Distopia Genital

March 24, 2018 | Author: Ruanner Ronann | Category: Vagina, Uterus, Medical Specialties, Medicine, Clinical Medicine


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Distopia GenitalDistopia Genital ou Prolapso dos órgãos pélvicos, corresponde a um ou mais órgãos pélvicos que se encontram fora do seu lugar habitual. São fatores envolvidos na topografia normal: · Fator endócrino – estrogênio (para distopia ocorre a falta deste hormônio, como na menopausa) · Fator dinâmico – envolve aumento da pressão intra-abdominal; como constipação, micção, evacuação, partos naturais, tosse, obesidade, posições que favoreçam o aumento da PIA, DPOC, entre outras. · Fator Anatômico – a manutenção da estática dos órgãos pélvicos é feita por dois aparelhos anatômicos: o aparelho de suspensão e o de sustentação. Suspensão localiza-se entre o assoalho pélvico e o peritônio parietal, formado por tecido conjuntivo elástico e musculatura lisa que se distribui ao redor do colo uterino e parte superior da vagina através dos ligamentos pubovesicuterinos, ligamentos cardinais/paracervical e ligamentos uterossacros. E o de sustentação é constituído pelo assoalho pélvico, sendo composto pelo diafragma pélvico (músculo elevador do ânus e músculo isquiococcígeo), diafragma urogenital (músculo tranverso profundo do períneo, músculos esfícter-anal, isquiocavernosos, bulbocavernosos e transversos superficiais do períneo) e fáscia endopélvica (que liga os órgãos pélvicos às paredes pélvicas; e outro folheto que recobre o útero, vagina, bexiga e reto formando as fáscias vesicovaginal e retovaginal). Fisiopatologia O prolapso genital é conseqüência de um rompimento do equilíbrio da estática pélvica, podendo ser provocado por alterações congênitas que acarretam enfraquecimento dos aparelhos de suspensão e sustentação, ou por um aumento crônico da pressão intraabdominal (PIA). A etiologia mais comum é a multiparidade, envolvendo 70% dos casos. Outros fatores são: defeitos qualitativos do colágeno, alterações neurológicas, rotura perineal, enfraquecimento dos ligamentos cardinais, retroversão e medioversão uterinas (provocam aumento da pressão intra-abdominal). Fator endócrino Fator dinâmico | | |____________Fator anatômico_________________| | | Distopia/Prolapso Prolapso vaginal anterior Envolve a descida da parede vaginal anterior, e é conhecida como uterocele e/ou cistocele. A cistocele pode ser classificada em central, lateral ou mista. > A lateral é causada por desinserção lateral da fáscia pubovesicocervical. > A central ou de distensão resulta do estiramento da parede vaginal anterior, levando à formação de defeito central na fáscia pubocervical. Tratamento · Mulheres com prolapso vaginal anterior assintomáticas não necessitam de tratamento. · Mulheres sintomáticas sem resíduo pós-miccional com alto risco cirúrgico pode ser indicado a utilização de pressários vaginais. colocando o peritônio em contato direto com a vagina. e consiste no deslocamento do útero. Medidas profiláticas em relação ao prolapso da cúpula vaginal são recomendadas. na aponeurose do músculo retoabdominal ou ao ligamento sacroespinhoso e a obliteração vaginal (colpocleise – Cirurgia de LeFort) em muheres que não desejam mais manter vida sexual. que em casos mais avançados pode exteriorizar-se através da fenda vaginal. Tratamento envolve a fixação da cúpula vaginal ao promotório do sacro. pacientes com alongamento hipertrófico do colo e pacientes com risco cirúrgico mais elevado. Este último é diferenciado do prolapso através da cervicometria (passagem do histerômetro no orifício interno). ou adelgaçamento dessas estruturas. conclui-se que se trata de enterocele. Cirúrgico pode ser realizado através da retirada parcial do colo uterino e uma cervicofixação anterior dos ligamentos cardinais. Geralmente está associada à retocele alta pelo enfraquecimento da parede vaginal posterior e superior. E o tratamento cirúrgico também pode ser a histerectomia vaginal associada a correção das lesões presentes. Caso o médico sinta a alça intestinal de encontro ao seu dedo. Prolapso de cúpula vaginal Este ocorre por lesões das estruturas de suporte durante histerectomia ou outras cirurgias pélvicas. rotura perineal. · É sempre recomendável o estudo urodinâmico antes da cirurgia. Pode ser acompanhado de prolapsos das paredes vaginais anteriores/posteriores. pede-se à paciente que realize a manobra de Valsalva. Diagnóstico é feito através do toque combinado (toque retal + toque vaginal). Prolapso de parede vaginal posterior A manifestação clínica é a retocele. e maior parte das enteroceles occore após histerectomias. Prolapso uterino Este ocorre pelo enfraquecimento ou por lesão dos ligamentos cardinais e uterossacros.· A cirurgia é indicada para todos os tipos de cistocele – colporrafia anterior (abertura da parede vaginal anterior e plicatura da fáscia pubovesicocervical na linha média). > E pacientes idosas. Exame físico: Inspeção dinâmica com manobra de Valsalva ou pinçamento do colo uterino com pinça de Pozzi/Museux. em estágios mais avançados. Tratamento: > O prolapso assintomático não necessita de tratamento > Quando sintomático o tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. Tratamento é cirúrgico. que ocorre em resultado do enfraquecimento da fáscia retovaginal e dos seus pontos de fixação às margens dos músculos elevadores do ânus. em pacientes que desejam fertilidade futura. Enterocele Ocorre quando o intestino delgado se insinua pela cúpula vaginal devido um defeito na fáscia retovaginal. Mas no caso de defeito para vaginal a conduta ideal é a reinserção da fáscia pubovesicocervical ao arco tendíneo da fáscia pélvica. e alongamento hipertrófico do colo. com risco cirúrgico e sem vida sexual ativa podem ser submetidas à obliteração da vagina. · . Conservador inclui exercícios da musculatura pélvica e pessários (para casos de alto risco cirúrgico). que se agrava em posição ortostática por tempo prolongado. . Casos de incontinência urinária ou polaciúria são resultantes de uma hipermotilidade uretral e se associam com a perda da sustentação vaginal anterior. Os sintomas são comuns à todos os tipos de prolapso. O diagnóstico das distopias genitais é clínico. E o sinal mais comum é a exteriorização de uma “bola” na vagina. A USG pode ser usada em casos de suspeita de alguma patologia que esteja provocando o prolapso. TRH (terapia de reposição hormonal). Pode ocorrer também sangramento pelo atrito com roupa íntima. fisioterapia. dispaurenia.Tratamento consiste na colporrafia porterior com plicatura da fáscia retovaginal. O mais comum é a sensação de peso ou desconforto na região da genitália externa. podendo também utilizar tela de propileno para reforçar a parede. disfunção sexual. como tumores. Outros tratamentos: esletroestimulação. exercícios físicos. A correção da rotura perineal e a reconstituição do corpo perineal também devem ser efetuadas.
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