Distúrbios dosistema estomatognático 50% a 60% da população apresentam algum sinal. Etiologia multifatorial. Sinais subclínicos. Okeson JP, 2000. Função normal + Evento > Tolerância fisiológica = Sintomas de DTMs Okeson JP, 2000. DESENVOLVIMENTO DO DISTÚRBIO Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens congênitas e de desenvolvimento Desordens de desarranjo do disco Deslocamento da ATM Desordens inflamatórias Osteoartrite (desordem não-inflamatória) Anquilose Fratura Baseada na Academia Americana de Dores Orofaciais, 1998 Classificação diagnóstica das DTM • Desordens musculares Dor miofascial Miosite Mioespasmo Mialgia local não classificada Contratura miofibrótica Neoplasia Baseada na Academia Americana de Dores Orofaciais, 1998 Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens de desarranjo do disco DESLOCAMENTO DO DISCO COM REDUÇÃO Tem que ter: Som articular reproduzível durante abertura e fechamento bucal; Imagenologia de tecido mole: disco deslocado, que melhora sua posição durante a abertura; Imagenologia de tecido duro: ausência de alterações ósseas degenerativas extensas; Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens de desarranjo do disco DESLOCAMENTO DO DISCO COM REDUÇÃO Pode estar associado com: Dor durante o movimento articular; Desvio durante movimento, coincide com um estalo; Nenhuma restrição de movimento mandibular; Disfunção suave e momentânea no movimento mandibular. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens de desarranjo do disco DESLOCAMENTO DO DISCO SEM REDUÇÃO – AGUDO Tem que ter: Limitação de abertura persistente (≤35mm), com história de instalação súbita; Deflexão para o lado afetado na abertura bucal; Laterotrusão limitada para o lado contralateral (unilateral); Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens de desarranjo do disco DESLOCAMENTO DO DISCO SEM REDUÇÃO – AGUDO Tem que ter: Imagenologia de tecido mole: disco deslocado sem redução; Imagenologia de tecido duro: sem alteração osteoartrítica extensa. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens de desarranjo do disco DESLOCAMENTO DO DISCO SEM REDUÇÃO – AGUDO Pode estar associado com: Dor durante abertura bucal forçada; História de estalos que cessaram com o travamento; Dor à palpação na ATM afetada; Alterações osteoartríticas moderadas (imagenologia de tecido duro). Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens de desarranjo do disco DESLOCAMENTO DO DISCO SEM REDUÇÃO – CRÔNICO Tem que ter: História de limitação súbita de abertura (há mais de 4 meses); Imagenologia de tecido mole: disco deslocado sem redução; Imagenologia de tecido duro: sem alteração osteoartrítica extensa. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens de desarranjo do disco DESLOCAMENTO DO DISCO SEM REDUÇÃO – CRÔNICO Pode ter: Dor menos intensa em relação ao estágio agudo (sensação de rigidez); História de estalos que cessaram com o travamento; Alterações osteoartríticas moderadas (imagenologia de tecido duro); Melhoria gradual da amplitude de abertura da boca. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares DESORDENS DE DESARRANJO DO DISCO Deslocamento do disco com redução Diagnóstico diferencial: Variação anatômica, Osteoartrose. Deslocamento do disco sem redução Diagnóstico diferencial: Anquilose fibrótica, Neoplasia. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares DESLOCAMENTO DA ATM (travamento aberto) Condição em que o côndilo é posicionado anteriormente à eminência articular, sendo incapaz de retornar à posição fechada. Provavelmente devido a espasmo na musculatura. Diagnóstico diferencial: Fratura Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares DESLOCAMENTO DA ATM (travamento aberto) Tem que ter: Incapacidade de fechar a boca sem manobra de manipulação específica; Imagenologia: côndilo bem além da eminência. Pode ter: Dor no momento do deslocamento; Dor residual branda após o episódio. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares DESORDENS INFLAMATÓRIAS CAPSULITE / SINOVITE Sinovite - inflamação do líquido sinovial, por infecção, condição imunológica ou trauma. Capsulite - inflamação da cápsula relacionada à distensão dos ligamentos capsulares. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens inflamatórias CAPSULITE / SINOVITE Diagnóstico diferencial: Osteoartrite, Infecção de ouvido, neoplasia. Tem que ter: Dor localizada na ATM durante a função ; Dor localizada na ATM à palpação; Imagenologia de tecido duro: sem alterações osteoartríticas extensas. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens inflamatórias CAPSULITE / SINOVITE Pode ter: Dor localizada na ATM ao repouso; Limitação de movimento secundária à dor; Edema flutuante: capacidade de ocluir; Dor de ouvido. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares DESORDENS NÃO – INFLAMATÓRIAS OSTEOARTRITE (Osteoartrose, Doença Articular Degenerativa) Condição artrítica não-inflamatória, comumente encontrada em várias articulações sinoviais. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens não – inflamatórias OSTEOARTRITE PRIMÁRIA Diagnóstico diferencial: Sinovite/Capsulite, Neoplasia Tem que ter: Nenhum fator etiológico evidente; Dor durante a função; Dor pontiaguda à palpação; Imagenologia de tecido duro: alterações ósseas estruturais e estreitamento do espaço articular. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares Desordens não – inflamatórias OSTEOARTRITE SECUNDÁRIA Pode ter: Amplitude de movimento limitada; Desvio na abertura para o lado afetado; Crepitação ou múltiplos ruídos articulares. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares ANQUILOSE Fusão óssea ou fibrosa intra-articular, muitas vezes em decorrência de um trauma de longa duração. Diagnóstico diferencial: Contração muscular, Deslocamento de disco sem redução. ANQUILOSE FIBROSA ANQUILOSE ÓSSEA Classificação diagnóstica das DTM • Desordens articulares FRATURA (processo condilar) Forças traumáticas diretas podem afetar todos os componentes ósseos relacionados ao sistema mastigatório: osso temporal, maxila, zigomático, esfenóide e mandíbula. Sequelas:adesões, anquilose, anormalidades oclusais ou degeneração articular. Classificação diagnóstica das DTM DESORDENS MUSCULARES Classificação diagnóstica das DTM • Desordens musculares DOR MIOFASCIAL Dor muscular regional apresentando sítios localizados de dor (pontos de gatilho) no músculo, tendão ou fáscia. Tem que ter: Dor regional depressiva; Dor agravada pela função dos músculos afetados; Classificação diagnóstica das DTM • Desordens musculares DOR MIOFASCIAL Tem que ter: Sítios de hipersensibilidade (pontos de gatilho) palpados dentro do tecido muscular. Estimulação: Altera a queixa de dor e revela padrão de dor irradiada; Redução da dor > 50% com spray ou injeção anestésica local no ponto de gatilho seguido de alongamento. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens musculares MIOSITE Sinais e sintomas clínicos de inflamação tecidual verdadeira, podendo haver tumefação, vermelhidão tecidual e aumento de temperatura sobre o músculo inteiro. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens musculares MIOSITE Tem que ter: Dor geralmente contínua, em uma área tecidual localizada, após trauma ou infecção; Dor difusa por todo o músculo; Músculo da mastigação: aumento da dor com o movimento mandibular; Limitação de movimento (moderada a severa), causada pela dor e tumefação. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens musculares MIOESPASMO (cãibra ou trismo) Desordem muscular aguda caracterizada pela contração tônica, súbita e involuntária de um músculo. Tem que ter: Instalação aguda de dor, em repouso e em função; Contração muscular involuntária contínua, resultando em acentuada redução na amplitude de movimento; Classificação diagnóstica das DTM • Desordens musculares MIOESPASMO (cãibra ou trismo) Tem que ter: Músculo da mastigação: limitação significante da função, freqüentemente maloclusão aguda; Atividade eletromiográfica aumentada, mesmo em repouso. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens musculares CONTRATURA MIOFIBRÓTICA Resistência crônica de um músculo ao esforço passivo, como resultado da fibrose dos tendões de suporte, ligamentos ou das fibras musculares. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens musculares CONTRATURA MIOFIBRÓTICA Tem que ter: Limitação de movimento mandibular; Pouca ou nenhuma dor, a menos que o músculo envolvido seja forçado a estender-se. Pode ter: História de trauma, infecção ou longo período de desuso. Classificação diagnóstica das DTM • Desordens musculares NEOPLASIA Crescimento de tecido muscular novo, anormal ou não-controlado. Maligna ou benigna; Dor pode estar presente ou não; Quando houver suspeita, é imprescindível a confirmação por meio de imagenologia e biópsia. fim