cefalometria_5edicao.pdf

March 24, 2018 | Author: matematicoalfa | Category: Dentistry, Science, Books, Time, Anatomy


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Introdução à Cefalometria Radiográfica5ª edição Cléber Bidegain Pereira Carlos Alberto Mundstock Telmo Bandeira Berthold Editado pela Revista Virtual AcBO Nossa Capa Esta imagem de telerradiografia é a composição da hemi face feita de cortes tomográficos, fornecida pelo Dr. Rolf Faltin. Representa excelente alternativa para uma cefalometria em 2D feita com mais precisão, visto que os pontos cefalométricos laterais apresentam-se únicos. Introduçào à Cefalometria Radiográfica, publicado em boa hora, é um marco da literatura ortodôntica e odontológica nacional. Os autores não mediram esforços e trabalho para oferecer ao clínico, que trabalha com os jovens pacientes, e ao próprio especialista um repertório de conhecimentos básicos ,sobre ortodontia preventiva a interceptiva; proporcionam assim informações indispensáveis para correta interpretação das análises cefalométricas; dando tanto ao clínico como ao especialista a capacidade de entenderem melhor o diagnóstico ortodôntico nesta préfase da ortodontia, por dados analíticos automatizados. A literatura odontológica nacional está pois enriquecida com uma obra extraordinária pelo cabedal de ensinamentos que transmite a todos nós de forma ordenada a sistemática. Estão de parabéns os seus autores. Eles tiveram a inteligência de condicionar o seu trabalho à uma visão muito clara dos objetivos que pretendiam alcançar, a este intento foi plenamente atingido. De uma forma límpida, precisa a relativamente isenta dos grilhões dos métodos formais, os autores seguiram um procedimento filosófico que está tendo uma poderosa influência nos dias atuais: na indústria - pelo que se denomina de gerenciamento por objetivos ou por resultados - e na educação de um modo geral - pelo estudo do comportamento humano através dos seus objetivos, assim como a instrução individualizada estudada com objetivos pragmáticos, etc. Tudo isto é alcançado quando se inicia qualquer trabalho já tendo em mente objetivos traçados estrategicamente. Este escrito não deve ser longo, procedo como os autores do livro, que souberam seguir muito bem o que nos diz Goethe: "Os ensinamentos que mais nos interessam não podem ficar misturados com coisas que não nos interessam tanto." Newton de Castro Informações Suplementares Tivemos a tentação de inserir na 4° edição, editada pela UFRGS, detalhes sobre alguns temas como posição natural da cabeça, posição da mandíbula e outros assuntos, alguns deles polêmicos e justamente por isto mais fascinantes. Resistimos e mantivemos o livro dentro de sua proposição inicial de ser instrumento de aprendizado para aqueles que se iniciam na Cefalometria Radiográfica, seguindo a filosofia registrada por Newton de Castro, em seu comentário, de que "as coisas importantes não devem estar misturadas com as coisas menos importantes". Continuamos oferecendo o básico clássico, apenas acrescido de mais informações sobre os avanços das Tomografias Computadorizadas. Porém, neste livro digital, o qual tem recursos fantásticos, quase ilimitados, vamos colocar links fazendo chamadas para maiores informações e detalhes de muitos dos temas abordados. Assim sendo este livro digital será rico, muito rico em detalhes que estarão "escondidos" e que só aparecem quando procurados pelos estudiosos que clicarem nas chamadas que se oferecerão. Desta forma o livro deixa de ser somente uma iniciação como também uma fonte de consulta mais avançada.1 Os autores 1 Introdução ao Diagnóstico Ortodôntico www.acbo.org.br/revista/biblioteca/planejamento À memória do querido Raul Otaño Antier. Partiu, tendo em sua cabeceira o esboço destes escritos, onde em sua derradeira noite fez apontamentos e sugestões. Com este trabalho presto-lhe homenagem de amor e gratidão. Cléber Cléber Bidegain Pereira Especialista em Ortodontia Professor Convidado de várias Universidades e Associações no Brasil e exterior Ex-pesquisador no Burlington Growth Center .Universidade de Toronto Ex-pesquisador na Universidade Federal de Santa Maria Carlos Alberto Mundstock Especialista em Ortodontia Mestre em Odontologia Professor Adjunto de Ortodontia da FO-UFRGS Coordenador do Curso de Especialização em Ortodontia FO-UFRGS Chefe do Departamento de Cirurgia a Ortopedia da UFRGS Telmo Bandeira Berthold Especialista em Ortodontia Mestre e Doutor em Odontologia Professor Adjunto de Ortodontia da FO-UFRGS Professor do Curso de Especialização em Ortodontia FO-UFRGS Professor Adjunto da FO-PUCRS Professor do Curso de Especialização em Ortodontia FO-PUCRS Professor do Curso de Mestrado em Odontologia FO-PUCRS . Autor do primeiro livro de cefalometria radiografia editado na América do Sul Tatsuko Sakima Professor Titular de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araraquara . Manoel F. Ruben Tosi. de Harfin Professora do Departamento de Ortodontologia da Cátedra de Odontologia Integral de Adulto na Faculdade de Odontologia da Universidade de Buenos Aires Manoel Sanchez Ex-professor Titular de Ortodontia na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Nilza Pereira da Costa Professora Adjunta de Radiologia na Faculdade de Odontologia da Pontifícia Universidade e Católica do Rio Grande do Sul Sebastião Interlandi Professor Titular de Ortodontia na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo Roman Santini Ex-chefe do Departamento de Ortodontia do Hospital Fiorito de Buenos Aires. Roman Santini. Sérgio Gonçalves e Cléber Bidegain Pereira Icléo Faria e Souza Ex-professor Titular de Radiologia nas Faculdades de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Jose Carlos Elgoyhen Coordenador do Curso de Especialização da Ass. Galvão Professor Titular de Ortodontia na Faculdade de Odontologia Campus de Araçatuba UNESP Eros Petrelli Professor Coordenador do Curso de Pós-graduação em Ortodontia na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Paraná Grupo de Estudos AB Elio de Maria. Ex-pesquisador do Centro de Crescimento a Desenvolvimento Humano da Universidade de Michigan Julia F.UNESP . Sebastião Interlandi. Newton de Castro. Jose Carlos Elgoyhen.Colaboradores da 1ª edição Antonio de Almeida Especialista em Ortodontia Carlos Augusto Aranha N. Jairo Correia. Sanchez. Odontológica Argentina. Colaboradores da 4ª edição Antônio Rego de Almeida Especialista em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares CFO Breno Ramos Boeira Júnior Mestre em Ortodontia e Ortopedia Facial PUCRS.São Leopoldo de Mandic Rolf Marçon Faltin Mestre em Biologia Celular e Tecidual pelo ICB/USP. Ex-pesquisador do Centro de Crescimento e Desenvolvimento Humano da Universidade de Michigan Julia F. Fantini Professora de Ortodontia na Faculdade de Odontologia da USP. de Harfin Professora do Departamento de Ortodontia da Cátedra de Odontologia Integral da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Nayene Leocádia Manzutti Eid Especialista em Radiologia Odontológica pelo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais.Argentina. Doutor e Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Universidade de Ulm.USP Jose Carlos Elgoyhen Coordenador do Curso de Especialização da AOA . Professor convidado do Depto. Ex-professor Substituto de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UFRGS Eros Petrelli Professor Coordenador do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UFPR Guilherme dos Reis Janson Professor Titular do Departamento de Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Bauru . Coordenador do Curso de PósGraduação em Odontologia da CPO . Mestre e Doutora em Ortodontia pela Faculdade de Odontologia da USP Tatsuko Sakima Ex-professor Titular da Faculdade de Odontologia da UNESP.São Leopoldo de Mandic Sebastião Interlandi Ex-professor Titular de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da USP Solange M. Alemanha . Mestre em Radiologia Odontológica pela Faculdade de Odontologia da UNICAMP Nilza Pereira da Costa Professora Titular de Radiologia da Faculdade de Odontologia da PUCRS Orivaldo Tavano Ex-professor Titular de Radiologia da Faculdade de Odontologia da USP. Alemanha. de Ortodontia e Ortopedia Facial da Universidade Paulista e da Universidade de Ulm. Professor Titular do Curso de Pós-Graduação em Odontologia da CPO . Introdução à cefalometria radiográfica. foi necessário que Milo Hellman descobrisse que "função" não era a única determinante de "forma". a despeito da intenção despretensiosa dos autores. pela ausência de linha de pesquisa. Após Hellman. embora com fundamentos de natureza puramente osteológica (é Brodie quem nos diz). ambos desvinculados de uma linearidade que dificulta a caracterização da pesquisa e o esboço do seu processo de desenvolvimento. pois a alternância dos capítulos propicia ao leitor. concatena-se com o desenvolvimento da literatura entre nós. Este caminho mistilínio da pesquisa. de há muito. dobrando esquinas abruptamente. o histórico geral da ortodontia. os trabalhos cefalométricos iniciados por Broadbent pareceram-nos coroar historicamente o avanço científico da ortodontia. mercê do trabalho dedicado a constante destes autores. já com algum roteiro de pesquisa. na maioria egressos dos cursos de pós-graduação. . ao pretender expressar numericamente grandezas ósseas e tegumentares. já neste século. Isto lhe é brindado agora com o presente trabalho de Cléber Bidegain Pereira. a se vêem as publicações ortodônticas brasileiras enriquecidas. corretamente. Mesmo assim. até o presente.Prefácio da 1ª edição A literatura ortodôntica brasileira tem exibido um roteiro caracterizado. se estruturou sob o ponto de vista didático. desvinculados de estruturas de apoio diversas. uma vez que os trabalhos publicados denotam o esforço individual de pesquisadores. caracterizando assim bases antropométricas orientadoras de futuras investigações. corrigir erros a se recolocar novamente num roteiro aceitável. mesmo no campo da clínica. Carlos Alberto Mundstock e Telmo Bandeira Berthold. para que o corpo de doutrina ortodôntico. a que logram uma contribuição eficaz para o acérvulo científico ortodôntico nacional. para algum tempo após reconsiderar tendências. se orientasse para bases realmente científicas. Surgia o fator "crescimento" completando o triângulo sagrado (função. crescimento) que vem lastreando os fundamentos clínicos que hoje todos obedecemos. portanto. forma. no entanto. um manual de orientação para o entendimento cefalométrico dos problemas ortodônticos. Sem dúvida. a ortodontia desviou-se de seus rumos. Mais tarde. então. o clínico já devia ter às mãos. Preenche-se então uma lacuna. Esta particularidade não a desqualifica perante a bibliografia internacional. parece constituir-se regra geral na história da ortodontia: quando a "lei das transformações" (Wolff) foi enunciada nos fins do século passado. e me permito repetir aos leitores deste trabalho. em meu entender. Com isto. ao emprego de computadores para os mais diversos misteres de um consultório. É evidente que o pioneirismo desta obra reclama dos autores obediência à necessária continuidade dos propósitos didáticos. de sorte que. sem descuidar-se de que "experiência clínica" é também a realidade que somente aparece após a alimentação ordenada a paulatina do mais extraordinário computador que existirá sempre em cada consultório: a mente humana. Presentemente. o leitor seja levado objetivamente à experiência maior de servir-se da cefalometria no âmbito clínico. a seguir. S.uma lúcida introdução aos problemas básicos para então tomar contato com o complexo tema das interpretações. no roteiro individual de um determinado paciente. que o computador permite. INTERLANDI . a lembrança de que a máquina deve ainda permanecer atrás do homem. a informação do presente se dilui numa somatória de dados flutuantes a desordenados.. o que entendo ser de grande importância sempre que se inicia o emprego clínico das telerradiografias: ". Já escrevi algures.. É pertinente. a ortodontia se vê convidada. de parcos significados para o clínico". na progressão à maturidade.a telerradiografia significa sempre um momento. com freqüência. é a experiência vivificante que deve emergir na clínica. traçando-os a estudando-os. Sempre que o instantâneo se desvincula da realidade passada ou do potencial que se irá configurar no futuro. manifesto minha preocupação com a circunstância do clínico procurar no vídeo os dados numéricos finais de qualquer análise. para o descortino de diagnósticos a planos de tratamento. porém. desprezando a oportunidade insubstituível de "trabalhar" sobre um cefalograma. Creio ser recomendável o acesso às informações de forma rápida a eficiente. Compreender a "manusear" ortodonticamente o crescimento. em decorrência da contínua tarefa de familiarizar-se com os cefalogramas. serve como meio de comunicação a comparação. pois a cefalometria. indispensáveis à interpretação das análises cefalométricas. apresenta grande variedade de análises cefalométricas. Pretende-se que Introdução à Cefalometria Radiográfica venha a servir como instrumento de estudo e consulta. que se descortina com a cefalometria computadorizada. nesta nova era. Dificulta o intento deste livro a ausência de uma classificação de maloclusão perfeita a de uma nomenclatura padrão para todas as anomalias dentofaciais. A bibliografia universal. tendo. geralmente. Pela simplicidade e universalidade. Por outro lado. no tempo e no espaço. tomam o nome de seus autores. capacitando o clínico para melhor entender e compreender o diagnóstico ortodôntico. incursionam na área da ortodontia preventiva e interceptativa. além da pesquisa e de auxiliar o diagnóstico e plano de tratamento. OS AUTORES . Prefere-se oferecer. bem como aos que se iniciam na cirurgia reparadora da face. que. adiciona informações complementares. por certo. que poderiam perturbar o bom entendimento do leitor. ambas extraordinariamente expressivas. que se complementam mutuamente. Estas duas análises são enriquecidas. Não pretende envolver-se em considerações obscuras ou minuciosas. neste livro. Métodos a denominações têm sido apresentados. A universalidade do método é primordial. A análise de Wylie prima pela didática e a análise de Steiner pela difusão universal. acrescida de considerações cefalométricas. trabalhando com crianças. todos.Apresentacão da 1ª edicão Introdução à cefalometria radiográfica oferece os conhecimentos básicos àqueles que. distantes do que seria ideal. porém. acrescentando-se algumas mensurações preconizadas por outros autores. todas elas uma ou outra vantagem. apenas as análises de Steiner e de Wylie. adotar-se-á a classificação de Angle. debería figurar en la Bibliografía de Programas de estudio de los Currículos de Pre graduado. Es por eso que en este libro los autores. de texto sencillo y claro. carece de toda discusión. sutil y ordenadamente a niveles de mayor complejidad en el tema." "Desarrollado en una forma clara y concisa. es indispensable tener conocimientos de Cefalometría Radiográfica y de los problemas de oclusión." Julia F. sino para una mejor interpretación de los fenómenos de crecimiento y desarrollo cráneo facial. se hace facilmente comprensible. con un más que elogiable criterio didáctico. Creo que este libro deberá usarse como libro de texto tanto en el pregrado como en el postgrado. como ser el de brindar en forma clara y concisa los elementos para poder comprender y gustar de la Cefalometria. ser libro de consulta y enseñanza en los cursos de la especialidad. es el "alma mater" donde se basa nuestro tratamiento de Ortodoncia." "Introducción a la Cefalometria Radiográfica presenta con gran claridad y en forma muy ordenada distintos cefalogramas. de forma tal que los que deseen iniciarse en tan apasionante disciplina tendrán a su alcance un elemento altamente valioso." "Este libro.Comentários da Edição em Espanhol "El indiscutible valor que tiene la cefalometria no solamente en el diagnóstico ortodóncico. de Hafin . nos va llevando. se hace necesario proyectar el Plan de Tratamiento Integral." "Los autores. ponen en manos del estudioso los conocimientos indispensables para una mejor interpretación de los fenómenos biológicos anteriormente señalados. han logrado su intento de abrir caminos para el mejor entendimiento de los estudios cráneo faciales." Román Santini "En el aqui y ahora de la atención odontológica." Hebe Belagamba "Con la presentación de este libro en nuestro medio se llena un vacío muy importante. Para ello. explicados con excelentes gráficos que facilitam su lectura y entendimiento. con un exhaustivo diagnóstico del paciente como un todo. Por ello. con desmesurada dedicación y conocimientos. que nadie discute hoy. de presentación agradable con espléndidos dibujos. logrando fusionar y sintetizar diferentes ideas y conceptos. es una muestra más del constante e ininterrumpido avance técnico científico de la odontología brasilera que en los últimos años escapando a sus fronteras ha adquirido nivel internacional. describiendo en pocas líneas muy claramente las posibilidades y limitaciones de este formidable pero al mismo tiempo muchas veces mal comprendido y peor aplicado avance de la tecnología moderna. clínicos a investigadores. provenga no solo de Brasil sino de la muy vecina Río Grande. aplicando la propia experiencia clínica y experimental. sin que falte en esta puesta al día una excelente introducción a la moderna cefalometria computadorizada. Los autores han volcado en esta introducción toda la experiencia decantada en muchos años de trabajo clínico sabiendo seleccionar aquellos temas que son indispensables para quiem incursiona por primeira vez en el mundo de la Cefalometria y su aplicación en el diagnóstico ortodóncico.Prefácio da Edição em Espanhol La edición del libro de Cléber Bidegain Pereira. Carlos Alberto Mundstock y Telmo Bandeira Berthold en español. No es caprichoso que este libro que hoy Ilega en nuestro idioma a nuestras manos. José Carlos Elgoyhen . para ceñirse estrictamente a aquellas que en nuestro medio y en gran parte del mundo son medidas cefalométricas de uso habitual. volcando todo ello en este trabajo introductorio que será sin duda instrumento de estudio y consulta para el que se inicia en el camino de la especialidad penetrando por los vericuetos de la Cefalometria. Por último deseo mencionar un aspecto del contenido de esta obra que surge del conocimiento personal de la trayectoria de algunos de los autores. a través de sus catedráticos. que siempre ha sido por su geografía nexo de unión entre las dos grandes escuelas de odontología del cono sur. Con buen criterio han dejado de lado la minucia y la descripción interminable de decenas de cefalogramas. A evolução dos equipamentos dos exames complementares também teve um tremendo incremento nos últimos anos e que levou finalmente a uma meta desejada e esperada por todos os colegas legados a esse campo de ação que é a 3D – terceira dimensão. estético e funcionalmente equilibrado. bem como o desenho ou traçado cefalométrico e as suas devidas superposições. O conhecimento aprofundado das estruturas envolvidas. . por Kurt Faltin Junior Acompanho com muito entusiasmo esta obra dos meus amigos Cléber. torna-se ainda mais importante. a sua identificação. Imbuídos de um verdadeiro espírito científico associado ao progresso e avanço indelével de todos os segmentos da ciência nossos amigos voltados para o ensino deste campo importante no diagnóstico apresentam a Quarta Edição deste livro que eu tenho a honra. na época marco inicial deste importante instrumento para o diagnóstico que é a cefalometria radiográfica. A computação trouxe um grande avanço na execução das tarefas de medir os diferentes fatores e parâmetros de cada análise desejada. O diagnóstico é a base do desenvolvimento de qualquer ramo das ciências médicas no que se refere à montagem de um plano de ação terapêutico. A Cefalometria é um procedimento que avalia as estruturas dento-faciais analisando a estrutura óssea da face e os dentes implantados nestas estruturas que irão compor um conjunto harmônico. o estabelecimento detalhado das anormalidades ou desvios da normalidade de cada paciente em relação ao “complexo craniofacial”.Prefácio da 4ª Edição. Na nossa Especialidade Ortodontia-Ortopedia Facial. além de uma tradução para o vernáculo espanhol enriquecem esta obra. o prazer e a satisfação de introduzir através deste prefácio. Duas outras edições. Carlos Alberto e Telmo desde a Primeira Edição de 1984. a medição dos vários fatores de cada análise bem como a sua interpretação clínica habilitam a cefalometria como uma das partes mais importantes do diagnóstico. não de uma nova edição. ela será de grande valia para todos os estudiosos do assunto desde o ensino nos cursos de graduação. . Quero parabenizar todos pelo trabalho realizado. Parabéns aos autores e aos leitores! Prof. Trata-se de um livro prático destinado aos Alunos de Pós-Graduação e Especialistas em Ortodontia e Ortopedia Facial. a sua interpretação.Todos estes temas foram expostos e avaliados de forma magistral pelos Colaboradores desta 4ª. do estabelecimento dos valores e o que é mais importante.UNIP. como nos cursos de pósgraduação em todos os níveis. Alemanha. Edição. pois deram a esta obra o diferencial de uma Nova Obra. Dr. Professor Titular do Curso de Graduação e Coordenador dos Cursos de Especialização e Mestrado em Ortodontia-Ortopedia Facial do Departamento de Odontologia da Universidade Paulista . É com grande prazer que apresento esta obra: “Introdução à Cefalometria Radiográfica”. Kurt Faltin Junior2 2 Pós-graduado e Doutorado em Ortopedia Facial pela Universidade de Bonn. Ela traz o conhecimento básico das análises mais usadas atualmente com uma visão segura da anatomia radiográfica. bem como para a atualização dos especialistas e pós-graduados na clínica e prática diárias. deixando as ampliações para um outro livro. Releu o livro. pensa em ampliada a melhorada. Avolumou-se tanto que nos assaltou a incerteza. estudante de ortodontia.Apresentação da 2° edição . Parece.1989 Qualquer autor. de pensar em ampliações. Telefonou-nos dizendo: "Olha. dados de pesquisas. Como diz Newton de Castro. que a maior virtude deste livro é ser o que ele se propõe: uma iniciação. Um volumoso compêndio. se melhorar estraga. com muitas técnicas. Ele se compenetrou em seu papel. análises a dados viria desencorajar o iniciante. OS AUTORES . que se iniciam. Uma delas veio de um jovem. "Os ensinamentos que mais nos interessam não podem ficar misturados com coisas que não nos interessam tanto". Leva o mínimo de conhecimentos necessários para o entendimento do diagnóstico cefalométrico.. o polimento da primeira edição. definitivamente. Nós não fugimos à regra. Pensamos acrescentar outras análises. mesmo. Por muitas razões decidimos não fazer ampliações. Foi este fato que nos fez deixar. Realmente. E a ampliação foi se avolumando. outras técnicas. apenas. Introdução à cefalometria radiográfica é um livro extremamente simples. a quem encomendamos crítica do livro.".. citando Goethe. Dissemos a ele: "Este livro foi escrito para colegas como tu. Acabamos por fazer. quando planifica segunda edição de sua obra. tua opinião é valiosa". ainda que alguns autores modernos tenham modificado a nomenclatura de certos acidentes anatômicos. Somente o ideal das três dimensões modificará substancialmente a técnica cefalométrica. A Cefalometria. menor é o seu público. o que não quer dizer que o número de exemplares vendidos atinja altas cifras. quanto mais eruditos. Ao contrário dos excelentes romances . e depois em 1931 com Broadbent. Para os pontos cefalométricos. conhecimentos preliminares indispensáveis a quem se propõe a estudar a face através das telerradiografias. de Idel Becker. herdados da antropologia. que já conta quase setenta anos. reduzindo-se a uns poucos leitores. a pretensão inicial. que era de publicar o livro sem pensar em outras edições. vem sendo ampliada para grande alegria e júbilo dos autores. os quais. poderá. mantivemos os nomes originais. Como seu próprio nome indica. Da mesma forma. com justo merecimento são publicados em 36 línguas.Apresentação da 3ª edição Contam-nos os livreiros que "Introdução à Cefalometria Radiográfica" é um dos "best-sellers" na sua área. preferimos continuar seguindo o determinado pela Nomenclatura Anatômica da Língua Portuguesa. de tal forma que chega a essa terceira edição. Com isto. e 1896. talvez com justa razão. os livros científicos. causando a grande revolução no universo cefalométrico. com Welcker. Os demais capítulos permanecem praticamente iguais. que poderia ser contada como quarta. Trata-se de matéria clássica. foi totalmente refeito. apesar de medir a face apenas em duas dimensões. Antonio Rego de Almeida. ter a primeira a grande revolução com o surgimento das radiografias em três dimensões. são os primeiros passos no aprendizado da Cefalometria. Cléber Bidegain Pereira . que não muda. Até agora. em milhões de exemplares. desde os seus primórdios. quando a técnica chegou ao aprimoramento pouco modificado até nossos dias. no alvorecer do novo século. ser altamente qualificado no ramo das ciências. de autoria do Dr. Por sorte não pode este nosso livro. é o inicio. Somente o capítulo sobre Cefalometria Computadorizada. visto que há uma edição em espanhol. esta valiosa a fantástica Cefalometria. vem contribuindo profundamente para o aprendizado da ortodontia a para a avaliação a predição das anomalias da face.como os de Jorge Amado -. com a riqueza das imagens. poucas modificações seriam necessárias. serão descortinados novos ensinamentos. à medida que progredimos. adotada neste livro. resolvemos aceitar o desafio. adotamos o sistema de oferecer. percebendo que existiam vários aspectos carentes de modificações. escutando pedidos dos leitores. Pensei que nosso livro já tivesse cumprido sua missão quando foi traduzido para a língua espanhola por Samuel Leit. Assim. Consultei Carlos e Telmo e. as variações nas estruturas esqueléticas e dentárias. proliferando rapidamente por todo o Brasil. na Internet. o leitor encontrará endereços na web. Manifestação sumamente envaidecedora. No início nos ocorreu que o capítulo de Cefalometria Computadorizada deveria ser refeito. Instigo para que visitem estes endereços como complemento do livro. inclusive a necessidade de alterações na nomenclatura. Mais feliz fiquei quando soube que tinha sido solicitação dos livreiros. sem titubear. ele encontrou terreno virgem e fértil. decidimos investir em temas importantes. Cléber Bidegain Pereira . e publicado pela Editorial Mundi de Buenos Aires em 1987.Apresentação da 4° edição Quando a Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1984. Perseveramos em apresentar a análise de Wylie porque ela mostra. com muita clareza. adaptações aos novos tempos. inclusive animadas.. No passar do tempo. foi com surpresa e alegria que recebi o convite da Editora Pancast para fazer a 4º edição. Nos parece que é uma excelente maneira para entender a interdependência entre as estruturas da face. já que a abordagem é de aspectos clássicos que pouco mudam. Assim. publicou a primeira edição deste livro. outros autores surgiram no cenário com primorosas e esplêndidas obras sobre o mesmo tema. de ser apenas introdução ao aprendizado da cefalometria. como o posicionamento da cabeça e da mandíbula na tomada da telerradiografia. Engano nosso. onde. mais informações. A possibilidade de melhorar nos estimulou e tomados de entusiasmo. sem misturar os ensinamentos primordiais com outros mais avançados. na revisão fomos.. Perseguindo a norma. nos demais. ) é indicativo de ângulo (S . SNB.SIGLAS E SINAIS Os pontos cefalométricos são representados por siglas. As siglas de dois pontos cefalométricos separados por um traço (-) representam um segmento ou uma linha que vai de um dos pontos referidos ao outro (S . por três ou quatro letras (fissura pterigomaxilar = "Fpm".Gn. Espinha nasal anterior = "Spna").N. Outros por duas letras geralmente a primeira maiúscula e a segunda minúscula (Gonion = "Go" Gnation = "Gn" Porion = "Po". GoGn). Ponto A = "A"). Outros. Go .B). Quando siglas representativas de duas linhas estão separadas por um ponto (.N . pela primeira letra de sua denominação (Nasion = "N". Quando o ângulo é formado por três pontos cefalométricos usa-se a fórmula simplificada SNA. Pogonion = "Pg"). Ponto S = "S".A. N . ANB. . N . Alguns.Gn = ângulo formado pelas linhas S .N e Go . É usual a simplificação para SN . ainda. Sumário HISTÓRICO • Histórico da Cefalometria • Histórico da Cefalometria Computadorizada INTRODUÇÃO • Conceito • Importância • Cefalogramas • Análises Cefalométricas • Osso Basal. Osso Alveolar e Dentes • Nomenclatura • Classificação de Angle • Representações Esquemáticas das Relações Dentofaciais TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS CEFALOMÉTRICAS • Noções da Técnica Radiográfica • Sumário: disposições de Aparelhos e Pacientes • Requisitos de Telerradiografia em Normal Lateral • Posição da cabeça nas técnicas cefalométricas radiográficas • Posição da mandíbula nas técnicas cefalométricas radiográficas TÉCNICA DO TRAÇADO CEFALOMÉTRICO • Desenho Anatômico • Acidentes Anatômicos Sagitais • Acidentes Anatômicos Laterais • Lado Esquerdo da Face PONTOS CRANIOMÉTRICOS LINHAS E PLANOS CEFALOGRAMA DE WYLIE • Análise póstero-anterior • Protocolo de Wylie • Análise Vertical • Variações das Medidas Padrões CEFALOGRAMA DE STEINER • Medidas Adicionais • Protocolo de Steiner • Variações das Medidas Padrões . POSIÇÃO IDEAL DOS INCISIVOS • Principais Forças que atuam nos Incisivos • Cálculo da Discrepância Total • Fórmula de Margolis • Triângulo de Tweed • Recolocação de Incisivos de Steiner • Linha "I" • Individualização da Posição Ideal dos Incisivos • Variações raciais SOBREPOSIÇÕES CEFALOMÉTRICAS • Sobreposição em SN • Sobreposição da Maxila e da Mandíbula • Sobreposição de Bjork • Variações de ANB TENDÊNCIA DE CRESCIMENTO FACIAL • Método Longitudinal de Tweed INTERPRETAÇÃO ESQUEMÁTICA DAS MALOCLUSÕES • Classe I de Angle • Classe II de Angle • Classe III de Angle • Variações nos Tecidos Moles OUTRAS ANÁLISES (COMENTÁRIOS) • Críticas à Análise de Steiner • Análise de Jacobson (Comentários) • Análise de Ricketts (Comentários) • Análise Cefalométrica de Ricketts (Comentários) CEFALOMÉTRICA COMPUTADORIZADA (CONSTRUÇÃO) • Análise Cefalométrica • Equipamentos • Software • Utilização . Capítulo I Histórico . Assim. em 1895. Posteriormente. Destaca-se o fato que tenha usado uma Iinha que passava pela sutura do frontal com os ossos nasais e o dorso da sela túrcica.Histórico da Cefalometria A cefalometria radiográfica tem seu marco inicial imediatamente após a descoberta dos raios X. sobressai o trabalho de Pieter Camper (1722-1789). Dois anos . que em 1780 descreve o ângulo facial. por Wilhelm Conrad Röntgen.). devemos levar em conta o período anterior ao advento da radiografia.C. tão empregada em nossos dias. Hipócrates (460-375 a. estabelecendo proporções entre linhas e segmentos. Ao nascer. multo próxima da linha S N. pioneiro da antropologia física deixou numerosas descrições de variações na forma dos crânios Desenho de Leonardo da Vinci Parece caber a Leonardo da Vinci (1452-1519) os primeiros estudos métricos da cabeça. herdava das artes e da craniometria um valioso acervo de conhecimentos. Ainda que não usasse medidas. formado pela intersecção do plano de Camper (que passa pelo centro do conduto auditivo externo e pela base do nariz) com a linha facial (tangente à parte mais preeminente do osso frontal e à leve convexidade anterior do incisivo central superior). Toda observação e descrição do crânio passaram a ser feitas na suposição de que o crânio está com esse plano na horizontal. como plano de orientação do crânio. é publicado o seu célebre trabalho Dissertação sobre as variantes naturais da fisionomia.M. O ângulo facial. para o negro 70º. Oct. Somente no XIII Congresso Geral da Sociedade de Antropologia Alemã (realizado em Frankfurt-am-Main em 1882) é definitivamente aprovado o Plano de von Iheming e aceito. tenta-se. de acordo com Camper. 50. 1980) Na Alemanha em Munique (1877) e Berlim (1880). O plano tomou o nome de Plano Horizontal de Frankfurt. sem resultados. para o orangotango 58º. . Desenhos de Camper (FINLAY. L. para o macaco 42º.após a morte de Pieter Camper. tem para o europeu 80º. ou simplesmente Plano de Frankfurt. Craniometry and cephalometry: A history prior to the advent of radiography. Craniometry. estabelecer um método comum para a observação dos crânios. universalmente. O "Plano" de Frankfurt na fotografia passa pelo meio do trago no conduto auditivo externo e ponto onde se imagina que está a margem inferior da órbita. Nas fotografias e radiografias.3 3 Mais informações sobre o Plano de Frankfurt: www.O Plano de Frankfurt pode ser determinado tanto no crânio seco quanto na cabeça ou na telerradiografia.org. não temos um terceiro ponto que se faz necessário para marcar um Plano.acbo.br/revista/biblioteca/frankfurt . Toma-se os ponto correspondentes ao lado esquerdo da face. O plano de Frankfurt no crânio passa pela borda superior e externa dos meatos acústicos externos. Assim o que temos são linhas (chamadas de Planos por tradição da Antropologia). Alguns autores recomendam que se tome a média entre os dois pontos. O "Plano" de Frankfurt na telerradiografia passa pelo ponto mais superior na borda externa do meato acústico e pelo ponto mais baixo na margem da órbita esquerda. que são bidimensionais. direito e esquerdo e pelo ponto mais baixo na margem da órbita esquerda. Estes pontos geralmente aparecem duplos na telerradiografia. e Berglund. um ano após a descoberta dos raios X. e publicado em 1923. Destaca a importância de observar. 4 Tegumento: revestimento externo do homem ou dos animais (pele. publica seu trabalho Les radhofacies à profil déliné en orthodontométrie. depois um fio de chumbo delineado. A contribuição de Carrea. em 1896. escamas). Em 1924. Por este motivo a cefalometria radiográfica ficou ainda algum tempo na área da especulação. a presença de todos os dentes e a inclinação de dentes inclusos. onde transfere para a radiografia pontos craniométricos usados na antropologia a estuda o desenvolvimento. com vistas à prática ortodôntica. 4 Pacini imobiliza a cabeça do paciente com ataduras de gase. Louis. apresenta na American Society of Orthodontists. por ser impossível tomar radiografias seriadas na mesma posição (não existiam ainda os cefalostatos. relaciona o perfil ósseo com o perfil tegumentar. MCowen. Em 1922 publica Roentgen ray anthropometry of the skull. é contestada a validade da seqüência de radiografias para o estudo do crescimento e desenvolvimento do crânio. . em 1923 um método para obter perfis radiográficos. descreve uma técnica para a tomada de radiografias laterais da face. Welcker. classificação e desvios da normalidade na estrutura do crânio. obtém telerradiografias com o perfil ósseo e o tegumentar perfeitamente nítidos. Para destacar o perfil tegumentar utiliza primeiro um sal de bário. Ele desejava que as telerradiografias fossem tomadas na maior distância que o equipamento permitisse. as alterações do perfil ósseo e tegumentar. recomenda as radiografias da cabeça para estudar o perfil ósseo. na fase inicial da cefalometria. penas. nas radiografias. nos quais se refere a esta técnica e seus benefícios. Usava cinco pés porque era a maior distância que conseguia nos limites de seu consultório. Carrea. Nos dez anos seguintes escreve muitos artigos. em 1914. não somente em nosso meio como no âmbito internacional. toma radiografias com o plano sagital paralelo à película radiográfica. em St. professor de ortodontia na Faculdade de Medicina em Buenos Aires. Esta distância difundiu-se e hoje é aceita universalmente como medida padrão. é altamente significativa. Nessa ocasião.Segundo Björk (1947). em Los Angeles. usa a distância de dois metros entre a fonte geradora de raios X e a película. em trabalho relatado na reunião da Pacific Coast Society of Orthodontists. Simpson. na França. professor de radiologia da Universidade de Washington. com o suporte financeiro do Bolton Fund. ajudou Broabent a idealizar seus próprios métodos e aparelhos. realiza estudos longitudinais de crianças em radiografias da cabeça. (HOFRATH. Usa o plano de Frankfurt. Broadbent publica "A new X-Ray technique and its application to orthodontics" no Angle Orthodontist de abril (trabalho lido.Carrea com um compasso de triangulação geométrica toma medidas em uma paciente. Utiliza um cefalostato de Korkhaus. com algumas modificações. em Fortschritte der Orthodontik. Cefaloslato de Korkhaus modificado por Hofrath. Wingate Todd. o adaptou para tomadas frontais. Esta experiência prévia. Seu primeiro modelo de cefalostato permitia apenas tomadas laterais da cabeça. Forschr Orthod. com telerradiografias da face. e apregoa que a anatomia deve ser estudada fora dos necrotérios. trabalho considerado clássico na literatura mundial. sob o patrocínio da Brush Foundation. insistindo na necessidade de se assinalar o ângulo mandibular. Em 1928. Em 1931. inicia investigação. em crianças vivas. H. no qual introduz modificações. as quais depois compara com as medidas cefalométricas. havia aderido ao anatomista T.. desde a década de 20. depois de concluir seu treinamento na Angie School. em crianças em desenvolvimento. . Hofrath publica na Alemanha. número de abril-junho de 1931. abr-jul 1931) Broadbent. 1: 23258. o qual. anteriormente. com radiografias de perfil. Descreve minuciosamente a sua técnica radiográfica e análises cefalométricas. Mas. Die Bedeutung der Rontgenfernund Abstandsaufnahme für die Diagnostik der Kieferanomalien. Broadbent. depois de Broadbent passam a ser consideradas imprescindíveis na observação do crescimento a na avaliação dos tratamentos ortodônticos. A new X-Ray technique and its application to orthodontics. . que antes eram tomadas com cefalostatos imperfeitos e por isso questionado o seu valor. Impõe. Apr. que basicamente vem sendo usado até nossos dias. 1931) Em 1937 Broadbent publica dois trabalhos. Cefalostato de Broadbent (BROADBENT. Este artigo é reconhecido como o marco Inicial da cefalometria radiográfica. Utiliza um cefalostato de sua própria concepção. com muita justiça.H. é considerado o pai da cefalometria radiográfica. Por tudo isso. definitivamente. onde descreve maiores detalhes da técnica por ele idealizada a estabelece medidas craniofaciais em crianças normais. Angle Orthod.no Congresso da Chicago Dental Society. como uma avaliação científica para os problemas ortodônticos. o método de mensuração em radiografias da face. em 4 de fevereiro de 1931). As radiografias seriadas. B. de excelente qualidade a precisão. 1 :45-66. Estudo de Broadbent (BROADBENT. Sassouni (1958). Angle Orthod. 1937) Pesquisadores como Schwarz (1930). H. na 6ª Jornada da Sociedade Argentina de Ortodontia (SAO) . deram seqüência à trajetória da cefalometria radiográfica no mundo. chegando hoje à cefalometria computadorizada. The face of the normal child.1952. Provera e Santini. ditado por Steiner. Ricketts (1960). Oct. Brodie (1938). ampliando E aperfeiçoando os estudos fundamentais de seus antecessores. Em nosso meio ressalta o trabalho de Castellino. Wylie (1947). Downs (1948). Krogman (1957). Steiner (1953). que publicam o primeiro livro de cefalometria em lingua latina: Cefalometria en el diagnóstico ortodóntico. Thurow (1962) e outros. A cefalometria passou a ser amplamente difundida na América Latina a partir do inesquecível curso. 1956. . Salzman (1960). Bjõrk (1947). B.. 7:198. Tweed (1946). . a qual teve como presidente Raul Otaño Antier e a pesença do Professor Arthur do Prado Dentas.acbo.br/revista/livro_cefalometria Vista do jantar de abertura da 6ª' Jornada da SÃO.Esta fotografia com o nome de todos os participantes do curso pode ser encontrada em: www.org. . no ano de 1961.org.br/revista/livro_cefalometria Em Buenos Aires.Em. José Édimo Martins.acbo. ditando curso na Universidade Federal do Rio do Janeiro. Esta fotografia e nome dos participantes do curso estão relacionados em: www. Cléber Bidegain Pereira foi aluno no curso de Cefalometria Radiográfica ditado por Hercules Provera. 1961. convidado pelo saudoso e memorável Prof. veio ao Brasil Steiner. com os seguintes inscritos: Theobaldo A. Sanchez. Celso Cauduro e José Veríssimo (da PUCRS).O primeiro curso de Cefalometria Radiográfica no Rio Grande do Sul foi promovido pela UFRGS. Maria Terezinha do Carvalho: Henrique Gulko: Regina Maria Fialho Velho. Pedro Hercules Glabrieli. Durante a 1ª Semana de Odontopediatria e Ortodontia Preventiva de Porto Alegre. Sérgio Gonçalves. onde foi enfatizado o estudo cefalométrico. assistiram o curso os Professores Carlos Mundstock. cm Maio de 1966. então professor titular da Cadeira de Ortodontia da UFRGS. Ditado por Cléber Bidegain Pereira. Além do Prof. Lori Kremer Ardrizzo. 1969. por convite do Prof. Nilza Pereira da Costa: Terezìnha Aiffl. teórico-prático. exclusivamente para docentes da UFRGS e PUC. Mais informações: www. Locatelli.18 horas.acbo.Duração de 40 horas.br/revista/livro_cefalometria . Sanchez. Manoel F.org. Icléo Faria e Souza. Curso teórico prático . auxiliados pelos colegas Carlos Alberto Mundstock e Sérgio Gonçalves. Hugo Miguel Brun. Francisco Reggiani. Pedro Braga. Cléber Bidegain Pereira ministrou um curso de Diagnóstico em Ortodontia . teórico-prático. então presidida por Edison Marcanthe tendo como diretor da EAP Jaime Picìchelli. Na fotografia estão os autores Cléber. Carlos e Telmo. aconteceu o curso Introdução à Cefalometria Radiográfica. Regina Fialho Velho. Célso Cauduro. com a Dra. A 1° edição de Introdução à Cefalometria Radiográfica. O curso teve. promotora do acontecimento. em setembro do 1982. Carlos Alberto Mundstock e Telmo Bandeira Berthold. Nilza Pereira da Costa.Promovido pela ABO RS. a participação de Icléo Faria e Souza. de 16 horas. . então presidente da SOGAOR. foi lançada oficialmente no dia 7 de abril do 1984. Sérgio Schiesserdecker e outros. entre outros. ditado por Cléber Bidegain Pereira. com possibilidades ilimitadas de comparação e de estudos. numa segunda parte.Um Pouco da História da Cefalometria Computadorizada Cléber Bidegain Pereira Breno Ramos Boeira Júnior A informática encontrou terreno fértil na Cefalometria Radiográfica. FABER. Preocupados com a concepção de que o computador deve ter apenas a função de auxiliar o ortodontista na organização e na apresentação dos dados para obter-se um correto plano de tratamento. a qual. RICKETTS. primeiramente em termos mundiais e. no qual o ortodontista é detentor da decisão sobre o plano de tratamento do paciente. Neste capítulo. lidando com números. . propiciava a utilização dos computadores. serão relatados os principais feitos no que tange à evolução da cefalometria computadorizada. ROSLER e SLAGSVOLD (1981). A precisão e confiabilidade do sistema de cefalometria computadorizada foi defendida por BONDEVIK. BENCH. os acontecimentos no Brasil. BURSTONE e SOLONCHE (1978) desenvolveram o Sistema Gráfico Interativo Computadorizado. assim. erros grosseiros da análise. HILGERS e colaboradores (1972). Prevêem um futuro próximo onde será verificada a difusão do uso do computador nas áreas de diagnóstico. de planejamento de tratamento e de armazenamento de dados do paciente. os quais evidenciaram que tão importante quanto estes avanços técnicos é o conhecimento e a experiência do operador. BAUMRIND e MILLER (1980) destacaram a importância da tecnologia dentro da clínica ortodôntica. eliminando. como a rapidez na obtenção dos resultados e a possibilidade de utilizar a dupla digitalização dos pontos. Essa última característica melhoraria consideravelmente a confiabilidade da análise. concluíram que a experiência com as técnicas computadorizadas determinava rápido acúmulo de informações. BAUMRIND e FRANTZ (1971) verificaram importantes vantagens do método cefalométrico computadorizado em relação ao método cefalométrico manual. e não como um indicador de tratamento. após vários anos de utilização dos métodos manuais. Os autores advogam a necessidade do desenvolvimento de programas para a detecção automática das estruturas anatômicas crânio-faciais. uma vez que era feita uma média entre os dois pontos digitalizados. Afirmaram que. ISAACSON. LIU e GRAVELY (1991) concordaram com HARZER. modelos de gesso. no que se refere a mensurações e registros. KESS (1989) comparou os métodos de cefalometria manual e computadorizada. DRAMM e colaboradores (1989) e com KESS (1989). enquanto que a técnica computadorizada é bastante rápida. além de ser mais confiável. Os autores desenvolveram um software do qual faz parte uma análise cefalométrica computadorizada. Da mesma forma. anamnese) . além das vantagens que a cefalometria computadorizada oferece na realização de pesquisas. em seguida. justificando que é necessário somente digitalizar os pontos radiográficos para que. concluindo que esse método pode ser realizado em 10% do tempo que seria necessário para executar a ceflometria manual. concluindo que a técnica manual consome mais tempo. Os resultados demonstraram que ambos os métodos se equivalem quanto à precisão das informações obtidas. REINHARDT. DRAMM e colaboradores (1989) estudaram a cefalometria computadorizada.dos quais sempre dependerão os bons resultados de qualquer cefalometria. em segundos. receber o resultado da análise. na análise cefalométrica computadorizada. JACKSON. concluindo que a cefalometria computadorizada é mais rápida de ser obtida do que a manual. REINHARDT. DICKSON e BIRNIE (1985) compararam as mensurações cefalométricas obtidas a partir do método manual com aquelas obtidas diretamente no monitor do compucomputador. a função do operador é apenas digitalizar os pontos cefalométricos para. HARZER. Esse processo elimina o erro humano. Permanece com o operador a possibilidade de erro ao marcar os pontos. as mensurações sejam apresentadas. LINDAUER e STRAUSS (1991) relataram que. há vários outros benefícios advindos da utilização desse método: • • • Fácil armazenamento e consulta dos valores e dos traçados cefalométricos Integração dos registros cefalométricos por meio de um sistema de gerenciamento de clínica ortodôntica Combinação dos dados cefalométricos com os arquivos dos pacientes (fotografias. Uma análise não se modifica pelo fato de ser computadorizada. A imagem é capturada por uma placa de fósforo fotoestimulável que substitui o filme radiográfico. o diagnóstico cefalométrico assistido por computador. Observaram que as vantagens dessa sobre as radiografias convencionais são: a possibilidade de manipulação da imagem. Esta elimina os filmes radiográficos bem como os processos de revelação e de fixação convencionais. ALMEIDA. uma vez que analisaram a “radiografia digital”. Nos dias de hoje. Para KEIM. Uma de suas vantagens é a redução da dose de radiação em até 85%. FORSYTH. SHAW e RICHMOND (1996) foram além da digitalização de imagens. A qualidade gráfica da “radiografia digital” permanece sendo pesquisada. entretanto. com o objetivo de facilitar sua interpretação e a realização de tarefas matemáticas que. permanecendo as mesmas de quando é executada de forma convencional. a empresa continua fornecendo vários serviços de diagnóstico. PRETTO e COSTA (1999) evidenciaram os aspectos gerais sobre a estrutura. Em acorde com ATHANASIOU e KRAGSKOV (1995). obviamente dependendo de programação e de equipamento apropriados. complementam o diagnóstico. Os autores concluíram considerando questionáveis os sistemas de projeção de crescimento e de mudança de perfil póstratamento no que se refere a sua validade biológica.Os autores concluíram que a análise cefalométrica computadorizada utilizada para diagnóstico é extremamente útil. . SARMENTO. Esse sistema vem sendo gradualmente introduzido na clínica odontológica desde 1986. pode ser realizada pelo computador. Suas propriedades e suas normas não são alteradas. o funcionamento e a aplicação da imagem digitalizada. o plano de tratamento automático indicado por computador é limitado. HOFFMAN e colaboradores (1992) a cefalometria computadorizada vem obtendo cada vez mais aceitação desde que foi introduzida no mercado nos anos 70. Os autores concluem que se deve ter em mente o objetivo a ser alcançado. no final da década de 60. por sua vez. ECONOMIDES. 1998 ressaltou que qualquer técnica cefalométrica. a empresa Rocky Mountain Orthodontics foi a primeira a oferecer aos profissionais da odontologia. empregando o computador em tarefas repetitivas que envolvam dados e não na tomada de decisões. atual ou não. além de serem estáticas no tempo e no espaço. Esses avanços na área de diagnóstico por meio de sistemas digitais. HAGEMANN. No entanto. essa tecnologia permitirá a criação de modelos multidimensionais que integram forma e função. Esse resultado indica que. Os autores concluíram afirmando que o processamento digital de imagens encontra-se em desenvolvimento. o que transporia as limitações citadas. num futuro próximo a “radiografia digital” terá seu lugar de destaque no meio odontológico. que representam. . tanto na clínica quanto na pesquisa. Esses modelos serão interativos e permitirão uma visão próxima da real em relação à estrutura anatômica que estiver sendo estudada. Consideraram relevantes as limitações dos métodos atuais. a cefalometria computadorizada constitui-se em um importante avanço da ciência em favor do ser humano. pesquisando a “radiografia digital”. mesmo temendo pecar por omissões e incorreções. com a evolução da tecnologia. VOLLMER. erroneamente. a Cefalometria Computadorizada nasceu da criatividade. associa erros geométricos e fornece imagens com alcance limitado. Como entraves. No futuro. Enquanto isso. perseverança e determinação de brasileiros. No Brasil. Obviamente. é indispensável fazê-lo quando se pretende escrever um relatório histórico. Iniciamos esta segunda parte com um pouco da história desta memorável façanha. quando empregada dentro de normas técnicas e com critérios científicos específicos. NIEGEL e colaboradores (2000). esse sistema resultaria em acréscimo inimaginável na quantidade e na qualidade de informações obtidas. esse sistema apresenta imagens apenas parciais de locais anatômicos específicos.QUINTERO. a anatomia tridimensional de forma bidimensional. aos quais se devem aplaudir e render homenagens.7% em comparação à radiografia convencional. ampliará a precisão e a confiabilidade do diagnóstico e do planejamento ortodôntico. TROSIEN. Uma solução mais completa poderia ser alcançada por meio de tecnologia de processamento digital de imagens. verificaram uma redução na exposição à radiação de 23. É difícil e temerário precisar datas passadas e nomear pioneiros. HATCHER e colaboradores (1999) realizaram uma revisão de literatura onde discutiram a evolução da imagem craniofacial em Ortodontia. que em 1981 apresenta um Sistema Integrado de Diagnóstico Cefalométrico Calcográfico Computadorizado (SIDCCC). de São Paulo. quando ele ainda rodava em Apple. Ressalta-se a presença constante nos Congressos de Marcos Capelossi. Steiner. em Apple. Pont. de forma marcante. Posteriormente. pioneiro em documentação ortodôntica empresarial. . O grupo Capelossi (Omnident) passou a comercializar este programa desde 1982. para uso comercial. esse sistema foi ampliado e migrou para a plataforma PC. liderado por Sávio Capelossi. agora incorporando avanços em 3D. de informática na Odontologia. no fim da década de setenta. Tweed. liderado por Bóris. Linder e Hart. divulgando. o grupo Capelossi. no Rio. Antônio Rego de Almeida cria diversos aplicativos que complementam os estudos cefalométricos. em São Paulo. com o HP. Aliás. acreditando no esplendoroso futuro da informática na Odontologia. com o HP. Em 1985. O "Omnidental Computer News" foi o primeiro boletim brasileiro. em Belo Horizonte. Esse sistema foi adquirido.Parece que se deve citar inicialmente: Bóris Grinberg. Todos rodando sobre plataforma da Apple. que então apenas se vislumbrava. Planas). que lhe inseriu o Padrão USP (Tweed. Wyllie. sendo que em 1992 evoluiu para a plataforma Windows 3. Ricketts. destacando-se Gil Fonseca Barison. os quais são difundidos com José Carlos Gaspar e José Márcio Pato. com o traçado de Rickets. McNamara. desenvolveram programas de cefalometria computadorizada que frutificaram. Steiner e Interlandi). com o Apple. Outros sistemas de Cefalometria Radiográfica foram desenvolvidos. UNICAMP. Seus trabalhos desbravadores. Jarabak. a cefalometria computadorizada até o fim de seus dias. é de justiça salientar que. desde muito tempo. este programa foi ampliado por José Luiz Cintra Junqueira que lhe inseriu o cefalograma de Bimler. investiu com todas as suas forças neste promissor mercado. e Antônio Rego de Almeida. Ricketts Frontal e Sassouni) e também análise de modelos (Moyers. quem amplia e melhora o programa de Cefalometria Radiográfica originado de Bóris.11 adicionando novos avanços. Downs. A evolução do SIDCCC continua até os dias de hoje. com conhecimento e tenacidade. USP. direta ou indiretamente. surgiu o primeiro sistema brasileiro de Cefalometria Computadorizada. e Marcos Nadler Gribel. o qual envolvia várias análises cafalométricas (Bimler. Oriundo do grupo "Botina Roxa". por Adolpho Fishman. iniciam pela primeira vez no Brasil. publica "Análise Cefalométrica Computadorizada". produz análises cefalométricas em grande volume de forma rápida e consistente. que o adaptou para ser utilizado nas crianças brasileiras. utilizando mesa digitalizadora. está intimamente ligado com estudos cefalométricos de crescimento e convém ressaltar que Orivaldo Tavano.O primeiro trabalho publicado no Brasil sobre cefalometria computadorizada. formaram a Cirrus Informática. Em 1987. editam Mini-Floppy Disk. fizeram um sistema de análise de modelos em Basic no Apple. C. Normal Occlusion And No Orthodontic Treatment". Esse sistema. digitalizam as telerradiografias e marcam os pontos cefalométricos diretamente na tela do computador.UINIP. . (PEREIRA. compatível com computador Prológica CP-500. em 1984. B. em 1988. UNICAMP. foi desenvolvido pela CDT um novo software de estimativa da idade óssea com a assessoria científica do Professor Orivaldo Tavano. Popowich. M. R. Piracicaba. em 1984. evoluindo para o sistema OrtoView. Faculdade de Odontologia de Piracicaba. na década de 80. C. com o impulso de Kurt Faltin e da Universidade Paulista . O índice de idade carpal. ainda que não seja cefalometria. Felício Zampieri e Maurício M. Selected Data. emitindo relatório da estimativa da Idade Óssea do paciente em análise. Antônio Rego de Almeida. em 1989. Salienta-se que no ano de 1996. utilizado por centenas de serviços de Radiologia Odontológica no Brasil e no exterior.: "Análise Cefalométrica por Computador". de que se tem conhecimento. é de Salvego.I. L.B. Pereira. e imagens oclusais de modelos e. 1981. plotter. P. Tese de Mestrado. Aguinaldo de Freitas e Gil Fonseca Barison publicam um capítulo sobre "Cefalometria Computadorizada". Soares. e colaboradores) livro texto da UFRGS. Com o scanner. no livro "Radiologia Odontológica". F. capítulo no livro INTRODUÇÃO À CEFALOMETRIA RADIOGRÁFICA. desenvolveu programa que comparava dados registrados com as tabelas de Eklöf & Ringertz. um caminho diferente na Cefalometria Computadorizada. Pereira. Moraes e H. Este software foi incorporado por vários sistemas de Cefalometria Computadorizada. de Aguinaldo de Freitas e outros. "Arquive of the Data Burlington Growth Centre. inicialmente em ambiente DOS do IBM-PC. Carlos Eduardo Fonseca e outros. Desperta muito interesse o sistema de Cefalometria Computadorizada DigiGraph o qual dispensa as telerradiografias. A. em MIH. na maioria das vezes. na Revista de Ortodontia em 1999. recomenda a conversão de MIH para RC. Cristina Ortolani Faltin. um estudo comparativo entre os traçados manual e computadorizado da análise do espaço aéreo nasofaríngeo em radiografias cefalométricas laterais. garantindo a origem e a autenticidade para fins jurídicos. DAVID. em nosso meio. ATTA. O objetivo é acrescentar fidedignidade ao exame cefalométrico. no país e no mundo. Esse acontecimento pode ser considerado como um marco na história da cefalometria digital no Brasil.C. não se pode deixar de registrar que. no 2° Simpósio de Informática em Ortodontia e Ortopedia Facial. teve grande penetração o programa da Rocky Mountain Orthodontics – JOE (Jiffy Orthodontic Evaluation) – de 1989.Em 1988. e HENRIQUES. e CASTILHO. Nos anos de 1993 e de 1994. que até hoje está rodando em muitos laboratórios e consultórios. Pereira. comparando medidas obtidas através do DigiGraph e da Cefalometria Radiográfica com padrões absolutos mensurados em crânios secos. A. publicaram Estudo Comparativo Entre os Métodos de Análise Cefalométrica Manual e Computadorizada. Ressalta-se que. artigo intitulado Cefalometria Computadorizada. comprovou . na Revista de Ortodontia.F. J. C. brilhantemente. TRAJANO. cuja radiografia é tomada. concluindo que os dois métodos podem ser utilizados com segurança. Em outubro de 1994. na Revista Dental Press. publicam. os quais oferecem todas as ferramentas necessárias para que a mesma seja realizada. a qual possibilita a inclusão de assinatura eletrônica em documentos digitais. Fábio Matosinho de Andrade apresenta um sistema inovador. J.S.M. em cefalometria digital: o Radiocef. em 2006. que os resultados são confiáveis. A CDT desenvolve excelente programa para Cefalometria Computadorizada. foi lançada a mais nova versão desse produto. Em 2000.F. utilizando o computador com programas genéricos. e PINTO. o qual utiliza técnica inédita de marcação e de utilização de ferramentas na própria tela do computador usando o mouse.B. Ainda que este relato se destine às atividades brasileiras.S. marcando-se os pontos cefalométricos diretamente no paciente. concluindo.C. F.C. publicaram. J. a ser realizada pelo Ortodontista. na presidência do Dr. O Digigraph perseverou. feitas nas telerradiografias.Prof.5 5 Veja também "Noções de Exames por Tomografia Computadorizada e Seu Uso na Odontologia" . Em 1997. que vem sendo desenvolvido.org.br/revista/biblioteca/tomografia .acbo. Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes. Os novos sistemas computadorizados. por Rolf Faltin. permitindo agregar mais qualidade ao trabalho do Ortodontista. evoluindo agora para o nome de Dolphin Systems. no qual são apresentados os programas de Cefalometria Computadorizada vigentes na época. a Sociedade Gaúcha de Ortodontia. no Brasil. oferecem ferramentas cada vez mais eficientes no auxílio da obtenção do diagnóstico e do plano de tratamento.que as medidas resultantes do DigiGraph são mais precisas do que os resultados das medidas tradicionais. Disponível em formato digital na Internet: www. Dante Rafel Marroni Bello. realiza o 1° Congresso Brasileiro de Informática em Ortodontia. específicos para a Ortodontia. Louis. Capítulo XIV: Análise Cefalométrica Computadorizada In: PEREIRA. 2. A. 183-208. 1. 3. Cefalometria en el diagnóstico ortodoncico. Oct. CASTELLINO. Historical aspects of roentgenographic cephalometry. Computer-aided head film analysis: the University of California San Francisco method. 412-19.A.R. BAUMRIND. BERTHOLD. T. São Paulo: Pancast. St. B. 209-33. H. C. p. R.E. A. 60. Louis. BJORK. Angle Orthodontist. St. vol. ATHANASIOU. A. Louis. BROADBENT. 78. Ed. v. 1995.H. v. 1963. A. American Journal of Orthodontics. 1998.. 1. 6. 231-239. B. Berlingska Boktryckeriet. S. D. 49. Orthodontic Cephalometry. 7. 2. v. p. W. Angle Orthodontist. 45-66. Rosário. 1. 1931.. p. La Semaine Dentaire.I. Angle Orthodontist. ed. ALMEIDA. p. A. n. 1937. 6. São Paulo: Mosby-Wolfe. La Medica. Lund. CARREA. 1937.M. Landmark identification. Capítulo 12: Computerized Cephalometric Systems In: ATHANASIOU. 249-261. The reliability of head film measurements. The introduction of cephalometric radiography. American Journal of Orthodontics.B. A new x-ray technique and its application to orthodontia. July.U. 1956. Appleton..C. 1956. J. 1947. MILLER. p. 451-9. Jun. p. n. BAUMRIND. S. 1971.B. American Journal of Orthodontics.. n. Introdução à Cefalometria Radiográfica. J. vol. p. 1980.Referências Bibliográficas ALLEN.. 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Ressalta-se. o erro era buscar na cefalometria coisas que ela não podia dar. Daí a razão deste livro. em diferentes espaços de tempo. oferecendo um acervo que induz ao diagnóstico. A denominação cefalometria está bem colocada: cefalo6 refere-se à cabeça. que usando linguagem simples a partindo de conceitos básicos. de imediato. tornando-se uma técnica fundamental para o diagnóstico e plano de tratamento em todas as áreas da Odontologia. Compreende-se hoje que justamente os números. onde se impõe a necessidade do evidenciar a arquitetura esquelética da face. É também de suma importância compreender que apenas uma telerradiografia. análises cefalométricas e os modelos. pelas radiografias intra-orais. é uma avaliação estática no tempo. Como disse Steiner. dentre os quais o exame clínico é imprescindível. possibilitam a troca de informações concretas e a precisa avaliação comparativa. o que facilita as mensurações. A radiografia projeta toda a morfologia da cabeça em um só plano. Quando possuímos duas ou mais telerradiografias. dentes a tecidos moles. que o diagnóstico ortodôntico é conseqüência do somatório de diversos exames. com sua simplicidade e objetividade. 6 Do grego kephale = cabeça . Permite conhecer não só o que ocorre em determinado momento como ainda o que está acontecendo através do tempo. para a análise cefalométrica. entretanto. A cefalometria transcendeu os limites da ortodontia e ortopedia facial. Importância Houve um tempo em que se questionou o valor da cefalometria radiográfica . procura atingir também o não-especialista em ortodontia. a observação é dinâmica e se enriquece sobejamente. ou propriedades que diretamente não são fáceis de descobrir. a dominar seus mistérios. as quais devem ser aceitas como tais e coordenadas com outras. No passado. Muitos argüiam que as informações obtidas pelos exames cefalométricos não contribuem com dados suficientes para modificar ou influir nos planos de tratamento. Além de complementar o diagnóstico. atualmente. Podemos estar seguros de que a cefalometria é. apreensões e experimentações. ante o trabalho adicional que a impõe. E aqueles de vocês que ainda não a usam. . até fixar em sua mente o fato de que os descobrimentos por meio das radiografias celalométricas são. Ninguém devera esperar obter satisfações do uso da cefalometria. uma das contribuições mais importantes. O engano provinha da informação errada de alguns que. não creio ser adequado. posso dizer agora que. meras evidências circunstanciais. em sua maior parte. a na pesquisa. É a pedra fundamental sobre a qual se baseiam o conceito e o conhecimento atual da ortodontia. Muitos sustentaram que é um método de investigação nos laboratórios e que as dificuldades e os gastos não justificam a utilização na prática diária. sem duvida. na observação do crescimento. lhe atribuíam uma precisão que não tem. apesar de não poder obter soluções diretamente da leitura das radiografias cefalométricas.Por serem válidas ainda hoje. que são usados em todos os casos de nossa prática e os termos considerados como mais importantes para o diagnóstico do que os modelos. se querem cumprir com todas as obrigações contraídas com seus pacientes. em sua prática dlária. a cefalometria radiográfica é um valioso auxiliar no plano de tratamento. analisando um caso. determinar qual seria o tratamento. também eu tinha minhas dúvidaas sobre a utilidade prática da celalometria para o clinico ortodontista. Mas. escrevendo sobre cefalometria. a menos que tenha diante de mim protocolos cefalométricos. no ensino a comunicação. uma realidade. antes que sejam de utilidade. para o estudo do crescimento e desenvolvimento e da ciência ortodôntica em geral. A cefalometria é. na avaliação de casos. de todas as realizadas até agora. nem usada pela generalidade dos ortodontistas clínicos. deverão imediatamente render-se ante a sua importância. É evidente que a cetalometria não foi aceita imediatamente. na introdução de seu célebre trabalho A cefalometria para você e para mim. passando através de todas estas dúvidas. publicado em 1953. transcrevemos as sábias palavras de Steiner. permite medir as necessidades de retrusão ou protrusão dos incisivos centrais. Para o diagnóstico clínico rotineiro. Na pesquisa. pode constatar concretamente a evolução a documentação dos tratamentos. Os cefalogramas obtidos das radiograflas de perfil têm o nome de perfilogramas. com telerradiografias seriadas capacita observar o paciente em seu estado dinâmico de evolução do crescimento. Compreende: desenho das estruturas anatômicas. pequeno. onde se estudam as estruturas no sentido transversal e vertical. Na avaliação de casos. pouco. lsto ocorreu porque as anomalias verticais podem ser observadas também no perfilograma e as anomalias transversais. a cefalometria tem sido uma ferramenta de imensurável valor na avaliação das modificações da estrutura crânio facial. dispensando o exame radiográfico frontal.No plano de tratamento. da mesma forma. o emprego dos números elimina as manifestações subjetivas como grande. Na observação do crescimento. tanto esqueléticas quanto dentárias. Reservaram-se para a pesquisa e documentação. Restringe-se ao que interessa às necessidades da análise proposta. muito. Foi de tal maneira freqüente o uso exclusivo das radiografias laterais que os perfilogramas tomaram o nome genérico de cefalogramas. traçado de linhas de orientação. registrando diferentes etapas. Esta situação deverá mudar nos próximos anos. com o ad- . No ensino a comunicação. nos quais são analisadas as estruturas no sentido póstero-anterior e vertical. os frontogramas não foram muito utilizados nestes 50 anos de cefalometria radiográfica. são facilmente identificáveis no exame clínico. As radiografias frontais originam frontogramas. Cefalogramas Cefalograma é o desenho que conduz ao estudo que se deseja fazer na telerradiografla da cabeça. demarcação de pontos craniométricos. no sentido postero-anterior com suas conseqüentes alterações do perfil tegumentar. interpretadas em diversas proporções por diferentes observadores. variando no tempo e no espaço. Pequenas diferenças podem ser compensadas por variações nas inclinações dos incisivos. O conjunto maxilamandíbula poderá apresentar variadas posições em relação a outras estruturas craniofaciais. a posição dos dentes nas arcadas dentárias e a relação destas uma com a outra estão condicionadas a padrões de normalidade impostos pela oclusão normal. os dentes tomam posições não-fisiológicas. em que são utilizadas as análises laterais e frontais em estudo tridimensional. nas grandes discrepâncias. preconizados por diferentes autores. É de justiça registrar que Sassouni recomendou o estudo tridimensional em 1962.7 Análises Cefalométricas Análises cefalométricas são estudos. Mas. numéricos ou morfológicos. uni e bilateral. Para que a arcada dentária superior cubra a inferior no sentido pósteroanterior. Quando há discrepância entre as larguras da maxila a da mandíbula. os padrões de normalidade. sem que isto tenha implicações fisiológicas. Porém. Representam o conceito de beleza de grupos sociais. Nos segmentos laterais os dentes superiores cobrem os inferiores graças às inclinações de seus longos eixos (curva de Monson). para as relações de maxilamandíbula. são também uma imposição fisiológica. Alguns destes padrões são puramente estéticos a subjetivos.vento da cefalometria computadorizada. os dentes tomam posições inadequadas: articulação invertida lateral. sobressaliência. para comparar com o que se encontra no paciente. oclusão de acomodação. Dentes e periodonto têm a sua morfologia e fisiologia constituídas para funcionarem posicionados dentro dos padrões clássicos de oclusão normal. No sentido transversal. é necessário que a maxila tenha uma posição um pouco para a frente da mandíbula. sobrecruzamento. a largura de arco basal da maxila e a da mandíbula devem ser aproximadamente coincidentes. Estas análises utilizam padrões de normalidade. 7 . como o intuito de evidenciar anomalias dentofaciais. Assim sendo. com desvio funcional da mandíbula. Alteram suas inclinações exageradamente ou mantêm relações inadequadas: articulação invertida anterior. Isto é uma imposição fisiológica. é designada como protrusão* quando a arcada estiver para frente.Osso Basal. Os dentes e o osso alveolar são a região onde as forças externas atuam com significado clínico. A figura esquemática ao lado. restringe-se apenas ao que interessa na abordagem cefalométrica. em nomenclatura de maloclusões. Osso Alveolar e Dentes Distinguem-se duas áreas bem características: basal e dentoalveolar. O crescimento e desenvolvimento do osso basal são conseqüências de determinações genéticas e acontecimentos sobre os quais ainda não temos controle seguro. dividindo-se em aspectos de disrelações dentárias e displasias esqueléticas (osso basal). As maloclusões podem estar restritas à região dentoalveolar. Nomenclatura Esta investida. E a arcada dentária inferior está para trás = retrusão dentária inferior. a arcada dentária superior está projetada para frente = protrusão dentária superior. no sentido póstero-anterior. em busca da oclusão anatômica e funcional normal. Excetuando-se a expansão transversal da maxila (lenta ou disjunção). Osso basal é a região esquelética da base da maxila a da mandíbula. Daí compreende-se a importância de localizar corretamente a região onde se encontra a anomalia. sendo o estudo cefalométrico o que oferece maiores evidências para esta identificação. como podem ser conseqüência da falta de relação entre os ossos basais da maxila e mandíbula ou ainda combinações variadas. E retrusão quando a arcada estiver para trás. permitindo modificar suas posições. o osso basal não responde significativamente a ação de forças ortodônticas. seguindo do esclarecimento do qual a arcada a que se refere: superior ou inferior. É comum variadas combinações destes fatores. Disrelações Dentárias A má posição da arcada dentária. . Segue-se o esclarecimento indicando qual o setor comprometido. . diz se que há sobressaliência incisal horizontal. entre as arcadas dentárias superior e inferior. com espaço no sentido vertical. Exemplo: mordida aberta anterior = inoclusão dos dentes anteriores.Quando os incisivos de uma arcada dentária estão protruídos. Normal Sobressaliência incisal positiva (overjet) Sobressaliência incisal negativa (articulação invertida) Sobremordida incisal (overbite) Quando há inoclusão. no sentido vertical. direito ou bilateral). no sentido pósteroanterior. ou simplesmente sobressaliência incisal (overjet). Será negativa quando os incisivos inferiores estiverem para a frente em relação aos superiores. Quando os incisivos superiores ultrapassa mais de um terço as coroas dos incisivos inferiores. anterior ou lateral (esquerdo. em relação à outra arcada dentária. diz-se que há sobremordida incisal. designa-se a anomalia como "mordida aberta". com espaço no sentido vertical. Será positiva quando os incisivos superiores estiverem para a frente em relação aos inferiores. designam-se com os prefixos pro. maxila ou ambas. com outras estruturas craniofaciais. Mandíbula grande em relação à maxila e outras estruturas anatômicas do paciente. a retro. Exemplo: micrognatia mandibular = mandíbula pequena em relação à maxila e outras estruturas craniofaciais. Macrognatia mandibular. As displasias esqueléticas de posição da maxila a da mandíbula. no sentido ântero-posterior. . quando estão para a frente. relacionadas. Segue-se o esclarecimento se a anomalia é na mandíbula ou na maxila. seguidos do esclarecimento se a posição se refere à mandíbula ou à maxila. Exemplo: prognatismo da 8 Anomalia de tamanho ou posição da mandíbula. Precedem a raiz gnatia. quando estão para trás. precedendo a raiz gnatia (gnatus = maxilar).Displasias Esqueléticas As displasias esqueléticas8 de tamanho designam-se com os prefixos micro (menor) e macro (maior). As displasias esqueléticas posição da maxila a da mandíbula. Mandíbula para a frente (tamanho normal). Rotação da maxila. Espinha nasal anterior. (Sentido horário) .maxila = maxila projetada para a frente em relação à mandíbula e a outras estruturas craniofaciais. As rotações da maxila a da mandíbula podem ser para cima ou para baixo e para a frente ou para trás. designam-se com o nome de rotações. relacionadas no sentido vertical. Plano mandibular exageradamente inclinado. (Sentido anti-horário) Rotação da mandíbula. Mento para baixo a para trás. para cima e para trás. Prognatismo mandibular. a classificação de Angle. 2° Divisão Subdivisão Subdivisão Classe I(neutroclusão) Classe II(distoclusão) Classe III(mesioclusão) . Sabe-se que somente o aspecto dentário é insuficiente para classificar as maloclusões. 1ª Divisão Classe II. seja acrescida de considerações craniofaciais. seguindo os conceitos atuais. Além disto. Para elucidação completa é necessário que. pois muitas delas se diferenciam pelas displasias esqueléticas. impondo-se a várias outras classificações que surgiram. a simplicidade e universalidade da Classificação de Angle têm feito que ela permaneça. Não considera anomalias dentárias transversais.Classificação das Maloclusões de Angle Angle classifica as maloclusões unicamente em seu aspecto dentário. e estabelece a relação dos 1°s molares permanentes como "chave da oclusão". Com Roth ficou consagrado que o diagnóstico deve ser realizado com a mandíbula em relação cêntrica. Porém. sobretudo. avaliação transversal e. o que não é certo. seja observada com a mandpibula em Relação Cêntrica. desde 1899 até nossos dias. a observação de Angle é feita sempre com os dentes em posição de Máxima Intercuspidação Habitual (MIH). Relaciona dentes superiores com inferiores. Com apinhamento Com biprotrusão Com combinação das duas Outras anomalias Classe II. no sentido póstero-anterior. de Classe I. Classe II (Distoclusão) Classe I com apinhamento Classe I com biprotrusão dentária O 1° molar superior ocluí com sua cúspide mésio-vestibular entre o 1° molar inferior e o 2° pré-molar inferior. pode haver maloclusões que se apresentem em outros dentes. . A classificação considera que o 1° molar superior tem a posição correta. verticalizados. Nestes casos. 2ª divisão. pois o molar inferior está ocluíndo em posição distal em relação ao superior. a classe II recebe também o nome de distoclusão (Lischer). buscarem contato com os incisivos inferiores.Classe l (Neutroclusão) O 1° molar superior oclui com sua cúspide mésio-vestibular do 1° molar inferior. quando os incisivos superiores. Esta é a oclusão normal para os primeiros molares. Por este motivo. Será classe II. que a variação é sempre do molar inferior. Neste caso sempre há sobremordida incisal (overbite). A classe II será 1 á divisão quando houver sobressaliência dos incisivos superiores em relação aos inferiores (overjet). Classe III. o 1° molar superior oclui com sua cuspide mésiovestibular entre os molares inferìores. buscando contato com os inferiores. 1° a 2°. Por considerar que o 1° molar inferior está em posição mesial. Articulacão invertida anterior (mordida cruzada). 1ª divisão. Sobressaliência incisal negativa. Incisivos superiores verticalizados.Classe II. em relação ao superior. . esta classe é também chamada de mesioclusão (Lischer). Classe III (Mesioclusão) Na Classe III. Sobremordida incisal (overbite). 2ª divisão. Sobressaliência incisal positiva (overjet) Classe II. Depois do consolidada a filosofia de Roth em que o diagnóstico e planejamento devem ser feitos em ROC. em que a mandíbula desviou-se para lateral. do outro em classe II ou classe III. meia cúspide Subdivisão Os molares ocasionalmente se relacionam de um lado em classe I. como JANSON e outros relatam com propriedade. conforme o lado em que se apresenta. Renomados autores da atualidade. Em ROC mostram que a arcada dentária superior é atrésica e há oclusão do topo em ambos os segmentos laterais. relatadas na classificação de Angle apareciam com muita freqüência em sua visão. Neste caso a maloclusão toma o nome de classe II subdivisão ou classe III subdivisão. do ROC para MI H. Ocorrem posições intermediárias em que os molares se relacionam entre uma classe e outra. A maioria deles são falsas subdivisões. . Classe II. direita ou esquerda. meia cúspide Classe III. freqüentemente são apenas desvios de ROC par a MIH. da mesma forma que as subdivisões.Meia Cúspide (Casos Intermediários) As relações descritas acima são os casos típicos. As articulações invertidas unilaterais. em que fazia o diagnóstico cm MIH. casos de subdivisão verdadeira e opções de tratamento. Deve-se considerar que as subdivisões. observa-se que realmente estes casos do sub-divisão são muito menos freqüentes. devido a interferências. Estas são chamadas "meia cúspide". encontrando as mesmas características de oclusão para classes I. . Adaptação da Classificação de Angle à Dentadura Temporária Angle idealizou sua classificação. também. podem apresentar-se nas três classes descritas por Angle. Devido à semelhança de morfologia entre o 1° molar permanente e o 2° molar temporário. Porém. já que tem à sua disposição um saldo de espaço maior. No entanto. que em dentadura permanente seria considerado classe II. quando substituídos pelos prémolares. para agrupar as maloclusões da dentadura permanente. baseada na relação de oclusão dos 1° molares permanentes. em 75% dos casos. Também. a componente horizontal de crescimento da mandíbula é maior do que a da maxila. resultante do maior diâmetro mésio-distal dos molares temporários. A relação das faces distais dos 2ºs molares temporários apresentase em um mesmo plano ou formando degraus para mesial. na dentadura mista. Isto ocorre porque o molar inferior tem quase total possibilidade de deslizar para a frente mais do que o superior. meia cúspide. quando se apresentam topo a topo. a classe de Angle.s molares temporários. na dentição mista esta situação é classificada como classe I. indicando. II a III de Angle. pode-se transferir o mesmo raciocínio que realizamos na oclusão dos 1°s molares permanentes para os 2. a sua aplicação na dentadura temporária é uma variante.Chave da Oclusão na Dentadura Mista Os 1°s molares permanentes superior a inferior. degrau distal Classe I. degrau mesial maior que 2mm . degrau mesial não maior que 2mm Classe III. sem degrau distal Classe II.Classe I. Relação dentária. finalmente. permitindo aos incisivos superiores cobrirem os inferiores. algumas da relações possíveis. arcada inferior retruída. as áreas dentária e basal relacionadas com o restante da face.Representação Esquemática de Relações Dentofaciais Representam-se a seguir. Ou vice-versa. Inicialmente relacionam-se ocorrências unicamente na área dentária. Arcada dentária superior retraída em relação à inferior. analisando relações posterior-anterior e vertical. depois nas áreas dentária e basal (maxila a mandíbula) e. . Ou vice-versa. Arcadas Dentárias Superior e Inferior Relações no Sentido Póstero-Anterior Relacão normal. Vista lateral. Em ambos os casos ocasiona sobressaliência negativa. Arcada dentária superior projetada para a frente em relação à inferior. Apresentam-se penas alguns exemplos típicos. em relação à superior. entre as arcadas dentárias entre si e outras estruturas anatômicas da face. Disrelação dentária. pois o número de combinações é muito grande. Leve sobressaliência da arcada dentária superior. Em ambos os casos ocasiona sobressaliência positiva. esquematicamente. arcada inferior protruída em relação à superior. As arcadas dentárias acompanham suas bases ósseas. Boa relação das arcadas dentárias superior e inferior entre elas. como deve ser normalmente. Maxila levemente adiantada em relação à mandíbula. Disrelação das arcadas dentárias com sobressaliênca incisal. Disrelação dentária.Arcadas Dentárias Superior e Inferior . Bom relacionamento esquelético do osso basal da maxila e da mandíbula. Bom relacionamento esquelético de maxila e mandíbula.Maxila e Mandíbula Relações no Sentido Póstero-Anterior Relacionamento normal. Protrusão de ambas as arcadas dentárias em relação às suas bases ósseas (biprotrusão). . Bom relacionamento esquelético de maxila e mandíbula. Disrelação dentária. por protrusão da arcada dentária superior em seu osso basal. ocorrendo sobressaliênca incisal.Maxila e Mandíbula Relações no Sentido Póstero-Anterior Displasia esquelética. Displasia esquelética. às arcadas dentárias acompanham suas bases ósseas. Maxila protruída em relação à mandíbula. Mandíbula protruída em relação à maxila. devido a estarem a arcada dentária superior retruída e a arcada inferior . Maxila para frente em relação à mandíbula. Ou vice-versa mandíbula retruída em relação à maxila. Arcadas dentárias em boas relações. Displasia esquelética. Ou vice versa: maxila retruída em relação à mandíbula. Nesta representação esquemática. As arcadas dentárias acompanham suas bases ósseas.Arcadas Dentárias Superior e Inferior . ocasionando sobressaliênca incisal negativa. . resultando sobressaliência incisal. mandíbula e a projeção de ponto craniofacial. Bom relacionamento esquelético entre maxila. Mandíbula retruída em relação a projeção. As arcadas dentárias acompanham suas bases ósseas. Bom relacionamento da maxila com a projeção de ponto craniofacial.Maxila e Mandíbula Relações no Sentido Póstero-Anterior e a Projeção de um Ponto Craniofacial (Nasion) Normal. Displasia esquelética.Arcadas Dentárias Superior e Inferior . As arcadas dentárias acompanham suas bases ósseas. Aumento da dimensão vertical. As arcadas dentárias acompanham suas bases osseas. devido à displasia vertical por rotação da mandíbula. Mandíbula retruída. Bom relacionamento da mandíbula em relação a projeção do ponto craniofacial.Maxila e Mandíbula Relações no Sentido Vertical e a Projeção de um Ponto Craniofacial Displasia esquelética vertical. Arcadas Dentárias Superior e Inferior . resultando sobressaliência incisal.Displasia esquelética. Maxila protruída em relação a essa projeção. Os dentes acompanham suas bases ósseas e apresentam "mordida aberta anterior". Bom relacionamento da maxila com o ponto craniofacial. . 216 CASTELLINO.Orthodontia bases para iniciação. S. Rio de Janeiro./ mar. E. JANSON. Philadelphia. 1962. p. Paulo 6(1): 63-74.. Idel. orthodontic treatment of subdivision cases. v. Cosmos. Lea & Febiger. . et alii. White Dental Mfg. Boletin de Odontologia.. 36-46. 124(3): p. 1907.. 1977. A. BECKER.213. JANSON. WORK.. Rosario (R. Dentoskeletal treatment changes in Class II subdivision malocclusions in submentovertex and posteroanterior radiographs. 2003. 1899. JANSON.Referências Bibliográficas ANGLE. Cefalometria clinica. S. MAYORAL.Malocclusion of the teeth. 364. O cefalograma padrão do curso de pós-graduação de Ortodontia da Faculdade de Odontologia da USP. Rev. G. Dent.. 4: p. G. 2003. Odont. p. 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Boletin de Odontologia.46.. n. v. CD-R publicado em 1996.MAYORAL. BARBOSA. Terminologia en inglés y espanol de uso corrente en Ortodoncía. C. NOMENCLATURA aprobada par la Federación Dental Internacional. Jose Mayoral.213. NOMENCLATURA recomendada por la American Association of Orthodontists. C B. Ortodoncia. PEREIRA. J. Trad. Capítulo III Técnicas Radiográficas Cefalométricas . propriamente dito. Quilovolt: 1. através do tempo. 30 miliampéres9 a 90 quilovolts10. tendo como ponto focal uma área que não exceda três milímetros quadrados. aproximadamente. Ampére: unidade de fluxo da corrente elétrica intensidade da corrente que flui. com o paciente sempre na mesma posição e a uma distância padrão.Noções da Técnica Radiográfica A técnica para radiografias com fins cefalométricos compreende algumas peculiaridades. Refere-se a "qualidade” de energia elétrica que passa. consta de porta filmes. apoio de glabela e duas hastes verticais translúcidas. Graças ao cefalostato é possível repetir radiografias. se faz com o auxílio de um dispositivo: o cefalostato. que devem ser observadas tanto para os aparelhos quanto para a técnica em si. onde estão inseridas as olivas. O cefalostato. 10 Volt: unidade de pressão elétrica que força a corrente através do circuito. A localização e imobilização da película e da cabeça do paciente. as quais são introduzidas nos condutos auditivos externos do paciente. para a tomada da radiografia. Raios X. no mínimo. de importância fundamental.000 volts 9 . Refere-se a “quantidade”. Cefalostato. Miliampére: um milésimo da ampére. O aparelho gerador de raios X (raios de Rõntgen) deve render. O padrão tradicional. Apoio de glabela. de que alguns destes equipamentos não permitem que se posicione o paciente com o lado esquerdo mais próximo da película.524 m ( 60 polegadas ou 5 pés ).cefalostato e raio X . convencionada universalmente. Com o advento da ortopantomografia (radiografia panorâmica). que proporciona imobilidade relativa. conseqüentemente. Nele pode ter escala milimétrica para calibrar a magnitude. tem o propósito de estabelecer uma sistemática.panorâmica e telerradiografias . na década de 70. que mede o lado esquerdo da face.Fotografias de Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes Oliva do cefalostato.de tal forma que o raio central. como é tradicional. Posteriormente. passasse exatamente pelas duas olivas do cefalostato e. devidamente calibrado e na distância padrão de 1. Existia a necessidade de posicionar os dois equipamentos . considerando que as . sendo este fato importante e que deve ser considerado. raios X e cefalostato foram unificados em um único equipamento. tendo a função de manter a cabeça do paciente imóvel com o Plano Médio Sagital paralelo ao sistema chassi/ecran/filme.por um único equipamento. Originalmente os cefalostatos eram equipamentos isolados. vindo da antropologia. independentes do aparelho de raios X. foi nele incorporado um braço adicional que possibilita a realização das duas técnicas . Este maravilhoso avanço criou a limitação. e o feixe de raios X passou a ter sua posição fixa em relação ao cefalostato. Só permitem que se posicione o paciente com o lado direito mais próximo da placa. perpendicular ao filme. na haste vertical translúcida inseridas no conduto auditivo externo do paciente. Distância raios X . modernamente é utilizado um filtro junto ao diafragma do aparelho de raios X com a mesma função e que facilita ao profissional o posicionamento do paciente pois automaticamente o aparelho posiciona o diafragma (limitador a área exposta aos raios X) que tem acoplado um filtro do perfil mole nas radiografias eles laterais. que. Os raios X. Estas leis indicam maior nitidez e fidelidade quando: . da ótica geométrica. possibilita melhor contraste dos tecidos moles. obedecem às mesmas leis.assimetrias faciais são significativas. Considerando o exposto. Ao originarem uma imagem. recomenda-se que as telerradiografias que forem feitas com equipamentos que posicionam o paciente com o lado direito. Porém. Filtro de alumínio. é fixado um filtro de alumínio. que regem as sombras obtidas com luz e objeto. partindo da fonte geradora. mais próximo da placa. Este filtro se inicia em bizel.paciente . O filtro de alumínio preconizado pelo Dr Freitas funciona muito bem como atenuador dos raios X na zona dos tecidos moles e é ainda muito usado. Na parte externa do porta-filmes. propagam-se em sentido divergente. afim de que o fato seja considerado em outros estudos do paciente. isto seja registrado no laudo do radiologista. na área correspondente ao perfil tegumentar. diminuindo a penetração dos raios. Estudos seriados de um mesmo indivíduo devem ser feitos medindo sempre o mesmo lado da cabeça.película. O objeto está afastado do anteparo e a pouca distância do foco. • • . o ideal seria puntifome. perturbando significativamente a nitidez da imagem. não em intensidade). Resultado: Expressava deformação da imagem e grande zona de penumbra. Resultado: Eliminada a zona de zona de penumbra. no caso). O objeto está próximo ao anteparo (película.• • • A fonte luminosa é pequena (em tamanho. O sistema chasi/ecran/filme deve estar o mais perto possível do paciente. A fonte luminosa está a grande distância do objeto. originando uma imagem com contornos nítidos.52 m entre fonte geradora raios X e Plano Sagital Médio do paciente. A fonte luminosa (foco) reduzida a puntiforme. Foco afastado do anteparo e a pouca distância do foco. Distância de 1. A fonte luminosa (foco) é larga. Com base nestes conhecimentos determinou-se: • A fonte geradora de raios X não deve exceder a 3 mm². Reduzida deformação da imagem. Esta distância é suficiente para minimizar os efeitos de distorção da divergência dos raios. Objeto aproximado do anteparo. Menor distância possível entre a face e a película radiográfica. passando pelo ponto médio do eixo das duas olivas. Para tomada em norma frontal: • • • • Distância de 1. Menor distância possível entre o lado esquerdo da face do paciente e a película radiográfica.524 m entre a fonte geradora de raios X e o eixo das duas olivas.524m entre a fonte geradora de raios X e o plano médio sagital do paciente.Sumário: Disposição de Aparelhos e Paciente Para tomada em norma lateral: • • • Distância de 1. Eixo das duas olivas paralelo à película radiográfica. . passando através das duas olivas. Feixe central dos raios X na horizontal e incidindo exatamente em perpendicular à película radiográfica. Feixe central dos raios X na horizontal e incidindo exatamente em perpendicular à película radiográfica. o que provoca maior distorção de tamanho. tem distância menor do que o padrão universal. se apresentara ligeiramente maior do que a da esquerda. . pouco espesso. Dentes em máxima intercuspidação habitual ( MIH ). ocorrendo fechamento labial somente quando ele é conseguido sem esforço muscular. geralmente os mesmo que só permitem posicionar o paciente com o lado direito junto ao sistema chassi/ecran/fime. que alguns equipamentos modernos. Lado esquerdo da face junto ao porta-filmes (tomada lateral): plano de Frankfurt na horizontal. Olivas do cefalostato introduzidas nos condutos auditivos externos do paciente. Dentes máxima intercuspidação habitual (MIH). está é a posição da mandíbula padrão. A imagem da sela túrcica deve mostrar um traço único.Ressalta. Nota: Mais esclarecimentos nos títulos que seguem. Caso seja solicitada que a posição da mandíbula seja em Relação Cêntrica ou Posição de Repouso. Posicionamento do paciente: • • • • • Torso ereto. A imagem dupla da sela túrcica evidencia que a radiografia não foi tomada exatamente em norma lateral. Nota: Posicionamentos diferentes deste padrão devem ser registrados no laudo radiográfico. “posição da cabeça” e “posição da mandíbula” nas técnìcas cefalométricas radiográficas. de tal forma que fiquem exercendo ligeira pressão para cima. Musculatura perioral em repouso. então este fato deve ser registrado no Iaudo radiográfico. o que impõe a necessidade de que se tenha régua milimétrica que possibilite a calibração da imagem. elevando levemente os condutos auditivos externos. Requisitos de Telerradiografia em Norma Lateral Nitidez das estruturas anatômicas que interessam à analise proposta: • • • Coincidência das imagens das olivas do cefalostato A imagem da oliva direita. mais afastada da película. no sentido transversal e sagital e com o raio central do Raio X incidindo direto nas duas olivas do cefalostato. a qual havia sido definitivamente consagrada. De início. . de excelente qualidade e precisão.Posição da Cabeça nas Técnicas Radiográficas Cefalométricas Logo após a descoberta dos Raios X. com as olivas do cefalostato inseridas em seus condutos auditivos externos . consegue-se imobilidade relativa. utilizando cefalostato de sua própria concepção. impondo a utilização de Cefalostatos. havia impossibilidade de tomar radiografias seriadas. por Wilheim Conrad Rontgem.infrorbitário ( avaliado na palpação ) na horizontal. O cefalostado permite que se repitam as telerradiografias.automaticamente está posicionado com o Plano de Frankfurt na horizontal. atraves do tempo. amarava a cabeça do paciente. em 1895. com razoável precisão. Posicionamento do paciente no cefalostato: O paciente sentado. com a linha tragus .exercendo ligeira pressão para cima . nasceu a Cefalometria Radiográfica. No mesmo ano. e era contestada a validade de seqüências radiografias para estudar o crescimento crânio facial. em 1882. no propósito de imobilizar o paciente. Dentre estas. usando ataduras de gaze. Em 1931. Pacini. como plano universal de orientação do crânio. no sentido póstero-anterior. a técnica de observar o crânio com o Plano de Frankfurt na horizontal. Com o apoio da glabela do cefalostato. 1922. em Franckfurt-am-Main. Hofrath usou o cefalostato de Korkhause. modificado por ele. Broadbent descreve minuciosamente as técnicas radiografias cefalométricas. herdando da craniometria valioso acervo de conhecimentos e técnicas. com o Plano de Frankfurt na horizontal. que basicamente vem sendo usado até hoje. no sentido póstero-anterior. Desde ai ficou consagrado que a cabeça do paciente deve ser posicionada com o Plano de Frankfurt na horizontal e o raio central do Raio X perpendicular ao seu Plano Sagital. na mesma posição. O procedimento a seguir é posicionar o paciente com Frankfurt na horizontal. não existindo os cefalostatos. depois de determinada. usar a PNC no cefalostado (que neste caso não deve ter as olivas inseridas nos condutos auditivos) elimina uma posição padrão para as telerradiografias seriadas. Na PNC as distorções serão mais significativas e imprevisíveis. A PNC realmente é uma informação importante que deve ser inserida como padrão nas fotografias dos pacientes. com o Plano de Frankfurt na horizontal os dois condutos auditivos serão inseridos nas olivas do Cefalostado que estão na horizontal. inclusive duas que são primordiais: Primeiro. vêm sendo preconizadas por Bjerin ( 1957 ). o que possibilita menos distorções entre os dois lados da face. utilizado em engenharia. os quais consideram que a posição livre da cabeça é mais representativa da fisiologia do paciente. Também a horizontal pode ser encontrada com um nível. denominadas de PNC. portanto esta é sustentada ereta pela ação de músculos.A determinação precisa do horizonte é tomada na perpendicular de um prumo que indique a vertical verdadeira. não obedecendo as sugestões tradicionais deduzíeis da divergência dos raios. o qual não irá reproduzir a sua PNC de forma igual através dos anos. Considerações As idéias e observações da PNC. Muito frequentemente a PNC não é coincidente com o Plano de Frankfurt na horizontal como preconiza a antropologia e a Cefalometria Radiográfica. primeira vértebra da coluna vertebral. por mais importantes que sejam. Moorrees e Klean ( 1958 ). permanecendo apenas a magnificência e efeitos da divergência de raios. pode ser traçada em uma parede do laboratório radiográfico ou na haste horizontal do cefalostato. A posição do Foramen Magnum e sua relação com o Atlas. está um pouco atrás da posição de equilíbrio da cabeça. não devem ser transferidas para o posicionamento do paciente no Cefalostato. Esta horizontal. Solow e Tallgren ( 1971 ). por varias razões. Rocabalo (1984 ) e outros. Posição Natural da Cabeça (PNC) Técnicas de posição da cabeça. Segundo. no seu acompanhamento cefalométrico. o qual obedece a determinação de que o Plano de Frankfurt seja na horizontal. . variando de individuo para individuo. do próprio paciente. As técnicas de PNC não podem ser avaliadas comparando com os estudos feitos. 2.Por certo cada profissional.org. com cefalostato e Frankfut na horizontal.11 Manifestação do autor sobre PNC: www.br/revista/biblioteca/pnc 11 Effect of Head Orientation on Posterior Anterior Cephalometric Landmark Identification www. pode recomendar ao radiologista que realize suas telerradiografias na PNC. utilizando espelho redondo ou quadrado e ainda o método de balanceio da cabeça livre e o pacinte em pé. desde 1931.acbo. Salvo coincidências ocasionais e fortuidas as duas técnicas devem mostrar resultados distintos.org.br/revista/biblioteca/erro_cefalometria Efeitos dos Erros de Projeção Sobre as Grandezas Cefalométricas das Análises de Steiner e McNamara www.acbo.br/revista/biblioteca/erro_projecao . registrar o fato no laudo. com a mesma denominação de PNC.acbo. visto que. O método do espelho. em acordo com suas convicções. Como foi ressaltado nos requisitos para a telerradiografia. sempre que utilizarem outras posições. visto que a incidências dos raios é diferente nas duas técnicas. como a PNC. ou com uma só oliva.org. Há quem preconize o cefalostato sem olivas. Porém.org. inclusive alguns utilizando o cefalostato e apenas posicionando a cabeça. no que se refere a posição do Plano de Frankfurt no sentido póstero-anterior. Os radiologistas devem. neste caso devem ser considerados que: 1.br/revista/biblioteca/erro_rotacao Considerações sobre os Erros em Cefalometria www. de forma livre. há diferentes procedimentos. Assim estas teles quando forem analisadas serão consideradas em acordo com a técnica utilizada no caso. 3. sugerimos a metodologia tradicional.acbo. Nos estudos realizado com PNC devem ter descriminada a técnica utilizada. Ver. 15: 1-12. Roetgn Ray antrhropology os the skull . Acta Scand 1957. www. 1984. 16:213-34.com. 1931. Apr.cleber. H. – jul.Considerações Cefalométricas (trabalho em italiano) www. Acta Odontol Scand 1971.H. Am. KEAN MR .br/revista/biblioteca/introduzione . Die Bedeutung de Rontgentern un Abstandsaufnahme dur die Diagnostik de Kieferanomalien – Fortschr Orthod 1:232-58. MOORREES CFA.org.Natural head position.Referências Bibliográficas12 BJERIN R. 418-26. TALLGREN A . abr. 1922.br/rocabado.l. p. 42-52.acbo. M. v. a basic considertion in the interpretation of cefhalometric radiographs. 32231. Chilena Ortod.br/revista/biblioteca/orofaringe Introduzione . BROADBENT B. ROCABADO.1931. Radiol. J Phys Anthrop 1958. HOFRATH.A Natural head position in standing subjects. Analisis biomecanico craneo cervical através de una teleradiografia lateral. A comparison between the Frankfurt Horizontal and Sella turcica – Nasion as referende planes in cefphalometric analyis. PACINI. A new x-ray tecnique and this application to orthodontics Angle Orthod.html SOLOW B. 230-8.org.A. AL.acbo. J. 1:45-66. 29:591-607 12 Avaliação Cefalométrica da Orofaringe www. Begg. Beyron. como seria o ideal. O próprio ortodontista. A. conforme demonstrado por Pereira (1993) e Pereira. (1955). (2006) recomendam a utilização de placas relaxantes para que se consiga determinar a ROC com precisão. A. Peter E.R (1954). a maioria dos radiologistas brasileiros. para a tomada das telerradiografias.J. algumas vezes. C. . Roth ( 1981) . Isto posto.D. quando surgiram os conceitos de Oclusão Dinâmica. Pedersen. L. Com Roth (1981). Mesmo com a evidência de que o Diagnóstico deve ser feito em RC. fica inviabilizado o padrão em RC. Lysell. P. vindos de diferentes especialidades da Odontologia. (1966 e 1967). E há casos em que é impossível levar a mandíbula para ROC por interferências dentárias que impedem que se chegue a esta posição. 1976 e 1977). freqüentemente.(1953). (1972. (1964).O. Ocorre que. 1975. P. aos poucos foi sendo abandonada. Deve ser ainda considerado que uma posição padrão deve de ser facilmente encontrada. Ricketts (1982 e 1982). R. (1978). é melhor um erro conhecido do que um erro que não se conhece. (1976 e 1977) Dawson. que fazia o diagnóstico e planejamento em oclusão de Máxima Intercuspidação Habitual (MIH). Realmente. Carter & Mohler (1987 e 1987) e outros consolidou-se o consenso de que o Diagnóstico e o Plano de Tratamento. Jacobson. Andrighetto. e que possa ser mantida durante os procedimentos técnicos radiográficos. realiza radiografias cefalométricas com a mandíbula em posição de MIH. M. em adotarem a posição de MIH como padrão. Barrett.Posição da Mandíbula nas Técnicas Radiográficas Cefalométricas A proposta de Angle. na maioria dos pacientes. Eid e Castro Lopes (2009).R. mas é difícil de manter o paciente. H. Pereira. em que o paciente está contraído. Fantini e Abrão ( 2001 ). A Posição de Repouso pode ser encontrada com relativa facilidade. devem ser feitos em Relação Cêntrica (RC). em Ortodontia e Ortopedia Facial. (1958). durante os procedimentos técnicos radiográficos. e considera-se madura e de bom senso a atitude dos radiologistas. não consegue determinar a RC na primeira consulta. Ramfjord.B. nesta posição. o radiologista tem dificuldade em posicionar a mandíbula em RC. são altamente significativos.Porém. C. ou que se tentou o procedimento sem conseguir e que a posição tomada foi de MIH.cleber. Esta conversão pode ser feita por programas específicos de cefalometria. nos estudos cefalométricos em norma lateral. aqueles que realizam a tele em RC. O profissional que solicitou a radiografia cefalométrica deve ser informado em qual a posição em que ela foi realizada. sempre que esta diferença for significativa. Como ocorre nos casos das “Falsas Classes III”. Compreende-se assim. como o Nemoceph. devem registrar que a técnica radiográfica foi feita com a mandíbula na posição de RC. S. na posiçao de MIH.acbo. Recomenda-se que este procedimento seja realizado pelo ortodontista. 1993 e 1994). devem registrar o fato.M.br/revista/biblioteca/mih . Vale salientar que. Isto é. o que altera o plano de tratamento.com. 2000) e Barbosa. apresentam-se em articulação invertida e em RC mostram-se em topo-a-topo. imperiosa. salvo que se use a posição padrão de MIH. como apresenta Pereira. (1996 . Mais informações sobre posição da mandíbula na tomada da telerradiografia encontram-se em: www.html Mais informações sobre MIH e RC: www. nas quais Incisivo. Os lábios sim devem ser em posição de repouso. no sentido póstero-anterior. que há necessidade. é relevante considerar que em muitos casos de maloclusão há expressivos deslizamentos de RC para MIH os quais. ou que o fazem atendendo a determinação do solicitante. de que se faça a conversão de MIH para RC. J. que oferece o traçado convertido para RC. sempre que possível. Outra alternativa.br/cefalomet. (1993.B. os quais oferecem todas as ferramentas necessários para que seja feita esta conversão.org. mais acessível financeiramente. (2002). Fantini. é a utilização de programas genéricos. J. 34 (1):28-34.2ª edición Barcelona. PMID: 3482088 ( PubMed 0 indexed for MEDLINE. 6 e 7).Conferência Converesão de MIH para ROC. Central Australia. Mohler.Bases para Iniciação. 5ª edição. A. Dent. . Afr. .. www. J. 12:613-619. S. Peter. S. segundo a filosofia de Roth.acbo. 21 (8) 530-2.org. 5.M . Ortodontia . Tese de doutorado USP (2006). Aust. 1953. Espanham Solvat: 4:33-5.. Mohler.Efeitos da desprogramação neuromuscular da mandíbula. 5:61.1978. com maloclusão de Classe I.Simpósio de Informática. S. 2002 .html Fantini.N. J. 75-6 y 38-589 . 4o (nos.N. . S. A. . 57:127-138. A. 1976. S. Begg. : Stone Age Man's dentition with reference for its treatment. .com. 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O acetato tem uma face brilhante (voltada para a radiografia) e outra face opaca, que se deixa para cima, onde se realiza o desenho. O traçado e toda a observação são feitos com o perfil anterior da face voltado para a direita do observador.13 O desenho é feito iniciando-se da esquerda para a direita e de cima para baixo. Sempre que for necessário levantar o lápis, antes do término do contorno de uma estrutura, deve-se, ao reiniciar, deixar um pequeno espaço, evitando linhas duplas. Cores Convencionais para Sequência de Traçados Preto: Inicial Vermelho: Final Azul: Fase de Tratamento Verde: Contenção Marrom: Após contenção Algumas análises originadas na Europa colocam o perfil anterior para voltado para a esquerda do observador. 13 Acidentes Anatômicos Sagitais Os acidentes anatômicos do plano sagital, em norma lateral, apresentamse na telerradiografia com imagens radiopacas únicas, facilmente identificáveis. Desenho Anatômico. Acidentes anatômicos sagitais que interessam às análises propostas. Calota craniana. As imagens das lâminas compactas aparecem como duas linhas espessas. Traçar a parte de fora da lâmina externa e a parte de dentro da lâmina interna. Sela túrcica. Aparece como uma linha espessa. Traçar o centro da linha. Se a sela túrcica aparecer com imagem dupla, a telerradiografia deve ser repetida. Certamente não foi tomada corretamente em norma lateral, com o plano sagital paralelo à película. Base anterior de crânio. Aparece em linha espessa e difusa, confundindo-se com o teto das órbitas. Traçar o centro da linha. Região nasal e frontal. Traçar a parte mais externa do perfil ósseo, marcando a sutura frontonasal, que aparece nitidamente. Linha biespinhal. Aparece em linha radiopaca grossa. Traçar duas linhas, uma na parte superior da imagem e outra na parte inferior. Perfil anterior da maxila. Traçar a parte externa, não considerando a sombra da prega da espinha nasal anterior. Palato duro. Traçar o limite inferior. Incisivos centrais superiores e inferiores. Traçar o contorno coronário e radicular. Quando os incisivos centrais, esquerdo e direito, estiverem em posições não coincidentes, tomar a posição media. Sínfise mandibular. Traçar o contorno pela sua parte mais externa. Perfil tegumentar. Traçar o perfil tegumentar anterior. Acidentes Anatômicos Laterais Os acidentes anatômicos laterais, que interessam para as análises propostas neste livro, são facilmente identificáveis. Aparecem, geralmente, em imagens duplas, representando um lado e o outro da face, resultado da divergência dos raios X e da assimetria facial. Alguns autores e sistemas preferem traçar as duas imagens e tomar a média entre elas.14 Outros preferem traçar o lado esquerdo da face, que por estar mais perto da película é mais exato.15 Determinação do lado esquerdo da face A imagem do lado esquerdo é identificada com o raciocínio da divergência dos raios. Esquematicamente, representam-se a seguir, pelos anteparos A e B, as estruturas anatômicas laterais da face, correspondente a um lado e outro da face. O anteparo (A) colocado mais perto da película determina uma imagem pouco deformada. O anteparo (B), mais afastado da película, evidencia deformação gerando imagem aumentada. 14 15 Padrão USP. Alguns aparelhos de Raio X, na atualidade, só possibilitam a posição do lado direito. Considerando que o raio central incide nas olivas auriculares, ele está sempre atrás das estruturas da face. Em princípio, o lado esquerdo é o de menor tamanho. Nas estruturas abaixo de Frankfurt, o lado esquerdo é a imagem superior, o lado direito é a imagem inferior. Ao contrário com as estruturas acima de Frankfurt. Estas considerações podem perder validade se o paciente não foi posicionado no cefalostato ou há assimetrias muito significativas. Nota: lado esquerdo em preto, lado direito em vermelho. As duas imagens das olivas (em aparelhos bem calibrados) superpoem-se exatamente. Borda posterior do ramo da mandíbula. 1º molar. as imagens do lado esquerdo da face são as mais posteriores e superiores (as mais próximas da entrada dos raios X . Borda inferior do corpo da mandíbula. Órbitas. exceção para as significativas assimetrias e aparelhos que usam o lado direito do paciente voltado para a película. A imagem mais superior. A imagem mais posterior.olivas). A imagem mais posterior e superior. sendo que a da direita apresenta imagem um pouco maior que a da esquerda. A imagem mais posterior. Olivas auriculares. A imagem mais posterior. Apófise zigomática. A imagem mais posterior. . É necessária a observação no paciente.Lado Esquerdo da Face Regra geral. Fissura pterigomaxilar. . Neste caso não é questão de critério de autor ou sistemática. Acidentes anatômicos. toma-se a média. É a norma. Quando os incisivos centrais esquerdo e direito apresentam posições diferentes. não coincidentes. sagitais e laterais que interessam as análises propostas. Isto é válido para incisivos superiores e inferiores.Desenho anatômico. M. 174 p. 294-333. Cephalometrics. RAKOSI. 1982. W.org. Lea & Febiger. D. B. Philadelphia.. Ortodontia.br/revista/biblioteca/comparacao_tres Avaliação das Estruturas Anatômicas para Sobreposição Cefalométrica Maxilar Utilizando Telerradiografias em Norma de 45 Graus www. MEROW. C. PEREIRA. 2. Philadelphia. cap. S. INTERLANDI. 1982. T.Referências Bibliográficas ENLOW. W. An atlas and manual of cephalometric radiography. 288 p.br/revista/biblioteca/tese_evandro 16 . B. R. H.acbo. ed. São Paulo. da Universidade de São Paulo. 1977. 16 Comparison of Three Superimposition Methods www. Artes Médicas .org. In Handbook of facial growth. Santa Maria. Saunders. M. Bases para a Iniciação. 9.acbo. MOYERS. 1979.. Manual para estudos craniométricos e cranioscópicos. 364 p. Universidade Federal de Santa Maria.Ed. & ALVIM. p. W. C. E. Capítulo V Pontos Craniométricos . Os pontos localizados no plano médio sagital (PM) são ímpares e constituem a maioria. Os pontos localizados lateralmente são pares (PL). existem dois critérios para a singularizarão: tomar o ponto médio entre os dois ou aceitar aquele que corresponde ao lado mais próximo da película. Quando os pontos apresentam-se duplos. Nas telerradiografias. Isso ocorre pela divergência dos raios a pela assimetria facial. em sua maioria. na maioria dos equipamentos o lado esquerdo da face. foram herdados da antropologia. São pontos precisamente determinados por diferentes autores. sendo localizados em acidentes anatômicos. . estes são chamados pontos craniométricos ou cefalométricos. Steiner e Interlandi. um de cada lado da face.Na cefalometria é necessário estabelecer pontos que sirvam como referências básicas. Restringe-se este livro aos pontos craniométricos utilizados nas análises de Wylie. facilmente identificáveis ou em posições geométricas. freqüentemente apresentam-se duplos. em imagens não coincidentes. que. são mais precisos a confiáveis. tomando os pontos médios. o que é interessante. Por este motivo. convencionou-se. 17 . traça-se unicamente o lado esquerdo da face. posicionar o paciente com o lado esquerdo junto a película que estando mais próximo desta apresenta menor distorção. mede-se o lado esquerdo da face. 18 O padrão USP toma o ponto médio entre as duas imagens.17 Ou traçam-se os dois lados. tendo em vista que alguns aparelhos não adotarem a norma de posicionar o lado esquerdo do paciente voltado para a película. herdada da craniometria.Segundo o critério que se aceite. como foi ressaltado em Técnicas Cefalométricas Radiográficas.18 Por tradição. universalmente. Gnation Me .Espinha nasal anterior A .Ponto B Pg .Ponto E Gn .Pontos médios sagitais S .P linha Sbnp .Ponto A B .Nasion P' .Ponto S N .Mentoniano .Pogonion E .Espinha nasal posterior Spna . Ponto S A .Ponto B Gn .Fossa glenóide 6 .Gonion FG .P linha Me .Fissura Pterigomaxilar Or – Orbitale Pontos sagitais S .Ponto E N .Gnation P' .Espinha nasal anterior FG .Pontos laterais Po .Espinha nasal posterior Spna .Nasion B .Ponto A Pg .Pogonion E .Mentoniano Sbnp .Fissura Pterigomaxilar Or .1° molar superior .Porion Fpm .Fossa glenóide 6 .Gonion Pontos laterais Po .Orbitale Go .1° molar superior Go .Porion Fpm . enquanto que a literatura ortodôntica. gnation. Da mesma maneira para os pontos craniométricos. encontram-se na literatura ortodôntica Epna e Epnp. herdadas da antropologia.19 Marca-se o entrecruzamento de seus dois longos eixos.As siglas tradicionais. com imagens colhidas do livro "Anatomia Radiológica em Norma Lateral". Como também. escreve. Enp e Ena.br/revista/biblioteca/lateral_porta 19 . simplesmente. Qualquer uma das siglas é válida.org. enquanto que Wylie usa "ST". Centro da imagem da sela túrcida do osso esfenóide. Sela Túrcica e Esfenóide. No entanto. a sua nomenclatura tradicional é gnathion. Steiner designa o centro da sela túrcica com um "S". Spna = Epna = Ena Spnp = Epnp = Enp Gnathion = Gnation S = ST Ponto S (S) (PM). de Graciela Porta (2009): www. geralmente. ainda que nós prefiramos adotar a primeira. são Spna e Spnp.acbo. Mais informações sobre Ponto S. . facilmente identificável nas pessoas jovens. Quando não se identifica a sutura. a parte mais reentrante. O osso frontal apresenta imagem mais radiopaca que os ossos nasais. Ponto na parte mais anterior da sutura frontonasal.Nasion (N) (PM). Orbitale (Or) (PL). marca-se. na região. Também se observa a diferença de radiopacidade. Ponto mais inferior da órbita. Limita-se com a parte posterior da tuberosidade da maxila e o lado anterior da apófise pterigóide do osso esfenóide. . Fossa glenóide (FG) (PL).Fissura ptérigomaxilar (Fpm) (PL). O ponto craniométrico (Fpm) marca-se no centro desta figura. A imagem da fissura ptérigomaxilar tem a figura de uma gota de água invertida e alongada. Ponto mais posterior do côndilo mandibular. Porion (Po) (PL). Isto pode servir de ajuda para localizar o verdadeiro pórion. Ponto mais superior na borda externa do meato acústico externo. Em crânios secos observa-se que geralmente a parte mais alta da cabeça do côndilo da mandíbula está no mesmo plano que o pórion. . Vion. Para localizar este ponto. para localizar o CAE. prolonga-se. parece haver signifìcativas variações entre este ponto e o verdadeiro pórion. Espinha nasal anterior (Spna) (PM). Sua localização pode ser dificultada pela existência de continuidade com a cartilagem da base do nariz. Ponto mais anterior da maxila. para cima e para frente. motivo pelo qual alguns autores preferem marcar o ponto na parte mais superior da imagem da oliva do cefalostato. Não é facilmente identificável nas telerradiografias. que por estar parcialmente calcificada. No entanto. em sua inserção. apresenta imagem difusa. conforme demonstram Steiner e Ricketts. Langlade e McNamara recomendam figura oval (maior diâmetro com 8 ou 10 mm). a curva anterior à maxila até a sua intersecção com o prolongamento do assoalho das fossas nasais. Ponto mais profundo na concavidade que vai da espinha nasal anterior (Spna) até o rebordo alveolar. Ponto mais posterior da maxila. para localizá-lo. É necessário ter em conta a sombra da prega da espinha nasal anterior Ela mascara a verdadeira localização do ponto A. Não se distingue bem na radiografia devido à sobreposição com outros elementos anatômicos.Espinha nasal posterior (Spnp) (PM). . marca-se o centro da fissura ptérigomaxilar e traça-se daí uma vertical até a intersecção com o plano biespinhal. Na prática. Ponto A (A) (PM). O ponto deve ser marcado onde indica a flecha. na radiografia. a qual não deve ser considerada na determinação do ponto. É errado marcar aí o ponto A. a situação descrita acima.A espinha nasal anterior forma uma prega que desce abaixo do ponto A. A imagem bem evidente da concavidade que vai da espinha nasal anterior (Spna) até o rebordo alveolar. com clareza. Esta radiografia mostra. apresentando. A parte anterior da maxila está menos nítida na frente. não é representativa da parte anterior da maxila. . posicionada atrás. uma imagem levemente radiopaca. pois são eles quem determinam o longo eixo dos incisivos.acbo. . de Graciela Porta (2009): www. Também. Mais informações sobre o Ponto A colhidas do livro "Anatomia Radiológica em Norma Lateral".br/revista/biblioteca/pontoa A borda incisal e o ápice dos incisivos centrais não constituem. quando o tecido da massa muscular das bochechas é muito grande. é importante reconhecê-los. a menor densidade óssea da parte.Ao contrário do que ocorre com a prega da espinha nasal anterior. A determinação certa é em A'. mais clara esta zona e pode parecer que o ponto A está mais atrás (A). No entanto. descrita na figura anterior. propriamente. torna. anterior da maxila. pontos craniométricos.org. ela aparece nas telerradiografias e pode perturbar a determinação do ponto A. . Ponto situado no sulco vestibular do 1º molar superior. Na imagem da sínfise mandibular. é o ponto mais profundo na concavidade que vai do rebordo alveolar até o mento.1° molar superior (6). Ponto B (B) (PM). Ponto mais anterior na imagem da sínfise mandibular. . Gonion (Go) (PL).Pogonion (Pg) (PM). marca-se o ponto de encontro com a bissetriz do ângulo formado pelas tangentes a borda posterior do ramo e a borda inferior do corpo da mandíbula. No ângulo da mandíbula. . tangente à parte mais anterior do mento. Geralmente a linha da borda inferior do corpo da mandíbula toca neste ponto. Mentoniano (Me) (PM).Gnation (Gn) (PM). Ponto mais inferior na imagem radiográfica da sínfise mandibular. No contorno externo da imagem da sínfise mandibular marca-se o ponto de encontro com a bissetriz do ângulo formado pela tangente à borda inferior do corpo da mandíbula e uma perpendicular a este. na telerradiografia. até a espinha nasal anterior. gnation e mentoniano. Ponto P' (P') (PM). uma imagem nítida. na crista nasal. Marca-se P' no lugar em que a linha nasion-ponto A (N-A) cruza a imagem da porção anterior do assoalho das fossas nasais. como uma linha horizontal radiopaca.Gonion. O ponto P' é usado para traçar a linha I de Interlandi. conjunto. . que se traça desde o buraco incisivo. A porção anterior do assoalho das fossas nasais apresenta. . Ponto S (Se) (PM). Ponto orbitale como marca Schwarz.Ponto E (E) (PM). Ponto médio entre o nasion e o ponto A. O ponto E é usado para traçar a linha I de Interlandi. O ponto E não é necessariamente coincidente com o pogonion. Ponto S com marca Schwarz. Ponte médio na entrada da sela túrcica Orbitale (Or) (PL). Marca-se o ponto E na coincidência da iminência mentoniana com uma perpendicular à linha gonion-mentoniano (Go-Me). Ponto orbitale como marca Schwarz.Orbitale (Or) (PL). . Ponto médio entre o nasion e o ponto A. 322-31. 43:456-6. 30 (1):35-41.. P./dez. R. C. MOREL. J. 227 p.Referências Bibliográficas BESZKIN. Stuttgart. Mundi. & SASSOUNI. Universidade Federal de Santa Maria. Roentgen ray anthropology of the skull. J. YEN. Jan. 2v. KROGMAN. Angle Orthod. Brookfin. 3:230-B. Orthodontic diagnosis and planning. J. . Fac. SALZMANN. Paris. MARTIN. K. R. Atlas and Anleitung zur praktischen Fernrõntgenalyse. 174 p. 1960. PACINI. M. Am.1960. Ed. Cefalometria clínica. 1979. Rosario.. INTERLANDI. V. 1962. G. M. 1979. (Book rev. jul. P. Identification of landmarks in cephalometric radiographs. 418 . B.) Am. CASTELLINO. Odonto São Paulo. Linha I na análise morodiferencial para o diagnóstico ortodôntico. 1957. C. A. Jun. RICKETTS. 1957. 1966. J. E. SCHWARZ. 1922. Editado por Rocky Mountain. et alii. The research workshop on cephalometrics. PEREIRA. 1956. a practical evaluation of the telex-rayphoto (Studyhead-plate). Rontgenostatics. Fischer. Lehrbuch der Anthropologfe in Systemalischer Darstellung. Ed. M. S. W. J. M. 46 (11):834-47. La cefalometria en el diagnóstico ortodôntico. et alli. Santa Maria. RAKOSI. Orthod. 216 p. Orthod. Rev. & ALVIM. 9 (2):289-310. 1971. T. Bruder. 1982. A. A. Syllabus in roentgenographic cephalometry. et alii.26. Editado por Carl Hansel Munique. Nov. M. La Medica. Data Systems. L'anthropologie physique. A. 1960.. Leo L. 269 p. Radiol. Manual para estudos craniométricos e cranioscópicos. J. Buenos Aires. Presses Universitaires de France. Capítulo VI Linhas e Planos . plano oclusal. na radiografia transformam-se em linhas. e reduzidas a duas dimensões. por tradição mantém o nome de planos20. todas as estruturas anatômicas são projetadas em um só plano. plano palatino. Como para a constituição de um plano são necessários pontos em três dimensões. trazidos da craniometria. plano mandibular e plano facial. Porém. todos os planos.Nas radiografias. É o caso do plano de Frankfurt. 20 . com anos de diferença. ponto S e nasion (N). pois quase todas as outras referências craniométricos sofrem modificações com o crescimento.Linha S-N Linha S-N. Nos estudos seriados. que projeta o nasion para frente. . pois seus pontos de referência estão no plano médio sagital. em que se tomam radiografias. Este não é um inconveniente exclusivo da linha S-N. de um mesmo paciente em crescimento. É fácil e precisamente identificável nas radiografias. a linha S-N sofre modificações devido ao crescimento da base anterior do crânio. Plano Horizontal de Frankfurt Plano Horizontal de Frankfurt. aceito universalmente como plano de orientação e observação do crânio Como ele se origina em pontos situados em estruturas anatômicas laterais. preferem-se as referências médias sagitais como a linha S-N. na radiografia. Nota: O plano de Frankfurt. . Ou simplesmente Plano de Frankfurt. por estar em pontos laterais. na radiografia. Tem como pontos de referência o Porion (Po) e Orbitale (Or). herdado da antropologia. Ricketts defende a preferência ao Plano. Sentindo-se as dificuldades de sua exata localização. é o mais importante plano para o estudo craniométricos ou cefalométrico. foi de imediato empregado na cefalometria radiográfica. de Frankfurt por ser visualizado externamente. tem o inconveniente de ser menos preciso a mais vulnerável às distorções e assimetria facial. Plano Palatino ou Plano Biespinhal Plano Palatino ou Biespinhal. É o plano que vai da espinha nasal posterior21 (Spnp) até a espinha nasal anterior (Spna). Constitui a "base" da maxila e é a imagem do assoalho das fossas nasais. A Spnp não é visualizada, com clareza, na telerradiografia. Marca-se a projeção vertical do meio da fissura ptérigo maxilar. 21 Plano Oclusal Plano Oclusal. Plano que passa entre as arcadas dentárias em oclusão. Para Steiner e o workshop de Salzmann, o plano oclusal deverá cortar o entrecruzamento dos 1º molares e dos incisivos em oclusão. O plano oclusal, para alguns autores, deve cortar o entrecruzamento dos 1º molares, em oclusão e tocar a borda incisal do incisivo inferior. Segundo Interlandi (padrão USP) o plano oclusal tem com referências a borda incisal do incisivo inferior e o ponto médio, tangente a face oclusal, na direção póstero-anterior do último molar inferior em oclusão. Plano Mandibular e Linha Go-Gn Plano mandibular. Plano tangente à borda inferior do corpo da mandíbula. Usado por Wylie. Linha Go-Gn. Linha usada em cefalometria radiográfica por Steiner, em substituição ao Plano Mandibular. Este último, dada a variabilidade de forma da porção inferior mandíbula, algumas vezes é difícil de determinar. A linha Go-Gn é aproximadamente paralela com o plano mandibular. Plano Mandibular e Linha Go-Me Linha Go-Gn (A) a Plano Mandibular (B). Linha Go-Me. Linha que passa pelos pontos gonion a mentoniano. É uma terceira maneira de se representar o Plano Mandibular, usada por Interlandi e apresentada no workshop de Salzmann. Plano Facial Plano facial de Downs. Plano que passa pelo nasion a pelo pogonion. Eixo "Y" Eixo "Y" de crescimento. Linha que passa por S e Gn. SALZMANN. . Angle Orthod. 1952. Nov. Artes Médicas Ed.. The research workshop on cephalometrics. N. Analysis of the dentofacial profile. Philadelphia. -. R. 1977. Jul. Angle Orthod. ad. 1960. São Paulo. J. A. B. A.. 195 p. 1961. Oct. Orthod. 22(3): 142-5. J. 16(11):834-47. Ortodontia Bases para Iniciação. 1956. Am. Roentgenographic cetalometrics. Proceedings of the Second Research Workshop. S. RIEDEL. Lippincott. 364 p. Universidade de São Paulo. Relation of maxillary structures to cranium in malocclusion and in normal occlusion. coord. INTERLANDI.Referências Bibliográficas DOWNS. 26(4):191212. Capítulo VII Cefalograma de Wylie . • Parte mais posterior do côndilo à parte mais anterior do mento. Fpm a Spna. • • • Fossa glenóide (FG) à sela túrcica (ST). avalia o equilíbrio entre segmentos da face. Sela túncica (ST) à fissura ptérigomaxial (Fpm). ou cefalograma de Wylie. A análise é feita. Análise Póstero-Anterior de Wylie Os segmentos são medidos.A análise cefalométrica de Wylie. dibular. Plano de Frankfurt Plano Mandibular Segmentos medidos entre pontos per. Fissura pterigomanilar (Fpm) ao 1° molar superior (6).Segmento medido entre pontos perpenpendicularmente projetados ao plano de dicularmente projetados ao plano manFrankfurt. • . no sentido póstero-anterior e no sentido vertical. Comprimento do maxilar superior. separadamente. Analisa proporções. no plano de Frankfurt e no plano mandibular. eliminando o erro da simples avaliação de grandezas isoladas. A análise no sentido vertical foi desenvolvida por Wylie e Johnson. separadamente. A maioria das grandezas da análise cefalométrica de Wylle. . é medida e avaliada neste plano.Análise póstero-anterior Plano de Frankfurt (Po-Or). transportadas por perpendiculares ao Plano de Frankfurt. A parte mais posterior da fossa glenóide e o centro da sela túrcica são transportados ao plano de Frankfurt. sendo um fator de retrusão mandibular. indica que a FG está para frente. . Este segmento relaciona a fossa glemóide com a base do crânio. formando um segmento representativo dos pontos FG e ST. por perpendiculares a ele. quando este segmento está diminuído. e é um fator de prognatismo mandibular. Quando está aumentado indica que a FG está para trás.Fossa glenóide (FG) à sela túrcica (ST). Ao contrário. que pode ser compensado por outros fatores ou não ser compensado e aparecer a anomalia. Ao contrario.Sela túrcica (ST) à fissura pterigomaxilar (Fpm). é fator de retrognatismo da maxila. por perpendiculares a ele. Quando está aumentado é um fator indicativo de prognatismo da maxila. . formando um segmento representativo dos pontos ST a Fpm. quando este segmento está diminuído. Este segmento relaciona a maxila com a base do crânio. Os centros da sela túrcica a da fissura plerigomaxilar são transportados ao plano de Frankfurt. Na realidade o tamanho da maxila é de Spnp . 22 . por perpendiculares a ele. formando um segmento representativo dos pontos Fpm a Spna. O centro da fissura pterigomaxilar e a parte mais anterior da espinha nasal anterior são transportados ao plano de Frankfurt. quando diminuído representará macrognatia da maxila. Quando está aumentado representará macrognatia da maxila.Fissura pterigomaxilar (Fpm)22 à espinha nasal anterior (Spna). O centro da Fpm é representativa da Spnp que não é bem visualizada nas telerradiografias. Este segmento representa o tamanho da maxila.Spna. Os centros da fissura pterigomaxilar e do 6 são transportados ao plano de Frankfurt em perpendiculares a ele formando um segmento representativo dos pontos Fpm e 6. que é puramente dentário Todos os outros valores da análise de Wylie representam grandezas esqueléticas. Este segmento indica a posição do 6 em relação à maxila.Fissura pterigomaxilar (Fpm) ao centro do 1º molar superior (6). Preferimos não considerar este fator. . A parte mais posterior da fossa glenóide e a parte mais anterior do mento. são transportadas ao plano mandibular. Este segmento indica o tamanho da mandíbula Quando está aumentado representará macrognatia mandibular. quando diminuído representará micrognatia mandibular. . por perpendiculares. formando um segmento representativo dos pomos FG e Pg.Fossa glenóide (FG) ao pogônio (Pg). para o sexo masculino e feminino. .Cefalograma de Wylie Análise póstero-anterior Valores “normais”. há discrepância com os valores “normais”. que alguns fatores de prognatismo são compensados por fatores de retrognatismo.Isoladamente os valores numéricos da análise de Wylie têm pouco significado. Outras vezes. somam-se pequenos fatores negativos e determinam mau padrão esquelético. e resultando em bom padrão esquelético. . A importância está em avaliar a proporção entre os segmentos. não raramente. compensandose. também. Observa-se. a compensação entre os segmentos leva a um bom padrão esquelético. resultando em bom padrão esquelético. Ocorrem. mutuamente. Observando os valores destes segmentos isoladamente. casos em que todos os fatores estão aumentados ou diminuídos nas mesmas proporções. No entanto. e) Quando o segmento medido no plano mandibular for menor que o padrão correspondente ao caso.Valores que representam prognatismo mandibular. E . d) Quanto o segmento medido no plano mandibular for maior que o padrão correspondente ao caso. raciocina-se com o valor que cada segmento tem como fator de prognatismo ou retrognatismo mandibular. Mandíbula E Prog. registram-se as diferenças na coluna D.Padrão para o sexo feminino.Protocolo de Wylie . c) Quando os segmentos medidos no plano de Frankfurt forem maiores que o padrão correspondente ao caso.Valores que representam retrognatismo mandibular. registra-se a diferença na coluna E.Análise Póstero-Anterior A Masc. Referências Fossa glenóide à ST ST à fissura pterigomaxilar Comprimento maxilar superior (Fpm-Spna) Fissura pterigomaxilar a 6 Comprimento mandibular (FG-Pg) Total Diferença A . um segmento que indique prognatismo da maxila (exemplo: tamanho da maxila maior que 52) deverá ser registrado como retrognatismo mandibular. na coluna C.Valores medidos no cefalograma. D . Para fins de registro. os resultados encontrados no paciente. registram-se as diferenças na coluna E. B . .Padrão para o sexo masculino. D Retr. Um segmento que indique retrognatismo da maxila (exemplo: ST-Fpm menor que 18 no masculino e menor que 17 no feminino) deverá ser registrado como prognatismo mandibular. C . b) Quando os segmentos medidos no plano de Frankfurt forem menores que o padrão correspondente ao caso. 18 18 52 15 103 B Fem. registra-se na coluna D. 17 17 52 16 101 C Pac. Procedimentos para Registro e Avaliação do Protocolo • • • • • a) Registram-se. O quadro acima tem a finalidade de facilitar o estudo das proporções e compensações dos segmentos. Assim. há prognatismo mandibular. Comprimento da mandíbula diminuído é fator de retrognatismo mandibular ( 6 ). Fpm-6 aumentado é fator de retrognatismo mandibular (1). 18 18 52 15 103 Fem. 1 1 14 • • • • • • FG-ST diminuído é um fator de prognatismo mandibular (1). ST-Fpm aumentado é fator de retrognatismo mandibular (2). Se a coluna E apresentar um valor maior que a coluna D. 17 20 58 16 97 Retr.Interpretação Se as somas das colunas D e E forem iguais. Referências Fossa glenóide à ST ST à fissura pterigomaxilar Comprimento maxilar superior (Fpm-Spna) Fissura pterigomaxilar a 6 Comprimento mandibular (FG-Pg) Total Diferença Masc. Somando as duas colunas e estabelecendo a sua diferença. 17 17 52 16 101 Pac. . há retrognatismo mandibular. 2 6 1 6 15 Mandíbula Prog. encontra-se o valor 14 na coluna retrognatismo: altamente significativo como retrognatismo mandibular. há equilíbrio entre os segmentos e o resultado é harmonioso. Se a coluna D apresentar valor maior que a coluna E. Comprimento do maxilar superior aumentado é fator de retrognatismo mandibular (6). no conjunto. 20 19 49 16 104 Retr. quando avaliados isoladamente.Casos Clínicos Referências Fossa glenóide à ST ST à fissura pterigomaxilar Comprimento maxilar superior (Fpm-Spna) Fissura pterigomaxilar a 6 Comprimento mandibular (FG-Pg) Total Diferença Masc. No entanto. 17 17 52 16 101 Pac. . compensam-se e apresentam resultado harmonioso. 3 1 4 0 Análise póstero_anterior em que os segmentos estão afastados do padrão "normal". 18 18 52 15 103 Fem. 2 1 1 4 Mandíbula Prog. 17 17 52 16 101 Pac. com micrognatia mandibular Referências Fossa glenóide à ST ST à fissura pterigomaxilar Comprimento maxilar superior (Fpm-Spna) Fissura pterigomaxilar a 6 Comprimento mandibular (FG-Pg) Total Diferença Masc. Prognatia e macrognatia da maxila. 17 20 56 15 97 Retr. esquelética. 2 4 0 6 12 Mandíbula Prog.Classe II. 18 18 52 15 103 Fem. 1 0 1 1 11 . Escore total da displasia póstero-anterior = 0. também. variações na análise póstero-anterior. O mesmo caso. Para manter o perfil harmônico é necessário um comprimento mandibular maior. Há. portanto. arbitrariamente redesenhado. Acrescentou-se uma displasia vertical (ângulo plano de Frankfurt com plano mandibular = 40°). quando ocorrem displasias verticais. Ausência de displasia vertical. . Este é um padrão facial "normal" para feminino.Análise Vertical O próprio Wylie compreendeu que sua análise era somente pósteroanterior. Para uma avaliação integral era necessário. Plano de Frankfurt com plano mandibular = 25°. considerar as displasias verticais. 1 . proporção entre os segmentos superior a inferior da face. Quando alterada. Para localizar onde está a causa da displasia vertical é necessário observar: 1 2 3 4 5 6 7 ângulo do plano de Frankfurt com o plano mandibular. altura do ramo da mandíbula. comprimento do corpo da mandíbula. porém. altura total da face. estabeleceram proporções para uma análise vertical. sem especificar onde está localizada. .Ângulo do plano de Frankfurt com o plano mandibular Wylie a Johnson. Consideram que o primeiro fator a observar é a inclinação do plano mandibular. estudando 171 casos. relação da cavidade glenóide com o plano de Frankfurt. ângulo goníaco. é indicativa de displasia vertical. projetada perpendicularmente a N-Me. 4 .Altura total da face = distância nasion-mentoniano (NMe). arbitrariamente. Altura facial inferior = 55% da altura total da face. 3 .2 . . de positiva quando o côndilo esta acima do plano de Frankfurt e negativa quando o côndilo esta abaixo. Presume-se que a parte mais alta do côndilo mandibular seja a cavidade glenóide e mede-se a distância entre este ponto e o plano de Frankfurt. A espinha nasal anterior (Spna).Relação da cavidade glenóide com o plano de Frankfurt.Proporções ideais altura facial superior = 45% da altura total da face. Esta distância é chamada. divide a face em dois segmentos superior e inferior. Distância entre o gônion e a parte mais alta do côndilo mandibular.Ângulo goníaco ou ângulo da mandíbula .Altura do ramo da mandíbula .Formado pelas linhas gônionmentoniano e gônion-parte mais alta do côndilo da mandíbula.6 . . 7 . A altura facial está aumentada no segmento ântero-inferior maior que 55%. 18 18 52 15 103 Retr. posicionado-a para trás. em relação à maxila. 0 0 0 A análise posterior-anterior apresenta absoluta harmonia entre os diferentes segmentos. há desarmonia esquelética por displasia vertical. devido a rotação da mandíbula. Mandíbula Prog. 17 17 52 16 101 Pac. . No entanto.Referências Fossa glenóide à ST ST à fissura pterigomaxilar Comprimento maxilar superior (Fpm-Spna) Fissura pterigomaxilar a 6 Comprimento mandibular (FG-Pg) Total Diferença Masc. 18 18 52 15 103 Fem. 38º 113.4 Fpm-Spna M F 46.9 87.0 12.5 97.9 12.35º Pobre 129.50º -0.5 14.6 106.3 ST-Fpm M F 18.04º 49.65 ± 0.43 ± 0.13 ± 0.66º 52.7 12. Os valores são em milímetros.Variações das Medidas Padrões Valores em diferentes padrões esqueléticos Valores encontrados por Wylie e Johnson.5 Comprimento mandíbula M F 87.46º 54.3 13.1 12. classificados com padrão esquelético bom.9 18.5 17.3 17.1 46.92 ± 0.5 104.6 13. em 171 casos estudados.8 91.4 89.81 ± 0.8 12.49 ± 0.5 18.1 89.67º 50.94 ± 1.3 51.02 ± 0. Tabela de Highley Análise Póstero-Anterior FG-ST M F 12.1 17.5 83.4 47.1 108.2 18. moderadamente bom e pobre.56º -0.8 93.1 13.46º Valores em diferentes idades Considerando que os valores de Wylie são para uma idade media de 11 anos e meio.36º 113.3 5 6 7 8 anos anos anos anos .3 17. Idade media: 11 anos e meio.9 104.81 ± 0.1 48. Ângulo goníaco Borda inferior da mandíbula Altura do ramo Côndilo-Frankfurt Altura total da face Altura facial superior Bom 122.75 ± 0.68º 48.4 45.8 Fpm-1º molar M F 15.5 15.9 5 6 7 8 anos anos anos anos Análise Vertical Altura total da face M F 100. exceto para o ângulo goníaco. Highley estabeleceu médias para idades inferiores.30 ± 0.80 ± 0.2 47.59º +0.1 84.33 ± 0.3 48.54 ± 0.7 11.1 104.8 13.79º 64.71º 67.26 ± 0.55º 52.4 101.51º 115.0 10.38º Moderadamente bom 125.02 ± 0.24 ± 0.60º 65.30 ± 0.3 13. E L.17(3/4) 97109.. 1947. dental height and overbite. 34:812-40. . Am J. 1959. -. 45(9)641-54. W B. E. -./Oct. Jul. 32(2)-57-67. W L. Variation in facial relationship: their significance in treatment and prognosis. 1948. L.1952. Oct. JOHNSON. Am. Jul. AngleOrthod. 1946. J. The frankfurt-mandibular plane angle and the facial pattern. Feb..22(3):165-82. L. Orthod. Am. Relationship between ramus height. J. WYLIE W. 36516-33. Am J.Philosophy of orthodontic diagnosis. -. 1950. The assessment of anteropostenordysdasia.. Jul. J Orthod. 31(7):34160. Cephalometric roentgenography and the dentist. 1945. Orthod Oral Surg. Sept. Orthod Oral Surg . Am. Rapid evaluation of facial dysplasia in the vertical plane Angle Orthod. WYLIE.Referências Bibliográficas DOWNS. Orthod. & JOHNSON.Ju1. Capítulo VIII Cefalograma de Steiner . por ser de conhecimento universal. de uso universal. Rapidamente é difundido. apresenta ao mundo ortodôntico o seu cefalograma. deslocando-se pouco nos movimentos da cabeça. 2 .os pontos S e N estando no plano sagital são mais precisos a facilmente identificáveis. na comunicação entre os profissionais. é substituído por Go-Gn. . sendo. Além de sua simplicidade e objetividade. Ele aproveitou os ângulos SNA e SNB de Riedel. 3 . os ângulos interincisivos e SN-plano oclusal de Downs e idéias de outros autores. atualmente estas duas medidas estão tradicionalmente incorporadas. em 1953. como Wylie. em seu célebre trabalho "Cephalometrics For You and Me". tem maior abertura no campo dos estudos comparativos. No entanto.o plano mandibular. até hoje. Thompson e Margolis. por ser difícil de ser traçado em muitos casos. decidindo medir o longo eixo do 1 com NA e o eixo do 1 com NB. Fundamentou o seu cefalograma em: 1 . o cefalograma de Steiner. no ensino e na pesquisa.as grandezas devem ser medidas próximas às zonas de interesse.Steiner. O eixo Y de Downs e a linha H de Holdaway não foram originalmente empregados por Steiner em seu cefalograma. e por estarem localizados no plano sagital médio não apresentam variações em pequenas alterações na posição da cabeça. no perfil radiográfico.nasion (N). Steiner escolheu a linha S-N como referência de sua analise.Linha S-N Linha sela túrcica (S) . Considera que os pontos S e N são facilmente identificáveis. . indica a posição da maxila. . O valor menor que 82° sugere que a maxila está para trás. no sentido póstero-anterior. O valor aumentado além de 82° sugere que a maxila está para frente. mais importante que o valor isolado desta medida é a sua comparação com SNB. Porém.Ângulo SNA = 82° Ângulo SNA: sela túrcica (S)-nasion (N)-ponto A. em relação à base anterior do crânio. preconizado por Riedel e aproveitado por Steiner. O ângulo SNA. Este significado estético depende do grupo ao qual o indivíduo pertence. próximas aos 2°. Abaixo de 0° (ANB negativo). O valor ideal de 2" não é uma composição estética. são perfeitamente compensadas por diferentes posições dos incisivos. nãotém significado fisiológico. um pouco para a irente. ha um padrão esquelético de classe I Quando situa-se acima de 4.5°. . Os incisivos superiores devem oduir cobrindo os inferiores. Porém. Toda a mecânica fisiológica está dirigida para que os incisivos funcionem desta maneira. as variações de SNA a SNB. variações maiores determinam posiçóes impróprias a não salutares para os incisivos. Variações. apenas significado estético. cu um pouco para tras. o padrão esquelético é de classe III Quando ANB se mantém ac redor de 2°. O ângulo ANB indica a relação maxila-mandíbula no sentido ântero-posterior. É uma imposição fisiológica. Segundo Tweed. o padrão esquelético é de classe II.Ângulo SNB = 80° Ângulo ANB: ponto A-nasion (N)-ponto B.5°. em canjunto. quando ANB está entre 0° a 4. o padrão esquelético é de classe II. O ângulo ANB indica a relação maxila-mandíbula no sentido posterior-anterior. variações maiores determinam posições impróprias e não salutares para os incisivos. próximas aos 2°. Os incisivos superiores devem ocluir cobrindo os inferiores. são perfeitamente compensadas por diferentes posições dos incisivos.Ângulo ANB = 2° Ângulo ANB: ponto A-nasion (N) ponto B. quando ANB está entre 0° a 4. ou um pouco para trás. Variações. não têm significado fisiológico. as variações de SNA e SNB. Quando situa-se acima de 4. Este significado estético pode depender do grupo racial ao qual o individuo pertence. em conjunto.5°.5°. um pouco para a frente. há um padrão esquelético de Classe I. Porém. apenas significado estético. . Abaixo de 0° (ANB negativo). o padrão esquelético é de classe III. O valor ideal de 2º não é uma imposição estética. Segundo Tweed. Toda a mecânica fisiológica está dirigida para que os incisivos funcionem desta maneira. Quando ANB se mantém ao redor de 2°. É uma imposição fisiológica. Valor médio 22°.NA = 22º Longo eixo do incisivo superior com N-A (1. Steiner prefere medir o longo eixo dos incisivos. Mede o longo eixo do incisivo superior com NA. Seguindo um dos seus princípios básicos. próximo à zona de interesse. superior e inferior. .NA) (ângulo).Longo Eixo 1. NB = 25° Longo eixo do incisivo inferior com N-B (1.NB) (ângulo). Valor médio 25º.Longo Eixo 1. Mede-se o ângulo formado entre o longo eixo do incisivo inferior com a linha NB. . E é menor do que 130º nos grupos raciais negro e amarelo.Longos Eixos de 1.1 = 130° Ângulo interincisivo. Em seu trabalho original. De qualquer maneira as posições individuais devem ser analisadas. dá-lhe o valor de 131°. como normal. Desvios do valor considerado como normal sugerem discrepâncias que podem estar nos incisivos superiores. Este ângulo apresenta variações para os diferentes grupos raciais. Steimer atribui para este ângulo o valor de 130°. No entanto. Ângulo formado pela intercessão dos longos eixos dos incisivos superiores com os inferiores. mostrando biprotrusão dentária. O ângulo de 131º é encontrado nos caucasianos. em 1960. . posteriormente. nos inferiores ou em ambos. Distância da parte mais anterior dos incisivos inferiores até a linha NB.NB em mm Desejável = 4 mm para ambos Distância 1-NA (mm).Distância de 1. . Distância 1-NB (mm).NA em mm Distância de 1. Distância da parte mais anterior dos incisivos superiores até a linha NA. NA = 22° Longo eixo 1 . 1 = 130° .NA = 4 mm Distância 1 . NB = 25° Distância 1 .Detalhe Ampliado Onde se observa: Longo eixo 1 .NB = 4 mm Ângulo interincisivo 1 . inicialmente media o longo eixo do incisivo inferior com o plano mandibular. porém. tradicionalmente está incorporado à sua análise.SN (103°). O mesmo ocorre com o 1. Porém. Porém. preconiza a medida do longo eixo dos incisivos inferiores com com a linhas NB.GoGn).Longos Eixos 1 Go-Gn = 93° 1. Longo eixo do 1 com a linha SN (1. ao qual atribui o valor de 93°.SN). seguindo outros autores. . que não é indicado por Steiner. Steiner. continua recomendando a medição do 1 com o plano Go-Gn.SN = 103° Longo eixo do 1 com a linha Go-Gn (1. ao divulgar o seu cefalograma. Menor distância entre a face mesial do 1° molar superior e a linha NA. devem ser tomados os molares esquerdos. São registradas apenas como documentação para avaliações seriadas. toma-se o direito.NB = 23 mm Distância 6-NA. Estas grandezas não têm valor como elemento de diagnóstico. . Como regra. Distância 6-NB. Menor distância entre a face mesial do 1° molar inferior e a linha NB.NA = 27 mm Distância 6 . registrando o fato.Distância 6 . porém. em caso de perda destes dentes. Detalhe Ampliado Distância 6 .NB = 23 mm .NA = 27 mm Distância 6 . Não há um valor standard para esta medida. Depois dos 11 anos. Holdaway recomendou que seria o ideal quando a distância pogônio NB fosse igual a 1-NB.Pogônio . A existência de Pg com 3 a 5 mm é altamente favorável à estética. se espera um aumento. de 2 mm. mede-se a distância do pogônio a NB (Pg-NB).NB. aproximadamente. Paralelamente ao plano de Frankfurt. . em media. segundo os conceitos de beleza dos grupos sociais em que vivemos. que aumenta significativamente com o crescimento até os 15 anos.NB = mm Distância pogônio (Pg) . Detalhe Ampliado Pogônio-NB = mm Pogônio-NB = 1-NB (mm) Holdaway preconiza que a distância Pg – NB deve ser igual a distância da parte mais anterior do incisivo inferior a NB (Pg-NB = 1-NB). . Steiner. Plano oclusal. Para ser apreciada a posição da linha de oclusão (plano oclusal) como restante da face e do crânio. seguindo o princípio de Downs.Ângulo S-N .5°.5° Ângulo S-N . cujo valor médio ele atribui 14. Plano oclusal. recomenda a medida do ângulo formado pela linha SN . . Plano Oclusal = 14. de i que melhor representa a parte inferior do corpo da mandíbula. Steiner considera que muitas vezes é difícil determinar o plano mandibular (*).Ângulo S-N . O prognóstico é desfavorável quando há displasia vertical por rotação mandibular. Eles oferecem algumas medidas para observar as displasias verticais anteriores. Go-Gn = 32º Ângulo S-N . Go-Gn (32°) indicam rotação da mandíbula. posição da cavidade glenóide. devido a curvaturas da borda inferior da mandíbula. altura do ramo da mandíbula. As variações do valor médio do ângulo SN . que não se encontram na análise de Steiner. suas displasias esqueléticas verticais. Prefere adotar a linha Co-Gn. Steiner reconhece a importância dos estudos de Wylie e Jonhson. ou seja. principalmente quando a DV esta aumentada. As rotações da mandíbula. As variações de S-N . dimensão vertical (DV) do terço ântero-inferior da face. Go-Gn. podem ocorrer por diversos fatores: 1 2 3 4 variações no ângulo goníaco propriamente dito. acompanhada de alterações na dimensão vertical. . Go-Gn evidenciam rotação mandibular sem caracterizar a sua localização. mais alta ou mais baixa. por perpendiculares. Steiner transporta para a linha S-N. a não têm valor como medidas absolutas. (E-S = 22mm e S-L = 51mm). medindo-os com o ponto S . Distância S-L. . Ambas as medidas são extremamente variáveis de um paciente para outro.Distância E-S Distância S-L Distância E-S . São de valor para estudos comparativos em radiografias seriadas. a parte mais posterior do côndilo mandibular (ponto E) e a parte mais anterior da mandíbula (ponto L). o valor médio de 66°. tradicionalmente. Os autores que usam o cefalograma de Steiner preferem medi-lo no plano SN. No entanto. demonstrando a tendência de crescimento facial. Estes valores são variáveis. O eixo Y é de Downs.Medidas Adicionais Ao cefalograma de Steiner já vêm sendo. . O eixo “Y” não é preconizado. neste caso. Eixo "Y" Com Plano de Frankfurt = 59° Com SN = 66° Eixo “Y” de crescimento: ponto S-Gn. onde se avaliam suas alterações. foi incorporado universalmente a esta análise. adicionadas duas medidas que ele não preconizou inicialmente: o eixo "Y" de Downs e a linha "H" de Holdaway. o predomínio do crescimento horizontal sobre o vertical. por Steiner. tendo. originalmente. O aumento do valor deste ângulo indicará o predomínio do crescimento vertical sobre o horizontal. a sua diminuição. que o media com Frankfurt. a maior importância do eixo Y é a sua observação em análises sucessivas. tendo como valor médio 59°. Linha "H".NB A linha “H” de Holdaway relaciona, pela primeira vez, o perfil mole com estruturas esqueléticas e representa um importante conceito estético do perfil. Foi incorporada a análise de Steiner, como um suplemento altamente significativo, até que este apresentou a linha "S", que está descrita na pagina seguinte. Linha "H”. Toca a parte mais anterior do mento e a parte mais anterior do lábio superior. Considera-se um perfil esteticamente favorável quando esta linha deixa o lábio inferior ligeìramente para trás e passa pelo "S" do nariz, cortando-o ao meio. Mede-se ainda o ângulo formado pela linha "H" com NB. Para Steiner o valor deste ângulo deve ser 9°, para Holdaway 8° e para Tweed 7°. Isto vem demonstrar que o conceito da beleza de Tweed é mais retrusivo que o de Steiner. Deve ser considerado que estes valores são para ANB de 1° e 3°. Se ANB for maior o valor do ângulo H.NB deve variar na mesma proporção. Linha "S" Linha "S". Para relacionar o perfil tegumentar com a linha NB, Steiner inicialmente usou a linha "H" de Holdaway, que relatamos na pagina anterior. Porém, posteriormente, ao seu cefalograma original, acrescentou a Linha “S" que vai do Pogônio mole até a metade da base do nariz. Quando os lábios estão ligeiramente para trás desta linha disse que o perfil é normal. Quando estão muito para trás o perfil e retrusivo e se os lábios estão para frente desta linha o perfil e biprotrusivo. Há variações raciais significativas. Além das medidas adicionais relatadas, (Eixo Y de crescimento, Linha “H” e Linha “S”), diferentes autores e profissionais gostam de adicional outras medidas, segundo seus critérios, como os ângulos “J” e “H” de Schwarz, que indicam as rotações da maxila e a altura da cavidade glenóide. Também é usada por muitos profissionais e autores o ângulo goníaco, medido na relação corpo e ramo da mandíbula. Ângulo "J" = 9° Ângulo "J". Medido entre as linhas S-N e o plano biespinhal (Spna-Spnp). Para Schwarz o seu valor normal é 5° e para Steiner o valor deve ser em redor de 9°. Esta diferença entre os dois autores não é tão grande como parece, considerando que Schwarz marca o ponto S mais alto na Sela Turcica do que Steiner, a diferença fica bem menor. Ângulo "H" = 4° O ângulo "H", de Schwarz, formado pelas linhas SN e o plano de Frankfurt,deve ter, segundo ele, o valor de zero. Isto é, as duas linhas devem ser paralelas. \o entanto, deve-se considerar que Schwarz marca o ponto S na pade superior da sela túocica Também ele náo usa c plano de Frankfurt propriamente. Toma como Po o ponto mais alto do cõndllo da mandibula a comoorbitale um ponto médio entre o nasion e o ponto A. Mantendo as devidas proporções, medindo Frankfurt e SN como costumamos traçar, o normal será ao redor de 4°. Ângulo Goníaco Ângulo goníaco ou ângulo da mandíbula. Formado pelas tangentes as bordas posterior do ramo e inferior do corpo da mandíbula. Convém registrar que Wylie mede o ângulo goníaco de Go - Gn, ao invés da borda inferior da mandíbula que tem diversas formas, dificultando um padrão. Cefalograma de Steiner. Eixo “Y” de crescimento e Linha “H”. acrescido das duas medidas adicionais tradicionalmente incorporadas desde o início. . muitos estudos têm-se realizado. Variações das Medidas Padrões Medidas padrões.Protocolo de Steiner SNA SNB Diferença (ANB) 1-NA 1. podem variar por circunstâncias diversas. referem-se.Go-Gn Plano oclusal. ocorrendo variações significativas para mais ou para menos de 2° os incisivos terão de ocupar posições inadequadas em suas bases ósseas e isto será patológico. 47 masculinos e 36 femininos.258 indivíduos.SN 1. McNAMARA a HUNTER analisaram 83 indivíduos. RIOLO. algumas vezes compensando-se uns por outros e resultando em bom padrão esquelético. dos 3 aos 20 anos de idade. ao grupo racial estudado em determinada idade em ambos os sexos.5º 32º 22 mm 51 mm 66º Estes valores. MOYERS. da amostra do Burlington Growth Centre.NB 1. POPOVICH. Os ângulos SNA e SNB podem sofrer variações em função dos conceitos estéticos e raciais.NB não tem valor padrão. Já o ângulo ANB ao redor.1 Pg-NB 82º 80º 2º 4 mm 22º 4 mm 25º 130º mm 6-NA 6-NB 1. Esta amostra é de 1. selecionados entre escolares que concorreram à Universidade de Michigan. sem tratamento ortodôntico.Go-Gn E-S S-L Eixo Y. sendo 312 analisados anualmente. com oclusão normal. Procurando estabelecer padrões para diferentes idades e sexos. no período compreendido entre seus seis a dezesseis anos de idade. considerados como "normais" por Steiner. depois da puberdade ele cresce ainda alguns milímetros. e 295 dos . Pg . oferecidas pelas análises cefalométricas. MORAES. PEREIRA selecionaram 52 indivíduos. da Universidade de Toronto. 30 masculinos a 22 femininos. PEREIRA. geralmente. de 2° é uma imposição morfológica que possibilita a boa relação dos incisivos superiores.NA 1-NB 1. cobrindo os inferiores. sem tratamento ortodôntico.SN SN. Destacamos dois estudos longitudinais. nos quais são acompanhados os mesmos indivíduos através dos anos. em dois grupos de 607 indivíduos.SN 27 mm 23 mm 103º 93º 14. . Canadá. O estudo abrangeu. utilizou-se. Para exemplificar. apenas o ângulo ANB. da cidade de Burlington. praticamente. No gráfico abaixo observa-se que o valor de ANB diminui quando aumenta a idade. nas faixas etárias correspondentes. toda a população da época. de ambos estudos.6 aos 20. 7 2.1 2.7 3.0 4.7 1.com.2 2.5 No estudo do Burlington encontrou-se que a diminuição do ângulo ANB não foi somente por maior crescimento anterior da mandíbula.4 3.9 2.8 3.5 3.3 3.0 4.5 1.6 2.2 2.4 2.6 1.9 2.1 2.2 Desvio padrão 2. como também por maior crescimento anterior de Nasion em relação ao ponto A.2 1.8 5.9 2.4 2.3 Idade 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Número 25 31 36 31 35 30 27 29 25 19 9 Média mulher 4.0 1.0 3.8 Desvio padrão 1.html .Michigan Idade 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Número 37 44 44 46 45 43 44 43 40 33 23 Média homem 5.0 3.9 Idade 3 6 9 12 20 Número 12 22 22 22 22 Média mulher 5.8 4.4 2.7 1. Informações completas estão em: www.7 3.7 2.7 2.cleber.7 2.6 4.5 5.1 1.0 2.br/burling2.3 5.0 4.7 4.0 2.7 1.4 2.3 Desvio padrão 1.7 5.3 4.9 1.6 Desvio padrão 2.7 2.1 3.9 3.5 2.3 3.9 2.4 Burlington Idade 3 6 9 12 20 Número 16 30 30 30 30 Média homem 5.3 2.2 2.2 4.0 1. Am. 1957. Gaúcha de Odont. H. H. Archive of the Data Burlington Growth Centre.Variations in facial relationship: their significance in treatment and prognosis. W. PEREIRA. Oral Surg. PEREIRA. Analysis of the dentofacial profile. et alii. The soft tisue covering of the skeletal face as related to orthodontic problem. 1986.Referências Bibliográficas CASTELLINO. Normal occlusion and no orthodontic treatment. Am. American Journal of Othodontics Saint Louis. Dissertação Curso de Pôs-Graduação em Ortodontia da Faculdade de Odontologia Objetivo. n. 238. C. Ed. B. Ass..html POPOVICH. e BELLO R. Rosario. R. mai.html PEREIRA. C. Dent.com. L. 1956. Oct. Mini-Floppy disk. v. www. Angle Orthod. D.. Rev..cleber. 1987. 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É necessário ter em conta várias imposições fisiológicas. no sentido póstero-anterior. chama-se discrepância cefalométrica (DC). A modificação nas posições dos incisivos centrais. A avaliação da discrepância cefalométrica é uma das importantes contribuições da cefalometria radiográfica. as quais se tem procurado transformar em fórmulas e sistemas. Estes intentos. A DC será negativa quando se tem de levar os incisivos para trás. que passaremos a descrever.Para o plano de tratamento ortodôntico. são valiosos guias que nos servem de orientação básica. e será positiva quando se tem de levar os incisivos para a frente. 2 . ou são mantidos na posição inicial.Considerações 1 . é uma posição de equilíbrio.Os incisivos inferiores podem ser levados para frente. na maloclusão.Regra geral.5 mm. Com base nela. pois se ele for protruído poderá ocorrer a recidiva ao ser retirada a contenção. É preferível deixar o incisivo inferior nesta posição. haverá apinhamento se a musculatura perioral for hipertônica. com giroversões. . 7 . Raramente devem ser levados para frente. como único meio para retruir estavelmente os incisivos. Nos incisivos inferiores. a ação do "arco contido" é a força mais importante que se antepõe contra a ação retrusiva da musculatura labial e a componente distal da força mastigatória. os incisivos inferiores são levados para trás. inclusive com diastemas.A posição em que os incisivos se encontram. Nestes casos. 5 . Assim. quando eles foram retruídos pela quebra do “arco contido”.Pequeno apinhamento da arcada dentária inferior. quando há quebra do "arco contido" pela perda precoce de algum dente da arcada dentária inferior.Deve-se ter cautela em modificar a posição retrusiva dos incisivo inferiores quando ela é determinada por hipertonia da musculatura do lábio inferior. a língua determinará protrusão dos incisivos.Os incisivos inferiores são os dentes guias para a determinação da Discrepância Cefalométrica (DC). a DC dos incisivos inferiores geralmente é negativa ou zero. Para modificá-la deveremos buscar uma outra posição que também seja de equilíbrio. 6 . 3 . a restauração do "arco contido" nos permite levar discretamente os incisivos interiores para a frente 1 a 1. alguns milímetros. Em primeiro lugar se determina a sua posição.A tonicidade muscular perioral e a língua são importantes fatores que determinam a posição dos incisivos. Os casos extremos de macroglossia requerem a redução cirúrgica da língua. também quebra o "arco contido". poderá ocorrer retrusão dos incisivos interiores. Haverá biprotrusão se a musculatura for hipotônica. Quando falta espaço para o posicionamento de todos os dentes na arcada dentária. se determina a posição dos incisivos superiores. Assim sendo. 4 . Se há possibilidades de restaurar o "arco contido" pode-se protruir ligeiramente os incisivos inferiores. .8 .A discrepância cefalométrica (DC) do incisivo inferior deverá ser multiplicada por dois para se ter a discrepância cefalométrica da arcada dentária inferior (Dca) (DC x 2 = DCa). 9 .A hipertonia da musculatura labial inferior é o fator mais limitante no plano de tratamento. Principais Forças que Atuam Sobre os Incisivos . Soma algébrica da discrepância do modelo mais a discrepância cefalométrica do arco. na dentição permanente e mista encontram-se em: www. em milímetros. alinhadamente. no total. Valor. no arco basal da mandíbula. A discrepâncìa é calculada na arcada dentária inferior. Quando falta ou sobra espaço para que os dentes sejam corretamente posicionados em suas bases ósseas há discrepância. em milímetros. de mesial a mesial dos 1° molares permanentes inferiores. DCa .br/revista/livro_cefalometria . É a DC multiplicada por dois. Distância existente. em milímetros. Soma dos diâmetros mésio-distais dos dentes. da mudança de posição. A discrepância é negativa quando os incisivos são levados para trás e positiva quando são levados para frente. que se planeja para os incisivos.acbo.Discrepância total. pois o que ocorre com os incisivos repercute nos dois segmentos laterais da arcada dentária. Isto é necessário. Espaço presente (EP). para que os dentes. de mesial a mesial dos 1° molares permanentes inferiores. Há ainda para considerar o espaço existente no osso basal e o espaço requerido para os dentes serem alinhados na arcada. Discrepância total é a soma da discrepância cefalometria com a discrepância do modelo. Discrepância cefalométrica (DC). DT . para que os dentes possam acomodar-se. Ao ser planejada a posição ideal dos incisivos. Isto é. Discrepância do modelo (DM). de mesial a mesial dos 1° molares. Espaço requerido (ER). chamado de discrepância do modelo. Diferença entre o espaço presente e o espaço requerido. no sentido póstero-anterior. na arcada e na posição ideal planejada para os incisivos. evidencia-se a discrepância cefalométrica.Cálculo da Discrepância Total É imposição fisiológica que os dentes devem estar inseridos em suas bases ósseas. sobre discrepância de modelo. possam alinhar-se dentro dos limites do arco basal. Mais informações. É o que falta ou que sobra.Discrepância cefalométrica do arco. no sentido posterioranterior. já referida. o que falta ou sobra.org. Discrepância Cefalométrica do Arco DT .ER = DM DC x 2 = DCa DM + DCa = DT .Discrepância Total Discrepância Total EP .Discrepância Cefalométrica DCa .Espaço Presente DM .Espaço Requerido EP .ER .Discrepância do Modelo DC . inicialmente relacioná-los com o plano mandibular.1 = 90° + ou . Quando o plano mandibular apresenta inclinações diferentes do "normal". em relação ao horizonte. procurou-se. o que é relativamente freqüente a fórmula de Margolis e o ângulo de 93º passam a ser insatisfatórios. como inclinação exagerada para baixo. Margolis apresentou a fórmula: Plano mandibular.5° A fórmula de Margolis. da mesma forma que o ângulo de 93° preconizado por Steirner são satisfatórios naqueles casos em que o plano mandibular tem inclinação “normal”.Fórmula de Margolis Na tentativa de encontrar uma fórmula para determinar a posição ideal dos incisivos inferiores. . o ângulo de 93° para o longo eixo do 1 com Go-Gn é plenamente satisfatório (1. os mesmos 93° de 1.Go-Gn são totalmente insatisfatórios.NB = 25º e 1-NB = 4mm).Go-Gn = 44°. .Com SN. como este. Nos casos de rotação da mandíbula.Go-Gn = 32°. estão protruídos (1. Os incisivos inferiores. neste caso. em que SN.NB = 37º e 1-NB=9mm). .Caso Clínico Rotação da mandíbula para baixo a para trás (SN.Go-Gn = 45°). ainda que ele esteja ligeiramente protruído. estaria no limite mínimo aceitável para não ser considerado uma retrusão dentária. a inclinação do incisivo inferior é plenamente satisfatória. de acordo com Steiner (1. Incisivos inferiores com Go-Gn = 85°. Para este caso.NB = 27° e 1-NB = 7mm). Segundo Margolis. Ainda que os 85° do 1.Go-Gn = 23º). . dando-lhe rotação da mandíbula (SN. houve uma total variação na posição do incisivo inferior. em relação ao restante da face. Enquanto no caso original havia uma leve protrusão do incisivo inferior.NB que era 27º. passou a ser 10º. aqui há uma acentuada retrusão. O ângulo 1.Go-Gn tenham se mantido iguais. O incisivo inferior que estava 7mm na frente de NB passou a ficar -3mm atrás dessa linha.Caso Clínico Modificado Caso clínico anterior (modificação esquemática) Modificou-se o desenho do caso clínico anterior. que hoje nos parece muito natural.Triângulo de Tweed Tweed. Classification. foi um grande avanço para a ortodontia. É a soma dos dois sinais. publicado em 1946.Plano Mandibular . cujos componentes são: Plano de Frankfurt . concebe a idéia de vincular o incisivo inferior com o plano de Frankfurt. . Treatment Planning and Prognosis”.4°) deverá ter FMIA = 66° Quando FMA é ≥ ou 30° deverá ter FMIA = 65° Quando FMA é ≥ ou 20° deverá ter IMPA não > 92° Esclarecimento: O sinal ≥ utilizado no trabalho original do Tweed significa igual ou maior. Denomina os ângulos com as siglas: FMA = Frankfurt Mandibular Plane Angle FMIA = Frankfurt Mandibular Incisor Angle IMPA = Incisor Mandibular Plane Angle Valores Preconizados por Tweed Quando FMA é = 25° (+ ou . Tweed idealizou o triângulo que tomou o seu nome.Longo Eixo de 1. Este acontecimento. em seu extraordinário trabalho “The Frankfurt-Mandibular Plane Angle in Orthodontic Diagnosis. pela operação que segue encontra-se o terceiro (IMPA). portanto. Já temos. dois dos três ângulos: FMA = 29° (que permanece constante) FMIA = 68° (dado pela fórmula) Sabendo que a soma dos três ângulos de qualquer triângulo.4° = FMIA 68° ≥ 30° = FMIA 65° ≤ 20° = IMPA não > 92º FMA = 29° entra no primeiro ítem da fórmula de Tweed. tendo dois deles.(29° + 68°) = 83° .Caso Clínico de Triângulo de Tweed FMA 25° + ou . que preconiza FMIA = 68°. 180° . é sempre 180°. no caso 83º. o triângulo com linhas cheiras é o original do paciente.83° = 21° Se o movimento do incisivo for para trás. Portanto. . neste caso. Na figura abaixo. como no caso. Tweed recomenda: IMPA = 83° Obtida a DC do incisivo inferior. representa a posição recomendada por Tweed. 104° . com FMA = 29 °. o posicionamento do incisivo superior se faz buscando uma oclusão satisfatória entre os incisivos. -21° é a DC do caso. subtrai-se este valor do IMPA original do paciente (no caso 104°) e se obtém a DC do incisivo inferior em graus. Quando se encontra o novo valor para IMPA. a DC será negativa. O triângulo com o longo eixo do incisivo em pontilhado.Assim. ao invés de usar a fórmula recomendada por Tweed. que se pretende levar.4 é a DC em milímetros Toda a movimentação do incisivo inferior repercute nas duas hemi arcadas.4mm -8. Dca = DC x 2 Dca = -8. Há variações significativas em diferentes alturas da borda incisal do incisivo inferior e o plano mandibular. Assim a DC do incisivo deve ser multiplicada por 2. Também. discretamente biprotrusivo.4 x 2 = -16. É recomendável desenhar o incisivo na nova posição. segundo o critério de estética nos estados do sul dos EUA. com os grãos que lhe corresponde.8 é a DC da arcada dentária inferior Críticas ao Triângulo de Tweed O método de Tweed resulta em posição retrusiva dos incisivos. DC = -21° + 2.Para transformar graus em milímetros usa-se a fórmula 5° = 1mm.5 = -8. e então ai medir a distância em milímetros. no nosso meio gostamos do perfil mais cheio. A formula de Tweed para transformar graus em milímetros sofreu muitas críticas. como pode-se observar no desenho acima.8 mm -16. . Dividindo o valor encontrado em graus por 2. para se ter a DC da arcada dentária.5 se tem o valor em milímetros. 4° = FMIA 68° ≥ 30° = FMIA 65° ≤ 20° = IMPA não > 92º FMA = 26° pede.8. pela proposta de Tweed.8mm .5° = -4.86º = 11º DC = -11º -11° .Caso Clínico 2 FMA 25° + ou .4mm DC = -4.3 x 2 = 8.(26° + 68°) = 86° 97º . FMIA = 68° Cálculo de IMPA: 180° .2.8mm DC da arcada inferior: .4mm Dca = 4. é válida quando o ANB é igual a 2°. Para Tweed isto seria uma acentuada biprotrusão que necessitaria retruir o incisivo inferior 4. o qual nos agrada muito. sem tomar em conta as variações do ângulo ANB.” publicado em 1960. levando em conta o valor do ângulo ANB. Steiner preconiza uma nova fórmula para o cálculo da discrepância cefalométrica dos incisivos.Este caso apresenta uma leve biprotrusão dentária. com perfil discretamente biprotrusão. Steiner esclarece que aquela relação. Determina a posição ideal para o incisivo superior e para o incisivo inferior. angular e linear. “The use of cephalometrics as an aid to planning and assessing orthodontic treatment. que ele estabelece para os incisivos em seu cefalograma. ele recomenda valores também diferentes para as posições dos incisivos. Quando o paciente apresenta valores diferentes de 2°. .4 mm. Recolocação de Incisivos de Steiner Compromisso aceitável de Steiner Em seu terceiro importante trabalho sobre cefalometria. Baseia-se em que não se pode determinar uma posição ideal para os incisivos inferiores e pretender levar os incisivos superiores ao seu encontro. 1-NA (mm). a qual os incisivos devem estar posicionados no final do tratamento. Em primeiro lugar avalia o quanto deverá ter ANB no final do tratamento.Compromisso aceitável de: 1.NA (ângulo). Steiner faz o planejamento da posição ideal. individual. idade e tendência facial de crescimento do paciente. Para isso considera: valor inicial do ANB. Problema de Steiner Partindo do compromisso aceitável. a técnica e aparatologia empregadas e a experiência em casos similares.NB (ângulo). . 1. 1NB (mm) para diferentes valores do ângulo ANB. . que recomenda. considerando que ele aumenta aproximadamente 2mm após os 11 anos.Steiner tem ainda em conta a proposição de Holdaway. para os incisivos inferiores. uma distância de NB igual a do pogônio a NB. Avalia-se o quanto o pogonion terá no final do tratamento. tendo ainda a vantagem de circunscrever-se à região dentoalveolar. Interlandi apresenta a linha "I". caracterizando-se por não pretender imposição numéricas. Quando estiver na frente da linha I. diz-se que há discrepância negativa.LINHA "I" Todo estudo cefalométrico possibilita dois tipos de avaliações: 1 . Quando essa referência estiver por trás da linha “I”. que é uma análise morfodiferencial para determinar a posição normal dos incisivos inferiores e. ao contrário de outras proposições. que envolvem planos de referência afastados da área anatômica em estudo. baseando-se em referências numéricas. conseqüentemente. pondo de relevo determinadas relações morfológicas. preestabelecidas pelos autores. 2 . A posição normal dos incisivos inferiores. segundo Interlandi. Baseado nesta idéia. . a discrepância é positiva. Steiner e outros. A linha “I” é traçada do ponto P' ao ponto E. dos incisivos superiores. é identificada pela coincidência da linha “I” com o limite lingual da borda incisal daqueles dentes.Denominada por Interlandi como morfodiferencial. como padrões normais (apriorística).Usada por Tweed. conseqüentemente. a relação de proximidade com a limite anterior do periodonto. . Resta a localização do ápice radicular. a sua inclinação é obtida com a determinação da posição do ápice radicular. que é encontrado fazendo-se o prolongamento de seu longo eixo passar por trás do ponto mais inferior da órbita. Determinação da inclinação do incisivo superior Tendo já determinada a posição correta do incisivo inferior.Determinação da inclinação do incisivo inferior Tendo já a localização ideal da borda incisal do incisivo inferior. na imagem da sínfise mandibular. ou tangente à imagem ínfero-posterior dela. aos tecidos tegumentares. no meu entender em meu em policiar também. em acordo com os princípios clássicos de oclusão. se restringe. Portanto. Deve ser considerado que a linha "I” foi elaborada num período em que a ortodontia se valia de valores cefalométricos sem a ênfase que destinamos hoje. que deve estar. já se tem a posição da coroa do incisivo superior. que deve cobrir o inferior. o emprego da linha “I”. principalmente no que se refere ao início das recessões gengivais no segmento anterior da arcada dentária inferior. ligeiramente mais próxima da cortical lingual. nos casos normais. introduzir outras variantes. A musculatura labial hipertensa é capaz de determinar posição retrusiva de incisivos. Daí ser necessário considerar a tonicidade muscular perioral quando calculamos a posição ideal dos incisivos. A recidiva seria seqüência certa. por mais que outros fatores nos indiquem a fazê-lo. seja em boa oclusão ou em maloclusão. os tecidos de capeamento da face carecem de dois tipos de abordagem: tonicidade muscular e perfil tegumentar. Quando há exagerada hipertonia da musculatura do lábio inferior.linha I e outros métodos similares são de valor como avaliação inicial. deixando preponderar a força exógena da língua. devem ser considerados em conjunto com as características individuais do paciente. Graber a outros desenvolveram a eletromiografia labial. não podemos pretender levar os incisivos inferiores para frente. muito especialmente com os tecidos de capeamento da face. baseadas unicamente na situação esquelética do paciente. Steiner e Interlandi nos oferecem proposições iniciais. sob pena de haver posteriormente a recidiva. o compromisso aceitável de Steiner. peculiares ao paciente em estudo. no sentido póstero-anterior. o triângulo de Tweed. estão em posição de equilíbrio entre as diversas forças que sobre eles atuam. A tonicidade da musculatura labial é um dos fatores atuantes nos incisivos. Tweed. Tonicidade Muscular Os dentes como os encontramos na boca. medindo a tonicidade muscular com a intenção de oferecer informações objetivas para o . No estudo cefalométrico. tais como as possibilidades de equilíbrio em outras posições de incisivos.Individualizacão da Posição Ideal dos Incisivos Na determinação da discrepância cefalométrica. em busca da discrepância cefalométrica. A hipotonia da musculatura labial. As modificações que realizarmos terão de ser feitas buscando outra posição também de equilíbrio. Ao contrário da hipertrofia muscular. Porém. é capaz de determinar posição protrusiva dos incisivos. a. Cabe ao clínico. a hipotonia pode ser corrigida com exercícios. tem preponderante importância no perfil tegumentar do terço inferior da face. Portanto.posicionamento dos incisivos. do que a sapa". em manifestação de aceitação própria. para o sapo. Não devemos aceitar conceitos alienígenos. avaliam-se como belos. nos reportamos a Voltaire: "Não há nada mais lindo. como a pintura e a escultura. vêm. Os grupos sociais ou raciais. incutindo conceitos de beleza. As artes plásticas.. e sua conseqüente repercussão na posição dos lábios. A localização dos incisivos. de avaliação individual e varia no tempo e no espaço em função de grupos sociais ou artísticos. Assim sendo. etc. compromisso aceitável de Steiner. no sentido posterior-anterior. exercendo força indesejável. como no caso o perfil retrusivo de Tweed e sim respeitar os nossos próprios conceitos de perfil levemente biprotruso. ao se buscar a posição ideal dos incisivos. os lábios em posição de repouso devem fazer contato. Quando há grande sobressaliênca incisal (overjet). Da mesma forma. a beleza é subjetiva. exercendo maior ação sobre ele do que teria em caso normal. o lábio inferior posiciona-se entre os incisivos superiores e inferiores. Ao se buscar uma posição estética para os lábios procura-se também um bom feche labial. No entanto. terá de se levar em conta o que ocorrerá com o perfil tegumentar em seu aspecto estético. O lábio inferior grande pode cobrir toda a face vestibular do incisivo superior. Esta é uma consideração válida que deve ser respeitada. não se conseguiu aproveitar esta aferição a nível clínico. linha I. cobrindo apenas dois terços da coroa. Efetivamente. incisivos superiores muito baixos ou lábios superior curto. Isto é. nos incisivos superiores. sofrem menos a ação do lábio superior e estão mais vulneráveis a ação do lábio inferior. baseados unicamente no problema esquelético. devem ser adaptados às condições musculares e às peculiaridades do perfil . principalmente. A ação desta tonicidade muscular está ainda relacionada com o comprimento dos lábios e a posição dos incisivos no sentido póstero-anterior e no sentido vertical. Deve ser a sensibilidade clínica do profissional que transporta sua avaliação para o planejamento. Conceituando o belo. através dos tempos. para calcular a sua discrepância. aqueles valores que nos indica Tweed. Perfil Tegumentar A beleza do perfil tegumentar da face é uma das metas do ortodontista. Porém.br/revista/livro_cefalometria . Por outro lado. algumas vezes são as condições esqueléticas que limitam nossos propósitos estéticos no tegumento. compreende-se que o planejamento. deve considerar todas as ocorrências individuais de cada paciente. não cabe aqui avançar nestas considerações.org.acbo. da posição dos incisivos. bem como suas características raciais. Também devem ser considerados os conceitos estéticos do grupo a que pertence o paciente. Nota: Por certo que a cirurgia ortognata é a melhor solução para os casos de discrepâncias esqueléticas que não podem ser compensadas com reposicionamento dentário. espessura dos lábios. as quais podem ser econtradas em: www. Isto posto.tegumentar do paciente (tamanho do nariz. tamanho do mento mole). Supramentoniano: ponto mais profundo no sulco mentoniano Pg' .Stamion: intersecção do orifício bucal com o plano médio sagital Li .Pogonion tegumentar: ponto mais proeminente do mento .Labial inferior: ponto mais proeminente do lábio inferior Spm .Labial superior: ponto mais proeminente do lábio superior Stm .Pontos do Perfil Tegumentar Ls . Passa nos pontos mais proeminentes do lábio superior (Ls) e do mento (Pg').Linha "H" de Holdaway Linha de Holdaway. Em perfil harmônico deve cortar a metade da base do nariz e deixar o lábio inferior ligeiramente para trás. Este é um conceito estético bem aceito em nosso meio. . Aumentou-se o tamanho de pogônio mole. . resultando um perfil côncavo (retrusivo). esquematicamente. apenas o perfil tegumentar.Importância dos Tecidos de Capeamento no Perfil Tegumentar Caso com estruturas esqueléticas e dentárias normais. O mesmo caso anterior. do nariz e diminuiu-se a espessura dos lábios. Apresenta perfil levemente biprotruso devido ao volume dos lábios. em que se alterou. Ainda assim. deveríamos protruir os incisivos. o perfil retrusivo. somente por estes fatores. -2. Pela linha “I”. nariz a pogonion devem crescer ainda mais. Com o passar dos anos. o triângulo de Tweed. um perfil côncavo (retrusivo).4° = FMIA 68° ≥ 30° = FMIA 65° ≤ 20° = IMPA não > 92º FMA Cálculo de IMPA 180° . determinando. por si só. acentuando. ou seja.4mm Caso com nariz. sem considerar outros fatores além do esquelético. com todo este perfil retrusivo. .4mm. lábios relativamente finos.Caso Clínico 3 Idade: 11 anos Sexo: feminino 25° + ou .5 = -2. agravado ainda com o fato de que é um paciente jovem. pogonion ósseo e pogonion mole grandes.(128° + 68°) = 84° 84° . de Interlandi.90° = -6° -6° ÷ 2. recomendaria retruir os incisivos 6°. para o nosso conceito de beleza. Um mau perfil. Seguindo o nosso conceito de beleza gostaríamos de protruir os incisivos. . Se levarmos os incisivos para frente.(29° + 68°) = 83° 83° . No entanto. que não considera pogonion. nosso intento aqui é mostrar. Porém. Segundo Tweed.Caso Clínico 4 Idade: 12 anos Sexo: feminino FMA 25° + ou . neste caso há ANB negativo.4° = FMIA 68° ≥ 30° = FMIA 65° ≤ 20° = IMPA não > 92º Cálculo de IMPA 180° . de forma elementar. deveria-se retruir os incisivos em -2mm. Apresenta-se assim fator esquelético que limita nosso propósito estético de protruir incisivos.5 = -2mm Caso com pogonion grande. A linha “H” sugere protrusão dos incisivos.88° = -5° -5° ÷ 2. Por certo que a cirurgia do mento é a melhor solução. a ocorrência de fatores esqueléticos limitando propósitos estéticos. deveremos fazer o mesmo com os incisivos superiores e com isto iríamos afastá-los demasiadamente de sua base ósseas. A linha “I” tem discrepância zero. Variação Racial Dois casos apresentados por Sassouni como normais para seus grupos raciais. Branco Negro . . W. J. -. Orthod. São Paulo. The use of metallic implants in the study of facial growth in children: method and application. Triângulo de Tweed com vários planos mandibulares. Linha I na análise morfodiferencial para o diagnóstico ortodôntico. 34(10):812-40.. DOWNS. & Cult. Craniometry and cephalometry as research tools in growth of head and face. mar. Angle Orthod. Jun. Scand. E. HOLDAWAY. 1961. 1980. 46 (10):721-35. Variations in facial relationships. Ass. p. -. Dent. Orthod. 1968. BERGERSEN. ASBJORN. Odont. KROGMAN. Rio de Janeiro. The use of cephalometrics as an aid to planning and assessing orthodontic treatment. Oct. 1978. A. Lea & Febiger. . FARRET. Nov. C. jul. 1970.. W. et alii. J.. 34(2):132-4. Diss.. M. 1948. Universidade Federal. A. 29(2):243-54.. E./abr. M. Orih. 1955. 1960. 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Um exemplo é a diminuição do ângulo ANB que pode ser resultante de diferentes causas. Para se observar o crescimento da face. Os movimentos dentários são mais precisamente avaliados fazendo a sobreposição da maxila e da mandíbula separadamente (sobreposições parciais). nem sempre ocasionado por maior crescimento mandibular ou resultante do tratamento. as análises são. coincidindo em N Para observar as alterações no ângulo ANB. sobrepõe-se as análises em SN. geralmente. . de um mesmo paciente. fazendo coincidir em nasion (N).A sobreposição de cefalogramas seriados. como poderá ser observado neste capítulo. Sobreposição de análises Na linha SN. apresenta importante valor para a observação da tendêncìa de crescimento facial e avaliação do tratamento. sobrepostas na linha SN ou na base anterior do crânio. A base de crânio anterior poucas alterações sofre com o crescimento.A sobreposição na linha SN. . mostra o crescimento anterior do nasion. isto é o nasion foi para a frente. fazendo coincidir o ponto S. de tal forma que alguns autores recomendam como a parte mais apropriada para sobrepor e observar o crescimento da face e alterações na linha S-N. Sobreposição de análises na base anterior do crânio. . para o estudo na maxila e mandíbula. para observar os movimentos dentários. fazendo coincidir a parte posterior da sínfise mandibular. fazendo coincidir a base da espinha nasal anterior. as análises são sobrepostas. Sobreposição da mandíbula. Sobreposição em Go-Gn.Sobreposição da Maxila e da Mandíbula Na avaliação de tratamento. Sobreposição da maxila. Sobreposição no plano biespinhal. separadamente. 745 de Björk Sobreposição em base anterior do crânio Caso 7. colocou implantes metálicos dentro do osso. mostrando as verdadeiras modificações sofridas pela mandíbula durante o crescimento. em zonas de crescimento neutras. Com uma técnica própria. Caso 7. Fazia a sobreposição de análises coincidindo estes implantes metálicos.745 de Björk Sobreposição parcial da mandíbula nos implantes metálicos .Sobreposição em implantes metálicos (Björk) Björk surpreendeu o mundo ortodôntico. por maior crescimento mandibular. é fator de diminuição do ANB. Também o ângulo ANB diminui por outros fatores. que serão descritos neste capítulo. o que. Isto ocorre porque a componente horizontal do crescimento mandibular é geralmente maior do que a mesma componente na maxila. geralmente ocorre crescimento horizontal de nasion. de diminuição de ANB. . Diminuição de ANB por maior crescimento horizontal da mandíbula. B-B' > A-A' Nestes casos. também.Variações de ANB O ângulo ANB tem tendência de 75% em diminuir seu valor com o crescimento. simulou-se crescimento do nasion e nenhum crescimento horizontal do Ponto A. No surto do crescimento puerperal. Farta e completa documentação deste estudo encontra-se em www. do ponto A.Diminuição do ângulo SNA por maior crescimento horizontal de nasion Quando nasion cresce.com. no mesmo sentido. com a intenção de melhor caracterizar o acontecimento.cleber. Isto provoca dimìnuição do ângulo SNA.html 23 . maior do que o crescimento. devido ao crescimento dos seios frontais e a formação da glabela. provoca diminuição do ângulo SNA. horizontalmente. este acontecimento é relativamente comum. em estudo no Bulinglon Growth Centre da Universidade do Toronto. mais do que o ponto A. B.br/burlin. conforme comprovou PEREIRA C. Neste caso. ANB diminuiu 5°.23 Crescimento horizontal de nasion N-N'. et al. diminuindo o ângulo SNA e. o que pode ser observado na sobreposição da linha S-N. fazendo coincidir a base da Spna. Diminuição do ângulo ANB por retração radicular de incisivos superiores O ponto A. fazendo coincidir o ponto N. A sobreposição do Plano biespinhal. o ponto A é levado para trás e diminui o ângulo SNA e.Diminuição do ângulo ANB por rotação da maxila Nas rotações da maxila. conseqüentemente. o ANB. para baixo e para trás. A observação do Plano biespinhal evidencia a rotação da maxila. . o ângulo ANB. estando no limite entre o osso basal e o alveolar. evidencia a retração do ponto A. vai discretamente para trás quando as raízes dos incisivos superiores são distaladas. conseqüentemente. mestr. C.. Compatível com computador Prológica CP-500. Comparative study of cephalometric superimposition. Diss. an atlas and manual. -. www.cleber. M. 31(4): 216-29. 37(6): 406-14. NELSON. Normal occlusion and no orthodontic Treatment" 1987. The use of metallic implants in the study of facial growth in children: method and application.1989. C. 1959. 36: (3) Maio/Jun 1988. 1968.B. "Variações do ângulo ANB" .html PEREIRA.Referências Bibliográficas ARAÚJO.Revista da APCD Vol. www. e MORAES.com. 347-58.. KROGMAN. p.br/anguloanb. MARTINS. As superposições cefalométricas totais na verificação do tratamento ortodôntico. A study of facial growth utilizing elements of the cranial base for registration. Craniometry and cephalometry as research tools in growth of head and face. Gaúcha do Odont. Rio de Janeiro.M.. Scand.N. Am.com. 13(9): 9-33.B. J. Selected data. Philadelphia. RAKOSI.cleber.br/burdados. Iniciação à cefalometria radiográfica. "Arquive of the Data Burlington Growth Centre. Angulo SNA diminuindo . T O. 1955. BORK. PEREIRA. C. L. F.P. 1961.Maio/Junho. 29(2): 243-54. Philadelphia. e MORAES. J. Faculdade de Odontologia de Araraquara.M.Universidade de Toronto . 1951. E. Anthrop.br/snaa1. 1980. Orthodontics. Facial growth in man. Orthod. A. 1982.P.P. O.B. Am. e BRANDI A. 3 . W.html PEREIRA. BERGERSEN. studied with the aid of metallic implants.Rev. -. J. Jun. et alii. .html PEREIRA. 1986. A. R.B. Cephalometric radiography. Dados Selecionados no Estudo do Material do Burlington Growth Center . Phys. Facial growth in bilateral hipoplasia of the mandibular condyles. Angle Orthod. Acta Odont. transferido para www.L. 1962. Oct. Lea & Febiger. T. L. 40 . Universidade Federal. C. Mini-Floppy Disk. POPOWICH.cleber.com. W. Seatle University of Washington. Lea & Febiger. C. 1983. Capítulo XI Tendência de Crescimento Facial Tatsuko Sakima Joel Cláudio Da Rosa Martins . para quem as extrações de pré-molares era uma alternativa que deveria ser adotada como rotina na prática clínica. e um verdadeiro desafio para os pesquisadores. é baseada em dados da literatura e nas observações clínicas e nos traçados cefalométricos do próprio paciente. envolvendo. muitas vezes. especificamente no paciente em crescimento. O desafio para tratar os pacientes na fase da dentadura mista. Esse grande líder acreditava que a má oclusão era de origem ambiental e que o alinhamento dos dentes promoveria um estímulo suficiente para que o crescimento fosse estimulado. Prever como o crescimento facial se processará num determinado paciente. Um plano de tratamento adequado é baseado também em medidas cefalométricas.A cefalometria é utilizada em ortodontia. A limitação da influência da mecânica ortodôntica se estabeleceu ao nível dento-alveolar o que se evidenciou com Tweed. porque se concluiu que o padrão facial se definia aos 4 meses de idade e não era possível alterá-lo com a terapia ortodôntica. para o diagnóstico dos desvios morfológicos da face. No final do tratamento. é exatamente saber em que direção e com quanto de crescimento se pode contar durante o tratamento. Reavaliações do tratamento ortodôntico. principalmente quando a decisão de extrações dentárias tem que ser tomada. No começo do século Angle. devem ser baseadas em traçados cefalométricos. mudanças de estratégias. a morfologia da face é comparada a um padrão composto por médias advindas de investigações de grandes amostras populacionais. . as superposições das telerradiografias inicial e final podem indicar como o tratamento influenciou o crescimento craniofacial. primariamente. se mostra fundamental na medida em que extrações sejam admitidas no tratamento. Por volta de 1940 as pesquisas de Brodie influenciaram decididamente o pensamento dos ortodontistas em outra direção. influenciou toda uma comunidade ortodôntica com sua filosofia de tratamento sem extrações. Todo esforço de prever como a face do paciente vai ser alterada com o tratamento. Nestas circunstâncias. regularizando todas as anomalias faciais. Antecipar o crescimento facial na sua direção e magnitude tem sido um fascínio para os clínicos. um clínico pode se envolver na predição do crescimento facial. Índices maiores de 65% indicam que a face está crescendo no sentido anti-horário e o crescimento facial é mais horizontal. empíricos. que é o índice facial de Jarabak. crescimento normal. utilizado para prever a rotação da face durante o crescimento. com base nas modificações anuais médias. do que não ter nenhum e perder a oportunidade de avaliar melhor o crescimento.Métodos de Previsão de Crescimento Vários clínicos e pesquisadores desenvolveram seus próprios métodos de previsão de crescimento. que utiliza o computador. em cada um dos três tipos faciais. geralmente. desde os primeiros. até os mais recentes. Conforta o argumento de que é melhor ter um método. pode ter surgido com a observação de que o eixo Y não se modifica durante o crescimento. A comparação de medidas cefalométricas do paciente com medidas advindas de estudos longitudinais é conhecida como Método Métrico. Este esforço de avaliar o crescimento. . Índices entre 60 a 65% representam o padrão facial ortognata. Os índices entre 56 e 61% indicam que a face cresce no sentido horário e o crescimento é mais vertical. Para a elaboração do objetivo do tratamento ortodôntico são necessários algumas informações básicas de como deve crescer o paciente nos próximos anos. Não existe nenhum método que seja seguro. uma única radiografia no início do tratamento e o conhecimento de dados de investigações já realizadas. Quando a AFP (S-Go) é dividida pela AFA (N-Me) e o resultado multiplicado por 100 surge o percentual. em estudos longitudinais. mesmo que seja imperfeito. Jarabak criou um método que utiliza duas medidas: a altura facial posterior (AFP) e a altura facial anterior (AFA). culminando com o conhecimento dos incrementos anuais das diversas medidas cefalométricas e suas respectivas variações. Com esse método. A predição do crescimento facial é baseada em análises estatísticas de medidas lineares a angulares de cefalogramas ortodônticos de um elevado numero de indivíduos observados. Tweed foi sem dúvida um dos primeiros autores a se preocupar com o assunto. De posse das telerradiografias. para aprofundar-se em métodos mais sofisticados. por exemplo. Estes conhecimentos são importantes no estabelecimento do diagnóstico e do plano de tratamento. nas diversas fases. e se o crescimento vai ser favorável à terapia ortodôntica indicada. Sabemos que os diversos órgãos do corpo humano não crescem com a velocidade e direção constantes cujas variações dependem dos hormônios hipofisários. SNB a ANB. . que determinam os ângulos SNA. com ou sem tratamento ortodôntico. baseia-se em incrementos de crescimento nas diversas regiões do crânio e da face num determinado período de tempo. entre 12 e 18 meses. e que depende invariavelmente do padrão individual. e a partir daí projetase a face do indivíduo para dois ou mais anos. Os métodos de predição do crescimento facial como. a as linhas SN. indicando-nos a meta a seguir. suficiente para que haja crescimento. em norma lateral de um mesmo paciente. pelo computador. a predição é realizada. na grande maioria das vezes. NA a NB. Ao principiante em cefalometria é interessante o conhecimento desta técnica. traçamos sobre o papel de acetato os reparos anatômicos. É importante sabermos se o paciente apresenta bom padrão esquelético. Talvez este método possa estar superado e passível de críticas. podemos dizer que nenhuma previsão é absoluta. ou seja na fase da dentadura mista. Como o número de informações é grande e o método trabalhoso. A classificação das tendências de crescimento facial é baseada nas alterações do angulo ANB. visando a sua aplicação clínica nos casos em que o paciente está em plena fase de crescimento facial. No método proposto por Tweed. ou podemos superpor os dois traçados com base em S. desde o nascimento até a idade adulta. Baseado nos fatos acima. são necessárias duas tele-radiografias. verificamos que a velocidade e a direção de crescimento são diferentes num individuo na fase juvenil daquele que esta na fase de crescimento puberal. obtidas em um espaço de tempo. mas ainda é largamente empregado pela facilidade de seu uso e interpretação. o de Ricketts. que relaciona a maxila com a mandíbula nas duas tele-radiografias. e por estas razões torna-se difícil a predição exata de como a face vai crescer.O crescimento e o desenvolvimento de um indivíduo estão sujeitos a inúmeras influências de origem hereditária ou ambiental. no futuro. Assim. que lhe servirá. definir a época correta de iniciá-lo.fazendo coincidir a linha SN. esse tipo de tendência de crescimento. Aproximadamente 25% dos pacientes apresentam. porque a relação anteroposterior é normal e continuará sendo normal com o crescimento. mostra a face média (maxila) e a face inferior (mandíbula) crescendo harmoniosamente e equilibrado para frente na mesma quantidade que para baixo. nada deverá ser feito. As diferentes tendências de crescimento faciais foram classificadas como do tipo A. O paciente que exibe a tendência de crescimento facial do tipo A. e cada uma delas apresentando uma subdivisão. . As faces das crianças crescem para baixo e para frente. tipo B e tipo C. Tweed enfatizou a conveniência dessa previsão de crescimento mais cedo possível. poder-se-ia estimar o crescimento durante a fase seguinte. encurtando a sua duração e o tornando mais acessível. Uma previsão dessa natureza está baseada no fato de que o crescimento que acontecerá na fase seguinte será semelhante ao período anterior. cujo ângulo ANB inicial seja menor que 4.5 graus. se o paciente não estiver se submetendo a nenhum tipo de tratamento ortodôntico nesse período. no que ele chamou de programa de orientação pré-ortodôntica. e o seu ANB inicial for maior do que 4. e assim teremos a quantidade e a direção de incremento de crescimento no período estudado. se o paciente foi portador de uma má oclusão de Classe II.5 graus. sem alteração no ângulo ANB. determinado pela orientação das suturas sagitais do complexo naso-maxilar. Entretanto. Tweed recomenda uso do aparelho extrabucal para conter o crescimento maxilar. Nos casos das más oclusões de Classe I. financeiramente. Para o autor uma boa previsão poderia melhorar o prognóstico de tratamento. Dessa forma. então o paciente tem uma tendência de crescimento facial do tipo A subdivisão e será conveniente colocar algum dispositivo para conter esta tendência que mantém o ANB. Tipo A .Tipo A.5°. nestes casos. Existe um bom relacionamento maxilo-mandibular e possivelmente o paciente seja portador de má oclusão de classe I. onde o Ângulo ANB inicial é maior que 4. com a face média e a inferior crescendo concomitantemente. O prognóstico é bom.5°. . onde os molares a caninos poderão estar de topo ou em classe II já bem caracterizados. O Angulo ANB não deve exceder 4. Tweed recomenda o uso do aparelho extra bucal (AEB) por 14 horas diárias. Com todas as características do tipo A. Quanto maior o ângulo ANB. mais distante estará a mandíbula da maxila.subdivisão. O prognóstico é bom. e possivelmente estejamos frente a uma má oclusão de classe II. Para o controle na orientação do crescimento facial. Nesta categoria enquadram-se os indivíduos que apresentam o crescimento da maxila e mandíbula para baixo a para frente. e com o ângulo ANB permanecendo constante. O paciente que tem uma tendência de crescimento facial do tipo B. Nesses casos haverá um predomínio de crescimento vertical tanto da face média como da face inferior e se diz que o paciente exibe uma tendência de crescimento facial do tipo B. o prognóstico ainda será bom. . subdivisão. exibirá um crescimento da face média predominante em relação ao crescimento da face inferior. e 15% dos pacientes exibem essa tendência de crescimento com o ANB variando entre 6 e 12 graus. Se o ângulo ANB inicial for de 4 graus. mas por outro lado se o ANB inicial for maior do que 7 graus então o prognóstico do tratamento será ruim. demonstrado pelo aumento progressivo do ângulo ANB. Os traçados cefalométricos mostrarão que a face média dos pacientes deste grupo estarão crescendo para frente com maior velocidade do que a face inferior. Os casos com essa tendência de crescimento devem ser tratadas com o aparelho extrabucal. O paciente deve apresentar o ângulo ANB menor que 4. Deve-se usar o AEB por 14 horas.Tipo B.subdivisão.5°. ou seja. O prognóstico não é muito favorável. É quando a maxila cresce mais do que a mandíbula. Deve-se usar o AEB por 20 horas. tem tendência a piorar com a idade.5° e o paciente já é portador de uma má oclusão de classe II. pois o paciente pode apresentar uma má oclusão evoluindo para uma classe II. existe um aumento do ângulo ANB da primeira para a segunda telerradiografia. Tipo B . Nestes casos existe um aumento do ângulo ANB entre a primeira e a segunda telerradiografia e o angulo ANB inicial excede a 4. O prognóstico é desfavorável. . os incisivos superiores podem ser vestibularizados e na maioria das vezes. exibindo uma redução do ângulo ANB. . Quando o FMA varia acima de 20 graus o crescimento horizontal e vertical estão equilibrados. se o crescimento na dimensão horizontal for predominante diz-se que o paciente apresenta uma tendência de crescimento do tipo C. com esse padrão. exibem os dentes bem relacionados dos 13 aos 15 anos. Os pacientes. esse paciente vai apresentar uma melhora do seu perfil. porque a face inferior está crescendo mais para frente do que a face média. Muitas vezes o músculo orbiculares oris é fino e forte e resistirá à vestibularização dos incisivos superiores causando um apinhamento inferior. isto só vai acontecer depois que o tratamento ortodôntico já se encerrou.O paciente que tem uma tendência de crescimento facial do tipo C exibirá a face inferior crescendo mais rapidamente para baixo e para frente do que a face média. coincidindo com a irrupção dos terceiros molares (dentes do siso). Esses também são os pacientes que mais tarde exibirão apinhamentos na região dos incisivos. e desenvolvem esse tipo de irregularidades na região dos incisivos inferiores mais tarde e muitos indivíduos desenvolvem esse apinhamento mesmo com anodontia de terceiros molares. Independentemente do tamanho do FMA. subdivisão. Sessenta por cento dos pacientes se enquadram nesse tipo de tendência de crescimento. Sob o ponto de vista de estética facial estes são os pacientes que fazem a reputação dos ortodontistas. que leva a culpa pelo apinhamento. Tratando durante os próximos meses ou não. mas quando o FMA é de 20 graus ou menor. O paciente com essa tendência de crescimento deverá usar uma contenção de canino a canino inferior enquanto durar o período de crescimento. os incisivos superiores serão vestibularizados. o crescimento na face inferior é predominantemente do tipo horizontal. os incisivos inferiores podem se inclinar lingualmente ou então. Os incisivos inferiores tocam os superiores e duas coisas podem acontecer: primeiro. enquanto outras desenvolvem os apinhamentos muito depois de terem esses dentes completamente irrompidos na cavidade bucal. Por outro lado se o músculo orbiculares é do tipo hipotônico. É quando a maxila e mandíbula crescem para baixo a para frente. com uma diminuição do angulo ANB. Tipo C . mas com a face inferior crescendo ligeiramente mais do que a face media. É o padrão de crescimento dos pacientes portadores de classe III. É o crescimento favorável. que deveria acontecer na maioria das pessoas (60%). e que a mandíbula cresce para frente mais rapidamente que a maxila. .Tipo C.subdivisão. É quando o crescimento facial é mais para frente do que para baixo. O prognostico a excelente. Orthod.V. Orthod. p:585-99. 1963. R. Planning treatment on the basis of facial pattern and estimate of its growth. J. M.138. St.Orihod.R. Louis. jan. 49(12):881-906. H. Mar. Angle Orthod.H. A cephalometric evaluation of fity-seven consecutive cases treated by Dr.. & FIZZEL.. RICKETTS. R. v.A. WALKER. 1963. et alii. v. . C. M. 61(3):221-30.Orthod. et alii.S. G. 1972. 61(11:1-28. Treatment planning and therapy in the mixed dentition. 1955.Referências Bibliográficas BJÖRK. Louis.1.. Mosby. . 27(1):14-37. A new approach to the analysis of craniofacial morphology and growth. J. An overview of computerized cephalometrics. 26(2):68-98. Charles Tweed. St. 1966. Am. M. J. TWEED. The C.C. J. Am. – Clinical orthodontics. 1972 STONER. 1956. RICKETTS.. F. Am. Angle Orthod. Jan.55.B. JARABAK.Prediction of mandibular growth rotation.J.. p. M. – Technique and treatment with the light new appliance.. Ap.. Amer. TWEED. 1969. Mosby Co.. Capítulo XII Interpretação Esquemática das Maloclusões Os padrões estéticos e as imposições fisiológicas de normalidade não se apresentam com seus valores exatamente, como indicam as análises cefalométricas. Nem mesmo aqueles casos considerados ideais não se encontram com todas as medidas coincidentes. Não raras vezes, medidas diversas dos padrões de normalidade compensam-se mutuamente, resultando em boa relação esquelética e boa oclusão dentária. São muitos fatores que se apresentam formando diferentes combinações. Com intuito didático, traçou-se um cefalograma arbitrário, em que as medidas, indicadas como normais por Steiner a Wylie, aparecem exatamente naqueles valores (escala 1:1). Partindo deste cefalograma, alteramos, nos desenhos que seguem, apenas um fator. Todas as outras medidas permanecem iguais exceto àquelas que se modificaram em conseqüência do fator alterado. As estruturas modificadas estão em vermelho. O que permanece em preto não sofreu alteração. Desta maneira, os que se iniciam na cefalometria radiográfica poderão ter uma visão das anomalias puras, capacitando-se posteriormente para identificar anomalias mais complexas. Cefalograma de Steiner a Wylie normal (Escala 1:1) Os valores indicados como normais por Steirner e Wylie aparecem aqui em proporções reais. Para o bom aprendizado, sugere-se fazer em acetado este cefalograma, o qual pode ser sobreposto aos que seguem e assim melhor observar as variações que apresentam. Classe I de Angle A Classe I (Angle), vista unicamente no aspecto dentário, como foi concebida por Angle, caracteriza-se pela relação molar normal, isto é, cúspide mésiovestibular do 1 ° molar superior ocluindo no sulco mésio-vestibular do 1° molar inferior. Porém, nas análises cetalométricas, quando se relacionam as arcadas dentárias com outras estruturas da face (maxila, mandíbula, base de crânio) evidencia-se a existência de várias formas de Classe I. Algumas exclusivamente dentárias, em que os dentes estão apinhados, protruídos ou retruídos, em uma ou ambas as arcadas dentárias, e mordidas abertas. Em outras, há comprometimento esquelético discreto, compensado por inclinações dentárias. Classe I Neste traçado, todas as medidas estão de acordo com os padrões normais. Não há displasia esquelética. As arcadas dentárias estão bem relacionadas entre si e com as outras estruturas da face, no sentido póstero anterior e vertical. Partindo deste cefalograma, esquematicamente, vamos inserindo fatores dentários ou esqueléticos que determinam maloclusão dentária. com Go-Gn de 93°. e a distância de 1-NB. que normalmente é 4 mm. .Biprotrusão Dentária Protruiram-se incisivos superiores e inferiores. que normalmente é de 4 mm. O incisivo inferior. O ângulo do incisivo superior com SN de 103° passou para 118°. passou para 6 mm. com NA de 22° passou para 38°. com NB de 25° passou para 33°.Classe I . passou para 104°. O ângulo interincisivo que normalmente é de 130° ficou em 108°. Biprotrusão dentária. inclinando-os para a frente. o problema é unicamente dentário. passou para 7 mm. e a distância 1-NA. Há total harmonia esquelética. passou para 152°. formado pelos dois longos eixos dos incisivos superior e inferior. Incisivo inferior com Go-Gn de 93° passou para 87°. que normalmente é 4 mm. passou para 1 mm. Seus ângulos com SN e com Go-Gn estão diminuídos.Birretrusão Dentária Verticalizaram-se os incisivos superiores a inferiores. Incisivo superior com SN de 103° passou para 93°. Birretrusão dentária.Classe I . . que normalmente é 130°. Há total harmonia esquelética. e a distância 1-NB. a distância 1-NA. passou para 1 mm. que normalmente é 4 mm. O ângulo interincisivo. o problema é unicamente dentário. com NB de 25° passou para 13°. com NA de 22° passou para 12°. normais na análise cefalométrica. . comprimento total da mandíbula de 103 mm está com 105 mm. distância 1–NB de 4 mm está com 0 mm.Classe I Dentes em relação de classe I de Angle. Situações assim. Esta leve discrepância esquelética foi compensada pela retrusão dos incisivos inferiores e o caso apresenta-se como normal na avaliação cefalométrica. 1. Ocorre que há discreta macrognatia mandibular. em casos clínicos provavelmente apresentariam apinhamento dentário inferior. projetando a mandíbula para frente. o que se evidencia pelo ângulo ANB que de 2° passou para 1°.NB de 25° está com 20°.Go-Gn de 93° está com 90° e 1. SNB de 80° está com 81°. sendo que os incisivos inferiores estão mais verticalizados. Porém. base do crânio) evidencia-se que existem várias formas de Classe II. a cúspide mésiovestibular do 1° molar superior ocluindo entre o 1° molar e o 2° premolar inferior.Classe II de Angle A Classe II. nas análises cefalométricas em que se relacionam as arcadas dentárias com outras estruturas da face (maxila. como foi concebida por Angle. 2° divisão . vista unicamente no aspecto dentário. caracteriza-se pela relação molar distal. também com a mesma relação molar descrita e a presença de sobremordida (overbite ou sobrepasse incisal). 2ª divisão. com a relação molar descrita e a presença de sobressaliênca incisal (overjet ou ressalte incisal) e Classe II. sem sobressaliênca incisal. outras com comprometimento da maxila. da mandíbula ou de ambas. Algumas exclusivamente dentárias. isto é. 1ª divisão. 1° divisão Classe II. Classe II. A Classe II poderá ser dividida em Classe II. mandíbula. com conseqüência aumentaram os ângulos SNA (de 82° para 89°) e ANB (de 2º para 9°).Classe II. projetando a maxila para a frente. 1ª divisão. Observa-se que a maxila tem tamanho normal. . esta apenas avançada em relação a outras estruturas da face. Aumentou-se a distancia ST-Fpm (de 16 para 26 mm). Prognatismo superior devido a avanço da maxila. Observa-se que maxila está avançada por seu tamanho maior. Prognatismo superior devido a macrognatia da maxila. Como conseqüência aumentaram os ângulos SNA (de 82º para 87°) e ANB (de 2° para 7°). . Aumentou-se o tamanho da maxila.Classe II. Macrognatia da maxila. distância Fpm-Spna (de 52 para 58 mm). 1º divisão. 1ª divisão. A mandíbula tem tamanho normal.Classe II. Retrognatismo mandibular por posição para trás da mandíbula. apenas está posicionada para trás." Aumentou-se a distância FG-ST (de 18 para 26 mm). . Retrognatismo mandibular. em relação a outras estruturas da face. "Retrocondilismo. retruindo a mandíbula com conseqüência diminuiu o ângulo SNB (de 80 para 75°) e aumentou ângulo ANB (de 2° para 7°). . Diminuiu-se o corpo da mandíbula no seu comprimento. Retrognatismo mandibular devido a micrognatia do corpo da mandíbula. Retrognatia mandibular por rotação da mandíbula.Classe II. O seu tamanho ficou menor (de 103 ficou com 96 mm). Micrognatia de corpo mandibular. Conseqüentemente diminuiu o ângulo SNB (de 80° para 78°) e aumentou o ângulo ANB (de 2° para 6°). 1ª divisão. Classe II. . Conseqüentemente diminuiu o ângulo SNB (de 80° passou para 76°) e aumentou o ângulo ANB (de 2° para 8°). Diminuiu-se a altura do ramo da mandíbula. 1ª divisão. Retrognatismo mandibular por micrognatia do ramo da mandíbula. Micrognatia do ramo mandibular. o tamanho total da mandíbula ficou menor (de 103 ficou com 98 mm). Dimensão vertical (DV) aumentada.Go-Gn de 32º passou para 38°). O terço inferior da face tornou-se maior do que 55 % da altura total (proporção normal para Wylie). 1ª divisão. . provocando a rotação da mandíbula sobre o côndilo (o ângulo SN. Aumentou-se a dimensão vertical (DV). fazendo o mento deslocar-se para trás e para baixo. Conseqüentemente diminuiu o ângulo SNB (de 80º para 75°) e aumentou o ângulo ANB (de 2º para 7°). Displasia vertical. Retrognatia mandibular por rotação da mandíbula. Rotação da mandíbula para baixo e para trás.Classe II. 1ª divisão. Aumentou-se o ângulo goníaco (de 123º para 133°). devido a abertura do ângulo goníaco.Classe II. Displasia vertical. provocando a rotação mandibular (o ângulo SN.Go-Gn de 32º passou para 41°). Conseqüentemente o ângulo SNB diminuiu (de 80º para 76°) e aumentou o ângulo ANB (de 2º para 6°). Rotação da mandíbula para baixo e para trás. Hipergonia. fazendo o mento deslocar-se para irás e para baixo. . Retrognaria mandibular por rotação mandibular. O terço inferior da face tornou-se maior do que 55% da altura total da face. Dimensão vertical (DV) aumentada. O tamanho da mandíbula tornou-se menor. 1ª divisão.Classe II. Diminuiu-se o angulo goníaco de 123° para 108° provocando rotação da mandíbula (ângulo SN Go-Gn de 32° passou para 23°) fazendo o mento deslocar-se para frente e para cima. Dimensão vertical (DV) diminuída. . O terço interior da face tornou-se menor do que 55° da altura total da face. Rotação da mandíbula para cima a para trás. de 103 mm passou para 86 mm. Hipogonia. Conseqüentemente o ângulo SNB diminuiu (de 80° para 76°) e aumentou o ângulo ANB (de 2° para 6°). Displasia vertical. Retrognatia mandibular por rotação da mandíbula devido a fechamento do ângulo goníaco. o problema é exclusivamente dentário.SN. Protrusão superior pela arcada dentária para frente em relação a outras estruturas da face. de 103º passou para 122° e o ângulo SNA. Protruiu-se toda a arcada dentária superior. Há total harmonia esquelética. . de 15 mm ou 16 mm passou para 19 mm e 1 NA de 4 mm.Classe II. 1ª divisão. passou para 8 mm. de 22° passou para 41° e as distâncias de Fpm-6. Protrusão dentária superior. Observa-se que os ângulos 1. sendo que os incisivos superiores foram inclinados para frente. e não toda a arcada dentária. Protrusão dos incisivos superiores para frente em relação a outras estruturas da face. que normalmente é 22°. Há total harmonia esquelética. Observa-se que o ângulo 1. Nota: Neste caso haverá diastemas entre os incisivos superiores.Classe II. passou para 8 mm. portanto somente os incisivos foram projetados para frente. passou para 41° e a distância 1 NA de 4 mm. que normalmente é 103º passou para 122° e ângulo SNA. que normalmente é de 15 mm ou 16 mm passou para 19 mm. neste caso esta distância está normal e os molares em chave de oclusão Classe I. Protrusão dos incisivos superiores. Protruiram-se os incisivos superiores inclinando-os para frente.SN. Ao contrário do caso anterior. em que a distância de Fpm-6. o problema é exclusivamente dentário. como no caso anterior. 1ª divisão. . 1ª divisão. neste último caso haverá apinhamento inferior e os molares podem estar em Classe I (Angle). Há total harmonia esquelética. e NB de 25° passou para 12°). A distância 1-NB.Classe II. Retrusão dentária inferior. o problema á unicamente dentário. Retrusão dentária inferior. que normalmente é 4 mm. . Nota: Esta retrusão dentária inferior pode-se apresentar de toda a arcada dentária inferior ou somente por retrusão dos incisivos inferiores (como mais comumente acontece). Retruiu-se a arcada dentária inferior e inclinaram-se os incisivos inferiores para trás (incisivo inferior com Go-Gn de 93° passou para 84°. diminuiu para 1.5 mm. . inclusive com desvios dentários e esqueléticos.Classe II. este capítulo apresenta. há total harmonia esquelética. No caso aqui representado. Porém. 1ª divisão: incisivos superiores protruídos e incisivos inferiores retruídos e extruídos. coloca-se entre os incisivos e agrava a disrelação dentária. geralmente hipertenso. com finalidade de demonstração. 1ª divisão. O lábio. inferior. Caso típico dentário. na realidade estes problemas apresentam-se somados. Porém apresenta-se a combinação típica de Classe II. problemas isolados. Há ressalte incisal e sobre passe incisal. Como foi enfatizado de início. de forma esquemática. O problema é unicamente dentário. Aumentou-se a distância ST-Fpm (de 18 para 23 mm). que normalmente é 4 mm. e 1. está unicamente projetada para frente em relação a outras estruturas da face. de 22° está com 0°. Prognatismo superior por avanço da maxila. Os ângulos 1. de 103° está com 87°. 2ª divisão. Não há sobressaliênca (overjet) porque os incisivos superiores estão verticalizados.SN.Classe II.NA. . projetando a maxila para a frente com consequente aumento dos ângulos SNA (de 82° para 87°) e ANB (de 2° para 7°). Ressalta-se que a maxila tem tamanho normal. diminuiu para 0 mm. Retrusão dentária superior. inclinados para trás. A distância 1-NA. como foi concebida por Angle. Pode haver sobressaliência incisal negativa. isto é. mandíbula. levando a uma articulação invertida dos incisivos ou os incisivos ocluírem topo a topo. base do crânio).Classe III de Angle A Classe III. da mandíbula ou de ambas. quando se relacionam as arcadas dentarias com outras estruturas da face (maxila. Nas análises cefalométricas. outras com comprometimento da maxila. . vista unicamente no aspecto dentário. cúspide mésio vestibular do 1° molar superior ocluindo entre o 2° e o 1° molares inferiores. evidencia-se que existem várias formas de classe III. Algumas são exclusivamente dentárias. caracteriza-se pela relação molar mesial. projetando a mandíbula para a frente sem aumentar o seu tamanho. .Prognatismo Mandibular.Classe III . Dimimuiu-se a distância FG-ST (de 18 para 14 mm). O ângulo SNB aumentou (de 80° para 83°) e o ângulo ANB tornou-se negativo (de 2° passou para 1°). determinando prognatismo da mandíbula por macrognatia mandibular. de 103 mm para 107 mm.Classe III. Prognatismo mandibular por macrognatia do corpo da mandíbula. Aumentou-se o corpo da mandíbula. . Consequentemente há aumento do ângulo SNB (de 80° para 83°) e o ângulo ANB apresenta-se negativo (de 2° para -1°). . O ângulo SNA diminuiu (de 82° para 78°) e o ângulo ANB passa a ser negativo (de 2° para -2°). Retrognatismo da maxila.Classe III. Diminuiu-se a distância ST-Fpm (de 18 para 12 mm) retruindo a maxila sem alterar o seu tamanho. Retrognatismo da maxila por micrognatia superior. de 52 mm. para 46 mm. provocando retrognatismo da maxila por micrognatia. de 82° para 78° e diminuição do ANB de 2º para -2°.Classe III. . Diminuiu-se a distância Fpm-Spna. Consequentemente há diminuição do ângulo SNA. Toda a arcada dentária superior está retruída. . O molar superior ficou com uma distância de 11 mm da Fpm. o problema é unicamente dentário. deslocando-se o molar para trás e verticalizando o incisivo superior. Há total harmonia esquelética. quando o normal seria 15 mm ou 16 mm. Retrusão dentária superior.Classe III. A distância 1-NA de 4 mm normal passou para zero mm. O incisivo superior diminuiu sua inclinação com SN de 103° passou para 82° e com NA de 22° passou para 0°. Retruiu-se a arcada dentária superior. Protrusão dentária inferior. Deslocou-se toda a arcada dentária inferior para frente. Protrusão dentária inferior. o problema é exclusivamente dentário. que normalmente é 4 mm. Há total harmonia esquelética. e 1. aumentando o ângulo do incisivo inferior com Go Gn de 93° para 106°.NB de 25 passou para 35°. passou para 9 mm. A distância 1-NB. .Classe III. Em posição de repouso a mandíbula vai para trás. Verticalizou-se o incisivo central superior de 1. A distância 1-NA de 4 ficou em 2 mm. uma em máxima intercuspidação a outra em posição de repouso. que se constata clinicamente. .SN = 103° passou para 96° e 1. Assim por acomodação a mandíbula é avançada para o que resulta em oclusão invertida dos incisivos.NA de 22° passou para 14°. pode ser observada cefalometricamente analisando-se duas telerradiografias. que seria incomoda. Retrusão dentária superior agravada com desvio funcional anterior da mandíbula. A distância FG-ST diminuí de 18 para 15 mm quando em oclusão de acomodação.Pseudo-Classe III. Esta ocorrência. Com esta posição haveria oclusão topo a topo nos incisivos. É a chamada Pseudo-Classe III ou desvio funcional da mandíbula para a frente. A intenção deste esquema é mostrar como os tecidos moles. . A análise esquelética e dentária é normal. influenciam significativamente na estética do perfil tegumentar. Modificaram-se os tecidos moles.Variações nos Tecidos Moles Classe I com perfil retrusivo. além de sua ação muscular sobre os dentes. aumentando o nariz e o mento mole e diminuindo a espessura dos lábios. Todas as medidas estão de acordo com o padrão normal. Classe I com perfil biprotrusivo. A intenção deste esquema é mostrar como os tecidos moles. Modificou-se unicamente a espessura dos lábios. de finos para grossos. . Todas as medidas estão de acordo com o padrão normal. além de sua ação muscular sobre os dentes. A análise esquelética e dentária é normal. influenciam significativamente na estética do perfil tegumentar. 1960. S. set. Revisão da etiologia e mecanismo biogenético. Cefalometria clínica. B. PEREIRA. C. Iª Semana de Odontopediatria e Ortodontia Preventiva de Porto Alegre. Incidência. et alli./out. Proposição de uma classificação. PEREIRA.Referências Bibliográficas INTERLANDI. 1969. . Sobremordidas profundas. CD-R publicado em 1996. Rev Paulista de C.B.. Coletânea do material distribuído no curso de Cefalometria Clínica. 14(5):3-11. BARBOSA.D. C. J. Capítulo XIII Outras Análises (Comentários) . apresentam base do crânio curta. tem sido a análise de conhecimento universal. Os índios Lenguas. examinados por Jacobson. Este último comprovou que a base do crânio curta e as rotações dos maxilares provocam significativas alterações no ângulo ANB. . Preston e Pereira (1977). sem haver disrelação ântero-posterior entre maxila e mandíbula. o que determina um ângulo ANB grande. enquanto na Europa predominam os cefalogramas de Schwarz e Bimler. do Chaco paraguaio. ainda que o seu maior uso seja nas Américas. Nos últimos anos têm surgido críticas ao ângulo ANB. ressaltando-se as Ferrazzini (1976) e Jacobson (1975 e 1976).Críticas à Análise de Steiner O cefalograma de Steiner. acrescido de algumas medidas complementares. esquematicamente. Para determinar o plano de Frankfurt.Alteração do ângulo ANB por rotação da maxila e da mandíbula em relação ao nasion. objetividade e universalidade. girou-se a maxila e mandíbula. algumas vantagens também consideráveis. o que é realmente considerável. em que. a análise de Steiner. Ricketts não usa o porion "metálico" (oliva do cefalostato). as críticas referidas têm procedência e devem ser consideradas. pela sua simplicidade. Ricketts contesta a importância da linha SN e recomenda o Plano de Frankfurt24. por estar situada no plano médio sagital. Surpreendem as significativas diferenças entre um e outro sistema. O desenho da direita é o mesmo da esquerda. A posição está exagerada com a finalidade de evidenciar a alteração. Por certo. sexo e grupo racial. Todas as análises são passíveis de críticas. Além de variarem com a idade. Porém. Em nosso entender. 24 . não invalidam a importância do ângulo ANB. terá sempre um lugar na ortodontia. por ser visualizado externamente. Porém. será perpétua. elas são o resultado de uma amostragem. convém não esquecer que a linha SN apresenta. entre outras coisas. Utiliza o porion ósseo verdadeiro. também sofrem distorções nos casos que se afastam demasiado dos parâmetros estabelecidos como normais para o grupo em que foram estudadas. Johannesburg. com um mínimo de trabalho para o operador. não relaciona a maxila e a mandíbula com o crânio. A linha I. denominada de WITS. ainda que restritas à área dentoalveolar. a do Sul. Análise de WITS A análise de WITS25. Projeta verticalmente ao plano oclusal funcional (plano que passa sobre molares e premolares e não utiliza o entrecruzamento dos incisivos) os pontos A e B. de Interlandi. . oferecem valiosas informações. criada por Alexander Jacobson. entre "a" e "b". Dentre as análises que foram idealizadas nos últimos tempos. destacamos duas que. A medida é po "b" e negativa quando o ponto "b" está à frente do "a". surgiram outras análises. e o WITS de Jacobson. África do Sul. O padrão de normalidade é de 0 (zero) a -1 mm. 25 WITS é a sigla da University of Witwatersrand. descrita anteriormente. nas quais reconhecemos grande validade. Mede a distância entre as duas projeções a e b.Em decorrência destas críticas e da evolução da ortodontia. Prefere relacioná-las junto a região dentoalveolar. Proportional Template de Jacobson A análise do "Proportional Template"26 de Alexander Jacobson é de simples manejo e facilita a interpretação das anomalias dentofaciais. esta visualização ficava somente na mente do profissional. em uma sequência lógica. Análise de Ricketts (Comentários) Ricketts. Caso clínico inicial VTO "Template" = Lâmina plástica transparente com traçado de estruturas anatômicas. que superpostos ao diagrama inicial do paciente facilita a interpretação dos desvios da normalidade. linhas e números. 26 . Até então. em 1977. sobre crescimento e os resultados de um tratamento. proporcionando informações sofisticadas. baseando-se na idéia de Holdaway. A proposição do VTO de Ricketts é o intento de visualizar graficamente o que se pretende com o tratamento. planejou o Objetivo Visual de Tratamento (VTO). do início até o fim de um caso. que é um procedimento que permite pensar. Este sistema oferece grande ajuda para o diagnóstico e planejamento da cirurgia ortognata. delegamos a tarefa de suscintamente contar ao leitor alguma coisa da análise de Ricketts. foi um dos primeiros a divulgar a análise de Ricketts no Brasil. A Eros Petrelli. havia muitas previsões que eram baseadas em observações pessoais. À partir de 1974. em 1968. intitulado "The influence of orthodontic treatment on facial growth and development". passou a liderar a divulgação desta análise em nosso país. Em 1965. por meio de publicações e cursos. no mês de julho. em maio. e o segundo publicado no The Angle Orthodontist. e indicar-lhe o caminho para seu aprendizado. 27 . sendo o primeiro publicado no American Journal of Orthodontics. resultando na análise atualmente usada. com probabilidade de acerto em 85% dos casos. A análise é efetuada em norma lateral a em norma frontal. Newton de Castro. Em norma lateral ela é composta de 32 fatores distribuídos em seis sessões denominadas campos: Campo Campo Campo Campo Campo Campo I: dentário II: esqueletal III: dentofacial IV: estético V: craniofacial VI: estruturas internas Professor Chefe do Departamento de Ortodontia na Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Paraná. Análise Cefalométrica de Ricketts (Comentários) Por Eros Petrelli27 O marco básico da divulgação desta análise foi a publicação de dois artigos em 1960. pouco comprovadas. principal líder do SPRO. sob o título "A fundation for cephalometric communication". a experiência de muitos casos e a comprovação de resultados acumulados em computador deram ao VTO uma previsão objetiva. quando Ricketts apresentou o VTO. Ricketts iniciou uma nova série de investigações usando o computador. a Sociedade Paranaense de Ortodontia.No início. Com o passar dos anos. A análise frontal apresenta-se em 18 fatores. Arco mandibular Convexidade 6. fecha 1/2º cada ano Ângulo aumenta 1/2º cada ano Alteração = -1mm cada 3 anos Nenhuma alteração com idade Nenhuma alteração com idade Altera 1mm por ano Menos protusivo com o crescimento A análise foi elaborada em pacientes com a idade média de nove anos. dando-se a media das grandezas encontradas. Convexidade do ponto A Dentes 7. . Incisivo inferior para APg 8. Lábio inferior para plano E Médias 90º + 3º 87º + 3º 26º + 4º 47º + 4º 26º + 4º 2mm '2mm +1mm '2mm 22º '4º Idade + 3mm 2mm '2mm Para 9 anos + Alteração Nenhuma alteração com a idade Alteração = +1º cada 3 anos Alteração = -1º cada 3 anos Nenhuma alteração Arco mand. É um plano visual para prever o crescimento normal do paciente e antecipar os resultados do tratamento. Eixo 2. desenvolvam-se áreas de avaliações específicas para a orientação sistemática do tratamento ortodôntico. Para a aplicação clínica diária o mais comum é o uso da análise sumária. Molar superior para PTV Perfil 10. Profundidade (ângulo) facial 3. O VTO (objetivo visual de tratamento) permite ao ortodontista visualizar as alterações que deverão ocorrer durante o crescimento e o tratamento. estabelecendo os objetivos individuais que almejamos atingir para aquele paciente. como também o desvio clínico e as alterações decorrentes da idade. Esta previsão foi desenvolvida por Ricketts e denominada VTO por Holdaway. Altura facial inferior 5. O uso deste dispositivo permite que. sobreposto ao cefalograma inicial. dividida em quatro áreas com dez fatores: Mento no espaço 1. Inclinação do incisivo 9. Plano mandibular 4. R. 1977. 11. J. 313 p. 1970. Apr. J. LANGLADE.. Orthodontics. Oct.. 1977. CHACONAS.. Analysis. Maloine. Angle Orthod. Massachusetts. Angle Orthod. R. 1972. Am. Dec. PETRELLI. F. Orthod. May 1960.. W. Terapia bioprogressiva. 1980. 42(3): 179-99. M. . Jul. Rocky Mountain. 1976. R. Sao Paulo. Angle Orthod. PETRELLI. M. Angle Orthod. 11(12): 820-34. 1981.lun. set./dez. The influence of orthodontic treatment on facial growth and development. E. Paranaen.ed.. 1980. Jul. —. Jul. jan. 1981. 30(4): 130-33. 5(3): 167-73. J.. 41(5): 330-57. Bioprogressive therapy as an answer orthod. Análise Cefalométrica de Ricketts. Angle Orthod. —. 1961. C. 3. RICKETTS. Clin. Análise Cefalométrica de Ricketts.. —. ed. Apr. E. Santos.. An Orthodontic Philosophy. 6(4/5): 199-214. Cephalometric analysis and synthesis. Parte I. Cephalometrie Orthodontique.. Ortodont.. 3 7(3): 141-56. Denver. 40(2): 129-37. —. 1982. W. Paris. 70(4): 359-97. —. Visual treatment objetive or VTO. Eros Petrelli. —. BENCH. Orthod. Parte II. S. 1978. 51(2): 115. A foundation for cephalometric communication. Perspectives in the clinical application of cephalometrics. Trad. PSG Publishing Co. 180 p.50. The value of cephalometrics and computerized technology. the interim. GUGINO. Paranaeen. 284 p. 1960.. et alii.Leitura Recomendada BENCH. et alii. 1982. 1982. The dentition of the South African Negro. A. JACOBSON. R. 38: 820-33. Orthod. Orthod. et alii. A. Anniston.. Telma Martins. Denver. 70(2): 179-89. June 1976. RICKETTS. Gaúcha de Odont. Nov. Critical evaluation of the ANB angle. Fac.. A. 269 p. N.. Denver. et alii. 9(2): 283-310. RICKETTS. A. et alii. UFRJ. Odont. 30(1): 53-8. A. São Paulo. jul-dez. Referências Bibliográficas ARAÚJO. Orthognathic diagnosis using the proportionate template. Am. J. JACOBSON. et alii. 1972. A.. F. 620-5. & BERTOZ. Bioprogressive therapy. R. 1982. J. J. out. Am. A. Application of the WITS appraisal. 1971. 1976. Orthodontic diagnosis and planning. 1980. Rocky Mountain. S. R. Rocky Mountain. M. M.RICKETTS. Linha I na análise morfodiferencial para o diagnóstico ortodôntico. Mátodo de ajustamento das análises cefalométricas. GALVÃO C. Orthod. Rio de Janeiro. An overview of computarized cephalometrics. M. N. Oral Surg. Higginbotham. jan. Faculdade de Odontologia. 69(6): 648-54. Inc. Orthod. 1976. 367 p. GALVÃO C./mar. G. Gaúcha de Odont. RICKETTS. Rev. JACOBSON.. Rev. 1983. Alabama./dez. FERRAZZINI. 1979. A. Jan. Estudo cefalométrico através da avaliação do WITZ em jovens brasileiros. . Am. Rev. 61(1): 1-28. J. Conceitos e Análises. R... Cefalometria. 28(4). 1980.. M. Am. Jun. avaliação WITS e APDI. J. 69(6): 620-5. Orientation-sellanasion or Frankfurt horizontal. INTERLANDI. A. A. Am. British J. Nov. N.JACOBSON. Feb. 7:183-4.. e alli A Cephalometric Evaluation of Brazilian Prehistoric Man Publlished: Journal of the Dental Association of South Africa. C. Anthrop.B. R.. Phys. E. 1980. The craniofacial pattern of the Lengua indians. JACOBSON. & PEARSON. Feb. PEREIRA. et alii. Am.cleber. A. 67(2): 125-38... JACOBSON.com. The proportionate template as a diagnostic aid. . 1975. C. 75(2): 156-72. 47: 467-72. Orthod. The WITS appraisal for a sample of the South Wales Population. J.br/preston.html ROBERTSON. J. Orthod. Am. The WITS appraisal of jaw disharmony. 38. J. 1977. J. 1979. 627-631 www. Orthod. Capítulo XIV Cefalometria Computadorizada (Em construção) . Prof.br/revista/biblioteca/tomografia 28 . Sérgio Lúcio Pereira de Castro Lopes.org. Disponível em formato digital na Internet: www.acbo.Sumário • Cefalometria Computadorizada o Introdução o A Análise Cefalométrica o Mesas Digitalizadoras o Telerradiografia no Monitor do Computador28 o Programas Veja também "Noções de Exames por Tomografia Computadorizada e Seu Uso na Odontologia" . pode ser efetuada pelo computador. seu funcionamento e utilização. apenas. a fornecer conhecimentos básicos aos iniciantes. Juntamente com o aumento da utilização da cefalometria na ortodontia. antiga ou atual. esclarecer como as diferentes técnicas de cefalometria podem ser realizadas através dos processos computadorizados. normas e padrões não são alterados e permanecem os mesmos de quando é executada da forma convencional. entretanto. Pretendemos. Suas características. daí foi natural que se procurasse o computador para a execução organizada desse trabalho. com a introdução dos microcomputadores. dependendo naturalmente da existência de programação e de equipamentos apropriados.Cefalometria Computadorizada Introdução Antonio de Almeida Cléber Bidegain Pereira Paulo Roberto Tatsuo Sakima Este capítulo é de natureza informativa. os componentes essenciais do sistema. Não é nosso propósito discutir a validade de determinados procedimentos cefalométricos ou as filosofias ortodôntica que os geram. É oportuno esclarecer que qualquer técnica de cefalometria. sobre a utilização do computador no processamento da Cefalometria Radiográfica e condições para sua aplicação na clínica. aumentando a complexidade dos dados a manipular. de forma sucinta. Esta forma de cefalometria computadorizada inicialmente foi privilégio apenas de alguns centros de pesquisa. destinando-se principalmente. Serão abordaremos. houve um aumento da qualidade e quantidade das informações por ela fornecidas. Uma análise não se modifica pelo fato de ser computadorizada. a cefalometria tornou-se viável para utilização rotineira em consultórios e Centros de Radiologia. A Análise Cefalométrica Nosso objetivo é analisar cefalometricamente e o processamento da análise pelo computador é apenas uma das formas de realizar o trabalho. . a análise computadorizada. muito especialmente Joel Claudio da Rosa Martins.Vários autores desde 1996). H. Faber e outros 1978).R. (Ricketts 1972) no âmbito internacional e. nos últimos anos. radiologista ou por auxiliares treinados. podem ser realizados pelo ortodontista. concluindo que esta é mais precisa do que a cefalometria manual. A Cefalometria Computadorizada (CC) foi bem recebida pela comunidade científica da Odontologia que. O. 2001). Lídia Parsekian Martins e Paulo Roberto Tatsuo Sakima (Goldreich. estas tarefas são rápidas. As informações obtidas nas medições e análises têm permitido o desenvolvimento de outros aplicativos. de imediato. como as previsões de crescimento (Tavano. P. seguras e facilmente realizadas com o auxílio do computador. entre nós. criando-se programas e sistemáticas (Confiabilidade da Cefalometria Computadorizada . mas.29 29 Avaliação de um programa de traçado cefalométrico www.br/revista/biblioteca/computadorizada_felicio . recolocação da mandíbula (Pereira 1993 e 1994).acbo.UNESP. ao ponto de se poder afirmar que atinge a quase totalidade dos estudos cefalométricos. 1981). 1971 e 1982. 2001) investigaram o erro em cefalometria computadorizada.org.T. Permanece igual o erro do operador em marcar os pontos cefalométricos. ganhando-se qualidade e tempo para o desempenho de outras atividades (Horn e Segu. absorvem considerável parcela de tempo de trabalho. N. pois elimina o erro do operador na marcação dos valores. passou a investigar e comprovar sua aplicabilidade e precisão. No entanto. as “normas” comparativas e as visualizações de objetivos de tratamento estão se tornando importantes reforços para o arsenal da moderna Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares. o grupo da Faculdade de Odontologia de Araraquara da Universidade Estadual Paulista . Ricketts liderou estas pesquisas. simulações de tratamento (Charron. 1998) (Sakima.A execução mecânica dos procedimentos técnicos e a ordenação e o arquivamento das informações resultantes.¹ O uso da cefalometria computadorizada cresceu extraordinariamente. et al. a radiografia é diretamente inserida na MD e aí são marcados os pontos craniométricos.Mesas Digitalizadoras No início dos anos 90 apareceram programas de cefalometria que recebiam os dados através de Mesas Digitalizadoras (MD). Mesa Digitalizadora translúcida. é feito um traçado cefamétrico e marcação dos pontos em acetato no negatoscópio. As MD podem ser translúcidas ou não translúcidas. daí este cefalograma é levado para a MD e os pontos transferidos para o computador. no negatoscópio. Mesa Digitalizadora não translúcida. o cefalograma em acetato onde são marcados os pontos cefalométricos. As MD translúcidas têm iluminação de baixo. sem necessidade de ser desenhado o cefalograma. As MD não translúcidas carecem de que se trace. as quais têm alta precisão. O traçado é levado para a Mesa Digitalizadora e daí transferido para o computador. com precisão absoluta. . como um negatoscópio. o próprio programa monta o traçado para a impressora. os pontos são marcados diretamente. A) Introdução dos dados com mesa não translúcida. B) Introdução dos dados usando imagem digital. A) Introdução dos dados através de scanner e marcação dos pontos na tela do monitor. B) Introdução dos dados usando mesa translúcida. . de tal forma com programas excelentes. (buscar os trabalhos que comprovem a precisão dos dois métodos. a utilização das MD continua sendo um método altamente preciso. Porém. . Então foram desenvolvidos programas que possibilitam marcar os pontos cefalométricos na tela do computador com o mouse. que dominou o mercado. Hoje.No início. Vários pesquisadores comprovaram que tanto o método da MD como a marcação de pontos na tela do computador são altamente precisos. havia dificuldade em conseguir as MD. Ressalta-se naquele então que os monitores não tinham telas planas e as telas curvas despertavam injustificada desconfiança. mas o método da tela do computador evoluiu. Desta forma preponderou a metodologia que utiliza a tela do computador e que dispensa a Mesa Digitalizadora. a quais eram caras e não fabricadas no Brasil. há excelentes Mesas Digitalizadoras fabricadas no Brasil. sem inconvenientes. por preço baixo. vantagens e desvantagens). Hoje é fabricado no Brasil. Assim estão aptas para serem inseridas direto nos programas de cefalometria existentes no mercado. por preço menor e grande facilidade. Os trabalhos de Sylvania Moraies e de Flavia Amoy comprovam que ambos os métodos são confiáveis. Mesmo com ferramentas de calibração linear da imagem. o qual. O “scanner” é o sistema mais confiável e preciso. No mundo moderno as radiografias são digitais na origem. o adaptador de transparência. para que se possa ter imagens fotografadas com pouca distorção é necessário que se tenha equipamentos fotográficos com boas lentes e aprimorada técnica. Nos EUA há programas que adotam a imagem fotografada como rotina. de acordo com alguns testes que fizemos gera diferenças significativas que interferem nos fatores do cefalograma. Quando as radiografias não são digitais há necessidade de serem digitalizadas. Somente o centro pode ser confiável. Então se apresenta a dificuldade que devem ser reproduzidas com fidelidade e facilidade. as falhas podem ser significativas.Telerradiografia no Monitor do Computador Para utilizar o sistema que marca os pontos na tela do computador é necessário que as radiografias sejam digitais ou digitalizadas. Porém. O efeito que se deduz da física se deve à curvatura da lente que provoca distorção geométrica nas regiões periféricas da imagem. no início era caro e de difícil aquisição. visto que pelas leis da física a imagem fotográfica apresenta distorções principalmente nas bordas. Para fotografar recomenda-se utilizar toda a potencialidade da lente. o uso da câmera digital. Fotografando na maior distância possível e utilizando somente a parte central do campo fotográfico. de fabricação brasileira. O método de fotografar com câmera digital. presentes em alguns programas. Este efeito pode ser minimizado usando-se um potente zoom ótico e tirando a foto o mais . que são excelentes. porém não de total confiabilidade. direto do negatoscópio é um sistema muito usado. Não nos parece um bom caminho. porém há necessidade de que tenha um implemento. Caso contrário. presença de dentes etc. isto é. Isso faz com que se use apenas a parte mais central da lente que é quase plana.longe possível da radiografia. reduzindo o efeito maléfico causado pela curvatura da lente. de seu ângulo de visão). todas as partes da imagem são influenciadas uniformemente. Essa distorção é linear e constante.br/cefalometria_spo2002.br/revista/biblioteca/scanner_foto Cefalometria Computadorizada e os Serviços de Documentação Ortodôntica (VCETOO. cronologia. isto é.org.acbo.com. por se tratar de uma projeção cônica.30 Avaliação de Dois Métodos de Digitalização de Radiografias Cefalométricas www. Mas não é adequada para se fazer mensurações. vimos recomendar a utilização dos “scanners” como sistemática padrão para a digitalização de radiografias com fins cefalométricos. Em resumo. A maneira de se anular essas distorções são por meio de projeção cilíndrica. fotografar radiografias geram imagens que pode ser boa quando utilizada apenas para avaliar estruturas anatômicas. faz com que a imagem gerada tenha distorções diferentes para cada porção de imagem. CRANEUM) www. Já na imagem fotográfica.org.br/revista/biblioteca/digitalizacao_radio Análise Comparativa Entre Imagens de Telerradiografia em Películas Digitalizadas através de Scanner e Máquinas Fotográfias www. e o método de eleição para a geração dessa imagem é pelo uso de “scanners”.htm 30 . Observação: A imagem radiográfica gerada na telerradiografia lateral apresenta ampliação da imagem. Isto posto. a influência da objetiva (em especial. sendo radial.craneum.acbo. à medida que se distancia do centro da imagem. a distorção aumenta. chamado sistema operacional.Programas Um programa é o conjunto organizado de instruções específicas. Para atingir sua finalidade. Os dados introduzidos alimentam os ciclos de informação. foi desenvolvida para rodar nas versões do sistema operacional Windows. A operacionalidade do microcomputador depende de um conjunto de programas interligados. atuais. A qualidade e a quantidade dos dados introduzidos. . Os programas precisam ter compatibilidade com o sistema operacional instalado no micro. o software depende de dados. A maioria dos programas de cefalometria. para solução de suas proposições. o grau de elaboração do programa e a técnica de operação. para funcionar. As informações produzidas no ciclo anterior realimentarão o ciclo seguinte. por sua vez. que informam ao computador que tarefas deverá realizar. pelo usuário. que comanda o funcionamento do micro e gerencia a relação máquina-software. são essenciais à qualidade da informação resultante. existentes no mercado. irá produzir mais informações. Os programas de cefalometria computadorizada são de um tipo denominado programas de aplicação e se destinam à utilização. Estes dados ou informações irão alimentar o sistema que. Em alguns programas são associados bancos de imagens para fotos intra-orais. e até a opção do usuário fazer seu próprio conjunto de medidas. como foi dito acima. As sobreposições de traçados seqüenciados e a sobreposição para comparação de um traçado com o que seria a "norma" para o caso. A capacidade de armazenar e de recuperar rapidamente os dados das análises. etc. também criou a necessidade de complementação com outros tipos de programas. no planejamento e no controle da evolução do tratamento (monitoramento). alguns programas para cefalometria passaram a oferecer as análises de diversos autores. de visualização dos objetivos do tratamento e de simulação de tratamento ortodôntico e cirúrgico. analisando-as em separado. os bancos de imagens. Toda essa gama de opções representa importante ajuda no diagnóstico. como os de previsão de crescimento facial. necessitam de bancos de dados para guardar as análises de diferentes pacientes e as análises do mesmo paciente. Assim. Mas.Este processo crescente permitiu que o software para cefalometria se tornasse mais abrangente. mas. . de modelos e radiografias. como os bancos de dados. favoreceu as pesquisas e o desenvolvimento de outros programas. também ficaram disponíveis. faciais. oferecendo ao usuário outras opções para trabalho. V.com.B.B. Trans.br/cefalomet.R. 10 . H."ORTODONTIA".com.html 9 . et alli .br/tesePauloSakima.br/posicao2.N et alli.Idade Óssea Carpal Computadorizada.org. 25 Maio/Jun.html 7 ..Efeitos dos Erros de Projeção sobre as Grandezas Cefalométricas das Análises de Steiner e McNamara . & SEGU.com. C. Soc.RICKETTS.Posição da mandíbula na cefalometria . C. C.An overview of computadorized cephalometics Am.cleber.com. Orthod.CHARRON. 53:248-56.FABER. 73(1):36-46. SPO . 1993.L´Orth. J.cleber.br/revista/revista/idade_carpal 3 . J. 3 .PEREIRA. . M.pdf www.1998.com. Orthod. 2 . 5 .T.GOLDREICH.Dissertação de Mestrado. 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Capítulo XV Cefalometria Computadorizada Dolphin Imaging na Cefalometria Computadorizada e Diagnóstico Dento-Facial . (Hall & Bollem.. assim como sua eficiência na previsão facial computadorizada (Gosset et al. imagens digitalizadas das teleradiografias e/ou radiografias digitais como protocolo confiável (Smith et al. Cientes e incorporando as evidências científicas. 2005. Faltin A busca por uma alternativa de cefalometria através da digitação sônica diretamente no paciente. Ele está atualmente presente em 90% dos programas de PósGraduação em Ortodontia-Ortopedia Facial e 60% dos Programas de Pósgraduação em Cirurgia Buco-maxilo-facial nos Estados Unidos. 2006). . comparando este sistema com a cefalometria computadorizada convecional manual e/ou por digitação computadorizada sobre às teleradiografias. inúmeros estudos clínicos de diagnóstico (amostragens amplas)... Sua confiabilidade (a nível de 95%). O sistema permite ainda a sobreposição das fotos digitais do paciente sobre o traçado cefalométrico e imagem radiográfica. Estudos neste sentido reforçaram a reprodutibilidade e precisão pelo método da digitação computadorizada (Dolphin Imaging). Dois anos mais tarde após investimentos e pesquisas na área. Tsang & Cooke. ou melhor. possibilitando assim traçados cefalométricos e imagens predictivas do planejamento/objetivo terapêutico proposto (VTOs ortodônticos/ortopédicos/cirúrgicos e VTG com/sem crescimento) tanto de tecidos duros como de tecidos moles. Rolf M. o método Digigraph para cefalometria.). 1a. 2005 e Santoro et al. 2005. a Dolphin System passa a direcionar toda sua tecnologia em softwares e engenharia gráfica computadorizada para a cefalometria por digitação direta sob as teleradiografias.Dr. surgia pela firma Dolphin System. 2004. Este produto visava à partir da aquisição dos pontos cefalométricos diretamente do paciente pela digitação sônica suplantar a necessidade de teleradiografias faciais para o estudo cefalométrico dos pacientes. Em meados de 1995. Maple et al. 2001). sem a necessidade de tomada radiográfica e exposição a radiação foi idealizada pelo visionário Dr. b). o método evolui para aquisição de tecidos duros e moles da face. 1997. evidenciaram pouca reprodutibilidade e confiabilidade no método pela digitação sônica.Marc Linden nos Estados Unidos em 1988. 1999 e Doll et al. Power et al. reprodutibilidade e riqueza de recursos para diagnóstico cefalométrico e previsão facial consolidam o sistema Dolphin Imaging como um dos mais conceituados e eficaz sistema (programa) em âmbito internacional à disposição dos profissionais da área de saúde envolvidos no diagnóstico e previsão facial (Fig.. no entanto apesar da precisão do método quando comparado a digitação em crânios secos. Fig. observa-se os horizontes em plena expansão. assim como as ferramentas do sistema Dolphin para uma nova porém já atual era da 3ª dimensão. 2). Trata-se da atualidade e de novos rumos em cefalometria computadorizada e imagens em 3ª dimensão otimizando nossos diagnósticos. permitem um diagnóstico tridimensional complexo e inovador a partir das tomografias com putadorizadas e imagens/fotos da face em 3ª dimensão (Fig. 1a) Previsão Facial de Crescimento com Tratamento exemplificada em caso clínico em crescimento (VTG+VTO).Atualmente. Novos recursos do sistema. o módulo 3D. . previsões faciais e consequentemente nossos planejamentos e tratamentos. 1b) Previsão Facial de Tratamento Ortodôntico-Cirúrgico exemplificada em caso clínico sem crescimento (VTO). . Fig. 2) Imagem 3D de tecidos duros e moles sobrepostos em reconstrução tridimensional com Dolphin Imaging 3D a partir de arquivo DICOM gerado por tomografia de feixe cônico (CBCT).Fig. FAUCHARD. SOLONCHONE. Trans.br/errojoel. 53:248-56. DOLL GM..J. 1999. 63 (5): 609-17. n. Am.cleber. 557-573.J. SPIE OE Reports.E. n. A. J. KRUMMENAUER F. Soc.T. YOUNG C. 62(2): 116-32. 1982. La Chirugien Dentiste au Traité des Dents. FABER. Reliability and validity of the DigiGraph 100 in orthodontic diagnosis. p. Computorized interactive orthodontic treatment planning. 1997. et al.. R. 3 – n. www. 2005. DUAILIBI M.J. The role of passive muscle tensions in a three-dimensional dynamic model of the human jaw. Revista Dental Press . Arch Oral Biol. 67 (5) : 365-72. Prediction accuracy of computer-assisted surgical visual treatment objectives as compared with conventional visual treatment objectives. 2001.7. Orthod. 3 (1) : 1-8. Eur. 186. Technology and trends for the International Engineering Community. 523-528. Orthod. 44. J Dent Res. Angle Orthod. n.v. 1999. D. PRESTON CB. CHARRON. C.E.. C. LANGENBACH. v. Lab studies human.. June. Informatique en orthopédie dento-faciale: realisations et prospective. 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CD32 Introdução O estudo por imagens – imagenologia – tem evoluído aceleradamente nas últimas décadas nas ciências da saúde. 31 . com conseqüente dificuldade para a marcação de pontos cefalométricos4. 2005). Ann Arbor.5 (Lagravère e Major. Conforto maior para o paciente se revela na posição do corpo – sentado (figura 1) – e no aspecto físico do TCCB. São Paulo. comparado com cerca de 2000 usv de uma varredura por TC Fan Beam (TCFB)2. menos intimidador e menos “claustrofóbico” do que seus congêneres TCFB e também no tempo de aquisição das imagens.3 (Cevidanes). Mestrando em Ortodontia da PUC . As medições não refletem a realidade uma vez que há projeções e sobreposições de estruturas bilaterais. Na odontologia só mais recentemente passou-se a explorar esse terreno fértil das imagens obtidas através de radiográficas digitais. A evolução tecnológica nesta área permitiu avanços também na redução de radiação ionizante a que são submetidos os pacientes. as medições em cefalometrias tradicionais são realizadas em imagens 2D de estruturas 3D. no diagnóstico de Disfunções Temporomandibulares (DTM) e na Implantodontia. Coordenador do Programa de Educação Continuada em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares – CTPOFM (Belo Horizonte. 2005 e Major et al 1994). ressonância magnética (IRM)1 (Halazonetis. no caso face e crânio humanos. Tomografia Computadorizada (TC). Ao longo de mais de meio século. Curitiba e Cuiabá).. dando ao paciente uma dose efetiva de 100 usv.Minas (IEC). magnificadas de maneira diferente. CD31 Bruno Frazão Gribel. como. por exemplo. porém de maneira tímida e incipiente. Porém. etc. a tradicional moldagem dos arcos dentários será eliminada e a prototipagem rápida será responsável pela criação de modelos em diferentes tipos de material. como já acontece na obtenção de guias cirúrgicos na Implantodontia e Cirurgia Ortognática. Os programas de computador bem como os próprios computadores evoluíram também. Algumas tentativas de se aplicar a TC com vistas a se obter uma cefalometria 3D foram realizadas no final do século passado7. Contudo alguns estudos mostram diferenças das estruturas medidas nos filmes com aquelas medidas por ferramentas específicas dos programas de computador1 (Halazonetis. Koenig HA. A .8 (DeFranco JC. 2003.10 (Kim et al. permitem a aquisição das imagens cruas (raw data) e a sua posterior utilização por softwares específicos para medições sem distorções. 1976. 1976). Para maior precisão projeções ortográficas devem ser geradas. as imagens 3D geradas a partir dos dados obtidos durante o exame. Davis JC. ao passo que o TCFB pode. retidos/impactados/ectópicos e também em casos de agenesias9. podem ser projetadas em uma película ou filme ou ainda na tela de um computador. num processo conhecido como prototipagem rápida e que auxilia a antropologia. a cirurgia reconstrutiva de face. através do protocolo de aquisição de imagens para tecidos moles. etc. 2005). que são “impressas” ou esculpidas por impressoras especiais. com precisão de centésimos de milímetros. Estas imagens podem servir de orientação também para obtenção de copias físicas em gesso. com o barateamento da tecnologia. 2005). e hoje computadores pessoais de características medianas podem mostrar essas imagens com ótima qualidade. As imagens por TC também podem ser utilizadas no diagnóstico de dentes supranumerários. bem como nas próteses reconstrutoras de face. O TCCB tem como principal objetivo a visualização dos tecidos duros. visualizar estes tecidos. que podem deformar as imagens 3D geradas1 (Halazonetis. Nakajima et al.5 (Lagravère e Major. De maneira geral. Em breve. Chaconas SJ. 1998). 2005 e Major et al 1994). As distorções na localização de estruturas bilaterais acontecem em virtude da diferença de profundidade dos campos avaliados4. Burstone CJ. acrílico ou cera.se emprega um sistema de análise cefalométrica computadorizada6 (Gribel. tanto Cone Beam (TCCB) quanto Fan Beam (TCFB). Caputo AA. Os tomógrafos computadorizados. a medicina legal ou forense. 2005). como os músculos (figura 2 e 3). pois são mais adequadas do que as projeções em perspectiva. Sassouni e outros. onde a simetria facial é avaliada. Dolphin. 6 e 7) podem ser analisadas em profundidade. além das relações entre base de crânio. desde o Plano Coronal11 até pontos utilizados em vários tipos de cefalometria.e que podem ser importadas por vários sistemas e softwares independentes como Mimics. McNamara. InVesalius. com precisão e acuidade de centésimos de milímetro (figuras 10 e 11). COMPASS (Bússola) significa uma avaliação craniofacial extensa.obtenção de guias para personalização e individualização de braquetes e seu posicionamento estará. obtido pela reconstrução volumétrica tridimensional. Coronal (Ortogonal a Camper e/ou Frankfurt. etc. etc. Este é o procedimento inicial para o Protocolo “Compass” (Computerized Assessment) desenvolvido por nós. onde então servem de base para a execução de uma avaliação craniofacial tridimensional. tais como Camper. InVivoDental. são realizadas a medições lineares e angulares. Frankfurt. como Bimler. as distâncias póstero-anteriores. Esse protocolo de avaliação das imagens tomográficas visa ampliar as possibilidades de observação das cefalometrias 2D. utilizadas como exames complementares. bem como no crânio “virtual”. Esta avaliação se inicia. geralmente. padronizado na medicina ao redor do mundo – são as imagens JPG da área da saúde . Podem ser medidos. os desvios horizontais. As inclinações. maxila e mandíbula nos três planos do espaço. em norma lateral e frontal PA. Mais do que uma cefalometria tridimensional. pela determinação de planos anatômicos de referência. Os dados crus podem ser arquivados no formato de imagens DICOM. volumes e características dos músculos da face e das vias aéreas superiores.) e pela marcação de pontos anatomo-radiológicos (figuras 4 e 5). à nossa disposição. . dentais e também articulares. uma vez que as articulações temporomandibulares (ATM) podem ser visualizadas e os espaços articulares analisados (figuras 8 e 9). Coronal e Sagital). Sagital Mediano. angulações e posições dentárias (figuras 5. Além das medições relativas à estrutura óssea. contribuindo para um diagnóstico seguro e eficaz da má oclusão nos seus componentes esqueletais. em cortes axiais. Uma vez determinados estes planos e pontos. também é possível realizar-se avaliações de tecidos moles em 3D. Ricketts12. tanto para tegumento (Análise facial 3D) quanto para formas. que podem ser visualizados em janelas com os três cortes de praxe (Axial. sagitais e verticais da mandíbula e do plano oclusal são identificados. utilizando as ferramentas presentes no próprio sistema computadorizado. em breve. Burstone CJ. 2003) e Classes III. Hanley KJ. Uma avaliação craniofacial tridimensional através do Protocolo COMPASS (Computerized Assessment) pode contribuir para o diagnóstico mais preciso destas e de outras más oclusões. Figura 1 . 1984) em mordidas cruzadas unilaterais posteriores ou em Classes II. assim como permite a observação e a mensuração de espaços articulares nas ATM (articulações temporomandibulares). no desvio da maxila ou de toda a mandíbula. .A localização precisa da mandíbula no contexto craniofacial é essencial. 22 e 23 . 2003 e Forsberg CT.14 (Trpkova. quer seja de maneira ortopédica ou cirúrgica. por exemplo. Quando o DLM está identificado como proveniente de desvios dentais. nos casos de desvios de linha média (DLM)13. 19. Quando é identificado desvio mandibular.Paciente posicionado em tomógrafo cone beam para obtenção de imagens. 20. O Diagnóstico Diferencial nestes e em outros casos é. 1997). e não na compensação ou camuflagem através do movimento dental puro. nos dentes da mandíbula. indica-se a correção através dos movimentos ortodônticos. fundamental18. A origem do DLM pode estar presente nos dentes da maxila. 21. subdivisão16 (Hesse. ou ainda na combinação dessas possibilidades17 (Gribel. isso implica na correção do desvio mandibular. 2002). fator importante também no planejamento de correções ortopédicas funcionais. subdivisão15 (Azevedo. cirúrgicas e protéticas (figura 12). portanto. ortodônticas. Figura 4 – Tela de Análise Antro-pométrica. Os planos de referência são identificados e orientam a localização espacial dos dentes e ossos da face.Figuras 2 e 3 – Reconstruções 3D para tecidos moles (músculos). Os pontos anatômicos podem ser marcados sobre as reconstruções 3D em qualquer posição ou diretamente nas imagens de quaisquer dos cortes obtidos pela tomografia. Figura 5 – Pontos dentários são também marcados sobre os dentes virtuais e/ou sobre os cortes tomográficos. . Assim podem ser calculados o perímetro dos arcos dentários. Protocolo COMPASS. as dimensões transversais. além da posição precisa de cada elemento dental em relação aos planos de referência no crânio e face. angulações e inclinações axiais. Figura 10 e 11 – Medições são obtidas de acordo com o Protocolo COMPASS (Bússola) levando em conta os pontos e planos de referência. Observe neste exemplo como as inclinações dos Tubérculos Articulares das ATM apresentam forma e inclinações diferentes. . bem como as cabeças da mandíbula se apresentam com dimensões e formas diferentes. lado cruzado. relacionadas no caso.Figura 8 e 9 – Os espaços articulares e anatomia das ATM podem ser acessados no crânio virtual e nos cortes tomogáficos. com a mordida cruzada posterior e a mastigação predominante do lado esquerdo. alterações na forma dos dentes. patologias. é mais facilmente visualizada.Imagem semelhante à tradicional radiografia panorâmica. onde a presença de alterações das curvas de irrupção. . Podem ser geradas inúmeras imagens como esta.Figura 12 . extranumerários. porém sem distorções ou magnificações. fraturas etc. Landmark identification error in posterior anterior cephalometrics. 614–621. O. 2005: Two. SidcccW 3. Lagravère M. Kim. 6. 127 : 627-37. Proffit WR. 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