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May 27, 2018 | Author: aukanaii | Category: Latin, Human, Communication, Portuguese Language, Information


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Série Segurança do Trabalhocomunicação oral e escrita Série Segurança do Trabalho COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Robson Braga de Andrade Presidente DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor de Educação e Tecnologia SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Conselho Nacional Robson Braga de Andrade Presidente SENAI – Departamento Nacional Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti Diretor-Geral Gustavo Leal Sales Filho Diretor de Operações Série Segurança do Trabalho COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA © 2012. SENAI – Departamento Nacional © 2012. SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ- nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por escrito, do SENAI. Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância. SENAI Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP SENAI Departamento Regional de Santa Catarina Núcleo de Educação – NED FICHA CATALOGRÁFICA S491c Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional. Comunicação oral e escrita / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2012. 162 p. : il. ; (Série Segurança do Trabalho). ISBN 978-85-7519-483-6 1. Língua portuguesa – Estudo e ensino. 2. Relatórios - Redação. 3. Fala em público. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Regional de Santa Catarina II. Título III. Série. CDU: 811.134.3 SENAI Sede Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317- Departamento Nacional 9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br Lista de Ilustrações Figura 1 -  Escrita egípcia.................................................................................................................................................18 Figura 2 -  Linguagem culta e linguagem coloquial.............................................................................................21 Figura 3 -  Países que falam a língua portuguesa...................................................................................................21 Figura 4 -  Processo de comunicação humana........................................................................................................26 Figura 5 -  Coesão textual................................................................................................................................................37 Figura 6 -  Etapas do parágrafo.....................................................................................................................................49 Figura 7 -  Dados descritivos..........................................................................................................................................58 Figura 8 -  Características dos textos argumentativos..........................................................................................65 Figura 9 -  Tipos de argumento.....................................................................................................................................66 Figura 10 -  Perguntas para elaboração de relatório.............................................................................................76 Figura 11 -  Navegador Web Google Chrome..........................................................................................................91 Figura 12 -  Salvando uma imagem da internet......................................................................................................92 Figura 13 -  Pesquisa utilizando o Google.................................................................................................................93 Figura 14 -  Barras e menus do Word....................................................................................................................... 100 Figura 15 -  Ferramentas de tabela........................................................................................................................... 101 Figura 16 -  Guia dinâmica design............................................................................................................................102 Figura 17 -  Guia layout (tabela)................................................................................................................................. 102 Figura 18 -  Guia formatar............................................................................................................................................ 103 Figura 19 -  Guia cabeçalho e rodapé...................................................................................................................... 103 Figura 20 -  Adicionar legenda................................................................................................................................... 105 Figura 21 -  Índice de ilustrações............................................................................................................................... 106 Figura 22 -  Exemplo de formatação de parágrafo.............................................................................................. 107 Figura 23 -  Barra de status com a opção seção ativa........................................................................................ 108 Figura 24 -  Grupo fonte................................................................................................................................................ 109 Figura 25 -  Grupo páginas.......................................................................................................................................... 110 Figura 26 -  Grupo estilos............................................................................................................................................. 111 Figura 27 -  Modificar estilo......................................................................................................................................... 111 Figura 28 -  Zoom da janela........................................................................................................................................ 113 Figura 29 -  Botão Office, opção imprimir............................................................................................................... 113 Figura 30 -  Tela principal do MS Power Point.......................................................................................................128 Figura 31 -  Definindo layout da apresentação ................................................................................................... 129 Figura 32 -  Escolhendo um Design apropriado .................................................................................................. 129 Figura 33 -  Salvando um Design apropriado . ..................................................................................................... 129 Figura 34 -  Inserindo caixas de texto na apresentação ................................................................................... 130 Figura 35 -  Inserindo imagens na apresentação................................................................................................. 131 Figura 36 -  Alterando propriedades de uma imagem...................................................................................... 131 Figura 37 -  Inserir som como elemento de apresentação............................................................................... 132 Figura 38 -  Definindo sequência e configuração dos itens............................................................................. 132 Figura 39 -  Configurando propriedades do som na apresentação.............................................................. 133 Figura 40 -  Trabalhando com filmes na apresentação...................................................................................... 133 Figura 41 -  Alterando plano de fundo ................................................................................................................... 134 Figura 42 -  Alterando estilo de plano de fundo ................................................................................................. 134 Figura 43 -  Configurando transição de slides . .................................................................................................... 136 Figura 44 -  Escolhendo opções de animação de slides....................................................................................136 Figura 45 -  Ampliando opções de animação de slides.....................................................................................136 Figura 46 -  Personalizando uma animação........................................................................................................... 138 Figura 47 -  Opções de animação.............................................................................................................................. 139 Figura 48 -  Inserindo sons nas animações............................................................................................................ 140 Figura 49 -  Exemplo de efeitos de animação . .................................................................................................... 140 Figura 50 - Mapa Conceitual........................................................................................................................................ 159 Quadro 1 - Matriz curricular...........................................................................................................................................14 Quadro 2 - Vocábulos aportuguesados......................................................................................................................22 Quadro 3 - Neologismos..................................................................................................................................................22 Quadro 4 - Neologismos da informática....................................................................................................................23 Quadro 5 - Libras, código morse, alfabeto latino e alfabeto árabe..................................................................29 Quadro 6 - Características de um texto......................................................................................................................36 Quadro 7 - Recursos linguísticos para um texto.....................................................................................................37 Quadro 8 - Características dos textos.........................................................................................................................48 Sumário 1 Introdução.........................................................................................................................................................................13 2 Comunicação...................................................................................................................................................................17 2.1 Níveis de fala..................................................................................................................................................18 2.1.1 Estrangeirismos..........................................................................................................................22 2.1.2 Neologismos................................................................................................................................22 2.1.3 Gírias...............................................................................................................................................23 2.1.4 Regionalismo...............................................................................................................................24 2.2 Processo . ........................................................................................................................................................26 3 Técnica de Intelecção de Texto..................................................................................................................................33 3.1 Análise textual...............................................................................................................................................34 3.1.1 Coerência textual ......................................................................................................................35 3.2 Análise temática ..........................................................................................................................................38 3.3 Análise interpretativa ................................................................................................................................41 4 Parágrafo............................................................................................................................................................................45 4.1 Estrutura interna e tipos de parágrafos................................................................................................46 4.2 Unidade interna............................................................................................................................................49 5 Descrição...........................................................................................................................................................................53 5.1 Conceituação.................................................................................................................................................54 5.2 Descrição de objeto, processo e ambiente . ......................................................................................59 6 Dissertação........................................................................................................................................................................63 6.1 Estrutura..........................................................................................................................................................64 6.2 Argumentação...............................................................................................................................................66 7 Relatório Técnico.............................................................................................................................................................73 7.1 Estrutura..........................................................................................................................................................74 7.2 Tipos de relatórios........................................................................................................................................78 7.2.1 Relatório de pesquisas científicas........................................................................................78 7.2.2 Relatório de atividades escolares.........................................................................................79 7.2.3 Relatório comercial....................................................................................................................79 7.2.4 Relatório administrativo..........................................................................................................81 7.2.5 Relatório de prestação de contas.........................................................................................81 8 Internet...............................................................................................................................................................................85 8.1 Pesquisa...........................................................................................................................................................86 8.2 Comunicação.................................................................................................................................................89 9 Editor de Textos...............................................................................................................................................................99 9.1 Digitação de textos................................................................................................................................... 100 9.2 Inserções....................................................................................................................................................... 103 9.3 Parágrafos.................................................................................................................................................... 106 9.4 Formatação.................................................................................................................................................. 109 9.5 Impressão de arquivo.............................................................................................................................. 113 10 Técnicas de Apresentação...................................................................................................................................... 117 10.1 Estruturação.............................................................................................................................................. 118 10.2 Ferramentas de multimídia................................................................................................................. 120 10.3 Gerenciamento de tempo................................................................................................................... 121 11 Slides............................................................................................................................................................................... 127 11.1 Regras de estruturação......................................................................................................................... 128 11.2 Inserção de figuras e arquivos............................................................................................................ 130 11.3 Formatação............................................................................................................................................... 135 11.3.1 Movimento de entrada....................................................................................................... 137 11.3.2 Movimento de saída............................................................................................................ 138 11.3.3 Movimento de ênfase......................................................................................................... 139 11.3.4 Trajetórias de animação..................................................................................................... 139 11.3.5 Inserindo sons nas animações......................................................................................... 140 12 Oratória......................................................................................................................................................................... 143 12.1 Falar em público...................................................................................................................................... 144 12.2 A apresentação........................................................................................................................................ 146 Referências......................................................................................................................................................................... 153 Minicurrículo dos Autores............................................................................................................................................ 155 Índice................................................................................................................................................................................... 157 Anexo................................................................................................................................................................................... 159 Introdução 1 Este livro didático, tem como objetivo proporcionar a aquisição dos fundamentos técnicos e científicos com vistas ao desenvolvimento da comunicação oral e escrita e o desenvolvimen- to das capacidades sociais, organizativas e metodológicas adequadas a diferentes situações profissionais. Escrever de forma correta exige dedicação, principalmente, para quem não está acostu- mando a fazê-lo diariamente. Você precisa aprender e saber aplicar as principais regras da nos- sa língua, para comunicar-se de forma eficiente e eficaz tanto no mercado corporativo quanto no seu cotidiano. Aquele que deseja construir uma carreira sólida e de sucesso precisa se comunicar adequa- damente, utilizando a escrita e a fala. É sabido que tem mais chances de crescer, aquele que sabe se comunicar. Desenvolva essa capacidade e aproveite as oportunidades de aprendiza- gem aqui disponibilizadas. A seguir são descritos, na matriz curricular, os módulos e as unidades curriculares previstos e suas respectivas cargas horárias. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 14 Técnico Segurança do Trabalho Unidades Carga Carga horária Módulos Denominação curriculares horária do módulo • Comunicação Oral e 60h Escrita • Fundamentos de 120h Saúde e Segurança do Básico Básico Trabalho 300h • Cálculos aplicados em 60h Saúde e Segurança do Trabalho • Gestão de pessoas 60h • Ações Educativas em Realização de Saúde e Segurança do 90h ações de saúde Específico I Trabalho 450h e segurança do • Saúde e Segurança do 360h trabalho Trabalho Coordenação de • Coordenação de Ações ações de saúde Específico II em Saúde e Segurança 150h 150h e segurança do do Trabalho trabalho Planejamento de • Planejamento de Ações ações de saúde Específico III em Saúde e Segurança 300h 300h e segurança do do Trabalho trabalho Quadro 1 - Matriz curricular Fonte: SENAI DN Agora você é convidado a trilhar os caminhos do conhecimento. Faça deste processo um momento de construção de novos saberes, onde teoria e prática devem estar alinhadas para o seu desenvolvimento profissional. Bons estudos! 1 INTRODUÇÃO 15 Anotações: Comunicação 2 O ser humano se diferenciou das demais espécies porque desenvolveu a capacidade de ex- pressar suas ideias. Para expressá-las, criou a linguagem e por meio dela transmite o que pensa, deseja fazer ou modificar. O grande desafio do ser humano é ser efetivo em sua comunicação. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para: a) conhecer o processo de comunicação humana e os aspectos que interferem ou impactam na língua; b) comunicar-se oralmente em diversos níveis hierárquicos. Esta primeira etapa de estudo permitirá a você, explorar o processo da comunicação para melhorar as relações profissionais e pessoais. As oportunidades de aprendizagem serão muitas. Faça deste processo uma construção sig- nificativa e prazerosa. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 18 1 partitura 2.1 NÍVEIS DE FALA É uma representação escrita de música padronizada No início da história da evolução do homem não havia muita diferença entre mundialmente. as espécies que habitavam o planeta terra, porém o ser humano desenvolveu a capacidade de expressar suas ideias, fruto da análise e reflexão sobre as coisas. Então, o que diferenciou o homem das demais espécies foi a comunicação? 2 significante Isso mesmo! Para que a comunicação ocorresse, fez-se necessário desenvolver Parte material ou objeto a linguagem oral e escrita. Os primeiros sinais de comunicação feitos pelos homens pré-históricos são as pinturas rupestres, que podem ser encontradas ainda hoje nas paredes das ca- vernas. 3 significante Ideia que desejamos representar Pinturas rupestres são desenhos nas paredes das ca- VOCÊ vernas, representando cenas do cotidiano dos homens SABIA? pré-históricos. As pinturas eram feitas com sangue de animais, carvão, rochas e até com extrato de plantas. Essas pinturas tinham o objetivo de reforçar as histórias contadas oralmente pelos homens pré-históricos. Após essa fase, o ser humano passou a combinar elementos a fim de comunicar suas ideias. iStockphoto (20--?) Figura 1 -  Escrita egípcia O homem desenvolveu um sistema de sinais que representavam sons e que construíram as palavras, nomeando os seres e tudo o que nos cerca. Dessa forma, pode-se dizer que o homem criou a linguagem e, por meio dela, passou a sua cultura para as gerações posteriores. 2 COMUNICAÇÃO 19 Segundo Ferreira (1986, p. 508) cultura é “complexo dos padrões de compor- tamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade.” A comunicação humana tem o objetivo de transferir algum tipo de conheci- mento para outrem. A transmissão do conhecimento ocorre porque o homem tem a capacidade de criar formas de linguagem. É a linguagem falada e escrita que possibilita a comu- nicação, portanto, “[...] o homem é um ser que se criou ao criar uma linguagem” (PAZ, 1982, p. 42). A comunicação humana pode ser realizada de inúmeras formas. Não se dá apenas por meio das palavras, mas também pelos símbolos. Um exemplo é a par- titura1, que assim como qualquer outro sistema de escrita, possui seu próprio con- junto de símbolos, que estão associados a sons. Desta forma, um conjunto de notas musicais transmite a informação para um músico e este pode executá-la com presteza, apenas lendo tais símbolos. Stockbyte (20--?) Para comunicar uma ideia, o homem usa a língua, que é um sistema de signos “[...] é o elemento utilizado para representar o objeto. É composto de duas partes: o significante2 e o significado3 ” (GRIFFI, 1991, p. 9). A língua é “[...] o conjunto de palavras e expressões usadas por um povo” (FER- REIRA, 1986, p.1034) ou “[...] é um conjunto de signos e de regras de combinação desses signos, que constituem a linguagem oral ou escrita de uma coletividade” (MAIA, 2005, p. 22). COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 20 4 latim clássico A língua é dinâmica e está sempre se modificando, pois algumas palavras são inseridas, outras entram em desuso e, outras ainda, mudam de significado, con- Que era falado pela elite dominante e escritores; forme sua utilização. A escrita tem a função de relatar fatos históricos e manifestações culturais ao longo da história. Ao relatar, o homem cria e produz a cultura. Portanto, a lingua- 5 latim vulgar gem é a base da cultura. Que era usado pelo povo. Creatas (20--?) Manifestações culturais são as formas encontradas pelo VOCÊ homem para expressar o que ele pensa, deseja fazer ou SABIA? modificar. Ex.: pinturas, esculturas, música, teatro, dan- ça, literatura etc. A língua portuguesa tem sua origem no latim, que era a língua falada no esta- do Lácio, região onde, atualmente, fica a cidade de Roma na Itália. Em função da expansão do Império Romano, o latim se espalhou por grande parte da Europa, dando origem ao português, espanhol, catalão, francês, italiano e ao romeno. Naquela época, havia dois níveis de expressão do latim: a) latim clássico4; b) latim vulgar5. Atualmente, existem duas formas de expressão: linguagem culta e a lingua- gem coloquial. Conheça as particularidades de cada expressão. 2 COMUNICAÇÃO 21 Luiz Meneghel (2011) Figura 2 -  Linguagem culta e linguagem coloquial Outras culturas também exercem influência sobre a nossa e podem ser perce- bidas tanto no vestuário, quanto na culinária, na música, no comportamento e na própria língua. Você já percebeu como a música sertaneja brasileira sofre influência da música country americana? O Brasil não é o único país que fala a língua portuguesa. Segundo o site Mun- do Educação, a língua portuguesa é a quinta mais falada e a terceira do mundo ocidental, superada apenas pelo inglês e o castelhano. Atualmente, aproximada- mente 250 milhões de pessoas no mundo falam português, o Brasil responde por cerca de 80% desse total. Crispassinato (20--?) Figura 3 -  Países que falam a língua portuguesa Fonte: Map of Lusophone World (2006) COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 22 A língua sofre influência de outras línguas, de grupos sociais, de regionalismos e na criação de novas palavras (neologismos). O assunto não para por aqui. Vamos em frente? Aproveite todos os caminhos que levam ao conhecimento. 2.1.1 ESTRANGEIRISMOS Existem palavras que foram incorporadas à língua portuguesa sem modificar a forma original ou a pronúncia da palavra e outros vocábulos foram aportugue- sados. Do francês omelete, vitrine, toalete. Do africano acarajé, jiboia, pajé. Do inglês recorde, hambúrguer, uísque. Do espanhol pepita, cavalheiro. Do árabe álgebra, arroz, alecrim. Do japonês quimono, samurai, gueixa. Do italiano lasanha, piano, maestro. Do russo czar, vodca. Quadro 2 - Vocábulos aportuguesados 2.1.2 NEOLOGISMOS Os neologismos são usados quando aquele que emite a mensagem não en- contra uma palavra com significado similar na língua ou quando esse usa uma palavra com sentido novo, diferente do original, e após algum tempo, é incorpo- rado ao dicionário. Laranja fruta cítrica ou falso proprietário. Gato animal felino ou ligação clandestina. Quadro 3 - Neologismos 2 COMUNICAÇÃO 23 Já a informática está repleta de exemplos de novas palavras, que estão inseri- das na nossa língua. Deletar eliminar, apagar. Lincar acessar documento de hipertexto por meio de link. fornecer nome do usuário e senha, permitindo acesso ao computa- Logar dor. Quadro 4 - Neologismos da informática 2.1.3 GÍRIAS As gírias nascem em um determinado grupo social e passam a fazer parte da linguagem, revelando, inclusive, a idade do falante. Você deve conhecer muitas, não é mesmo? Anos 50 Hemera Technologies (20--?) COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 24 Atualmente Ciaran Griffin (20--?) 2.1.4 REGIONALISMO A influência de várias culturas deixou, no Brasil, muitas marcas que acentua- ram a riqueza do vocabulário. O regionalismo linguístico também apresenta dife- renças no sotaque e na pronúncia das palavras, sem necessariamente, constituir- -se num erro. Um objeto pode receber um nome numa região e, em outra, um completamente diferente. Para compreender melhor o assunto, veja os exemplos. Ah, qual deles é mais usado na sua região? Photodisc (20--?) 2 COMUNICAÇÃO 25 a) Pipa b) Papagaio c) Pandorga Hemera (20--?) a) Semáforo b) Farol c) Sinaleira Hemera (20--?) a) Mandioca b) Aipim c) Macaxeira COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 26 Você pôde perceber que a comunicação se dá por diversas formas de lingua- gem. A cultura de um povo é um fator que contribui muito para as transforma- ções da língua. Agora, prepare-se para um novo percurso de aprendizagem. 2.2 PROCESSO Na etapa anterior, você viu que a comunicação humana foi o que diferenciou o homem das demais espécies. Em função da capacidade de analisar e expressar os pensamentos de forma oral ou escrita, o homem conseguiu, ao longo da história, repassar às outras pessoas aquilo que aprendeu e viveu. A comunicação é fundamental para o ser humano e confunde-se com a própria vida. Ao ler um texto, assistir TV, conversar com alguém ou interpretar os sinais de trânsito, realizam-se atos comunicativos. Em cada um desses atos, encontram-se os elementos: emissor, receptor, mensagem, canal, código e contexto. Office (20--?) Figura 4 -  Processo de comunicação humana Vamos conhecer cada um desses elementos? a) Emissor: emite a mensagem. b) Receptor: recebe a mensagem. c) Mensagem: conteúdo transmitido. 2 COMUNICAÇÃO 27 d) Canal: meio usado para transmitir a mensagem. e) Código: conjunto de signos usados para elaborar a mensagem. f) Contexto: objeto, fato/situação, imagem, juízo ou raciocínio a que a mensa- gem se refere. O emissor é quem elabora e transmite uma mensagem e, por isso, deve procu- rar ser claro e objetivo. FIQUE Toda a comunicação deve ter um objetivo claro: informar, ALERTA provocar, encantar, cativar, educar ou persuadir. O receptor é quem ouve a mensagem. Para ser efetivo na comunicação é ne- cessário que o emissor conheça o receptor. Quanto mais informações o emissor tiver sobre o receptor, mais chances ele terá para alcançar seu objetivo. Se o emis- sor souber qual é a idade, qual é o nível de conhecimento sobre o assunto e a cultura do receptor é mais fácil escolher as palavras certas para transmitir a men- sagem e ser efetivo. A mensagem é a ideia, intenção ou informação que se pretende comunicar, e o maior desafio é transmiti-las com clareza. A mensagem pode usar diversos signos, lembra que você estudou esse assunto anteriormente? O signo é composto por dois elementos inseparáveis: o significante que é a parte material ou o objeto e o significado que é a ideia que desejamos represen- tar, ou seja, a palavra mais o seu significado. Os signos podem ser verbais, não verbais, escritos, audiovisuais etc. Todas as línguas são compostas por um sistema de signos e um conjunto de regras que determinam como esses signos deverão ser utilizados. Provavelmente, quando criança, você e seus amigos criaram algum sistema de comunicação secreto para transmitir mensagens que deveriam ficar restritas a um pequeno grupo de pessoas, certo? Vocês criaram um código para se comunicar. As pessoas ao redor do planeta também criaram códigos para se comunicar. O código é a linguagem escolhida para transmitir uma determinada mensagem. Existem vários códigos que foram desenvolvidos para que as pessoas pudessem se entender. Conheça alguns deles. 28 COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA Libras Morse latino Código Alfabeto Luiz Meneghel (2011) A. G. Reinhold (20--?) iStockphoto (20--?) 2 COMUNICAÇÃO 29 Alfabeto árabe Luiz Meneghel (2011) Quadro 5 - Libras, código morse, alfabeto latino e alfabeto árabe A mensagem precisa ser transmitida em um determinado formato para que possa ser interpretada pelo receptor. O emissor deve escolher um código conhe- cido pelo receptor, caso contrário, a comunicação não se dará. Outro aspecto im- portante no processo de comunicação humana é o canal utilizado para transmitir a mensagem. O canal é o instrumento utilizado para levar a mensagem do emis- sor ao receptor. Conheça a história do cometa Halley. Você vai achar diverti- do e interessante, perceber como as comunicações entre os vários personagens sofrem alterações que comprometem a SAIBA mensagem. MAIS Pesquise em site de busca pelas palavras-chave: cometa Hal- ley, comunicação, cellphones, educational, educação, come- ta, Halley, língua, portuguesa. Acompanhe a seguir, os principais canais de comunicação utilizados pelos se- res humanos: a) ar; b) telefone; c) rádio; d) televisão; e) Internet. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 30 É preciso compreender esse processo, porque ao saber FIQUE qual é a mensagem, para quem ela se destina, que tipo de canal será usado, qual é o contexto em que a mensagem ALERTA se dará e qual o código a ser usado, tem-se mais chances de ser efetivo na comunicação. Você percebeu que existem diversas formas de comunicação, facilitando assim o envio da mensagem. Todos os dias, todos os momentos, estamos nos comuni- cando por diversos canais. Muitas vezes, há erros na comunicação que nos levam a situações desagradáveis. Mas podemos evitar alguns problemas, conhecendo melhor como acontece o processo de comunicação. Confira a seguir um exemplo de falhas na comunicação, e perceba como estas falhas podem ocasionar diver- sos transtornos na vida pessoal, profissional e social de uma pessoa. CASOS E RELATOS Erro por defasagem no universo vivencial Um dentista recém formado decidiu iniciar sua carreira numa cidade do interior do Amazonas, movido pelo idealismo de ajudar uma população carente.  Ciente de suas responsabilidades, procurava dar orientações e exemplos práticos a fim de orientar seus pacientes sobre os cuidados que deveriam ser tomados para evitar hemorragia após a extração de den- tes. Assim, entre outros conselhos, invariavelmente citava: “nada de café quente na boca”. Qual não foi sua surpresa quando um de seus pacientes apareceu no dia seguinte à extração com a boca toda inchada. Ao lhe perguntar o que tinha acontecido, ele respondeu que não sabia, pois tinha feito direitinho tudo o que o doutor havia mandado: “tomei café quente e fui nadar”... Antes de se comunicar com pessoas de ambientes culturais diferentes do seu, procure se familiarizar com os usos costumes da localidade, a fim de evitar termos que podem ter conotações distintas. Fonte: Peres (2010) 2 COMUNICAÇÃO 31 Comunicar-se bem é também um desafio. Você será desafiado, constante- mente, para vivenciar ótimos momentos de aprendizagem que enriquecerá sua prática pessoal e profissional de comunicação. Quer aprofundar os seus conhecimentos sobre os assuntos SAIBA abordados? Leia: CENARO, Katia Flores; LAMÔNICA, Dionísia MAIS Aparecida Cusin; BEVILACQUA, Maria Cecília. O Processo de Comunicação. São José dos Campos, SP: Pulso, 2007. Recapitulando Neste capítulo, você descobriu que a comunicação foi o que diferenciou o homem das demais espécies, e para que ela ocorresse, fez-se necessário desenvolver a linguagem oral e a escrita. Os primeiros sinais de comu- nicação humana são desenhos encontrados nas paredes das cavernas feitos pelos homens pré-históricos. Para transferir algum tipo de conhe- cimento para outra pessoa, o homem desenvolveu um sistema de signos formando a língua, que é um conjunto de palavras usadas por um deter- minado povo. Você também conheceu a origem da língua portuguesa, que foi do latim, língua falada no estado Lácio, na Itália, e que é a quinta língua mais fala- da no mundo. Você identificou que existem duas formas de expressão: a linguagem culta e a coloquial. A língua é dinâmica e está sempre se mo- dificando porque sofre influência de outras culturas, línguas. Para que o processo de comunicação ocorra, alguns elementos são ne- cessários: emissor, receptor, mensagem, canal, código e o contexto. O grande desafio do ser humano é ser efetivo na transmissão de suas in- tenções. Na próxima etapa, você terá a oportunidade de conhecer as técnicas de intelecção de texto para ler, compreender e interpretar textos adequada- mente. Técnica de Intelecção de Texto 3 Você já teve dificuldades para compreender um texto? A grande maioria dos estudantes sente essa dificuldade, mas para compreender um texto, você deve seguir algumas dicas preciosas. Um texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem construída que forma um todo significativo. Um bom texto deve ter coerência e coesão textual, sem ambigui- dades ou redundâncias. Além de compreender um texto, é necessário interpretá-lo, ou seja, for- mar uma ideia própria para posteriormente desenvolver o próprio texto. Descubra como você pode fazer isso com o estudo das seções desta unidade com as quais você terá subsídios para: a) ler, compreender e interpretar textos adequadamente; b) interpretar textos, inclusive técnicos. A partir de agora você está convidado a explorar todas as informações disponíveis sobre o assunto, fazendo do seu aprendizado um processo de construção do conhecimento. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 34 1 coerência 3.1 ANÁLISE TEXTUAL Refere-se à unidade do O objetivo da análise textual é permitir ao leitor fazer um levantamento dos tema. elementos do texto, que permitem a sua compreensão, para depois se fazer o julgamento crítico do mesmo. Existe alguma diferença entre compreender e interpretar um texto? Existe uma grande diferença entre compreender e interpretar um texto. Para compreender um texto, o leitor deve identificar qual é a regência verbal empre- gada - compreendendo, então, o significado exato das palavras - identificar as referências históricas, políticas, ou geográficas usadas pelo autor para situar o tex- to. Por outro lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o autor do texto quis transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo. A grande maioria das pessoas acredita que é muito difícil ler e interpretar um texto, pois cada um interpreta o que lê, segundo as suas crenças, valores e filtros. Porém, cabe destacar que isso não é bem verdade, porque o que está dito, está dito e não pode ser modificado. VOCÊ Que numa prova de um concurso ou processo seletivo o que deve ser levado em consideração, na hora de fazer a SABIA? intelecção de um texto, é o que o autor diz e nada mais! Jupiterimages (20--?) 3 Técnica de intelecção de texto 35 Para que você interprete adequadamente um texto, siga algumas regras. a) Fazer uma leitura prévia, procurando ter uma visão geral do assunto. b) Identificar as palavras desconhecidas e descobrir seu significado no dicio- nário. c) Reler o texto várias vezes, procurando compreender o que o autor está ten- tando trsansmitir. d) Identificar aquilo que não está explícito no texto, as ironias, as sutilezas e eventuais malícias. e) Não criticar as ideias do autor. f) Ler cada parágrafo separadamente e identificar a ideia central. g) Quando o autor apresentar suas ideias, procure fundamentos lógicos. Então, você já tinha utilizado alguma dessas regras? É muito importante apli- cá-las no seu momento de leitura, certamente você terá muitos benefícios. 3.1.1 COERÊNCIA TEXTUAL O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem cons- truída que forma um todo significativo. “A palavra texto origina-se do verbo tecer: trata-se de um particípio – o mesmo que tecido. Assim, um texto é um tecido de palavras.” (CAMPEDELLI e SOUZA, 1999, p. 13). Um texto claro e conciso contém palavras selecionadas e frases bem constru- ídas, sem ambiguidades, redundâncias, modismos e emprego excessivo da voz passiva. A coerência é também resultante da adequação do que VOCÊ se diz ao contexto extraverbal, ou seja, àquilo o que o SABIA? texto faz referência, que precisa ser conhecido pelo re- ceptor. A coerência1 textual ocorre quando há uma relação harmoniosa entre as ideias apresentadas no texto. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 36 Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógi- ca, com início, meio e fim. Seus fatos também devem ser apresentados de forma coerente e sem contradições, e a linguagem deve ser adequada ao tipo de texto. É comum encontrar textos confusos e difíceis de serem entendidos. Isso ocor- re porque tanto a coerência quanto a coesão não estão sendo aplicadas. Observe a frase a seguir: Fazendo sucesso com seu novo restaurante que oferece pratos típicos, o Empresário José da Silva, localizado na Rua dos An- dradas, 265. Quem está localizado? O empresário ou o restaurante? A clareza de um texto é resultado do uso adequado de palavras e a construção das ideias de maneira bem elaborada. “A maneira como são articuladas as ideias por meio das palavras e das frases é que determina se há uma unidade de sentido ou apenas um amontoado de frases desconexas.” (SARMENTO e TUFANO, 2004, p. 371). Segundo Cegalla (2000, p. 590) um bom texto deve ter: Correção gramatical respeito às normas linguísticas. Concisão dizer muito em poucas palavras. Clareza Precisão empregar o termo adequado e de forma acertada. evitar empregar termos rebuscados e desconhecidos Naturalidade ao leitor. Originalidade evitar a vulgaridade e a imitação. Nobreza evitar o uso de termos chulos. ser colorido e elegante (uso criterioso de figuras de Harmonia linguagem). Quadro 6 - Características de um texto COESÃO TEXTUAL A coesão textual exige que sejam empregados vários elementos de forma ade- quada: 3 Técnica de intelecção de texto 37 Luiz Meneghel (2011) Figura 5 -  Coesão textual Há também vários fatores que podem contribuir para que um texto perca a sua coesão textual: a) regências incorretas; b) concordâncias incorretas; c) frases inacabadas; d) inadequação ou ambiguidade no emprego de pronomes. Para um texto ter unidade textual, faz-se necessário lançar mão de vários re- cursos linguísticos para unir orações e parágrafos. Os mais conhecidos são: e, nem, mas, também, porém, entretanto, ou, logo, portanto, pois, Conjunção como, embora, desde que, se, conforme, de modo que etc. Preposições a, ante, após, até, com, em, entre, para, perante, segundo etc. Pronomes eu, nós, me, mim, comigo, consigo, te, lhe etc. sim, certamente, realmente, talvez, muito pouco, abaixo, além, Advérbios não, agora, hoje, cedo, antes, ora, afinal etc. Quadro 7 - Recursos linguísticos para um texto COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 38 2 coesão Além desses fatores, também deve-se evitar os períodos muito longos, voca- bulário rebuscado, pontuação inadequada, a ambiguidade e a redundância para É a conexão entre os elementos ou as partes do que o texto tenha coesão2 e clareza textual. texto. Se esses recursos forem mal empregados, o texto se tornará ambíguo e incoe- rente. Mas como um texto se torna ambíguo e incoerente? A ambiguidade é causada pelo uso inadequado da pontuação, com o emprego de palavras de duplo sentido e por problemas de construção das frases. A redun- dância é o emprego de palavras ou ideias de maneira repetida ou desnecessária. Lembre-se, você é capaz de construir e reconstruir o significado de um texto por meio da integração das novas informações com os conhecimentos prévios. Portanto, a compreensão textual depende também do conhecimento do mundo. Assunto que você estudará a seguir. 3.2 ANÁLISE TEMÁTICA A primeira leitura que o ser humano faz, é a leitura do mundo que o rodeia. Luiz Meneghel (2011) O homem aprende a interpretar as diversas reações das pessoas, com as quais convive, e diferencia as receptivas das agressivas, por exemplo. Com o desenvol- vimento e aprimoramento, ao longo dos anos, o ser humano chega até a leitura de textos escritos. 3 Técnica de intelecção de texto 39 A primeira leitura que se faz de qualquer texto é sensorial. O leitor, ao tomar em suas mãos uma publicação, trata-a como um objeto em si, observando-a, apalpando-a, avaliando seu aspecto físico e a sensação tátil que desperta. (INFANTE, 1998, p. 49). Se a leitura é algo sensorial e tátil, é preciso que o leitor esteja verdadeiramen- te interessado e busque prazer nessa atividade, assim o processo se torna mais fácil e produtivo. Muitas vezes a compreensão de um texto vai além do que está escrito, é preciso buscar, não só o que o autor disse, mas também a mensagem que se teve a intenção de passar. Um texto, dependendo da sua finalidade, apresenta um tipo de linguagem, que pode ser formal ou informal. O texto escrito, na maioria das vezes, segue regras mais rígidas, aplicadas es- pecificamente à escrita, enquanto a linguagem falada é mais flexível e se adapta livremente às diversas situações. Após a leitura de um texto, cabe ao leitor verificar se compreendeu a mensa- gem do autor. Por exemplo, você terminou de ler um texto importante e deve ser capaz de responder algumas questões como: a) Qual é o assunto tratado? O texto trata do quê? b) Que levou o autor a escrever esse texto? Que ele está procurando respon- der? c) Qual é o tipo de texto: jornalístico, acadêmico, técnico? d) Qual é a ideia central do texto? Qual é a tese apresentada? Qual é a resposta do autor à questão abordada no texto? e) Quais são as ideias secundárias ou argumentos que auxiliam a fundamentá- -las? Os argumentos são convincentes? Respondendo a esses questionamentos, você está fazendo uma análise te- mática, que permite elaborar esquemas coerentes e que refletem claramente as ideias do autor. Os esquemas facilitam a elaboração de resumos que sintetizam as ideias do autor. Para tornar mais claro todo esse assunto acompanhe um exemplo onde a co- municação foi mal interpretada gerando um grande problema. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 40 CASOS E RELATOS Má interpretação da comunicação A empresa Oliveira, líder no mercado de produtos de beleza, tem suas ven- das calçadas apenas em suas promotoras de vendas que fazem o atendi- mento aos clientes de porta em porta. Semanalmente, os pedidos são en- caminhados para o depósito central que está localizado na cidade de São Paulo. O seu sistema de distribuição de produtos precisa ser eficiente e ágil para que os produtos cheguem rapidamente nas mãos de suas promotoras de vendas para serem entregues aos clientes. Recentemente, a empresa implantou um sistema de controle de estoque informatizado e os resultados foram alarmantes. De acordo com os rela- tórios do primeiro trimestre, pelo menos 130 mil reais em mercadorias ha- viam desaparecido. Curiosamente há alguns dias atrás o gerente do depó- sito central, Pedro Paulo, encontrou no lixo vários produtos embrulhados como se ali tivessem sido colocados para serem retirados mais tarde. Pedro Paulo resolveu fazer uma carta para ser entregue a todos os funcio- nários do depósito central. A carta dizia: “O novo sistema de controle de estoque implantado em nossa empresa identi- ficou que sumiram 130 mil reais em mercadorias. A partir de hoje, pessoas não autorizadas não poderão entrar no depósito central e todos os funcionários não poderão mais levar embrulhos para fora do depósito ao final do expedien- te. De forma nenhuma os leais e fiéis empregados devem interpretar isso como insinuação de que são ladrões. Estamos tomando estas medidas para evitar que novos desaparecimentos aconteçam. Apreciamos a sua cooperação e agradecemos a sua ajuda no passado.” Essa comunicação mal feita provocou uma série de problemas porque os funcionários se sentiram ofendidos e muitos levaram a carta ao sindicato da categoria que entrou com um processo contra a empresa por injuria e difamação. Em vez de solucionar o problema, o clima no armazém central ficou insustentável. O gerente foi demitido e o problema não foi soluciona- do. Comunicações mal feitas podem ter resultados inusitados. Viu? Este fato nos permite uma boa reflexão para compreender o assunto estudado até o momento 3 Técnica de intelecção de texto 41 Lembre-se de que, por meio da análise temática, você poderá avaliar o grau de compreensão e apreensão do texto. Porém, você também precisa fazer sua própria interpretação. Quer saber como proceder? Confira o próximo assunto. 3.3 ANÁLISE INTERPRETATIVA Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo, ou seja, é preciso formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas, explorar toda riqueza dos argumentos expostos. VOCÊ A análise interpretativa objetiva apresentar uma posição SABIA? própria a respeito das ideias do texto. Think Stock (20--?) Neste momento, o leitor deve refletir criticamente sobre as ideias apresenta- das no texto, posicionando-se frente a ele. Nessa fase, é importante identificar claramente o pensamento do autor e o comparar com as ideias de outros autores que escreveram sobre o mesmo tema. Para fazer isso, é importante situar o texto no contexto da vida e da obra do autor, bem como no contexto de outros textos. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 42 Um texto escrito em 1800 tem um contexto bem diferente FIQUE de hoje e, por isso, não pode ser interpretado da mesma ALERTA maneira, pois a cultura, os valores e a própria realidade eram outros. Também é necessário identificar as teorias, correntes, validade, originalidade, profundidade e amplitude do tema. Para fazer a análise interpretativa de um tex- to, o leitor deve ter lido outras obras sobre o mesmo tema em questão. Uma vez tendo realizado todas as etapas, você como leitor terá condições de produzir conhecimento, fazendo novas proposições. Para explorar o assunto estudado neste capítulo, leia CERE- SAIBA JA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar; CLETO, Ciley. Interpretação de Textos: Construindo Competências MAIS e Habilidades em Leitura. Atual, 2009. E conheça questões de vestibular para testar a interpretação. Recapitulando Como você viu neste capítulo, a intelecção de texto envolve uma série de aspectos que precisam ser observados. Para compreender um texto, o leitor deve identificar qual foi a regência ver- bal empregada - compreendendo o significado exato das palavras - e iden- tificar as referências históricas, políticas, ou geográficas, usadas pelo autor para situar o texto. Por outro lado, interpretar é concluir ou deduzir o que o autor do texto quis transmitir, julgando ou opinando sobre o seu conteúdo. O texto não é a soma ou sequência de frases isoladas, é uma mensagem construída que forma um todo significativo. Por isso, um texto claro e con- ciso contém palavras selecionadas e frases bem construídas, sem ambigui- dades, redundâncias, modismos e emprego excessivo da voz passiva. Um texto coerente deve apresentar seu conteúdo de forma ordenada e lógica, com início, meio e fim. 3 Técnica de intelecção de texto 43 A análise temática permite ao leitor elaborar esquemas coerentes e que refletem claramente as ideias do autor. Os esquemas facilitam a elaboração de resumos que sintetizam as ideias do autor. Após a análise temática de um texto, faz-se necessário interpretá-lo, ou seja, formar uma ideia própria sobre o texto lido, ler nas entrelinhas, explo- rar toda riqueza dos argumentos expostos. Para fazer a análise interpretativa de um texto, o leitor já deve ter lido ou- tras obras sobre o mesmo tema em questão. O próximo tema de estudo será o parágrafo, sua estrutura, unidade interna e tipos existentes. Parágrafo 4 O parágrafo é composto por vários períodos que apresentam uma única ideia. Ele é uma unidade de discurso autossuficiente, composto por uma sequência de frases organizadas em um ou mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. Os parágrafos podem ser narrativos, descritivos ou dissertativos, pois acompanham o tipo de texto que se está elaborando. Os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, um desenvolvimento e uma conclusão com unidade, coerência, concisão e clareza. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para: a) identificar a estrutura interna de parágrafo; b) diferenciar os tipos de parágrafos; c) identificar quais são os aspectos necessários para que um parágrafo tenha uma boa uni- dade interna. Vamos entrar no assunto com muita dedicação e autonomia? Lembre-se de que a sua apren- dizagem depende da sua participação no processo. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 46 4.1 ESTRUTURA INTERNA E TIPOS DE PARÁGRAFOS Antes de iniciar o estudo do parágrafo, é necessário que você compreenda alguns termos que costumam causar confusão. Todo o parágrafo é composto por vários períodos que apresentam uma única ideia. O período é composto por uma ou mais orações com sentido completo e ter- mina com um sinal de pontuação - ponto final, exclamação ou outro equivalente. Você sabe qual a diferença entre frase e oração? A oração é a frase que contém um ou mais verbos. A frase é um enunciado com sentido completo, que pode ou não conter um verbo. O parágrafo é unidade de discurso autossuficiente, com- FIQUE posto por uma sequência de frases organizadas em um ou ALERTA mais períodos, que apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. Quer conhecer um exemplo de parágrafo mal elaborado? Confira a seguir CASOS E RELATOS Problemas na construção de parágrafos Professora Maria dava aula de comunicação oral escrita para a turma do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Soares e como sem- pre, gostava de ler as produções de seus alunos. Certo dia, a professora pediu para que eles elaborassem um parágrafo sobre o tema que foi tra- tado na palestra que assistiram na semana do meio ambiente. Todos estavam empolgados para escrever um pequeno parágrafo sobre aquele assunto que havia despertado tanto interesse. Na palestra eles ouviram falar que o planeta estava sofrendo com o aquecimento global e, que em alguns lugares os efeitos da radiação solar podiam ser sentidos na pele, visto que a quantidade de câncer de pele, naquelas regiões, era enorme. Também ouviram que o clima do planeta está bastante instável e que as estações do ano não são mais tão claras como eram antigamen- te. 4 Parágrafo 47 Quando a professora começou a ler as produções se deparou com o se- guinte texto de João: “Com o aquecimento global o planeta não tem mais segurança da radiação do Sol, o tempo não se entende mais um dia ta frio outro ta calor e isso prejudica muito a saúde da nossa população.” A professora não entendeu nada e compreendeu que João tinha proble- mas para estruturar um parágrafo e que sem unidade interna qualquer produção perde seu sentido. Ela retomou o conteúdo e orientou nova- mente o aluno para que esse desenvolvesse essa competência. A partir do exemplo citado anteriormente podemos considerar o parágrafo como um pequeno texto e que deve ter um tema delimitado (o quê?) e um obje- tivo claro (para quê?). Como todo o texto, o parágrafo pode ser curto ou longo e deve apresentar introdução, desenvolvimento e conclusão. Não se deve usar parágrafos demasiadamente longos, VOCÊ pois dificultam a transmissão de uma ideia de forma cla- SABIA? ra e objetiva. Os parágrafos longos podem confundir ou dispersar a atenção do leitor. Como o parágrafo é um microtexto, estes podem ser narrativos, descritivos ou dissertativos, pois acompanham o tipo de texto que se está elaborando. Confira no quadro a seguir características que podem auxiliar você na identificação de cada tipo de texto. Narração • Relato de fatos. • Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo. • Apresentação de um conflito. • Uso de verbos de ação. • Geralmente, é mesclada de descrições. • O diálogo direto e o indireto são frequentes. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 48 Descrição • Relato de pessoas, ambientes, objetos. • Predomínio de atributos. • Uso de verbos de ligação. • Emprego frequente de metáforas, comparações e outras figuras de linguagem. • Resulta em uma imagem física ou psicológica. Dissertação • Defesa de um argumento. a) Apresentação de uma tese que será defendida. b) Desenvolvimento ou argumentação. c) Fechamento. • Predomínio da linguagem objetiva. • Prevalece a denotação. Quadro 8 - Características dos textos Fonte: Campelli e Souza (2000) Na narração, o narrador conta uma história vivida por algum personagem, or- ganizada numa determinada sequência de tempo e lugar. Na narração o principal elemento é a história, que deve ter começo, meio e fim. Observe que quem conta a história é alguém de fora, que apenas narra os fa- tos, sem emitir opiniões. Na descrição, são expostas características de pessoas, objetos, situações, lu- gares etc. A descrição normalmente ocorre dentro de um texto narrativo ou dis- sertativo, pois auxilia o leitor a imaginar a cena ou o local. Observe que o texto descritivo não tem um narrador, somente um observador. A descrição é utilizada, principalmente, em relatórios de experimentos que você realiza nos laboratórios. Na dissertação, o autor expõe uma ideia sobre um determinado assunto, que ele defende ou questiona, apresentando argumentos que embasam seu ponto de vista. Observe que na dissertação, o autor tenta convencer o leitor sobre o seu ponto de vista. Que os escritos antigos não tinham pontuação, parágra- fos, capítulos, versículos, divisões, títulos. Eram escritos VOCÊ mais ou menos assim:  SABIA? Portantoidefazeidiscipulosdetodasasnacoesbatizan- doosemnomedopaiedofilhoedoespiritosanto 4 Parágrafo 49 Seja qual for o tipo de texto, você precisa saber usar o parágrafo corretamente, para deixar sua ideia clara e objetiva. 4.2 UNIDADE INTERNA Ao elaborar um texto, o autor precisa ter claro qual o tema a ser desenvolvido. Como o tema do texto não muda, quando se faz um novo parágrafo não se muda de assunto. O que muda é a abordagem e os argumentos apresentados em cada parágrafo para explicar, esclarecer ou transmitir as ideias do autor, de tal forma que o leitor compreenda o texto. Os parágrafos devem ter unidade, coerência, concisão e clareza. Essas defini- ções, você já estudou no capítulo anterior, certo? Normalmente, os parágrafos apresentam uma introdução ou tópico frasal, um desenvolvimento e uma conclusão. Conheça um pouco mais sobre cada uma dessas etapas. Luiz Meneghel (2011) Figura 6 -  Etapas do parágrafo FIQUE Nos parágrafos mais curtos a conclusão sempre está pre- ALERTA sente. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 50 Passar de um parágrafo carece de uma atenção especial por parte do autor do texto. Não se deve passar de um parágrafo para o outro de maneira abrupta, pois é necessário fazer um encadeamento lógico e natural dos mesmos. Em alguns casos, é necessário acrescentar um parágrafo de transição, para que a sucessão de ideias seja apresentada de maneira harmoniosa. O texto deve conter parágrafos que apresentem assuntos diferentes sobre o tema, para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo. Outro aspecto que precisa ser observado na elaboração de um texto, e principalmente dentro do parágrafo, é a repetição desnecessária de palavras, termos chulos ou rebuscados. Que tal fazer um teste para verificar como anda a sua comu- nicação? SAIBA Acesse: <http://vocesa.abril.com.br/testes/carreira/Como- MAIS -vai-sua-comunicacao.shtml> Termo chave: Como vai sua comunicação Você percebeu a importância do parágrafo bem elaborado em um texto? Para fortalecer seus conhecimentos, você tem como tarefa efetivar sua aprendizagem, por meio da prática. Pois unindo à teoria, o resultado será recompensador. Recapitulando Você estudou que todos os parágrafos são compostos por vários períodos e apresentam uma única ideia. São unidades de discurso autossuficientes compostos por uma sequência de frases organizadas em um ou mais perí- odos e apresentam um ponto de vista ou uma ideia básica. Um parágrafo tem introdução, desenvolvimento e conclusão, mantendo unidade, coe- rência, concisão e clareza e podem ser curtos ou longos. Os parágrafos são microtextos e podem ser narrativos, descritivos ou dis- sertativos, pois acompanham o tipo de texto que está sendo elaborado. O texto deve apresentar parágrafos com assuntos diferentes sobre o tema, para que não se torne repetitivo, redundante e cansativo. Agora que você já sabe como elaborar um parágrafo, aprenda a seguir como desenvolver uma descrição. 4 Parágrafo 51 Anotações: Descrição 5 A descrição é um tipo de texto onde se relata, enumera e detalha as características, quali- dades ou especificações de seres animados ou inanimados, a partir de um determinado ponto de vista. Ela procura desenhar em palavras uma determinada imagem, de tal forma que o leitor possa visualizar em sua mente o que o autor está querendo transmitir. Os três tipos de descrição são de objeto, processo e de ambiente. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para: a) produzir uma descrição; b) identificar seus fundamentos; c) identificar as características desse tipo de texto; d) elaborar descrições técnicas por meio de textos e imagens; e) elaborar textos, inclusive técnicos; A partir de agora, você está convidado a percorrer uma nova trajetória de aprendizagem, explorando todo o assunto com autonomia e sua habitual dedicação. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 54 5.1 CONCEITUAÇÃO VOCÊ Conceito é aquilo que a mente concebe ou entende: uma ideia ou noção, representação geral e abstrata de SABIA? uma realidade. A descrição é um tipo de texto onde se relata, enumera e detalha as caracte- rísticas, qualidades ou especificações de seres animados ou inanimados (pessoas, impressões, coisas, locais, cenários, odores, ruídos ou processos) a partir de um determinado ponto de vista. Murilo Mendes (1968, p. 88) ilustra muito bem o texto descritivo. [...] Prima Julieta, jovem viúva, aparecia de vez em quando na casa de meus pais ou na de minhas tias. O marido, que lhe dei- xara uma fortuna substancial, pertencia ao ramo rico da família Monteiro de Barros. Nós éramos do ramo pobre. Prima Julieta possuía uma casa no Rio e outra em Juiz de Fora. Morava em companhia de uma filha adotiva. E já fora três vezes à Europa. Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibi- líssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade. Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Vir- gílio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os cabelos brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboletavam. A voz rouca e ácida, em dois planos, voz de pessoa da alta sociedade. [...] A descrição procura desenhar em palavras uma determinada imagem de tal forma que o leitor possa visualizar em sua mente, o que o autor está querendo transmitir. 5 Descrição 55 A intenção do autor desse tipo de texto é permitir que o leitor possa visualizar mentalmente a cena descrita, a fim de localizá-la, identificá-la ou qualificá-la, se- gundo os objetivos do texto. Diante de duas estantes diferentes, pode-se identificá-las por meio do subs- tantivo: estante. Essa palavra identifica o objeto, mas não o descreve. A estante pode ser pequena, grande, antiga, moderna, quebrada. Jupiterimages (20--?) O objetivo da descrição é transmitir ao leitor a imagem, percebida pelo autor do texto e, por isso, os adjetivos e atributos são elementos importantes na cons- trução desse tipo de texto. Um texto descritivo utiliza verbos de ligação. Os verbos de ligação não indicam ação, fazem a ligação entre o sujeito (ser de quem se fala) e suas características (predicativos do sujeito). O texto descritivo também deve ser figurativo, relatando propriedades e as- pectos simultâneos dos elementos não existindo relação de anterioridade e pos- terioridade entre os enunciados, ou seja, não existe progressão temporal. Vamos explorar melhor o assunto, analisando um exemplo real de descrição textual. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 56 CASOS E RELATOS Aula de comunicação Durante uma aula de comunicação oral e escrita, em um curso técnico, a professora Maria Aparecida propôs uma atividade de produção de texto aos alunos. Esta produção fazia parte do conteúdo programático: gênero textual – descrição. Então, deu-se o início da aula, e a professora Maria Aparecida começou a explicar mais sobre o gênero em questão, e os alunos estavam cada vez mais atentos. Após toda a abordagem, foi passada a proposta para o de- senvolvimento do texto descritivo. A sugestão para elaboração do texto era para cada aluno descrever a sua cidade natal, tornando, assim, esta atividade mais real para todos. Assim, cada aluno começou a pesquisar sobre a sua cidade natal e se en- volver com a atividade, porém um aluno que estava um pouco disperso fez vários questionamentos para a professora durante o desenvolvimen- to do texto. Dentre os questionamentos que Paulo fez, destacam-se: “se em um texto descritivo ele poderia inserir características da cidade, como por exemplo: números de habitantes, localização, nível de escolaridade dos habitantes, arquitetura, área urbana e rural”, enfim, fez várias pergun- tas relacionadas às características deste tipo de texto. A professora ficou surpresa, porque a falta de atenção do aluno era so- mente aparente, pois ele estava bem envolvido com a atividade. Enten- deu que em um texto descritivo é necessário levantar todos os dados que se considera relevante ao tema, porque é a partir das informações con- tidas nas descrições que o leitor pode visualizar o que foi dito no texto. Neste caso, todos puderam viajar um pouco pelo Brasil e conhecer mais sobre a cidade natal de seus colegas. Então, o que é preciso para que um texto descritivo tenha qualidade? Para que um texto descritivo tenha qualidade deve-se: a) utilizar linguagem clara e direta; b) escrever o texto com riqueza de detalhes; c) separar os detalhes físicos dos psicológicos. 5 Descrição 57 Todo o texto descritivo apresenta um observador, um tema (objeto, ser ou processo) e um conjunto de dados pertinentes ao tema. VOCÊ Que quanto mais o leitor se sentir parte integrante do ambiente, que está sendo descrito, mais qualificado seu SABIA? texto descritivo será! Segundo Infante (1998) para escrever um texto descritivo é necessário fazer um plano de trabalho respondendo questões como: a) Quais são os dados que serão usados? b) Como apresentar ao leitor os detalhes do que se está descrevendo? c) Qual a melhor ordem a ser seguida? d) Que tipo de impressão geral deve ser transmitido? e) Qual a finalidade do texto? (informar, convencer, transmitir impressões ou comunicar emoções ao leitor? Vale lembrar que a seleção dos dados pode ser limitada pela falta de conheci- mento do assunto por parte do observador, pelo local onde ele se encontra, bem como, por fatores psicológicos. Seu estado de espírito, seu ponto de vista sobre o tema FIQUE abordado e os objetivos que se pretende atingir, influen- ciarão na seleção dos dados e na organização do texto. ALERTA Apenas a descrição técnica tem objetividade absoluta e não pode ser influenciada pelo pensamento do autor. Segundo Infante (1998) os textos descritivos normalmente estão incorporados aos narrativos (os personagens e ambiente são caracterizados a partir do ponto de vista do narrador) ou ao processo argumentativo (fornecendo dados para o desenvolvimento da argumentação). Segundo Cestari (2011) todos os seres existentes no mundo físico, psicológico ou imaginário podem ser descritos. Para compreender melhor veja alguns exemplos: a) Mundo físico: Kika era uma simpática dash-hound, de olhos castanhos e pelo brilhante. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 58 b) Mundo psicológico: “A bondade era morna e leve, cheirava a carne crua guardada há muito tempo.” (Clarice Lispector). c) Mundo imaginário: Eu sou a Moça Fantasma que espera na rua do Chumbo o carro da madrugada. Da mesma forma, segundo Cestari (2011) pode-se descrever física e psicologi- camente tanto pessoas quanto personagens. a) Física: fornece características exteriores como altura, cor dos olhos, cabelo, forma do rosto, do nariz, da boca, porte, trajes. Sua pele era muito branca, os olhos azuis, bochechas rosadas. Estatura media- na, magra. Parecia um anjo. a) Psicológica - apresenta o modo de ser da pessoa ou personagem, seus há- bitos, atitudes e personalidade, características interiores.  Era sonhadora. Desejava sempre o impossível e recusava-se a ver a realidade. Os dados descritivos sobre uma realidade qualquer são o resultado de uma seleção de dados feita pelo autor, que se apoia nos seus sentidos físicos (audição, visão, olfato, paladar e tato) e podem sofrer limitações, conforme você viu ante- riormente. Luiz Meneghel (2011) Figura 7 -  Dados descritivos 5 Descrição 59 A descrição pode ser de duas formas. Confira! a) Subjetiva: quando o texto apresenta-se com uma visão pessoal do autor. b) Objetiva: quando o texto apresenta-se de forma concreta, sem juízo de va- lor. Exemplo: a descrição técnica. Todo o assunto abordado anteriormente oferece a você condições para elabo- rar um texto descritivo de maneira adequada. 5.2 DESCRIÇÃO DE OBJETO, PROCESSO E AMBIENTE Quer saber qual a diferença entre descrição de objeto, processo e ambiente? Acompanhe atentamente a seguir. A descrição de objeto, normalmente, é estática e tem a finalidade de identifi- car. As qualidades fundamentais desse tipo de descrição são: a) objetividade; b) simplicidade; c) precisão. Na descrição de objeto podem ser empregadas a linguagem denotativa e a conotativa. Ao escrever um texto, você pode usar tanto o significado FIQUE real da palavra (denotação), quanto o sentido figurado (conotação). Quando duas ou mais palavras tem signifi- ALERTA cados diferentes e as grafias idênticas, são chamadas de homônimos. A descrição de processo, normalmente técnica, utiliza a linguagem precisa e científica para descrever: a) processos; b) aparelhos; c) experiências; d) mecanismos; e) relatórios; f) receitas culinárias; g) fórmulas de remédios. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 60 1 verossimilhança Nesse tipo de texto, as informações devem ser apresentadas com palavras e frases claras e objetivas, de forma que o leitor compreenda o texto de forma ine- Que tem aparência de verdade. Semelhante quívoca. Ela também exige que o autor do texto tenha um conhecimento profun- à verdade = plausível, do do assunto ou da observação feita. provável. Esse tipo de texto pode vir acompanhado de mapas, desenhos, fotos, diagra- mas ou fluxogramas para auxiliar o leitor a compreender a mensagem do autor. O relatório técnico você estudará detalhadamente na unidade 6. A descrição do ambiente ou paisagem tem o objetivo de identificar ou lo- calizar o leitor, tanto pela necessidade de precisão informativa, quanto para dar verossimilhança1. Nesse tipo de descrição, as informações fornecidas caracterizam o objeto do texto e não apresentam a opinião do leitor sobre a paisagem. Conhecendo cada um dos tipos de descrição, você poderá elaborar um texto de acordo com a necessidade e objetivos. Explore todas as informações disponí- veis até o momento. Lembre-se de que a construção do conhecimento acontece por diversas formas de aprendizagem. SAIBA Para compreender melhor como produzir descrições ade- quadamente consulte o livro SERAFINI, Maria Teresa. Como MAIS escrever textos. Rio de Janeiro: Globo, 1985. Recapitulando A descrição é um tipo de texto que relata, enumera e detalha as caracterís- ticas, qualidades ou especificações de seres animados ou inanimados, sob um determinado ponto de vista. A descrição procura desenhar em palavras uma determinada imagem, de forma que o leitor possa visualizar, em sua mente, o que o autor está que- rendo transmitir. Para que um texto descritivo tenha qualidade, deve-se utilizar linguagem clara e direta, com riqueza de detalhes, separando-os dos físicos e psicoló- gicos. 5 Descrição 61 Todo o texto descritivo apresenta um observador, um tema (objeto, ser ou processo) e um conjunto de dados pertinentes ao tema. Os textos descritivos normalmente estão incorporados: a) aos narrativos (os personagens e ambiente são caracterizados a partir do ponto de vista do narrador); b) ao processo argumentativo (fornecendo dados para o desenvolvimento da argumentação). Os dados descritivos sobre uma realidade qualquer são o resultado de uma seleção de dados feita pelo autor, que se apoia nos seus sentidos físicos (audição, visão, olfato, paladar e tato) e que podem sofrer limitações. Os três tipos de descrição são de objeto, processo e de ambiente. Dessa forma a descrição de objeto normalmente é estática e tem a finalidade de identificar. Já a descrição de processo, normalmente técnica, utiliza a linguagem precisa e científica para descrever processos, aparelhos, expe- riências, mecanismos, relatórios, receitas culinárias, fórmulas de remédios etc. A descrição do ambiente ou paisagem tem o objetivo de identificar ou localizar o leitor, tanto pela necessidade de precisão informativa, quanto para dar verossimilhança. A seguir, você aprenderá a fazer uma dissertação e identificar as diferenças que existem entre alguns textos. Vamos em frente! Dissertação 6 Diariamente somos chamados a dar opiniões, tomar decisões e expor nossos pontos de vis- ta, para isso, utilizamos nosso poder de persuasão e argumentação. Para expor nossas ideias, normalmente, utilizamos a dissertação, que é o tipo de texto mais utilizado nos meios acadêmi- co e empresarial, pois exige um posicionamento frente a alguma ideia ou tese. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para: a) compreender a estrutura de uma dissertação; b) identificar os tipos de argumentação para produzir textos dissertativos com qualidade; c) elaborar textos. Explore todo o conteúdo apresentado, investigue as condições de aprendizagem para efe- tivamente conduzir seu processo educacional. Abuse da autonomia e entusiasmo para que o conhecimento adquirido seja de forma criativa e dinâmica. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 64 6.1 ESTRUTURA No cotidiano o ser humano é chamado a dar opiniões, tomar decisões e expor pontos de vista, para isso, utiliza seu poder de persuasão e argumentação. Microsoft Office (20--?) É a atitude linguística da dissertação que permite fazer uso da linguagem a fim de expor ideias, desenvolver raciocínios, en- cadear argumentos, atingir conclusões. Os textos dissertativos são produtos dessa atitude e participam ativamente do nosso cotidiano falado e escrito. (INFANTE, 2000, p. 159). A dissertação é o tipo de texto mais utilizado nos meios acadêmico e empresa- rial, pois exige do autor um posicionamento frente a alguma ideia ou tese. O texto dissertativo tem como base a argumentação, já que seu objetivo é, por meio da exposição de fatos, ideias e conceitos, exprimir uma ou várias opiniões e/ ou chegar a conclusões. Segundo Campedelli e Souza (2000, p. 187) um texto dissertativo possui as seguintes características: 6 Dissertação 65 Luiz Meneghel (2011) Figura 8 -  Características dos textos argumentativos Fonte: Campedelli e Souza (2000) Uma dissertação se divide em três partes. Vamos conhecer cada uma delas? Introdução a) Definir a questão, situando o problema, descrevendo a tese que será defen- dida no desenvolvimento. b) Indicar o caminho a seguir. Desenvolvimento a) Apresentar os argumentos para defender e justificar a tese ou ideia propos- ta na introdução, apontando semelhanças de ideias, divergências, compara- ções e ligações a fim de comprovar a tese. Conclusão a) Deve ser breve e marcante. b) Retomar a tese. c) Recapitular as ideias apresentadas no desenvolvimento, dando um fecha- mento ao texto. Conhecendo a estrutura da dissertação, você já pode elaborar um texto disser- tativo com qualidade. Se achar necessário, retome a leitura do conteúdo quantas vezes desejar. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 66 6.2 ARGUMENTAÇÃO O texto dissertativo apresenta argumentos, ou seja, defende uma ideia. Para defender um ponto de vista é preciso saber argumentar. Na lógica, um argumento é um conjunto de uma ou VOCÊ mais sentenças declarativas, também conhecidas como SABIA? proposições, ou ainda, premissas, acompanhadas de uma outra frase declarativa conhecida como conclusão. Segundo Sarmento (2004, p. 412) existem quatro tipos de argumentos. com base no com base no senso raciocínio comum lógico Luiz Meneghel (2011) com base em com base em citação evidências Tipos de Argumentos Figura 9 -  Tipos de argumento Como saber onde usar cada tipo de argumentação? Boa pergunta! Então vamos à resposta! Argumentação com base em citação: o autor usa uma frase de alguém con- ceituado no assunto para amparar a sua argumentação. Ou seja, cita-se a frase de outro autor para fundamentar a argumentação e dar credibilidade e prestígio ao novo texto que está sendo produzido. Argumentação com base no senso comum: se apoia nos conceitos reconhe- cidos pela sociedade como um todo. Argumentação com base em evidências: usa dados ou estatísticas que com- provem a tese a ser desenvolvida, dando credibilidade ao texto. 6 Dissertação 67 Argumentação com base no raciocínio lógico: apresenta uma sequência ló- gica dos fatos - primeiro as causas e depois os efeitos. Conforme Serafini (1977) para elaborar um texto, existem algumas regras. Vamos conferir? a) Tenha um plano. Distribua adequadamente o tempo estipulado à redação entre as etapas. Identifique as características da redação que são: destinatário; objetivo do texto; gênero do texto (conto, diálogo, poesia, narrativo, descritivo, de opinião etc.); extensão do texto; critérios de avaliação. b) Ordene as ideias. Selecione as informações. Registre os seus pensamentos. Não se preocupe inicialmente se as ideias não têm ligação entre si. Faça a associação de ideias. Organize as ideias em mapas conceituais. (vide anexo 1) Faça um roteiro. Defina a sua tese ou pontos de vista a serem apresentados no texto. c) Organize o texto e redija. O parágrafo é composto por vários períodos, explorando uma única ideia do roteiro. Faça a conexão dos parágrafos. Observe a pontuação. Elabore a introdução e a conclusão. d) Revisão Faça a revisão do conteúdo. Reveja a ortografia e a pontuação. Redija o texto sem erros e sem rasuras. Saber argumentar em um texto dissertativo para atingir o objetivo não é tarefa fácil. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 68 Que nas dissertações não se deve desenvolver períodos VOCÊ muito longos e nem muito curtos. Muito menos utilizar SABIA? expressões como “eu acho” ou “quem sabe um dia” mos- tram dúvidas sobre seus próprios argumentos. A seguir você poderá acompanhar uma bela história de uma pessoa que sabe utilizar a comunicação com propriedade e que nos leva a refletir como agimos diante de situações como essa que será apresentada. CASOS E RELATOS No supermercado Era sábado, oito horas da noite, o supermercado BOM PREÇO estava para encerrar o expediente daquele dia agitado. Quando o vigia foi fechar a porta, deu de cara com uma senhora muito brava. Dona Samira, era assim que todos a conheciam na pequena cidade de São João do Itaperiú. Ela foi devolver um produto que havia sido quebrado por descuido do empacotador de um caixa, ele embrulhou mal os seis copos que Dona Samira havia comprado. Mas como esta senhora poderia argumentar a tal solicitação? Para surpresa de todos além da argumentação oral ela havia escrito um texto justificando a sua solicitação. Em uma das partes do texto dizia: “Eu, enquanto consumidora deste supermercado, tenho o direto de solicitar a troca de tal produto, tendo em vista que o empacotador co- meteu um erro, imperceptível, no momento em que guardava minha mercadoria. Sempre adquiri produtos neste estabelecimento comer- cial, todavia é a primeira vez que me deparo com tal situação constran- gedora. Todos os produtos adquiridos até então, sempre estavam com boa qualidade, jamais tive a necessidade de reclamar nem do atendi- mento, que por sinal, é um dos atributos deste supermercado...” E por aí vai o argumento de Dona Samira; jamais alguém pode imaginar que esta senhora, aparentemente, simples, pudesse ter um vocabulário culto. 6 Dissertação 69 E é assim, o conhecimento linguístico, poder de argumentar, articulação de ideias são predicativos de quem faz muitas leituras e escreve diversos tex- tos com bastante frequência. Neste caso, textos de cunho argumentativo. Lembrando que o argumento faz parte do texto dissertativo. Portanto, seguindo algumas regras e conhecendo cada tipo de argumenta- ção, você terá condições suficientes para elaborar uma dissertação de qua- lidade. Quer tentar iniciar esse processo agora? Para compreender melhor como se faz uma dissertação leia a obra indicada a seguir, é uma ótima fonte de informação e SAIBA pesquisa. MAIS CAMPEDELLI, Samira Youssef; SOUZA, Jésus Barbosa. Produ- ção de textos & usos da linguagem: curso de redação. São Paulo, SP: Saraiva, 2002. Recapitulando Este estudo proporcionou a você avaliar que no cotidiano o ser humano é chamado a dar opiniões, tomar decisões e expor pontos de vista, para isso, utiliza seu poder de persuasão e argumentação. A dissertação é o tipo de texto mais utilizado nos meios acadêmico e em- presarial, pois exige do autor um posicionamento frente a alguma ideia ou tese. O texto dissertativo possui as seguintes características: a) é um texto temático – tudo nele evolui a partir de um raciocínio; b) é um texto que analisa e interpreta; c) aposta para relações lógicas de ideias – faz comparações, mostra corres- pondências, analisa consequências. Uma dissertação se divide em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 70 Existem quatro tipos de argumentos, que são: a) argumento com base em citação; b) argumento com base no senso comum; c) argumento com base em evidências; d) argumento com base no raciocínio lógico. Para elaborar um texto, deve-se ter um plano, ordenar as ideias, organizar o texto e redigi-lo e fazer a revisão. O próximo assunto será como redigir um relatório técnico. Até lá! 6 Dissertação 71 Anotações: Relatório Técnico 7 O relatório é um tipo de descrição técnica, que tem por objetivo apresentar os passos de um procedimento, funcionamento de um aparelho, experimento etc. Nas áreas administrativas, o relatório se tornou uma ferramenta por meio da qual o administrador ou técnico consegue acompanhar as atividades desenvolvidas pelos diversos setores, já que seria quase impossível estar presente durante todos os processos. Um relatório deve, obrigatoriamente, levar o leitor a chegar a uma conclusão, caso contrário, não atingiu seu propósito. Os relatórios podem ser classificados, segundo as suas características, como: crítico, síntese ou formação. Eles podem ser simples, complexos, individuais ou coletivos, parciais ou com- pletos, periódicos ou eventuais, técnicos, científicos, econômicos, administrativos etc. Dentre os tipos de relatórios, destacam-se os de pesquisa científica, relatório de atividades escolares, relatório comercial, administrativo e de prestação de contas. Ao final deste capítulo você terá subsídios para: a) elaborar um relatório técnico inclusive por meio eletrônico; b) identificar os tipos mais comuns realizados no mundo do trabalho; c) elaborar documentação técnica. Todo esse conteúdo administrado pela sua disciplina e dedicação, certamente, oferecerá um aprendizado sólido e significativo. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 74 7.1 ESTRUTURA O relatório, como o próprio nome já diz, tem por objetivo relatar uma sequên- cia de fatos ou acontecimentos relacionados a um evento específico, por exem- plo: uma viagem de estudos, uma palestra, um evento etc. “Relatório é o docu- mento através do qual se expõem resultados de atividades variadas.” (MARTINS; ZILBERKNOP, 2003, p. 243). VOCÊ Que o relatório é a exposição escrita na qual se descre- vem fatos verificados mediante pesquisas ou execução SABIA? de serviços ou ainda de experiências? O relatório é um tipo de descrição técnica que tem por objetivo apresentar os passos de um procedimento, funcionamento de um aparelho, experimento etc. Segundo Cestari (2011) o relatório normalmente apresenta as seguintes carac- terísticas: a) objetividade; b) ausência de suspense ou expectativa; c) impessoalidade na exposição; d) exposição em ordem cronológica; e) indicação clara das diferentes fases do processo; f) detalhamento das atividades realizadas; g) predominância de orações coordenadas. Normalmente, a dificuldade na elaboração de um relatório é proporcional a complexidade e a abrangência do assunto abordado. Para facilitar essa elabora- ção sugere-se a criação de sub-relatórios. Você certamente já viu relatório ou até mesmo já fez algum, certo? Nas áreas administrativas, o relatório se tornou uma ferramenta por meio da qual o administrador ou técnico consegue acompanhar as atividades desenvol- vidas pelos diversos setores, já que seria quase impossível estar presente durante todos os processos. 7 Relatório Técnico 75 Microsoft Office (20--?) Para Martins e Zilberknop (2003, p. 243) “O relatório constitui um reflexo de quem o redige, pois espelha sua capacidade”. Ainda segundo esses autores, é necessário que o redator aprimore ao máximo na sua execução e obedeça a al- gumas normas para que ele seja realmente um reflexo da sua competência, com clareza, conteúdo e facilidade na consulta. Um relatório precisa apresentar os fatos obedecendo à sua ordem cronológi- ca, ser claro, objetivo, informativo e apresentável. Sempre que possível, o relatório deve ser breve, pois se pressupõe que ele foi escrito para otimizar o tempo de quem o lê. A linguagem deve ser objetiva, exata, precisa, clara e concisa sem omitir ne- nhum dado importante. Também é necessário, observar a pontuação e o emprego adequado das pala- vras. Sugere-se que seja evitado qualquer tipo de rodeio, pois a linguagem deve ser simples e clara. Lembre-se sempre de que, as informações que comporão o relatório devem ser precisas e exatas. FIQUE Um relatório deve obrigatoriamente levar o leitor a chegar a uma conclusão, caso contrário, este não atingiu seu pro- ALERTA pósito. Para que um relatório sirva aos objetivos aos quais se propõe, ele deve respon- der às perguntas seguintes. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 76 O quê? E daí? Por quê? Quanto? Quem? Como? Onde? Luiz Meneghel (2011) Quando? Figura 10 -  Perguntas para elaboração de relatório Antes de redigi-lo, é preciso que essas perguntas estejam respondidas, para então iniciar a organização do relatório. Os relatórios podem ser classificados, segundo as suas características, como: a) Crítico: descreve como uma atividade foi realizada, há a opinião do autor. b) Síntese: resume brevemente um fato, experiência, situação etc. São elabo- rados a partir de outros relatórios. c) Formação: são elaborados durante ou após a realização de um curso ou estágio. Dependendo da complexidade e extensão da informação, o relatório pode variar sua forma. Quando for curto, podem-se enumerar os parágrafos, exceto o primeiro. Se o relatório for mais extenso, ele deve conter os seguintes elementos: 7 Relatório Técnico 77 a) capa; b) folha de rosto; c) sumário; d) sinopse (ou resumo); e) introdução; f) contexto (ou desenvolvimento); g) conclusões; h) anexos. Para redigir esses elementos, é necessário obedecer às normas vigentes esta- belecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). a) Apresentação de trabalhos acadêmicos (NBR 14724). b) Citações (NBR 10520). c) Referências (NBR 6023). d) Numeração progressiva (NBR 6024). e) Sumários (NBR 6027). f) Resumos (NBR 6028). g) Índice (NBR 6034). h) Informação e documentação relatório técnico ou científico: apresentação (NBR 10719). VOCÊ Não se deve copiar partes de livros ou ideias e apresen- tá-las como sendo suas, porque isto é plágio, um crime SABIA? intelectual. Você percebeu como o relatório é uma ferramenta muito importante em vá- rias áreas. Identificando sua classificação e tendo a resposta para cada pergunta apresentada anteriormente, você terá propriedade suficiente para elaborar um relatório. Isso logo acontecerá. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 78 1 Anexos SAIBA Como complementação deste item sugerimos a leitura: IN- Anexos são textos ou FANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e outros materiais escritos MAIS redação. 6. ed. São Paulo, SP por outrem, mas que foram usados no trabalho. 7.2 TIPOS DE RELATÓRIOS 2 apêndices Os relatórios podem ser simples, complexos, individuais ou coletivos, parciais ou completos, periódicos ou eventuais, técnicos, científicos, econômicos, admi- Apêndice é um tipo de documento produzido nistrativos etc. Dentre os tipos de relatórios, destacam-se os de pesquisa cien- pelo autor do trabalho tífica, relatório de atividades escolares, relatório comercial, administrativo e de e que, por sua extensão ou complexidade, prestação de contas. não cabe dentro do desenvolvimento. Prepare-se para conhecer cada um deles. 7.2.1 RELATÓRIO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS Um documento que apresenta um relatório sobre pesquisa científica deve receber atenção especial com relação à apresentação gráfica e à metodologia. Como nos outros relatórios, a linguagem científica deve ser específica, clara e sem ambiguidades. Esse tipo de relatório deve obedecer às normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e conter capa, folha de rosto, sumário, resumo, introdução, desenvolvimento, conclusão/considerações finais. Destaca-se que na introdução apresenta-se um resumo do desenvolvimento bem como o motivo da elaboração do trabalho apresentado. No desenvolvimento descreve-se passo a passo o que foi pesquisado ou reali- zado correlacionando-se com outras pesquisas já realizadas e fundamentando-o. Já a conclusão descreve os motivos de, eventualmente, a pesquisa ainda não es- tar concluída e aponta para os caminhos que ainda precisam ser percorridos até chegar-se ao termo desejado. Lembre-se de incluir referências bibliográficas em seu relatório científico, isso dará credibilidade ao mesmo. 7 Relatório Técnico 79 7.2.2 RELATÓRIO DE ATIVIDADES ESCOLARES Photodisc (20--?) Stockbyte (20--?) Durante sua vivência escolar, já fez algum relatório? Os relatórios de atividades escolares são textos produzidos por estudantes, e englobam atividades como viagens de estudo, visita técnica, experimento etc. Nesse tipo de relatório, observa-se que a linguagem empregada é compatível com o tema e com o grau de escolaridade do grupo. Os termos técnicos não carecem de explicações, pois já foram discutidos am- plamente em sala e são do conhecimento tanto do autor, quanto do leitor. Um relatório escolar deve ter capa, folha de rosto, sumário, resumo, introdu- ção, desenvolvimento e conclusão. Observa-se que normalmente nesse tipo de relatório não são inseridos anexos1, mas sim, apêndices2. Nesse tipo de relatório emprega-se a descrição como forma de construção do texto para poder englobar desde as anotações iniciais até as finais. 7.2.3 RELATÓRIO COMERCIAL O relatório comercial, normalmente, é elaborado pelos funcionários que de- senvolveram uma atividade fora da empresa e destina-se ao superior imediato, como forma de relatar o que foi realizado, bem como a prestação de contas dos gastos. (notas fiscais, bilhetes de passagens e outros documentos são apresenta- dos como apêndice). COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 80 John Rowley (20--?) Geralmente são apresentados em forma de carta ou memorando, acrescidos de fotografias, filmagens, kit tecnológico, portfólio etc. Em alguns casos, podem ser apresentados em reuniões ou conferências. Os relatórios comerciais podem ser elaborados tanto pelos setores industriais, de prestação de serviço quanto pelo comercial. A linguagem de um relatório comercial deve ser simples e se houver termos técnicos devem ser esclarecidos. Acompanhe o exemplo a seguir e observe com são importantes os relatórios para uma empresa. Por isso é necessário você conhecer muito bem todos os tipos de relatório. CASOS E RELATOS Mais um dia de trabalho Na empresa em que o engenheiro Sérgio de Freitas gerencia, todo mês seus subordinados, com formação técnica, precisam informá-lo sobre os trabalhos desenvolvidos por meio de um relatório técnico. Mensalmente, Sérgio recebe os relatórios técnicos de seus subordinados, sempre os lê com muita atenção, a fim de se inteirar na rotina de traba- lho de cada colaborador, como também, se aprofundar na área produtiva e técnica da empresa. 7 Relatório Técnico 81 Mesmo que Sérgio não tenha acompanhado determinado procedimento técnico, ele toma conhecimento da situação a partir dos relatórios técnicos e, se houver necessidade, toma medidas para solucionar ou dar continui- dade ao processo. Dessa forma, Sérgio de Freitas, não precisa estar presente em todos os seto- res diariamente, sobrando tempo para poder administrar melhor a empre- sa e ampliar os negócios. Percebeu como o relatório facilita a vida do engenheiro em relação a custos, tempo e rotina de trabalho? Vamos conhecer mais um tipo de relatório? Siga em frente! 7.2.4 RELATÓRIO ADMINISTRATIVO Os relatórios administrativos são desenvolvidos em administrações públicas e contêm todos os itens de um relatório comercial. Então o que os diferencia? O que os diferencia é a forma de apresentação que deve ser elaborada em for- ma de ofício, jamais em memorando ou carta. Esse tipo de relatório tem o objeti- vo de comprovar para a posteridade, pois envolve dinheiro público e a legalidade deve ser observada com rigor. Esse tipo de relatório também objetiva conferir a produtividade de um servi- dor ou setor público visando identificar a sua eficiência. 7.2.5 RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS Um relatório de prestação de contas ocorre quando há a necessidade de retirar do relatório comercial, os documentos fiscais para enviá-los para a contabilidade. No relatório comercial ou administrativo os documentos FIQUE comprobatórios das despesas realizadas são anexados ao ALERTA documento principal em forma de apêndice de modo de- finitivo. Viu? Para cada situação há um tipo de relatório, você teve a oportunidade de conhecer muito bem cada um deles. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 82 Recapitulando Neste capítulo, você aprendeu que o relatório tem por objetivo relatar uma sequência de fatos ou acontecimentos relacionados a um evento específico, por exemplo: uma viagem de estudos, uma palestra, um even- to etc. Normalmente, apresenta objetividade, ausência de suspense ou expec- tativa, impessoalidade na exposição, exposição em ordem cronológica, indicação clara das diferentes fases do processo, detalhamento das ativi- dades realizadas e predominância de orações coordenadas. A linguagem utilizada nos relatórios deve ser objetiva, exata, precisa, clara e concisa sem omitir nenhum dado importante. Nas áreas administrativas, o relatório se tornou uma ferramenta cujo ad- ministrador ou técnico consegue acompanhar as atividades desenvolvi- das pelos diversos setores e permite uma conclusão. Para que um relatório atenda aos objetivos aos quais se propõe, ele deve responder a questões como: O quê? Por quê? Quem? Onde? Quando?Como? Quanto? E daí? Os relatórios podem ser classificados, segundo as suas características. a) Crítico: descreve como uma atividade foi realizada, há a opinião do autor. b) Síntese: resume brevemente um fato, experiência, situação etc. São elaborados a partir de outros relatórios. c) Formação: são elaborados durante ou após a realização de um curso ou estágio. Os relatórios podem ser simples, complexos, individuais ou coletivos, parciais ou completos, periódicos ou eventuais, técnicos, científicos, eco- nômicos, administrativos etc. Dentre os tipos de relatórios, destacam-se os de pesquisa científica, relatório de atividades escolares, relatório co- mercial, relatório administrativo e o de relatório de prestação de contas. A seguir você descobrirá como navegar na internet e que tipo de infor- mação você pode encontrar nesse ambiente. 7 Relatório Técnico 83 Anotações: Internet 8 Nesta etapa, você aprenderá diversos conceitos a respeito da internet, suas definições, mé- todos de navegação, além do uso de sites de busca e e-mail. Você costuma acessar frequentemente a internet? Ela é uma grande ferramenta de comu- nicação e interação, porém é preciso alguns cuidados, ao acessar, para não obter informações inconsistentes. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para: a) pesquisar em diversas fontes, inclusive na internet; b) disseminar informações, inclusive com recursos computacionais. Atente-se para cada tema, percorra todos os caminhos de aprendizagem oferecidos. Faça da sua leitura, um processo de investigação e construção de novos significados. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 86 8.1 PESQUISA Em 1970, foi criada a semente do que viria a ser a Inter- VOCÊ net. Apesar deste fato, a rede só iniciou sua expansão SABIA? quando se tornou um meio para troca de informações entre pesquisadores de diferentes universidades. A internet difundiu-se em meados da década de 1990. Antes disso, era utiliza- da apenas por militares e estudantes anônimos para fins de compartilhamento de informações. A troca de informações, compra e venda de produtos, propagandas, entreteni- mento e diversos outros itens, que se tornam cada vez mais importantes para as pessoas, compõe a internet, ou melhor, é exatamente isso que constrói a internet. Ela só tem importância a partir do momento em que é utilizada, caso contrário, ela não servirá para nada. Até pouco tempo atrás, um indivíduo caminhava todos os dias até a padaria, para comprar um pãozinho fresco para as refeições. De todas as vezes que al- guém vai à padaria hoje, a maioria está indo de carro ou moto, ou ainda apenas parando ali, porque estava passando por perto. Isso acontece porque se acredita que há pouco tempo para realizar todas as tarefas diárias. E o que isso tem a ver com a internet? É exatamente com esse contexto que a internet atinge e quer atingir ainda mais as pessoas. Ela consegue manter todos ativos, em diversos locais, ao mesmo tempo, auxilia a realizar diversas tarefas, inclusive comprar aquele pãozinho fres- co pela internet. Hoje ainda se telefona para a pizzaria num sábado à noite, enquanto se as- siste a um filme? Por pouco tempo! Antes que as pessoas percebam, já estarão escolhendo os sabores pela tela de um computador e recebendo a deliciosa pizza quentinha em sua residência. 8 Internet 87 Microsoft Office (20--?) Não existem métodos ou estudos que determinam exatamente a quantidade de usuários nem estimativas que apontam seu crescimento. Entretanto, é notável a atual importância que ela ocupa na vida das pessoas. Para estar conectado à internet, é muito importante que você tome conheci- mento de algumas medidas de segurança, que podem auxiliar para que sua na- vegação seja o mais segura possível. Da mesma forma que você corre riscos saindo na rua, também está vulnerável na internet. Microsoft Office (20--?) COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 88 É recomendado não fornecer informações pessoais em sites que o usuário não irá se cadastrar para realizar algum procedimento. FIQUE Em lan houses e computadores públicos, deve-se evitar ALERTA gravar senhas de e-mail, por exemplo. Você gosta de fazer compras? Quem não gosta, não é mesmo? A internet é um mundo a ser explorado. Você pode encontrar sites que são verdadeiros centros comerciais, onde a variedade de produtos, muitas vezes, pode deixá-lo surpreso e ao mesmo tempo confuso. Lembre-se sempre de que, a atenção durante a navegação é fundamental para que você possa realizar suas compras de forma segura e sem medo. Uma compra pela internet pode ser feita de forma segura, seguindo algumas regras iniciais. Primeiramente, verificar a validade da loja, buscando informações de pessoas que já compraram ali. Não forneça informações pessoais, se não tiver certeza que irá realizar a compra. Sempre que você quiser realizar compras pela internet, procure por informa- ções e referências do site escolhido, para verificar se a loja possui bons comentá- rios. A internet pode facilitar muito a vida das pessoas, veja o caso a seguir. CASOS E RELATOS A pesquisa foi feita Como todos os dias da semana, Marcos Paulo vai à aula lá pelas 7h. Nor- malmente, pega o mesmo ônibus, sempre lotado; mal dá para se mexer no meio de tanta gente. Mesmo assim, ele nunca desistiu de buscar mais conhecimentos e se desenvolver intelectualmente. Em certo dia, quando estava assistindo à aula de filosofia, o professor havia passado um trabalho de pesquisa sobre os grandes filósofos ocidentais. E 8 Internet 89 Marcos Paulo ficou um pouco preocupado, pois não tinha muitas condi- ções financeiras para adquirir todos os livros dos quais poderia buscar to- das as informações necessárias. No entanto, o professor o tranquilizou, dizendo que seria possível encon- trar todo o conteúdo pesquisando na “internet”. O professor não só passou os sites devidos para o desenvolvimento da pesquisa, como também, ins- truiu todos os alunos quanto à pesquisa na “internet”. Disse que sabendo usar a “internet” adequadamente, toda pessoa pode aumentar seus conhe- cimentos de diversas áreas. E assim fez Marcos Paulo, pesquisou, leu, concatenou todas as ideias e ela- borou um dos melhores trabalhos de filosofia que o professor já havia re- cebido. Concluindo, você pode verificar que a internet é uma ferramenta de conheci- mento que se apresenta como algo fantástico e acessível, porém, o uso dela deve ser feito de maneira cautelosa. Aprofunde seus conhecimentos sobre o assunto deste capí- tulo lendo o livro indicado a seguir, é uma ótima opção de SAIBA leitura. Aproveite! MAIS SPYER, Juliano. Conectado: o que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 2007. 8.2 COMUNICAÇÃO Como faço para participar desse mundo? Isso você deve estar se perguntando, após verificar que a internet lhe oferece um mundo além do físico. Pois bem, para estar presente nesse ambiente, você pode utilizar diversas ferramentas, entre elas, a principal é o navegador Web. Quando você utiliza um navegador Web, está dentro do conceito chamado de navegação. Você já ouviu a expressão “surfar na Internet”? COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 90 Jason Reed (20--?) Imagine a seguinte situação, você está em um ponto aqui no Brasil e quer ir para a Itália. Você está indo de um local para outro, saindo de um ambiente e entrando em outro. Da mesma forma, acontece com a internet. Isso é conhecido como envio de pacotes de informações. A informação se movimenta e você per- manece no mesmo local. Mas então, o que é um navegador Web? É um programa de computador, ou também chamado de aplicativo, que per- mite que você acesse informações de diferentes localidades, ou seja, que nave- gue por diversos locais, buscando por informações, lendo notícias, comunicando- -se com outras pessoas. Diversos navegadores Web estão disponíveis para uso, entre os mais conheci- dos e utilizados estão: a) Internet Explorer; b) Mozilla Firefox; c) Google Chrome; d) Opera; e) Safari. 8 Internet 91 Google (20--?) Figura 11 -  Navegador Web Google Chrome. Para utilizar o navegador, você deve digitar o endereço do site que deseja pes- quisar na barra de endereços, que fica no topo da janela. É como se você estivesse escolhendo para que lugar você quer ir. Um navegador Web permite que você abra diversos sites ao mesmo tempo e compare informações de diversas fontes. Se ocorrer alguma notícia importante no outro lado do mundo, em pouco tempo, alguém terá colocado essa informa- ção na internet para o restante do mundo. Você também poderá copiar informações importantes ou até arquivos, fotos, imagens, músicas, programas e diversas outras coisas que alguém disponibilizou. Para isso, existe o conceito de download, conhecido como “baixar” algo. O nave- gador que você utiliza permite que você copie essas informações para seu com- putador e tenha armazenado localmente. Você pode encontrar uma bela imagem na internet baixá-la para inseri-la como papel de parede de seu computador. Para isso, você deve visualizar essa imagem dentro de um site, clicar com o botão direito e escolher a opção Salvar imagem como, escolher onde quer salvá-la. Confira o exemplo a seguir: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 92 Imagens Gratis (20--?) Figura 12 -  Salvando uma imagem da internet Porém, antes de realizar algum download, é muito importante que você ve- rifique se o conteúdo que está baixando tem alguma licença incluída. A licença é uma autorização que permite que você utilize ou, até mesmo, reproduza (em alguns casos) esses materiais encontrados na internet. Caso contrário, você estará fazendo algo totalmente ilegal. Sempre que você acessa algum site, o navegador armazena informações do site acessado. Por exemplo, quando você acessa seu e-mail, ficam salvas diversas informações, inclusive seu nome de usuário. Para evitar maiores problemas, é su- gerido apagar essas informações. Uma opção muito importante, que está disponível em todos os navegadores, é a eliminação de informações pessoais que ficam salvas no navegador após você acessar algum site. No menu Ferramentas, você deve encontrar opções des- FIQUE critas como Excluir histórico de navegação ou Limpar dados Pessoais. Quando acessada essa opção, é permi- ALERTA tido que você escolha quais informações deseja eliminar antes de finalizar sua navegação. Uma boa escolha é eliminar todos os vestígios de que você passou por ali, para evitar que alguma pessoa mal intencionada tente usar essas informações para realizar alguma atividade indevida. 8 Internet 93 Agora que você sabe o que é navegação aprenderá onde navegar e de que forma. Um site é um ambiente que contém determinadas informações e pode estar hospedado em qualquer servidor do mundo, que pode ser localizado por meio de um endereço Web. Um endereço Web, é comparado a um endereço residencial ou comercial, onde você localiza alguma informação, serviço ou até mesmo alguma pessoa. Na internet, um endereço Web é composto basicamente de uma expressão se- melhante a <www.sc.senai.br>. Essa informação corresponde ao endereço físico, onde as informações sobre o site procurado estão armazenadas. Essas informa- ções ficam em servidores de empresas, disponibilizadas na maioria das vezes 24 horas nos 7 dias da semana. É um serviço à sua disposição constantemente. Existem muitos endereços disponíveis. Esses sites podem ser divididos em di- versas categorias, como por exemplo: notícias, buscadores, entretenimento, rela- cionamento e outros de conteúdo específico. SAIBA Que tal visitar um site agora? Acesse <http://tecnologia. terra.com.br/> e fique por dentro das novidades sobre tec- MAIS nologia! Quando você estiver procurando por um tema específico e não sabe exata- mente onde essa informação pode estar, utilize uma ferramenta chamada bus- cador. Um buscador é um site que realiza a busca por informações em outros sites, e ao final, apresenta os resultados obtidos para você escolher em qual entrar. Um buscador muito conhecido, hoje, é o Google. Além dele, temos outros como Yahoo! Search e Bing. Para realizar a busca, você deve digitar o conteúdo que deseja procurar no campo de busca, clicar em pesquisar e aguardar os resul- tados encontrados. Google (20--?) Figura 13 -  Pesquisa utilizando o Google COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 94 Não confunda site com e-mail! Site é um endereço Web FIQUE que você acessa por meio de um navegador em busca de ALERTA informações. O e-mail é um endereço eletrônico que você pode utilizar para se comunicar com outras pessoas. Levando em consideração todas essas informações, você poderá se comunicar com outras pessoas na internet utilizando a ferramenta e-mail. Um endereço de e-mail é uma identificação virtual que você possui para en- trar em contato com outras pessoas e para que outras pessoas possam entrar em contato com você. Waleska Ruschel (2011) Um e-mail é uma espécie de carta, porém, de forma virtual, que você pode enviar mensagens, receber fotos, vídeos, receitas, poesias, e diversas informações sem precisar ir até o correio. Para você enviar um e-mail, é necessário que você tenha uma conta de e-mail própria. Alguns sites disponibilizam esse serviço gratuitamente. Você pode escolher um desses: a) <www.gmail.com> b) <www.yahoo.com.br> c) <www.bol.com.br> Para criar uma conta de e-mail, você deve acessar o site de sua escolha, cadas- trar um novo login. 8 Internet 95 Login é também chamado de nome de usuário, que será o nome escolhido por você para o seu e-mail, como, por exemplo, maria_ramos. Esse será seu e-mail. Conforme o exemplo anterior, o e-mail dessa pessoa poderia ser maria_ra- [email protected]. Na criação de seu e-mail, é preciso criar uma senha, a qual será utilizada para acessá-lo posteriormente de qualquer outro local com acesso à internet. Essa se- nha é de uso pessoal. Microsoft Office (20--?) Além do e-mail, existem, também, os grupos de e-mail, que normalmente são utilizados por grupos de pessoas e estudantes, para facilitar a troca de informa- ções. Cada membro terá seu próprio e-mail. Depois é criado um e-mail “geral”, ou também chamado de e-mail do grupo. Todas as pessoas que desejam participar desse grupo, devem se inscrever. Quando algum dos integrantes desejar enviar uma mensagem a todos os participantes, ele envia para o e-mail do grupo. Os e-mails que você recebe podem oferecer links para si- FIQUE tes, que contém vírus ou ferramentas maliciosas. Duvide ALERTA sempre de qualquer e-mail que você não sabe quem en- viou ou que possui informações estranhas ou suspeitas. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 96 Recapitulando Você pôde perceber que a informação é divulgada de diferentes manei- ras na internet, como exemplo, podemos nos comunicar por e-mail ou em um site de uma rede social, enviar uma mensagem a um fórum de notícias, ou simplesmente comentar uma novidade em um site de rela- cionamentos. Você também descobriu que não há uma única forma de navegar nesse mar de informações, mas que baixar conteúdo em seu computador, pode implicar em riscos, como vírus e cópia de conteúdo ilegal, por exemplo. Existem, também, os sites de busca, como o Google, Bing ou Yahoo, que permitem a busca de informação por meio de perguntas ou digitando o texto, da forma mais simples possível, e esperando que o sistema lhe mostre algum caminho a seguir. Um e-mail servirá para você se conectar diretamente a outras pessoas na internet, e um grupo de e-mails é muito útil, se você e um grupo de amigos gostam, ou precisam trocar informações com frequência, porém, mesmo nesses casos, você deve cuidar dos e-mails que recebe, pois tam- bém podem conter arquivos infectados com vírus ou outros conteúdos que não são benéficos, principalmente, de alguém que não conhece. 8 Internet 97 Anotações: Editor de Textos 9 Neste capítulo, você conhecerá diversos recursos sobre editores de texto, em especial o Mi- crosoft Word 2007, que é um dos editores mais conceituados no mercado atual, desde a inser- ções e digitação de textos e elementos diversos, até a manipulação, formatação e impressão de documentos. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para: a) utilizar ferramentas para auxiliar na produção e comunicação de conteúdo produzido no computador; b) comunicar-se por escrito em diversos níveis hierárquicos; c) digitar texto, fazer inserções, formatar parágrafos e textos, imprimir arquivos produzidos no computador. Nada melhor do que unir teoria e prática para concretizar o aprendizado. Por isso, você terá a oportunidade de experimentar paralelamente à busca de informações. Utilize o editor reco- mendado para que no decorrer dos seus estudos, você possa digitar um texto de acordo com as orientações disponíveis. Mas antes de partir para a viagem do conhecimento, resgate suas habilidades de aluno para que o trajeto seja prazeroso. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 100 9.1 DIGITAÇÃO DE TEXTOS Você conhecerá um pouco mais sobre o editor de texto, que faz parte do pa- cote de aplicações do Office, focando-se nos principais recursos em formatação de textos. O Word 2007 apresenta mudanças significativas em relação a sua versão ante- rior, tendo como principal novidade a sua nova interface gráfica, substituindo os tradicionais menus por guias de acesso rápido, com ícones maiores e bem defini- dos, visando desenvolver tarefas de maneira mais fácil e intuitiva. Ao iniciar o Word, um novo documento vazio é iniciado, por padrão. Observe na figura a seguir, as barras e menus superiores. D'Imitre Camargo (2011) Figura 14 -  Barras e menus do Word O botão Office possui as operações de manipulações dos arquivos do Word como: criar um novo documento, abrir, salvar, imprimir ou fechar, além das op- ções gerais. A barra de inicialização rápida possui alguns comandos, utilizados no dia-a-dia com mais frequência como: salvar, desfazer ou repetir. FIQUE Você pode adicionar mais comandos, clicando na seta ao lado dessa barra, e ativar o recurso que deseja dentre a ALERTA lista de recursos que será exibida. Por padrão existem sete guias que substituíram os menus. a) Início. b) Inserir. c) Layout da página. d) Referências. e) Correspondências. f) Revisão. g) Exibição. 9 Editor de Textos 101 Cada guia apresenta uma faixa de opções, dividida em grupos de opções com as ferramentas de acesso rápido aos principais comandos. Para acessar o menu, no canto inferior direito do grupo, existe uma opção (seta), que ao clicar, abre o menu completo de opções. Novas guias poderão aparecer, como por exemplo, após inserir uma imagem e clicar sobre ela, automaticamente aparecerá a guia Formatar, com grupos de opções referentes à formatação da imagem. A régua é um recurso muito útil para ajustes de texto na folha. Você poderá definir visualmente como ficará o texto com tabulações, recuo do texto, posição de imagens, tabelas, entre outros objetos. A régua encontra-se oculta, a fim de deixar a área de tra- FIQUE balho do Word mais limpa e visível ao se trabalhar com textos. Para ativá-la, basta clicar no ícone entre a faixa de ALERTA opções e a barra de rolagem, na extremidade direita da janela do Word. O grupo tabelas possui o comando Tabela, que permite inserir ou traçar uma tabela no documento. Ao clicar sobre o comando, irá aparecer um esboço, onde você poderá escolher o tamanho da tabela, ou seja, o número de linhas e colunas. É possível adicionar uma tabela pré-formatada pelo Word, selecionando a última opção: tabelas rápidas. Na guia Formatar, que aparece automaticamente quando uma imagem é sele- cionada, ao clicar sobre uma tabela, as guias Design e Layout, que fazem parte das ferramentas da tabela, irão surgir automaticamente. Confira na figura a seguir. D'Imitre Camargo (2011) Figura 15 -  Ferramentas de tabela Na guia Design, o grupo estilos de tabela traz estilos de formas e cores para tabelas pré-formatadas, passe o mouse sobre Estilo, e a formatação é aplicada temporariamente à tabela, caso não goste, procure nas demais, visualizando uma a uma. No canto inferior direito, o botão Mais abre um menu deslizante, que per- mite a você, escolher a formatação desejada. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 102 D'Imitre Camargo (2011) Figura 16 -  Guia dinâmica design E para alterar a cor? Quer saber como proceder? Acompanhe a seguir. Para alterar a cor de fundo da tabela ou células, clique no comando Sombre- amento, que exibirá uma paleta de cores. Logo abaixo, outro recurso muito útil, os comandos Bordas. Esse recurso permite inserir ou remover bordas na tabela, que está selecionada, permitindo a você escolher dentre várias opções, o lado que deseja aplicar ou retirar uma borda, contorno da tabela, somente interna, entre outros. O grupo Desenhar bordas permite alterar características FIQUE da borda como: estilo, espessura e cor da linha. Para abrir a caixa de diálogo completa para formatação de bordas ALERTA e sombreamento, clique no botão Mais no canto inferior direito do grupo Desenhar Bordas. Outra guia que está disponível é a Layout, que permite visualizar, selecionar, adicionar ou excluir linhas e colunas da tabela e exibe propriedades da tabela. O grupo Mesclar permite mesclar células, ou seja, unir duas ou mais células selecio- nadas em uma única. Para dividir, o comando Dividir células permite separar essa única célula que foi anteriormente mesclada. D'Imitre Camargo (2011) Figura 17 -  Guia layout (tabela) O grupo Tamanho da célula permite definir tamanhos como: largura da colu- na ou altura da linha. Para ajustar automaticamente a distribuição da largura das colunas, você deverá utilizar o botão Autoajuste. O grupo Alinhamento permite alinhar o texto, que se encontra dentro da célu- la, ou no caso de seleção, o texto das várias células selecionadas. Lembre-se de que ao passar o mouse sobre o botão, você irá visualizar um tex- to explicativo sobre cada botão ou recurso. 9 Editor de Textos 103 Em vários documentos de utilização no dia a dia, você já deve ter se deparado com imagens ou ilustrações alinhados junto ao texto. Na guia Inserir, o grupo Ilustrações, que visa inserir objetos gráficos ao docu- mento, apresenta como a primeira opção adicionar uma imagem ou figura. Vá- rios tipos de arquivos são suportados, como bmp, jpeg, gif, png, clip-art, que são imagens, desenhos, filmes, fotos de catálogo que estão instalados junto ao Word. Formas são objetos de desenhos prontos, como, linhas, formas básicas, setas, textos explicativos, entre outros. Ao clicar sobre uma imagem ou elemento gráfico, será aberta, automatica- mente, a guia Formatar, onde você poderá ajustar opções visuais da imagem, criar efeitos de sombra, borda, alinhamento ou a posição junto ao texto. Caso você queira alterar o tamanho da imagem, o objetivo do último grupo é exata- mente isso, configurar sua altura e largura, além de poder cortar a imagem. D'Imitre Camargo (2011) Figura 18 -  Guia formatar Aprendendo a utilizar todos os recursos do editor de texto, você pode aplicar várias formatações de acordo com a necessidade e público. 9.2 INSERÇÕES Um recurso muito interessante, às vezes necessário, é a inserção de cabeçalho ou rodapé, que pode ser um texto ou elemento gráfico inserido numa área espe- cial, diferente do local onde está o corpo do texto (documento). Como ativar o cabeçalho? Para você ativar o cabeçalho, basta dar um duplo clique no espaço em branco, entre o início da página e a primeira linha, ou na guia Inserir, Cabeçalho, Editar cabeçalho. Com o cabeçalho selecionado, será aberta uma nova guia, a Design, onde será possível definir a formatação do cabeçalho ou rodapé, inserir número de página, data e hora, partes rápidas, imagens, clip-arts, entre outros. D'Imitre Camargo (2011) Figura 19 -  Guia cabeçalho e rodapé COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 104 Para deslocar rapidamente do cabeçalho para o rodapé, no grupo Navegação, você irá encontrar os comandos Ir para rodapé, ou Ir para cabeçalho (para re- tornar ao cabeçalho). No grupo Posição, você pode definir o tamanho do cabeçalho ou do rodapé, em centímetros. FIQUE Para sair do cabeçalho ou do rodapé, basta clicar sobre o botão Fechar cabeçalho e rodapé. Você retornará ao cor- ALERTA po do texto. Mais um recurso extremamente importante na formatação de um texto é a numeração de páginas, que permite o controle ordenado das páginas do docu- mento, de forma automática e dinâmica. A numeração de página estará na parte superior do documento, portanto, dentro do cabeçalho. Com o cabeçalho ativo, você irá clicar em Número da pá- gina, e, em seguida, escolher qual o alinhamento da numeração (direita, centra- lizada ou esquerda). A opção Formatar os números da página permite selecionar o formato do número, estilos de algarismos e se a numeração vai continuar da página/seção anterior ou iniciar com outro valor. Lembre-se de que é necessário ativar quebras de seções no documento. Muitos documentos, que você digitará, precisarão de sumário. Como organi- zá-lo? Veja como criar automaticamente o sumário. Sumário ou índice analítico é uma lista de títulos de um documento, que pos- sui numeração de itens, e estará vinculando os títulos do documento ao número da página. O sumário é construído automaticamente, ou seja, não se cria um sumário de forma manual. Durante a formatação do documento, selecione os títulos do do- cumento e aplique-os, ou seja, onde será o título nível 1, título nível 2 etc. Para abrir a janela Estilos, selecione o título e clique no botão Mais, que está no canto inferior direito do grupo Estilo. Para aplicar, por exemplo, um título principal ao documento, selecione o texto e clique em Título1. 9 Editor de Textos 105 FIQUE É possível alterar a formatação de um título, basta clicar com o botão direito do mouse sobre o nome do estilo, em ALERTA seguida Modificar. Para adicionar o sumário ao documento, você deve ir até a página onde o su- mário será inserido, e na guia Sumário, clique em Sumário Automático 1. Há também a legenda, um nome numerado de um objeto como: figura ou ta- bela. É muito importante adicionar legendas de forma correta no Word, pois será baseado na legenda a construção automática do Índice de figuras ou tabelas. Na guia Referências, clique sobre o botão Inserir legenda. Será aberta uma caixa de diálogo, conforme a figura a seguir. D'Imitre Camargo (2011) Figura 20 -  Adicionar legenda Você deve associar o rótulo da legenda, escolhendo entre figura ou tabela. É possível também adicionar novos rótulos, na opção Novo rótulo ou ainda alterar o formato da numeração, ao clicar sobre o botão Numeração. Uma vez que todas as legendas foram adicionadas, de forma correta ao docu- mento, é possível adicionar o índice. Ainda na guia Referências, grupo Legendas, a opção Inserir índice de ilus- trações será utilizado para adicionar o índice. Na caixa de diálogo Índice de ilus- trações, conforme figura a seguir, você deve escolher qual índice irá criar, sele- cionando o rótulo correto em Nome da legenda (figuras ou tabelas). No botão Modificar, é possível modificar o estilo de formatação padrão do índice, que será adicionado automaticamente ao documento. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 106 D'Imitre Camargo (2011) Figura 21 -  Índice de ilustrações Muitos são os recursos que você acabou de conhecer para formatar um texto de maneira adequada, padronizado e apresentável dentro das regras de comu- nicação escrita. Basta você praticar constantemente, pois assim poderá testar os recursos por diversas vezes e deixar seu texto cada vez mais bem elaborado. Va- mos em frente? 9.3 PARÁGRAFOS Você sabe como os parágrafos fazem a diferença em um texto. Ou seja, sem eles o texto fica cansativo e poluído. É possível formatar parágrafo no Word. Con- fira a seguir, como isso pode ser feito. Os textos são estruturados geralmente em unidades VOCÊ menores, os parágrafos, identificados por um ligeiro SABIA? afastamento de sua primeira linha em relação à margem esquerda da folha. Um parágrafo no Word é um texto contínuo, podendo ter uma ou várias linhas, seguido de um retorno de parágrafo (ENTER). A formatação de parágrafo é um elemento fundamental para modificar o aspecto visual do documento de texto. A formatação de parágrafo está disponível na guia Início, grupo Parágrafo. 9 Editor de Textos 107 Com os recursos de alinhamento de texto, você poderá alinhar o texto sele- cionado, baseado na margem esquerda (padrão do Word), centralizado, alinhado à margem direita, ou ainda, justificado. Assim, o texto estará alinhado à margem esquerda e direita, o que conferirá uma aparência organizada ao documento. E o recurso espaçamento? O recurso espaçamento permite alterar o espaçamento entre as linhas do texto, alterando entre espaço simples, duplo ou personalizar esse espaço. Além disso, é possível alterar a quantidade de espaços antes e depois do parágrafo, através das caixas Antes e Depois. FIQUE Quando você precisa deslocar um parágrafo em relação a ALERTA uma margem, o recurso Recuo deverá ser utilizado. Na caixa de diálogo Parágrafo, você terá opções para criar um recuo à direita e/ ou à esquerda, ou ainda, um recuo especial na primeira linha do parágrafo, tam- bém chamado de entrada de parágrafo. Visualize um exemplo de formatação na figura a seguir. Para inserir marcadores ou listas, selecione a lista e clique nos botões Marca- dores ou Numeração. É possível alterar o estilo do marcador, clicando na seta para baixo ao lado do botão, e escolhendo o tipo do marcador, assim como no recurso Numeração, é possível definir vários estilos de numeração. Outro recurso muito interessante, principalmente em listas, é o Classificar, que permite ordenar em ordem alfabética ou numérica, uma lista selecionada. O Word 2007 apresenta mudanças significativas em relação a sua versão anterior, tendo como principal novidade a sua nova interface gráfica, substituindo os tradicionais menus por guias de acesso rápido, Daniela de Oliveira Costa (2011) com ícones maiores e bem definidos, visando desenvolver tarefas de forma mais fáceis e intuitivas. Ao iniciar o Word, um novo documento vazio é iniciado por padrão. Figura 22 -  Exemplo de formatação de parágrafo COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 108 Por padrão, um documento possui apenas uma seção, ou seja, um formato único de formatação do texto. Só que em algum momento, você necessitará in- serir, por exemplo, uma página com alinhamento diferenciado (forma paisagem) ou numeração de páginas, onde algumas páginas iniciais não poderão ter nume- ração e outras deverão ter. O que fazer nessa situação? Nessa situação, você precisará inserir quebras de seção. Esse recurso permite dividir certas partes do documento, aplicando uma formatação diferenciada ao texto ou estilos. Para inserir uma quebra de seção ao documento, posicione o cursor onde de- seja inserir a quebra, clique na guia Layout de página, e em Quebras. Existem vários tipos de quebras. a) Quebra de página: determina o ponto que o texto em uma página termina e começa em outra. b) Quebra de coluna: determina que após a quebra, o texto iniciará em outra coluna, permitindo trabalhar com várias colunas no documento. c) Quebra automática de texto: separa o texto ao redor do objeto nas pági- nas Web. d) Quebras de seção próxima página: o Word quebra o texto em uma nova página e inicia uma nova seção. Por padrão, o número da seção na barra de status vem FIQUE desativado. Clique com o botão direito do mouse sobre a ALERTA barra de status e, em seguida, na segunda opção Seção, conforme na figura a seguir D'Imitre Camargo (2011) Figura 23 -  Barra de status com a opção seção ativa Uma vez com uma nova seção criada no documento, é possível aplicar um novo estilo de formatação ou aplicar um estilo de página diferente da seção ante- rior, que será aplicado, automaticamente, até o final dessa seção (se for a última seção, o estilo será aplicado até a última página do documento). 9 Editor de Textos 109 Para remover uma seção, você terá que ir à última linha da seção anterior, e, em seguida, pressionar a tecla Delete. Isso removerá a quebra de seção que foi inserida. Para ter certeza, verifique na barra de status, deslocando o cursor para as linhas abaixo e observando o campo Seção. Percebeu que no decorrer desta etapa, outros novos recursos foram apresen- tados a você, para facilitar a digitação de textos. Veja que para aprender como utilizá-los, você precisa praticar. Explore essas ferramentas, busque tutoriais que oferecem passo a passo, converse com seus colegas, talvez alguns deles tenham mais experiência e possa dar dicas. 9.4 FORMATAÇÃO O Word, como editor de texto, permite acrescentar, substituir e excluir textos. Quando se digita um texto, uma preocupação constante é a sua formatação como: troca da fonte, aumento da letra, troca de cor. A formatação de fonte é realizada na guia Início, no grupo Fonte, conforme figura a seguir. D'Imitre Camargo (2011) Figura 24 -  Grupo fonte Os principais recursos deste grupo são: fonte - onde é possível alterar o tipo de letra; aumentar fonte e diminuir fonte - tamanho da fonte; limpar formatação - remove toda a formatação aplicada ao texto selecionado, retornando ao padrão. Você encontra, também, os recursos negrito, itálico e sublinhado. Efeitos de fonte são facilmente aplicados ao texto, utilizando os botões: a) tachado; b) subscrito; c) sobrescrito; d) maiúsculas/minúsculas. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 110 Para saber o que significa um botão ou uma breve descri- FIQUE ção do comando, basta posicionar o mouse em cima do ALERTA botão, aguardar, e será exibido automaticamente um texto explicativo. Para o menu completo de formatação de fonte, você deve clicar no ícone do canto inferior direito, dessa forma irá aparecer uma tela com várias opções. Sele- cione um texto, e faça testes com cada recurso/efeito desse menu. Ao selecionar um texto, é possível abrir um mini menu de opções, deslocando o cursor do mouse para cima, ativando dessa forma recursos de formatação. Esse recurso é muito útil, pois visa um melhor aproveitamento do tempo e melhor produtividade. Se você deseja trabalhar com imagens, elementos gráficos ou tabelas, a guia Inserir é o ponto de partida. Nessa guia, é possível inserir elementos como: tabe- las, imagens, formas, clip-arts, além de páginas, links, e vários elementos. D'Imitre Camargo (2011) Figura 25 -  Grupo páginas a) Páginas: insere páginas. b) Folha de rosto: permite escolher uma página de folha de rosto pré-forma- tada pelo Word, e adicioná-la ao documento. c) Página em branco: para adicionar uma nova página ao documento. d) Quebra de página: permite inserir uma quebra de página, ou seja, o próxi- mo parágrafo estará na próxima página, independente de quantas linhas ou o espaço que ainda resta na atual. A quebra de linha para o próximo parágrafo, ou a tecla EN- TER, só deverá ser utilizado uma única vez. Se você deseja FIQUE inserir um novo parágrafo na próxima página, não clique ALERTA várias vezes em ENTER, pois, caso alterar a formatação, a posição do parágrafo, na nova página, também será alte- rado. 9 Editor de Textos 111 Um estilo reúne um conjunto de formatação prontos para serem aplicados ao texto. A vantagem de utilização de estilos é que você não precisa ficar se preo- cupando a todo o momento em formatar o seu texto, ou seja, ficar reaplicando a formatação de texto, parágrafo, páginas etc. Basta criar um estilo, que contenha todas essas opções de formatação, aplicar ao texto, obtendo a formatação rapi- damente. O Word 2007 traz vários estilos prontos. Selecione um texto, e na guia Início, você verá o grupo Estilo, que ao passar o mouse sobre os principais estilos, estes serão aplicados temporariamente. É possível visualizar mais estilos? É possível visualizar mais estilos, clicando no botão Mais, no canto inferior di- reito. D'Imitre Camargo (2011) Figura 26 -  Grupo estilos Você pode modificar um estilo, basta clicar com o botão direito sobre o nome do estilo, e em seguida Modificar. Na caixa de diálogo, Modificar estilo, clique no botão Formatar, e você verá todos os itens que poderão ser modificados (forma- tação) como: fonte, parágrafo, tabulação etc. D'Imitre Camargo (2011) Figura 27 -  Modificar estilo. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 112 Conhecendo todos os recursos do Word, você pode formatar seu texto de di- versas maneiras. Foi isso que aconteceu com dona Marta. Conheça essa bela his- tória. CASOS E RELATOS É possível aprender Marta, uma senhora muito humilde, de, aproximadamente, 39 anos, ha- via sido demitida de seu trabalho depois de 20 anos colaborando em uma grande empresa de malharia, desenvolvendo sempre a mesma função, cos- tureira. Não sabia fazer outra coisa além de costurar. Para Marta, a rotina se resumia em ira à empresa, costurar e fazer o jantar para seus dois filhos. Apesar da rotina, Marta não reclamava de seu traba- lho, gostava do que fazia. Mas, e agora? O que fazer para encontrar um novo trabalho? Foi aí que Marta teve uma ideia, retornar aos estudos, fazer um curso técni- co de modelagem a fim de se aperfeiçoar mais na área. Matriculou-se e co- meçou a frequentar as aulas, porém o que Marta não imaginava é que teria de escrever textos no computador, ela mal sabia ligar e desligar o monitor. Marta conseguiu superar mais este obstáculo; hoje, digita e formata traba- lhos no editor de textos de seu computador, conhece as normas de traba- lhos acadêmicos e cria pastas para melhor organizar suas produções técni- cas. Realmente o editor de texto mudou a vida de uma senhora simples. Ela se dedicou, experimentou todas as ferramentas disponíveis e obteve sucesso. Você deve fazer o mesmo, experimente na prática utilizar todos os recursos que você acabou de conhecer e deixe seu texto com uma ótima formatação. Depois de tudo pronto, você ainda tem a possibilidade de imprimir, confira como deve pro- ceder. 9 Editor de Textos 113 9.5 IMPRESSÃO DE ARQUIVO Antes de solicitar a impressão, você pode configurar o documento para visu- alizar o formato da impressão. No canto inferior direito, da janela do Word, fica a barra de Zoom. Clicando nas setas + e -, é possível alterar o Zoom da janela de texto. Waleska Ruschel (2011) Figura 28 -  Zoom da janela Na guia Exibição, estão disponíveis todos os comandos para exibição comple- ta do documento. É possível alterar o modo de exibição por meio dos grupos Modos de exibição de documento, Mostrar ou ocultar a régua, Linhas de grade, Mapa do documento, Alterar o Zoom da página, Abrir nova janela entre outros. A impressão ou a visualização do documento para impressão é realizada por meio do botão Office, opção Imprimir. Waleska Ruschel (2011) Figura 29 -  Botão Office, opção imprimir Um recurso importante é a Visualização de impressão, que permite verificar como ficará o documento ao ser impresso. Quando se necessita imprimir um arquivo, este deve estar completo e forma- tado adequadamente, permitindo uma visualização legível. Você talvez já tenha recebido um material ou documento impresso com legi- bilidade prejudicada, faltando informação, isso é muito desagradável. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 114 SAIBA Consulte o livro de MORAZ, Eduardo. Treinamento Prático em Word 2007. São Paulo: Digerati Books, 2006. Explore os MAIS recursos que estão disponíveis. Recapitulando Você pôde conferir como um editor de textos funciona, em específico o Word, um editor de textos muito conhecido no mercado. Foram apre- sentadas a você, as ferramentas de edição de textos para ajudá-lo a criar documentos de alta qualidade. O Word permite a manipulação de objetos como: figuras, tabelas, formas geométricas, textos animados, colunas, estilos, parágrafos, cabeçalhos, notas de rodapé e um monte de outras opções básicas e avançadas, que estão à sua disposição para explorar e conhecer. Todas essas ferramentas, que estão inseridas em um editor de textos, vão permitir que você, profissional em segurança do trabalho, possa aprimo- rar ainda mais seus relatórios, redações e outros documentos diversos em sua função. 9 Editor de Textos 115 Anotações: Técnicas de Apresentação 10 Atualmente, os profissionais são convidados, com mais frequência, a fazer algum tipo de apresentação, quer seja em uma reunião, quer seja uma palestra. Muitos profissionais não sabem como preparar uma boa apresentação e, por isso, é de extre- ma importância saber como fazê-la adequadamente. As apresentações não devem ser decora- das, mas compreendidas pelo apresentador, que além de fazer a apresentação, deve preparar- -se para responder eventuais perguntas da plateia. Para ter sucesso nas apresentações, o orador pode lançar mão das ferramentas de multi- mídia, uma combinação das mídias estáticas e dinâmicas, que permitem transmitir uma ideia através da visão, da audição ou do tato. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para: a) estruturar uma apresentação; b) gerenciar o tempo de uma apresentação; c) utilizar as ferramentas de multimídia que auxiliam na preleção; d) comunicar-se oralmente em diversos níveis hierárquicos; e) utilizar técnicas de argumentação. Para saber mais sobre o assunto e alcançar os objetivos propostos, você precisa investir na sua dedicação, motivação e autonomia, tornando o processo de aprendizagem um espaço para aprender a aprender. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 118 10.1 ESTRUTURAÇÃO Nos dias de hoje, o mundo do trabalho tem exigido um fluxo de informações acelerado e, por isso, os profissionais são convidados com mais frequência a fazer algum tipo de apresentação, quer seja em uma reunião de trabalho para poucas pessoas, quer seja em uma palestra para um público bem maior. O conteúdo dos detalhes do tema deve ser incluso no VOCÊ CORPO da apresentação já descrita na introdução, cons- SABIA? truindo então uma estrutura mais clara que ajude a pla- teia a acompanhar as informações. Você se lembra de alguma palestra de que participou? Como foi essa apresentação? Digital Vision. Presenciar preleções, palestras ou mesmo reuniões enfadonhas tem sido mais comum do que se imagina. Isso acontece porque o orador ou apresentador não definiu cuidadosamente as informações que realmente eram necessárias e nem observou como fazer a apresentação de forma atrativa e clara. Muitos profissionais não sabem como preparar uma boa apresentação e, por isso, é de extrema importância saber como fazê-la adequadamente. A grande maioria dos especialistas afirma que uma VOCÊ plateia é capaz de prestar atenção por no máximo 45 SABIA? minutos, absorvendo apenas 1/3 de toda a informação repassada. 10 Técnicas de Apresentação 119 Por isso, faz-se necessário saber como fazer apresentações eficazes e atrativas, preparando-as adequadamente. Preparar uma apresentação é estruturar a explanação que será realizada. Para isso é necessário: a) elaborar um bom resumo do assunto, selecionando as informações mais im- portantes; b) criar os slides; c) desenvolver a apresentação; d) treinar a apresentação. Para elaborar o resumo, é necessário selecionar algumas frases introdutórias e que são impactantes para despertar a atenção do público. Se você desejar ampliar ainda mais seus conhecimentos SAIBA sobre o assunto leia, CINTRA, Jose Carlos A. Técnica de MAIS Apresentação: Oratória aplicada às apresentações com data-show. São Carlos, SP: Rima, 2007. Na preparação da sua apresentação é importante definir claramente os objeti- vos (dizer a que veio), qual a metodologia utilizada para se chegar aos resultados que serão apresentados, os resultados em si e as conclusões sobre a pesquisa realizada. Stockbyte COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 120 Uma apresentação precisa de tempo para ser preparada. Nunca prepare a sua apresentação alguns minutos antes FIQUE de entrar em cena e nem na noite anterior. Faça isso com ALERTA alguns dias de antecedência. Isso dará tempo para você fazer as revisões e incluir alguns itens que foram eventual- mente esquecidos. Os slides necessitam de atenção especial. Existem algumas dicas preciosas que podem auxiliar o profissional a fazer excelentes apresentações. Acompanhe aten- tamente essas dicas porque você também precisará elaborar uma apresentação. Um ou dois slides para apresentar os motivos da apresentação. a) De um a três slides para delinear o problema, o tema apresentado, a abran- gência/restrições da pesquisa ou assunto, quais foram os critérios usados para delimitar o assunto e os métodos que foram empregados para o levan- tamento das informações. b) Entre três e quatro slides para apresentar os resultados da pesquisa. c) De um a dois slides para apresentar as conclusões, que devem estar relacio- nados aos objetivos apresentados. Realmente não é possível se apresentar em público sem um bom recurso au- diovisual, para que haja um direcionamento da informação e atraia a atenção dos envolvidos. Portanto, essa apresentação deve seguir alguns padrões e ter objeti- vidade. Você certamente vivenciará essa situação, mas teve dicas importantes. 10.2 FERRAMENTAS DE MULTIMÍDIA Você sabe o que são ferramentas multimídias? As ferramentas de multimídia são uma combinação das mídias estáticas (gráfi- co, texto, fotografia, mapa, desenhos etc.) e dinâmica (filmes, músicas, desenhos animados etc.) controladas por computador e que permitem transmitir uma ideia através da visão, da audição ou do tato. São tecnologias disponíveis para criar, manipular, armazenar e pesquisar con- teúdos como CDs, DVDs, pendrive e computadores, bem como, os softwares dis- poníveis para a criação dos mais diversos formatos de apresentações pessoais ou profissionais com agilidade, rapidez e aspecto diferenciado. 10 Técnicas de Apresentação 121 Esses recursos permitem que a plateia aumente a capacidade de processa- mento e retenção das informações repassadas. Thinkstock Images VOCÊ Especialistas afirmam que o percentual de retenção de informação seja 55% visual, 38% vocal e apenas 7% tex- SABIA? tual. Dessa maneira, quando vários sentidos humanos são estimulados ao mesmo tempo, maiores são as chances de compreensão e retenção da informação. Você viu que por meio dos recursos multimídias é possível levar uma informa- ção cheia de incrementos. E por que não dizer sofisticação? Deixando os recepto- res convencidos e atraídos pela mensagem. 10.3 GERENCIAMENTO DE TEMPO Você já parou para pensar no tempo que gastamos para fazer as coisas? COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 122 Hemera Technologies É muito importante saber com antecedência o tempo disponível para fazer a apresentação. Sugere-se que se estime um slide para cada minuto de apresen- tação. Ao iniciar a preleção, o orador deve falar qual é o assunto da palestra ou reunião e resumir os tópicos que serão abordados, deixando claros os motivos da apresentação. O orador deve falar cada tópico de forma clara, objetiva, com calma, ênfase, segurança e confiança. As apresentações não devem ser decoradas, mas compre- endidas pelo apresentador. Assim que tiver apresentado todo o assunto, é necessário fechar a apresenta- ção. Para isso, a sugestão é repetir de forma breve os principais pontos apresen- tados, para que fiquem claros na mente da plateia. A conclusão deve ser objetiva e impactante. Falar além do necessário pode ser um tiro no próprio pé, FIQUE pois com o tempo, as pessoas não vão dar mais atenção ALERTA quando você pedir a palavra. Você já percebeu que pesso- as que falam pouco são mais ouvidas do que as tagarelas? Além de fazer a apresentação, o orador deve estar preparado para responder a eventuais perguntas da plateia. 10 Técnicas de Apresentação 123 Acompanhe a seguir um caso de sucesso onde o orador se preparou para fazer uma apresentação. Que esta situação sirva de exemplo quando você tiver que fazer uma apresentação. Observe atentamente quais foram as estratégias utiliza- das. CASOS E RELATOS Uma apresentação de sucesso Márcia trabalha em uma rede de supermercados como gerente geral de atendimento. Ela é responsável por 30 lojas distribuídas no estado de Mi- nas Gerais. Recentemente, foi convidada a fazer uma apresentação para os gerentes dos outros estados brasileiros para compartilhar as boas práticas que foram implantadas em sua região e que resultaram em um aumento das vendas em cerca de 30%. Márcia ficou apreensiva, pois nunca havia feito uma apresentação dessa natureza para um grupo de gestores tão conceituado. Ela sentiu o peso dessa responsabilidade e pensou em como deveria agir para fazer uma boa apresentação. Ela separou todas as informações que precisaria apresentar. Revisou com cuidado todos os assuntos, elaborou um bom resumo e selecionou as in- formações importantes que colocaria nos slides. Depois de selecionar as informações criou os slides e treinou a apresentação para verificar se ela conseguiria fazê-la dentro do tempo de que dispunha. No dia marcado, Márcia fez sua apresentação e se saiu muito bem. Foi aplaudida por seus pares e elogiada por seu desempenho e iniciativa. Ela saiu satisfeita da reunião e orgulhosa do trabalho realizado. Na saída, o di- retor geral da empresa a abordou e disse-lhe que era exemplo de dedi- cação e profissionalismo para toda a companhia. Esse reconhecimento da empresa fez com que ela se motivasse ainda mais para o trabalho. Tempo e organização são fundamentais na elaboração de uma apresentação, concorda? Com todas as informações disponíveis você deve explorar esse conte- údo. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 124 Recapitulando Esse capítulo levou você a verificar a importância de uma boa apresenta- ção. Prepará-la é estruturar a explanação que será realizada. Para isso é ne- cessário: a) elaborar um bom resumo do assunto, selecionando as informações mais importantes; b) criar os slides; c) desenvolver a apresentação; d) treinar a apresentação. Ao iniciar a preleção, o orador deve falar o assunto e resumir os tópicos que serão abordados, deixando claros os motivos da apresentação. O ora- dor deve falar com calma, segurança, confiança e objetividade. A conclu- são deve ser objetiva e impactante. Além de fazer a apresentação, o orador deve estar preparado para responder a eventuais perguntas da plateia. As ferramentas de multimídia são uma combinação das mídias estáticas (gráfico, texto, fotografia, mapa, desenhos etc.) e dinâmica (filmes, músi- cas, desenhos animados etc.) controladas por computador e que permitem transmitir uma ideia através da visão, da audição ou do tato. Esses recursos permitem que a plateia aumente a capacidade de processamento e reten- ção das informações repassadas. 10 Técnicas de Apresentação 125 Anotações: Slides 11 Você conhecerá diversos recursos sobre apresentação multimídia. O Microsoft Power Point 2007 é um dos melhores programas existentes no mercado. Você está convidado a navegar e utilizar todos os recursos disponíveis nesse programa. Você verá desde as regras básicas de layout e estruturação de slides, até a inserção e formata- ção de elementos gráficos e textuais que vão deixar suas apresentações muito melhores. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para: a) estruturar apresentações; b) inserir figuras e arquivos nas apresentações; c) formatar as apresentações; d) utilizar técnicas de apresentação. Sua efetiva participação contribuirá para o sucesso da aprendizagem. Por isso, mergulhe no conteúdo, percorra todos os caminhos de conhecimento disponíveis, faça do aprendizado um grande desafio. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 128 11.1 REGRAS DE ESTRUTURAÇÃO A ferramenta de apresentação de slides é muito utilizada nos mais variados meios, desde apresentações simples para trabalhos escolares até grandes pro- postas de projetos. Saber utilizar esse recurso, com domínio e sabedoria, com certeza é algo que trará muitos benefícios a você, pois, além de textos e imagens, você também conta com recursos de sons, vídeos, filmes, movimentos de animação, formas de transição etc. Combinando todos esses itens com criatividade você produzirá excelentes apresentações, independente de sua área de atuação. Aqui você aprenderá a utilizar o Power Point, que é parte integrante do pacote Microsoft Office®, na versão 2007. Ao abrir o aplicativo, você terá acesso à seguinte tela: D'Imitre Camargo (2011) Figura 30 -  Tela principal do MS Power Point a) Tela que você trabalhará cada slide individualmente. b) Slide em miniatura, ao clicar em cima de quaisquer deles, aparecerá amplia- do na tela de trabalho com slide individual. c) Espaço reservado para anotações sobre o slide que está sendo trabalhado. É importante aprender o recurso de layout, que pode lhe oferecer algumas formas de organização dos slides pré-definidos. Para ter acesso, clique na guia Início, em seguida no grupo “Slides”, clique no item Layout, um menu aparecerá, aqui você terá várias opções de layout oferecidas pelo aplicativo. Cada layout oferece uma forma de organização diferente, após fazer sua es- colha, basta clicar nos itens que estarão dispostos na tela para utilizar o recurso. 11 Slides 129 D'Imitre Camargo (2011) Figura 31 -  Definindo layout da apresentação Clique na guia Design, então no grupo Temas, você terá acesso a uma varieda- de de opções para definir como slide mestre*. Mas você pode construir seu pró- prio slide mestre, para isso, ainda no grupo Temas, clique no botão Drop down, e na opção Salvar tema atual, feito isso, seu slide personalizado está pronto para ser utilizado como slide mestre. D'Imitre Camargo (2011) Figura 32 -  Escolhendo um Design apropriado D'Imitre Camargo (2011) Figura 33 -  Salvando um Design apropriado COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 130 O termo slide mestre é utilizado quando todos os demais slides seguem um mesmo modelo. Slides são quadro de apresentações de fotos, trabalhos, VOCÊ gráficos, piadas. Você o divide como se fossem arquivos SABIA? diferentes para ter uma sequência, podendo utilizar re- cursos como músicas e apresentações automáticas. Já teve contato anteriormente com o Power Point? Não? Então, agora é hora de experimentar o programa. 11.2 INSERÇÃO DE FIGURAS E ARQUIVOS Para inserir textos em uma apresentação de slides, clique na guia Inserir, no grupo Texto, escolha a opção Caixa de texto. Conforme figura a seguir. Em se- guida, clique e mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse sobre o slide que está sendo trabalhado. Arraste o mouse para a área onde o texto será escrito. Pronto, você já pode inserir seu texto. D'Imitre Camargo (2011) Figura 34 -  Inserindo caixas de texto na apresentação Para utilizar imagens em seus slides, clique na guia Inserir, em seguida, no gru- po Ilustrações, clique em Imagens. Feito isso, aparecerá uma tela onde você terá que escolher a imagem que será inserida. Clique sobre a imagem escolhida, e depois em Inserir, dê um clique com o botão esquerdo para acesso ao grupo de opções de manipulação da imagem, uma nova guia aparecerá com o nome Formatar. 11 Slides 131 D'Imitre Camargo (2011) Figura 35 -  Inserindo imagens na apresentação D'Imitre Camargo (2011) Figura 36 -  Alterando propriedades de uma imagem Você terá várias opções de manipulação de imagem, que se dividem em qua- tro grupos, acompanhe. a) Ajustar: alterar características da imagem com contraste e brilho ou até mesmo fazer a alteração (troca) da imagem selecionada. b) Estilos de imagem: mudar o ângulo, a borda, forma da imagem, sombra, 3D etc. c) Organizar: alterar a disposição da imagem como girar, alinhar, enviar para traz, trazer para frente etc. d) Tamanho: configurar a área que a imagem ocupará como largura, altura, efetuar cortes na imagem etc. Para ter o domínio sobre os recursos de manipulação de FIQUE imagens, você deve fazer testes, utilizando todos os recur- ALERTA sos, com isso, terá conhecimento da ferramenta como um todo. Poderá aplicar os melhores efeitos em suas imagens. Com esse recurso, você poderá colocar músicas em sua apresentação, esco- lhendo o início e o término da execução ou configurar um loop (repetição) da música. Para isso, clique na aba Inserir, em seguida, clique na opção Som, conforme mostra a figura a seguir: COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 132 D'Imitre Camargo (2011) Figura 37 -  Inserir som como elemento de apresentação Após clicar na opção Som, uma nova janela aparecerá, então, escolha a músi- ca, logo, outra janela surgirá, solicitando que você opte entre Iniciar Automati- camente ou Quando clicado. Um novo item aparecerá na janela de animações personalizadas, que se refere à música inserida na apresentação, ao clicar com o botão direito do mouse, vá à opção Opções de efeito. D'Imitre Camargo (2011) Figura 38 -  Definindo sequência e configuração dos itens Faça várias configurações na música inserida, como: a) quando a música começará a tocar; b) quando a música irá parar de tocar; c) o volume da música; d) as repetições da música etc. 11 Slides 133 D'Imitre Camargo (2011) Figura 39 -  Configurando propriedades do som na apresentação Só para relembrar, à medida que você for construindo sua apresentação, exe- cute-a com a tecla F5 para visualizar se o efeito foi aplicado corretamente. Salve sua apresentação constantemente. Outra possibilidade é inserir filmes. Veja como proceder. Para inserir filmes/vídeos em sua apresentação, você deve ir à aba Inserir, em seguida, no grupo Clipes de mídia, clique no item Filme, escolha o filme e insira-o na apresentação, feito isso, dê um clique sobre o filme para selecioná-lo. Você terá acesso ao grupo Opções de filme, manipule seus filmes/vídeos, ou seja, quando o filme começará sua execução, quando irá parar, volume, animações etc. D'Imitre Camargo (2011) Figura 40 -  Trabalhando com filmes na apresentação Essa opção possibilita você a mudar a cor de fundo de sua apresentação de slides. Plano de fundo é algo importante em uma apresentação, porém, deve-se ter muito cuidado com essa escolha. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 134 Um dos principais cuidados é que um plano de fundo não deve ter a mes- ma cor do texto nem tonalidades próximas, pois isso dificulta a leitura e torna a apresentação cansativa. Para ter acesso a esse recurso, clique na guia Design. No grupo Planos de fundo, clique no item Estilos de plano de fundo . D'Imitre Camargo (2011) Figura 41 -  Alterando plano de fundo Caso nenhuma das opções estiver de acordo com sua apresentação, você po- derá criar seu próprio plano de fundo. Para isso, após clicar em Estilos de plano de fundo, clique em Formatar plano de fundo, então, você terá acesso opções, como: a) cor; b) preenchimento; c) preenchimento com textura; d) gradiente; e) transparência etc. D'Imitre Camargo (2011) Figura 42 -  Alterando estilo de plano de fundo 11 Slides 135 Agora que você já conhece tantos recursos do programa, fica fácil utilizá-los. Explore cada um desses recursos. 11.3 FORMATAÇÃO Antes de iniciar os estudos sobre mais uma ferramenta importante do apre- sentador de slides: as animações e transições, você verá uma situação que permi- tirá identificar a importância do uso correto da ferramenta. CASOS E RELATOS Um desastre José, Jonas, César e Marcos fazem parte de uma equipe de melhoria de pro- cessos produtivos na empresa onde trabalham, conhecido como “esqua- drão solução”. Todos os anos as equipes que desenvolveram bons traba- lhos de melhoria são convidados a participar de seminário para divulgação dos mesmos e, os melhores são premiados. Neste ano, a equipe foi selecionada para apresentar o seu trabalho neste seminário. Todos estavam felizes com o convite e agora precisavam prepa- rar a apresentação. O projeto de melhoria desenvolvido pelo “esquadrão solução” era excelente porque reduziu os custos de produção em 48%. O gerente da área disse-lhes que tinham chances de serem premiados por- que o projeto era muito bom e tinha gerado uma economia considerável para a empresa. Eles preparam a apresentação. Chegou o dia marcado e a equipe se posi- cionou no palco para fazê-la. Infelizmente, a apresentação dos slides era péssima. O fundo da tela e a cor da fonte não permitiam uma leitura ade- quada do texto. Além disso, a cada transição de slides, o som de um carro de corridas fazia com que a plateia se distraísse. O tempo de apresentação também ultrapassou o limite estipulado pela comissão julgadora. Infelizmente, o excelente projeto de melhoria não foi classificado porque a apresentação dos slides não foi adequada. Preparar as apresentações ade- quadamente pode contribuir de forma significativa o sucesso de uma ati- vidade. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 136 Avaliando o caso citado anteriormente fica claro que formatar corretamente uma apresentação é extremamente importante. Comece pela parte de transição de slides. Clique na aba Animações, aparece- rão os recursos de animações, um deles é Formas de transição para este slide. Passe o cursor para visualizar o efeito causado pela animação. Após escolher a opção desejada, você pode optar se esta animação se aplicará apenas ao slide se- lecionado ou em todos os demais, caso a segunda opção seja a escolhida, clique em Aplica a todos. D'Imitre Camargo (2011) Figura 43 -  Configurando transição de slides Para ter acesso a mais opções de transição de slides, você terá de clicar no menu Drop down. D'Imitre Camargo (2011) Figura 44 -  Escolhendo opções de animação de slides D'Imitre Camargo (2011) Figura 45 -  Ampliando opções de animação de slides 11 Slides 137 Aqui, você aprenderá a utilizar um recurso muito importante na área de apre- sentadores de slides. São as animações personalizadas, que dão mais vida a sua apresentação e a torna mais vistosa e plausível. Tal recurso trata cada item de sua apresentação, como um item independente, onde cada um poderá receber sua própria animação. Para acessar essa ferramenta, clique no menu Animações. Selecione um item qualquer em seu slide (imagem, texto etc.), aplique uma animação, clique no bo- tão Adicionar efeito. FIQUE O botão Adicionar efeito só poderá ser acessado se um ALERTA item no seu slide for pré-selecionado. Após você ter selecionado um item e ter clicado no botão Adicionar efeito, algumas opções aparecerão: a) Entrada: é utilizado para inserir uma animação, para entrar (aparecer) o item selecionado. b) Saída: é utilizado para inserir uma saída no item selecionado. c) Ênfase: é utilizado para inserir um movimento extra ao item selecionado. d) Trajetória de animação: é utilizado para criar seus próprios movimentos de animação. Essa ferramenta deve ser utilizada com cautela. Você não FIQUE deve exagerar nas animações. Isso pode causar a impres- são de que sua apresentação está desorganizada e causar ALERTA um cansaço visual nas demais pessoas que estiverem pres- tigiando sua apresentação. Dentro das animações, você poderá encontrar as seguintes possibilidades: movimentos e sons. Acompanhe! 11.3.1 MOVIMENTO DE ENTRADA Esse movimento é inserido toda vez que você deseja que um item execute algum movimento antes que ele apareça em seu slide. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 138 Após você escolher o tipo de efeito de entrada, algumas opções estarão dis- poníveis. A opção Início apresentará algumas alternativas para definir o momento em que a sua animação de entrada será executada. Por exemplo: a) será após um clique do mouse; b) será executada juntamente ou após a uma animação anterior. Outra opção é a Direção, onde você poderá definir o sentido que sua anima- ção será executada (direita, esquerda, horizontal, vertical etc.), a última opção é a Velocidade, que determina se a animação será executada de maneira lenta, mé- dia ou rápida. Dependendo da animação escolhida, algumas dessas opções não estarão dis- poníveis. D'Imitre Camargo (2011) Figura 46 -  Personalizando uma animação 11.3.2 MOVIMENTO DE SAÍDA O movimento de saída é inserido toda vez que você deseja que um item exe- cute algum movimento de saída de seu slide. Os princípios para o uso dessa opção são os mesmos do movimento de entra- da, pois aqui você também pode escolher a forma como o item selecionado sairá do seu slide, ele saíra (clique do mouse, com anterior ou após anterior), a direção e a velocidade. 11 Slides 139 11.3.3 MOVIMENTO DE ÊNFASE Uma ênfase é um movimento que ocorre depois que um item já executou seu movimento de entrada. Veja o exemplo: Uma imagem entra em sua apresentação com uma velocidade média, após um clique do mouse. Em seguida, esta imagem executa uma rotação de 360° sen- tido anti-horário. Este giro de 360° é o movimento de ênfase. 11.3.4 TRAJETÓRIAS DE ANIMAÇÃO Com as trajetórias de animação você pode definir as trajetórias para os itens do seu slide. Para facilitar o trabalho com animações, leia as dicas. Primeira dica - Você deve conhecer bem as sinalizações dispostas na janela Personalizar animação: D'Imitre Camargo (2011) Figura 47 -  Opções de animação COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 140 Segunda dica - À medida que as animações forem inseridas, pressione a tecla F5 para visualizar se a animação foi aplicada corretamente. 11.3.5 Inserindo sons nas animações Para utilizar esse recurso, um efeito de animação deve ser inserido. Feito isso, clique com o botão direito sobre um dos efeitos, em seguida, na opção Opção de efeitos. D'Imitre Camargo (2011) Figura 48 -  Inserindo sons nas animações Na aba Efeitos, você poderá atribuir efeitos sonoros aos de animação. D'Imitre Camargo (2011) Figura 49 -  Exemplo de efeitos de animação 11 Slides 141 FIQUE Você deverá ter cautela ao utilizar o recurso de sonoriza- ção, pois, se utilizado em excesso, poderá tirar o foco do ALERTA tema principal. Uma apresentação com animação faz toda a diferença, desperta a atenção de quem acompanha, fica mais atrativa, porém, precisa ser bem produzida. Para que você possa aprofundar seus conhecimentos sobre o SAIBA que foi estudado neste capítulo, temos uma opção de leitura MAIS à disposição: BRITO, Ronaldo Paes. Curso Essencial de Po- werPoint 2007. São Paulo: Digerati Books, 2006. Recapitulando Você viu nesse capítulo, como o programa Microsoft PowerPoint pode faci- litar sua vida na hora de criar a apresentação. Alguns dos recursos mais básicos do PowerPoint podem ser considerados como a definição de estruturas de layout, que permitirão incluir imagens, tabelas, texto, gráficos, escolher o Design mais apropriado para o perfil de sua apresentação. Ainda, é possível modificar a sequência da apresentação com recursos de transição e animação dos componentes de cada slide, mas também se deve cuidar para não abusar dos recursos, pois pode provocar uma sensação de cansaço visual ou desorganização! Além disso, podemos animar uma apresentação colocando filmes ou sons, o que caracteriza o programa como multimídia, pois trabalha com diferen- tes tipos de mídia, que são combinações de mídias estáticas, como textos, fotos, mapas e desenhos, com mídias dinâmicas, que podem incluir, entre outros, filmes, músicas, desenhos animados. Oratória 12 Oratória é o termo que designa a arte de falar bem em público. Muitas pessoas têm medo de falar em público pelas mais diferentes razões, porém, a sociedade atual tem exigido cada vez mais o desenvolvimento dessa competência. Todo orador, do mais experiente ao menos, sente certa tensão ao enfrentar uma plateia. Al- gumas pessoas superam estas sensações com rapidez, porém, outras se deixam dominar pelos sentimentos. Para superar essa dificuldade é preciso que o orador confie em si mesmo e tenha domínio do assunto. Ao final deste capítulo, você terá subsídios para: a) utilizar técnicas de apresentação, inclusive em meio eletrônico; b) comunicar-se oralmente em diversos níveis hierárquicos; c) disseminar informações, inclusive com recursos computacionais; d) fazer boas apresentações; e) falar em público de forma eficiente. Todo o assunto é muito importante para o seu desenvolvimento profissional. Então, apro- veite todo esse conteúdo de forma interativa e colaborativa. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 144 1 Retórica 12.1 FALAR EM PÚBLICO Retórica é a composição e Oratória é o termo que designa a arte de como falar bem em público. Ser um apresentação de discurso. bom orador não significa que a pessoa fala muito, mas sim que fala corretamente e no momento certo. Oratória é um método de discurso e era estudada como um componente da retórica1. Segundo Barbosa e Souza (2007, p. 18) “Oratória é a arte de falar bem, median- te a utilização de diferentes recursos da linguagem, com o objetivo de provocar determinado efeito no ouvinte. Também chamada de retórica” Falar em público é uma das atribuições mais importan- VOCÊ tes de todo profissional, seja para apresentar um proje- to, vender uma ideia ou até mesmo participar de uma SABIA? reunião. Mas, ainda é uma tarefa que inspira medo e pode ser decisiva para o sucesso de muitas pessoas. Muitas pessoas têm medo de falar em público pelas mais diferentes razões, porém, é necessário o desenvolvimento dessa competência porque as pesso- as precisam trabalhar em grupo. O trabalho em grupo exige que as pessoas se comuniquem bem para que os objetivos sejam atingidos de maneira eficiente e eficaz. Você já falou em público? Com foi essa experiência? O medo pode paralisar o orador, impedindo-o de fazer o uso correto da pala- vra. A maioria dos grandes oradores precisou aprender a arte de falar em público, pois nenhum deles foi eloquente desde o início. Digital Vision. 12 Oratória 145 Todo orador, do mais experiente ao menos, sente certa tensão ao enfrentar uma plateia. É normal encontrar oradores que sentem mal-estar, as mãos suadas, os joelhos tremendo, porém, isso é normal e demonstra que a pessoa é responsá- vel e que respeita seu público. Algumas pessoas superam estas sensações com rapidez, porém, outras se dei- xam dominar pelos sentimentos e muitas vezes, nem sequer começam a falar. Para superar essa dificuldade, é preciso que orador acredite nele, pois falar bem é falar confiante. Para falar bem é preciso falar apenas de assuntos que são de domínio do ora- dor. A seguir a situação apresentada permite uma reflexão sobre sua oratória, será que você está preparado para falar em público? CASOS E RELATOS Eu posso melhorar Senhor Pablo, 56 anos, trabalha a 20 anos como gerente no setor de com- pras da empresa. Ele faz um ótimo trabalho para se indispor com seus su- bordinados e clientes porque sua oratória é péssima. Apesar de ser brilhan- te, tem muito que aprender sobre comunicação. Sua forma de comunicar deixa muito a desejar e, frequentemente, causa problemas para a empresa. Ele até admite que talvez não consiga se expressar verbalmente como de- veria, principalmente, quando alguém está fazendo um bom trabalho ou quando algum fornecedor não atende prontamente as suas solicitações. Seus funcionários arrolam uma série de problemas de comunicação que são consideradas irritantes. Ele é prolixo, usa palavras chulas, não respeita prazos, não escuta os funcionários e é rápido em fazer críticas e mesquinho nos elogios. Recentemente, ele foi convidado a participar de uma reunião para apresen- tar um relatório sobre o desempenho do setor de compras da empresa. Sua postura demonstrava arrogância. Mantinha as mãos nos bolsos e brincava com as chaves que tilintavam irritando os participantes da reunião. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 146 Seu diretor, que não gostou da apresentação, chamou-o ao final da reu- nião para uma conversa. O diretor disse-lhe que sua oratória não era ade- quada e que ele precisava participar de um treinamento para melhorar sua comunicação. Pablo não gostou de ouvir os comentários do diretor, mas acatou a sugestão. Participou do treinamento, ali pode perceber o quanto sua oratória era péssima e quais eram os aspectos que precisava melhorar. Passados alguns meses, seus subordinados sentiram a mudança de Pablo e o clima do setor melhorou consideravelmente. Ter uma boa oratória auxilia no desempenho e sucesso profissional. Você estudou como escrever bem um texto, digitar, formatar, como elaborar uma apresentação, agora chegou o momento de colocar tudo isso em prática por meio da oratória, sim, porque você precisar treinar essa técnica. 12.2 A APRESENTAÇÃO O orador nunca deve escolher um tema que lhe seja estranho. Para falar bem, é preciso que o palestrante pesquise em livros, sites, artigos, revistas etc. e con- verse com outros estudiosos do assunto. É necessário que o palestrante faça apontamentos sobre os aspectos mais importantes e que precisam ser estudados profundamente, para poder apresentar o assunto de forma precisa e coerente. Além da preparação técnica do tema, o orador também precisa observar a postura. Por isso, deve apresentar uma postura elegante, distinta, sóbria e digna, observando para não transmitir um ar de superioridade, arrogância ou desprezo. Antes de falar, o orador deve olhar por alguns instantes para a plateia, examinar o local, respirar fundo. Isso fará com que a plateia fique em silêncio e aguarde o pro- nunciamento do orador. Durante a exposição do tema, o orador deve procurar olhar para todos os lugares da sala, inclusive aquele que se encontram nos cantos e que estão fora do ângulo normal de visualização. Isso fará com que os ouvintes se sintam prestigiados e valorizados. Se a sala não possuir um púlpito e o orador se sentir confortável, é recomen- dável que se movimente de forma segura e calma pelo palco. A posição deve parecer cômoda ao orador, e natural para o público. Recomenda-se que o orador não fique sempre no mesmo lugar, mas também, que não passeie sem parar. Também, deve evitar balançar o corpo como uma gangorra ou ficar com uma postura deselegante. O que um orador deve evitar? 12 Oratória 147 Deve evitar: a) manter as mãos nos bolsos ou para trás; b) fazer gestos acima dos ombros ou abaixo da linha da cintura; c) tirar e colocar óculos; d) abotoar e desabotoar o paletó; e) ficar brincando com canetas e chaveiros. Consulte o livro de POLITO, Reinaldo. Gestos & postura: SAIBA para falar melhor. 22. ed. São Paulo: Livraria Saraiva, 2000. MAIS 200 p. Aprenda dicas fantásticas de como se portar em pú- blico! George Doyle Muitos oradores se preocupam apenas com o conteúdo e com a roupa que vão vestir para a apresentação, porém, a colocação da voz é muito importante. O orador precisa observar o tom, o timbre e a intensidade da voz. FIQUE O orador fala com todo o corpo e sem gestos uma palestra ALERTA ou apresentação é uma obra de arte incompleta. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 148 É recomendável que o orador alterne o tom de voz durante a sua apresenta- ção, subindo ao fazer uma afirmação ou baixando nas confidências. Quanto ao timbre, ressalta-se que deve ser limpo e harmonioso, evitando o uso de uma nota básica, pois a voz fica cansativa. Para uma boa comunicação é importante que o orador não fale com os dentes semicerrados, com som nasalado ou abafado. Quanto à intensidade do som, ressalta-se que não seja nem alto, nem baixo demais. Deve ser adequado ao tamanho do ambiente e de forma a ser ouvido por todos da plateia. Outro aspecto que deve ser observado pelo orador é a dicção. Para ter uma boa dicção é necessário que o orador aprenda a controlar a respiração. A respira- ção não deve ser ruidosa ou forçada. É recomendável respirar de forma frequente, silenciosa e FIQUE profunda. Não respire no meio das palavras e nem deixe ALERTA os pulmões esvaziarem demais. Acostume-se em respirar no final de grupos de pensamentos. Para ter uma boa dicção, respeite a pronúncia correta das palavras, a entona- ção correta de cada frase de acordo com sua intenção (pergunta, exclamação, retórica etc.) e articulação. A questão da higiene pessoal como barba, unhas, cabelo, roupas e sapatos também merecem atenção especial por parte do orador. As mulheres devem ob- servar com rigor o tipo de roupa e os acessórios que comporão o look. A roupa deve conferir seriedade ao orador(a). iStockphoto 12 Oratória 149 Vale lembrar que toda a vez que alguém se dirige a um grupo de pessoas ocor- re uma preleção e, por isso, é um tipo de discurso onde existe um orador e uma plateia. Isso acontece tanto na vida social quanto na profissional. Para contar uma piada a um grupo, apresentar um trabalho escolar, participar de uma reunião, dar uma palestra ou curso, necessita-se da oratória. Por que você ri ao ouvir uma piada bem contada? Ora, porque o piadista usou de toda a sua competência oral (entonação da voz, postura, gestos e palavras). Para ser um orador você precisa tomar alguns cuidados com a voz, postura e a mensagem que deseja transmitir. Esse conteúdo trouxe subsídios teóricos para você agregar valor a sua prática. Recapitulando Você estudou que oratória é o termo que designa a arte de falar bem em público. Ser um bom orador não significa que a pessoa fala muito, mas sim que fala corretamente e no momento certo. Muitas pessoas têm medo de falar em público pelas mais diferentes razões, porém, a sociedade atual tem exigido cada vez mais o desenvolvimento dessa competência, porque as pessoas precisam trabalhar em grupo. Todo orador, sente uma certa tensão ao enfrentar uma plateia. Algumas pessoas superam estas sensações com rapidez, porém, outras se deixam dominar pelos sentimentos e, muitas vezes, nem sequer começam a falar. Para superar essa dificuldade é preciso que orador acredite nele, pois falar bem é falar confiante. O orador nunca deve escolher um tema que lhe seja estranho e, além da preparação técnica do tema, o orador também precisa observar a postura. Porém, muitos oradores se preocupam apenas com o conteúdo e com a roupa que vão vestir para a apresentação, mas a colocação da voz é muito importante. Para isso, o orador precisa observar o tom, o timbre e a inten- sidade da voz. Outro aspecto que deve ser observado pelo orador é a dicção. Para ter uma boa dicção é necessário que o orador aprenda a controlar a respiração que não deve ser ruidosa ou forçada. A higiene e apresentação pessoal também merecem atenção especial por parte do orador. COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA 150 Vale lembrar que toda a vez que alguém se dirige a um grupo de pessoas, ocorre uma preleção e, por isso, é um tipo de discurso onde existe um ora- dor e uma plateia. Isso acontece tanto na vida social quanto na profissional. 12 Oratória 151 REFERÊNCIAS BARBOSA, Marcos Antônio. LIMA, José Mauro de Souza. Falando em Público: Comunicação e apresentação. Viçosa, MG. CPT, 2007. BRAGA, Mariana Camargo. Breve história da linguagem, de babel a nossos dias. Editora Ática Ltda. 2002 – 2003. Disponível em: <http://www.aticaeducacional.com.br/htdocs/Especiais/hist_ ling/index.htm>. Acesso em: 07 ago. 2009. BRASIL. Dicas em saúde: adolescência saudável. Ministério da Saúde. Elaborado em ago. 2006. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/html/pt/dicas/106adolescencia.html>. Acesso em: 3 ago. 2010. CAMPEDELLI, Samira Youssef; SOUZA, Jésus Barbosa de. Produção de textos & usos da linguagem: curso de redação. 2 ed. São Paulo, SP: Saraiva, 1999. 288 p. CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa. 43 ed. São Paulo: Editora Nacional, 2000. CESTARI, Maria Waldete de Oliveira. Descrição. Disponível em: <http://www.docstoc.com/ docs/40791762/FACULDADE-DE-FILOSOFIA-CI%E9%97%9ACIAS-E>. Acesso em: 10 maio 2011. COLÉGIO WEB. Como fazer uma boa leitura. Colégio WEB. Disponível em: <http://www.colegioweb. com.br/orientacao/como-fazer-uma-boa-leitura>. Acesso em: 01 ago. 2010. CONSOLARO, Hélio. Exercícios. Disponível em: <http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub. php?op=exercicios/docs/exerciciosincoerencias>. Acesso em: 10 ago. 2009. FERREIRA, Aurélio, Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1986. GRIFFI, Beth. Português: literatura, gramática e redação. São Paulo: Moderna, 1991. 3 v. INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de leitura e redação. 6 ed. São Paulo, SP: Scipione, 2000. 312 p. MAIA, João Domingues. Português. 11 ed. São Paulo, SP: Ática, 2005. 496 p. MAP of Lusophone world. 2006. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Map- Lusophone_World-en.png>. Acesso em: 02 out. 2009. MARTINS, Dileta Silveira; ZILBERKNOP, Lúbia Scliar. Português instrumental: de acordo com as atuais normas da ABNT. 24 ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003. 560 p. MENDES, Murilo. A idade do serrote. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968. MUNDO EDUCAÇÃO: Países que falam Português. Disponível em: <http://www.mundoeducacao. com.br/geografia/paises-que-falam-portugues.htm>. Acesso em: 20 out. 2009. MUNDO FIT. Dicas MundoFit: importância da prática de atividade física. Disponível em: <http:// www.mundofit.com.br/wslbe2/?mod=dicas&type=Show>. Acesso em: 26 jul. 2010. PAZ, Octavio. O Arco e a Lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. Col. Logos. Tradução de Olga Savary. PERES.S. Erro por defasagem no Universo Vivencial. Disponível em: <http://professorasilviaperes. blogspot.com/2010/05/exemplos-de-falhas-na-comunicacao.html>Acesso em: 14 maio 2010 SARMENTO, Leila Lauar; TUFANO, Douglas. Português: literatura, gramática, produção de texto: volume único. São Paulo, SP: Moderna, 2004. 447 p. SERAFINI, Maria Teresa. Como escrever textos. 11 ed. São Paulo: Globo, 1985. 221 p. MINICURRÍCULO DOS AUTORES Fabiana Silva Piazera Fontana é especialista em Psicopedagogia pela Universidade Castelo Branco e Licenciada em Letras Português-Inglês e Literaturas pela Universidade Regional de Jaraguá do Sul. Atuou como docente de inglês e português em escolas de idiomas, escolas públicas e parti- culares de ensino regular, assim como no SENAI/SC. Exerce sua atividade profissional no SENAI/ SC nos cursos de Aprendizagem Industrial, cursos técnicos e cursos superiores. Orienta trabalhos acadêmicos de conclusão de curso dos cursos Técnicos e Superiores e coordena os trabalhos de conclusão de curso do Curso Superior em Tecnologia da área Metal Mecânica da mesma institui- ção. Juliano Daniel Marcelino é especialista em Gerenciamento de Projetos e bacharel em Sistemas de Informação. Atuou como gerente de projetos de implantação de sistemas de informação para ca- deia de suprimentos, sistemas de gerenciamento corporativo, sincronização e integração de sis- temas colaborativos, além de consultoria empresarial com experiência em nível internacional, em gerenciamento de projetos, análise, mapeamento e gerenciamento de processos e planejamento estratégico. Ainda no segmento corporativo, teve a oportunidade de realizar inúmeras apresen- tações, palestras e cursos sobre gerenciamento de projetos, gestão de riscos, planejamento de auditoria, gestão de alta performance, gestão do conhecimento e desenvolvimento de equipes de alta performance. Na área acadêmica, atua como docente na academia Cisco no SENAI/SC, e conta com experiência nos segmentos de pós-graduação, graduação, técnico e profissionalizan- te, além de coordenação e orientação de trabalhos acadêmicos em instituições da região. Lilian Elci Claas é graduada em Pedagogia com habilitação em Supervisão Escolar e pós-graduada em Administração de Recursos Humanos (FAE/UNERJ) e em Consultoria Empresarial (UFSC/SE- NAI). Participou de mais de 1100 h/aula de capacitações e treinamentos empresariais em diversas áreas de formação técnica profissional e de relacionamento interpessoal. Atua, desde 1988, com a formação e o desenvolvimento de lideranças. Atualmente, como instrutora no SENAI/SC, ministra as disciplinas de Comunicação Oral e Escrita, Metodologia Científica, Metodologia da Pesquisa e Gestão de Processos. Desenvolve trabalho de consultoria empresarial na área de gestão de pes- soas e treinamento, também, orienta TCCs nos cursos Técnicos e Tecnólogos. INDICE A Anexo 67, 77, 79 Apêndice 78, 79, 81 C Coerência 33, 35, 36 G Gírias 23 N Neologismo 22, 23 P Planejamento 14 R Regionalismo Linguístico 24 Retórica 144, 148 V Verossimilhança 60, 61 ANEXO Figura 50 - Mapa Conceitual SENAI – Departamento Nacional Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP Rolando Vargas Vallejos Gerente Executivo Felipe Esteves Morgado Gerente Executivo Adjunto Diana Neri Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros SENAI – Departamento Regional de Santa Catarina Simone Moraes Raszl Coordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional Caroline Batista Nunes Silva Morgana Machado Tezza Coordenação do Projeto Fabiana Silva Piazera Fontana Juliano Daniel Marcelino Lilian Elci Claas Elaboração Lilian Elci Claas Revisão Técnica Beth Schirmer Coordenação do Núcleo de Desenvolvimento Gisele Umbelino Coordenação de Desenvolvimento de Recursos Didáticos Rozangela Aparecida Valle Design Educacional Marilene Maria Schmidt Revisão Ortográfica e Gramatical Marilene Maria Schmidt Normalização D’imitre Camargo Martins Diego Fernandes Luiz Eduardo Meneghel Ilustrações e Tratamento de Imagens Daniela de Oliveira Costa Diagramação Juliana Vieira de Lima Revisão e Fechamento de Arquivos Patrícia Correa Ciciliano CRB-14/752 Ficha Catalográfica i-Comunicação Projeto Gráfico
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