CONSTRUÇÃO DE AVIÁRIOA avicultura é uma atividade que depende muito do conforto, especialmente porque nos últimos anos as aves passaram por avançado melhoramento genético e apresentam elevado potencial produtivo. É preciso estrutura adequada para manter e dar continuidade a essa evolução, pois precisamos manter as aves protegidas dos efeitos ambientais externos, e nesse ponto a versatilidade é fundamental, pois o aviário deve estar preparado para proporcionar o melhor conforto térmico nos dias quentes e impedir que o calor gerado no interior das instalações seja facilmente dissipado nos dias frios. A escolha do local adequado para implantação do aviário visa otimizar os processos construtivos, de conforto térmico e sanitários. O local deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do ar e se evite a obstrução do ar por outras construções, barreiras naturais ou artificiais. O aviário deve ser situado em relação à principal direção do vento se este provir do sul ou do norte. Caso isso não ocorra, a localização do aviário, para diminuir os efeitos da radiação solar no interior, prevalece sobre a direção do vento dominante. A direção dos ventos dominantes e as brisas devem ser levadas em consideração para aproveitar as vantagens do efeito de resfriamento no trópico úmido. Escolher o local com declividade suave, voltada para o norte, é desejável para boa ventilação. Para melhorar a visualização foi projetado Auto Cad um aviário com as dimensões que tem se mostrado satisfatórias na prática. Projetou-se com 12 m de largura e 100,1 m de comprimento, pois em aviários muito extensos tem problemas com terraplanagem, comedouros e bebedouros automáticos. A altura da mureta foi de 20cm e tem se mostrado satisfatória, pois permite a entrada de ar ao nível das aves e não permite a entrada de água da chuva e nem que a cama seja jogada para fora do aviário. A inclinação do telhado afeta o condicionamento térmico ambiental no interior do aviário através da mudança do coeficiente de forma correspondente as trocas de calor por radiação entre o animal e o telhado, e modificando a altura entre as aberturas de entrada e saída de ar (lanternim), quanto maior a inclinação do telhado maior será a ventilação natural devido ao termossifão, nesse caso foi feita uma inclinação de 25°. O lanternim (cobertura superior, representado de vermelho) foi sobreposto 60 cm acima do telhado (5% da largura total do aviário) e a abertura no telhado foi de 1,2 m (10% da largura total do aviário). Site : http://agrorafael.blogspot.com/2008/02/construo-de-avirio.html Saúde Localização da granja A granja deve estar instalada em local tranqüilo, circunscrita por cercas de segurança para evitar o livre acesso. Deve estar rodeada por árvores não frutíferas as quais servem de barreira de proteção às dependências do aviário. Na Instrução Normativa n.º 04 do MAPA, estão citadas as distâncias mínimas a serem respeitadas para a localização das granjas produtoras de frangos de corte (denominadas de estabelecimentos avícolas de controle eventual). A recomendação da distância mínima entre granjas é de 2.000 metros. A distância recomendada entre um aviário e outro é de no mínimo 100 metros e entre o aviário e um abatedouro, de 5.000 metros. A critério do médico veterinário oficial, responsável pela produção, essas distâncias mínimas podem ser alteradas em função da topografia e da existência de barreiras naturais, tais como reflorestamentos e é interessante observar o comportamento da corrente de ar.matas naturais nas proximidades da granja. Escolher o local com declividade suave.html Instalações Localização das edificações A escolha do local adequado para implantação do aviário visa otimizar os processos construtivos. os ventos dominantes locais devem ser levados em conta. Instalar a portaria junto à cerca que contorna a granja.cnptia. como representado na Figura 1. voltada para o norte. por entre vales e planícies. Nesses locais é comum o vento ganhar grandes velocidades e causar danos nas construções. Na construção do aviário deve ser observado que as superfícies interiores dos galpões permitam limpeza e desinfecção adequadas e que as aberturas como calhas e lanternins sejam providas de telas para evitar o acesso de outros animais como pássaros. A direção dos ventos dominantes e as brisas devem ser levadas em consideração para aproveitar as vantagens do efeito de resfriamento no trópico úmido. Utilizar a portaria como único local de acesso de pessoas à granja. prevalece sobre a direção do vento dominante. O local deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do ar e se evite a obstrução do ar por outras construções. é desejável para boa ventilação. O afastamento entre aviários deve ser suficiente para que uns não atuem como barreira à ventilação natural dos outros. de conforto térmico e sanitários. animais silvestres e roedores. .br/FontesHTML/Ave/ProducaodeFrangodeCorte/L ocal-granja. Junto à portaria deve ser instalado o escritório para controlar todos os dados gerados na granja que servirá para dar suporte administrativo. O aviário deve ser situado em relação à principal direção do vento se este provir do sul ou do norte. onde não sejam necessários serviços de terraplanagem excessiva e construções de muros de contenção. em uma posição que permita controlar a circulação de pessoas e veículos. recomenda-se afastamento de 10 vezes a altura da construção entre os dois primeiros aviários a barlavento. Caso isso não ocorra. É recomendável. para diminuir os efeitos da radiação solar no interior. Nesse local deve existir pelo menos um banheiro para a higiene e troca de roupas da(s) pessoa(s) que entrar(em) na granja. devendo-se prever barreiras naturais. barreiras naturais ou artificiais. No entanto. assim como o embarque dos animais. principalmente no período de inverno. que sejam situados em locais de topografia plana ou levemente ondulada. dentro do possível. sendo que do segundo aviário em diante o afastamento deverá ser de 20 à 25 vezes esta altura. a localização do aviário. Site: http://sistemasdeproducao. Assim.embrapa. Contudo. Figura 2. possibilitando bom acondicionamento térmico natural. Assim. pé direito. A largura de 12m tem sido utilizada com freqüência e se mostrado adequada para o custo estrutural. nas horas mais quentes do dia.Figura 1. Se possível. Nessa posição. comprimento e piso A grande influência da largura do aviário é no acondicionamento térmico interior. Normalmente recomenda-se largura até 10m para clima quente e úmido e largura de 10 até 14m para clima quente e seco. haverá incidência direta de radiação solar em seu interior em algumas horas do dia na face norte. Esquema da distância mínima entre aviários. Instalações Largura do aviário. devem ser construídos com o seu eixo longitudinal orientado no sentido leste-oeste (Figura 2). o melhor é evitá-lo dentro dos aviários. bem como em seu custo. a sombra vai incidir embaixo da cobertura e a carga calorífica recebida pelo aviário será a menor possível. no período de inverno. Orientação do aviário em relação à trajetória do sol. A largura do aviário está relacionada com o clima da região onde o mesmo será construído. desde que associada à presença do lanternim e altura do pé direito adequadamente . Providenciar nesta face dispositivos para evitar este fato. Por mais que se oriente adequadamente o aviário em relação ao sol. Instalações Orientação O sol não é imprescindível à avicultura. é mais recomendável a utilização de telhas de barro com pédireito de 3m. O pé direito do aviário pode ser estabelecido em função da largura adotada. Em regiões onde existe incidência de ventos fortes aviários com pé-direito acima de 3m exigem estrutura reforçada. Quanto mais largo for o aviário maior será a sua altura (Tabela 1).15 3. e de tela. Pode ser construído em tijolo deitado. de forma que os dois parâmetros em conjunto favoreçam a ventilação natural no interior do aviário com acondicionamento térmico natural. Instalações Comprimento O comprimento do aviário deve ser estabelecido para se evitar problemas com terraplanagem. Estas divisórias devem ser removíveis. e de tela. não liso com espessura de 6 a 8cm de concreto no traço 1:4:8 (cimento.20 4. Na prática os comprimentos de 100 à 125m têm-se mostrados satisfatórios ao manejo das aves. para não impedir a ventilação e com altura de 50cm para facilitar o deslocamento do avicultor.dimensionados. porém é aconselhado divisórias internas ao longo do aviário em lotes de até 2.90 O comprimento do aviário deve ser estabelecido para evitar problemas com terraplanagem. impermeável.000 aves para diminuir a competição e facilitar o manejo das aves. O piso de chão batido não isola bem a umidade e é de difícil limpeza e desinfecção. para não impedir a ventilação e com altura de 50cm. O pé direito do aviário é elemento importante para favorecer a ventilação e reduzir a quantidade de energia radiante vinda da cobertura sobre as aves. comedouros e bebedouros automáticos. e que esta não seja atacada por cupins. comedouros e bebedouros automáticos. tem-se propagado por diminuir o custo de instalação do aviário. Este deve ser de material lavável. quanto maior o pé direito da instalação menor é a carga térmica recebida pelas aves. O piso é importante para proteger o interior do aviário contra a entrada de umidade e facilitar o manejo. areia e brita) ou 1:10 (cimento e cascalho). porém é aconselhado divisórias internas ao longo do aviário em lotes de até 2. Na prática os comprimentos de 100 à 125m têm-se mostrados satisfatórios ao manejo das aves. Em regiões onde exista disponibilidade de madeira.000 aves para diminuir a competição e facilitar o manejo das aves. sob condições normais de radiação. que apresenta boas condições de isolamento térmico. Não deve ultrapassar 200m. 2. para facilitar o deslocamento do avicultor.50 4. Tabela 1. revestido com 2cm de espessura de argamassa 1:4 (cimento e areia). . Desta forma. no entanto .80 3. por unidade de superfície do corpo. Deverá ter inclinação transversal de 2% do centro para as extremidades do aviário e estar a pelo menos 20cm acima do chão adjacente e sem ralos. Determinação do pé direito em função da largura adotada para o aviário Largura do Aviário (m) Pé direto mínimo em climas quentes (m) até 8 8a9 9 a 10 10 a 12 12 a 14 Fonte: TINÔCO (1995). Não deve ultrapassar 200m. Estando as aves mais distantes da superfície inferior do material de cobertura receberão menor quantidade de energia radiante. Estas divisórias devem ser removíveis. pois permite a entrada de pequenos roedores e insetos indesejáveis. por exemplo. ou paredes das extremidades do aviário. A altura da mureta deve ser de 20cm e tem se mostrado satisfatória. que permita a entrada de um veículo ou trator. lona ou PVC. sem capacidade de isolamento térmico. Os oitões devem ser protegidos do sol nascente e poente. Estas devem ter pedilúvio fixo. para evitar penetração de sol. sendo o do lado oeste de 25cm. para auxiliar a cortina propriamente dita. de tal forma que se sobreponha a tela. como. não provocarem rasgos nas cortinas. telhas onduladas. que não possuem correntes de ventos provindas do sul. a carga nova e a descarga de cama velha é conveniente também a instalação de uma porta em cada extremidade do aviário. O aviário deverá ter portas nas extremidades para facilitar. Entre a mureta e o telhado deve ser colocado tela. As muretas deverão ter a parte superior chanfrada. sombreando-os por meio de vegetação. largura de 1m e profundidade de 5 a 10cm. beirais ou sombrites. A sobrecortina deve ser fixada na parte interna do aviário. pelo lado de fora. juntando-as na altura da fixação. devem ser fechados até o teto. Para facilitar o carregamento de aves. pois permite a entrada de ar ao nível das aves e não permite a entrada de água da chuva e nem que a cama seja jogada para fora do aviário. Para climas quentes. Sob condições de inverno esta deve ser aberta de cima para baixo e em condições de verão de baixo para cima. que ultrapasse a largura das portas em 40cm de cada lado.5 cm.Instalações Fechamentos A parede protege os frangos de vários fluxos de energia radiante. Nos primeiros dias de vida recomenda-se o uso de sobrecortinas em regiões frias. Para se obter maior eficiência da ventilação natural devido ao termossifão e ao vento deve-se abrir as duas partes. funcionando apenas como quebravento. porosas para permitirem a troca gasosa com o exterior. que além de trazerem enfermidades poderão consumir ração das aves. Para atender ambas situações é ideal que seja fixada a dois terços da altura do pé direito e que seja aberta das extremidades para o ponto de fixação. Os oitões. ao avicultor. As cortinas poderão ser de plástico especial trançado. pois facilita a limpeza e não permite o empoleiramento de aves. evitando a entrada de correntes de ar no aviário. o tijolo cerâmico ou mesmo a madeira. em material com menor condutividade térmica. recomenda-se que os oitões sejam de tela como nas laterais e providos de cortinas. fibra de vidro. Instalar cortinas nas laterais. mas também reduz a movimentação do ar. Dependendo da região os oitões podem ser de madeira. pintando as paredes com cores claras. evitando a entrada de correntes de ar. Devem ser fixadas para possibilitar ventilação diferenciada para condição de inverno e verão. fio 16. confeccionadas em fibras diversas. A malha da tela deve ser de 2. O oitão do lado leste pode ser de 15cm de espessura. Tem boa aceitação telas de PVC (plástico) por não enferrujarem. A tela tem a finalidade de proteger a cortina e evitar a entrada de pássaros. o fluxo interno e as práticas de manejo. terem maior durabilidade e possibilidade de reaproveitamento. lâminas de isopor ou alvenaria. chuva e controlar a ventilação no interior do aviário. . com sobreposição de telhados com afastamento de 5% da largura do aviário ou 40cm no mínimo (Figura 3). pinturas refletoras. abertura na parte superior do telhado. Inclinações entre 20º e 30º têm sido consideradas adequadas para atender as condições estruturais e térmicas. disposto longitudinalmente na cobertura. pois permite a renovação contínua do ar pelo processo de termossifão resultando em ambiente confortável. telhas cerâmicas ou telhas de fibrocimento pintadas com tinta acrílica branca. O mais recomendável é escolher para o telhado material com grande resistência térmica. devido ao barulho provocado durante o período chuvoso. que são de fácil colocação e necessitam de menor madeiramento. como o sapé ou a telha cerâmica. O telhado pode ser de telhas de cimento amianto. Instalações Lanternim O lanternim. comum o emprego de telhas de cimento amianto. desde que recebam material para melhorar a sua eficiência térmica. Contudo. devido à grande emissão de radiação do telhado para o interior do aviário. é. como isolantes.Instalações Cobertura O telhado recebe a radiação do sol emitindo-a. por comodidade e economia. é indispensável para se conseguir adequada ventilação. Também deve-se evitar as telhas de cimento amianto com 4mm de espessura. Para regiões quentes utilizar telhas com isolamento térmico. como o poliuretano. Deve ser equipado com sistema que permita fácil fechamento e com tela de arame nas . Devem ser evitadas as telhas de alumínio ou zinco. O material ideal para a cobertura deve ter alta refletividade solar e alta emissividade térmica na superfície superior e baixa refletividade solar e emissividade térmica na superfície inferior. e modificando a altura entre as aberturas de entrada e saída de ar (lanternim). Quanto maior a inclinação do telhado maior será a ventilação natural devido ao termossifão. tanto para cima como para o interior do aviário. Em termos de conforto térmico a telha de cerâmica ainda é a mais indicada. e aspersão no telhado. que é material de baixo conforto para as aves. Nas regiões tropicais a intensidade de radiação é alta em quase todo o ano e é comum verificar desconforto das aves mesmo durante épocas mais frescas do ano. pois fornecem menor conforto para as aves. Deve ser em duas águas. Este deve permitir abertura mínima de 10% da largura do aviário. Instalações Inclinação do telhado A inclinação do telhado afeta o condicionamento térmico ambiental no interior do aviário através da mudança do coeficiente de forma correspondente as trocas de calor por radiação entre o animal e o telhado. pois reduz a quantidade de luz refletida e o calor que penetra nos mesmos.emitida. na lateral das edificações e. Instalações Sombreiro O emprego de árvores altas produz micro clima ameno nas instalações. no planejamento e terraplanagem essa largura deve ser adicionada. O gramado deverá ser de crescimento rápido.aberturas para evitar a entrada de pássaros. que feche bem o solo não permitindo a propagação de plantas invasoras. Instalações Circunvizinhança A qualidade das vizinhanças afeta a radiosidade (quantidade de energia radiante levada pela superfície por unidade de tempo e por unidade de área . Assim. Fazer verificação constante das calhas para evitar entupimento com folhas. sombreando a cobertura e diminuindo a carga térmica radiante para o interior do aviário. portanto. transmitida e combinada). Figura 3. Deverá ser constantemente aparado para evitar a proliferação de insetos. Esquema para determinação das dimensões do lanternim. durante o inverno as folhas caem permitindo o aquecimento da cobertura e no verão a copa das árvores tornase compacta. É comum instalar gramados em toda a área delimitada aos aviários. preservando a copa superior. Para regiões onde a amplitude térmica entre as estações do ano não é acentuada e a radiação solar constitui em elevado incremento de calor para o interior do galpão o ano todo as árvores não precisam ser necessariamente caducifólias. São necessários 5m de largura para trânsito de veículos no abastecimento de ração e carregamento de aves. Devem ser plantadas nas faces norte e oeste do aviário e mantidas desgalhadas na região do tronco. Para as regiões onde o inverno é mais intenso as árvores devem ser caducifólias. refletida. devido à projeção de sombra sobre o telhado (Figura 4). . Desta forma a ventilação natural não fica prejudicada. e para permitir a renovação do ar regulando o nível de oxigênio necessário às aves. Desvios das situações ideais de conforto caracterizam no surgimento de desempenho baixo do lote. Instalações Ventilação natural ou espontânea É o movimento normal do ar. proveniente da água liberada pela respiração das aves e da água contida nas fezes. eliminando gás carbônico e gases de fermentação. . mecânica ou forçada o Pressão positiva (Pressurização) o Pressão negativa (Exaustão) A quantidade de ar que o sistema de ventilação deve introduzir ou retirar do aviário depende das condições meteorológicas e da idade das aves. que pode ocorrer por diferenças de pressão causadas pela ação do vento (Ventilação dinâmica) ou de temperatura (Ventilação térmica) entre dois meios considerados. e necessita-se portanto de artíficios estruturais para manter o equilíbrio térmico entre a ave e o meio. Tipos de Ventilação A renovação do ar de um ambiente pode ser classificada como: Ventilação Natural ou espontânea o Ventilação dinâmica o Ventilação térmica Ventilação Artificial. A ventilação adequada se faz necessária também para eliminação do excesso de umidade do ambiente e da cama. As necessidades de ar em função da temperatura ambiente e da idade das aves são apresentadas na Tabela 2 e as necessidades de ventilação em função do tipo de ave para inverno e verão são apresentadas na Tabela 3. conduzindo a um aumento da produção. Instalações Ventilação A ventilação é um meio eficiente de redução da temperatura dentro das instalações avícolas por aumentar as trocas térmicas por convecção.Figura 4. Uso de árvores como sombreiro. em conseqüência de estresses. da forma e localização das aberturas de entrada e saída do ar. ocasiona o escalonamento das pressões no sentido horizontal (Figura 5). em paredes opostas e na direção dos ventos dominantes. Quando o vento incide contra o aviário podem ser formadas áreas distintas de pressão positiva e de pressão negativa (Figura 6). que por sua vez é conseqüência da variação de temperatura. Quanto maior a diferença de pressão maior será a velocidade do ar. A ventilação dinâmica é intensificada por meio de aberturas dispostas. sendo iguais. Escalonamento de pressão no sentido horizontal. Figura 5. Nada adianta ter aberturas em um mesmo plano já que as pressões. como montanhas ou construções. Como o ar se desloca desde pontos de maior aos de menor pressão. se existirem aberturas no aviário a pressão positiva forçará a massa de ar a entrar pelas aberturas e a negativa a sair (Figura 7). embora intermitente. o ar flui do ponto de alta pressão para o ponto de baixa pressão. a atração da massa de ar. A pressão positiva maior que a pressão atmosférica normal caracteriza o impulsionamento da massa de ar contra o aviário e a negativa. CO2 e outros gases nocivos. Isso significa que a velocidade do ar em uma instalação é sempre maior nas aberturas do lado do barlavento que do sotavento. de tal forma que o ar expelido. possibilitando também. mediante abertura da cumeeira e aberturas laterais. Com a ventilação natural no aviário. A ação dos ventos. Instalações Ventilação Dinâmica O ar flui sempre de um ponto de alta pressão para um ponto de baixa pressão. Este tipo de ventilação natural é conhecida como “ventilação cruzada”. provendo o galpão de oxigênio. dentro de certos limites. . convenientemente. não provocam a circulação do ar (Figura 8). controlar a temperatura e a umidade do ar nos ambientes habitados (ventilação com finalidade térmica). excesso de umidade e odores (ventilação com finalidade higiênica). Isto significa que para ter ventilação verdadeiramente efetiva as aberturas devem estar em paredes opostas. da proximidade e das dimensões de obstáculos. Se a pressão negativa na cumeeira é maior que a pressão negativa no lado do sotavento o ar flui desse último à cumeeira aberta (Figura 9). eliminando amônia. A taxa em que a ventilação natural ocorre depende da velocidade do vento e de sua direção. A ventilação natural permite alterações e controle da pureza do ar.A causa do vento é a diferença de pressão atmosférica ao nível do solo. Quando uma corrente de ar perde velocidade a pressão sobe. quente e úmido. seja substituído e assim aumente a perda calorífica por convecção. Nesse caso é necessário distribuir. que causam por efeito de tiragem ou termossifão diferenças de pressão que se escalonam no sentido vertical. por fim.Instalações Ventilação térmica Na ventilação térmica as diferenças de temperatura provocam variações de densidade do ar no interior dos aviários. naturalmente ventilada. Outro modo eficiente de reduzir a carga térmica em épocas quentes é a ventilação do ático. Obstáculos no interior da construção ou qualquer saliência na fachada alteram a direção do filete de ar (Figura 12). Abrindo-se as cortinas do aviário pode passar rapidamente um grande volume de ar exterior. menos denso. Instalações . penetra pelas aberturas inferiores causando fluxo constante no interior do aviário. da diferença de nível entre essas aberturas. Se o aviário dispuser de aberturas próximos ao piso e no telhado e se o ar do interior estiver a uma temperatura mais elevada que o ar do exterior o ar mais quente. a ventilação por cortinas é ideal quando a temperatura externa é perto das exigências das aves. O plano onde a pressão estática se anula é denominado de plano neutro e é definido como sendo a altura (H) em que não há diferença de pressão entre o interior e o exterior da instalação. de forma adequada. tenderá a escapar pelas aberturas superiores. Quanto maior for esse gradiente de temperatura mais eficiente será a perda de calor por convecção. esse efeito existe independentemente da velocidade do ar externo (Figura 10). colchão de ar que se forma entre a cobertura e o forro (Figura 11). que devem estar localizadas em paredes opostas para que a ventilação seja eficiente. Esse efeito é também denominado de “efeito chaminé” e considerando uma cobertura de aviário. que se mistura com as condições do ar interno tendendo a igualar com as condições exteriores. Essa diferença de pressão é função da diferença de temperatura do ar entre o interior do aviário e o exterior. É fundamental que haja diferença de nível entre as aberturas de entrada e de saída do ar. o ar do exterior. A técnica de acrescentar aberturas na cobertura é indicada mesmo que exista forro. Ao mesmo tempo. A melhor ocasião para se usar a ventilação por meio de cortinas é quando a temperatura externa é igual ou inferior à do aviário. Pode ocorrer ação conjunta do efeito chaminé e dos ventos em uma construção. Esse está localizado a uma altura em que a pressão estática anula-se. mais frio. do tamanho das aberturas de entrada e saída do ar pelo lanternim e. Essa técnica consiste em direcionar o fluxo de ar para o lanternim por meio de aberturas feitas ao longo do beiral da construção. Portanto. algumas aberturas no forro. e por isso mais denso. Obstáculo à movimentação do ar no aviário Figura 15. diminuir a ação dos ventos fortes sobre os aviários. Agem de forma semelhante à apresentada nas Figuras 13. 14. constituídos por renques de vegetação. Em sua maioria são naturais. cujas funções são diminuir a velocidade e reduzir os danos por eles provocados. Figura 13. Figura 14. Posicionamento do aviário em relação à direção do vento dominante. como estruturas perpendiculares aos ventos dominantes. Dispositivos para desviar a direção do vento . 15 e 16. pelo menos. destinados a deter ou. ainda.Quebra-ventos São dispositivos naturais ou artificiais. Podem ser definidos. correspondente à da zona de . Assim. a altura deste é determinada para a distância do sotavento. principalmente em dias quentes. mas a desvantagem é que levam anos para crescerem antes de serem utilizados como quebra-ventos. Quebra-ventos de árvores têm sido preferidos. uma vez que as aves já se encontram empenadas. Quebraventos são barreiras contra ventos fortes e são projetados para reduzir a velocidade do ar do lado do sotavento (Figura 17). Quando bem projetado protege à distância de até 10 vezes a sua altura. Maiores alturas requerem espécies de vegetação intermediárias para formar um bom quebra-vento. é em geral a primeira providência a ser tomada. a qual a proteção é projetada. Figura 17. Em regiões de ventos fortes torna-se necessário o uso de quebra-ventos. Instalações Ventilação de verão e inverno Extrair do aviário o calor.Figura 16. Desvio do fluxo de ar por meio de quebra-ventos naturais. Quando a temperatura ambiente é superior a ótima. Composição de quebra-ventos de árvores. A porosidade de árvores caducas no inverno é de 50 a 70% (muitos poros para um bom quebra-vento). sendo necessárias apenas superfícies reduzidas de entrada e saída. Não obstante. No verão a massa de ar se movimentará por todo o espaço inferior e superior. mecânica ou forçada A ventilação artificial é produzida por equipamentos especiais. o ar quente que se encontra mais acima acarreta diferença de temperatura no local. exercendo uma influência direta sobre o conforto e simultaneamente eliminando parte do calor acumulado em paredes laterais. para facilitar a extração direta do calor corporal. Em tais condições melhores resultados são obtidos colocando-se as entradas de ar ao nível das aves e forçando um fluxo de ar rápido. Em períodos de inverno necessita-se um ritmo de renovações mais lenta. As aves mais jovens requerem ambiente mais aquecido. como exaustores e ventiladores. A ventilação desses ambientes pode promover melhorias nas condições termohigrométricas. evitando toda corrente fria ou muito rápida em contato com as aves. de maneira que o ar fresco externo se misture com o ar interno mais quente antes de alcançar as aves. especialmente para aves jovens. Isso ocorre porque o ar frio é mais pesado que o ar quente e a tendência é abaixar e não subir. evitando uma temperatura excessiva dentro da instalação. É importante que o fluxo de ar não incida diretamente sobre as aves. A quantidade de ar a renovar no inverno por razão higiênica é pequena. Instalações Ventilação artificial. podendo representar um fator de melhora do conforto térmico de verão ao incrementar trocas de calor por convecção. Se não existisse essa pequena saliência da cobertura. O que importa é a diferença entre a temperatura exterior e a que necessitam as aves. O objetivo é então estabelecer no aviário um fluxo lento de ar. significando que o filete de ar que escorrega pela borda B tem uma força superior ao que entra por C. O problema da ventilação por cortinas durante período frio é que o ar admitido por pequenas aberturas entra com pouca velocidade e em seguida desce ao nível do solo esfriando o ambiente ao nível das aves causando condensação. É utilizada sempre que as condições naturais de ventilação não proporcionam adequada movimentação do ar ou abaixamento de temperatura. área e forma de abrir dos dispositivos (aberturas e posição das cortinas protetoras dos galpões). com conseguinte umedecimento da cama. é necessário aumentar a taxa de ventilação a fim de eliminar o calor produzido pelas aves. Tem . Pode ser necessário uma renovação total do ar a cada minuto. teto e equipamentos de alimentação. e o trecho AB não fosse bastante maior que CD o fluxo poderia adquirir outra direção. etc. Para as condições do clima tropical brasileiro a ventilação de verão necessária para aviários deve atender conjuntamente as exigências térmicas e higiênicas. A Figura 19 representa o caso inverso. produzem menos amoníaco e consomem menos oxigênio que aves maiores. durante o período frio é necessário introduzir ar fresco no aviário para repor oxigênio.conforto. onde o ar circula principalmente pela parte superior. relativamente fresco entre essas. Ao mesmo tempo. que vão se refletir na localização da construção. não a que percebe uma pessoa no aviário. piso. O fluxo de ar deve se deslocar naturalmente pela zona superior do aviário para evitar o efeito direto sobre os animais. Na Figura 18 se observa que o fechamento inferior CD é menor do que o superior AB. que detém em parte o escape do ar para cima. imprimindo ao ar uma direção descendente. causando maior tensão nas aves. assim como extrair amoníaco e umidade. durante o período do dia e boa parte da noite. Em pleno verão o sistema de ventilação poderá estar funcionando 100% do tempo. voltados para fora em uma das extremidades do aviário e na outra extremidade são dispostas aberturas para entrada do ar (Figura 21). Um dos fatores mais freqüentes para essa ocorrência é o mau dimensionamento e posicionamento dos equipamentos de ventilação.5 m/s. criando um vácuo parcial dentro da instalação (Figura 20).a vantagem de permitir filtragem. Cria uma diferença de pressão do ar do lado de dentro e do lado de fora e o ar sai por meio de aberturas. A pressão está relacionada diretamente com a vazão e não com a velocidade. É comum encontrar em um aviário zonas de pressão de baixa movimentação de ar. O ventilador aspira o ar do interior do aviário criando um vácuo parcial. evitando perdas de ar. Existem duas formas de se promover artificialmente a movimentação do ar: sistema de pressão negativa ou exaustão. distribuição uniforme e suficiente do ar no aviário e ser independente das condições atmosféricas. Instalações Sistema de pressão negativa ou exaustão Neste processo o ar é forçado por meio de ventiladores (exaustores) de dentro para fora. Figura 20. Sistema de ventilação por pressão negativa. Dessa forma. . Permite fácil controle da taxa de ventilação através do dimensionamento dos ventiladores. Os exaustores são dimensionados para possibilitar a renovação de ar do aviário a cada minuto e à velocidade de 2 a 2. das entradas e saídas de ar. que poderá determinar o sucesso ou o insucesso do sistema. seja por pressão negativa ou positiva. é importante o conhecimento de quanto de ar realmente se precisa. No sistema de ventilação por exaustão. os ventiladores são posicionados no sentido longitudinal ou transversal. Com o sistema em funcionamento os ventiladores são acionados. atenção deve ser dada à pressão. succionando o ar de uma extremidade à outra do aviário. sistema de pressão positiva ou pressurização. A eficiência desse processo depende de uma boa vedação do aviário. Tanto no sistema de ventilação por pressão negativa quanto por pressão positiva. Por ser aberto o aviário. como descrito.Figura 21. Dessa forma o ar é forçado lateralmente de fora para dentro do aviário saindo pela outra lateral (Figura 23). Quando as cortinas se encontram fechadas esse tipo de ventilação é também conhecido como sistema de ventilação tipo túnel. O gradiente de pressão do ar é de fora para dentro da instalação. sistema de distribuição de ar e controles. o fluxo de ar fica de . Nesse sistema. No sistema de fluxo de ar transversal os ventiladores são posicionados em uma das laterais do aviário. Figura 22. Sistema de ventilação por pressão positiva. No sistema de ventilação mecânica positiva os ventiladores são dispostos no sentido longitudinal ou transversal. no sentido dos ventos dominantes. Instalações Sistema de pressão positiva ou pressurização O ar é forçado por meio de ventiladores de fora para dentro. O ventilador insufla ar para dentro do aviário. as cortinas laterais permanecem sempre abertas. Ambos sistemas constituem de ventiladores. ligeiramente inclinados para baixo. com as cortinas do aviário abertas. O ar entra por meio de aberturas (Figura 22). voltados para o interior do aviário possuindo duas formas distintas: com fluxo de ar transversal. Sistema de ventilação mecânica por exaustão. com cortinas do aviário podendo estarem abertas ou fechadas. ou fluxo de ar longitudinal. Instalações Aquecimento Vários tipos de aquecedores foram desenvolvidos. O esquema abaixo representa as categorias de aquecedores. Esses equipamentos estão cada vez mais aperfeiçoados. funcionais e eficientes. longitudinal (ventilação tipo túnel). e pressionado a sair pela extremidade oposta que permanece aberta (Figura 24). que varia de intensidade e direção prejudicando o sistema.difícil controle devido a interferência da ventilação natural. Figura 24. Nesse processo as cortinas laterais do aviário permanecem fechadas e bem vedadas para tornar a ventilação tipo túnel eficiente. que são posicionados ao longo do comprimento. O ar entra por uma das extremidades do aviário é carreado pelos ventiladores. Tipos de Aquecedores o Aquecedores a lenha Campânulas Fornalha o Aquecedores elétricos Campânulas elétricas . Figura 23. buscando melhor forma de fornecer calor e proporcionar conforto térmico às aves com menor consumo de energia. transversal. Sistema de ventilação positiva. Nesse sistema o controle da ventilação é mais fácil porque não sofre tanta influência da ventilação natural como no sistema anterior. A outra forma de realizar a ventilação mecânica por pressão positiva é posicionando os ventiladores no sentido longitudinal do aviário. Sistema de ventilação positiva. Consistem de chaminé. Os queimadores podem estar localizados externamente ou internamente ao aviário. termostato. o uso de queimadores a lenha para suplementar o aquecimento proporcionado pelas campânulas a gás. Esse sistema consiste de tanques de óleo vazio. não produz temperatura constante e muitas vezes excede ao necessário. bastando para isso possuir programa de reflorestamento. O uso de lenha como fonte de calor em uma campânula ou fornalha. também requer maior mão-de-obra e é de difícil controle da temperatura. . principalmente o CO2. O consumo de lenha é de aproximadamente 1 m3/dia para um aviário de 100 m de comprimento. O calor é transmitido às aves principalmente por meio da condução. O sistema consiste de fornalha. chaminé. suporte e tanques. Os tanques tem capacidade de 200 litros podendo ser soldados de acordo com o pedido do produtor. produzidos artesanalmente. principalmente no inverno. As funilarias normalmente fornecem esses equipamentos. podendo o produtor gerar o próprio combustível. Como a combustão geralmente não é completa devem ser providos de filtros nas entradas de ar com o objetivo de minimizar a passagem de gases tóxicos. Essa alternativa diminui os gases tóxicos com melhor controle da temperatura. no interior de aviários. É prática comum no sul do Brasil. Têm a função de amenizar as condições ambientais e não propriamente atender as exigências das aves. ventilador. dependendo das condições climáticas. Esse sistema trabalha com energia renovável. alarme e tubos distribuidores de ar quente. O ar quente é impulsionado da câmara de ar quente por meio de exaustores de 2 CV aos tubos perfurados.Aquecedores a lenha Aquecedores a lenha – foi um dos primeiros métodos utilizados para o aquecimento de aves e caracteriza-se por utilizar a lenha como combustível. O aumento do preço do gás fez com que as indústrias de equipamentos procurassem novas alternativas para fornecer calor às aves propondo um novo sistema de aquecimento à carvão. distribuídos no comprimento do aviário. através do ar.o o Lâmpadas infravermelhas Resistência embutida no piso Aquecedores a gás Campânulas a gás Campânulas de placa cerâmica Campânulas infravermelhas Geradores de ar quente Alternativos Aproveitamento de resíduos Fornalhas Biogás Canalização de água quente no piso Aquecimento solar Instalações Aquecimento . para o interior do aviário. Existem no mercado vários tipos desses aquecedores. onde se adicionou uma placa de cerâmica refratária para que se pudesse fazer uso do efeito da radiação. A chama do queimador incidente na placa de cerâmica faz com que a mesma se torne incandescente e. Os aquecedores. e lâmpadas infravermelhas. posteriormente. São constituídos de resistências elétricas. as interrupções de energia. em si. feitas manualmente e uma capacidade reduzida de aquecimento. O uso de lâmpadas infravermelhas apresenta consumo excessivo de energia. Nesse sistema o canibalismo constitui sério problema. chamados comumente de campânulas a gás possuem um queimador de gás convencional. sendo recomendados para aquecer entre 700 a 800 pintos.Aquecedores elétricos Aquecedores elétricos . o que ocasiona uma distribuição não uniforme da temperatura em seu raio de ação.tiveram grande difusão no passado. Adicionalmente. com diversas concepções quanto a forma de transmitir calor. São caracterizados por transmitirem o calor por meio da condução e da radiação. conseqüentemente. Possuem uma capacidade mediana de aquecimento. maneiras de instalação e meios de controle da temperatura de operação. podendo atingir os pintos. devendo-se adequar a potência do elemento aquecedor ao número de aves a ser criado. Possuem duas regulagens de temperatura. possuírem produção de calor constante e não geração de gases tóxicos (CO e CO2). alta e baixa. sendo recomendados para. transfira calor por meio da radiação. serem de fácil manuseio.são os mais utilizados e que apresentam o menor custo com a geração da energia térmica. decaindo. no máximo. Com a baixa altura de instalação. A grande desvantagem desse tipo de aquecedor é o custo da energia elétrica. prejudicando seu aparelho respiratório. São instalados a pouca altura do chão e. Apresentam como desvantagem a fragilidade da placa cerâmica. O sistema. pois utilizam tanto o gás natural quanto o gás liqüefeito de petróleo (GLP). que pode quebrar-se no manuseio do aquecedor. Os aquecedores a gás tipo . Instalações Aquecimento a gás Aquecedores a gás . ou resistências embutidas no piso a fim de projetar o calor da baixo para cima. quando se criavam aves em grupos reduzidos. onde o calor é transmitido às aves por condução e convecção. nas granjas industriais. sendo que a distribuição da temperatura é relativamente melhorada. caracterizadas por criação de milhares de aves. São bastante funcionais devido a sua resistência. é o mais limpo e fácil de manutenção existente. a menos que as lâmpadas sejam controladas termostaticamente. Devido à utilização relativa do efeito de radiação esses aquecedores podem ser instalados a uma altura um pouco superior aos anteriores. dessa forma. 500 pintos. por mais curtas que sejam. que são colocadas embaixo de uma campânula (refletor) a fim de projetar o calor de cima para baixo. blindadas ou não. os gases provenientes da combustão se alojam abaixo da campânula. das aves. podendo ser reinstalados com facilidade e rapidez. Os aquecedores a gás com placa cerâmica são uma evolução dos aquecedores de campânula.Instalações Aquecimento . representam sério problema caso esses sistemas não possuam campânula sobre as lâmpadas. baixo índice de manutenção e mobilidade. A razão da popularidade do sistema vem da comodidade de sua regulação termostática. O objetivo dos sistemas de aquecimento radiante é manter a ave aquecida e o piso seco. Essas características. tornando sua superfície totalmente incandescente e desta forma transferindo o calor principalmente pela radiação. permitindo que a ave se situe segundo suas necessidades em uma zona mais próxima ou mais afastada do eixo da campânula. Outro sistema que vem merecendo destaque é o uso de biodigestores. Isso faz com que a capacidade de aquecimento atinja 1. ou mais. construídos in situ. chegando de 3. a temperatura de radiação não é uniforme. aliadas ao fato de que todo o ar necessário para a combustão provém de um filtro ou tomada de ar localizados na parte superior traseira do aquecedor. perdendo eficiência com a distância do mesmo.90 a 1.20 m.00 m de diâmetro. O importante é dispor de potência calorífica adequada. entre outros. Podem funcionar com outros materiais sólidos combustíveis. Esses equipamentos produzem radiação concêntrica desde o eixo da campânula. No aquecimento por radiação a temperatura mais elevada se situa na zona de “habitat” do animal. Instalações Sistemas Alternativos Existem outros sistemas de aquecimento.60 a 4. providos de campânula maior ou menor. como os que procuram aproveitar os resíduos da produção avícola. há grande variedade de modelos com regulação termostática. mas o material prioritário é o resíduo de aves.infravermelhos foram desenvolvidos para utilizar plenamente o princípio de transmissão de calor através da radiação. Esses fornos são de material refratário. contudo os sistemas primeiro aquecem o ar que depois é repassado às aves e à cama. Sua instalação se dá geralmente a uma altura considerável do chão. Dentre esses sistemas destacam-se os fornos de resíduos de aves para aquecimento das aves. individual ou centralizada. havendo necessidade de se providenciar calor suplementar para manter a temperatura ambiente em torno de 32ºC nos primeiros dias de idade dos pintos. por aquecedor. A combustão do gás se dá diretamente em queimadores metálicos de alta capacidade de suportar o calor. porém é um dos sistemas mais caros em consumo. A área atingida também é bastante grande. Atualmente. São reaproveitados os resíduos da produção avícola ou suinícola para a produção . sendo rapidamente retirados do ambiente pelo efeito da convecção. A eficiência também varia em função da altura de trabalho da campânula em relação ao piso. que apesar de apresentarem menor custo estão em desuso pelo considerável trabalho que acarretam e pelos odores que produzem ao redor da granja. pois descreve círculos de maior e menor temperatura. e situam-se no exterior do aviário no centro de uma das fachadas.000 pintinhos. Em condições de temperatura ambiente abaixo de 15ºC o calor gerado por esses sistemas é insuficiente. enquanto no aquecimento por convecção o ar quente de menor densidade escapa para as zonas mais altas do aviário. produzindo mais estratificações ou camadas de ar de diferentes temperaturas. fazem com que os gases provenientes da combustão não atinjam as aves. geralmente da cria anterior e quanto mais seco melhor. podendo variar entre 0. Assim. Mari e Cami .embrapa. porém tem custo elevado de instalação e não permite limpeza fácil do local após cada cria. Outra forma de aquecimento pode ser fornecendo calor às aves. Também preconizase a utilização da energia solar para aquecimento de aviários por meio de fluxo de ar quente. ou água quente em tubos instalados no piso. Beijos. O sistema permite controle eficiente da temperatura do ambiente próximo das aves. . essa tecnologia e a eólica ainda não estão disponibilizadas para o avicultor. devem ser adaptadas para queimarem o biogás.de biogás. Site: http://www.cnpsa. No entanto.br/SP/aves É isso aí meninas. Para se converter campânulas a GLP para biogás deve ser considerado o menor poder calorífico do biogás. Esse sistema caracteriza-se pela passagem de água quente em tubos de polietileno inseridos no piso. Sabrina. a cama permanece mais seca e o teor de amônia do ar fica em níveis inferiores ao usual. Foi o que conseguimos achar hoje. no piso. por meio de canalizações que levam o calor por intermédio de um fluido térmico. nesses sistemas. As campânulas. a baixa pressão de serviço dos biodigestores e a baixa velocidade de combustão.