Casamento Caipira Atual

March 24, 2018 | Author: Ramalde Santana | Category: Priest, Elections, Marriage, Religion And Belief


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1Casamento Caipira Personagens: Noivo (Carmelindo Bode) Noiva (Janeirinda Ondulada) Pai e Mãe do Noivo (Antonio Carneiro e Josefa Ovelha) Pai e Mãe da Noiva (Dobrandino Liso e Jacutinga Crespa) Juiz (Executando Legislativo Judiciário) outros convidados. Carmelindo: (falando com sua mãe) Ai, mãe. Eu to cuma dor no estomo. Sabe aquelas dor qui vai subindo, subindo, subindo, asdespois vem deceno, deceno, deceno... Pois é bem dianssim queu to. Josefa: O que que ocê ando cumeno? Aposto que simpanturro cum aquelas porcariada la do maquedonar... O intão oce ta percisando faze uma limpeza dos intestino. Vem cá queu vô te dá uns quatro cumprimido de lacto-purga cum meio copo de óio de rícino. Amanhã ocê tira o dia no banhero, mas despois vai ta novinho im foia. Carmelindo: (choroso) Num é nada disso mia mãe. A dro de estomo queu to sintino é de sardade da minha Janeirinda. Eu só quiria ta cum ela, mas ela diz que não que mais sabe di eu. Aiais, manhe, desde aquele dia que ela me levo pra anda na tar de roda-gigante lá no Parque Barigui qui ela me abandono. Me dexo mais perdido que cachorro na procissão. I é prisso que to desse jeito. Ai, manhe, eu to sofreno muito. Já num sei mais que que eu vo faze da minha vida. Josefa: (embravecendo) Isso num pode fica dianssim. Eu vo chama teu pai i ele vai te que arruma um remédio. A Janeirinda num pode faze um mar desse pra esse mimo que ocê é, meu fio. Carmelindo: (meio espantado) Que qui oceis vão faze, manhe? Eu num quero fica sem minha Janeirinda Ondulada, aquele primor de muié, Ce sabe, manhe que ela tem um chero no sovaco que é quem nem a meia do pai despois de uma semana de uso? É um prefume que num tem dinguar. Isso sem conta o prefume acebolado que sai da boca dela. É prisso queu amo ela. Josefa: (carinhando o filho) Ô, meu tesoro. Ce tem os mermo gosto do teu pai. Foi bem prisso que ele singancho neu e nois juntemo as troxa de ropa i os chero também. Afinar, teu pai tamém tem uns chero muito do gostoso. Mais vamo dexá de lado ais coisa boa da vida i vamo trata de arruma tua 2 vida. (grita) TONHOCARNERO!... TONHOCARNERO!...(meio histérica) TONHOCARNERO! Antonio: (chega com ar cansado e se espreguiçando) Ara, muié. Que gritedo sim sintido esse? Inté parece que o munto ta si acabano... Despois inda me tira da concentração... Eu tava quase fisgano aquele pexe que escapo treisantionte... I intão ocê me acordo. Ara... Ispero que seja prum bom motivo. Josefa: (irritada) Craros que é, seu priguiçoso duma figa. O teu fio ta sofreno i ocê fica drumindo. (explicando) A Janerinda levo nosso mimo pra anda de rodagigante i agora num qué mais sabe dele. Oce tem que toma uma pruvidência. Antonio: Mais quê que ce qué queu faça? Josefa: (ainda mais irritada) Vai lá i trata de faze cum que ela arremedeie o mar que feiz. Mior ainda. Ela vai te que casá co nosso Carmelindinho, quera o num quera. Antonio: Ta bão, muié. Eu vô lá prosiá co seu Dobrandino e co'a dona Jacutinga. Mais, muié, i si eles num quisé casá a Janerinda co nosso Carmelindo? Josefa: (irritada) É só o que me farta... É craro que eles vão quere casá a Janerinda co nosso Carmelindo. Afinar, ele é o mior partido aqui da região. Ele já se deformo no jardim da infância, sabe faze ovo cuzido e até quase aprendeu a faze gelo. Quim é que num vai quere casá uma fia cum uma frô de home como o nosso Carmelindo?... Antonio: (convencido) Ce tem razão, muié. Num tem partido mio que o nosso fio. Inté eu to cum vontade de casá cum ele. Eu vô lá fala co Dobrandino e cá Jacutinga. (sai em direção ao local onde estão Dobrandino e Jacutinga.) Antonio: (dirigindo-se a Dobrandino e Jacutinga) Tarde so Dobrandino e dona Jacutinga. Dobrandino: (desconfiado) Tarde. Mais quê que ocê veio fazê aqui? Jacutinga: (ainda mais desconfiada) Ce ocê ta quereno dinhero, bateu na porta errada. Procê nóis num imprestamo nem água. Antonio: Ara, ceis dexim de ser mão de vaca. I asdespois eu num vim pidi nada imprestado. Eu vim aqui pra mor de que a fia dóceis, a Janerinda, arremedeie o Josefa: I desde quano o primo do fio do irmão do cunhado do vizinho do tiu do Edsão Celular vai dá arguma posição pra tua fia? Só se for posição de sintido. que fabrica dólar i que ta loco de queredera de casá co'a Janerinda. Jacutinga: (irritada) Eu num quero nem sabe quem mato minha cabrita. Jacutinga: (chamando) Janerinda! Ô. que levo o Carmelindo pra anda de roda-gigante i agora num que mais sabe de nada co'ele. aquele gordo lindão! Dobrandino: Qui história é essa? Oceis num pode i casando assim cum quarqué um.. I eu num saio daqui sem que ela case co Carmelindo. mãe? Eu tava andando pur aí e achei o Carmelindo. Quar é a posição sociar que mia fia vai te se casando co Carmelindo? I eu já prometi ela im casamento pro primo do fio do irmão do cunhado do vizinho do tiu do Edsão Celular. O quê quessa Xuxa tem que a mia fia num tem? Carmelindo: (Todo eufórico) Ela tem um monte de paquita. sua cascavér. Jacutinga: Mais eu num to intendendo. Josefa: Intão oceis chame a Janerinda i vamo arresorve esse pobrema duma veiz. Carmelindo: Eu casa co'a Carmelinda? Não mãe.. . que diz que é presidente dum tar de Zestado Zunido. Josefa: (alegre) Intão ta tudo ressorvido. abraçada com Carmelindo) Ocê me chamou. A minha Janerinda só casa co Carmelindo si ela quise. A Janerinda casa do Carmelindo e ta tudo bão.3 mar que feiz pro meu Carmelindo. mais agora nóis fizemo as paiz i dicidimo que vamo casá. O meu doce Carmelindo num pode fica disiludido como ta. Dobrandino: Qui história é essa de casá a minha Janerinda co Carmelindo. Janerinda! Janerinda! Já-ne-rin-da! Janeirinda: (chegando toda amorosa. A gente tinha si disintindido.. Eu vô casa cum a Xuxa! Janeirinda: I eu vô casa co Jossoar. O meu Carmelindo é a coisa mais fina que inziste por essas redondeza. Traste é a Janerinda. I despois oceis fique sabeno que num farta quem quera casá cum ela. aquele artista da Televisão. Que mar que nossa Janerinda pudia faze pro traste do Carmelindo? Josefa: (chegando) Oce dobre a língua. Tem inté um tar de Bir Crinto.. I se ela num casá cum ele nóis vamo istorá a quarta guerra mundiar... cuma que ele é tão gordo? Jacutinga: O minha fia. mi ixprique pru quê ocê qué casa co Jossoar? O ce acha que ele vai pode te sustenta? O ce num vê que o meu Carmelindo tem muito mais futuro? Ele já sabe cuzinha ovo i ta terminando um curso de faze gelo pelo correio. Josefa: I ocê. I despois elas cresce i vão come demais mio. . si nóis num pode casa cá Xuxa i co Josoar. este também bem arrumado). Quê que oce vai faze cum tudo aquele paquitar? Oce num tem nem um xiquero pra bota tuda essas paquita. cum quem que nóis vai casa? Dobrandino: Oceis vai casa um co outro. Ceis tem que ta muito do bunhito quando o seu doto juiz chega pra casa oceis. Eu inté já to indo providenciá que o seu dotor juiz Executando Legislativo Judiciário venha amarra oceis como a lei manda. Isso num enche barriga de ninguém. Carmelinda. O tar do Jossoar só sabe prosiá inté de madrugada. ocê num vê que aquilo é só as tar das maquilage. Antonio: É bem dianssim que vai acuntecê. de forma bem espalhafatosa) Antonio: (chegando com o juiz – o juiz está bem vestido. O. traz um grande livro debaixo do braço e está acompanhado de seu ajudante. Eles enche ele cum uns trabessero de pena i bota argodão na boca dele pra parece mais gordo i as pessoa num vê que ele ta morreno de fome. I ainda tem mais: Num dá pra vende as carne de paca que o Imbama prende a gente. o seja: oce vai casa ca minha Janerinda i a minha Janerinda vai casa co'cê.4 Antonio: Ara. Jacutinga: A permera previdência é arruma uns padrinho pros noivo. Janerinda: Si num enche barriga. (Os dois se aproximam e ela começa a arruma-los. (Dobrandino vai buscar os padrinhos) Josefa: (dirigindo-se a Janeirinda e Carmelindo) Oceis dois venhum aqui pra mor de eu dá uns trato noceis. (sai buscar o juiz) Josefa: Inquanto isso. Carmelindo: Mais. Dobrandino. I diz preles traze uns presente bem bão pros nossos fio. Carmelindo. eu ia a Jacutinga vamo trata de arruma os úrtimo detaie do casório. ocê vai i cunvida os nossos vizinho pra sê padrinho. I cria uns bicho desse só pra bunito num dianta nada. Oi nóis aqui. Já truxe (truche) o seu doto juiz i podemo começa ca casação dos nosso fio. Ajudante: (interrompendo) Interrompemos esta cerimônia de casamento para divulgação de propaganda política partidária. Só se o Dobrandino num sincomodá da Jacutinga se tua senhora. quinhentos e trinta e oito. conforme Lei número sete mil. Um troxe um pinico i o outro uma dúzia de ovo. parágrafo sétimo. 80. os presente que eles truxeram tamem num são lá grande coisa. 90. artigo quarto. para isso. num vai sê com a minha quele vai ficá. Nem pra arruma uns padrinho bão ocê serve. Craro que eu mincomodo i muito. 94. Ocê pode sê o doto juiz. Ele promete abrir os buracos fechados e fechar os buracos abertos em todas as ruas.. 74. i os ovo eu num sei não.. O pinico até ta cherando mar. Antonio: (interrompendo) Pode Pará.. 92. 84. i a Carmelina vai sê sinhora do meu fio. num vai não! Juiz: (explicando) Não é nada disso. 76. muié. cada casal trazendo uma caixa embrulhada em papel de jornal) Dobrandino: (explicando) Num incontrei ninguém mior. Josefa: (acalmando os ânimos) Vamo dexá de prosa a toa i vamo trata de casa os nossos fio.5 Jacutinga: Tem que espera o Dobrandino chega cós padrinho. 96 e 98. linha nona. Dobrandino: (bravo) Ocê ta me achano cum cara de quê. intão truxe esses mermo. (levanta uma placa com a foto de um candidato) Nas próximas eleições vote em Coitadinho dos Passos para prefeito. Se ele num teve competência pra arranja uma sinhora até agora. Não foi para esta finalidade que o senhor foi buscar-me? Antonio: Num sei doque que ocê ta falando. Ah. Óia lá eles tão chegano (Aproxima-se Dobrandino e dois casais que serão as testemunhas. mais a Josefa é minha sinhora. do Supremo Tribunal Eleitoral. Ocê pode começa co casório. Ah. terá que aumentar os impostos. 86. Eu fui busca ocê pra mor de casa o Carmelindo mais a Janerinda. 88. Tuas sinhora num sinhor. Eu estou apenas introduzindo a cerimônia civil de união matrimonial destes jovens nubentes. Promete também aumentar os salários de todos mas lembra que. Juiz: Mas é exatamente isso que eu disse.. Coitadinho diz que esta é a última chance que dá ao povo de elege-lo prefeito. E para vereador. Vamo. Diz que era só o que eles tinhum in casa. Podemos seguir com a cerimônia? Pais: Craro que pode. vote nos candidatos . 82. Juiz: (pigarreia e diz todo empertigado) Minhas senhoras. seu doto juiz. 78. Jacutinga: Mais ocê é imprestaver mermo. Coitadinho foi candidato derrotado nas eleições de 1972. como é o nome deles? Carmelindo: O pai se chama Antonho Carnero i a mãe é a Josefa Oveia. (pigarreia) Estamos aqui reunidos para unir em casamento estes . Por favor. Juiz: (anotando no livro) E como é o nome dos seus pais? Carmelindo: Eu só tenho um pai i uma mãe. I eu sô fia do Dobrandino Liso i da Jacutinga Crespa. Juiz: Muito bem. E quem é a noiva? Janeirinda: É craro qui sô eu. já tenho os dados que preciso para realizar o matrimônio de Carmelindo Carneiro e Janeirinda Ondulada. quem é o noivo. Antonio: Pois ocê fique sabendo que eu vo vota no Coitadinho. As promessa dele são muito boa. É pur isso queu sô Bode. Segue agora a nossa programação normal. Matrimônio e casamento são a mesma coisa. meu rapaz? Janeirinda: Ô.6 do PUM – Partido Umanista Municipal. afinar. num dá pra casa eles duma veiz? Juiz: (explica) É exatamente isso que vamos fazer. Juiz: Senhores. Carmelindo: É ieu! Juiz: E como é o seu nome. Termina aqui o horário eleitoral gratuito. Jacutinga: (intervindo) Ao invéis de matrimonho. Que negócio é esse de chama o Carmelindo de seu rapaiz? Ocê num sabe que ele é meu rapaiz? Juiz: Deixe para lá. né? O ocê acha que o Carmelindo ia casa cum outra? Juiz: E como é o seu nome? Janeirinda: Janeirinda Ondulada. Juiz: Está certo. quê que ia nasce dum carnero e duma oveia? Juiz: Muito bem. vamos à cerimônia de casamento. Como é o seu nome. seu doto juiz. Jacutinga: (desconsolada) Isso também já ta virando inrolação. noivo? Carmelindo: Meu nome é Carmelindo Bode. . como sua legítima esposa. nóis inté já andemo de roda gigante. É que a Janerinda tem que casa cumigo i não cum esse outro que ocê falo aí. mais o pai num dexô.7 seus filhos. meus queridos noivos? Carmelindo: I essa morte é só por morte morrida o pode ser por morte matada também? Juiz: Claro que é só por morte natural ou acidental. Antonio: (abraçando Dobrandino) Agora nóis semo tudo uma famia só. Carmelindo Bobe. Intão. então eu os declaro marido e mulher. Já que os dois aceitam. com certeza. Até lá a morte já veio. intão aceito. aqui presente. casar um com o outro. aqui presente. pode ser a Janerinda mermo. Janeirinda e Carmelindo. Vamo festeja essa unhão dos nossos fio cum uma baita festança. sem quere. Juiz: Senhorita Ondulada. você aceita a senhoria Janeirinda Ondulada. por exempro? Juiz: Tudo bem. Lembro que o casamento é para toda a vida. pode ser até o ano três mil. você aceita o jovem Carmelindo Bode. Mas vamos voltar à cerimônia. Juiz: Mas o outro é você. até que a morte os separe? Carmelindo: Eu quiria mermo é casa cum a Xuxa. (todos vão saindo abraçados e alegres). Jacutinga: (abraçando Josefa) Que bão que nossos fio juntaro as troxa. Agora nóis semo que nem irmã. até que a morte os separe. ou seja. Afinar. pergunto: Há entre os presentes alguém que tenha alguma coisa contra este casamento? Carmelindo: Eu tenho seu doto juiz. de livre e expontânea vontade. Janeirinda: Morte acidentar é quando eu to picando lenha i. acerto co machado na cabeça do Carmelindo que ta drumindo lá no quarto? Juiz: Não é nada disso. por exemplo. Vamo faze uma sopa pra comemora o casório. Se não há ninguém que tenha algo contra este matrimônio. Mais tem que sê até que a morte nos separe? Num dá pra ser até o ano treis mir. né. Morte acidental é quando alguém morre num acidente de carro. Vocês concordam com isso. até que a morte os separe? Janerinda: Já queu não posso casa co Jossoar. como seu legítimo esposo. que os dois ia mesmo é se casá. antes que acontecesse uma desgracera maió.8 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXX NARRAÇÃO -Esta história aconteceu na cidade de Burro Feio. . e a menina Rosinha ! -Todos era muito respeitador .burrofeience -Lá morava uma famia da mais arta estirpe caipires. -A mãe do Vardivino achava muito cedo tadinho do fio. os trigêmeos Miguer. gente fina mesmo! A sra Genoveva e os fio dela. E La ia os menino larga tudo pra correr atraz da irmã -Era muito cansativo dona Genoveva Já não guentava mais tanta confusão ai então os irmãos de Rosinha a resovero falar com o pai do safado do rapais par vê se dava jeito nessa situação. -Conversa vai conversa vem resorveram que seria meió que fizessem com que esses dois a Rosinha e o Vardivino se cassassem. -Mas como em Burro feio quem manda são os home Resorveram. -E ansim foi feito mas o Rapaz safado não queria muito se casa não. tão novinho só tinha 35 ano e já se amarra com uma quarqué ela achava que ele podia espera mais uns 10 ano pra se casa. mas tinha uma que não tinha jeito mesmo era a Rosinha ela insistia em fugi assim que eles se distraia com os trabaio que tinha na roça Ela dava um jeito di fugi e se incontra com o safado do fio do vizinho. os fio tudo. Gabrier e Rafaer que eram coroinhas do padre Chicó. burro feio? Quem nasce em burro feio é? . . aceita casá co seu Vardivino pinto durão? Noiva: Craro. caiu tudo os butiá do borso dele. qui eu tô cum fome. Como não tinha outro jeito arrepare os modo que esse pai coitado teve que traze o fio pra ingreja OBS ( nesse momento entra o pai do noivo com o filho em ima de um carrinho de mão) -O padre Chicó que tava esperando no artar com os coroinha Miguer Gabrier e Rafaer fico Beje. eu num sô troxa. Até que argúem grito La da porta da igreja . num tem outro jeito mermo. Santo Antonho! Padre: Vardivino pinto durão.Namorada do noivo: Seu padre pode parar cum essa servegoise ele pai do meu fio é e cum eu que ele tem que casar. Então eu caso. Mãe do noivo – Pare seu padre que to cum dó do meu fio de te que se casa cum essa espantalho de espanta mosquito Noivo – O manhê gora é tarde nem pai me apóia tu viu o que ele fez. Carma Mãe da noiva: Minha fia num e nem um espantaio se o meio desajeitada tadinha e graças a Deus tem saude Padre: E ocê Rosinha tomas turbano. Vardivino tava esperando no artá loco pra fugi o pai dele dum lado os trigemios do outro A mãe do vardivino chorando de pena do fio! Arrepare tudo oceis nessa cena e se comporte pra não acontece o mesmo. Ex. oce aceita casá com Rosinha tomas turbano? Noivo: É.9 O pai dele teve que leva ele as força pra ingreja. assim começa o casório Padre: Vamo começá o casamento logo. Tava uma cunfusão na ingreja .Aí seu padi a Noiva vai entrá ( a noiva entra) Ela entra toda sorridente filiz da vida porque tinha conseguido garra um trocha. Qui belezura! Brigado. Silêncio pessoar!E vamo tira os chapéu da cabeça que igreja num é lugar de usa chapéu Noiva: (PÕE AS MÃOS PARA O CÉU E AGRADECE) Até qui enfim vô disincaiá. -Mais faze o que nessa artura da história até padre Chico já tava é dando Graça a Deus que tudo ia caba em casamento. Noivo: o seu padre e tiquim tiquim de um tiquim do outro Rafaer: Seu padre eu nunca disse mais eu amo essa mulher e asumo o fio dela se ela me quiser. . to cum fome! Nos a proveita e caso os quatro venha pra frente homi. Mãe da noiva: Disculpa fia eu não queria falar mais esse traste e o pai do fio que to a esperar. meu irmão menino bobo que do padre se canso a atar da moça se caso. da cerveja e do quentão eu voz declaro cassados para a cabar com a confussão agora vamos todos comer e esperar a premiação pois os caipira mais geitoso serão a nunciado então. antes que o noivo fuja! Mãe da noiva: Espere seu padre eles num pode se casar. Irmãos da noiva : Casa esses dois logo. Noiva: Como vc pode fazer isso cumigo mãe( nesse momento o padre pisca para o noiva a cigura pela cintura) mas também num to nem ai tenho algo a conversa num fugia para ver vardivino era o padre que eu vinha visitar Pai do noivo: O raio o mulestia mais que tanto confusão o fio ia casa com a moça mais uma gravida a pareceu a gravida caso com outro por que o fio nu era seu a mãe da noiva venha tarada do meu fio engravido roubo o noivo da fia que do padre sempre gosto a padre servegonha que tinha um caso com a danada e eu agora sendo delegado vou casar essa seveginhado. Padre:Mas por que voz mice pode explicar.10 Noivo: Que raio de mentira e esta mais de 1 ano que te vejo e nada com vc eu fiz esse fio e fio de Tiquim e vc vem em pura pra mim Padre: e quem e tiquim?. Mãe do noivo: Todos querem se preparar que o delegado vai entrar para o casamento dosceis pude realizar Pai do noivo: em nome da cachaça. Mãe noivo: O raio o judiação meu fio ia casar com um espantalho e agora vai casar com uma vasora de mão. a moça apareceu dizendo que seu filho era do noivo meu mais dele não era não era fio de tiquim pois todos tinha passado a mão. Padre – Chega de cunfusão pessoar vamo tremina cum isso. minha mãe veia tarada do meu noivo engravido e a desgramada com ele se caso e que não so besta nem nada do padre sempre gostei e foi com ele mesmo que me arrangeu mais do deu do corno do delegado que pedeu a mulhaer dele pros corinahs desgramados final das contas minha familia termino feliz o e delegado com chifre mais garnade que a quela torre que tem em pariz. Noiva: E para que não entedeu esse raio de confuso. Padre Chicó. Agora que o seu pai viu. mais o pai tava bêbo e achô qui era pra esse jacu. Chiquinha. o moço bunito não tava nem aí cumigo. pro cê num piscá prece jacu. CHEGA O PADRE: Padre: Bem. E outra coisa. ou dançar a quadrilha fica a critéio dos grupos. mãe. Prá piscá pra argum rapaiz bunito da cidade. vai fazê ocê casá cum esse bocó. quero fazê logo este casamento. eu tava piscano pro rapais rico. divirtan-se XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXX CASAMENTO CAIPIRA 1 CHIQUINHA ENTRA COM A MÃE: Mãe da noiva: Eu falei.11 OBS: aqui pode a noiva jogar o buque. Noiva: Mais mãe. onde é qui tão us noivo? . Sua zóio arregalado! Noiva: É mintira pessoar. Ela só que a herança dele. Num tô perparado. Ele não têm dinheiro nenhum e além di tudu. espera um bocadinho que meu marido foi buscá aquele cachorro sarnento do Zé do Brejo nu buteco do seu Janjão. fala! Mãe do noivo: Chico Facão. É que ela tava mexeno muito co zóio e eu fui ajudá ela tirá o cisco qui entrô. óia lá o qui vai faláÓia lá heim! Pai da noiva: (Junta o noivo pelo braço) Fala qui num vai casá. não deixe barato. E o capado onda num ingordô. Num é memo Chiquinha? Noiva: O que?Ocê pára di bestera. Noiva: É Mintira. Pai da noiva: Ceis vão casá sim. Zá do Brejo. Mãe do noivo: Sua galinha d’angola da cara pintadinha. Zé do Brejo. larga meu fio. Silêncio pessoar! .12 Mãe da noiva: Padre Romão. já tem tudo pronto. Parece um galo di briga arrepiado! A NOIVA CHORA: Irmã do noivo: Fica queta minina. Mãe da noiva: Sua vaca. dono Binita. ocê tá falano mar da minha princesa? Pai da noiva: (BATE PALMAS E DIZ) Vamo acabá logo cum essa baruiera e casá os dois! Padre: Vamo começá o casamento logo. qui eu tenho qui eu tô cum fome. que que é uma moça di respeito. num mandei ocê piscá pra minha fia. Assanhada! Regatera! Não é verdade Mariquinha Irmã do noivo (Mariquinha): É isso memo mãe. que feia é ocê e a sua famia intera. CHEGAM OS NOIVOS E O PAI DA NOIVA DISCUTINDO: Noivo: Óia aqui seu Chico Facão. qui eu criei ele tão bem pra casá com essa feiosa qui nem lava os pé pra durmi. é muito feio. tá levantano farso di mim. já falei mais de mir veiz: Eu num vô casá ca Chiquinha não. A sinhora. Noivo: Mas eu num pisquei pra sua fia. é mintira. sinão eu vô te batê. na alegria e na tristeza. Padre Romão. Dona Chiquinha. Padre: E ocê Chiquinha. Então eu caso. vamo fazê logo esse casamento. na saúde e na doença. antes que o noivo fuja! Padre: Então ceis tão casados! Noivo e Noiva: Amém seu Padre! TODOS SE ORGANIZAM: NOIVOS JUNTOS. num tem outro jeito memo. até que a morte leve argum dos dois pro sumitério? Noiva: (sorridente) É craro qui sim. aceita Seu Zé do Brejo como seu marido. Mãe da noiva: É bão ocê num passá perto do meu marido di novo.. Sua regatera! Mãe do noivo: Não. eu num sô troxa. oce aceita casá com Chiquinha? Noivo: É. aceita dona Chiquinha como sua esposa. Santo Antonho! Padre: Zé do Brejo. seu padre.. aceita casá co seu Zé do Brejo? Noiva: Craro. na saúde e na doença. CADA PAI E MÃE PERTO DE SEUS FILHOS E AS IRMÃS PERTO DOS PAIS. até que a morte leve argum dos dois pro sumitério? . Capais qui eu vô querê esse home feio i fidido! Chega meu fio qui vai casá cum essa feiosa! A NOIVA CHORA: Mãe da noiva: Não chora não! Despois eu insino pro ocê como é que se induca uma sogra! Padre: (Irritado) Fiquem quietas. O NOIVO SE AFASTA COM MEDO. Padre: Senhor Zé do Brejo. Qui belezura! Brigado. na alegria e na tristeza.13 Noiva: (PÕE AS MÃOS PARA O CÉU E AGRADECE) Até qui enfim vô disincaiá. Pai da Noiva: Casa esses dois logo. Mãe da noiva: Ai. O NOIVO OLHA PARA A MÃE DA NOIVA. A SEGUIR. Pai da noiva: Januária. Ô meu Deus. seu Padre. Vamos pras festança. Noiva: Viva Santo Antonho! (três vezes) TODOS: Viva TODOS EM PAR COMEÇAM A DANÇAR. (O padre dança com a irmã do noivo) . ELE ARREGALA OS OLHOS AMEAÇANDO-O. pra módi não escandalizá ninguém! A MÃE DA NOIVA DESMAIA. mãe. é frescura dessa véia. Noivo: E agora. qui calor! (abana-se com as mãos ) Mãe do noivo: Num tô gostano disso! Irmã do noivo: Liga não. pessoar. ocêis já Estão casado! I nada di beijá a noiva. seu véio assanhado! OS NOIVOS SE ABRANÇAM E CONVIDAM O POVO PARA A FESTANÇA.14 O NOIVO OLHA O PAI DA NOIVA. Ela tá é quereno tomá meu marido! Mãe do noivo: (Puxa o marido pelo braço) Pára di oiá pra ela. ë com todo o gosto Padre: Intão não tem mais jeito. O PAI DA NOIVA SOCORRE. Noivo: Sim. será qui ela vai morrê bem agora? A MÃE DA NOIVA SE LEVANTA SE ABANANDO. Todo mundo dançano. ELA PÕE A MÃO NA CINTURA E BATE O PÉ. porque..Fedôncio e Mordimina Golafina.Gerôncio:_Inté agora não sortemo nada ! Mas.. e sem mala.) 5-Juíz: Quero declarar que não estou a brincar !Digam os nomes e os prenomes! 6-Gerôncio: De quem? 7. Golafina.. os nubentes de São Valente ! Noivos: ( entram. Parafina. cabemo.. 3-Padrinho: Seu dotô.. da Mstura Fina ! 10. o casamento dos noivos: 2...Juíz:_ Até parece poligamia? 11-Gerôncio:_ POLIGAMIA. Excelência.. o sinhô tem dúvida que nóis nascemo? 14-Geroncio:_ Quem sabe o sinhô acha que nóis somo assombração ? 15-Juíz:_ Meus casadeiros. á pé. a certidão? 13-Mordimina:_ Seu dotô Juíz.é a vovozinha ! 12-Juíz:_Pergunto. cumpricá. Leônio dos Estrôncio. digam os nomes e os prenomes ! 8-Gerôncio: ( tirando o chapéu)_Gerôncio. sortando uma dúzia de "bolacha" no seu coecová ! 17-Mordimina:_Ah ! se eu não sou sortera !Nunca tive sorte inté hoje !!! 18-Juíz:_ Ser sortero é quem não é casado ! 19-Gerôncio:_ Se nóis fosse casado. Fedegôncio! 9-Mordimina.Juiz: Ora.. sem mudar de assunto :_trouxeram nesse momento. em seguida se esse casamento. 4-Juíz:( surpreso. de quem? Pela última vez.. qui é qui. é o primeiro que fazem aqui ! ? 21-:_Gerôncio:_óia aí? O homi é bisbiotero. se o Sinhô. vocês são solteiros ? 16. vamos iniciar neste momento. -queiram se levantantarem.. confere o relógio e chama:-Que entre na sala..15 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXX ESSE TEXTO É MUITO INTERESSANTE E ENGRAÇADO. olha ao redor. fofoqueiro !!! . Respondam . os noivos ainda não chegaram. 1)Juíz?: (entra com um livrão nas mãos e os óculos).Gerôncio. nóis viemo fazê aquí? Mi exprique ! 20-Juíz:_Queiram entender o que eu queria saber. Josefina. .Juíz:_ Você não tem entendido ? Aceita o jovem Estrôncio como marido ? 35. não tem entendido ? aceita o jovem sinhô:Gerôncio. 30-Juíz:_Juízzzzz. de que o casamento. como seu ligitimo esposo ??? 33-Mordimina:_ O quê ? como recinto de peso ? Recinto de peso é o garpão em bera de rio.lá tome essa frorzinha( põe no bolso do Juís....: _aceita a menina Mordimina como sua esposa ??? 29-Gerôncio:_ Tá bem seu apitado. uma flor) 25-:_Juíz:_Vocêsd tem a informação devida. Estrôncio. qui .16 22-Mordimina:_ Quí. __Mais respeito !!!_Eu sou Juíz de direito ? Se não fecham esta boca cheia. como sua esposa ??? 31. se alembra de uquando. Segundo... . Voismecê. pobrezinho.. vocês vão casar na cadeia !!! 24.. Estrôncio.um difunto namorar difunta. ele é. esse cabra bem da peste.. na porta do cimitério ??? Aí. eu tô ansiosa. desde 1958. ainda. Este boi. tem aqui vê com as nossa vida ???Seu cabeça de formiga !!! 23-Juíz:_( irritado).Gerôncio.. e não fale !!! Este é um ato sério e não conversa de cemitério !!! Sei Gerôncio. 28-Juíz:_ Cale. a Mordimina.. tá brabinho.Gerôncio:_ vão fazê um arretificatório ? Premero. Golafina.ver.tar.. _sacumé ? 34. não é jovem. eu te amo pra toda a morte !!! Aí. de um modo rigoroso..._Óia Mordimina... tá mais carregano uns cinqüentão no lombo.quando ela passô. pra toda a morte ???( se dirige pra noiva 27-Ger^ncio.vê. como minha MUIÉ ! 32-jUÍZ:_Mordimina. é para toda a vida ??? 26-Gerôncio:_ Pra toda a vida??? E o sinhô já viu casamento. Isso aí. Estrôncio. pro dia em que vamo uní os nosso esqueletinho.Ou você diz ou lhe quebro o naríz !!! Você aceita a menina de nome :Mordimina..mimosinho..Mordimina:_Óia o nosso juizinho.. o Cabo da Boa Esperança e achô um boi na linha.Tem 44 anos.. sou eu ! Agora como escova eu não aceito não ! Só aceito..Mordimina:_ Arretifique !!! Permero... ele encosta a caveira dela e diz:_ minha falecdinha. não é tão minina.. ela passa a mão no seu omoplata e diz:_ Ah! meu defuntinho.... foi adiscoberto o Brasil ??? 36-Juíz:_ Sei... o sinhô._voc^. seu. quí. di inlefanti. suber di argum impidimento. nem escuitá relincho do Matunguê. Não !!! 45.17 37-Mordimina_pois ele era um dos índios 38-Juíz:_mas.. que dá um tréco ! 43-Juíz:_ Bem. di topera. como marido ??? 39... fale cum liberdade dizendo ou cale a matraca! 44-Mordimina:_ Oh! já taí o fofoqueiro de novo ? _Êta ! seu dotô Juíz ? o sinhô adora tirar um sarro . seu burro ! Eu disse que o meu noivo... cavalo dado não se óia. eu levei um coice._Se argum dos presenti e também dos ausenti aqui neste momento. você mi chamô di cavalo ? 41.. não importa a idade.pra cima de nóis. de cavalo do seu tio !Não posso mais.os problemas de tratamento.. para a validade. sabe que desde aquela veis. não mi chami di cavalo ! Vancê.Eu não ti chamei di cavalo . 40.. DOCE E CAFÉ (NOIVA) AÍ MEU SANTO ANTONIO CADÊ O NOIVO QUE NUM CHEGA? . pode mi chamá di besta. mais. mais aceito assim mesmo ! Infinar de contaa. os dentes. Vou repetir o pedido:_Aceita o Gerôncio.Gerôncio:_Mordimina. (o joga o chapéu no chão e diz:_ Não tem mais casamento !!! CASAMENTO DA FIA DO CORONÉ (NARRADOR) HOJE É O DIA DO CASAMENTO DA FIA DO CORONÉ POR GRANDE CONTENTAMENTO CERVEJA.Gerôncio se irrita por demais. du quê você quiser.Mordimina:_ Pois êta ! ele tá batendo biela.. di boi.. di animar. resolvam depois do casamento . é jóia de gente ! 42-Gerôncio:_ Vance. bem aqui. (EMPREGADA) OIA O NOIVO! OIA O NOIVO! TAVA NA COZINHA. TIRANDO BICHO DE PÉ! (NOIVO) AI. E O NOIVO COM UM PÉ SÓ DA BOTINA). MEU POVO! SE EU VÊ ESSE SAFADO SÔ CAPAIZ DE MATÁ! (ENTRA O NOIVO PUXADO PELA MÃO DA EMPREGADA (AVENTAL E LENÇO NA CABEÇA). MINHA GENTE? JÁ TÔ CANSADA DE TANTO ESPERÁ! (CORONÉ) ME SEGURA. AI QUE COCEIRA! .18 JÁ FIZ TANTA PROMESSA SANTO ANTONIO! OCÊ NÃO PODE ME DEIXÁ NESSA! (COMADRE) NINGUÉM VIU O NOIVO. . Senão prego fogo! Noivo – Ai. dessa eu não escapo! Padre – Que entre a noiva. estou postando a sugestão de um casamento caipira: Casamento Caipira Personagens 01 Padre 01 Pai da Noiva 01 Noivo 01 Noiva 01 Ex-namorado Convidados Cena O Padre espera no altar. meu nosso Senhor. – Seja o que o senhor quiser. O pai da noiva entra com uma garrucha apontada para as costas do noivo Dialogo: Pai – Vamos cabra safada – Pensou que ia escapa dessa? Senhor Vigário – Aqui tá o noivo – Faz logo esse casório.Festa Junina Olá pessoal.19 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXX Casamento Caipira . que fica com medo diz: Etá casamentão pai dégua sô! Viva os noivos! Acaba a cerimônia. Começa o casório O vigário pergunta: – Seu Felisberto Cornélio Filho – É de gosto casar com Dona Puritana das Virgens Solta? O noivo assustado não responde logo. – Agora casa ou morre. na hora de cair no mato com a minha filha não teve medo. Escorreguei na primeira. Senhor Vigário não tem jeito não é? – Eu caso. Noivo – Sim. Escorreguei na segunda. Eu caso sim. – É de gosto casar com seu Felisberto Cornélio Filho? Noiva – Claro seu Vigário. O Pai aponta a espingarda e diz: – Fala cabra safado. entra toda sorridente. O Padre Pergunta: Alguém sabe alguma coisa contra este casamento? Um dos escorregos responde: – Eu sei seu vigário.20 Entra a noiva. Todos gritam: Viva os noivos! A noiva com cara de quem apronta todas. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXX . Padre – Então diga homem. Padre – Dona Puritana das Virgens Solta. O Pai aponta a espingarda pra ele. Mas este não me escapa não. tá? Magina se eu ia deixá ocê.. Noiva no artá Só farta chegar o Jão! NOIVA: Ai meu Santo Antonio. Prantada nesse artar! NOIVA: Eu sei meu beija-flor. NARRADOR: O padre já cansado.. Não tem nenhum impedimento. Que a mim tu tem amô! NOIVO: Vamos padre! Case nois nesse momento. Mas se assim o fizesse.. Não quer mais perdê tempo! Chama os dois pra frente..21 CASAMENTO CAIPIRA Autora: Ivone Alves SOL NARRADOR Gente a esperá Em noite de São Jão. PADRE: Então venha para cá João Lutero Jatobá. minha Fulo de Maracujá! Ainda ta aí a me esperá. Prêsse nosso casamento. Tinha que se ver com seu Didi! NOIVO Oxente. . Bem que pensou desisti. Prumode fazêo juramento. Quê do meu Jão? Será que vai deixar eu Dispois de tanta produção!? NARRADOR Jão é cabra de palavra. Essa muié uma bisca! NOIVA: Ah!!! Jão Lutero! Ocê vai ter que se expricá.. NARRADOR: Os dois vão pro artar Cheios de felicidade. .. Com seu filho a carregá?! PAI DA NOIVA: Ah!!! Mai vai mermo! Só que num é a eu nem a ocê. Inté que chega uma moça E decidida sorta a fala. É cum delegado da puliça. Cum outra muié? NOIVO: Mai eu nunca vi ocê. Quando de repente: Aparece uma beldade! AMANTE: Ô Jão Lutero sei lá de que! Acha que vai se casá é?! Ocê imbuxa eu e vai casá.! Donde vem essa bisca. Esse guri não é meu. Acabe cum essa façanha! (Amante e noiva brigam até que a noiva arranca a barriga falsa da amante) DELEGADO: Parem ou eu atiro! (aponta a arma) NOIVO: Eu num te disse minha Fulô. Vamo logo de uma vez. AMIGA DA AMANTE: Ontem mermo eu lhe vi.22 Trazendo consigo a sinhá Maria Fulô Maracujá. Suas pernas treme toda. Sua barriga só tinha banha. Que esse cabra vai se vê! NARRADOR: O coração de Jão dispara. Nem na missa nem na carniça. 23 Que só tenho ói pra ocê! Vamo padre. O padre não se demora. num é?! Sorta o som!!! .. é? NOIVO: Não! Nóis vai fazer muitos guris. PADRE: (faz o sinal da cruz e diz:) Pode beijá a noiva! NOIVA: Ai! Eu tou tão feliz!!! NOIVO: Ah! Minha fulô.. Antes que a comida acabe. Eu não vejo a hora de vê ocê Fazendo meu café. nos case logo. E a gente fique sem comê! NARRADOR: E assim segue o casório. Preparando a mesa pra quando eu acordá! NOIVA: Oxente! É só pra isso que ocê me quer. Noivo e noiva no artá. Para não contrariar. Pegando a toalha prumode eu me enxugá.
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