Cartaz Publicitario Um Resgate Historico

March 26, 2018 | Author: Wallace Moraes | Category: Poster, Communication Design, Technology (General), Science, Science (General)


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C A R T A Z PU B L I C I T Á R I O : U M R ESG A T E H IST Ó R I C O 1ABREU, Karen Cristina Kraemer. MSc.2 UFSM/CESNORS-FW/ Resumo: Este trabalho procura investigar, a partir de uma pesquisa bibliográfica, os caminhos do cartaz na sociedade ocidental, promovendo um breve resgate histórico. A história do cartaz coincide com a história do desenvolvimento da Humanidade. A sua transformação reflete a tecnologia, a estética e o pensamento de cada época. Os primeiros exemplares de que se tem relato eram produzidos por escribas e tinham a pedra ou as placas de argila como suporte (mineral). Com o aparecimento do pergaminho (animal) e do papiro (vegetal) efetiva-se a portabilidade desses suportes. Palavras-C have: Cartaz, Pôster, História da Mídia Alternativa, Toulousse-Lautrec, Chéret. INTRODUÇ ÃO O cartaz, que no início de sua utilização é compreendido como um exemplar m idcult da pintura, torna-se um objeto da m asscult, ao difundir informações e ideias para um patrocinador. !"#"$ %"&'"()*$ +,--./$ 01$ 2.3/$ 4*$ )5&67#&*$ 078(565'9#5*$ ):;:<):$ *$ interesse p#5=")*$):$>7:?$:&'9$0"@"<)*$0*#$:(:1$A7$&:B"/$C$7?$)5&67#&*$6*?$D)*<*EF1$G/$ esse fato é bem aceito na sociedade contemporânea. Por apresentar-&:$ 6*?*$ 7?$ 4&78&'5'7'*$ 8"#"'*$ )"$ 05<'7#"F/$ *$ 6"#'"H desperta o olhar do público, que a valora, criando uma aura d:$40&:7)*"#':F$0"#"$:&&"$?I)5"1$JK*$C$ só a transmissão de informação que está contemplada na peça publicitária cartaz, há 7?"$ #:;:#L<65"$ "*$ "#'I&'56*$ :$ 5&&*$ *$ '#"<&0*#'"$ 0"#"$ 7?"$ 6"':@*#5"$ 4)5&'5<'"F$ )"$ ?I)5"$ corriqueira, na visão do público. O consumidor é capaz de encantar-se com as imagens, com as cores, com os traços e/ou com o estilo mostrado no cartaz. Há um poder de magia, de encantamento. 1.1 - O C A R T A Z PU B L I C I T Á R I O 1 Trabalho apresentado no GT de Historiografia da Mídia, integrante do VIII Encontro Nacional de História da Mídia, 2011. 2 Doutoranda e Mestre em Ciências da Linguagem pela Universidade do Sul de Santa Catarina M UNISUL; Graduada em Comunicação Social nas habilitações Publicidade e Propaganda e Jornalismo/UNISINOS. afixado de forma que seja visível em locais públicos...1.*#?"'*/$ para afixação em ambientes amplos ou ao ar livre.com/cartaz>. Os problemas estruturais e formais são resolvidos pelo projeto de design gráfico.3/$ 0"#"$ 6"#'"H$ C$ 4"<P<65*$ ):$ @#"<):&$ )5?:<&Q:&/$ :?$ . em paredes ou armações próprias de madeira ou ?:'"(F1$ J"$6*<6:0RK*$):$S*<&:6"$+. apresenta sentidos próximos daqueles apontados pelos autores acima citados. o cartaz possui um valor histórico como meio de divulgação em importantes movimentos de caráter político ou artístico. como é conhecido internacionalmente. inclusive àquelas que podem fazer parte de decoração de interiores. A definição apresentada por Rabaça e Barbosa +. Próprio para ser afixado em ambientes amplos ou ao ar livre. (. 2010)4 3 No Brasil a palavra pôster (em Portugal. de um só lado e geralmente a cores. (N. que traz anúncio comercial ou de :=:<'*&$ 67('7#"5&/$ &*65"5&$ *7$ 0*(I'56*&F$ G?$ #:("RK*$ "*$ "&0:6'*$ =5&7"(/$ *$ 6"#'"H/$ @:#"(?:<':/$ C$ 6*?0*&'*$7'5(5H"<)*$46*#:&$ :$ 6*<&'5'75/$ ?75'"&$ =:H:&/$(:@I'5?"&$ 0:R"&$ ):$ arte.NNO/$01$.NNO/$ 01$ . Sua função principal é a de divulgar informação visualmente. recurso bastante usado na atualidade pelos acadêmicos de publicidade e propaganda. Além da sua importância como meio de publicidade e de informação visual.) Os cartazes podem ser colados (impressos em papel e substituíveis de tempos :?$':?0*&3/$05<'")*&$*7$(7?5<*&*&$+0"5<C5&$):$6"#9':#$0:#?"<:<':3F/$6*<'5<7"$*$?:&?*$ autor.1. normalmente em papel. (WIKIPÉDIA. O conceito de cartaz disponível na wikipédia. possibilitando a compreensão que o cartaz é a peça publicitária que se mostra ao público como uma mensagem expressa em um suporte.. acessado em 20 de março de 2010. funciona quase como um estandarte: é ele que sintetiza as informações sobre o evento a ser divulgado ou sobre o produto ou serviço ofertado.wikipédia.T3/$6"#'"H$C$*$45?0#:&&*$):$@#"<):$. . 4 Disponível em <http://www.1 ! Definindo C artaz O cartaz ou pôster 3.). da A.. mas também tem sido apreciada como uma peça de valor estético. póster) é usada quando nos referimos a peças mais "artísticas".*#?"'*&$ ="#59=:5&/$ impresso em papel. deixa se ser um cartaz com intuito comercial e passa a ser considerado um pôster. p. Na visão d:&&:$ "7'*#/$ *$ 6"#'"H$ 4como meio de divulgação. Cesar (2000. p. 3 e 4 folhas. 51). mas decorar o ambiente. 52). é um marco na história da 0#*0"@"<)"F1$$ Ferlauto (apud. 2000. pois sua função principal. Em relação ao aspecto histórico do cartaz.7<65*<"(5)"):$)*$0U&':#$ .A diferenciação que se faz no Brasil entre pôster e cartaz acaba por construir sentidos de que o pôster tem valor estético e o cartaz valor funcional.. não é mais informar sobre determinado assunto. afirma >7:$*$0U&':#$<K*$C$4"$=5'#5<:$5):"($0"#"$*$ Diretor de Arte (sic). Sobre os modelos de cartaz usados nas sociedades contemporâneas. (. 1995. por sua vez. em transportes coletivos e estações de embarque. 1995. em razão da transmissão da informação que ele apresenta.. com o desenvolvimento das ates gráficas. p. (RABAÇA & BARBOSA. reconhecidos hoje como legítimas peças de arte. esse recurso de comunicação consagrou-se principalmente a partir do século 19 (sic). Rabaça e Barbosa ensinam que quando dispostos nos pontos de venda. facilmente encontram-se os formatos com 1. inclusive no interior de pontos-de-venda (sic). independentemente das informações que transmite.7<)"?:<'"($)*$6"#'"H$C$"$87&6"$)"$6*?7<56"RK*$&5?0(:&F1$$V$. naquele cômodo. Exemplos expressivos desse período são os cartazes criados por Toulousse-Lautrec. 111). Cesar. Um cartaz pego da rua e colado no quarto de um adolescente.112). explica que 4*$ :&0I#5'*$ . por exemplo. p. 111 . (RABAÇA & BARBOSA. os autores esclarecem que Embora haja registros sobre o uso de cartazes desde a antiga Mesopotâmia. São chamados de indoor (sic) os cartazes próprios para afixação em ambientes fechados. Bonnard e Chéret. O cartaz de 1 folha pode ser também colocado diretamente em paredes e tapumes. muitos não gostam ou não levam a criação do cartaz tão a sério quanto deveriam.) O cartaz é uma peça tão importante quanto qualquer outraF. a estética é extremamente importante na expressão da mensagem a ser transmitida. 56 . p. onde eram esculpidas as mensagens dos governantes.--.--. a estética e o pensamento de cada época.YZ3/$ 7?$ )*67?:<'*$ C$ 4">75(*$ >7:$ :<&5<"$ +doccere ) ou. A sua transformação reflete a tecnologia. Quando os chineses inventam o papel (pasta vegetal). acontecimentos ou eventos e vende produtos ou serviços.O3/$ :<&5<"?$ >7:$ 4os gestos definiram a estrutura social do Homem de Neanderthal. podendo apropriar-se de quaisquer formatos para difundir suas mensagens envolvendo mais e melhor o público ao qual se destina.B R E V E H IST Ó R I A D O C A R T A Z N A C I V I L I Z A Ç Ã O O C I D E N T A L A história do cartaz coincide com a história do desenvolvimento da Humanidade. esclarece. sabe-se que esse campo não possui uma estética própria. ?"5&$0#:65&"?:<':/$">75(*$>7:$0*):$&:#$7'5(5H")*$0"#"$:<&5<"#$"(@7?"$6*5&"$"$"(@7C?F1$$$$$$$$$ No campo da propaganda. A escrita e a pintura definiram o W#*?"@<*<41$ Os primeiros exemplares de comunicações públicas de que se tem relato eram formulados por escribas e tinham a pedra ou as placas de argila como suporte (mineral). Moles (1974. que seu conteúdo funcional. Por outro lado. estético e cultural está ligado à teoria dos signos. que é fundamental o papel do cartaz publicitário no espaço urbano e. 1./$ 01$ ./$ 01. está extremamente relacionado à economia de mercado da sociedade contemporânea. o contexto criativo construído e relevante para o conhecimento sobre design gráfico.é reconhecida: divulga ideias.2 . pelo ourives Johann . Somado a descoberta da imprensa móvel. Com o aparecimento do pergaminho (suporte animal) e do papiro (suporte vegetal) efetiva-se a portabilidade desses suportes. O cartaz relata. o cartaz alcançou a portabilidade definitiva.*#?:$ WX"@"&$ +. Turner e Muñoz +. W*<. Nesse sentido.57). comprova e registra o andamento do design. ainda. a baixo custo. sem imagens. 52). inventou essa técnica de impressão que buscava imprimir. Disponível em <http://www. em 1796. o introdutor da imprensa móvel no Reino Unido. (ADVERTE6. Fonte: Adverte. de 1454. O mais revolucionário de todos é o uso da cor. acontecimentos ou vender produto&F1$ A$ :\:?0("# de Saint-Flour já apresentava as principais características que o cartaz registra hoje. Também um exemplar em letras manuscritas. com uma tinta pastosa composta por cera. Cesar (2000. através de pincéis. A técnica litográfica 5 ajuda a fundar a história do cartaz publicitário moderno.Y2-$ *$ 6"#'"H$ 4]X:$ !^:&$ *.pt>. Fig.com. Entretanto. Não demorou para que esse novo meio de comunicação se estendesse a todos os interessados em divulgar idéias (sic).adverte. (N. 2010). 1: Primeiro Cataz de Calixto. décadas mais tarde.5\")*$ <"&$ 0*#'"&$ )"&$ 5@#:B"&$ promovendo o livro religioso. foi aberto o caminho da grande difusão de informações impressas na história da Humanidade. Esta descoberta vai permitir. acessado em: 20/março/2010. até então praticamente inexistente. foi William Calixto. penas e outro material de desenho.adverte. 5 Também conhecida como Litografia. sobre a respectiva pedra litográfica. sabão e negro de fumo. p. 6 Disponível em <http://www. . criando :?$ . que origina-se do Grego lithos (pedra) e graphos/graphia (escrita. da A.).com. autor de peças de teatro.$ ["(5&87#@F/$ >7:$ :#"$ ". O húngaro Aloys Senefelder. as suas próprias partituras musicais. depois de comprová-la com a produção de sua Bíblia de 32 linhas. compasso.pt>. Consistia basicamente em desenhar.Gutenberg. em 1480. A técnica de Senefelder. acessado em 20 de março de 2010. contemporâneo de Gutenberg. impresso no Reino Unido. desenvolvimento sem precedentes na história do cartaz.5#?"$ >7:$ 4*$ 0#5?:5#*$ 6"#'"H$ 6*<X:65)*$ C$ ):$ ["5<'-Flour. ". registro. feito em manuscrito. em 1816. J. Além de Chéret. A primeira empresa de impressão litográfica é aberta em Paris. Prang foram grandes designers gráficos que se dedicaram à produção cartazista tendo importante destaque no seu desenvolvimento. única mídia existente.1 . uma placa de alumínio ou de zinco. pintor francês. 1. H.O C A R T A Z PU B L I C I T Á R I O Jules Chéret. . Nos Estados Unidos. o processo litográfico baseia-se no princípio da repulsão entre a água e substâncias oleosas. A partir de então. em 1860. Alphonse Mucha e Henri de Toulousse-Lautrec. técnica bastante difundida até então na Europa. Bufford e L. muitas vezes. se contrapondo à tipografia. Foi Chéret quem combinou imagem e texto permitindo ao público a leitura rápida e a compreensão da mensagem. na França. são os pioneiros na produção de cartazes. que reproduzia textos e algumas imagens á traços retilíneos.Utilizando como base uma pedra calcária. Muitos pintores e ilustradores adotaram a técnica litográfica devido ao baixo investimento necessário a sua implantação. dando-lhe grande importância por permitir a reprodução e circulação massiva de imagens. inicia a produção de cartazes publicitários com estilo artístico. nessa mesma época.2. A grande inovação é a possibilidade do uso de cores e de traços curvilíneos. estavam estabelecidas as condições para que o pôster artístico ou comercial se desenvolvesse e atingisse o estatuto de grande e. Elaborava cartazes sedutores e que causavam impacto emocional no público.pt>. Fonte: Adverte.Fig.wikipédia. acessado em 20 de março de 2010. Fig. cartaz de Jules Chéret. 3: Valentino. acessado em: 20/março/2010. Disponível em: <http://www.adverte. utilizando a imagem feminina com alegria. . 2: Foto de Jules Chéret mostrando seu cartaz a Toulouse-Lautrec. vivacidade e beleza.com. Fonte: <http://www.com/cartaz>. Chéret também foi o primeiro artista plástico a compreender a importância dos aspectos psicológicos na publicidade. com seus cartazes. (. ["<'EV<<"$+. p. estabelecendo uma nova linguagem para o cartaz e para a propaganda comercial.O pôster Valentino. mostrado acima. (FONSECA. aventura-se em utilizar pedras graúdas que possibilitam a produção de cartazes de grandes formatos..-. visualizados à distância. pôs (sic) em relevo o valor da imagem. 1995. um exemplar que corresponde ao que compreendemos como cartaz na atualidade. o pintor Henri de Toulouse-Lautrec lançou em Paris um estilo cartazista inteiramente novo.5<"($ )"$ década de 1880.NNO/$01$Y3/$:\0(56"$>7:$4<*$5<I65*$)*$&C67(*$``/$ Toulouse-Lautrec.-3$:<&5<"$>7:$4*$6"&* presente (Cartaz Valentino) indicia o elevado carácter dinâmico da sua obra: o palhaço e as raparigas parecem saltar para fora do cartaz. Entusiasmado com seu trabalho e com os resultados obtidos. ampliando assim as possibilidades )*$"<P<65*F1 Na década de 1890. a distribuição de cartazes externos torna-se viável em paredes e colunas no ambiente urbano e em painéis de estrada ao longo dos caminhos circundantes a Paris. efeito que acentua a inscrição curvada e nos sugere um cartaz tridimensionalF. sendo logo adotado e desenvolvido por outros artistas. particularmente por Pierre Bonnard e pelo mais conhecido de todos. 06). embora mantivesse seu caráter objetivo e utilitário. Com o domínio da técnica. Henri de Toulouse-_"7'#:6F1$ A&$ desenhos eram geralmente de 6*#:&$6X"0")"&$:$<K*$&:@75"?$"&$4#:@#"&F$)"$0:#&0:6'5="$:$ das técnicas tradicionais. de Jules Chéret foi o primeiro cartaz impresso da era moderna. V)=:#':$+. p. p. Lautrec criou técnicas de reprodução litográfica que revolucionaram o processo de impressão. datado de 1886.23/$ #:("'"$ >7:$ 4*$ 6"#'"H$ :(:=*7-se assim a uma verdadeira arte expressiva. Conta Hollis (2000. Chéret e Toulouse-Lautrec trabalharam com tintas resistentes ao tempo (clima). >7:$ 4*$ :&'5(*$ ):$ WXC#:'$ "?")7#:6:7$ <*$ . os outdoors da época. 17). ou seja.) Se espalha pela . Fonseca (1995.. Chéret aperfeiçoa a técnica litográfica atingindo grandes tiragens e o controle do uso das cores. 17 M . (.N3/$ ".. p. publicado em 1893.*#?"RK*$:#"$7?$. 4 e 5: Cartazes de Toulouse-Lautrec para o Cabaré Moulin Rouge (1893).) A '#"<&.5?$:?$&5$?:&?*F1 Os cartazes #:6#5"?$"$5?"@:?$7#8"<"$'#"H:<)*$5<. acessado em 25/maio/2009. Costa e Rodrigues (1995. B9$7'5(5H"<)*$5?"@:<&$:$6*#:&F1 Fig. 52). passaram a usar o novo meio. sendo copiada por outras tantas cidades europeias e americanas..easyart. Fonte: <http://www. todos queriam aproveitar "$4?I)5"$6"#'"HF$0"#" difundir suas intenções comerciais ou ideológicas. Naquela época a imagem urbana parisiense transforma-se: é a primeira cidade a desfazer-se do velho e a recriar-se.com>.. (.. . modificando ilimitada e sistematicamente o mundo.5#?"?$ >7:$ 4"$ 87#@7:&5"$ <:6:&&5'"="$ revolucionar constantemente os seus meios de produção. Conforme Cesar(2000.Europa abrindo caminho e formando as bases para uma nova forma de comunicação 6*?:#65"(Fa$*&$0#5?:5#*&$0"&&*&$)"$0#*0"@"<)"$=5&7"($&7#@:?$<"$S#"<R"$)*$&C67(*$`b`1$ Naquele momento.) a arte publicitária tornouse famosa principalmente pelo cartaz criado por Toulouse-Lautrec. etc. F':"'#*&/$ :?0#:&"&$ de remédios. indústria..*#?"RK*$+':\'*3/$5?"@:?/$6*#+:&3$:$405<6:(")"&$):$ "#':F1 . p. -3$4C$*$0#:(P)5*$)*$6"#'"H$)*&$<*&&*&$)5"&c$@#"<):$ enfoque no motivo principal a comunicar.com. 7 Fotolito é a denominação dada à película transparente (acetato) onde são registrados imagens e textos através de um processo fotomecânico. serviços e eventos.5<5'"&F/$ afirma Cesar(2000. 7 . Fig. em 1896.Cartaz da Semana de Arte Moderna de SP/19223$:$6*<. acessado em: 20/março/2010. A criação de Edouard Manet para Cha mpfleury (Les Chats). (N. resultando numa obra de fácil leituraF. o cartaz de Manet apresenta características de produções modernas (ver fig.). redução dos detalhes ao mínimo e integração de texto e imagem. da A. . 52).É necessário ainda. lembrar que com a transformação da indústria gráfica e o desenvolvimento do fotolito7. não se insere na corrente dominante da época. sendo utilizado como meio de divulgação de produtos. Fonte: Adverte. os cartazes puderam ser reproduzidos em quantidades maiores. 6: Exemplar de cartaz de Edouard Manet. marcas.pt>. Sua "0(56"RK*$ :<>7"<'*$ 4?:5*$ ):$ 6*?7<56"RK*$ @"<X*7$ 0#*0*#RQ:&$ 5<. p.-. em 1896. Disponível em: <http://www. Entretanto.adverte.*#?:$V)=:#':$+. fundada por Adriano Ramos Pinto no século XIX.jpg>. apresentando metalinguagem visual.pt/Arte-moderna-8. 7: Cartaz (All Type) da Semana de Arte Moderna. em 1922.com. Fig. Disponível em: <adverte. é um emblema no mercado de vinhos do Porto/PT. Fonte: Adverte. o proprietário do negócio sempre soube que 4a imagem é imprescindível para o sucesso empresarial. no Brasil.pt>. A divulgação da famosa casa de vinhos portuguesa sempre contou com imagens míticas. Fonte: Disponível em: <http:/www. Encomendou vários trabalhos (cartazes) a alguns dos mais famosos cartazistas da épocaF.8: Cartaz da Casa Ramos Pinto. acessado em: 20/10/2009.wikipedia/com. . Conforme o site adverte (2010).Fig. O cartaz da Casa Ramos Pinto. acessado em: 20 de março de 2010. impresso industrialmente. 5). competindo :<'#:$&5$0"#"$"'#"5#$6*?0#")*#:&$0"#"$*&$0#*)7'*&$:$0P8(56*$0"#"$*&$:<'#:':<5?:<'*&F1 ]"?8C?$ C$ 5?0*#'"<':$ 6*<&5):#"#$ "$ :\0*&5RK*$ ):$ ["<'EV<<"$ +. saídos das fábricas. poderia induzir as grandes massas consumidoras a aceitar os novos produtos. que representava uma nova forma de comunicação na era industrial. !"#"$d*((5&$+. contemplando cor(es).A P R O D U Ç Ã O D E C A R T A Z ES N O SÉ C U L O X X O cartaz atingiu um importante papel para a propaganda no século XX. e após a publicação de um livro sobre o assunto. além do uso comercial já enfatizado. com suas técnicas aprimoradas de persuasão. )5H:<)*$ >7:$ 4"<':&$ )*$ 5?0:'7*&*$ "="<R*$ )"$ ':6<*(*@5"/$ "&$ . em 1886. mesmo que não correspondessem à satisfação de suas necessidades b9&56"&c$ 6*?:#/$ =:&'5#/$ ?*#"#/$ '#"'"#$ )"$ &"P):$ +[VJ]EVJJV/$ 1995. por seu alto grau de impacto e de provocação do interesse do público.NNO/$ 01$ Y$ M 5). A propaganda foi a maneira encontrada para escoar a excessiva produção das máquinas das indústrias. . Só a propaganda. as fábricas passaram a gerar produtos para um mercado que poderia consumir mais do que o essencial. Por suas características.3 .98#56"&$ &:$ (5?5'"="?$ "$ produzir aquilo que o consumidor realmente necessitava e estava em condições de ")>75#5#F1$ A partir da produção em grande escala. texto e imagem e. O pôster. auxiliando os industriais a rapidamente dar vazão à produção. p. Anunciar os produtos foi a alternativa mais eficiente à época. Les Affiches Illustrrées. adquiriram respeitabilidade cultural e tornaram-se objetos colecionáveis. também é percebido como um elemento propício para a difusão de propaganda política.---/$01$-O3/$F<as ruas das crescentes cidades do final do século XIX. tornando-se a principal mídia de divulgação das transformações sociais que antecedem a II Guerra Mundial. persuadindo os consumidores.1. social e cultural. os pôsteres eram uma expressão da vida econômica. informando.Durante a Segunda Guerra. Nos anos que se seguiram ao armistício. o design russo foi influente na evolução do cartaz europeu moderno e na estruturação dos conceitos difundidos pela Bauhaus. manter a moral do front (sic) interno e mobilizar a opinião pública. Nos Estados Unidos também o cartaz foi utilizado como meio de divulgação das ideias políticas e governamentais. Fonte: WIKIPÉDIA. a França. Os exemplos abaixo apresentam alguns dos materiais criados pelo governo norte americano durante a Segunda Grande Guerra bem como aqueles criados pelas Forças Armadas daquele país. escola de design alemã. foi uma das armas mais eficientes para elevar os sentimentos patrióticos. Dessa forma. 1995. Fig.com. a Itália e notavelmente a Polônia aparecem com uma alta qualidade de concepção e produção gráfica de cartazes (FONSECA. Disponível em: <http://www. p. .wikipédia.*5$ :\'#:?"?:<':$ 5?0*#'"<':$ pelo envolvimento com as vanguardas artísticas e pelo alto grau ideológico das menssagens publicizadas. acessado em: 20/03/2010. controlando e induzindo os pensamentos da população.9: Cartaz de El Lissitzky. de 1929.pt >. 18). a presença do cartaz na difusão das 5):5"&$ )*$ 4<*=*$ @*=:#<*F$ . Na época posterior à Revolução Russa. (FONSECA. O russo El Lissitzky foi o introdutor dos tipos (de letras) sem serifas na produção publicitária. A produção cartazista mantem-se na atualidade como um símbolo das campanhas publicitárias completas. O cartaz é importante meio de comunicação no 8 Preto e vermelho são exemplos de cores puras na impressão. nos Estados Unidos. 18). O suíço Herbert Leupin e o norte-americano (sic) Milton Glaser desenvolvem notável contribuição para o cartaz aplicado à propaganda comercial.5(?:$ >7:$ :&'9$ :?$ 6"#'"HF31$ A$ status e o gla mour atingido pelo cinema junto ao público é transferido ao cartaz por integrar o processo de divulgação das informações sobre aquele novo meio e suas produções. (N. formas geométricas e montagens fotográficas. São referências na produção cartazista do pós guerra os trabalhos de R. Usando cores puras8. sua estética foi adaptando-se às necessidades do público e das mensagens a serem transmitidas e buscou referências estéticas nos movimentos artísticos de sua época. p. O Japão também se destaca com uma arte cartazista de alta significação. Peter Max. Nos Estados Unidos."H$ ?:<RK*$ "*$ 65<:?"$ 6*?*$ 4*$ ?:5*$ 5?0*#'"<':$ ):$ comunicação de massa nesse período. cria um estilo de arte visual que marcou os coloridos movimentos jovens do início dos anos sessenta. que ajudaram a estabelecer a consolidação da nossa indústria cinematográfica. que apontavam grandes modificações para o início do século XX.El Lissitzky criou cartazes construtvistas. No Brasil. Mais texto. é de importância o trabalho divertido e irreverente de Ziraldo e os cartazes cinematográficos de Benício (José Luís Benício). apresentações all type . de George Giusti e de Paul Rand.23/$ . mais imagem. menos texto. (e que) utiliza o cartaz como sua principal forma ):$ )5=7(@"RK*$ +)"I$ "$ :\0#:&&K*$ 4*$ . que tem seu uso privilegiado até a atualidade. . O cartaz transformou-se na medida em que a sociedade também se modificou. Mais cores. S*<&:6"$ +. com seus cartazes psicodélicos. imagens monocromáticas. da A. Savignac.). 1995. explosão de cores. menos imagem. como os cartazes de Yusaka Kamekuka criou para a Olimpíada de Tókio em 1964. enfim. na França.NNO/$ 01$ . com o surgimento de outras mídias como a televisão.com. Renato. Newton. acessado em CESAR. o cartaz está afixado nos locais onde o produto/serviço está exposto (.adverte. a internet..) Normalmente. no pós guerra.. etc.) em quase 100% dos casos estará falando a um público local em que ele pode definir-se pela compra ou pela ação. 52). (. 1995. como nos primeiros exemplares produzidos em Paris.. Disponível 20/03/2010. 2000. o cartaz está mantendo-&:$ <"$ D(5<X"$ ):$ 0#*)7RK*E$ )"&$ campanhas publicitárias como um item importante. jornais. A defesa de Cesar (2000) ao meio cartaz pressupõe que a presença física da mensagem publicitária ainda é relevante no convencimento do público. (..) O cartaz (.. acessado em 20/03/2010. em <http://www. COSTA. convivendo..wikipédia. . então.ponto de venda (PDV) por atingir o público num último esforço de comunicação mercadológica. Disponível em <http://www. RODRIGUES. no pós guerra fria. no momento da compra. 2000.com. em especial. de saúde pública ou comercial. Helouise. Não podem e nem devem ser dispensados ou minorizados. Edição. CARTAZ. televisão. Seja uma informação institucional. quando trata-se da divulgação de eventos ou de campanhas governamentais de saúde pública. 5ª.. R E F E R Ê N C I AS ADVERTE.pt>.) nos pontos-de-venda (sic) e tantos outros lugares (CESAR. Hoje os cartazes são obrigatórios para atingir o consumidor. por exemplo.. e. C O NSI D E R A Ç O E S Enquanto mídia. Rio de Janeiro: FUNARTE/IPHAN/ UFRJ. mesmo fazendo frente a outros meios como revistas.pt/cartaz>. A fotografia M oderna no B r asil. São Paulo: Futura. Direção de arte em p ropaganda. p. SANT`ANNA. acessado em: 20/03/2010.com. RABAÇA.pt/cartaz>. O cartaz. Publicidade e sociedade (p. Nilda et al. 80 M 88). . MOLES.wikipédia. Par a os filhos dos filhos de nossos filhos: uma visão da sociedade internet.easyart. Trad. Jesus. 1995. Richard. São Paulo: Summus. Propaganda: teoria. Glossário de Comunicação Visual. GASTALDO. Abraham. Porto Alegre: L&PM. Design gráfico: uma história concisa. 1995. 1995. TURNER. MUÑOZ. 1974. Porto Alegre: Sulina. Armando. 2001. BARBOSA. Disponível em <http://www. Gustavo. Carlos Alberto. Ed. São Paulo: Perspectiva/Editora da Universidade de São Paulo.com>. São Paulo: Pioneira. Rio de Janeiro: Campus. 2002. Disponível em <http://www. técnica e prática.: Miriam Garcia Mendes. Coleção Mundo da Arte. 5ª. David. acessado em 20/03/2010. WIKIPEDIA. São Paulo: Martins Fontes. FONSECA. HOLLIS. Carlos. Dicionário de Comunicação.EASYART. Edison Luiz. T endências na comunicação: 4. IN: JACKS.
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