Dislexia - Trabalho

March 17, 2018 | Author: Leonardo Matias | Category: Dyslexia, Learning, Cognition, Psychology & Cognitive Science, Cognitive Science


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Resumo A dificuldade de transformar letras em sons, acaIntrodução Dislexia (derivado do grego: dis = difícil, prejudicada, e lexis = palavra) caracteriza-se por uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração. A dislexia tem como características principais a dificuldade na aprendizagem da decodificação das palavras, o disléxico tem uma complicação na leitura e na escrita que pode afetar também a percepção dos sons da fala.. A dificuldade de aprendizagem na leitura e escrita são algumas das fortes evidencias que indicam que uma criança pode ter dislexia. A criança com dislexia sofre muito durante o processo de alfabetização, ela se esforça, mas, tem dificuldades para juntar as letras formando silaba, depois, juntar essas silabas formando palavras, é isso que compromete a escrita e a leitura de um disléxico. Para Nico e Yanhez (2001), a dislexia está relacionada a uma desorganização no processamento cerebral das informações recebidas pelo sistema visual. Sendo assim, devido ao esforço despendido no processamento das informações visuais, a leitura torna-se mais lenta e segmentada, o que compromete a velocidade de cognição e a memorização, produzindo cansaço, troca de palavras, desfocamento, fotofobia e distração, após um intervalo relativamente curto na leitura. A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, neste momento acontece uma limitação, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado, os portadores costumam trocar letras, p. ex. b com d, ou mesmo escrevê-la de forma invertida, p.ex "ovóv" para vovó, sendo comum também confundir a direita com a esquerda no sentido espacial. A definição atual do Comitê de Abril de 1994, da International Dyslexia Association - IDA, que diz: "Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Estas dificuldades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação a idade. Apesar de submetida a instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia é apresentada em várias formas de dificuldade com as diferentes formas de linguagem, frequentemente incluídas problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar." Causas Apesar de ainda não haver total consenso entre os cientistas a respeito das causas da dislexia, as pesquisas mais recentes apontam para uma associação de problemas genéticos como fator para o aparecimento do distúrbio. Os disléxicos teriam sofrido modificações em alguns de seus cromossomos, a estrutura da célula que carrega a informação genética de cada pessoa. Alguns genes atuariam de forma conjunta e determinariam a pouca capacidade de leitura e escrita. Por ser um distúrbio genético e hereditário, os especialistas recomendam que as crianças que possuem pais ou outros parentes com dislexia sejam analisadas com cuidado. ¿situado no cromossomo 6.. (FELIPE MAIA da Folha Online- 2007 ) Transtorno ético se situado no cromossomo 6, ela é confundida com transtornos psicológicos, como tdh, por isso é muito importante encaminha-lo a uma equipe de saúde para um diagnostico preciso. Essa defasagem na aprendizagem, acarretará a desmotivação de ir a escola por motivos de chacotas e gozações. Esta disfunção neurológica hereditária acomete mais as meninas, é a principal doença que acomete as crianças na escola. É possível ter uma vida normal e tranquila. A pessoa com disle precisa se tratar a vida toda. A dislexia tem espectros............. o diagnostico da dislexia é feio por exclusão de outros possíveis transportonos. A dislexia é caracterizada pela dificuldade na aprendizagem da decodficação das palavras, na leitura precisa e fluente e na fala. Pessoas disléxicas apresentam dificuldades na associação do som à letra (o princípio do alfabeto); também costumam trocar letras, p. ex. b com d, ou mesmo escrevê-las na ordem inversa, p.ex "ovóv" para vovó. A dislexia, contudo, não é um problema visual, envolvendo o processamento da fala e escrita no cérebro, sendo comum também confundir a direita com a esquerda no sentido espacial. Esses sintomas podem coexistir ou mesmo confundir-se com características de vários outros fatores de dificuldade de aprendizagem, tais como o déficit de atenção/hiperatividade, dispraxia, discalculia, e/ou disgrafia. Contudo a dislexia e as desordens do déficit de atenção e hiperatividade não estão correlacionados com problemas de desenvolvimento. Apesar de não haver um consenso dos cientistas sobre as causas da dislexia, pesquisas recentes apontam fortes evidências neurológicas para a dislexia. Vários pesquisadores sugerem uma origem genética para a dislexia. Outro fator que vem sendo estudado é a exposição do feto a doses exageradas de testosterona, hormônio masculino, durante a sua formação inútero no ramo de estudos da teratologia; nesse caso a maior incidência da dislexia em pessoas do sexo masculino seria explicada por abortos naturais de fetos do sexo feminino durante a gestação. Segundo essas teorias, a dislexia pode ser explicada por causas físico-químicas (genéticas ou hormonais) durante a concepção e a gestação, dando uma explicação sobre os motivos de haver, aproximadamente, 4 pessoas disléxicas do sexo masculino para 1 do sexo feminino. Segundo essa abordagem da dislexia, ela é uma condição que manifesta-se por toda a vida não havendo cura. Em alguns casos remédios e estratégias de compensação auxiliam os disléxicos a conviver e superar suas dificuldades com a linguagem escrita. O que é dislexia? A dislexia é uma dificuldade de leitura e escrita que pode afetar também a percepção dos sons da fala e se manifesta inicialmente durante a fase de alfabetização. É uma condição de aprendizagem de base genética, ou seja, tem natureza hereditária. Existem vários genes envolvidos nesta condição e pesquisadores no mundo todo estão trabalhando para identificar quais são esses genes. A dislexia consta da Classificação Internacional de Doenças (CID) que descreve suas características e sintomas. Entretanto, o Instituto ABCD prefere abordá-la como um transtorno de aprendizagem persistente e inesperado, pois a criança não apresenta deficiências intelectuais nem sensoriais. As dificuldades podem ser minimizadas utilizando-se métodos pedagógicos alternativos, que se adaptam às dificuldades e necessidades da criança. Estima-se que 4% da população brasileira tenham dislexia. Portanto são mais de 7 milhões de pessoas convivendo com o problema. Se um dos pais tiver dislexia, obrigatoriamente os filhos também terão? Não. A herança genética aumenta a tendência para desenvolver a dislexia, ou seja, é maior a probabilidade da criança apresentar o O ambiente vai moldar esta tendência genética. como o estímulo que ela tem em casa e o ambiente sócio-cultural. Algumas crianças conseguem se alfabetizar apesar das dificuldades. o vocabulário e habilidades específicas. se ela tiver dislexia. Por isso mesmo em gêmeos idênticos a manifestação pode ser diferente. O tratamento varia de acordo com a dificuldade e a idade da criança ou do jovem. utilizando figuras e outros elementos visuais e contando com o estímulo dos pais e professores para melhorar a . por exemplo. A intensidade dos sintomas varia caso a caso. Em casos leves. De qualquer maneira. Como é o tratamento? Não há prescrição de medicamentos. por um neuropediatra. pois algumas dificuldades leves podem ser decorrentes de uma alfabetização mal feita. vários fatores podem contribuir para atenuar ou reforçar os sinais. leitura e escrita com rendimento abaixo do esperado para a idade e a escolaridade.problema caso um dos pais seja portador. mas. escrita com erros de ortografia. Como é feito o diagnóstico? Ao ser identificada a dificuldade para o aprendizado da leitura e da escrita. São aplicadas provas e testes para avaliar o nível de leitura. há pessoas que não conseguem ser alfabetizadas porque não conseguem ler ou escrever. Existem diferentes níveis de dislexia? Sim. a criança é encaminhada para a avaliação de uma equipe multidisciplinar composta. um fonoaudiólogo e um psicólogo que farão as avaliações específicas. inversão de letras e/ou sílabas. Mas. ainda assim. é importante fazer o diagnóstico correto. que pode oferecer a ela recursos para lidar com suas dificuldades. Quais são os sinais da dislexia? Leitura com erros de reconhecimento das palavras. leitura de sílaba por sílaba). compreendem textos se alguém fizer a leitura para elas e conseguem fazer uma redação ditando para um digitador. como memória. ocorrem alguns erros na escrita e a compreensão de texto é possível após algumas leituras. Já em casos graves. adaptações pedagógicas aliadas ao atendimento especializado. atenção e velocidade de processamento. e. Atualmente. considera-se mais correto pensar em uma escala de desempenho contínuo que vai desde casos leves até os severos. em geral. leitura não fluente de textos e com alteração de ritmo e entonação (por exemplo. sim. dificuldade de compreensão de textos. das sílabas e assim por diante. Quem é o profissional responsável pelo tratamento? Dependendo da dificuldade da criança. pode afetar o desempenho escolar quando o grau de desatenção é grande. e neste caso o tratamento com medicamento pode ser recomendado. quanto antes o transtorno for diagnosticado. . mas. menor será a defasagem escolar e os impactos emocionais da criança com dislexia. Definição da Dislexia Posted on 8 de Março de 2012 by abdadmin A nova definição de Dislexia(Evolução e comparação com a definição original) (Tradução e adaptação do “ Annals of Dyslexia ” volume 53. da motivação pessoal etc. Quando há mais de um transtorno associado considera-se uma comorbidade. São coisas simples que podem ser feitas no dia a dia. É possível prevenir a dislexia? Por se tratar de uma doença genética. 2003. Mas o diagnóstico precoce e a aplicação de atividades específicas podem minimizar os sintomas. seja um filme. Além disso. A dislexia pode vir acompanhada de outros transtornos? Sim. do estímulo que ela tem em casa e na escola. uma peça de teatro ou outro recurso. A base genética comum favorece o surgimento de outros transtornos de aprendizagem. A resposta ao tratamento depende da condição geral da criança com dislexia. como a discalculia (dificuldade em aprender e manipular conceitos matemáticos). Entretanto. é necessário desenvolver o conhecimento das letras. É necessário o envolvimento da família e dos professores para estimular continuamente a criança. Uma forma de fazer isso é conversar sobre o que foi apresentado. a dispraxia (que afeta a noção de espaço. Algumas crianças não conseguem ler nem palavras isoladas e. a disortografia (dificuldade no aprendizado e desenvolvimento da linguagem escrita expressiva). não é possível prevenir seu surgimento. psicopedagogo ou fonoaudiólogo. O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) não é considerado um transtorno específico de aprendizagem. nestes casos.compreensão. ela pode precisar de acompanhamento especializado de um psicólogo. o tratamento não acontece apenas no contexto da clínica. coordenação e habilidade motora). por exemplo. Ângela N. Essas dificuldades resultam . A dislexia se manifesta por várias dificuldades em diferentes formas de linguagem frequentemente incluindo. Jeffrey Gilger. Nico e José Carlos Ferreira de Souza) A NOVA DEFINIÇÃO DA DISLEXIA Definição de 1995 (G. mostra uma insuficiência no processamento fonológico. É um distúrbio específico de origem constitucional caracterizado por uma dificuldade na decodificação de palavras simples que. não são um resultado de distúrbios de desenvolvimento geral nem sensorial. uma dificuldade de escrita e de soletração. Reid Lyon) “Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. Hugh Catts. Emerson Dickman. Jack Fletcher. como regra. É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de decodificação e soletração. Guinevere Eden. Essas dificuldades não são esperadas com relação à idade e a outras dificuldades acadêmicas cognitivas. além das dificuldades com leitura.” Atual definição de 2003 (Susan Brady.por M. Robin Moris. Harley Tomey and Thomas Viall) “Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica. . dificuldade de leitura.Shaywitz.g. leitura.Como já foi dito antes Lyon (1995) é importante reconhecer que muitos indivíduos com dislexia têm também deficiência e comorbidades em outras áreas cognitivas e acadêmicas como v. at al.A Shaywitz. afeta pelo menos 80% da população.. 2002. .“ “Dislexia é um distúrbio específico de aprendizagem… Esta definição identifica a dislexia como uma dificuldade específica de aprendizagem ao contrário dos termos mais gerais para distúrbios de aprendizagem.1995. & S. Isto constitui o mais prevalente tipo de distúrbio de aprendizagem. escrita e matemática (USOE 1997). nós recomendamos (Fletcher et al. Lyon. B. quando se discute dificuldade de leitura.1994).tipicamente do déficit no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária . fala. definido em termos de domínio operacional coerente. : a atenção (Schnkweiler.E. Fletcher. Enquanto esta categoria geral de dificuldade inclui uma grande variedade de distúrbios de audição. 1995) que essa categoria deva ser descartada por ser um termo geral a esse distúrbio. Do ponto de vista epidemiológico. Sugerimos que se deve discutir distúrbio específico. 1986 ) a soletração e expressão escrita (Lindamood. mesmo porque características cognitivas como déficit de atenção e matemática são bem diferentes daquelas características de cognição.Essas observações de comorbidades não vão ao encontro da especificidade da definição proposta da dislexia.” Essa frase mostra um grande avanço na compreensão das bases neuronais da dislexia nos últimos oito anos.1994). Fletcher. Mais modernamente a investigação . desde a primeira definição e vai muito além da frase “de origem constitucional (1995). sugeriu que a porção posterior do lado esquerdo do cérebro é crítica para a leitura. …que é de origem neurobiológica. & Barnes. supramarginal e as porções posteriores do giro temporal superior) como a região principal no mapeamento da percepção visual para a impressão das estruturas fonológicas do sistema da linguagem. associadas ao déficit na habilidade básica para leitura (Lyon. Djerine. 2003). Moats.matemática ( Fletcher & Loveland. Suspeitou-se da origem neurobiológica da dislexia há mais de um século. uma grande quantidade de trabalhos a respeito da inabilidade na aquisição da leitura (alexia) descreve as lesões neuroanatômicas mais encontradas localizadas na área parietal-temporal (incluindo o giros angular. Outra região posterior do cérebro (mais ventral na área occipto-temporal) foi também descrita por Djerine (1892) como crítica para a leitura. Em 1891 uma neurologista francesa. A partir de Djerine.( Damásio). 1994. Para atingir o resultado. Esse método dá uma estimativa da orientação das fibras e da anisotropia (qualidade peculiar a certas substâncias cristalizadas de reagir de modo diferente a outros fenômenos físicos: como propagação da luz . Mais do que examinar por autópsia cerebral ou medir o tamanho de regiões do cérebro usando dados morfométricos estáticos. segundo a direção considerada capaz de produzir dupla polarização. psiquiatria e distúrbios de desenvolvimento e (Klingberg. & Geschwind.neurobiológica usa cérebros de disléxicos mortos. Quando é pedido para um indivíduo realizar uma tarefa cognitiva simples. ativação de sistemas . dureza etc) tecidual para estabelecer seu caminho.. Fornece informação sobre conexões na matéria branca. Essa informação é de interesse no estudo da neurologia. Eliez. Em princípio a imagem funcional do cérebro é muito simples. 2001. calor. et al..Talvez a mais convincente evidência para base neurobiológica da dislexia vem dos achados das investigações sobre a imagem funcional do cérebro. Sherman. é necessário. crescimento do cristal. e imagem funcional oferece a possibilidade de se examinar o cérebro funcionando durante uma tarefa cognitiva.(Galaburda.. Morfometria craneana (Brown.1985). 1996) e Imagem de Ressonância Magnética por Tensão Difusa (técnica que acessa a conectividade das fibras nervosas cerebrais). Aboitz. 2000. et al. Filipek.2000) suporta a crença de que há diferenças nas regiões temporo-parieto-occiptais no cérebro entre disléxicos e leitores sem dificuldade. essa tarefa demanda processamento em regiões particulares do sistema neuronal cerebral. Rosen. et al. Uma grande variedade de investigações neurobiológicas por cientistas de todo mundo. Service.Shaywitz et al.. Price.1999. Rumsey et al. tem documentado o sistema neuronal para a leitura em disléxicos através das linguagens e culturas. Cornelissen. 2001. McCrory. propriedade ideal para estudar pessoas. 1998. et al. et al. & Donohue. 1997) assim como imagens funcionais cerebrais (Brunswick. Samelin. Hansen... Eden. Como os procedimentos de (FMRI) e (MEG) não são invasivos e são seguros. & Salmelin.2003. Usando imagem funcional do cérebro de adultos disléxicos leitores. Paulesu. Bergman. & Salonen. et al. Helenius. (Brunswick. é evidente a falha no hemisfério esquerdo posterior cerebral que não funciona adequadamente à leitura.1996.. Kiesila. Simos.1998. Rumsey.1998. Em trabalhos com indivíduos com lesões cerebrais (Benson. Boynton. 2001. et al . et al. & Papanicolaou. Rumsey. Corina.neuronais específicos em regiões cerebrais e estas mudanças de atividades neuronais podem ser medidos por técnicas de imagem funcional por ressonância magnética (fMRI) e magnetoencefalografia (MEG). & Heerger. . 2000). Assim também tarefas de processamento não visual (Demb. especialmente crianças. E. Frith & Frith 1999.1997.. podem ser usados repetitivamente.1999. Fletcher. Breier.. Shaywitz. Uutela.1996) nos sistemas anteriores especialmente envolvendo regiões ao redor do giro frontal inferior também têm sido implicados na leitura. Horwitz..1992. et al. Tarkiainen. S.E.. 2000.. et al . et al. Shaywitz. 2000. Shaywitz. et al. et al. McCandliss. A área visual da palavra parece responder preferencialmente a estímulos apresentados rapidamente (Price. 2003. et al.. S.1996) e está ligada mesmo quando a . Simos. 2002. Um envolve a análise da palavra separando-a em fonemas e isto requer atenção e seu processamento é relativamente vagaroso. B..1999.(Seki. . Moore. et al. Dehaene.1991.& Dehaene. et al.. Cohen. et al.. et al . está evidente em crianças com dificuldade de leitura causadas por falta de estímulos.1996.1997) propôs dois sistemas críticos no desenvolvimento das habilidades do processamento automático.. Poline. 1997.1999). Le Clec’H. Lê Bihan. & Frackowiak. Paulesu.1998). O segundo sistema opera na palavra como um todo. Temple. Rumsey.2002.E. Logan (1998. Dados convergentes de linhas de investigação indicam que o sistema de análise de palavras de Logan está localizado dentro da região parietal-temporal enquanto que a nomeação rápida automatizada é localizada dentro da área visual da palavra (Cohen.2001). et al. É um sistema obrigatório que não requer atenção sendo processada muito rapidamente.Essa evidência neurobiológica de disfunção nos circuitos de leitura no hemisfério esquerdo posterior. 2001. Esses dados permitem aos cientistas e clínicos usar o modelo de trabalho dos sistemas neurais para leitura baseada num histórico trabalho de Djerine e em uma teoria mais moderna de Gordon Logan.. et al.. Cohen & Dehaene.. 2003. 2001. et al.. Gross-Glenn. Moore & Price.Georgiewa. Essa definição substitui a de 1995 que se refere simplesmente a “dificuldade de decodificar uma palavra”. que resulta num sobre-esforço e lentidão. mas porque as palavras estão literalmente colocadas em código ao invés de meramente decifradas (S. Talvez a mais importante mudança nesta parte da decodificação é o reconhecimento do que caracteriza os indivíduos disléxicos. Também reconhece a soletração pobre como uma característica da dislexia. (Dehaene. .2001). et al.palavra não tenha sido conscientizada. É a marca registrada de um bom leitor. Os dados indicam que leitores disléxicos podem melhorar a leitura conforme vão se tornando mais maduros mas continuam com falta de fluência. precisamente e com bom entendimento. 2003). quando o leitor se torna hábil e junta tudo como uma unidade ortográfica. (Lefly & Pennington.È esse sistema occiptal-temporal que parece predominar. fonológica e semântica de palavras. Bowers.. É caracterizada por dificuldade no reconhecimento fluente da leitura e pobre habilidade de decodificação e soletração de palavras simples. 2003). Wolf. (Report of the National Panel. Fluência é a habilidade de ler um texto rapidamente . & Biddle. A soletração esta intimamente relacionada com a leitura não só porque os sons estão ligados às letras.Shaywitz. A nova definição amplia esta frase referindo-se especificamente ao reconhecimento correto das palavras (identificando as verdadeiras palavras ) e as habilidades de decodificação (pronunciando logatomas ). particularmente disléxicos adolescentes e adultos: a inabilidade de ler fluentemente. Shaywitz. 2000. 2001).1991. Investigadores de há muito sabem que a fala proporciona a quem a usa criar um infinito número de palavras combinando e permutando um pequeno número de segmentos fonológicos. representem este som. . et al. et al. Para ler.. 2000. a dificuldade central na dislexia reflete um déficit dentro do sistema da linguagem (Ramus. A teoria sobre dislexia tem sido proposta baseada no sistema visual (Stein & Walsh. a criança deve desenvolver a visão de que as palavras podem se dividir em fonemas e que estas letras numa palavra escrita. 2000). permite ao leitor decifrar o código de leitura.Essas dificuldades resultam tipicamente na deficiência do componente fonológico da linguagem. A consciência de que todas as palavras podem ser decompostas nesses elementos básicos (fonemas). Existe agora uma forte consciência dos investigadores neste campo de que. Fazer esta conexão requer uma consciência de que todas as palavras podem ser decompostas em segmentos fonológicos.. mas somente quando eles conectam estes caracteres arbitrários (representam o sistema fonológico por letras). e outros fatores como processamento temporal (auditivo) do estímulo dentro deste sistema (Talcott. Essa consciência permite ao leitor conectar as letras (ortografia ) e a unidade da fala que eles representam (consciência fonológica). 2003 ). Uma transcrição alfabética (leitura) mostra estas mesmas habilidades aos leitores. as consoantes e vogais que servem como constituintes naturais da especialidade biológica: a linguagem.1997). Tallal. et al. Liberman & Shanweiler.Tais achados formam a base para a melhor intervenção baseada em evidência destinada à melhora da leitura (Report of the National Reading Panel. 1992.1995. “De fato há entre os pesquisadores e clínicos um conceito crescente da dependência da discrepância entre o QI . 1999) o déficit fonológico representa a mais forte e específica corelação com o distúrbio de leitura. et al. não existe nas crianças e adultos disléxicos (Bruck. Por outro lado. Orton.1998 ). entretanto..1994) assim como em adolescentes.Como mostram numerosos estudos. incluindo a definição de 1995 (Lyon. Por outro lado o Comitê reconheceu que a noção de dificuldade inesperada no aprendizado da leitura é básico em quase todas as definições de dislexia. (S.1937 ). o Comitê não quer abraçar a idéia de que déficits básicos na decodificação e reconhecimento de palavras devam ser significantemente inferior ao QI como está especificado na fórmula de discrepância típica. Estudos bem feitos em grandes populações com distúrbios de leitura confirmam que. na idade escolar de crianças e jovens (Fletcher. et al. (Morris. tal consciência. Fletcher.. enquanto preserva o conceito de aprendizagem defasada.E. Stanovich & Siegel..199. Não é esperada em relação a outras habilidades cognitivas consideradas no grupo (faixa etária).1991). et al . 1994.. Essa afirmação gerou grande discussão no Comitê.Shaywitz.2000). A história de instrução individual é crítica no entendimento da natureza da dificuldade observada. ( S. ocorrerão falhas típicas na leitura (Lyon . freqüentemente. fornecido para a criança na sala de aula não preencher as lacunas das habilidades fundamentais. Shaywitz.p. Novo neste componente da definição é o conceito de que a criança necessita de ensino adequado. et al 2003).et al.137).2003. 2003..133) A maior preocupação que repousa nessa discrepância é que isso freqüentemente resulta num atraso na identificação do problema de leitura e esse atraso resulta no atraso no fornecimento de ensino adequado. 2000 ) mostraram muitas crianças identificadas como de risco na pré–escola e 1 a série fundamental e que lhes foram dadas ensino adequado . sensibilidade fonológica. vocabulário e motricidade fina) fatores críticos para proficiência da leitura.2001). Se o ensino de leitura.Shaywitz.p. numerosos estudos recentes (Torgesen. Ao invés disso os dados sugerem que essa defasagem deve ser acessada através de comparação da idade de leitura com a idade cronológica e ou por comparação entre habilidade de ler o nível educacional e o professor envolvido. (Fletcher . muitas crianças de risco vêm do meio ambiente não adequado com educação de pré-escola com falha. entram na escola com falha de muitas características lingüísticas essenciais e pré-requisitos para a leitura (ou seja. Por outro lado.(geralmente muito alto) e aquisição de leitura para o diagnóstico da dislexia (S.et al 2002 and Lyon. Portanto. Por exemplo. e não for ajustado para se ensinar essas habilidades faltantes. É fato que o entendimento das dificuldades fonológicas leva a problemas de fluência e precisão. È importante afirmarmos que essa . Enquanto o Comitê discutia esses achados. afirma que a intervenção precoce tem a capacidade de reduzir a possível falha na leitura e escrita de 18% na população escolar.4. Portanto a definição de dislexia de desenvolvimento e a identificação desses indivíduos. Tudo isso junto interfere na leitura e entendimento do texto como um todo.4 até 5. surgiu um consenso de que o papel da história educacional deve ser levado muito a sério. pode nos levar a desconfiar da qualidade de resposta dada por especialistas. o estudo sobre intervenção precoce. Especificamente a falta de resposta para instrução científica dada é um fator que diferencia a dislexia severa agravada com ensino inadequado. mesmo quando a intervenção foi feita intensamente por professores e profissionais (fonoaudiólogos e psicopedagogos) bem preparados. para de 1. Mas. indica claramente que nenhum dos professores que atuaram na intervenção precoce foram igualmente efetivos para todas as crianças de risco estudadas. Torgesen (2000) .desenvolveram proficiência desde cedo. resumido por Torgesen (2000). que pode levar a problemas de vocabulário. … Consequências secundárias podem influir na compreensão da leitura que impedirão o conhecimento do vocabulário. com base nas evidências relevantes no desenvolvimento da leitura e escrita.N. dificuldade de leitura e escrita e ensino da leitura e escrita. Assim também. neurobiologia e características linguísticas e conectivas de dislexia. Fizemos a revisão da definição de 1995. Nosso entendimento de dislexia é um trabalho em andamento e irá continuar. A única constante é que isso e as futuras definições refletirão o que a ciência tem de melhor para oferecer.explicação remove o argumento antigo de que precisão e fluência na palavra escrita “não é realmente leitura”. modificarão a definição. Nico e José Carlos Ferreira de Souza). Para termos certeza nos próximos cinco anos teremos de comparar pesquisas metodológicas e modalidades investigativas para o estudo da dislexia. nosso entendimento sobre dislexia tem sido formado por um número de intervenções e tratamentos que agora dão oportunidade de integrar as informações sobre a natureza e a magnitude da resposta. . feita por M. discutida neste trabalho reflete nosso respeito à natureza dinâmica do processo científico e sua utilidade em aumentar nossa compreensão sobre a dislexia. SUMÁRIO Houve um relevante desenvolvimento na epidemiologia. desde a definição inicial que o Comitê publicou em 1995. Literalmente garantirá a aquisição de novos conhecimentos que mais tarde. 2003. ao ensino no nosso conceito de dislexia de evolução. (Tradução e adaptação do “Annals of Dyslexia ” volume 53. desde 1995. Mas a tarefa não está completa. A definição proposta em 2003.Ângela. Posição equivocada que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria. de como aprendemos e do por quê podemos encontrar facilidades até geniais. tem marcadores claros do progresso que vem sendo conquistado. sem que nenhuma delas tenha sido universalmente aceita. do que é Memória e Pensamento. E com o avanço tecnológico de nossos dias. porém. Recentemente.Entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes e. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito arcaico de que: "quem é bom. A complexidade do entendimento do que é Dislexia. é bom em tudo". mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual de aprendizado.Pensamento e Linguagem. torna Dislexia altamente hereditária. com destaque ao apoio da técnica de ressonância magnética funcional. foram surgindo respostas importantes e conclusivas. especialmente. tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. porque inteligente. e em cerca de 40 definições. está diretamente vinculada ao entendimento do ser humano: de quem somos. resultante do trabalho cooperativo de mentes brilhantes que têmse doado em persistentes estudos. a pessoa. geniais experimentarem dificuldades paralelas em seu caminho diferencial do aprendizado. Durante esse longo período de pesquisas que transcende gerações. e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas. até. no entrelaçamento de descobertas realizadas por diferentes áreas relacionadas aos campos da Educação e da Saúde. isto é. o desencontro de opiniões sobre o que é Dislexia redundou em mais de cem nomes para designar essas específicas dificuldades de aprendizado. como: que Dislexia tem base neurológica. é desafio que a Ciência vem deslindando paulatinamente. as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre o que é Dislexia. Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada. por ser dominante. em130 anos de pesquisas. em sua obra Inteligências Múltiplas. o que justifica que se repita nas mesmas famílias. em suas pesquisas e estudos registrados. . transmitido por um gene de uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que. que o alçou à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos. A evolução progressiva de entendimento do que é Disléxia. com traçado carregado e sobreposto. fazendo com que a palavra passasse a ser percebida. com a conquista científica de uma avaliação mais clara da dinâmica de comando cerebral em Dislexia. ". . É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico". como se estivesse borrada. há um grande exemplo brasileiro que. por exemplo. mas que os disléxicos. anunciaram. a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura. declarou: "Não sei por que. visualização em 3 dimenões. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras que formavam a palavra escrita. embora existindo disléxicos ganhadores de medalha olímpica em esportes. uma significativa descoberta neurofisiológica. e demonstraram que crianças disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença na fixação visual ao ler. ele que é uma de nossas mentes mais brilhantes e criativas no campo da mídia.que o disléxico tem mais desenvolvida área específica de seu hemisfério cerebrallateral-direito do que leitores normais. criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas. atletismo. recentemente. foram estudados pelo Dr. encontraram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correr dos olhos. Sally Shaywitz. que. mecânica. Como bem figura uma educadora e especialista alemã. que o Dr. que está relacionado à sensibilidade. a maioria deles apresenta imaturidade psicomotora ou conflito em sua dominância e colaboração hemisférica cerebral direita-esquerda. embora somente com sua autorização pessoal poderíamos declinar o seu nome. porém. mas quem me conhece também sabe que não tenho domínio motor que me dê a capacidade de. Condição que. da Yale University. William Lovegrove e seus colaboradores. Dentre estes. que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos interrelacionados no ato de ler: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que.. que. mais tarde. em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte. artes. pesquisadores da equipe da Dra. apertar um simples parafuso".. justificaria seus "dons" como expressão significativa desse potencial. visualmente. segundo estudiosos. E que dificuldades na escola e decepção que eles não gostariam de dar a seus pais estão citadas entre as causas determinantes dessa tragédia. Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país. citar o lamentável fenômeno do suicídio de crianças que. faz com que se tenha criado um mundo tão diversificado de informações. quando não de forma inadequada e. somente o faz de maneira parcial. Além do que a mídia. na desinformação ou na informação imprecisa. E quando.. por permanecer envolta no desconhecimento. professor de Neurologia da Harvard Medical School. não costumam sequer ser considerados. Graus leves. Hoje. fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência. pesquisador lúcido e perseverante que assumiu a direção da pesquisa neurológica em Dislexia. que provam ser de 70% a 80% o número de jovens delinqüentes nos USA. registram 20% da população americana como disléxica. no Brasil. seu nível de agressividade diminui consideravelmente. Também para realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula cabe. o Dr. E que também é comum que crimes violentos sejam praticados por pessoas que têm dificuldades para ler. com algum grau significativo de dificuldades. diretor da Unidade de Neurologia do Beth Israel Hospital. de cada 10 alunos em sala de aula. que confunde e desinforma. as poucas vezes em que aborda esse grave problema. embora importantes. dois são disléxicos. e uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que. os mais abrangentes e sérios estudos a respeito desse assunto. afirma que a falta de consenso no . professor de Psicologia do MIT Massachussets Institute of Tecnology. não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado. com a observação adicional: "existem muitos disléxicos não diagnosticados em nosso país". MA. eles aprendem a ler. Norman Geschwind. naquele país. além de considerar o seríssimo problema da violência infanto-juvenil. que apresentam algum tipo de dificuldades de aprendizado. Ainda é de extrema relevância considerar estudos americanos. mesmo. traz o gravíssimo registro de que 40 (quarenta) crianças se suicidam todos os dias. M. em Boston. após a morte do pesquisador pioneiro. nos USA. Samuel Orton.D. na prisão. Para sublinhar. O Dr.A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia. entendimento do que é Dislexia. é um jeito de ser e de aprender. necessitando. Soletração. como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. de consenso. lógico e lúcido para o entendimento maior do que é Dislexia. mas que aprende de maneira diferente. é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.. com acompanhamento adequado. contornados. isto é. e lexia. podem ser aliviados. como palavra. do grego. antes de qualquer definição. Não podemos considerar como "comprometimento" sua origem constitucional (neurológica). Não tem como causa falta de interesse. como dificuldade. Dislexia. que é mais notada em relação à dominância cerebral. isto é. direcionado às condições de cada caso. é imprescindível um olhar humano. e seus sintomas podem ser identificados logo na pré-escola. ainda. realmente. Por toda complexidade do que. sempre. dá significação mais ampla ao termo palavra. porque os caminhos de descobertas científicas que trazem respostas sobre essas específicas dificuldades de aprendizado têm sido longos e extremamente laboriosos. que foi elegido o significado latino dys. começou a partir da decodificação do termo criado para nomear essas específicas dificuldades de aprendizado. de esforço ou de vontade. mas sim como uma diferença. muitas vezes arguta e até genial. em Linguagem Expressiva ou Receptiva. dislexia não é uma doença. Escrita. comoLinguagem em seu sentido abrangente. de motivação. . reflete a expressão individual de uma mente. é Dislexia. Mas que é na decodificação do sentido da derivação grega de Dislexia. Ela é congênita e hereditária. como na Linguagem Corporal e Social. por muita contradição derivada de diferentes focos e ângulos pessoais e profissionais de visão. Dificuldades no aprendizado da leitura.. elexia que. Os sintomas. em diferentes graus. portanto não podemos falar em cura. uma função anormal ou prejudicada. em Razão e Cálculo Matemáticos. significando imperfeito como disfunção. Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura. que está a significação intrínsica do termo: dys. inteligência musical. musical. uma dificuldade estável. cálculo)."A DISLEXIA é uma dificuldade de aprendizagem na qual a capacidade de uma criança para ler ou escrever está abaixo de seu nível de inteligência. é um distúrbio de aprendizagem congênito que interfere de forma significativa na integração dos símbolos lingüísticos e perceptivos. naturalista. um problema. O disléxico teria sua inteligência mais predisposta à inteligência corporal-cinestésica. comprometimento da discriminação visual e auditiva e da memória seqüencial. existencial e pictórica. uma deficiência. uma perturbação. A criança dislexia não tem perda auditiva. portanto. inteligência intrapessoal. escrita (ortografia e semântica). mas há algumas situações que foram descartadas: Em hipótese alguma o disléxico tem comprometimento intelectual. Refere a uma dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem. ." "A DISLEXIA é uma função. não há nenhuma segurança em afirmar uma ou outra etiologia para a causa da dislexia." "A DISLEXIA é um transtorno. inteligência espacial. um transtorno. Segundo a Teoria das Inteligências Múltiplas. numa proporção de 3 para 1. inteligência lógica-matemática.” Etiologia: A rigor. mas nunca como causa única. matemática (geometria.” "A DISLEXIA não é uma doença. do processo de leitura que se manifesta na insuficiência para assimilar os símbolos gráficos da linguagem." "A DISLEXIA é caracterizada por dificuldades na leitura. atraso na aquisição da linguagem. Acomete mais o sexo masculino que o feminino. Pode haver um comprometimento do emocional como conseqüência das dificuldades da dislexia. inteligência verballinguística. Quanto ao emocional. é preciso avaliar muito bem. o ser humano possui habilidades cognitivas: inteligência interpessoal. espacial. inteligência corporal-cinestésica. um distúrbio. temporária. isto é duradoura ou parcial e. do raciocínio mais holístico. Dificuldades encontradas em crianças com Dislexia:  Dificuldade para ler orações e palavras simples. Eles não são suficientes para se fechar um diagnóstico. Atraso no desenvolvimento visual. da criatividade. Sinais encontrados em Disléxicos: Desde a pré-escola alguns sinais e sintomas podem oferecer pistas que a criança é disléxica. D) Inadequado processamento auditivo (consciência fonológica) da informação lingüística. B) O impedimento cerebral relacionado com a capacidade de visualização das palavras. Falta de coordenação motora. da aptidão para as artes. o que pode entravar a necessidade da linguagem. de serem mais subjetivos e todas as outras qualidades características do hemisfério direito. e mais tarde a aprendizagem da leitura e escrita. . as letras ou decodificar os fonemas. entre outras coisas. Mas também justifica o desenvolvimento maior da intuição. Dificuldade em aprender rimas/canções. Dificuldade em acompanhar histórias. uma dominância da lateralidade invertida ou indefinida. ou seja. E) Implicações relação afetiva materno-filial. Isso implica.Há vários estudos: A) Uma falha no sistema nervoso central em sua habilidade para organizar os grafemas. C) Diferenças entre os hemisférios e alteração (displasias e ectopias) do lado direito do cérebro. Dificuldade com a memória imediata organização geral. Falta de interesse em livros impressos. Falta de capacidade para brincar com outras crianças. mas vale prestar atenção:          Fraco desenvolvimento da atenção. isto é. Atraso no desenvolvimento da fala e escrita. as unidades sonoras distintivas no âmbito da palavra. A leitura é sem modulação e sem ritmo. Trocam as palavras quando lêem ou escrevem. às vezes. As crianças ou adultos disléxicos invertem as palavras de maneira total ou parcial. por exemplo: “gato” por “casa”. “casa” é lida “saca”. Uma coisa é uma brincadeira ou um jogo de palavras. As crianças disléxicas conhecem o texto ou a escrita. Confusão de palavras parecidas ou opostas em seu significado. Ora. mas não conseguem ter compreensão. palavras semelhantes (seção. sem intencionalidade. por exemplo: /p/ por /b/. outra coisa é. é patente a confusão de letras de simetria oposta. observando a produtividade morfológica ou sintagmática dos léxicos de uma língua. /6/ por /9/ especialmente quando na escrita minúscula ou em textos manuscritos escolares. mesmo observando na lousa ou no livro como são escritas. Invertem as letras ou números. que é de ordem cerebral. /d/ por/ b /3/ por /5/ ou /8/. Os homônimos. Assim. decodificam as palavras. Os disléxicos. as professoras ficam desesperadas: “como podem . o processamento da informação léxica. A pronúncia ou a soletração de palavras monossilábicas é uma dificuldade evidente nos disléxicos. Copiam de forma errada as palavras. a criança ou adulto trocar a seqüência de grafemas. de maneira involuntária. com muito sacrifício. está invertida ou simplesmente deficiente. mas usam outras palavras. Os disléxicos sofrem com a falta de rapidez ao ler.pensam e reclamam . podendo estar ligada a chamada CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA (alterações no processamento auditivo). cessão e seção) são uma dificuldade nas crianças disléxicas.ela está vendo a forma correta e escreve exatamente o contrário?". Em geral. Têm as crianças disléxicas dificuldades em distinguir a esquerda e a direita.           . Alteração na seqüência das letras que formam as sílabas e as palavras. A ortografia é alterada. por exemplo. Os erros na separação das palavras. isto é. "e-d". Confundem-se os fonemas por sua semelhança Articulatória. As crianças disléxicas. "d-q". DISLEXIA MOTRIZ: evidencia-se na dificuldade para o movimento ocular. A dificuldade pode ser ainda para letras que possuem um ponto de articulação comum e cujos sons são acusticamente próximos: "d-t" e "c-q". "d-p".     . "d-p". "d-b". ocorrendo omissões. denotando. verificando-se irregularidade do desenho das letras. especialmente na elaboração de orações complexas (coordenadas e subordinadas) na hora da redação espontânea. Os disléxicos têm falha na construção gramatical. distorções.7. ainda segundo o professor. por exemplo.3. As crianças disléxicas apresentam uma caligrafia muito defeituosa. DISLEXIA VISUAL: Ocorre quando há imprecisão de coordenação viso-especial manifestando-se na confusão de letras com semelhança gráfica. Ocorre também com os números 6.1. por exemplo. "b-q". "h-n" e "e-d". Confusões com os sinais (+) adição e (x) multiplicação. "nu" e "a-e". Lembre-se em observar:     Alterações de grafia como "a-o". mas com diferente orientação no espaço como "b-d". Apresenta dificuldade em realizar cálculos por se atrapalhar com a grafia numérica ou não compreende a situação problema a ser resolvida. assim. Há uma nítida limitação do campo visual que provoca retrocessos e principalmente intervalos mudos ao ler.5. apresentam confusão com letras com grafia similar. Tipos de Dislexia:  DISLEXIA ACÚSTICA: manifesta-se na insuficiência para a diferenciação acústica (sonora ou fonética) dos fonemas e na análise e síntese dos mesmos. Não temos dúvida que o primeiro procedimento dos pais e educadores é levar a criança a um médico oftalmologista. transposições ou substituições de fonemas. perda de concentração e de fluidez de raciocínio.9. etc. a criança disléxica associará a forma escrita de uma letra tanto com seu som como com os movimentos FALAR-OUVIR-LER-ESCREVER. para o diagnóstico precoce dos distúrbios de letras. FALAR E OUVIR são atividades com fundamentos biológicos. "som-mos" bem como a adição ou omissão de sons como "casacasaco". estimulador e paciente. Confecção do próprio material para alfabetização. chamamos a atenção de educadores. Sensibilidade perceptual para falar os sons. ouvir atentamente. Estratégias que ajudam: Uso freqüente de material concreto:     Relógio digital. Na lista de dificuldades dos disléxicos. a audição e o tato para ajudá-lo a ler e soletrar corretamente as palavras. Organização do cérebro. como desenhar. Assim sendo. são atividades da linguagem. O sucesso na reeducação de um disléxico está baseado numa terapia multisensorial (aprender pelo uso de todos os sentidos). Gravador. atentar aos movimentos da mão quando escreve e prestar atenção aos movimentos da boca quando fala. salto de linhas e soletração defeituosa de palavras. Calculadora. O método mais adequado tem sido o fonético e montagem de ”manuais” de alfabetização apropriada à criança disléxica. mas isto depende do:     Meio ambiente compreensivo. combinando sempre a visão. e pais para as inversões de sílabas ou palavras como "sol-los". A criança aprende a usar a linguagem falada. Alfabetização do Disléxico: O disléxico precisa olhar atentamente. . montar uma cartilha. Trato vocal. repetição de sílabas. Ela não deve ser forçada a ler em voz alta em classe a menos que demonstre desejo em fazê-lo. a criança deve ser encorajada a repetir o que foi lhe dito para fazer. isto inclui mensagens. Ensine-a quando for ler palavras longas. Letras com várias texturas. Dê-lhes menos dever de casa e avalie a necessidade e aproveitamento desta tarefa.                . Sua própria voz é de muita ajuda para melhorar a memória. Folhas quadriculadas para matemática. Revisões devem ser freqüentes e importantes. Demonstre paciência. compreensão e amizade durante todo o tempo. Suas habilidades devem ser julgadas mais em suas respostas orais do que nas escritas. tente evitar isso. principalmente quando você estiver ensinando a alunos que possam ser considerados disléxicos. Copiar do quadro é sempre um problema. a separá-las com uma linha a lápis. ou dêlhe mais tempo para fazê-lo. isso a humilha e a faz infeliz. Não risque de vermelho seus erros ou coloque lembretes tipo: estude! Precisa estudar mais! Precisa melhorar! Procure não dar suas notas em voz alta para toda classe. Evitar dizer que ela é lenta. Uso de gravuras. Máscara para leitura de texto. preguiçosa ou compará-la aos outros alunos da classe. fotografias (a imagem é essencial para sua aprendizagem). Material Cusineire / Material Dourado. Sempre que possível. fotografia. Ajude-o a ser organizado. lembre-se como ele tem de esforçar-se muito para ter algum sucesso na leitura e na escrita. Elogie por seus esforços. neurologista ou psicopedagogo. Ajude-o nos seus trabalhos escolares. carinho.        . desenhos. Orientação aos pais:      A coisa mais importante a fazer: AJUDAR A MELHORAR A AUTOESTIMA. ela sempre acha sua letra horrível e não gosta de vê-la no papel. mas que ele é o principal agente desta mudança. a disléxica pode levar duas horas. Procurar ajuda profissional para realizar um diagnóstico correto: fonoaudiólogo. Ofereça segurança. compreensão e elogie seus pequenos acertos. música. Não a force a modificar sua escrita. Usar sempre uma linguagem clara e simples nas avaliações orais e principalmente nas escritas. Procure não reforçar sentimentos que minimizam sua auto-estima. Encoraje-o a ter hobbies e atividades fora da escola. Dê-lhes um tempo maior para realizar as avaliações escritas. Uma tarefa em que a criança não-disléxica leva 20 minutos para realizar. Explique que suas dificuldades têm um nome: DISLEXIA e que você vai ajudá-lo a superá-las. faça suas avaliações sempre em termos de trabalhos e pesquisas. etc. psicólogo. estimulando-o nessas coisas. como esportes. Uma língua estrangeira é muito difícil para eles. Encoraje-o e encontre coisas em que se saia bem. A modulação da caligrafia é um processo longo. com paciência (mas não escreva para ele. em algumas lições em especial. ou resolva suas tarefas de matemática). ou. 2) de entendimento do texto escrito. de origem neurobiológica. Em diferentes graus. fonoaudiólogo. Não permita que os problemas escolares impliquem em mau comportamento ou falta de limites. o transtorno acomete de 0. Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica. inversão. Pesquisas recentes mostram que a dislexia pode estar relacionada com a produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança. 5) ortográficas: troca de letras. os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória fonêmica. 6) de organização temporal e espacial e coordenação motora. De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia. psicopedagogo. Uma coisa nada tem a ver com a outra!  Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem.5% a 17% da população mundial. isto é. omissão ou acréscimo de letras e sílabas (disgrafia). psicólogo. porque isso faz muita diferença na habilidade dele de enfrentar suas dificuldades. 4) para decorar a tabuada. é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas. Observe se ele está recebendo ajuda na escola. A causa do distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária. em geral por equipe multidisciplinar (médico. Sintomas Os sintomas variam de acordo com os diferentes graus de gravidade do distúrbio e tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização. pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta. escrever e soletrar. o que explica a ocorrência em pessoas da mesma família. reconhecer símbolos e conceitos matemáticos (discalculia). A dislexia compromete a capacidade de aprender a ler e escrever com correção e fluência e de compreender um texto. 3) para de identificar fonemas. neurologista). de prosperar e de crescer normalmente. que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico. . Entre os mais comuns encontram-se as seguintes dificuldades: 1) para ler. associar os fonemas às letras. Diagnóstico O diagnóstico é feito por exclusão. associá-los às letras e reconhecer rimas e aliterações. o ideal é encaminhar a criança para avaliação por profissionais capacitados. um reforço em algo dificultoso para o aluno.) para ajudar o portador de dislexia a superar. etc. O tratamento exige a participação de especialistas em várias áreas (pedagogia. * Saber que a pessoa é portadora de dislexia e as características do distúrbio é o melhor caminho para evitar prejuízos no desempenho escolar e social e os rótulos depreciativos que levam à baixaestima. * O diagnóstico de dislexia não significa que a criança seja menos inteligente. fonoaudiologia. É . Se as dificuldades persistirem. na medida do possível. da expressão escrita ou da matemática. com reflexos negativos sobre sua auto-estima e projeto de vida. escolarização inadequada. Recomendações * Algumas dificuldades que as crianças podem apresentar durante a alfabetização só ocorrem porque são pequenas e imaturas e ainda não estão prontas para iniciar o processo de leitura e escrita. * Portadores de dislexia devem dar preferência a escolas preparadas para atender suas necessidades específicas. problemas emocionais. Tratamento Ainda não se conhece a cura para a dislexia. psicologia.déficit de atenção. * O tratamento da dislexia pressupõe um processo longo que demanda persistência. significa apenas que é portadora de um distúrbio que pode ser corrigido ou atenuado. psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem. Não é uma dificuldade em compreender os conteúdos de aula. A Dislexia no Contexto da Aprendizagem Autora: Flávia Sayegh Resumo: A dislexia acompanha a pessoa no dia-a-dia em sua aprendizagem. o comprometimento no mecanismo da leitura. É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce para evitar que sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos depreciativos. o que seria resolvido com aulas particulares. e outra. com dificuldade em usar as correspondências entre letra e som na leitura e na escrita. colocada em suas mãos. Acontece mais na leitura da língua americana. devido à dislexia. A autora classificou as crianças disléxicas em três grupos. lê com omissões de palavras e até prende-se em determinado ponto do livro. é que pode acontecer da equipe de saúde fornecer o diagnóstico. uma criança sem o diagnóstico de dislexia lê páginas e páginas sem cometer erro de leitura. sem conseguir ir além. são crianças que não cometem erros entre o que é lido. são crianças com dificuldade visual. Como exemplo aos leigos. e muitas vezes não conseguir fazer o acompanhamento. Ou seja. one ou laugh. A família acaba por perder-se e não saber lidar com a situação. e que é por isso que não se comporta bem em casa. a dificuldade no progresso escolar.um distúrbio. que apresentam dificuldade na fonologia das palavras. pode-se dizer mato. o que nos faz pensar em diferentes tipos de dislexia. O que ocorre. e o que é pronunciado. Ao invés de ler nato. O grupo dos difonéticos. . Introdução O que foi percebido é que os estudantes cometem erros diferentes. T e cols (2000). e como tal segue a criança e adolescente em sua aprendizagem. Segundo Eleanor Boder (1973) and Nunes. Algo que poderia ser terapeuticamente melhorado acaba por tornar o diagnóstico erroneamente taxativo ao paciente. comparadas com as crianças normais. O segundo grupo de crianças são as diseidéticas. visto que a criança com dislexia troca as sílabas por outras. Uma razão seria um mau comportamento. 1. A família chega a procurar profissionais e dizer que o filho tem dislexia. como por exemplo: ought. ocorre discrepância em relação entre o que está escrito e o que é lido. com dificuldade em fazer a correspondência entre letra e som. com pouco reconhecimento global das palavras. foi percebido erros distintos. Comentando Nunes. . é importante um trabalho lingüístico com crianças. Com uma proposta de fazê-la recordar o que fez no final de semana. e sim associada a outros distúrbios. a dislexia não é encontrada de forma isolada. O que ocorre é a dificuldade em fazer a correspondência entre o que está escrito e o que é lido. esse argumento não pode ser utilizado no diagnóstico. porque qualquer criança que não recebe uma aprendizagem gramatical. apesar de suas dificuldades de leitura e escrita. Por exemplo. com erros por trocas. omissão e esquecimento de letras.T e cols (2000). ou a longo prazo. as crianças disléxicas possuem compreensão gramatical fraca. não apresentaria um distúrbio de memória. comenta dos distúrbios de memória que podem surgir a curto prazo. Por isso Johson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997). com difilculdades em utilizar essas regras na leitura. o paciente pode ter dificuldade para recordar o que aconteceu num momento anterior (curto prazo) ou o que aconteceu a longo prazo (vários dias). pode também não compreendê-la. Segundo Johnson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997). às crianças disléxicas possuem um nível intelectual normal ou acima da média. O que pode ocorrer é que a criança e o adolescente tenham sintomas isolados de dificuldade que não caracterize a dislexia ou um conjunto de fatores que possamos compreender mais sobre ela. Segundo Moraes. com maior freqüência do que as outras crianças. Segundo Nunes. T (2000) e cols. A criança disléxica chega ao estágio alfabético. Por isso. Uma pessoa que lembra com detalhes vários fatos ocorridos a curto e a longo prazo.(1997).O terceito grupo. são as dislexias adquiridas por remoção de tumor cerebral ou acidentes. Segundo Johson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997). Sintomas: Segundo Lanhez. junto as suas grafias próprias. com dificuldades em saber as horas. na orientação psicológica. porque esse é um processo posterior a leitura. o distúrbio topográfico. é o treino ao ver as horas no relógio de ponteiro e até a troca de um relógio analógico por um digital e uma agenda para que a criança não se sinta perdida nas realizações das atividades. dificuldade em associações. As crianças com dislexia apresentam dificuldade com seqüência. crianças com problemas de memória auditiva são incapazes de recordar os sons das letras ou relacionar os diferentes sons para formar palavras. dificuldades com soletração. dificuldade com a rima. o mês do ano ou esquecem o dia em que estão. dificuldade em associar o som ao símbolo. M. apresentam desorientação temporal. caracterizamse pelos problemas em relacionar os sons que escutam ou palavras que são constituídas mentalmente. escrita incorreta. omissões. E Nico. como espacial e temporal. E no nível visual. os meses do ano. O que poderia ajudar. M (2002). globos e mapas. E o distúrbio no padrão motor seria a dificuldade de correr. saber os dias da semana. com trocas. saltar. Segundo Johson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997). por isso suas frases podem perder o significado e o sentido. junções e aglutinação de fonemas. Segundo Johson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997).Por isso Johson e Myklebust (1983) apud Moraes (1997). manter o equilíbrio numa perna só. como . porque a criança com dificuldades na leitura . lentidão nas tarefas de leitura e escrita. Muitas vezes. os sintomas da dislexia são: desempenho inconstante. perdem-se no tempo. trocando os dias da semana. seria a dificuldade da criança ler e se situar em gráficos. é incapaz de escrever. o problema principal seria a escrita e a soletração. O psicólogo faz uma entrevista com os pais da criança ou com a pessoa que vai ser avaliada. indícios de lesões neurológicas ou conflitos emocionais. fonoaudiólogo e médico. Dificuldade em memorizar números de telefone. como tabuada. E quando necessário. associar os rótulos aos seus produtos. no espaço (antes e depois) e direção (direita e esquerda). Segundo Lanhez. Logo. leitura e linguagem.estudo de caso Bauer . neuropsicológicos e de personalidade. etc. deve ser feito por uma equipe multidisciplinar. já estava convencido que sua vida estava chegando . se faz um encaminhamento para outros profissionais. Dificuldade em organizar-se com o tempo (hora). São aplicados também por parte do psicopedagogo testes de lateralidade. M (2002). são pedidos ainda . poderia ter sido amenizada. com 14 anos de idade. em organizar tarefas.por exemplo. Dificuldade em nomear tarefas e objetos. Quando o avaliado freqüenta escola. para determinar as habilidades globais de aprendizagem da pessoa. Essas avaliações revelam possíveis comprometimentos na inteligência. escreveu um livro sobre sua experiência com a dislexia. são feitos os testes que medem o nível de inteligência. M. E Nico. desconforto em tomar notas e relutância para escrever. O diagnóstico Segundo Lanhez. em fazer cálculos mentais. teste oftalmológico e audiométrico. M (2002). meses do ano. Além de dificuldade para organização seqüencial. o diagnóstico é feito por exclusão de possibilidades e por isso. é encaminhado para o professor um questionário. E Nico. Ao chegar no primeiro colegial. formada por psicólogo. geneticista. São aplicados testes visuomotores. M. O primeiro colegial.James (1997). Foi percebido que Bauer passou por uma dificuldade que se percebida. como oftamologista. viu que recebeu D em todas as matérias.“Eu estava entendendo tudo o que ela dizia e se a cada ano o curso fosse apresentado daquela maneira. Considerações finais É necessário saber em qual ponto esse estudante está na aprendizagem. Somente sua professora de estudos sociais deu a matéria conversando. menos em ginástica. apesar de sua boa vontade. Já desestimulado. porque lhe era exigido por lei. Alguns dias depois ao olhar o boletim. O temido dia de Bauer chegou. seria útil ler o material. eu teria aprendido melhor academicamente”. E segundo o seu relato: . foi se tornando uma pessoa mais feliz e realizada. Seu professor pediu para que antes de operar a máquina. freqüentava a escola. . temia que lhe pedissem para ler ou escrever algo. foi descobrindo o seu potencial na leitura. A professora de educação física deu exercícios para copiar e o professor de ciências também. Com o tempo. Já adolescente. Bauer passou por alguns testes e começou a freqüentar o laboratório de leitura da escola. Ele ficou arrasado e queria fugir. para que ele alcance um melhor percurso e êxito em sua vida escolar. Segundo Bauer. com poucas chances para si.ao fim. Com os anos. Ao pegar um ônibus. Escolheu fazer um curso de oficina elétrica porque já havia trabalhado com seu pai e conhecia todos os tipos de equipamentos que via ao seu redor. foi encaminhado para um ginásio onde receberia junto aos colegas os horários que teriam que seguir pelo resto do ano. Seu professor de matemática também pediu que ele fizesse exercícios em suas páginas de caderno e que copiasse anotações do quadro negro. para montar estratégias. Era o dia da avaliação. Foi nesse momento que se perdeu e pulava a maioria das palavras novas e desconhecidas. composto por mais 12 estudantes. sua energia na escola era gasta em se misturar com os outros estudantes e não ser descoberto com sua dificuldade de leitura. . A. e um acompanhamento profissional. 2002. T e cols. M. 2000. É importante um teste de aptidão textual. de inteligência e avaliação de leitura. Casa do psicólogo. Para evitarmos um prejuízo acadêmico e frustrações. A dislexia não se refere somente à dificuldade de leitura. São Paulo: Cortez. Dificuldades na aprendizagem da leitura: Teoria e prática. Nem sempre é o que parece: Como enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. é necessário um diagnóstico. uma anamnese profunda. uma forma de compreender que a dislexia é uma dificuldade e não impossibilidade.A. 3.ed. Além de orientação familiar e escolar. São Paulo: EDICON.P. São Paulo: Alegro. Referências bibliográficas BAUER. de uma forma agradável. com rotina e disciplina. além dos limites. para que não se estabeleçam culpas e descrenças e sim. Distúrbios da aprendizagem: Uma abordagem psicopedagógica. que investigue toda a saúde orgânica do paciente. Uma pessoa. M. LANHEZ. 1997. J. se estabelecendo assim. 1997. a escrita e a soletração também são afetadas. continuada. MORAES.J.E e NICO. NUNES. Uma aprendizagem saudável pode até ir.M. quais as melhores formas de aprender. É percebido se o paciente tem consciência fonológica do que está escrito e o que ele próprio lê. Como seria sua compreensão gramatical. uma desculpa para uma possível falha comportamental. com dislexia pode apresentar problemas emocionais. devido à falta de tratamento psicológico diante do acontecimento.Não adianta fazer da descoberta. Dislexia: Ultrapassando as barreiras do preconceito. São Paulo.
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