Casos Clinicos Dor

March 27, 2018 | Author: Bruno Belarmino de Queiroz | Category: Clinical Medicine, Drugs, Medical Specialties, Pain, Medicine


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Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES Pró-Reitoria de Ensino Atividade Avaliativa Acadêmico (a) ____________________________________________________ Data: 05/11/2012 Disciplina: Farmacologia Odontologia Professor (a): Lucília Silva Gontijo CASO CLÍNICO 1 A.G., 24 anos, sofreu queimaduras potenciais ao enfrentar um incêndio acidental em sua casa. As queimaduras encontradas pelo corpo são de primeiro e segundo graus, atingindo também uma queimadura de terceiro grau na perna esquerda. Ao dar entrada na emergência do Pronto Socorro, A.G. é tratado com morfina administrada por via intravenosa em doses crescentes, devido à presença de dor intensa. Após o desaparecimento da dor a dose foi então mantida. No dia seguinte ao acidente, foi realizado um enxerto de pele na região da perna. Durante o procedimento cirúrgico, o médico anestesista administrou no paciente uma infusão intravenosa contínua de remifentanil, juntamente com uma dose de morfina por injeção intravenosa direta 15 minutos antes do término da operação. Ao fim da cirurgia e durante os quatro dias seguintes, A.G. recebeu morfina através de um dispositivo de analgesia controlado pelo paciente. À medida que as queimaduras foram se cicatrizando, a dose de morfina foi reduzida de modo gradativo e, ao final do tratamento, a droga foi substituída por um comprimido contendo a associação codeína/acetaminofeno. Passado três meses, A.G. retornou ao hospital queixando-se de acentuada perda da sensação ao toque na área do enxerto cutâneo. Comunicou também uma sensação de formigamento persistente nessa área, com surtos ocasionais de dor aguda em punhalada. Após encaminhamento a uma clínica especializada em dor, A.G. recebeu gabapentina oral, que reduziu parcialmente os sintomas. Entretanto, retornou à clínica dois meses depois sentindo ainda uma dor intensa. Nessa ocasião, acrescentou-se a amitriptilina à gabapentina, e a dor foi ainda mais aliviada. Três anos depois, a dor remanescente de A.G. desapareceu e ele não necessitou mais de medicação; entretanto, a falta de sensibilidade na perna persiste. PERGUNTAS Questão 1. JUSTIFIQUE o fundamento lógico para a seqüência de medicamentos utilizados durante o enxerto de pele. Questão 2. EXPLIQUE por que a morfina teve a sua dose reduzida gradualmente e substituída por um comprimido com associação de codeína/acetaminofeno. Questão 3. EXPLIQUE os mecanismos que poderiam produzir dor espontânea na região da queimadura de terceiro grau dentro de meses a anos após a cicatrização do enxerto cutâneo, bem como o fundamento lógico para o uso da gabapentina no tratamento da dor crônica de JD. CASO CLÍNICO 2 E.J., 26 anos, enquanto participava de uma aula prática de química orgânica, sofreu um acidente com ácido fluorídrico. Apesar da resposta rápida em retirar a mão da capela onde estava o liquido, algum resquício do ácido atingiu as pontas dos dedos da sua mão direita. Depois de algum tempo, E.J. queixa-se de dor em queimação e latejante de alta intensidade, sendo levado imediatamente ao pronto atendimento do Hospital Santa Casa. Passado 15 dias. III e IV estão corretas. ____ A anestesia local determina a abolição de funções autonômicas e sensitivo-motoras.Bradicardia III . instabilidade e reduzida solubilidade. ____ Nas preparações farmacêuticas. ____ Por apresentarem. B) III e IV estão corretas. Os anestésicos locais podem interagir com outros medicamentos. e por que a dor em ardência cede mais rapidamente do que a dor indistinta após a administração de lidocaína? Questão 3. JULGUE os itens a seguir. como melhor difusão em tecidos moles e baixa toxicidade . D) Apenas a IV está correta. as feridas provocadas pelo incidente já cicatrizaram de forma espontânea. o que lhe confere características peculiares. juntamente com um bloqueio nervoso digital para reduzir a dor. O procedimento consistiu em uma injeção de lidocaína sem epinefrina. C) II. na forma de solução. a acidez dos sais de cloreto nos tubetes anestésicos aumenta a estabilidade das soluções anestésicas visto que as drogas anestésicas são bases fracas. porém a dor levou um tempo maior para diminuir. administrado gliconato de cálcio com o objetivo de neutralizar o ácido remanescente. Foi. A) I e II estão corretas.Hipertensão II .Hipotensão IV . então. e no caso acima ela foi abolida do seu uso. os anestésicos são comercializados na forma de sais hidrossolúveis. e a dor foi controlada com o antiinflamatório ibuprofeno. Quando esta interação ocorre com beta bloqueadores do tipo propranolol. geralmente cloridratos. Questão 1. ____ Os anestésicos do tipo éster e os do tipo amida diferem quanto à biotransformação: os do tipo éster são hidrolisados por colinesterases plasmáticas. De inicio o paciente relatou um alívio na ardência relacionada à queimadura. JUSTIFIQUE o porquê E. apresentou inicialmente uma dor em ardência antes da dor de localização imprecisa. EXPLIQUE o mecanismo de ação da lidocaína.J. é um anestésico do tipo amida combinado a um éster.O médico que o atendeu verificou que o ácido clorídrico havia penetrado nos leitos ungueais dos dedos afetados. Questão 2. seguida da aplicação do gliconato. e por isso a persistência da dor relatada pelo paciente. os do tipo amida são hidrolisados por enzimas microssomais hepáticas e têm efeito mais duradouro que os primeiros.Taquicardia Assinale a alternativa CORRETA. e os anestésicos que apresentam grande afinidade ao componente proteico do nervo têm menos probabilidade de se difundirem no local da injeção e de serem absorvidos pela circulação sistêmica. ____ A articaína. PERGUNTAS Questão 1. COMENTE por que a epinefrina é algumas vezes administrada com lidocaína. podem ocorrer alterações orgânicas no paciente do tipo: I . com relação à anestesia. Questão 2. nos dedos. sendo a duração da anestesia determinada pelo grau de ligação proteica. DESCREVENDO a que classe de fármacos ela pertence. . Em qual das situações abaixo o uso de adrenalina associada ao anestésico NÃO é contra-indicação absoluta: A) Diabetes B) Feocromocitoma C) Hipertensão severa D) Hipertireoidismo Questão 6. C) Suspender a injeção de anestésico e observar D) Acalmar o paciente e aprofundar a anestesia Questão 5. ____ Os anestésicos locais mais utilizados são as aminas terciárias. B) Entubação traqueal imediata. conferindo hidrossolubilidade às moléculas. apesar de ambas apresentarem potência vasodilatadora similar. além de propriedades lipofílicas. A) Prilocaína 0. assinale a alternativa CORRETA. habitualmente. Qual a melhor conduta? A) Tenta acalmar o paciente. normalmente de longa duração. Quais seriam a hipótese diagnóstica mais provável e a conduta mais indicada? A) Reação alérgica ao PABA\adrenalina subcutânea B) Intoxicação por anestésico local\diazepam EV C) Reação alérgica ao anestésico local\adrenalina subcutânea D D) Edema de glote idiopático\adrenalina endovenosa Questão 7. propriedades hidrofílicas essenciais para a sua penetração nas fibras nervosas. Questão 3.5% e lidocaína 2% D) Mepivacaína sem vasoconstritor Questão 1. Assinale a melhor alternativa de anestesia para a seguinte situação: Paciente que será submetido a uma cirurgia micrográfica.passa a apresentar dificuldade respiratória acompanhada de estridor laríngeo. Considerando os antiinflamatórios não esteróides (AINES). A) Adrenalina + hidrocortizona B) Bloqueador do canal de Ca + suporte avançado de vida C) Oxigênio + midazolam D) Solução intralípide 20% + suporte básico de vida Questão 4.5% sem vasoconstritor B) Associação de prilocaína 0. do tratamento de intoxicação cardiovascular por Bupivacaína. Durante uma cirurgia em que está sendo usada Procaína a 2% como anestésico. para exérese de carcinoma basocelular recidivado na face. Um paciente está sendo submetido a uma exérese de lipoma sob anestesia local (lidocaína 2% sem adrenalina) e passa a apresentar tonturas e formigamento na ponta da língua. subitamente. é mais potente que a lidocaína. Em relação ao que faz parte. o paciente. analise as questões a seguir e assinale a alternativa INCORRETA: A) Podem causar inibição do tipo irreversível e seletiva – exemplo aspirina.sistêmica. que apresentam.5% e lidocaína 1% C) Associação de bupivacaína 0. B) Podem causar inibição reversível. D) ocorre competição pelos sítios receptores causando. após investigação de queixas dispépticas. E) A inibição da síntese de prostaglandinas provocada pelos antiinflamatórios tende a diminuir a pressão arterial. C) Só devem ser usados após tentativas com medicamentos de menor risco. bem como naqueles em que a aspirina desencadeia broncoespasmo. 30 anos. C) A inibição da síntese de prostaglandinas provocada pelos antiinflamatórios tende a elevar a pressão arterial. quais os critérios que deverão reger a sua indicação e escolha. C) EXPLIQUE porque neste estudo de caso é destacado a seguinte informação:“médico não indagou a possibilidade de gravidez? Questão 5. no mínimo. O médico receitou-lhe MISOPROSTOL. não acarretando maiores efeitos adversos. diante disso a escolha deve ser baseada na toxicidade relativa. D) A descontinuação de tratamento prolongado deve ser feita de maneira imediata. aumentando os níveis dos anti-hipertensivos acima dos tóxicos. Como você poderia explicar a ela a diferença entre essas drogas? Questão 4. C) Todos os AINES têm eficácia similar. A paciente vem usando comprimidos de acetaminofeno (Tylenol) sem obter alívio da artrite. O dentista receitou-lhe ibuprofeno (Motrin). oito. consequentemente. em geral. em esquema de administração adequada. consequentemente. O restante da história clínica era irrelevante. a fim de permitir reativação funcional progressiva. confirmado por endoscopia. antipirético e antiinflamatório significativos. Questão 3. residente em Salvador portadora de artrite reumatóide em uso de AINES. B) A inibição da síntese de prostaglandinas provocada pelo anti-hipertensivo diminui a eficácia do antiinflamatório. no que diz respeito às possíveis interações. O potencial para interações é da ordem de 100% quando o número de medicamentos prescritos é de. mulher. ao surgimento da úlcera péptica. . PERGUNTA: A) RELACIONE o tratamento com AINES. Paciente. O idoso. mais o médico não indagou sobre a possibilidade de gravidez. em esquemas que propiciam resultado desejado. D) O acetaminofeno tem efeito analgésico. conveniência para o uso e custo de emprego. mas ela disse que causa irritação gástrica e prefere tomar Tylenol. teve o diagnóstico de úlcera péptica duodenal. antagonismo entre os fármacos e redução da ação do antiinflamatório. Assinale a alternativa INCORRETA: A) Só devem ser indicados em doenças ou manifestações definitivamente responsivas a eles. É considerado fármaco de escolha na substituição da aspirina nos casos de pacientes com hemofilia. Antiinflamatórios não esteróides com anti-hipertensivos β-bloqueadores costumam ser consumidos por idosos e o profissional da saúde deve alertá-los porque: A) Ocorre competição pelos sítios receptores causando. B) Empregam-se as menores doses eficazes. úlcera péptica. Considerando os antiinflamtórios esteróides. reduzindo a eficácia do anti-hipertensivo. B) JUSTIFIQUE o emprego de derivados da prostaglandina na úlcera péptica. Questão 2. pelo menor tempo possível. E) Seus efeitos colaterais são extensão dos efeitos farmacológicos. um derivado de prostaglandina. antagonismo e aumento da ação do β-bloqueador. faz uso de diversos medicamentos concomitantemente e merece ampla atenção farmacêutica. E) A melhora sintomática e não a remissão completa de doença deve ser o objetivo terapêutico. BONS ESTUDOS .
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