UNIrevista - Vol.1, n° 3 (julho 2006) ISSN 1809-4651 Construindo o Cinema Moderno Adriano Medeiros da Rocha Especialista UFV, MG Resumo Contextualização histórica do movimento artístico denominado Cinema Moderno, através da exposição de suas características principais, sucinta análise de filmes produzidos por seus cineastas mais representativos, diferenciação a cerca do cinema clássico americano e correlação com movimentos cinematográficos do “pósguerra” Neo-realismo italiano e Nouvelle Vague francesa. Palavras-chave: Cinema clássico, cinema moderno. Introdução Portanto, ainda não estamos diante de uma arte que se poderia denominar “moderna”, embora engendrada no prefácio da modernidade. Para transformar o cinema em arte moderna seria necessário romper não apenas com os paradigmas da arte imitativa, mas principalmente com toda uma concepção de mundo baseada tanto na evidência quanto na universalidade da ordem mecânica da natureza e da sociedade quanto na naturalidade do cultural . 1 Buscamos com este artigo propor ao leitor um breve estudo a respeito do Cinema Moderno, suas características principais e inúmeras contribuições para os filmes de um momento caracterizado como pósmoderno. Para tal atividade, acreditamos ser de suma importância destacar alguns cineastas e suas obras, a fim ilustrarmos parte daquilo que se passava em suas mentes e no próprio coletivo cinematográfico da época. Entretanto, parece-nos improvável desenvolver este tema sem antes estabelecermos uma linha de comparação com o cinema clássico, produzido a partir da indústria cinematográfica dos Estados Unidos e uma outra, de relacionamento para com as obras desenvolvidas dentro dos movimentos do pós-guerra, aqui, mais especificamente, o Neo-realismo italino e a Nouvelle Vague francesa Cinema clássico De acordo com Wilson Cunha 2 , nos primeiros anos do século XX, o cinema americano concentrava-se, principalmente, na cidade de Nova York. Entretanto, o acirramento da disputa de mercado entre as grandes produtoras e distribuidoras da época e as dificuldades impostas para se filmar pelo clima rigoroso dessa região atlântica levaram os industriais do cinema a buscar novas áreas para instalarem seus estúdios. Criava-se aí o maior centro de produção cinematográfica do mundo: Hollywood. 1 2 FURTADO, F., in Lumina nº 02, jul. a dez. 1999, p. 126 CUNHA, W., 1980, p. 06. 1 claro uma referência obrigatória. ou seja.. Os roteiristas foram buscar inspiração nos romances do século XIX.. As histórias se mostravam lineares e o final feliz era marca registrada. entretenimento está diretamente associado a lucro. nada da ordem estética pode incomodar o espectador. Ele deveria usufruir do reconhecimento. Reforça-se o caráter do cinema enquanto entretenimento de massa. uma das maiores contribuições foi dada por David Wark Griffith. apresentava uma espécie de convenção bastante rígida e tradicional. passar a ilusão de naturalidade. I. Diretamente associado a grandes estúdios e distribuidoras. Com relação à montagem. ou seja. que inventou boa parte da linguagem cinematográfica.) Em cerca de quatro anos Hollywood passaria a ser o símbolo dourado do cinema. no início de 1908. fantasias e suspense.. modificado. tanto quanto Lumière e Mélies. no momento em que os demais países (e principalmente a Europa) começam a se preparar para a Primeira Guerra Mundial. 07.) Griffith. Com esse corte invisível. (. Esse tipo de cinema. o maior esforço mental do espectador deveria ser esperar o final feliz. (. encontramos um verdadeiro arsenal a favor de um ilusionismo cinematográfico. 77 2 UNIrevista . p. uma situação de conflito/enigma e a resolução deste problema.3 Espertamente. 1..Vol. não havia espaço para tempo morto. encantamento e felicidade. O primeiro termo refere-se à verdadeira fábrica de mitos (ídolos) da Sétima Arte. assuntos sérios são tratados apenas como pretexto para brincadeiras ou comédias. Neste sentido. o cinema clássico narrativo ainda se utilizava de outras duas estruturas: o star system e o studio system. é. Suas temáticas eram pouco contestatórias e promoviam a ilusão de que no cinema só havia espaço para magia. p. os filmes deveriam entreter. É a partir dele que se cria um modelo narrativo que servirá não só para ser seguido como. alguns cineastas chegaram a um subúrbio de Los Angeles. Sendo assim. Califórnia. Para isso. Mesmo assim. Nesse sentido.. eventualmente. Tudo deveria parecer verdadeiro. além do fácil entendimento. e ali se instalaram para filmar O conde de monte cristo. Basicamente. Muitas vezes. Vários outros elementos também contribuíram para o sucesso deste o cinema clássico americano. n° 3 (julho 2006) . a narrativa se apresentava de forma contínua e crescente. e sempre deveria acontecer algo na telona. A ação dominava todos os gêneros. ARAÚJO. a partir de então. o cinema enquanto indústria é intensamente desenvolvido em território americano. tentava-se sempre construir um desvio da chata realidade habitual para um mundo de emoção. todos os planos diminuíram sua duração e deveriam estar vinculados ou seguir uma linearidade ao plano seguinte (induzir uma ação contínua).4 Antes de tudo. que dominou as salas de exibição e se tornou sucesso (comercial) no mundo todo. observávamos (e ainda é assim) a apresentação do herói. 1995.Construindo o cinema moderno Adriano Medeiros da Rocha Partindo em busca de locais mais ensolarados. meio e fim. Neste sistema de estrelas. poderíamos denominar de clássico aquele período em que se criaram as principais regras para o cinema. Entre eles está a própria constituição da maioria dos elementos da linguagem cinematográfica. Rapidamente temos a queda dos filmes de arte europeus em contraposição ao domínio de mercado externo estabelecido pelas grandes produtoras e distribuidoras dos Estados Unidos. Conforme Inácio Araújo. e esquecer que o filme foi montado. sempre com início. sons e imagens eram gravados em estúdio e apresentados em sincronia. atores e atrizes interpretavam apenas um tipo fixo 3 4 Idem. que. As filmagens em cenários reais/naturais. 1. Intimamente correlacionado à situação do país e à realidade de seu povo (recém saído da Segunda Guerra Mundial). O sistema consolidado depois de 1914. Com restrito espaço para reflexão e tantos “atrativos” o espectador das salas escuras não conseguiu resistir à identificação com os heróis Hollywoodianos. Ao mostrar uma Itália degredada pela guerra. eis que. verificamos o uso de procedimentos para a maximização dos lucros. iremos trabalhar com dois deles: o Neo-realismo italiano e a Nouvelle Vague francesa. Neo-realismo italiano Podemos dizer que o Neo-realismo italiano teria sido uma das primeiras afirmações de um cinema nacional. seja na temática. 31 3 UNIrevista . “gostava” e se identificava.Construindo o cinema moderno Adriano Medeiros da Rocha de personagem – aquele que o público já reconhecia. elaborou co cuidado o mundo a ser observado através da “janela” do cinema. padronização da linguagem. Para isso. Em pouco tempo. como André Bazin. contestar o modelo ilusionista dominante e propor renovações na linguagem. o Neo-realismo. sem falar num total domínio das três fases do filme pelo estúdio. colorido. de acordo com a concepção do objeto cinematográfico como produto de fábrica.Vol. p. No caso do studio sytem. a montagem simples e o orçamento reduzido fez o Neo-realismo ganhar muitos entusiastas e defensores. repetição de estilo. 5 Além disso. Aí a vocação popular que se inicia neste período. os grandes estúdios americanos investiram pesado no aperfeiçoamento técnico (como o cinema falado. Chegava o momento de debater amplamente a arte cinematográfica. na forma ou na relação que o filme mantém com o público.). que até exagera ao 5 XAVIER. Dentro dos movimentos culturais provindos do pós-guerra. os cineastas saem dos estúdios e vão filmar nas ruas. ao lado da aplicação sistemática dos princípios da montagem invisível... com seus personagens envolvidos em conflitos desesperadores. estes postulados criados por Griffith e rigidamente defendidos pela escola norte americana foram então abalados. os atores não profissionais. principalmente nos EUA. I. n° 3 (julho 2006) . viu-se fisgado por esta forma de fazer cinema. o cinema italiano passou a preocupação com a fidelidade idéia de vida real. aponta para um real bem mais próximo do vivido. Os movimentos do pós-guerra e o alicerce do cinema moderno Inúmeras reflexões trazidas durante as grandes Guerras Mundiais contribuíram de maneira absolutamente significativa no trabalho e na forma de pensar dos cineastas da época. Desenvolveu um estilo tendente a controlar tudo. assume a função de ator. a partir do período das grandes Guerras Mundiais. Era o desejo de trocar o “grande herói” americano pelo homem simples e comum das vilas italianas. Contudo. aqui. 1984. Tudo sempre com o objetivo de parecer o mais realista possível. como é o caso da subordinação de todos os profissionais e artistas ao produtor. de Vittorio de Sica (1948 e 1952 respectivamente). fluida e com todas suas crises e dramas. o filme. Logo em seguida. finalmente. que não experimenta qualquer receio diante da técnica. faz com que o espectador realize uma leitura mais livre e autônoma da cena. disponível no site www. não há mais história. assim como a música ou a poesia. 7 François Truffaut em entrevista extraída do livro O cinema segundo François Truffaut.br/com112 2001 2/nouvellevague/truffaut. A vida cotidiana na modernidade passa a ser retratada pela visão do cineasta de forma complexa. 6 BAZIN. devemos citar Frederico Fellini e Pier Paolo Pasolini. O excesso proposital de alguns movimentos como zoom. que no passado tanto amedrontava. 1. em 1959. A. o herói e os personagens planos (acabados) desaparecem para dar lugar a personagens bem mais humanos. Nouvelle Vague francesa Um dos grandes marcos iniciais deste movimento francês foi o Festival de Cannes.html 4 UNIrevista . Através dela. Os adeptos da nova onda francesa promoveram inovações que vão da estética Às técnicas de realização.6 Entre as principais obras do movimento temos Roma Cidade aberta e Paisá .de Roberto Rossellini (1944 e 1946 respectivamente). Ladrões de bicicleta e Umberto D.facom. apud AUMONT. na ilusão estética perfeita da realidade. o termo Nouvelle Vague referia-se aos novos cineastas franceses que. isto é. n° 3 (julho 2006) . Além de Rosselini e De Sica. e outros. de Vittorio de Sica (1948): Não há mais atores. Nele.. seria parte do próprio autor (diretor). desenvolvida por Truffalt. a filmagem era baseada na improvisação e numa séria restrição à utilização dos estúdios e sua artificialidade. a representação de suas idéias ou ainda sua forma de ver o mundo. Inicialmente. cineastas como Jean Luc Godard e François Trouffaut começam a se consagrar. A princípio. de Anne Gillain. Entre as bases do movimento encontramos a teoria autoral. essa nova geração veio a utilizar o espaço da revista Cahiers du Cinema para discutir e apontar possíveis caminhos para a Sétima Arte. . Entretanto. A busca era por uma linguagem fora dos processos de encenação convencionais impostos pela tradição clássica americana. ou seja. 140. Começamos a evidenciar uma maior utilização do plano-seqüência. Um pessoal que não teme. Nesse contexto. trata-se de gente que não tem medo. o movimento ganha força e também passa a ficar conhecido nas telas do cinema. mostravam em suas obras o desejo de transgressão aos padrões do cinema comercial. a câmera (menor e de manuseio mais fácil) sai do tripé e anda junto do personagem. de forma alguma. é na nova onda francesa que iremos observar grandes revoluções estéticas. sem muitos recursos financeiros. imperfeições..7 Nessa forma de cinema pessoal e espontâneo. que além de diminuir o número de cortes. travellings e a própria imagem tremida da câmera na mão se mostram presenças constantes na promoção dessa ruptura com o passado. J.Vol. conversar com os produtores. Efetivamente o que diferenciou o Neo-realismo foi a visão crítica.Construindo o cinema moderno Adriano Medeiros da Rocha comentar o filme Ladrões de Bicicleta. 2005. Com uma gramática fílmica muito mais flexível. não há mais encenação. a partir de 1954.) Antes de tudo. com qualidades e. (. p. o engajamento político em defesa das liberdades civis e a denúncia das injustiças sociais..ufba. principalmente. não há mais cinema. cinema de prosa e cinema de poesia. os cineastas de vanguarda adentram no plano do cinema com perspectivas comerciais e de grande público. 82. a maior preocupação com a realidade. Todavia. ARAÚJO. ele mesmo ressalta: O moderno consiste.11 Resgatando então determinadas características e estilos empregados nos movimentos de pós-guerra. n° 3 (julho 2006) . Sem o escapismo do cinema de entretenimento o público assiste a uma arte mais madura e reflexiva. que precisam ser ditas urgentemente. Assediados pelo poder do capital dos grandes produtores. p. a adoção dos tempos mortos e. A aproximação da realidade leva o espectador a ter que questionar o cinema e assumir uma posição diante do filme.8 Entre as obras que marcaram época. 10 5 UNIrevista . cinema de cineasta e cinema de roteirista. esses cineastas assumem um novo lugar frente (dentro) às equipes internacionais e acabam embarcando em projetos mais ambiciosos. em grande parte. não fluem. como a saída dos estúdios. (. é que tentam ser um conjunto de coisa fortes.. poderíamos destacar Acossado – de Jean Luc Godard (1960) e Fahrenheit – de François Truffaut (1966). o cinema moderno Após o sucesso dos movimentos do pós-guerra e da consagração de alguns dos seus representantes frente ao público internacional. o aumento da liberdade narrativa (que torna-se não linear). poderíamos caracterizar o cinema moderno. mesmo já dentro dos grandes 8 9 Idem. o uso de temáticas do cotidiano. cinema improvisado e cinema premeditado. Enfim. importantes. como aquele momento onde alguns cineastas pertencentes a movimentos como Nouvelle Vague francesa e Neo-realismo italiano estabelecem uma diferente relação com o cinema de mercado.9 Para Inácio Araújo. 79. por intermédio dos festivais europeus de cinema. realismo fundamental e artifício. I. 1. teatro e não teatro.10 De uma forma ou de outra.Vol. A partir de então.. a era moderna se caracteriza principalmente por algumas características. por fim. 11 Idem. além de o impulsionar a refletir sobre aspectos da sua própria vida a partir de um novo ponto de vista. as grandes produtoras e distribuidoras (especialmente as americanas) começam a se interessar pela “arte alternativa”. desdramatização e dramatização.) As diferenças entre o clássico e o moderno não devem ser tomadas de maneira obsessiva.. Espetáculo e não-espetáculo.Construindo o cinema moderno Adriano Medeiros da Rocha Além disso. 1972. p... METZ. em atualizar o antigo – assim como fez De Sica (em Ladrões de bicileta) (. câmera perceptível e câmera apagada: nenhuma destas oposições nos parece capaz de fazer aparecer a especificação do cinema moderno. C. p. cinema do plano e cinema da seqüência. 197.. definir cinema moderno não é tão simples assim. não procuram simplesmente oferecer um momento agradável. Vale lembrar que nem todos faziam isso por pura vontade própria.) Se nossos filmes chocam. 1995. a montagem também era uma grande aliada no processo de desagregação da continuidade fílmica e da própria quebra da narrativa. Muitos. constrói uma crítica bem mais incisiva que Fellini. nesta obra Godard utiliza vários elementos de desconstrução da cinematografia clássica ilusionista. Sei exatamente como se sentem”. tanto desta situação. Na obra autobiográfica de Fellini. em O desprezo. Para o prostituído diretor Lang restou mostrar seu ponto de vista: “Viver é sofrer”. entre o produtor e os novos realizadores e entre uma esposa e seu marido. Um bom exemplo. Tudo isso para chamar a atenção do espectador. de Frederico Fellini e O desprezo de Jean Luc Godard. onde ele se vê cercado pela expectativa dos inúmeros olhares ansiosos a respeito do conteúdo e da forma da nova obra a ser produzida. n° 3 (julho 2006) . Numa das principais locações do filme. Nesse movimento. a estância das águas. Para Godard. logo depois. percebemos a figura implacável do seu produtor amarrando e puxando nosso herói para os problemas da terra firme. inusitados e caricatos personagens de grande artificialidade. quanto do próprio movimento de cinema moderno pode ser visto nos filmes Oito e meio. Jean Luc Godard. do filme. O filme propõe uma discussão da linguagem e da falta de ética nos estúdios de cinema da modernidade. ou melhor. o conflito e o final entre este casal representam o próprio conflito e fim de uma forma de produção cinematográfica. numa verdadeira sensação de claustrofobia – muito bem ilustrada na cena em que se vê preso dentro do próprio carro durante um engarrafamento.Vol. temos a constante interpolação do “real” (memória) à imaginação do diretor Guido Anselmi. Conclusão 6 UNIrevista . Entre eles está o movimento lateral (como um pêndulo) na seqüência da discussão do casal em seu apartamento. deixando o filme sem qualquer áudio durante alguns instantes.Construindo o cinema moderno Adriano Medeiros da Rocha estúdios continuavam árduos contestadores do cinema de padrões clássico e de entretenimento. O deprezo é cercado por uma rede de conflitos. Até mesmo quando sua imaginação o coloca a voar pelo céu. O tema principal é a crise como artista e como pessoa do protagonista. em alguns momentos. onde tudo depende da vontade do produtor. Fellini abusa do movimento de zoom e ainda chega a retirar totalmente a trilha sonora. vemos um contraste entre uma seqüência de grande expressão documental (para resgatar determinados elementos do passado) e. o texto fica em segundo plano e a câmera chega a perder ou simplesmente ignorar o personagem que fala. como entre o homem de cultura (mostrado pelo fino e gentil diretor europeu) e o produtor americano (ambicioso e agressivo). 1. De forma bastante experimental e poética. Além disso. O desprezo refere-se à própria maneira americana de se fazer cinema. o diretor francês faz questão de utilizar uma trilha sonora clichê e inúmeras cenas cortadas (na montagem) durante a movimentação de personagens. Em outros momentos da obra. O final do filme ainda reserva um momento de total desespero do diretor protagonista. Na metalinguagem cinematográfica. A tensão imposta pela servidão estabelecida entre artista (diretor) e comerciante (produtor) é denunciada com maior evidência na seqüência que Jerry se sente bem à vontade para demonstrar o tamanho de seus “poderes”: Eu gosto dos deuses. o cineasta Guido é mostrado em crise e. A. 1999). tanto na crítica. GILLAIN. Perspectiva. Papirus. o espectador rumo a uma maturidade artística e político-social. I. F. esses cineastas promulgaram novos valores e concepções que desmistificaram a tradicional cartilha estética clássica e conduziram. Com grande renovação. XAVIER.facom. Dessa tradição moderna nasceu nosso Cinema Novo e grandes nomes do cinema nacional. Referências ARAÚJO. definitivamente. Depois de promoverem um grande avanço artístico. ou então. pela poesia e liberdade estética da Nouvelle Vague francesa. quanto no fazer cinematográfico. n° 3 (julho 2006) . Paz e Terra. a dez. O cinema segundo François Truffaut. 125-135. p. Bloch. A estética do filme.ufba. 7 UNIrevista . SP. J. “Cinema fim-de-século: o dom de iludir”. esses cineastas motivaram realizadores do mundo inteiro. técnico e ideológico. Scipione. Cinema: o mundo em movimento. A significação do cinema. 1995. Fora: Editora UFJF. 1980. 2/nouvellevague/truffaut. W. O discurso cinematográfico – a opacidade e a transparência. Campinas.Construindo o cinema moderno Adriano Medeiros da Rocha Esse cinema dito moderno. Se não pode vencê-los junte-se a eles. 1999. at al. São Paulo. 2. influenciados principalmente pela conscientização política promovida pelo Neo-realismo italiano. FURTADO. CUNHA. 2005. inclusive na América Latina e no Brasil. São Paulo. Rio de Janeiro. que começou a ser alicerçado ainda no período entre guerras. 1.br/com112 2001 In: Lumina/ revista da Faculdade de Comunicação Social da Universidade Federal de Juiz de Fora: vol.Vol. Ele teve que abrir mão de seu lugar cômodo e protegido no escurinho das salas de cinema para participar mais do processo de reflexão apresentado pelas obras. quando deu início os primeiros passos de movimentos culturais como Neo-realismo e Nouvelle Vague trouxe uma verdadeira e extraordinária contribuição para a Sétima Arte. C. Juiz de acesso em 06/02/2006 METZ. Rio de Janeiro.html Disponível no site www. nº 2 (jul. Cinema. I. FENAME. AUMONT.