Desmistificando o Dízimo

March 18, 2018 | Author: loboobri | Category: Saint, Pope, Bible, Byzantine Empire, Mesopotamia


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Sempre que o texto se reIere a igreja como um todo, a palavra aparecegraIada com "I" maiusculo; quando se reIere a uma denominação em particular, ou a uma comunidade local, a palavra aparece graIada com "i" minusculo. l. Ìntrodução A segunda metade deste seculo presenciou uma proIunda transIormação da Igreja, se não em termos doutrinarios, pelo menos na Iorma como ela se organiza e se mostra as pessoas. Na verdade, um poderoso e abrangente processo estava em curso desde o Iinal do seculo passado, processo que Ioi acelerado e expandido pelos eIeitos das transIormações economicas e sociais deIlagradas pelo pos-guerra. Embora este Ienomeno que atinge a Igreja seja bastante complexo, queremos neste estudo concentrar nossa atenção apenas sobre um dos seus aspectos a estrutura organi- zacional da Igreja. De Iato, desde o pos-guerra observamos uma crescente institucionalização da Igreja, que a cada dia apresenta Iormas de organização mais complexas e mais bem estruturadas, exibindo em muitos casos uma burocracia administrativa digna de governos ou de grandes corporações. Se nos voltar- mos para os catolicos, na verdade não iremos sentir grandes alterações, pois de ha muito essa igreja se mostra altamente estruturada e dirigida por uma hierarquia rigida, extensa e devidamente disciplinada por um "Codigo Canonico" velho de seculos. Mas, se observarmos as diversas igrejas reIormadas, veremos que o mesmo Ienomeno la se instalou, e certo que cm graus variados de intensidade, mas sempre com Iirmeza e com todos os sinais de quem veio para Iicar. Assim, as igrejas protestantes estatais Anglicana, Luterana e #eIormada que desde sua origem conservaram estruturas administrativas bem mais amplas, cresceram nesse aspecto apesar de não se poder dizer o mesmo no que diz respeito aos aspectos estritamente religiosos de sua ação. Por outro lado, as igrejas livres, que historicamente nasceram ja separadas do Estado e que em suas origens não apresentavam burocracias signiIicativas, estão hoje caminhando a passos largos para se igualar as suas irmãs. As igrejas Presbiterianas, Batistas, Metodistas, Assembleias de Deus e as inumeras igrejas pentecostais, a cada dia Iazem crescer suas hierarquias e as revestem de autoridade e poder crescentes. Um Iato curioso e que as igrejas carismaticas mais recentes, como a Igreja Universal do #eino de Deus, exibem, como uma de suas caracteristicas mais marcantes, exatamente uma pujante e soIisticada estrutura administrativa, Iazendo supor que seus dirigentes, alem de terem cursado um seminario, andaram tambem Irequentando aulas de mestres como Philip Kotler, o pai do marketing moderno. Não por acaso, podemos ver hoje coisas que ha alguns anos jamais poderiamos supor que viessem a ocorrer. Em sua edição de 23/05/94, o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma int eressant e reportagem do jornalista #oldão Arruda, comentando uma tese de mestrado apresentada no inicio daquele mês a Escola de Comunicação e Artes da USP, cujo titulo O Marketing aplicado a Igrefa por si so indica o teor da novidade. O autor sugere que a Igreja deve "vender" o seu produto a salvação como se vende qualquer outra coisa nas sociedades modernas, desde o hamburger do McDonald's aos cigarros da Philip Morris, recorrendo a TV e aos demais canais d;i midia. Conceitos como publico alvo, logomarca, ponto do venda, promoção, etc. são aplicados a Igreja, e estrategias são sugeridas para aumentar o crescimento e a eIici£'ncia da Igreja. Alguem, a esta altura, pode estar pensando que o autor de tal coisa seja um intelectual de esquerda, devidamente vacinado contra a Igreja. Puro engano. O autor dessa tese Antonio Miguel Kater Filho e administrador de empresas, especialista em marketing, alem de ser tambem teologo vinculado ao movimento carismatico catolico e membro de uma organização chamada "Associação do Senhor Jesus". Coisas assim são o reIlexo de algo mais proIundo que existe hoje na Igreja, embora nem sempre visivel ou Iacil de perceber. Um cristão so começa a pensar desse modo com relação a sua igreja quando os aspectos institucionais começam a ser mais importantes do que os aspectos essencialmente ligados a I e e ao exercicio da vida cristã. Podemos expressar esse Iato de outra Iorma, dizendo que a ideia da Igreja como comunidade local e hoje secundaria em relação a ideia da Igreja como um vasto todo, seja em escala nacional, seja em escala mundial. Podemos ainda dizer a mesma coisa de uma terceira Iorma, dizendo que o conceito de Igreja como corpo de Cristo esta hoje esquecido ou mesmo abandonado. A Igreja deixou em boa medida de ser o lugar de encontro do cristão com Deus e com os seus irmãos, o lar dos aIlitos, o espaço privilegiado onde o serviço generoso, oIerecido em amor, contribuia para apagar as mazelas criadas pela educação insuIiciente ou pela sociedade predatoria em que vivemos. A Igreja voltada para a Koinonia e para o compartilhar alegre das diIiculdades que nos são comuns não precisa de grandes estruturas organizacionais. Ela se basta no poder da graça, e na certeza de que não são as estruturas, mas e o amor que "cobre uma multidão de pecados" (l Pe 4:8b). Qualquer grande burocracia administrativa padece de um deIeito congenito: a partir de certo momento em sua existência, ela passa a exibir uma insaciavel sede de poder e status, que nada parece ser suIiciente para satisIazer de Iorma adequada. Encontramos esse Ienomeno nas estruturas do governo, nas grandes empresas, e ate mesmo em organizações Iilantropicas ou de serviço multilateral (como a ONU, a OEA, etc.}. Em muitos casos, Irente aos Iracos resultados que algumas dessas estruturas produzem, temos a desagradavel sensação de que elas existem apenas para satisIazer o ego dos seus administradores. As estruturas eclesiasticas não escapam a essa regra. Igreja s igreja exibe os mesmos sinais de grandeza, de luxo, de pompa eclesiastica, de soIisticação no culto, etc. Os sinais externos dessa vaidade são muitos e variados, mas podemos dizer que vão desde os ternos bem cortados e elegantes de muitos ministros, ate imponentes templos Iorrados de marmore por todos os lados. Ou desde os computadores que controlam a vida dos membros, ate os bem-nutridos staIIs de muitos dirigentes eclesiasticos. Não e um mal brasileiro antes Iosse! E um mal de que padece a Igreja em toda a parte. Grosso modo, podemos veriIicar que a intensidade do mal e diretamente proporcional ao grau de modernidade do pais onde a Igreja esta, e se mostra tanto mais virulento, quanto mais a Igreja local absorveu as Iacetas do industrialismo deste seculo. Na periIeria do mundo moderno, onde ainda a "segunda onda" prevalece sobre a terceira, para usarmos a bela Iigura de Alvin ToIIler, 1 a Igreja ainda conserva melhor os seus traços mais importantes, e o Iervor da Ie ainda impera sobre os modismos da modernidade. Poder e status custam dinheiro. De modo que não devemos estranhar se nesta segunda metade do seculo a questão da contribuição dentro da Igreja tem crescido em importância, e a doutrina do dizimo tem se constituido em pilar da Ie e em teste de Iidelidade do membro da Igreja as suas crenças evangelicas. Ou, nas palavras de um dos autores estudados, ao Iazer um paralelo entre o Israel biblico e a igreja atual: "O dizimo era uma especie de termometro da vida espiritual do povo de Deus." 2 As igrejas precisam cada vez mais de recursos Iinanceiros em volumes signiIicativos, de tal modo que o "custo da Ie" e hoje tão importante que penso que deveria ser incluido nos calculos dos indices de custo de vida ou dos preços ao consumidor! Do jeito que as coisas vão, a Ie pode ate gerar inIlação. Completo este ano 50 anos de vida, que passei integralmente dentro da Igreja. Fui tesoureiro de duas igrejas, por periodos superiores a dois anos em cada caso, e uma dessas congregações tinha a epoca mais de mil membros. Portanto, conheço bem a estrutura das despesas de uma igreja, e posso dizer sem muitas duvidas que a parcela mais substancial das despesas de uma igreja esta vinculada a manutenção de sua estrutura burocratica e eclesiastica (aqui incluido o sustento de seus ministros). Por outro lado, apenas uma parcela inIima c destinada ao atendimento das carências das pessoas, sejam elas membros ou estranhos a comunidade. As igrejas gastam muito e gastam mal. Fazer uma analise objetiva das despesas de uma igreja e um exercicio util e extremamente valioso, pois pode indicar-nos o grau de institucionalização que uma determinada congregação ja atingiu. Saberemos isso veriIicando o que ela gasta com educação de seus membros, assistência material e espiritual, aconselhamento, beneIicência e evangelização pessoal, e comparando esse valor com o total que ela gasta com templo, Iuncionarios, ministros, contribuições denominacionais, etc. Quando eu era jovem, na decada de cinquenta, ouvi em diversas igrejas de nossa cidade excelentes corais, dirigidos por competentes maestros que dedicavam generosamente grandes parcelas de seu tempo pessoal a essa atividade. Hoje, em muitas dessas mesmas igrejas, os corais continuam a existir, mas são dirigidos por "ministros de musica" que exercem sua atividade recebendo remuneração por isso. Da mesma Iorma, ha secretarios, administradores de patrimonio, tesoureiros, etc. A cada dia e maior a estrutura e menor o volume dos serviços prestados a igreja e a comunidade tão somente por amor e dedicação aquilo em que se crê. E nem mesmo se pode dizer que essas igrejas sejam hoje muito maiores do que eram na decada de cinquenta, de modo que se possa admitir que o volume das necessidades cresceu mais rapidamente do que a capacidade de supri-las por intermedio de pessoas trabalhando v oluntariamente. Portanto, não e nem um pouco estranho que as igrejas apresentem hoje grandes necessidades Iinanceiras e, como consequência disso, dêem tanta importância ao dizimo. De alguma Iorma essas necessidades precisam ser satisIeitas, e recorrer ao dizimo parece ser uma solução perfeitamente natural e ate mesmo biblica. Todavia, como em qualquer problema Iinanceiro, não devemos examinar somente as possibilidades que temos de aumentar as receitas: cumpre lambem avaliar que gastos são superIluos e podem ser eliminados ou reduzidos de Iorma conveniente. E exatamente por essa razão que a questão Iinanceira das igrejas atuais e relevante. Em primeiro lugar, porque nunca vi nenhuma delas dispost a a reduzir qual quer despesa institucional, o que por um lado demonstra a seriedade com que a questão institucional e tratada, e por outro a total Ialta de autocritica com relação a esse tema. E em segundo lugar, porque e um exemplo perIeito de como uma doutrina biblica pode ser distorcida para satisIazer os interesses das burocracias eclesiasticas. Creio que e instrutivo examinar alguns exemplos que podem ser colhidos na literatura sobre o dizimo, a venda hoje em qualquer livraria evangelica. Em um deles, podemos ler a seguinte perola: "No Novo Testamento 90 passagens Ialam sobre dinheiro... Vemos, pois, que no Novo Testamento muito mais se prega sobre dinheiro do que sobre qualquer outra coisa..." 3 O mesmo autor reIere-se ainda a um membro de igreja que não costumava contribuir com o dizimo, e conta que esse irmão retirou-se do templo durante um sermão sobre o assunto. Na segunda-Ieira imediata, esse irmão soIreu um acidente com seu carro, derrubou um poste de iluminação e teve outros grandes prejuizos, alem de se machucar com alguma seriedade. O autor vai visitar esse irmão e Iaz então o seguinte comentario: timo, o irmão não quer entregar ao Senhor o que lhe pertence. Tera agora de dar a Light, que não precisa, dar ao mecânico, que necessita, e Iicara trinta dias em casa, sem saude e sem possibilidade de trabalhar, para aprender que quem da o trabalho, a saude para trabalhar, o dinheiro, enIim, e Deus. 4 A impressão que eu tenho e que esse autor Iez algum curso de tortura em campo de concentração. Um outro autor assim se reIere aos crentes que não são dimistas: "Creio que em alguns casos o comportamento não · l i /,i m ista e de Iundo psicologico e so podera ser corrigido por i mi tratamento psiquiatrico de proIundidade, o que não e Iacil." 5 Ainda, e com as seguintes palavras que um pastor comenta o comportamento dos membros de sua igreja com relação ao dizimo: "Nossa igreja resolveu aIixar uma cartolina com os nomes dos crentes e as colunas dos 12 meses do ano com o registro das contribuições. Como ja estavamos em julho, Ioi comico e hilariante ver a agonia de varios irmãos, que desde janeiro com nada haviam contribuido." 6 Creio que comica e hilariante deveria ser a doutrina do dizimo pregada nessa comunidade! Nessa mesma igreja, o pastor declara: "Breve chegara o dia do juizo. Quem sera aprovado? Sem duvida, os que Ioram Iieis na sua mordomia." 7 A leitura dos manuais sobre o dizimo e algo que, com poucas exceções, causa proIundo mai-estar e leva qualquer cristão honesto em sua Ie e dotado de algum conhecimento biblico a preocupar-se com o signiIicado dessa visão heretica r deIormada da questão, que nos casos mais serios beira a chantagem emocional pura e simples, e nos casos mais soIisticados, a uma deturpação das Escrituras que causa constrangimento. Scnte-se a necessidade de produzir dinheiro a qualquer custo. E para quê? Com que Iinalidade? O que mais incomoda c- exatament e saber que a Iinalidade principal não e propriamente evangelica, mas sim a de sustentar uma igreja-instituição que a cada dia mais se aIasta dos padrões biblicos que deveriam nortea-la. O proposit o dest e livro e exami nar a questão da contribuição e do dizi mo pelo lado da doutrina em si. Oneremos reIletir, com honestidade e Iidelidade a Palavra, sobre essa questão tão importante para os dias de hoje, pois na medida em que essa doutrina Ior entendida de Iorma corre ta, e sobretudo aplicada de Iorma biblica, teremos dado s 11 bs ta ncial passo em direção ao grande alvo de reduzir a igreja-instituição as suas verdadeiras e biblicas proporções. Inicialmente, estudaremos a questão do dizimo sob o aspecto historico, veriIicando como Ioi a sua pratica no passado, não so a luz da Biblia, como tambem atraves dos documentos historicos externos a ela, hoje bastante abundantes sobre o tema. Faremos isso desde as civilizações do Antigo Oriente Proximo ate a Igreja do seculo passado. Em seguida, analisaremos os textos biblicos pertinentes ao tema, essencialmente todos contidos na Torah, e os consideraremos seguidamente sob o aspecto critico, sob o aspecto da realidade historica e biblica do povo de Deus, e sob o ponto de vista da tradição rabinica. Depois disso, teremos condições de estabelecer qual e a interpretação segura que devemos dar a doutrina do dizimo tal como aparece no Velho Testamento. Este sera o pano de Iundo que utilizaremos então, para veriIicar o que nos Iala o Novo Testamento e qual Ioi a pratica da Igreja primitiva. E terminaremos o estudo construindo uma doutrina adequada para os dias de hoje, que não seja apenas uma Ierramenta instrumental para conseguir recursos Iinanceiros para a igreja, mas que seja a mensagem digna e Iiel contida nas Escrituras, plena de vida e de paz;. Essa e a proposta deste livro. Acerca dessa proposta, gostaria de enIatizar que o unico objetivo deste livro e estudar a doutrina biblica da contribuição e do dizimo, e que nada diremos acerca do tema "mordomia". Quase todos os estudos denominacionais sobre o dizimo aparecem "empacotados" dentro de um escopo mais amplo, a saber, dentro de livros e revistas que pretendem estudar o tema mais generico da "mordomia". Assim / entre as onze obras encontradas nas livrarias evangelicas de São Paulo nesta epoca (Verão de acerca do dizimo e da contribuição, cinco são estudos sobre mordomia, aparecendo o dizimo como um aspecto da mordomia do dinheiro. Creio que esse e um procedimento não muito etico, que mais parece querer esconder a realidade que e Ialar sobre o dinheiro e o dizimo do que outra coisa. Digo isso porque as propostas para entender o que seja mordomia, em geral, são anda mais pobres do que a doutrina do dizimo que essas publicações apresentam. A minha concepção do que seja uma base para se entender o que e mordomia, e urna clara e segura doutrina do homem. Entendo que Deus entregou a Criação nas mãos do homem, deu-lhe recursos para viver com ela, e ordenou-lhe claramente que a dominasse e exercesse controle sobre ela. E uma missão ampla, ambiciosa e digna, e não como não apresentada nessas publicações, em que o homem não passa de um simples jardineiro sem muitas responsabilidades pelo que se passa no resto da casa. Creio que uma Irase de um dos melhores estudados, em sua singeleza e crueza, mostra com precisão o abismo entre essa visão e a que eu proIesso: "Deus NÃO passou a escrita do Eden a Adão". 8 Um outro autor, 9 no aIã de minimizar a importância do csludo do dizimo, em uma obra de 231 paginas, dedica-lhe, apenas seis, e nas demais aborda 26 outras Iormas de mordomia, incluindo algumas bastante estranhas como a mordomia do sexo, a mordomia ecologica, a mordomia ludica, ,a mordomia cosmologica e a mordomia da musica. Nesta questão do dizimo e da mordomia e preciso andar devagar e com muita segurança, de modo a não Iazermos progressos ilusorios. Talvez seja util recordar uma singela historia atribuida ao Baal Shem, o #abi Israel Ben Eliezer (1700-1760): Uma vez eu Iui ao Paraiso, e muitas outras pessoas Ioram comigo. Quanto mais perto eu chegava do jardim, tanto mais essas pessoas desapareciam, e quando eu ja caminhava pelo Paraiso, permaneceram apenas uns poucos comigo. Mas quando eu parei ao lado da Arvore da Vida, e olhei em volta, descobri que estava sozinho. 10 Que o Eterno tenha misericordia de nos e nos abençoe neste estudo. Notas 1 Alvin ToIIler. %e %ird Wave. London: Collins, 1980. 2 Walter Kaschel. Liçòes de Mordomia. Venda Nova: Betania, 1990. p.35. 3 Waldomiro Motta. A Doutrina Biblica da Mordomia. 4 a ed. #io de Janeiro: JUE#P, 1991. p.32. 4 Ibid.,p.23. 5 Daniel de Oliveira Cândido. Reflexòes sobre Mordomia Cristà. Duque de Caxias: Associação Fluminense de Educação, 1982. p.165. ''Waldomiro Motta, op.cit., p.47. 7 ibid. ,p.l7. 8 CI. Waldomiro Motta, op.cit., p.2. Cf. Daniel de Oliveira Cândido, op.cit., p.165. 1Q Martin Buber. %ales of te Hasidim (%e Early Masters. New York: Schoken Books, 1975. p.66. 2. Um Pouco de História O ORIENTE PRÓXIMO ANTIGO 1 Na acepção da palavra, o dizimo representa a decima parte de alguma coisa, ou de algum valor. Assim, por exemplo, os generais da #oma imperial, para corrigir o eventual comportamento Iraco e acovardado de suas legiões em uma batalha, costumavam Iorma-las por centurias ao termino da batalha, e por sorteio mandavam matar cada decimo homem. Desta pratica originou-se o signiIicado de destruição e morte associado a expressão "dizimar". Quando nos reIerimos a valores, no entanto, o dizimo representa uma parcela de alguma propriedade, que e destinada a alguem, geralmente na Iorma de vim tributo. Em sua Iorma mais basica, o dizimo e uma renda atribuida ao dono da terra, paga por aquele que a explora para seu proveito. Entendido dessa Iorma, podemos veriIicar que o costume do dizimo era quase universal no mundo antigo e pode ser encontrado na Babilonia, na Persia, na Arabia, no Egito, na Grecia, em #oma, e ate mesmo na China. Os mecanismos de entrega dos dizimos variavam bastante de uma cultura para outra, podendo ser voluntarios ou obrigatorios, regulares ou esporadicos. No Egito, os dizimos eram entregues ao Farao, que na qualidade de Iilho dos deuses, era considerado o verdadeiro dono de todas as terras. A Biblia nos Iala que, na verdade, o valor desse dizimo era de 20°: "Mas, das colheitas, deveis dar um quinto a Farao" (cI. Gn 47:24). #ealmente, o percentual do dizimo variava de cultura para cultura, permanecendo todavia a denominação comum para essa instituição, devido ao Iato de na maioria dos casos o tributo ser eIetivamente de 10° dos rendimentos. Essa concepção de que a terra como um todo pertence aos deuses e comum a muitas dessas culturas antigas, de modo que o conceito do dizimo como uma renda da terra acabou permeado de um proIundo signiIicado religioso. Portanto, não devemos estranhar o conceito judaico de propriedade, que nos ensina que a terra pertence ao Senhor (Lv 25:23), assim como tudo que nela existe. Por isso, mais tarde, a Lei ensinara que todos os dizimos pertencem ao Senhor. Da mesma Iorma, podemos assumir que o costume de dedicar o dizimo dos despojos de guerra para os deuses levou a uma nova extensão religiosa do signiIicado dos dizimos, ja que originalmente as oIertas propriamente destinadas aos deuses eram as primicias. No proprio texto biblico encon- tramos um exemplo dessa pratica antiga, na narrativa de Nm 31:48-54, que descreve a entrega de todo o saque de guerra obtido pelos israelitas como oIerta de gratidão por não terem perdido nenhum homem nos combates. A entrega de dizimos sobre as propriedades, para Iins sagrados, era comum por todo o Oriente Proximo Antigo, embora evidências bem documentadas e de primeira mão com relação a essas oIerendas sejam provenientes principalmente da Mesopotâmia. Embora esses documentos mesopotâmicos sejam do periodo neobabilônico (sec. VI a.C.), não ha duvidas de que a instituição como tal e muito mais antiga. Na area siro-palestina, o dizimo e encontrado ja no seculo XIV a.C. em Ugarit, cidade do litoral norte da Fenicia, Iundada no quinto milenio a.C. O dizimo não era atribuido aos templos apenas. Como pode ser entendido dos textos ugariticos acima, o dizimo podia ser tambem uma taxa real que o rei cobrava e dava aos seus oIiciais. Podemos encontrar no proprio texto biblico um claro exemplo dessa realidade, nas palavras de Samuel aos israelitas quando eles se dirigiram ao piedoso juiz pedindo-lhe que lhes constituisse um rei: "Samuel expôs todas as palavras de lahweh ao povo, que lhe pedia um rei. Ele disse: 'Este e o direito do rei que reinara sobre vos:... Das vossas culturas e das vossas vinhas ele cobrara o dizimo, que destinara aos seus eunucos e aos seus oIiciais../ " (l Sm 8:15-17). Esse "direito do rei", segundo indicam textos recentemente descobertos, representa tambem a pratica dos reinos cananeus anteriores a Israel. Essa ambiguidade associada a instituição do dizimo, concebido como uma taxa real de um lado, ou como uma oIerta sagrada do outro, pode ser explicada pelo Iato de os templos para os quais os dizimos eram destinados serem templos reais e, por conseguinte, seus tesouros e propriedades serem colocados a disposição dos reis. Isso pode ser bem exempliIicado pelo dizimo anual dos cartagineses, que era enviado ao Templo de Melkart em Tiro. O templo de Melkart era tambem a casa do Tesouro estatal de Tiro, e assim o tributo pago pelos cartagineses revestia-se de um sentido politico, alem do signiIicado religioso. Da mesma Iorma, podemos considerar dois exemplos biblicos, examinando as duas menções ao dizimo existentes nas Iontes mais antigas do Pentateuco. Em Gn 14:17-20, Abraão da um dizimo: "uando voltou Abrào depois de ter derrotado Codorlaomer e os reis que estavam com ele o rei de Sodoma foi ao seu encontro no vale de Save (que e o vale do Rei. Melquisedec rei de Salem trouxe pào e vino, ele era sacerdote do Deus Altissimo. Ele pronunciou esta bênçào. "Bendito sefa Abrào pelo Deus Altissimo que criou o ceu e a terra e bendito sefa o Deus Altissimo que entregou teus inimigos entre tuas màos." E Abrào le deu o di:imo de tudo. O "vale do #ei" aqui mencionado encontraya-se, segundo JoseIo, a menos de 400m de Jerusalem. Toda a tradição judaica 21 antiga identiIica Salem com Jerusalem. Seu rei-proIeta, chamado Melquisedec, tem nome cananeu IcI. Adonisedec, rei de Jerusalem, Js 10:1) e adora o Deus Altissimo El Elyon, nome composto, Iormado por nomes de duas divindades distintas do panteão Ienicio. Elyon e empregado na Biblia (sobretudo nos Salmos) como um titulo divino. Aqui "El Elyon" e identiIicado com o Deus verdadeiro de Abrão. E em Gn 28:18-22 (cI- tambem Am 4:4), Jaco Iaz um voto de pagar um dizimo em Betei, a "capela real" do #eino do Norte (cI. Am 7:13: "Mas em Betei não podes mais proIetizar, porque e um santuario do rei, um templo do reino"). Diz o texto: Levantando de madrugada tomou a pedra que le servia de travesseiro ergueu-a como uma esteia e derramou oleo sobre o seu topo. A este lugar deu o nome de Betei mas anteriormente a cidade se camava Lu:a. Jaco fe: este voto. "Se Deus estiver comigo e me guardar no camino por onde eu for se me der pào para comer e roupas para me vestir se eu voltar sào e salvo para a casa de meu pai entào lae sera meu Deus e esta pedra que ergui como uma esteia sera uma casa de Deus e de tudo o que me deres eu te pagarei fielmente o di:imo." Como e bem sabido, os reis controlavam tanto os tesouros do palacio quanto os do templo, o que e compreensivel, ja que eram os responsaveis não so pela manutenção do santuario e de seus serviços religiosos, como tambem pelos serviços proprios da coroa. E logico, portanto, que o dizimo, originalmente urn tributo religioso, tenha acabado por ser canalizado para as cortes e passasse a ser supervisionado por autoridades reais. Tambem temos exemplos disso no texto biblico. Em I #s 15:18, lemos que "Asa tomou a prata e o ouro que restavam nos tesouros do Templo de lahweh e nos do palacio real e entregou-os a seus servos." 2 Em II #s 12:19 lemos: "Joas, rei de Juda, tomou todos os objetos que haviam consagrado os reis de Juda ... bem corno todo o ouro que se encontrava nos tesouros do Templo de lahweh e do palacio real..." Da mesma Iorma, lemos em II #s 18:15 que "Ezequias entregou, toda a prata que se achava no Templo de lahweh e nos tesouros do palacio real". Um outro procedimento e atestado na tradição ugaritica, na qual o rei de Ugarit dava o dizimo de toda uma cidade a um seu oIicial, em compensação por leais serviços prestados ao rei. Esses dizimos doados aos oIiciais consistiam de grãos e vinho. Da mesma Iorma, oIertas para Iuncionarios dos templos são tambem atestadas na Mesopotâmia e, como no caso de Ugarit, os bens oIertados tambem pertencem aos Iilhos e a Iamilia desses oIiciais. Os bens sujeitos ao dizimo eram grãos, vinho novo, azeite novo, bem como gado e ovelhas. Todavia, em um contexto mais geral, o dizimo parece abranger todos os tipos de propriedades. Abraão deu a Melquisedec um decimo de todas as coisas, o que parece reIerir-se aos despojos de guerra, e Jaco votou que ele daria o dizimo de tudo o que Deus lhe viesse a dar. Na Mesopotâmia, existem evidências de dizimos cobrados sobre a produção agricola, gado e ovelhas, escravos, jumentos, lã, tecidos, madeiras, metais, prata, ouro e outros. Podemos aIirmar, portanto, que por.tras de todas as Iontes que se reIerem ao dizimo no Oriente Proximo Antigo, esta a noção de uma taxa indispensavel para a manutenção dos templos e de seus Iuncionarios, ligada principalmente a produção agricola e pecuaria. Como se pode compreender pelos documentos mesopotâmicos, o dizimo era armazenado nas salas dos tesouros dos templos, e representantes do templo eram colocados como responsaveis pela guarda dessas mercadorias. O gado recebia uma marca do templo, e os dizimos dos grãos e das tâmaras podiam ser convertidos em dinheiro quando necessario. Nos documentos babilonicos, tambem encontramos evidências sobre a questão de como os dizimos deveriam ser gastos pelo templo. Os produtos agricolas eram destinados principalmente ao consumo pelos Iuncionarios do templo, mas tambem empregados na sustentação e manutenção de varias instituições e empreendimentos ligados ao templo. Gado e ovelhas eram usados principalment e nos sacriIicios. Os DESMISTIFICANDO O DIZIMO dizimos eram coletados por representantes das autoridades do t empl o, que eram tambem responsaveis pel o seu transporte. Cada cidadão era obrigado a pagar os seus dizimos, e ate mesmo os Iuncionarios do templo e os proprios coletores dos dizimos não eram isentos do seu pagamento. O POVO DE ISRAEL Como se pode perceber pela descrição apresentada anterior- mente, Ieita com base em documentos externos a Biblia, a instituição do dizimo em Israel segue de perto as linhas gerais das culturas do Oriente Proximo antigo, aIastando-se delas em pequenos detalhes. Como veremos com mais vagar no Capitulo 4, em apenas um ponto a pratica do povo de Deus e distinta dessa pratica geral: a lei de Dt 14:22-27 não tem similares, não existindo registros de qualquer coisa que a ela se assemelhe em todas as culturas antigas da area No retorno do Exilio, a reIorma liderada por Esdras e Neemias restaura as antigas praticas, que serão mantidas quase sem modiIicações durante todo o periodo do Segundo Templo. As coisas permaneceram dessa Iorma, ate que o esmagament o da ultima revolta judaica contra o poder imperial romano levou a Palestina a Iicar praticament e esvaziada de sua população judaica. Em Iunção dessa segunda Diaspora, o judaismo diIundiu-se ainda mais por todo o Imperio #omano, alcançando assim uma expansão em nivel mundial. A cobrança do dizimo, de acordo com os preceitos da Torah e os comentarios talmudicos, Ioi mantida, em dinheiro, nas comunidades judaicas da Diaspora ate o inicio da era cristã, para atender as suas necessidades. Porem, com a destruição do Templo, gradualmente os dizimos deixaram de ser arrecadados, sendo substituidos por outras Iormas de contribuição. Nas comunidades judaicas atuais o dizimo perdeu a sua reIerencia decimal, passou a ser voluntario e Ioi substituido por um conjunt o de contribuições para Iins de cult o, previdência social e beneIicência. 24 UM POUCO DE HIST#IA No que diz respeito as relações dos judeus com a Igreja, a questão do dizimo reveste-se de particular signiIicação, pois ela revela com extrema clareza a otica que governava a Igreja nessa area. As terras de propriedade de judeus na Europa Ocidental, durante os seculos X e XI, particularmente as Iazendas e as vinhas, constituiam uma parcela substancial. Da segunda metade do seculo XI em diante ocorreu uma migração dos judeus dos campos para as cidades, com um consequente abandono progressivo e voluntario das ocupações agricolas, restringindo-se cada vez mais os judeus, nessa esIera, a ocupações de interesse merament e ritual (em particular algumas atividades relacionadas com as vinhas para a produção de vinhos 'kasher'). Foi precisamente nessa epoca, que a obrigação de entregar os dizimos da produção de suas terras a igreja local Ioi imposta aos judeus pela primeira vez. O Concilio de Gerona de 1067 (ou 1068} restringiu essa obrigação as terras que tivessem sido adquiridas de cristãos. Em 1078 um outro Concilio em Gerona estendeu a obrigação do dizimo eclesiastico a todas as terras em posse de judeus. O quarto Concilio de Latrão reunido em 1215 (cânon 67), declarou que essa decisão era aplicavel em todos os paises cristãos, com relação a propriedades que na epoca estavam em mãos de judeus, mas que haviam pertencido a cristãos. Aparentemente essa decisão Ioi colocada em vigor com bastante severidade no sul da França. Na Espanha, contudo, os judeus eram apoiados por AlIonso VIII, rei de Castela, em sua recusa em pagar os dizimos, o que levou, em 1205, o Papa Inocêncio III a intervir no caso. Quando o pagamento do dizimo Ioi imposto pela primeira vez, os judeus adotaram um subt erIugi o no caso de residências: destruiram as antigas compradas dos cristãos, e construiram outras novas. Em 1233, Gregorio IX mais uma vez reIorçou a prescrição estabelecida pelo Concilio de Gerona de 1068: ate mesmo com relação a propriedades de judeus que antes tinham pertencido a muçulmanos, caso em que não havia razões para presumir que elas tivessem sido adquiridas 25 DESMISTIFICANDO O DIZIMO de cristãos, a obrigação do dizimo Ioi aplicada de Iornia completa. Na Inglaterra e nos paises germânicos, parece que o dizimo Ioi cobrado dos judeus com severidade. Na Inglaterra, o problema Ioi resolvido a partir da segunda metade do seculo XIII, com o estabelecimento de lei proibindo os judeus de terem propriedades. Quando os judeus retornaram a França durante o seculo XIV, eles não mais podiam possuir propriedades, enquanto que nos paises germânicos a proibição Ioi aplicada somente a partir da primeira metade do seculo XIV. O problema poderia ter surgido de novo na França na epoca em que a #evolução concedeu aos judeus o direito de cidadania, o que incluia o direito a propriedade, não tivesse ja a #evolução abolido os dizimos eclesiasticos. Como se vê, o dizimo não era uma questão de Ie ou de Iiliação a uma determinada igreja, mas simplesmente um processo para obter recursos Iinanceiros, não importa de quem, nem por que meios. O DIZIMO E A IG#EJA 2 A cobrança do dizimo no cristianismo surgiu relativamente tarde, por volta do seculo VI, assim mesmo não sendo aceita igualmente por toda a Igreja. Na igreja do Oriente (Bizantina), o dizimo Ioi rejeitado, e os proprios Imperadores cristãos opunham-se a transIormação das oIertas voluntarias em dizimos obrigatorios, temendo prejudicar a arrecadação dos impostos publicos. Ate hoje o dizimo não existe na Igreja Ortodoxa. Embora o Novo Testamento reconheça que os que servem o altar têm direito a viver do mesmo, a Igreja primitiva não impôs de inicio o dizimo, porque as oIertas voluntarias dos Iieis bastavam para as necessidades do culto e de sustento do reduzido clero. Assim, nos três primeiros seculos do cristianismo não houve pagamento de dizimos, e muitos dos pais, como Irineu, por exemplo (sec. II), condenavam o dizimo por considera-lo legalista e ritualista, em oposição a 26 UM POUCO DE HIST#IA espontaneidade das oIertas voluntarias. Todavia, o crescimento da hierarquia e o aumento das despesas em decorrência da nova vinculação da Igreja ao Estado trouxeram consigo a insuIiciência do volume das oIertas voluntarias, o que levou a Igreja a exortar os Iieis a trazerem tambem os seus dizimos. Assim, homens como São Jerônimo (na igreja de Iala latina) e São João Crisostomo (na igreja de Iala grega), por volta do Iinal do seculo IV, antes mesmo da queda do Imperio do Ocidente, iniciaram a corrente Iavoravel a implantação do dizimo, de acordo com as prescrições do Antigo Testamento. Desse modo, pelo Iinal do seculo IV ou inicio do seculo V, o dizimo ja era obrigatorio na esIera interna da Igreja. Com o desabamento do Imperio, a Igreja ocupou o vazio do poder, e para evitar o caos Iinanceiro, começou a cobrar o dizimo sob pena de excomunhão para os que se negassem a Iazê-lo. Tomando partido da sua nova condição de religião oIicial do Imperio, aquilo que ate então era lei no dominio interno da Igreja, passou a sê-lo tambem no dominio publico e oIicial, na medida em que o dizimo Ioi conIirmado pelos Concilios regionais de Tours (567) e Mâcon (585). Assim, Ioi o apoio da legislação comum, a partir de Carlos Magno (779), que tornou possivel a Igreja receber regularmente os dizimos. Carlos Magno sujeitou aos dizimos os proprios bens da Coroa e ordenou que, mediante multas e outras penas, as autoridades civis obrigassem os recalcitrantes a paga-los. Esse sistema tributario estendeu-se posteriormente as demais nações cristãs: a Inglaterra no seculo X, a Escandinavia no seculo XII. Na Peninsula Iberica os dizimos ja eram praticados desde o seculo VII em carater voluntario; porem, passam a obrigatorios no Iim do seculo XI, não por virtude de lei, mas por direito consuetudinario. No territorio português, o dizimo ja se menciona no seculo XI, mas generaliza-se apenas na segunda metade do seculo seguinte. Em 1218 passou a abranger tambem as rendas da Coroa, por concessão de D. AIonso II. Nos dois primeiros Concilios de Latrão, em 1123 e 1139, o 27 DESMISTIFICANDO O DIZIMO dizimo Ioi Iinalmente sancionado e incorporado a legislação geral da Igreja, de Iorma deIinitiva. Assim, os Concilios regularam que o dizimo e vima contribuição paga a Igreja, consistindo na decima parte da renda dos Iieis. De um modo geral, distinguiram-se dois tipos de dizimo. Um primeiro tipo, chamado de real ou predial (no sentido original da palavra latina, que signiIica não apenas predios, .mas propriedades em um sentido geral), e que correspondia a decima parte dos rendimentos oriundos diretamente do solo, como colheitas, Irutos ou madeiras. O segundo tipo recebia o nome de pequeno e correspondia a decima parte de toda a renda auIerida com produtos naturais que resultaram do cuidado do homem, tais como gado, leite, ovos e queijo. Nesse grupo tambem se incluiam os rendimentos oriundos de uma proIissão ou do comercio, dizimo esse que as vezes recebia o nome de pessoal. O dizimo real pagava-se a paroquia onde se encontravam os bens que lhe davam origem, ao passo que o dizimo pessoal pagava-se a paroquia a qual pertenciam as pessoas. Tanto os dizimos reais quanto os pessoais podiam ser eclesiasticos ou seculares conIorme se destinassem as despesas do culto e sustento do clero, ou correspondessem a uma renda paga a uni proprietario, ou o tributo dado a um senhor Ieudal em reconhecimento do seu dominio direto sobre a terra. Alem disso, devemos mencionar que, alem dos dizimos, cobrava-se tambem, ocasionalmente, a "decima papal" e a "decima episcopal". A primeira correspondia a um tributo lançado sobre os rendimentos eclesiasticos, destinado ao papa, com a Iinalidade de Iinanciar despesas extraordinarias da Santa Se (como na epoca das Cruzadas), e que em certos casos era transIerida para algum soberano catolico (como por exemplo Iez João XXII em 1320 a Iavor de D. Diniz, rei de Portugal), A segunda era um subsidio do clero local para o seu bispo. Em principio, todos estavam sujeitos ao pagamento do dizimo, mas começaram bem cedo as isenções, como por exemplo a Iavor de certas ordens religiosas, como as de Cister, 28 UM POUCO DE HIST#IA dos Templarios, dos Hospitalarios, e de outros religiosos e eclesiasticos. Da mesma Iorma, com o passar do tempo diversas diIiculdades de ordem pratica obrigaram a Igreja a restringir a amplitude da cobrança do dizimo, não so no caso do real mas especialmente no caso do dizimo pessoal que desde o inicio Ioi alvo de enorme oposição, decaindo a sua cobrança a partir do Iim da Idade Media. Alguns dizimos seculares converteram-se em eclesiasticos por terem sido doados para constituição ou aumento do dote de igrejas e mosteiros, como aconteceu, por exemplo, em 1100 com os doados por D. Henrique e D. Teresa ao Mosteiro de Santa Maria da Caridade. Houve tambem casos de dizimos eclesiasticos cedidos a leigos, ou negociados como qualquer outra mercadoria, tipo de abuso que o III Concilio de Latrão (1179) procurou eliminar. No Brasil colonial, os dizimos pertenciam a Ordem de Cristo, a qual a Santa Se os concedeu implicitamente, ao conIerir-lhe, mediante as bulas papais de 1455 e 1481, a jurisdição espiritual das terras por conquistar e conquistadas, no ultramar. Em 1523, o papado autorizou os reis de Portugal a disporem, para Iins publicos, das "sobras" dos dizimos, depois de satisIeitos os encargos religiosos (despesas do culto e Iinanciamento das missões sociais de que a Igreja Iora investida), que eram a sua razão de ser. Nos paises onde Iloresceu o Ieudalismo, como na França e na Alemanha, a enIeudação dos dizimos alcançou serias proporções. A enIeudação dos dizimos consistia em uma habilidosa combinação de algumas das piores caracteristicas da Igreja nessa epoca simonia nos cargos eclesiasticos e celibato do clero de Iorma a permitir que a maior parte dos dizimos arrecadados Iosse classiIicada como seculares, revertendo a Iavor dos proprietarios das terras, que eram sempre as Iamilias dos proprios bispos. Dessa Iorma, as propriedades eclesiasticas mais se assemelhavam a um Ieudo, e os bispos a senhores Ieudais. Aação energica do III Concilio de Latrão conseguiu apenas evitar que novos casos de apropriação de dizimos por leigos 29 DESMISTI#CANDO O DIZIMO viessem a ocorrer, mas não conseguiu reverter os casos ja existentes. Nesses casos, os parocos Iorarn Irequentemente reduzidos a perceber congruas inIeriores em muito aos dizimos dos quais provinham, e cujo gozo Iicava em proveito de senhorios civis ou eclesiasticos, abadias, etc. Mesmo quando havia repartição dos dizimos pela Igreja, essa divisão era em geral desIavoravel aos parocos. Não se deve esquecer que as côngruas não passavam de uma simples pensão que se dava aos parocos para o seu sustento, e que em geral Iazia jus a etimologia da palavra latina, sendo "apta" e "suIiciente" para mante-los apenas vivos. Por esse motivo, generalizou-se, ao lado dos dizimos propriamente ditos, a pratica daquilo que veio a se chamar "os direitos do pe-de-altar", que consistia na cobrança, por parte do paroco, de determinadas quantias na administração dos sacramentos como o batismo, o casamento, nos Iunerais, na comunhão pascal, nas principais Iestas religiosas, etc. Não raro, a pratica do "pe-de-altar" deu margem a cobranças extorsivas, em especial nos Iunerais. Alem do Ienomeno dos dizimos enIeudados, muito comuns na França, varios soberanos obtiveram do papado a concessão de cobrar um dizimo extraordinario, ou de reter parte do dizimo ordinario. No #eino de Castela, Fernando "o Santo" (1199-1252) recebeu da Santa Se, em carater temporario, o direito de dispor de 2/9 de 1/3 dos dizimos arrecadados no #eino. Com o tempo, tornaram-se direito perpetuo da coroa, que Irequentemente negociava esses direitos, arrendando-os a terceiros. Nos reinados de Carlos V e Filipe II, o papado ampliou suas concessões a monarquia castelhana em materia de dizimos. Da mesma Iorma, os reis de Portugal obtiveram vantagens semelhantes, e outros monarcas catolicos conseguiram que parte dos dizimos arrecadados em seus territorios Iossem aplicados em Iins seculares, isto e, puramente civis. Muitos Ioram os abusos cometidos na cobrança dos dizimos, sobretudo por parte dos dizimeiros, que não so arrecadavam mais do que deviam, como tambem Iicavam com UM POUCO DE HIST#IA parte substancial daquilo que deviam entregar a Igreja. Alem disso, o sistema empregado pela Igreja para dividir o total arrecadado, lado a lado com o descalabro na aplicação desses recursos, tornaram os dizimos odiosos e pesados. A reação contra eles iniciou-se nos Iins do seculo XIII e intensiIicou-se com a #eIorma. Curiosamente, nos paises onde a #eIorma se impôs, os dizimos continuaram a ser cobrados e entregues as igrejas reIormadas de cada pais. Nesses paises, os dissidentes (isto e, aqueles que continuavam catolicos) pagavam os dizimos da mesma Iorma, mas os seus dizimos eram entregues a igreja que prevalecia no pais. Assim, na Inglaterra ate 1836 e na Irlanda ate 1871, os catolicos pagavam o seu dizimo a Igreja Anglicana! Como consequência das lutas reIormistas, o Concilio de Trento conIirmou a doutrina tradicional catolica a respeito do dizimo, inclusive a sua obrigatoriedade, mas so a incluiu entre os mandamentos da igreja, nos quais Iigura ate hoje. Atualmente, o Codigo do Direito Canonico determina que o seu pagamento se Iaça segundo os estatutos particulares e os costumes legitimos de cada região, não sendo mais obrigatorio (cânone 1502). De qualquer Iorma, a #evolução Francesa deu a partida em uma serie de movimentos todos semelhantes, que eliminaram o dizimo como contribuição obrigatoria, regida por leis civis. Em 20/04/1790 Ioi abolido na França, em 30/ 07/1832 em Portugal, em 1841 na Espanha. Na Inglaterra, o dizimo ainda permaneceu ate 1936, quando Ioi extinto, mas so incidia sobre a propriedade da terra. Em 1936, todos os imoveis que estavam gravados com a inscrição tite rent carges Ioram liberados dessas obrigações, mas seus proprietarios ou arrendatarios deverão pagar taxas Iixas, a titulo de "remissão", ate o ano de 1996. No Brasil, a partir do segundo reinado, o dizimo Ioi sendo substituido pelos impostos civis sobre os produtos agricolas e o gado, ate que ocorreu a separação da Igreja do Estado em 1890, e o dizimo desapareceu em deIinitivo. 31 DESMISTIFICANDO O DIZIMO Desse modo, neste nosso seculo, o dizimo voltou a ser assunto puramente interno da Igreja, em todas as suas inumeras divisões, deixando de ter qualquer ligação com os poderes do Estado, a que esteve ligado por tantos seculos. Cada igreja estabeleceu suas proprias regras, disciplinando a materia e estabelecendo a sua obrigatoriedade ou não. Curiosamente, em alguns paises luteranos, onde a igreja continua a ser estatal, e possivel entregar o dizimo a igreja juntamente com o imposto de renda; basta mencionar esse desejo ao preencher a declaração anual do imposto! Atraves desta breve historia do dizimo ao longo dos quase vinte seculos de vida da Igreja, podemos notar algumas coisas importantes. Em primeiro lugar, como veremos nos capitulos * 4 e 5, ao longo de toda essa historia, sempre que se praticou o dizimo, nunca se levaram em conta as noções caracteristicas do Antigo Testamento sobre o assunto, como a alegria, a reIeição solene, a gratidão, etc. So se olhou para o "argumento levitico", isto e, para o mecanismo de sustento de uma estrutura clerical. Em segundo lugar, podemos constatar que a Igreja Catolica Apostolica Antiga e a mais Iiel aos ensinos biblicos, comportando-se de uma Iorma coerente com o Novo Testamento, em especial com os ensinos do apostolo Paulo, E por ultimo, constatamos que o dizimo, tal como praticado pela Igreja a partir de Constantino, e mais um exemplo da derrota da igreja que se deixou Iascinar pelo poder temporal. Podemos dizer que esse tipo de pratica do dizimo e mais um exemplo dos eIeitos da "sindrome de destruição do seculo IV" que acometeu a Igreja a partir daquela epoca. · 32 UM POUCO DE HIST#IA Notas ' O texto desta seção Ioi elaborado a partir de materiais encontrados na Encylopaedia Judaica Jerusalem: Keter, 1971. 2 O texto desta seção Ioi el aborado com base nos materiais encontrados nas Encicl opedias Barsa Miraaor Americana e britanica e especialmente nas notas de Avelino de Jesus da Costa, da Faculdade de Letras da Universidade de Coi mbra, para a Enciclopedia Jerbo. . A VÌSÃO REFORMADA DO DÍZÌMO De um modo geral, podemos aIirmar sem grande margem de erro que a #eIorma não deu maior atenção ao dizimo. Como ja vimos no Capitulo 2, as igrejas reIormadas continuaram a adotar as mesmas praticas da Igreja medieval, apenas suavizadas não por uma questão de maior consciência doutrinaria, mas simplesmente porque os novos tempos começavam a empurrar a Igreja contra a parede e a gradualmente restringir as "liberalidades" que ela tinha tomado durante toda a Idade Media. Por outro lado, em todas as igrejas reIormadas Ioi extinto o Iamigerado abuso representado pela cobrança dos direitos de "pe-de-altar", de modo que a ministração dos sacramentos (ou das ordenanças, conIorme o caso) e a celebração de todos os atos liturgicos, deixaram de estar sujeitos a qualquer tipo de cobrança. Da mesma Iorma, em especial na Alemanha, a enIeudação dos dizimos Ioi abolida por completo. Um bom exemplo dessa Ialta de atenção pode ser constatada ao examinarmos as Instituias´ Ao longo de suas 1734 paginas não encontramos uma unica seção, por mais curta que seja, dedicada ao dizimo. Os calvinistas modernos, cheios de auto-indulgência, assim explicam o Iato: "Vieram os reIormadores do Sec. XVI, e a sua tareIa era tão grande e tão pesada, que eles não perceberam que coleta e pecado e permitiram que a coleta continuasse nas Igrejas #eIormadas." 2 A VISÃO #EFO#MADA DO DIZIMO Mesmo atualmente, passados ja quase cinco seculos desde a #eIorma, os documentos reIormados continuam a encarar o dizimo de uma Iorma ambigua e conIusa. Por exemplo, a concordância da Biblia Vida Nova 3 da inicialmente a impressão de que simplesmente ignora o assunto, pois não tem o verbete "dizimo"; so depois de muito procurar ( e com um pouco de sorte), o leitor vai encontrar o verbete "dando os dizimos" na seção sobre "Liberalidade Parcimônia", que traz pelo menos uma lista razoavel de textos biblicos sobre a materia. A Biblia de Thompson, 4 por sua vez, adota um comportamento interessante: na parte correspondente a concordância, sob o titulo "dizimar" relaciona apenas os textos de l Sm 8:15 e Mt 23:23, que não são propriamente as passagens que deveriam ser indicadas para quem busca reIerências em uma concor- dância biblica, certamente uma pessoa que esta estudando o assunto. Por outro lado, sob o titulo "dizimo", relaciona as passagens relativas a Abrão e Jaco, alem dos classicos versiculos de Malaquias, e a passagem de Lucas sobre a parabola do Iariseu e do publicano, o que novamente representa uma relação extremamente pobre sobre o assunto. E para surpresa, na relação de temas escolhidos, sob a rubrica dar subtitulo di:imo encontramos os textos da Lei (Lv 27:30; Nm 18:21; Dt 12:6; 14:28; 26:12) alem de textos historicos (2 Cr 31:5; Ne 10:38; 12:44; 13:12), e todos os outros textos ja indicados nas rubricas anteriores. Qual e o objetivo do redator da concordância: ajudar ou diIicultar a consulta? Uma obra antiga e prestigiada como o dicionario de Davies, 5 apresenta um comentario extremamente pobre, muito resumido, que deixa de abordar todas as Iacetas essenciais da doutrina do dizimo. Da mesma Iorma, o excelente manual de doutrina de Bruce Mime 6 nem sequer aborda o assunto. Mas, se nos voltarmos para os documentos conIessionais, em geral preparados para uso nas Escolas Biblicas Dominicais, veremos que ainda assim essas obras de reIerência são compara- tivamente excelentes, tão baixo e o nivel com que o tema e tratado nos materiais destinados ao ensino. Na maior parte das onze obras estudadas (veja lista DESMISTIFICANDO O DIZIMO completa na BibliograIia) predomina o enIoque instrumental, e e Iacil perceber que o objetivo e um so: convencer os membros das igrejas de que o dizimo não so e necessario, como e obrigatorio. Nessas obras prevalece uma otica que ressalta uma especie de conIronto entre Deus e o crente. Por meio do dizimo e testada a Iidelidade do cristão, e a todo o instante somos desaIiados a testar Deus: se dermos o dizimo, certamente seremos abençoados! O dizimo e apresentado de tal Iorma que somos levados a crer que ele e um teste da Ie pessoal de cada um, e somos ensinados que e diIicil acreditar que alguem não-dizimista possa dizer que e cristão! Um dos autores pesquisados e categorico: "Peço licença para duvidar da conversão de uma pessoa que não consagra sua vida a Deus e não contribui para o sustento de sua causa." Um pouco antes ja havia aIirmado que "sem contribuição e sem consagração de vida não ha igreja. A igreja de Deus precisa de nossas vidas e de nosso dinheiro." 7 Na mesma obra podemos encontrar essa amostra extrema de ate onde se pode chegar quando se e movido por ideias preconcebidas: "Cristo Iundou sua Igreja e condicionou sua obra na base do dinheiro/' "O dizimo e uma Iorma pela qual Deus testa a conIiança do crente no seu poder e na sua graça", e aIirmação categorica de outro autor. 8 Ctiriosamente, a imensa maioria dos autores protestantes demonstra a respeito do dizimo uma visão extremamente legalista e Iormal, que mais se aproxima da visão rabinica e da Igreja medieval, e que se aIasta ate mesmo da postura moderna do Catolicismo e do proprio Judaismo, que são bem mais Ilexiveis. Felizmente, pude encontrar três exceções: uma e a Ieliz e agradavel obra de Caio Fabio D'Araujo Filho, que e uma abordagem equilibrada e proIundamente comprometida com o real espirito do Novo Testamento. 9 E uma pena que não seja uma obra exaustiva, que Iaça um estudo detalhado e completo do tema: Caio Fabio nem mesmo se preocupa em estudar o dizimo propriamente dito. O proprio autor descreve assim sua obra: O livro e simples, mas jorrou mais do meu peito e da Ionte 36 A VISÃO #EFO#MADA DO DIZIMO da minha alma inundada de sonhos e ideais do que de minha mente ou de qualquer esIorço para pensar mais proIundo. Por isso, não o corrigi e nem o ampliei. Deixei-o exatamente como saiu: delirante e esperançoso. 10 Tenho absoluta certeza de que e exatamente isso o que Ialta nest a ar ea: a esperança e o i deal, pur os, t ot al ment e abandonados aos misterios da Ie no Cristo de Deus. Uma outra e o estudo de David Jeremiah, 11 com abordagem semelhante a do livro de Caio Fabio, baseado no mesmo texto (II Co 8 e 9), porem com um grau menor de objetividade e adequação a realidade brasileira, talvez por ter sido escrito tendo em vista a realidade das igrejas nos Estados Unidos da America. E por ultimo, o livro de Julio Andrade Ferreira, 12 baseado nas mesmas passagens, com o mesmo enIoque basico, mas que e mais um sermão apologetico do que propriamente um estudo sobre a contribuição. Em nenhum estudo protestante sobre o dizimo encontrei uma analise, por superIicial que Iosse, das ideias e dos conceitos contidos nas leis da Tora que procurasse transpor de uma Iorma equilibrada aquelas lições para o contexto moderno. O que se vê e uma aplicação direta e imediata do Antigo Testamento, sem qualquer preocupação em avaliar ate onde e proprio e valido Iazer tal aplicação. Em nenhum lugar encontrei um estudo serio sobre quem realmente eram os levitas, e nem sequer passa pela cabeça desses autores perguntar a si mesmos se por acaso existe hoje algo semelhante em nossas igrejas, a ponto de justiIicar a manutenção de uma contribuição como o dizimo. E por justiça, e preciso dizer que para a maioria desses autores, o texto Iundamental sobre o dizimo resume-se a passagem de Malaquias (3:8-11). Por outro lado não se Iaz qualquer reIlexão sobre as necessidades Iinanceiras das igrejas atuais, procurando identiIicar se elas são legitimas e apropriadas, ou se, ao contrario, são resultado de uma otica errada, que prestigia as grandes estruturas, a pompa eclesiastica e templos suntuosos, deixando de lado as preocupações verdadeiramente cristãs da caridade e do amor Iraternal. Em um desses estudos, 37 DESMISTIFICANDO O DIZIMO encontrei esta preciosidade: "assistência social e obrigação do Estado e não da Igreja". 13 O que esses estudos deixam transparecer e uma atitude muito simples: as igrejas têm o direito de gastar o que bem entenderem, da Iorma como julgarem melhor. For outro lado, a obrigação do crente e contribuir sem questionar. A igreja não se sente obrigada a racionalizar os seus gastos. Em muitas paginas desses estudos tem-se a impressão de que esta em vigor um "dogma da inIalibilidade Iinanceira" com relação a pastores e hierarquias eclesiasticas. Alias, Caio Fabio Iaz o seguinte comentario/ que me parece extremamente apropriado: Preocupo-me tambem com o Iato de que alem de tudo estamos debaixo de outra ameaça no Brasil: a de termos nos acostumado aos seculos de governos colonialistas auto-centrados e monarquicos e, posteriormente, com os muitos periodos ditatoriais de nossa historia, quando o povo nunca tem ou teve acesso aos exames serios das contas do pais atraves de seus representantes. Se existe a possibilidade de se ver a questão com as lentes da sociologia, então talvez se explique a quantidade enorme de pastores e denominações que parecem repetir em nivel estrutural e economico a mesma politica caudilhesca de Iora da igreja. Trata-se de um eclesiasticismo militarizado. Nestes regimes eclesiais o povo tambem não tem acesso as contas da igreja. Isso nos preocupa imensamente, inclusive pelo Iato de que ha hoje no pais uma enorme quantidade de novas e independentes igrejas, quase todas elas estruturadas a partir do modelo coronelista, de imensa autonomia para o pastor e grande isolamento para o povo. 14 Não ha duvida de que essas palavras são Iortes e podem chocar algumas pessoas. Mas elas correspondem a verdade, não apenas nas igrejas novas, corno tambem nas denominações tradicionais. Se assim não Iosse, como deveriamos interpretar essas palavras de um autor batista; "O que Iazer com os (lideres) não dizimistas? AIasta-los da liderança da igreja. E A VISÃO #EFO#MADA DO DIZIMO um modo de coerção, mas deve ser Ieito com muito cuidado tambem, visto que todos somos portadores de virtudes e Ialhas." 15 Não bastassem essas Iacetas do protestantismo com relação a contribuição, e preciso acrescentar uma outra, ainda mais grave. Todos os estudos que pude examinar apresentam uma estrutura bastante semelhante: um breve comentario sobre textos do Antigo Testamento (em geral Malaquias...), uma demonstração categorica de que o dizimo tambem e uma doutrina do Novo Testamento, especiIicamente apoiada por Jesus, seguida de alguma interpretação dos textos da carta aos Hebreus, e terminando com um duplo apelo: a Iidelidade na contribuição e para que se Iaça um "teste" para ver se Deus não derramara copiosas bênçãos sobre o contribuinte. E aqui esta a Iaceta grave a que me reIeri acima: ninguem se preocupa com a Historia, seja a da Igreja, seja a do povo de Deus. Ninguem se da ao trabalho de examinar o que ocorreu nestes quase 4500 anos de Historia comum, e reIletir sobre tudo o que ja aconteceu nesse terreno. Tudo se passa como se a Igreja ou o povo de Deus não Iossem realidades historicas e sociais, encaixadas em contextos em permanente mutação, que agem e pressionam a Igreja, sugerindo ideias e modelos de comportamento, valores e ideais. Essa atitude de ignorar a historia leva comentaristas a escrever coisas estranhas, como esta por exemplo: "Foi Jesus dizimista? (Essa pergunta e o titulo de uma das seções do livro.) Sem duvida nenhuma, Jesus não so ensinou e praticou o dizimo, mas Ioi alem dele." 16 Numa so Irase, três aIirmações a respeito de Jesus sem qualquer evidência biblica que lhes dê credibilidade e esquecendo o Iato basico que qualquer estudante serio do judaismo sabe: o dizimo em Israel e dado sobre os produtos da terra, e sendo Jesus um artesão manual (carpinteiro), diIicilmente daria o dizimo. Ou esta outra aIirmação absurda, de que Jesus elegeu um tesoureiroJudas para receber dizimos e oIertas alçadas! 17 Não ha qualquer registro de que Judas Iosse levita ou membro de uma Iamilia sacerdotal, ou que estivesse a serviço do templo 39 DESMISTIFICANDO O DIZIMO durante os três anos que passou com Jesus! E, por outro lado, e inconcebivel que um judeu entregasse seus dizimos para pessoas individuais, a menos que se aceite que Judas recebia o "dizimo do pobre", como veremos adiante. A grande ironia, se essa Ior a explicação para essa Irase, e que a ideia deuteronômica do "dizimo do pobre" e a mais completa antitese do dizimo pregado por esses autores! No aIã de justiIicar o dizimo, a "amnesia historica" acaba se transIormando em uma soIisticada tecnica de esticar os textos biblicos, arrancando deles signiIicados e interpretações que jamais, em perIeita e honesta analise, eles poderiam suportar. Tomemos como exemplo a seguinte aIirmação: Quando o Senhor criou o jardim do Eden e nele colocou Adão e Eva, teria estabelecido tambem o principio do dizimo. Porventura não pertencia a Deus aquela arvore de cujo Iruto Adão e Eva não podiam comer sob pena de morte? Todas as demais arvores pertenciam igualmente a Deus, mas estavam entregues ao usuIruto do primeiro casal, os mordomos do Eden. 18 Todavia, o que mais impressiona na visão atual das igrejas reIormadas sobre o dizimo e a contribuição e constatar que a sua doutrina deixa transparecer uma total incapacidade de se conIiar no ser humano. As premissas que orientam as explanações sobre o dizimo estão todas apoiadas em um unico ponto Iundamental: não se pode conIiar na contribuição espontânea e preciso que ela seja mandatoria! Sente-se que ha um temor de que não sejam alcançadas as necessidades Iinanceiras das comunidades, caso a contribuição seja entregue aos caprichos do coração! Dai a preIerência ao legalismo, a visão "levitica" do dizimo, etc. E isso e lamentavel, tanto mais quando se conhece a alma brasileira e a incrivel capacidade do nosso povo de se deixar emocionar, de se entregar de corpo e alma, de contribuir e participar em qualquer coisa que tenha um apelo minima- mente humano, social ou espiritual. Temos exemplos as dezenas, em qualquer campo que se possa imaginar: campanhas civicas (quem não se lembra do "ouro para o bem 40 A VISÃO #EFO#MADA DO DIZIMO do Brasil"?), campanhas para as crianças (UNICEF, etc), campanhas para socorrer desabrigados em enchentes ou outras catastroIes naturais, etc. E não estou Ialando de campanhas no âmbito da Igreja, mas no âmbito social em geral. Ora, o que devemos esperar do crente: que ele seja pior ou melhor do que o meio a sua volta? Não deve ser a generosidade uma marca indelevel do cristão? Não e o amor aquilo que nos move acima de todas as coisas? Então por que não conIiamos em nos mesmos? Tudo parece indicar que quando o assunto e o dinheiro do cristão, as lideranças conIiam mais na lei e na ordem! Todos os sinais apontam, portanto, em uma mesma direção: e preciso rever a Iorma pela qual e encarado o problema da contribuição na Igreja, em especial nas igrejas reIormadas. Talvez a realidade social brasileira possa nos ajudar mais uma vez, se compararmos o problema da contribuição nas igrejas com a questão da sonegação de impostos. Nessa area impera em nosso pais a "lei de Gerson", de modo que todos se acham no direito de "levar vantagem" completa nas suas relações com as autoridades. E certo que esse comportamento demonstra a existência de uma enorme Ialha na Iormação moral do nosso povo, mas e igualmente correto dizer que ele tambem espelha, em boa dose, o descredito e o desânimo que imperam em nosso pais em virtude do descalabro admi- nistrativo, da corrupção, da incapacidade e da imoralidade que campeiam nas adrninistrações publicas em geral. De modo que se podemos acusar o brasileiro de ser imoral em suas relações com o Estado, por certo ninguem podera isentar o mesmo Estado de boa parcela de culpa. Da mesma Iorma, na questão da contribuição em nossas igrejas, talvez tenha chegado a hora de olhar menos para a Iorma pela qual o povo contribui, e avaliar melhor a maneira pela qual as lideranças se conduzem. Talvez tenha chegado a hora de removermos primeiro a trave de nossos olhos para depois nos preocuparmos com o argueiro de nossos irmãos na Ie. Quanto mais não seja, para evitar que comentarios como 41 DESMJSTIFICANDO O DIZIMO este sejam publicados em nossos jornais: "Não estamos expropriando ninguem, nem roubando dinheiro do povo, como Iaz a Igreja Universal do #eino de Deus" (palavras do coordenador de comunicações da Curia Arquidiocesana de São Paulo, em reportagem publicada em Estado de S. Paulo de 26/ 09/ 94 "Ca mpanha pel o dizi mo quer mais contribuintes"). Notas 'John Calvin. Institutes of te Cristian Religion. Philadelphia: Westminster, 1960 (Library oI Christian Classics). 2 Jacob Silva. Fidelidade. 2. ed. São Paulo: Ed. do Autor, 1982. p, 7. '#ussell P. Shedd (ed.). A Biblia Jida Nova (E#AB). 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 1978, *Biblia de Referência %ompson (Edição Contemporânea). São Paulo: Vida, 1993. 5 John D. Davies. Dicionario da Biblia. 2. ed. #io de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 1960. 6 Bruce Milne. Estudando as Doutrinas da Biblia. São Paulo: ABU, 1991. 7 Waldomiro Motta. op.cit., p. 53, 58, 59. # DanieI de Oliveira Cândido, op.cit., p. 166. 9 Caio Fabio D'Araujo Filho. Uma graça que poucos desefam. Niteroi: Vinde, 1986. 10 Ibid., p. 13 "David Jeremiah. Descobrindo a graça da contribuiçào. São Paulo: Batista #egular, 1988. 12 Julio Andrade Ferreira. O di:imo cristào a graça da liberalidade. Campinas: Luz para o Caminho, 1985. n jacob Silva, op. cit., p. 26 ! Caio Fabio D'Araujo Filho. op. cit., p. 64 5 Daniel de Oliveira Cândido, op. cit., p. 165 r 'Walter Kaschel. op. cit., p. 38 7 Waldomiro Motta. op. cit., p. 32. Oswaldo #amos. Di:imo & Bênçàos. São Pauio: Vida, 1994. p. 39. 4. A TO#A #ABINICA AS OFERTAS RELIGIOSAS POR EXCELÊNCIA E virtualmente impossivel estudar o dizimo sem considerar com atenção e extremo cuidado aquilo que a Lei nos ensina a respeito do assunto. E a primeira coisa que precisamos reconhecer e que, para a Lei Mosaica, o dizimo e uma contribuição secundaria, destinada a varias Iinalidades ligadas ao templo, e não a contribuição de cunho religioso por excelência. O que se quer dizer com a expressão "cunho religioso por excelência"? Essa Iorma de expressão quer chamar atenção para o Iato de o dizimo não ser propriamente uma parte do culto e da adoração ao Senhor e Criador de todas as coisas, mas, sim, em um primeiro momento, uma oIerta que os judeus entregavam para o sust ento de uma estrut ura clerical instituida por Deus, e mais tarde, como veremos, part e integrante dos deveres de misericordia e caridade para com os desamparados da sociedade. Quando examinamos atentamente a Tora, veriIicamos que as oIertas de cunho estritamente religioso, exigidas por Deus como parte integrante do culto e da adoração, e portanto revestidas de especial signiIicação para a Ie judaica, eram as primicias e os primogenitos. Ambas estão ligadas ao simbolismo "dos começos", e procuram estabelecer uma relação de causa e eIeito entre a 42 43 14, 17 T#ADIÇÃO DESMIS%IFICAND DIZIM providência de Deus e os frutos do trabalo umano. Por meio das primicias e dos primogenitos somos lembrados de que Deus esta no inicio de todas as coisas e por isso devemos agradecer-le e louvar o seu nome antes de entrarmos no go:o daquilo que conseguimos mediante o nosso trabalo. Podemos entender esse simbolismo se verificarmos as instruçòes do %almude sobre as primicias. "uando o agricultor perceber que um fruto começa a amadurecer (um figo uma romà etc. ele deve atar um fio colorido a volta do peciolo do fruto de maneira a identifica-lo. Mais tarde durante a coleita separara todos os frutos assim marcados e dentre eles escolera os melores para apresentar como oferta de primicias. E nessa espera confiante em busca dos sinais dos frutos que virào que somos lembrados de que Deus esta nessa atividade e que pela sua misericordia o milagre da vida e mantido desde o inicio dos tempos. A atitude religiosa basica das primicias esta belamente exposta nestas palavras de Genesis. Depois ela deu tambem a luz Abel, irmão de Caim. Abel tornou-se pastor de ovelhas e Caim cultivava o solo. Passado o tempo, Caim apresentou produtos do solo em oIerenda a lahweh. Abel, tambem ele, oIereceu as primicias e a gordura de seu rebanho. Ora, lahweh agradou-se de Abel e de sua oIerenda. Mas não se agradou de Caim e de sua oIerenda, e Caim Iicou muito irritado e com o rosto abatido (4:2-5). Abel tra: uma oferta de gratidào, observemos que o texto nào indica qualquer exigência por parte de Deus. e algo espontaneo partindo dele mesmo. "ual o motivo que o fa: agir assim? Gratidào reconecimento da dependência de Deus saber que nào e auto-suficiente. texto nào informa que outros sentimentos estavam presentes no coraçào de Caim mas o relato posterior permite supor que orgulo vaidade e rivalidade com o irmào foram mais importantes na determinaçào da sua conduta. As passagens biblicas que estabelecem as primicias sào as seguintes. Êx 23. Traras as primicias dos Irutos da tua terra a casa 44 A %RA - A %RADIÇÂ RABINICA de lahweh teu Deus. 2 Êx 34.26 Traras o melhor das primicias para a Casa de lahweh, teu Deus. Da mesma forma as leis sobre os primogenitos sào estabelecidas nestes textos. Êx 3.-2 lahweh Ialou a Moises, dizendo: "Consagra-me todo primogenito, todo o que abre o utero materno, entre os Iilhos de Israel. Homem ou animal, sera meu." 2 Êx 3.-3 Quando lahweh te houver introduzido na terra dos cananeus, como jurou a ti e a teus pais, quando ta tiver dado, apartaras para lahweh todo ser que sair por primeiro do utero materno, e todo primogenito dos animais que tiveres: os machos serão para lahweh. Todo primogenito da jumenta, porem, tu o resgataras com um cordeiro; se não o resgatares, tu lhe quebraras a nuca; mas todo primogenito do homem, entre teus Iilhos, tu o resgataras. 3 Ex 22.28-2 Não tardaras em oIerecer de tua abundância e do teu superIluo. O primogenito de teus Iilhos, tu mo daras. Faras o mesmo com os teus bois e com as tuas ovelhas: durante sete dias Iicara com a mãe, e no oitavo dia mo daras. 4} Êx 34.-20 Todo o que sair por primeiro do seio materno e meu: todo macho, todo primogenito das tuas ovelhas e do teu gado. O jumento, porem, que sair por primeiro do seio materno, tu o resgataras com um cordeiro; se não o resgatares, quebrar-lhe-as a nuca. #esgataras todos os primogenitos dos teus Iilhos. Não compareceras diante de mim de mãos vazias. Dt .-23 Todo primogenito macho que nascer das tuas vacas ou ovelhas, tu o consagraras a lahweh teu Deus. Não trabalharas com o primogenito das tuas vacas, nem tosquiaras o primogenito das tuas ovelhas. Tu o comeras em cada ano diante de lahweh teu Deus, tu e a tua casa, no lugar que lahweh houver escolhido. Se ele tiver algum deIeito se Ior manco ou cego, ou tiver algum outro deIeito grave não o sacriIicaras a lahweh teu Deus; poderas comê-lo em tua cidade, o puro junto com o impuro, como a gazela ou o cervo. Não com.erãs, porem, o seu sangue: derrama-o por terra como agua. A instituiçào dos primogenitos e um memorial que recorda DESMISTIFICANDO O DIZIMO aos israelitas a celebração da primeira pascoa, e a maneira miraculosa pela qual Ioram salvos os primogenitos do povo, tanto dos animais quanto dos homens. E uma lembrança que se renova a cada colheita e a cada novo nascimento, trazendo a memoria a salvação e a liberdade oIerecidas por Deus ao seu povo. Tanto as pri mi cias quanto os pri mogenitos são coisas s a nt a s, e co mo t al de v e m s e r s e m d e I e i t o, co n di çã o det er mi nant e p ara p oder em ser oIer eci das ao Senhor e pert encere m a o sacerdot e. O l i vr o de Levi ti co Iaz uma apresentação muito signiIicativa das pri micias dos Irutos de uma arvore, comparando a entrega das pri micias dos Irutos ao ato da circuncisão. Como sabemos, a circuncisão marca a entrada do recem-nascido para o rol do povo de Deus: antes disso ele e cerimonialmente impuro. Assim: "uando tiverdes entrado na terra e tiverdes plantado alguma arvore frutifera considerareis os seus frutos como se fossem o seu prepucio. Durante três anos serào para vos como coisa incircuncisa e nào se comera deles. No quart o ano todos os frutos serào sagrados em urna festa de louvor a lae. No quinto ano podereis comer os seus frutos e recoler para vos mesmos o seu produto. Eu sou lae vosso Deus" (.23-2. Ainda em Levitico, vamos encontrar uma nova Iormulação para as pri micias, que são agora encaixadas na sequência do ano agricola, entre a Festa dos Azi mos e a Festa das Semanas, atraves da oIerenda do primeiro Ieixe da ceiIa da cevada: lae falou a Moises e disse. "Fala aos filos de Israel, tu les diras. "uando tiverdes entrado na terra que vos dou e fi:erdes nela a ceifa trareis ao sacerdote o primeiro feixe de vossa ceifa. sacerdote o oferecera diante de lae com gesto de apresentaçào para que sefais aceitos... Nào comereis pào nem espigas tostadas ou pào co:ido antes deste dia isto e antes de terdes tra:ido a oferenda de vosso Deus. E uma lei perpetua para os vossos descendentes onde quer que abiteis" (Lv 23.-4. O Tal mude 2 ensina que as primicias devem ser trazidas somente por quem planta em terreno proprio, enIatizando 46 A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINICA assi m a relação homem - terra - Irutos - Deus. Da mesma Ior ma, el e det er mi na que um prosel it o deve trazer as pri micias, mas não deve Iazer a declaração, para não mentir perante o Senhor, pois jamais poderia dizer: "mexi pai era um arameu... " Como a Lei não estabelece um valor exato para as primicias, o Tal mude ensina que devemos calcula-las na proporção de 1/50, ou segundo a generosidade de cada um, podendo então ser na base de 1/30 ou 1/60. 3 Como Deuteronômi o estabelece que tanto as pri micias como os pri mogenitos devem ser apresentados ao Senhor "somente no lugar em que lahweh teu Deus houver escol- hi do" (Dt 12:17-19), isto e, no Templo em Jerusalem, o Tal mude e a tradição rabinica posterior estabeleceram que os preceitos das primicias e dos primogenitos são obrigatorios somente na terra de Israel e enquanto o Templo estivesse de pe. 4 Da mes ma Ior ma, com base em Dt 8:8, o Tal mude est abel ece que as pri mi ci as apli ca m-se apenas as Sete Categorias isto e, os sete tipos de produtos pelos quais a terra de Israel era Iamosa: trigo, cevada, uvas, Iigos, romãs, oleo de oliva e mel de tâmaras. Mas e em Deuteronômio que vamos encontrar o texto que qualiIica da Iorma mais clara possivel a enorme carga de signiIicado espiritual que esta vinculada as pri micias e aos primogenitos. Em Dt 26:1-11 vamos encontrar a "declaração das pri micias", verdadeira conIissão de Ie do judeu temente a Deus: "uando entrares na terra que lae teu Deus te dara como erança e a possuires e nela abitares tomaras as primicias de todos os frutos que recoleres do solo que lae teu Deus te dara e colocando-as num cesto iras ao lugar que lae teu Deus ouver escolido para ai fa:er abitar o seu nome. Jiras ao sacerdote em funçào naqueles dias e le diras. "Declaro ofe a lae meu Deus que entrei na terra que lae sob furamento prometera aos nossos pais que nos daria'" sacerdote recebera o cesto da tua mào coloca-lo-a diante do altar de lae teu Deus e tomando a palavra tu diras diante de lae teu Deus. DESMISTIHCANDO O DIZIMO "Meu pai era um arameu errante. ele desceu ao Egito e ali resi- diu com poucas pessoas, depois tornou-se uma naçào grande forte e numerosa. s egipcios porem nos maltrataram e nos umilaram impondo-nos uma dura escravidào. Gritamos entào a lae Deus dos nossos pais e lae ouviu a nossa vo:. viu nossa miseria nosso sofrimento e nossa opressào. E lae nos fe: sair do Egito com mào forte e braço estendido em meio a grande terror com sinais e prodigios e nos trouxe a este lugar dando-nos esta terra uma terra onde mana leite e mel. E agora eis que trago as primicias dos frutos do solo que tu me deste lae." E as depositaras diante de lae teu Deus e te prostraras diante de laiue teu Deus. Alegrar-te-as entào por todas as coisas boas que lae teu Deus deu a ti e a tua casa e funtamente contigo o levita e o estrangeiro que reside em teu meio. Como podemos perceber, essa conIissão de Ie resume a historia da salvação, centrada na libertação do Egito e na conquista da Terra Prometida. Os mesmos elementos se encontram nas "conIissões" de Dt 6:20-23 e, com desenvol- vimentos, de Js 24:1-13 e Ne 9:7-25. Da mesma Iorma, o texto ressalta o senhorio do Eterno sobre todas as coisas, ao comparar a terra de Israel a uma herança concedida por Deus ao seu povo. E interessante notar que a apresentação das primicias equivale a uma participação simbolica e ritual do oIertante na propria conquista da terra prometida, dai as palavras "declaro que entrei na terra". Talvez seja por isso que a declaração das primicias introduz aqui uma chamada a alegria, que deve ser o estado de espirito dominante nessa cerimonia, e que se justiIica plenamente em Iunção das preciosas bênçãos recebidas. E a parte Iinal do texto e uma exortação enIatica a desIrutar com alegria e responsabilidade os Irutos decorrentes das preciosas bênçãos que são a vida, o trabalho, a colheita e a Iamilia, sem esquecer de lembrar ao judeu o seu dever primeiro de amar o seu proximo, sentindo-se responsavel pelos deserdados sociais, aqui simbolizados pelo estrangeiro e pelo levita. A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINICA Assim e que temos reunidos nas oIertas das primicias e dos primogenitos todos os conceitos basicos da religião de Israel, alem de podermos identiIicar tambem aqueles traços Iundamentais que permeiam toda a Tora, a saber: o amor a Deus e ao proximo, a alegria, o trabalho, a gratidão pela liberdade e pela salvação, alem da ideia de que a santidade deve revestir toda a atividade humana. A TRIBO DE LEVI Antes de entrarmos no estudo do dizimo em si mesmo, precisamos considerar uma outra instituição judaica que lhe esta estreitamente associada: a existência de uma "tribo clerical", claramente diIerenciada das demais, com atributos especiIicos, e cuja subsistência economica esta associada aos dizimos entregues pelo restante do povo israelita. Essa tribo e a de Levi. 5 De acordo com o censo no deserto, que no caso dos levitas excepcionalmente abrangeu todos os machos com idade superior a um mês, a tribo de Levi era a menor de todas, compreendendo 22.000 homens segundo Nm 3:39, ou 23.000 segundo Nm 26:62. A tribo Ioi escolhida durante a pereg- rinação pelo deserto para Iazer o serviço do Tabernaculo. O censo dos levitas Ioi realizado separadamente do censo geral de todos os israelitas no deserto (Nm 1:47-49), e esta dito que eles Ioram escolhidos para esse serviço em lugar de todos os primogenitos do povo de Israel, que eram em numero praticamente igual aos levitas (Nm 3:40-43). De uma certa Iorma, a tribo de Levi "remiti" os primogenitos de todo o povo. O episodio do bezerro de ouro enIatiza a lealdade dessa tribo a Moises. Nessa ocasião, os levitas destacaram-se como homens zelosos, que não poupavam irmãos, amigos, ou parentes (Êx 32:25-30). Por outro lado, um reIlexo da estreita ligação existente entre os levitas e a tribo de Juda pode ser encontrado na justaposição dessas duas tribos na bênção de Moises (Dt 33:7-9). DESMISTIFICANDO O DIZIMO De acordo com o livro de Numeros, os levitas estavam a disposição dos sacerdotes para os serviços da Tenda da #eunião, carregando-a com os seus objetos. Esse serviço era dividido entre as três Iamilias da tribo Gerson, Caat e Merarai (Nm 3-4). Aos levitas Ioi, pois, conIiada a tareIa de servir aos sacerdotes, executando tareIas para eles "bem como os deveres de toda a comunidade, na Tenda da #eunião" (3:7). No curso do seu trabalho/ os levitas estavam sujeitos aos sacerdotes nomeados para supervisiona-los, os quais eram membros da sua propria tribo, os descendentes dos aarônidas (Nm 1:48-53 e 3:5-40). A superioridade dos sacerdotes aarônidas em relação aos demais levitas e expressamente ressaltada em Êxodo, Levitico e Numeros, e a divisão de Iunções entre eles esta claramente deIinida. Aos levitas Ioram conIiadas tambem responsa-bilidades pelo ensino, alem da tareIa de carregar a Arca da Aliança (Dt 10:8 e 31:9), embora essas Iunções Iossem reservadas principalmente para os sacerdotes, que constituiam a elite da tribo (Ml 2:4-8 e 3:3). De acordo com o ponto de vista de Deuteronômio, todos os levitas estavam aptos a servir no Santuario, mesmo aqueles que não tivessem Iunções permanentes nele (Dt 18:6-9). A escolha dos levitas como ministros de Deus trouxe como consequência a sua transIormação em uma tribo errante e dispersa, durante o periodo dos Juizes. A tribo eclesiastica de Levi não lutou nas guerras de conquista de Canaã, nem recebeu uma alocação permanente de territorio continuo, como ocorreu com todas as outras tribos. Tudo indica que mesmo ao tempo da Monarquia, os levitas que moravam nas portas das cidades ainda não possuiam seu proprio territorio, mas isso era explicado como sendo um sinal de um status superior: "o Senhor e a sua porção" (Dt 10:9 e 18:2). Não podemos esquecer que a razão por tras da dispersão dos levitas por toda a terra de Israel era a necessidade de servir nos santuarios locais. A situação dos levitas e bem descrita na alusão que a eles Iaz Deuteronômio: "em cada um dos acampamentos por todo o Israel" (18:6 e 16:11,14). 50 A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINICA Por outro lado, essa menção atesta a lembrança de que houve uma epoca em que existiam muitos lugares sagrados de culto em Israel, e que nesses lugares residiam sacerdotes e levitas. Ao que tudo indica, ao tempo de Davi e Salomão, os levitas vieram a se transIormar em oIiciais da corte, na epoca em que o proprio culto Ioi transIormado em um instrumento para aumentar a inIluência da Coroa e consolidar a unidade politica e social de todo o povo. O livro de Cronicas apresenta uma serie de relatos sobre o elevado status dos levitas no tempo de Davi, mesmo na administração do governo (I Cr 23 a 27). A estreita ligação entre Davi e os levitas e atestada não so pelo Iato de que os levitas se encontravam entre aqueles que Ioram a Hebrom transIerir o remado a Davi (I Cr 12:27), mas tambem pela lealdade que eles continuaram dedicando aos reis da dinastia davidica ate a destruição do Templo (II Cr 23:2-9; 18-19; 24:5-15; etc.). Pelos novos regulamentos reais, os levitas Ioram estabelecidos por todo o territorio recentemente expandido do pais, de modo que muitos estudiosos os consideram um braço do serviço civil da Monarquia Unida (baseado em I Cr 26:30-32). Eles Ioram colocados em localidades estrategicas e nas capitais provinciais de todo o pais, para administrar propriedades da coroa, cobrar impostos e Iortalecer as areas de Ironteira em que existiam populações pre dominantemente não-israelitas. A historia da migração dos levitas de Israel para Juda depois da divisão do reino reIlete uma situação historica veridica que e mencionada em #eis (I #s 12:31; 13:33; II Cr 11:13-17; 13:9-12). Alem dessas Iunções politico-administrativas, os levitas conservavam as suas Iunções eclesiasticas originais. De acordo com I Cronicas eles eram supervisores na Casa do Senhor (23:4), atuando como coristas, musicos, guardas das portas e guardas do limiar (9:14-33). Atuavam tambem como oIiciais, juizes, artesãos para os serviços do Templo, supervisores dos depositos e dos patios, e responsaveis pelos tesouros do Templo (I Cr 9:22,26-27; 23:4,28;etc.). Ao tempo de JosaIa, desenvolviam uma atividade especial como 51 DESMISTIFICANDO O DIZIMO disseminadores da Tora e como juizes nas cidades de Juda e em Jerusalem (II Cr 19:8,11). Tambem e possivel que os levitas tenham, no principio, ministrado em conjunto com os sacerdotes, pelo que se pode depreender de muitas passagens. Mais tarde, os sacerdotes Ioram indicados como supervisores sobre eles (I Cr 6:3-38; 23:27-32; etc.). Portanto, parece que a epoca do Primeiro Templo, a demarcação entre levitas e sacerdotes não estava claramente estabelecida e, por outro lado, mesmo entre os proprios levitas existia uma certa gradação de importância entre as varias Iamilias. A incorporação dos levitas ao sistema monarquico de Israel trouxe como consequência a separação de cidades nos territorios das diversas tribos, para servirem como area residencial dos levitas. De acordo com Numeros (35:1-8), os israelitas Ioram instruidos, quando ainda estavam nas planicies de Moab, a separar, para os levitas, 48 cidades com Iaixas de terra livre Iora de seus muros, distribuidas entre os territorios de cada tribo proporcionalmente ao tamanho de cada uma. As seis cidades de reIugio estão incluidas entre as 48. Em Josue 21, são citadas listas que aparentemente se originaram na mesma tradição, e a pesquisa corrente esta inclinada a ver nelas um reIlexo de uma situação que teria existido a epoca do Primeiro Templo. Uma variante da lista de Josue aparece em I Cr 6:39-66. Não existe contradição entre o principio de não ser dado territorio aos levitas e o Iato de serem alceadas cidades de residência para eles, uma vez que estas eram meramente areas residenciais e campos para os animais, sem area agricola produtiva nenhuma. Não podemos esquecer que os levitas não eram uma ordem monastica, mas uma tribo composta de Iamilias. As casas nas cidades leviticas eram consideradas substitutos para o territorio, e as leis do Jubileu eram aplicaveis a elas como se Iossem terras, ao contrario do que se Iazia com propriedades comuns dentro das cidades com muralhas. Essa adaptação dos levitas ao regime monarquico trouxe como consequência o Iato de que os sacerdotes se permitiram 52 A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINICA a si mesmos ter tambem propriedades agricolas produtivas (I #s 2:26; Jr 32:7-16; etc.)- O principio permaneceu valido por muitas gerações, de modo que ate mesmo Ezequiel, em sua visão proIetica, disse que no tempo Iuturo os levitas não mais estariam espalhados por todo o pais, mas reunidos em Jerusalem, prevendo para eles uma area territorial proxima ao Templo (Ez 45:4-5; 48:11-15). A epoca do retorno do exilio, as Ironteiras entre sacerdotes e levitas estavam Iirmemente estabelecidas. Os levitas ganharam um status honroso, e ate mesmo o seu pequeno numero em comparação ao dos sacerdotes (Ed 2:40-42) servia como razão para engrandecê-los aos olhos do povo. No tempo de Esdras e Neemias, era necessario trazer levitas a Jerusalem, do exilio e das cidades rurais, para auxiliar nos serviços do Templo, tão reduzido era o seu numero. Dessa epoca em diante, a divisão entre levitas e sacerdotes tornou-se algo permanente. A INSTITUIÇÄO DO DIZIMO NA TORA Podemos agora passar a estudar o dizimo em si mesmo, conservando em nossa memoria o Iato antes estabelecido: as primicias e os primogenitos são as verdadeiras "oIertas religiosas" instituidas na Lei. Para estudarmos corretamente a questão do dizimo, precisamos recordar inicialmente que os estudos criticos modernos 6 estabeleceram um Iato que não podemos esquecer: o Pentateuco e o resultado de um longo processo de Iusão e compilação de diversos documentos, que representariam tradições associadas as tribos do Norte e do Sul, diIerentes pela idade e pelo ambiente de origem. Qualquer que seja a opinião particular de cada um a esse respeito, e existem inIinitas divergências entre os especialistas, ao menos parece inegavel que o Pentateuco não e uma obra unica, escrita de uma so vez e por uma unica pessoa. Assim, e possivel observar dentro da Tora um movimento evolutivo, que na verdade não passa de um reIlexo do proprio processo 53 DESMIS%IFICAND DIZIM de crescimento e amadurecimento do povo de Israel. Em todo o caso "A Lei de Moises" tra:ida da Babilonia por Esdras parece representar todo o Pentateuco fa proximo de sua forma final. %eria avido primeiramente duas obras narrativas. o Javista (J que desde o relato da Criaçào usa o nome de ´lae´ com o qual Deus se revelou a Moises e o Eloista (E que designa Deus pelo nome comum de ´Eloim´, o Javista teria sido posto por escrito no seculo IX em Judà o Eloista um pouco mais tarde em Israel. Depois da ruina do Reino do Norte os dois documentos teriam sido reunidos em um so (JE e depois de Josias o Deuteronomio (D teria sido acrescentado a eles. Depois do Exilio o Codigo Sacerdotal (P que contina sobretudo leis com algumas narraçòes teria sido somado a essa compilaçào a qual serviu de arcabouço e de moldura. 7 Isso fica especialmente visivel na questào do di:imo pois podemos perceber ao longo da %ora a existência de três diferentes versòes para esse costume representadas por passagens em que ele e apresentado de formas diferentes diferenças essas que nào se resumem a detales mas a propria essência do que sefa a oferta e sua destinaçào. Como veremos mais tarde e possivel associar cada uma dessas etapas por que passou a instituiçào do di:imo com diferentes epocas da vida de Israel. Nào a lei sobre o di:imo na fonte mais antiga (JE do Pentateuco mas a sua visào do di:imo e revelada em Gn 4.20 (Abraào e Gn 28.20-22 (Jaco. Como fa foi indicado o di:imo nessas passagens e visto como um tributo para o templo real espontaneo e entendido de forma ampla. No restante ao longo de toda a %ora podemos observar um panorama similar ao que se pode depreender dos textos das fontes externas fa apresentado na primeira parte do Capitulo 2. 8 Certamente em funçào da evoluçào dessa doutrina da maneira que fà mencionamos teremos de levar em consideraçào as diferentes atitudes com relaçào ao di:imo nas di versas font es do Pentateuco assi m como o 4 A %RA - A %RADIÇÂ RABINICA desenvolvimento dessa instituiçào ao longo do periodo do Segundo %emplo. %odavia em geral a nature:a do di:imo e os modos de coleta-lo e gasta-lo sào bastante similares ao que se encontra nas fontes externas. A exemplo do que ocorria em outras culturas tambem as Escrituras informam que o di:imo era guardado nos arma:ens do %emplo. Isso pode ser lido em Ml 3.0, Ne 0.38-3, 2.44, 3.-3 e II Cr 3.4-0. As mesmas passagens nos dào informaçòes sobre os encarregados de arma:enar essas mercadorias e sobre o modo pelo qual os di:imos eram distribuidos entre o pessoal do %emplo (Ne 3.3. Alem disso a evidência de Ne 0.38 indicando os levitas como os coletores dos di:imos nas cidades das provincias confirma a regra geral segundo a qual os coletores eram recrutados entre o pessoal da administraçào do %emplo. A conversào dos di:imos dos produtos da terra em dineiro encontrada na Mesopotamia e tambem mencio- nada em Lv 27.3 e Dt 4.24-2 (embora com a diferença de que em Deuteronomio nào se e obrigado a pagar o quinto adicional do di:imo para a sua remissào. Da mesma forma a exemplo do que ocorria na Babilonia onde os coletores do di:imo eram eles proprios obrigados a pagar di:imos as disposiçòes da Lei obrigam os proprios levitas a dar de seus proprios rendimentos (Nm 8.2-2. O PRIMEIRO DIZIMO Na literatura sacerdotal (P encontramos leis sobre o di:imo em dois lugares. Lv 27.30-33 e Nm 8.20-24. No texto de Levitico lemos. Todos os dizimos da terra, tanto dos produtos da terra como dos Irutos das arvores, pertencem a lahweh; e coisa consagrada a lahweh. Se alguem quiser resgatar uma parte do seu dizimo, acrescentara um quinto do seu valor. Em todo dizimo de gado graudo ou miudo, a decima parte de tudo que passa sob o cajado do pastor e coisa consagrada a lahweh. Não se deve observar se ê bom ou mau e não se Iara substituição: DESMIS%IFICAND DIZIM se isto se der, tanto o animal consagrado como aquele que o substitui serão coisas consagradas, sem possibilidade de resgate. Por sua ve: o texto de Numeros di:, lahweh disse a Aarão: "Não teras herança alguma na terra deles e nenhuma parte havera para ti no meio deles. Eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos Iilhos de Israel. Eis que aos Iilhos de Levi dou por herança todos os dizimos arrecadados em Israel, em compensação pelos seus serviços, isto e, o serviço que Iazem na Tenda da #eunião. Os Iilhos de Israel não se aproximarão jamais da Tenda da #eunião: carregariam um pecado e morreriam, Levi Iara o serviço da Tenda da #eunião e os levitas levarão o peso das suas Ialtas. E estatuto perpetuo para as vossas gerações: os levitas não possuirão herança alguma no meio dos Iilhos de Israel, visto que são os dizimos que os Iilhos de Israel separam para lahweh, que eu dou por herança aos levitas. Eis por que lhes disse que não possuirão herança alguma no meio dos Iilhos de Israel." Em Levitico o di:imo e dado sobre "os produtos da terra" sobre "os frutos da arvore" e sobre "o gado graudo ou miudo" isto e os bois e as ovelas´ di:imo e "coisa consagrada a lae" e se alguem desefar resgatar o seu di:imo da terra ou dos frutos devera acrescentar mais um quinto, o di:imo dos rebanos nào pode ser remido. Nessas passagens o di:imo torna-se propriedade do Santuario o que tambem afuda a explicar por que o di:imo dos animais nào pode ser resgatado fa que eles sào considerados sacrificios em potencial. di:imo dos gràos e dos frutos e destinado principalmente para os sacerdotes e suas familias e isso explica o quinto adicional que tem de ser pago por alguem que desefar resgatar o seu di:imo. "ue as "ofertas para o Senor" sào a mesma coisa que "ofertas para o sacerdote" pode ser claramente dedu:ido daquelas passagens em que a frase le-YHWH e comple- mentada pela palavra la~kohen (Lv 23.20, Nm .8 e tambem dos versiculos nos quais explicitamente se di: que as ofertas tra:idas para o Senor pertencem aos sacerdotes (Nm 8.2-4. Na verdade todo o capitulo 27 de Levitico traia sobre 6 A %RA - A %RADIÇÂ RABINICA * coisas dedicadas ao tesouro do %emplo as quais incluem as doaçòes consagradas destinadas aos sacerdotes (cf. v.26. Por outro lado de acordo com a lei em Nm 8.20-32 o di:imo deve ser dado aos levitas os quais por sua ve: devem separar um decimo dos di:imos que eles recebem "para o Senor" isto e para os sacerdotes. Parece portanto que na literatura sacerdotal encontramos duas visòes distintas com relaçào ao di:imo pelo menos no que di: respeito a destinaçào que a ele se da. Como veremos mais tarde embora possam existir diversas explicaçòes para esse fato e possivel compreender essa diferença quando estudamos a realidade social istorica e politica de cada etapa da vida do povo de Deus. Com relaçào ao primeiro di:imo ensina o %almude que ele deve ser separado da parte que resta depois de terem sido retiradas as primicias na proporçào de 0 isto e na base de 2º do total. Assim calculado em relaçào ao total dos rendimentos o di:imo nào representa 0º mas apenas 8º. O SECUADO DIZIMO No Codigo Deuteronomico vamos encontrar uma segunda legislaçào acerca do di:imo radicalmente distinta da anterior. Lemos em Dt 4.22-27 o seguinte. Todos os anos separaras o dizimo de todo o produto de tua semeadura que o campo produzir, e diante de lahweh teu Deus, no lugar que ele houver escolhido para ai Iazer habitar o seu nome, comeras o dizimo do teu trigo, do teu vinho novo e do teu oleo, como tambem os primogenitos das tuas vacas e das tuas ovelhas, para que aprendas continuamente a temer a lahweh teu Deus. Caso o caminho seja longo demais para ti, e não possas levar o dizimo - porque o lugar que lahweh teu Deus escolheu para ai colocar o seu nome Iica muito longe de ti, quando lahweh teu Deus te houver abençoado, vende-o então,por dinheiro, toma o dinheiro em tua mão e vai para o lugar que lahweh teu Deus houver escolhido. Lã trocaras o dinheiro por tudo o que desejares: DESMISTIFICANDO O DIZIMO vacas ovelas vino bebida embriagante tudo enfim que te apetecer. Comeras la diante de lae teu Deus e te alegraras tu e a tua familia. "uanto ao levita que mora nas tuas cidades nào o abandonaras pois ele nào tem parte nem erança contigo. Vemos, portanto, que a lei do Deuteronômio prescreve a separação de um dizimo de grãos, vinho e azeite a cada ano, mas esse dizimo deve ser consumido pelo seu proprietario no lugar escolhido, isto e, no santuario central. Prevendo as diIiculdades que seriam encontradas por todos os judeus residentes longe de Jerusalem, a lei permite que o dizimo possa ser convertido em dinheiro, que devera ser gasto na reIeição Iestiva a ser Ieita no lugar escolhido. A esse respeito, o Talmude 10 instrui que devemos comprar "para comer o que habitualmente se come; para beber, o que habitualmente se bebe; para usar como unguento, o que habitualmente se usa como unguento. Mas não se pode comprar azeite perIumado". Essas palavras nos ensinam que essa reIeição Iestiva, na presença do Eterno e no local sagrado o Templo , deve ser especial, não propriamente pelo que se come ou se bebe, mas pelos conteudos eticos e espirituais que a ela estão associados. Da mesma Iorma, somos ensinados que o segundo dizimo não pode ser vendido, nem dado a outra pessoa como oIerta, nem trocado, nem usado para pesar outros produtos! E para prevenir que alguem tenha a tentação de guardar o dinheiro do segundo dizimo, ensina o Talmude que essa oIerta não pode ser trocada por metal não cunhado (por ex., barras de ouro), ou por moedas que não estejam em circulação. Com o dinheiro do segundo dizimo não se pode comprar escravos, nem terras, nem gado impuro. O que a tradição rabinica quer ensinar com essas restrições? Que nada deve nos desviar do cumprimento do que e estabelecido pela lei, de Iorma que a cada ano possamos repetir essa reIeição solene, plena de alegria e gratidão, realizada com simplicidade, porem com Iartura, na presença do nosso Deus, com o coração repleto de louvores ao Eterno. Ainda encontramos no mesmo tratado a orientação de 58 A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINICA que o segundo dizimo deve ser separado do que resta, depois de terem sido separadas as primicias e o primeiro dizimo. Portanto, em termos de percentual sobre o total dos rendimentos, o segundo dizimo representa apenas 8,82° do total. Maimônides ensina que somos proibidos de mudar a ordem das doações dos produtos; devemos separa-las de acordo com a ordem determinada. A explicação e a seguinte: quando, por exemplo, o trigo tiver sido debulhado e arrumado numa pilha uniIorme ... deve-se separar dele primeiro a grande OIerenda de Elevação (as Primicias) que e uma quinqua-gesima parte, e depois um decimo do que restar, que sera o primeiro dizimo, e Iinalmente um decimo do restante, que sera o segundo dizimo. A grande OIerenda de Elevação deve ser entregue ao "Cohen", o primeiro dizimo ao Levita e o segundo dizimo deve ser comido pelo seu proprietario, em Jerusalem. Esta e a ordem segundo a qual as doações devem ser separadas, e a proibição de separar primeiro o que deve ser separado por ultimo e retardar o que deve ser separado primeiro esta expressa em Suas palavras, enaltecido seja Ele, "Não tardaras em oIerecer da plenitude de tua colheita e do que sai das tuas prensas" (Ex 22:28), que e como se Ele tivesse dito: "Não demoraras em trazer, da plenitude de tua colheita e do que sai das tuas prensas, aquilo que deve ser oIerecido em primeiro lugar". 11 VeriIicamos, portanto, que essa lei do dizimo apresenta, de inicio, duas importantes modiIicações em relação a pratica do Codigo Sacerdotal. Em primeiro lugar, os dizimos reIerem-se somente a produção agricola, pois do gado e das ovelhas so se devem oIerecer os primogenitos. Em segundo lugar, a destinação dos dizimos e alterada de Iorma radical. Essa novidade, de comer o dizimo em vez de entrega-lo ao Santuario e seus ministros (como era a pratica anterior), pode ser explicada considerando-se o pano de Iundo geral da reIorma cultica que serve de base ao codigo legislativo do Deuteronômio, em especial os capitulos 12 a 19. Entretanto, 59 DESMBTIFICANDO O DIZIMO de modo a preservar essa velha instituição sagrada, o israelita e obrigado a observar o costume de por de lado um dizimo dos seus rendimentos, e a preservar a sua santidade comendo-o apenas no lugar sagrado, não permitindo que se tornasse impuro. O Codigo do Deuteronômio apresenta outros exemplos de evolução de uma legislação mais antiga, adaptada aos novos tempos. Assim, um desenvolvimento similar pode ser reconhecido com relação ã lei dos primogenitos (15:19-23). O codigo de leis mais antigo (JE) prescreve a entrega dos primogenitos "ao Senhor" (Êx 13:2,12,15; 22:29; 34:19), isto e, para o Santuario, como um sacriIicio (cI. Êx 13:15), enquanto o codigo sacerdotal (P) determina que ele deve ser dado ao sacerdote, que oIerece o sangue e a gordura no altar, mas conserva para si mesmo a carne (Nm 18:17-18). Ja o codigo do Deuteronômio prescreve que os primogenitos devem ser comidos pelo seu proprietario, no lugar escolhido (15:19-23), mas admoesta que não se deve violar a sacralidade daqueles animais antes de trazê-los ao lugar escolhido. Um deslocamento gradual da instituição, que caminha do sagrado para o secular, pode ser observado aqui, a exemplo do desenvolvimento semelhante do dizimo. E interessante notar que o Codigo do Deuteronômio, ao transIormar o dizimo de uma oIerta consagrada em uma reIeição ritual, caminha em uma direção que e antiga, pois na verdade esta adotando para o dizimo um modelo que ja existia para o ritual da Pascoa. E isso nos traz a memoria o extraordinario signiIicado que se pode associar a uma reunião Iestiva como esta, em que uma Iamilia se junta a volta de urna mesa para compartilhar a comida e as alegrias. Talvez não exista nada mais poderoso como veiculo de educação. Julgo que muito se perde hoje em dia em não se adotar mais esse modelo de comemoração, principalmente quando sabemos as enormes pressões desagregadoras que a moderna sociedade industrial exerce sobre a Iamilia, alem da pobreza de oportunidades carregadas de simbolismo e espiritualidade que temos ao nosso dispor para transmitir aos nossos Iilhos 60 A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINICA as noções elementares da Ie. A respeito do segundo dizimo, Maimônides 12 ensina que pela Tora ele e obrigatorio apenas com relação aos produtos da Terra de Israel, e deve ser comido apenas durante a existência do Santuario, pois ela compara o ato de comer o segundo dizimo aos primogenitos: assim como os primo- genitos podem ser comidos apenas durante a existência do Santuario, o segundo dizimo tambem so pode ser comido durante a existência do Santuario. O DIZIMO DO POBRE O Codigo do Deuteronômio ainda nos reserva mais uma surpresa. Lemos em Dt 14:28-29: cada três anos tomaras o di:imo da tua coleita no terceiro ano e o colocaras em tuas portas. Jira entào o levita (pois ele nào tem parte nem erança contigo o estrangeiro o orfào e a viuva que vivem nas tuas cidades e eles comerào e se saciarào. Deste modo lae teu Deus te abençoara em todo trabalo que a tua mào reali:ar. Portanto, no terceiro ano, e novamente três anos depois, isto e, no sexto ano do ciclo de Shabbat, o dizimo deve ser deixado na comunidade local, em beneIicio do levita, que não tem terra propria, e do estrangeiro, do orIão e da viuva, que são os prototipos das "pessoas miseraveis", que a sorte e as condições sociais empurraram para uma vida de carências e aIlições. Não devemos esquecer que na literatura proIetica encontramos Irequentemente alusões a essas pessoas, ern passagens que nos obrigam a ver nelas o exemplo perIeito do proximo que deve ser amado e respeitado. Da mesma Iorma, veriIicamos que essa lei reIlete mudanças proIundas na estrutura social de Israel, ja que aqui encontramos o levita não mais como o servidor privilegiado do Templo, mas associado as pessoas carentes e socialmente rebaixadas, que necessitam da atenção dos seus semelhantes para poder sobreviver. Certamente alguma coisa deve ter ocorrido. Ainda assim, essa evolução da instituição do dizimo 61 DESMISTIFICANDO O DIZIMO permite a conservação de uma outra antiga caracteristica da oIerta, que e a sua destinação para o levita. Esse ano e chamado "o ano do dizimo" (26:12), o que parece ser uma Iorma de preservar a velha noção da ligação entre o dizimo e o levita. Alem disso, o "dizimo do pobre" vem acompanhado de duas outras caracteristicas notaveis. Em primeiro lugar, observemos as palavras Iinais dessa lei, que dizem: "deste modo lahweh teu Deus te abençoara em todo o trabalho que a tua mão realizar". Portanto, diIerentemente das demais leis sobre o assunto que ja estudamos, essa lei do "dizimo do pobre" e a unica que vem acompanhada de uma bênção! E em segundo lugar, ela vem acompanhada tambem de uma "declaração do dizimo", que em alguns pontos guarda semelhanças com a declaração das primicias. Lemos em Dt 26:12-15: No terceiro ano o ano dos di:imos quando tiveres acabado de separar todo o di:imo da tua coleita e o tiveres dado ao levita ao estrangeiro ao orfào e a viuva para que comam e fiquem saciados em tuas cidades tu diras diante de lae teu Deus. "%irei da mina casa o que estava consagrado e o dei ao levita ao estrangeiro ao orfào e a viuva conforme todos os mandamentos que me ordenaste. Nào transgredi nem me esqueci dos teus mandamentos. Dele nada comi durante o meu luto e estando eu impuro dele nada tirei e dele nada ofereci por um morto.bedeci a vo: de lae meu Deus e agi conforme tudo o que me ordenaste. Inclina-te da tua morada santa do ceu e abençoa o teu povo Israel como tambem o solo que nos deste conforme furaste aos nossos pais uma terra onde mana leite e mel." Podemos observar que a declaração e um alerta para que o dizimo não seja proIanado, conservando assim toda a sacralidade de que estava revestido desde o inicio, e que não deve ser perdida apesar da nova destinação que lhe e dada. Não bastassem essas palavras, lembremo-nos do que esta escrito: "Maldito seja aquele que perverte o direito do estrangeiro, do orIão e da viuva! E todo o povo dira: Amem!" (Dt 27:19). 62 A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINICA ~ Pode-se dizer que esse tipo de dizimo instituido por Deuteronômio e unico e sem precedentes. Enquanto que o dizimo e sempre uma taxa ou oIerta para a manutenção de urn culto, de um templo e de seus Iuncionarios, aqui ele e simplesmente uma contribuição Iilantropica. Podemos supor, portanto, que as Iontes de manutenção do santuario central que ainda restavam nessa epoca eram suIicientes, mesmo sem o dizimo que deixa de exercer a sua tradicional Iunção. Por outro lado, mais uma vez somos autorizados a imaginar que outras transIormações ocorreram no seio da sociedade israelita, das quais esta singular legislação e um reIlexo direto. A T#ADIÇÃO #ABINICA Embora a Iinalidade do dizimo e as suas caracteristicas em cada um dos textos antes discutidos estejam muito claras, serios problemas do ponto de vista devocional e religioso complicam a questão. Sem qualquer duvida, desde os tempos de Esdras toda a literatura do Pentateuco era considerada como uma unidade total (a "Lei de Moises"), e ninguem tinha duvida de que as pessoas deviam obedecer a Tora como um todo. Por isso, as diversas atitudes em relação ao dizimo espelhadas nas diIerentes Iontes, e em especial no codigo sacerdotal por um lado e no codigo deuteronômico do outro, tinham de ser combinadas, e as contradições harmonizadas. Assim, os dois tipos de dizimo antes estudados, "o primeiro dizimo"(ma´aser ri´som e "o segundo dizimo" (ma´aser seni são o resultado do conIlito entre Nm 18:21-32 e Dt 14:22-29. De acordo com as prescrições sacerdotais, o dizimo deve ser dado aos levitas, ao passo que de acordo com o codigo deuteronômico, ele deve em parte ser consumido pelo proprietario no santuario central e em parte entregue aos necessitados. Os rabinos, partindo do pressuposto de que ambas as leis são de origem mosaica e, portanto, igualmente obrigatorias, interpretaram-nas como exprimindo dois diIerentes tributos: 63 DESMISTIFICANDO O DIZIMO um para ser entregue ao levita "o primeiro dizimo" e o outro/ que devia ser trazido a Jerusalem e consumido ali "o segundo dizimo". Teoricamente, essa e uma excelente solução. Contudo, do ponto de vista pratico, a implementação dessas leis era quase impossivel. De um lado, a cobrança de 20° dos rendimentos era elevada demais, enquanto que, por outro lado, um problema muito mais serio era a destinação do dizimo. Existiam bem poucos levitas no periodo do Segundo Templo em contraste com a situação durante o periodo monarquico e portanto o dizimo era automaticamente desviado para os sacerdotes. Como esse procedimento não estava de acordo com a Lei, desenvolveram então todo tipo de explicação para contornar essa anomalia legal. De acordo com uma explicação comum, Esdras havia punido os levitas porque eles não haviam retornado de Babilonia para Jerusalem, e havia destinado os dizimos aos sacerdotes. Existiram outras soluções harmo-nizadoras, como por exemplo, dizer que os sacerdotes são tambem levitas, pois eles tambem são descendentes da tribo de Levi. Mas por razões economicas obvias, poucas pessoas observavam as leis dos dizimos de Iorma correta, de modo que as pessoas comuns eram sempre suspeitas de não terem separado totalmente a porção sagrada dos seus rendimentos. Nessa epoca, quem quisesse ser considerado um observador consciencioso da Lei não poderia deixar de dizimar primeiro; a pratica do dizimo passou a ser sinal externo de ortodoxia Iormal. Essa situação criou uma porção de problemas, cujos aspectos legais são extensivamente abordados em um tratado especial do Talmude chamado Demai. Podemos dizer, portanto, que a tradição rabinica, consolidada no Talmude, procurou sistematizar a pratica das leis do dizimo existentes na Tora, conciliando os diversos enIoques contraditorios que elas apresentam, regula- mentando de Iorma minuciosa cada aspecto da questão, de Iorma a deixar o minimo de espaço possivel para conIlitos. Assim, segundo Maimônides/ 3 podemos distinguir com 64 A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINICA ·» relação ao dizimo a existência de cinco preceitos positivos, isto e, coisas que devem ser Ieitas: i) dar o primeiro dizimo; ii) dar o segundo dizimo; iii) dar o dizimo do homem pobre; iv) dar o dizimo do gado; v) dizer a declaração do dizimo. Da mesma Iorma, podemos reconhecer a existência de oito preceitos negativos, isto e, coisas que não se devem Iazer: i) não comer o segundo dizimo de cereais não remido Iora de Jerusalem; ii) não consumir o segundo dizimo de vinho não remido Iora de Jerusalem; iii) não comer o segundo dizimo de azeite não remido Iora de Jerusalem; iv) não comer o segundo dizimo impuro não remido, nem mesmo em Jerusalem; v) não comer o segundo dizimo durante o periodo de luto; vi) não vender o dizimo do gado; vii) não gastar o dinheiro do resgate do segundo dizimo a não ser com comida e bebida; viii) não alterar a ordem prescrita para separar o dizimo da colheita. A violação de qualquer um dos quatro primeiros preceitos negativos era passivel de ser punida com o açoitamento publico. A contrapartida desse processo rabinico para harmonizar e disciplinar a questão do dizimo Ioi o desenvolvimento de toda uma cultura legalista em torno desse assunto, repleta de hipocrisia, que na pratica levou a perda das mais importantes caracteristicas do dizimo, indicadas tanto nas Iontes sacerdotais quanto no codigo deuteronômico; a alegria, a espontaneidade, a presença de Deus na vida, etc. Devemos estar conscientes desse Iato, se quisermos 65 DESMISTIFICANDO O DIZIMO interpretar de Iorma correta as passagens acerca do dizimo encontradas nos Evangelhos. UMA C#ITICA HIST#ICA Para encerrar esta avaliação do dizimo na Tora e na tradição rabinica, precisamos proceder a uma critica historica dos textos estudados, procurando relacionar as leis que ali encontramos com as realidades sociais, politicas e religiosas de cada um dos periodos da historia de Israel, que inIluenciaram o desenvolvimento da religião judaica e a Iormulação das leis da Tora. Talvez esse tipo de procedimento critico não seja visto com bons olhos por muitas pessoas, pois de alguma Iorma ele parece sugerir que a autoridade das Escrituras e rebaixada, e posta em duvida a inspiração divina dos textos. Todavia, creio que Deus não Iala a seu povo "no vazio", de uma Iorma desvinculada da realidade social. Muito pelo contrario, toda a mensagem do Antigo Testamento e proIundamente contextualizada, e em especial cada pagina dos proIetas e uma eloquente demonstração dessa verdade, de tal modo que homens como Amos, em muitos aspectos, são bem parecidos com os modernos "revolucionarios" que encon- tramos a Irente de movimentos contestatorios pelos direitos civis, pelos direitos das minorias, ou pelas liberdades basicas do ser humano. Assim, devemos reconhecer de inicio uma etapa bastante antiga, ligada as Iontes JE, onde os dizimos são mais tributos reais do que contribuições religiosas. As duas tradições sugerem rumos diIerentes entre o Norte e o Sul; a instituição de se coletar dizimos na capela real de Betei, no reino do Norte, e vinculada a Jaco, o heroi ancestral por excelência das tribos do norte, enquanto que a instituição da cobrança do dizimo no santuario real de Jerusalem e remontada a Abraão, cujas tradições são vinculadas principalmente ao Sul. Nessa Iase, segundo os textos indicam, o dizimo reveste- 66 A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINICA se de uma espontaneidade total, não sendo regulado em qualquer de seus aspectos. Parece ser algo votivo, a exemplo da atitude de Jaco. Tambem parece incidir de uma Iorma ampla sobre todas as atividades humanas, não se restrin- gindo apenas a cereais, Irutos e gado. No que diz respeito a destinaçao que se da aos dizimos, tudo indica que eram usados pelos sacerdotes, e no sustento das atividades dos santuarios reais. Uma segunda etapa aparece bem delineada quando chegamos a monarquia unica, especialmente ao tempo de Davi e Salomão. Essa etapa deve ter se iniciado logo apos a ocupação da terra de Israel, e a visão do dizimo que lhe corresponde e a visão do codigo sacerdotal (P), Como ja vimos, temos duas atitudes distintas nesse codigo. De acordo com o extrato incorporado em Lv 27, que na verdade e um apêndice ao Codigo de Santidade (que antecede cronologicamente o codigo sacerdotal), o dizimo e considerado como propriedade do Santuario e do sacerdocio. De acordo com o extrato mais tardio de Nm 18:21-32, o dizimo e dado aos levitas, que eram a classe não-oIiciante dos Iuncionarios do templo. Não sabemos exatamente o que causou essa mudança. Alguns especialistas entendem que o dizimo dado aos levitas e ligado as cidades leviticas que lhes Ioram doadas na terra conquistada pelos israelitas. Como sabemos agora, as cidades leviticas reIletem mais propriamente o periodo davidico: algumas das cidades alistadas não Ioram ocupadas senão ao tempo de Davi e, por outro lado, essa listagem pressupõe Ironteiras geograIicas que não podem ser imaginadas no periodo pos-salomônico. De acordo com estudos modernos de diversos pesqui- sadores, muitas dessas cidades eram IortiIicadas, e ali estavam localizados os silos e depositos reais, mantidos sob a supervisão dos levitas. Como o dizimo na sua Iorma original era uma taxa associada tanto com o palacio quanto com o templo, e razoavel admitir que essas cidades, contadas como cidades com santuarios (cI. Nm 35:9-34), serviam de 67 DESMISTIFICANDO O PIZIMO depositos para os dizimos. Como veriIicamos anteriormente, a pratica de entregar uma cidade junto com os seus dizimos a um dedicado e lea' oIicial do rei e conhecida desde Ugarit, o que ajuda a conIirmar que Davi doou aos levitas as cidades com os seus dizimos- Tudo indica que os levitas eram os leais Iuncionarios e representantes do rei, especialmente nas areas recem ocupadas e nas Ironteiras (I Cr 23-26, em especial 26:20-32), e que portanto Ioram encarregados de supervisionar a coleta dos dizimos e a sua guarda. Parece que o dizimo dado aos levitas não se destinava apenas ao seu consumo pessoal, mas era principalmente destinado a manutenção dessas cidades reais com santuarios e depositos. Por outro lado, o dizimo dos dizimos, dado pelos levitas aos sacerdotes, era necessario para a manutenção do grande Templo em Jerusalem. Podemos resumir esta etapa, dizendo que no inicio os dizimos destinavam-se aos sacerdotes, conservando a sua dupla identidade de tributo politico e oIerta religiosa, passando posteriormente para os levitas, a medida que esses homens assumiam uma maior quantidade de Iunções administrativas e religiosas, atuando tanto como represen- tantes e leais oIiciais do rei, quanto como representantes dos sacerdotes e do Templo central em Jerusalem. Devemos encarar os levitas, portanto, como uma especie de "burocracia politico-religiosa", a serviço tanto do Templo quanto do Palacio. Como ja vimos anteriormente, não devemos estranhar essa intima associação entre o sagrado e o politico, não apenas por que Israel e um estado teocratico, mas tambem porque a propria Tora e um todo unico, onde não se distinguem leis "religiosas" de leis "sociais" ou ''civis", mas todas as leis estão intimamente associadas mediante o Iio condutor comum a todas elas, que e o "principio da santidade". 14 De qualquer Iorma, o proprio texto biblico pode nos ajudar a estabelecer esse aspecto da questão»- Isso e eIetivamente Atestado em II Cr 31:4-21, onde lemos que Ezequias organiza a coleta e armazenagem dos tributos, 68 A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINIC A incluidos ai os dizimos. Da mesma Iorma, ja no retorno do Exilio, Neemias ira adotar uma organização semelhante (cI. Ne 10:38; 12:44-47; 13:5-12). Um outro exemplo dessa associação entre o dizimo sagrado e o dizimo real pode ser encontrado em I Sm 8:15, onde e dito que o rei dara aos seus servos o dizimo (grãos e vinho) recebido da população. Do que esta exposto acima, pode parecer que o dizimo seja um tributo obrigatorio. Todavia, devemos lembrar que Amos menciona o dizimo dentro de um contexto de oIertas voluntarias (cI. Am 4:4-5), e que a lei dos dizimos no Lv 27 aparece em um capitulo que trata de oIertas sagradas voluntarias de diversas naturezas. Por outro lado, a lei de Nm 18 e, nesse aspecto, menos conclusiva; aqui se tem a impressão geral de que o dizimo era uma oIerta obrigatoria, pois ele ocorre lado a lado com as primicias e os primogenitos que são obrigatorios (18:12-32). Podemos concluir dizendo que ha evidências para supor que o dizimo, cujo proposito principal era a manutenção do Templo e dos seus Iuncio- narios, Ioi estabelecido tanto como uma taxa obrigatoria, quanto como uma oIerta voluntaria. A reIorma empreendida ao tempo de Josias, da qual resulta em larga medida o Codigo do Deuteronômio, e não apenas ampla, mas tambem bastante revolucionaria. Algumas de suas principais caracteristicas prendem-se a extinção dos diversos lugares de culto que sempre tinham existido em todo o pais, desde a epoca da conquista da terra de Canaã. O texto de Dt 12:4-7 e bastante claro: Em relaçào a lae vosso Deus nào agireis desse modo. Pelo contrario. busca-lo-eis somente no lugar que lae vosso Deus ouver escolido dentre todas as vossas tribos para ai colocar o seu nome e ai Ja:ê-lo abitar. Levareis para la vossos olocaustos e vossos sacrificios vossos di:imos e os dons das vossas màos vossos sacrificios votivos e vossos sacrificios espontaneos os primogenitos das vossas vacas e das vossas ovelas. E comereis là diante de lae vosso Deus alegrando-vos com todo o empreendimento da vossa mào vos e vossas familias com o que lae teu Deus te ouver abençoado. 69 DESMISTIFICANDO O DIZIMO Essa lei, que se tornara Iundamental para a religião de Israel, no mesmo espirito que os proIetas, procura deIender o culto ao Senhor de qualquer contaminação dos cultos cananeus, ordenando a destruição dos lugares altos dessas religiões e estabelecendo um so lugar para a adoração a lahweh. A Iormula ''lugar que Deus houver escolhido para ai colocar o seu nome", ou "para ai Iazer habitar o seu nome", ou "para ai lembrar o seu nome", em si, podia designar todo lugar em que Deus tenha se maniIestado e onde o culto estava assim legitimado pelo proprio Deus. Durante muito tempo ela Ioi compreendida assim, e o culto a lahweh era prat icado em numerosos santuarios. Porem, em Deuteronômio, essa Iormula designa exclusivamente Jerusalem. Essa lei de unicidade do santuario sera um dos pontos principais da reIorma de Josias (II #s 23). Dessa maneira, os levitas que participam eIetivamente no Templo são concentrados apenas em Jerusalem, e e Iacil perceber que as necessidades do culto exigem agora um numero bem menor deles. Como consequência, a maioria continua dispersa por todo o teritorio, mas sem contar agora com o status privilegiado que tinha na epoca aurea da monarquia unida. Depois da abolição dos santuarios provinciais, localizados nas cidades dos levitas, e da proibição de rituais e atuação dos oIiciantes nessas cidades, não havia mais necessidade dos dizimos, que eram destinados a manutenção dessas instituições. Desse modo, e Iacil perceber que o volume dos dizimos passou a ser maior do que o necessario, podendo ser essa oIerta redirecionada para outras Iinalidades. Uma interes- sante medida da seriedade com que as reIormas Ioram encaradas ao tempo de Josias e veriIicar que o Codigo do Deuteronômio não so aIastara o dizimo do seu proposito original, mas o transIormara em uma oIerta obrigatoria, destinada agora aos pobres e aos destituidos, entre eles o levita em sua nova condição. Uma pesquisa interessante seria investigar por que tão poucos levitas retornaram do exilio, preIerindo permanecer A TO#A - A T#ADIÇÃO #ABINICA na Diaspora, onde talvez estivessem encontrando melhores condições de vida. Mas, pode-se perguntar: Iazendo o quê? Creio que os levitas eram os unicos em Israel a reunir habilidades administrativas, a ter Iamiliaridade com negocios e operações Iinanceiras, a compreender o Iuncionamento de uma estrutura burocratica. Estavam, portanto, aptos a enIrentar a vida urbana e as perspectivas associadas a uma cultura mercantil. No retorno do exilio, com a construção do Segundo Templo sob Neemias e Esdras, o numero de levitas era muito pequeno, comparado ao numero dos sacerdotes que o excedia em larga proporção. Assim, não e diIicil perceber por que nessa epoca os dizimos passaram a ser entregues aos sacerdotes, e não mais a minoria tão reduzida dos levitas. Portanto, no periodo do Segundo Templo, persistiu um relaxamento generalizado no cumprimento da obrigação de pagar os dizimos, em parte devido ao justiIicado sentimento de que a entrega dos dizimos aos levitas não correspondia a realidade dos textos da Tora, e em parte em Iunção do ambiente renovado e contestador desse periodo de restauração nacional do povo judeu. No inicio do periodo do Segundo Templo, o dizimo era considerado indispensavel para a manutenção do Santuario e de seus oIiciais, de modo que nessa epoca o carater obrigatorio do dizimo e ressaltado de uma Iorma bem enIatica, recuperando assim as conotações que ele tinha na epoca sacerdotal. Portanto, não devemos estranhar Malaquias exortando o povo a trazer "todo o dizimo a casa do tesouro" de modo que haja comida na casa do Senhor (3:10). Da mesma Iorma, Neemias permaneceu atento, de modo que o povo entregasse os seus dizimos aos levitas e não negligenciasse o seu dever (Ne 10:38; 12:44; 13:10-13). Por tras das palavras de Malaquias podemos perceber a existência de um conIlito entre os que retornaram do exilio. O Iato de que a religião judaica havia sido eIetivamente .moralizada durante o exilio, com a completa eliminação da idolatria, Iez com que muitos começassem a questionar não 71 DESMISTIFICANDO O DIZIMO so o merito do Templo e de seus rituais, mas todas as ordenanças religiosas de um modo geral. Contra essas vozes levantaram-se com Iirmeza os proIetas desse periodo (Zacarias, Ageu, Malaquias), deIendendo o Templo como expressão maior da nação e centro aglutinador por excelência dos judeus. Embora eles reconhecessem a eIetiva moralização da vida religiosa, ainda assim pregavam a necessidade de manter Iormas exteriores e visiveis de culto, capazes de despertar energias espirituais que, bem disciplinadas, poderiam contribuir para elevar ainda mais a ordem social, moral e economica de toda a nação. . A TORA - O SENTÌDO DOS TEXTOS Notas 1 Tratado Bikkurim da Misna. In: Abraham J. Weiss (ed.). El %almude de Babilonia. Buenos Aires: Acervo Cultural, 1970. 2 Ibid. 3 Ibid-, Tratado Terumot da Misna. 4 Moshe Ben Maimon. Os 623 Mandamentos (%ariag Ra-Mit:vot. Trad. Giuseppe Nahaissi. São Paulo: Nova Stella, 1990. p. 136. 5 O resumo que se segue sobre a tribo de Lê vi esta largamente baseado nas inIormações disponiveis na Enciclopaedia Judaica. Jerusalem: Keter, 1971. 6 Yehezkel KauItnann. A religiào de Israel. São Paulo: Perspectiva, 1989. (Coleção Estudos, v. 114). 7 CI. a Introdução ao Pentateuco da Biblia de Jerusalem. São Paxilo: Paulinas, 1981. 8 Veja a seção "O Oriente Proximo Antigo" do cap. 2 (p. 19). CI. El %almude da Babilonia Tratado Maaserot da Misna. 10 CI. El %almude da Babilonia Tratado Maaser Sheni da Misna. 11 CI. comentario ao Preceito Negativo 154, em Moshe Ben Maimon, op.cit, 12 CI. Moshe Ben Maimon, op. cit. 13 Ibid. 14 CI. Isadore Epsiein. Judaism. London: Penguin, 1959. 72 INTRODUÇÄO E quase um chavão entre os cristãos reIerir-se a Lei Mosaica como sendo estritamente legalista e Iormal, não apenas na questão da contribuição e do dizimo, mas em todos os aspectos. Temos o habito de pensar no Antigo Testamento como sendo um "Codigo Legal", comparando-o ao Novo Testamento, que encaramos como um "meio de vida eterna", um "Codigo de Graça". Em um dos estudos pesquisados, o autor declara que "o Cristianismo e superior ao Judaismo", e mais adiante da um exemplo do que seja essa superioridade: "Os cristãos substituiram a guarda cerimonial e exterior do sabado pela observância alegre e espiritual do primeiro dia da semana." 1 Essa curta Irase encerra toda uma otica que esta proIundamente entranhada nos cristãos em geral. E uma otica que deIorma os dados concretos que estão a nossa Irente, com o objetivo de mostrar a nos mesmos que somos sempre melhores do que os outros, em tudo e em todos os momentos, especialmente quando o "homem interior" começa a nos incomodar, sugerindo que talvez não seja bem assim! No caso, sabemos que a Igreja primitiva continuou a guardar o sabado regularmente, celebrando apenas a Comunhão no domingo, com Iorte ênIase na #essurreição e não sobre a Paixão, e que so abandonou essa pratica perto da adoção por Constantino, quando começou a se aIastar DESMISTIFICANDO O DIZIMO ». de suas origens judaicas. De outra parte, quem sabe o que e o sabbat judaico jamais teria a coragem de Iazer tal aIirmação, e de qualquer Iorma basta Irequentar as nossas igrejas para perceber que nem sempre e nem todos observam o domingo da Iorma ideal. Posso mesmo dizer, sem medo de errar, que a nossa pratica em relação ao domingo e hoje de qualidade muito inIerior ao que o texto biblico nos pede, e esta muito longe de ter os conteudos espirituais do sabbat judaico. Em resumo, estamos cheios de preconceitos com relação a Lei e ao Antigo Testamento. E esses preconceitos nos impedem de ver e entender o que os textos realmente querem dizer. Legalismo e hipocrisia existem em qualquer pratica humana, quanto mais nas praticas religiosas! E devemos ser absolutamente honestos e reconhecer que essas palavras aplicam-se a nos com a mesma justeza com que se aplicavam ao povo de Israel: "ue me importam os vossos inumeros sacrificios? ... Estou farto ... %irai da mina vista as vossas mas açòes' Cessai de praticar o mal aprendei afa:er o bem' Buscai o direito corrigi o opressor' Fa:ei fustiça ao orfào defendei a causa da viuva' Entào sim poderemos discutir di: lae . . . Se estiverdes dispostos a ouvir comereis o fruto precioso da terra (Is 1:10-20). Pode-se ver, portanto, que o velho conceito proIetico do "coração quebrantado", trabalhado poeticamente de Iorma magistral por Davi no extraordinario Salmo 51, continua a ser o verdadeiro parâmetro que deve servir de base a qualquer avaliação de um procedimento religioso. E com esses olhos e esse coração que devemos interpretar os textos da Tora, pois ela não e apenas o livro sagrado do Judaismo, mas acima de tudo a Palavra de Deus, dirigida ao seu povo em determinada epoca, e como tudo que e divino, ela e pura, santa e perIeita. Por isso, o sentido daquilo que ela nos diz permanece para sempre. Qual e o sentido ultimo dos textos da Lei acerca do dizimo? E o que buscaremos neste capitulo de nosso estudo. Mas, antes de Iazê-lo, e necessario esquecer mais um preconceito com A TO#A O SENTIDO DOS TEXTOS relação a Lei mosaica. O mesmo autor ja citado diz o seguinte: Devemos Iazer distinção entre lei cerimonial e lei moral. A lei cerimonial Iicou circunscrita ao Velho Testamento. #eIeria-se a costumes proprios do povo de Israel, sobre alimentação, etc. Não temos nenhuma obrigação, hoje, para com essa lei. Ha, porem, a lei moral. Essa permanece. Os dez mandamentos, por exemplo.... Assim tambem acontece com o dizimo. Ele pertence a lei moral de propriedade. 2 Essa maneira de olhar a Lei e muito perigosa, pois mais ajuda a ocultar os signiIicados corretos das coisas do que a descobri-los. Qualquer mestre judeu, todos os grandes rabinos sem exceção, e os sabios do povo, sempre ensinaram que a¸Lei e um todo unico, assentada sobre o "principio da santidade", que uniIica todas as coisas, e transIorma a Lei em um "treinamento para a santidade". Praticando a Lei, o povo de Israel seria santo, a exemplo do Eterno que tambem e santo. No entanto, mesmo que se queira separar uma lei da outra e agrupa-las de uma Iorma Iuncional, jamais as leis do dizimo seriam incluidas entre as leis morais, o que e simplesmente absurdo. Da mesma Iorma, não podem ser incluidas entre as leis civis sobre a propriedade. Corretamente, elas se enquadram nas leis sobre as oIertas ligadas a agricultura. Por essa razão, todas as reIerências talmudicas sobre o dizimo são encontradas na primeira ordem da Misna a de Zeraim. Essa palavra hebraica signiIica "sementes". Da mesma Iorma, de nada adianta tentar entender o dizimo como algo independente da Lei e anterior a ela, assumindo que o dizimo Ioi tão somente incorporado a Tora por se tratar de um arraigado costume nacional judaico. Um dos autores pesquisados assim exprime esse ponto de vista: "O dizimo aparece na Lei. Existia antes dela e antes mesmo de existirem os judeus, por isso mesmo não esta atrelado a ela." 3 Ora, embora o padrão do dizimo na Lei seja bastante parecido com os padrões vigentes nas culturas da area, nem por isso esse tipo de raciocinio tem alguma validade. A DESMISTIFICANDO O DIZIMO incorporação do dizimo na Lei Mosaica coloca sobre ele um valor religioso que jamais teria se tivesse permanecido a margem da Lei, como mero costume judaico. Não podemos esquecer as alterações que a Lei imprimiu sobre o padrão cultural que o dizimo exibia ate então, ao impregna-lo de conceitos que lhe são tipicos, como a santidade, a alegria, a reIeição cultual, etc. Alem disso, esse tipo de argumentação e extremamente perigoso, pois sugere que a Lei não passa de uma coleção das tradições ja existentes e bem estabelecidas nas tribos que Iormaram o povo de Israel, sancionadas no âmbito coletivo com base em uma autoridade religiosa. Na verdade, a Lei que Deus deu ao seu povo e exatamente o oposto disso, pois ela estabelece padrões de vida e de comportamento etico e moral que estão radical e visceralmente ern oposição aquilo que existia na epoca. A Tora e um constante desaIio as regras estabelecidas, e uma luta sem treguas contra instituições seculares das culturas mesopotâmicas, entre elas a idolatria, a Ieitiçaria, a violência, a imoralidade, a prostituição, etc. PRESSUPOSTOS DO DIZIMO Todas as leis particulares sobre o dizimo que encontramos na Tora deixam perceber que existem apenas dois pressupostos por tras delas. O primeiro e o Iundamental, pois e encontrado desde os textos mais antigos, e reaparece com toda a Iorça nos textos mais recentes. O outro e secundario, e aparece apenas nos textos que estão ligados a uma certa epoca na vida do povo. O pressuposto Iundamental e que o dizimo deve ser dado por quem compreende que o Eterno esta por tras de todas as coisas, e que e pela sua misericordia e providência que o nosso proprio trabalho e abençoado e IrutiIica. Como ja dissemos atras; Deus esta "nos começos" de todas as coisas. Podemos perceber esse proposito do dizimo, com toda a clareza, nos textos que nos Ialam de Abel, de Abraão, de Jaco, e acima de tudo, nas palavras basicas da "declaração do dizimo". 76 A TO#AO SENTIDO DOS TEXTOS Esse pressuposto Iundamental não pertence ao dizimo de per si, mas e claramente "emprestado" daquelas que são as "oIertas religiosas por excelência" dentro do sistema da Lei Mosaica: as primicias e os primogenitos. Assim, a "declaração das primicias" e o verdadeiro estatuto de Iundo religioso que permite entender o que são essas oIertas. O pressuposto secundario e que o dizimo existe para sustentar uma estrutura clerical os levitas e os sacerdotes. A propria Tora se encarrega de mostrar por que esse pressuposto e apenas secundario, e não o principal: quando a estrutura clerical e substancialmente reduzida, o dizimo volta a ser motivado apenas por suas razões basicas, e por isso o Deuteronômio estipula que ele deve ser comido ritualmente ou entregue a quem dele necessita. Assim, podemos dizer que o dizimo na Tora e uma demonstração de gratidão, e o reconhecimento da nossa dependência do Eterno, não so naquilo que hoje chamamos de "coisas espirituais", mas ate mesmo naquelas coisas que na aparência nada têm de conteudo religioso, como o trabalho, a terra, a produção, etc. #econhecemos, portanto, um Iorte sentido de unicidade com relação a vida humana e social, que e encarada a partir de um unico ponto de vista: o sagrado. ,OS VALORES ASSOCIADOS AO DIZIMO Alguns valores estão sempre associados ao dizimo, embora em algumas passagens apenas um deles se destaque. Podemos dizer que existe uma "sindrome de valores" associada a instituição do dizimo. Para compreendermos melhor essa associação entre o dizimo e a estrutura de valores que esta por tras da Tora, devemos meditar um pouco sobre o que entendemos por trabalho, pois e preciso observar algumas coisas importantes. Devemos observar que a Tora ensina que a virtude por excelência do carater divino e o amor, e que a maniIestação mais imediata do amor de Deus e o Iato de que ele cria o 7 DESMISTIFICANDO O DIZIMO , mundo, a vida, o homem e da de si mesmo aos homens. O evangelho complementa essa aIirmativa da Lei, dizendo que o Eterno se deu a si mesmo em Cristo Jesus. Portanto, criar e a mais proIunda expressão da pessoa de Deus. Trabalho e sinonimo de vida, potência de ser ja realizada. Pelo trabalho o homem transIorma a Natureza criada "em obra das suas mãos", isto e, dou de mim mesmo e crio. Objetivamente: transIormo o "caos", aquilo que não e revestido de intencionalidade e Iinalidade, em "coisas" das quais dependo para viver. O trabalho e a materialização do potencial, a eIetivação daquilo que so idealmente era alguma coisa. Nesse sentido, o trabalho e vida e, portanto, alguma coisa realmente divina. Toda a Iorma de vida procede do Eterno. Quando retorno o dizimo para Deus, retorno parte do meu trabalho, ou melhor, parte de mim mesmo, de vida concedida. #etorno, portanto, vida a Ionte da vida. Mesmo o sentido secundario do dizimo assume conotações diIerentes quando pensado a luz desses valores. Somente vida (nesse sentido) seria bastante para sustentar vidas doadas a Deus para o seu serviço e o serviço do proximo. O levita não poderia assumir plenamente o signiIicado de sua existência e ao mesmo tempo ser sustentado por um simples imposto. As descrições do dizimo nos diversos textos apresentam uma ênIase que conduz a mente a entender essa tonica colocada sobre o trabalho: os textos nunca Ialam em "10° da renda ", utilizando-se do que seria um conceito generico e abstrato, mas mencionam sempre a "parte tal do produto tal da tua terra", ou seja, o resultado do trabalho ativo, util e construtivo. Encontramos, portanto, associado ao dizimo, esse valor basico que e a compreensão do trabalho como vida. Um outro valor que identiIicamos com Iacilidade e a excelência que deve estar sempre associada a nossa gratidão, ao nosso louvor, a nossa adoração. Aquilo que destinamos a Deus deve ser, em principio, o melhor possivel. As diversas descrições do dizimo acentuam esse Iato dizendo que tudo deve ser "o A TO#A O SENTIDO DOS TEXTOS melhor", escolhido "em primeiro lugar", sem qualquer "deIeito ou macula". Novamente, podemos perceber que esse sentido do dizimo não lhe pertence propriamente, mas e "herdado" das primicias e dos primogenitos! Um outro valor Iundamental, especialmente associado aos dois dizimos do Deuteronômio, e a alegria, valor essencial da existência e marca por excelência da vida que e levada em paz com Deus! Na alegria de viver identiIicamos a posse da energia criadora do Eterno, e encontramos a certeza de que não estamos vivendo em vão, mas certamente produzindo os Irutos de vida eterna. Essa alegria associada ao dizimo e a expressão da satisIação do trabalho realizado, da suIiciência dos nossos bens, e da certeza de que aquilo que recebemos e bastante para podermos dar, o que aIinal e a expressão maxima do amor de alguem. E aqui encontramos o derradeiro valor associado ao dizimo dar! Como ensina Erich Fromm, 4 dar e a mais alta expressão da potência, e o traço mais marcante de um carater produtivo. De modo que, na esIera das coisas materiais, dar signiIica ser rico. Não e rico quem muito tem, mas quem muito da. Nos Evangelhos vamos encontrar esse ensino de uma Iorma extensa e ainda mais completa, e que se pode sintetizar nestas palavras de Jesus: "Pois aquele que quiser salvar a sua vida, vai perdê-la, mas o que perder a sua vida por causa de mim, vai encontra-la" (Mt 16:25). Temos assim constituido este conjunto de valores associado ao dizimo trabalho entendido como vida doada, excelência na adoração, alegria e misericordia. Não e diIicil perceber que ele esta intimamente ligado aos modelos de carater virtuoso que tradicionalmente temos em nossa mente, e que ela expressa ideais de vida que são comuns as mais antigas e veneraveis tradições religiosas da humanidade. 79 DESMISTIFICANDO O DIZIMO O DIZIMO COMO EXPRESSÄO DE UMA CULTURA Uma das coisas mais interessantes do dizimo e que ele Iunciona como sintese de uma cultura agraria e pastoril. O povo de Israel sempre permaneceu uma cultura de base agricola, e somente na Diaspora o judeu começou a tomar contato com os conceitos e as ideias de culturas essencialmente urbanas/ ligadas a navegação e ao comercio, e começou então a exercer as proIissões mais ligadas a essas novas culturas. Curiosamente/ a ideia cristã medieval, de que o comercio e a atividade bancaria tinham em si mesmo algo de impio e perverso e, portanto, não seriam dignos e proprios para os cristãos, acabou por empurrar essas atividades aos judeus, que pro vidência l m ente! eram mesmo uma nação indigna e reservada por Deus para esses trabalhos menos nobres. Assim, não devemos estranhar que os SaIra e os #othschild tenham se constituido em solidas dinastias na area Iinanceira, com as devidas bênçãos da Igreja, que alias sempre recorreu aos seus serviços para Iinanciar suas guerras sujas. No entanto, nos tempos biblicos, Israel e um povo atado a terra. E assim deve ser entendido o dizimo: algo visceralmente ligado a propriedade da terra, a agricultura, ao gado, etc. A vinculação do conceito de propriedade a ideia de que a terra pertence ao Senhor impregnou toda a atividade agricola com uma visão essencialmente sacra da Natureza e da vida. Podemos dizer, com propriedade, que a questão do dizimo reIlete adequadamente uma visão não secular da existência. E aqui temos um dos pontos a que devemos estar mais atentos quando aplicamos a ideia do dizimo a comunidades modernas, por principio inseridas em culturas totalmente secularizadas, em que a visão das coisas espirituais não se Iaz mais por meio de mecanismos tipicos do sagrado de outrora, mas mediante outras Iormas radicalmente distintas. Não devemos culpar o homem moderno, o homem comum, que vive e trabalha em nossas cidades, se ele não e capaz de entender a linguagem tradicional do sagrado. AIinal, ja 80 A TO#A O SENTIDO DOS TEXTOS estamos vivendo na era industrial ha pelos menos dois seculos e, se a "terceira onda" ja nos alcançou, nossas mentes estão de tal Iorma impregnadas por conceitos novos e tipicos desta era, que e realmente muito diIicil esperar que essas imagens do passado ainda consigam dizer alguma coisa. Fomos, eIetivamente, cortados em nossas raizes. Parte da neurose coletiva que e a civilização industrial certamente decorre dessa ruptura brusca e Iunda. Os arquetipos inconscientes, se Jung estiver certo, ainda continuam alojados em nosso espirito, mas certamente bem enterrados, cobertos por grossas camadas de asIalto, eletrônica, mecanicismo, liberalismo, etc. E isso e tanto mais verdadeiro e acentuado, quanto mais jovem se e, e especialmente proIundo para os que nasceram no "boom" do pos-guerra, pos-Vietnã. Não podemos esquecer tudo isso e aplicar pura e simplesmente o dizimo as realidades de vida das pessoas deste seculo. Mesmo com culturas muito mais proximas do modelo biblico, como Ioram por exemplo as culturas europeias ao longo de toda a Idade Media, a transposição direta causou mais males do que bênção, como ja vimos. Por que esperar que hoje isso Iuncione? A REFEIÇÄO CULTUAL Aqui temos a mais desaIiadora de todas as ideias da Tora acerca do dizimo, e não por acaso, aquela que e desprezada por todos os comentaristas modernos, sem nenhuma exceção. Tudo se passa como se esses versiculos não existissem na Biblia. Como creio que toda a Biblia continua e continuara sempre a Ialar para nossa instrução e vida, não pretendo cometer o mesmo erro. Comemorar as coisas sagradas a volta da mesa, comendo t.- bebendo, e uma das coisas mais comuns da tradição judaica. Podemos encontrar instruções acerca dessas reIeições ligadas a todas as Iestas do calendario religioso, mas em rspe-ciiil com relação a Pascoa. A reIeição pascal e a Iesta 81 DESMISTIFICANDO O DIZIMO por excelência do Antigo Testamento/ a mais carregada de simbolismos, e a qual estão associados os mais importantes Iatos da historia do povo: a liberdade/ a instituição da lei, a terra prometida, etc. A Pascoa não se comemora na Sinagoga ou no Templo, mas em casa, com toda a Iamilia reunida a volta da mesa. Os pratos e os alimentos cumprem Iunção memorial, de modo que o seu simples preparo ja se constitui em uma preciosa lição. Cada objeto e cada palavra pronunciada carregam em si mesmos um signiIicado, uma lição e uma bênção. Quando nos sentamos a volta da mesa de Pessach, a Ie deixa de ser algo abstrato, e pode ser "enxergada" nos atos do pai e da mãe, de modo que as realidades da vida espiritual assumem Ieições Iamiliares, e podem ser associadas aos procedimentos domesticos do dia a dia. O ensino deixa as dimensões do teorico/ e reveste-se de uma dimensão de realidade pratica e imediata. A Iamilia como instituição, de uma certa Iorma, passa temporariamente a ocupar o lugar do "templo" ou da instituição religiosa. Os objetivos da Ie, por sua vez, deixam de ser abstratos/ e Iicam encarnados concretamente na propria Iamilia, na liberdade, no amor comum que da realidade ao lar, nas lutas da Iamilia por perseverar na sua visão-de-mundo, etc. Quando esse quadro se transpõe para a reIeição cultual do dizimo, os valores essenciais dessa instituição biblica que vimos acima trabalho entendido como vida, alegria, excelência, misericordia Iicam não so perIeitamente encaixados na Iesta domestica, como trazem para a comemoração um sentido de totalidade, de ajustamento completo/ de casamento perIeito. Por outro lado, e importante notar que a recomendação do texto e precisa, Iorte e não admite duvida: na "Iesta do dizimo" e dever do homem nào se esquecer do orIão/ do pobre, da viuva, do servo, do estrangeiro (isto e/ dos deserdados e desamparados): eles tambem são vidas de Deus que estão ao meu alcance, e por isso não posso me omitir. Ha aqui um 82 A TO#AO SENTIDO DOS TEXTOS elevado conteudo social, de responsabilidade publica, de amor ao proximo, da vinculação da vida de cada individuo ao bem comum. E preciso portanto, atentar para esse aspecto comunitario da "Iesta do dizimo": não e um ato individual, egoista, escondido! Ao contrario: e social, partilhado, publico, envolvendo todos os que pelo trabalho conjunto tornaram possivel o resultado: a colheita, o gado, o vinho, o oleo, etc. A visão de Deuteronômio exige que a sacralidade da reIeição do dizimo seja mantida a qualquer custo, e para isso o seu rigor obriga que ela seja Ieita em Jerusalem. Isso não nos deve conduzir a um legalismo, e devemos saber separar a essência do ensino a sacralidade do ato das circunstâncias historicas que exigiram a uniIicação do lugar de culto como Iorma de combater a idolatria. Jesus estendeu o signiIicado da Pascoa ao vincula-la a sua propria pessoa e ao Iim ultimo de sua primeira vinda. A Comunhão e, rigorosamente, uma interpretação da Pascoa, de seus simbolos, de seus signiIicados, de seus valores. A Igreja, ao longo do tempo, separou a Ceia da Pascoa que ela interpreta, e acabou com o costume judaico da reIeição Iamiliar, conIinando a Comunhão e a Pascoa ao terreno exclusivo do templo e da Igreja como instituição. Perdemos a "tecnologia" de louvar a Deus na mesa! E eu pergunto: alguem e capaz de medir a extensão do prejuizo? Notas I Walter Kaschel. op. cit.,p.39. 2 rbid.,p.36. - 1 J.Cabral. A decima parte. S. Bernardo do Campo: Imprensa Metodista, 1985, p. 31. II Erich Fromm. A arte de amar. Belo Horizonte: Itatiaia, 1958, p. 45 ss. 83 ó. A CONTRÌBUÌÇÃO NO NOVO TESTRMENTO INTRODUÇÄO Quando examinamos o problema da contribuição no âmbito do Novo Testamento, chegamos rapidamente a uma so conclusão, que e exatamente a tese deste livro: o Novo Testamento ignora o dizimo como pratica valida na Igreja primitiva. Todavia, todos os autores pesquisados, excetos os ja apontados, procuram de todas as maneiras demonstrar que o dizimo e uma doutrina do Novo Testamento, em pleno vigor dentro da Igreja primitiva, alem de ter sido claramente endossada por Jesus em seu ensino. Alguns reconhecem que não existe propriamente um texto em que o dizimo seja ordenado a Igreja de uma maneira Iormal, tal como o Iaz a Tora- Porem, não vêem nenhum problema nesse Iato, como se pode ver no seguinte exemplo: "Dira alguem: não ha nenhum mandamento de dar o dizimo, no Novo Testamento. De Iato, não ha, nem haveria necessidade disso. Tratava-se de uma pratica generalizada." 1 Pratica generalizada em que meio? No Judaismo? Se Ior essa a ideia, e preciso corrigir a nossa pratica atual, bem diIerente da pratica historica judaica, e alem disso resgatar a visão deuteronômica acerca do segundo dizimo e do dizimo do pobre. Se, por outro lado, o autor esta se reIerindo a pratica secular, e preciso reconhecer que a sua noção historica esta algo Iora de Ioco: em todo o Imperio #omano, não se A CONT#IBUIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO praticava mais o dizimo como imposto politico-religioso, substituido havia muito tempo por impostos e taxas, juridicamente ordenados e estruturados de Iorma bem semelhante a dos estados modernos. Portanto, colocando de lado os preconceitos, temos de examinar a questão em quatro etapas, estudando seguidamente o que nos dizem os Evangelhos, o livro de Atos, as Cartas Gerais e, por Iim, as Cartas Paulinas. Isso para Iicarmos restritos apenas ao texto biblico, pois ja veriIicamos antes que o testemunho da Historia e um so: ate onde os documentos existentes permitem saber, o dizimo e algo estranho a Igreja dos dois primeiros seculos, e so começa a aparecer na medida em que a Igreja se deixa enredar pela sedução do poder temporal e do poder politico. Por outro lado, não devemos conIundir a questão da contribuição com o tema bem mais amplo da atitude do ser humano com relação aos bens materiais, a riqueza, etc. Esta por certo e uma questão bem importante, que guarda algumas relações marginais com o tema em estudo neste livro, mas que em absoluto deve ser misturada com o problema da contribuição, pois esta envolve dois lados: o lado do contribuinte o crente como individuo e o lado de quem recebe a Igreja. Quando se Iaz indevidamente a mistura desses dois temas, quase que Iatalmente os nossos olhos se voltam para um unico lado o do contribuinte e deixamos de arguir o outro lado, abstendo-nos de Iazer a pergunta que, alias, todos querem evitar: esta eticamente correta a Igreja em seu procedimento? E biblico o seu modo de vida? Ela esta gastando no "espirito do evangelho"? Por isso, devemos ter cuidado num estudo sobre dizimo e contribuição e evitar colocações como esta, que mais complicam do que ajudam: "E signiIicativo que um em cada cinco versiculos de Lucas e um em cada sete de Marcos relaciona-se com bens materiais." 2 Não ha por que duvidar dessa inIormação, mas e necessario reconhecer que nos quatro Evangelhos so ha três versiculos que mencionam o dizimo, e que na verdade são apenas dois pois um deles (a critica de 85 DESMISTIFICANDO O DIZIMO Jesus ao comportament o dos Iariseus) esta repetido ern Mateus e Lucas! OS EVANGELHOS Dos quatro Evangelhos, os de Marcos e João ignoram completamente o assunto e não Iazem nehuma menção ao dizimo. Mateus e Lucas Iazem três menções, representando apenas dois cont extos, pois duas dessas passagens são paralelas entre si. Vejamos cada um desses lextos: 1) Mt 23:23-24 Ai de vos escribas e fariseus ipocritas que pagais o di:imo da ortelà do endro e do comino mas omitis as coisas mais importantes da lei. a fustiça a misericordia e a fidelidade. Importava praticar estas coisas mas sem. omitir aquelas. Condutores cegos que coais o mosquito e tragais o camelo' 2) Lc 11:42 Mas ai de vos fariseus que pagais o di:imo da ortelà da arruda e de todas as ortaliças mas deixais de lado a fustiça e o amor de Deus' Importava praticar estas coisas sem deixar de lado aquelas. 3) Lc 18:9-14 · Contou ainda esta parabola para alguns que convencidos de serem fustos despre:avam os outros. "Dois omens subiram ao %emplo para orar, um era fariseu e o outro publicano. fariseu de pe orava interiormente deste modo. ´Ó Deus eu te dou graças porque nào sou como o resto dos omens ladròes infustos adulteros e nem como este publicano, fefuo duas ve:es por semana pago o di:imo de todos os meus rendimentos.´ publicano mantendo-se a distancia nào ousava sequer levantar os olos para o ceu mas batia no peito di:endo. ´Meu Deus tem piedade de mim pecador'´ Eu vos digo que este ultimo desceu para casa fustificado mais do que o outro. Pois todo o que se exalta sera umilado e quem se umila sera exaltado. Analisemos inicialmente o texto de Mateus/Lucas. Não consigo ver neste texto nada alem de uma menção de Jesus, de passagem, sobre o dizimo. O Mestre não esta Ialando a A CONT#IBUIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO respeito do assunto, e sua intenção não e ensinar nada sobre ele. Ao contrario, suas palavras são uma critica proIunda ao modo de vida hipocrita dos Iariseus, que adotavam uma religiosidade Iormal, mais dajia as praticas exteriores do que a uma real e verdadeira contrição na presença do Eterno. Se nos recordarmos do que ja Ioi dito, vamos lembrar que a epoca do Segundo Templo a pratica do dizimo Ioi eleita como sinal externo identiIicador de ortodoxia. Não estava em jogo a correção de vida religiosa, mas tão somente uma pratica destinada a dar uma satisIação social, e a construir uma Iachada de vida dedicada a Deus. Tanto mais isto e verdadeiro, quanto nos lembramos de que o dizimo sempre se restringiu aos produtos mencionados em Dt 8:8, de modo que dizimar com relação a coisas como hortelã, arruda, -hortaliças, endro ou cominho, constitui-se em um exagero completo. Dessa Iorma, a raiz da hipocrisia atacada por Jesus nestes textos reside exatamente nessa pratica legalista do dizimo. A Irase de Jesus, "importava praticar estas coisas sem omitir aquelas", tem o obvio sentido de mostrar que a Lei deve ser cumprida de modo integral, mas de qualquer Iorma e impossivel imaginar que alguem possa pensar que a cumpriu, sem contudo praticar aquilo que lhe e essencial: a justiça, a misericordia e a Iidelidade. A propria expressão usada por Jesus (segundo o texto de Mateus), ''coais o mosquito e tragais o camelo", da bem a ideia da importância relativa atribuida por Jesus a observância das coisas Iundamentais da Lei ("o camelo"), e a observância hipocrita do dizimo ("o mosquito"). Um dos autores estudados entende essa passagem desta Iorma: "Cristo da claramente seu apoio a doutrina do dizimo." 3 Ora, por que interpretar essas palavras de Jesus como uma aprovação do dizimo, quando na verdade elas são uma condenação dessa oIerta, pelo menos na Iorma deturpada como os Iariseus o praticavam? E e evidente que para um judeu o cumprimento da Lei deveria ser integral, o que inclui o dizimo na sua Iorma correta. Mas isso não nos autoriza a dizer o mesmo com relação ao cristão, nem e isso 87 DESMISTIFICANDO O DIZIMO que Jesus esta dizendo aqui. E preciso lidar com essa questão com extremo cuidado, pois as Ironteiras entre "a Lei" e "a graça" não são la tão obvias quanto se pensa. O segundo texto de Lucas e uma parabola contada por Jesus, cuja intenção esta declarada no proprio texto: "para alguns que convencidos de serem justos, desprezavam os outros". De novo, Jesus esta as voltas com a hipocrisia, com o orgulho, com a auto-justiIicação, etc. E de novo, o seu alvo são os Iariseus! E de novo, podemos constatar entre os "argumentos" do Iariseu para demonstrar a sua superioridade, a presença de duas praticas totalmente Iormais e exteriores: o dizimo e o jejum! Felizmente, não encontrei em nenhum livro esse texto sendo usado corno exemplo de uma suposta deIesa do dizimo por parte de Jesus! E isso e tudo. Nada mais encontramos nos Evangelhos que se reIira ao dizimo, seja com intenção, seja de passagem. A minha questão e esta: como e possivel, com tão pouco, aIirmar categoricamente que Jesus aprova e recomenda o dizinto como regra de contribuição para a pratica da Igreja? Com essa pequena e duvidosa base, e licito aIirmar que o dizimo e tambem uma doutrina do Novo Testamento? O LIVRO DE ATOS Novamente, em todo o livro dos Atos, não existe uma unica menção ao dizimo. Creio que podemos Iazer o seguinte raciocinio, que me parece totalmente logico, equilibrado e de uma simplicidade cartesiana. Se a doutrina do dizimo Iosse uma pratica corrente na Igreja primitiva (a Igreja do livro dos Atos e das cartas), seria normal esperar que nessa comunidade houvesse os mesmos problemas que nos temos hoje, isto e: a existência de pessoas que não contribuem com o dizimo, de pessoas que contribuem com menos do que o dizimo, ou de pessoas que não aceitam o dizimo. AIinal, a Igreja primitiva e rica de exemplos em todos os sentidos e em todas as areas da vida religiosa, de Iorma que muito raramente deixamos de encontrar nela paralelos que se podem 88 A CONT#IBUIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO aplicar as situações que vivemos hoje. No entanto, as Escrituras mostram um silêncio absoluto e impenetravel acerca desta questão: não ha uma unica menção ao dizimo em todas as cartas, não ha qualquer exortação a sua pratica, nenhuma repreensão para crentes que eventualmente não eram dizimistas, nada, nada! A Igreja primitiva, que apresentava em seu seio todos os tipos de pecados que tambem nos aIligem (ate incesto ocorreu!), ou era perIeita na questão do dizimo, ou então o dizimo não estava dentro das suas praticas. #ealmente, não ha outra alternativa. Em particular no livro de Atos, o que encontramos e uma Igreja que encara o mundo com uma otica Iirmemente apocaliptica, que esta mais voltada para a Parusia do que nos hoje, e que por isso adota um estilo de vida bem particular. Lemos em Atos: %odos os fieis unidos tinam tudo em comum, vendiam as suas propriedades e os seus bens e dividiam o preço entre todos segundo as necessidades de cada um (2:44-45). A multidào dos fieis era um so coraçào e uma so alma. Ninguem considerava seu o que possuia mas tudo era comum entre eles (4:32). Nào avia entre eles indigente algum porquanto os que possuiam terras ou casas vendiam-nas tra:iam o dineiro e o colocavam aos pes dos apostolos, e distribuia-se a cada um segundo a sua necessidade (4:34-35). Ora, quando o ambiente da Igreja e permeado por essas atitudes, e imediato concluir que o dizimo simplesmente não existe, pois o contexto e de uma comunidade em que todos contribuem com tudo o que têm, e não apenas com um percentual de seus bens e rendas. Todavia, e absolutamente necessario distinguir um importante detalhe: ninguem esta contribuindo para sustentar qualquer estrutura clerical, mas todos contribuem para o sustento de suas proprias vidas! E algo muito diIerente. 89 DESMKTIFICANDO O DIZIMO Ha um comentario do apostolo Paulo que e bem esclarecedor. #eIerindo-se ao encontro em Jerusalem com alguns dos apostolos, em que Ioram discutidos varios problemas importantes, entre os quais as relações entre a graça e a Lei, Paulo diz que ao compararem o evangelho que ele pregava com a mensagem que era entregue pelos demais apostolos, não encontraram nenhuma diIerença. Diz então Paulo, que a unica recomendação que os demais apostolos lhe Iizeram Ioi esta: "Nos so nos deviamos lembrar dos pobres, o que, alias, tenho procurado Iazer com solicitude" (Gl 2:10). Nenhuma reIerência ao dizimo, que, alias, Paulo não menciona uma vez sequer em suas epistolas. De todo modo, Iora as passagens acima mencionadas, encontramos tambem esta: "Os discipulos decidiram então enviar, cada um conIorme as suas posses, auxilio aos irmãos que moravam na Judeia" (At 11:29). Aqui, o autor se reIere a uma oIerta da Igreja em Antioquia para os irmãos da Judeia, por ocasião da grande Iome ao tempo do imperador Claudio. Mas, como vemos, não se trata de dizimos. AS CA#TAS GE#AIS Da mesma Iorma que no livro de Atos, em nenhuma das cartas gerais encontramos alguma menção ao dizimo, seja de Iorma especiIica, seja em mero comentario acidental. Ha um silêncio completo, de Iorma que temos o direito de duvidar que o dizimo Iosse uma pratica corrente na igreja daquela epoca. No entanto, continuamos a encontrar alguns textos que conIirmam a preocupação apostolica contida nas palavras de Paulo acima reIeridas, isto e, o dever da misericordia e do amor ao proximo. Assim, lemos: Com efeito a religiào pura e sem macula diante de Deus nosso Pai consiste nisto. em assistir os orfàos e as viuvas em suas tribulaçòes e em guardar-se livre da corrupçào do mundo (Tg 1:27). 90 A CONT#IBUIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO Não vos esqueçais da beneficência e da comunào porque sào antes os sacrificios que agradam a Deus (Hb 13:16). E não por acaso, em uma visão proIetica daquilo que o Iuturo traria para a Igreja, Pedro adverte: Por avare:a procurarào com discursos fingidos fa:er de vos obfeto de negocios, mas seu fulgamento a muito esta em açào e a sua destruiçào nào tarda (II Pe 2:3). Mas na carta aos Hebreus vamos encontrar uma passagem que com Irequência e interpretada como uma especie de aval ao dizimo na Igreja primitiva. Lemos assim: Este Melquisedec e de fato rei de Salem sacerdote de Deus Altissimo. Ele saiu ao encontro de Abraào quando esse regressava do combate contra os reis e o abençoou. Foi a ele que Abraào entregou o di:imo de tudo. E o seu nome significa em primeiro lugar "Rei de Justiça", e depois "Rei de Salem" o cue quer di:er "Rei da Pa:". Sem pai sem màe sem genealogia nem principio de dias nem fim de vida' E assim que se assemela ao filo de Deus e permanece sacerdote eternamente (Hb 7:1-8). O autor desta carta, certamente um judeu bem treinado nas tecnicas rabinicas de argumentação, desenvolve nesta passagem um raciocinio cujo unico objetivo e provar a superioridade de Cristo como sacerdote. Essa e uma tareIa realmente diIicil,¸pois os sacerdotes descendentes de Arão receberam suas ordens--cliretamente de Deus, por razões que so a Sua vontade conhece. De modo que não existem pontos possiveis de apoio quando se pretende derrubar a posição solene e extremamente elevada de um sacerdote segundo a linhagem de Arão. De Iato, o autor da carta explora o unico ângulo possivel: Arão e apenas um homem, enquanto que Jesus Cristo e Iilho de Deus. Assim, era importante para a sua argumentação vincular em um unico argumento estas duas ideias em principio separadas: o sacerdocio e a linhagem não humana. Dessa Iorma, ele pinça um versiculo isolado, mesmo que seja Iora de seu contexto natural, e sobre esse versiculo desenvolve a sua argumentação. Precisamos notar que esta e uma tecnica normal nos meios rabinicos, e como o autor 91 DESMISTIFICANDO O DIZIMO escreve para judeus acostumados a esse modo de pensar, e perIeitamente natural que ele a empregue aqui. Assim, ao Iinal do ultimo versiculo do capitulo anterior (6:20b), ele menciona a Irase de que precisava para aIirmar de Iorma deIinitiva a superioridade do sacerdocio de Cristo sobre o sacerdocio levitico: "Ieito sumo sacerdote para a eternidade segundo a ordem de Melquisedec". Essa Iase e na verdade uma reprodução de Salmo 110:4, primeiro local biblico em que a Iigura enigmatica de Melquisedec Ioi associada a Iigura do Messias. Dai para a Irente, nos primeiros 14 versiculos do capitulo 7, ele passa a desenvolver a sua argumentação, que encontra o seu ponto alto nestas palavras: "ao passo que ali trata-se de alguem do qual se diz que possui a vida" (8b), ou seja, que tem a imortalidade. ConIorme queriamos demonstrar! Precisamos notar que os dizimos entram no contexto da prova, não como ponto principal da argumentação, mas como mero acessorio destinado a descrever as Iunções de um sacerdote. #ealmente, se Melquisedec não tivesse recebido o dizimo de Abrão, seria impossivel qualiIica-lo como sacerdote, pois nada mais se conhece a seu respeito! E exatamente essa Ialta de genealogia associada ao recebimento de dizimos que empresta a Iigura quase lendaria de Melquisedec os sinais prototipicos de um sacerdote com as caracteristicas que convinham ã argumentação do autor. Para nos cristãos, talvez seja diIicil perceber como Iunciona essa tecnica rabinica de argumentação. Um outro exemplo, desta vez do apostolo Paulo, pode ajudar a melhorar a nossa compreensão do assunto. Vejamos o texto em EI 4. Paulo esta argumentando sobre a unidade da Igreja a qual contrapõe a diversidade de carismas e de ministerios. Paulo sente a necessidade de mostrar que todas as coisas nascem da liberalidade de Cristo., que tem não so o poder como a autoridade para isso. Com o intuito de mostrar essa plenitude do poder do Cristo ressuscit ado, ele encaixa na sua argumentação o versiculo 8, onde lemos: "por isso e que se diz: Tendo subido as alturas, levou cativo o cativeiro, deu 92 A CONT#IBUIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO dons aos homens", o que e uma reprodução de SI 68:19, citado segundo a Septuaginta, e de Iorma relativamente livre, versiculo que não tem qualquer correlação com o assunto em pauta. O que o apostolo pretende com isso? Apenas ressaltar duas palavras do texto de SI 68:19 "ele subiu" e "ele deu" que passara a usar dai em diante na sua argumentação. Não por acaso, Paulo Ioi treinado por Gamaliel! #etornando ao nosso estudo, não ha nesta passagem de Hebreus margem para se aIirmar que ela respalda a pratica do dizimo porque Jesus, sendo sacerdote, tem direito a receber dizimos como todo sacerdote. Simplesmente não e isso o que o texto diz! Alem de ser uma grotesca deIormação da argumentação do autor, esse tipo de interpretação deixa o Jesus historico em ma situação, pois ele jamais recebeu dizimo algum. Que isso e verdade, o proprio autor da carta se encarrega de deixar bem claro: "E bem conhecido, de Iato, que nosso Senhor surgiu de Juda, tribo a respeito da qual Moises nada diz quando se trata dos sacerdotes" (7:14). Alem disso, devemos lembrar que são os levitas que ? recebem os dizimos, e não os sacerdotes, de modo que a interpretação que e Ieita pelo autor da carta contem em si mesma uma extensão do signiIicado dos textos sobre os dizimos, o que e perIeitamente admissivel tendo em vista o objetivo de toda a argumentação. Apesar disso, um dos autores estudados Iaz o seguinte comentario: "Entretanto, a carta aos Hebreus deixa bem claro que no tempo em que Ioi escrita (67 d.C.) a pratica do dizimo era comum entre os cristãos: 'Alem do mais, os que aqui recebem o di:imo sào mortais ao passo que ali trata-se de alguem do qual se diz que possui a vida' (Hb 7:8) (griIo do autor)." 4 Ora, e um grosseiro erro de interpretação supor que a expressão "os mortais" reIere-se aos membros da Igreja primitiva, quando todo o contexto indica claramente que a palavra esta ligada aos sacerdotes levitas mencionados no verso 5 deste capitulo, e esta aqui empregada com o objetivo evidente de estabelecer um contraste com a imortalidade de Cristo, simbolizado em Melquisedec. 93 DESMISTIFICANDO O DIZIMO AS CA#TAS PAULINAS Chegamos agora ao lugar por excelência onde podemos encontrar instruções neotestamentarias sobre a contribuição. De Iato, devemos ao apostolo Paulo unia admiravel sintese do "espirito biblico de contribuição", ampla, proIunda e deIi niti va. Apesar de Paul o t er espal hado di versos comentarios em varias cartas, e Lucas registrar algumas palavras do apostolo sobre o assunto no livro de Atos, e nos capitulos 8 e 9 da segunda carta aos Corintios que vamos encontrar a Iormulação completa e Iinal do pensament o paulino. Apenas por uma questão de metodo, examinemos primeiro o conteudo das citações das demais cartas, e deixemos II Corintios para mais tarde. Embora va ocupar um pouco de nosso tempo, julgo muito util lermos uma a uma as varias passagens paulinas sobre a contribuição. Vale lembrar que o nosso tema e a contribuição apenas, e não o dinheiro ou a riqueza de uma Iorma generica. Assim, lemos: Mas agora eu vou a Jerusalem a serviço dos santos A Macedonia e a Acaia ouveram por bem fa:er uma coleta em prol dos santos de Jerusalem que estào na pobre:a. Houveram por bem e verdade mas eles les eram devedores. porque se os gentios participaram dos seus bens espirituais eles devem por sua ve: servi-los nas coisas temporais. "uando pois eu tiver resolvido este encargo e tiver entregue oficialmente o fruto da coleta passarei por vos a camino da Espana (#m 15:25-28). O que furtava nào mais furte mas trabale com as suas proprias màos reali:ando o que e bom para que tena o que partilar com o que tiver necessidade (EI 4:28). Se uma crente tem viuvas em sua. familia socorra-as, nào se onere a Igrefa a fim de que ela possa afudar aquelas que sào verdadeiramente viuvas (I Tm 5:16-18). 94 A CONT#IBUIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO %odos os da nossa gente precisam aprender a praticar o que e bom de sorte que se tornem aptos a atender as necessidades urgentes e assim nào fiquem infrutiferos (Tt 3:14). Por conseguinte enquanto temos tempo pratiquemos o bem para com todos mas sobretudo para com os irmàos na fe (Gl 6:10). "uanto a coleta em favor dos santos segui tambem vos as normas que estabeleci para as Igrefas da Galada. No primeiro dia da semana cada um de vos pona de lado o que conseguir poupar, deste modo nào se esperara a mina cegada para se fa:erem as coletas (I Co 16:1-2). Depois de muitos anos vim tra:er esmolas para a mina naçào e apresentar ofertas. Assim me encontraram no %emplo (At 24:17), A primeira coisa que podemos veriIicar e a seguinte: Paulo não se reIere ao dizimo uma unica vez que seja. Da mesma Iorma, todos os apelos para que os irmãos contribuam têm uma unica Iinalidade em comum: aquilo que Paulo chama ''o serviço dos santos", e que em português corrente podemos perIeitamente traduzir por: "atender de Iorma completa as carências imediatas dos nossos irmãos que se encontram passando necessidades". Não encontramos apelos para que os irmãos contribuam "para o sustento da obra", ou para atender "as necessidades da obra", ou pedidos equivalentes. Creio que e muito Iacil explicar essa ausência: estamos estudando uma epoca na vida da Igreja em que ela não apresenta nenhum tipo de estrutura permanente. Para usar uma expressão atual, que talvez possa parecer chocante, essa Igreja e uma igreja de "estrutura descart avel". Assi m vejamos: não Iaz investi ment os imobiliarios, ja que ela se reune nas casas dos irmãos; não tem as despesas tipicamente urbanas, tais como agua, luz, teleIone, correio, gas, etc.; não tem despesas patrimoniais, tais como manutenção, zeladores, seguro, etc.; não tem staII permanente remunerado, incluindo maestros, diretores de departamentos, etc. Os proprios obreiros são homens do povo, escolhidos não por terem recebido um preparo especial, mas separados "pelo lispirito", em Iunção da experiência de vida (eram todos 95 DESMISTIFICANDO O DIZIMO presbiteros, isto e, "velhos"!), do testemunho Iiel, do bom nome no meio da comunidade, etc. Esses homens continuavam a exercer as suas proIissões normais, dedicando a igreja e a comunidade o seu tempo livre, ou todo o tempo que conseguissem separar para isso. De modo que essa Igreja tambem não tem despesas com o que chamamos hoje de "sustento ministerial". Desse modo, todo o dinheiro que uma Igreja como essa possa vir a necessitar, so pode mesmo ser relacionado com as "necessidades urgentes" a que Paulo se reIere em Tt 3:14, que o texto original permite perIeitamente entender como sendo "as necessidades desta vida". E isso esta de perIeito acordo com a recomendação que Paulo havia recebido dos demais apostolos quando do encontro em Jerusalem. Creio que esse quadro merece urna calma e ponderada reIlexão. Seguimos hoje um modelo de Igreja que pode ser chamado de "institucional", uma Igreja que investe pesado em bens imobiliarios, em staII, em comodidades, em recursos, etc. E um modelo de Igreja perIeitamente ajustado ao industrialismo deste seculo, e muito particularmente, que reIlete com Iidelidade o espirito da sociedade capitalista e consumista do Ocidente cristão. As vezes eu me divirto imaginando a seguint e situação: suponhamos que o comunismo houvesse dado certo no Leste Europeu, e que o Estado tivesse aceito a Igreja, ou ao menos tolerado. Como seria essa Igreja Cristã "comunista"? Parecida com a capitalista, ou mais proxima do modelo "descartavel" de Atos, que ao menos em tese esta muito mais proxima do modelo social proposto pelo comunismo sovietico? Se nos lembramos do que estudamos no Capitulo 4, podemos dizer que o "primeiro dizimo" esta mais ligado a "igreja institucional", ao passo que o "segundo dizuno" e o "dizimo do pobre" (os dizimos do Deuteronômio) estão mais ligados a essa Igreja "descartavel" de Atos. Sera que e por essa causa que os autores modernos so se lembram do "dizimo levitico" e se esquecem do "dizimo deuteronômico"? A CONT#IBUIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO O SUSTENTO DOS OBREIROS E claro que cada epoca necessita equacionar os problemas que lhe são proprios, com a condição de que, qualquer que seja a solução desenvolvida, ela deve estar de acordo com o espirito das Escrituras. Talvez hoje precisemos de algo intermediario entre uma Igreja 100° "descartavel" e uma outra 100° "institucional". Creio que esse e um dos pontos mais sensiveis para a Igreja de hoje, que exige muita reIlexão e muita disponibilidade para a voz do Espirito, de modo a que possamos determinar qual e o "rnixing" ideal, que atende as necessidades em cada comunidade. No que diz respeito aos obreiros, o modelo biblico aponta como regra para o serviço voluntario e sacriIicial, compartilhado com as atividades normais da vida, e como exceção para o obreiro de tempo integral, exclusivamente dedicado a igreja. Mesmo assim, nos casos em que as Escrituras se reIerem a pessoas nessa condição, todas elas desempenham Iunções que são voltadas para um tipo de ministerio que envolve muitas comunidades, e não para o ministerio da igreja local. Creio que Tito, Timoteo e o proprio Paulo são bons exemplos desse tipo de ministro. Nos hoje não nos apercebemos de que o modelo "obreiro de tempo integral" não e exatamente um modelo biblico do Novo Testamento, mas sim um modelo que nasce na Igreja quando esta se transIorma em religião oIicial do Estado, e passa a desenvolver uma hierarquia separada do restante dos Iieis, e a encarar essa hierarquia como sendo a Igreja em si mesma, com completo desprezo pelos Iieis. Esse e o modelo da Igreja Medieval, um pouco alterado pela #eIorma, e que chega a nossos dias quase que sem retoques. Felizmente, em nossas igrejas reIormadas a hierarquia a rigor quase não existe, nem esta separada dos Iieis, mas mesmo assim conservamos a Iigura do "obreiro em tempo integral" como DESMIS%IFICAND DIZIM sendo a imagem do modelo biblico perfeito. Nào e dificil perceber que a opçào por um desses modelos determinara em grande parte a nature:a das necessidades financeiras de uma comunidade local o que esta intimamente ligado ao que pensamos acerca da contribuiçào e em particular como raciocinamos a respeito do di:imo. "ualquer atividade umana de uma forma ou de outra necessita ser amparada materialmente. s recursos precisam vir de alguma fonte mas o importante e que eles venam de um modo que sefa coerente com a finalidade propria de cada empreendimento. Nào podemos violentar a Igrefa suprindo-a financeirament e de uma maneira que sefa indigna da salvaçào que ela anuncia e do Cristo que a fundou. Nossos procedimentos precisam ter nào so a transparência e a lisura que se exigem de qualquer outro negocio mas acima de tudo aquela marca tipica do Reino que e o amor e a misericordia. Nesse ponto o ministerio de Jesus pode nos servir de exemplo. Como qualquer outro omem de qualquer epoca Jesus precisava comer e se vestir. %alve: ate mesmo pagar impostos ou satisfa:er outros compromissos sociais. Como Jesus onrava seus compromissos? As Escrituras nos di:em que longe de fa:er milagres a cada dia para satisfa:er suas necessidades ele contava com "algumas mul eres que aviam sido curadas de espiritos malignos e doenças. Maria camada Madalena da qual aviam saido sete demonios Joana muler de Cu:a o procurador de Herodes Susana e varias outras que o serviam com seus bens" (Lc 8.2-3. Jesus confiou no amor daqueles que se cegaram a ele' apostolo Paulo tambem deixou recomendaçòes diretas para estimular os crentes a amar seus obreiros e a :elar para que nào tivessem necessidades. Assim lemos. Nos vos rogamos, irmãos, que tenhais consideração por aqueles que se aIadigam no meio de vos, e vos são superiores e guias no Senhor. Tende para com eles um amor especial, por causa do seu trabalho. Vivei em paz uns com os outros (I %s .2. s presbiteros que exercem bem a presidência são dignos de dupla 8 A CN%RIBUIÇÂ N NJ %ES%AMEN% remuneração, sobretudo os que trabalham no ministerio da palavra e na instrução. Com eIeito, diz a Escritura: Não amordaçaras o boi que debulha. E ainda: o operario e digno do seu salario (I %m .7-8. Quem esta sendo instruido na palavra, torne participante em toda a sorte de bens aquele que o instrui (Gl 6.6. Se Timoteo Ior ter convosco, cuidai de que esteja sem receios em meio a vos, pois trabalha na obra do Senhor, como eu. Por conseguinte, que ninguem o despreze! Dai-lhe os meios de voltar em paz para junto de mini, pois eu o espero com os irmãos (I Co 6.0. Aqui temos claramente estabelecido o dever de prestar aos obreiros toda a assistência de que eles precisarem mas que deve decorrer de um "amor especial" e famais de uma obri gaçào legalist a e rit ual. Encontramos orient açào semelante em Hebreus 3.7. Lembrai-vos dos vossos dirigentes, que vos anunciaram a palavra de Deus. Considerai como terminou a vida deles, e imitai-lhes a Ie. apostolo reconece o principio basico que deve nortear a atitude da Igrefa para com os obreiros. Ao contrario do que se poderia esperar ele nào coloca em primeiro lugar algo semelante a um "argumento levitico" a uma ierarquia eclesiastica separada etc. mas simplesmente um principio geral e universal que nào decorre de nenuma lei em particular mas que e apenas fruto do bom senso. cada um deve viver daquilo que fa:' u dito de outra forma qualquer trabalo digno deve ser capa: de sustentar quem o reali:a. Lemos isso claramente neste belo desabafo de I Co .6-8. u somente eu e Barnabe não temos o direito de ser dispensados de trabalhar? Quem vai alguma vez a guerra com seus proprios recursos? Quem planta uma vinha e não come do seu Iruto? Quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho? Digo isto, baseado apenas em considerações humanas? Ou a Lei não diz tambem a mesma coisa? Com eIeito, na Lei de Moises DESMIS%IFICAND DIZIM esta escrito: Não amordaçaras o boi que tritura o grão. Acaso Deus se preocupa com os bois? Não e, sem duvida, por causa de nos que ele assim Iala? Sim; por causa de nos e que isso Ioi escrito, pois aquele que trabalha deve trabalhar com esperança e aquele que pisa o grão deve ter a esperança de receber a sua parte. Se semeamos em vosso Iavor os bens espirituais, sera excessivo que colhamos os vossos bens materiais? Se outros exercem esse direito sobre vos, por que não o poderiamos nos com mais razão? Todavia não usamos esse direito; ao contrario, tudo suportamos, para não criar obstaculo ao evangelho de Cristo. Não sabeis que aqueles que desempenham Iunções sagradas vivem dos rendimentos do templo, e aqueles que servem ao altar têm parte no que e oIerecido sobre o altar? Da mesma Iorma o Senhor ordenou aqueles que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho. Da minha parte, porem, não me vali de nenhum desses direitos. Nem escrevo estas coisas no intuito de reclama-los em meu Iavor. Antes morrer que... Não! Ninguem me arrebatara esse titulo de gloria! ... Qual e então o meu salario? E que, pregando o evangelho, eu o prego gratuitamente, sem usar dos direitos que a pregação do evangelho me conIere. E interessante notar que so em uma segunda etapa da argumentaçào e que Paulo se volta para o fato de os sacerdotes tambem viverem do seu trabalo isto e do altar e mesmo assim ele ola para o fato como mais um exemplo da regra geral e nào como uma aplicaçào do sacerdocio levitico. %odavia o exemplo pessoal do apostolo e bem outro. ele fe: o possivel para nào depender de ninguem. A parte final desse texto e de uma veemência rara no apostolo de modo que temos a impressào de que Paulo faria qualquer coisa para ficar bem longe desse tipo de problema. "Antes morrer que ... Nào'" sào palavras fortes e que expressam uma determinaçào e uma firme:a impressionantes. Assim e que em outras passagens Paulo nos mostra um pouco mais da sua consistente filosofia de ministerio em que so abre uma exceçào para os seus queridos irmàos de Filipos em ra:ào do grande amor mutuo. 00 A CN%RIBUIÇÂ N NJ %ES%AMEN% Não desejei prata, ouro ou vestes de ninguem; vos sabeis que estas mãos proveram as minhas necessidades e as de meus companheiros. De todos os modos eu vos mostrei que, trabalhando assim, devemos ajudar os Iracos, lembrando as palavras do Senhor Jesus que disse: Ha mais Ielicidade em dar que em receber (At 20.33-3. Vos mesmos bem sabeis, Iilipenses, que no inicio da pregação do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja teve contato comigo em relação de dar e receber, senão vos somente; ja em Tessalônica mais uma vez vos me enviastes com que suprir as minhas necessidades (Fp 4.-6. Ainda vos lembrais, meus irmãos, dos nossos trabalhos e Iadigas. Trabalhamos dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vos. Foi assim que pregamos o evangelho de Deus (I %s 2.. Bem sabeis como deveis imitar-nos. Não vivemos de maneira desordenada em vosso meio, nem recebemos de graça o pão que comemos; antes, no esIorço e na Iadiga, de noite e de dia, trabalhamos para não sermos pesados a nenhum de vos. Não porque não tivessemos direito para isto; mas Ioi para vos dar exemplo a ser imitado (II %s 3.7-. Esse ultimo texto e particularmente esclarecedor. mais do que ficar em pa: com sua consciência ou proceder de uma forma que le agradava vemos que a por tras da atitude do apostolo a intençào de deixar marcada uma posiçào de definir um estilo de vida de estabelecer regras a serem observadas na Igrefa futura. Apesar de tudo isso alguns autores olam para o texto de I Co .3 e sào capa:es de escrever comentarios deste tipo. "No Novo %estamento se da ênIase (o grifo e meu a que os ministros aqueles que se dedicam a pregaçào do evangelo sefam sustentados pela comunidade de fe." A otica institucional esta de tal forma arraigada nas mentes e nos coraçòes que nào permite que as Escrituras falem por si mesmas' Creio portanto que qualquer que sefa o grau de institucionali:açào que uma comunidade queira adotar o 0 DESMISTIFICANPO O DIZIMO volume de compromissos Iinanceiros deve ser claramente estabelecido de comum acordo entre os Iieis e os lideres, de tal Iorma que o "amor especial" não se extinga, e nem se deixe para tras o bom exemplo que o apostolo tão insistentemente recomendou. A esse respeito, talvez seja util recordar uma das regras que São Bento estabeleceu para o Iuncionamento dos mosteiros beneditinos (a ''#egra de Bento"): ao abade competia distribuir os recursos do mosteiro segundo as necessidades de cada um, e ao monge cabia esIorçar-se por precisar do minimo possivel. E isso quer dizer que cada comunidade deve decidir claramente se quer ou não ter obreiros de tempo integral, quantos quer ter, de que Iorma vai sustenta-los, etc. Tudo deve ser Ieito com Ie e amor, de tal Iorma que, Iuturamente, nada venha a trazer inquietações para a vida da comunidade. Creio que essa questão tambem deve ser examinada por um outro ângulo. Quando lemos o texto de Nm 18:22-23, ele nos diz que "os Iilhos de Israel não se aproximarão jamais da Tenda da #eunião: carregariam um pecado e morreriam. Levi Iara o serviço da Tenda da #eunião e os levitas levarão o peso das suas Ialtas". Ora, nos sabemos que isso Ioi radicalmente alterado com a vinda e a morte de Cristo, de tal Iorma que temos hoje um acesso direto ao Eterno atraves do sacriIicio da Cruz, e nenhum outro sistema de mediação existe entre Deus e o homem, como bem recorda o autor de Hebreus: "Nele temos um caminho novo e vivo, que ele mesmo inaugurou atraves do veu, quer dizer: atraves da sua humanidade" (10:20). E isso nos conduz a uma unica certeza: a de que jamais sera possivel existir na Igreja algo semelhante ao ministerio levitico, pois a principal razão de sua existência esta hoje eliminada! Não precisamos e, muito mais do que isso, não podemos ter estruturas eclesiasticas semelhantes a estrutura levitica, sob pena de deixarmos cair sombras sobre a Cruz. Se não precisamos de levitas, por que precisamos de dizimos? Os obreiros da Igreja jamais serão "levitas cristãos", pois a razão do seu ministerio não decorre da existência de uma 102 A CONT#IBUIÇÃO NO NOVO TESTAMENTO separação entre os Iieis e a liturgia do culto de adoração, mas sim de uma oIerta voluntaria de serviço para o proximo, serviço este que se reveste da mais proIunda signiIicação, pois consiste no anuncio da salvação. Os obreiros não existem por imposição legal de Deus, mas surgem por vocação espontânea. Por outro lado, tenho observado que muitos obreiros que hoje se dedicam ao ministerio em tempo integral nem por isso apresentam um ministerio de qualidade superior ao de muitos outros que dedicam apenas tempo parcial a suas igrejas. Alguns ministros parecem completamente alienados das realidades sociais e culturais do mundo que os cerca, de Iorma que e legitimo questionar se realmente estão aptos a entender os problemas vividos pelos membros de suas comunidades, e a ministrar com amor e acerto. Talvez o exercicio de uma atividade secular seja algo bem proveitoso, e ajude o obreiro a entender de Iorma mais completa o modo de vida de seus irmãos. Notas 1 Walter Kaschel. op.cit., p. 36. 2 Oswaldo #amos, op.cit., p. 45. 3 Walter Kaschel. op. cit., p. 37. 4 J.Cabral. op.cit., p.32. 5 lbid., p.45. 103 . A Síntese Paulina TEXTOS BÁSICOS ' Toda a seção da segunda carta aos Corintios, que se inicia no Capitulo 8 e termina ao Iinal do Capitulo 9, e dedicada a um unico assunto: a coleta a ser eIetuada a Iavor dos irmãos da Judeia. Por isso, a totalidade desses capitulos deve ser lida para um perIeito e completo entendimento do assunto em pauta. Todavia, para o proposito deste estudo, basta que separemos algumas passagens mais centrais, a saber: 1) Em meio as multiplas tribulaçòes que as puseram a prova a sua copiosa alegria e a sua pobre:a extrema transbordaram em tesouros de liberalidade. Dou testemuno de que segundo os seus meios e para alem dos seus meios com toda a espontaneidade e com viva insistência nos rogaram a graça de tomar parte nesse serviço em proveito dos santos (II Co 8:2-4). 2) Nào digo isto para vos impor uma ordem, mas citando-vos o :elo dos outros dou-vos ocasiào de provardes a sinceridade da vossa caridade (II Co 8:8). 3) "uando existe a boa vontade somos bem aceitos com os recursos que temos, pouco imporia o que nào temos. Nào desefamos que o alivio dos outros sefa para vos causa de afliçào mas que afa igualdade. No presente momento o que para vos sobefa suprira a carência deles a fim de que o superfluo deles vena um 104 ASINTESEPAULINA dia a suprir a vossa carência. Assim avera igualdade como esta escrito. "uem recolera muito nào teve excesso, quem recolera pouco nào sofreu penuria (II Co 8:12-15). 4) Cada um dê como dispos em seu coraçào sem pena nem constrangimento pois Deus ama a quem da com alegria. Deus pode cumular-vos de toda especie de graças para que tenais sempre e em tudo o necessario e vos fique algo de excedente para toda obra boa conforme esta escrito. Distribuiu deu aos pobres. A sua fustiça permanece para sempre (II Co 9:7-9). Convem lembrar o que ja Ioi dito: não temos aqui um texto sobre contribuição para "a obra do Senhor", mas antes um texto que nos recomenda a caridade Iraternal, o sustentar as cargas uns dos outros, o repartir o muito amor com que Iomos agraciados pelo Eterno. Mas este e o principal texto que temos para nos inspirar e guiar, e por isso a ele devemos permanecer Iieis. Em outras palavras, o nosso planejamento para atender as necessidades da comunidade, em todos os seus aspectos, deve ser de tal Iorma que o nosso proceder possa estar totalmente aIinado com as regras e o "espirito" deste texto. Muitas vezes pensei sobre esse aspecto singular das Escrituras, ou seja, o Iato de não existirem ali regras Iixadas para orientar as comunidades no seu sustento material. Podemos encarar esse Iato de muitas Iormas; uma primeira, e ponderar que talvez aos olhos da Palavra, o unico modelo adequado para as Iuturas igrejas seja o modelo "descartavel" da Igreja primitiva. Nesse modelo, as necessidades materiais da comunidade são tão reduzidas, que elas podem ser esquecidas Iace as necessidades das pessoas em si mesmas. **- Uma segunda Iorma e imaginar que, devido ao livre arbitrio ~ do ser humano, as Escrituras não poderiam prever as ~ transIormações sociais dos tempos Iuturos, e desse modo ·~ deixam de consignar instruções adequadas a comunidades 7 como as que temos em nosso tempo. Todavia, devemos lembrar que isso tambem acontece com relação a muitas outras coisas, mas em todos os casos sempre podemos encontrar o "espirito basico", aquele "Iio condutor" que, 105 UISMISTIFICANDO O DIZIMO indiIerente aos modismos de cada epoca, aponta para o caminho eterno que deve ser sempre seguido. Outra maneira de encarar o Iato e imaginar que as Escrituras nada têm a dizer a esse respeito, pois este seria um assunto a ser disciplinado pelas proprias comunidades. Embora não possa concordar completamente com esse ponto de vista, ainda assim e Iorçoso reconhecer que a disciplina a ser imposta pela comunidade precisa ser coerente com os principios mais gerais da Palavra, e de uma Iorma mais especiIica, com aqueles que estão mais proximos ao tema. Portanto, qualquer que seja a nossa posição com relação a este "silêncio das Escrituras", veriIicamos que a sintese construida pelo apostolo Paulo nestes capitulos assume a condição de um verdadeiro Iio de prumo, de Iio condutor, pois essa sintese paulina e a mais clara Iormulação dos principios mais basicos da Palavra sobre o assunto. E isso nos leva a reIletir sobre uma parte do sermão escatologico de Jesus, registrado no Evangelho de Mateus: "uando o Filo do Homem vier em sua gloria e todos os anfos com ele entào se assentara no trono da sua gloria. E serào reunidas em sua presença todas as naçòes e ele separara os omens uns dos outros como o pastor separa as ovelas dos cabritos e pora as ovelas a sua direita e os cabritos a sua esquerda. Entào dira o rei aos que estiverem a sua direita. "Jinde benditos de meu Pai recebei por erança o Reino preparado para vos desde a fundaçào do mundo. Pois tive fome e me destes de comer. %ive sede e me destes de beber. Era forasteiro e me recolestes. Estive nu e me vestistes doente e me visitastes preso e viestes ver-me". Entào os fustos le responderào. "Senor quando foi que te vimos com fome e te alimentamos com sede e te demos de beber? "uando foi que te vimos forasteiro e te recolemos ou nu e te vestimos? "uando foi que te vimos doente ou preso e fomos te ver?" Ao que les respondera o rei. "Em verdade vos digo. cada ve: que o fi:estes a um destes pequeninos a mim o fi:estes" (Mt 25:31-40). 106 ASINTESli PAULINA Certament e não encontrar emos, em t odo o Novo Testamento, mais clara identiIicação com as "pessoas miseraveis" do Antigo Testamento, do que nesta passagem. Por outro lado, não temos aqui nenhuma menção de obrigações do cristão com deveres de assistência a Igreja em si mesma. Mas, ao cont rario do Novo Testament o, podemos encontrar em nossa lit eratura evangelica atual, muitas passagens semelhantes a esta: A Igreja não e uma instituição Iilantropica. Não existe com a Iinalidade de Iazer caridade. Os templos não são "casas de caridade" nem seus membros são chamados com a tareIa especiIica de "dar de comer a quem tem Iome e de beber a quem tem sede". A caridade cristã e um Iruto do Espirito a ser produzido pelo cristão em particular ou pela Igr ej a, na união de esIorços nesse sent ido. E coisa secundaria na vida da Igreja. Em primeiro lugar, a Igreja deve existir em si mesma como uma comunidade cultural, uma assembleia do povo de Deus, convocada por Ele e reunida diante dEle ... Assim, entendemos que a principal Iinalidade do dizimo e a manutenção desta comunidade de Ie que e a Igreja e, conseqiientemente, do culto a Deus para o qual todas as pessoas devem ser convidadas. 2 O ENSINO DO APSTOLO PAUtO O que nos ensina o apostolo? Em primeiro lugar observemos estas palavras: "(eles) nos rogaram a graça de tomar parte nesse serviço"; e tambem: "não digo isto para vos impor uma ordem"; e mais alem: "cada um dê como dispôs em seu coração". Elas apontam para uma primeira e Iundamental caracteristica de que se deve revestir a contribuição dentro da Igreja: ela deve ser completamente espontânea! Na Igreja não existem imposições ou legalismos, mas ao contrario todas as ações devem ser movidas pelo amor genuino, pela visão das necessidades e pela Ie. O impulso para dar nasce da capacidade de cada cristão de se colocar no lugar daquele 107 DESMISTIFICANDO O DIZIMO que esta em diIiculdades, e dessa experiência vicaria brota o desejo de servir, não apenas com os nossos bens, mas tambem com a nossa propria vida. Imitamos a Cristo, que se colocou em nosso lugar! Quando somos capazes de assim visualizar as carências do proximo, não ha regras que limitem a nossa capacidade de dar, exceto a largueza de nossos proprios recursos. Como nos lembra o Apostolo, o amor "não procura o seu proprio interesse" (I Co 13:5b). Em segundo lugar, o conjunto dos textos aponta com clareza para uma verdade so: a contribuição deve ser destinada, sempre, ao sustento das vidas das pessoas, um verdadeiro "serviço em proveito dos santos". Devemos nos lembrar disso, quando usarmos o dinheiro arrecadado na Igreja para Iins que nada têm a ver com esse destino ultimo, mas que muitas vezes servem apenas a vaidade de algumas pessoas ou aos desvairos de uma comunidade. Em terceiro lugar, o apostolo nos ensina que a genuina contribuição cristã e sacriIicial, pois não resulta de um calculo de possibilidades economicas/ mas do desejo veemente de suprir o proximo em amor. Essa contribuição não tem atras de si toda uma racionalidade Iinanceira, ou uma serie de argumentos e calculos, nem depende de percentuais ou volume de rendas. Ela parte somente da compreensão da situação do outro, do meu proxi mo, do meu irmão em diIiculdades, e dessa compreensão resulta toda uma dinâmica que me leva a querer satisIazer as suas necessidades. Portanto, antes da contribuição em si mesma, existiu todo um processo de identiIicação entre quem da e quem recebe. Se não nos identiIicamos com a comunidade a que pertencemos, se não assumimos como nossas as suas necessidades, se não aprovamos os obreiros nem o seu modo de vida, se não concordamos sobre como administrar o patrimonio comum, jamais sentiremos alegria/ desprendimento, prazer, etc. Podemos dar muitos dizimos, mas nunca estaremos contribuindo "segundo o espirito do Novo Testamento". Paulo nos diz que esses irmãos contribuiram de uma Iorma 108 ASÍNTESEI WULINA extraordinaria, totalmente em desacordo com as suas reais posses, mas Iizeram isso com alegria, embora vivessem em extrema pobreza, em meio a terriveis tribulações. Estavam completamente identiIicados com seus irmãos judeus! Sem essa atitude Iundamental em nossas comunidades, jamais teremos uma experiência tranquila na area da contribuição, pois não são as muitas posses que explicam as grandes oIertas, mas, sim, o grande amor. Lembremos estas palavras: E sentado frente ao %esouro do %emplo observava como a multidào lançava pequenas moedas no %esouro e muitos ricos lançavam muitas moedas. Jindo uma pobre viuva lançou duas moedinas isto e um quadrante. E camando a si os discipulos disse-les. "Em verdade eu vos digo que esta pobre viuva lançou mais do que todos os que ofereceram moedas ao %esouro. Pois todos os outros deram do que les sobrava. Ela porem na sua penuria ofereceu tudo o que tina tudo o que possuia para viver (Mc 12:41-44). Podemos anotar um quarto ensinamento, que esta contido nestas palavras: "a sua copiosa alegria" e "Deus ama a quem da com alegria". A presença da alegria no centro do ato de contribuir sugere que essa açao precisa trazer paz a quem a pratica, e que de Iorma alguma ela deve ser causa de um desequilibrio interior capaz de gerar apreensão, revolta, murmuração, ou qualquer outra atitude contraria ao bem-estar que deve reinar em nossa alma. Se podemos contribuir e ainda permanecer alegres com isso, e sinal de que aprovamos o que Iazemos, e que essa ação contribuiu positivamente para o nosso proprio viver, sem mencionar os beneIicios que possa trazer aos outros ou a comunidade. O nosso ser interior nos diz que agimos bem, em perIeita consonância com aquilo que somos/ e por esta precisa razão, a nossa alegria não nos Ioi tirada ou sequer abalada. A contribuição cercada de alegria e a melhor prova de que realmente ocorreu a necessaria e completa identiIicação entre quem da e quem recebe. A alegria e sinal de vitalidade, de modo que quem da e permanece alegre demonstra que não se sente diminuido em 109 DESMISTIHCANDO O DIZIMO nada, mas antes percebe que e capaz de realizar muito mais do que supunha, e esse simples Iato o gratiIica e o encoraja a prosseguir dando, na certeza de que quem muito da, muito recebe em troca. Essa marca da alegria não se encaixa bem com a rigidez legalista do dizimo levitico, embora tenha tudo em comum com os dizimos do Deuteronômio, com a determinação de Jaco, com a espontaneidade de Abraão, etc. Mesmo na epoca levitica, sempre que a entrega dos dizimos Ioi resultado de uma genuina revolução espiritual, ai podemos encontrar essa mesma alegria: "e trouxeram em abundância o dizimo de tudo" (II Cr 31:5b). E por Iim, um ultimo e precioso ensinamento: "quando existe a boa vontade, somos bem aceitos com os recursos que temos; pouco importa o que não temos". Temos aqui palavras de uma rara proIundidade, que devem ser examinadas por dois lados distintos: o de quem da e o de quem recebe. A comunidade deve estar preparada para receber com alegria, com respeito e com genuina aceitação, a contribuição de qualquer irmão, seja ela de quanto Ior. Ela deve ser olhada pelo que eIetivamente representa: uma oIerta voluntaria, pessoal, espontânea, alegre, sacriIicial. Não nos cabe julgar se ela esta bem ou mal calculada, se ela e adequada ao status social da pessoa, se e o que esperavamos dessa pessoa, etc. "Boa vontade" neste contexto quer dizer exatamente isto: não julgar, não murmurar, não pressupor, mas aceitar de coração leve e sincero aquilo que e trazido por cada um. Cabe ao individuo estar em paz consigo mesmo e com Deus, e não compete a comunidade legislar ou julgar sobre isso. Nesse sentido, "boa vontade" tambem quer dizer aceitação sem reservas, crendo que o Eterno olha os corações e so a ele cabe agir. SigniIica tambem que estamos dispostos a trabalhar com o pouco que nos e dado, sabendo que Ele pode multiplica-lo. Essa atitude nasce do reconhecimento de que as nossas limitações, individuais ou coletivas, não são realmente boas desculpas para Iicarmos inativos e inuteis, mas ao contrario, boas razões para aprendermos a depender do Eterno e da 110 A SINTESE PAU LI N A sua misericordia. "Boa vontade" signiIica, portanto, não Iazer acepção de pessoas e aprender a usar de boa mente e coração alegre as poucas coisas que nos são dadas. Por outro lado, quando olhamos para a pessoa que contribui, "boa vontade" bem pode ter o sentido de "sei que e muito pouco, mas e tudo o que tenho, e por isso de nada posso me envergonhar: amei o meu irmão, soIri junto com ele, e agora entrego o que tenho pouco, e verdade, mas dado de boa vontade". Doação de um coração repleto de alegria, atraves de uma decisão tranquila, que parte de um cristão que se coloca no lugar de seu irmão e lhe da tudo quanto tem. Portanto, quer se olhe pelo ângulo do doador, quer se olhe pelo lado do receptor, como entender essa "boa vontade"? Creio que ela se resume adequadamente em uma so palavra: a contribuição precisa revestir-se de humildade. Assim, a partir dos ensinamentos contidos nesta "sintese paulina", podemos estabelecer algumas regras praticas que devem reger a atitude do cristão em Iace da contribuição: a) a periodicidade e o percentual são da nossa livre decisão; acima de tudo vale o conselho do apostolo Paulo: "aquilo que o teu coração separou". #eparemos nas palavras de Paulo: o coração, não a razão! b) Deve ser a expressão de nossa gratidão por uma vida realizada, por podermos viver do nosso trabalho, por vida doada. c) Deve atender as necessidades do pobre, do desamparado e do necessitado. d) Deve servir para sustentar os que servem, doando a sua vida ao proximo, a comunidade, e aos santos. e) Deve expressar a alegria de viver, e traduzir o expresso reconhecimento da soberania de Deus. Ao contribuir, devemos entender claramente que aquilo que oIertamos não passa do retorno do realizado, que so pode ser Ieito pela sua bondade e misericordia. 111 DESMISTIFIC ANDO O DIZIMO I) Não e, de Iorma alguma, uma obrigação, mas precisa ser humilde e sacriIicial. UMA FILOSOFIA DE VIDA Em meio a esses ensinament os sobre a contribuição, o apostolo deixa escapar dois comentarios bem ajustados ao contexto, que não se relacionam a contribuição em si mesma, mas que dizem respeito a questão mais geral da atitude do cristão com relação aos bens materiais. O primeiro desses comentarios propõe uma resposta para perguntas do seguint e tipo: "Ate onde um crent e deve enriquecer?" O apostolo ensina: "Deus pode cumular-vos de toda especie de graças, para que tenhais sempre e em tudo o necessario e vos Iique algo de excedente para toda obra boa." Não ha limite para a riqueza, desde que exista a capacidade de servir ao proximo com dedicação. Paulo não questiona que estilo de vida devemos levar (simples, abastado, discreto, etc.), mas insiste que devemos ganhar alem daquilo que precisamos para sustentar esse estilo de vida e poder servir com liberalidade a quem necessita. Podemos perIeitamente inIerir das palavras do apostolo que devemos reduzir o "necessario", caso essa seja a unica Iorma de Iazer sobrar "o excedente para toda a boa obra", o que estara em perIeito acordo com a ideia de serviço sacriIicial por tras do conceito biblico de contribuição. Todavia, a convicção do apostolo e a de que "Deus pode cumular-vos", isto e, a sua misericordia nos sustentara de tal Iorma que sempre teremos aquilo de que necessitamos para servir a nos proprios e aos outros- Paulo não aIirma, mas deixa subentendida a mesma doutrina presente em toda a Biblia a da perIeita retribuição sustentada pelos Sabios e pelos ProIetas, embutida na Tora, e imanente em todo o Novo Testamento. Cada um recebera segundo as suas ações. A citação que acompanha a instrução apostolica "a sua justiça permanece para sempre" Ioi extraida do Salmo 112, onde aparece duas vezes. A primeira, no verso 3, 112 A SINTESE PAULINA onde lemos: "Na sua casa ha abundância e riqueza, sua justiça permanece para sempre." A segunda, no verso 9: "Ele distribui aos indigentes com largueza; sua justiça permanece para sempre." Todo o salmo e um elogio do homem reto e temente a Deus, de Iorma que e licito concluir que se a "justiça permanece para sempre", isto e, se a vida e vivida em uma unica direção a de Deus · a abundância existira para suprir as necessidades da propria casa, e tambem as necessidades dos outros que estão a nossa volta. Claramente, o ensino apostolico e uma advertência contra a ganância, o acumulo de riqueza sem objetivo ou Iinalidade outra que não a riqueza em si mesma. Os bens precisam estar revestidos de Iinalidade, e a unica motivação que a Biblia aprova e a de servir ao proximo sem restrições. O segundo comentario e bem ligado ao primeiro e esta expresso nestas palavras: "Não desejamos que o alivio dos outros seja para vos causa de aIlição, mas que haja igualdade." Podemos perceber nessas palavras de Paulo uma clara alusão a um principio de equilibrio que deve nortear todas as nossas ações: ate para Iazer o que e bom devemos ser sobrios e agir com sabedoria. Igualdade neste contexto não signiIica quantidade igual de bens para todos, mas, sim, uma garantia de que os soIrimentos de uns não seriam resolvidos transIerindo-os para outras pessoas. Em cada epoca e em cada lugar sempre teremos uma distribuição desigual de recursos e de bens, mesmo porque nem todos se entregam ao trabalho com a mesma intensidade e competência. Todavia, deve haver capacidade para dar, de tal Iorma que os extremos de injustiça e de soIrimento sejam evitados, e todos possam enIrentar a vida com igual tranquilidade, embora cada um continue no seu proprio nivel e situação. Temos aqui esboçada uma seria doutrina de igualdade de oportunidades no seio da comunidade cristã, segundo a qual as riquezas de alguns devem ser colocadas a serviço da comunidade, não para deixar todos em um mesmo nivel economico, mas para evitar que haja injustiça, aIlição e 113 DESMISTIFICANDO O DIZIMO necessidade. E, de uma certa Iorma, o apostolo visualiza essa ação economica sendo dirigida e executada sob a direção da Igreja e das comunidades locais. E preciso reconhecer que nem mesmo o mais liberal dos evangelicos esta hoje preparado para aceitar essa doutrina e encarar como responsabilidade da Igreja essa missão de estabelecer uma "democracia economica", especialmente se ela Ior executada mediante a utilização dos recursos entregues a Igreja pelos membros. Por outro lado, e inegavel que podemos ver neste texto ecos do "dizimo do pobre" tal como estabelecido por Deuteronômio, e uma "tradução" paulina dos ensinamentos proIeticos acerca das "pessoas miseraveis" da sociedade. Notas 1 Caio Fabio apresenta em seu livro ja citado (Uma bênçào que poucos desefam uma excelente analise de II Co 8-9, que ele reduziu a um conjunto de 13 principios, muitos dos quais apresentam conteudos muito proximos das conclusões que apresentamos neste capitulo. 2 J. Cabral. op.cit.,p.23. 114 . UMA DOUTRÌNA PARA HOJE INTRODUÇÄO Chegando a parte Iinal de nosso estudo, devemos agora Iazer uma aplicação das doutrinas biblicas sobre a contribuição do Antigo e Novo Testamentos, que seja Iiel ao ensino que ja estudamos, e ao mesmo tempo viavel e adequada a epoca em que vivemos. Devemos ter consciência de que vivemos em uma epoca muito especial, que deixando atras de si os restos de uma moribunda civilização de matriz cristã, procura com vigor e audacia uma nova Iorma de viver. E nessa nova Iorma de vida, certamente estão presentes doses bem maiores de autenticidade e de amor a vida, que nos obrigam a repensar velhas atitudes e estrategias obsoletas. Não tenho a pretensão de escrever um tratado detalhado de doutrina, pois não sou teologo, mas quero tão somente mostrar as atitudes basicas de conduta coerentes com uma leitura sadia e não deIormada dos textos biblicos. Assim limito-me a apresentar sugestões Iundamentais que devem ser adotadas pelas comunidades e praticadas pelos cristãos como individuos. São cinco sugestões apenas. As três primeiras estão voltadas para o cristão como individuo; a primeira delas pretende resgatar os simbolismos biblicos contidos nas leis das Primicias e dos Primogenitos, que são a base eIetiva de qualquer sistema biblico de contribuição; a segunda e um resumo da otica correta que deve presidir o ato de contribuir; 115 DESMISTIFICANDO O DIZIMO e a terceira e uma recomendação para que os crentes voltem a praticar o "dizimo do pobre". As duas ultimas são voltadas para a Igreja como um todo: a quarta e uma recomendação para que cada comunidade procure adotar uma estrutura tão "descartavel" quanto possivel, e Iinalmente a quinta apresenta a minha visão pessoal de como devem ser os obreiros em uma comunidade. A leitura das paginas que se seguem vai deixar bem claro que as sugestões acima supõem uma critica seria das Iormas estruturais da Igreja atual, no sentido de reduzir a "Igreja-instituição" e revitalizar a "Igreja-Corpo-de Cristo", não apenas em um sentido mistico, mas em um bem real e concreto sentido social e comunitario. Este capitulo implica todo um espirito de reconstrução e reIorma, que talvez seja bem explicado por meio desta historia hasidica, atribuida ao #abi Dov Baer de Mezritch (morto em 1772): A criação dos Ceus e da terra e o desdobramento de "Alguma-coisa" de dentro do "Nada", a descida do "alto" para "baixo". Mas os discipulos que em meio ao seu trabalho se desvencilham de tudo quanto e material e não Iazem nada a não ser pensar em Deus, verdadeiramente vêem, compreendem e são capazes de imaginar o Universo no estado caotico em que se encontrava antes da Criação. Eles transIormam outra vez a "Alguma-coisa" em "Nada". Mas isso e muito mais miraculoso: começar a partir do estado mais inIerior. E assim e dito no Talmude: "Maior do que o primeiro milagre e o ultimo/' 1 O RESGATE DAS PRIMICIAS Minha avo paterna costumava separar a primeira duzia de ovos que uma nova galinha poedeira colocava. Da mesma Iorma, na primeira parição de uma porca nova, o primeiro Iilhote macho era separado e criado a parte. Em algumas outras coisas ela procedia da mesma Iorma, de modo que a 116 UMA DOUT#INA PA#A HOJE posterior venda destes produtos acabava por constituir um Iundo que ela utilizava para socorrer a igreja local, missionarios, pastores visitantes, etc. Minha avo Iazia isto na primeira metade deste seculo, no contexto de uma pequena vila rural do norte de Portugal. Ate onde eu sei, ela não aprendeu isso com nenhum pastor ou missionario, ate mesmo porque minha Iamilia Ioi uma das primeiras a se converter como resultado do trabalho de missionarios batistas brasileiros em Portugal. Talvez ela tenha decidido Iazer isso por conta propria, a partir de sua leitura pessoal das Escrituras, ou talvez isso seja urn testemunho das antigas raizes judaicas da Iamilia. De qualquer Iorma, o importante e que temos aqui um comportamento completam ente ajustado ao meio ambiente da epoca, e que traduz com Iidelidade uma otica precisa de reconhecimento da intervenção de Deus em todas as nossas atividades. Talvez sem perceber, minha avo estivesse executando um ritual idêntico ao das Primicias, em conteudo e valores. E aqui temos a primeira coisa a ser Ieita: resgatar as Primicias, não como ritual solene e obrigatorio, mas como parte de uma nova visão da vida. Não estamos querendo voltar a uma era dominada pelo sagrado, mas apenas declarar, em um ambiente plenamente secularizado, nossa convicção de que o sentido da vida não se mede apenas por aquilo que e aparente, pois em ultima analise, ela so tem signiIicado e valor quando e vivida a partir de um pressuposto religioso. Um ato em que declaramos com total convicção que existe um Deus, que nos sustenta e torna possivel o ato mesmo de viver. Nas Primicias, resgatamos a base eIciivn c verdadeira da vida aquilo que não se vê! Mediante «i celebração Iestiva declaramos que estamos de posse deste mundo que o Eterno nos entregou, que agradecemos a vida que nos Ioi concedida, e que reconhecemos que a sua misericordia e, de Iato, a razão do nosso viver. Como Iazer isso? Creio que ja ha uma resposta, velha de 117 DESMISTIFICANDO O DIZIMO alguns seculos, mas que conserva o Irescor das coisas que não envelhecem jamais. #eIiro-me ao Dia de Ação de Graças instituido pelos primeiros peregrinos ingleses que Iizeram a America, e que na sua simplicidade original contem o essencial das ideias e dos valores das Primicias. Uma vez por ano, reunimo-nos em casa, a volta da mesa, como Iamilia, e damos graças a Deus por todas as bênçãos acrescentadas por mais um ano de atividades. Comemos, bebemos, oramos, lemos a Palavra, e nos alegramos proIundamente por estarmos vivos, trabalhando, construindo, louvando a Deus! #eIlexo de uma cultura que então era de base puramente agraria, o Dia de Ação de Graças e comemorado ao Iinal do outono, quando todas as colheitas ja se encerraram (no HemisIerio Norte) e, portanto, ja podemos saber o que temos como resultado de todo um ano de atividade produtiva. Creio que não e essencial conservar esse simbolismo agrario em sociedades completamente industrializadas, mas tambem nada impede que seja mantido. Observado com esse proposito em mente, um Dia de Ação de Graças tambem satisIaz o conceito do "segundo dizimo" do Deuteronômio, e esta em total acordo com o espirito daquela lei. Talvez, para melhor corresponder ao principio biblico, cada Iamilia deveria convidar as pessoas mais humildes de suas relações, sejam da sua igreja ou de sua vizinhança, e Iazer com que elas participem não so da reIeição solene, como do que no momento tivermos "como excedente para toda boa obra". Nada impede que, observada a primazia da Iamilia e da reIeição solene no lar de cada um, que a propria Igreja, como grande Iamilia que de Iato e, organize uma segunda reunião de ações de graças, em que não so renovaremos os louvores do culto domestico, como tambem celebraremos aquilo que como comunidade conseguimos alcançar durante o ano que passou. A exemplo do que ocorre com as Iamilias judaicas, e tambem com as Iamilias americanas mais tradicionais, cada Iamilia desenvolvera uma "liturgia" particular para a sua 118 UMA DOUT#INA PA#A HOJE Iesta domestica, em que se dara maior destaque aqueles detalhes e aqueles valores que mais de perto tocam a sensibilidade de cada lar, e que representam de Iorma mais adequada as vitorias e as lutas por que a Iamilia tem passado. Assim toalhas decoradas, arranjos de Ilores, comidas especiais, e ate trajes adequados, podem ser escolhidos por cada uma, com plena liberdade, como Iorma de expressar a sua alegria e a sua satisIação com as bênçãos que a sua memoria pode lembrar nesse dia. Esse dia de ação de graças deve ser preenchido com sinais claros e evidentes de que estamos agradecendo a Deus a bênção do trabalho, e todos os Irutos que alcançamos em razão dele. Cabe ao cheIe da Iamilia conduzir toda a comemoração de tal Iorma que a mesa, os pratos servidos, os textos e os cânticos sirvam de "sinais" que a todo instante recordem a vinculação que existe entre Deus, o nosso trabalho e os bens que desIrutamos. E importante que essa celebração Iamiliar tenha ressaltado esse aspecto memorial, pois a Iunção primeira das Primicias e trazer a memoria os Iatos singulares do ano que passou, atraves dos quais identiIicamos melhor as bênçãos recebidas. E nesse contexto, Iatos como o nascimento de uma criança, o casamento de um Iilho, a compra de alguma propriedade, o inicio de uma nova carreira proIissional, devem ser especialmente rememorados, comemorados e agradecidos ao Eterno Pai. Da mesma Iorma, julgo que essa sera uma excelente oportunidade para reunirmos a "Iamilia-grande", isto e alem do casal e seus Iilhos (a Iamilia nuclear), tambem os avos, os tios, os primos e todos quantos as possibilidades permitirem. Esse tipo de reunião Iaz Ialta em nossa vida moderna, em que raramente saimos da estrutura reduzida da Iamilia nuclear e damos a nossos Iilhos a oportunidade de compartilhar com outras gerações, contribuindo assim para que a identidade Iamiliar seja assegurada e transmitida de uma geração para outra. 119 DESMISTIFIC ANDO O DIZIMO A CONTRIBUIÇÄO BIBLICA - A DIMENSÄO COMUNITÁRIA Devemos esquecer por completo os aspectos Iormais ligados ao dizimo como base de doutrina para nossas contribuições, especialmente aqueles aspectos a que temos nos reIerido como o "argumento levitico", e guardar dele apenas os valores basicos que as Escrituras vincularam a essa instituição do povo de Israel. Assim, a nossa contribuição deve ser um reIlexo de que entendemos o nosso trabalho como vida doada por Deus. Deve ser um ato excelente, exemplar, revestido de toda a dignidade, de todo o amor e de toda a dedicação. Uma ação plena de alegria e paz. Uma demonstração de amor e misericordia. A esses valores devemos juntar os ensinamentos da "sintese paulina", ou seja: a nossa contribuição deve ser revestida de uma espontaneidade total, alem de representar uma ação sacriIicial, repleta de alegria, cheia de boa vontade, que reIlete muito mais a nossa humildade do que a nossa grandeza. E ao entregarmos a nossa contribuição a comunidade, queremos estar certos de que ela sera empregada para assistir as "necessidades dos santos", e em nada mais alem disso. So assim a contribuição sera eIetivamente uma bênção na vida do cristão, so assim ela lhe sera leve, e so assim ela servira para ediIica-lo. Em suma, a motivação principal que estara por tras dessa contribuição e o amor a Deus e ao proximo. Portanto, podemos concordar plenamente com esta aIirmação: "Qualquer outro apelo que não seja o amor, sera um apelo errado. A mordomia cristã não e legalismo inIrutiIero, mas e a alegria de dar-se a si mesmo, com liberdade sacriIicial." 2 A partir de uma concepção dessas, cada um devera separar aquilo que o seu proprio coração desejar separar para contribuir, e o Iara de Iorma totalmente tranquila, sem constrangimentos ou pressões. A cada contribuição, a sua UMA DOUT#INA PA#A HOJE oIerta sera um reIlexo do seu momento, do seu estado de espirito, da sua compreensão das necessidades de sua comunidade, da sua plena identiIicação com ela e com os seus propositos de serviço cristão. Longe de sua cabeça e de seu coração estarão preocupações quanto a percentuais, epocas ou dias, sobre que base de renda devera contribuir, etc. O cristão não e constrangido por regras legais, mas reconhece que so "a caridade de Cristo nos compele" (II Co 5:14a). Da mesma Iorma, sentimentos de superioridade, de vantagem, etc., estarão ausentes de seu coração, de tal modo que soarão como uma coisa quase absurda ideias como a que se segue: Esta Iora de duvida que no Novo Testamento e clara a obrigação do povo de Deus contribuir para sustentar o culto (I Co 9:13,14) e a obra da Igreja em todos os seus aspectos. Como o Evangelho e superior a Lei e o Novo Testamento ultrapassa o Antigo, por questão de logica, o cristão esta obrigado a dar muito mais que o dizimo. 3 Não consigo entender que logica seja esta, nem existe uma unica linha das Escrituras que autorize i maginar que haja "competição" entre as suas varias partes. Alem disso, todos sabemos que o evangelho simplesmente não Iaz sentido sem toda a estrutura de reIerência do Antigo Testamento, que Iaz com que o sacriIicio da cru/, seja muito mais do que a si mpl es execução de um prisi onei ro judeu por part e do exercito romano. Entendida dessa Iorma, a contribuição cristã passa a ser eIetivamente unia "gracn", no sentido evangelico de uma virtude divina, um Iavor recebido diretamente do Eterno Pai. Elanãoe uma "`raea" no sentido de ser um meio de salvação, mas e eIclivamenle "graça" no sentido de ser veiculo para um Iortalecimento do carater cristão e de contribuir para o pleno amadurecimento da nossa capacidade espiritual de compreender vicariamente as necessidades do nosso proximo. 120 121 DESMISTIFICANDO O DIZIMO A CONTRIBUIÇÄO BIBLICA - A DIMENSÄO PESSOAL Se queremos permanecer Iieis ao espirito biblico nessa questão da contribuição, precisamos reconhecer que Deuteronômio estabelece dois niveis em que a questão deve ser tratada. Um nivel e aquele que corresponde a comunidade, e por este nivel compreendemos que as contribuições têm uma destinação que envolve objetivos que não são meramente pessoais, mas de toda uma coletividade. Assim, quando o dizimo e entregue ao levita ou ao sacerdote, sabemos que ele se destina a manutenção de uma estrutura clerical, de uma Iorma de culto, etc., de modo que a Iorma Iinal em que a minha oIerta sera eIetivamente consumida esta Iora da minha esIera de decisão pessoal. Mas quando Deuteronômio diz que a cada três anos o dizimo deve ser deixado "em nossas portas", e Iorçoso reconhecer que esse e um ato de contribuição isolado, em que apenas eu participo, e atraves do qual vou atender as necessidades especiIicas de pessoas carentes que estão vivendo na minha propria esIera de vida, e não da comunidade a que eu possa pertencer. Por outro lado, se relermos as muitas citações apostolicas que Iicaram nas paginas anteriores, veremos que a obrigação do amor Iraternal e da caridade não se restringe a igreja como uma comunidade, mas e em primeiro lugar uma questão pessoal. Assim, teremos sempre de manter um certo equilibrio entre essas duas visões distintas, porem, complementares: a ação do cristão como individuo e a ação do cristão como membro de uma comunidade. Essas duas visões são necessarias e devem Iazer parte constante de nossas vidas. E impossivel conceber um cristão que não seja capaz de reagir de imediato perante as carências do seu proximo, mas que transIere toda a responsabilidade pela execução das ações necessarias para cima de sua comunidade. Essa e uma atitude extremamente signiIicativa, pois ela aponta para uma pessoa insensivel, que não se coloca no lugar do outro, mas que acalma a sua consciência cristã 122 UMA DOUT#INA PA#A HOJE assumindo que tudo sera Ieito de uma Iorma "institucionalizada". Essa atitude representa uma perigosa transIerência de responsabilidades e deixa transparecer uma recusa em envolver-se com as pessoas de carne e osso, que soIrem e Iazem soIrer, deixando que o relacionamento com elas seja Ieito apenas por intermedio dos orgãos competentes da comunidade. E uma Iuga do humano e da dor, que em tudo se opõe aos principios evangelicos. Assim, devemos planejar nossa vida de tal Iorma que dentro daquilo que deve Iicar corno "excedente para toda a boa obra", possamos deixar uma reserva para o nosso "dizimo do pobre", pessoal e intransIerivel, que iremos entregar a quem o nosso coração e os Iatos da vida apontarem como sendo o nosso proximo que dele necessita. Sempre dentro de um espirito de liberalidade e espontaneidade, sem prog- ramação previa, mas ligados em amor as necessidades a nossa volta. Creio que a parabola do Bom Samaritano expressa com precisão o espirito que deve presidir a entrega dessas oIertas: "Certo samaritano em viagem, porem, chegou junto dele, viu-o e moveu-se de compaixão" (Lc 10:33). Acidentalmente, casualment e, sem agenda previa, apenas e tão soment e movido por compaixão. E isso e realmente tudo o que importa. A vida moderna, em especial nas grandes cidades, e cada vez mais impessoal, e os laços que nos ligam as outras pessoas são t enues e quase sempre merament e instrumentais. Carecemos de genui nos relaci onament os humanos, e soIremos de uma aguda tendência para relegar ao Estado e a Igreja, ou a uma instituição qualquer, a responsabilidade de cuidar das mazelas sociais e das agruras dos outros. Estamos acostumados, em especial no nosso pais, a urn Estado paternalista, que assume o nosso lugar, acalma nossas consciências, apesar de no intimo todos sabermos que, na verdade, muito pouco do que precisa ser Ieito e realmente Ieito. Essa não e uma corr et a visão bi bli ca da vi da e do 123 DESMISTIFICANDO O DIZIMO relacionamento social. O que lemos nas Escrituras e uma constante exortação a participação responsavel, de modo que o nosso trabalho e o nosso esIorço sejam somados ao trabalho e ao esIorço dos demais membros da comunidade, e assim os problemas comuns sejam solucionados pela atividade coordenada de toda a coletividade. Não ha base biblica para o isolamento e a não-participação. Para nos estimular a servir, as Escrituras nos advertem que ate mesmo as bênçãos de Deus são repartidas por igual entre todos os homens, o que nos motiva a agir da mesma Iorma, porque "deste modo vos tornareis Iilhos do vosso Pai que esta nos ceus, porque ele Iaz nascer o seu sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre justos e injustos" (Mt 5:45). A ESTRUTURA ECLESIÁSTICA A Igreja deve repensar a sua estrutura e reduzi-la sempre que ela estiver inchada e abusivamente grande. Ela precisa despojar-se e ser capaz de servir da Iorma mais eIetiva e simples possivel, sem pompas ou aparatos. Creio com absoluta certeza que caminhamos para uma epoca em que cada vez mais necessitaremos de uma Igreja tão "descartavel" quanto possivel, uma Igreja eIetivamente "pobre", despida dos enIeites deste mundo, mas bem adornada com virtudes espirituais. Os lideres das igrejas precisam pôr de lado uma certa otica imperial, que os leva a decidir o que querem gastar, sem consultar para valer a vontade das suas comunidades. Os lideres precisam ser humildes e acatar corn boa vontade aquilo que e a expressão genuina da vontade coletiva. Precisamos resgatar a ideia de que o cristianismo e, acima de tudo, um modo de vida e não, em primeiro lugar, um credo religioso. Quando dizemos que o cristianismo e um modo de vida, queremos expressar o Iato de que as verdades evangelicas transIormam a pessoa e Iazem com que ela passe a encarar a sua propria vida de uma Iorma global, a partir de um unico ponto de vista: o do amor de Deus. Essa verdade 124 UMA DOUT#INA PA#A HOJII gera uma visão-de-mundo abrangente e poderosa, que tudo atinge e tudo transIorma. A ação do cristão volta-se então para a comunidade, para o trabalho, para a Iamilia, para a construção de uma cultura mais justa e mais perIeita. So secundariamente ele se preocupa com a Iorma de sua Ie e da espaço para as proposições teologicas que exprimem as suas convicções interiores. Quando encaramos o cristianismo por esse prisma, estamos ressaltando o Iato primordial de que a Ie resulta de uma experiência unica e poderosa com o Eterno, de uma percepção da Eternidade e do Transcendente, muito mais no nivel do homem total e da sua vontade, do que propriamente no nivel do seu intelecto, ou da sua capacidade de exprimir essa experiência em um sistema coerente de proposições teologicas. Quando damos prioridade a visão da Ie como Iorma de viver e alicerce de uma visão-de-mundo abrangente, privilegiamos o individuo. Ao contrario, quando olhamos a Ie como veiculo para Iormular um sistema conIessional, privilegiamos a Igreja como instituição religiosa e, de uma Iorma quase subliminar, valorizamos tudo quanto esta vinculado a uma estrutura religiosa: a hierarquia, a ideia do clero, as regras, as Iormas liturgicas, etc. A Igreja Primitiva e a Igreja Antiga Ioram Igrejas muito mais voltadas para compreender a Ie como Iorma de vida, mesmo nas epocas diIiceis em que precisaram combater heresias e ataques a pureza da doutrina. Mas, a partir da Iatidica "opção por Constantino", a Igreja voltou-se cada vez mais para a Iormulação de um consistente e rigido sistema conIessional, a ponto de se transIormar na Igreja Medieval, que era uma estrutura solida, dogmatica, Ierrea, quase cega para as realidades da vida neste mundo, alem de surda aos gemidos do Espirito. Do #enascimento e da #eIorma ate nossos dias, as igrejas têm sido abaladas pelas tempestades produzidas por mudanças politicas, sociais e tecnologicas, de modo que mais têm agido de Iorma deIensiva, do que propriamente buscando desenhar uma nova Iorma de ser coerente com os tempos atuais. 125 DESMISTIFICANDO O DIZIMO No entanto, os ventos que sopram no mundo de hoje têm empurrado essa visão da Igreja como instituição para o Iundo do palco social, e na medida em que esse palco continua vazio de valores espirituais e de autênticas Iontes de vida, cresce a necessidade de se resgatar a Igreja Ionte de vida e de poder, livre e leve, ligada tão somente as Iontes de onde brotam os rios de vida eterna. Não tenho duvidas de que vivemos um tempo de mudan- ças, de modo que chegou a hora de repensar a igreja local e buscar um model o de comuni dade que seja capaz de responder aos desaIios do terceiro milenio. Por isso, antes de pedirmos contribuições aos membros de nossas igrejas, as necessidades Iinanceiras de cada comunidade devem ser cuidadosa e democraticamente avaliadas, e o seu montante decidido atraves de verdadeiros mecanismos de consenso. Todo o esIorço deve ser Ieito para que essas listas de neces- sidades sejam expurgadas de todo o superIluo, e reIlitam assim a justa medida das verdadeiras demandas de uma comunidade sadia e atenta as reais necessidades dos santos. Ninguem deve se sentir sobrecarregado, ou explorado, ou intimidado. Tudo deve ser Ieito de Iorma transparente e repleta de amor. OS OBREIROS Creio que ja esta na hora de repensar a serio o Iigurino do que seja o obreiro ideal nestes tempos de cibernetica,, de industrialismo acelerado, de globalização da economia e da cultura. E preciso enxergar que existem no ar novas variaveis que modiIicaram de Iorma completa e permanente o ambiente a que estavamos secularmente acostumados. Creio que existem desaIios ministeriais muito mais serios e eIetivos Iora da Igreja do que dentro dela, e que de um modo geral os obreiros estão mal preparados para enIrentar as oport unidades de servi ço que as novas soci edades industrializadas apresent am, em especial no Ocident e. 126 UMA DOUT#INA PA#A HO1E Somos portadores de verdades eternas e imutaveis e, por isso, temos a tentação de mante-las amarradas as embalagens com que Ioram revestidas desde meados do seculo XVIII, esquecendo que vivemos em ambientes de alta tecnologia, que se renovam e se transIormam a cada dia, gerando assim tensões que se tornam insuportaveis se não Iorem correta-mente equacionadas. Por essa razão, creio que os obreiros precisam de uma Iormação muito mais ampla, que não se deve limitar apenas ao preparo mi nist erial t radi ci onal oI ereci do por um seminario. E preciso juntar a esse preparo mais duas coisas. Em primeiro lugar, uma adequada visão do mundo moderno, das Iorças estruturais que nele operam, dos conIlitos que estão em curso, alem de uma correta compreensão da dinâmica propria da tecnologia. Em outras palavras, o obreiro deve possuir aquilo que usualmente chamamos de "Iormação secular". Em segundo lugar, o obreiro precisa ter real experiência de vida e de Deus, antes de assumir qualquer responsabilidade ministerial. Ora, possuir essa soma de qualiIicações e conserva-las em permanente estado de atualização não e tareIa simples. Ela pode ser exercida de Iorma bem mais Iacil e produtiva, se o obreiro estiver sempre vinculado as duas realidades que deve estar apto a compreender: a Ie, de um lado, e a sociedade do outro. Em outras palavras, ele sera um melhor obreiro se desempenhar uma dupla Iunção: a de trabalhar secularmente e tambem dentro da Igreja. Existem carreiras seculares onde um obreiro cristão pode hoje prestar um serviço extraordinario e contribuir de uma Ior ma bem mais positiva do que se ele permanecer simplesmente o tempo todo dentro da Igreja. Nesse sentido, basta pensarmos na imensa rede de colegios e universidades cat olicas exist entes em t odo o mundo, e avaliar mos a importância que esses educadores têm na Iormação da opinião publica, na construção de sistemas de valores, na Iormação etica e moral, etc. Gerações de brasileiros, em especial das camadas mais privilegiadas da população, das 127 DESMISTIFICANDO O DIZIMO quais saem os l i deres int el ectuais da nação, t êm sido modeladas a sombra desses colegios e universidades catolicas. Poderia alinhar dezenas de outros exemplos, na area da midia (jornais, televisão, revistas, etc.}, nas proIissões liberais, nos serviços de alcance social e comunitario, etc. A estrutura das soci edades moder nas e hoj e tão mais compl exa e dinâmica, que e quase um pecado mortal permanecer atrelado a Iigurinos de muitos seculos atras e pretender que eles sejam capazes de produzir hoje os mesmos resultados de outrora. Assim como vejo a necessidade de um obreiro receber Iormação secular, tambem vejo que o proIissional liberal, o tecnico, o especialista, etc., deve receber preparo teologico, de Iorma a embasar melhor a sua Iormação e ser capacitado a desempenhar diversos papeis na sua comunidade cristã. Não podemos esquecer que a educação moderna e meramente instrumental e desprovida de qualquer base etica ou religiosa, limitando-se a Iormar proIissionais que dominem as praticas de uma det er minada area. Em suma, aquel es que hoj e chamamos "leigos" (e que andam meio sumidos...) devem r eceber maior car ga de t rabal ho e, em Iunção de sua experi ência de vi da, de seu preparo e de seus dons, compartilhar os diversos ministerios da comunidade. Não e diIicil perceber que a visão que tenho a respeito dos obreiros e que devemos, a cada dia, caminhar na direção do serviço voluntario, sacriIicial, não remunerado, Ieito com dedicação, com amor, com persist ência. Contemplo comunidades com dezenas de obreiros repartindo entre si as responsabilidades de ministrar as necessidades dos irmãos, cada um segundo o seu dom particular e a sua visão da Ie, todos juntos pelo amor do evangelho e do Eterno Pai. Em um ambiente como este em que vivemos hoje, não vejo melhor Iorma de combater a Igreja-instituição, de acabar com o proIissionalismo pastoral, de reduzir a hierarquia e o sentimento de casta clerical que ainda contamina muita gente. Da mesma Iorma, e um remedio eIiciente para liquidar os resquicios medievais de uma Igreja toda poderosa e cheia de 128 UMA DOUT#INA PA#A HO1E ambições temporais. Não ha mais lugar para uma Igreja assim. Isso não quer dizer que seja proibido a uma comunidade ter obreiros que ela sustente de Iorma integral, ou que missionarios sejam enviados a lugares distantes de suas casas sustentados por suas igrejas, ou que obreiros que se dedicam a coordenação de muitas comunidades conservem o status atual. O que e necessario e mudar a otica com que se vê a questão, e adotar posturas mais modernas, mais Ilexiveis, mais diversiIicadas. Cert ament e uma at it ude desse tipo ira modiIi car radicalmente a estrutura de gastos de uma comunidade, com obvios reIlexos na sua postura a respeito da contribuição. E do dizimo. A PE#SONALIDADE C#ISTÃ Para encerrar este capitulo, devemos considerar mais um aspecto da contribuição, que reputo de capital importância. Existem inumeras ligações entre a capacidade de dar e a estrutura de carater de uma pessoa, de modo que precisamos veriIicar as implicações da contribuição biblica sobre o desenvolvimento da personalidade de um cristão. 4 Sabemos que o "Iruto do Espirito" e uma personalidade madura, bem estruturada, Iirme e segura, cujos traços de carater mais marcantes o apostolo Paulo indica na carta aos Gaiatas: "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, Iidelidade, mansidão, autodominio"(5:22-23). Um carater como esse não se constroi com um passe de magica, mas ao contrario, a medida em que, com base na segura experiência de um genuino encontro com Cristo, a pessoa vai pacientemente se abrindo a obra do Espirito Santo de Deus e constroi em parceria com ele o seu novo carater. E o trabalho de toda uma vida. O apostolo Paulo compreende esse processo de uma Iorma muito interessante, comparando-o ao despir de uma roupa 129 DESMISTIFICANDO O DIZIMO e o vestir de uma outra. Ou tambem, imaginando duas versões da mesma pessoa, uma velha e corrompida, que vai sendo gradualmente removida, substituida por uma outra nova e bem ajustada. Mas a Iigura deIinitiva desse processo, Paulo encontrou ao escrever estas palavras: "pois todos vos, que Iostes batizados em Cristo vos vestistes de Cristo" (Gl 3:27). #ecebemos uma nova personalidade, como que por emprestimo, igual a de Cristo nosso Senhor. A marca essencial desse carater em constante sintoma com o Eterno e ser produtivo, e transbordar de Iorça e capacidade criadora. Ele se renova a cada dia, sabendo que a energia que o anima resulta do amor de Deus que esta dentro dele. E, portanto, um carater essencialmente aIirmativo, que não receia conIrontos ou desaIios, mas que se abre na aventura da vida guiada pela Ie. Por necessidade, e um carater que se volta para o mundo e o proximo, e que busca mais servir do que ser servido. Assim, o cristão maduro não receia Iicar empobrecido pelo ato de dar, mas, sim, e capaz de perceber que a essência dessa pratica resume a propria razão de sua vida: ele sabe que existe para servir! As palavras de Jesus registradas por Paulo em Atos 20:35b são uma realidade constante na sua vida: "Ha mais Ielicidade em dar que em receber". Portanto, a contribuição segundo um verdadeiro modelo biblico e um caminho de instrução e de amadurecimento, uma Iorma de participar no processo de criar uma personalidade cristã completa e bem acabada. Precisamos esperar que cada cristão cresça e então comece a compreender essa verdade, iniciando o movimento de sair de si mesmo em direção aos outros, olhando o seu semelhante como digno de receber aquilo que Deus lhe concedeu primeiro. POI isso, e essencial o equilibrio no ensino da doutrina da contribuição, e muito mais do que isso, e absolutament e indispensavel que a comunidade mantenha um ambient e sadio, de absoluta transparência e dignidade, de tal sorte que cada irmão se beneIicie dele e possa contribuir sem guardar ressentimentos ou Iazer reservas mentais a respeito 130 UMA DOUT#INA PA#A HO1E da contribuição. Não custa lembrar que o nosso maior inimigo somos nos mesmos, porque sempre colocamos o nosso bem-estar e a nossa comodidade acima de todas as coisas e elegemos o nosso proprio umbigo como sendo digno de muito mais respeito e consideração do que os demais umbigos a nossa volta. A coisa mais diIicil e vencer o egoismo, o voltar-se para dentro, e aprender a virtude evangelica por excelência que e a doação irrestrita de nos mesmos em amor. Notas 1 Martin Buber. op.cit., p. 104. 2 Oscar D. Martin Jr. e João Falcão Sobrinho. Crescimento na graça de dar. #io de Janeiro: JUE#P, 1992. p. 57. 3 J. Cabral, op.cit., p. 60. 4 A este respeito, sugiro a leitura dos excelentes livros de Erich Fromm: Analise do omem. #io de Janeiro: Zahar, 1966. O coraçào do omem. #io de Janeiro: Zahar, 1970. 131 . CONCLUSÃO Ao reler tudo que escrevi ate agora, dei-me conta de que em nenhum ponto do estudo olhei para a contribuição como uma bênção. Certamente não por achar que ela não seja uma bênção, mas para que pudesse pensar nesse topico de uma Iorma muito especial, tendo a certeza de não ter deixado para tras qualquer tipo de "entulho espiritual" que possa atrapalhar a reIlexão sobre esse assunto tão importante. Creio que o meu subconsciente e o responsavel por essa pequena armadilha. Tenho certeza de que ela decorre da imensa tristeza que sinto quando vejo as associações que se costumam Iazer entre o dizimo e a prosperidade pessoal. Quase que como uma Iorma de assegurar que não cometeria o mesmo erro, deixei de abordar a relação entre contribuição e bênção, para Iazê-lo somente quando todo o meu pensamento ja estivesse claramente exposto, todos os conceitos bem Iirmados, e não existisse possibilidade de mal-entendidos. Quais são as bênçãos que alcançamos mediante o ato de contribuir para a igreja a que estamos vinculados? Creio que podemos distinguir diIerentes tipos de bênçãos, mas todas elas podem ser agrupadas em três grandes categorias: as "bênçãos visiveis", as "bênçãos invisiveis" e a "bênção especial". Comecemos pelas visiveis, que pela sua propria natureza são mais Iaceis de perceber. Essas bênçãos estão ligadas aos Iatos concretos e impossiveis de esconder que acontecem como 132 CONCLUSÃO resultado da minha disposição de contribuir. Assim, a existência de um local de culto e ponto de encontro da comunidade, com toda a carga de despesas que isso acarreta, so e possi vel porque os membros da comuni dade se dispuseram a contribuir com generosidade e Iidelidade. E essa e uma bênção de enormes proporções. Deixando de lado as concepções que cada um de nos possa ter a respeito de como deve ser a igreja, o Iato Iundamental e que precisamos de um local onde a comunidade dos cristãos, em um determinado lugar, possa se reunir para adorar, louvar, receber instrução, compartilhar e servir! A simples existência de uma comunidade implica essa necessidade. Não importa se esse local e a casa de alguem, ou as salas de aula de uma escola emprestada, ou um velho cinema alugado, ou um galpão de Iabrica, ou um templo Iormal a moda antiga, ele de Iato e indispensavel, pois e a Iorma mais imediata de ratiIicar a existência de uma comunidade. Todos devem conhecer um velho proverbio que diz que "quem casa quer casa", e na sua Iorma simples e concisa exprime uma grande realidade: uma nova Iamilia so existe de Iato quando ela tem a oportunidade de se expressar a sua maneira pessoal, individual, propria e intransIerivel, e isso e impossivel se ela se constituir na casa de um dos pais ou de qualquer outro parente. A nova Iamilia so sera ela mesma a partir do instante em que dispuser de seu espaço proprio, e passar a estruturar esse espaço de uma maneira que seja a expressão das ideias, das Iantasias, do romantismo e das concepções de vida do casal. A igreja local como "casa da comunidade" e da mesma Ior ma a expressão particular e personalizada de uma determinada coletividade, de modo que de uma certa maneira so nos sentiremos "nos mesmos" na medida em que tivermos condições de criar e manter essa casa de acordo com as nossas ideias e os nossos ideais. Creio que uma das mais dolorosas experiências pelas quais alguem pode passar e a experiência de emigrar para um pais estrangeiro, mesmo que ali se Iale a mesma lingua que nos ja 133 DESMISTIFICANDO O DIZIMO Ialamos, e que essa mudança de vida signiIique para nos um progresso e uma oportunidade de ouro. O corte das raizes culturais e algo tão proIundo que, se não tomarmos precauções adequadas, corremos o risco de perder a identidade e cair em uma condição emocional e espiritual de depressão, medo e insegurança. A nossa cultura e a nossa moldura de reIerência, e a ela estamos atados de uma Iorma inseparavel, de modo que toda a nossa estrutura de relação com a realidade esta condicionada pelas cores e pelas nuances de nossa cultura de origem. Uma expressão poetica e dolorosa dessa verdade Iunda- mental pode ser encontrada nas palavras de Salmo 137:1-5: A beira dos canais de Babilonia nos sentamos, e choramos com saudades de Sião; nos salgueiros que ali estavam penduramos nossas harpas. La, os que nos exilaram pediam canções, nossos raptores queriam alegria: "Cantai-nos um cântico de Sião!" Como poderiamos cantar um canto de lahweh numa terra estrangeira? Se eu me esquecer de ti, Jerusalem, que me seque a mão direita! Não ha duvida de que o Iato do exilio ajuda a carregar nas cores e na intensidade do soIrimento, mas a essência dos sentimentos e a mesma. Posso dizer isso com absoluta certeza, pois como imigrante experimentei essa realidade, e soIri longos anos de aprendizado para recuperar um certo equilibrio dentro CONCLUSÃO de um Iigurino agora hibrido, de corte luso-brasileiro! Mais tarde, três anos depois de casados, quando tinhamos apenas um Iilho de pouco mais de um ano, eu e minha esposa mudamos de São Paulo para o #io de Janeiro, e outra vez precisamos aprender toda uma nova maneira de viver (deliciosa, por sinal!), cuja matriz nos era desconhecida. Essas experiências ajudam a compreender o papel da cultura e das estruturas sociais como condicionadores da personalidade dos individuos. E cada cristão precisa ter essa consciência clara e cristalina de que uma boa parte do que ele e não resulta de seu querer, mas e Iruto do trabalho diario c invisivel de sua comunidade espiritual! De sua igreja local. Na medida em que ser cristão não e uma contingência na vida de alguem ("... nasci em uma Iamilia cristã ..."), mas resulta de um ato consciente de aceitação da oIerta de salvação, essa construção de uma identidade espiritual e cultural dentro de uma moldura evangelica e tão vital quanto o ar que respiramos. Portanto, a existência de uma igreja, mesmo com toda a carga de despesas que isso implica, e uma bênção extraor- dinaria, que deve ser entendida claramente como tal, e assumida com alegria por meio da contribuição generosa. Para muitos de nos que temos Iamilias com Iilhos, essa comunidade e uma âncora poderosa na estruturação da personalidade dos Iilhos e um instrumento eIicaz para dota-los das unicas e melhores armas com as quais poderão mais tarde enIrentar a mare das drogas, da devassidão sexual, da revolta gratuita e da violência de nossas cidades. Escolhi de proposito esses versiculos do Salmo 137 (poderia ter escolhido Gonçalves Dias ...) porque eles mostram a existência de algo que soa como um anacronismo nos dias de hoje: uma visão não secular da vida. Quando instados a cantar canções de sua terra, os judeus reagem dizendo que não podem interpretar cânticos religiosos Iora de sua patria! Fe e cultura intimamente entrelaçadas, um conceito de naciona- lidade apoiado em pilares de Ie, uma visão de nacionalidade identiIicada com a pessoa do Eterno. Isso não existe ma i s hoje. 134 135 DESMISTIFICANDO O DIZIMO Mas, de uma Iorma muito particular, ate certo ponto o cristão tambem e um anacronismo ambulante, pois ele se proIessa cidadão do mundo, do hoje e do agora, mas ao mesmo tempo carrega em si uma estrutura que esta desvinculada do proprio mundo e da sua cultura: uma experiência da Eternidade, uma visão-de-mundo religiosa, um conceito de vida que extravasa as meras Ironteiras do biologico. Precisamos de um '"berço" onde nutrir essa matriz de identidade! Depois dessa primeira "bênção visivel", cresce aos nossos olhos a realidade da segunda bênção: a missão da igreja e servir, e na medida em que ela se entrega de Iato a cumprir a sua razão de ser, ela anuncia as boas novas do evangelho, assiste os deserdados da sociedade, consola os Iracos e oprimidos e da esperança a quem não tem mais razões para tê-la. Essa ação, em seus aspectos puramente materiais, e viabilizada mediante as oIertas de todos os membros da comunidade, de modo que temos centenas de razões obvias a nossa Irente que justiIicam a nossa contribuição. Existe uma terceira ''bênção visivel", mas que contudo e invisivel aos olhos de quem esta dentro da comunidade! A igreja e uma placa a beira da estrada, um luminoso no topo de um predio, um telão no Anhangabau, um outdoor ao longo da via expressa! O Iato de que ela ainda esta la e um testemunho impossivel de ser negado, de que ainda existem loucos que aceitam a "loucura da cruz", e julgando que isso ainda e pouco, estão tambem dispostos a gastar o seu dinheiro para que ela continue la. A existência da igreja e uma agressão a logica impia desta sociedade desvirtuada em que vivemos, apesar de ser tambem uma constante oIerta de socorro e uma porta de escape sempre aberta. Não podemos permitir que esse testemunho silencioso seja eliminado da paisagem urbana. Precisamos deixar consignada de uma Iorma indelevel e permanente o Iato da nossa existência, para que todos saibam que ainda existem pessoas cuja razão de vida não e o prazer imediato e irrestrito, não e o consumo sem limites, não e o poder nem o status, nem a alienação da razão, do amor e da Ie. 136 CONCLUSÃO Ha uma sensivel diIerença entre os dois tipos possiveis de testemunho publico: o individual e o testemunho "corporativo". O individual marcara e inIluenciara um numero limitado de pessoas que estão em contato direto com cada um de nos como individuos, ao passo que o testemunho corporativo inIluenciara o rumo das estruturas sociais, Iixara marcos de reIerência para os valores e as regras de convivência, alem de obrigar a sociedade como um todo a dizer o que pensa a nosso respeito. Essas coisas são importantes demais para serem desprezadas. Certamente devem existir outras bênçãos que podem ser arroladas neste catalogo das "bênçãos visiveis", mas creio que est as são as mais i mport ant es: a manut enção de uma identidade cristã sadia, o serviço ao proximo e o testemunho publico como coletividade diIerenciada. Devemos orar para que o Eterno nos ensine a dar com alegria, a Iim de que possamos participar com a nossa contribuição individual para a manutenção dessas abençoadas realidades. Passemos agora as "bênçãos invisiveis". Um dos autores estudados assim se expressou depois de estabelecer o Iato de que o dizimista certamente seria abençoado por Deus: "Aquele que der o dizimo pode não receber bênçãos materiais; as espirituais, entretanto, nunca irão Ialhar." 1 Esta e uma Irase de uma ambiguidade que me espanta; quando ela e lida com uma certa ênIase na palavra "pode", temos a impressão de que o autor não tem la muita certeza se realmente dizimo e bênçãos materiais são coisas que devam ser misturadas. Por outro lado, tem-se a impressão de que as bênçãos espirituais seriam uma especie de compensação para eventuais Ialhas em receber bênçãos materiais! Como ja estudamos atras, neste terreno não ando um milimetro alem do que ja andou o apostolo Paulo, e repit o com ele, alegremente, que o Eterno "pode cumular-vos de toda especie de graças, para que tenhais sempre e em tudo o necessario e vos Iique algo de excedente para toda boa obro" (II Co 9:8). E nada mais e preciso acrescentar. As "bênçãos invisiveis" Iogem desse territorio e estão 137 DESMISTIFICANDO O DIZIMO vinculadas ao terreno bem mais delicado da nossa propria alma, da nossa personalidade, do nosso carater. Em algumas linguas modernas, a raiz da palavra "carater" e a mesma da palavra "calo", o que e uma coisa extremamente interessante. De Iato, os traços de um carater virtuoso não são coisas Iaceis de inculcar, e so conseguimos Iixa-los na estrutura do carater de alguem a custa de repetição incansavel de determinadas ações educativas, durante muito tempo. So agindo dessa Iorma podemos ter certeza de êxito. A proposito, as Escrit uras nos recordam essa verdade quando elas nos dizem: "ue estas palavras que ofe te ordeno estefam em teu coraçào' %u as inculcaras aos teus filos e delas falaras sentado em tua casa e andando em teu camino deitado e de pe. %u as ataras tambem a tua mào como um sinal e serào como um frontal entre os teus olos, tu as escreveras nos umbrais da tua casa e nas tuas portas (Dt 6:6-9). "uem ama a disciplina ama o saber quem detesta a repreensào e estupido (Pv 12:1). "uem poupa a vara odeia seu filo aquele que o ama aplica a correçào (Pv 13:24). Ensina a criança no camino que deve andar e mesmo quando for velo nào se desviara dele (Pv 22:6). A capacidade para dar, seja no plano material, seja no aIetivo ou espiritual, e um dos maiores indicadores de que a pessoa logrou alcançar um carater produtivo e equilibrado, cuja dinâmi ca esta perIeitamente ajustada a uma pessoa que se abre para Iora de si mesma, e que encara todas as coisas com uma visão-de-mundo plena de conIiança e Ie na tareIa de viver. De modo que aprender a dar e um treinamento para a virtude, e uma ação que produz "calo" e leva o praticante a desenvolver um carater virtuoso. Dar e a Iorma material do amor. Se dar Iosse algo natural ao ser humano, se Iosse um modo usual de ele expressar a sua natureza intima, a nossa 138 CONCLUSÃO tareIa seria muito mais simples. Mas todos nos sabemos por nossa experiência pessoal de vida que não e assim. Somos narcisistas demais para permitir que dar seja algo natural (com exceção Ieita para os poucos de nos que são santos desde o berço, a exemplo de Francisco...) e, por isso, precisamos ser treinados para isso. E nesse sentido, como ja dissemos, que dar e uma "graça". Dessa Iorma, a "bênção invisivel" e uma so, preciosa nos seus eIeitos, e indispensavel para qualquer um que pretenda perseverar em ser cristão por inteiro. Talvez seja melhor dizer, que desej e p erseverar em ser compl et amente humano, plenamente realizado como pessoa, e ser a aIirmação das potencialidades criadoras que o Eterno plantou em nos. Na verdade, isso e que e ser cristão. Na medida em que dar se transIorma em uma realidade propulsora desse carater virtuoso do cristão, instala-se um processo de causação circular, em que a maior virtude estimula a dar mais, e por sua vez dar mais contribui para uma maior virtude. De tal Iorma que não podemos saber se o crente e abençoado porque cont rib ui, ou se contribui porque e abençoado! E que necessidade temos de saber? Talvez seja esse o sentido destas palavras do apostolo Paulo: Aquele que fornece semente ao semeador e pào para o alimento vos fornecera tambem a semente e a multiplicara e fara crescer os frutos da vossa fustiça. Sereis enriquecidos de todos os modos para praticar toda a especie de obras de generosidade que suscitarào a açào de graças a Deus por nosso intermedio ... E orando por vos eles vos manifestarào a sua ternura por causa da extraordinaria graça que Deus vos concedeu (II Co 9:10,11,14). Por outro lado, essas palavras de Paulo parecem indicar que, a partir de um certo ponto, a vivência do cristão autêntico e algo que escapa ao seu proprio controle, pois ele e abençoado por causa da sua propria virtude, e tambem por causa das ações de graças a Deus impetradas por aqueles sobre quem recaiu o nosso amor. Por ulti mo, devemos observar que o carater virtuoso do 139 DESMISTIFICANDO O DIZIMO cristão não e uma joia rara para ser admirada, ou para envaidecer o seu possuidor. Ao contrario, corno tudo o mais na vida cristã, e um meio eIetivo para servir melhor ao proximo. Notemos as palavras do apostolo: "para praticar toda a especie de obras de generosidade", e não para uma demonstração inIantil de superioridade pessoal. O carater virtuoso, assim como os carismas, não são concedidos ao cristão para servir apenas de del eit e pessoal ou para contemplação por seus semelhantes, mas como equipamento essencial para o desempenho da grande tareIa de sua vida: servir! Devo resumir esse conceito dizendo que aprender a dar e começar a conhecer Deus de Iorma real. Esta historia contada pelo #abbi Meir Shalom (Sec. XIX) 2 pode nos ajudar a entender o que quero dizer. Certa vez um comerciante procurou o #abbi Meir Shalom e queixou-se a respeito de um outro comerciante, que tinha aberto sua loja exatamente ao lado da sua propria loja. O rabino disse-lhe o seguinte: Você parece pensar que e a sua loja que o sustenta, e esta colocando o seu coração nela em vez de o colocar em Deus que e o seu verdadeiro apoio. Mas talvez você não saiba onde encontrar Deus! Esta escrito: 'Ama o teu proximo como a ti mesmo, eu sou o Senhor'. Isso signiIica: você deve desejar para o seu proximo tudo aquilo de que ele precisa, exatamente como você Iaz para si mesmo, e então encontrara o Senhor. Para encerrar, vejamos o que vem a ser a "bênção especial". Ela e uma bênção coletiva, que atinge a igreja como um todo, c que resulta do Iato ao mesmo tempo simples e Iantastico, resumido na Irase talmudica citada ao Iinal da pequena historia atribuida ao #abi Dov Baer (veja a pagina 116): "Maior do que o primeiro milagre e o ultimo." De Iato, se a igreja se deixar permear por essa postura correta a respeito da contribuição, ela sera não so capaz de superar os eIeitos perniciosos de seculos de extravi o no t erreno material, como tambem recuperar a verdadeira otica evangelica e apostolica nesta questão. Seremos capazes de reconstruir a vida interna da 140 CONCLUSÃO comunidade, alem de recuperar as relações entre irmãos e obreiros, repondo tudo nos eixos criteriosamente estabelecidos pelas Escrituras. Se tivermos a coragem de enveredar por esse caminho, deixaremos de lado a sedução do poder e da pompa, e saberemos encontrar o ponto de equilibrio para o nivel institucional adequado a cada comunidade, de tal modo que esse tipo de "carisma as avessas" que e a sedução do poder temporal, deixara de exercer dominio sobre nos. Ao Iinal, em vez de convivermos em uma igreja que se deixou seduzir pelo carisma do poder (material e temporal), viveremos em uma comunidade que sabera demonstrar o poder dos carismas! Por acaso não consiste nisto o jejum que escolhi: em romper os grilhões da iniquidade, em soltar as ataduras do jugo e pôr em liberdade os oprimidos e despedaçar todo o jugo? Não consiste em repartires o teu pão com o Iaminto, em recolheres em tua casa os pobres desabrigados, em vestires aquele que vês nu e em não te esconderes daquele que e tua carne? Se Iizeres isto, a tua luz rompera como a aurora, a cura das tuas Ieridas se operara rapidamente, a tua justiça ira a tua Irente e a gloria de lahweh ira a tua retaguarda. Então clamaras e lahweh respondera, clamaras por socorro e ele dira: "Eis-me aqui!" Isto, se aIastares do meio de ti o jugo, o gesto ameaçador e a linguagem iniqua; se oIereceres ao Iaminto aquilo mesmo que a tua alma deseja 141 DESMISTIFICANDO O DIZIMO Notas e saciares o oprimido, a tua luz brilhara nas trevas, a escuridão sera para ti como a claridade do meio-dia. lahweh sera o teu guia continuamente e te assegurara a Iartura, mesmo em terra arida; ele revigorara os teus ossos, e tu seras como um jardim regado, como uma Ionte borbulhante cujas aguas nunca Ialtam. (Isaias 58:6-11) 1 Walter Kaschel. op. cit, p. 47. 2 Martin Buber. op. cit., p. 235. 142 Bibliografia A. Obras de Referência 1. Biblia de Referência %ompson. Trad. de João Ferreira de Almeida - Edição Contemporânea. Editora Vida, São Paulo -1993, 2 a impressão. 2. Davies, John D. - Dicionario da Biblia. Casa Publicadora Batista, #io de Janeiro - 1960, 2 a ed. 3. Calvino, João - Institutes of te Cristian Religion. Library oI Christian Classics. Westminster Press, Philadelphia, 1960. 4. A Biblia Jida Nova. 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Vol.l: %e Early Maslers. 143 4:974 ,/4  ,8 70,8 ;708  6:0 8947.,20390 3,8.07,2 E 805,7,/,8 /4 89,/4 0 6:0 02 8:,8 47038 34 ,5708039,;,2 -:74.7,.,8 831.,9;,8  0894 40 .,23,3/4 , 5,8848 ,748 5,7, 80 :,,7 8 8:,8 728  8 70,8 !708-907,3,8  ,989,8  094/89,8  8802-0,8 /0 0:8 0 ,8 3207,8 70,850390.489,8 ,.,/,/,1,02.708.078:,807,76:,80,8 70;08902/0,:947/,/0054/07.708.03908  &2 1,94 .:7484 F 6:0 ,8 70,8 .,782E9.,8 2,8 70.03908  .424,70,&3;078,/4#034/00:8 0-02 .424:2,/0 8:,8.,7,.907J89.,82,82,7.,3908 0,9,20390:2,5:,390 0 84189.,/, 0897:9:7, ,/23897,9;,  1,03/4 8:547 6:0 80:8 /703908  ,F2 /0 90702 .:78,/4 :2 8023E74  ,3/,7,2 9,2-F21706:039,3/4,:,8/02089708.424!54907 45, /42,709324/0734  4 547 ,.,84  54/0248 ;07 40 .48,8 6:0 E ,:38 ,348 ,2,854/07J,2488:5476:0;08802,4.47707 28:,0/4/0 .  8 83.70.. /0 507.424 ./48 2..8574/:02 90248.0.790  74884 24/4  54/0248 .4: :2. 1472.089.708.4270./4 43/0 4 807..:94  09./..U 3..5.08078:1.8  2..4.7.08E89.5..070 /./4 /0 $  !.. /48 202-748  .:4 5:-./084 2:9480.8 0907348 /088./47/0025708.80. 02 08.071.7.7.  70.43..080/0/054/07089./.782E9.850.70..  !:74 03.2-F2 90O44 .9:7.43..8 0850.7.7.0-07  &2 ./..81. 70.3/0.2./08.80:3/.40 202-74/0:2..3....7./4708   8 0897:9:7.48708:9.084-70.0270./23897. .981..503.8 4: /0 807.70./4  70.425:9.   09.3.081.7...8.75038.38. . 574244 09.7.7894.8 .20//.4.02 /4 473.48  4 F :2 2. 3.2.850.6:07 4:97./23897.8/44.5../042:3./481F0.05.:947 /088..4 57.850. /0:4 /05425./06:.8 F4 . .4-70:2.3/4 48 .0/:. 1472.0:.39038/. /0 :2.43.5. /0 6:0 34 84 .8 0.48/02.4 /.8/088.948 3899:.4.&$! ././0/45.479.. 807 2.5./4  70./086:034884.884.3/08025708.  0.:9478:0706:0.94808803.8 /43/:897. -7.8 34 08. 5. 0.424 .89.981.3..84.E./4870.8 ..8  /08/0 4 ..9.884 8:07/.9:8 6:0 3.  4 473.2:9/4/050.3.07.854/0248/076:0 ..848 170390.7. .397O5. 70.5038.7 /0880 24/4 .8.089E 08024897.8.85741:3/46:0089040 3.203940./0  .74.82.:.7. 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