EdM_03

March 20, 2018 | Author: Mauricio Fonteles | Category: Narration, Time, Documentary Film, Theatre, Philosophical Science


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Edição e Montagem 1http://introtoediting.com/mm_entertainment_image1.jpg Universidade de Brasília Faculdade de Comunicação Departamento de Audiovisuais e Publicidade Bloco 1 de Audiovisual Professor: Mauricio Fonteles Professor Orientador: David Pennington Aula 3 mauriciofonteles.com A Narrativa Cinematográfica GAUDREAULT, André; JOST, François. A narrativa cinematográfica. Brasília , DF: UnB, 2009. Capítulo 1 - Cinema e Narrativa mauriciofonteles.com Narrativa • Como reconhecemos uma narrativa? • Dicionário - "relação oral ou escrita de um acontecimento real ou imaginário" • narrativa - nar.ra.ti.va sf (fem de narrativo) 1 V narração. 2 O modo de narrar. 3 Conto, história. • Sequência de imagens e sons? • METZ (1968, p. 25-35) "de algum modo um objeto real que o utilizador ingênuo reconhece seguramente e não confunde nunca com aquilo que não é ela". • Ingenuidade do espectador mauriciofonteles.com com .O que é uma narrativa? 5 Critérios de METZ mauriciofonteles. 1. Uma narrativa tem um começo e um fim • Na qualidade de objeto material. toda narrativa é "fechada" • Possibilidade de sequências a partir das novelas e séries • Outros filmes nos trazem de volta ao início • Outros são um recorte parcial  de uma série de ações num conjunto bem maior Começo Fim mauriciofonteles.com . meio e fim) • A narrativa fílmica segue uma organização da duração e obedece uma ordem . • Para METZ. (começo.pois este não tem começo nem fim • Já a narrativa forma um todo. todo filme tem um último plano.• Que o final seja suspensivo ou cíclico.. • É o imaginário que os permite continuar.com . isso  não muda nada a natureza da narrativa como objeto: todo livro tem uma última página.supõe um momento inicial e um desfecho mauriciofonteles. a narrativa se opõe ao mundo real .. out=jpg&size=l&tid=45144304 mauriciofonteles.significado-espaço > significante-tempo • Planos sucessívos . • METZ "sequência mais ou menos cronológica dos acontecimentos" X "sequência dos significantes que o usuário leva algum tempo a percorrer: tempo de leitura ou tempo de visão" • Exemplo de METZ (deserto) • Plano isolado .significado-tempo > significante-tempo http://www.2.significado-espaço > significante-espaço • Planos parciais .com/cgi/img-thing?. A Narrativa é uma Sequência com Duas Temporalidades • Jogo de duas temporalidades: aquela da coisa narrada X a temporalidade da narração propriamente dita.com .polyvore. não impõe um percurso visual e ordem obrigatória mauriciofonteles. de pernas alongadas. Ao longo do caminho.: Martin era esbelto. Usava óculos • ex. o Sol se abria e seu nariz protuberante carregava belos óculos que protegiam seus olhos claros.a) A narrativa pode conter o narrativo e o descritivo • ex. Sua boca era grande e seu nariz protuberante.com . cabelos castanhos e olhos claros. b) Temporalização do significante • A imagem cinematográfica descritiva. O vento soprava sobre seus cabelos castanhos e sua grande boca assobiava uma canção de Lenon.: As pernas alongadas de Martin carregavam toda a sua esbeltez pela Rua Mantiqueira. isto é. uma sequencia de enunciados que remete necessariamente a um sujeito da enunciação (JAKOBSON.3.com/wp-content/uploads/2010/07/megaphone.com .jpg mauriciofonteles.toda mensagem codificada por um emissor é decodificada de forma idêntica pelo seu receptor http://themyndset. 1963) • Instância Narrativa -> Grande Imagista • Baseado no circuito da comunicação . Toda Narrativa é um Discurso • A narração é um discurso. a narrativa não está com o espectador • É também gerar uma topografia imaginária.com.com .br/blog/wp-content/uploads/2011/03/escher_top.ergus.jpg mauriciofonteles. ligando simultaneamente locais heterogêneos http://www. sabemos que ela não é uma realidade • o "aqui e agora" . A Consciência narrativa “desrealiza” a coisa contada • A partir do momento em que lidamos com uma narrativa.4. 5. METZ considera a narrativa em seu conjunto como um discurso fechado. Mas o Plano parece-se mais com um enunciado do que com uma palavra “Elefante Blanco” (2012) mauriciofonteles. no qual o acontecimento é a "unidade fundamental" • A Imagem cinematográfica corresponde a um enunciado em vez de uma palavra • Não necessariamente essa é uma conexão com o conceito de plano.com/-HiVkhWwa-J4/UJZ05klTGAI/AAAAAAAABcg/epPpCPyp4_I/s640/elefante_blanco2.jpg .bp. Uma Narrativa é um conjunto de acontecimentos • Uma vez mais.blogspot.com http://3. a narrativa é "um discurso fechado que desrealiza uma sequência temporal de acontecimentos" Fechado Temporal Discurso Acontecimentos Desrealiza mauriciofonteles.com .Concluindo! • Juntando os 5 pontos: Para METZ . texto fechado e discurso • Não há distância entre a existência do objeto e a percepção do mesmo .com .a tarefa para METZ é "compreender como compreendemos" mauriciofonteles.Estrutura da Narrativa para METZ • Sua problemática é guiada pela questão do fundamento epistemológico • A narrativa existe e suscita uma "impressão de narratividade" • O Filme pertence à categoria das narrativas • Sua definição é hierarquizada • Oposição à realidade . : cena da menina e o pai (João) morto. ela o empurra para brincar e ele cai morto Madame Bovary de Flaubert Filme: Um corpo que cai mauriciofonteles.O que é uma narrativa Cinematográfica? • O Plano seria o equivalente a um Enunciado . a leitura desses enunciados se dá pela relação com os planos próximos • ex.para análise • A problemática é que uma imagem pode conter vários enunciados • Normalmente.com . virtualmente. mas não diz" (JOST.jpeg • Em toda imagem existe pelo menos um enunciado • ex: casa .eis uma casa ou eis nossa casa mauriciofonteles. • As dificuldades dessas descrições linguísticas do visual devem-se ao fato de que "a imagem mostra.com/gadgetlab/wp-content/gallery/safe-house/house-opening. é prioritário compreender como a imagem móvel significa • Até que ponto se pode admitir que o cinema seja uma linguagem? • Nenhum plano é equivalente a uma simples palavra http://www.com . uma pluralidade de enunciados.wired. 1978) • Para METZ.• Todo plano contém. Plano da Rua mauriciofonteles.com . Quem vê? mauriciofonteles.com . com .Sequência Assistir Trecho do Filme PAREI AQUI!!! mauriciofonteles. • ex: Rolos produzidos antes de 1903 A Saída da Fábrica http://1.com/-_-kUNJT5hDk/TnPTxOp11OI/AAAAAAAAHU4/w-IxKfmFuns/s640/lumiere.• Para estudar a significação narrativa de um plano isolado. seria necessário que o filme tivesse um único plano.jpg mauriciofonteles.bp.com .blogspot. • Eram "unipontuais" .retorno à estrutura de origem . Lumière.mas isso não era um problema • Eram Registros • Regra das três unidades: um lugar.com .com/thumblarge_498/1272000642g0bFh9.dreamstime. em até 2 min. de tempo e ação . uma unidade temporal.jpg • Até 1900 os filmes continham apenas um plano. 1895) Um só plano e uma tripla unidade de lugar.O Regador Regado (L`arroseur arrosé. tempo e ação • Cinema de vanguarda .do teatro clássico • ex: Filme .Filmes Lumiere O Nascimento da Narrativa Cinematográfica http://thumbs.um só e longo plano fixo mauriciofonteles. Quebra na temporalidade ação .recepção • b) a câmera direciona o olhar do espectador simplesmente pela posição que ela ocupa ou pelos movimentos O papel norteador da câmera • mauriciofonteles.Regador Regado • Seria esse uma narração. uma mostração ou algo mais? • Quando relacionado à mostração teatral devemos considerar algumas diferenças: • a) no teatro.com . No cinema. essa temporalidade é destruída.Narração e Mostração Filme Regador • Uma comparação entra a narrativa escrita ou oral e a mostração teatral • Análise do curta . a atuação e a recepção por meio do público se dá no mesmo espaço de tempo. "meganarrador" • A narrativa cinematográfica opõe-se à narrativa teatral por sua intangibilidade • O teatro é.acima dos atores • Relação com o narrador escritutal • O "grande imagista" de Laffay • "Narrador invisível". "enunciador".jpgaa5fc993-7acb-4f1a-aeae-1afa26fc7937Large.jpg mauriciofonteles.turbosquid. • A mostração fílmica leva também uma "dimensão sonora" http://preview. um espetáculo diferente.com/Preview/2011/04/12__14_01_59/MovieCamera%20WF1. a cada vez. "narrador implícito".com .• A câmera também emite "sinais" (signos) • Uma instância superior . o cinema pode mostrar várias ações simultâneamente.jpg • Contrariamente à lingua. relativamente limitada em relação a certos tipos de fenômeno.ao vivo • ex: Filme: Seven Chances .com . Essa virtualidade vai se acentuar ainda mais com o cinema sonoro mauriciofonteles. • Relação com os interlúdios do cinema silencioso . que é dedicada a uma sucessão que lhe impõe a linearidade da frase.blogspot.• Em razão da pluralidade de enunciados veiculados virtualmente por cada imagem.com/-7MHUUERtTJQ/TzqGjhYZKLI/AAAAAAAABqA/2T_nfyHXYwo/s1600/silent+film+dialogue.bp.Sete Amores (1925) Buster Keaton http://1.CARTELAS • Presença do "comentador" . a mostração muda é com efeito. djtechtools.gif mauriciofonteles. ou geralmente a voz. a contraposição das duas narrativas se torna crucial para a compreensão • Eisenstein falava da possibilidade de escrever um filme como uma partitura graças a uma montagem polifônica http://static3. reduza as ambiguidades dos enunciados visuais de modo que não percebemos esse dualismo de direito do filme sonoro • O som pode definir a temporalidade de uma sequência • Em alguns filmes.Cinema Sonoro: uma dupla narrativa • O som pode complementar ou se opor as imagens para causar um efeito desejado • Na maioria das vezes.com/wp-content/uploads/2010/01/waveform_popeye. tudo é feito para que o diálogo.com . ruídos. menções escritas e música) tocam como as partes de uma orquestra. por assim dizer. a rua. e a narrativa dupla de que falamos está. a praia. ora em uníssono. diálogos. não mais as palavras podem ser portadores de uma narrativa? • Nos primórdios do cinema. • Será que os ruídos. ora em contraponto ou em um sistema de fuga. Nesse caso. neutralizada. não no mesmo local mas em circunstâncias semelhantes. a delegacia. a situação narrativa é completamente diferente.com .staticflickr. etc. Filme Adeus Dahla! http://farm4.com/3368/3199010111_3280411082_z. o som participa na elaboração de uma narrativa unitária.• As 5 matérias de expressão (imagens. etc. • Quando o ambiente "estranho" aparece. havia atmosferas sonoras para escritório.jpg mauriciofonteles. ao mesmo tempo.com .comum no universo cinematográfico • Todo Filme participa.O que é uma narrativa de ficção? • Onde começa a narrativa? Onde começa a ficção? • Atitude documentarizante X Atitude fictivizante • Documentário/Ficção .Índice (Pierce): Retenção de um momento espaço-temporal mauriciofonteles. dos dois regimes • É a leitura do espectador que permite a um regime tomar precedência sobre o outro • Imagem . Inorganização do material profílmico • Ex: Chegada do Trem e O Almoço do Bebê (Lumiére) • Ficção .Organização do material profílmico • Ex: O Regador Regado e A Batalha de Bolas de Neve • "Farsa" que por seu caráter organizado.com . toma um tipo de autonomía • Permite à sua reatualização. interposta pelo projetor mauriciofonteles.Documentário X Ficção • "ter estado lá” X "estando lá" • “Documentário” . se define como apresentando seres ou coisas existindo positivamente na realidade afilmica • Ficção . que tem suas próprias leis • ex: Filme .Realidade afílmica e diegese • Documentário .A Origem • O que nos parece verossímil em uma situação pode parecer absurdo em outra mauriciofonteles.Tem o poder de criar mundos • A realidade afílmica é a realidade que existe no mundo habitual • O mundo da ficção é um mundo em parte mental.Inception .com . pelo enquadramento.• Muitos filmes trazem consigo postulados . mauriciofonteles. propiciando-nos a aceitação da coerência do conjunto da narrativa • SOURIAU propôs o termo DIEGESE . podemos observar que seus filmes "em tempo real" não obedecem o critério mínimo da narrativa. na medida em que o grande imagista fez uma intervenção na realidade pela posição da câmera.com . etc.tudo aquilo que  confere inteligibilidade à história contada. • Existe discurso. mas não existiu a narrativa propriamente dita. ao mundo proposto ou suposto pela ficção • Quando vemos os primeiros rolos de Lumiere. • Nesse sentido.com . • Um exemplo é o "assunto"do jornal televisivo.com. muitas vezes estruturado a partir do comentário http://mdemulher.abril. podemos considerar os filmes de Lumiere como o grau zero da documentalidade • A narrativa aqui exige que os acontecimentos sejam colocados em ordem • A narrativa pode caminhar em direção à constituição de um universo diegético.jpg mauriciofonteles.br/blogs/redacao-tititi/files/2010/08/jornal-nacional-ibope-01g.
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