Didática Do Ensino Superior

May 27, 2018 | Author: Andreia Cuesta | Category: Learning, Pedagogy, Sociology, Lesson, Knowledge


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NÚCLEO COMUMDisciplina: Didática do Ensino Superior Atualização e Revisão 24/12/2016 Pedagógico do Instituto Souza [email protected] bem como a concepção que se tem ou se terá com relação ao significado social da profissão docente professor são objetos de reflexão da atual didática. 1 . a didática.br/arquivos/Revista/43/5. subsidiando a (re)construção desta. se organiza uma aula e se interage com os alunos e com o conhecimento. Leia os textos abaixo sugeridos e assista aos vídeos. constitui-se em um campo teórico-prático que ajuda o professor a compreender a complexidade do cotidiano docente e. como área de conhecimento da Pedagogia. tendo em vista finalidades sociopolíticas e pedagógicas e as condições e meios formativos. nos dias atuais.portaleducacao. Basicamente. A maneira como se ensina. principalmente. Bons estudos! Disponível em: http://www.Texto debate o Tradicional e o Moderno em Didática. hoje em dia. Página 1 de 17 Didática do Ensino Superior Caro aluno.A CONCEPÇÃO ATUAL DE DIDÁTICA Para Gonçalves e Clemente (2014). atualmente. a refletir a respeito da sua prática.com. Assim. a didática reflete e busca alternativas para as dificuldades educacionais.itpac.pdf . essa disciplina pretende articular os conhecimentos já adquiridos no Núcleo Comum de estudos. e ampliar a discussão da práxis docente.br/pedagogia/artigos/57837/a-contribuicao-da- didatica-para-a-pratica-docente-no-ensino-superior http://www. . A Didática como ferramenta e metodologia da prática docente deve ser elevada à condição de ciência máxima da docência. a didática tem como objetivo a direção do processo de ensinar. Tendências pedagógicas/modelos de Didática Foto: Professor conduz as atividades. Tal tendência surgiu com a chegada dos Jesuítas ao Brasil Colônia e foi conservada ao longo da história educacional. Nesse rumo. a escola tende a igualar o processo de introdução de valores e práticas para fortalecer os laços sociais.Tendência Tradicional : é uma concepção de educação em que prevalece a ação de agentes externos na formação do aluno. 1. Quanto ao ensino prático.1. Nessa tendência. conformar os indivíduos aos padrões da estrutura social. com um conjunto de princípios e regras que regulam o ensino. a transmissão do saber constituído na tradição e nas grandes verdades acumuladas pela humanidade e uma concepção de ensino como impressão de imagens propiciadas concomitantemente pela palavra do professor e pela observação sensorial.1 . Além do que. o professor tende a encaixar os alunos num modelo ideal de homem. não repensa. as ações de ensino estão centradas na exposição do conhecimento pelo professor. promover a coesão social.1 . Para essa tendência o meio principal de transmissão do conhecimento é a exposição oral. Página 2 de 17 1. mas o aluno não lida mentalmente com ele. Vige basicamente a memorização. o material concreto é mostrado. Essa tendência enxerga a didática como disciplina normativa. não reelabora seu próprio pensamento. . Os alunos fazem exercícios repetitivos e são recebedores da matéria. incrementar a divisão do trabalho social. política e ideológica do regime militar então vigente. Alberga uma didática instrumental interessada na racionalização do ensino. por ser compatível com a orientação econômica.1. Página 3 de 17 1. no uso de meios e técnicas mais eficazes. Nessa época. o professor é o administrador e executor do planejamento. estratégias e avaliação. Quanto ao ensino. a maioria dos livros didáticos utilizados nas escolas é elaborada com base na tecnologia da instrução. O arranjo mais simplificado dessa sequência resultou na fórmula: objetivos. conteúdos.Tendência Tecnicista: surgiu entre 1950 e 1960 e foi imposta às escolas brasileiras pelos organismos oficiais ao longo de boa parte das duas últimas décadas. o meio de previsão das ações a serem executadas e dos meios necessários para se atingir os objetivos.2 . . 3 . como ser ativo e curioso. Para tal. O . sujeito de sua aprendizagem. o professor incentiva. Página 4 de 17 CALVIN 1. reivindica tratamento científico do processo educacional. Ou seja. considerando o aluno como sujeito da aprendizagem. mas sim o aluno. orienta. ativo e social. respeitando as capacidades e aptidões individuais. atividades cooperativas. O que o professor tem de fazer. projetos.Tendência Renovada : surge a partir do fim do século XIX e busca. considerando as etapas sucessivas do desenvolvimento biológico e psicológico. a valorização da criança. iniciativa e interesses próprios. é entendida como "direção da aprendizagem". dotada de liberdade. experimentações. Por isso. Essa tendência assume um princípio norteador de valorização do indivíduo como ser livre. é colocar o aluno em condições propícias para que (partindo de suas necessidades e particularidades) possa buscar por si mesmo conhecimentos e experiências. e individualização do ensino conforme os ritmos próprios de aprendizagem. basicamente. organiza as situações de aprendizagem. adequando-as às capacidades e características individuais dos alunos. o centro da atividade escolar não é o professor nem os conteúdos disciplinares. pesquisas. Além do que. Tal tendência oferta importância aos métodos e técnicas como o trabalho em grupo. estudo individual.1. para essa tendência. 1. 1. Página 5 de 17 professor ajuda o aluno a aprender. é muito utilizada com adultos que vivenciam uma prática política e onde o debate sobre a problemática econômica. associações de bairro. o centro da atividade escolar não é o professor nem a matéria. Foto: Professor utilizado seus conhecimentos não escolares para dar sentido à sua aula. da comunidade local. Em relação à escola fundamental. comunidades religiosas. em que o professor e os alunos analisam problemas e realidades do meio socioeconômico e cultural. O ensino está centrado na realidade social. com seus recursos e necessidades. não foi organizada uma orientação pedagógico- didática.4 . Por isso. O professor se põe diante de uma classe com a tarefa de orientar a aprendizagem dos alunos. social e política pode ser aprofundado com a orientação de intelectuais comprometidos com os interesses populares. como sindicatos. os . Nesse processo em que se realiza a discussão. tendo em vista a ação coletiva frente a esses problemas e realidades. A atividade escolar é centrada na discussão de temas sociais e políticos. não há uma Didática explícita. um exemplo.Tendência Libertadora: tem sido empregada com muito êxito em vários setores dos movimentos sociais. Basicamente. Portanto. é o aluno ativo e investigador. o professor é o coordenador ou animador das atividades que se organizam sempre pela ação conjunta dele e dos alunos. tendo em vista finalidades sociopolíticas e pedagógicas e as condições e meios formativos. O objeto de estudo é o processo de ensino nas suas relações com a aprendizagem. Foto: Professora media as conversas e a leitura de jornais feita pelos alunos 1. como meio de aprendizagem e melhor solidez na assimilação dos conteúdos. a didática tem como objetivo a direção do processo de ensinar. o que importa é que os conhecimentos sistematizados sejam confrontados com as experiências socioculturais e a vida concreta dos alunos. . o trabalho em grupo. por isso. a pesquisa participante.Tendência Crítico-Social dos Conteúdos: segundo essa tendência.1. Além do que. É uma didática que busca desenvolver o processo educativo no interior dos grupos sociais e. mediante a transmissão e assimilação ativa dos conhecimentos. Portanto. O ensino significa a tarefa de proporcionar aos alunos o desenvolvimento de suas capacidades e habilidades intelectuais. é uma didática que reflete e busca alternativas para as dificuldades educacionais.5 . vão surgindo temas geradores que podem vir a ser sistematizados para efeito e consolidação de conhecimentos. Página 6 de 17 relatos de experiências vividas. 2 . Nesse rumo. Como exemplo. este campo do saber represente a área da pedagogia responsável por estudar o processo de ensino e a aprendizagem dos alunos aprendentes de determinada área. Página 7 de 17 1. garantindo que tudo será ensinado em seu devido tempo. como uma profissão por exemplo. por meio do exercício de um trabalho de execução de alguma incumbência prática-social. b) factibilidade de mostrar ao aluno as aplicações práticas do que lhe é ensinado. bem como. parece indubitável que. atualmente a didática tem como escopo. auferir-se a compreensão dos princípios gerais e das especialidades de determinado assunto. pensar e intervir na realidade social. relacionando-o com os aspectos socioculturais desse aluno aprendente. atualmente.A Tendência/concepção atual de Didática mais utilizada Após a compreensão de todas as fases por que passou a didática. assim. orientar os professores à produção de uma aprendizagem voltada para a formação de cidadãos conscientes politicamente falando e capazes de racionar. e dizer que a didática oferece ao professor: a) possibilidade de organizar a forma como será ensinado o conteúdo e o que será ensinado.Contribuição da atual concepção de Didática para a prática do professor Basicamente. sabendo que. didática é a forma como o professor exala ao aluno o conteúdo ensinável. basicamente. seja ativamente. podemos rememorar as ideias do filósofo do século XVI João Amós Comênio.3 . seja passivamente. d) possibilidade de respeitar as diferenças . lembrando que o objeto da didática é o processo de ensino e a aprendizagem. 1. por meio da reivindicação de direitos. para. várias são as contribuições desta área da pedagogia para a prática docente. hodiernamente. c) possibilidade de normatizar e controlar o lapso de ensino. A didática no ensino superior: práticas e desafios Hélio Mangueira de Almeida1 2.1 . especialista na área Ensino de Geografia. 2 . Página 8 de 17 entre as culturas. onde o mesmo não poderia ser nada além do que previsto por ela. adequando. pela Faculdade Latino Americana e Mestrando em Ciências da Educação pela Anne Sullivan University. desse modo. pela Universidade Luterana do Brasil. pois trabalhar somente o meio social do aluno pode significar que a intenção da escola é aprisioná-lo numa realidade limitada.INTRODUÇÃO O presente texto tem como objetivo pontuar práticas e desafios docentes utilizando a didática no ensino superior. Mas a ação do professor precisa estar embasada também em fins pedagógicos de amplitude. . pois a forma de ensinar está cada vez mais voltada para as necessidades e realidades vivenciadas pelos alunos. Ampliar 1 Professor graduado em Língua portuguesa. os assuntos e os alunos e suas histórias de vida. de acordo com sua comunidade e meio social. a forma de ensino. Os desafios e práticas docentes devem ser exercidos além de uma simples renovação pedagógica de novas formas de ensinar e aprender. engessando a sua aprendizagem de forma a torná-lo limitado em sua comunidade ou meio social. O fundamento da didática magna de Comênio era ensinar tudo a todos. pois trabalhar somente o meio social do aluno pode significar que a intenção da escola é aprisioná-lo numa realidade limitada. Isso por que a globalização. Mas a ação do professor precisa estar embasada também em fins pedagógicos de amplitude. deixando a formação de um homem ideal em segundo plano. manter a harmonia no ambiente. concentração nas disciplinas ministradas e assimilação dos conteúdos são uma tarefa desafiadora para o professor. cuja significação é “arte de ensinar”. o fazer didático que deve ser aplicado.Desafios didáticos Saber lidar com alunos em sala de aula. 2. de acordo com sua comunidade e meio social. acompanhada da . A história da didática surge das ações de Comênio (1592-1670). para que o discente detenha as variadas formas de vivência e habilidades. onde o mesmo não poderia ser nada além do que previsto por ela. Esse termo deriva do grego. mas para todo o meio social.2 . é o que possibilitará a reflexão em relação a cada situação de aprendizagem. partindo da realidade em que professor e aluno estão inseridos e expandindo essa aprendizagem para outras realidades e meios sociais. Práticas e desafios sobre a forma de ensinar estão cada vez mais voltados para as necessidades e realidades vivenciadas pelos alunos. Página 9 de 17 as práticas e desafios de forma a atender não somente o meio social do aluno significa prepará-lo não só para a comunidade na qual vive. em direção a uma didática fundamental. É de fundamental importância trabalhar técnicas voltadas à realidade e meio social em que o aluno está inserido. Diante desses pressupostos. Isso remete a superação da visão instrumental didática. porém não se deve focar somente nesse contexto. que tinha como objetivo reformar a escola e o ensino. traz um envolvimento de distração ao discente em relação às atividades em sala de aula. o diálogo. tem de ser saborosa. que mesmo sem estar com fome. Os equipamentos audiovisuais auxiliam muito nesse caso. Diante disso. já antecipando algo interessante é fundamental. a aula deve ser como uma boa refeição. uma refeição mal preparada e desagradável ao olhar. Mas como agir diante de tamanho desafio? De acordo Içami Tiba (2006). transformando essa degustação em algo inesquecível e saboroso. falas colocadas em ênfase e argumentos convincentes ou não. capaz de despertar o paladar. pode até provar. pois serve como aperitivo. ter um cheiro atraente. cabe ao professor buscar as ferramentas adequadas para atrair a atenção do aluno. Página 10 de 17 tecnologia. O planejamento. irá fazer o aluno querer provar. . Estimular nos alunos o desejo de assistir as próximas aulas. 2.A postura do professor na sala de aula Foto: Professora orienta seus alunos acerca dos comandos da atividade. são essenciais para o sucesso da aula. Outra forma de atrair o aluno a participar dessa dialética ensino/aprendizagem é envolvê-lo na aula. a metodologia. não são suficientes. faz com que o indivíduo não sinta vontade de comer. mesmo que esteja com fome. perguntando sobre assuntos anteriores. despertando nele a vontade de participar da próxima discussão. fatos ocorridos na aula passada. Do contrário.3 . despertando nele a vontade de aprender e continuar aprendendo. no entanto. mas logo deixará de lado por não ser agradável. be/seiw4gwsfYA . enquanto educa. mas mesmo assim. Segundo Freire (2006). deixando o aluno privado de aprender sobre determinado assunto por conta de um ou dois minutos de atraso. o educador já não é apenas o que educa. Impor-se na sala de aula. pode-se afirmar que a postura do professor na sala de aula deve ser democrática. respeita. . mas o que . onde quer mostrar para o aluno que ele é quem manda na sala de aula. de respeito mútuo e de flexibilidade em relação ao ponto de vista do aluno.Vídeo Prof. também educa. alegando que se o mesmo tivesse interesse. está influenciando-o a perder o interesse pela a aula. não é o melhor caminho. ao ser educado. não permite a entrada do aluno na sala. Nesse sentido. É importante saber qual é a visão do aluno em relação a um determinado assunto. pois é dessa forma que o professor mediador constituirá um caminho para ampliar esse ponto de vista ou até mesmo reverter essa ideia que poderá ser equivocada. sem ouvir as justificativas dos discentes. Mário Cortella – Postura do Professor Estar aberto a indagações. como se fosse o detentor do conhecimento e o “dono do saber ou da razão”. O professor que age de forma imperativa. na maioria das vezes ele nem começou a apresentar o conteúdo e nem fez a chamada. é educado. Disponível em: https://youtu. ampliando esse conhecimento de forma a somar com o já adquirido pelo aluno no meio social em que vive. em diálogo com o educando que. sabendo associar sua mediação ao conhecimento dos discentes. Sabe-se que há professores de postura imperativa e grotesca. questionamentos. Página 11 de 17 Assista a palestra sugerida abaixo. estaria ali presente desde o início. e não um ser que só transfere conhecimento. sem diálogo. faz do professor um ser que ensina. à curiosidade dos alunos. a realidade é diferenciada da vivida por ele na educação básica.Absurdo. fazendo com que o aluno busque em tempo mínimo ao que era acostumado. O aluno deve participar das aulas.be/msEmUDGYAzs .Práticas contraditórias Assista ao vídeo sugerido abaixo: Disponível em: https://youtu.4 . ao ingressar no ensino superior. Na educação básica de ensino a postura do professor está voltada para uma forma de diálogo e de mediação. O problema é que se ele não está engajado nesse tipo de cobrança desde a educação . a cobrança por conhecimento de assuntos específicos são constantes. nunca faça isso. tendo em vista que o docente ali presente não é o detentor do conhecimento e que a sua presença na aula é uma forma de incentivar o discente a desenvolver ou despertar o interesse pelos conteúdos e colocá-los em prática. Página 12 de 17 2. A forma de mediação dos assuntos desenvolvidos na sala de aula passa a responsabilizá-lo com mais ênfase. Contudo. Foto: Professora no trabalho com os alunos. a desenvolver hábitos e compromisso com a leitura. mas que pode se tornar um grande problema quando a educação básica desse aluno foi aplicada com métodos opostos. 2. Não se afirma aqui que isso seja o principal problema da aprendizagem. Diante desse pressuposto. Disponível em: https://youtu.Métodos tradicionais Assista ao Clipe sugerido abaixo. acabará abandonando a escola e não obtendo êxito de conclusão dos estudos. mesmo que parcialmente. Página 13 de 17 básica.be/YR5ApYxkU-U . O fato relevante é que ainda há um enorme abismo em relação à didática aplicada no ensino básico para o ensino superior. ao dos professores do ensino superior.Clipe Pink Floyd – Another Brick In The wall. dificultando o desempenho de alunos que não tiveram ensino de qualidade na educação básica ou que estudaram de forma muito restrita em relação aos conteúdos e métodos de ensino. pode-se dizer que a maneira como a maioria dos alunos de escolas públicas chega ao ensino superior não lhes dão condições que acompanhar de forma eficaz os métodos de ensino do professor. .5 . pois infelizmente a didática aplicada por muitos desses docentes ainda tem muito do tradicionalismo. Foto: Escola Francesa do século XIX. na abordagem tradicional o aluno apenas executa prescrições que lhe são fixadas por autoridades exteriores. conceitos e informações prevaleçam sobre a formação do pensamento reflexivo.be/outmfB7-hzI . onde o quantitativo prevalece sobre o qualitativo. https://youtu. Segundo Mizukami (2001). é instruído e ensinado pelo professor. Esse método possui um modelo firmado e certa resistência para aceitar inovações. envolvendo provas com a função de “medir” a capacidade individual dos discentes.br/pdf/rbedu/n27/n27a01. deixando-o como um ser passivo na sala de aula. As escolas que adotam métodos tradicionais acreditam que a formação de um aluno criativo e crítico dependem da bagagem de informações adquiridas e de conhecimentos consolidados por eles. Selma Garrido – PUC Santos http://www. mas a postura de professores em relação à forma de avaliar. mesmo envolvendo um pouco de inovação como o uso de equipamentos tecnológicos. Tinha como principal objetivo expandir o acesso ao conhecimento.pdf . O professor é o transmissor e detentor do conhecimento e mantém certa distância do aluno.6 .Luiz Carlos Libâneo . a partir do Iluminismo. onde a variedade e a quantidade de noções. ainda provém muito do “medir” conhecimento.Professor reflexivo e pesquisador Assista ao vídeo e leia o texto abaixo sugerido.Vídeo da Profa. Página 14 de 17 O método tradicional de ensino surgiu no século XVIII. Pode-se afirmar que os métodos utilizados no ensino superior são parcialmente aplicados de forma tradicional. As avaliações são periódicas. Dessa forma a inteligência é concebida pelo acúmulo de informações. 2. Os métodos tradicionais têm como objetivo a transmissão de conteúdos definidos.scielo. pois trabalhar somente o meio social do aluno pode . são essenciais para o sucesso da aula. partindo de sua realidade e abrangendo essas pesquisas para uma amplitude. despertando nele a vontade de aprender e continuar aprendendo. formado. na mediação teórica sobre sua prática. Mas serão. A sua constante atualização se fará pela reflexão diurna sobre os dados de sua prática. respeita. cabe ao professor buscar as ferramentas adequadas para atrair a atenção do aluno. faz do professor um ser que ensina. inova e transforma. como pesquisas voltadas para o meio social. 2.89) A necessidade do professor repensar sua prática pedagógica é fundamental para a construção do conhecimento e problematização de hipóteses.CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante disso. no entanto. pois que sua preparação. pensa o seu fazer pedagógico e seus conceitos didáticos.. na totalidade. o seu objeto de ação. p. e não um ser que só transfere conhecimento. pesquisa. estanques e isoladas de tratamento do seu objeto de ação: a educação. questionamentos. Aplicar métodos inovadores na didática do ensino superior. O professor reflexivo vai além dos muros da escola. 2000. a ação do professor precisa estar embasada também em fins pedagógicos de amplitude. Estar aberto a indagações. não são suficientes. O planejamento. Os equipamentos audiovisuais auxiliam muito nesse caso. sim. (CADAU. desenvolverá no aluno uma capacidade crítica e reflexiva dos conteúdos assimilados. Segundo CADAU(2000) [. à curiosidade dos alunos. o diálogo. O professor reflexivo é aquele que medita. Página 15 de 17 Refletir significa pensar excessivamente. formas de ver e compreender globalmente. meditar sobre algo. Os âmbitos do conhecimento que lhe servem de base não deverão ser facetadas.7 .] o educador nunca estará definitivamente “pronto”. a metodologia.. sua maturação se faz no dia a dia. porém não se deve focar somente nesse contexto. que permitam o maior número de relações entre os distintos conteúdos. por um lado. conduzindo a pensar na necessidade da capacidade do professor em refletir em favor de uma metodologia que seja atrativa e interessante. que tenham sentido e desencadeiem uma atitude favorável para realizá-las. participativa e acolhedora. para que possam construir conhecimentos e aprender além do seu meio social. . devem facilitar a compreensão de uma realidade que nunca se apresenta compartimentada (p. desacomodações. Zabala (1998) afirma que: As atividades de ensino devem promover aprendizagens mais significativas e funcionais possíveis.186). É importante que seja construída uma visão crítica sobre a metodologia no processo de ensino.aprendizagem. onde o mesmo não poderia ser nada além do que previsto por ela. mas transformá-lo em um ser mecanizado. a didática do ensino superior traz práticas e desafios. robótico.aprendizagem com condições para o desenvolvimento da autonomia dos sujeitos. levando-os a aprender de forma crítica e reflexiva. pois avaliar o aluno através de métodos tradicionais pode lavá-lo ao fracasso. onde o professor fala e o aluno na sua passividade acumula o que foi falado e armazena na mente para transmitir a outros da mesma maneira que foi transmitido a ele. Por outro. Dessa forma. Página 16 de 17 significar que a intenção da escola é aprisioná-lo numa realidade limitada. propiciando situações de desafios a serem vencidos pelos alunos. A aula deve ser atraente. É de fundamental importância trabalhar técnicas voltadas à realidade e meio social em que o aluno está inserido. planejada. “medi-lo” por acúmulo de conteúdos supostamente armazenados não irá transformá-lo num ser crítico e reflexivo. com amplitude de conhecimentos onde não se sintam engessados à realidade fora do seu cotidiano. engessando a sua aprendizagem de forma a torná-lo limitado em sua comunidade ou meio social. que constituam estruturas de conhecimento. Portanto. onde se faz necessário o desenvolvimento de ambientes de ensino. É importante também que o professor assuma a função de criar situações para momentos de questionamentos. Reinventar a escola. São Paulo: Paz e Terra. Paulo. 154 p. julho – dezembro / 2015 ZABALA. Enfoque globalizador e pensamento complexo: uma proposta para o currículo escolar. 12. Juliana Brassolatti. MIZUKAMI. São Paulo: EPU. 2006 GONÇALVES. Cipriano C. Ensino: as abordagens do processo. César. TIBA. São Paulo: Integrare. 18. . Porto Alegre: Artmed. Vera Maria. ed. Içami. 2000 FREIRE. 2006. nº 14. SP : Claretiano. Estação Científica . LUCKESI. CLEMENTE. Maria da Graça Nicoletti. e atual. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 2002. 2001. Metodologia do ensino de matemática /Batatais. 2002. ed. RJ: Vozes. São Paulo: Cortez. Ensinar aprendendo: novos paradigmas na educação. Antoni. Página 17 de 17 REFERÊNCIAS CADAU. rev. 2014. Petrópolis. Avaliação da aprendizagem escolar.Juiz de Fora.
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