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March 26, 2018 | Author: Renato André Correia | Category: Mortar (Masonry), Engineering, Building, Brick, Taxes


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ASSEAVACREA-MG 1 Portal ASSEAVA : WWW.asseava.com E-mail ASSEAV: [email protected] FORTALEÇA A ASSEAVA PREENCHENDO O CAMPO 34 DE SUA ART COM O CÓDIGO 0396 2 MUTUA-MG ASSEAVA Editorial Com o lançamento da Cartilha ASSEAVA – Projetando e Construindo, estamos realizando mais uma atividade associativa buscando, como sempre, valorizar e defender os interesses dos profissionais da classe da engenharia, arquitetura e profissões afins, sediados no Vale do Aço. Tradicionalmente, quando discutimos a valorização profissional, questões comuns vêm à pauta: uma concernente aos ganhos profissionais, e outra, referente à reserva de mercado, quando tendemos a exigir de nossas instituições uma atuação mais severa e punitiva contra o exercício ilegal das profissões, incluindo-se a questão das atribuições profissionais. Hoje, havemos de introduzir novos conceitos para pautar qualquer discussão, requerendo de cada um de nós cidadãos uma participação mais efetiva, solidária, criativa e construtiva, que busque favorecer a integração das pessoas com as instituições, voltada para a promoção do bem comum da coletividade. Assim, quando pensarmos em valorização profissional, a questão de ganhos e competências não deve ser esquecida, embora haja outras tão importantes como a capacidade de resposta individual, coletiva e representativa frente ao acelerado processo de transformação dos padrões, especialmente ao resgate do reconhecimento da comunidade para a importância do profissional, distinguindo-o como empreendedor do processo de desenvolvimento. Se assim considerarmos, verificaremos que se trata de uma tomada de consciência desse profissional de que, se as instituições oferecem respostas muito lentas no tempo e que precisam de uma revisão em seus fundamentos, práticas e alcances, temos que nos tornar mais participativos, introduzindo pontos de vista profissionais. ASSEAVA CREA-MG 3 Portanto, mais que uma questão de juízo de valor, existe uma questão ética: como se posiciona o profissional perante a sociedade que serve e qual a transferência mútua que existe? A interação é necessária. Percebe-se que o indivíduo quer, cada vez mais, participar e conhecer os aspectos e questões que dizem respeito a suas vidas e, como cidadão de bem, a contribuir com suas idéias. Com essa filosofia de trabalho, nossa associação vem permanentemente lutando pela inserção dos profissionais na difícil tarefa de refletir e tentar influenciar as organizações, buscando contribuir com a Sociedade. No conjunto desses ideais, a Cartilha ASSEAVA - Projetando e Construindo pretende enfatizar a importância da Entidade de Classe na valorização dos profissionais da engenharia, arquitetura e áreas afins e, ainda, de cumprir sua responsabilidade de informar o seu papel na sociedade. Assim, ao cumprimentarmos nossos colegas engenheiros, que nos ajudam na condução de nossas atividades, os conclamamos, mais uma vez, para uma participação mais efetiva buscando fundamentar os pontos exatos que devem sofrer a ação de nossa associação e de todo o sistema para que alcancemos o êxito de nosso empreendimento. Agradecendo, desejamos sucesso a todos profissionais da classe! DIRETORIA ASSEAVA Procure um Arquiteto para fazer seu Projeto. Os projetos complementares tais como calculo estrutural, elétrico, hidráulico e outros serão elaborados por outros profissionais. 4 MUTUA-MG ASSEAVA Dois amigos, Marcos e Jair, adquiriram um terreno para iniciar a construção de suas casas. Marcos procura os profissionais da engenharia para ajudá-lo a realizar seu sonho e o Jair, tentando economizar, resolve fazer por conta própria. Contribuição do Núcleo de Projetos – ARQUITETURA. DECORAÇÃO. ASSEAVA CREA-MG 5 DECORAÇÃO. 6 MUTUA-MG ASSEAVA .Contribuição do Núcleo de Projetos – ARQUITETURA. Contribuição do Núcleo de Projetos – ARQUITETURA. DECORAÇÃO. ASSEAVA CREA-MG 7 . DECORAÇÃO. 8 MUTUA-MG ASSEAVA .Contribuição do Núcleo de Projetos – ARQUITETURA. ...... transmitindo conhecimentos práticos num esforço de facilitar o empenho de cada cidadão que tenta realizar seu sonho............. 100 anos Pano ................ para se executar uma edificação... arquitetos.............................. de segurança........................ divulgar as etapas mais importantes para a construção de uma edificação..... cidadão comum.... o proprietário e/ou o empreendedor.1 milhão de anos Metal ........ 5 anos Madeira pintada ..... urbanistas. Trata-se apenas de um sinal de alerta quanto aos procedimentos básicos a serem observados para a construção de uma edificação.................... será exigido uma tomada de consciência de que Projetando e Construindo com a assessoria de profissionais da engenharia........ mecânicos e tantas outras....... obterá um produto final de qualidade........... conforto e estabilidade........ De outra parte...............................................................................mais de 100 anos ASSEAVA CREA-MG 9 ........................................ estética. ambientalistas...... de 3 a 6 meses Filtro de Cigarro . 13 anos Plástico ...................................... TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO DE MATERIAIS JOGADOS NA NATUREZA Papel .................... se propõe nesta publicação................................. os métodos construtivos e o conhecimento desse ofício para que a construção possa ser realizada de acordo com as normas do bom gosto.............................mais de 30 anos Vidro ...................................................... de 6 meses a 1 ano Nylon .. Embora o tema seja aparentemente do domínio popular.. sem desejar ensinar as diversificadas técnicas construtivas......... menos oneroso...INTRODUÇÃO A construção de uma edificação aborda atividades das atribuições dos profissionais da engenharia de diversas modalidades como os civis.............................................................. Assim. será exigido do profissional da engenharia o conhecimento das particularidades dos materiais e a melhor maneira de utilização deles nas edificações.......................... eletricistas................. conforme o grau de complexidade de cada uma...................... adquirindo novas ferramentas que propiciavam o melhor aproveitamento das fontes naturais e. Ainda incivilizado demonstra sua necessidade de proteger-se da chuva. Assim. que possua toda a infra-estrutura necessária como as redes de distribuição de água potável. tornando-se mais exigente. ruas delimitadas por meios-fios e pavimentadas. complementarmente. Interessa-se agora. além da segurança. pelo conforto. figura 01 (fonte: internet) LOCALIZAÇÃO DO LOTE A localização do lote tem influência capital no seu custo final de uma edificação.REQUISITOS Desde os primórdios de sua existência vem o homem aperfeiçoando o seu abrigo. energia elétrica. Um simples abrigo já não serve mais. do frio. instalando-se em cavernas. pela aparência e pela integração com o meio. Com a evolução da civilização passou a contar com outros recursos. redes coletoras de esgoto. ou seja. tornando as suas residências mais requintadas. e. 10 MUTUA-MG ASSEAVA . do calor e de tantas outras adversidades. que o loteamento seja atendido pelo sistema municipal de transporte. em conseqüência. se recomenda que na aquisição de um lote de terreno se busque um loteamento aprovado pela prefeitura ou um bairro já consolidado. telefonia. E para eliminar as incertezas. ao CREA. entre outros. É importante tomar algumas precauções. telefonia. água e esgotos. 3. eliminando-se quaisquer contrariedades futuras.Não compre um lote de olhos fechados. Se o terreno tem documento 2. contrate um profissional da engenharia para uma consultoria sobre o tipo da edificação a ser construída. quando contratado para elaboração de um projeto arquitetônico. como a Prefeitura. Se o loteamento está de acordo com as normas da prefeitura local. devidamente registrada em Cartório de Registro Geral de Imóvel é o único documenASSEAVA CREA-MG 11 . A Escritura Pública do Terreno. Se é permitido construir no lote aquilo que você deseja. figura 02 (fonte: internet) Não jogue terra e/ou entulho em qualquer lugar. O profissional. as concessionárias de serviços de luz elétrica. pois poderá se tornar em um transtorno para a coletividade. 4. que defendem os interesses da coletividade. Se as medidas do terreno estão de acordo com o documento. deve orientar o seu cliente sobre todos os trâmites legais a serem seguidos. PLANEJAMENTO INICIAL Para iniciar uma construção de acordo com a legislação brasileira há que se providenciar documentos e licenças perante aos órgãos públicos. verificando: 1. E para tal.que atende simultaneamente às suas necessidades assim como as exigências legislativas.Orientação 12 MUTUA-MG ASSEAVA . uma visita ao lote para conhecê-lo melhor. como o Plano Diretor. Se estiver irregular. mas não são aceitos oficialmente. orientação solar. o proprietário deve contratar os serviços de um profissional da engenharia para organizar tecnicamente um plano de ação . entre outros elementos. mas para transformá-lo em realidade há que se planejar o caminho a ser seguido. Recomenda-se. Respeitando a legislação. inclinação.Projeto . a Lei de Uso e Ocupação de Solo. O passo seguinte diz respeito ao planejamento da construção. o arquiteto deverá criar um Projeto que consiste num conjunto de desenhos. sua regularização é fundamental antes de qualquer outra iniciativa. Sonhar é uma das melhores coisas da vida. Se esse documento não existir o engenheiro contratado deve solicitar a providência dele. e o Código de Obras. Outros documentos apenas podem dar segurança parcial de proprietário ao cidadão.to que comprova que um cidadão é legalmente o proprietário. E é com ele que se inicia o processo Projetar e Construir. dimensões. Então. verificando sua situação. especificações e descrições do que se deseja construir. figura 03 . antes de iniciar o Projeto. jamais inicie a construção de sua casa sem um bom planejamento. onde serão apresentadas as especificações e prescrições dos materiais a serem empregados e os modos construtivos. • Um Projeto Executivo. onde são detalhados os elementos constitutivos. mas também as peças a serem instaladas e os fluxos dos usuários. para que esse profissional possa entender a edificação e projetá-la.PROJETOS Para projetar uma edificação tal como pretende. Portanto. • Um Projeto Básico. o profissional contratado poderá organizar uma representação gráfica do Projeto. a parte escrita. Assim. o profissional contratado deverá orientar o seu cliente sobre os projetos complementares a serem executados e as especialidades profissionais que devem ser procurados para executá-los. ASSEAVA CREA-MG 13 . o de coleta e direcionamento das águas pluviais. o de abastecimento de gás. entre outros. o de instalação elétrica. apresentando: • Um Estudo Preliminar para aprovação pelo contratante. por fim. o Arquiteto em suas atribuições profissionais. além da ventilação e iluminação. Ao apreciar o estudo preliminar. fará um estudo de verificação (conferência dos projetos) entre o Arquitetônico e os projetos complementares tais como o estrutural. suas dimensões. o cidadão deverá informar ao Arquiteto suas pretensões. de esgoto sanitário. eliminando-se todas as possíveis dúvidas E. Junte-se a essa parte gráfica. Em contrapartida. • Uma especificação dos materiais e métodos construtivos . o de instalação de água potável. para ser aprovado pela prefeitura. peça orientações que possam ser esclarecedoras.etapa descritiva. que mostrará não só os ambientes. antena e telefonia. cumprirá as seguintes etapas básicas. indicações dos métodos construtivos. devendo conter assinatura do profissional responsável técnico pelo respectivo projeto. é elaborado o orçamento básico e apresentado um cronografigura 04 (Fonte: internet) ma para execução da obra. Entretanto. tanto um como o outro não são encontrados ou praticados na região de execução da obra. Antes de se iniciar uma construção. 14 MUTUA-MG ASSEAVA . as premissas de cálculo. mediante ocorrências. É importante citar para o proprietário que todos os projetos são completados por memorial descritivo que contemplam as especificações de materiais. Também é interessante conferir as especificações dos materiais e os processos construtivos recomendados. deverá relatar os fatos entre os envolvidos para solucioná-las. essa conferência é realizada pelo responsável do Projeto Arquitetônico. tenha em mãos um cronograma de desembolso correlacionado às etapas construtivas. Por vezes. requerendo providências especiais do construtor que podem onerar o serviço além da previsão orçamentária inicial. poderá ser contratado outro profissional para exercer essa etapa de conferências que. Após a conferência de todos os projetos.Normalmente. O Brasil se caracteriza por ter uma legislação muito complexa na área trabalhista. que é o processo pelo qual a Prefeitura reconhece o direito do proprietário edificar em seu terreno.Fonte PINIweb O Plano Diretor permite às prefeituras aplicar sanções pelo descumprimento da legislação de controle do uso e ocupação do solo e das normas e padrões ambientais. Além disso. também. poderá considerar o Projeto concluído e pronto para ser executado. previdenciária e fiscal. controlar e fiscalizar todos os tipos de edificações. FISCALIZAÇÃO A quem cabe fiscalizar as construções? Quem pode dar a licença para que as obras sejam executadas? Quais são os tipos de obras que necessitam de licença? A fiscalização da qualidade das obras é realizada pela prefeitura. em situações de emergências. . Além de artigos na Constituição Federal. ASSEAVA CREA-MG 15 . retomar posse. O controle das obras pela prefeitura se faz através de um licenciamento. sem prejuízo da posterior responsabilização civil dos causadores de danos a terceiros. Permite. A licença é materializada no Alvará de Obras ou de Construção. De acordo com a Constituição Federal de 1988 está sob a competência da prefeitura o policiamento administrativo para regulamentar. tomar iniciativas para eliminar os riscos e ameaças à integridade física de pessoas ou bens.Após essa etapa. além de uma legislação complementar. trabalhista. a prefeitura pode assumir e executar obras. para o bem da coletividade. pois ela tem o poder de regular o controle e uso do solo urbano. há também a CLT. demolir ou tomar qualquer providência para preservar a segurança e garantir o patrimônio público. CREAMG. cada qual verificando atividades inerentes á sua área de atuação. o Conselho Regional de Engenharia. Dependem de licença da prefeitura as seguintes obras: • Demolição. o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Além disso. também podem ocorrer fiscalizações de outras instituições como o CREAMG. Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais . • Reconstrução total ou parcial. • Pintura e os pequenos consertos em prédios tombados ou situados em áreas de conservação ambiental. • Execução de obra de construção. registrado no CREA e inscrito na prefeitura.A licença para construção será concedida. desde que o projeto de arquitetura respeite a legislação e seja elaborado por profissional da engenharia. • Movimentação de terra. 16 MUTUA-MG ASSEAVA . por exemplo. marquises e muros. entre outras instituições do Poder Público. reforma e conserto de edificações em geral. Assim. o proprietário deve apresentar figura 05 (Fonte: internet) a documentação comprovando a propriedade do terreno. modificação. contenção do solo e drenagem. • Uso e modificação de uso das edificações. • Obras de engenharia em geral. acréscimo. Além da prefeitura. o INSS. a não existência de débito com a prefeitura relativa ao terreno (IPTU) e pagar as taxas referentes ao licenciamento. Como contrapartida ao direito de exercerem com exclusividade suas profissões. Qualquer profissional diplomado e registrado no CREA tem competência para atuação. de acordo com suas qualificações e especialidades.busca a fiscalização do exercício legal e ético das profissões a ele afetos. Nesse caso. essas questões serão discutidas no poder judiciário. A esse serão encaminhados os documentos comprobatórios de contrato para as devidas análises. pela execução das obras e pelos serviços complementares. Os profissionais contratados para elaborar os projetos de uma edificação devem fazer a Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA e apresentá-las ao proprietário. garantindo à sociedade que os empreendimentos de engenharia sejam executados por profissionais diplomados e registrados no Conselho. que podem se responsabilizar pelos projetos. E um desses documentos é a ART. sob ameaça de penalidade. segundo suas atribuições. Entretanto. dentro do ramo da construção de edificações. caso haja falta de cumprimento de uma obrigação das partes envolvidas. estão reservadas aos arquitetos.proibição legal. Desta forma. ART NO CREA As atribuições profissionais. ASSEAVA CREA-MG 17 . uma obra que não possua as anotações de responsabilidades técnicas por seus profissionais é considerada irregular e sujeita a sanções . os profissionais registrados no CREA são também os únicos responsáveis pelas conseqüências cíveis de suas atividades. engenheiros e os técnicos em edificação. não é de responsabilidade do CREA determinar os respectivos direitos. agronomia e das profissões afins. registrado no CREA. por profissional e/ou empresa. figura 06 (Fonte: CREAMG) 18 MUTUA-MG ASSEAVA . destinado a anotar qualquer contrato escrito ou verbal para execução. caracterizando sua responsabilidade por qualquer serviço prestado. de qualquer obra ou serviço técnico de arquitetura. engenharia. A ART é o principal instrumento para fiscalizar as atividades de cada profissional da engenharia.A ART é um registro criado por lei profissional. e a apresentação da respectiva ART no CREA.é instrumento básico da fiscalização.presta-se à defesa dos direitos autorais.Portanto. podemos citar: 1 . etapas. para início da elaboração dos projetos de uma edificação bem como para a sua construção. tais como objetivo. a ART significa um compromisso do profissional com a qualidade e a segurança de um produto ou serviço. se por empreitada ou por administração. Todavia o acompanhamento do desenvolvimento do Processo Administrativo de aprovação do Projeto até a sua aprovação. A solicitação de aprovação do projeto arquitetônico no órgão público poderá ser providenciada pelo proprietário ou pelo responsável técnico. cada profissional deverá firmar um Contrato de Prestação de Serviços com o proprietário. devendo ser renovado caso não cumprido quaisquer dos prazos mencionados.vale como contrato entre as partes. Esse documento estabelece os prazos de início e conclusão da obra. valor. 4 . documento público de autorização para execução da construção. prazo. deverá ser pelo seu responsável técnico. perante o contratante. 5 . Dessa forma. ALVARÁ DE OBRA O projeto arquitetônico será apresentado na Prefeitura do município onde será construída a edificação para aprovação e liberação do Alvará de Obra. Como características da ART.válida como garantia de serviços prestados.compõe o acervo técnico do profissional. forma de pagamento. compeASSEAVA CREA-MG 19 . onde ficam estabelecidas as responsabilidades das partes para execução dos trabalhos. 3 . 2 . etc. tindo ao proprietário pagar emolumentos e fornecer os documentos necessários para formulação e análise do Processo Administrativo (cópia da sua Identidade.Modelo de Alvará de obras (Fonte: PMI) MATRÍCULA NO INSS Mesmo com o alvará de construção em mãos.).INSS para matricular a obra. O INSS fiscaliza as obras buscando verificar se os operários estão recebendo os cuidados recomendados pela Consolidação das Leis de Trabalho 20 MUTUA-MG ASSEAVA . a construção poderá ser iniciada. figura 07 . antes de se iniciar a construção. Somente após a concessão do alvará de obra. Esse documento irá permitir a averbação (registro) da área construída na escritura pública do terreno correspondente. do Registro em Cartório do Imóvel correspondente. ao término da construção. etc. um comprovante desse órgão de que as contribuições sociais foram totalmente cumpridas. o proprietário ou seu representante legal (podendo ser o profissional contratado para execução da obra) deverá procurar a Agência mais próxima do Instituto Nacional de Previdência Social . objetivando obter. uma “matrícula” no INSS de uma determinada construção. Caso seja necessária a supressão de árvores. verificam-se as dimensões do terreno. deve-se levantar o problema e resolvê-lo antes de iniciar a obra. sejam diretos e/ou indiretos (contratações por empreitadas). ASSEAVA CREA-MG 21 . Recomenda-se ao proprietário ter em mãos um cronograma de desembolso. As contribuições sociais e previdenciárias são dimensionadas pelo INSS em função da área e do acabamento da edificação. Para tanto. sem vegetação e entulhos. Se não estiverem corretas. mas certamente o principal será o desembolso para aquisição dos materiais e pagamento da mão de obra. comunicando-se ao proprietário e ao autor do Projeto Arquitetônico.Assim. Nessa locação. do Alvará de Obra e da Matrícula do INSS para iniciar os serviços de construção da edificação. diversos caminhos serão percorridos. marcar no terreno a posição da edificação como foi projetada. EXECUÇÃO DA CONSTRUÇÃO Ao se iniciar uma construção. refere-se à criação de um registro onde serão arquivadas todas as contribuições sociais / previdenciárias dos trabalhadores que irão executar a obra. para que possa preparar-se para a construção. Recomenda-se apresentar mensalmente todos os documentos referentes aos pagamentos efetivados. o terreno deverá estar limpo e desimpedido. confirmando suas medidas conforme escritura. deve-se buscar autorização da Prefeitura. A primeira providência do contratado refere-se à locação da obra. O Responsável Técnico contratado para execução da obra deverá solicitar ao proprietário a apresentação do projeto. corrigidas ao longo do tempo segundo a legislação vigente. ou seja. vestiário. carpintaria. sanitários e refeitório. Esse tipo de reclamação pode ocasionar a paralisação da obra pela prefeitura e/ou por outros órgãos governamentais. há de se verificar se existem construções vizinhas e elaborar um relatório escrito e fotografado sobre a situação de cada uma. 22 MUTUA-MG ASSEAVA . naquele momento. Um canteiro de obras deverá ter construções provisórias. ferrajaria. Se não for possível. planejado com ambientes destinados a salas de administração da obra. garantindo-lhes reparação de danos. de esgotos e de energia elétrica que estarão disponíveis para a obra. Essa atividade busca garantir ao proprietário uma proteção contra reclamações da vizinhança quanto às influências negativas derivadas da construção da obra. caso ocorram durante a execução da obra. sugere-se envolver a prefeitura como mediador da questão. Há de se prever os pontos de ligação provisória de água. que podem colocar em risco as construções existentes. CANTEIRO DE OBRA Antes de iniciar a obra propriamente dita. derivadas das atividades construtivas da nova edificação.A melhor diligência para buscar uma solução é uma conciliação entre as partes. o profissional da construção civil fará um adequado planejamento para preparar o canteiro de obras: um local de trabalho onde o exercício das diversas atividades que constituem as etapas da construção deverá ser realizado sem atrapalhar o objeto principal: a edificação. Da mesma forma. fermentaria. O canteiro de obras deve ser bem organizado para facilitar o trabalho dos operários e permitir melhor controle dos serviços. abalando-as ou mesmo importunando sua beleza estética. informando-se aos vizinhos sobre a realização da nova edificação. depósito e guarda dos materiais. barraco de obra (Fonte: Internet) Outro componente importante inerente ao preparo do canteiro de obras refere-se ao tapume . disponíveis ao encarregado da obra. como areia. sobre o tapume com o logradouro. funcional e que não seja oneroso frente ao empreendimento. visível e indicativa da destinação da obra contendo os nomes dos responsáveis técnicos dos projetos e de execução da edificação. evitando-se que transeuntes circulem naquele local de trabalho sem os devidos cuidados. ASSEAVA CREA-MG 23 . A instalação de um canteiro de obras deve ser bem estudado.entre outros. com que se vedam todos os possíveis acessos à construção – salvo a portaria. as ART’s. tais como os projetos. Faz parte da etapa a instalação. engenheiro contratado e às fiscalizações. figura 08 . brita e tijolos. exigida pelo CREA. conforme as disposições da Legislação do CONFEA. Recomenda-se que fiquem disponíveis no escritório todos os documentos inerentes à obra.anteparo. simples. além de local adequado para limpeza das ferramentas. outras para entulhos e materiais descartáveis. geralmente de madeira compensada. Também deverão ser previstas algumas áreas de estocagem de materiais que podem ficar a céu aberto. especialmente de segurança. da Placa de Obra. livro de registro dos trabalhadores e a respectiva matrícula no INSS. entre outro. livro para registro das ocorrências diárias da obra. orientações e precauções. A terra removida que não for aproveitada para possíveis aterros. ele deve ser feito com terra limpa sobre superfícies igualmente limpas. normalmente cedidos pelas prefeituras. evitando-se. no local da obra. deverá ser descartada. especialmente quanto à compactação. o surgimento de áreas de alagamentos e conseqüente formação de barro. para evitar futuros recalques prejudiciais às construções – provocam trincas e rachaduras das estruturas da edificação. podendo com isso. Para proporções elevadas. sugere-se a utilização de equipamentos mecânicos de terraplenagem. No caso de aterro. tanto quanto possível. transportando-a para locais apropriados. destinados aos assentamentos dos elementos constituintes da edificação. ligeiramente inclinada para favorecer o escoamento das águas pluviais.PREPARO DO TERRENO Quase não existem terrenos totalmente planos. um nivelamento. Desta forma é necessário que seja feito. o gasto com terraplanagem e infra-estrutura (muros de arrimo e fundações) pode ser maior do que o valor da própria obra. aterros ou ambos combinados. Este nivelamento pode exigir cortes. dependendo do volume de terra a ser movimentado. realizados manual ou mecanicamente. Dependendo das características do solo e do relevo. colocar em risfigura 09 (Fonte: Internet) 24 MUTUA-MG ASSEAVA . Cuidados especiais devem ser tomados nessa operação. formando uma espécie de peitoral. ou ser afixados verticalmente. serão pregados sarrafos de madeira. ASSEAVA CREA-MG 25 . nivelados no topo dos pontaletes. em todo o perímetro da edificação. uma referência para locação das etapas da construção. de 10 a 15 cm de largura. esse contratempo só aparece depois de toda a construção já executada. Nos pontaletes. em camadas que possam ser socadas manual (com soquetes) ou mecanicamente. um equilíbrio estável.00 m das futuras paredes externas ou saliências. distanciados 1. Deve-se buscar a conservação da saia do aterro em seu estado natural. lançamento de pontos de referência de níveis e locação da estrutura.50 m entre si e afastados de 1. Esses sarrafos de madeira podem ser pregados sobre os pontaletes. segurança e aparência.co sua solidez. Normalmente. a inclinação na qual o solo mantém. com equipamentos apropriados e/ou pelos veículos que transportam a terra. A forma mais prática de executar a cerca de nível é construir um gabarito de madeira. Recomenda-se que o aterro seja iniciado de baixo para cima. a 80 cm de altura acima do nível do piso térreo Esse gabarito consiste na cravação de pontaletes. O importante é que eles estejam devidamente firmes para suportar as exigências a que serão submetidos durante toda a execução da obra. nivelados. conforme orientação do Projeto. ou seja. LOCAÇÃO DA OBRA Locar uma edificação significa fixar sua posição no terreno onde será erguida. tais como os eixos das alvenarias. formado uma cinta em volta da área a ser construída. podendo ocorrer após ocupação pelos usuários. por si só. Essa demarcação da edificação é normalmente executada por cerca de nível. buscando-se eliminar os problemas de recalque. pilares. Serão consideradas diretas quando assentadas a uma profundidade inferior à largura da edificação. projetadas de acordo com a capacidade suporte do solo. cabe a responsabilidade de conferir essa especificação. vigas). Ao engenheiro calculista cabe a responsabilidade de determinar as adversidades do solo e especificar a melhor solução para cada edificação. telefonia e outras. Ao engenheiro contrarado para executar a obra. baldrames. junto com as tubulações hidráulicas.Locação da obra por cerca de nível (Fonte: Internet) FUNDAÇÃO Após a locação da obra será iniciada a construção da estrutura (fundação. As fundações de uma obra servem para transmitir e distribuir as cargas da construção sobre o terreno. serão consideradas 26 MUTUA-MG ASSEAVA . Existem diversos tipos de fundação. Ao contrário. elétricas.figura 10 . As paredes podem ser construídas com diversos materiais. Assim. solidez e segurança a esse elemento suporte. mais alargadas do que sua altura (espessura) embora a área lateral também adicione resistência. a sapata corrida ou contínua (perimetral). podendo. os tijolos ASSEAVA CREA-MG 27 . Entre as mais usadas para construções de pequeno porte relacionam-se a laje radier. Baldrame figura 11 .Estruturas de concreto (Fonte: Internet) Recomenda-se que as fundações rasas tenham áreas de contato com o solo. isoladas ou associadas. especialmente incrementadas pelas novas tecnologias construtivas. ainda. citam-se os tijolos de vidro. servir como elemento estrutural. PAREDES O levantamento das paredes poderá ser executado paralelamente à estrutura ou não. servindo como elementos divisores de vedação dos cômodos internos e do ambiente externo.profundas. e as sapatas armadas. leves. laminados e furados. ainda. recebendo diretamente a pintura. como pilares e vigas. por conseqüência. Os tijolos estruturais minimizam a utilização de determinados elementos estruturais. PAREDE SICAL PAREDE EM BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS PAREDE EM BLOCOS DE CONCRETO VAZADOS figura 12 . Todos permitem a constituição de uma parede firme. com algumas propriedades especiais. especialmente quando o produto oferecido. 28 MUTUA-MG ASSEAVA . resistente. além de manter a segurança e estabilidade. tornando-a mais rápida e econômica. A regularidade das faces dos tijolos leves pode eliminar a execução de rebocos com argamassas de cimento. contando cada um. Não prepare argamassa e concretos nas ruas e calçadas! Assim. os blocos de concreto e os tijolos estruturais. além de serem isolantes térmicos e acústicos. as paredes mais difundidas nos dias de hoje são aquelas construídas com tijolos de barro ou cerâmicos. os de vidro permitem a passagem de luz e podem conduzir a uma beleza estética. as modernizações das técnicas construtivas não devem ser postas de lado. Os leves diminuem os pesos das paredes e.Equivalência térmica (Fonte: Internet) Mas. Enfim. entre outros. como a facilidade de execução. as dimensões das estruturas de suporte. incrementa outras propriedades vantajosas. espessura de 10 cm 20x20 cm . Uma boa argamassa de assentamento de tijolos cerâmicos é constituída por duas misturas consecutivas. Também se somam a essas.espessura de 20 cm 20x30 cm . constitui-se a segunda mistura com cimento: 01 saco de cimento para 09 latas da 1ª mistura. ambas na proporção de 1:3. preparada com cimento.espessura de 20 cm Qdade 100 25 50 17 23 Tabela 01 O processo de construção de uma parede requer a utilização de uma massa destinada à fixação entre os seus elementos. De posse dessa mistura curtida. Essa massa.Os tijolos cerâmicos furados ganharam preferência sobre outros produtos graças ao seu pequeno peso e por suas pequenas dimensões.espessura de 15 cm 15x30 cm . a facilidade ao corte e a ótima aderência que oferecem às argamassas de assentamento e de acabamento. que facilitam seu manuseio e transporte. por suas faces ásperas e de seu poder absorvente. CONSUMO DE TIJOLOS CERÂMICOS POR M2 Tipo Tijolos Maciços de 5x10x20 cm Tijolos furados 10x20x20 cm Tijolos furados 10x20x20 cm Tijolos furados 15x20x30 cm Tijolos furados 15x20x30 cm Modo de assentamento 5x20 cm . além da regularidade e uniformidade de suas dimensões que permitem e facilitam as amarrações entre eles. A primeira mistura se faz com cal hidratada e areia. ASSEAVA CREA-MG 29 . areia e cal denomina-se argamassa. devendo ser saturada em água e curtida minimamente por 03 dias.espessura de 10 cm 10x20 cm . em caso negativo. água. ressaltando que todas as redes devem ser testadas. especialmente antes dos acabamentos finais serem executados. e outras. instalação das redes hidráulicas. retirada dos materiais e equipamentos utilizados para a execução da construção. Finalmente efetua a pintura das alvenarias e tetos. as etapas subseqüentes numa construção referem-se ao assentamento das esquadrias (marcos de porta. dos materiais de acabamentos (revestimentos de pisos. A obra encerra-se com a demolição das instalações do canteiro de obras. paredes e tetos). além do Corpo de Bombeiros. tomadas. Use água com responsabilidade! ASSEAVA 30 MUTUA-MG . apresenta um relatório de exigências para ser cumprido em prazo certo. telefone. etc. o proprietário solicita o reconhecimento por parte da prefeitura de que a obra está concluída e suas instalações já vistoriadas pelas concessionárias de energia elétrica. instalam-se as louças e metais. as folhas de portas. FINALIZANDO A CONSTRUÇÃO Ao final de cada obra.DEMAIS ETAPAS CONSTRUTIVAS Resumidamente. os acabamentos elétricos (interruptores.). instalação das redes elétricas. A prefeitura promove uma vistoria para verificar se a construção respeitou o projeto aprovado e. janelas e basculantes e as respectivas ferragens (fechaduras). telefonia. teste das instalações de hidráulica e elétrica e limpeza da obra e a entrega da edificação ao proprietário pelo responsável técnico. gás. o engenheiro contratado. janelas e basculantes). O proprietário deverá procurar a Prefeitura para solicitar o Habite-se da edificação. ainda há débito ou se as contribuições sociais/previdenciárias efetuadas durante a construção cobriram o valor da estipulado pelo Instituto para edificar o prédio.CND daquela edificação. somente após sua quitação. o Poder Público depois de realizada a devida análise do novo Projeto. o proprietário deverá providenciar um desenho da edificação como foi construída e regularizá-la. pagar as taxas para formulação do Processo Administrativo para liberação do documento. encaminhando-o à Prefeitura para solicitar a liberação do Habite-se. para encerrar a matrícula e solicitar a Certidão Negativa de Débitos . após vistoria na edificação e comprovação da obediência ao projeto aprovado pela construção liberará o documento solicitado. Do contrário. A partir dessa solicitação. o proprietário ou o engenheiro contratado para execução dos serviços da edificação deverá retornar ao Instituto Nacional de Segurança Social . locação de alvenarias. trata-se da legalização da edificação. Nesse caso. Caso conste alteração na obra em relação ao projeto arquitetônico aprovado pela prefeitura. denominado Habite-se. após a construção e entrega da obra. o INSS verificará se. CND INSS Com o “Habite-se” em mãos. entre outros. A Prefeitura.INSS. A CND somente será emitida se não houver débitos. tais como mudança de tamanho de esquadrias. fornecerá o Habite-se. naquela matrícula.HABITE-SE Como última etapa. emitirá a CND solicitada. Para tal deverá protocolar o pedido no Setor competente. ASSEAVA CREA-MG 31 . o INSS apresentará guia para pagamento de débito das contribuições sociais complementares e. constando a edificação averbada sobre o terreno. com os profissionais autores. certificada por órgãos públicos. concluindo as etapas de construção e legalização de uma obra. sem acordo prévio. • Recusar contrato sem a Anotação de Responsabilidade Técnica correspondente a cada um dos serviços. O Cartório providenciará o lançamento da obra no Registro do lote e emitirá a Certidão de Registro do imóvel. o proprietário deverá ir ao Cartório de Registro de Imóveis da sua Região para formalizar pedido de averbação da edificação no terreno.AVERBAÇÃO EM CARTÓRIO De posse do “Habite-se” e da CND do INSS. por escrito. figura 13 (Fonte: Internet) DIREITOS DO CONSUMIDOR DOS SERVIÇOS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA O consumidor dos serviços de engenharia e arquitetura tem direito a: • Exigir utilização da boa técnica dos profissionais da engenharia. • Realizar contratos escritos. evitando acordos verbais. certidão de regularidade emitida pelo CREA. • Solicitar do profissional ou da empresa. • Recusar modificação de projeto. 32 MUTUA-MG ASSEAVA . das especificações e dos materiais. • Recusar o início de qualquer obra ou serviço sem orçamento aceito previamente. • Conhecer a idoneidade das empresas ou profissionais. figura 14 (Fonte: Interção dos contratos e fiscalizar a qualidade das obras ou serviços. • Procurar o CREA para verificar a conduta do profissional e obter informações sobre serviços profissionais de engenharia. Existem três peças diferentes que são utilizadas na representação dos volumes arquitetônicos. São elas: a) Plantas dos pavimentos ou planta baixa. • Contratar outro profissional de engenharia ou arquitetura para assessorá-lo na interpreta. com auxílio de projeções nos planos horizontal e vertical. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA A concepção de uma obra arquitetônica normalmente é representada por meio do desenho técnico. tendo cada uma sua denominação particular. possibilitando executar-se a construção sem embaraços ou hesitações. • Contratar um advogado de confiança para resolver problemas contratuais. arquitetura e agronomia ou para resolver os problemas relativos ao empenho do profissional.• Exigir originais (cópia em CD) e 02 cópias de todos os projetos aprovados pela Prefeitura e dos projetos complementares. diagrama ASSEAVA CREA-MG 33 . Nessas projeções devem figurar os aspectos mais característicos da edificação de modo que os elementos essenciais à boa compreensão apareçam claramente dispostos. com todas as indicações necessárias das disposições internas da futura edificação. obedecendo a escalas convenientes. PLANTA BAIXA Chama-se planta dos pavimentos ou planta baixa a projeção horizontal da secção reta passando acima do peitoril das janelas. Na Planta Baixa todos os elementos serão cotados para que o engenheiro responsável da edificação possa fielmente executar o projeto. Essa altura é assim determinada para que fiquem representados todos os vãos das portas e janelas. as espessuras das paredes. entre outros elementos. as dimensões destes. b) Secções ou cortes. a largura e posição dos vãos. os aparelhos sanitários. as canalizações.Planta Baixa 34 MUTUA-MG ASSEAVA .dos telhados. as chaminés. c) Elevações. planta de situação e planta de locação. a espécie de revestimento dos pisos. figura 15 . Diagrama de Telhado É o desenho que estabelece a posição do edifício em relação às divisas do terreno e ao alinhamento da via. ou seja. Nessa planta assinala-se também a orientação. O sentido das declividades dessas águas é indicado por meio de pequenas setas.DIAGRAMA DO TELHADO O diagrama do telhado representa a projeção horizontal das formas dos planos inclinados (águas). indica-se a direção do norte.Planta de Situação ASSEAVA CREA-MG 35 . cujas intersecções são figuradas por meio de traços contínuos. figura 17 . PLANTA DE SITUAÇÃO figura 16 . além de indicar as dimensões dos passeios e das vias públicas. melhor. são apenas indicativas que naqueles pontos serão feitas as fundações conforme projeto estrutural. alinhamentos e outras marcações que possam ser relevantes. vigas. Por esse motivo um projeto é apresentado tendo pelo menos dois cortes: um longitudinal e outro transversal. espessuras das lajes do piso. os cortes são obtidas por planos verticais que interceptam as paredes. O importante é detalhar os elementos constituintes da edificação com a melhor clareza possível. Eventualmente. SECÇÕES OU CORTES São projeções verticais do que se pretende obter. vergas.Corte 36 MUTUA-MG ASSEAVA . janelas e portas. Em outras palavras. muros divisórios. Ao projetar a vista do edifício seccionado por um plano vertical. dos telhados e da cobertura. E quantos mais houver. Entretanto. do forro. janelas. com a finalidade de permitir esclarecimentos que venham facilitar a execução da edificação. obter-se-á um desenho demonstrativo das diferentes alturas e vãos de peitoris. de modo a representar as partes internas importantes. no projeto arquitetônico podem ser indicadas as fundações nesses cortes.Na planta de situação devem figurar com absoluta exatidão as distâncias entre os diversos eixos. figura 18 . Nem sempre uma única secção é suficiente para demonstrar todos os detalhes do interior de um edifício. portas. As posições exatas desses cortes são assinaladas nas plantas por meio de retas e por letras dispostas nas respectivas extremidades. evitando assim novas secções. muitos autores adicionam setas nas extremidades das retas. que devem ser representados com precisão. o perfil dos telhados e a disposição e proporções das aberturas (portas e janelas). e outros considerados importantes para clareza do que se pretende obter. pois não ficam tão claramente definidos nas demais peças do projeto. corpos avançados. as alturas dos pavimentos. a fim de mostrar o maior número de detalhes. ASSEAVA CREA-MG 37 .Elevação DETALHES São desenhos de dimensões ampliadas de certos elementos do edifício. O lado em que as letras se encontram. Para melhor identificar esse lado do detalhamento. muda-se a direção do plano de secção. será o lado da edificação que será detalhado. elementos decorativos importantes. Nem sempre se executa a secção em linha reta. Em alguns casos. o perfil do terreno. figura 19 . Nas elevações figuram a altura e forma dos embasamentos. antes das letras. ELEVAÇÕES Chama-se elevação a projeção vertical das fachadas ou faces externas do edifício. .............. como segue: Formato........420 A4............ Assim......................... Cada folha de papel possui dimensão igual à metade da anterior. para a comunicação de desenhos técnicos............... padrões que regulem os procedimentos do que deve ser usado numa certa linguagem........FORMATO DE PAPEL A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão oficial da federação que edita as regras........................................ 210 ..................297 figura 20 ..............594 A3..................841 A2.......... partindo do formato A0 (A zero) até o formato A4..............................1189 A1........................ 594 ...................... princípios................ a ABNT adota uma formatação seqüencial definindo as dimensões do papel.............................................................................. 841 ..........Formato de Papel para Desenho Tecnico 38 MUTUA-MG ASSEAVA . 297 ................ 420 ............ Altura (cm) A0..Largura (cm) ........... Para tal. Por melhor e mais detalhada que seja a parte gráfica. das soluções adotadas. ORÇAMENTO Chama-se o orçamento a parte escrita do projeto que estabelece o custo provável da obra. pode-se usar o orçamento simples que adota o custo total da obra tomandose o produto da área coberta do prédio pelo custo da unidade de superfície de edificações parecidas. os indiretos ou auxiliares (pe. eliminando-se o memorial descritivo. assim como todos os impostos. Logicamente que um orçamento detalhado será mais confiável porque levarão em consideração todos os gastos prováveis. É uma prática atual. que nos desenhos venham às especificações e considerações adotadas. os cálculos e outros dados importantes à construção da determinada edificação.MEMÓRIA ESCRITA A memória descritiva é uma exposição detalhada do projeto. E para composição dos custos de cada serviço deve-se considerar os materiais diretos ou integrantes. quer na aquisição e administração dos materiais. taxas e leis sociais. quer no pagamento dos salários do pessoal. por considerar comuns determinadas edificações feitas para empreendedores que constroem em grande escala. São importantes que se especifiquem as qualidades dos materiais e os processos de construção a se empregar. porém precário. uma forma de madeira). muitos esclarecimentos ainda serão necessários para que o construtor possa executar o que foi projetado. como o tipo de material que será aplicado e o modo de execução de cada um deles. a mão de obra ASSEAVA CREA-MG 39 . os métodos construtivos. apresentando-se as especificações dos materiais. É rápido e abreviado. são estipulados pela experiência ou por observação (feita em vários locais e em obras diversas). etc. Almoxarifes.. Imposto Sindical e Indústria e Profissões. operação e reparos. Aviso Prévio. Ainda são classificados todos os salários dos envolvidos como Engenheiros. devendo ser revisto periodicamente. Repouso Remunerado. Auxílio Enfermidade. combustíveis. Sob o título de benefícios pode-se relacionar os desgastes das ferramentas. Apontadores.trabalho manual do operário na execução de um serviço – e sua qualificação (questão salarial). Legião Brasileira de Assistência. incluindo a carga e descarga. SENAI. Outra parte incide sobre a mão de obra e são: recolhimento aos Institutos de Aposentadoria. Uma parte desse encargo incide sobre os materiais e diz respeito: Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Contadores. Escriturários. Estabilidade. taxas e impostos. Imposto sobre Produtos Industrializados e Imposto sobre Serviços. Os coeficientes para composição dos custos sejam para os materiais como para mão de obra. aceitos como base inicial. Não bastasse isso. Mestres de Obras e demais auxiliares do Escritório. Lei de Férias. Existem atualmente alguns especialistas que se dedicam a esse trabalho e que publicam tais composições médias. desmontagem. além das despesas referentes às leis sociais. maquinas. além da insalubridade ou perigo do ambiente de trabalho. força. 40 MUTUA-MG ASSEAVA . montagem. Algumas empresas adotam coeficientes próprios. assim como o frete e transporte de materiais. o aluguel das máquinas e equipamentos. ainda há de se computar na composição os benefícios e a bonificação da obra. Acidente no Trabalho. Editora Edições Engenharia e Arquitetura • Manual Prático do Construtor e Mestre-de-Obras – Rino Vigorelli – Editora Hemus Editora Limitada • Curso Geral de Obras da UFOP – Técnica da Construção – Volume 1 – 2ª edição • Manual da Construção para Habitações Populares– Programa de Engenharia e Arquitetura Pública da ASSENG . • Dicionário Houaiss 3. • Como Construir uma Casa – Engº Roberto Chaves – Editora Edições de Ouro • PINI web.Volume 1 e 2 3ª Edição/1976 .Bibliografia • Técnica da Construção . • Gabriel:Blog:acusticaarquitetonica.Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Uberlândia • Cartilha para Compra e Construção de Edificações Residenciais do CREA-RJ • Cartilha Como Construir da IEATM .blogspot. • Texto Temático “Ética e Valorização Profissional” do IV CNP do Sistema CONFEA/CREA’s.Celso Cardão .com ASSEAVA CREA-MG 41 .Instituto de Engenharai e Arquitetura do Triângulo Mineiro • Código de Defesa do Consumidor do CONFEA. com o objetivo de promover a defesa dos interesses sociais e culturais daquela classe. geralmente sobre uma base estatutária.Centro .Arqtº Urbanista Leonardo Bueno Miranda. 5 . 42 MUTUA-MG ASSEAVA . 2 .asseava.nota inserida a um documento ou registro público para indicar qualquer alteração relativa ao documento ou registro original.(31) 3823-6142 Impressão: Gráfica Dimensão (31) 3824-0537 GLOSSÁRIO Alvará .com.com E-mail ASSEAV: asseava@asseava. Arquitetos e Agrônomos do Vale do Aço Rua Uberlândia. 4 . Associação . os seguintes profissionais da classe: 1 .instituição constituída por dois ou mais profissionais da mesma classe movidos por uma deliberada determinação. e 6 .Ipatinga/MG Portal ASSEAVA : WWW.br Contribuíram para a elaboração dessa Cartilha.Arqtº Ronaldo Moreira Marques. Diagramação: Arte Final Copias . Bem Comum: é o conjunto de condições concretas que permitem a todos os membros de uma comunidade atingir um nível de vida à altura da dignidade humana (material.documento de autoridade judiciária ou administrativa em favor de alguém e no qual se ordenam ou se autorizam determinados atos.Engª Química Egnalda Pereira da Silva Pimenta. intelectual.Arqtº Wilton Carlos Pinto. Averbação . 3 . moral e institucional).EXPEDIENTE ASSEAVA .Engº Civil Vicente de Paulo Costa Val Filho.Associação dos Engenheiros.Engº Civil Luiz Henrique de Oliveira Nunes Leite. 96 . destinada a abrigar os diversos tipos de atividades humanas. Ética . individual ou coletiva.população que vive num dado lugar ou região. casa. fato ou acontecimento.Cartilha .edifício que está sendo construído. gereralmente ligada por interesses comuns. Multa . edificação. Comunidade . direitos e deveres fundamentais do cidadão e outros aspectos e determinações relativas à manutenção e defesa do Estado. Empreendedor . limites de suas competências.livrete que contém elementos básicos de alguma ciência (no caso sobre a arte de edificar uma residência). Edificação . Licença .aquele que têm disposição ou capacidade de idealizar. para escorar estruturas dos edifícios Profissão: Atividade ou ocupação (ofício) especializada. Coletividade .declaração escrita que se reconhece oficialmente como prova de um estado. imóvel. de uma ação. intelectual. como Regime do Governo e dos Órgãos Administrativos.grupo extenso de indivíduos que possuem interesses comuns. Constituição Brasileira: Lei Fundamental da Federação. Pontaletes: peça de madeira com dimensões de 6x6 cm. aquilo que resulta de um trabalho. serviços ou negócios. Cota – medida ou valor estabelecido em cálculo e usada por arquitetos e engenheiros nos Projetos de construções. Obra . prédio. na qual se acham expressas as bases de nossa estrutura.qualquer reparação imposta por ato julgado condenável. impondo qualquer pena ou castigo. coordenar e realizar projetos.conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de uma sociedade.construção de uma obra.permissão formal que uma autoridade constituída concede para o exercício de certas atividades. habilitação. Notificação . da qual se podem tirar os meios de subsistência. moral e institucional). informação e/ou advertência. condição. ASSEAVA CREA-MG 43 .qualquer documento que contenha aviso. Lei: é o conjunto de condições concretas que permitem a todos os membros de uma comunidade atingir um nível de vida à altura da dignidade humana (material. Documento . foi promulgada a Lei Municipal 9. determinando os seguintes níveis de ruído ambientais como permissíveis: Não se pode negar que esta é uma atitude positiva e valente. com plantas.505 de 2008. O nível de ruído nas cidades. Remediar não é o 44 MUTUA-MG ASSEAVA . mantê-lo em consideração permanente e. Assim.descrição escrita e detalhada de um empreendimento (de qualquer obra. nas ruas. Em Belo Horizonte. Todas as atividades profissionais que colocam em risco a saúde. a segurança e o bem-estar de um povo são suscetíveis de regulamentos para resguardar os direitos formais desse povo. que mais parece um castigo do que um benefício da civilização. a qual. Por isso. Algumas pálidas tentativas são realizadas para controlar ou diminuir os problemas. por razões de aplicação prática. Sanção . da Agronomia e das profissões afins são regulamentadas.a ser realizado. esse artigo servirá apenas para tomar consciência da existência do problema. áreas industriais é tão alto e inevitável.medida de coação (obrigar. cálculos. foi modificada pela Lei 9. plano geral ou desenho de trabalho para a construção a se realizar. Acústica é um atributo da arquitetura e sonorização é seu complemento. dizemos que as profissões da Engenharia. ACÚSTICA URBANA Quando se fala de acústica urbana. orçamento etc) . quando necessário. por exemplo. demonstramos nossa preocupação com a poluição sonora. se possível. forçar alguém a fazer ou não alguma coisa) imposta por órgão ou autoridade constituída. descrições.Profissão regulamentada: É a profissão que só pode ser exercida por quem atender a certas exigências definidas por leis específicas. Projeto . mas de aplicação prática muito discutível.341 em 2007 para controle de poluição sonora ambiental em áreas urbanas e residenciais.. da Arquitetura. estradas.. prioritariamente no planejamento futuro das nossas cidades. escolares e hospitalares das áreas de tráfego intenso ou produtivas. seria outra excelente medida. E esta prevenção estaria em mãos de urbanistas. seria evitar ruas com edificações altas e em ambos os lados. Todas podem ser expugnadas se houver uma tomada de consciência do problema. Existem fatores naturais que modificam o nível de poluição sonora urbana como a chuva. entre outros e a arquitetura urbana propriamente dita. E. o frio. engenheiros civis. tais como veículos. já que estas se transformam em uma caixa ressonante local e.caminho. A barreira em geral tem uma eficiência boa para altas freqüências e fraca para baixas. obras. O planejamento de avenidas largas. arquitetos PERÍODO Diurno Vespertino Noturno Noite HORÁRIO de 07 às 19 horas de 19 às 22 horas de 22 às 24 horas de 00 às 07 horas VALOR MÁXIMO 70 dB 60 dB 50 dB 45 dB Decibel (dB) é a unidade utilizada na medida da intensidade do som e outros profissionais preocupados com “qualidade de vida” da coletividade. estes agentes estão fora do nosso controle. Entretanto existe uma saída: prevenir. O Plano Diretor da cidade terá grande influência ao separar áreas residenciais. não menos importante. paredes de prédios lisas. Pode-se observar que a poluição sonora urbana tem duas origens. o calor e a velocidade do vento. de vidro e outras são altamente refletoras e contribuem para a propagação de um som por muitos quarteirões. com canteiros centrais generosamente arborizados. O asfalto em geral. trens. Assim. quando aparecem desagrados sonoros. num túnel condutor de ondas sonoras. ela poderá ser eliminada e seu custo será consideravelmente menor. Mas. Quando projetos de engenharia consideram a poluição sonora antecipadamente. tendemos a buscar a implantação das barreiras. Sua eficiência depende da altura e ASSEAVA CREA-MG 45 . no conjunto. propagandas sonorizadas. • Ressonância ou repercussão de sons.posição com respeito à fonte de som. Entenda-se isto como arborização e gramado. sem lugar a dúvidas. e • Ecos naturais e provocados. • Nível de reverberação . A barreira mais recomendável. mas as soluções são extremamente difíceis de ser implantadas. Trabalhos de avaliação sonora como mapeamentos e identificação dos pontos marcantes de poluição nas cidades podem e devem ser conhecidos. No mínimo uma avaliação acústica deve considerar os seguintes parâmetros: • Compreensibilidade ou faculdade de entender o que se trata. GRC. é a vegetal. 46 MUTUA-MG ASSEAVA . Nem sempre é uma solução.persistência de um som depois de ter sido extinta sua emissão por uma fonte e que ocorre como resultado de reflexões nas paredes de um recinto total ou parcialmente fechado. ASSEAVA CREA-MG 47 . 48 MUTUA-MG ASSEAVA . ASSEAVA CREA-MG 49 . ........................... 44 50 MUTUA-MG ASSEAVA ................................................................. 41 GLOSSÁRIO ... 17 ALVARÁ DE OBRA .....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................Índice Editorial.................................................................................................................................................................. 39 ORÇAMENTO ........ 35 PLANTA DE SITUAÇÃO.................................................................................................................................................................................................................... 28 PAREDE SICAL................................. 27 EQUIVALÊNCIA DE RESISTÊNCIA TÉRMICA........................................................... 15 ART NO CREA ............................................................................. 10 LOCALIZAÇÃO DO LOTE................................................................................................................................ 32 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA.................................................................................. 32 DIREITOS DO CONSUMIDOR ...................... 30 HABITE-SE ........................................ 37 FORMATO DE PAPEL...................................................................................................................................................................... 28 CERÂMICOS VAZADOS ................................................................................... 30 FINALIZANDO A CONSTRUÇÃO ...................................................................................................................... 24 LOCAÇÃO DA OBRA ........................................................................................................................................... 10 PLANEJAMENTO INICIAL .................................................. 26 PAREDES..................................................11 PROJETOS ............................... 19 MATRÍCULA NO INSS .......................... 22 PREPARO DO TERRENO ....................... 25 FUNDAÇÃO ......... 28 PAREDE EM BLOCOS........................... 36 ELEVAÇÕES ....................................................................................................... 38 MEMÓRIA ESCRITA ..................................................... 37 DETALHES .......................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................... 34 DIAGRAMA DO TELHADO ... 13 FISCALIZAÇÃO....................... 27 Baldrame ..................... 30 CND INSS ....................................................................................................... 20 EXECUÇÃO DA CONSTRUÇÃO ...................................................................................................................................................................... 9 REQUISITOS ................... 28 DEMAIS ETAPAS CONSTRUTIVAS ....... 32 DOS SERVIÇOS DE ENGENHARIA E ARQUITETURA............................................ 28 PAREDE EM BLOCOS..................................................................... 35 SECÇÕES OU CORTES................................................................................... 33 PLANTA BAIXA......... 28 DE CONCRETO VAZADOS ............................................................ 3 INTRODUÇÃO ...................................... 31 AVERBAÇÃO EM CARTÓRIO ........ 21 CANTEIRO DE OBRA ............. 42 ACÚSTICA URBANA....................................... 39 Bibliografia ........................................................................... ASSEAVA CREA-MG 51 . 52 MUTUA-MG ASSEAVA .
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