Corrosão em metais

March 25, 2018 | Author: Paladaise | Category: Corrosion, Nature, Physical Chemistry, Chemistry, Materials


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Univiçosa - Faculdade de Ciências Biológicas e da SaúdeCORROSÃO EM METAIS Alunos: Lucas, Patrícia, Wander 5784. 4076 CORROSÃO EM METAIS Trabalho sobre Corrosão em Metais do 6º Período de Engenharia Química noturno sob orientação do(a) Prof. Patrícia Sales.Lucas Alves. Wander Andrade Matrículas: 5545.(a) David Quintão . E por meio dos conhecimentos supracitados vamos dar o decorrer deste trabalho. A corrosão dos metais é um processo eletroquímico espontâneo muito presente em nosso cotidiano e que causa grandes prejuízos econômicos sendo um quinto da produção mundial de aço destinada a repor perdas causadas pela corrosão. E é precisamente devido ao fato de que certas velocidades de reação são lentas que se pode utilizar os metais no cotidiano. Processos corrosivos são as vezes de difícil identificação. cromo. Hoje são usados diversos métodos para prevenir a corrosão. Prejuízos. hidróxidos ou outras formas semelhantes. como por exemplo a atmosfera. Metais . quase todos baseados em ações práticas da engenharia. apesar da termodinâmica indicar a possibilidade de uma reação. podendo assim causar falhas estruturais catastróficas. etc. de acordo com a termodinâmica. os gastos podem chegar a cerca de US$ 10 bilhões.) tal transformação em óxidos implica numa grande redução da energia livre. etc. grande parte na indústria petrolífera. não diz nada a respeito da velocidade com que esta reação ocorre. como o controle do Ph das estruturas. A transformação do metal em óxido prejudica as propriedades mecânicas do material. "Todos os metais podem ser utilizados sempre que sua velocidade de deterioração seja aceitavelmente baixa". os metais não poderiam ser utilizados numa atmosfera como a terrestre. Em alguns casos (alumínio. Assim.).Resumo O seguinte trabalho é uma visão abrangente sobre como os metais sofrem a deterioração em seu ambiente de atuação. De uma forma geral. Palavras chave: Corrosão . a utilização de revestimentos protetores de materiais e o isolamento elétrico. todos os demais metais em contato com o ar devem reagir e transformarem-se em óxidos. os estudos em diferentes países têm chegado a conclusões estimando custos variáveis entre 1% e 5% do PIB. Com a única excessão dos metais nobres (ouro. Entretanto. Sem que seja necessário recorrer a meios agressivos tem-se que a maioria dos materiais em contato com o meio ambiente. sendo assim necessária uma série de medidas preventivas para evitá-los. formam um sistema termodinamicamente instável. platina. magnésio. No Brasil. INTRODUÇÃO ............. CORROSÃO QUÍMICA ...................................................... 7 4..1 REVESTIMENTOS ...........10 5................................... 1 1.4 2.....2....................................1.. TÉCNICAS DE AMPLIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À CORROSÃO OU DE PROTEÇÃO ANTICORROSIVA..........................................1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA RESISTÊNCIA À CORROSÃO E DA PROTEÇÃO ANTICORROSIVA ........ INFLUÊNCIA DE OUTROS FATORES NA VELOCIDADE DE CORROSÃO........................................................2................. MEIOS CORROSIVOS ...9 5.........3 TÉCNICAS DE MODIFICAÇÃO DO MEIO CORROSIVO.......................SUMÁRIO 1.............2.........1 PRINCIPAIS MEIOS CORROSIVOS E RESPECTIVOS ELETRÓLITOS................2.................2 INIBIDORES DE CORROSÃO ....... CORROSÃO ELETROQUÍMICA ...................................................2.2 RESISTÊNCIA À CORROSÃO ELETROQUÍMICA ............1........1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE CONTROLE DA CORROSÃO ELETROQUÍMICA ...........................................................................................5 2..5 3.10 5...1 1...............................................2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE CONTROLE DA CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS .......................................................................FORMAS DE CORROSÃO...............16 5...................................................2..........2................6 3.............7 5....17 ............................ VELOCIDADE DE CORROSÃO...........16 5....16 5............2.....16 5...............12 5.........2 MÉTODOS QUE MELHORAM A RESISTÊNCIA À CORROSÃO ...............................1..........................................2...................1.........1 RESISTÊNCIA PRÓPRIA DO MATERIAL À CORROSÃO 5................................... Em face da necessidade do eletrólito conter água líquida. 1. como plásticos. podendo estar ou não associado a esforços mecânicos. Concluise. S. dos quais foram extraídos. abrangendo todos os casos deterioração por corrosão. A ênfase aqui descrita será sobre a corrosão dos materiais metálicos. Dependendo do tipo de ação do meio corrosivo sobre o material. sejam metálicos como os aços ou as ligas de cobre. os metais reagem com os elementos não metálicos presentes no meio. cerâmicas ou concreto. portanto. sendo a grande maioria na temperatura ambiente. H2S. Esta corrosão é denominada corrosão metálica. com a circulação de elétrons na superfície metálica. O2. CO2 entre outros. A corrosão pode incidir sobre diversos tipos de materiais. Temperaturas abaixo do ponto de orvalho da água.1 Corrosão Eletroquímica Os processos de corrosão eletroquímica são mais frequentes na natureza e se caracterizam basicamente por:   Necessariamente na presença de água no estado líquido. por exemplo. produzindo compostos semelhantes aos encontrados na natureza. além de apresentar propriedades mecânicas suficientes e características de fabricação adequadas. os processos corrosivos podem ser classificados em dois grandes grupos. ou não metálicos. a corrosão eletroquímica é também denominada corrosão em meio aquoso. que nestes casos a corrosão corresponde ao inverso dos processos metalúrgicos. vide figura 1: . Nos processos de corrosão. Ao se considerar o emprego de materiais na construção de equipamentos ou instalações é necessário que estes resistam à ação do meio corrosivo.1 Introdução Conceito de Corrosão A corrosão consiste na deterioração dos materiais pela ação química ou eletroquímica do meio.  Formação de uma pilha ou célula de corrosão. perdeu elétrons. isto é. sofreu redução (ganhou os elétrons). Todos os metais sofrem corrosão. vemos no cotidiano a formação de ferrugem em objetos de ferro. No entanto. no caso de alguns metais. no caso da prata mencionada. Em todos esses casos ocorreu que o metal oxidou-se. a película preta que acaba servindo como proteção é o sulfeto de prata (Ag 2S). como a imagem abaixo (Figura 2) mostram. que se forma em contato com o oxigênio do ar e com a poluição atmosférica (que envolve compostos do enxofre): 4Ag(s) + O2(g) + 2S2-(aq) + 4H+(aq) → 2Ag2S(s) +2H2O(?) . Por exemplo. com exceção apenas do ouro e da platina. sobre objetos feitos de cobre. causando a oxidação do metal. enquanto outra espécie química.Essa corrosão envolve reações de oxidorredução que transformam os metais em óxidos ou em outros compostos. mais conhecida como azinhavre. essa corrosão é menos violenta porque os compostos formados funcionam como uma espécie de proteção. a prata ficar mais escura com o tempo e a formação de uma camada verde. como o oxigênio (O 2) do ar. Por exemplo. Calcula-se que 30% de todo o aço (liga metálica feita de aproximadamente 98. uma mistura tóxica de hidróxido de cobre I. visto que o ferro possui potencial de oxidação maior que o do oxigênio. edifícios. que são a água e o oxigênio. hidróxido de cobre II. mas o da água é o mais significativo: 2 H2O + 2e– → H2 + 2OH– Para que ocorra esse processo de oxirredução.5% a 17% de carbono e traços de silício. Isso acontece como mostra a figura a seguir na Figura 3: . Objetos metálicos nos lares são perdidos. o ferro oxida-se facilmente quando é exposto ao ar úmido. carros.Essa camada insolúvel de sulfeto de prata tem coloração azulada ou ligeiramente violácea e. ocorre a corrosão de estruturas de pontes. além de poder também ocorrer acidentes. principalmente se houver grande presença de água. Bem. tais como utensílios e eletrodomésticos. equipamentos e máquinas industriais precisam receber manutenção ou ser substituídos. navios e monumentos artísticos. deve haver contato elétrico entre a região anódica e catódica para que ocorra o fluxo de íons entre essas regiões e o circuito elétrico feche-se. A corrosão dos metais é um processo que ocorre espontaneamente e causa anualmente grandes prejuízos econômicos para nossa sociedade. enxofre e fósforo) mundial seja produzido apenas para repor objetos que foram corroídos. ocorrendo a seguinte reação anódica: Fe (s) → Fe2+ + 2 eExistem vários processos de redução que podem ocorrer. ele perde elétrons. O mecanismo completo da corrosão do ferro ainda não está completamente esclarecido. nas indústrias. vai ficando preta. No caso do cobre. Por isso. com o tempo. Nas cidades. 0. na verdade. há o risco de vazamentos de materiais poluentes para o meio ambiente em virtude da corrosão de tubulações e tanques. o azinhavre formado é.5% de ferro. mas sabe-se que ela está relacionada à oxidação do ferro por meio de agentes oxidantes. carbonato de cobre I e carbonato de cobre II. ocorrendo a formação do hidróxido ferroso (Fe(OH) 2). . isto é. sempre acima do ponto de orvalho da água. esse composto é oxidado a hidróxido de ferro III (Fe(OH)3). por vezes. enquanto os ânions OH. tais como o uso de pinturas protetoras. Temperaturas. denominados corrosão ou oxidação em altas temperaturas. Estes processos são menos frequentes na natureza. a ferrugem que conhecemos: 2Fe(OH)2 + H2O + 1/2O2 → 2 Fe(OH)3 2Fe(OH)3 → Fe2O3 . o que facilita o fluxo dos elétrons. que é um composto que possui coloração castanhoavermelhada. a produção de aço inoxidável e o uso de metais de sacrifício em técnicas conhecidas como galvanoplastia e galvanização.migram para o polo positivo (região catódica). que depois perde água e transforma-se no óxido de ferro (III) monohidratado (Fe2O3 . Apesar de tais perdas.2 Corrosão Química Os processos de corrosão química são. Tais processos corrosivos se caracterizam basicamente por:    Ausência da água líquida. 1.Os íons Fe2+ têm a tendência de migrar para a região catódica (polo negativo). elevadas. Interação direta entre o metal e o meio corrosivo. Fe2+ + 2OH– → Fe(OH)2 Na presença de oxigênio. H2O + 2H2O A presença da água favorece a formação da ferrugem porque possui íons dissolvidos. H2O). os cientistas pesquisam constantemente várias técnicas que conseguem evitar essas corrosões. em geral. envolvendo operações onde as temperaturas são elevadas. 1 Principais Meios Corrosivos e Respectivos Eletrólitos    Atmosfera: o ar contém umidade. O eletrólito constitui-se principalmente da água com sais dissolvidos. bactérias. Solos: os solos contêm umidade. Em função destas transformações as propriedades mecânicas podem sofrer grandes variações. Outro tipo de alteração no material que ocorre em serviço. na presença de sais ou gases presentes no ambiente.Como na corrosão química não se necessita de água líquida. sais em suspensão. constituindo o fenômeno da corrosão-erosão. eventualmente ácidos ou bases. que remove mecanicamente partículas do material. etc. ela também é denominada em meio não aquoso ou corrosão seca. resíduos industriais. 2. sais minerais e bactérias. tem-se um processo eminentemente físico e não químico ou eletroquímico. 2 Meios Corrosivos Os meios corrosivos em corrosão eletroquímica são responsáveis pelo aparecimento do eletrólito. que é uma deformação plástica do material crescente ao longo do tempo. Existem processos de deterioração de materiais que ocorrem durante a sua vida em serviço. A alteração na estrutura metalúrgica em si não é corrosão embora possa modificar profundamente a resistência à corrosão do material. por exemplo. Um deles é o desgaste devido à erosão. ação simultânea da corrosão. por exemplo apresentando excessiva fragilidade na temperatura ambiente. em certos casos. Outros constituintes como poeira e poluentes diversos podem acelerar o processo corrosivo. são as transformações metalúrgicas que podem acontecer em alguns materiais. Águas naturais (rios. susceptível à corrosão intergranular. gases industriais. Durante o serviço em alta temperatura pode ocorrer também o fenômeno da fluência. Pode-se entretanto ocorrer. particularmente em serviço com temperaturas elevadas. poeira. O eletrólito é uma solução eletricamente condutora constituída de água contendo sais. que não se enquadram na definição de corrosão. tornando-o. Os outros constituintes podem acelerar o processo corrosivo. lagos e do subsolo): estas águas podem conter sais minerais. Alguns solos apresentam também. O eletrólito constitui-se da água que condensa na superfície metálica. características ácidas ou básicas. Embora esta perda de material seja gradual e decorrente da ação do meio. poluentes diversos e gases dissolvidos. O eletrólito constituise principalmente da água com sais dissolvidos. ácidos ou bases. em função da tensão atuante e da temperatura. . 1397 Brometo (Br-) 0. em g.6486 Bicarbonato (HCO ) 0.3800 + Estrôncio (Sr ) 2+ 0.4001 2+ 2+ Potássio (K ) 0. Outros constituintes como gases dissolvidos. ou seja. A corrente l de corrosão é.i. A corrente de corrosão depende fundamentalmente de dois fatores: . portanto. em A. pela taxa de corrosão. t = tempo em que se observou o processo.0133 A água do mar em virtude da presença acentuada de sais.0013 Ácido Bórico (H3BO3) 0.t I onde: m = massa desgastada. Água do mar: estas águas contêm uma quantidade apreciável de sais. em uma certa área.0646 Fluoreto (F ) 0. A taxa de corrosão pode ser representada pela massa desgastada por unidade de área na unidade de tempo. Uma análise da água do mar apresenta em média os seguintes constituintes em gramas por litro de água: Cloreto (Cl-) Sulfato (SO -) 18. e = equivalente eletroquímico do metal. podem acelerar os processos corrosivos.5561 Magnésio (Mg ) 1.0260 - Sódio (Na+) 10. A massa deteriorada pode ser calculada pela equação de Faraday: m = e. 3 Velocidade de Corrosão A velocidade com que se processa a corrosão é dada pela massa de material desgastado. i = corrente de corrosão. durante um certo tempo. um fator fundamental na maior ou menor intensidade do processo corrosivo e o seu valor pode ser variável ao longo do processo corrosivo. em s.9799 2. é um eletrólito por excelência.2720 Cálcio (Ca ) 0. pode ser influenciada pela resistividade do eletrólito.R.  Diferença de potencial das pilhas (diferença de potencial entre áreas anódicas e catódicas) . na pressão atmosférica a velocidade de corrosão aumenta com o acréscimo da taxa de oxigênio dissolvido. de modo geral. A velocidade de corrosão pode ser.1 INFLUÊNCIA DE OUTROS FATORES NA VELOCIDADE DA CORROSÃO Alguns outros fatores influem na velocidade de corrosão. pela superfície de contato das áreas anódicas e catódicas e também pelos fenômenos de polarização e passivação. Com a elevação da temperatura diminui-se a resistividade d eletrólito e consequentemente aumenta-se a velocidade de corrosão. Da mesma forma também em corrosão as taxas de desgaste aumentam com o aumento da temperatura. PH de eletrólito: a maioria dos metais passivam-se em meios básicos. Quando o controle se dá anódica e catodicamente diz-se que o controle é misto. no primeiro caso diz-se que a reação de corrosão é controlada anodicamente e no segundo caso catodicamente. alterada por outros fatores que serão tratados no item seguinte e que influenciam de modo direto ou indireto na polarização ou na passivação. principalmente porque atuam nos fenômenos de polarização e passivação.DV.DV . Portanto. A diferença de potencial . . Temperatura: o aumento de temperatura acelera. as reações químicas. ainda. O controle da velocidade de corrosão pode se processar na área anódica ou na área catódica. Resistência de contato dos eletrodos das pilhas (resistência de contato das áreas anódicas e catódicas) . 3. Isto ocorre por ser o oxigênio um elemento despolarizante e que desloca a curva de polarização catódica no sentido de maior corrente de corrosão. Tais fatores que também influenciam a velocidade de corrosão são:    Geração do meio corrosivo: como foi dito anteriormente oxigênio funciona como controlado dos processos corrosivos. como no caso da corrosão por aeração diferencial. superfície metálicaeletrólito. Exemplo comum é representado pelos aços inoxidáveis austeníticos em meios que contêm cloretos. sob a ação de certos agentes agressivos. são destruídas em pontos localizados. em geral passivas. com o aspecto de crateras. É comum em metais que formam película inicialmente protetora mas que. Esta forma é comum em metais que não formam películas protetoras.  Corrosão alveolar: quando o desgaste provocado pela corrosão se dá sob forma localizada. uma ação erosiva. Efeito da velocidade: a velocidade relativa. neste caso.   Corrosão Uniforme: É a forma menos agressiva de corrosão. possibilitando corrosão muito intensa. expondo o metal a novo ataque. (Vide Figura 4) 4 FORMAS DE CORROSÃO As formas segundo as quais a corrosão pode manifestar-se são definidas principalmente pela aparência da superfície corroída. como resultado do ataque. atua na taxa de desgaste de três formas: para velocidades baixas há uma ação despolarizante intensa que se reduz à medida que a velocidade se aproxima de 8 m/s (para o aço em contato com água do mar). Corrosão por placas: quando os produtos de corrosão formam-se em placas que se desprendem progressivamente. os quais tornam-se ativos. ao se tornarem espessas. A corrosão por pite é frequente em metais formadores de películas protetoras.  Corrosão por pite: quando o desgaste se dá de forma muito localizada e de alta intensidade. O ataque. . É frequente em metais formadores de películas semi-protetoras ou quando se tem corrosão sob depósito. A partir desta velocidade as taxas praticamente se estabilizam voltando a crescer para altas velocidades quando diante de um movimento turbulento tem-se. se estende de forma homogênea sobre toda a superfície metálica. fraturam e perdem aderência. sendo as principais: Corrosão uniforme: quando a corrosão se processa de modo aproximadamente uniforme em toda a superfície atacada. geralmente com profundidade maior que o diâmetro e bordos angulosos. e sua penetração média é igual em todos os pontos. que. inclusive. Corrosão por Esfoliação: A corrosão por esfoliação ocorre em diferentes camadas e o produto de corrosão. como no caso dos aços inoxidáveis austeníticos sensitizados. De uma maneira geral este tipo de corrosão ocorre em frestas com espessura de poucos centésimos de milímetro ou menor. Corrosão intergranular ou intercristalina: quando o ataque se manifesta no contorno dos grãos. como no caso da corrosão sob tensão de aços inoxidáveis austeníticos. formado entre a estrutura de graõs alongados. Corrosão Filiforme: A corrosão filiforme se processa sob a forma de finos filamentos que se propagam em diferentes direções e que não se cruzam. expostos a meios corrosivos. separa as camadas ocasionando um inchamento do material metálico   Figura 5 demonstrando as formas das corrosões: . Esta condição de não renovação do meio corrosivo estagnação) pode ser obtida também quando se tem sedimentação ou quando se utilizam juntas de material absorvente ou poroso.  Corrosão em Frestas: Este tipo de corrosão é uma variação da corrosão puntiforme e se apresenta em uniões ou zonas em que a renovação do meio corrosivo só pode ser obtida por difusão (movimento de íons causado por um gradiente de concentração). Ocorre geralmente em superfícies metálicas revestidas com filmes poliméricos. tintas ou metais ocasionando o deslocamento do revestimento.  Corrosão transgranular ou transcristalina: quando o fenômeno se manifesta sob a forma de trincas que se propagam pelo interior dos grãos do material. A tecnologia hoje existente permite a utilização dos materiais em praticamente todos os meios corrosivos com a durabilidade dentro da extensão desejada. .5 Técnicas de Ampliação da Resistência à Corrosão ou de Proteção Anticorrosiva Os materiais metálicos podem ter resistência própria à corrosão ou tê-la ampliada pela utilização dos métodos ou técnicas de proteção anticorrosiva. ou seja. Esta resistência pode decorrer de características próprias do material ou ser conferida por métodos de proteção anticorrosiva. Como se viu nos Capítulos anteriores os fenômenos mais importantes na resistência à corrosão são a polarização e a passivação. revestimentos dentre outros. Os fenômenos de polarização que acompanham os processos corrosivos podem ser acelerados por técnicas tais como o uso de inibidores.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA RESISTÊNCIA À CORROSÃO E DA PROTEÇÃO ANTICORROSIVA A resistência à corrosão dos materiais metálicos está associada ao fato dos mesmos serem expostos ao meio corrosivo. apresentando taxas de corrosão baixas e controladas. resistente à corrosão pela formação das películas protetoras em altas temperaturas ou utilizando revestimentos refratários ou isolantes que separam a superfície metálica do meio.1 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE CONTROLE DA CORROSÃO ELETROQUÍMICA Controlar a corrosão eletroquímica significa paralisar ou diminuir a intensidade das pilhas de corrosão. enquanto os fenômenos de passivação conferem ao material um comportamento de maior nobreza e podem ser acelerados pelo uso de proteção anódica e modificações no meio corrosivo como. do funcionamento das pilhas de corrosão no caso da corrosão eletroquímica e do crescimento da película no caso da corrosão química ou oxidação a altas temperaturas.5. atuando e dificultando na interação entre o metal e o meio corrosivo. Com este objetivo pode-se agir na seleção do material metálico.1. Controlar a corrosão consiste portanto em se obter o controle das velocidades de corrosão.1. 5. catódico ou misto. o controle de pH. por exemplo.2 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE CONTROLE DA CORROSÃO EM ALTAS TEMPERATURAS A corrosão em altas temperaturas é controlada a partir do crescimento da película protetora. proteção catódica. . 5. O controle de corrosão eletroquímica pode ser anódico. 2. Os revestimentos podem ser: metálicos. titânio. como é o caso das películas metálicas mais catódicas que o metal de base. especialmente quando o meio corrosivo é líquido e trabalha em circuito fechado.2. Esta película pode dar ao material um comportamento mais nobre.1 RESISTÊNCIA PRÓPRIA DO MATERIAL À CORROSÃO Os materiais metálicos podem possuir resistência própria a determinados meios corrosivos. ou ainda. a proteção catódica e anódica e ainda o controle pelo projeto. ou são formadores de película que aumentam a resistência de contato das áreas anódicas e catódicas das pilhas de corrosão. ou protegê-lo por ação galvânica.2.2. Dentre os elementos de liga que formam a camada passiva podemos citar: alumínio.2. cromo.2 RESISTÊNCIA À CORROSÃO ELETROQUÍMICA 5. 5. as técnicas de modificação do meio. ampliando a resistência a corrosão do material metálico. não metálicos inorgânicos ou orgânicos e a sua utilização pode ser no aumento da resistência à corrosão atmosférica.2 Inibidores de Corrosão O aumento da resistência à corrosão pelo uso dos inibidores de corrosão constitui-se em uma técnica muito utilizada. níquel. .1 Revestimentos Os revestimentos constituem-se em películas interpostas entre o metal e o meio corrosivo. o qual é função da composição química do material. Esta resistência está associada à passivação do material no meio corrosivo considerado. na imersão e na corrosão pelo solo. entre outros. 5.2 MÉTODOS QUE MELHORAM A RESISTÊNCIA À CORROSÃO Alguns materiais de elevado uso industrial possuem baixa resistência a corrosão na maioria dos meios. ampliada ou até mesmo obtida no seu mais elevado grau. os inibidores de corrosão. Dentre estas técnicas ou métodos podem ser citados os revestimentos. 5. se constituem numa barreira entre o metal e o meio e desta forma aumentar a resistência de contato das áreas anódicas e catódicas das pilhas de corrosão.5. Os inibidores são compostos químicos adicionados ao meio que promovem polarização anódica ou catódica. Esta resistência pode ser melhorada.2. utilizando de técnicas ou métodos de proteção anticorrosiva que promovem a passivação ou a polarização do material. Cuidados especiais deve-se ter com os metais anfóteros que perdem a resistência à corrosão em meios muito básicos e com a precipitação de compostos de cálcio e magnésio que se tornam insolúveis em pH elevado. A desaeração consiste na retirada de oxigênio do meio. Destaca-se ainda. . como métodos que reduzem as taxas de corrosão o controle de velocidade relativa metal/eletrólito e o controle de temperatura. ou em câmara de vácuo onde a descompressão propicia a saída de gases.3 Técnicas de Modificação do Meio Corrosivo Além dos inibidores que agem através do meio corrosivo há outras técnicas importantes de modificação do meio.5. com a sua retirada favorece-se a polarização catódica com a consequente diminuição da intensidade do processo corrosivo. enquanto que a retirada do processo mecânico é feita em desaeração por arraste do oxigênio por um outro gás. que se tornam passivos com o pH ligeiramente básico. dentre elas vale destacar a desaeração e o controle do pH. sendo o oxigênio um agente despolarizante. Os processos de retirada de oxigênio podem ser químicos ou mecânicos. em fluidos diversos como os de perfuração de poços de petróleo e os de complementação. podendo trazer problemas de incrustação.2. água de caldeira.2. comumente vapor. Estes dois métodos de aumento da resistência a corrosão são muito utilizados em sistemas de água de refrigeração. O processo químico é realizado pelos sequestradores de oxigênio. O controle de pH visa favorecer a passivação dos metais. água de injeção em poços de petróleo.
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