0MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO - MESTRADO EM ENFERMAGEM KHELYANE MESQUITA DE CARVALHO CONHECIMENTOS E PRÁTICAS SOBRE CONSERVAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS ADOTADOS POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM SALA DE VACINA TERESINA 2013 1 KHELYANE MESQUITA DE CARVALHO CONHECIMENTOS E PRÁTICAS SOBRE CONSERVAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS ADOTADOS POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM SALA DE VACINA Relatório final apresentado para defesa de dissertação do Programa de PósGraduação Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Mestre em Enfermagem. Orientadora: Profa. Dra. Evangelista de Araújo Telma Maria Área de Concentração: A Enfermagem no contexto social brasileiro Linha de Pesquisa: Políticas e Práticas Sócio-Educativas de Enfermagem TERESINA 2013 2 FICHA CATALOGRÁFICA Universidade Federal do Piauí Biblioteca Comunitária Jornalista Carlos Castello Branco Serviço de Processamento Técnico C331c Carvalho, Khelyane Mesquita de. Conhecimentos e práticas sobre conservação de imunobiológicos adotados por profissionais de enfermagem em sala de vacina / Khelyane Mesquita de Carvalho. – 2013. 79.: il. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2013. – Orientação: Profa. Dra. Telma Maria Evangelista de Araújo. 3 KHELYANE MESQUITA DE CARVALHO CONHECIMENTOS E PRÁTICAS SOBRE CONSERVAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS ADOTADOS POR PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM SALA DE VACINA Relatório final apresentado para defesa de dissertação do Programa de PósGraduação Mestrado em Enfermagem da Universidade Federal do Piauí, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Mestre em Enfermagem. Defesa em 06 de dezembro de 2013 Banca Examinadora Orientadora: Profa. Dra. Telma Maria Evangelista de Araújo Departamento de Enfermagem/Universidade Federal do Piauí 1ª Examinadora: Profa. Dra. Daniela França Barros Pessoa Departamento de Enfermagem/Universidade de Brasília 2ª Examinadora: Profa. Dra. Elaine Maria Leite Rangel Andrade Departamento de Enfermagem/Universidade Federal do Piauí Suplente: Profa. Dra. Silvana Santiago da Rocha Departamento de Enfermagem/Universidade Federal do Piauí meus irmãos e meu esposo. . minha mãe.4 Dedico este trabalho a todas aquelas pessoas que amo e que fazem tudo valer a pena. Meus sogros e cunhadas. Aurélio. obrigada por sonhar comigo o desejo de ser mestre em enfermagem. A amizade especial da Cynthia. em especial minha sogra Carminha pelo amor de mãe que me dedicou e a confiança em mim depositada. Felipe e Sophia. Meus sobrinhos que tanto amo. Minha irmã Khelyne.5 AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar ao meu Deus sempre fiel e providente por me conceder o dom da vida permitindo a concretização desse grande sonho. . Meu esposo grande amor da minha vida. Bernardo e Chagas pela amizade. A todas as pessoas amigas que torceram por mim. Meus irmãos Kharyne. fonte de inspiração. Meu pai pelo exemplo de honestidade e compromisso com o trabalho. A minha mãe pelo amor incondicional e exemplo de coragem. Todas as minhas tias e primos pela compreensão de muitas horas ausentes. companheiro. Minha avó Bernarda pelo amor e pela contribuição na minha formação. Júlia. que construí nesse mestrado e que tanto me ajudou a superar os momentos difíceis. pela enfermeira dedicada e competente que é. amante e amigo. Telma Maria Evangelista de Araújo. A minha turma maravilhosa do mestrado. com muita sabedoria. À Profa. respeito e amizade. meus sinceros agradecimentos. fonte de inspiração pela profissional inteligente e competente que é. Elane. Elaine Maria Leite Rangel Andrade por me ajudar a reorganizar. desde a iniciação científica. pelos ricos e inesquecíveis momentos compartilhados. Daniela França Barros Pessoa pelas valiosas contribuições e disponibilidade. Dra. seriedade. Andressa e Armano pela valiosa contribuição na coleta de dados. A Universidade Federal do Piauí.6 AGRADECIMENTOS ESPECIAIS À Profa. À Profa. aquela que jamais esquecerei. Dra. Dra. À Profa. Fundação Municipal de Saúde do Piauí e aos profissionais de enfermagem das salas de vacina que me permitiram realizar esse estudo. o conhecimento produzido. por conduzir os ensinamentos em toda a minha trajetória profissional. Silvana Santiago da Rocha pela ajuda na melhor maneira de expor minhas ideias. sempre com compromisso. . Aos demais doutores professores do mestrado por todas as contribuições ao longo dessa formação. Aos alunos da graduação em enfermagem da Universidade Federal do Piauí e da iniciação científica. Dra. porque vivem numa penumbra cinzenta. que nem gozam muito nem sofrem muito. mesmo expondo-se ao fracasso. nem derrota. do que aliar-se aos pobres de espírito.7 “É muito melhor lançar-se em busca de conquistas grandiosas.” (Theodore Roosevelt) . onde não conhecem nem vitória. quando comparados com os enfermeiros. no período de março a junho de 2013. 53. por meio de supervisões. realizado por meio de inquérito epidemiológico e observação não participante.5% eram exclusivas para a atividade de vacinação.2 anos. Em relação à estrutura das salas. A média de tempo trabalhado na sala de vacina foi de 7.2% tinham fácil acesso. apenas 34. O conhecimento dos profissionais em relação a exposição de algumas vacinas a temperaturas negativas foi insatisfatório bem como o conhecimento a respeito do tempo permitido para uso após abertura do frasco. ressaltandose a urgência desse profissional retomar a liderança da sala de vacina. Vacina.5% da amostra não haviam recebido treinamento específico para a função e apenas 47% referiram exclusividade das funções em sala de vacina.5%) foi constituída por mulheres. sendo 52. OBJETIVO: Analisar conhecimentos e práticas sobre conservação de imunobiológicos adotados por profissionais de enfermagem em sala de vacina. 94.4% não apresentavam pia com bancada e somente 48% delas exibiam proteção adequada contra incidência solar direta.8 RESUMO INTRODUÇÃO: A vacinação representa grande avanço da tecnologia em saúde nas últimas décadas. RESULTADOS: A maioria dos participantes (92. 82. A prática e o conhecimento foram classificados como inadequados em 65% e 57%. Os gestores dos serviços de saúde precisam estar cientes desta situação e proporcionando meios que modifiquem essa realidade encontrada na investigação. Destaca-se que embora a equipe de enfermagem tenha notória participação no processo de conservação dos imunobiológicos.8 mais chances de ter conhecimento regular (OR=4. constituindo uma das medidas de intervenção mais favoráveis em saúde pública. Constatou-se associação estatisticamente significativa do tempo de serviço em sala e o tempo decorrido do último treinamento com o conhecimento. respectivamente e não apresentaram uma linearidade. com 200 profissionais de 73 salas de vacina da zona urbana de Teresina. METODOLOGIA: Estudo descritivo com delineamento transversal.8) e 6. Palavras Chave: Conhecimento.2% não tinham a mobília necessária. Prática. cuja prática é complexa e de grande valor.4) de ter conhecimento adequado.4 (OR6. Entende-se que o conhecimento produzido possa subsidiar ações e estratégias de vacinação.5% técnicos e auxiliares de enfermagem. CONCLUSÃO: O enfermeiro precisa refletir melhor sobre a sua prática.2% apresentaram tamanho adequado. Os técnicos de enfermagem apresentaram 4. Conservação . temperaturas de acondicionamento fora do permitido. 18. Enfermagem. acompanhamento e avaliação das atividades nelas realizadas. A quebra da cadeia de frio foi evidenciada em 100% das unidades por apresentaram em algum momento. 56. 5 % technicians and nursing assistants. Keywords: Knowledge. through supervision.2 % had no furniture required. 94.4 knowledge (OR . 56. emphasizing the urgency of professional resume leadership of the vaccination room. The professionals' knowledge regarding the exposure of some vaccines to freezing temperatures was unsatisfactory as well as knowledge about the time allowed for use after opening the bottle. It is understood that the knowledge generated to subsidize and vaccination strategies. CONCLUSION: Nurses need to better reflect on their practice. Conservation.5 %) consisted of women. 52.2 % had easy access. temperatures outside the packaging allowed.2 years. The nursing staff had 4.4) have adequate knowledge when compared with nurses .4 % had no sink with countertop and only 48 % of them exhibited adequate protection against direct solar incidence.5 % were unique to the immunization.6. Nursing. and showed no linearity. The average time worked in the vaccination room was 7.8 more likely to have regular (OR = 4. . The practice and knowledge were rated as inadequate in 65 % and 57%. carried out by means of an epidemiological survey and non participant observation.5 % of the sample had not received specific training for the role and only 47 % reported exclusive functions in vaccine. only 34. monitoring and evaluation of activities carried out in them.9 ABSTRACT BACKGROUND: Vaccination represents major advancement in healthcare technology in recent decades and is one of the most favorable measures public health intervention. Regarding the structure of rooms. RESULTS: Most participants (92. Managers of health services need to be aware of the situation and providing means to modify that reality found in the investigation. It is noteworthy that although the nursing staff has notable participation in the conservation of biopharmaceuticals process. A statistically significant association between length of service in the room and the time of the last training with knowledge. whose practice is complex and great value. 18. respectively. Vaccine. 53. with 200 professionals in 73 rooms vaccine urban area of Teresina. The break in the cold chain was found in 100 % of the units presented for sometime.2 % had adequate size. OBJECTIVE: To assess the knowledge and practices on conservation of biological products adopted by nursing professionals in vaccine. METHODS: A descriptive cross-sectional study. in the period from March to June 2013. 82.8) and 6. Practice. Teresina/PI.Classificação do conhecimento dos profissionais de enfermagem e categoria profissional. 2013.Correlação entre a classificação do conhecimento e prática da amostra com as variáveis: média de tempo de serviço em sala de vacina. 2013 (n=73) 40 Gráfico 3 . 2013 (n=73) 33 Tabela 3 . 38-39 Teresina/PI.Estrutura física e equipamentos das salas de vacina do estudo. 2013 (n= 200) 41 . Teresina/PI. 2013 (n=73) 34 Tabela 4 .Classificação do conhecimento. material. Teresina/PI. Teresina/PI. de tempo de formação e tempo do último treinamento. 2013 (n=200) Tabela 7 .Conhecimento sobre estrutura física.Características demográficas e funcionais da amostra do estudo. (n= 200) 40 Gráfico 4 . 2013 (n=200).Distribuição percentual dos acertos e erros da amostra relacionados à temperatura de conservação dos imunobiológicos. Teresina/PI.Prazo referido para utilização das vacinas após abertura dos frascos.Aspectos relacionados aos refrigeradores das salas do estudo. 2013 (n=200) 35 Tabela 5 .Observação de registros de alteração da temperatura nos mapas de controle diário das salas de vacina do estudo. Teresina/PI.Classificação da prática.10 LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS Tabela 1 .Teresina/PI. situação frente a descontinuidade de energia e acondicionamento dos imunobiológicos. 2013 (n=200) 32 Tabela 2 . Teresina/PI. 2013 (n=200) 36 Tabela 6 . Teresina/PI. 41 Tabela 8 .Prática relacionada a conservação dos imunobiológicos. 2013 (n=200) 42 Gráfico 1 . 2013 (n=200) 37 Gráfico 2 . Teresina/PI. Teresina/PI. 1. 4.1 Objetivo Geral 1.4 Conhecimento referente a estrutura física.2 Conservação dos imunobiológicos.2 Estrutura física das salas de vacinas 4.2 Seção II 31 31 31 32 34 35 5 DISCUSSÃO 43 6 CONCLUSÃO 55 REFERÊNCIAS 57 APÊNDICES 61 ANEXOS 71 36 37 41 .2 Objetivos específicos 2 MARCO CONCEITUAL 2.11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1.1.1 Seção I 4.1.6 Prática relacionada a conservação dos imunobiológicos 4.6 Classificação dos conhecimentos e práticas 3.1. situação frente a descontinuidade de energia e acondicionamento dos imunobiológicos.1 Identificação da amostra estudada 4.1 Tipo de Pesquisa 3.7 Análise dos dados 3.8 Aspectos éticos 27 27 27 27 28 29 29 30 30 4 RESULTADOS 4. aspectos conceituais conservação e sua importância para imunização 2.5 Definição das variáveis do estudo 3.1.1 Abordagem histórica da imunização e sua importância 2. material.1.1.1.4 Procedimento de coleta de dados/instrumento 3.3 Aspectos gerais dos refrigeradores das salas de vacina 4.2 Local do estudo 3.3 População 3.3 Conhecimentos e práticas da equipe de enfermagem em vacinação 12 15 15 15 16 16 da 18 20 3 METODOLOGIA 3.1 Objetivos 1.5 Conhecimento referente a temperatura de acondicionamento dos imunobiológicos 4. Estas ações conduzidas dentro de programas especiais como a erradicação da varíola e o controle da tuberculose. 2009. supervisionar e avaliar a execução das atividades de vacinação em todo o território nacional (BRASIL. O PNI é referência mundial. 2004. ANDRADE. Os seus 30 anos de existência têm mostrado resultados e avanços notáveis. LUNA et al. Essa preocupação justifica o principal objetivo do Programa. fornecer apoio técnico. Minas Gerais e Rio Grande do Norte (ARANDA. OLIVEIRA et al... Estudos nacionais realizados nos estados de São Paulo. Todavia as imunizações no Brasil. MELO.. O desenvolvimento de vacinas seguras e efetivas para a prevenção de doenças infecciosas associadas à alta mortalidade e morbidade é uma das mais relevantes ações da tecnologia em saúde. Ceará. 2013). MORAES. que segundo o Ministério da Saúde é contribuir para o controle e ou erradicação de agravos evitáveis por imunizantes mediante coordenação do suprimento e administração de imunobiológicos (BRASIL. OLIVEIRA et al. 2006. . 2003). Rio de Janeiro. tais como implantar e implementar ações do Programa. constituindo uma das medidas de intervenção mais favoráveis em saúde pública em termos de custo efetividade. têm demonstrado preocupações com a segurança da disponibilidade comercial dos produtos. 2010. ocupando lugar de destaque entre os instrumentos de política de saúde. Pernambuco. OLIVEIRA. 2011. O Programa Nacional de Imunização (PNI) foi instituído em 1973 como uma forma de coordenar ações que se caracterizavam pela descontinuidade. desde os primeiros ensaios. caráter episódico e pela reduzida área de cobertura. inspirando respeito internacional entre especialistas de saúde pública por sua excelência comprovada. 2010) têm mostrado que algumas práticas. necessitavam de uma coordenação central que lhes proporcionassem sincronia e racionalização. JESUS et al.12 1 INTRODUÇÃO A vacinação representa um dos grandes avanços da tecnologia para a área da saúde nas últimas décadas. dessa forma a atividade requer conhecimentos e práticas adequadas que garantam a qualidade efetiva da imunização para não comprometer e nem abalar a credibilidade da vacinação. Tal fato por si só não é suficiente para garantir o êxito dos Programas de Vacinação.. sendo utilizada em âmbito mundial. tendo suas competências regulamentadas em 1975. 13 tais como conservação e administração dos imunobiológicos. organização inadequada dos refrigeradores e não exclusividade dos mesmos para estocar vacinas. preparo e administração dessas vacinas. no que diz respeito à cobertura vacinal. uma vez que o objetivo final da vacinação não é a obtenção de altas coberturas vacinais e sim a redução da morbidade e mortalidade por doenças imunopreveníveis. inexistência de termômetros ou monitoramento diário de temperaturas. que tem . bem como conduta frente aos eventos adversos. É interesse da Fundação Nacional de Saúde contribuir com a confiabilidade e qualidade dos imunobiológicos em todos os recantos deste país. constituindo preocupação. Essa realidade configura um problema. 2011). No Estado do Piauí. Nessa perspectiva. fazendo-se necessária a verificação das práticas dos profissionais que irão impactar na qualidade do serviço e do produto ofertado à população. detecção de exposição frequente dos produtos a extremos de temperatura (<0ºC e >10ºC) durante o transporte e o armazenamento. Segundo a coordenação estadual de imunização (BRASIL. vindo comprometer a qualidade dos imunobiológicos (BRASIL. Dessa forma. a avaliação dos serviços de vacinação não pode ser vista de forma isolada. consequentemente. que garantirá a proteção contra agravos imunopreveníveis. garantir o direito de vacinação a toda a população. ainda é frequente a observação de práticas inadequadas dos profissionais em sala de vacina. e sim a soroconversão propriamente dita. desde a instância central até as salas de vacina. objetivando a excelência de qualidade dos imunobiológicos a serem aplicados. independente de sua diversidade geográfica e. visto que a prática de vacinação não deseja apenas atingir as metas das campanhas ou de vacinação de rotina. No tocante a conhecimentos específicos e práticas relacionadas à conservação de imunobiológicos em sala de vacina. destino do lixo gerado nas salas de vacina. e sim das condições ideais de armazenamento. é importante promover a máxima segurança nas atividades relacionadas ao suprimento de imunobiológicos que são distribuídos às secretarias estaduais de saúde por meio da Central de Distribuição de Imunobiológicos (CENADI). atividades de qualificação profissional. levando-se em consideração apenas o cumprimento da cobertura vacinal. estudos realizados no Brasil. essa situação referida guarda certa similaridade. estão aquém da padronização estabelecida pelo PNI. 2009). têm evidenciado o desconhecimento dos profissionais sobre intervalos de temperatura adequados para a conservação. Nesse sentido. ou seja. . adotadas pelos profissionais de enfermagem de salas de vacina do município de Teresina. os quais precisam adequar-se à nova realidade do PNI. o que vem demonstrar que as vacinas dão provas incontestes da sua eficácia. podendo acarretar em impactos negativos sociais e econômicos. Diante desse contexto. Esse é um desafio que demanda a completa integração entre os diversos níveis. mediante processos contínuos e sistemáticos de supervisão. mas também das características e do uso desses produtos. este estudo tem como objeto os conhecimentos e as práticas sobre conservação de imunobiológicos. colocar em dúvida a credibilidade da vacinação. o que vem comprometer a qualidade dos imunobiológicos e. de modo especial. com o objetivo de assegurar que todos os produtos administrados mantenham suas características imunogênicas. por conseguinte.14 competência de receber. os profissionais envolvidos com a prática de vacinação e. o que pode ser possível por meio dos processos de qualificação. Visto que a principal ação de manutenção das características iniciais dos imunobiológicos é a sua conservação adequada com a manutenção da cadeia de frio. distribuição. exigindo compromisso e responsabilidade das três esferas de governo e em especial das equipes dos serviços de imunizações. É importante evidenciar que as falhas no cumprimento das recomendações para a conservação de vacinas têm sido cada vez mais frequentes. aqueles que atuam em sala de vacina. da cobertura vacinal atingida. precisam ter a máxima segurança na realização de todos os procedimentos referentes a essa prática. Cabe destacar que as doenças transmissíveis nos últimos anos têm cedido lugar às não transmissíveis e tal fenômeno tem sido observado mais particularmente nas doenças evitáveis por imunizantes. de modo a promover imunização segura e eficaz. transporte e manuseio dos imunobiológicos utilizados nos Programas de Imunização. 2005). acondicionar e distribuir os imunobiológicos (ARAÚJO. levando ao risco de descontrole das doenças evitáveis por imunizantes. Contudo. A manutenção da integridade da Rede de Frio contempla manter adequada a temperatura de acondicionamento dos imunobiológicos entre +20C a +80C durante todos os processos de armazenamento. é necessário destacar o fato de que o êxito dos Programas de Vacinação depende não somente da proporção com que os imunobiológicos estão sendo utilizados na população. conservação. armazenar. 1. 1. em consequência. a categoria profissional.1 Objetivo geral Avaliar conhecimentos e práticas sobre conservação de imunobiológicos adotados por profissionais de enfermagem de salas de vacina da rede de saúde pública do município de Teresina/PI.2 Objetivos específicos Caracterizar os profissionais do estudo quanto ao sexo. tempo de serviço em sala de vacina e treinamento para atuar em sala de vacina. visando o fortalecimento do Programa. tempo de formação. Identificar o conhecimento e a prática dos profissionais de enfermagem das salas de vacina relativos à conservação dos imunobiológicos. Classificar o conhecimento e a prática da população do estudo sobre conservação de imunobiológicos.1 Objetivos 1. Correlacionar o conhecimento e prática com a categoria profissional. Correlacionar o conhecimento e a prática em conservação de imunobiológicos com tempo de serviço em sala de vacina.1. contribuir para o controle das doenças evitáveis por imunizantes. entende-se que o estudo fornecerá subsídios que vão contribuir de forma expressiva para a melhoria da qualidade das ações do Programa de Imunização do Estado. além de estimular a produção de outros estudos nessa temática. considerando-se a carência de publicações referentes e esse tema na realidade piauiense.15 Assim. Descrever a estrutura física e de equipamentos das salas de vacina. em particular para as ações relacionadas à conservação de imunobiológicos. . tempo de formação e tempo decorrido do último treinamento da população do estudo do estudo.1. todavia as ações relacionadas à prática passaram a ser executadas com descontinuidade. o episódio acontecido em 1904 recebeu o nome de “Revolta da Vacina” que induziu interpretações equivocadas a essa demanda urgente em combater as epidemias que castigavam a capital do país.1 Abordagem histórica da imunização e sua importância A realidade sanitária no Rio de Janeiro. de forma a compatibilizar atividades. associadas a atividades desenvolvidas por iniciativas de governos estaduais. essas ações conduzidas dentro de programas especiais de erradicação da varíola e controle da tuberculose. com responsabilidades dos governos federal. principalmente febre amarela. Erradicar ou manter sob controle todas as doenças imunopreviníveis é um dos objetivos desse Programa. que faziam da cidade um foco de epidemias. era a falta de saneamento básico e as péssimas condições de higiene. Desse modo. pelo caráter episódico e pela reduzida área de cobertura. . a campanha de vacinação aplicada de forma autoritária e violenta. é uma prioridade nacional. estadual e municipal. como forma de combater essas epidemias. Definitivamente. varíola e peste. dando origem ao Programa Nacional de Imunização (PNI) instituído em 1973. necessidades e realidades. Desse modo. 2003). Todavia esse episódio foi considerado o marco da saúde pública brasileira (PORTO. O PNI. passando. foi colocada em prática em 1904. O alcance dos objetivos e a adoção de estratégias exigem a articulação dessas instâncias. uma vez que se caracteriza pela inclusão social. inspirado no modelo de ação deixado pelo sanitarista Osvaldo Cruz. num esforço conjunto. necessitavam de uma coordenação central que lhes proporcionassem sincronia e racionalização. Estas pragas tropicais condicionaram a necessidade de uma ação imediata. em todos os recantos do país. 2003). na medida em que assiste todas as pessoas. a qual provocou uma insatisfação popular em oposição à lei obrigatória proposta pelo sanitarista Osvaldo Cruz. embora tivesse objetivo positivo. 2011). com a finalidade de coordenar essas ações (BRASIL. no século XX. sem distinção de qualquer natureza em todos os momentos de sua vida (BRASIL. que visa não apenas cumpri-lo.16 2 MARCO CONCEITUAL 2. por ser a vacinação um serviço básico. certamente. suscitam uma reação do sistema imunológico semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por um determinado agente patogênico. controle e erradicação das doenças graves. Um modelo de atenção com enfoque epidemiológico. preconizado com comando único em cada esfera de governo e com participação social. como proteínas. a ser planejada nas ações oferecidas pela rede de serviços de saúde. como qualquer outro produto farmacêutico. Isso se traduz em uma Rede de Frio (RF). 2003). em anos mais recentes. elas não estão isentas de risco (ANTUNES. Todavia são substâncias. centrado na qualidade de vida das pessoas e do seu meio ambiente e nas relações entre equipe de saúde e comunidade (BRASIL. seguros e eficazes. partes de bactérias ou vírus. 2013). Buscando manter a excelência e credibilidade. tem um espaço privilegiado no modelo de gestão descentralizado e de atenção à saúde. Como resultado desses vários sucessos. O processo imunológico pelo qual se desenvolve a proteção conferida pelas vacinas compreende o conjunto de mecanismos através dos quais o organismo . que tem resultado na prevenção. que ao serem introduzidas no organismo de um animal. a esse agente e às doenças por ele provocadas. toxinas. 2011). com foco no cumprimento dos objetivos do PNI. sendo considerada uma prática fundamental de saúde pública. 1999). desencadeando a produção de anticorpos que acabam por tornar o organismo imune ou. da poliomielite em 1989 e com o controle do sarampo. provenientes de processos de produção que atendem às normas estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) (BRASIL. De um modo geral. os óbitos por doenças imunopreveníveis têm apresentado uma constante redução. ou mesmo vírus e bactérias atenuados ou mortos. tendo destaque com a erradicação da varíola em 1973. difteria e coqueluche. proporcionando benefícios indiscutíveis à saúde pública. No entanto. embora ainda existam diferenças regionais (BRASIL.17 obrigatoriamente. tétano neonatal e acidental. o Ministério da Saúde vem realizando investimentos para garantir a qualidade dos imunobiológicos disponibilizados à população brasileira. capaz de garantir as características iniciais do produto. A vacinação. os imunobiológicos figuram entre os produtos biológicos mais seguros para o uso humano. do laboratório fabricante até o nível local e na aquisição de produtos mais modernos. ao menos mais resistente. Dentre os diversos Programas e diretrizes governamentais o PNI é valorizado por conferir proteção individual e coletiva. ou seja. A Rede de Frio compreende os processos de armazenamento. distribuição e transporte dos imunobiológicos desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é administrada (BRASIL. para que a prática de vacinação ofereça segurança e eficácia. Para garantir a qualidade desses imunobiológicos é necessária equipe técnica qualificada. 2. embora seja indiscutível a importância da manutenção da Rede de Frio para assegurar que todos os imunobiológicos mantenham todas as características imunogênicas desde o laboratório produtor até seu destino final. A imunização apresenta-se como uma das medidas mais efetivas na prevenção de doenças. favorecendo mudança necessária para que a equipe de enfermagem possa garantir qualidade das vacinas disponibilizadas para a população. A resposta imune do organismo às vacinas depende basicamente de fatores como aqueles inerentes às vacinas e os relacionados com o próprio organismo (BRASIL. em seguida. dessa forma a atividade requer conhecimentos e práticas adequadas que garantam a qualidade da imunização para não comprometer e nem abalar a credibilidade da vacinação. neutralizá-la e/ou eliminá-la. sofrem inativação dos componentes imunogênicos quando expostos a temperaturas inadequadas. manipulação. . (2009) apontam para a necessidade de educação permanente com potencial formação dos profissionais responsáveis pela imunização. Oliveira et al. para. Nessa perspectiva. operações essas realizadas pela Rede de Frio ou Cadeia de Frio.18 humano reconhece uma substância como estranha.2 Conservação dos imunobiológicos. conservação. aspectos conceituais da conservação e sua importância para imunização Os imunobiológicos são produtos termolábeis. é necessário o cumprimento de todas as diretrizes do PNI visando assegurar que a variedade de imunobiológicos oferecidos à população mantenha suas características iniciais. a fim de conferir imunidade. 2011). 2013). equipamentos e procedimentos padronizados. metabolizála. cujo objetivo é assegurar que todos os imunobiológicos administrados mantenham suas características iniciais. No entanto. uma vez que seu estudo realizado em Minas Gerais evidenciou falhas na manutenção da Rede de Frio das Unidades Básicas de Saúde do município estudado. Em relação ao acondicionamento das vacinas no espaço interno da geladeira. observaram em 33. Luna et al. em relação ao conhecimento para correta atuação da equipe .3% das salas. monitoramento e avaliação nas salas de vacina. Diante das falhas cometidas. Corroboram com o exposto acima. apesar dos profissionais reconhecerem a importância da leitura diária da temperatura das geladeiras realizadas no início e no final da jornada de trabalho e do registro em impresso próprio. favorecendo a perda da potência e eficácia dos mesmos. ao identificarem em pesquisa realizada no município do Rio de Janeiro uma sucessão de falhas quanto à manutenção da Rede de Frio no tocante à observação da abertura e fechamento da porta da geladeira durante um turno de observação. et al. o que talvez justifique o fato de muitos profissionais de enfermagem referirem não ter participado de treinamento no último ano. acarretando impactos na qualidade da vacinação. fato que pode explicar o aumento da temperatura interna do refrigerador. Estudo realizado no estado de Pernambuco destaca a importância de supervisões. oferecendo mais suporte aos profissionais e prestando uma melhor assistência à população (ARAÚJO. Jesus. FRIAS 2009). Em Fortaleza. podendo inferir que a falta de atualização influencia na dinâmica do serviço.19 Melo. Além disso. contribuindo para a exposição dos imunobiológicos às variações de temperaturas que podem provocar inativação desses componentes. por interrupção do processo de refrigeração. Oliveira e Andrade (2010) reforçam o exposto acima ao evidenciarem em seu estudo que. pelo menos seis vezes. muitos também não fazem ambientação das bobinas de gelo. É importante destacar que as falhas relacionadas ao cumprimento das diretrizes do PNI não são pertinentes apenas à manutenção da Rede de Frio nas salas de vacina e sim. no ano de 2007. uma vez que evidenciaram descumprimento das normas estabelecidas pelo PNI. vacinas bacterianas na 1ª prateleira e em 100% descumprimento do padrão em relação à gaveta inferior que deve ser preenchida com garrafas com água tingida. o estudo apontou para a necessidade de capacitação dos profissionais que operacionalizam a conservação das vacinas. demonstrando que existem lacunas no cumprimento da manutenção da Rede de Frio. (2004). (2011) obtiveram achados incongruentes na conservação das vacinas.5%) não o fazem. o que de certa forma evidencia a irregularidade do trabalho na sala de vacina. a significativa maioria (61. para um melhoramento desse serviço. SILVA. é importante destacar que saber a temperatura adequada de acondicionamento de um determinado imunobiológico não garante com absoluta certeza a manutenção da cadeia de frio. portanto. Marinho (2003) diz que é a habilidade para aplicar fatos específicos na resolução de problemas ou emitir conceitos com a compreensão adquirida sobre determinado evento. é importante destacar. o conhecimento muitas vezes fica restrito a indivíduos ou a algumas áreas. garantindo a disseminação das mesmas e desencadeando ação positiva e eficaz na prática diária. informações necessárias que possuem. Nessa perspectiva. refere-se a capacidade que o ser vivo possui para representar o mundo que o rodeia e reagir a ele. e muitas pessoas julgam estar gerando conhecimento. quando na verdade estão apenas gerenciando informações. Porém. de modo que o mesmo refere-se a experiências. Complementando. ser compartilhado como forma de assegurar que os colaboradores possam repassar uns aos outros. Sobretudo informação e conhecimento frequentemente têm sido utilizados como sinônimos. Para Drucker (1993). segundo Pinto (1985). mas a habilidade de saber usar essa informação de modo que gere ação de impacto positivo para a imunização é chamado de conhecimento. a informação torna-se estéril sem o conhecimento do homem para aplicá-la produtivamente. no que diz respeito às técnicas corretas de administração da vacina e controle dos imunobiológicos. devendo. que o conhecimento não é apenas uma informação. informações de contexto e criatividade aplicadas a novas experiências. mas vai além. baseia-se nela. Nessa perspectiva.20 como um todo. por exemplo. informação e conhecimento estão articulados. observa-se que o conhecimento necessariamente passa pela vinculação às pessoas. valores. No serviço de saúde. Desse modo. uma vez que saber a temperatura adequada é uma informação. conhecimento é um conjunto formado por experiências. 2. Contextualizando o conhecimento e a prática no cotidiano das salas de vacina.3 Conhecimentos e práticas da equipe de enfermagem em vacinação O conceito de conhecimento. valores e habilidade para aplicar fatos na resolução de problemas. vindo a impactar negativamente na prática cotidiana. pois para gerar novos . No cotidiano da enfermagem coexistem duas dimensões: a do conhecimento/saber e a da prática. que cada vez mais é agregado a produtos e serviços. por exemplo. filosofia e saberes. a ação esperada da aquisição do conhecimento é a mudança de comportamento que resulte em uma atitude eficaz (TONETE. os autores enfatizam que a multiplicação e a distribuição de informações são os meios que possibilitam o repasse de conhecimento com a finalidade de manter uma linha de continuidade. ciência. e esse saber possibilita o fazer na perspectiva da ação por meio da competência. PAZ. 2009). buscando relações consistentes e inconsistentes entre conhecimento. É em nossa prática que percebemos que o saber é um dos elementos que utilizamos no exercício da profissão de Enfermagem. é necessário transformar dados em informação. O avanço tecnológico tem colocado evidências muito claras do que é possível fazer com a posse de conhecimento. A aplicação de conhecimento na conservação. Todas essas maneiras se encontram na prática humana. 2006). No atual cenário das organizações. arte. com o propósito de sua expansão e entendimento (MARX. A prática denuncia a racionalidade humana nas mais diferentes atividades.21 conhecimentos é necessário interpretar dados e fatos. mas de difícil concretização. 2004). pela teoria. uma vez que ele é definido como o comportamento do indivíduo de repassar o que sabe às pessoas com quem trabalha e de receber o conhecimento que elas possuem. pode trazer mudanças no comportamento a partir de reflexões e contribuições sobre os fundamentos das atitudes. consequentemente. em que a ação é deliberadamente motivada pela idéia. habilidade. preparo e administração dos imunobiológico. QUIRINO. mas para transformar informação em conhecimento precisamos de tempo (ABREU. Na mesma perspectiva. Para transformar dados em informação. 2002). que envolve todo o processo de cuidar em enfermagem. persistência. paciência e disponibilidade para agir consciente e intuitivamente (VALE. informação em conhecimento e conhecimento em ação. Para que a gestão do conhecimento seja efetiva e útil. que diz respeito ao fazer. BENTO. o compartilhamento de conhecimento tem mostrado ser de suma importância. precisamos de conhecimento. PAGLIUCA. prática. A marca da humanidade no mundo é a racionalidade que se apresenta de várias maneiras: técnica. atitude e práticas. E. . além de criar novas associações. Estudo realizado em Recife. faz-se necessária muita responsabilidade. PAGLIUCA.7% dos entrevistados trabalhem há mais de um ano na sala de vacina. ao evidenciarem que a presença reduzida do enfermeiro na sala de vacinação pode ser considerada um dos entraves em relação ao processo de vacinação. É importante destacar que o menor tempo de permanência citado na sala de vacina foi de cinco anos.22 A aquisição de conhecimento. QUIRINO. Resultado semelhante foi destacado por Feitosa. Por contemplar o Programa Nacional de Imunização ações complexas. com garantia de prática adequada (VALE. Coriolano (2010) em estudo realizado em Iguatu. Oliveira e Andrade (2010) reforça essa necessidade exposta na ideia anterior. de modo que faz-se necessário a presença do enfermeiro como responsável técnico dotado de conhecimento científico. Erros na técnica de aplicação podem causar sérios eventos adversos. O ato de vacinar é complexo. competências e habilidades. É importante destacar que a presença do enfermeiro na sala de vacina constitui ação complexa e imprescindível. encontra-se diretamente vinculada à vida cotidiana por meio do ensino. da prática e da pesquisa científica fundada em teorias. 2009). já que o mesmo é responsável técnico em 100% desse . A mensuração. o vacinador tem que ser treinado para função e não depende apenas de dedicação. Corroboram com a ideia contida no parágrafo anterior. mas de formação técnica que desencadeie conhecimentos e práticas adequadas. uma vez que achados evidenciaram que apenas dois vacinadores dos 39 entrevistados receberam treinamento específico para trabalhar em sala de vacina no último ano. Há um novo e radical paradigma para a humanidade. no Ceará. já que se observou que os profissionais mantêm uma dicotomia entre a prática de procedimento técnico e a educação em saúde. Feitosa. O surgimento das ciências modernas e seu caráter prático e intervencionista revolucionam toda sua época e a posteridade. Por isso. por Melo. Consequentemente a busca pela cientificidade fez com que a Enfermagem sofresse a influência dessas teorias definidas na prática. as quais deveriam ser integradas. apenas duas disseram ter participado de atualizações. embora 89. alguns autores. capaz de supervisionar ações de vacinação. necessitando de qualificação das equipes em muitos municípios do Brasil para exercer essa atividade. a quantificação e verificação passam a ser elementos que ditam as regras da nova forma de conhecimento. que evidenciou que das 10 auxiliares de enfermagem investigadas. a criação de ambientes favoráveis à saúde. O enfermeiro deve estar ciente da importância de sua participação na equipe multiprofissional. manter as condições ideais de conservação de imunobiológicos. responsabilidade e respeito. em que cada um tem o seu papel e sua importância. o que remete à necessidade de acompanhar o . Sabe-se que não é fácil mudar o que está enraizado há décadas. 2010. Atualmente é uma realidade de sucesso no serviço público. o reforço da ação comunitária. sendo de suma responsabilidade ter o conhecimento para orientar e prestar assistência à clientela com segurança.. Cabe aos profissionais da sala de vacina buscar sempre uma conscientização de suas atribuições.. a reorientação dos serviços de saúde sob o marco da promoção da saúde e a construção de políticas públicas saudáveis. porém fazse necessária a realização de um trabalho eficaz de conscientização do profissional de sala de vacina. prover periodicamente as necessidades de material e imunobiológicos. manter os equipamentos em boas condições de funcionamento. faz-se necessária a utilização do espaço da sala de vacina para envolver de maneira correta os sujeitos dessa ação na busca de maior adesão ao Programa de imunização. contribuindo para o controle das doenças imunopreveníveis. criando novos processos de trabalho humanizado nos aspectos éticos. 2009). QUEIROZ et al. o envolvimento do enfermeiro em todo esse contexto de maneira comprometida. dotado de conhecimento para compartilhar e preparar de maneira segura os outros profissionais da sala de vacina (OLIVEIRA et al. A enfermagem exerce papel fundamental em todas as ações de execução do Programa Nacional de Imunizações. avaliar e acompanhar sistematicamente as coberturas vacinais e buscar periodicamente atualização técnico-científica. sobre a importância de constante atualização. utilizando conhecimento técnico-científico para alcance dos objetivos propostos pela OMS e pelo próprio PNI. A literatura aponta que entre os profissionais da estratégia Saúde da Família a equipe de enfermagem é a responsável pelo gerenciamento e oferta de imunobiológicos à população.23 serviço. acompanhar as doses de vacinas administradas de acordo com a meta e buscar faltosos. Levando em consideração que a unidade básica de saúde constitui espaço privilegiado para se desenvolver educação em saúde e que as principais estratégias da ação promotora da saúde são o desenvolvimento de habilidades pessoais. como a estratégia Saúde da Família e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde. com o surgimento de estratégias específicas voltadas à transformação do modelo de atenção à saúde. Destacando a suma responsabilidade e necessidade de conhecimento científico que garantam a qualidade desse serviço prestado à comunidade. . É necessário evidenciar que a participação maciça dos profissionais de enfermagem frente às ações de imunização confirma a responsabilidade por todas as atividades que permeiam essa ação no setor público. embora a lei do exercício profissional brasileira permita a administração de vacinas por profissionais de enfermagem e médicos. o modelo assistencial representado na forma da estratégia de Saúde da Família constitui campo com excelente oportunidade para desenvolver ações de controle aos agravos que possam constituir risco de disseminação nacional ou no caso da adoção de instrumento ou mecanismo de controle que exige uma utilização rápida e abrangente. Com isso. mobilização ou a montagem de operações de campo somente para vacinar. no seu todo e as ações passam a ser dirigidas às pessoas. MORAES. 2006). As oportunidades são potencializadas. De outro lado. administração da vacina. ou seja. Alguns autores confirmam essa informação quando evidenciam que o Programa de imunização em São Paulo. a população passa a ser vista. Por ser a atenção básica considerada uma das portas de acesso aos serviços de saúde. oferecendo-se outros serviços identificados pela equipe local de saúde como necessários para aquela população determinada (BRASIL. estrutura da sala de vacina. é fundamentalmente exercido pelos profissionais de enfermagem e a supervisão da assistência exercida pelos enfermeiros (ARANDA. mesmo a responsabilidade da sala de vacina estando centrada essencialmente na equipe de enfermagem observam-se práticas inconsistentes referentes à imunização.24 processo de trabalho nas salas de vacinas. posicionamento e conhecimento desses profissionais sobre o trabalho desenvolvido. 2003). não se justifica um plano de vacinação isolado. que não estão sendo efetivamente cumpridas de forma padronizada no que diz respeito à conservação dos imunobiológicos. como é o caso das campanhas nacionais de vacinação. como atribuição fundamental dessa categoria profissional. Todavia. condutas frente aos eventos adversos. individual e coletivamente. semelhante aos demais municípios brasileiros. o trabalho casa a casa. cada vez mais. Diante do exposto acima. A Educação Permanente. Sob este enfoque. mas em sala de vacina. Considerando que a equipe de enfermagem é responsável pela imunização na rede de saúde pública. é importante maior investimento na formação desses profissionais com necessidade constante de aperfeiçoamento. levou o Departamento de Educação na Saúde (DEGES) da SGTES. tem apoiado e financiado as iniciativas e ações apresentadas e pactuadas nos Pólos para formação. não só em rede de frio. mas entendido em seu contexto sócio-organizacional e resultante da própria cultura do trabalho (BRASIL. uma vez que as normas de vacinação sofrem constante mudanças. é o profissional que apresenta um menor tempo de permanência nesse serviço em função das outras atividades (ARANDA. sendo a introdução de imunobiológicos no calendário de vacinação prática constante. educação popular em saúde. Na Educação Permanente em Saúde. O Ministério da Saúde. MORAES. vigilância de eventos pós-vacinais e sistema de informação. gestão e do controle social no setor saúde. através da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES). responsável técnico pela sala de vacina. os seguintes pontos de agenda de trabalho: qualificação da formação profissional em saúde. 2004). o trabalho não é concebido como uma aplicação do conhecimento. 2004). controle e destino adequado do lixo produzido na sala de vacina. uma vez que existe grande rotatividade de pessoas nos serviços (BRASIL. 2005). garantir a capacitação permanente dos gestores e sua atualização constante. 2006). do mesmo modo. São especialmente importantes as capacitações dos profissionais. É essencial. pois tratam de medidas essenciais para a .25 registro correto dos eventos adversos. educação permanente no SUS. vale ressaltar que estudo realizado em São Paulo demonstrou que o enfermeiro. mudanças nos currículos de formação e educação permanente de profissionais de saúde (BRASIL. é válido destacar que os aspectos operacionais em salas de vacinas merecem uma atenção especial. considerada como estratégia fundamental para a recomposição das práticas de atenção. as necessidades de conhecimento e a organização de demandas educativas são geradas no processo de trabalho apontando caminhos e fornecendo pistas ao processo de formação. a adotar como principais. Dessa forma. formação de trabalhadores e desenvolvimento das profissões técnicas da saúde. manuseio e administração dos mesmos. Além disso. armazenamento. a enfermagem exerce um importante papel no tocante às imunizações por monitorar todos os aspectos técnicos e operacionais nas salas de vacina. ser dotada de conhecimento para exercer competentemente essa função.26 aplicação de um imunobiológico dentro de todos os padrões corretos de conservação. . portanto. devendo. 3. de equipamentos e funcionários especificamente lotados nas mesmas e tem funcionamento em regime de pelo menos um ou dois turnos diários. Contudo. Atualmente a FMS dispõe de 50 UBS. mas utilizam os espaços de atendimento da estratégia Saúde da Família (ESF). que correspondem. Para efeito deste estudo.1 Tipo de Pesquisa Trata-se de estudo descritivo com delineamento transversal.27 3 METODOLOGIA 3. 30 na zona centro/norte e 21 na leste/sudeste. são 73 salas fixas na zona urbana. além de 15 salas na zona rural das quais sete são classificadas como virtuais. pertencentes a Fundação Municipal de Saúde (FMS). aquelas que além de serem cadastradas dispõem de estrutura física. previamente agendadas com a população de determinada área.2 Local do estudo O estudo foi realizado em 73 salas de vacina da rede de saúde pública de Teresina. de segunda a sexta-feira. de equipamentos e funcionários especificamente lotados nas mesmas. Cabe mencionar que foram incluídos todos os . sendo 13 na zona rural e 188 na zona urbana. se utilizou a definição de salas fixas do PNI. Algumas dessas salas de vacina encontram-se situadas nas unidades básicas de saúde (UBS) e as demais em alguns hospitais de Teresina.3 População A população do estudo foi constituída de 200 profissionais de enfermagem de nível superior e médio das 73 salas de vacina das unidades básicas de saúde e unidades hospitalares da FMS. sendo 22 na zona sul. desenvolvido por meio de inquérito epidemiológico e observação não participante. não dispõem de estrutura física. foram incluídas no estudo apenas as salas de vacina fixas da zona urbana. onde são realizadas atividades de vacinação em datas fixas. nove hospitais e 228 equipes da estratégia Saúde da Família. 3. ou seja. No tocante as salas de vacina. Observação não participante. Como contribuição. sobre os objetivos e procedimentos que seriam utilizados no estudo. para informar à direção e coordenação de enfermagem das respectivas UBS. oferecido sob a supervisão da coordenadora da pesquisa. foi enviada uma carta de encaminhamento. mesmo aqueles recém-ingressos no setor. de modo a interferir o mínimo possível na dinâmica das atividades. sendo ambos aplicados com cinco enfermeiros e cinco técnicos não participantes da pesquisa. considerando ser requisito para o trabalho. bem como o manuseio dos mesmos e registrados em um roteiro padronizado. caixas térmicas e termômetros das salas de vacina. O citado instrumento foi adaptado de um formulário padrão do PNI (BRASIL. com perguntas fechadas e algumas semi-abertas (Apêndice A). com o objetivo de aperfeiçoar os instrumentos.4 Procedimentos de Coleta de dados/Instrumentos A coleta de dados foi realizada pela própria mestranda e por graduandos em enfermagem da UFPI. Para tanto.28 profissionais de enfermagem que realizam atividades nas salas de vacina do estudo. como seguem: Entrevistas mediante aplicação de formulário. onde observouse refrigeradores. Os procedimentos para coleta dos dados foram realizados por meio de duas técnicas distintas. já que devem ter sido submetidos a treinamento específico em imunização. era deixado relatório com observações e sugestões acerca do descumprimento do padrão. após serem submetidos a treinamento. As dificuldades apresentadas foram revisadas e no segundo teste não houve dificuldade para compreensão. proposto pelo Ministério da Saúde para supervisão das salas (Anexo A) (BRASIL. estabelecido pelo PNI (Anexo B). realizada após às entrevistas. bem como foi apresentada uma carta de autorização da FMS para realização da investigação. Os dias das entrevistas foram previamente marcados de acordo com a coordenação de enfermagem das unidades de saúde pesquisadas. 3. . ao final de cada visita. Antes da aplicação foram realizados dois pré-testes. utilizado para supervisão. Também foram analisados os impressos relativos à conservação das vacinas. 2013). É importante destacar que todas as partes do instrumento continham questões que permitiram avaliar a prática e o conhecimento dos profissionais da sala de vacina. 2013). categoria profissional.6 Classificação dos conhecimentos e práticas Para classificar o conhecimento dos profissionais do estudo em relação à conservação das vacinas. REGULAR (70 a 89%) e INADEQUADA (menor que 70%). a prática foi categorizada em três intervalos de classe. o conhecimento foi categorizado em três intervalos de classe. material. Para classificar a prática. acerto das condutas: ADEQUADA (90 a 100%). 3. . conforme o percentual de acerto das repostas: ADEQUADO (90 a 100%). Conhecimento referente a temperatura de acondicionamento dos imunobiológicos. a cada resposta considerada totalmente correta (concordância com o Manual de Rede de Frio do PNI) foi atribuído um ponto. foram avaliadas as respostas às questões numeradas no formulário referente ao apêndice A. REGULAR (70 a 89%) e INADEQUADO (menor que 70%).29 3. Estrutura física das salas de vacina. também adaptou-se a escala utilizada por Aranda (2005). Conhecimento referente a estrutura física. Assim. tempo decorrido do último treinamento). treinamento para atuar em sala de vacina. regular (7 a 8) e insuficiente (6 ou menos). tempo de formação. Aspectos gerais dos refrigeradores das salas de vacina. em adaptação ao estudo de Aranda (2005). Prática relacionada a conservação dos imunobiológicos. Assim. situação frente a descontinuidade de energia e acondicionamento dos imunobiológicos. tempo de serviço em sala de vacina. foi atribuído um ponto.5 Definição das variáveis do estudo Identificação da amostra (características demográficas. o qual categorizou o conhecimento em suficiente (9 a 10). Para cada item do formulário de observação realizado de forma correta. Nesta pesquisa. Observaram se as condutas relacionadas à conservação das vacinas estavam de acordo com as orientações do PNI. e atribuídos escores. desconfortos. a confidencialidade e a privacidade.5214) e respeitados todos os preceitos éticos contidos na Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL. Usou-se o teste Exato de Fisher quando 20% das células tinham valor esperado inferior a 5.7 Análise dos dados Para análise e tratamento dos dados. Para testar a associação do conhecimento e prática com a categoria profissional. exato de Fisher e Odds Ratio com os respectivos intervalos de confiança.2. foram utilizados os testes Qui-quadrado. Vale destacar que o nível de significância foi fixado em p≤0. observado no anexo D. seus riscos e benefícios. foi realizada utilizando-se tabelas de distribuição de frequência absoluta e relativa.0000. utilizando-se planilhas do aplicativo Microsoft Excel. Em virtude da violação do pressuposto de normalidade. utilizaram-se o teste Mann-Whitney e KruskalWallis. Na comparação de médias entre grupos categorizados em variáveis qualitativas. sendo a todos garantido o anonimato. 8 Aspectos Éticos Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (Anexo C) aprovada (CAAE 07381812. 1996). avaliada por meio do teste de Kolmogorov Smirnov (n>50). A análise descritiva das características sociodemográficas e funcionais da amostra estudada. após as devidas explicações sobre os objetivos do estudo. versão 18. 3. para realização da pesquisa nas suas salas de vacina. bem como a prévia autorização da Fundação Municipal de Saúde. . os dados foram transcritos com o processo de dupla digitação.05 para todos os testes realizados. Aos participantes foi solicitada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice B). Posteriormente. as variáveis foram codificadas a fim de se estabelecer uma linguagem estatística padrão. os testes paramétricos de escolha foram teste t de Student e ANOVA. A análise estatística exploratória e inferencial foi realizada utilizando-se o Software SPSS (Statistical Package for the Social Science).0.30 3. conhecimento e prática sobre conservação de imunobiológicos transporte. 18. Em relação ao tempo decorrido do último treinamento em sala de vacina.5%). 6 e Gráficos 1. recebimento. acondicionamento. apresentam-se a associação da classificação da prática e do conhecimento dos profissionais de sala de vacina relacionados a conservação de imunobiológico e as variáveis: tempo de serviço em sala de vacina.1 Seção I 4. 2. O tempo de formação variou de um a 46 anos de formado. em que observou-se predomínio do sexo feminino na execução das funções em sala de vacina (92.5% da amostra referiu não ter tido treinamento algum para assumir o serviço e dentre os 81.5% foi há menos de cinco anos. sendo 52. 4. armazenamento. 3). A Tabela 1 apresenta a caracterização dos profissionais de sala de vacina.1. É importante destacar que apenas 47% da amostra estudada referiu exclusividade em relação ao desempenho das funções em sala de vacina.31 4 RESULTADOS A apresentação dos resultados está subdividida em duas seções.1 Identificação da amostra estudada. Estrutura física e equipamentos da sala de vacina. manuseio dos imunobiológicos e situação frente a descontinuidade de energia (Tabelas 2. e 52% tinha até cinco anos de exercício da profissão em sala de vacina. aspectos relacionados aos refrigeradores. bem como associação do conhecimento e da prática relacionados a conservação de imunobiológico com a categoria profissional (Tabelas 7 e 8). Na segunda. 3.2 anos. 59.5% técnicos de enfermagem e 47. A média de anos trabalhados na sala de vacina foi de 7. 4. .5% enfermeiras. sendo que na primeira encontram-se os dados de identificação da amostra estudada (Tabela 1).4 anos. com média igual a 13.5% que receberam treinamento. tempo de formação e tempo decorrido do último treinamento. 5. Variáveis n (%) X̅a (dp) b ± IC 95% Min.6% apresentavam objetos de decoração.7-5. observou-se que 82.2-8. IC95%= intervalo de confiança.7%. Teresina – PI.5) Tempo decorrido do 4.0) Não 106 (53.4 01-30 último treinamento Até 05 anos 119 (59. 2013 (n=200). O piso e .Maxc Sexo Masculino 15 (7.0) Mais que 05 anos 96 (48.5) Treinamento para atuar em sala de vacina Sim 163 (81.8% estavam fora do padrão preconizado e 56. em 56.5) Categoria Profissional Técnico/auxiliar de 105 (52.1%). Na Tabela 2. ±= Desvio padrão c.1. 4.5) Tempo de serviço em sala 7.2 Estrutura física das salas de vacina.2% apresentavam proteção adequada contra luz direta.0 3. em apenas 41% das salas de vacina a limpeza era realizada quinzenalmente e o cronograma de limpeza foi evidenciado em apenas três delas (4.5% eram de uso exclusivo para vacinação.5) Mais que 05 anos 44 (22.32 Tabela 1 .4 9.2%.5) Feminino 185 (92. Quanto ao tamanho das salas. 2013.9 6.6 12. Min-Max= Mínima e máxima Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina.2% das salas tinham fácil acesso e 94. A temperatura ambiente adequada foi observada somente em 24.6 5.5) Não 37 (18.2 6.5) Funcionário exclusivo de sala de vacina Sim 94 (47. com destaque para inadequação relacionada à mobília.0-14.0) Sem treinamento 37 (18. 21.5) Mais que 10 anos 101(50.0) Tempo de formação 13. Verificou-se que 46.9% não apresentavam condições satisfatórias. Teresina/PI. no que se refere a falta de armários para estocagem de insumos e ausência de maca para administração de vacinas.7 01-46 Até 10 anos 99 (49.4% observou-se inadequação em relação a ausência de bancadas.0) Legenda: x= média. 65.5) enfermagem Enfermeiro 95 (47. Quanto às condições de higiene.2 01-34 de vacina (anos) Até 05 anos 104 (52. Em 53.Características demográficas e funcionais da amostra do estudo. 6 53. só foi observado em 58. 2013 (n=73).2 41. 2013. (Tabela 2). Em 63% das salas as tomadas não estavam posicionadas a 1.6 53.1 21.1 32 41 43.9 41.7 37.4 25 48 34.2 34 39 46. n % 69 04 94.4 32 41 43.1 03 70 4.30m Sim Não das salas de vacina do estudo.7 75.3 34 39 46.0 Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina.33 paredes laváveis.Estrutura física e equipamentos Teresina/PI.2 17. impermeável e de fácil higienização Adequada Inadequada Presença de maca e mobília Adequada Inadequada Existência de pia com torneira e bancadas Adequada Inadequada Proteção adequada contra luz direta Adequada Inadequada Tomada(s) posicionadas a 1. Variáveis Sala de vacina de uso exclusivo Sim Não Sala de vacina de fácil acesso Sim Não Condições de conservação e limpeza Adequada Inadequada Periodicidade da limpeza da sala de vacina Uma vez por semana Quinzenal Mensal Não sabe Existe cronograma de limpeza da sala de vacina Sim Não Temperatura ambiente da sala entre 18ºC e 20ºC Sim Não Presença de objetos de decoração Sim Não Tamanho da sala Adequada Inadequada Piso e paredes laváveis.2 27 46 37. .8 43 30 58. Tabela 2 .0 63.9 06 30 10 27 8.8 56. Teresina – PI.5 5.8 56.8 57 16 78.2 65.9 18 55 24.0 13.5 60 13 82.1 95.9% das unidades.30cm de altura. Min.Min. Teresina/PI.5 Capela) Analógico (Mom-cabo extensor) 07 9.9 Analógico (Max.1 Manutenção preventiva da(s) geladeira(s) das unidades Não 73 100. Teresina – PI. com predomínio de termômetros do tipo digital com temperatura de máximo.1.0 Termômetro utilizado na geladeira da Unidade Digital (Max.0 Não há outro equipamento 02 1.6 Quantidade de conserto das geladeira(s) da unidade em 2012 Sim 16 21. Variáveis n % Refrigerador exclusivo da sala de vacina Sim 73 100 Não O refrigerador já apresentou defeitos Sim 20 27. (Tabela 3).4% das salas de vacinas o refrigerador já havia apresentado algum defeito.Mom) 62 84. 2013 (n=73). 2013.0 Inadequada _ _ Posição do refrigerador em relação a incidência de luz solar direta Adequada 158 79. No quesito capacidade do refrigerador em litros. 84.3 Aspectos gerais dos refrigeradores das sala de vacina.0 Inadequada 40 20. em 27.9% necessitaram de conserto em 2012.Aspectos relacionados aos refrigeradores das salas do estudo. e 21.34 4. 100% atendiam ao padrão. destaca-se que em 100% da amostra o mesmo era de uso exclusivo para estocagem de imunobiológico.4 Não 53 72.9 Não 57 78.0 Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina. nenhum refrigerador apresentou manutenção preventiva. Todavia.Mom – 04 5. Tabela 3 . Em se tratando das condições do refrigerador. mínimo e a temperatura do momento.6 Capacidade da geladeira (em litros) Adequada 73 100. O posicionamento adequado do refrigerador em relação à distância de fonte e incidência de luz solar direta foi observado em 79% das salas. .9%. 5 175 25 87. No tocante a temperatura fora do padrão. . foi adequado em 38% da amostra. Tabela 4 . material.5 33 16. material.4.5% responderam desconhecer sua importância.5 68 131 34.5 12.0 25.5 39. situação frente a descontinuidade de energia e acondicionamento dos imunobiológicos. 2013 (n=200). Variáveis n % Estutura física Sim Não Em Partes Mobiliário Sim Não Condutas frente a descontinuidade de energia Sim Não Acondicionamento dos insumos Sim Não Conduta mediante temperatura de acondicionamento das vacinas fora do intervalo Notifica SMS sempre Notifica a SMS somente se a alteração for grande Inutiliza as vacinas e solicita reposição 74 50 76 37. situação frente a descontinuidade de energia e acondicionamento dos imunobiológicos. 2013.1. Em relação as condutas frente a descontinuidade de energia 97. 63. Teresina – PI.5% somente se a alteração for grande.0 121 79 60.Conhecimento sobre estrutura física.5 Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina. seguido de 37% dos que conheciam de maneira satisfatória a estrutura adequada e 25% que relataram não conhecer de forma alguma essa estrutura adequada.5 195 05 97. Teresina/PI. O conhecimento dos profissionais a respeito da estrutura física.0 38. Quando questionados sobre a presença da mobília como equipamento fundamental para desempenho das atividades na sala de vacina 39.0 65. A notificação de ocorrência de temperatura fora do padrão era realizada sempre em 34% dos casos e 65.5% da amostra referiu conhecer e 87. (Tabela 4).35 4.5 2.5% sabiam acondicionar corretamente os insumos.5% relataram avisar imediatamente ao nível superior no caso dessa ocorrência. Conhecimento referente a estrutura física. 3 Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina. o destaque maior foi para a vacina hepatite B.9 Tríplice viral 185. VTV (68. Com relação ao conhecimento dos profissionais da sala de vacina a respeito do prazo para utilização dos frascos de imunobiológico após sua abertura.2 6. 2013 (n=200).7 93.8 12. Conhecimento referente a temperatura de acondicionamento dos imunobiológicos Questionados sobre os imunobiológicos que poderiam ser expostos a temperaturas negativas 100% da amostra cometeu algum erro.5 3.5 15.5%) (Gráfico 1).5 12.1 4.9 89.2 96.2 16. 2013.2 24.6 25. Tabela 5 .2 70.1%).2 6.5 Dupla adulto 194.1 Poliomielite oral 187.7 29.5 3.9% dos profissionais responderam que pode ser submetida a temperatura de zero graus. Vacinas Acertos Erros N % n % BCG 192.4 1.8 95.5 Febre amarela 187. Teresina – PI.5 Pneumo 198.5 69.7 2. O conhecimento equivocado mais relacionou-se a vacina rotavirus em que 30.4 30.1 1.1 15.5 97. Teresina/PI.5 Soros 197. .5.7 83.5%) e Rotavirus (65.7 75.9 5.4 84.4 74.0 10.36 4.5 14.5%). febre amarela (67%).5 Pentavalente 196. (Tabela 5).5%).9 7. em que 63% dos profissionais não souberam responder satisfatoriamente.1. seguido da hepatite B (16.8 3.1 Tetravalente 198.5 8.5%) e BCG (15.Distribuição percentual dos acertos e erros da amostra relacionados à temperatura de conservação dos imunobiológicos.2 Hepatite B 191. BCG (66.6 Meningo 196.4 2.9 Rotavirus 184.7 93. Os prazos mais conhecidos foram das vacinas que seguem: Pólio (70. mesmo que fosse em local não padronizado (Tabela 6). Observou-se que em 87% das salas de vacina do estudo. Quando indagados sobre a reacomodação das vacinas após limpeza das geladeiras os funcionários responderam corretamente em 87. Um item que chama atenção. como por exemplo.Prazo referido para utilização das vacinas após abertura dos frascos. em relação a periodicidade da leitura da temperatura do refrigerador que esteve inadequada em 9%. Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina. Todavia em 6% das salas de vacina do estudo foi possível observar que não era feito nenhum registro de temperatura. 2013.2013. Teresina – PI. é o fato de um elevado número de profissionais referir limpeza da geladeira mensalmente (43%).37 Gráfico 1 .1. 4. o registro da temperatura era feito em local apropriado. corretamente nos mapas padronizados. A frequência de limpeza da geladeira visualizada na Tabela 6 foi referida quinzenalmente em 43% do total de salas visitadas. Teresina/PI. vale chamar atenção aos 7.5% das salas. Ainda com relação a reacomodação dos imunobiológicos após limpeza das geladeira.5% dos profissionais enfermeiros que que referiram não ter tempo para acompanhar o procedimento em sala de vacina.6 Prática relacionada a conservação dos imunobiológicos Outras irregularidades também foram observadas. . Teresina – PI.0 Local de registro da leitura de temperatura Não registra 12 6.5% das salas.0 Caderno da sala de vacina 14 7.5% das salas. 95. Quanto à ambientação das bobinas de gelo para montagem das caixas térmicas da rotina.5% das unidades pesquisadas foram encontrados imunobiológicos acondicionados na porta do refrigerador.5% de descumprimento do item e adequação de 83. As garrafas tingidas estavam presentes apenas em 55% da amostra.0 Mapa de registro de temperatura 174 87. O padrão correto para acondicionamento adequado de insumos só foi observado em 87.0 padronizado Frequência da limpeza interna da geladeira 1x/semana 86 43. Teresina/PI.Prática relacionada a conservação dos imunobiológicos. apenas 32% da amostra referiram ter e conhecer o impresso.0 Quinzenal 86 43.5 Outros 13 6. 2013.38 É importante destacar que em 5. (Tabela 6).5 Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina. Durante observação da distância correta dos imunobiológicos e as paredes da geladeira foram observados em 16.0 Incorreto 18 9.5%) não acondicionavam corretamente os insumos utilizados para a realização da atividade de vacinação.0 Mensal 15 7. Continua Variáveis n % Periodicidade da leitura da temperatura do refrigerador Correto 182 91. Em 17% das salas de vacina estudadas não havia padronização das caixas térmicas da rotina. Tabela 6 . Em relação ao posicionamento do bulbo do termômetro no interior da geladeira. vale destacar que um significativo percentual (12.5%. 28% das unidades não atendiam o padrão. Quanto à existência de formulário de imunobiológico sob suspeita. O registro de temperatura adequado das caixas térmicas só estava sendo cumprido corretamente em 55. 2013 (n=200). .5% da amostra referiu realizar. 2013.0 Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina.5 Distância correta entre os imunobiológicos e as paredes do refrigerador de no mínimo 2cm Sim 167 83. 2013 (n=200).0 Porta livre de qualquer material Sim 189 94.0 Presença de garrafas com água tingidas Sim 110 55. Teresina – PI. com 34.0 Registro adequado de temperatura da caixa térmica Sim 111 55.5% das .0 Não companha o procedimento 15 7.5 Existência de formulário de imunobiologicos sob suspeita Sim 64 32.5 Incorreto 08 4.5 Não 33 16.0 Acondicionamento adequado de insumos Sim 175 87.5 Não 09 4.5 Não 25 12. Teresina/PI.5 Não soube informar 02 1.Prática relacionada a conservação dos imunobiológicos.5 Ambientação das bobinas de gelo reciclável para uso nas caixas térmicas Sim 191 95.5 Não 89 44.5 Organização padronizada da caixa térmica da rotina Adequada 166 83. Conclusão Variáveis n % Tempo de reacomodação das vacinas após limpeza do refrigerador Correto 175 87. De acordo com o gráfico 2.0 Não 56 28.0 Não 136 68.0 Não 90 45.0 Inadequada 34 17.39 Tabela 6 .5 Localização do bulbo do termômetro na 2ª prateleira Sim 144 72.5 Não 11 5. observou-se registros da ocorrência de temperaturas máximas elevadas em 82.8% das salas de vacina. classificação do conhecimento e classificação da prática dos profissionais de enfermagem em sala de vacina. respectivamente.3%. 2013 (n=73). Teresina – PI. . Teresina – PI.Observação de registros de alteração da temperatura nos mapas de controle diário das salas de vacina do estudo. em que observou-se um discreto percentual de profissionais com conhecimento adequado de 11.5% conhecimento regular. todavia 57% tinham conhecimento inadequado e 31. 2013 (n= 200). Gráfico 2 . Gráfico 3 . Teresina/PI. 2013.1% das temperaturas mínimas alteradas. observou-se que apenas 35% realizavam prática de forma regular. Os gráficos 3 e 4 demonstram. Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina.Classificação do conhecimento. 2013. Em relação a classificação da prática.40 temperaturas na ocasião da pesquisa alteradas e 37. Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina. estando a maioria da amostra (65%) executando-a de maneira inadequada. Teresina/PI. 6 130 12.41 Gráfico 4 .3 58 4.05.2 0. Em relação à prática não foi observada associação estatística com as variáveis citadas (p>0. Teresina – PI.9 63 8. 2013.01 último treinamento Classificação da Prática Variáveis Adequado Regular Inadequado P valor** n média n média n média Tempo de serviço em 70 7.7 130 7. Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina. .0 0.05).Classificação da prática.2 0.05) (Tabela 07).Correlação entre a classificação do conhecimento e prática da amostra com as variáveis: média de tempo de serviço em sala de vacina.Whitney.7 0. Tabela 7 .08 Tempo decorrido do 22 3. observou-se associação estatisticamente significativa do conhecimento com o tempo de trabalho em sala de vacina e com o tempo decorrido do último treinamento (p<0. Teresina – PI.2 Seção II Quando realizado cruzamento do conhecimento e da prática dos profissionais de sala de vacina com as variáveis média de tempo de serviço em sala de vacina. 4. Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina. de tempo de formação e de tempo decorrido do último treinamento. Teresina/PI.3 <0.8 114 13.83 Sala de vacina Tempo de formação 70 14.7 0. Teresina/PI. 2013.5 105 4.01 Sala de vacina Tempo de formação 23 10 63 14. 2013 (n= 200). 2013 (n=200).9 114 6. O nível de significância estatística foi fixado em p≤0.32 último treinamento * Kruskal-Wallis. Classificação do Conhecimento Variáveis Adequado Regular Inadequado P valor* n média n média n média Tempo de serviço em 23 4.3 85 5. ** Mann.22 Tempo decorrido do 60 5. de tempo de formação e tempo do último treinamento. Teresina/PI. Téc. (Tabela 08).4-1. n % n % OR IC95% Pvalor Inadequado 73 76.5 <0. n % 6.7 (0.6 1 Regular 37 31. Teresina – PI.01 Adequado Prática 05 5. Téc.2-18.8 IC95% 2. Categorias Profissionais Conhecimento Enfermeiro Aux.3 Enfermeiro n % 18 17. não se verificou significância estatística.26). Tabela 8: Classificação do conhecimento dos profissionais de enfermagem e categoria profissional. .8 41 39.Enf. respectivamente.1 76 68. observou-se que os auxiliares/técnicos de enfermagem apresentaram 4.9 46 43.4-9. (Tabela 08).4 mais chances de ter o conhecimento adequado quando comparado com o dos enfermeiros (IC95% 2.42 Quando realizada associação da classificação do conhecimento dos profissionais de enfermagem e a categoria profissional. 2013.2) 0.4 <0.4) e 6. Quando realizada associação da classificação da prática de enfermagem em sala de vacina com a categoria profissional.4-9.2-18.5).4 0.4 2.26).4 33 31.0 1 Regular 17 17.4-9. não houve significância estatística.Enf. Quando realizada associação da classificação da prática de enfermagem em sala de vacina e a categoria profissional.01 OR IC95% Pvalor Inadequada 58 61. (p=0.8 4. (p=0. 2013 (n=200).8 2.1 Aux.4 e 2. (Tabela 08).8 mais chances de ter o conhecimento regular (OR=4.26 Fonte: Pesquisa realizada com funcionários de salas de vacina. 2013) tornase imprescindível que as mesmas possuam condições para promover máxima . A sala de vacina que não é de uso exclusivo. 2011). também não se localizavam em lugares que comprometesse a busca pela vacina. além de favorecer uma relação de segurança. traz impacto negativo. diz respeito ao uso não exclusivo de algumas salas para atividades de vacinação. com a maioria das salas funcionando em dois turnos.43 5 DISCUSSÃO A amostra referente ao estudo foi composta por 200 profissionais de sala de vacina. juntamente com as boas práticas e procedimentos. uma vez que todas as atividades realizadas na sala devem contar com uma estrutura que garanta acondicionamento. o que se justifica pelo fato das novas oportunidades de concurso permitirem estabilidade desses profissionais com redução da rotatividade. estocagem. Os imunobiológicos são líquidos estéreis que por sua vez devem assim permanecer a fim de garantir o processo de vacinação livre de danos. Um fator de descumprimento do padrão de sala que merece destaque. pois segundo o manual de estrutura física de sala de vacina (BRASIL. encontrou-se um quadro que merece destaque e atenção dos órgãos de saúde da capital piauiense. estabilidade e progressão no trabalho. prevenindo infecções nas crianças e adultos atendidos. Quanto aos aspectos relacionados ao acesso às salas de vacina. É importante ressaltar que é terminantemente proibido dividir o espaço de manipulação de vacinas com materiais para exames laboratoriais. os quais podem funcionar como veículo potente de contaminação dos imunobiológicos. o que pode trazer impactos positivos para a prática em sala de vacina. manipulação. em que observou-se predominância de técnicos de enfermagem. observou-se profissionais com até cinco anos. observou-se que embora 100% não estivessem de acordo com o padrão estabelecido.8% restantes. utilizadas para debater assuntos da estratégia de saúde da família. reduzindo ao máximo riscos que possam trazer prejuízos à população. Em relação à estrutura física das salas de vacina do estudo.2% encontravam-se bem localizadas e as 17. transporte e recebimento dos insumo de maneira segura. Segundo o PNI (BRASIL. 82. Em relação ao tempo de trabalho em sala de vacina. embora não estivessem em posições privilegiadas. as quais dividiam espaço com laboratório e sala de reuniões. é importante que todos os procedimentos desenvolvidos garantam a máxima segurança. 7% das unidades observadas ausência de maca. Comparando-se o perfil das atuais salas com o observado em estudo realizado no Piauí há dois anos (DEUS. E. como a ausência de maca observada em mais da metade das salas de vacina. devendo levar em consideração o atendimento as condições mínimas exigidas.44 segurança na atividade de vacinação. um balcão para preparo dos imunobiológicos. como perfuração de algum vaso sanguíneo ou administração equivocada. conter pia preferencialmente em aço inox. (2011) que identificaram em 41. pois nestes tipos de pisos e acessórios é grande a formação de fungos e outros microrganismos. bem iluminada. o que poderá trazer sérias consequências. além de ter uso exclusivo para atividades de vacinação. que evidenciou que aproximadamente dois terços das salas de vacina alcançaram índice regular no item aspectos gerais das salas. no tocante à estrutura física. ser de fácil acesso. 2011). favorecendo possíveis erros na aplicação. A situação da estrutura física de salas de vacina no Piauí guarda certa similaridade com a encontrada em estudo realizado em Marília (SP). carpetes. A recomendação para administração dos imunobiológicos é que as crianças tome-os deitadas em macas que são superfícies firmes e não no colo das mães. 2012). se possível deve ter entrada e saída independentes. tais como ter 9m2 de área física. o que faz deduzir que o governo pouco investiu em reformas que pudessem estruturar melhor essas salas. percebeu-se que houve pouco avanço nesse aspecto. Não se deve utilizar pisos de madeira. cortinas. ROCHA. paredes e piso laváveis e de cor clara para facilitar a desinfecção. Nessa perspectiva. Tem-se observado que o atendimento dos quesitos relacionados ao padrão de estrutura física das salas de vacina está muito aquém do preconizado pelo Ministério da Saúde. em mármore ou granito. provavelmente porque mesmo com uma estrutura inadequada o sucesso da vacinação ainda é perceptível. AYRES. bancadas e armários . destacando-se como ponto crítico o elevado percentual de salas (34%) não serem de uso exclusivo para vacinação (VASCONCELOS. com torneira e água corrente para facilitar a limpeza. Outro fator observado no presente estudo chama a atenção. o que leva a crer que a atividade não está recebendo a devida valorização. porém sem incidência direta de luz que possa comprometer a estabilidade dos imunobiológicos. corroboram com achados relacionados a falta de estrutura física de sala de vacina Luna et al. rotavirus e hepatite B na primeira prateleira. Outra consideração relevante diz respeito à correta disposição dos imunobiológicos no interior do refrigerador que esteve em desacordo com o padrão estabelecido. em que as vacinas encontravam-se dispostas incorretamente (BARBER-HUESO et al. o PNI preconiza que as salas de vacina disponham de geladeira comercial de 280 litros e que seja para uso exclusivo de . quando avaliada a distância da geladeira para a parede. FRIAS. Com relação a geladeira.45 O atendimento aos aspectos preconizados para estrutura física da sala de vacina em relação à proteção dos imunobiológicos contra luz direta é um fator que visa minimizar os riscos relacionados. (2011) em estudo realizado em Kalasin na Tailândia. ARAÚJO. sensíveis a exposição à luz e temperaturas elevadas. devido à sensibilidade à luz ultravioleta. também identificaram manutenção inadequada da temperatura do refrigerador para acondicionamento de vacinas que não podem ser congeladas em 13% das unidades de saúde. deixou a desejar em algumas unidades. Estudos realizados em outros estados brasileiros também evidenciaram falta de proteção adequada a incidência solar direta (LUNA et al.7% das salas de vacina em Valência na Espanha. A disposição correta dos equipamentos. 2009). evidenciada pelos 39. tais como BCG. SILVA. Entre outras medidas de proteção dos imunobiológicos destaca-se a proteção contra luz. 2011. o que associado à falta de proteção da luz direta. às elevadas temperaturas da cidade de Teresina e a capacidade da geladeira em manter as vacinas bem refrigeradas. tendo que ser dispostas corretamente na segunda prateleira. de vírus vivos atenuados. podendo comprometer a termoestabilidade das mesmas que contêm adjuvantes. pode colocar em risco o poder imunogênico desses imunobiológicos que são constituídos.. bem como acondicionada de modo a manter a temperatura entre + 2ºC e + 8ºC. Widsanugorn et al. uma vez que foi possível observar no presente estudo acondicionamento de vacinas que não podem ser congeladas ou submetidas a temperatura inferior a +20C. Se não for usada imediatamente após a reconstituição. 2009). A vacina deve ser protegida da luz solar direta. em sua grande maioria. a vacina deve ser mantida em local que a proteja da luz.. Demais estudos realizados também apontam para inúmeras deficiências no armazenamento de vacinas nas unidades de saúde de outros países que podem comprometer a qualidade imunogênica. 2013). impossibilitando-os de lutar por melhorias. 2010). aproximadamente seis a oito anos. convém mencionar que foi observado em todas as salas. MELO. a aquisição de refrigeradores foi o aspecto de maior evolução. Todavia. MORAES. (OLIVEIRA et al. que inclui a elaboração de relatório em formulário padronizado. em âmbito estadual ou . que atendem parte das condições de estocagem correta dos imunobiológicos.. 2006. descrevendo detalhadamente a ocorrência ao nível hierárquico superior.46 imunobiológico.. Vale frisar que. 2009). o que reflete desatenção por parte dos gestores. 2009. com base em estudos realizados (ARANDA. pois se observou que em todas as salas foram identificados registros de temperaturas inadequadas. Entretanto. esse conhecimento não gerou prática positiva. QUEIROZ et al. A maior parte da amostra quando questionada a respeito de conhecer condutas frente à descontinuidade de energia. 1991. ANDRADE. OLIVEIRA.. menos da metade da amostra emitiu resposta correta. o que demonstra desconhecimento sobre a importância da mesma. OLIVEIRA et al. Este resultado corrobora com os estudos realizados no estado do Rio de Janeiro. Alguns profissionais se posicionaram em favor da notificação apenas quando a alteração da temperatura se tornar muito fora do intervalo preconizado (+2ºC a +8ºC). sem descrição da ocorrência ou da conduta tomada frente à situação. que por sua vez deve fazer o devido encaminhamento à secretaria estadual. Quando pesquisado o conhecimento dos profissionais a respeito da estrutura física. Ressalta-se que há uma recomendação do PNI frente a essas ocorrências. Destaca-se ainda que a análise de imunobiológicos sob suspeita deve ser criteriosa e realizada por técnicos com capacidade para tal. até o recebimento de uma manifestação em favor ou não do seu uso (BRASIL. LUNA et at. tornando-os passivos diante de uma realidade que precisa ser modificada. 2011.. 2003). realidade encontrada em 100% da amostra estudada (BRASIL. em que foram identificados refrigeradores com capacidade e estado de conservação satisfatórios. respondeu que sim. Tal fato pode se justificar por ser um item que traz um impacto direto ao imunobiológico e por ser um equipamento de fácil aquisição associado ao fato de ter longa vida útil. com uma observação de que estão sob suspeita. ao tempo em que os imunobiológicos devem ser mantidos adequadamente acondicionados no refrigerador da sala de vacina. a falta de manutenção preventiva desses equipamentos. sendo que as maiores fragilidades relacionaram-se a exposição das vacinas rotavirus. o presente estudo bem como demais evidenciaram frequente descumprimento desse item uma vez que. ARANDA. Aspectos relacionados ao conhecimento em temperatura de acondicionamento das vacinas deixaram a desejar na população investigada. representada aqui pela rede de frio. FRIAS. não podem ser submetidas ao congelamento. validade. Todavia. dependendo do quantitativo de imunobiológicos. 2013). SILVA. Entretanto.. tetravalente. e outras. esse baixo nível de conhecimento em relação a exposição de vacinas a temperaturas negativas não tem colocado em risco essas vacinas. Algumas vacinas podem congelar sem alteração do seu poder imunogênico como a Febre Amarela e Sabin. Assegurar a correta temperatura dos imunobiológicos é o primeiro passo para manutenção da qualidade do produto. para manutenção da eficácia dos imunobiológicos. com o objetivo de garantir o uso de vacinas que mantenham suas características iniciais.. ARAÚJO. tetravalente. em função dessas unidades não disporem de freezeres para armazenamento local dos imunos. é de fundamental importância a manutenção da cadeia de frio. pois as vacinas são sensíveis ao calor e à luz. influenza. somente de geladeiras convencionais. é recomendada análise laboratorial (BRASIL.47 nacional. quantas alterações os imunobiológicos já sofreram anteriormente e outras) e em determinados casos. 2006). como rotavirus e influenza assim como os produtos derivados de plasma homólogo (imunoglobulinas) ou heterólogos (soros). tríplice viral. tríplice bacteriana (DPT). Embora a análise de imunobiológico sob suspeita seja prevista em manuais de rotina de sala de vacina. 2009). 2012. Estudos realizados em outros estados brasileiros mostram que essa realidade não é restrita ao estado do Piauí (OLIVEIRA et al. 2009. não se observou o preenchimento do formulário de imunobiológico sob suspeita e nem mesmo sua existência nas salas de vacina (OLIVEIRA et al. levando-se em consideração vários aspectos (lote. dupla adulto (dT). podem perder potência comprometendo a sua proteção imunogênica. hepatite B. algumas delas como a BCG. 2011). Desse modo. (BRASIL. . uma vez congeladas. hepatite B e BCG à temperatura de congelamento. BCG. hepatite B). por serem constituídas de antígenos e substâncias adjuvantes (ex. MORAES. uma vez que os profissionais não realizavam nem relatórios e nem registro da temperatura de chegada desses imunobiológicos. que deterioram em temperatura ambiente após determinado tempo. os imunobiológicos devem estar sob observação direta para se verificar a manutenção correta da temperatura de acondicionamento. recebem e utilizam esses produtos. Dessa forma. caixas térmicas e termômetro são fundamentais para a conservação da sua qualidade. a utilização de gelox. condições de . as quais são responsáveis pela distribuição dos imunobiológicos às salas da sua circunscrição. não necessitaria de uma nova capacitação em sala de vacina. as quais são constantes.48 Com relação ao conhecimento dos profissionais da sala de vacina a respeito do prazo para utilização dos frascos de imunobiológico após a abertura. E. A manutenção da qualidade dos imunobiológicos. mas a emissão de uma nota técnica contendo a nova informação seria suficiente. verificou-se que a realidade não foi diferente. 2012). o que se pode atribuir a recente alteração recomendada pelo laboratório produtor da vacina (Instituto Butantan) sendo absorvido pelo PNI e ainda não assimilada por muitos profissionais (BRASIL. Não foi possível verificar se este tipo de registro fica nas secretarias municipais de saúde. pois os profissionais não souberam responder satisfatoriamente. não se admite que em um período de um ano os programas estaduais/municipais não consigam se adequar às inovações. Os órgãos que distribuem e recebem os imunobiológicos devem verificar as condições de conservação (+2°C a +8°C e/ou 20°C). 2011). uma vez que são produtos termolábeis. deve ser uma constante preocupação daqueles que distribuem. nesse caso. Em qualquer situação. quando se trata de vacinação. Em contrapartida não há nenhum registro de recebimento das vacinas na rotina dessas salas. A manutenção da temperatura ideal é essencial para a manutenção da capacidade de imunização das vacinas. Quando indagados sobre alguma ocorrência de alteração dos imunobiológicos referentes ao ano de 2012 e temperatura de recebimento inadequadas das vacinas os profissionais responderam nunca ter ocorrido tal fato. desde a sua produção até o momento em que ele é administrado. fato que pode ser considerado duvidoso. O destaque maior foi para a vacina hepatite B. Com a atual facilidade de acesso aos meios de comunicação. a alteração de cor e consistência nos imunobiológicos (BRASIL. a presença de substâncias estranhas. A quebra da cadeia de frio observada no presente estudo pode trazer sérias consequências para o Programa de Imunização. nunca permitindo temperaturas diferentes da preconizada pelo PNI em cada instância.. Porém. 2009). o que associado à falta de estrutura. evidenciado nas elevadas temperaturas ambientes de algumas salas de vacina. bem como registro de elevadas temperaturas no mapa de acompanhamento das geladeira e caixas térmicas. o número detectado foi ainda maior.. A padronização da rede de frio deve ser obrigatória e cumprida em todos os seus pontos. como em Madri. 75% dos centros de saúde não preenchiam diariamente o gráfico de controle da temperatura (BARBER-HUESO et al. (BRASIL. Estudo sobre poder imunogênico das vacinas realizado em São Paulo. 1992). além de aumento considerável nos custos do PNI.49 conservação do estoque. (2011) e Queiroz et al. durante transporte e a sua utilização. observou-se que é frequente o descumprimento à normalização existente. . o que confirma o poder deletério de altas temperaturas sobre os imunobiológicos. 2002). realidade comum aos estudos de Luna et al. Em Valência na Espanha.3% das unidades públicas de saúde a não realização da monitorização diária da temperatura dos refrigeradores (MOLINA et al. transporte e armazenamento do imunobiológico. (2009) que traduzem a urgência no controle rigoroso das normas de conservação pelos profissionais de enfermagem de sala de vacina.. com perdas desnecessárias de vacinas por erros de manutenção dessa cadeia de frio. falta de conhecimento dos profissionais em relação ao acondicionamento correto dos imunobiológicos. pode comprometer o seu poder imunogênico. desde a produção. 2013). dificultando a soroconversão e posterior proteção que deve ser conferida pela vacinação (ALBAS et al. às elevadas temperaturas de Teresina e às longas distâncias que os imunobiológicos devem percorrer até chegar ao seu destino. Estudos realizados em outros países também detectaram falhas semelhantes. uma investigação realizada para avaliar a cadeia de frio detectou em 23. demostrou que os valores antigênicos dos lotes de vacina pesquisados diminuíram mais rapidamente em função do aumento da temperatura de estocagem. É importante destacar que achados incongruentes na conservação de vacinas não é realidade exclusiva do Brasil. Em menos da metade das salas visitadas a limpeza foi apontada como realizada quinzenalmente. porém em algumas não encontrava-se evidenciado em nenhum local uma vez que em quase todas as salas de vacina visitadas não existia cronograma de limpeza nem da sala. local destinado a não utilização de absolutamente nenhum item relacionado a vacinação. Oliveira e Andrade (2010) ao identificarem em 5.50 A limpeza e o degelo do refrigerador também constituem uma conduta técnica importante para a manutenção das condições ideais de temperatura para conservação das vacinas. Prática inadequada em relação a manutenção de outros produtos no refrigerador. por Krugman et al. o que coloca em descrédito o cumprimento efetivo da limpeza e se a mesma ocorre segundo padrão do PNI (BRASIL.5% das salas algumas vacinas foram encontradas na porta da geladeira.. foi observado como dado preocupante que em 28% das salas de vacina o mesmo encontrava-se em local incorreto. por Albas et al. (1992) e em estudos realizados em outros países. Ainda levando-se em consideração o armazenamento e manuseio dos imunobiológicos nas salas de vacina do estudo. Em muitas salas de vacina os profissionais não mencionaram nenhuma vez a importância de considerar a espessura do gelo do congelador o que pareceu mais desconhecimento do que o fato do refrigerador ser do tipo Frostfree que não necessitaria de degelo. evidenciando que em 33. Resultado semelhante foi evidenciado por Melo. vacinas acondicionadas na porta dos refrigeradores em Recife/PE.. foi observado em estudo internacional realizado por Barber-Hueso et al. nem do refrigerador. outros itens também foram observados. Em relação a disposição do bulbo do termômetro no refrigerador. o que demonstra e reforça a situação de comprometimento de segurança a que os imunobiológicos estão sendo expostos. (2009). 2012). 2011). onde em 5. o que contraria recomendações estabelecidas de uso exclusivo dos refrigeradores das salas de vacina para estocagem de imunobiológicos. também acondicionavam as insulinas utilizadas nos postos de saúde (OLIVEIRA et al.1% das unidades visitadas.8% das geladeiras havia presença de alimentos. como os Estados Unidos da América. (1972). . Essa prática negativa também foi evidenciada no Rio de Janeiro. Em São João Del Rei/MG os refrigeradores para uso exclusivo de vacinas. tais como a sua organização no refrigerador. 51 trazendo assim prejuízo, não só para a clientela assistida, como também a ação de vacinação em si. Os resultados da observação do bulbo do termômetro realizados por Melo, Oliveira e Andrade (2010), na cidade de Recife, evidenciaram situação semelhante a encontrada no presente estudo e achados mais preocupantes foram relatados por Oliveira et al. (2012) com geladeiras sem termômetro no estado de Minas Gerais. Outro aspecto que foi observado durante a pesquisa é que 45% das unidade não possuíam garrafas com água tingida na parte inferior da geladeira na quantidade recomendada pelo PNI (10 a 12 garrafas) (BRASIL, 2013), podendo trazer prejuízos ao processo de conservação de vacinas, visto que a oscilação de energia nesta capital é frequente. Manter bobinas de gelo no congelador dos refrigeradores também é importante, pois em caso de falta de energia elétrica, ajudam a manter a temperatura padronizada (+2ºC a +8ºC), evitando temperaturas acima de 8ºC. Corroboram com o descumprimento desse item outros estudos realizados no Brasil (OLIVEIRA et al., 2012; MELO, OLIVEIRA, ANDRADE, 2010; ARANDA, MORAES, 2006). A ambientação do gelox é um procedimento técnico imprescindível, uma vez que é uma conduta que torna capaz a manutenção da temperatura adequada. Quase todos os profissionais referiram a ambientação, todavia apenas 28% relataram corretamente o passo a passo para ambientação das mesmas, o que coloca em descrédito a temperatura adequada das caixas térmicas, que são mantidas em função do uso de bobinas com correta ambientação prévia, que consiste na colocação com antecedência do gelox em bancada limpa e desinfetada, retirada da nevoa espontaneamente, colocação do termômetro e secagem dos mesmos (BRASIL, 2011). Em algumas unidades os técnicos de enfermagem referiram demanda de vacinação elevada, com enormes filas antes de início do funcionamento das salas, ocasionando reclamação da comunidade em relação a urgência no atendimento, razão pela qual não havia tempo para realizar a conduta. A não ambientação das bobinas constitui descumprimento grave e merece atenção especial dos enfermeiros, responsáveis técnicos pelas salas, que na ocasião do estudo responderam não acompanhar essa atividade por falta de tempo. É importante destacar que as bobinas de gelo reciclável ao serem retiradas do freezer estão a uma temperatura próxima de -20°C, ou em congelador de geladeira, próxima de -7°C e se forem colocadas imediatamente na caixa com os 52 imunobiológicos, sem controle prévio da temperatura, expõem estas vacinas ao risco de congelamento e a temperaturas menores que 2ºC, o que foi identificado em algumas unidade visitadas. O descumprimento da ambientação das bobinas também foi observado em estudo realizado em Minas Gerais, em 2009, apontado como falha grave que traduz situação preocupante na descontinuidade da manutenção da rede de frio. (OLIVEIRA et al., 2009). A prática de não ambientação correta das bobinas para arrumação das caixas térmicas, associada aos 44,5% das unidades que não faziam registro adequado de temperatura da caixa térmica, também remete à descontinuidade da cadeia de frio, o que leva a crer que quase metade das salas de vacina tem os imunobiológicos acondicionados com algum grau de descumprimento do padrão. Aspectos relacionados ao conhecimento dos profissionais nos chama a atenção neste estudo, uma vez que os enfermeiros apresentaram conhecimento relacionado à conservação de vacinas inferior ao apresentado pelos técnicos de enfermagem. Essa observação nos leva a compreender a necessidade de o enfermeiro se aproximar mais dessa prática, pois observou-se o seu grande distanciamento. Uma das possíveis explicações para tal afastamento pode estar relacionada ao aumento do volume de trabalho daqueles profissionais inseridos na atenção primária, mais especificamente na Estratégia Saúde da Família (ESF). Nos últimos anos, a ESF vem implantando uma série de Programas (Academia da saúde, Programa saúde na escola, Programa de melhoria do acesso e da qualidade das ações de saúde) e para a execução dos mesmos o enfermeiro tem sido o elemento nuclear. Além desses Programas citados, o enfermeiro também é um profissional de saúde muito envolvido com as ações de vigilância em saúde, especialmente vigilância epidemiológica. De qualquer modo, considera-se um grande equívoco o afastamento do enfermeiro de uma atividade como a de vacinação, cuja importância para a enfermagem e para a saúde pública é irrefutável. Soma-se a isso, o fato das vacinas se constituírem em uma das principais armas em defesa da população, contra muitas doenças transmissíveis. Então, é um paradoxo se aproximar das ações de vigilância em saúde e se distanciar da atividade de vacinação, quando a primeira não se efetiva sem a segunda. 53 Cabe mencionar que o conhecimento sobre as vacinas é muito dinâmico, exigindo atualização constante. O acesso à informação também tornou-se muito dinâmico, a medida que existem muitas fontes para sua busca, como importantes bases científicas de dados, jornais, revistas, TV, sites de internet, de modo que representa grande prejuízo aos serviços de saúde ter profissionais a frente de atividades de vacinação com conhecimentos escassos e/ou desatualizados. É importante destacar que o conhecimento não se transforma em competência de maneira automática, implicando em prática positiva, fator que pôde ser observado durante o estudo, por não haver linearidade do conhecimento com a prática, como exemplo, saber a temperatura adequada de acondicionamento de um determinado imunobiológico não garante com absoluta certeza a manutenção da cadeia de frio, uma vez que saber a temperatura adequada é uma informação, mas a habilidade de saber usar essa informação de modo que gere ação de impacto positivo para a imunização é chamado de conhecimento. Reforçando o exposto anteriormente, ressalta-se que ao classificar o conhecimento foi possível observar que, não obstante, um percentual significativo de profissionais tenha demonstrado conhecimento adequado, este não foi suficiente para respaldar a prática, uma vez que nenhum profissional investigado teve a prática classificada como adequada. Corroboram com o exposto acima, Aranda e Moraes (2006) ao evidenciar discrepância entre proporção de acertos da prática quando relacionados com o conhecimento. Para que o conhecimento respalde a prática é necessário que o mesmo seja realizado diversas vezes, fator que pode ser justificado pelo fato do conhecimento neste estudo ser estatisticamente relacionado com o tempo de trabalho em sala de vacina e como tempo decorrido do último treinamento, reafirmando o que já foi dito anteriormente, que é necessário um tempo razoável de exercício das atividades em sala de vacina para desenvolver uma relação de segurança (HERDMAN, 2011). Não foi observada associação estatística da prática com nenhuma variável estudada, porém não se pode descartar, considerando que o tamanho da amostra pode ter sido insuficiente para o estabelecimento dessas correlações. Quando realizada associação da classificação do conhecimento dos profissionais de enfermagem com a categoria profissional, observou-se que os auxiliares/técnicos de enfermagem apresentaram 4,8 mais chances de ter o conhecimento regular e 6,4 mais chances de ter o conhecimento adequado quando 54 comparados aos enfermeiros. Sem dúvida esse fato fragiliza o PNI, uma vez que o enfermeiro como líder da equipe tem a função de realizar supervisão sobre os auxiliares e técnicos de enfermagem. Porém, a atividade de supervisão exige preparo técnico específico, pois a sua função é, dentre outras, corrigir, retificar e informar os supervisionados. Logo, torna-se um contrasenso o que foi observado nesta pesquisa. Estudo reflexivo de Oliveira et al. (2013) evidencia que o enfermeiro é destacado como parte integrante da equipe de saúde, sendo por sua vez obrigado a conhecer sua responsabilidade em relação a acondicionamento correto de imunobiológicos como algo importante dentro do conjunto de atividades realizadas. Dessa forma, exercer a responsabilidade técnica da sala de vacinação exige presença diária do enfermeiro, que deve atuar na vacinação, supervisão contínua e capacitação da equipe de enfermagem. Todavia a existência dessa recomendação não se constatou no presente estudo e nem em outros realizados no Brasil. Queiroz et al. (2009) evidenciaram que 100% dos enfermeiros responsáveis técnicos das salas de vacina em estudo realizado no Ceará, não tinham disponibilidade integral para desempenhar tal função e que o comparecimento do enfermeiro se restringiase apenas para recolher os mapas de administração dos imunobiológicos para solicitação de imunobiológicos do mês seguinte, atividade que não caracteriza supervisão. A supervisão das atividades em sala de vacina é essencial para a monitorização da qualidade dos imunobiológicos, que consiste no acompanhamento e orientação dos técnicos de enfermagem pelo enfermeiro. Essa responsabilidade técnica, atribuída ao enfermeiro, foi criada para cumprimento dos preceitos legais e ações estabelecidas pelo Programa Nacional de Imunização. Contudo, é necessário que o serviço municipal ofereça condições para que o enfermeiro assuma de fato essa função, sob pena de ter a qualidade da vacinação com prometida. Diante do exposto, vale destacar que a análise do conhecimento e das práticas observadas em sala de vacina do presente estudo nos chama atenção para a urgência no retorno do enfermeiro as salas de vacina e que o conhecimento produzido aponta para a necessidade de estruturar e desenvolver estratégias de educação permanente, visando alterações de valores e conceitos a partir da aquisição de conhecimento e consequentemente modificação das práticas desse serviço. 5% de temperaturas do momento fora do estabelecido pelo padrão e 37.6% das salas de vacina deixam a desejar em aspectos relacionados à estrutura física e. implantando de forma sistemática a atividade de supervisão. monitoramento e avaliação nas salas de vacinas. da presença do enfermeiro frente às atividades da sala de vacina. que acredita-se acontecer por meio de pesquisa. visto que o estudo identificou 57% dos profissionais com conhecimento inadequado e 65% com prática inadequada. O presente estudo verificou que 83. que perpassa por uma série de atividades. supervisões frequentes e. educação permanente. Foi observado quebra na cadeia de frio evidenciada pelos 82. a fim de que as dificuldades sejam prontamente acompanhadas e os possíveis problemas sejam corrigidos. Nessa perspectiva. Identificou-se que não existe linearidade do conhecimento e prática. aponta para a necessidade de avaliação do processo de trabalho. falta de treinamento de pessoal (18.5%). tornandose imprescindível mudança de comportamento por parte dos profissionais. que é a vacinação.55 6 CONCLUSÃO O Programa Nacional de Imunização tem demonstrado. tais como salas de vacina não exclusivas para a atividade (5.1% de temperaturas mínimas alteradas. 34. nas últimas décadas. presente na prática da enfermagem. a cargo do técnico de enfermagem. acredita-se que o . acima de tudo. o presente estudo identificou algumas situações que merecem destaque.5%) e temperatura ambiente inadequada (75. Todavia. tornam a realidade do estudo inadequada no sentido de não fornecer condições que garantam práticas efetivas para estratégia de prevenção e controle de doenças infecciosas. que tem colaborado para a melhoria da qualidade de vida da população pelo uso da mais efetiva estratégia de prevenção e controle de doenças infecciosas.8% de temperaturas máximas dos refrigeradores alteradas.3%). O cuidado com a conservação de vacinas. ser um Programa ativo e bem sucedido. que por sua vez precisa ser supervisionado pelo enfermeiro. traz impactos negativos para a vacinação. Falhas relacionadas a outros pontos. por conseguinte. A ausência do enfermeiro em sala de vacina foi outro aspecto identificado que leva a crer que a responsabilidade técnica das salas de vacina está ficando de fato. por ser uma atividade que requer prática fundamentada em teoria. É importante destacar uma limitação do presente estudo relacionada a impossibilidade de observação das condições concernentes à conservação das vacinas. para que profissionais e gestores dos órgãos com o processo de vacinação possam modificar essa realidade. ao manuseá-las. para que as conquistas conseguidas até o momento com a vacinação se mantenham ou avancem. de modo que os pontos supracitados merecem prioridade por parte dos profissionais envolvidos com a atividade de vacinação. .56 enfermeiro precisa refletir melhor sobre a sua prática. é importante frisar a urgência do enfermeiro em retomar a liderança da sala de vacina. Acredita-se na necessidade de estudos que avaliem essa dimensão. Observou-se existir relação do conhecimento com o tempo de serviço em sala de vacina e tempo decorrido do último treinamento. Dentro desse contexto. sob pena de maior perda de espaço profissional. o que evidencia importância de qualificar com mais frequência os profissionais que operacionalizam a conservação das vacinas. por ocasião da sua administração e rotina da sala. considerando que os referenciais empíricos têm apontado para a existência de problemas que afetam a qualidade das vacinas. Faz-se necessário que o enfermeiro avoque o que está dentro das suas atribuições específicas. com destaque para os enfermeiros e gestores. para evitar danos à comunidade. e ainda proporcionar olhar reflexivo do enfermeiro para resolver alguns problemas detectados na rotina de sala de vacina. Os aspectos ressaltados merecem ser vistos como prioridade. em decorrência da inobservância de aspectos referentes a conservação. A vacinação representa um grande avanço no combate às doenças evitáveis por imunizantes. C. v. 95 f.S. ALBAS. tipo fuenzalida e palacios. v. ANTUNES. Programa de Pósgraduação em Ciências da Coordenadoria de Controle de Doenças. Gaceta Sanitaria. . FRIAS. Vacinação Infantil: conhecimentos. BRASIL. Avaliação da Rede de Frio do Programa Municipal de Imunização do Distrito Sanitário IV do Município do Recife. p. 9. Acesso em: 24 maio.M. Disponível em: <http://www. J.scielo. Trop. Rio de janeiro. Um estudo classificatório das ferramentas tecnológicas envolvidas em um processo de gestão do conhecimento. APS. 12. São Paulo: Atheneu.. 2012. L. 1999. Brasília: SVS/DVEP/MS. P. M.. ARANDA. p. Med. 2. J. 2005. v. Disponível em: <http://www.[Dissertação]. São Paulo. 2013.. ARAÚJO. 167-176. 2002.. v. 1. Termoestabilidade da vacina contra raiva. Rev. n. A. n. epidemiol. et al. 3.E.scielo. 172-85. Rev.br/scielo.M. C. ARANDA. C. Spain. P. 2009. n. Rio de Janeiro. p. MORAES. ARAÚJO. uso humano. 1992. Ministério da Saúde. M. Escola de Enfermagem Anna Nery.. Dissertação (Mestrado em Engenharia). 2009. Universidade Federal do Rio de Janeiro. T. 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AIRES. jun.iec. Disponível em http://www. Rev.1.br/scielo. 40. C. P. et al. C. 61 APÊNDICES . mesas. Sim 2. Caso não.4. Sim 2. Maternidade 4.10. Nome do município: ________________________________________________________________ A.2. Qual a sua profissão?______________________________ A. Há quanto tempo recebeu treinamento em sala de vacina? PARTE B . Não A.3. Você é exclusivo da sala de vacina? 1.9. A sala de vacina é de uso exclusivo? (Perguntar e Observar) 1. Há quanto tempo você é formado? A.Sim 2.7. Tipo de estabelecimento [ ] [ [ [ [ ] ] ] ] [ ] A. Não B. A sala de vacina funciona em que horários? _______________________ A. Nome da Unidade: ________________________________________________________________ A. teto.1. incluindo a conservação das mesmas? 1. Clínica Privada A. Recebeu treinamento em sala de vacina? 1. Sim 2.62 APÊNDICE A – FORMULÁRIO PARA REALIZAÇÃO DA ENTREVISTA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM FORMULÁRIO FORMULÁRIO Nº__________ DATA:____/___/___ PARTE A – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO A. equipamentos.12.3.5.ASPECTOS GERAIS DA SALA DE VACINA (ESTRUTURA FÍSICA E ORGANIZACIONAL) B. Hospital Geral e Maternidade 3. A sala é de fácil acesso a população? (Observar) 1. Não Caso sim: A. Quais as condições de conservação e limpeza da sala? (Observar) 1.4. Satisfatória 2. Unidade de Saúde 5. Durante a sua formação recebeu informação sobre vacinas. onde mais desempenha suas atividades? _______________________________________________________ [ ] [ ] 1. Há quantos anos você trabalha em sala de vacina? A. Nome do Coordenador que assume a sala:____________________________________________ A. 13.Hospital 2. etc) é realizada com que [ ] [ ] [ ] [ ] .11. Insatisfatória B. Não B.2. Não [ ] A.6. Sim 2.1. A limpeza geral da sala (paredes.8. etc)? (Observar) 1. Você conhece o padrão para a estrutura física da sala de vacina? Caso sim qual é? (Não ler opções) Se a resposta for não.10.17.18. O equipamento já apresentou defeitos? 1.2.18. Sim 2.6. Quais imunobiológicos podem ficar em temperaturas menor que 0º c? (Não ler opções) 1. impermeável e fácil higienização? 9. Não há dois equipamentos [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] . A temperatura ambiente da sala está entre 18 e 20ºc? (Observar) 1. Com relação à fixação das tomadas. Não B. Duas 3. Comunica ao nivel superior 4.Na sua unidade quando a temperatura está fora do mínimo ou máximo o que se faz? (Não ler opções) 1.bem fixada sem adesivo B. Há cronograma de limpeza da sala? (Perguntar e Observar) 1. Pentavalente 13.9. Distância da parede posterior para o condensador e da lateral do equipamento para a parede mais próxima é maior ou igual a 15 cm? B. Sim 2. Mensal 4. Sim 2.3.2. Não sabe 6.tetravalente 3. Inutiliza as vacinas e solicita a reposição 2. Pneumo 10 valente 6.não está bem fixada 3. Dentro da sala há objetos de decoração (cartazes. 12.fixa com adesivos 2. Outra B. Caso a resposta anterior seja não cite quais vacinas. Não 3. Não B. Em Parte 9. Uma vez por semana 2. _________________________________________________________ B. Mais de três 4.15. Não 3. Parede de cor clara.3.BCG 2. Quanto ao posicionamento do refrigerador: (Observar) B. pular para questão seguinte. Piso resistente e antiderrapante? 9. Sim 2. Todas as vacinas são disponibilizadas em todo o período de funcionamento da sala de vacinação? 1.4. Não é realizada 5. Sim 2. Se houver outro equipamento obedece uma distância mínima de 10 cm entre eles? 1. Quinzenal 3.63 periodicidade? (Perguntar e Observar) 1.5. Não B. Rotavírus 4. Outros B.tríplice viral 5. Hepatite b 10. A estrutura física da sala de vacina atende as normas preconizadas pela CGPNI/ANVISA? (Observar) 1.14. Sim 2. Uma 2. Tamanho mínimo 9m²? 9.5.18. Sim 2.1. P. Poliomielite oral. Meningo c 7. Dispõe de Pia com torneira e bancada de fácil higienização? 9. 9.febre amarela 11.13. Soros B. Sim 2. Caso sim.7. Dupla adulto 8. 1. Não apresentou defeitos B. Inativada 12. Com relação à altura da(s) tomada(s) da(s) geladeira(s)/ freezer estão posicionadas a 1.30m de altura? (Observar) 1.16. essa se encontra: (Observar) 1. Dispõe de Proteção adequada contra luz solar direta? B.6. Não B. Não 3. Não B. Não B. Parcialmente Enumerar os itens que não atende________________________________ B.8.18. quantas vezes o equipamento apresentou defeitos? 1. Continua a registrar diariamente 3. Piso impermeável e de fácil higienização? 9.1.11. Sim 2. Está distante de fonte de calor e incidência de luz solar direta? B. vasos. Qual a frequência de recebimento de vacinas nesta unidade? 1.Quantas vezes/dia o termômetro da geladeira é lido? (Não ler opções) 1.1a 2 vezes/ mês 3. SMS 5. Sim 2. Analógico (Max. As caixas térmicas vêm com termômetro? 1. 3. Você tem o telefone da companhia de luz local para ligar em caso de falta de energia? 1. . Alternativas (1 e 3). A temperatura de chegada é registrada? 1. Mais de 3 vezes 5. Não é todo dia 3.No caso de ter recebido vacina com a temperatura alterada recebeu orientação sobre procedimento a ser adotado? 1.Sim 2. Se não.1.Não se aplica D. 5.64 PARTE C –FREQUÊNCIA DE RECEBIMENTO.Mom). Não C. devolve o impresso ao emissor? 1. Avisaria ao superior imediato somente se a temperatura estivesse muito alterada. Em 2012 houve remessa com alteração de temp. Outro: Especificar______________________________________ C.8. você pode me mostrar onde guarda o telefone? (registrar aqui onde estava o nº do telefone). Não C. 2 vezes/dia 5.Min.Outro: especificar___________________ C. (Perguntar e Observar) ________________________________ D. Outro 6. Mais de 3 vezes 4. As caixas térmicas vêm acompanhadas de guia de remessa ou similar? 1.1.6.Às vezes C.Não sei C.3.6. 1 vez 3.sem cabo extensor). Caso sim. Não D.3. Não 3.5.2. Nesta unidade há falta de energia elétrica? 1. 2 vezes 4.10.Sim 2. Mensal C.7. Sim 2. Quem realiza a leitura da temperatura de chegada? 1. ACONDICIONAMENTO. Outro:especificar [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] .9. 4. Se a(s) geladeira(s) apresentar(em) defeito. a unidade coloca? 1. Sim 2.Sim 2.Não PARTE D – SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA NA CONSERVAÇÃO D. Em 2012 a(s) geladeira(s) desta unidade precisou (aram) de conserto? 1. Alternativas (1. Toda semana 2. Analógico (Mom.Mom – Capela). Nunca 2. você conhece o telefone para chamar manutenção? 1.1.7. 3. Menos de 3 vezes 3. 1 vez/dia 4. Aux/técnico 3.4. 7.1 a 2 vezes/ ano4.Não sei. Semanal 2.2 . UBS 2. Nenhuma vez 2. E.Não sei C. Quinzenal 3.Min. Na ocorrência da situação acima recebeu orientação sobre procedimento a ser adotado? 1. 6. Não sei C. 2 e 3). Não sei D.Avisaria ao superior imediato sempre 2. Analógico (Momcabo extensor). no transporte? 1.Digital (Max. Não 3. Alternativas (1 e 2). ARMAZENAMENTO E TÉCNICAS DE CONSERVAÇÃO C. Enfermeiro 2.Na ocorrência da situação acima como você resolveria ? (Não ler opções) 1. Não PARTE E – ARMAZENAMENTO E MANUSEIO E. Se sim. Na geladeira da Unidade.5. Sim 2.Não 3. o termômetro utilizado é: 1.2.Raramente D. D. Não C. 2. Quem é responsável pelo transporte das vacinas até esta unidade? 1. Sim 2.11. Não 3. Nenhuma vez 2.. Sim 2.A(s) geladeira(s) desta unidade têm manutenção preventiva? (Perguntar e Observar) 1. Sim 2.4. Onde são colocadas as vacinas durante a limpeza? (Não ler opções) 1. Outro E.9.65 E.Espera menos de 1 hora 3. Você considera a espessura do gelo do congelador para realizar a limpeza da geladeira? 1.3. Alternativas (1.12.4 Onde é registrada esta leitura de temperatura? (Perguntar e Observar) 1. – 2ºC a – 8ºC.Outro: Especificar_________________ 3.13. Alternativas (2 e 3). Na ocorrência da situação acima recebeu orientação sobre procedimento a ser adotado? 1. Alternativas (1 e 3) [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] E. 3. Descarta as vacinas 4. Outra (especificar) E. Entre a 2ª e a 3ª 3. Não sei 6. Polio Oral ___________________ BCG_______________________ Rotavirus___________________ Febre Amarela_______________ VTV _______________________ Tetravalente ________________ Hepatite B___________________ Pentavalente ________________ . 6.+4ºC a +8ºC 5. +2ºC a +8ºC. há registro de temperatura(s) máxima(s) alterada(s) 2. Espera mais de uma hora 4. Não registra 4. Sim 2. Faz o registro da temperatura em que momento? (Não ler opções) 1. Outros E. Mensal 4. A limpeza interna da geladeira da sala é executada com que freqüência? (Não ler opções) (Perguntar e Observar) 1. 4. Não há registro de temperaturas mínimas e máximas alteradas. Qual o intervalo correto para a conservação de vacinas? (Não ler opções) 1. 2.Entre a 1ª e a 2ª prateleira 2. 5.7. Vou citar algumas vacinas e você me diz qual o prazo máximo que o frasco pode ficar aberto (quando não contaminado).11.Sim 2. Às vezes 5. Qual a capacidade da geladeira( em litros)? (Perguntar e Observar) [ ] [ ] E. Não registra 2. Inutiliza tudo 5. Outro [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] E.6.5.10. Mapa de registro de temperatura padronizado.8. Avalia e usa 4. Cx térmica 2. Balcão 4.Antes da abertura do equipamento 2. Qual a localização do Bulbo do Termômetro? (Não ler opções) 1. Depois da abertura do equipamento 3. Quinzenal 3. E. Ao verificar os mapas de controle de temperatura observou-se (Se for o caso marcar os 3 itens abaixo) 1. Outro: especificar E. E. Há registro de temperatura(s) mínima(s) alterada(s) 4. Caderno da sala de vacina. Não 3. Entre a 3ªe o gavetão 4. Não E. Outra geladeira 3.2 e 3). Há registro de temperatura(s) de momento alterada(s) 3. Outro E. Na mesma hora 2.15.Não faz 6.Não retira 5. Após a limpeza e religar o equipamento quando ocorre a colocação das vacinas? (Não ler opções) 1. Notifica a SMS somente se a alteração for grande. Notifica SMS sempre 2. Outros:___________ E. Às vezes 4. Quando a temperatura está fora deste intervalo como você resolve (ria)? 1. 7. -0ºC a +8ºc. 3.14. Espera atingir a temperatura ideal 5. 1x/semana 2. 17. Material de Dentista 4. Gelo reciclável 5. Material de Dentista 4. Material de Dentista 4. Sim 2.19. Nada 7. Insulina 3. Nada 7. Gelo reciclável 5. O que você coloca na segunda prateleira da geladeira da sua unidade? (Perguntar e Observar) 1. Diluentes/Soros E. Observar onde está colocado o bulbo do termômetro (ou sensor) na geladeira da unidade.66 Peneumo 10 valente___________ Pólio Inativada_______________ Meningo C__________________ [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] E. Vacinas (discriminar:__________________________________) 2.Gavetão 5.26. Soros 6. Nenhuma E. Sim 2. Soros 6.18. As seringas e agulhas de uso diário estão acondicionadas em recipientes limpos e tampados? (Observar) 1. Material de Dentista 4. Soros e garrafas com água tingida 6.Insulina 3.Outros: Especificar______________________________________ E. Sim 2.21.Outros [ ] E. (Observar) 1. Vacinas (discriminar:_______________________________________) 2. Nada 6. Material de Dentista 4.24.27.Outros E.Outros E. O que você coloca na primeira prateleira da geladeira da sua unidade? (Perguntar e Observar) 1. Gelo reciclável 5. Insulina 3.3ª prateleira 4. Os imunobiológicos estão organizados por tipo. Insulina 3. Não [ ] [ ] [ ] [ ] E. Soros e garrafas com água tingida 6.Outros . lote e validade? (Observar) 1. O que você coloca no congelador da geladeira da sua unidade? (Não ler as opções) (Perguntar e Observar) 1. Vacinas (discriminar:_________________________________________) (Perguntar e Observar) 2.16. 1ª prateleira 2. As seringas e agulhas de estoque estão acondicionadas em embalagens fechadas em local sem umidade? (Observar) 1. Outro: especificar_________________________ E. Ocupando todo o espaço 5. Nada 8.garrafas com água tingida 7.Uma 2.23. Sim 2 Não [ ] E.22. Vacinas 2. Não [ ] E.20. Material de Dentista 4. Gelo reciclável 5. Vacinas 2.O que você coloca na parte inferior (gavetão) da geladeira da sua unidade? (Perguntar e Observar) 1. Soros 6. Nada 7. No interior da geladeira utiliza bandejas perfuradas para a organização dos imunobiológicos? (Observar) 1. Insulina 3. Duas 3. Três 4. O que você coloca na terceira prateleira da geladeira da sua unidade? 1.Outros 7. Vacinas 2. Gelo reciclável 5.25. Gelo reciclável 5. Não E.2ª prateleira 3. Quantas garrafas de água foram encontradas no gavetão? (Observar) 1. O que se encontrou na porta da geladeira da unidade? (Observar) 1. Insulina 3. Sim 2.32.4 Fita de PVC/crepe? 1. Sim 2. Outro.2 Bobinas de gelo reciclável? 1.Acondiciona separadamente os vários tipos de lixo? (Observar) 1. Quanto a caixa térmica: E. Não E. Não E.Observar Movimento Imuno e Insumo – Verificar a existência de anotação de registros de entrada/saída de imunos (grade de entrada. Sim 2. Não E.67 E. Utiliza o mapa de controle de temperatura da caixa térmica 1.1 Caixa térmica ou outro equipamento de uso diário? 1.31. O serviço dispõe em número suficiente para atender as atividades de rotina e situações emergenciais de: (Perguntar e Observar) E. Não E. Não E.30.6 Se sim como é feita a ambientação das bobinas de gelo reciclável? _______________________________________________________________ E.28.28.1. Faz registro de temperatura? 1. empréstimo. Sim 2.34.38 Observar Controle de inutilização (vencimento/descarte) – verificar a existência de registro dos imunos inutilizados (vencimento. 3. Sim 2. Os mapas diários de controle de temperatura estão afixados em local visível? (Observar) 1. 2.2.37. Não E. Não respeita o intervalo padrão. Sim 2. etc.35.28.28. Há estoque excessivo de vacinas na U.3 Termômetro de máxima. Sim 2. Realiza a limpeza do motor do refrigerador? (Observar) 1.O quantitativo de seringas e agulhas é suficiente para atender a demanda? (Observar) 1. Especificar_________________________ E. Não E. Sim 2. A Vedação da borracha do equipamento. Sim 2. Faz a cada 2 horas.31.4 Se Sim 1. remanejamento.31. (Observar) 1.3. Não E. Não E. Observar se existe Manual de procedimento em sala de vacina (Observar) 1. A caixa de uso diário está organizada conforme padronização? (Observar) 1.28.29. (Observar) 1.28. mínima e momento com cabo extensor? 1. Sim 2.33. Não E.31. Adequado 2. Não E.28. Não E.31.39.S? (Observar) 1. Sim 2. etc). (Observar) 1.5. É feita a ambientação das bobinas de gelo reciclável para uso nas caixas térmicas? 1. Sim 2. Sim 2. Inadequado E. quebra de frasco. Não . Não [ ] [ ] [ ] [ ] [ [ ] ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] ] E. Sim 2. Sim 2. Sim 2.36. Não E. alteração de temperatura. É mantida a distância entre os imunobiológicos e as paredes do refrigerador de no mínimo 2cm? (Observar) 1. Não E. Não E. Sim 2. Sim 2. Formulário de imuno sob suspeita – verificar a existência (impresso da SES ou SMS).40. Protocolo para quebra do equipamento (Observar) 1.68 E. (Observar) 1.41. Não E. Não [ ] [ ] . Sim 2. sem nenhuma penalidade e sem perder os benefícios aos quais tenha direito. Objetivo do estudo: Avaliar conhecimentos e práticas adotadas sobre conservação de imunobiológicos por profissionais das salas de vacina da rede de saúde pública do município de Teresina/PI. Você tem o direito de desistir de participar da pesquisa a qualquer momento.TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM Título do estudo: Conhecimentos e práticas sobre conservação de imunobiológicos adotados por profissionais em sala de vacina Pesquisado responsável: Telma Maria Evangelista de Araújo Instituição/Departamento: Mestrado Universidade Federal do Piauí Telefone para contato: (86) 3215-5734 Local da coleta de dados: Salas de Vacina do Município de Teresina Piauí Prezado(a) Senhor(a): • Você está sendo convidado(a) a responder às perguntas deste questionário de forma totalmente voluntária. eu _________________________________________________________________________. com benefício direto para você. Procedimentos. . Os sujeitos da pesquisa não serão identificados em nenhum momento. situação de emergência. Esta pesquisa trará maior conhecimento sobre o tema abordado. é muito importante que você compreenda as informações e instruções contidas neste documento. Benefícios. Sua participação nesta pesquisa consistirá apenas no preenchimento deste questionário. mesmo quando os resultados desta pesquisa forem divulgados em qualquer forma. Os pesquisadores deverão responder todas as suas dúvidas antes que você se decidir a participar. Antes de concordar em participar desta pesquisa e responder este questionário. estrutura física da sala de vacina. respondendo às perguntas formuladas que abordam aspectos sociodemográficos. transporte de vacina e recebimento. Riscos.69 APÊNDICE B . O preenchimento deste questionário não representará qualquer risco de ordem física ou psicológica para você. Sigilo. As informações fornecidas por você terão sua privacidade garantida pelos pesquisadores responsáveis. Ciente e de acordo com o que foi anteriormente exposto. manuseio e estocagem. ufpi@ufpi. identidade Telma Maria Evangelista de Araújo (Pesquisador responsável) Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa. ________ de __________________________________ de 2013 _________________________________________________________________________ Assinatura / N.br/cep . ficando com a posse de uma delas.ufpi.049-550 .Campus Universitário Ministro Petrônio Portella Bairro Ininga. assinando este consentimento em duas vias. Centro de Convivência L09 e 10 .: (86) 3215-5734 .email: cep. entre em contato: Comitê de Ética em Pesquisa – UFPI .Teresina .br web: www. Teresina.PI tel.edu.CEP: 64.70 estou de acordo em participar desta pesquisa. 71 ANEXOS . 6. Registrar folha de observação. Sim – nenhuma ou mínimo de sujidade b. 3. Puxar a tira de papel e verificar a resistência.72 ANEXO A – INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE OBSERVAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS REFRIGERADOS E PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DE VACINAS. colocando-a entre a borracha da porta e o corpo do refrigerador. Na existência de mais de um termômetro no mesmo equipamento anotar todos. Solicitar que um funcionário acompanhe a inspeção. 10. se possível.Registrar como segue: a. Na sua ausência o auxiliar/técnico que trabalha na sala. Não – acúmulo de poeira ou presença de materiais 7.se retirar com facilidade em pelo menos 1 ângulo.Registrar a marca do equipamento 2. Testar os 4 ângulos da porta. Fechar a porta. caso tenha mais que um.Termômetro – verificar sua presença anotando o tipo e a localização no equipamento.Tomada exclusiva – verificar se o equipamento não tem conexão em conjunto (benjamins) 8.Distância da parede – 10 cm entre a parede e equipamento 9.Tempo de uso – anotar em anos completos. Quando o tempo de uso for menor que 12 meses anotar <1ano 4.Caixa térmica – anotar a existência de caixas térmicas extras na unidade para . A4) com 3 cm de largura.Limpeza do motor – observar acúmulo de pó ou presença de algum material (roupas. pedaços de pano). INADEQUADA .Defeitos – anotar o número de vezes que o equipamento necessitou de manutenção no ano 5.se houver alguma resistência nos 4 ângulos b. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM Formulário Nº____ Data da Entrevista: ___/___/___ Nome do Entrevistador(a):_______ Utilizar um formulário para cada equipamento da unidade. de preferência o enfermeiro da unidade. Registrar como segue: a. Identificar a unidade/ data e anotar horário de início e término da inspeção.Capacidade – anotar em litros. ADEQUDA .Vedação da borracha – utilizar uma tira de papel (folha de papel sulfite. 1. etc. c. 12. 17. Sim impresso – se é o impresso da SES ou FMS b. Não – inexistência de registro 18.Ficha de Notificação – verificar a existência de ficha de notificação de alteração de temperatura (impresso da SES ou SMS) 15. situações emergenciais.Posição do termômetro – anotar se o termômetro está posicionado na 2ª prateleira. Se houver qualquer material.Em refrigeradores domésticos observar a existência de qualquer imunobiológico que não pode ser exposto a temperaturas menor que zero (apontar os encontrados) a. Sim outro – se é caderno ou algum outro tipo de registro não oficial. Se existir em outro local que não a sala. do se trata.registrar as temperaturas no momento da abertura da geladeira (momento – mínima – máxima) 21. SIM – quando encontrar pelo menos 1 destes tipos b. NÃO – ausência de todos 26. uma vez que não há padronização do mesmo.Espaço entre as vacinas e paredes – observar padronização .Camada de gelo – anotar a espessura 22. 20. Anotar NÃO se as bobinas estiverem em temperatura ambiente. alteração temperatura.73 transporte.Controle de inutilização (vencimento/descarte) – verificar a existência de registro dos imunos inutilizados (vencimento.Porta – anotar a situação no momento.Mapa de registro de temperaturas – verificar o mês anterior e o atual.Manual de procedimento em sala de vacina – verificar se existe na sala de vacina o manual. remanejamento.Bobinas preenchendo o congelador – anotar a sua existência e quantidade. 13. em prancheta. quebra frasco.Garrafas com água – anotar a quantidade 24. 25. Registrar a situação encontrada. 11. etc).Registro de controle de temperatura – observar a existência do impresso em local visível (pregado no equipamento. mas visível ou acessível.Controle de entrada – verificar a existência de anotação de registro de entrada/ saída de imunos (grade de entrada. Pode ser caderno. em pasta plástica.Bobinas extras refrigeradas – anotar a existência de bobinas (além daquelas do refrigerador em uso) refrigeradas – congeladas. 16. pasta ou outro modelo de registro. registrar como NÃO e anotar na folha de observação.Frequência do registro – anotar a freqüência de registro diário 19.Leitura de termômetro da unidade . 23. empréstimo. Observar se há alteração de temperatura e solicitar a notificação se houver alteração detectada. etc) a. etc) 14. Se estiver acessível será fornecido facilmente.Protocolo para quebra do equipamento – idem anterior 33. 32. Anotar se acesso externo à unidade.Bandejas perfuradas para organização imunobiológicos – registrar a existência.Caixa de força com acesso externo – pedir para verificar onde fica a caixa de força da unidade.Telefone da manutenção de geladeiras acessível – idem anterior. 28. 31. .Protocolo para falta de energia – observar se há roteiro de procedimentos (por escrito) a serem adotados em situações de falta de energia. 30.Caixa de força com disjuntor identificado – pedir para abrir a caixa e observar se há identificação do disjuntor da sala de vacina ou se o mesmo é isolado das demais dependências da unidade.Tomada fixada – observar se há resistência à retirada da tomada ou se a mesma está fixada com fita adesiva 29.74 27. Se houver alegação de que existe na unidade e no momento da entrevista não puder ser fornecido anotar NÃO 34.Telefone da companhia elétrica – solicitar o telefone da companhia elétrica. 75 ANEXO B – RELATÓRIO DA SITUAÇÃO IDENTIFICADA . 76 ANEXO C .PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA . 77 . 78 . 79 ANEXO D .AUTORIZAÇÃO DA FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE .
Report "CONHECIMENTO E TECNICAS PARA COINCSERVAÇÃO.pdf"