Apresentação: Ana Catarina M. F.de Araújo R1 – Pediatria – HRAS Coordenação: Filipe Lacerda de Vasconcelos Hospital Regional da Asa Sul/SES/DF www.paulomargotto.com.br Brasília, 3/6/2011 Crises convulsivas: Manifestação neurológica mais comum na emergência; 1-5% dos atendimentos; 80% cessa antes do atendimento. Risco de lesão do SNC e sistêmica. Protocolos de atendimento. Casella EB, Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. J. Pediatr (Rio J) 1999; 75(Suppl 2):S197-206. EPILEPSIA: condição crônica, caracterizada pela presença de crises recorrentes, na ausência de eventos externos desencadeantes. CRISES EPILÉPTICAS: descarga elétrica anormal, excessiva e síncrona, de um grupamento neuronal, ocorrendo de modo espontâneo ou secundário a eventos exógenos. Casella EB, Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. J. Pediatr (Rio J) 1999; 75(Suppl 2):S197-206. Pediatr (Rio J) 1999. CONVULSÕES: crises epilépticas com manifestações motoras (áreas corticais anteriores). 75(Suppl 2):S197-206. auditivos ou exclusivamente sensitivos. Crises não convulsivas: alterações localizadas em áreas posteriores do cérebro. . assim como as ausências. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. Casella EB. com sintomas visuais. J. 6% das crianças: pelo menos 1 crise epiléptica. Pediatr (Rio J) 1999. . Maior na infância: menor limiar do cérebro imaturo. 75(Suppl 2):S197-206. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. J. Casella EB. Há uma doença neurológica progressiva. História familiar de epilepsia com provável herança genética. Pediatr (Rio J) 1999. Influenciará na decisão da terapêutica. Lesões prévias do SN: sequelas de TCE. Crises sintomáticas remotas: Crises idiopáticas: Febril: Encefalopatia progressiva: . Não há história de convulsões na ausência de febre nem se identifica outro fator adicional. Crises sintomáticas agudas: Processo agudo que afeta o SNC. infecções ou eventos hipóxico-isquêmicos. Casella EB. Alterações orgânicas ou funcionais do parênquima cerebral. 75(Suppl 2):S197-206. J. Baixo risco de recorrência corrigindo-se o distúrbio. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. . J.Casella EB. 75(Suppl 2):S197-206. Pediatr (Rio J) 1999. Simples: consciência preservada. Crises parciais: inicia-se em um hemisfério cerebral. Casella EB. Pediatr (Rio J) 1999. . 75(Suppl 2):S197-206. Crises generalizadas: atividade epiléptica simultânea nos dois hemisférios cerebrais. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. Complexa: consciência alterada. Liga Internacional contra a Epilepsia critérios clínicos e eletroencefalográficos. J. havendo obrigatoriamente a perda da consciência. 2003. 3 a 5% das crianças apresentarão antes dos 5 anos de idade (pico aos 2 anos). Powell EC: Pediatric Seizures and Their Management in the Emergency Department. Clin Ped Emerg Med 4:195-206. Freedman SB. . Fator de risco: história de convulsão febril em parentes de 1o grau (↑ risco de recorrência). Tipo mais comum de convulsão na infância. sem evidências de infecção intracraniana ou distúrbio convulsivo conhecido. Powell EC: Pediatric Seizures and Their Management in the Emergency Department. ITU. . ou Apenas 1 episódio num período de 24 horas. síndrome viral. GECA. varicela e bronquiolites. < 15 minutos. PNM. ou Mais de 1 episódio num período de 24 horas. Doenças infecciosas mais envolvidas: OMA. IVAS. Manifestações focais. Generalizada. > 15 minutos. Clin Ped Emerg Med 4:195-206. Freedman SB. 2003. Definição: Crianças febris entre 6 meses e 5 anos de idade. Powell EC: Pediatric Seizures and Their Management in the Emergency Department. EEG: não tem grande valor. Clin Ped Emerg Med 4:195-206. Achados neurológicos focais. História de TCE. Neuroimagem: Convulsão focal. Freedman SB. < 6 meses: avaliação mais cuidadosa. Punção lombar: Persistência de rebaixamento do nível de consciência ou está letárgico ou irritado. 2003. . Persistência de rebaixamento do nível de consciência. Tratamento: ATBterapia para o foco de infecção. História de convulsão febril em parentes de 1o grau. Freedman SB. . Powell EC: Pediatric Seizures and Their Management in the Emergency Department. Antipirépticos: não diminuem a recorrência. 2003. Anti-epilépticos: controverso. Fatores de risco para recorrência: <18 meses no momento da 1a convulsão. Clin Ped Emerg Med 4:195-206. . Pediatr (Rio J) 1999. 75(Suppl 2):S197-206. Casella EB. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. Corresponde a mais de 30 minutos de atividade convulsiva contínua ou 2 ou mais crises epilépticas sequenciais sem total recuperação do nível de consciência entre as crises. J. 2003. condições neurológicas agudas ( meningite. . 1/3 dos casos é o evento inicial da epilepsia. encefalite. intoxicações e condições neurológicas degenerativas. trauma. Outras causas: convulsões febris atípicas. Freedman SB. Powell EC: Pediatric Seizures and Their Management in the Emergency Department. tumor). Clin Ped Emerg Med 4:195-206. Reorganização com formação de áreas hiperexcitáveis. 11(4): 183-188. Neurônios capazes de desencadear uma descarga em prejuízo do sistema inibitório GABA. Transmissão da descarga depende das sinapses excitatórias glutamatérgicas. . Áreas de morte neuronal: Dano preferencial aos neurônios inibitórios e seleção dos excitatórios. Fatores genéticos. J Epilepsy Clin Neurophysiol 2005. Santos LC: Tratamento do Estado de Mal Epiléptico em Pediatria – Revisão e Proposta de Protocolo. Agertt F. Antoniuk SA. Bruck I. Antoniuk SA. Respiratória e metabólica: Acidose: ↑ demanda tecidual de O2 => acidose láctica. Hipóxia: Prejuízo da mecânica ventilatória. . Agertt F. Bruck I. ↑ salivação. 11(4): 183-188. J Epilepsy Clin Neurophysiol 2005. ↑ consumo de O2. ↑ secreções brônquicas. Santos LC: Tratamento do Estado de Mal Epiléptico em Pediatria – Revisão e Proposta de Protocolo. 75(Suppl 2):S197-206. Pediatr (Rio J) 1999.Casella EB. . J. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. . . . Bioquímica e gasometria: Em função da etiologia. Ausência de sinais de aumento da pressão intracraniana. 75(Suppl 2):S197-206. Pediatr (Rio J) 1999. . Casella EB. mesmo na ausência de sinais meníngeos. Pouco valor em crianças maiores (> 6 meses) e com exame neurológico normal no período pós-ictal. Punção lombar: Indicado em crianças com um 1o episódio convulsivo na vigência de febre e que tenham menos de 6 a 12 meses de idade. J. Exame toxicológico. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. infartos. Crianças < 1 ano com convulsões focais. 75(Suppl 2):S197-206. déficits focais pós-ictais (paralisia de Todd). Tomografia computadorizada: TCE. tumores. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. Ressonância magnética: . nível de consciência persistentemente alterado. malignidade ou HIV. disgenesias. Atrofias. displasias. J. Casella EB. e Crianças com anormalidades neurológicas ou déficits motores ou cognitivos inexplicados. Pediatr (Rio J) 1999. trauma e malformações vasculares. convulsão > 15 minutos. distúrbios hemorrágicos. convulsão parcial. Eletroencefalograma: Diferencia eventos ictais e não-ictais. Pediatr (Rio J) 1999. 75(Suppl 2):S197-206. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. Tipo de convulsão ou síndrome epiléptica. . Emergência: crianças com persistência do estado mental alterado após a convulsão: síndrome epiléptica não-convulsiva? Casella EB. J. Síncope. . Distúrbios do sono. Crises de perda de fôlego. Migrânea. Pseudo-convulsões. Suporte de vida – A-B-C Acesso venoso / Glicemia / Exames laboratoriais / Temperatura / Tratamento de causas específicas . 1) ml . . Período neonatal: encefalopatia bilirrubínica. Efeitos colaterais: depressão respiratória e hipotensão Antídoto: Flumazenil – 0. Alta lipossolubilidade -> rápida ação no SNC. Vel de infusão: 1mg/min.3-0.2 mg/kg .06-0.IV. Duração: 5 a 30 min.IV ou IO Máx: 10 mg 5 min Diazepam (Dose 2) 5 min Diazepam (Dose 3) Início: < 2 min.5 mg/kg/dose (P x 0. Diazepam: Diazepam (Dose 1) 0. Duração: 10-15 h. Vel de infusão: 1 mg/kg/min.4) ml . Efeitos adversos: hipotensão e arritmias.9%): risco de tromboflebite (pH alcalino). Averiguar uso prévio: risco de intoxicação. Exige diluição (SF 0. Ação: 20-40 minutos.IV ou IO Máx: 1000mg Fenitoína 5 mg/kg/dose . Fenitoína: Fenitoína (Ataque) 15-20 mg/kg/dose (P x 0.IV ou IO Até 2 doses Máx: 30 mg/kg Manutenção de uma droga anticonvulsivante com menor potencial depressor do SN. . Manutenção: 5 a 10 mg/kg/dia. respiratória e hepática.2) ml Preferido no período neonatal. . Fenobarbital: Fenobarbital Ataque: 20-40 mg/kg IV ou IO (P x 0. cardíaca.0 mg/Kg/dia 12/12h Precaução: Insuficiência renal. crises pós-anóxia e convulsão febril Ação: 12 – 15 min Duração: 90 – 110 h Vel de infusão: 1 mg/Kg/min Máx: 300 – 400 mg/dose Manutenção: 5. UTI + VM 1a Opção Tiopental sódico Ataque: 2-4 mg/kg/dose – IV Contínuo: 0.5-1.2 mg/kg/dose – IV Contínuo: 0.5% Halotano .05-0.5 mg/kg/h Alternativas Lidocaína Ataque: 1-2 mg/kg/dose – IV Contínuo: 1-6 mg/kg/h Anestesia inalatória Fluorano 0.05-0.2 mg/kg/min 2a Opção Midazolan Ataque: 0. Paraldeído. Hidrato de cloral. Ácido valpróico: Crises mioclônicas e de ausência. Outras: . Topiramato. Xarope 20 a 30 mg/kg. Lidocaína. Bruck I. Chapter 593. Clin Ped Emerg Med 4:195-206. Freedman SB. Pediatr (Rio J) 1999. 2003. 18th ed. 75(Suppl 2):S197-206. Powell EC: Pediatric Seizures and Their Management in the Emergency Department. Santos LC: Tratamento do Estado de Mal Epiléptico em Pediatria – Revisão e Proposta de Protocolo. Kliegman: Nelson Textbook of Pediatrics. Agertt F. Antoniuk SA. J. 11(4): 183-188. Mangia CM: Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epiléptico em crianças. Casella EB. J Epilepsy Clin Neurophysiol 2005. . . br.com. Dr. Narcela Maia.Nota do Editor do site www. Paulo R. Margotto Consultem: Midazolam intramuscular versus diazepam endovenoso nas crises convulsivas Joana Cecília. Margotto O midazolan pode ser usado como primeira escolha no tratamento de crises convulsivas agudas em crianças cujo acesso venoso é difícil.paulomargotto. Paulo R. principalmente nas crises febris . Josileide G Castro . Margotto. Paulo R.E no recém-nascido? Clicar agora aqui! (eslide em Apresentação) Crises convulsivas no período neonatal Autor(es): Sérgio Henrique Veiga.