individualmente. Nos versículos seguintes, 11-22 veremos o que Deus fez pela humanidade, unindo judeus e gentios numa só família, a Sua família, mostrando-nos também o Seu propósito para com esse novo povo. Neste primeiro parágrafo verificamos que Deus é o idealizador da nossa salvação. Ele elaborou um plano e o desenvolveu até o final. Se não fosse a graça divina não teríamos a experiência da nova vida, da vida espiritual. Neste primeiro parágrafo constatamos que estávamos numa situação desesperadora de desonra e total incapacidade de nos relacionar com Deus. Mas aqui mesmo constatamos que pela graça divina Ele nos concede uma transformação radical, dando-nos uma nova posição de honra e poder. O apóstolo Paulo neste texto apresenta-nos um vívido contraste entre o que o homem é por natureza e o que ele pode vir a ser mediante a graça de Deus. Aqui Paulo está descrevendo pessoas que experimentaram uma mudança completa: elas eram desobedientes e filhas da ira e agora são feitura de Deus, poema divino para a realização da Sua vontade planejada de antemão para cada um deles. Diante dessas constatações, podemos resumir esses versículos fazendo a seguinte afirmação: Todo cristão deve reconhecer que a graça divina é a causa fundamental de experimentarmos a nova vida. Encontramos nestes versículos alguns aspectos da ação da graça divina que nos concedeu a nova vida: I. A graça divina muda a situação do ser humano sem Deus – v. 1-3 1. A condição do ser humano sem Deus – v. 1 1.1. Morto nos delitos 1.2. Morto nos pecados 2. O caminhar do ser humano sem Deus – v. 2-3 2.1. Andam segundo o curso deste mundo 2.2. Andam segundo o príncipe da potestade do ar 2.3. Andam segundo as inclinações da carne 3. As práticas do ser humano sem Deus – v. 2-3 3.1. Fazem a vontade da carne 3.2. Fazem a vontade dos pensamentos 4. O caráter do ser humano sem Deus – v. 2-3 4.1. É filho da desobediência 4.2. É filho da ira 5. Quem são os seres humanos sem Deus – v. 2-3 5.1. Todos nós que andávamos dessa maneira 5.2. Todos os demais Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 33 II. A graça divina age em favor de cada um dos seres humanos – v. 4-9 1. A graça divina é misericordiosa – v.4 1.1. Deus é rico em misericórdia 1.2. O amor de Deus é a causa da sua misericórdia 2. A graça divina é vivificante – v.1, 5 2.1. Deus nos deu vida – v. 1 2.2. Deus nos deu vida juntamente com Cristo – v.5 3. A graça divina nos dá uma posição honrosa – v. 6 3.1. Deus nos ressuscitou juntamente com Cristo 3.2. Deus nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo 4. A graça divina é revelada na eternidade – v.7 4.1. Suprema riqueza da sua graça 4.2. Sua bondade para conosco, em Cristo Jesus 5. A graça divina nos salva gratuitamente – 5.1. Somos salvos pela graça – v.4, 8 5.2. Somos salvos mediante a fé – v.8, 9 5.2.1. Não vem de vós, não vem de obras 5.2.2. É dom de Deus, para que ninguém se glorie III. A graça divina preparou a nova vida dos seres humanos – v. 10 1. Somos feitura de Deus 1.1. Poema divino 1.2. Obra de Deus 2. Somos criados em Cristo Jesus 2.1. Recriados, nascidos de novo 2.2. “Em Cristo” 3. Somos criados para as boas obras 3.1. As boas obras não nos conduzem à salvação 3.2. As boas obras são o resultado da salvação 4. Deus preparou as boas obras de antemão 4.1. Antes da fundação do mundo 4.2. Deus planejou a vida dos seus filhos 5. Deus preparou as boas obras para que andássemos nelas. 5.1. A vida do cristão se caracteriza pela realização das boas obras 5.2. As boas obras do cristão provam que Deus está agindo continuamente Conclusão 1. Qual é a responsabilidade do ser humano sem Cristo? 1.1. Reconhecer sua situação de morto espiritual; 1.2. Estar convicto de que está separado, sem Cristo; 1.3. Desejar mudar de vida; 1.4. Arrepender-se dos seus pecados; e, 1.5. Depositar fé incondicional em Cristo. 2. Qual é a responsabilidade do ser humano com Cristo? 2.1. Reconhecer que a graça divina é a causa fundamental de experimentarmos a nova vida; 2.2. Valorizar a misericórdia, o grande amor, a vivificação e a bondade divina para conosco; 2.3. Viver seguro da nova posição em Cristo Jesus; 2.4. Baseando-se na graça divina, viver pela fé o projeto de vida preparado por Deus; e, 2.5. Disponibilizar-se para as boas obras com o objetivo de glorificar a Deus! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 34 A VERDADEIRA FAMÍLIA DE DEUS EF. 2.11-22 Introdução Paulo, no parágrafo anterior (2.1-10) nos mostrou a restauração do indivíduo; nos mostrou como Deus já tinha planejado as boas obras para que cada um de nós andássemos nelas. Nesse parágrafo ele nos apresenta a humanidade como um todo. Vemos o que Deus fez pela humanidade, unindo judeus e gentios numa só família, a Sua família. Neste parágrafo Paulo nos mostra também o eterno propósito, de fazer por meio da redenção de Cristo, um novo homem. Nos primeiros dez versículos deste capítulo Paulo tratou da restauração do indivíduo, da vida pessoal, do processo que Deus desencadeou para alcançar a cada um dos seres humanos. Nestes versículos Paulo trata da restauração da humanidade, da coletividade, da raça humana, do processo que Deus desencadeou para reconciliar, para eliminar a inimizade entre os judeus e os gentios, transformando-os num só povo, na família de Deus. Paulo, ao mencionar no versículo 16 a reconciliação efetuada por Cristo, nos faz lembrar também de outras imagens que podem ilustrar a nova relação Deus-homem. Ao falar sobre a propiciação a figura nos relembra o cerimonial do Templo; ao mencionar o termo redenção a figura nos relembra a compra de um escravo na praça do mercado; ao declarar a justificação a figura nos relembra um tribunal onde o réu ao invés de ser condenado é inocentado, justificado, e, finalmente, ao mencionar o termo reconciliação Paulo nos faz vislumbrar o reatamento das relações no ambiente de uma família. Mas, sobretudo, Efésios é o livro por excelência que trata sobre a Igreja. No Novo Testamento temos várias figuras sobre a Igreja: comunidade, lavoura, noiva, edifício, videira, etc. Neste texto encontramos mais algumas figuras que descrevem a Igreja: aproximados (v. 13 e 17), novo homem (v.15), um corpo (v.16), concidadãos dos santos (v.19), família de Deus (v.19), e, santuário dedicado ao Senhor (v.21). Nesse texto Paulo repete a estrutura do 1º parágrafo: a) O que éramos sem Deus (v.1-3 e 11- 12); b) O que Deus fez por nós em Cristo (v.4-9 e 13-18); e, c) O que somos (v.10 e 19-22). Assim, diante de todas essas considerações, em resumo, podemos dizer que Todo cristão deve reconhecer que é um grande privilégio participar com Deus da criação da sua verdadeira família. Nestes versículos encontramos 3 verdades sobre a verdadeira família de Deus. I. A primeira verdade descreve-nos antes de Cristo – v. 11-12 1. A nossa situação sem Cristo – v.11 1.1. Era uma condição que deve ser lembrada; 1.2. Era uma condição passada; 1.3. Éramos gentios, na carne, isto é, estrangeiros; 1.4. Éramos chamados incircuncisos; e 1.5. Éramos desprezados pelos que tinham sinais humanos 2. A nossa condição sem Cristo – v.12 2.1. Estávamos sem Cristo, sem a expectativa de um redentor; 2.2. Estávamos separados da comunidade de Israel, sem identidade coletiva; 2.3. Estávamos estranhos às alianças da promessa, sem garantias do favor de Deus; 2.4. Estávamos sem esperança, sem sentido para a vida; e 2.5. Estávamos sem Deus no mundo, sem o amparo divino, contando com os ídolos. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 35 II. A segunda verdade descreve as ações de Deus em nosso favor – v.13-18 1. Deus elimina o nosso triste passado 1.1. Não precisamos estar longe – v.13 1.2. Não precisamos estar separados – v.14 1.3. Não precisamos estar sob o jugo da lei em forma de ordenanças – v.15 1.4. Não precisamos estar em inimizade – v.16, 14 1.5. Não precisamos estar separados do Pai – v.17-18 2. Deus nos dá um alegre presente, em Cristo 2.1. Através do sangue de Cristo fomos aproximados – v. 13 2.2. Através de Cristo temos paz, a parede da inimizade foi derrubada – v.14 2.3. Através de encarnação de Cristo a antiga aliança foi abolida – v.15 2.4. Através da cruz de Cristo promoveu-se a reconciliação formando um só corpo – v.16 2.5. Através da evangelização de Cristo temos paz e acesso ao Pai, em um Espírito – v.17-18 III. A terceira verdade descreve-nos em Cristo – v.19-22 1. A posição antiga 1.1. Não somos estrangeiros – v. 19 1.2. Não somos peregrinos – v. 19 1.3. Não estamos soltos sem uma base – v. 20 1.4. Não somos raquíticos sem crescimento – v. 21 1.5. Não somos sem propósito – v.22 2. A nova posição em Cristo 2.1. Somos os concidadãos dos santos – v.19 2.2. Somos da família de Deus – v.19 2.3. Temos Jesus como a pedra angular e os apóstolos e profetas como fundamento – v.20 2.4. Vamos crescendo em dedicação ao Senhor – v.21 2.5. Somos edificados para a habitação do Espírito de Deus – v.22 Conclusão 1. Através da obra de Cristo 1.1. Temos nova posição; 1.2. Chamamos a Deus de Pai; 1.3. Chamamos a Deus de Pai nosso; 1.4. Temos muitos e diversos irmãos; e 1.5. Formamos com os nossos irmãos a grande família de Deus (Lc 18.28-30). 2. Como membros da família de Deus 2.1. Devemos ser unidos (Sl 133.1); 2.2. Devemos nos amar mutuamente; 2.3. Devemos nos edificar mutuamente; 2.4. Devemos chegar à maturidade; e 2.5. Devemos abençoar-nos mutuamente (Sl 133.3b). Já que somos família de Deus, vivamos como família de Deus! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 36 O MISTÉRIO DE DEUS REVELADO EF. 3.1-13 Introdução O capítulo 2 mostrou o que Deus fez individualmente e coletivamente, concedendo ao cristão e a igreja uma nova posição, em Cristo Jesus. Paulo inicia uma nova oração em favor dos cristãos de Éfeso, mas antes de fazê-la, neste primeiro parágrafo do capítulo 3 ele apresenta sua autobiografia, mostrando sua autoridade apostólica recebida por meio da graça de Deus atuante em sua vida. Este trecho pode ser interpretado como um parêntese que explica a função particular de Paulo no desenvolvimento do propósito eterno de Deus, que foi exposto no último parágrafo, em 2.11-22. As palavras com que uma pessoa fala de si mesmo revela a maneira como ela encara a vida e a si mesma. Paulo fala sobre si mesmo e se coloca como uma das pedras do alicerce, isto é, como um dos apóstolos e profetas, que está edificado sobre a rocha, a pedra angular, que é o Senhor Jesus Cristo na construção do "santuário dedicado ao Senhor ... para habitação de Deus no Espírito" (2.21-22). A igreja, o santuário divino, habitado pelo Espírito Santo, para ser expandida para todos, incluindo judeus e gentios como co-herdeiros, co-participantes da promessa do evangelho e membros do mesmo corpo, provoca nos cristãos a experiência do sofrimento; mas ao mesmo tempo, em sua vida de manifestação do mistério divino, a igreja proclama a multiforme sabedoria divina diante dos principados e potestades nos lugares celestiais. Este texto é importe porque responde a algumas perguntas básicas da fé cristã, como por exemplo: 1) Até que ponto estamos dispostos a sofrer para proclamar as insondáveis riquezas de Cristo? 1) Qual foi o mistério de Deus que esteve oculto mas que agora estava sendo revelado? 2) Qual é o instrumento que Deus utiliza para demonstrar a sua multiforme sabedoria aos seres espirituais? 3) Que garantias podemos ter de que as palavras que ouvimos dos nossos instrutores são resultado de revelação divina? 4) Podemos crer que cada cristão tem uma missão específica no reino de Deus? 5) Qual a expectativa divina para com os cristãos, diante do sofrimento daqueles que proclamam o mistério de Deus revelado? O mistério de Deus, agora revelado, através do ministério de Paulo, apresentado no 1º capítulo como a reconciliação cósmica de todas as coisas em Jesus Cristo (1.10), apresentado no 2º capítulo como a co-cidadania nos santos e a membresia na família de Deus pelos gentios, neste 3º capítulo é apresentado como a co-herança e a co-participação dos gentios juntamente com os judeus nas promessas do evangelho de Cristo. Por isso, em resumo, podemos dizer que este parágrafo nos diz que: Todo cristão é desafiado a não desfalecer diante das dificuldades originadas pela vivência e proclamação do mistério de Deus, revelado em Cristo. Este parágrafo nos mostra três verdades sobre a proclamação reveladora do mistério de Deus. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 37 I. A 1ª verdade refere-se a descrição do proclamador do mistério de Deus – v. 1-8 1. Prisioneiro de Cristo - 1.1. Não apenas literalmente, preso em cadeias, pela proclamação - v.1 1.2. Mas prisioneiro, como título, por estar preso ao ministério, cf. 1.1. e Fm 1.9 2. Revelador do mistério de Deus - 2.1. O ministério da revelação do mistério é uma graça concedida por Deus - v.2 2.2. O mistério não é entendido por raciocínio humano mas por revelação do E.Santo - v.3-4 3. Apóstolo e profeta - 3.1. Paulo forma o fundamento da igreja que tem em Jesus a pedra angular, cf. 2.20 3.2. Outros apóstolos e profetas tinham recebido revelação do mistério divino - v.5 4. Ministro do Senhor - 4.1. O ministério é graça de Deus segundo a força que atua pelo Seu poder -v 7. 4.2. O ministério é o anúncio a todos do evangelho das insondáveis riquezas de Cristo - v.8 5. Santo entre santos - 5.1. Identificação com outros cristãos, separados do mundo, consagrados a Deus - v.8 5.2. O menor dos santos, sentimento de pequenez, menor dos menores - v.8 II. A 2ª verdade refere-se ao conteúdo do mistério de Deus – vs. 9-10, 6 1. O mistério de Deus, agora revelado requer disponibilidade 1.1. O requisito é disponibilidade de sofrer até a falta de liberdade - v.1 1.2. O requisito é disponibilidade de amor sem distinção - v.1 2. O mistério de Deus, agora revelado tem significado especial 2.1. Significa a dispensação da graça divina para com todos, incluindo os gentios - v.2, 9 2.2. Significa uma revelação que só pode ser discernida espiritualmente - v.3-4 3. O mistério de Deus, agora revelado demonstra o plano divino 3.1. O plano divino estava oculto das gerações, até a plenitude dos tempos - v.5, 9, Gl 4.4 3.2. O plano divino confirma que a revelação de Deus foi progressiva - v.5 4. O mistério de Deus, agora revelado tem um conteúdo central 4.1. A co-herança dos gentios e dos judeus - v.6, cf. 2.13-15 4.2. A co-membresia no corpo de Cristo - v.6, cf. 2.16-17 4.3. A co-participação dos gentios e judeus na promessa pelo evangelho - v.6, cf. 2.18-19 5. O mistério de Deus deve ser revelado em todas as dimensões 5.1. A igreja revela (torna conhecido) a multiforme sabedoria de Deus - v.10 5.2. A igreja revela aos seres celestes, n os lugares celestiais a sabedoria de Deus - v.10 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 38 III. A 3ª verdade refere-se a igreja cristã como manifestadora do mistério de Deus 1. A igreja deve proclamar o mistério de Deus: as boas novas de Cristo a todos - v. 8 1.1. Pregar as boas novas é o papel do embaixador, o administrador de tão grande presente. A autoridade da igreja ao pregar é originada da graça divina. 1.2. Pregar aos gentios - um alto e emocionante privilégio de anunciar que o Messias prometido para os judeus era também o Salvador dos gentios. 1.3. As insondáveis riquezas de Cristo - os ilimitados recursos que se encontram em Cristo. Esse mistério é maravilhoso demais para ser entendido. É preciso fé, cf. Rm 11.33-36. 2. A igreja deve manifestar os segredos do Deus criador - v.9 2.1. Á "iluminação" deve revelar que Deus teve sempre o propósito de salvar judeus e gentios 2.2. A dispensação é a administração, a revelação do segredo que esteve oculto em Deus. 2.3. O Deus criador é soberano e dispõe soberanamente dos destinos dos homens. 3. A igreja deve tornar conhecida a multiforme sabedoria de Deus - v.10-11 3.1. A igreja deve manifestar agora, nos lugares celestiais - cf. 1.21, Rm 8.19-22; 1Pe 1.12 3.2. A igreja é a concretização do complexo propósito divino de salvar a humanidade - v.10 3.3. A igreja deve mostrar que o eterno propósito divino foi estabelecido em Cristo - v.11 4. A igreja deve anunciar a nova possibilidade para com Deus - v. 12 4.1. É possível termos ousadia, ausência de barreiras, lit.liberdade de expressão - cf. Hb.10.19 4.2. É possível termos ousadia, confiança, certeza da aprovação divina - v. 12 4.3. É possível o acesso de judeus e gentios ao Pai, mediante a fé - v.12, cf. 2.18. 5. A igreja deve gloriar-se, alegrar-se por esse ministério revelador 5.1. Mesmo diante das tribulações de outros irmãos a igreja não deve desfalecer - v.13 5.2. Através das tribulações temos oportunidade de glorificar a Deus - v.12 5.3. O cristão pode estar acorrentado, mas a Palavra não está presa, então alegre-se! - v.13 Conclusão Nestes versos: 1. Podemos ver o coração do apóstolo Paulo: 2. Podemos ver o seu altruísmo. 3. Podemos ver o seu deslumbramento com o grandioso e complexo plano divino de salvar a humanidade. 4. Podemos ver a sua consciência de quão maravilhosa era a mensagem do evangelho que ele pregava. 5. Podemos ver o seu encorajamento a que nos unamos a ele na proclamação ao mundo, descrito em 2.1-3 e a ser descrito em 4.17-19, da maravilhosa salvação em Cristo Jesus. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 39 CONHECENDO O AMOR DE CRISTO EF. 3.14-21 Introdução A característica mais importante na vida do verdadeiro cristão é o amor visto em Cristo. O amor de Cristo torna o cristão distinto dos outros seres humanos. O amor que o cristão recebe de Deus é o amor que ele deve demonstrar aos outros. Esse não é o amor humano. Esse é o amor ágape – o amor sacrificial. Nesta oração, Paulo pede a Deus que todos os cristãos, por pertencerem à família de Deus, experimentemos esse verdadeiro amor que se vê em Cristo! Em resumo, nessa oração a afirmação do apóstolo é: Todo cristão deve conhecer experimentalmente o amor de Cristo. Nesta oração Paulo apresenta três razões para conhecermos o amor de Cristo: I. Devemos conhecer o amor de Cristo para receber poder espiritual – 3.16-17 1. Através do Espírito Santo em nosso interior – v.16 2. Através da habitação de Cristo, pela fé, em nosso coração – v.17a 3. Através da nossa fundamentação no amor do Pai, pois Deus é amor (1Jo 4.8) – v. 17b II. Devemos conhecer o amor de Cristo para vivenciar a magnitude desse amor - 3.18-19 1. Através da compreensão da abrangência desse amor – v. 18a 1.1. Pessoalmente - 1.2. Coletivamente - 2. Através da compreensão da extensão desse amor – v.18b 2.1. Qual a largura – alcança a todos os homens 2.2. Qual o comprimento – abrange todos os tempos 2.3. Qual a altura – do céu nos trouxe Jesus 2.4. Qual a profundidade – “desceu” até o inferno nos libertando de Satanás 3. Através do conhecimento experimental, vivencial desse amor – v. 19 3.1. Esse amor excede a todo entendimento - 3.2. Esse amor nos faz tomados de toda a plenitude de Deus - III. Devemos conhecer o amor de Cristo para glorificar a Deus – 3.20-21 1. Glorificamos a Deus porque Ele é poderoso – v.20a 1.1. Ele faz infinitamente mais do que pedimos - 1.2. Ele faz infinitamente mais do que pensamos - 2. Glorificamos a Deus porque o Seu poder opera em nós – v. 20b 2.1. O poder é de Deus e não nosso, conforme a nossa vontade - 2.2. O poder se manifesta em nossas vidas, conforme o seu querer - 3. Glorificamos a Deus porque Ele merece – v.21 3.1. Deus merece que a igreja lhe dedique toda a glória, através de Cristo Jesus 3.2. Deus merece que a igreja lhe dedique toda a glória, em todas as épocas. Conclusão Você tem conhecido e experimentado este maravilhoso amor de Cristo? Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 40 O VIVER DIGNO NO CORPO DE CRISTO EF. 4.1-16 Introdução Iniciamos a segunda parte da carta aos Efésios, a parte prática da carta, cujo conteúdo abrange os capítulos quatro a seis. A pergunta que se responde nesses capítulos é: Como deve andar a pessoa que foi salva graciosamente pela fé em Jesus Cristo, agora que é um membro da família de Deus, do corpo de Cristo? A resposta a essa questão prática é apresentada por Paulo através da utilização do verbo andar, em 6 ocasiões nesses três capítulos: 4.1; 4.17 (2x); 5.2; 5.8 e 5.15, além de ter usado esse mesmo verbo em 2.2 e 2.10, embora em 2.3 usou o verbo viver. Nesta carta o verbo andar significa: agir, comportar-se, proceder. O verbo andar indica o modo de viver, a maneira como desenvolvemos nossa carreira cristã. Esse verbo indica o nosso “estilo de vida”. Diante dessa compreensão podemos, em resumo, dizer que: Todo cristão é desafiado a andar dignamente como membro do corpo de Cristo. Este texto nos mostra três maneiras de andarmos dignamente: I. Andamos dignamente ao mantermos a unidade - 4.1-6 1. Porque fomos chamados para uma vocação – v.1 A nossa vocação é mostrar que somos nova criação, membros do corpo de Cristo. 2. Porque as atitudes cristãs devem ser desenvolvidas – v.2-3 Essas atitudes são: humildade, mansidão, longanimidade, suportar uns aos outros, esforçando-nos para manter a unidade do Espírito, no vínculo da paz. 3. Porque temos por base a unidade que existe na Trindade – v.4-6 Há um só corpo, um só Espírito, uma só esperança, um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai. II. Andamos dignamente ao desempenharmos nossas responsabilidades – 4.7-12 1. Cada cristão tem dons na medida do dom de Cristo – v.7-10 Os dons espirituais são distribuições da graça divina doado pelo Senhor Jesus Cristo. 2. Jesus concedeu pessoas-dons para a liderança da igreja – v.11 A liderança da igreja é plural: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestre. Os líderes são capacitadores. 3. Os líderes têm sua responsabilidade específica – v.12 Eles devem equipar, aperfeiçoar os santos para o desempenho do serviço deles visando a edificação do corpo. Os santos são realizadores. III. Andamos dignamente ao buscarmos a maturidade do corpo de Cristo – 4.13-16 1. O alvo é a unidade doutrinária – v.13-14 O objetivo é termos uma fé sólida em Cristo que impeça sermos agitados por doutrinas. 2. A medida do crescimento é Cristo – v.14-15 A medida da estatura (tamanho) da plenitude de Cristo. O crescimento em Cristo nos levará a praticar a verdade e o amor. 3. O crescimento é realizado por todos os membros – v.16 O próprio corpo se desenvolverá através da ação de cada membro. Conclusão Quando andamos dignamente nossa vida será um exemplo de transformação e o corpo de Cristo será edificado alcançando assim o seu propósito. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 41 CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA MADURA EF. 4.11-16 Introdução Sendo que o desejo do Senhor Jesus, o Senhor é ter uma igreja madura, só alcançaremos esse alvo quando utilizarmos as capacitações que o próprio Senhor colocou à nossa disposição. Jesus deu à igreja pessoas-dons que atuando nas suas esferas de capacitações possibilitarão a igreja atingir a maturidade pretendida pelo Senhor Jesus. Na origem da palavra maturidade temos a idéia de "proteção". Isso indica que uma igreja madura é aquela que pode proteger seus membros dos ataques sofridos. Pedro, estimulando também à vida madura, no final de sua segunda carta (3.17-18) instrui seus leitores a guardarem-se e protegerem-se dos falsos mestres, descritos no capítulo 2, crescendo na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Diante dessas colocações, portanto, este texto nos desafia a percebermos que: Somente quando usamos os recursos divinos podemos nos tornar uma igreja madura. Estes versículos nos revelam sete recursos a serem usados no amadurecimento da igreja: I. O 1º recurso é ter consciência da necessidade da unidade - 4.13 1. Já somos unidos - 4.3. 2. Temos que alcançar a unidade - 4.13 II. O 2º recurso é saber que necessitamos conhecer mais a Jesus, o Filho de Deus - 4.13 1. O conhecimento é experimental - 2. O conhecimento deve ser pleno - III. O 3º recurso é ter firmeza para resistir as falsas doutrinas - 4.14 1. O propósito é não sermos infantis na vida cristã - 2. O propósito é resistirmos os ataques dos falsos mestres - IV. O 4º recurso é saber usar os instrumentos: a verdade e o amor - 4.15 1. O crescimento requer uma vida verdadeira - 2. A vida verdadeira requer uma vida de amor mútuo, como Cristo nos amou - V. O 5º recurso é estar consciente da necessidade do crescimento em Cristo - 4.15 1. A cabeça da igreja é Cristo - 2. O crescimento deve ser completo (em tudo) - VI. O 6º recurso é saber que necessitamos do envolvimento de todos os membros - 4.16 1. Todo cristão tem uma tarefa geral - 1Pe 2.9 - todos sacerdotes para anunciar as virtudes 2. Todo cristão tem uma tarefa específica - 4.11 (capacitadores); 4.12 (realizadores) VII. O 7º recurso é saber que somos responsáveis pelo nosso desenvolvimento - 4.16 1. Todas as realizações devem ser visar o crescimento e edificação - 2. A maturidade do corpo é alcançada através da realização das diversas funções - Conclusão Por que existe tanta imaturidade entre os cristãos? Porque nos falta ver quem somos nós e quem é Jesus; Porque a ansiedade pelo crescimento numérico sufoca o amadurecimento espiritual; Porque muitos cristãos querem controlar tudo, não dividindo a responsabilidade; Porque gasta-se mais tempo no ativismo do que no amadurecimento (ler, estudar, meditar). Como podemos nos tornar maduros? Somente quando usamos os recursos divinos podemos nos tornar uma igreja madura. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 42 O VIVER PESSOAL DIGNO EF. 4.17 - 5.21 Introdução A seqüência do texto que Paulo iniciou em 4.1 ocorre agora sendo este um longo trecho que trata da dignidade que o cristão deve evidenciar nas diversas áreas do seu viver pessoal. Depois de nos apresentar o comportamento cristão digno no contexto do corpo de Cristo onde é requerido de todo cristão relacionamentos que edifiquem a totalidade dos membros desse mesmo corpo, Paulo nos orienta como desenvolver esse novo estilo de viver em nossa vida pessoal. Em síntese ele está dizendo que se a degradação dos pagãos é resultado da futilidade das suas mentes, a vida cristã digna depende da aquisição da sabedoria espiritual que só encontramos em Cristo. As orientações deste trecho são extremamente práticas e desafiadoras. Por isso, de maneira sintética, podemos dizer que esse texto nos diz que: Todo cristão é desafiado a desenvolver sabiamente um viver pessoal digno. Este texto nos mostra sete maneiras de desenvolver sabiamente um viver pessoal digno: I. Remover o velho homem - 4.17-22 1. Abandonando o antigo modo de andar - v.17-19 1.1. Vaidade dos próprios pensamentos - 17 1.2. Entendimento obscurecido, vida alheia a Deus, vida ignorante, coração duro - v.18 1.3. Insensibilidade, dissolução desmedida, impureza completa - v.19 2. Adotando o novo modo de andar - v.20-23 2.1. Cristo é a substância, o mestre e o ambiente do ensino (discipulado) verdadeiro - v.20-21 2.2. Despojando de tudo o que se relaciona com o passado - v.22 2.3. Despojando do velho homem que se corrompe por desejos enganosos - v.22 II. Revestir-se do novo homem - 4.23-30 1. Assumindo a nova vida - v.23-24 1.1. Renovação do entendimento espiritual - v.23 1.2. Revestir do novo homem criado segundo Deus, em justiça e retidão - v.24 2. Assumindo um novo proceder - v.25-30 2.1. Ao invés de mentir, falar a verdade - v.25 2.2. Ao invés de irar-se, não pecar dando lugar ao diabo - v.26-27 2.3. Ao invés de furtar, repartir - v.28 2.4. Ao invés de palavras destrutivas, edificantes - v.29 2.5. Ao invés de entristecer o Espírito Santo, manter o selo do dia da redenção - v.30 III. Relacionar-se dignamente - 4.31-5.2 1. É necessário remover o passado - 4.31 1.1. A amargura 1.2. A cólera 1.3. A ira e a gritaria 1.4. A blasfêmia 1.5. A malícia 2. É necessário tornar-se imitador de Deus - 4.32 a 5.2 2.1. A benignidade - 4.32 2.2. A compassividade - 4.32 2.3. O perdão no padrão de Cristo - 4.32 2.4. A imitação da amabilidade divina - 5.1 2.5. O andar em amor, como Cristo, entregando-se pelos outros - 5.2 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 43 IV. Rejeitar a participação na vida de trevas - 5.3-7 1. Vivendo em santidade - v.3-4 1.1. Nem sequer mencionar algo sem pudor, impuro, e cobiçoso - v.3 1.2. Ao invés de chocar com gracejos imorais, ter palavras de gratidão - v.4 2. Sabendo da certeza do julgamento - v.5-7 2.1. Não herdarão o reino de Deus aqueles que O provocam à ira - v.5-6 2.2. Não participando com os desobedientes - v.6-7 V. Refletir o viver na luz - 5.8-14 1. Manifestando os frutos da luz - 5.8-10 1.1. O andar é novo: andamos como filhos da luz - v.8 1.2. O fruto da luz é agradável ao Senhor - v.9-10 2. Rejeitando as obras das trevas - 5.11 -14 2.1. Obras infrutíferas das trevas devem ser reprovadas - v.11-12 2.2. As trevas, o dormir e a morte são derrotados por Cristo, a verdadeira luz - v.13-14 VI. Reconhecer a vontade de Deus - 5.15-20 1. Andando com sabedoria - 5.15-17 1.1. O andar cuidadoso - 5.15 1.2. O andar sensato ao invés de insensato - 5.15 1.3. O andar remindo (resgatar Gl 3.13) o tempo - 5.16 1.4. Não andar como tolos, insensatos - 5.17 1.5. O andar compreendendo, entendendo qual a vontade do Senhor 2. Andando cheios do Espirito Santo - 5.18-21 - Duas ordens e quatro particípios 2.1. Não vos embriagueis (não deixem-se embriagar), com o vinho, mas deixem-se encher (sede repletos) pelo Espírito. 2.2. Falando entre vós - com salmos, hinos, cânticos espirituais 2.3. Cantando 2.4. Louvando com o vosso coração ao Senhor 2.5. Agradecendo constantemente por tudo VII. Ratificar o valor do corpo de Cristo - 5.21 1. Sujeitando-vos uns aos outros 1.1. A sujeição ou submissão - 1.2. A reciprocidade - 2. No temor de Cristo 2.1. A necessidade do temor 2.2. Em Cristo é o ambiente de toda ação da igreja - Conclusão O desafio deste trecho é deixarmos toda conduta incompatível com a nossa vida em Cristo e abraçarmos todo o viver digno de um verdadeiro cristão. Quando andarmos na plena vontade de Deus, isto é, cheio do Espírito Santo, teremos um relacionamento harmonioso com Deus. Que possamos pedir e nos abrirmos para esse viver digno que Deus quer fazer em nós! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 44 A SUBMISSÃO MÚTUA OU O PRINCÍPIO DA SUBMISSÃO EF. 5.21-6.9 Introdução Depois de um início de exaltação a Deus que nos tem abençoado com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais, em Cristo (1.3); Paulo nos mostrou como Deus, em Cristo, reuniu num só corpo (a igreja) judeus e gentios, desfazendo a barreira, o muro da inimizade (2.14). Depois de falar do seu ministério (3.1-13) eleva uma das mais belas orações da Bíblia (3.14-21) que certamente deveríamos ter como modelo, em favor dos efésios e de todos nós. A partir dos textos que compõe a parte prática da carta (capítulos 4 a 6), Paulo demonstra a importância da unidade (4.1-6); a necessidade de todos participarmos do desenvolvimento do corpo de Cristo (4.7-16); a importância de viver dignamente com sabedoria (4.17 a 5.15); e a necessidade do cristão remir (usar bem) o tempo em relação a áreas específicas da sua vida: a) em relação a si mesmo - v.16; b) em relação a Deus - v.17-18; e c) em relação a outros cristãos - v.19-20. No v.21 o apóstolo apresenta o princípio da mútua submissão, que deve orientar os relacionamentos em outras áreas fundamentais da vida cristã. Ao lermos o texto de 5.21 a 6.9 podemos sintetizá-lo dizendo que: É responsabilidade de todo cristão seguir o princípio da submissão em todas as áreas de seus relacionamentos. Neste texto encontramos três áreas de relacionamento em que o princípio da submissão deve ocorrer: I. O princípio da submissão deve ocorrer na área do relacionamento conjugal - 5.22-33 1. A responsabilidade do esposo 1.1. Liderar - 5.23: ser o cabeça 1.2. Amar como também Cristo amou - 5. 25, 28, 33 2. A responsabilidade da esposa 2.1. Submeter-se - a palavra não consta de 5.22, mas em 5.21, 24: sujeição, submissão 2.2. Respeitar - 5.33: temer, reverenciar, respeitar II. O princípio da submissão deve ocorrer na área do relacionamento familiar - 6.1-4 1. A responsabilidade dos pais 1.1. Não provocar os filhos à ira - 6.4 Não ireis, não encolerizeis, não vivam repreendendo 1.2. Criar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor - 6.4 Criar, alimentar, nutrir (veja 5.29), criai-os com ternura Educação, instrução, correção, disciplina, através até de disciplina física Admoestação, ensinamentos (por na mente), através de palavras 2. A responsabilidade dos filhos 2.1. Obedecer aos pais - 6.1 Escutar, ouvir, ser submisso, obedecer, porque é justo 2.2. Honrar os pais - 6.2. Estimar, respeitar (contraste com 2Tm 3.2-3). Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 45 III. O princípio da submissão deve ocorrer na área do relacionamento profissional - 6.5-9 1. A responsabilidade dos patrões 1.1. Considerar que Cristo está sobre eles - (novamente o princípio da submissão mútua) Senhores de igual modo procedei com eles. 1.2. Não fazer ameaças - 1.3. Saber que o Senhor dará a recompensa - Parcialidade não existe junto a Ele. 2. A responsabilidade dos empregados 2.1. Obedecer os patrões, com temor, tremor e sinceridade - Temor e tremor (veja 2Co 7.15; Fl 2.12) Não como bajuladores, mas como servos 2.2. Trabalhar com vontade, não servindo aos homens, mas como se fosse ao Senhor - 2.3. Saber que do Senhor koµ°octoi ÷ receberá (a recompensa) Conclusão 1. É responsabilidade de todo cristão seguir o princípio da submissão em todos as áreas de seus relacionamentos. 2. Quando, nas diversas áreas de nossos relacionamentos praticarmos o princípio da submissão, andaremos de modo digno da vocação a que fomos chamados! 3. Só viveremos assim sendo capacitados pelo Espírito Santo! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 46 UM PREPARO EFICIENTE EF 6.10-13 Introdução Estamos diante de uma nova área da vida cristã. Paulo nos conduz de maneira muito hábil a considerarmos o grave tema da luta espiritual que todo cristão enfrenta em sua peregrinação cristã contra o inimigo das nossas almas: o diabo. Depois de nos fazer sonhar com uma nova e definita relação com Deus, o Criador e com uma perfeita harmonia com os nossos semelhantes (sejam eles de que raça forem), o apóstolo nos traz para a realidade das nossas lutas, da oposição que enfrentamos. Todos os esportes têm suas regras. A obediência às regras e o preparo do atleta são fatores fundamentais a serem considerados por todos aqueles que almejam a vitória. Nas guerras entre exércitos de países que defendem os seus territórios os soldados que participam dessas lutas devem atuar de acordo com o treinamento realizado e de acordo com as normas estabelecidas. Assim como nos esportes, assim como nas guerras patrióticas, se almejamos um bom desempenho e vitória em nossas batalhas, nos conflitos ocorridos em nossa vida cristã é requerido de todo cristão um preparo adequado. Estes versículos iniciais sobre esse tema nos ajudam a entender que: Nossa vida cristã deve estar preparada eficientemente para que alcancemos a vitória nos conflitos que enfrentamos em nossa peregrinação espiritual. Para que sejamos vitoriosos é necessário observarmos cinco etapas neste preparo eficiente: I. No preparo eficiente entendemos que não enfrentamos inimigos humanos - 6.12 1. A luta que travamos não é contra o sangue - 2. A luta que travamos não é contra a carne - contra seres humanos II. No preparo eficiente compreendemos que enfrentamos inimigos espirituais - 6.11-12 1. Lutamos contra as ciladas, maquinações - 6.11 - 2. Lutamos contra os principados - 6.12 3. Lutamos contra as potestades, os poderes - 6.12 4. Lutamos contra os dominadores do mundo - 6.12 5. Lutamos contra as (forças) espirituais do mal - 6.12 III. No preparo eficiente conhecemos qual o local e a ocasião da luta - 6.12-13 1. Nossa luta é travada nas "regiões celestiais" - 6.12 2. Por estarmos "em Cristo" já estamos nas "regiões celestiais" - 6.12 conf.: 2.1. Ef 1.3 - 2.2. Ef 1.20 - 2.3. Ef 2.6 - 2.4. Ef 3.10 - 2.5. Ef 6.12 - 3. Nossa luta é travada no "dia mau" - 6.13 - Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 47 IV. No preparo eficiente aprendemos que é necessário adquirir força especial - 6.10-13 1. Necessitamos nos fortalecer no Senhor - 6.10 Sede fortalecidos (voz passiva) 2. Necessitamos nos fortalecer na força do Seu poder - 6.10 Na força do seu grande poder 3. Necessitamos nos revestir de toda a armadura de Deus - 6.11, 13 3.1. A armadura é denominada: armas da luz - Rm 13.12 3.2. A armadura é denominada: armas da justiça - 2Co 6.7 3.3. A armadura é denominada: armas do combate - 2Co 10.4 3.4. A armadura é denominada: revestir-nos de sobriedade - 1Ts 5.8 V. No preparo eficiente concluímos que é necessário adquirir solidez - 6.11, 13 1. Solidez para ficarmos firmes - 6.11 1.1. Veja 1Co 16.13 1.2. Veja Cl 1.23 2. Solidez para nos opormos, contradizer, resistirmos - 6.13 2.1. Veja Tg 4.7 2.2. Veja 1 Pe 5.9 3. Solidez para permanecermos firmes, inabaláveis - 6.13 3.1. Veja Sl 51.10 3.2. Veja 1 Co 15.58 Conclusão Este preparo eficiente tem um só objetivo: a vitória! 1. "... e, depois de terdes vencido tudo ..." ARA - v.13 2. "... e, havendo feito tudo ..." ARC - v.13 3. "... depois de terem feito tudo ..." NVI - v.13 4. "... e, depois de lutarem até o fim, vocês continuarão firmes, sem recuar ..." NTLH - v.13 5. "... e, tendo feito todas as coisas ..." NTG - v.13 Por isso é que afirmamos: Nossa vida cristã deve estar preparada eficientemente para que alcancemos a vitória nos conflitos que enfrentamos em nossa peregrinação espiritual. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 48 A ARMADURA EFICIENTE EF. 6.14-17 Introdução A experiência cristã completa envolve três ações comum a todos os cristãos: assentar, andar e ficar firmes. Todo cristão deve saber que já está assentado em Cristo, nos lugares celestiais (1.3, 20; 2.6; 3.10 e 6.12); que deve andar dignamente (2.2, 3, 10; 4.1, 17 (2x); 5.2, 8 e 15); e que por isso mesmo deve permanecer firme (6.11, 13-14) nos conflitos espirituais contra o diabo, inimigo comum dos cristãos. Ao participarmos do conflito espiritual todos os cuidados devem ser tomados e todas as orientações devem ser acatadas. Através de Paulo, o Senhor Jesus, nosso comandante nos adverte para a utilização de uma vestimenta apropriada, de uma armadura eficiente. Essa figura da armadura têm sua origem nas armas dos soldados romanos dos dias de Paulo e, além disso, essa idéia de vestimenta adequada para a luta contra o mal já está presente desde o Antigo Testamento, conf. Is 11.5 e 59.17. As armas com que vamos lutar formam uma armadura espiritual preparada pelo Senhor para todos nós os seus soldados. A Bíblia nos adverte para o uso desta vestimenta adequada, da armadura eficiente. Portanto, em síntese podemos dizer que: No contexto do conflito espiritual somente o cristão que utiliza toda a armadura de Deus obterá a vitória desejada. Através das palavras de Paulo encontramos a descrição das sete peças que compõe a armadura eficiente. I. O cinturão eficiente - verdade - 6.14 (libertação) 1. O problema: Dúvidas e mentiras do inimigo em relação à nossa posição. 2. A solução: A verdade nos liberta (Jo 8.32); Cristo é a verdade (Jo14.6); devemos falar a verdade (Ef 4.15, 25). II. A couraça eficiente - justiça - 6.14 (justificação) 1. O problema: Incertezas em relação ao perdão dos pecados. 2. A solução: Em Cristo, Deus nos justifica (Rm 8.33); Cristo é a nossa justiça (1Co 1.30; 2Co 5.21). III. O calçado eficiente - a preparação do evangelho da paz - 6.15 (conversão) 1. O problema: Inabilidade em tomar decisões, angústia. 2. A solução: Cristo nos dá a sua paz (Jo 14.27); temos paz com Deus (Rm 5.1) e a paz de Deus (Fl 4.7); Cristo é a nossa paz (Ef. 2.14). Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 49 IV. O escudo eficiente - fé - 6.16 (dedicação) 1. O problema: Tentações, ciladas, isto é, "dardos" inflamados do maligno; incredulidade 2. A solução: Devemos viver pela fé em Cristo (Gl 2.20); Cristo é o autor e consumador da fé (Hb 12.2); a nossa fé torna-se vitoriosa (1Jo 2.14). V. O capacete eficiente - salvação - 6.17 (proteção) 1. O problema: Medo da morte, desespero, insegurança sobre a salvação 2. A solução: A salvação está no nome de Jesus (At 4.12); a salvação está em Cristo (2Tm 2.10); Cristo é o autor da nossa salvação (Hb 2.10; 5.9) VI. A espada eficiente - espada do Espírito, a Palavra de Deus - 6.17 (proclamação) 1. O problema: Desacreditar que é a Palavra de Deus; não conhecer e apropriar-se das promessas; não praticar os princípios da Palavra; não divulgá-la. 2. A solução: Cristo usou a Palavra para vencer as tentações do inimigo (Mt. 4.1-11); Cristo é a Palavra encarnada (Jo 1.1, 14); nós devemos verbalizar ("rhema") a palavra (Tg 1.22); Cristo ordenou: "fazei discípulos" e "sereis minhas testemunhas" (Mt 28.19; At 1.8). VII. O complemento eficiente - oração - 6.18 (comunhão) 1. O problema: Sentir-se sozinho; sentir que não irá suportar; sentir as acusações do inimigo; preocupar-se apenas com as necessidades pessoais. 2. A solução: Cristo e o Espírito Santo são nossos intercessores (Rm 8.26-27, 34; Hb 7.25); a comunhão se estabelece ao orarmos pessoalmente (Mt 6.6; Fl 4.6; 1Pe 5.7) e ao orarmos (intercedermos) uns pelos outros (Tg 5.16); devemos orar por todos os homens (1Tm 2.1). Conclusão 1. Reconhecendo que a nossa batalha é contra o reino das trevas (Cl 1.13), contra o diabo e suas hostes devemos nos preparar para as batalhas usando os recursos divinos. 2. Essas peças da armadura divina, colocadas à disposição de todo cristão formam a figura vívida colocada pelo apóstolo para descrever a nossa participação no conflito espiritual. 3. Nesse conflito espiritual Deus nos utiliza como instrumentos para enfrentar os Seus inimigos, portanto somente quando nos equipamos de acordo com o padrão bíblico podemos ter expectativa da vitória. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 50 O COMPLEMENTO EFICIENTE EF. 6.18-20 Introdução Já se disse que a oração "é a alavanca que o cristão possui para mover os céus a seu favor". Quando Paulo mencionou e descreveu as peças que constituem a armadura divina usadas no conflito espiritual pode parecer que tenha faltado um equipamento eficiente, isto é, a oração. Embora o apóstolo não tenha colocado a oração como uma peça definida da armadura é certa que ele transmitiu o conceito de que essa prática cristã deve permear toda a nossa guerra espiritual. Como disse Stott: "Equipar-nos com a armadura de Deus não é uma operação mecânica. É em si mesma uma expressão da nossa dependência de Deus. Noutras palavras: denota a necessidade da oração. Além disso, é a oração no Espírito, induzida e guiada por ele, assim como a palavra de Deus é a "espada do Espírito" que ele mesmo emprega. Deste modo as Escrituras e a oração permanecem juntas como as duas armas principais que o Espírito coloca em nossas mãos" (p.218). Assim, ao lermos o texto (6.18-20), verificamos que Paulo destaca de um modo especial a oração: ela é "o complemento" da armadura, sem a qual, essa batalha seria realizada somente no nível humano e terreno. Por isso podemos dizer que este texto nos diz que: Somente o cristão que se utiliza da oração como um complemento eficiente obterá vitória no contexto do conflito espiritual. E, para termos a oração como um complemento eficiente, necessitamos fazer seis observações: I. A oração no contexto do conflito espiritual - 1. No Antigo Testamento – 1.1. A queda do diabo – 1.2. A queda dos 1ºs pais – 1.3. A batalha nos “lugares celestiais” – 2. No Novo Testamento – 2.1. Na vida de Jesus – 2.2. Na vida de Pedro – 2.3. Na vida de Paulo – II. A oração na vida de Jesus - Além dos exemplos acima, onde vimos que Jesus também se envolveu na batalha espiritual, vemos agora uma série de textos que demonstram o valor que Ele dava à oração: 1. Mc. 1.35 - 2. Mc. 6.46 - 3. Lc. 6.12 - 4. Lc. 9.18 - Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 51 III. A oração na vida de Paulo - Da mesma forma que Jesus e os outros discípulos dedicaram-se à oração (veja a opção dos doze em Atos 6. 4), Paulo também reconheceu a importância da oração, na vida cristã. Os textos abaixo demostram isso: 1. 2Co 13. 7 2. Ef 1.1-14; 3.14-21 3. Cl 1.3, 9-12 4. Fl 1. 4 e 9 5. 1Ts 3.10; 2Ts 1.11 6. 1Tm 2.8 IV. A oração torna-se eficiente quando ela é feita constantemente - 6.18 1. "... com toda oração e súplica..." - 2. "... orando em todo tempo..." - 3. "... orando no Espírito ..." - 4. "... orando e vigiando com toda a perseverança e súplica ..." - 5. "... orando por todos os santos ..." V. A oração torna-se eficiente quando ela é feita em intercessão - 6.18-20 1. Deus quer intercessores - Is 59.16 2. Um dos aspectos do ministério de Jesus é ser nosso intercessor - Rm 8.34 3. O Espírito Santo é também nosso intercessor - Rm 8.26-27 4. A intercessão deve ser feita pelos proclamadores (Paulo pediu especificamente) - 6.19 5. A intercessão com um objetivo específico - 6.19-20 Conclusão 1. A oração mostra a realidade de que o cristão ainda se encontra no mundo, em meio ao conflito espiritual, mas embora seja esse um fato verdadeiro e irrefutável, a verdade é que a oração nos mostra a realidade escatológica. 2. Quando a oração é feita corretamente (em nome de Jesus Cristo e conforme a vontade de Deus), ela invade os céus e trás as bênção do mundo vindouro para a nossa sofrida realidade presente. 3. Para obtermos sucesso no conflito espiritual esses princípios devem ser seguidos por todos que desejam viver vidas cristãs vitoriosas e agradáveis a Deus. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 52 AS CARACTERÍSTICAS DE UM CRISTÃO EXEMPLAR EF 6.21-22 Introdução A vida de Tíquico pode servir de modelo para a vida cristã atual. Embora vivendo em contexto diferente, em circunstâncias diferentes, a vida de Tíquico serve de estímulo para o nosso viver, tanto em comunidade cristã, quanto em favor dos não cristãos. Normalmente quando estudamos os personagens do Novo Testamento encontramos cristãos que se destacaram de modo a terem seus nomes para sempre lembrados como exemplos de vidas piedosas, colocadas à serviço do Senhor. Certamente nos lembramos de Paulo, o apóstolo designado para evangelizar os gentios; nos lembramos de Pedro, o apóstolo que negou, mas, que foi perdoado por Jesus e encarregado de apascentar as suas ovelhas; lembramos também de João, o discípulo amado que foi transformado de “filho do trovão” em apóstolo do amor; e, certamente nos lembramos de Tiago, apelidado “joelho de camelo” pela pratica da oração; ele o meio irmão de Jesus, depois de vê-lo ressurreto, e ser convertido, tornou-se o líder da igreja de Jerusalém. Certamente nos lembramos também da vida de Filipe, de Estevão, de Barnabé, de João Marcos, de Lucas, de Silas, de Timóteo, de Tito, enfim de uma série de outros cristãos que freqüentam qualquer lista de heróis primitivos que viveram comprometidamente o evangelho testemunhando de Jesus e da sua ressurreição. E, usando as palavras do autor de Hebreus, podemos nos referir a esses como aqueles “...dos quais o mundo não era digno... os quais obtiveram bom testemunho por sua fé...” (Hb 11.38-39). Mas, vale perguntar: será que foram somente esses os grandes destaques nas páginas do Novo Testamento? Citamos alguns cristãos que sobressaíram acima dos demais, mas citamos outros que também foram mencionados e suas histórias foram preservadas pela prática de vida que tiveram. Mas, será que foram só esses? Certamente tivemos outros tantos que não foram destacados, mas que também se tornaram exemplos para todos nós. Me refiro a Maria, irmã de Lázaro, me refiro a Dorcas, me refiro a Lídia, me refiro a Priscila, a Febe, enfim muitos outros cristãos que viveram de modo digno da vocação a que foram chamados (Ef 4.1). Dentre esses cristãos que não foram tão destacados, mas que podem servir de exemplos, de bons exemplos para nós, nas palavras finais do apóstolo Paulo, nessa carta escrita aos cristãos de Éfeso e de outras comunidades, é citado o nome de Tíquico, um amado irmão do apóstolo Paulo, um fiel ministro do Senhor, que foi enviado pelo apóstolo, não apenas como mensageiro e transportador das cartas às igrejas de Éfeso e Colossos, mas um companheiro fiel que podia consolar os corações daquelas comunidades levando notícias do apóstolo Paulo e do progresso do evangelho, mesmo que o apóstolo estivesse preso. Considerando com atenção para a vida de Tíquico, podemos dizer que: Mesmo realizando um ministério que aos olhos humanos é de pouca importância todo cristão deve ser exemplar em suas características de vida. Nos textos mencionados podemos ver cinco características da vida exemplar que é usada pelo Senhor: Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 53 I – O cristão exemplar caracteriza-se por ser um irmão de fé: 1. Era um irmão gentio, mas, em Cristo superara a barreira que havia para com os judeus. 2. Era um irmão representante das igrejas gentias que levou as ofertas aos cristãos judeus. 3. Era um irmão interessado nos outros, pois foi com Paulo a Jerusalém, aos necessitados. II – O cristão exemplar caracteriza-se por ser amado: 1. Foi companheiro de Paulo na sua primeira prisão em Roma. 2. Foi o portador das cartas de Paulo aos efésios e aos colossenses. 3. Foi um homem de equipe transcultural, pois viajou com irmãos da Ásia, Beréia, Tessalônica e Derbe. III – O cristão exemplar caracteriza-se por ser fiel ministro: 1. Como fiel ministro conduziu Onésimo no seu retorno a Colossos e a Filemom. 2. Como fiel ministro transmitiu as notícias sobre a situação de Paulo em Roma. 3. Como fiel ministro sabia que servia ao Senhor e não aos homens. IV - O cristão exemplar caracteriza-se por ser um transmissor confiável: 1. Foi confiável ao levar as ofertas das igrejas gentias para a igreja de Jerusalém. 2. Foi confiável ao testemunhar de Onésimo, integrando-o na igreja dos colossenses. 3. Foi confiável ao substituir Tito e Timóteo para que pudessem estar com Paulo. V- O cristão exemplar caracteriza-se por ser um consolador: 1. Levou o consolo aos efésios e aos colossenses ao dar notícias de Paulo. 2. Levou consolo a Tito substituindo-o em Creta para que visitasse Paulo. 3. Levou consolo a Timóteo substituindo-o em Éfeso para que se despedisse de Paulo. Conclusão: 1. Paulo considerou Tíquico como seu parceiro ministerial, ao chamá-lo de “conservo no Senhor” (Cl 4.7). 2. Tíquico se destacou como alguém que sem se preocupar com o “estrelato” serviu conscientemente, cumprindo da melhor maneira as tarefas que lhe foram confiadas. 3. Será que nós temos essa disposição de servir, de substituir, de ficar de fora do foco do holofote? Que Deus nos use como cristãos exemplares! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 54 UMA DESPEDIDA ABENÇOADORA EF. 6.23-24 “Paz seja com os irmãos e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo” 1. Paulo se despediu dos seus irmãos efésios. Sua missão de esclarecer os pontos duvidosos, de estabelecer o comportamento correto e de relembrar o papel e a importância da igreja chegava ao fim, e, então, nas suas últimas palavras ele demonstrou o seu amor encorajando- os com palavras abençoadoras: 2. Paulo concluiu esta carta não mais mostrando aos efésios e a todos nós o propósito da igreja e como torná-la relevante no mundo atual, onde temos a nos opor, num constante conflito espiritual, o inimigo das nossas almas. 3. Ele terminou a sua carta de modo abençoador. Ele relembrou aos efésios o seu desejo e sua oração de que aqueles irmãos experimentassem a paz, o amor, a fé e a graça que ao invés de ser dada por algum homem, mesmo que ministro divino, só é dispensada pela Trindade. 4. É interessante notarmos que na primeira parte da saudação ele menciona a paz. E é exatamente a paz com Deus e a paz de Deus que foi apresentada durante a carta como a bênção conseguida que proporcionou a união entre judeus e gentios na família de Deus. 5. Destaca-se também a expressão “todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo”. Essa afirmação tem como implicação direta o fato de que alguns não amam ao Senhor de modo sincero. Talvez, ou certamente, o amem de modo superficial e hipócrita. 6. Se pretendemos que a igreja atual seja relevante para o homem contemporâneo, se pretendemos que a igreja atual conclame o homem de hoje para olhar para Jesus Cristo como a única solução para o seu problema, temos que viver de modo sincero e honesto. 7. Temos que amar sinceramente ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois só assim as pessoas poderão constatar que ele, de fato, transforma o nosso interior e pode transformar a qualquer um que o recebe como Senhor e Salvador. Sintetizando suas palavras podemos perceber um princípio desafiador para colocarmos em pratica. Por isso, diante das palavras dessa bênção final, podemos afirmar que: Toda a comunidade cristã somente será relevante à sua geração ao desenvolver-se sob as bênçãos divinas. Neste texto contatamos as cinco bênçãos divinas que tornam uma comunidade cristã relevante à sua geração: Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 55 I – A primeira bênção sob a qual a igreja cristã deve desenvolver-se é a paz: 1. Primeiramente é necessária a paz com Deus – isso ocorre na conversão 2. Depois experimenta-se a paz de Deus – isso ocorre durante a vida cristã mesmo nas lutas 3. Depois ainda, promove-se a paz entre os homens e Deus – proclamando-se o evangelho 4. Os relacionamentos entre os irmãos na igreja devem ser harmoniosos e pacíficos. II – A segunda bênção sob a qual da igreja cristã deve desenvolver-se é o amor: 1. O amor deve ser sacrificial – amamos quando damos de nós mesmos. 2. O amor deve ser prático – deve atingir a necessidade do outro. 3. O amor deve caracterizar os relacionamentos cristãos – este é o novo mandamento 4. O amor cristão deve transbordar para o mundo – através da proclamação do amor divino. III – A terceira bênção sob a qual da igreja cristã deve desenvolver-se é a fé: 1. Essa fé ultrapassa a fé salvífica – é a vida cristã vivida através da fé 2. Essa fé evidenciar-se-á na obras – é a fé operosa 3. Essa fé apagará os dardos do maligno – só mantendo o olhar em Cristo vencemos Satanás 4. Essa fé é parceira do amor – o amor, a fé, e a esperança são inseparáveis. IV – A quarta bênção sob a qual da igreja cristã deve desenvolver-se é a graça: 1. Graça é a dádiva recebida sem merecimento – é pela graça que somos salvos 2. Graça é o evangelho revelado – Cristo em nós, esperança da glória 3. Graça é o privilégio de sermos capacitados a viver – através dos dons vivemos a vida cristã 4. Graça que deve ser proclamada aos que não estão na graça. V – A quinta bênção sob a qual da igreja cristã deve desenvolver-se é amar a Jesus: 1. Retribuindo o grande amor de Deus que nos atingiu através de Cristo – 2.4 2. Conhecendo a largura, o cumprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo – 3.18 3. Porque ele se deu para que houvesse um novo povo, uma igreja santa e pura – 5.2, 25-26 4. Este amor a Jesus deve ser sincero, compromissado, fiel e perseverante – 6.24 Conclusão: Somente quando a igreja se desenvolve sob essas bênçãos ele se torna: 1. Relevante; 2. Impactante; e 3. Atraente! Deus nos abençoe! Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 56 BIBLIOGRAFIA ALEXANDER, H. E. A epístola aos Efésios. São Paulo : Casa da Bíblia. 1961 BARCLAY, William. O NT comentado - Gálatas e Efésios. Buenos Aires : La Aurora. 1973 BORTOLINI, José. Como ler a carta aos Efésios. São Paulo : Paulus, 2001 CERFAUX, L. Cristo na teologia de Paulo. São Paulo : Teológica. 2003 ___________. O cristão na teologia de Paulo. São Paulo : Teológica. 2003 COTHENET, E. As epistolas aos Colossenses e aos Efésios. São Paulo : Paulus. 1995 EDWARDS, Jonathan. A verdadeira obra do Espírito. São Paulo : Vida Nova. 1992 FOULKES, Francis. Efésios Introdução e Comentário. São Paulo : Vida Cristã. 1963. HENDRIKSEN, William. Comentário do NT. Efésios. São Paulo : Cultura Cristã. 1999 KALDEWAY. Jens. A forte mão de Deus. O ministério quíntuplo. Curitiba : Esperança. 2002 LADD, George E. Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro : Juerp. 1984 MONDIN, Batista. As Teologias do nosso tempo. São Paulo : Paulinas. 1987 MONTEIRO, Marcos A. Efésios. Em diálogo com a Bíblia. Curitiba : Encontrão. 1994 NOVO TESTAMENTO interlinear grego-português. Barueri : SBB. 2004 NOUWEN, Henri J. M. A espiritualidade do deserto. São Paulo : Loyola. 1997 PACKER, J. I. Na dinâmica do Espírito Santo. São Paulo : Vida Nova. 1992 PINTO. Carlos Oswaldo Cardoso. Fund. para exegese do NT. São Paulo : Vida Nova. 2002. POHL, Adolf. Carta aos Efésios - Comentário Esperança. Curitiba. Curitiba : Esperança. 1999. REGA, Lourenço Stelio e BERGMANN, Johannes. Noções do Grego Bíblico. São Paulo : Vida Nova. 2004. RIENECKER, F. e ROGERS, C. Chave lingüística do NT Grego. São Paulo : Vida Nova. 1985 ROBINSON, G e WINWARD, S. O caminho do cristão. Rio de Janeiro : Juerp. 1976 RUSCONI, Carlo. Dicionário do Grego do NT. São Paulo : Paulus. 2003 SCHAEFFER, Francis A. Verdadeira espiritualidade. São Paulo : Fiel. 1980 SHEDD, Russell P. Tão grande salvação. São Paulo : ABU. 1979 _______________. O mundo, a carne e o diabo. São Paulo : Vida Nova. 1996 _______________. Lei, graça e santificação. São Paulo : Vida Nova. 1998 _______________. As epistolas da prisão. Ef., Fp., Cl., Fm. São Paulo : Shedd. 2005 SHELDON. E. Em seus passos o que faria Jesus? Rio de Janeiro : Juerp. 1975 STEDMAN, Ray C. A igreja, o corpo vivo de Cristo . São Paulo : Mundo Cristão. 1984 STOTT, J. R. W. Cristianismo básico. São Paulo : Vida Nova. 1986 _____________. A mensagem de Efésios. São Paulo : ABU. 1987 _____________. A cruz de Cristo. São Paulo : Vida. 1991 _____________. Ouça o Espírito, ouça o mundo. São Paulo : ABU. 1997 VAUGHAN. Curtis. Efésios - Comentário Bíblico. São Paulo : Vida.1986. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 2 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 3 Efésios estudos expositivos Questões introdutórias à Efésios I. A importância de Efésios "A carta aos Efésios é um resumo, muito bem elaborado, das boas novas do cristianismo e das suas implicações. Ninguém pode lê-la sem ser compelido a adorar a Deus e ser desafiado a melhorar a sua vida cristã". (John Stott). II. A autoria de Efésios 1. As negativas da autoria paulina: 1.1. Argumento baseado no vocabulário 1.2. Argumento baseado no estilo 1.3. Argumento baseado na história 1.4. Argumento baseado na teologia 2. As respostas as negativas da autoria paulina: 1.1. As "hápax legomena" 1.2. O estilo paulino 1.3. A história de Paulo e da igreja de Éfeso 1.4. A questão teológica 1.5. Outras observações III. O conteúdo de Efésios 1. Efésios é uma intercessão 2. Efésios é uma proclamação 3. Efésios é evangelização IV. A permanência de Paulo em Éfeso O relato, a partir do livro de Atos dos Apóstolos e as alusões feitas a outras epístolas nos mostram um grave quadro de lutas do apóstolo em Éfeso. Isso se verifica nesses pontos: 1. 2. 3. Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 4 O EVANGELHO ABALA UMA CIDADE ATOS 19.1-40 Introdução A cidade de Éfeso foi, durante o governo de Cesar Augusto, capital da província romana da Ásia, que hoje é a parte ocidental da Turquia. Nela estava erigido o templo à deusa Diana (da fertilidade). O ministério de Paulo em Éfeso foi impressionante: A pregação do Evangelho, por mais de dois anos, provocou uma grande agitação na cidade. Uma Igreja forte ali foi organizada (durante a sua existência homens como Paulo, Apolo, Timóteo e o apóstolo João foram seus líderes). A mensagem do Evangelho abalou de tal maneira a cidade que a estrutura dos adoradores e dos negociantes ligados a Diana foi afetada. Os missionários, então, enfrentaram forte oposição porque proclamaram a mensagem do Evangelho. Diante desses fatos, podemos dizer que: O Evangelho proclamado em todo o seu conteúdo produz efeitos singulares nas vidas das pessoas. Neste capítulo, vemos quatro efeitos causados pela proclamação completa do Evangelho: I - O 1º efeito, da proclamação do Evangelho, é produzir conhecimento total da verdade - v. 1 a 7 1. Os doze discípulos não conheciam a totalidade da mensagem do Evangelho - v. 1e 2 2. A exposição do Evangelho levou-os da ignorância espiritual à experiência da salvação - v. 3a5 3. A conseqüência da salvação foi capacitação especial para proclamarem a Deus - v.6 e 7 II - O 2º efeito, da proclamação do Evangelho, é produzir definições quanto ao que se crê - v. 8/10 1. Na sinagoga, os judeus rejeitaram a mensagem, tornando-se empedernidos e descrentes - v. 8e9 2. Muitos que creram foram levados a formar um grupo de estudos, na Escola de Tirano - v. 9 3. Discípulos foram feitos e dali a Palavra do Senhor repercutiu para toda a Ásia - v. 9 e 10 III - O 3º efeito, da proclamação do Evangelho, é revelar os falsos cristãos -v. 11 a 20 1. As manifestações sobrenaturais divinas atestam a veracidade da mensagem - v. 11 e 12 2. Os falsos cristãos são desmascarados pelos poderes sobrenaturais, controlados por Deus v. 13 a 16 3. As manifestações sobrenaturais divinas dão impulso para a vitória da Palavra do Senhor v. 17 a 20 Efésios - estudos expositivos Prof. Itamir Neves 5 Itamir Neves 6 IV . Paulo. 32 a 40 Conclusão 1. A oposição do povo e negociantes mostraram o ódio dos ímpios e o amor dos cristãos -v. 28 a 31 3.O 4º efeito. A preocupação das autoridades com Roma foi usada por Deus em benefício da Igreja -v.Efésios . Deus quer que você se responsabilize pela proclamação total do Evangelho ao mundo! . 21 a 27 2. Orientado por Deus a ficar na Ásia. opôs-se à idolatria -v. Deus quer que você torne-se um proclamador da mensagem do Evangelho! 4.estudos expositivos Prof. 21 a 40 1. é revelar a intimidade dos corações . Qual tem sido o efeito que a proclamação do Evangelho tem causado à sua vida? 2. Você já está definido em relação ao conteúdo total do Evangelho? 3.v. da proclamação do Evangelho. pregador do Caminho. Através da exposição da Palavra chegamos a íntima comunhão com Deus .v. deixando as “sombras”. O livro de Atos nos mostra a força do evangelho.8/9) .v. 21 e 22 1. Por isso. Em Listra houve oposição por parte de um paganismo ignorante .1-40 Introdução O livro de Atos não deve ser encarado como um escrito teológico doutrinário.A exposição da Palavra caracteriza-se por fazer parte de planos preestabelecidos v. foi aceita .1 a 4 2. 1 a 7 1. em todos esses episódios. nele encontramos a prática da Igreja primitiva que pode ser aplicada em nossos dias.19. enfrentando diversas oposições. afirmamos que: Somente através da exposição da Palavra temos possibilidade de ver o Evangelho vitorioso.17. foi divulgada e aceita em toda a Ásia .5 3.11 a 13 b.v.estudos expositivos Prof.v. pelo endurecimento e incredulidade v. encontramos a prática. Em Corinto houve oposição por parte de barreiras raciais .5 e 12/13 d. Em Éfeso houve oposição por parte de negociantes religiosos . 24 e 25 Mas. 10b a 20 III .v.v.14.18.v. Itamir Neves 7 A EXPOSIÇÃO DA PALAVRA ATOS 19. da exposição da Palavra de Deus. A exposição da Palavra feita em Éfeso. 6 e 7 II .A exposição da Palavra caracteriza-se por revelar a verdade a todos os homens . Um ministério de exposição da Palavra não perde as “portas abertas” (I Co. 21 2.v.v.16. Um ministério de exposição da Palavra estará em sintonia com a vontade de Deus . na escola de Tirano. foi rejeitada.16 e 23 c. e especificamente neste capítulo 19 de Atos.22 .Efésios . 21 3. Através da exposição da Palavra chegamos a realidade. Neste capítulo. encontramos quatro características da exposição da Palavra: I . A exposição da Palavra feita aos judeus. O livro de Atos deve ser encarado como um livro prático. 8 a 20 1. Um ministério de exposição da Palavra terá alvos de proclamá-la em outras cidades . por mais de dois anos. 8 e 9a 2. 9b e 10 3. e entre elas destacamos: a. Em Atenas houve oposição por parte de uma cultura idólatra . como modelo para o nosso cristianismo atual pois. A exposição da Palavra feita aos efésios. que se ocupa em narrar o desenvolvimento do Evangelho nos dias iniciais da Igreja Cristã. Ele é sim um livro histórico. Através da exposição da Palavra chegamos a uma correta compreensão do plano de Deus v.A exposição da Palavra caracteriza-se por conceder pleno entendimento do Evangelho . 28 a 32 3. 3. 23 a 27 2. A rejeição e oposição à exposição da Palavra é controlada e solucionada por Deus .estudos expositivos Prof. 2. 23 a 40 1. 33 a 40 Conclusão 1. A exposição da Palavra rejeitada resulta em desordem social e falta de entendimento . a Igreja é fortalecida e vidas são salvas! Que o Senhor nos abençoe a desenvolver um ministério de exposição da Palavra! . Um dos segredos do ministério de Paulo certamente residiu na exposição da Palavra.v.A exposição da Palavra caracteriza-se por ser vitoriosa mesmo quando é rejeitada v.v.Efésios . Quando pregamos expositivamente a verdade é estabelecida. A nossa Igreja caracteriza-se por ser expositora da Palavra? 4. Pelo exemplo da Igreja primitiva somos desafiados a constantemente expor a Palavra. A exposição da Palavra resulta em revelação das motivações da rejeição -v. Itamir Neves 8 IV . 5/25 e 57/80 a. 1-7 Introdução Lucas continua descrevendo o crescimento da Igreja. Paulo constatou que não conheciam a promessa do ES. Provavelmente de João Batista (veja Jo.40. deve ser encarado como livro histórico e de transição e não como teológicodoutrinário. b) Sabendo em quem somos batizados. submeter-se a alguns rituais do judaísmo: circuncisão de Timóteo. foi feita de modo gradativo.estudos expositivos Prof.1.O segundo passo é constatar a existência da influência passada . 18. Is. do antigo judaísmo para o novo cristianismo. 1.Batista.8.Efésios . Atos. 11.v.1). saberemos com quem nos identificamos 2.3 e Ml.v.3. Talvez do grupo de Apolo conf. Lc.35-42 e Mt. b. fostes batizados?” a.1 a 22.3. o grande mensageiro da graça. nem mesmo ouvimos que existe o Espírito Santo” a. Este texto nos revela quatro passos que ajudam na obtenção da fé completa no Evangelho: I . O Evangelho não é parcial em seu conteúdo b.7 e 8. . Temos o arrependimento: batismo de JB. aprendemos que: Todo cristão deve conduzir os não cristãos à obtenção da fé completa no Evangelho.3. temos mais uma transição: Paulo conduz um grupo de homens. Em Atos 19. b.16 II . mas. Veja Paulo em Rm. A caracterização do seguidor: discípulos a. temos a fé: batismo e identificação com Jesus Cristo 3. voto de nazirado e sacrifícios. A resposta sincera: “. O batismo que praticava era de arrependimento e preparação para a vinda de Jesus .2).. O batismo identifica. conf. 3.9 3. que ainda não tinham a revelação total do Evangelho.Lc.25 2.. 1-2 1. em Lc.conf. A pergunta objetiva: “recebestes do Espírito Santo quando crestes?” a. b. pois. Essa transição. O cristão é definido como alguém que crê em Jesus. Assim. A resposta reveladora: “no batismo de João” a. A pergunta perspicaz: “em quem. Ele veio como precursor de Jesus (Lc. A influência de João Batista: Só Lucas narra o nascimento miraculoso de JB . 3 1. e a transição do judaísmo para o cristianismo. Feita por J. Vemos Paulo. b. Itamir Neves 9 COMPLETANDO A MENSAGEM DO EVANGELHO ATOS 19. pois.O primeiro passo é constatar a existência da ignorância parcial . entretanto. Obediência pronta. não ocorreu em Samaria (At. 8.. 2.O terceiro passo é constatar a exigência da instrução precisa .v. A identificação correta: não o batismo de João.estudos expositivos Prof. etc.3. do próprio JB. 13. A experiência das línguas e profecias ocorreu em Cesaréia (At. At.19) IV.9 3. 6 e 7 1.17. b) Não é segunda bênção .veja.17). b.5. em Damasco (At. O conteúdo do Evangelho: não mais o AT. Acontece quando cremos (veja At.aqui simbolizou uma bênção de comunhão. 2.17. e João Batista. A vinda do Espírito Santo: só o verdadeiro cristão tem o Espírito Santo a. A prática de impor as mãos: usada em situações diversas .14ss e 10. mas. e Jesus Cristo a. formaram a Igreja. Conhecermos o Evangelho de modo completo.17). interpretando fielmente as Escrituras. 2. em Antioquia (11. A transição: do judaísmo ao cristianismo a. b. A imposição de mãos não é necessária para a vinda do Espírito Santo . Sejamos zelosos guardiões das verdadeiras doutrinas bíblicas.8. .10. Itamir Neves 10 III . O batismo em nome do Senhor Jesus (veja Mt.22 a.O quarto passo é constatar a exigência do poder ilimitado . é necessário crer em Jesus 3. Lucas usa essa narrativa para igualar esses “crentes da Velha Aliança” com os samaritanos e gentios.2). que junto com os judeus (At. II Tm.Lc. 3.21).11 a 22) Conclusão Como cristãos que conduzem pessoas à fé completa no Evangelho é necessário que: 1. b. b. 4 e 5 1..10. Jesus é o cumprimento da promessa. A imposição de mãos tem diversos significados . 9.Efésios . Paulo evangelizou. o NT. At.conf. A manifestação do Espírito Santo: são diversas.v. 8. mas o batismo de Jesus a.9. mantendo fé alicerçada na pessoa de Jesus. em Filipos (16. 2. o novo povo de Deus (Ef.45/6) mas.16. segundo o Seu querer a.14/15 e 32/33). 28.44 b.44 a 47). Paulo doutrinou.Rm..8. Por isso.v.v. ouviram: tanto judeus como gregos . Dissertando .v. 8 1. 8 IV .1. podemos dizer que: Todo ministério bem sucedido proclamará sempre a Palavra do Senhor.Escola de Tirano: talvez uma sala alugada. Nos lugares costumeiros . sem distinção. Neste texto. 10 .19 a 21). 9 2.22). 8 2.estudos expositivos Prof. 10 3.Efésios .Essa pregação é externada com vigor . Por dois anos . Todos. v.v. Paulo se lança totalmente ao ministério de anunciar a Cristo. Essa pregação tem o poder de atingir os homens.v.13). no Areópago (17. 10 3. Em lugares selecionados . c.Essa pregação é expressa sem limites de tempo . Paulo atinge toda a Ásia com a Palavra do Senhor.8 2.Essa pregação é exposta em todos os lugares . ao descrever o ministério em Éfeso.17). Por várias horas seguidas . etc.(veja 18.v.veja 20. pela 2ª vez (18. mostra-nos a pregação baseada na Palavra do Senhor. encontramos sete marcas de uma pregação que tem por base a Palavra do Senhor: I .v. A igreja de Éfeso surgiu desse ministério (As 7 igrejas da Ásia tiveram sua origem nessa época) . 9 e 10 1. 8 3.26 e Cl. 8 e 10 1.v. Todos os habitantes da Ásia ouviram o Evangelho (veja v. trazendo-lhes temor e engrandecimento ao nome de Jesus.8 e 9 1. Nos mais diferentes locais a.v. b. Após o ministério na vida de 12 homens. II . Ousadamente .nas sinagogas.v. Itamir Neves 11 PREGANDO A PALAVRA DO SENHOR ATOS 19.Essa pregação é extensiva a todos .9 3.8 2. às 16hs.v.v. Por três meses . como era costume de Paulo . na beira de um rio (16.7 a 12 III . das 11hs. Persuadindo . em praça pública (17. 8-20 Introdução Em Éfeso.6).19 a 21) v. Lucas. 18. 9 2.1.Efésios .17 2.v.v. Essa pregação revela os cristãos genuínos e os imitadores .v. Permite a Palavra do Senhor prevalecer .7.5.8.Essa pregação é extraordinária em seus efeitos . Essa pregação demonstra o mundo das trevas .v.Essa pregação é estimuladora de reações .v. 11 a 16 1. descrentes e falam mal do Evangelho .17 a 19 1. 20 Conclusão Como tem sido a minha pregação? Minha pregação tem se caracterizado segundo esse modelo? Tal como Paulo.v. 11 e 12 2.v.estudos expositivos Prof.v.44 e At.15) . 13 a 15 3. Essa pregação é confirmada com milagres e maravilhas (veja Lc.10 a 12 e I Ts.9) . 5.v. Engrandece o nome de Jesus . 16 VI .18 e 19 VII -Essa pregação é especial em seus resultados . . Faz a Palavra do Senhor crescer . 20 1.v. Muitos crêem e se libertam das obras passadas (veja Dt. Itamir Neves 12 V . Alguns tornam-se empedernidos. Todos ficam temerosos diante do testemunho do Senhor (veja também At. 17 3.11) .25.v. 20 3.v. podemos desenvolver um tipo de pregação que engrandeça o nome de Jesus. Estes servos prepararam o recolhimento da oferta. Timóteo: filho na fé (I Tm.At. e.31 c. dizemos: Todo líder cristão deve ter como objetivo desenvolver um ministério amadurecido.21a 28. Lucas finaliza a quinta secção do seu relato sobre a expansão do Evangelho pelo mundo. Estes versículos nos apresentam três lições sobre um ministério amadurecido: I .11).v. Sendo que a pregação da Palavra do Senhor estava prevalecendo.23). O Evangelho chega até Roma . O Evangelho em Antioquia -At.8.10 e. Paulo queria estar na Macedônia e Acaia para depois ir a Jerusalém a. também deseja visitar Jerusalém (veja o v. O Evangelho na Europa . em seu espírito.raciocinava consigo mesmo.At.11). As divisões anteriores foram: a. Paulo resolveu “no seu espírito”a. O Evangelho na Ásia e Galácia .20) b.15.At. 9.11 2. O Evangelho na Palestina -At. Paulo enviou Timóteo e Erasto a.21. Ou.8 a 9. Macedônia e Acaia ajudariam com ofertas . 21 1.7 b. 20. Certamente dentro do plano elaborado pelo próprio Deus .A 2ª lição é que um ministério amadurecido é planejado antecipadamente . Seu desejo era ajudar os pobres de Jerusalém que sofriam .19.Efésios . 23.4. 13.1 a 16.1 a 6.A 1ª lição é que um ministério amadurecido é preparado espiritualmente .conf.16/23) . Paulo “considerou” a.estudos expositivos Prof. Então. 21-22 Introdução Com o v. 21-22 1. Tito e outro irmão se juntam a eles (II Co.isto é .15 e 23. Deus concede inteligência a Seus filhos para raciocinarem.20. porque Paulo desejava estar primeiro em Jerusalém? A resposta a essa questão nos mostra algumas lições sobre um ministério amadurecido. pensava consigo mesmo b. 16.16. Esses versículos (21-22) iniciam a última secção no seu relato histórico.demonstração de amor! b. “porque dizia”.8/9 . submetendo-se à liderança do Espírito Santo II .32 a 12.25 d. Certamente através de um impulso íntimo do Espírito Santo em seu espírito b. mas.demonstração de unidade! 2.2). a partir desse ponto: f.22 e 23. 1.1.11 a 19. ficou em Corinto (II Tm. O Evangelho em Jerusalém .v.veja Rm. Itamir Neves 13 UM MINISTÉRIO AMADURECIDO ATOS 19. 6.At. 20.31 O objetivo de Paulo era levar o Evangelho até Roma (veja At 9.25/26 e IICo. Erasto: tesoureiro (Rm. Conclusão 1.estudos expositivos Prof. . Devemos planejar o progresso do ministério enquanto dependemos da liderança do Espírito Santo. Corinto.. A estratégia paulina . Porque uma grande porta se abriu.A 3ª lição é que um ministério amadurecido é projetado para o futuro . A cooperação de irmãos dedicados é valiosa quando queremos que o nosso ministério progrida.. Manter uma visão global da obra de Deus é fundamental.. Antioquia. Itamir Neves 14 III .Efésios . O Senhor pode concedê-la a nós. O apóstolo ainda permaneceu em Éfeso (conf.conquistar as grandes cidades: Jerusalém. Roma .24 b.v. Ele nunca perdeu seu propósito de ir até Roma .15. 3.I Co.8 2.16. 21-22 1.8/9) b.. 2. (resultado das conversões e queima dos livros) .inclusive preparou a sua viagem até lá Rm. Paulo permaneceu na Ásia a.16. Éfeso. I Co. Paulo queria ir para Roma a. 23). político e religioso e ali se destacava o templo de Diana (ou Ártemis).18/19). da multidão descontrolada e insana.v. diante desse texto.era a deusa da fertilidade b.v.v. O templo de Diana era uma das 7 maravilhas do mundo antigo .18. 29 e 32 . Uma oposição violenta se levantou contra os missionários. Muitos.24 a 26 (Demétrio testificou a expansão da Igreja) a.estudos expositivos Prof.v. Reconhecendo a adoração a Diana . Esse alvoroço mostra que Éfeso foi abalada pelo Evangelho. Não queria perder os seus lucros .v. 28 b. como vimos anteriormente.A primeira atitude é reconhecer a oposição . nem sabiam o que estava ocorrendo . Reconhecendo a agitação e o descontrole da multidão . Não queria que a fama de Diana se desvanecesse 2. o Evangelho foi um grande transtorno. Portanto. o Evangelho difundiu-se por toda a Ásia. 23 a 29a 1. A cidade de Éfeso era um forte centro comercial.12) b. uma grande transformação abalou a própria cidade. 28 e 29a a. mas isso não os impediu de proclamarem com vigor o nome de Jesus. 19.23-40 Introdução É inegável que a mensagem do Evangelho trouxe grande transformação à cidade de Éfeso. “Houve grande alvoroço acerca do Caminho” (v. trará consigo a oposição de líderes egoístas e inescrupulosos Este texto mostra três atitudes que devemos ter ao enfrentarmos a oposição de líderes egoístas e inescrupulosos: I . v.v. O descontrole do povo provocou um clamor irracional: “grande é a Diana dos efésios” . podemos afirmar que: A pregação do Evangelho. Durante a terceira viagem missionária Paulo permaneceu na cidade por mais de 2 anos e dali.Efésios . o nome grego . Éfeso disputava com Alexandria e Antioquia a liderança das cidades na Ásia. Mas para os cidadãos de Éfeso. Diana era o nome romano e Ártemis. o Evangelho começou a ser proclamado na cidade.(teria ele se convertido após esse episódio? Veja III Jo. Provavelmente com Áquila e Priscila (At. Itamir Neves 15 ENFRENTADO A OPOSIÇÃO AO EVANGELHO ATOS. que combate a falsa fé. Para que isso ocorresse. 27 a.ela era adorada por todo o mundo 3. Reconhecendo a preocupação de Demétrio . Que Deus nos abençoe a evangelizar de modo claro. preocuparam-se.veja I Co. Os discípulos reagiram querendo salvar quem lhes instruíra no Evangelho 3.A terceira atitude é receber a solução -v. 31 a. Gaio e Aristarco (20.29b a 31 1. A solução veio racionalmente . O ministério de Paulo nos ajuda a ver como podemos evangelizar. Os asiarcas eram os líderes das cidades da Ásia . Eles queriam demonstrar que embora judeus. e o uso que faz das pessoas. através do escrivão. Itamir Neves 16 II . nos dois anos ali em Éfeso (v. Conclusão 1. 3. 4. mesmo diante de situações adversas! .15.8/9) 2. mesmo que reajam. arriscando a própria vida . 33 e 34 a. homem mais importante da cidade. E.10) b. A reação dos discípulos – v. A solução foi tentada pelo escrivão – v. Vemos Deus atuando. Ele testemunhou em favor dos cristãos.estudos expositivos Prof. país ou bairro. 35 a 37 a.29b e 30 a. que eram amigos de Paulo. para preservar Sua Igreja: (lembremos dos casos com Gamaliel (At. a multidão foi embora b. preocupado com Roma (v.5) e Gálio (At. apaziguou o povo. Paulo quis salvá-los. A soberania de Deus nos ajuda a ver Seu controle em todas as situações.40)b. mostrando que não eram sacrílegos nem blasfemadores3.v. A reação dos asiarcas . 32 a 40 1. A reação de Paulo . Esses asiarcas.v. Os judeus queriam isentar-se do conflito .v. A razão venceu o descontrole: se há demandas. A situação de Éfeso nos ajuda a ver a mudança que o Evangelho produz numa cidade. como Seu instrumento.eram homens ricos e poderosos b. Esses discípulos eram o resultado do ministério de Paulo. deve-se procurar a justiça. 38 a 40 a.1.4) eram companheiros das viagens. A solução foi tentada pelos judeus .chamaram Alexandre (chefe da sinagoga?) para explicar b.30/32 e II Co. não tinham nada a ver com os seguidores do Caminho 2. O escrivão. 2.30 a.v.Efésios .18). não o deixando enfrentar a multidão III. que o acompanhavam desde a Macedônia b.A segunda atitude é reagir à oposição . evangelizando-o . 18 e 20 1. Itamir Neves 17 AS PRIORIDADES DO MINISTÉRIO ATOS 20. anciãos e pastores . Nossa relação conosco nos faz avançar dirigidos pelo Espírito Santo . segundo a orientação do Espírito Santo? . Nestes versículos vemos quatro prioridades que devemos desenvolver no ministério: I .ensinando-lhes . 21 1.v. 24b Conclusão 1. 3.líderes da Igreja O exemplo do apóstolo Paulo nos mostra a importância de estabelecermos prioridades em nosso ministério.v. 24a 3. 2. Nossa relação com os irmãos nos faz ensinar a Palavra em diversas circunstâncias . Você está disposto a priorizar àquilo que de fato tem valor. Por isso.v. serviço Para termos um ministério eficaz é necessário estabelecermos prioridades. 19 1.v.servindo-O . Nossa relação com os irmãos nos faz sermos modelos para eles . Quando priorizamos aquilo que é importante em nosso ministério certamente obteremos êxito.estudos expositivos Prof. Nossa relação conosco nos faz desconsiderar o valor da própria vida . Nossa relação conosco nos faz desejar completar a carreira e o ministério .É necessário priorizarmos a nossa relação com os irmãos . Nossa relação com o mundo concita-nos a proclamar a necessidade da fé em Jesus Cristo IV. 22-24 1. Três títulos para uma função: presbíteros. 27 III .v. dizemos que: Todo ministério bem sucedido tem as suas prioridades bem estabelecidas. Nossa relação com o mundo impede-nos de fazer acepção de pessoas 2.sacrificando-nos .v.É necessário priorizarmos a nossa relação com Deus .v. Nossa relação com Deus se demonstrará através de um serviço humilde 2.É necessário priorizarmos a nossa relação conosco . 17-24 Introdução O significado da palavra ministério: diaconia. 20 3. 4.É necessário priorizarmos a nossa relação com o mundo .Efésios . 18 2. Quando priorizamos aquilo que é importante em nosso ministério podemos ser exemplo. Nossa relação com Deus nos levará a enfrentarmos oposição dos que rejeitam o evangelho II .v. Quando priorizamos aquilo que é importante em nosso ministério cumprimos o chamado do Senhor.v. Nossa relação com os irmãos nos faz ensinar todos os desígnios de Deus .v. Nossa relação com o mundo leva-nos a proclamar a necessidade de arrependimento 3. Nossa relação com Deus muitas vezes nos levará a sofrermos até as lágrimas3. 22 e 23 2. 27 II . 29 a 3l 1.24.v.25 2.Nossa consciência estará limpa porque pregamos a Palavra .falsos mestres . A sua consciência está limpa diante do seu Deus? .v.1. Os líderes da Igreja cristã são constituídos pelo Espírito Santo 2.16 É importante.pregadores de perversidades (heresias) .v. Os cuidados do Senhor é que fortalecem os nossos irmãos 2. A vida responsável produz auto-sustento e atendimento aos íntimos . 25-35 Introdução A consciência limpa deve ser buscada por todos cristãos. 33 2. através da obediência à Sua vontade e através da confissão de pecados .v. Itamir Neves 18 CONSCIÊNCIA LIMPA. A pregação da Palavra anunciará todo o desígnio de Deus . A pregação da Palavra proclamará o reino de Deus .v. 35 Conclusão 1.v. mantermos a consciência limpa conosco mesmo .Nossa consciência deve estar limpa porque formamos líderes . nas áreas básicas. 28 1. 33 a 35 1.v. 3. pastores e presbíteros (v. Os líderes responsáveis pela Igreja sabem que ela foi comprada pelo sangue de Jesus 3.v. Este texto nos mostra cinco razões pelas quais devemos manter limpa a nossa consciência: I .Nossa consciência deve estar limpa porque entregamos os irmãos aos cuidados divinos .Nossa consciência deve estar limpa porque advertimos contra os perigos . Os perigos podem vir de fora da Igreja . Os perigos podem vir da própria Igreja . 34 3. O desenvolvimento da consciência limpa.Nossa consciência deve estar limpa porque servimos de modelo de vida responsável v. 26 3.At. 2. Para desenvolvermos uma vida de consciência limpa é necessário nos relacionarmos corretamente com Deus.12 Diante dessas verdades podemos afirmar com segurança que: Um ministério forte deverá padronizar-se por desenvolver uma consciência limpa. 9.v.Efésios . Os cuidados divinos é que concedem poder e herança aos nossos irmãos V . A vida responsável caracteriza-se por seguir os ensinos de Jesus sobre a benevolência . Os perigos devem ser enfrentados com vigilância e admoestação . 31 IV . O desenvolvimento da consciência limpa nos capacitará a um ministério bem sucedido. Os cuidados da Palavra da graça é que capacitam os nossos irmãos ao ministério 3. Os líderes da Igreja podem desenvolver diversas funções: bispos. 29 2.estudos expositivos Prof. 30 3. também.24. nos dará ousadia para ministrarmos. I Co.16 A consciência limpa deve ser desenvolvida também nas nossas relações com os homens At.v. 25 a 27 1. 32 1. A FORÇA DO MINISTÉRIO ATOS 20.v. A pregação da Palavra isenta o ministro fiel do sangue dos seus ouvintes . A sua consciência está limpa diante dos seus irmãos e do mundo? 5.Rm. A sua consciência está limpa diante de você mesmo? 4.v.1.v.17) III . A vida responsável elimina a cobiça dos bens materiais . todo o rebanho .Tt.1.3. Porque Jesus Cristo comprou com Seu sangue a Igreja II .17 e Tg. Os falsos cristãos objetivam arrastar os irmãos . 3 a 7 2.sem favoritismo .O líder cristão deve prevenir-se contra os falsos cristãos .O líder cristão deve prevenir-se contra os falsos mestres . aquele que enxerga o todo. 2.Cl.I Tm. porém os maus líderes são punidos severamente. Através da igualdade .Mt. 28 1.2. 28 1. 18 e 19 . que entregou sua vida por nós . O contraste é estabelecido nas passagens de 1Tm. 25 a 26 c) Liderar é servir os outros .1. Neste texto encontramos sete deveres do líder cristão: I .estudos expositivos Prof. 2.Mt. 8. Através da supervisão . Os falsos cristãos surgem dentro da própria Igreja .Efésios . 20.. Os falsos cristãos têm mensagens pervertidas . 15 2. 20.. 20.O líder cristão deve atentar pela sua vida pessoal .Mt. mas. 3 e 4 IV . Os falsos mestres têm mensagens heréticas .v. Bons líderes são abençoados em dobro. 5. Itamir Neves 19 OS DEVERES DOS LÍDERES DA IGREJA CRISTÃ ATOS 20. Através do pastoreio .v.o bispo é o superintendente.. 30 1.10 e 11 3. 20. Porque o Espírito Santo o designou 3.28-35 Introdução Ser designado líder da Igreja é um grande privilégio. Devemos conceituar corretamente o que é liderar. para isso servimo-nos de Mt.. Jesus quer líderes de alto padrão para a Sua Igreja.II Tm.Mt. 20 a 24 b) Liderar não é ser dominador. ao longe 3. Os falsos mestres objetivam destruir a Igreja .4. 29 1. 20. podemos dizer que: Todo líder cristão tem deveres específicos de cuidado para com a Igreja de Cristo.v.Mt. 7.II Pe.v.. Os falsos mestres virão de fora da Igreja . 28 Diante dessas verdades. Porque Deus o chamou 2. 27 d) Liderar é seguir o exemplo de Cristo. autoritário .O líder cristão deve atentar pela vida dos seus irmãos .são lobos devoradores . 1.alimentando-os com o melhor III .17 e 18 3. 20 a 28: a) Liderar não é desejar poder político . é também uma grande responsabilidade. O líder cristão deve vigiar e admoestar . 5.v. I Ts. I Pe.estudos expositivos Prof. diante das suas responsabilidades? 3. 34 3.1. A edificação dos irmãos dará a certeza da herança com todos os santos VII . 35 Conclusão 1. O líder cristão não será cobiçoso .v.O líder cristão deve libertar-se de interesses próprios . O líder cristão servirá de exemplo ao seguir as palavras de Jesus . diante da sua saída? . 33 a 35 1.v.1 . 33 2. A admoestação deve envolver todo o ser.conf. I Co. A vigilância deve ser constante 2.conf. Nossas Igrejas têm sido lideradas por homens que cumprem esses deveres? 2. 32 1.11. inclusive os sentimentos. e não apenas a razão VI .Efésios .o líder é mero instrumento 3.v.O líder cristão deve edificar os seus irmãos . A vigilância pressupõe a admoestação 3. Se você é um líder de Igreja . Temos intercedido pelos líderes da nossa Igreja.9 .v. O líder cristão suprirá as necessidades suas e de outros .v.o líder é mero instrumento 2.conf. Itamir Neves 20 V .como seus irmãos reagiriam. A edificação dos irmãos deve ser feita pelo próprio Senhor .v. 36/38 .2 . 31 1. A edificação dos irmãos deve ser baseada na Palavra da graça . afim de que a igreja continue ou volte a ser relevante em meio o cenário em que está inserida..10-11). segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus. em termos práticos. edificaria e edificou e continua edificando a sua igreja (Mt 16. refletiu e registrou os propósitos de Deus para a sua igreja. e do Senhor Jesus Cristo”. ou seriam indiferentes. Tem um edificador divino que.13-20). refletindo e avaliando a nós mesmos e. qual o propósito divino para que a igreja esteja espalhada pelo mundo afora? Paulo pensou sobre o significado e o propósito da igreja. do senhorio de Cristo e da ação do Espírito Santo. que devemos assumir e a partir dela orientar a nossa análise. então. agora. como uma das instituições que tem sido debatida é necessário que voltemos à Palavra de Deus para estudar e entender biblicamente o seu propósito. Vivemos uma época em que os propósitos da vida humana estão sendo contestados diariamente. para o corpo de Cristo. e ao mesmo tempo em que falarmos de nós estaremos falando da igreja. é voltar à Bíblia e redescobrir o que Deus planejou para esse novo povo. não podemos afirmar também que a igreja é fruto dos nossos anseios e dos nossos sonhos. Pensando na igreja. dos principados e potestades. da visão que devemos projetar para o futuro pensando na sua relevância para os dias que estão à sua frente. Não só os propósitos da vida pessoal estão sendo avaliados. Não os seus propósitos pessoais para a igreja. porque nem sabiam da sua existência ali? Afinal. Ao chegar aos vinte e um séculos de existência se faz necessário. dos seus valores. Assim. da parte de Deus. estamos pensando. aos santos que vivem um Éfeso e fiéis em Cristo Jesus. Vale a pena refletir sobre a seguinte questão: se a sua igreja fosso tirada do bairro onde ela atualmente se localiza. Quando pensamos. assim no estudo desta carta ao mesmo tempo em que falarmos da igreja estaremos falando de nós. a escola. a igreja é um reflexo de nossas vidas espirituais individuais. como os propósitos institucionais têm sido discutidos. A carta de Paulo aos efésios é um documento que fala sobre o propósito de Deus. apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus. Itamir Neves 21 A VERDADEIRA SAUDAÇÃO CRISTÃ EF. o trabalho. Embora seja possível concordar com a afirmação que diz que. nosso Senhor. sentiriam a perda de um organismo de valor. será que alguém sentiria falta dela? Sentiriam um alivio.” (Ef 3. O que precisamos com urgência.Efésios . é na igreja que realizamos os seus anseios e sonhos para que “a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida. da sua missão e. Não! A nossa condição nos impede de fazer tal afirmação.1-2 Introdução “Paulo. nosso Pai. mais uma vez. nos lugares celestiais. A grande verdade. para a sua nova criação. uma revisão do seu papel.estudos expositivos Prof.. refletimos e avaliamos a igreja. para a sua família. é que a igreja é o resultado da vontade de Deus. . mas pensou. não! A igreja tem origem divina. em Cristo. sobre si mesmo. o governo e a igreja têm sido questionadas nos seus valores e finalidades. Instituições como a família. graça a vós outros e paz. A igreja não é o resultado de uma iniciativa e esforço humano. para a igreja. 1. estudos expositivos Prof. Itamir Neves 22 .Efésios . a família de Deus! (2. como família de Deus. 3. Mas só faremos isso quando recuperarmos a nossa imagem pessoal. Deus é soberano em seu chamado – A chamada divina pode ter dois aspectos: a chamada geral para que sejamos seus filhos através de Jesus e. estamos numa relação de filhos para pai. também apresentam verdades objetivas aos cristãos à quem ele se dirige. 2. Por isso. vivendo melhor a vida cristã de forma madura e responsável. analisar e repensar o caminho que estamos seguindo como povo de Deus. Ele não é tirano. Já a partir dessa saudação tão rica é possível perceber que o tema da carta é de extrema relevância para todos os que desejam que a igreja esteja vivendo de acordo com o que Deus tinha planejado para ela. Assim. Deus é soberano em sua vontade – A soberania é um atributo singular à Deus. Cada cristão e toda a igreja podem ser comparados a uma família. formal e padronizada de Paulo para com os seus leitores. Deus é soberano em sua paternidade – Para com Deus. precisamos mostrar ao homem contemporâneo o propósito. Deus é um pai justo e amoroso. enfim. Esses versículos afirmam verdades profundas relativas a Paulo. nem déspota.Efésios . como igreja cristã. é possível afirmar que: A relevância da igreja cristã para o mundo contemporâneo somente será percebida ao destacarmos os seus personagens principais. o autor da carta e. logo na saudação mostra a seriedade desse tema tão importante para todos nós. Ao iniciar sua proclamação sobre o propósito divino para a igreja. como nova sociedade. nem autoritário. Nestes versos encontramos os três personagens que constituem a essência da igreja cristã: I – O soberano amoroso: Deus 1. Embora seja a tendência de muitos estudiosos não valorizarem as palavras iniciais das cartas. em Cristo (1. Itamir Neves 23 Precisamos recuperar a imagem da igreja no mundo. a chamada específica (desde a eternidade) para determinado ministério. o apóstolo Paulo. Ele quer que experimentemos toda a sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais. já é possível refletir. como corpo de Cristo. 4. E uma das evidências da maturidade e da responsabilidade é estudarmos sem preconceitos a razão de ser da igreja e a maneira pela qual ela deve funcionar em meio ao mundo sem Cristo. nesses versículos iniciais temos muito mais do que uma mera saudação comum.estudos expositivos Prof.3-14). o valor e a missão da igreja. mas em sua soberania a sua vontade é sempre feita. Deus é soberano em sua bênção – A disposição divina em abençoar o ser humano é vista desde o inicio da história. como nova criação.19) . Ele aparece como rei sobre toda a terra. através das verdades que observamos nessa saudação. 27) 4.Efésios .11 continua sendo exercido ainda hoje através dos missionários 3. 15) 2. O dom do apostolado que veremos em 4. A igreja cristã deve conhecer o propósito de Deus para si e assim ser relevante para hoje! . Paulo foi obediente – Paulo sabia que foi comissionado pelo próprio Cristo.. Paulo apenas invocou sobre os efésios as bênçãos divinas. Os cristãos desenvolvem a sua vida cristã em fidelidade. Pela graça somos salvos e só assim. mostrando Jesus como Salvador. Todo ministro cristão tem a responsabilidade de cuidar do povo de Deus. mesmo depois de ter passado 2 anos e três meses com eles. 4. Embora a expressão “graça e paz” seja a maneira mais correta de nos saudarmos. 20. fruto do Espírito Santo – Assim como tinham sido fiéis e devotados às suas religiões idolatras. do hb. o oferecimento de uma provisão diária para que todo cristão possa desenvolver a sua vida cristã. A origem das bênçãos é divina e não humana! III – Os santos abençoados: cristãos 1.8-10. Paulo foi abençoador – Paulo. A palavra de Deus deve ser pregada para edificação dos santos! 3. 3. 2. comissionado especialmente”). “graça e paz” é bem mais do que uma saudação. “enviado. pessoas que buscam a santidade.estudos expositivos Prof. e me chamou pela sua graça.. Sendo Deus amoroso. da justiça e do juízo.. podemos desfrutar da paz divina. Paulo foi apóstolo – “apóstolos” (Grego. a oração. . gracioso e abençoador só nos resta louvá-lo e submetermo-nos a ele. Os cristãos são abençoados com a graça e a paz de Deus – As palavras “charis” (graça. Os cristãos só iniciam a vida cristã relacionando-se com Deus por Jesus Cristo – Todo cristão verdadeiro sabe que sua vida cristã só se iniciou através do toque do Espírito Santo convencendo-o do pecado. assim como todo ministro não tem em si mesmo o poder de abençoar. a igreja cristã. Itamir Neves 24 II – O servo ativo: Paulo 1. os efésios tinham que mudar de compromisso. dom) e “eirene” (paz. Irmãos já congregados da igreja. Paulo foi comunicativo – Ao se dirigir aos efésios. Os cristãos desenvolvem a sua vida cristã em santidade conforme o seu Deus – Paulo estava se direcionando aos “santos”. Paulo continuava a sua tarefa de comunicar a eles todos os desígnios divinos (At 19. Conclusão 1.. “. me separou. “Graça e Paz” é o desejo. tem implicações importantes. shalom) em grego. pela vontade única de Deus e não de homens. A fidelidade de nossa vida a Cristo é fundamental para a vida cristã. 2.” (Gl 1.quando aprouve a Deus. o tema destas palavras inspiradas do apóstolo Paulo.estudos expositivos Prof. outrora oculto. Esse parágrafo tem sido chamado de "um magnífico portal". "um elogio ao nosso grande Deus". 1. O texto desse parágrafo trata da revelação de um mistério. para uma nova sociedade. isto é. Não há pausa nem para tomar fôlego. "em Cristo"! Ao estudarmos este texto encontramos. "um maravilhoso hino de louvor". Itamir Neves 25 LOUVOR PELAS BÊNÇÃOS DIVINAS PARA OS CRISTÃOS EF. a natureza das bênçãos é espiritual. e o Espírito Santo selando (13-14). o Filho redimindo (7-12). era uma realidade experimentada no cotidiano. Na verdade. O Plano Divino em Relação ao Ser Humano. a seguinte afirmação: Diante das bênçãos divinas em todos os tempos cada cristão deve viver para o louvor da glória da graça de Deus Nestes versos encontramos os três tempos em que as bênçãos divinas que nos motivam a viver para o louvor da graça de Deus foram concedidas a cada cristão . pois vem do Espírito Santo. embora ainda não fosse uma doutrina elaborada e estudada. estes doze versos formam uma única sentença gramatical complexa. Também podemos ver nesse parágrafo singular. Nessas ações divinas concedidas aos cristãos a origem das bênçãos é de Deus. em síntese. a esfera das bênçãos é em Cristo. esse parágrafo é uma maravilhosa introdução ao livro de Efésios que revela A Nova Sociedade de Deus. através de Cristo. Nesse parágrafo encontramos uma referência deliberada à Trindade que. para uma nova criação que Deus estava fazendo.3-14 Introdução No grego original.Efésios . e. nessa estrutura trinitariana o Pai elegendo (36). o conhecimento pessoal de Deus. O amor divino teve como propósito. isto pode significar também . antes da fundação do mundo Deus formulou um propósito na sua mente. é onde Cristo reina supremo e nos reinamos com Ele .1. gratuitamente. Mas.3. O Pai nos abençoou através da sua escolha . Mesmo ainda quando não existíamos o Pai resolveu tornar-nos seus filhos. 2. A única evidência do chamamento.1.10.10 e os principados e potestades continuam a operar desejando nos derrotar .4. A conseqüência dessa 1a estrofe termina com um duplo propósito: 1)devemos viver de modo irrepreensível e santo.4. ela nos estimula à santidade. É o mundo invisível da realidade espiritual . Ao invés dessa verdade nos deixar relaxados. Quem escolhe quem? Deus nos atrai com sua escolha.1. Santo. 2)devemos viver para o louvor da glória da sua graça . a nova sociedade proclama a multiforme sabedoria de Deus . Itamir Neves 26 I. Essa frase é uma repetição. sobretudo Deus é amor. no Amado! 4.6! 3. 4. Deus é soberano em seus planos eternos. 5. A bênção é espiritual. 4. a presença e a direção do E. Não é um local geográfico.v. através da redenção em Cristo. pois este é o seu alvo. e irrepreensível . 2. o seu propósito.3. é um reforço da verdade que Paulo colocara.2. liderança das nações.v. Só em Efésios essa expressão ocorre 5 vezes (1.1. Antes de existirmos para não que nenhum mérito fosse nosso. Ele nos concedeu tudo isso de graça em Jesus. As bênçãos materiais do NT são alimentação. 11 6. o chamamento era para sermos santos e irrepreensíveis.v.3. puros. Há um contraste com as bênçãos do AT. 1. A sua essência é amor! 7. 3.1. A doutrina da eleição ou predestinação demonstra a soberania e o amor divino 6.5 5.2.3 2. essa predestinação tem como fonte o amor divino. pois Jesus já fora oferecido. O Pai nos abençoou com bênçãos nas regiões celestiais . O Pai nos abençoou com toda sorte de bênçãos espirituais . fruto na vide e oliveira. Mas. Ele nos escolheu não para oferecer sacrifícios. 6.4 3.3. segundo o beneplácito. Essa escolha.4. 5. O Pai nos abençoou antes da fundação do mundo . 2. 5.4.6.bênção do Espírito Santo.3-6 1. 4.2. Sua decisão se deu no passado (aoristo) de modo absoluto. 3.separados. 6. 6.4. Nesse parágrafo a escolha e a predestinação estão nos vs. Esse propósito envolvia planos em relação a Cristo e em relação a nós.12. 4. 5. com o seu amor eterno. através de Cristo e nós respondemos e decidimos aceitando o seu presente.1.3.3.Efésios .1.2. o perdão dos pecados. 2. o seu plano era nos tornar filhos adotivos. moradia. o seu bom propósito. Deus nos amou no seu Filho amado. 20.v. 6. e as demais coisas serão acrescentadas ao buscarmos em 1o lugar o seu reino e a justiça divina. 2. que eram em grande medida materiais: uma boa colheita. 3.1.estudos expositivos Prof.3. Mas com toda a polêmica. 5.2.4. 3.3 1.v. abundância de gado e de ovelhas. Alguns entendem que Jesus é o predestinado.12). isto é. 1. Na eternidade.20-21. As bênçãos espirituais do NT são a lei de Deus escrita em nossos corações.6.6 . porque éramos ímpios e culpados. É onde a igreja.vida imaculada (sacrifícios do AT).3.2. 2.v.3.1. 1.4 4. No PASSADO os cristãos foram abençoados pelo Pai . A escolha. vemos o amor e a sabedoria. O Pai nos abençoou através da sua predestinação . da eleição é uma vida santa . v.12 . Redenção. soltar. 7.v. Em Jesus.10 5.v. na nova era.19. A conseqüência dessa 2a estrofe termina com um duplo propósito: 1)devemos viver para o louvor da sua glória. arremessar.20.7 1.1.v.3.7 3.1.3.4. Jesus é a concretização da graça derramada de forma sábia.v.3.2.At 4.18 4. pertencemos adotados ao povo de Deus e ao mesmo tempo também temos herança. mensagem que vem do AT Is 55.13 2.19 6. A expressão "pelo seu sangue" significa a morte redentora de Jesus na cruz do Calvário. Jesus. 3. a esperança da glória. Jesus é o canal .20-31 6.Deus é rico em perdoar. inteligente e prudente. da vontade de um Deus pessoal que está ativo no mundo. isto é.4. Algo pensado.3. sem defeito e sem mácula.v. abundantemente 4. Jesus é a manifestação da graça .14 a dívida era as ordenanças Gl 3.Êx 19. 2. isto é no tempo certo.9-10 5. é a nova sociedade . o mistério oculto já revelado é: Cristo em nós. o bom propósito . O sangue de Cristo foi o preço pago a Deus Cl 2. O Filho nos abençoa com a herança . O sangue de Jesus tinha sido oferecido antes da fundação do mundo 1Pe 1. A igreja é a nova criação. Jesus nos redimiu. O Filho nos abençoa com a redenção .4. desde o AT .1. a graça atendeu a um padrão coerente onde não há injustiça.2. Jesus nos dá a Remissão que significa escapar do justo juízo de Deus 3.8 4. inaugurada por Jesus . Isto é. a compra por outro senhor implica num chamamento para um novo trabalho 2. livrar 3. Em Jesus a Remissão é o perdão pelos nossos pecados 4. isto é. organizado 5.4. jogar para longe.9 5.afeta o céu e a terra . Em Jesus o bom propósito de Deus é a realização dos planos. e.o desígnio de Deus para com a raça humana.esperança da ressurreição 1Co 15.v.estudos expositivos Prof. O Filho nos abençoa com a revelação do mistério da sua vontade . o mistério era convergir (reordenar) em Cristo todas as coisas .3.1.1.10 6. cf Gl 4.4. O sangue precioso. O Filho nos abençoa com o derramamento da graça .v.4. O Filho nos abençoa com a remissão dos pecados . 2. agora revelado (tirar o véu) era a vontade.5. No PRESENTE os cristãos são abençoados pelo Filho .2. Mq. Redenção lembrava que a comunidade era composta de ex-escravos do pecado 1.3.nova criação Não há outro nome . conduzindo o mundo para a realização do que Ele planejou 7.Sl 130. Em Jesus a herança nos possibilita ter esperança .v.v. somos co-herdeiros. 2)devemos fixar nossa esperança em Cristo . Jesus nos dá a Remissão que é a libertação da condenação dos nossos pecados 3. algo que vai além do raciocínio humano . Itamir Neves 27 II.4.2.A salvação é em Cristo .Efésios .2. Em Jesus somos predestinados segundo o bom propósito soberano de Deus 6.12 . Jesus.7 4. como de cordeiro.não tememos por medo mas por alegria .7-12 1. O Filho nos abençoa com o seu sangue . nova época.11 6.2. 7 2. desprender.v.Com Deus está o perdão para que o temamos. o mistério oculto. no novo tempo. Jesus perdoa derramando o seu sangue em profusão. Em Jesus fomos feito herança. planejado. Jesus.4. Redenção significa livramento mediante o pagamento de um preço 1. o mistério foi revelado na plenitude dos tempos. 23. Jesus.1. Redenção tem por alvo aquele que está escravizado 1.1. de Cristo 1Pe 1.9-10 5. Jo 3.11.2.Rm 1.4. cf. O ES ilumina e iluminará todos quantos querem entender a Palavra de Deus 1. O ES nos lava e regenera. 16. Ez 36.5 5. Não há vida cristã sem a ação do Espírito Santo . e. Palavra grega que veio dos mercadores fenícios. pagamento inicial como garantia que o restante seria pago. nos limpa e nos dá nova vida – Tt 2.3.17.1. 2)devemos viver para o louvor da sua glória.3.3. O ES em nós é a garantia de que. entrada. O Espírito Santo aplica a mensagem do evangelho 2.Jo 1. O Espírito Santo inspirou a Palavra que nós ouvimos 1.1.Is 44. O Espírito Santo é a concretização da promessa divina 5. O ES nos lava e renova. A vinda do Espírito Santo se dá concomitantemente à salvação 4.13 3. O ES em nós é a garantia que Deus nos dá de que nossa salvação será consumada. O ES como selo é sinal de autoridade. Itamir Neves 28 III. O ES veio concretamente na história . no futuro.16ss. O ES inaugurou a igreja. Hoje. 14. Não nascemos do sangue nem da vontade da carne nem da vontade humana . seremos resgatados. isto é. a sua marca.1. depósito.26-27.5 4.1. 8. O ES sendo o Espírito da verdade. O ES é o penhor.2. O ES mostra a coerência entre o crer e a predestinação 3.16 2.Rm 5. Haverá o resgate . O ES foi prometido desde o AT . Quando um governante decretava algo intocável ele colocava o seu selo. At 1.1Jo 5.18 4. Jo 14.Efésios .3. O ES mostra que o evangelho são as boas novas de salvação 2.1.13-14 1. O ES como selo interno de Deus derrama em nossos corações o amor de Deus .4. a nova sociedade. Jo 1. A conseqüência dessa 3a estrofe termina com um duplo propósito: 1)devemos viver sob a direção do Espírito Santo. No FUTURO os cristãos serão abençoados pelo Espírito Santo . Ele deve ser louvado.estudos expositivos Prof.Rm 10.4.28-32 5. O ES mostra a necessidade de crer 3. de propriedade.2.1. nos limpara e nos faz nascer – Tt 2. 17 2.13 inspirou a Palavra da verdade 1.4. O Espírito Santo nos leva a crer 3. .2.5 3. O ES mostra que ao ouvir tem que se aplicar a fé para que se tenha resultado positivo 1.no final dos tempos. de autenticidade.At 2.2. isto é.1-4 5.3.3.1. incluiu todos . a nova criação. O ES na vida da pessoa indica salvação. O ES em nós é a garantia de que somos de Deus. O ES aplica a fé que vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Cristo . 6. 7. O Espírito Santo é o penhor da nossa herança 6. Conclusão Esta grande doxologia termina com o pensamento da possessão plena de tudo o que Deus planejou para os homens e com tudo isso.4.Mt 3. 6. 19 6.4.3. 10. isto é.5 2. devemos Lhe render louvor pela glória da Sua infinita graça.31-33.14. em cada estágio da revelação.31-33. Jl 2.At 2.5 5. 4.2. povo de propriedade exclusiva de Deus 6. O Espírito Santo nos sela 4. Jr 31. O ES como selo significará que o objeto selado chegará no seu destino intacto . é a mesma palavra que descreve o anel de noivado. O ES mostra que o evangelho é o poder de Deus para a salvação do que crê . O ES foi prometido no início da era messiânica . para conhecer Deus e a sua vontade para ela mesma. no pleno conhecimento e em todo o discernimento” (1. Quando incluímos alguém em nossa oração. "Agradecemos e pedimos porque cremos que a graça de Deus pode operar transformações que são impossíveis à natureza humana decaída" (Monteiro. Mas. Assim como a prudência é a capacidade de aplicarmos a sabedoria (8). Depois de exaltar a Deus e dizer que. deixando para trás qualquer tipo de preconceitos ou barreiras que pudéssemos ter em relação a ele. O mundo quer perceber que diferença existe entre aqueles que seguem a Jesus e aqueles que seguem outras divindades. Itamir Neves 29 A VERDADEIRA ORAÇÃO EF. na sua prisão domiciliar. o nosso relacionamento com essa pessoa passa a ser diferente. refletindo a luz de Jesus (Mt 5.16). A igreja atual precisa de discernimento porque nesses dias o mundo tem cobrado uma presença mais eficaz da igreja na vida das pessoas e da sociedade. Paulo continua na presença de Deus.9). Ele glorifica a Deus pela "tão grande salvação" da qual fomos alvo. uma vez que ela é luz.15-23 Introdução Quando alguém argumenta conosco pode ou não nos convencer. Na carta escrita aos filipenses. para conhecer a si mesma. nos tornamos mais sensíveis à vida e à necessidade do nosso próximo. Nessa. o nosso alvo de intercessão e. agora. e não encontramos grupos ou cristãos totalmente maduros pelos quais não temos o que pedir. Discernimento é a capacidade de aplicar o conhecimento.Efésios . objeto de nossa intercessão. para conhecer o mundo onde está plantada. Paulo orou em favor daquela igreja. 12 e 14). Efésios nos cativa e por certo cativou os seus primeiros leitores porque nós e eles somos objetos da oração do apóstolo Paulo.29). por três vezes. Ele pediu a Deus que eles tivessem o amor aumentado “mais e mais. como em outras orações temos gratidão e intercessão. assim também somos transformados. em nossa vida de intimidade com Deus. mas baseado nessa bondade divina ele pede a Deus que os recursos necessários para uma vida de louvor estejam a disposição de todos os seus leitores. nessa mesma época em que estava preso em Roma. assim também a igreja precisa de conhecimento e discernimento para saber viver no meio de um mundo em trevas. Isto nos faz destacar a seguinte verdade: Não encontramos grupos ou cristãos totalmente imperfeitos pelos quais não temos o que agradecer. é interessante que além do conhecimento Paulo pediu que Deus lhes desse também discernimento. Mas quando alguém ora conosco.estudos expositivos Prof. inspirado que foi pelo Espírito Santo. Naquele pedido percebemos a necessidade que a igreja tem de conhecimento intelectual. p. . intercedendo em favor dos seus leitores. que devemos viver para o louvor da glória da Sua graça (conforme os versos 6. Quando oramos obtemos um duplo efeito: há transformação na vida daqueles por quem oramos e também experimentamos transformação em nossas próprias vidas. 1. Quando colocamos o nosso próximo na presença de Deus cremos que Deus é poderoso suficientemente para transformar aquela vida. 15-16 1. Fidelidade para com os irmãos 2. mas. Itamir Neves 30 Quando a igreja.1. vs. em Cristo.15 2.Efésios .4 1.15 1. não conhecemos a Deus sem a iluminação do Espírito Santo. quando a igreja.1. o apóstolo nos desafia a também agradecermos a Deus por toda sorte de bênção espiritual que Ele nos têm concedido desde a eternidade.2.2.cf. nas regiões celestiais. Em 2º lugar. 29) necessitamos manter um equilíbrio perfeito entre o louvor e a oração. mas por outro lado devemos pedir ainda mais tudo quanto ele tem para nos oferecer.1.v. mas para isso é necessário que compreendamos completamente a extensão dessas maravilhosas bênçãos que temos em Cristo. não sabe como mostrar amorosamente a diferença que existe entre ela. Cl 1. Por isso. Precisamos mais do que nunca em nossos dias conhecer a origem. Pelo testemunho da fé ou fidelidade . nos versos 3-14. mas cf. Amor para com o Senhor Jesus 2. Amor para com os irmãos (com dúvidas textuais). chamada cristã. formada por seguidores de Jesus e os seguidores de outras seitas e outros gurus. o propósito e a missão da igreja. O estudo dessa carta escrita aos efésios nos ajudará nessa tarefa. a natureza. Fé no Senhor Jesus .16 3. no desejo de se contextualizar.4 3. especificamente essa oração do apóstolo Paulo pode nos ajudar muito em conquistar o nosso objetivo. Cl 1. Gratidão a Deus . ao agradecer. Através das orações - . Diante dessas observações é possível sintetizar assim esta oração de Paulo: A verdadeira oração dirigida a Deus deve ter por objetivo a ampliação do conhecimento espiritual de todos os cristãos. Incessante 3. como diz Stott (p. desenvolve certas práticas mundanas demonstra que lhe falta discernimento. embora tenha o conhecimento da doutrina certa. gratuitamente.v.estudos expositivos Prof. Nestes versos encontramos 5 aspectos da oração que devemos fazer a Deus em favor de todos os cristãos: O 1º aspecto da verdadeira oração em favor dos cristãos é agradecer a Deus por suas vidas. Pelo testemunho do amor .2. faz adaptações de certas práticas que vemos em outras religiões e seitas. Porém precisamos discernimento espiritual para saber aplicar esse conhecimento. isto é.v. Por um lado devemos agradecer por tudo quanto Deus já nos deu. nos versos 15-23 o apóstolo pede que os olhos espirituais dos cristãos sejam abertos e nos façam perceber que há uma dimensão sobrenatural no processo hermenêutico: não lemos a Bíblia como um livro qualquer. Para isso precisamos discernimento espiritual. Quando estudamos o primeiro capítulo de Efésios fica clara essa divisão: Em 1º lugar. no presente ou futuro O 5º aspecto da verdadeira oração em favor dos cristãos é pedir pela centralidade de Cristo.v. Ele é o Deus do nosso Senhor Jesus Cristo 1. vs.2.20 2. Itamir Neves 31 O 2º aspecto da verdadeira oração em favor dos cristãos é pedirmos pelas ações da Trindade.20 2. Ele é o Espírito de revelação do pleno conhecimento de Deus O 3º aspecto da verdadeira oração em favor dos cristãos é pedirmos por visão espiritual. Ele é o "ambiente" no qual temos as bênçãos espirituais .Efésios . Pedimos as ações do Pai porque ele é: 1. “Em Cristo” a igreja tem sua razão de existir – 3. Cristo está acima de todos os poderes angelicais. Para que através da iluminação do Espírito Santo seus olhos espirituais vejam qual é a esperança para a qual fomos chamados .v. 18-19 1.19 O 4º aspecto da verdadeira oração em favor dos cristãos é pedir pela sublimidade de Cristo.1. Para que através da iluminação do Espírito Santo seus olhos espirituais vejam qual é a suprema grandeza do poder de Deus para com todos que cremos .1. "Em Cristo" vemos os planos divinos para com os seres humanos salvos . a vida humana só tem sentido com o conhecimento pleno de Deus! .estudos expositivos Prof.v. "Em Cristo" vemos o poder divino . vs. Pedimos as ações do Filho porque ele é: 2.1.1. Cristo é complementado pela igreja 3. 3.2.1. vs.v.2.v.1.v.3 2. Para que através da iluminação do Espírito Santo seus olhos espirituais vejam qual é a riqueza da gloriosa herança dos santos . Cristo está assentado à direita de Deus nos lugares celestiais 3.2. "Em Cristo" vemos v.18 3. Cristo tem todas as coisas sob os seus pés 1.2. Cristo foi dado à igreja para ser o seu "cabeça" 2. cf.17 3. 20-21 1. Cristo tem o nome que está acima de qualquer outro.2.2. Ele é o Deus.v. "Em Cristo" vemos os planos divinos para com os seres angelicais caídos .18 2.21 3. Cristo age (enche) em todas as coisas por meio da igreja Conclusão A resposta a essa oração é o conhecimento mais amplo da plenitude da divindade para que a coletivamente a igreja ou os cristãos individualmente possam experimentar a realidade da vida. "Em Cristo" é a maneira de nos relacionarmos com a divindade .v. Cristo foi ressuscitado dentre os mortos 2. isto é.1. vs.1.22-23 1. Cristo tem a igreja como seu corpo 3. Pedimos as ações do Espírito Santo porque ele é: 3. o Pai da glória 2. 17 1. Ele é o Senhor ungido.22-23 2.2.10 e 6. "o Cristo" . Cristo é o cabeça de todas as coisas 2.v.12 3. 22 1. Ele é o Espírito de sabedoria 3. Se não fosse a graça divina não teríamos a experiência da nova vida. É filho da ira 5. Quem são os seres humanos sem Deus – v.2. 1-3 1. 2-3 3. Andam segundo o príncipe da potestade do ar 2. da vida espiritual. A graça divina muda a situação do ser humano sem Deus – v. Neste primeiro parágrafo verificamos que Deus é o idealizador da nossa salvação. unindo judeus e gentios numa só família.1.1.2. O caráter do ser humano sem Deus – v. 2. Morto nos delitos 1. Fazem a vontade dos pensamentos 4. O apóstolo Paulo neste texto apresenta-nos um vívido contraste entre o que o homem é por natureza e o que ele pode vir a ser mediante a graça de Deus. Todos nós que andávamos dessa maneira 5. mostrando-nos também o Seu propósito para com esse novo povo. a Sua família.1-10 Introdução Iniciamos o estudo do capítulo 2 onde Paulo nos apresenta as ações divinas realizadas em nosso favor.3. Morto nos pecados 2.Efésios . Todos os demais . As práticas do ser humano sem Deus – v. É filho da desobediência 4.estudos expositivos Prof. Encontramos nestes versículos alguns aspectos da ação da graça divina que nos concedeu a nova vida: I.1. Ele elaborou um plano e o desenvolveu até o final. podemos resumir esses versículos fazendo a seguinte afirmação: Todo cristão deve reconhecer que a graça divina é a causa fundamental de experimentarmos a nova vida. 2-3 5. 2-3 2.1. Diante dessas constatações. Neste primeiro parágrafo constatamos que estávamos numa situação desesperadora de desonra e total incapacidade de nos relacionar com Deus.2. Fazem a vontade da carne 3. 2-3 4. 1 1. FRUTO DA GRAÇA DIVINA EF. Nesses primeiros 10 versículos encontramos uma narrativa do que Deus fez em favor de cada um de nós e qual o Seu propósito para com cada um individualmente.1. Mas aqui mesmo constatamos que pela graça divina Ele nos concede uma transformação radical. O caminhar do ser humano sem Deus – v.2. Andam segundo as inclinações da carne 3. 11-22 veremos o que Deus fez pela humanidade. A condição do ser humano sem Deus – v. Itamir Neves 32 A NOVA VIDA.2. Aqui Paulo está descrevendo pessoas que experimentaram uma mudança completa: elas eram desobedientes e filhas da ira e agora são feitura de Deus. dando-nos uma nova posição de honra e poder. poema divino para a realização da Sua vontade planejada de antemão para cada um deles. Andam segundo o curso deste mundo 2. Nos versículos seguintes. 5 2. Qual é a responsabilidade do ser humano sem Cristo? 1. 1. Não vem de vós.1.2. para que ninguém se glorie III.2. viver pela fé o projeto de vida preparado por Deus. 8 5. Viver seguro da nova posição em Cristo Jesus. o grande amor.2.2. Poema divino 1.2. Sua bondade para conosco. Reconhecer que a graça divina é a causa fundamental de experimentarmos a nova vida. nascidos de novo 2. “Em Cristo” 3. 2. 6 3.2.1.2. Somos salvos pela graça – v.1. Valorizar a misericórdia. Deus nos deu vida – v.4 1. Depositar fé incondicional em Cristo.5. Deus nos deu vida juntamente com Cristo – v. Deus planejou a vida dos seus filhos 5. 1.2.1. Suprema riqueza da sua graça 4. e. em Cristo Jesus 5. e. 2. Somos salvos mediante a fé – v. A graça divina é revelada na eternidade – v. As boas obras do cristão provam que Deus está agindo continuamente Conclusão 1. Qual é a responsabilidade do ser humano com Cristo? 2. 1. A graça divina é misericordiosa – v.1. Deus nos fez assentar nos lugares celestiais. Estar convicto de que está separado. Antes da fundação do mundo 4. 2.1. Somos feitura de Deus 1. Deus preparou as boas obras para que andássemos nelas.1. É dom de Deus. A vida do cristão se caracteriza pela realização das boas obras 5. Somos criados para as boas obras 3. Desejar mudar de vida. A graça divina age em favor de cada um dos seres humanos – v. em Cristo 4.3.5 3. As boas obras são o resultado da salvação 4. 2. Deus nos ressuscitou juntamente com Cristo 3.Efésios . 4-9 1. A graça divina nos salva gratuitamente – 5.2.3.8.1. O amor de Deus é a causa da sua misericórdia 2. 1 2.4. Deus é rico em misericórdia 1.1. sem Cristo. 10 1.2.4.2. 5. não vem de obras 5. As boas obras não nos conduzem à salvação 3. Baseando-se na graça divina. Arrepender-se dos seus pecados.1.7 4. Reconhecer sua situação de morto espiritual.2. Deus preparou as boas obras de antemão 4.2. A graça divina nos dá uma posição honrosa – v. Recriados. Itamir Neves 33 II. a vivificação e a bondade divina para conosco.estudos expositivos Prof. A graça divina preparou a nova vida dos seres humanos – v.4. Somos criados em Cristo Jesus 2. Disponibilizar-se para as boas obras com o objetivo de glorificar a Deus! . Obra de Deus 2. A graça divina é vivificante – v.1.1.2.1. 2.2. 1.1. 9 5.5. sem identidade coletiva. Era uma condição passada.19). do processo que Deus desencadeou para alcançar a cada um dos seres humanos.1. A nossa condição sem Cristo – v.4-9 e 13-18). Paulo. Neste parágrafo Paulo nos mostra também o eterno propósito. na carne. Éramos chamados incircuncisos. . A nossa situação sem Cristo – v. Estávamos separados da comunidade de Israel. de fazer por meio da redenção de Cristo. um corpo (v. nos faz lembrar também de outras imagens que podem ilustrar a nova relação Deus-homem.11-22 Introdução Paulo. Estávamos sem Cristo. no parágrafo anterior (2. Nos primeiros dez versículos deste capítulo Paulo tratou da restauração do indivíduo. um novo homem. unindo judeus e gentios numa só família. sem sentido para a vida. etc. 1. 1.19). No Novo Testamento temos várias figuras sobre a Igreja: comunidade.3. Estávamos estranhos às alianças da promessa. ao declarar a justificação a figura nos relembra um tribunal onde o réu ao invés de ser condenado é inocentado. contando com os ídolos. para eliminar a inimizade entre os judeus e os gentios. e 2.11 1. 11-12 1. e 1. Éramos desprezados pelos que tinham sinais humanos 2. na família de Deus.15).1. Assim. sem o amparo divino.Efésios .estudos expositivos Prof.10 e 19-22). Nestes versículos Paulo trata da restauração da humanidade. noiva. finalmente. em resumo. Nesse parágrafo ele nos apresenta a humanidade como um todo. b) O que Deus fez por nós em Cristo (v. Éramos gentios. Itamir Neves 34 A VERDADEIRA FAMÍLIA DE DEUS EF.2. da vida pessoal. Ao falar sobre a propiciação a figura nos relembra o cerimonial do Templo. Estávamos sem Deus no mundo. 2. podemos dizer que Todo cristão deve reconhecer que é um grande privilégio participar com Deus da criação da sua verdadeira família. 2. transformando-os num só povo. diante de todas essas considerações.12 2. Nestes versículos encontramos 3 verdades sobre a verdadeira família de Deus.16). concidadãos dos santos (v. Vemos o que Deus fez pela humanidade. sem garantias do favor de Deus. nos mostrou como Deus já tinha planejado as boas obras para que cada um de nós andássemos nelas.3. da coletividade. ao mencionar o termo redenção a figura nos relembra a compra de um escravo na praça do mercado. ao mencionar no versículo 16 a reconciliação efetuada por Cristo. e. c) O que somos (v. I. e.1-3 e 1112). Efésios é o livro por excelência que trata sobre a Igreja. sem a expectativa de um redentor.5. Era uma condição que deve ser lembrada. santuário dedicado ao Senhor (v. estrangeiros.4. lavoura. 2. 13 e 17). videira. do processo que Deus desencadeou para reconciliar.21). 2.4. e. Nesse texto Paulo repete a estrutura do 1º parágrafo: a) O que éramos sem Deus (v.2. Mas. da raça humana. família de Deus (v. Neste texto encontramos mais algumas figuras que descrevem a Igreja: aproximados (v. Estávamos sem esperança. isto é. 1.5. ao mencionar o termo reconciliação Paulo nos faz vislumbrar o reatamento das relações no ambiente de uma família. justificado. edifício.1-10) nos mostrou a restauração do indivíduo. A primeira verdade descreve-nos antes de Cristo – v. novo homem (v. a Sua família. sobretudo. 2.3. Devemos chegar à maturidade. Não somos peregrinos – v. em Cristo 2. Através da evangelização de Cristo temos paz e acesso ao Pai. Deus elimina o nosso triste passado 1. A terceira verdade descreve-nos em Cristo – v. 19 1. vivamos como família de Deus! . Devemos nos amar mutuamente.2. Temos Jesus como a pedra angular e os apóstolos e profetas como fundamento – v.3. Através de Cristo temos paz.2. Devemos nos edificar mutuamente. Devemos ser unidos (Sl 133. 2. Não somos estrangeiros – v.estudos expositivos Prof. A posição antiga 1.4. 20 1. 13 2. Como membros da família de Deus 2.1. Vamos crescendo em dedicação ao Senhor – v. 2. Itamir Neves 35 II.5. Não precisamos estar em inimizade – v. Chamamos a Deus de Pai.5.2. em um Espírito – v.3.14 1.3. 2.22 Conclusão 1. A segunda verdade descreve as ações de Deus em nosso favor – v. Através do sangue de Cristo fomos aproximados – v.4.5. 19 1.21 2. Não precisamos estar separados do Pai – v. 14 1. 21 1.13-18 1.15 2. 1. Somos os concidadãos dos santos – v. 1. Através da obra de Cristo 1. Não somos raquíticos sem crescimento – v. Não somos sem propósito – v.3b).3.5. Somos da família de Deus – v. 1.17-18 2. Devemos abençoar-nos mutuamente (Sl 133.1.1. Não precisamos estar sob o jugo da lei em forma de ordenanças – v.2.16 2. Através da cruz de Cristo promoveu-se a reconciliação formando um só corpo – v.17-18 III. a parede da inimizade foi derrubada – v. Deus nos dá um alegre presente.13 1.19 2. Somos edificados para a habitação do Espírito de Deus – v. Temos nova posição. Formamos com os nossos irmãos a grande família de Deus (Lc 18. Já que somos família de Deus.1. 2.16.4. Temos muitos e diversos irmãos. Não estamos soltos sem uma base – v.5. A nova posição em Cristo 2.Efésios .22 2. Chamamos a Deus de Pai nosso.1.4.14 2.4.1.15 1.2.20 2.1). e 2.4.19 2.19-22 1. Através de encarnação de Cristo a antiga aliança foi abolida – v.5.28-30).3. e 1. Não precisamos estar separados – v. Não precisamos estar longe – v. Por isso. que está edificado sobre a rocha. concedendo ao cristão e a igreja uma nova posição. mas antes de fazê-la. através do ministério de Paulo. podemos dizer que este parágrafo nos diz que: Todo cristão é desafiado a não desfalecer diante das dificuldades originadas pela vivência e proclamação do mistério de Deus. Paulo fala sobre si mesmo e se coloca como uma das pedras do alicerce. em resumo.11-22. neste 3º capítulo é apresentado como a co-herança e a co-participação dos gentios juntamente com os judeus nas promessas do evangelho de Cristo. apresentado no 2º capítulo como a co-cidadania nos santos e a membresia na família de Deus pelos gentios. neste primeiro parágrafo do capítulo 3 ele apresenta sua autobiografia. Este texto é importe porque responde a algumas perguntas básicas da fé cristã. em Cristo Jesus. o santuário divino.21-22).Efésios . A igreja.estudos expositivos Prof. mas ao mesmo tempo.1-13 Introdução O capítulo 2 mostrou o que Deus fez individualmente e coletivamente. como um dos apóstolos e profetas. para habitação de Deus no Espírito" (2. 3. apresentado no 1º capítulo como a reconciliação cósmica de todas as coisas em Jesus Cristo (1. isto é. incluindo judeus e gentios como co-herdeiros. provoca nos cristãos a experiência do sofrimento. As palavras com que uma pessoa fala de si mesmo revela a maneira como ela encara a vida e a si mesma. que foi exposto no último parágrafo. a pedra angular. Paulo inicia uma nova oração em favor dos cristãos de Éfeso. habitado pelo Espírito Santo. . a igreja proclama a multiforme sabedoria divina diante dos principados e potestades nos lugares celestiais. para ser expandida para todos. co-participantes da promessa do evangelho e membros do mesmo corpo. agora revelado. Este trecho pode ser interpretado como um parêntese que explica a função particular de Paulo no desenvolvimento do propósito eterno de Deus. Itamir Neves 36 O MISTÉRIO DE DEUS REVELADO EF.. como por exemplo: 1) Até que ponto estamos dispostos a sofrer para proclamar as insondáveis riquezas de Cristo? 1) Qual foi o mistério de Deus que esteve oculto mas que agora estava sendo revelado? 2) Qual é o instrumento que Deus utiliza para demonstrar a sua multiforme sabedoria aos seres espirituais? 3) Que garantias podemos ter de que as palavras que ouvimos dos nossos instrutores são resultado de revelação divina? 4) Podemos crer que cada cristão tem uma missão específica no reino de Deus? 5) Qual a expectativa divina para com os cristãos. em sua vida de manifestação do mistério divino. Este parágrafo nos mostra três verdades sobre a proclamação reveladora do mistério de Deus. mostrando sua autoridade apostólica recebida por meio da graça de Deus atuante em sua vida. em 2.. diante do sofrimento daqueles que proclamam o mistério de Deus revelado? O mistério de Deus. revelado em Cristo. que é o Senhor Jesus Cristo na construção do "santuário dedicado ao Senhor .10). A 1ª verdade refere-se a descrição do proclamador do mistério de Deus – v. Paulo forma o fundamento da igreja que tem em Jesus a pedra angular. 2.1.v. O mistério de Deus. 9-10. Gl 4.v.5. O requisito é disponibilidade de sofrer até a falta de liberdade .2.2. preso em cadeias.v.6. O ministério é graça de Deus segundo a força que atua pelo Seu poder -v 7. O ministério da revelação do mistério é uma graça concedida por Deus . 2.1.2.2.4 3. O requisito é disponibilidade de amor sem distinção .2.1 1. e Fm 1.10 5. A 2ª verdade refere-se ao conteúdo do mistério de Deus – vs.3-4 3. Identificação com outros cristãos.v. cf.v. 6 1.20 3.1.v. 2. Não apenas literalmente. Santo entre santos 5.2.6. Outros apóstolos e profetas tinham recebido revelação do mistério divino .8 5.2. por estar preso ao ministério.1. cf. Mas prisioneiro. Ministro do Senhor 4. O mistério de Deus.18-19 5. A co-participação dos gentios e judeus na promessa pelo evangelho . O mistério de Deus.2.8 II. agora revelado tem um conteúdo central 4.1 2.v. separados do mundo.1.v.10 . O ministério é o anúncio a todos do evangelho das insondáveis riquezas de Cristo .Efésios .estudos expositivos Prof. menor dos menores .v.1.1 1.v. O mistério de Deus deve ser revelado em todas as dimensões 5.2. sentimento de pequenez. A co-membresia no corpo de Cristo .1.1.v. agora revelado requer disponibilidade 1.2. 1-8 1. Revelador do mistério de Deus 2. cf.v.v. Significa a dispensação da graça divina para com todos.1. pela proclamação .9 2.2. Itamir Neves 37 I. consagrados a Deus . 2.v. O plano divino estava oculto das gerações.8 5.3-4 3. 9 2. O plano divino confirma que a revelação de Deus foi progressiva . Prisioneiro de Cristo 1. Apóstolo e profeta 3. incluindo os gentios . 1.1. A co-herança dos gentios e dos judeus . 9. cf.13-15 4.v. agora revelado tem significado especial 2.5 4.v.3.5 4.2 2. n os lugares celestiais a sabedoria de Deus . agora revelado demonstra o plano divino 3. Significa uma revelação que só pode ser discernida espiritualmente . O mistério de Deus.Santo . A igreja revela aos seres celestes. como título. O menor dos santos.v. A igreja revela (torna conhecido) a multiforme sabedoria de Deus .v.1. 4.6. O mistério não é entendido por raciocínio humano mas por revelação do E. até a plenitude dos tempos .16-17 4. cf. v. A dispensação é a administração. As insondáveis riquezas de Cristo . 4. cf.v.2. Podemos ver o coração do apóstolo Paulo: 2.v. o administrador de tão grande presente.2. Itamir Neves 38 III. Rm 8.10-11 3. 5.12.v.10.1.10 3.3. Hb. Podemos ver o seu altruísmo.13 5. confiança. Esse mistério é maravilhoso demais para ser entendido. Através das tribulações temos oportunidade de glorificar a Deus .3. da maravilhosa salvação em Cristo Jesus.v.11 4.1-3 e a ser descrito em 4.v.18.v.v. certeza da aprovação divina . É preciso fé.3.liberdade de expressão . descrito em 2. Pregar aos gentios .1. mediante a fé . A igreja deve manifestar os segredos do Deus criador . cf. 2. mas a Palavra não está presa.v. 1. O cristão pode estar acorrentado. 1Pe 1. Á "iluminação" deve revelar que Deus teve sempre o propósito de salvar judeus e gentios 2. 1. a revelação do segredo que esteve oculto em Deus.19-22. Podemos ver o seu encorajamento a que nos unamos a ele na proclamação ao mundo.1.os ilimitados recursos que se encontram em Cristo. A autoridade da igreja ao pregar é originada da graça divina.1. A igreja deve mostrar que o eterno propósito divino foi estabelecido em Cristo . É possível termos ousadia.19 4.Efésios . ausência de barreiras. Podemos ver o seu deslumbramento com o grandioso e complexo plano divino de salvar a humanidade. lit. É possível termos ousadia.cf.2.12 3. Rm 11. 2.3. . O Deus criador é soberano e dispõe soberanamente dos destinos dos homens. A igreja deve gloriar-se. 1.13 Conclusão Nestes versos: 1. Pregar as boas novas é o papel do embaixador. 12 4. 3.2.33-36. 5.9 2. A igreja deve tornar conhecida a multiforme sabedoria de Deus . A igreja deve proclamar o mistério de Deus: as boas novas de Cristo a todos . alegrar-se por esse ministério revelador 5. A igreja deve manifestar agora.estudos expositivos Prof.2. A 3ª verdade refere-se a igreja cristã como manifestadora do mistério de Deus 1. 3. nos lugares celestiais .1. A igreja deve anunciar a nova possibilidade para com Deus .cf. Podemos ver a sua consciência de quão maravilhosa era a mensagem do evangelho que ele pregava. 12 4. É possível o acesso de judeus e gentios ao Pai.21. então alegre-se! .v.3. 8 1.17-19.v.um alto e emocionante privilégio de anunciar que o Messias prometido para os judeus era também o Salvador dos gentios.12 5. 2. Mesmo diante das tribulações de outros irmãos a igreja não deve desfalecer . A igreja é a concretização do complexo propósito divino de salvar a humanidade . 2. Qual a profundidade – “desceu” até o inferno nos libertando de Satanás 3.4. Esse amor nos faz tomados de toda a plenitude de Deus III. Através do conhecimento experimental. Nesta oração. pela fé. através de Cristo Jesus 3. Através da habitação de Cristo. Coletivamente 2.14-21 Introdução A característica mais importante na vida do verdadeiro cristão é o amor visto em Cristo. experimentemos esse verdadeiro amor que se vê em Cristo! Em resumo. 3. Deus merece que a igreja lhe dedique toda a glória. 18a 1.1. Qual a largura – alcança a todos os homens 2. em todas as épocas. Glorificamos a Deus porque Ele merece – v. Nesta oração Paulo apresenta três razões para conhecermos o amor de Cristo: I. O amor de Cristo torna o cristão distinto dos outros seres humanos.18-19 1. por pertencerem à família de Deus.3.21 3. vivencial desse amor – v.16 2.2. conforme o seu querer 3.1. Ele faz infinitamente mais do que pedimos 1. nessa oração a afirmação do apóstolo é: Todo cristão deve conhecer experimentalmente o amor de Cristo. pois Deus é amor (1Jo 4.1. Qual o comprimento – abrange todos os tempos 2.20a 1.1. Esse amor excede a todo entendimento 3.3.estudos expositivos Prof.2. Paulo pede a Deus que todos os cristãos. Itamir Neves 39 CONHECENDO O AMOR DE CRISTO EF. O poder se manifesta em nossas vidas. 20b 2. Devemos conhecer o amor de Cristo para vivenciar a magnitude desse amor . Através da compreensão da extensão desse amor – v. 19 3. O poder é de Deus e não nosso. Conclusão Você tem conhecido e experimentado este maravilhoso amor de Cristo? .Efésios . Qual a altura – do céu nos trouxe Jesus 2.2. Esse é o amor ágape – o amor sacrificial. Devemos conhecer o amor de Cristo para glorificar a Deus – 3.1. em nosso coração – v.2. Glorificamos a Deus porque o Seu poder opera em nós – v.2. Glorificamos a Deus porque Ele é poderoso – v.20-21 1. Esse não é o amor humano.1. Através da nossa fundamentação no amor do Pai.18b 2.16-17 1. O amor que o cristão recebe de Deus é o amor que ele deve demonstrar aos outros.8) – v.17a 3. Através do Espírito Santo em nosso interior – v. Devemos conhecer o amor de Cristo para receber poder espiritual – 3. Deus merece que a igreja lhe dedique toda a glória. 17b II. Através da compreensão da abrangência desse amor – v. Pessoalmente 1. conforme a nossa vontade 2. Ele faz infinitamente mais do que pensamos 2. Itamir Neves 40 O VIVER DIGNO NO CORPO DE CRISTO EF.8 e 5. do corpo de Cristo? A resposta a essa questão prática é apresentada por Paulo através da utilização do verbo andar. Jesus concedeu pessoas-dons para a liderança da igreja – v. membros do corpo de Cristo.1. Os santos são realizadores. Este texto nos mostra três maneiras de andarmos dignamente: I. Os líderes são capacitadores. uma só esperança. III. um só Deus e Pai. em 6 ocasiões nesses três capítulos: 4. um só batismo.2-3 Essas atitudes são: humildade. O crescimento em Cristo nos levará a praticar a verdade e o amor. Esse verbo indica o nosso “estilo de vida”.estudos expositivos Prof. a parte prática da carta.1-6 1.11 A liderança da igreja é plural: apóstolos. 3. A medida do crescimento é Cristo – v. A pergunta que se responde nesses capítulos é: Como deve andar a pessoa que foi salva graciosamente pela fé em Jesus Cristo.Efésios . pastores e mestre. a maneira como desenvolvemos nossa carreira cristã. profetas. 5.4. evangelistas. esforçando-nos para manter a unidade do Espírito. uma só fé.12 Eles devemequipar. 2. . Andamos dignamente ao desempenharmos nossas responsabilidades – 4. 5. 3. O crescimento é realizado por todos os membros – v.4-6 Há um só corpo. Porque as atitudes cristãs devem ser desenvolvidas – v. um só Senhor. II.1-16 Introdução Iniciamos a segunda parte da carta aos Efésios.1 A nossa vocação é mostrar que somos nova criação. O alvo é a unidade doutrinária – v. Diante dessa compreensão podemos. comportar-se. Andamos dignamente ao buscarmos a maturidade do corpo de Cristo – 4. 2.13-16 1. 4. suportar uns aos outros.2. mansidão. no vínculo da paz.2 e 2. proceder. Conclusão Quando andamos dignamente nossa vida será um exemplo de transformação e o corpo de Cristo será edificado alcançando assim o seu propósito. dizer que: Todo cristão é desafiado a andar dignamente como membro do corpo de Cristo.7-12 1. Porque fomos chamados para uma vocação – v. Andamos dignamente ao mantermos a unidade .10. cujo conteúdo abrange os capítulos quatro a seis. longanimidade. aperfeiçoar os santos para o desempenho do serviço deles visando a edificação do corpo. Porque temos por base a unidade que existe na Trindade – v. Os líderes têm sua responsabilidade específica – v.17 (2x). Cada cristão tem dons na medidado domde Cristo – v. 2. 4. além de ter usado esse mesmo verbo em 2.13-14 O objetivo é termos uma fé sólida em Cristo que impeça sermos agitados por doutrinas.14-15 A medida da estatura (tamanho) da plenitude de Cristo. embora em 2. O verbo andar indica o modo de viver. Nesta carta o verbo andar significa: agir. um só Espírito. 3.3 usou o verbo viver. em resumo.16 O próprio corpo se desenvolverá através da ação de cada membro.15. agora que é um membro da família de Deus.7-10 Os dons espirituais são distribuições da graça divina doado pelo Senhor Jesus Cristo. 4. O 2º recurso é saber que necessitamos conhecer mais a Jesus.16 1.13 II. Todo cristão tem uma tarefa geral .Efésios .4.todos sacerdotes para anunciar as virtudes 2. O 3º recurso é ter firmeza para resistir as falsas doutrinas . Pedro. 2. O 6º recurso é saber que necessitamos do envolvimento de todos os membros . crescendo na graça e no conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Isso indica que uma igreja madura é aquela que pode proteger seus membros dos ataques sofridos.16 1. . não dividindo a responsabilidade. Como podemos nos tornar maduros? Somente quando usamos os recursos divinos podemos nos tornar uma igreja madura.11 (capacitadores). O propósito é não sermos infantis na vida cristã 2. O 1º recurso é ter consciência da necessidade da unidade . A maturidade do corpo é alcançada através da realização das diversas funções Conclusão Por que existe tanta imaturidade entre os cristãos? Porque nos falta ver quem somos nós e quem é Jesus. Temos que alcançar a unidade . só alcançaremos esse alvo quando utilizarmos as capacitações que o próprio Senhor colocou à nossa disposição. Itamir Neves 41 CARACTERÍSTICAS DE UMA IGREJA MADURA EF. A vida verdadeira requer uma vida de amor mútuo. descritos no capítulo 2.12 (realizadores) VII. O 4º recurso é saber usar os instrumentos: a verdade e o amor . O conhecimento deve ser pleno III. Porque muitos cristãos querem controlar tudo.estudos expositivos Prof. Oconhecimento é experimental 2. O 7º recurso é saber que somos responsáveis pelo nosso desenvolvimento . este texto nos desafia a percebermos que: Somente quando usamos os recursos divinos podemos nos tornar uma igreja madura. portanto. o Filho de Deus . Porque a ansiedade pelo crescimento numérico sufoca o amadurecimento espiritual. A cabeça da igreja é Cristo 2. Todo cristão tem uma tarefa específica .4.4.4. O crescimento requer uma vida verdadeira 2.4.17-18) instrui seus leitores a guardarem-se e protegerem-se dos falsos mestres. estudar. Todas as realizações devem ser visar o crescimento e edificação 2.15 1.14 1.15 1. 4.1Pe 2. Na origem da palavra maturidade temos a idéia de "proteção". O 5º recurso é estar consciente da necessidade do crescimento em Cristo . Estes versículos nos revelam sete recursos a serem usados no amadurecimento da igreja: I.11-16 Introdução Sendo que o desejo do Senhor Jesus. no final de sua segunda carta (3.13 1. Porque gasta-se mais tempo no ativismo do que no amadurecimento (ler. meditar). como Cristo nos amou V. O crescimento deve ser completo (em tudo) VI. 4. o Senhor é ter uma igreja madura. estimulando também à vida madura.9 .4.4. O propósito é resistirmos os ataques dos falsos mestres IV. Jesus deu à igreja pessoas-dons que atuando nas suas esferas de capacitações possibilitarão a igreja atingir a maturidade pretendida pelo Senhor Jesus. Diante dessas colocações. Já somos unidos .13 1.4.4.3. v. não pecar dando lugar ao diabo .2 2. É necessáriotornar-se imitador de Deus .1 2.30 III.21 Introdução A seqüência do texto que Paulo iniciou em 4. Por isso.1. repartir .v.v.4. É necessárioremover o passado . Assumindo um novo proceder .3. A imitação da amabilidade divina . A compassividade . Despojando de tudo o que se relaciona com o passado .23 1. de maneira sintética. Ao invés de irar-se.v.v. O andar em amor.v.2. A benignidade .1.4. edificantes .17-22 1.5. Revestir-se do novo homem .estudos expositivos Prof. podemos dizer que esse texto nos diz que: Todo cristão é desafiado a desenvolver sabiamente um viver pessoal digno.2. Adotando o novo modo de andar . falar a verdade .23-30 1.17-19 1.4. em justiça e retidão .3.26-27 2. Depois de nos apresentar o comportamento cristão digno no contexto do corpo de Cristo onde é requerido de todo cristão relacionamentos que edifiquem a totalidade dos membros desse mesmo corpo.4. A blasfêmia 1. Vaidade dos próprios pensamentos . Abandonando o antigo modo de andar .28 2.22 2. coração duro .3.4.4.v.32 2. Ao invés de mentir.v.2. impureza completa . Remover o velho homem . Insensibilidade. como Cristo.4.4.17 . O perdão no padrão de Cristo .25 2.5.29 2.v. dissolução desmedida. 4.1.5.v.Efésios .3.5.5.32 2. A amargura 1. entregando-se pelos outros .19 2. Assumindo a nova vida . Renovação do entendimento espiritual .22 II.v. Ao invés de palavras destrutivas.18 1. A ira e a gritaria 1.5. Este texto nos mostra sete maneiras de desenvolver sabiamente um viver pessoal digno: I. Em síntese ele está dizendo que se a degradação dos pagãos é resultado da futilidade das suas mentes. As orientações deste trecho são extremamente práticas e desafiadoras.v.20-23 2. Paulo nos orienta como desenvolver esse novo estilo de viver em nossa vida pessoal. Ao invés de entristecer o Espírito Santo.2.32 2. Despojando do velho homem que se corrompe por desejos enganosos . a vida cristã digna depende da aquisição da sabedoria espiritual que só encontramos em Cristo.2 1. Revestir do novo homem criado segundo Deus.24 2.31-5.4.17 1.3.v.2 .2.v. manter o selo do dia da redenção .20-21 2. o mestre e o ambiente do ensino (discipulado) verdadeiro .1 ocorre agora sendo este um longo trecho que trata da dignidade que o cristão deve evidenciar nas diversas áreas do seu viver pessoal. vida alheia a Deus.1.2.25-30 2. Itamir Neves 42 O VIVER PESSOAL DIGNO EF.v.4.1.v. vida ignorante. Entendimento obscurecido. Ao invés de furtar.23-24 1.32 a 5. A cólera 1.1. Cristo é a substância. A malícia 2. Relacionar-se dignamente .4.31 1. com o vinho. Rejeitando as obras das trevas .5.21 1. O andar é novo: andamos como filhos da luz .15-17 1. Reconhecer a vontade de Deus .6-7 V. Falando entre vós . As trevas. O fruto da luz é agradável ao Senhor .2.2.3 1. Andando com sabedoria .v. O andar cuidadoso .18-21 .8 1.5.Duas ordens e quatro particípios 2. Obras infrutíferas das trevas devem ser reprovadas . insensatos . A reciprocidade 2.2. O andar sensato ao invés deinsensato . Ao invés de chocar com gracejos imorais. No temor de Cristo 2. ter palavras de gratidão .8-10 1. cheio do Espírito Santo.15 1.4 2.v.3. teremos um relacionamento harmonioso com Deus.5. A sujeição ou submissão 1.1.Efésios . Sabendo da certeza do julgamento .com salmos. Quando andarmos na plena vontade de Deus.13-14 VI. Ratificar o valor do corpo de Cristo . isto é.5.3-7 1.2. mas deixem-se encher (sede repletos) pelo Espírito.5.2.1.17 1.5-6 2.3-4 1.2.11 -14 2.3. Agradecendo constantemente por tudo VII.v. O andar remindo (resgatar Gl 3.1. impuro.5. entendendoqual a vontade do Senhor 2.5.16 1. Nem sequer mencionar algo sem pudor. Não andar como tolos.Cantando 2. Que possamos pedir e nos abrirmos para esse viver digno que Deus quer fazer em nós! .v. o dormir e a morte são derrotados por Cristo.5-7 2. 2. Rejeitar a participação na vida de trevas .1.v. A necessidade dotemor 2.11-12 2.estudos expositivos Prof.4. Vivendo em santidade .v.5. cânticos espirituais 2.1.5. Sujeitando-vos uns aos outros 1. a verdadeira luz . Itamir Neves 43 IV.1.2. Em Cristo é o ambiente de toda ação da igreja Conclusão O desafio deste trecho é deixarmos toda conduta incompatível com a nossa vida em Cristo e abraçarmos todo o viver digno de um verdadeiro cristão.v.8-14 1.v. Manifestando os frutos da luz .v. Refletir o viver na luz .15-20 1.v. hinos.5. Não participando com os desobedientes .1.1.5.13) o tempo .2. Não herdarão o reino de Deus aqueles que O provocam à ira . Não vos embriagueis (não deixem-se embriagar). Andando cheios do Espirito Santo . e cobiçoso .9-10 2. O andar compreendendo.15 1.Louvando com o vosso coração ao Senhor 2.5.5.5.4. Itamir Neves 44 A SUBMISSÃO MÚTUA OU O PRINCÍPIO DA SUBMISSÃO EF.Efésios . desfazendo a barreira. nutrir (veja 5.22.1 Escutar.estudos expositivos Prof. 5.21-6. reuniu num só corpo (a igreja) judeus e gentios.1-4 1.7-16). respeitar (contraste com 2Tm 3.4 Não ireis. através de palavras 2.21 a 6. Obedecer aos pais . A responsabilidade dos pais 1. No v. A responsabilidade da esposa 2.3). O princípio da submissão deve ocorrer na área do relacionamento familiar . instrução. A responsabilidade do esposo 1.1.1-6).1-13) eleva uma das mais belas orações da Bíblia (3.v.2. Paulo demonstra a importância da unidade (4. Estimar. 33 2. Liderar . não vivam repreendendo 1. 25.9 podemos sintetizá-lo dizendo que: É responsabilidade de todo cristão seguir o princípio da submissão em todas as áreas de seus relacionamentos. respeitar II. em Cristo. Ao lermos o texto de 5. mas em 5.15).2.5. Amar como também Cristo amou . 28. b) em relação a Deus . através até de disciplina física Admoestação. criai-os com ternura Educação. a importância de viver dignamente com sabedoria (4.14).19-20. reverenciar.v.17-18. em Cristo (1.6.6. Honrar os pais . A partir dos textos que compõe a parte prática da carta (capítulos 4 a 6). o muro da inimizade (2. em favor dos efésios e de todos nós.5. não encolerizeis. Submeter-se .5. correção.a palavra não consta de 5. disciplina.21.21 o apóstolo apresenta o princípio da mútua submissão. a necessidade de todos participarmos do desenvolvimento do corpo de Cristo (4.33:temer. ouvir. alimentar.1.1.5. O princípio da submissão deve ocorrer na área do relacionamento conjugal .6. ensinamentos (por na mente). submissão Respeitar .2. A responsabilidade dos filhos 2.9 Introdução Depois de um início de exaltação a Deus que nos tem abençoado com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais.2-3).4 Criar. 24: sujeição. Neste texto encontramos três áreas de relacionamento em que o princípio da submissão deve ocorrer: I. e a necessidade do cristão remir (usar bem) o tempo em relação a áreas específicas da sua vida: a) em relação a si mesmo .v. ser submisso. .1.6.17 a 5. Não provocar os filhos à ira .16. obedecer. Depois de falar do seu ministério (3. porque é justo 2.6.22-33 1. Paulo nos mostrou como Deus.2. que deve orientar os relacionamentos em outras áreas fundamentais da vida cristã. e c) em relação a outros cristãos . Criar os filhos na disciplina e admoestação do Senhor .23: ser o cabeça 1.14-21) que certamente deveríamos ter como modelo.29). Trabalhar com vontade.1. com temor. 2.estudos expositivos Prof. Só viveremos assim sendo capacitados pelo Espírito Santo! . Itamir Neves 45 III. mas como servos 2.2. mas como se fosse ao Senhor 2.3. 2. O princípio da submissão deve ocorrer na área do relacionamento profissional . Considerar que Cristo está sobre eles . andaremos de modo digno da vocação a que fomos chamados! 3. tremor e sinceridade Temor e tremor (veja 2Co 7. não servindo aos homens. Obedecer os patrões.1.Efésios .2.6.5-9 1. Saber que o Senhor dará a recompensa Parcialidade não existe junto a Ele. A responsabilidade dos patrões 1. É responsabilidade de todo cristão seguir o princípio da submissão em todos as áreas de seus relacionamentos. Saber que do Senhor receberá (a recompensa) Conclusão 1.15. A responsabilidade dos empregados 2. Não fazer ameaças 1.12) Não como bajuladores. Fl 2. 1. nas diversas áreas de nossos relacionamentos praticarmos o princípio da submissão.3. Quando.(novamente o princípio da submissão mútua) Senhores de igual modo procedei com eles. estudos expositivos Prof.1.6. assim como nas guerras patrióticas. Para que sejamos vitoriosos é necessário observarmos cinco etapas neste preparo eficiente: I. se almejamos um bom desempenho e vitória em nossas batalhas.6. Nossa luta é travada no "dia mau" . os poderes .6. 2. nos conflitos ocorridos em nossa vida cristã é requerido de todo cristão um preparo adequado.12 conf.6.6. Todos os esportes têm suas regras. Assim como nos esportes.: 2. Lutamos contra as (forças) espirituais do mal .12 5.10 . Ef 1. 2.12 3. Lutamos contra as potestades. Lutamos contraos principados .13 - .12-13 1.6. 2. A luta que travamos não é contra a carne . Nas guerras entre exércitos de países que defendem os seus territórios os soldados que participam dessas lutas devem atuar de acordo com o treinamento realizado e de acordo com as normas estabelecidas. A luta que travamos não é contra o sangue .12 4.Efésios . Ef 6.6. No preparo eficiente entendemos que não enfrentamos inimigos humanos .6. No preparo eficiente conhecemos qual o local e a ocasião da luta . da oposição que enfrentamos. Ef 3. Depois de nos fazer sonhar com uma nova e definita relação com Deus.contra seres humanos II. Itamir Neves 46 UM PREPARO EFICIENTE EF 6. maquinações .11-12 1.4.10-13 Introdução Estamos diante de uma nova área da vida cristã. Lutamos contra os dominadores do mundo .6 2.12 1. o apóstolo nos traz para a realidade das nossas lutas.12 3. A obediência às regras e o preparo do atleta são fatores fundamentais a serem considerados por todos aqueles que almejam a vitória. o Criador e com uma perfeita harmonia com os nossos semelhantes (sejam eles de que raça forem).3 2. Lutamos contraas ciladas.6. Ef 2. Nossa luta é travada nas "regiões celestiais" . Ef 1. Estes versículos iniciais sobre esse tema nos ajudam a entender que: Nossa vida cristã deve estar preparada eficientemente para que alcancemos a vitória nos conflitos que enfrentamos em nossa peregrinação espiritual.6.11 2.20 . No preparo eficiente compreendemos que enfrentamos inimigos espirituais . Paulo nos conduz de maneira muito hábil a considerarmos o grave tema da luta espiritual que todo cristão enfrenta em sua peregrinação cristã contra o inimigo das nossas almas: o diabo.6.5.12 2.3.2. Por estarmos "em Cristo" já estamos nas "regiões celestiais" .12 III. 1. Veja 1 Pe 5. Itamir Neves 47 IV. tendo feito todas as coisas .. 3. 13 3.7 2.13 1.." NTLH . Necessitamos nos revestir de toda a armadura de Deus . sem recuar .v.Rm 13. Necessitamos nos fortalecer no Senhor ..8 V.2Co 10.13 "... vocês continuarão firmes. 2.. Veja Tg 4..6. 5. e. 4.1. Solidez para permanecermos firmes.." NTG .. e. 13 1.1Ts 5.." ARC . e..13 ". resistirmos ..4.10 3.11.4 3.6. A armadura é denominada: armas da justiça . Solidez para nos opormos. inabaláveis .2. A armadura é denominada: armas da luz . e. depois de terdes vencido tudo . Veja Sl 51.v.12 3.11 1. havendo feito tudo ." ARA . Veja Cl 1. A armadura é denominada: revestir-nos de sobriedade . ". A armadura é denominada: armas do combate .v.v.2Co 6.6.58 Conclusão Este preparo eficiente tem um só objetivo: a vitória! 1.2.. Solidez para ficarmos firmes .13 ".13 Por isso é que afirmamos: Nossa vida cristã deve estar preparada eficientemente para que alcancemos a vitória nos conflitos que enfrentamos em nossa peregrinação espiritual.7 3. depois de lutarem até o fim.23 2.11. Veja 1 Co 15.6.9 3..10-13 1.13 ".estudos expositivos Prof.10 Na força do seu grande poder 3..1. Veja 1Co 16..v.3.2..6.6. .10 Sede fortalecidos (voz passiva) 2.6.. No preparo eficiente aprendemos que é necessário adquirir força especial .Efésios ..6. contradizer.13 3.. depois de terem feito tudo . Necessitamos nos fortalecer na força do Seu poder ." NVI .13 2. No preparo eficiente concluímos que é necessário adquirir solidez .1.2. O problema: Dúvidas e mentiras do inimigo em relação à nossa posição. O problema: Inabilidade em tomar decisões. 2Co 5. 20. A Bíblia nos adverte para o uso desta vestimenta adequada. Ao participarmos do conflito espiritual todos os cuidados devem ser tomados e todas as orientações devem ser acatadas.5 e 59. devemos falar a verdade (Ef 4. 3. e que por isso mesmo deve permanecer firme (6. A solução: A verdade nos liberta (Jo 8. 2. em síntese podemos dizer que: No contexto do conflito espiritual somente o cristão que utiliza toda a armadura de Deus obterá a vitória desejada. II. que deve andar dignamente (2. Cristo é a nossa paz (Ef.32).6.15 (conversão) 1. As armas com que vamos lutar formam uma armadura espiritual preparada pelo Senhor para todos nós os seus soldados. da armadura eficiente. 5. Essa figura da armadura têm sua origem nas armas dos soldados romanos dos dias de Paulo e. O cinturão eficiente . 2. o Senhor Jesus. Deus nos justifica (Rm 8. III.6.justiça .6. .33). conf. A solução: Cristo nos dá a sua paz (Jo 14.14).1) e a paz de Deus (Fl 4.Efésios .14-17 Introdução A experiência cristã completa envolve três ações comum a todos os cristãos: assentar. Is 11.a preparação do evangelho da paz . Todo cristão deve saber que já está assentado em Cristo. de uma armadura eficiente.14 (justificação) 1.12).30.1. A solução: Em Cristo. Através de Paulo.7).2.14 (libertação) 1.15. Itamir Neves 48 A ARMADURA EFICIENTE EF. O problema: Incertezas em relação ao perdão dos pecados.17.verdade . 6. 2. 2. inimigo comum dos cristãos.21). 17 (2x). nos lugares celestiais (1. essa idéia de vestimenta adequada para a luta contra o mal já está presente desde o Antigo Testamento.27). 13-14) nos conflitos espirituais contra o diabo.3.11. 8 e 15). Cristo é a nossa justiça (1Co 1.10 e 6. além disso. Portanto. 3.6). Através das palavras de Paulo encontramos a descrição das sete peças que compõe a armadura eficiente. 2. temos paz com Deus (Rm 5. 10. O calçado eficiente . andar e ficar firmes. A couraça eficiente .6. 25). 4. Cristo é a verdade (Jo14. nosso comandante nos adverte para a utilização de uma vestimenta apropriada. angústia. I.2.estudos expositivos Prof. "dardos" inflamados do maligno. nós devemos verbalizar ("rhema") a palavra (Tg 1.20). não praticar os princípios da Palavra. portanto somente quando nos equipamos de acordo com o padrão bíblico podemos ter expectativa da vitória.19. 1Pe 5. V. A solução: A salvação está no nome de Jesus (At 4. O escudo eficiente . Reconhecendo que a nossa batalha é contra o reino das trevas (Cl 1. Fl 4. Cristo é o autor da nossa salvação (Hb 2. 2. O problema: Desacreditar que é a Palavra de Deus.18 (comunhão) 1. devemos orar por todos os homens (1Tm 2.fé . 4.17 (proteção) 1.1. . a salvação está em Cristo (2Tm 2.2).salvação .10.6.7) e ao orarmos (intercedermos) uns pelos outros (Tg 5.Efésios . não divulgá-la.estudos expositivos Prof.14). a comunhão se estabelece ao orarmos pessoalmente (Mt 6. 34. 14).26-27.10). Itamir Neves 49 IV. O problema: Sentir-se sozinho.6. a nossa fé torna-se vitoriosa (1Jo 2.6. desespero. Essas peças da armadura divina. a Palavra de Deus .1-11).6.oração . 5. insegurança sobre a salvação 2. contra o diabo e suas hostes devemos nos preparar para as batalhas usando os recursos divinos. 3. Cristo é a Palavra encarnada (Jo 1. preocupar-se apenas com as necessidades pessoais. VII. Cristo é o autor e consumador da fé (Hb 12. isto é. 2.17 (proclamação) 1.13). não conhecer e apropriar-se das promessas. O capacete eficiente . At 1.9) VI. A solução: Cristo usou a Palavra para vencer as tentações do inimigo (Mt. sentir que não irá suportar. incredulidade 2. Cristo ordenou: "fazei discípulos" e "sereis minhas testemunhas" (Mt 28. ciladas. O complemento eficiente . A solução: Devemos viver pela fé em Cristo (Gl 2.16 (dedicação) 1. Hb 7. colocadas à disposição de todo cristão formam a figura vívida colocada pelo apóstolo para descrever a nossa participação no conflito espiritual. sentir as acusações do inimigo.16). O problema: Medo da morte.6. O problema: Tentações.12).espada do Espírito. A espada eficiente . A solução: Cristo e o Espírito Santo são nossos intercessores (Rm 8.8).6.22). Conclusão 1. Nesse conflito espiritual Deus nos utiliza como instrumentos para enfrentar os Seus inimigos.25). 2.1). 12 4. Por isso podemos dizer que este texto nos diz que: Somente o cristão que se utiliza da oração como um complemento eficiente obterá vitória no contexto do conflito espiritual. No Novo Testamento – 2. Como disse Stott: "Equipar-nos com a armadura de Deus não é uma operação mecânica. A oração na vida de Jesus Além dos exemplos acima. isto é.35 2.18 - . No Antigo Testamento – 1. 6. é a oração no Espírito. Lc.218). Além disso.3. sem a qual.18-20). A oração no contexto do conflito espiritual 1. E. ao lermos o texto (6. Na vida de Paulo – II. Mc. Quando Paulo mencionou e descreveu as peças que constituem a armadura divina usadas no conflito espiritual pode parecer que tenha faltado um equipamento eficiente.18-20 Introdução Já se disse que a oração "é a alavanca que o cristão possui para mover os céus a seu favor".estudos expositivos Prof. Assim.1. Deste modo as Escrituras e a oração permanecem juntas como as duas armas principais que o Espírito coloca em nossas mãos" (p. Lc. Noutras palavras: denota a necessidade da oração. induzida e guiada por ele.Efésios .2.1. essa batalha seria realizada somente no nível humano e terreno. Mc. Na vida de Jesus – 2. A queda dos 1ºs pais – 1. Itamir Neves 50 O COMPLEMENTO EFICIENTE EF. 6. 1.2. a oração. 9.3. para termos a oração como um complemento eficiente. A batalha nos “lugares celestiais” – 2. Embora o apóstolo não tenha colocado a oração como uma peça definida da armadura é certa que ele transmitiu o conceito de que essa prática cristã deve permear toda a nossa guerra espiritual. 6.46 3. É em si mesma uma expressão da nossa dependência de Deus. A queda do diabo – 1. Na vida de Pedro – 2. onde vimos que Jesus também se envolveu na batalha espiritual. assim como a palavra de Deus é a "espada do Espírito" que ele mesmo emprega. verificamos que Paulo destaca de um modo especial a oração: ela é "o complemento" da armadura. vemos agora uma série de textos que demonstram o valor que Ele dava à oração: 1. necessitamos fazer seis observações: I. 6. 2Ts 1." V. O Espírito Santo é também nosso intercessor . A oração mostra a realidade de que o cristão ainda se encontra no mundo.Rm 8. A intercessão com um objetivo específico . orando no Espírito ." 2. Itamir Neves 51 III. orando em todo tempo... ela invade os céus e trás as bênção do mundo vindouro para a nossa sofrida realidade presente.. Ef 1. 2Co 13. A oração torna-se eficiente quando ela é feita em intercessão . Fl 1. ".11 6. 3. na vida cristã.." 5. orando e vigiando com toda a perseverança e súplica ...26-27 4...6. ".18 1. 4 e 9 5.18-20 1. Deus quer intercessores . 3.. ". 7 2..19 5. Cl 1. a verdade é que a oração nos mostra a realidade escatológica...8 IV. 1Ts 3.. mas embora seja esse um fato verdadeiro e irrefutável. com toda oração e súplica." 4.. Os textos abaixo demostram isso: 1. ". 2. 9-12 4.6.Rm 8.3. A intercessão deve ser feita pelos proclamadores (Paulo pediu especificamente) . Paulo também reconheceu a importância da oração.14-21 3.Is 59. 4)..estudos expositivos Prof..19-20 Conclusão 1.Efésios . A oração torna-se eficiente quando ela é feita constantemente .10.1-14. ". em meio ao conflito espiritual. 1Tm 2.. A oração na vida de Paulo Da mesma forma que Jesus e os outros discípulos dedicaram-se à oração (veja a opção dos doze em Atos 6.16 2.34 3.6... .." 3. Para obtermos sucesso no conflito espiritual esses princípios devem ser seguidos por todos que desejam viver vidas cristãs vitoriosas e agradáveis a Deus. Quando a oração é feita corretamente (em nome de Jesus Cristo e conforme a vontade de Deus). orando por todos os santos . Um dos aspectos do ministério de Jesus é ser nosso intercessor . . mesmo que o apóstolo estivesse preso. Itamir Neves 52 AS CARACTERÍSTICAS DE UM CRISTÃO EXEMPLAR EF 6. irmã de Lázaro. mas. certamente nos lembramos de Tiago. de Silas. um amado irmão do apóstolo Paulo. que foi perdoado por Jesus e encarregado de apascentar as suas ovelhas. depois de vê-lo ressurreto. vale perguntar: será que foram somente esses os grandes destaques nas páginas do Novo Testamento? Citamos alguns cristãos que sobressaíram acima dos demais. mas citamos outros que também foram mencionados e suas histórias foram preservadas pela prática de vida que tiveram. mas que podem servir de exemplos. de Barnabé. Mas. lembramos também de João. nessa carta escrita aos cristãos de Éfeso e de outras comunidades. é citado o nome de Tíquico. enfim de uma série de outros cristãos que freqüentam qualquer lista de heróis primitivos que viveram comprometidamente o evangelho testemunhando de Jesus e da sua ressurreição. de João Marcos. de Timóteo. Embora vivendo em contexto diferente. em circunstâncias diferentes. de Estevão. Certamente nos lembramos também da vida de Filipe. o discípulo amado que foi transformado de “filho do trovão” em apóstolo do amor. de Lucas.38-39). usando as palavras do autor de Hebreus. ele o meio irmão de Jesus. Dentre esses cristãos que não foram tão destacados. mas que também se tornaram exemplos para todos nós. de bons exemplos para nós.. os quais obtiveram bom testemunho por sua fé. a Febe. um fiel ministro do Senhor..21-22 Introdução A vida de Tíquico pode servir de modelo para a vida cristã atual. que foi enviado pelo apóstolo. Normalmente quando estudamos os personagens do Novo Testamento encontramos cristãos que se destacaram de modo a terem seus nomes para sempre lembrados como exemplos de vidas piedosas. Me refiro a Maria. podemos nos referir a esses como aqueles “. enfim muitos outros cristãos que viveram de modo digno da vocação a que foram chamados (Ef 4. tornou-se o líder da igreja de Jerusalém. e. será que foram só esses? Certamente tivemos outros tantos que não foram destacados. Nos textos mencionados podemos ver cinco características da vida exemplar que é usada pelo Senhor: . nos lembramos de Pedro..” (Hb 11. nas palavras finais do apóstolo Paulo. Considerando com atenção para a vida de Tíquico. podemos dizer que: Mesmo realizando um ministério que aos olhos humanos é de pouca importância todo cristão deve ser exemplar em suas características de vida. apelidado “joelho de camelo” pela pratica da oração. mas um companheiro fiel que podia consolar os corações daquelas comunidades levando notícias do apóstolo Paulo e do progresso do evangelho. Certamente nos lembramos de Paulo.1). me refiro a Lídia.. tanto em comunidade cristã. o apóstolo designado para evangelizar os gentios. me refiro a Priscila.dos quais o mundo não era digno. Mas.estudos expositivos Prof. quanto em favor dos não cristãos. de Tito.. a vida de Tíquico serve de estímulo para o nosso viver. colocadas à serviço do Senhor. não apenas como mensageiro e transportador das cartas às igrejas de Éfeso e Colossos.Efésios . o apóstolo que negou. e ser convertido. E. me refiro a Dorcas. Foi confiável ao substituir Tito e Timóteo para que pudessem estar com Paulo.7). 3. 2. cumprindo da melhor maneira as tarefas que lhe foram confiadas. IV . Conclusão: 1. Levou o consolo aos efésios e aos colossenses ao dar notícias de Paulo. Era um irmão gentio. em Cristo superara a barreira que havia para com os judeus. 2. 3. Era um irmão representante das igrejas gentias que levou as ofertas aos cristãos judeus. mas. integrando-o na igreja dos colossenses.O cristão exemplar caracteriza-se por ser um consolador: 1. Era um irmão interessado nos outros. 3. Tessalônica e Derbe. Beréia. 3. 2. III – O cristão exemplar caracteriza-se por ser fiel ministro: 1. 3. pois foi com Paulo a Jerusalém. Foi companheiro de Paulo na sua primeira prisão em Roma. de substituir. Foi o portador das cartas de Paulo aos efésios e aos colossenses. Como fiel ministro sabia que servia ao Senhor e não aos homens.estudos expositivos Prof. Será que nós temos essa disposição de servir. Levou consolo a Timóteo substituindo-o em Éfeso para que se despedisse de Paulo. 2. Paulo considerou Tíquico como seu parceiro ministerial. Foi um homem de equipe transcultural. V.Efésios . 3. 2. pois viajou com irmãos da Ásia. II – O cristão exemplar caracteriza-se por ser amado: 1. Itamir Neves 53 I – O cristão exemplar caracteriza-se por ser um irmão de fé: 1. aos necessitados. Levou consolo a Tito substituindo-o em Creta para que visitasse Paulo. Como fiel ministro conduziu Onésimo no seu retorno a Colossos e a Filemom. Como fiel ministro transmitiu as notícias sobre a situação de Paulo em Roma. Foi confiável ao testemunhar de Onésimo.O cristão exemplar caracteriza-se por ser um transmissor confiável: 1. 2. Foi confiável ao levar as ofertas das igrejas gentias para a igreja de Jerusalém. Tíquico se destacou como alguém que sem se preocupar com o “estrelato” serviu conscientemente. ao chamá-lo de “conservo no Senhor” (Cl 4. de ficar de fora do foco do holofote? Que Deus nos use como cristãos exemplares! . Sintetizando suas palavras podemos perceber um princípio desafiador para colocarmos em pratica. Ele terminou a sua carta de modo abençoador. 6. Talvez. Essa afirmação tem como implicação direta o fato de que alguns não amam ao Senhor de modo sincero. 5. A graça seja com todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo” 1. Neste texto contatamos as cinco bênçãos divinas que tornam uma comunidade cristã relevante à sua geração: . Temos que amar sinceramente ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. então. 7. Paulo se despediu dos seus irmãos efésios. É interessante notarmos que na primeira parte da saudação ele menciona a paz. transforma o nosso interior e pode transformar a qualquer um que o recebe como Senhor e Salvador. podemos afirmar que: Toda a comunidade cristã somente será relevante à sua geração ao desenvolver-se sob as bênçãos divinas. nas suas últimas palavras ele demonstrou o seu amor encorajandoos com palavras abençoadoras: 2. Paulo concluiu esta carta não mais mostrando aos efésios e a todos nós o propósito da igreja e como torná-la relevante no mundo atual. 6. se pretendemos que a igreja atual conclame o homem de hoje para olhar para Jesus Cristo como a única solução para o seu problema. Se pretendemos que a igreja atual seja relevante para o homem contemporâneo. a fé e a graça que ao invés de ser dada por algum homem.Efésios . e. Destaca-se também a expressão “todos os que amam sinceramente a nosso Senhor Jesus Cristo”. o amem de modo superficial e hipócrita.estudos expositivos Prof. E é exatamente a paz com Deus e a paz de Deus que foi apresentada durante a carta como a bênção conseguida que proporcionou a união entre judeus e gentios na família de Deus. só é dispensada pela Trindade. temos que viver de modo sincero e honesto. 4. da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.23-24 “Paz seja com os irmãos e amor com fé. o inimigo das nossas almas. Itamir Neves 54 UMA DESPEDIDA ABENÇOADORA EF. Sua missão de esclarecer os pontos duvidosos. o amor. onde temos a nos opor. mesmo que ministro divino. num constante conflito espiritual. pois só assim as pessoas poderão constatar que ele. ou certamente. Por isso. diante das palavras dessa bênção final. de fato. de estabelecer o comportamento correto e de relembrar o papel e a importância da igreja chegava ao fim. 3. Ele relembrou aos efésios o seu desejo e sua oração de que aqueles irmãos experimentassem a paz. V – A quinta bênção sob a qual da igreja cristã deve desenvolver-se é amar a Jesus: 1.24 Conclusão: Somente quando a igreja se desenvolve sob essas bênçãos ele se torna: 1. fiel e perseverante – 6. a fé. 2. O amor cristão deve transbordar para o mundo – através da proclamação do amor divino. esperança da glória 3. Este amor a Jesus deve ser sincero. Relevante. Conhecendo a largura. Graça é a dádiva recebida sem merecimento – é pela graça que somos salvos 2. O amor deve caracterizar os relacionamentos cristãos – este é o novo mandamento 4. IV – A quarta bênção sob a qual da igreja cristã deve desenvolver-se é a graça: 1. Graça que deve ser proclamada aos que não estão na graça. 3. Essa fé evidenciar-se-á na obras – é a fé operosa 3. o cumprimento. Depois experimenta-se a paz de Deus – isso ocorre durante a vida cristã mesmo nas lutas 3. Primeiramente é necessária a paz com Deus – isso ocorre na conversão 2.Efésios . Porque ele se deu para que houvesse um novo povo. O amor deve ser sacrificial – amamos quando damos de nós mesmos. O amor deve ser prático – deve atingir a necessidade do outro.4 2. Depois ainda.2. Atraente! Deus nos abençoe! . 2. Essa fé ultrapassa a fé salvífica – é a vida cristã vivida através da fé 2. Impactante. Graça é o evangelho revelado – Cristo em nós.18 3. III – A terceira bênção sob a qual da igreja cristã deve desenvolver-se é a fé: 1. compromissado. Essa fé apagará os dardos do maligno – só mantendo o olhar em Cristo vencemos Satanás 4. e a esperança são inseparáveis. 25-26 4. Itamir Neves 55 I – A primeira bênção sob a qual a igreja cristã deve desenvolver-se é a paz: 1. Retribuindo o grande amor de Deus que nos atingiu através de Cristo – 2. Graça é o privilégio de sermos capacitados a viver – através dos dons vivemos a vida cristã 4. II – A segunda bênção sob a qual da igreja cristã deve desenvolver-se é o amor: 1.estudos expositivos Prof. e 3. Os relacionamentos entre os irmãos na igreja devem ser harmoniosos e pacíficos. Essa fé é parceira do amor – o amor. uma igreja santa e pura – 5. a altura e a profundidade do amor de Cristo – 3. promove-se a paz entre os homens e Deus – proclamando-se o evangelho 4. para exegese do NT. São Paulo : Teológica. 2003 COTHENET. Fp. . São Paulo : Fiel. Noções do Grego Bíblico. São Paulo : Paulus. São Paulo : Vida Nova. 2005 SHELDON. A mensagem de Efésios. 1992 FOULKES. Jens. São Paulo : Casa da Bíblia. Efésios. a carne e o diabo. E. Curitiba : Encontrão. Itamir Neves 56 BIBLIOGRAFIA ALEXANDER. J. O cristão na teologia de Paulo. São Paulo : ABU. Comentário do NT. 2004 NOUWEN. São Paulo : Vida. W. Ray C. G e WINWARD. Fm. REGA. William.Gálatas e Efésios. A forte mão de Deus. E. Efésios Introdução e Comentário. 1986 _____________. Batista. RIENECKER. Chave lingüística do NT Grego. George E. 1973 BORTOLINI. São Paulo : Vida. Cristianismo básico. São Paulo : Vida Nova. Jonathan. A cruz de Cristo. Carta aos Efésios . Como ler a carta aos Efésios. José.Comentário Esperança. 1984 STOTT. O mundo.. e ROGERS. Cristo na teologia de Paulo. Lourenço Stelio e BERGMANN. 1999. 1976 RUSCONI. R. Curitiba : Esperança. 2001 CERFAUX. Cl. 2004. 2002 LADD. São Paulo : Vida Nova. William. São Paulo : Vida Nova. São Paulo : ABU. Rio de Janeiro : Juerp.Efésios . Tão grande salvação. H. 1997 PACKER. O ministério quíntuplo. 1987 _____________. 1963. São Paulo : ABU. São Paulo : Teológica. Dicionário do Grego do NT. Ouça o Espírito. 1999 KALDEWAY.. M. 2003 ___________. E. S. 1987 MONTEIRO. Efésios . ouça o mundo. graça e santificação. F. 1985 ROBINSON. As Teologias do nosso tempo. Johannes. Carlo. A igreja. Em diálogo com a Bíblia. Rio de Janeiro : Juerp. São Paulo : Vida Nova. Efésios. O NT comentado . POHL. Lei. Curitiba : Esperança. Adolf. São Paulo : Paulus. Na dinâmica do Espírito Santo. São Paulo : Shedd. L. Curtis. 1961 BARCLAY. I. A epístola aos Efésios. São Paulo : Cultura Cristã. C. o corpo vivo de Cristo . 2002. HENDRIKSEN. Verdadeira espiritualidade.. 1991 _____________. São Paulo : Vida Nova. 1997 VAUGHAN. Marcos A. Em seus passos o que faria Jesus? Rio de Janeiro : Juerp. As epistolas da prisão. 1984 MONDIN. São Paulo : Vida Cristã.1986. J. O caminho do cristão. 1995 EDWARDS. Curitiba. 1998 _______________. São Paulo : Vida Nova. Fund. 1980 SHEDD. Ef. São Paulo : Vida Nova. Barueri : SBB. 1979 _______________. São Paulo : Paulus.estudos expositivos Prof. 1996 _______________. Buenos Aires : La Aurora. São Paulo : Paulinas. A verdadeira obra do Espírito. Francis A. Teologia do Novo Testamento. Francis.Comentário Bíblico. As epistolas aos Colossenses e aos Efésios. 1975 STEDMAN. São Paulo : Mundo Cristão. São Paulo : Loyola. Russell P. Carlos Oswaldo Cardoso. Henri J. 2003 SCHAEFFER. 1994 NOVO TESTAMENTO interlinear grego-português. 1992 PINTO. A espiritualidade do deserto. :84 !476:008909. /0 8:.8/4:973. 70. 8O.088/.48 !741 9.4.203943:2F7.8./..8/.3/43...24729:4 ..-/..20394/0.4.-076:0842487085438E..08:8 4 4/00:8 . 1F848 089:/4805489.8.937.078J./:70.34854/02483489473.2.708..08075034 70.789 5745O894F70889724848.9.9:.9:7/.70./0.430..0807.20394/094/4848202-748 %4/4. 70.5./:70.072.0889.-076:030.39.48:14.8 5745O894F3480724831.7248.3.708.078.50884.81:308 43./.70.2809070.5.:3/.78948 !476:03481.07/.../.0-072486:0 $4203906:.702480880 ./:748 $4203906:.8/0.034.789486:0702./.34854/02483489473.7894902:2...20394/0.72.8.20394027894 .808107.5..:784F8. .3983.7085438.88:./4708 ' 70.43974.2.:784F089./:7...07/49085./85484 08:8/0:70./.08 #% # $%$ & # &# 3974/:4 $03/46:04/0804/4$034708:8 4$0347F907:2.2.247 ./00397048.3/4:8.425094 029:/4 ' 70./4834.2484870.2./0 70.27 0.0850.248.7.7:2.70.848 2089708 /08.08/0.97.394 08909094348/08.:784F907.7:2...085488-9.504$034708:8 .8..8./07.2039400/1.70.30.6:0.7894902:2. 2.44... .380/./3/4.8.0390/.708.2. !0 94/488.9.:3/.74.430.89.9.74.89025434.7./0504.8 /4386:0.2484870.4.79:/4 34/.088/.0889.4754F.3.7.46:./4708 70.:784F9071720..30.0.20394706:07:2. :.9../.44.2.430.:4834870./:7./0 90248 .3.708.7/.708.70.0850434884/0803.F.. 4702 /...-0. 70..4:3488.7 42454/02483489473.708897.:7848.J1.702 80 0 574900702 80 /48 1...824/46:034.4/.81.390/088. !476:02:948.708.086:0457O574$0347.3/4:8. 6:0 :2.076:02842483O806:02F08:8 !476:0.2-F2 .:7848/.870. 34 13.701.9./:70.438.6:054/0574900780:8202-748/48..79:/08 %4/4./0 !476:0.-076:030.438./07.430.6:088417/48 !0/74 0892:.2.:784F8.F8/.:7848/.6:08/481.701.9. 80:3/. ..7948 34 .8482089708 ' 70.24: ' 70.20394/. 2.02807.7 20/9.4247894348....07.7.. 8908.4 2.7././0570903//... 2./0 E84248:3/48 %02486:0.7483897:203948.706:07:2.07/.507. /0 574904 884 3/.2.9.9:7/..2039408579:./:7.:784F8..8.F7894 .:784F8.7..20394 %4/.9./0/4.5././0/4.7.20394F05072039.20394/4$034708:87894 .08 5479. 3897: 80:8 094708 .20394 07 089:/../004.3/4 9..-07:8.H3.3/4:9./:7. .9.1.70.5J9:4 ..3:3.9:7/..80702:8..9:7/. . /F. 802./0/. 5.03/43.07/.79.248/403./:7. 0750884.44202 88:23/4../.3908 .7 80/3./0 /48 202-748 /0880 20824 .07/.307./.20394.7 ..:70.44202.8 8:. .8/0/0803.27 0.20390:2.43.0750884.347.34..J.7 .088E749473.8/. 6:0 8O 03.4247894 03970. 1F848 089:/4805489. 43.2.248 02 7894 8 47039.3/4/4.4.8 0 /08.424 /0803.F8/00397890.20390 57E9.307. 949.0709/4 .8 !47884 /02.:4 348 47039.81H2.0897/434.:43.80902./0 /884:4/0820//.4 84 09702.4754/0789443/0 F 706:07/4 /0 94/4 .0745./0 .7894F/08./490946:0!. 43.48 !741 9..797 .7 8029./47./480:3/40:8 02:89. 43... 2././47/00:8 .078./4 .F8/020397 1..7:7.4/..4/.20390 A30. ../4/.0./4 .203948 3903/203944-8.3/4/09:/446:08070.7 705.424/4/0.0.7.4245.47.3/44.789 /3.. /49.7894 70.0442026:080./34 #024.07/. 25:70.3/4:.39424/4/0.9./07. #0. 0854.34848 .8 203908 .4774250547/0804803./06:04.3/./.39074804/4/.3/43.044202 -.7894/0. . 8. 7894F.08 '' #! $$ 3974/:4 806QH3..803/40890:2434970.-.././.8E70..425479..4. '.0750884./74/07894 29.7. 28J3908000089E/03/46:080.247 .1.-0/47. .4397..4:02 4./0/./..88.0:8 . -.8:-893./0 507/4345.3/././4 ./. 0854.3.07 0880 34./0/4857O57485038.42509.88.2. #0.O07.. ./0 /.73.4770.-4 .20390:2.. 420897004.4/:74 .7. .390 ./.4 0894 /0 .4/485.2-0390/403834 /8..4754 !.8 0/1.88.203948 6:0 0/16:02 ./.43...5:.. A30.F8/01:79.7. 88:23/4:234.7/.088E747024..00..6:84 /.3/4 8050484:9748 .F8/05.4/403903/2039408579:. #034.074 85J794$.7 80 3450.3/./0 .47../4 . 7./34 890909434824897.74.-/./0803.4574.F8/07.. 50884.0/07 .4.7.7894/3434. . 43.078..3/4434.439094/4. 38038-/./074 ./03. #0. .8/0897:9.1.07 02 3488.5708039. 54/0248/076:008809094348/6:0 %4/4./4.839F9. . -033/.08 /0890 970. 43.394 2.43./3/. 0548/0348.46:0 97.79. /0503/0 /.1:9/.074.8/480:.078.-.702. .70/034 .425. 08579:.0897 80/434.48F708:9.. 7./.:08 34 /002 80 02-7.428.0.4-484 .. 43.94.-0/47.088/./0 /0 0:8 894 F .0280770574.3/4....048/4 85794$.7 490254 4.:84 /08.7.8/.3.48 02-7.7 .4.20394 ..47.79.4808579:.7243484. .8/. 17:94/.3/.9/4 ./0/490247 27894F4. #009.-7.. 02806:07203.08 ' #009.3/.394 9070248 :2 70./0970.0790..4389.9J.574.0880.948 .:F.8 9075.4$0347 ..394 :.43..14/0890970./484 .4884.248 348 .07/346:00:86:071.-772485.42 4 .: .3/4./.7..3/.42.3/4 4:.43.7.43/:9..7.424.424148/.7447034/00:8.724894/44./074.2479084/07749.427...4754/07894 $:09. 503.78038.48025:/47 25:74 0.5.74. 45.4.3/.. .27 0.07 80/07050948 504 85J794 .3488..2-0390/094/.8 '.428.07.4F/0.8/0.3/44817:948/./0/4$0347 3/. .724894/.04 /4 85J794 $.0278940 .420:8 ":05488..8970./07.4257003/03/4 03903/03/46:.07/34/0:2.3/4.39/.:/./.48 !741 9.3/4 . 8970..79./0 .34 2...4249448 38038.03/4.03/4028.0.3/.7.6:0086:0 574.: ../0/00:8 3/.8970.3/403970.484:9748 8:044:8:-2884 70.70.8 . ' #010974.8317:9J107.77023/4 708.91.7248 3. 1F848 089:/4805489.07/.. 407/.439.847/03806:.9745../0.048247./0 490247/07894 30.5.7./485477894 .43.073.27.430..4$0347 7./E.9.48:38. 43..84-7..F8/038038.24850/70348.47/4.7. ' #0.4248/084-0/03908 . $.8 .248./4:.39.94 ./..439.390203905479:/4 ' #.8 -7.39.4.3/4 .8/07.5.4..439..07023O8 .3/.: .07/.31089.425.43.F8/0.3/.20394..3/4.: .J548 4 .3/.-03/4/.7894 ":.O8 .8 /002 80 03.7.4/.8 4/47270.7F34.79.3/4. 08 $& $$ %& & !# ! $& $$ 3974/:4 0548 /0 :2 3J../4 . 254793.E70. 0.-0/47.42424/04 021.J54/./0. 0:8 .079.428.43.802 8:04 8:-2884 .48 !741 9..088/. 54/024883909E 4/03/46:0 A 7085438. 4 . ..248907./0 /0 94/4 .79057E9.5J9:48..70.7 8074../.34. :/0:8 003948 /081..7/480:2389F74 00.2039..47/4801F8480/094/483O8 5. 0 ..-..4 .8E70.:2.J54 /.9. . $:-20907 80 .5708039.24: 7085438.-034.8 E70.20394.-/.8 -H348 08579:..5O8944 .20394/4 .08548./0/4.07J././.82. 8:-2884 02 94/. .4754/07894 .789 40724849094/0 ..J54 /.847.2-F27894.J-.4250.4 .43.7. 29:.248 97H8 E70.7-02 4902540270.79..78948 .8 /0 70.7894 80:7 4573. 8:-2884 /0.42 94/.:4/0243897.477073./.78947027 :8.20390/0.0089. 02 70.4240:8 027894 70:3:3:28O.8 .-/.4 . 2.:4348 248974:.E70.87008.J54 /.4 /0 0.4.81:3/.8/.8 027894 !./0 0548/01. 4:9748 .04. !..80850. 8 20824 . 4 573..8:-2884/0.J1.203948 0890 9094 03..4389.0 47039.. 4 .27 0./0/.203948024:97.7./470.43. 0270.4.5./0/094/485.7248/4/0803.83.5. 4 2:74/.088/.. .254793.8:.:3/.30./0/4085484 /07./.8 .08/..4.-0..20394 02 6:0 4 573. 02 70.4397.. 1F848 089:/4805489.797/48909486:0.8-0.32./0 2.4754 .03/4. 7085438..07/3.79.4249./0 .74870.7707.43.20390.47707 573.5.8 /0 80:870. 0:8 6:0 348 902 .43:.8/. 6:0.04.-/. 30. 8:-2884 6:0 /0.. . .E70.7. .0. /:..477073..43.2039./470.:9.97./0/485.47704 /8./0/48148 -0/0..7481487.4 0383.7 8078:-2884 4-0/0.4/4$0347 7. .203948 5473. /24089.7 90207 70.04./24089.20390 .40708 34.-/.7 3:977 ..7 573.42%2 .53..9F/0/8.7481483.7 708509.485. 48. 4708 3403..4397.4 3897:4 .-/.7 .1J8.8 892.J54/.7 7085438..7 .8 8..27057003/03/4 7.4./8.#08509.8 7085438.7485.7 4:.8:-2884/0.7.F8.97.53.F8/05.8 4574..2..203941.0703.890.7 708509.07.429073:7.07 5476:0F:894 437.0.53. 070248.2.7./0/4802570.8 /0 348848 70.E70.8 E70.7.8:-2884/0.3/4. 8:-2884 02 94/48 .4842038 2./470.48 !741 9..J54/.424807.20.477073.4.43.8 E70.203948 ":.9.394 .7894 80:7 4 573. 43.439.8 /.24/4574.8:-288429:./0 /0 94/4 .42008 41..8 /0 80:870. !..-/.:84 A 7085438..76:07894089E84-70008 34./48 -0/0.6:014248..43.70...27 0.J54/.4.-076:0/4$034753H91:- 70.425038.48 %7.08 573....4 4.07/.42.9. 1F848 089:/4805489.8. 8:-2884 ..-/.04.8.J54 /.3/.07./48 $O./0 34807./0/485./48504 85J794$.-/./0 %02470970247 .203948 57.9708 438/07..8 $. 0 7085438.0-07E .-076:04$0347/.4290247 970247083.4$0347 $. 7085438.3/4 3.07485.2039457418843.203904573.7248 4 573.424-..:.4248014880.078.-./4708 2..43.70.J54 /.882803/4.0./.425038.9708 .70248/024/4/34/./0340890:394.5. $034708/0:.7E.0/0. 8 /0. ...42 0:8 4 7.2:94E-.8 . 01.97O9.248.:9.20394 70.789 /0.9O7.0 089..4397.34. 348 .8 039700F7..8 :9.7248027894E089.:/.-00.44.80708:2.74 /4 .8 :9./.42 ...70.8 4-0/H3.2./..20.948/05.83488..2/088.84/./486:05.0902.438/07.E70./4 8908.424 348 08547908 .3908 80.248 :2 -42 /08025034 0 .7894:25705. 507109..408579:.7. . 8707.47/4 .248/.84/.3.4397../4 0 /0 .:9.7.724847.:9.8 3472.6:097.5.8 :077.:4348..248023488.7.2039...2 008/06:07.789.348 45705..07843..039003903/02486:0340317039. .039020390 5.7243.6:080.4.348 :9./.409.430.4319486:00317039.78940317039. 6:0 .94708 1:3/.3.6:094/4.4397.8/42. 02 3488.6:097.87008.7 /0 .08 & !# !# % 3974/:4 89.248 %4/4848 085479089H28:../.8 5..7.882 .2.6:3.7 5705./.08 :9.4257003/02486:00317039.8 /./4708/42:3/4 :9.730 . .8 08579:.83488.02486:.028:.8 80 .F97.507073..8308905705.42 48 348848 8020.8.078J. .7401.34/.8 :077./48 547 94/48 .. 0 /0139./.-4 0548/03481./.2 .2483248:2.4397.0390.9474848F30...74.02 .9.884-700880902.438/07.8 .4397.248.7401. 488. .4 .20.48 !741 9.4 .7./48 :9.43/:/02.48/423.789 !.9O7.42:2.307.24834F.4324/.4397... ..14702 4./0 /.J8086:0/0103/024880:890779O7484884/./..F97.248.7248.: . ...4397.8 -..0089.248.79.. 80702 .454846:00317039.5.841..8 !47089.48573.431948 4.3:0 :9. 70.248./08 4854/0708 :9.9:.8 089.47/4 .5. .248324808579:.477/48 02 3488../.42 4 9703.48./.:9.4397.0248 .909.3.390/0:2.5O8944 34897.507073.088E744-807.4397. 1F848 089:/4805489.248.9O7./.24834F.03903/076:0 488..8 348 .5.2.2483. ./47 0 .424 3.0089.0390 45705.:483.8 147.8 0 4 5705.8549089./06:..0390.6:008 6:0 .27 0.8707. 45705. !.34.8 :9.42 :2.7401.87008.08579:.431 1 1 1 1 1 488.789 F 706:07/4/094/4.8 2.8 882 .0.7401..348 .8. F/03423. 0 /0548/0907/08.8/.8 % .0./.3484547248 ...7417208 80270... $4/05.72..08 '0.0390.8.:89.4319486:00317039./..72./07 708897248 '0.172.9F412 ..72.45.7401. ./:7./0 %8 ' 45705.$ '0./.0248.088E74.4393:.0724817208 3.7. .3/054/07 0. 01.72.7.4 43.073.8/4..8/.F/03423./49:/4 # .507073.72.03/410949:/4 # .088E74.0.30.70.2483481479.724817208 '0.348.9O7.0889.0734$0347 $0/01479. 1F848 089:/4805489.0889.72.789 /0. 0 903/4109494/.0390902:28O4-09.90 4 .7.:.7 % .03.147.72.0 089. .3.48. 0.1.43./00:8 .7401.-.0897 348/084-70/.F/03423.08 ' 45705. /0548/09070210949:/4 ' .:J2486:0F30.% '0./:7.0897/094/.4 '0.9O7.147.4./...5703/02486:0F30..2483481479.7 5705./:7. !47 884 F 6:0 .: #2 .!0 $4/05.0889. 6:0 .5072.88..4.408579:..42-.039020390 5./6:7784/0 $4/05.7401.H8./:7.248023488. 0 /0548/0:9.27 0.72./4$0:54/07 .48 !741 9.0. 0 ./.F/03423./480:7.E.24834870.:84 8905705.8.0390.7. 0.0850.248 488.7./48 ./6:77147./:7./.4397. 4 .702. 20394 .7894 /0..08.07/.F2/884 088../.20390 0 0 6:0 547 884 20824 /0.07/.5705.. 4 /.8 8090 50.43194 08579:../.7..27 0.. 97.9. 4 7894 F.0089.71472.42 0:8 #2 0.88039.08 /0./:7.8 47039.808 .07905..78948 4 5.8 /0 !.48 !741 9. .07905. /08.7.01.4.7/3.F8 /.0.07 1720 348 . .:4 4 $0347 08:8 34884 . 1 .0390 88.0 8./401.43488. :891.4397. :89.0390 ..8.0390 !479.:9.01.8 0 6:0/0.01. 5..4/0:2.248:9.1:7..4 574-02./0 -079./:7.0790.7.717208 %4/4 .0892039../0 1 .4:7.42:2/48.7 . /. /0 0:8 7894F.. 84:47894 348 /E./.47023.:9.7. .789./..8 .4/40./0 4 /0.5. 4 4 .79.94/4848.43.3/.8 .07/././48742.7. 94/48 48 .01.. 3488..72.78948.7. 1F848 089:/4805489.9H28:.8/4884/.72.88039.5.F8 /0 !.3..5484 84:4 .5./:7..304/.74 /.4397. 4 90248 5.7./06:.-07 6:0 E 089E. #2 7894 F .348.426:0.72./48 /0.248 . 4 :84 /089.:40 .72.43194 08579:./48 84:4 2 7894 0:8 348 :891../4 02 7894 348 :.2:2.80270.42./002942..3488.70 1. /0 0:8 4-907E.8 5./F.07/..7248 /4 ./.8420390 4 .348/48/.0390 .0 5072.8 97.:4 03.02 807 .431 8 0 8.-4 324.439094/4 .57457..39:7401..8./.03.E089E57080390/08/0 4394%089..5.504$03475./0 348 -079.097H8./.42:2.8/43240270. .9O7.0892039.4250 .5.708 .02 807 942.3.30..72.42509.8:.5705.431948 08579:.0390 ./48 0 94/..:/.42.4../:7..0390 :89./:7. /0:2.72./.7894 6:0:9.389.7/0.3/. .3/..0892039.. .8/0!.. ./06:.4397.394 028J3908054/0248/076:0 4 .4 574-02.08579:.8020397. 94/483O8 4880:8 84/./:7.7.390 348 ..-/.08 # &# % 3974/:4 0507H3.72.72..8 6:0 ./.4507/4/4850./080./0.0248 1.94/.0784 574-02./48 J-. 7/4831.8-..07 0 .503.454/0248 907050.F..08/4324 9 7894F ..03/46:0.07-.9.03./..4 .4 089E 34 3420 /008:8 9 .7..5. 4 3O8 /0. 0:8 348 :9.42502039401.848908/0..47034/../.3..4397. .4 47. 0880 .4 /. 08.8970.7.0390 1F /0/. /0 0:8 34 .248/0..72.84-70.:947/.8.. 84:47894:84:.8 .8.48 !741 9.0 .:84 #0.!..3.7 6:0 F .8. 03.754794/484842038 %2 43.70/:/.5.7248 50884.780397.024847..4 574904 574-02.0390 085.8 84:4789404 85J794$.02483485705.7../.4 - ' 085..79..89039.70/9./4 85J794 .4 84:4 8.9O7.!.34/..75.7248 3907.343./0 84:40.430.24790 /08085074 380:7.0390 8. 1:7.73. . .3488.44.3488. 5.2 ..7 80 /.4397...7.4 089E 02 7894 %2 7894F4.394843488483907.438:2.7 48 $0:8 3248 5479.430.7. 0/4/.:E .2.3488.:5.08/4324 5704./0850884.8 /85484 /0 94/4 .5O89445.830.1F - .7.27 0.0/8.!./08.44.8:8..8 /./00:8 574.09001.57457..7.-.1F027894 7894F4.9.%039....504. ..7. % 789447/034:1.748573..0/07248 :3850484:9748 % /0.0248 ..94748.4 574-02..5.9.07.4245..7 80.J5:4808070823. 0317039.8.J548/.:8././.5.:7848/..08 ' 08. /. .4319408579:../.42.:/401. !..0248.1F9473.8 9 9 ' . 1F848 089:/4805489.0750./74-J-...7.:9470.8.0390 47.70./:7.9. .088/.. 4 ' .4 574-02.4 47.424 3897:203948 5.8 50.0884708 #2 - . !.42:34 574-02..3488.43194 08579:. 80.01.-00.7.07./.83457.08 .20390 9 !0 0 ..3/44870.../.47/4.39484203906:. ./48/42.J..2.7 702..-40 8:.7894 1472.9.7./47/.8 894F /.$0397 808434803976:0347E8:5479.348 88....8 5742088.434.42:34 80 089.3/434806:5.8908902:3. :4203.4 F2 /884 F.70.47. .882 .:4 47.7 348 ./4/.48 !741 9.850.F:8. 424 /880 $9499 6:5.4%089. /0 0:8 F .54700 .1.6:. /4 85J794 6:0 00 20824 02570. 085....5.2486:008:89../008:8 F2 /48002548.0889.8/:. .248 1.3829: 4 .72./.78945488:5.0390 894F ..4.44.:8.47. . /0 0:8 34 F :2.80. 34..248 6:0 !.. 023488.47.4 07248 4 9094 .. 6:0 00 97.094 /0 6:0 088./48 85.4F.80:1. 0570884 /./4. 907248 ./:7.42502039401.8 4 4. 43/0..4 .424:2./.789 /0./008:8 . 57E9.0248..8...4.9O7.3409077034 !4788454/0248/076:008909094348/6:0 $4203904.425020394 01.9..708.86:0.. :2.807.088/.476:0 0/.47.43. .-.. :077.-4 6:0/.7.2039401./0/.72.4 .0 :.3.70.27 0.47../..03904-907E.4319408579:. .424 :2 .47.4319408579:. 3488./.F.5O894434903.43899:02.2-F28003.7.9. 47.. 47./.20394 . 30.72.439094/4.8.8248 5 882 ..4 34 85J794 3/:/.434.86:04 85J794.7 94/. . 4394%089.:4 /089./4:206:5. 08579:.424. /0503/H3.02:39.2.40.0:2. 5.7./:7.8 -...4319408579:./:7.. /0 0:8 4:97.30.47 ":.3.834 .0:.434:0/08. .24.439094/4.72.4.424:2.0748./0!.071.08 ! % % 3974/:4 E80/8806:0.45072.079.076:0903.43.42 .8573. 5..9. 3488..72.0:3.8420390 343J.9.20394 6:0/.3/4!.8 8.0 50720./. . /0 :2 24/4 0850./:7..8 /0349.F4..79:7.425020394/.0089.8 5..47./013/. 0890 24/4 .4 20.6:04.78946:080:9... A 02 8 2082./.24.348 :...70.08 47..0390 30.3.4 2-47..50.-.424 ..4. 4507././. 802././0!0/74 . .7. 088.47.. ..44.47.8F70/0909486:0/0243897.54/05.07 808 4-807.:2. 1F848 089:/4805489.08579:./. 394F9...3/4. 47.-.3488./.2-F2 70.3/4.7894 .48 !741 9.7898.3/4:745.0.94O.43194 08579:.4314720.70.94748.47..4 24897.0884.0 .4294/.3.94.0880:21. 1472.07..802-47.4 3.8-H34/42:3/4.42:24-09.948/42389F74/008:8F807348843907.2884 4 1 0 %8 %8 %2 ' 47.088434.4 ./4708 !.40850.4/024897. 80 03.3/454794/48488..789 8 90948.8417/.0:8 .49473.08808573.1. /.3948 ' 47./.08 47.2.4F109. 6:008:8 0 48 4:9748/8. 1F848 089:/4805489.4-9072488:. 254793.7. .39020390 .50780. 8001.439.80./048.3/./0 /0 6:0 4 .49473.08.08847 #2 85J794$.7.J1.3/40.434824897..3/40294/490254 47. 47.:450/:0850./07407701:9E. 2.0807109.5048574.03906:. 8001.08847 #2 3907.023907.0884708 8 &2/48.4397./0!.0280780:/4854794/48 6:0/080.20390 3907.70.3/40..F109./008.4319408579:.4389./0 57080390 !.F:8097E8. 47.J548/0.0884 0:86:073907.07/. . 454 /48 /40 02 948 !...7..4 43.J5:48 /0/.2-F2348843907./.. 70.80. ":.2.07/. 34 2:3/4 02 204 .27 0.3/434 85J794 47..:4 9./0/0 0:8 0.../.0: .850.3/40..43.430./.8.4085.20390 02 3420/008:878940.085..:84 47.03906:./0F6:0.:4 .0884/0. ..47. 2082.3./E./.47709.7.07..4 .. 47..F109.2 80 47.4294/. ./48 ..3074 106:054/./. ..8147.8 4-9...7 /0 002548 /0 -4380025485.8 02-7.248 /0!.7.47/4834. /0 %J6:.7.0.7.78948 /0A10840/04:97.42:3/.038 /4 4./48 54/0248.3.088057084 438/07. 4 34884. 0..6:0789. 1F848 089:/4805489.1F - . 2-47...304 208246:04.4384..:3893..7.44.4 %089./080... 47./4 /0 14 /4 974.8 5.7 48 03948 348 02-7./.48 448 :2.:38.2039040./0%J6:.8 /4 .2.86:09..8 . 802570 02-7.. 08808 .385479.08/.2.. 4890948 203.79.5.7.9.5O89446:0304: 2.6:008 /48 6:.43./0. 57.94/483O8 070174..813.H 47088:77094 0807.8 6:0 54/02 807.07 9.8 /10703908 ./08 F.07 .3948 6:0 34 147.8 2070174../..203949. 7088:7704 :8..4 00 4 204 724 /0 08:8 /0548/0. /0 50 /0 890.20390 348 02-7.486:0.074 097.8 :2 ./4 6:0 14 97. ./4/0 .425.381472.20390 348 02-7.43...4.07.7..88 70.850/48. 0-0 0312 2:948 4:9748.70./.4807.7 /0 24/04 5.8 /0 A10840 448848 2.48 /0 :...079/4 94734: 804J/07/.3O8 3.42. .8..:947 /0 0-70:8 54/0248 348 701077 ./48 1 03970 08808 .2..3/4./47 /.0025..789486:0.2 8O 08808 079.2-42908902:345478:.0 /0 089J2:4 5. .7028:.7.27 0.4 .2/024/4/34/.4 54/0 807.08 $#% # $%$ & #$% !# 3974/:4 ../0%J6:.907J89.789 6:.. 72 /0E.2.5O8944 !.8 /.07.2-F2 /0 44 4 /8.:4 :2 10 238974 /4 $0347 6:0 14 03.4 :2.248 9.0248 4:9748 9.7. /34 48 6:.7.8 8:.3/08/089././.43.4%089.8 /0%2O904 /0%94 0312 /0 :2.503.30.2.08070025.7.907J89.2570807. 8:..6:0 9.85E3..08.42:3/.304 908902:3.26:.5O8944089.789486:084-7088.J7./48/02./.8 .5O8944!././.5O8944!.:4 4./4 404 /0 .9.8/4 4.7. /..8 4 2:3/4 34 07./0.4 .73.4.47..20390 348 02-7.248 ./48 2.. ..J/./007:8..8 6:014507/4.248 /0 %.47. 254793.248 9.8 /0$.90702 80:834208 5.9:./4 5.:4 3088.789486:0 1706Q039.42:3/..2-F2 /./007O85729.2-F2809473.F2 079.8 4.4 54/0248/076:0 0824 70.2484:9748 6:09.7.889O7.3/4 /0 08:8 0 /.. .0507:39.8/0.850.4/4$0347 079.42574209/.3/4 .8 2.57E9.8807.7.J5:4 .48.7.48 !741 9.7 6:0F:8.78948 6:0 80 /089. 8F70 /0 4:9748 .79.748.3/4 089:/.2-F2 147.20025485.424 002548 /0 .789486:0 34147.2 .5O8944 34 .7.2..039.39402.8. .07.7 .78948 472.79./443420/0%J6:.2 /089..03/4 02 .8.20390 9.248/0!0/74 4./454708:8003..8.20394 03.2 203..424 2038.:4 0/457470884/40./4 504 .-F /0 44 .348 F /0 54:.6:0147..6:083.770.247 0 .6:0. ./4724/4.20390 6:.07.2842039008808487../.4 /0 .8/4.4 02 .204 50.90345.789 .8/4.2..7.8.. 504$0347 .3/4 :2 2389F74 6:0 . .424 .!78.2 /0 24/4 ./48 2.8 ..../4808:..8 .439094 /1070390 02 .9.394021.7807E6:0147.294 /089./...8 807E 6:0 147.7894/0.74 2070174. 94/4 .248 48 507843.50/.248./.5O8944 /083.5O8944 /4 . 2070174.079.3/4349J.85.4397. 578402#42.78940025.. /4 14.870.6:080/0850/880/0!.3829:...7.85.6:0807.3828847./4 4.:402#42.4384.:4 0. %088./48 .8:./43484:9748 54814.7. 8.F2 4.8039.2E 4 /0 .7..8 0278948:507.42!..448803808 4..7.8039.. 548 .8..70.6:0.6:0.48:-899:7%940%2O9045..38.2..89..431. 80547807:2.708 .-./.:43.F2 .701.448803808.:4. 80547807.7.880!.4:.7.425. 424102389748.4830..4488480. 8054780710238974 42410238974.841079.48.841079.48 !741 9.307.7 .007-0 .:4 0.4801F8480.5.8/.2..7.4 34 $0347 %J6:.43/:: 3F8243480:7094734.-. 0242 4241023897497.:F2 6:0 802 80 5704.4/0!.:2573/4/.%2O9048:-899:3/4 402A10845.7.907.8349J..07:8.%948:-899:3/4 402709.907. 1F848 089:/4805489.86:00.7.7.57207.94 807...4: ..074 238907.43844.907./47/.4 .4:.7.438/074: %J6:.4$0347034.78940025. 80547807:2724/01F 7.7 /0 8:-899:7 /0 1..4/.424 .27 0.4:.884-70.424 80: 5.43807..7.3.0.70.7/0 3F824 3907.:4 43.89.4:4.7.5.:9:7.7349J.8/0!.8/0!.039020390 .0.:2724705708039.431E.:27240394 2. 07F.78940025.4: ..7.0889./007:8.43844.:27243907088.7../47 0..48.: .20472. /85484 /0 807.:84 !.:4 ' .:4 .448803808 4 :2 4202 /0 06:50 97.:4.0 4.4 /4 441490 ":00:8348:80..42 7248 /.42!.7./48.907.43844.78940025.4248:/0:8 7.870.4908902:3.8....:5.40.4801F8480.86:00147.390/.79.4 80 /089.7.3074/0!. 80547807:297.42 4 08970.7 /0 147.4842038 ' . .4 .431E.7.7.78948:/0:8 7.3/4 43.424..08 .0. 445479.89:.78940025.7707.789480025.431E.6:05:/08802089.438.907.8 $07E 6:0 3O8 90248 088.431E.48. 425..5.94 97... 5.2.08 & $! @ # !.94 /0 6:0 .3/4 48.70.8 0907234:.9.2.8802.783. !47884 /.0748543948/:. 94/48 3O8 4 5745O894 /.43902547304 80 570903/02486:0.424 .4389.547. 254793...07.283.. 0 . 80 9.2.7.8 . /:7.6:0.-00.1.75....80.4 /709.4 ...390 . 07. 54/0248.172.434884390747054/097.-H3413.424 9473E ..2 :2. 80.48 !741 9. /. .4389.9.480:574-02.:24202 208246:0238974/.24703..390 5.:4 .424 25.8/088.43...247 . 700.074 %..50.390 8:..79.5708039.4 -H348 /. .248 .381472.4 $0347/024/483. . 1F848 089:/4805489.789 700..7.76:0 00 /01.. 4. 43/0 90248 .07 8084-. 4 4202 . ..07.202/024/48:5071.9.8:./4708:87894 5488O. 700.07.9:. 4324/.50 0 .790/00:8!..34884$034708:87894 !.7.390 34 2:3/4 ..7248 6:0 3..80.8 -H348/.0-07 :2 573.8 5.7.3.425479.05O.412 0 0394 3.2884/008.42 0:8 0 ./0 . $0 570903/0248 6:0 .34 8OF/85038.42:3/.43./0 A 3907088.247.7248 02 57.4801F848480:/080408:. 348 4547 3:2 ./47 $3909.421F /.4/06:0.79.F8/0 807/.7.7./.4294/48486:0.85..-034./00:8 089.6:0574547.381472.7./.20390 .. -H34.43. .790 /..7.3. . .172..J54 /08. /0 0:8 6:0 14 .434:./47 5..079.3/4 8:.83488..477094 0 /0 7002-7. 4 1.4 902 .7.70.390 ./47 07002-74:.8 54/0248 507. 8.7898420390 807E700..07.2..2 83. .882.08:87894.4 /0803.2.5.48 01F848 0 . 70./. 34 2.. 34884 $0347 08:8 7894 88.6:07:26:0470.4319408579:.0-0...27 0.9:..4380:/.4.0740430894 %02486:0.20390.1.4..47.:: 089.20394 . .8 0890 9094 .424$03470$.8.79.07 4 . 70.4.76:0 %4/.390/.3908:.434884$03470$.%73/.:3403970:/0:80039483.424872480.:480/0850/:/4880:8724801F848 $:../4848 /0 089.7.79.0 4:.44.2-F2 .20390.84:45.9..9:./024/4.85.854/074.07/024/483.390 349. 5. 5.2044202/0405.2 . 0570884 94/48 48 6:0 .8./47. ..424 .0/4$034708:87894 7.4 00 203.892.. .-034.800/02438974:480:. 70./0 .43. 5.3.8 !.7. 57207.20390 ..0. F 0.8 50884. 902486:0.42:3/.:/.1F0.:38 34 .. 6:.8 6:0 9473.88:.. 47.7 4 5.2J.3.3/4 .6:008724805072039.20390 4.8 24897.439. 4./48.-H3484-.6:0842488.71.8 0548.38-47/.7E.48 80:3/...7E48/.70.-H3484-..247.1F450748.07.7...0/0803.08 ' 6:.97.4/4.8 F....4.789 7.4.07 80F.247 .../.. 890.48 !741 9.0/0803.1F 0.097..907.789.07 80F..0.43.70.42574288.4.70.7..3900 97..30.0248.7.0807574.0/0803.1F8.247/0.7894/0.1F0..J1.2./.574.084-088.304 870.07 80F4.08507.2.7/48/42.F457.9.7..7027894.080783.5.7...247 .97.3.7:7..80/0803..1FF5.6:.789208243.3/4/.78948 0890F434.420:8 8844.4 :2.07.0-/.47703.-H3484-.088/.3/0./00:8 8844./.05:7.0.30470.2.0880:234.080757E9.././4 10050780..4 /0.3/4 8040.486:03408943./.247../.79.247/0..97.02807. .390 25.0784 054805072039.03/4.74870.6:.6:.48 7..6:04:..0/0803./.5.789/0.70.7243484805.7.2.5.70.1F 88.2486:.247/..8. !7207.843805..34 907.F40./4.03.-H3484-..9..7. 4.454.7./03.5. 80.4../E/. ' 6:39...4-7.F.789/0.088E7.08 57207./.08078.8-H34800809473.42:3/4 .07 ..39.F8/.70.70.03970484203800:8 574.5..08:8/0.248/03O8208248 .6:.07.074 ..3E8 88.. 7.390.4...70.7 80 E3.0/0803.247 4..J1.789/0.5741:3//.9.937.07 80F..27 0.789/0. 88./..97.43..08:8 #097-:3/447. F.0./0/44:974 .F8/07894 430..43...3/.8:9.2.0 80..0390 0:8348.3/.6:0/0.1F:97.:25720394 .20390F30.F8/..203948039704872483.34 8O2.203948.5. 7.8022070.20394 F50.390 43.93:.6:.O7.......247/0./.-H3484-..3/4.-0340 .5.3.20394 .88.70.07 80F.75./0/4.42. 57424.F4/0807248.9:7.0.F8/48/438.4770/:7.247/07894 !476:00080/0:5.0248$./4 7894023O8 08507.:84 $4203906:.3903/444..1F.1F 88./0. 1F848 089:/4805489.789/0.247/00:86:0348. #00. 989..8. 0470 %044.8. /4 % 704 $4 !.78943.7:/07894 $4!.3.48 !741 9.7/484 :3/ 5.4%089.43974 ' % $% % 390730..8/. 4.00080/4 % $4!./0!..:4'/. :79-.:747.. & $ 7.-4 $4!./0 $4!..0 3QJ89.:4'/. ! % . % % 805894./4 E.:3.789 #$ ./07. # $ 0 # $ .48 1F848 2/E44.9. 4./4.2 42039E74/4 % 1F848 $4!.4 $4 !..79./4 85J794 $4!. # 4:7034 $904 0 # 4.08579:. 8%044.. 4...4754.:4 '/. 4.3074:075 ./..3...::8 $ # 7..8 1F8483974/:4042039E74 $4!.:4& '& :798 1F848 42039E74J-.08:8#4/0.80 1F848 :0348708. 8507.:4'/.789 038 1479024/00:8 2389F746:J39:54 :79-.43E74/4704/4 % $4!.4 85J794 4:.79./0/4/080794 $4!. *************** 805894.::8 # & 78943. ! # .:4:9:7. 4.3. *************** 0 7.4/07894 $4!.48 1F848 $4!.:4'/.3824-E8.:4'/.:4'/.:4 $4!.3.:4 0 $ #:880! %47.234/4./0!. ************* 2038./32.::8 #$ 43.07/.:4%04O.4 $4!..42:3/4 $4!.4 $4!.9044.4 $4!.391.4-7. ! /41 . 4.:4& ************* .:4$0// $ 280:85. *********** .7.884846:01.20394 #4/0.3074:075 $% #.:4!.4 $4!.:4!.:4'/./07.8/43488490254 $4!.484488038080.73004/. 70./4 4.:4'/.3 .7704 5479::H8 . # . 3.3/08.:4 $4!.:4'/. ..7894 #4/0.:444.5784 1 5 2 $4!..48 1F848 $4!. #% 48F 42407.9044.J-.8 '07/...9.48 1F848 42039E74 8507. 4..:4%04O. 1F848 089:/4805489../.08.:4.27 0.. 4.2 %.74 .:4 '/.748 8. .7. :79-./4 85J794$.8 % # . ************* :.:4 :3/47894 $% %% # 789.08 # # 05J894.3.:4& *************** 2:3/4 .42.3308 408 /4 704 J-. 8507. :79-.394 $4!.42039.02/0 1F848 $4!.48 1F848 $4!.:4!.J-... 4.:4!..3074:075 #&$ .7:07$ & 037 08579:.. # # 0 # #$ .7./.