CultivoNo Brasil, onde predominam os climas tropical e subtropical, o bambu encontra excelentes condições para desenvolver-se e cresce mais rapidamente que o eucalipto e o pinheiro. Cresce tanto em regiões ao nível do mar, em regiões tropicais, como em altitudes de aproximadamente 1.300 metros, em regiões montanhosas. Para seu cultivo, deve-se primeiramente verificar qual a utilização que se lhe pretende dar, a fim de escolher a espécie mais adequada; deve-se verificar também qual o tipo que mais se adapta às condições da região. Para tanto, deve-se procurar um agrônomo, que poderá orientar na escolha mais adequada. Clima O bambu desenvolve-se melhor em regiões de altas temperaturas, livres de mudanças bruscas e de secas muito prolongadas. É um vegetal muito sensível à geadas, e seu crescimento pode ser afetado nesses períodos, apresentando folhas queimadas, o que provoca a conseqüente morte dos brotos. As chuvas, por sua vez, desempenham papel de grande relevância, pois um alto teor de umidade é muito importante para o desenvolvimento da planta. A sugestão de agrônomos e técnicos especializados no assunto é que o bambu seja plantado no período das chuvas, isto é, de outubro a março (região sul), embora alguns sugiram que os meses mais adequados sejam outubro e novembro. Devido ao crescimento veloz, o bambu demanda muita água e nutrientes. Chuvas abundantes (equivalentes a 1.200 e 1.800 mm por ano, em média), e distribuídas durante o ano são as condições básicas de que essa cultura necessita, sobretudo quando se pretende uma produção comercial. Atualmente estão sendo realizados melhoramentos pela multiplicação de espécies, verificando-se assim qual a melhor época de plantio. Para as espécies de ramificações, é mais indicada para o plantio a época seca, enquanto os períodos chuvosos, mais frescos, são recomendados para as espécies formadoras de touceiras. Solo Entre as inúmeras vantagens do bambu, está a sua pouca exigência com relação ao solo. Produz bem em quase todos os tipos de solo, mas prefere os de maior profundidade, mais férteis e com boa drenagem, que sejam também arenosos e leves. Para o plantio evitam-se os terrenos compactos, argilosos e sujeitos a encharcamentos, assim como os solos excessivamente ácidos ou alcalinos. O terreno tem de ter equilíbrio, favorecendo assim seu desenvolvimento. Próximo às margens de rios, riachos e lagos, desde que não sejam encharcados, essa planta tem demonstrado bom desenvolvimento. O terreno para o seu plantio também não tem necessariamente de receber preparo especial, desde que se verifique que nele há fertilidade de nível médio, o que no caso pode dispensar a adubação. Entretanto, segundo os especialistas, se o solo for tratado, a planta responderá satisfatoriamente. Para quem deseja grande cultivo, aconselha-se providenciar análise de solo, que pode ser realizada na Casa da Agricultura mais próxima, e através dela providenciar a adubação equivalente, de acordo com os resultados obtidos. No cultivo destinado a produção de brotos para a alimentação, recomenda-se indispensavelmente análise de solo e por conseqüência a adubação mais adequada, pois só assim o terreno poderá fornecer suficientemente os principais nutrientes, entre eles o potássio. Quando se pretende uma exploração mais intensiva, além de adubação completa recomenda-se também uma calagem de solo. Considerando-se a análise de solo, na época de plantio, deve-se elevar o índice de saturação em bases para 60%, quando inferior a 50%. Aconselha-se a aplicação no solo de 12 Kg/há de N (nitrogênio), 24 Kg/ha de P2O5 e 12 Kg/há de K2O. Análise do Solo sendo que os dois entrenós devem estar debaixo do chão. devendo. Ao verificar nas touceiras-mãe os brotos mal saindo da terra. Para isso. o que proporcionará muda de três a cinco hastes iniciais. como mais uma medida de precaução. chamado rizoma. . Deve-se levar em conta a finalidade a que se destina a sua cultura. como: divisão de touceiras. o primeiro método é considerado o mais comum e também o mais eficaz. O sistema mais indicado para quem precisa transportar as mudas para longas distâncias é o de corte e arrancamento dos caules subterrâneos. Arrancando com cuidado esse conjunto – o broto com um pedaço de rizoma e mais uma pequena quantidade de raízes – teremos uma muda de bambu pronta para viajar. Outra maneira de multiplicação do bambu é através do enraizamento de estacas ou pedaços de colmos e ramos. Para evitar-se a transplantação das estacas. B – Deverá ser retirada daí uma “fatia” de terra com espessura de dois ou três dedos. antes. escolhendo para isso o tipo mais adequado. convém cortar o bambu me comprimentos de três gomos cada um e inseri-los no solo em posição permanente. que contém numerosas gemas. o que pode ser feito por uma análise de solo. verificou-se que alguns dos bambus mais comuns são os que enraízam com maior facilidade. corte e arrancamento dos rizomas ou caules subterrâneos ou ainda por sementes. Multiplicação O bambu pode ser propagado por alguns métodos principais. descalce-os e poderá observar que estão ligados à velha touceira por um caule subterrâneo. C – Pegue um punhado de terra de cada um dos buracos. mas que ainda assim é muito variável a suscetibilidade das diversas espécies. ou contendo dois ou mais nós com gemas. mas é necessário observar alguns cuidados básicos. Nesse caso. desenterre-a bem. Nas propriedades que disponham de touceiras nas vizinhanças. para a realização de análise do solo. Os pedaços cortados poderão ser colocados no solo deitados ou oblíquos. se houver necessidade de transportar ou despachar mudas para grandes distâncias. cortam-se pedaços de 60 a 120 cm de comprimento. ser envolvida em bagaço de cana umedecido.A – A cada quatro ou cinco alqueires. quando inseridos em solos arenosos. pois encarece demais a cultura. Plantio Muitas pessoas têm dúvidas com relação à maneira mais adequada para se plantar bambu. este é muito viável. A parte inferior do caule é mais pobre em gemas e de maior dificuldade para “pegar”. pois forma mais rapidamente os bambuais. para saber se ele está propício a receber esse tipo de cultura. são cortados os caules acima do segundo ou terceiro nó. mas torna-se proibitivo. Este método é considerado muito bom para as plantações a pequenas distâncias das touceiras-mãe. e posteriormente a escolha da maneira como se pretende multiplicar o bambu. Segundo especialistas. cave um buraco de um palmo de profundidade. tendo como referência a base do colmo. Multiplicação de bambu de estaca Trabalho realizado pelo Departamento de Agricultura das Filipinas demonstra que muitas pesquisas foram feitas sobre o melhor método de reproduzir bambus por meio de estacas. como a verificação do terreno. Os métodos não são complicados. misture-o num recipiente limpo e leve à Casa da Agricultura mais próxima. substituindo-o por uma quantidade de areia limpa. Entretanto. adequando-os a uma finalidade específica. como os Dendrocalamus giganteus . deve-se cavar uma boa porção. inclusive ainda maior risco de falhas no “brotação”. o que irá fixa-la melhor no terreno. mas principalmente do modo de preparar a muda. que deverá ser coberto com uma camada de terra retirada anteriormente do mesmo buraco. como maior quantidade de material de propagação. custos e trabalho menores. corte um pedaço do caule de bambu. a fim de endurece-lo. Segundo afirmação de alguns especialistas. de espessura mediana. para fornecer uma planta forte. dependendo da quantidade de areia no solo. Plante numa cova que deverá possuir aproximadamente 30 cm de profundidade ou até mais. Para garantir um melhor “brotação”. dependendo da espessura do bambu. O solo deverá então ser nivelado e calcado tanto quanto possível. Espaçamento Para planejar o tipo de espaçamento mais adequado dever-se-á levar em consideração a finalidade do cultivo.que chegam a atingir cerca de 16 m de comprimento -. o plantio do bambu. Para espécies de grande porte. deverá ter caule vigoroso. após a colocação da muda. encha-os com água e tape com sabugo de milho. Esse é um método que ajuda a acelerar o processo de formação do enraizamento. de modo que quando for misturado a cova contenha partes iguais de terra e areia. as mudas obtidas por esse processo necessitarão de maiores cuidados nos dois primeiros anos. Em geral são suficientes covas de 40 x 40 cm.Esse método de plantio por estacas oferece algumas vantagens. deve-se preparar previamente as covas. Faça furos de tamanho médio na região entrenós. assim como a espécie ou espécies a serem plantadas. Segundo alguns especialistas. como foi observado anteriormente no que se refere às características de cada tipo. A muda. não depende muito da maneira de planta-lo e dos cuidados posteriores para o seu sucesso. rolha de cortiça ou de borracha. o espaçamento mais adequado é de 10 m x 5 m. sendo ideal que elas contenham no fundo uma camada de uns 5 cm de esterco orgânico curtido. Para as espécies de porte menor - . contendo três ou mais nós. Covas Para receber as mudas. na realidade. bem-enraizado e boa quantidade de raízes. a plantação necessita apenas de capinas mecânicas ou manuais. maio. o indicado é o espaçamento com maior densidade. entre as linhas contínuas. evitando assim o alastramento dessa espécie pelos caminhos. Limpeza da cultura Durante a fase de formação. aconselha-se plantar bambu em curvas de nível. Podem-se-lhe propiciar apenas os cuidados básicos. ainda segundo eles. não requer grandes cuidados. planta rústica e resistente. Em se tratando de terrenos irregulares ou em declives. isto quando o . deixando-se um espaço a cada 16 metros para facilitar o manejo e o transporte. Trato O bambu. Para quem pretende implantar uma cultura visando produzir celulose para papel. observando-se a medida de 1 m x 1 m. o tipo de solo através de análise. Alguns agrônomos e técnicos agrícolas orientam o plantador de bambu para que abra valetas marginais de 30 a 40 cm de profundidade ao lado do canteiro. a mais apropriada para o plantio. onde serão plantadas grandes quantidades suplementares de bambu por hectare. O alinhamento em terrenos regulares poderá ser planejado em quadras. preferencialmente nas fases de lua minguante. julho e agosto. junho. como dizem os agricultores (para a região Norte) nos meses sem “R”. Deve-se plantá-lo no início do período chuvoso. ou 2 m x 2 m. o espaçamento poderá ser de 5 m x 3 m.Phyllostachys -. que têm comprimento de cerca de 5 metros. isto é. como a verificação do terreno. o que contribuirá ainda para conter a erosão na época de chuvas. ou. com defeitos e quebrados e deixar as touceiras mais arejadas. inutilizando completamente seus caules. para proceder a seu extermínio. concentrado emulsionável a 48% (usar 1 ml por litro de água). Seca-do-bambu . Segundo especialistas. que poderá ser praticado pelo própria pessoa através de métodos simples. Não é recomendável ainda deixar restos vegetais amontoados nas touceiras. que o agricultor tenha dificuldades no corte e remoção das plantas melhores. são necessários alguns cuidados básicos. velhos. que geralmente aparecem nos gomos furados. O ideal é que o terreno seja delimitado por partes. evitando que alguns setores deixem de ser higienizados. espessos e uniformes. no qual é recomendável a orientação prévia de um técnico especializado. pode-se optar pelo processo de combate químico. A Coordenadoria de Pesquisa Agropecuária do Instituto Agronômico de Campinas recomendava para o controle dessa praga uma solução de óleo diesel misturada com inseticidas atualmente de uso restrito pelo Receituário Agronômico. dada a sua toxidez. dessa forma. sob a orientação de agrônomo ou técnico especializado. que consiste em retirar da touceira todos os bambus finos e fracos. na hora da colheita. fornecem sílica e impedem a evaporação da água do solo.mato estiver crescido. por isso. utilização de processo inadequado e até problemas mais graves como atentar contra a saúde de pessoas residentes nas proximidades ou transeuntes. pois assim ter-se-á uma touceira mas rala e com maior ventilação. Mas nem todos os restos vegetais devem ser retirados. mantém-se maior umidade e evita-se superaquecimento. que devem ser cortados pela base. acarretando a reincidência da praga. vigilância quanto ao aparecimento desses insetos. muitas vezes com prejuízo incalculável. Controle químico Se verificado que o método aludido não resultou no controle desejado. Para evitar que essas pragas prejudiquem toda a cultura. já que o bambuzal desenvolver-se-á suficientemente abafando o mato. agilizá-lo-á ainda mais. como é o caso da broca-do-bambu (Rhinastus latistermus) e do caruncho-do-bambu. ou de métodos mais complexos. Devem ser feitas limpezas periódicas nos bambuzais. não deixe de consultar um agrônomo. o bambu pode sofrer o ataque de algumas pragas e doenças. pois servem de adubo. A Coordenadoria de Pesquisa Agropecuária do Instituto Agronômico de Campinas – São Paulo indica como preparado químico para o controle da broca-do-bambu a solução química Lorsban. mal que ataca a planta cortada. como a limpeza da plantação. Cuidados com pragas e doenças Mesmo sendo uma planta muito resistente. causado pela incidência direta dos raios solares. pois a partir do terceiro já não mais será preciso. além de facilitar o trabalho. Broca-do-bambu Controle cultural Consiste basicamente na remoção manual das pragas adultas localizadas nos caules das plantas e simultaneamente à destruição das larvas novas. Essa recomendação é necessária até o segundo ano. O trabalho de remoção manual requer boa observação para prevenir que algum inseto passe despercebido. o que. como é o caso das folhas que cobrem o solo. o mais importante é o raleamento anual da colheita. constituída apenas de bambus fortes. para eliminar os caules secos. pois a pessoa saberá mais facilmente qual a área a ser vasculhada. para evitar intoxicação. Tal prática propicia maior recebimento dos raios solares e evita também. que podem prejudicar o bom desenvolvimento dos novos brotos. Caruncho-do-bambu É considerada pelos especialistas como uma praga que ataca somente a planta cortada. embora eles levem em consideração o conhecido ditado colombiano: „bambu para vender corta-se em qualquer época. é muito importante que algumas providências sejam tomadas no sentido de otimizar o aproveitamento desse material muito especial. que lhe darão maior vida útil e concorrerão para o melhor aproveitamento de todo o seu extraordinário potencial. quando a planta está com seu desenvolvimento reduzido ou paralisado. o bambu deve ser cortado e colhido durante a fase de lua minguante. aproveitem a área. Corte Segundo os agricultores. o que ocorrerá aproximadamente três anos após o plantio. tanto para evitar o ataque de pragas. Uma das orientações é que se removam as folhas das touceiras portadoras de sinais da doença. formado pelas basídias do fungo causador. além disso. por isso ele é bastante susceptível ao ataque de pragas. como para aproveitar melhor o bambu. Para se obter maior resistência e durabilidade. As colheitas repetir-se-ão anualmente. provoca o ressequimento dos caules e impede o desenvolvimento dos brotos novos. para não permitir a entrada de água das chuvas. devendo-se respeitar apenas o período em que a planta está emitindo os brotos. com cortes durante sete meses. o bambu deverá . mas bambu para uso próprio corta-se na lua minguante”. o que geralmente ocorre de novembro a março. enquanto esperam o momento do retorno financeiro. Medidas profiláticas Essa moléstia ataca preferencialmente os brotos novos e seu controle é difícil. Para alguns pesquisadores nada há que comprove a influência da fase lunar na durabilidade da planta. O sintoma mais típico da moléstia é o crescimento farináceo branco-acinzentado. e em seguida se proceda à aplicação de uma calda bordalesa. o corte deve ser feito a. Cultivo intercalado Recomenda-se àqueles que pretendam cultivar bambu que. e por apresentar um desenvolvimento rápido durante o seu ciclo vegetativo. Após o corte. impossibilitando a expansão natural da planta. sem rachar. o que o tornará mais resistente ao ataque de pragas e doenças e também mais longevo. pois os rizomas poderão morrer e assim não emitir brotos. 30 cm acima do solo e logo a cima de um dos nós. Manejo O bambu reclama certos cuidados que envolvem desde o seu corte. Para isso serão cortadas. com plantas anuais. Tomentella é o gênero a que pertence o organismo causador da seca-do-bambu e que faz os brotos apodrecerem. métodos mais apropriados de secagem e utilização. cultivando uma plantação intercalada.Causada por organismo pertencente à família Thelephoraceae. incluindo a forma de manuseio. evitando que o bambu rache. A partir do terceiro ano de vida. que lhes proporcionará rendimento duplicado. permite ainda uma aproveitamento do espaço. ou de uma serra. além de não exigir novo preparo do terreno. já que. O melhor período para colheita é o seco. O primeiro tratamento que deverá ser feito é a cura natural do colmo cortado. Para melhor proceder ao corte da planta. principalmente quando destinado à construção. todas aquelas que estiverem perfeitamente maduras e com coloração amarelada. recomenda-se o uso de um facão bem afiado. Conservação O bambu possui teor de amido relativamente elevado em sua constituição. o bambu pode começar a ser colhido. no mínimo. A época correta e a idade adequada são fatores muito importantes. Este tratamento precisa ser realizado na sombra e em local ventilado. em local ventilado e sombreado. pelas hastes. 2) que a sua composição não afete os tecidos do bambu de tal forma que possam sofrer modificações e altere suas propriedades físicas. resultando na absorção da solução. No decorrer do tratamento.permanecer na posição vertical por um período de sete a dez dias. que é de sete a dez dias. Dependendo o tamanho das peças. 3. Estes produtos devem apresentar as seguintes características: 1) devem ser suficientemente ativos para impedir a vida e o desenvolvimento de microorganismos interiores e exteriores. verticalmente. a evaporação da seiva. As peças são introduzidas. Os produtos químicos utilizados no tratamento de bambu são os mesmos que se usa no tratamento da madeira tradicional. porém. Uma maneira prática de se fazer a cura é deixar o colmo cortado sobre o seu próprio toco. Após os 25 dias de tratamento. por um período de 30 dias. após 15 dias. sem manter contato com o solo. de tal forma que ele não tenha contato com o solo e permaneça na posição vertical. Quanto mais solução estiver no recipiente maior será a pressão exercida na parte inferior das peças de bambu. as hastes serão submetidas à última fase do tratamento. aqui vai uma das possíveis formulações: 1. procurando manter o mesmo nível inicial de solução. torna-se necessário repor a solução no recipiente. Um outro cuidado que se deve ter é com a colocação das hastes sobre estrados de madeira para evitar o contato direto com o solo. . ou recipiente semelhante. Após o período da cura natural. em um tambor. Adicione os seguintes produtos em suas respectivas dosagens: 1890 gramas de dicromato de sódio (Na2Cr2O7) 1630 gramas de sulfato de cobre (CuSO4) 1200 gramas de ácido bórico (H3BO3). as peças de bambu a serem tratadas devem estar ainda verdes (recém cortadas). que se encontram fora da solução. Completar 100 litros e agitar novamente. sejam lavados pela chuva ou presença de água. evitando o ataque das pragas. serem submetidos a um tratamento químico. através da parte inferior das peças de bambu. contendo a solução preservativa. Agitar até perceber que os sais foram totalmente dissolvidos. apoiado pela touceira. os colmos deverão ser cortados do tamanho desejado e. será necessário inverter as peças. Tratamentos químicos Método da substituição de seiva Neste método. a secagem. Além disso. Este tratamento é feito com produtos químicos que ficam impregnados nas peças de bambu. Preparo da solução preservativa Existem no mercado vários produtos que podem ser utilizados para preparar a solução preservativa. na parte superior das hastes. para escorrer boa parte da seiva. no mínimo. permanecendo assim até completar 25 dias. ou seja. Coloque 25 litros de água limpa em um tambor. podendo ser debaixo de uma área coberta ou aproveitando-se a sombra do bambuzal. as hastes precisam ser colocadas distantes de qualquer obstáculo para facilitar a circulação do ar em seu redor e promover a secagem de maneira eficiente. 3) que sejam solúveis de água de tal maneira que possam ser utilizados a diversos graus de concentração. 2. Deste modo. onde devem permanecer por um período de 25 dias. conseqüentemente. 4) que no momento de seu emprego se encontrem em estado líquido afim de que se impregnem facilmente em todas as partes do bambu. 4. Esta secagem deverá ser feita. melhor será a absorção da seiva. este método deve ser realizado logo após o tratamento de cura. uma vez injetados. 5) que não tenha odor forte e desagradável de forma que venha a impedir o emprego do bambu no interior de ambientes. como a etapa anterior. criará uma diferença de pressão. que se encontram mergulhadas na solução. em seguida. sua solubilidade não deve ser tal que. Após 15 dias. Método da imersão em solução preservativa Neste método as peças de bambu que serão tratadas são colocadas dentro de um tanque contendo a solução. então despeja-se com cuidado a solução preparada até atingir o nível de 80 cm. não fumar nem ingerir alimentos durante o trabalho. Segurança no trabalho A solução preservativa pode ser prejudicial ao homem e animais devido aos seus componentes químicos. conheceremos apenas os mais usados e eficientes. mantendo o nível de 80 cm. para impedir que a água da chuva misture-se a solução e para impedir que ocorra a evaporação da solução. Tratamentos naturais Existem inúmeros tratamentos de preservação. de concreto. as peças de bambu poderão ser retiradas e levadas para secar também à sombra. do mesmo comprimento ou menor que as varas. sobre as tábuas. completando a solução a cada dois dias. com sua parte mais grossa (base) voltada para baixo. Para escolher o mais indicado deve-se considerar a variedade do bambu que está sendo usado. As peças devem ficar em tratamento por 15 dias. A profundidade deve ser de. provoca o endurecimento das paredes externas do colmo. os resíduos do tratamento deverão ser colocados em recipientes fechados. algumas regras de segurança devem ser seguidas: usar luvas. Por isso. as peças de bambu deverão estar preferencialmente secas. Ela. 30 cm. primeiro as peças são colocadas dentro de outro tambor vazio. Este processo. por sua vez. de tambores de 200 litros partidos ao meio. Portanto. Como neste método as hastes ficam totalmente imersas na solução. entre outros. O procedimento para o tratamento é simples. totalmente vedados e enterrados em locais de difícil acesso para pessoas e animais. Como são mais de 1300 espécies e os usos infindáveis. já selecionada em função do uso que terá. fazendo uma escavação. principalmente em dias quentes. o que aumenta sua durabilidade. sendo que a cada dois dias deve-se completar a quantidade de solução que foi absorvida. Pode-se usar tábuas colocadas transversalmente sobre as peças de bambu e. botas de borracha e aventais impermeáveis. em forma de canalete ou trincheira. em pé. pode-se optar por construir um tanque no próprio solo. após. O tanque para tratamento das peças poderá ser feito de manilhas. neste caso. Após este período. Tratamento por aquecimento Prepare no chão um braseiro. Os produtos podem ser encontrados em drogarias ou casas especializadas de produtos químicos. para que elas recebam o calor sem se queimar. Tratamento por imersão em água As varas de bambu devem ficar totalmente imersas em água por quatro semanas – o bambu é rico em amido e açúcar que serão eliminados em grande parte com esse banho –. devem ser armazenadas novamente para uma secagem lenta e natural. no mínimo. Quando for necessário tratar muitas peças de uma única vez. . que deverá ser forrada com duas lonas de plástico. não há a evaporação da seiva. além de prevenir o ataque de insetos e fungos. esquentando-as por igual. manter a solução e a madeira recém tratada fora do alcance de crianças e animais.O tambor com a solução preparada deve ser utilizado apenas como estoque. onde elas deverão ficar por um período mínimo de 25 dias. pesos para mantê-las totalmente imersas na solução. da mesma maneira quando feito pelo método da substituição da seiva. virar as peças e mantê-las na solução por mais 10 dias. não podendo ser utilizado no tratamento. Coloque cavaletes ou montes de terra nas extremidades da valeta para melhor girar as varas. É importante fazer uma cobertura para o reservatório.