MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA SECRETARIA DE MINAS E METALURGIA GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS CPRM PROGRAMA DE INFORMAÇÃO PARA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO TERRITORIAL Raimundo Mendes de de Brito MINISTRO DE ESTADO Otto Bitttencourt Netto SECRETÁRIO DE MINAS E METALURGIA Carlos Oití Berbert DIRETOR PRESIDENTE Gil Pereira de Souza Azevedo DIRETOR DE HIDROLOGIA E GESTÃO TERRITORIAL Antônio Juarez Milmann Martins DIRETOR DE GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS José Sampaio de Portela Nunes DIRETOR DE ADMINSTRAÇÃO E FINANÇAS Augusto Wagner Padilha Martins DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS E DESENVOLVIMENTO Marcelo Soares Bezerra SUPERINTENDENTE REGIONAL DO RECIFE CÁSSIO ROBERTO DA SILVA CHEFE DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO TERRITORIAL Regina Célia Gimenez Armesto CHEFE DA DIVISÃO DE GESTÃO TERRITORIAL SECRETARIA DE PLANEJAMENTO FUNDAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA (FIDEM) Miguel Arraes de Alencar GOVERNADOR DO ESTADO Mauro Magalhães Vieira Filho SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO Sônia Coutinho Calheiros PRESIDENTE DA FIDEM Geotecnia . Beira Rio.Projeto SINGRE”. “Sistema de Informações para Gestão Territorial da Região Metropolitana do Recife . 1998. Pernambuco. Foto: Pedro Augusto dos Santos Pfaltzgraff. de A. Riscos Geológicos. 1.EQUIPE TÉCNICA Enjôlras de A. Recife: CPRM/FIDEM.Volume 02 Pfaltzgraff. Título. . Brasil. Bezerril Analista de de Informações Júlio de Rezende Nesi Supervisor do GATE Hortência Maria Barboza de Assis Coordenadora dos Projetos GATE Pedro Augusto dos Santos Pfaltzgraff Geólogo Coordenação Editorial Superintendência Regional do Recife Serviço de Edição Regional Luciano Tenório de Macêdo Av. à sudoeste da cidade de Ipojuca/PE. B. III. de Moraes * Luiz Cláudio Ferreira * * Digitalização de Mapas Paulo Roberto Siqueira de Assunção Coordenação da Digitalização Cláudio Scheid Flávio Renato A. I. Caracterização Geotécnica.134 Capa: Feição de erosão provocada pela extração de areia. CDD 558. 18 p. de A.Geógrafa Francisco A. 1 mapa (in bolso). 45 .Recife/PE Série Cartas Temáticas . 2. Escorel Editoração Eletrônica Dalvanise da Rocha S. Tratamento digital sobre foto realizado por Claudio Scheid e Flávio Renato A. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. 4. 3. Margem esquerda do rio Ipojuca. Escorel. Medeiros Lima Gerente de Hidrologia e Gestão Territorial Ivo Figueirôa Gerente de Relações Institucionais e Desenvolvimento Marina Nóbrega . Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife. Pedro Augusto dos Santos Carta geotécnica e de suscetibilidade a processos geológicos do Município de Ipojuca/Pernambuco. Análises Granulométricas. 6. 5.Ipojuca. il. II.Madalena . com informações. A presente publicação é parte desse esforço. Os resultados desses estudos estão consubstanciados em relatórios técnicos. salinização de aqüíferos. regionais. A experiência da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais .Apresentação A crescente expansão urbana das metrópoles tem gerado graves desequilíbrios ambientais. estudos básicos para caracterização do Meio Físico com a finalidade de diagnosticar e subsidiar os órgãos de governo e planejadores de espaços geográficos.RMR padece dos problemas mencionados e. todos demandando para sua solução o conhecimento adequado das características do meio físico. . em convênio com a Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife . enchentes.FIDEM. escorregamentos de encostas. a CPRM está desenvolvendo. A Região Metropolitana do Recife .GATE. pesquisa mineral e estudos de recursos hídricos. assentamento de lixões. estaduais ou municipais. que afetam a qualidade de vida da população. poluição. além de sua transformação em Serviço Geológico do Brasil. por isso.CPRM em levantamentos geológicos básicos. diagnoses e propostas relacionadas à temática do desenvolvimento urbano. executado sempre em regime de cooperação com organismos de planejamento nacionais. levou-a a tomar a si a responsabilidade da criação e condução do Programa de Gestão e Administração Territorial . São problemas de abastecimento de água. ......................................ASPECTOS SÓCIO .................................................... 16 DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA ANEXO I ........................... 9 7 ......... 11 8 ................................ 8 6.........................................REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA DAS UNIDADES GEOTÉCNICAS E DE SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOLÓGICOS ............................. 8 6...............................2 Terrenos Cristalinos ...........METODOLOGIA ............................................................................... 2 3 .........INTRODUÇÃO .............................. 5 5 .........................................1 Bacia do Cabo ....................................................... 1 2 ......................CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ...........................................000) ........ 6 6 ..................................................................................................................................................................Sumário 1 ..........PE (Escala 1:100..........................LOCALIZAÇÃO ..SÍNTESE GEOLÓGICA ....................................Carta Geotécnica e de Suscetibilidade a Processos Geológicos do Município de Ipojuca ...................................................................................... 3 4 ....................ECONÔMICOS ..CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DAS UNIDADES ................REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOLÓGICOS ..................................................... 15 10 ............................ 13 9 ............................................................ INTRODUÇÃO A carta geotécnica e de suscetibilidade a processos geológicos de Ipojuca foi elaborada tendo em vista subsidiar os projetos de ocupação do espaço físico do município. e também os tipos de processos geológicos a que estas áreas porventura estejam sujeitas.1 . as informações levantadas e as conclusões obtidas ao final do trabalho. CPRM/FIDEM 1 . Considerando que a presente carta tem por objetivo atender às necessidades de planejadores e administradores dos setores público e privado. de maneira clara e objetiva. esta carta constam as características geotécnicas das várias áreas do município de Ipojuca. a linguagem utilizada procura expor. geomorfologia. apresentado na escala 1:100. declividade. Dessa forma. são aqueles formulados por Bittar. Os tipos litológicos existentes na área em estudo foram caracterizados. foram definidas unidades homogêneas. e também 70 análises granulométricas. não só pela pesquisa da bibliografia. Deve-se ressaltar a escassez de afloramentos que contribuiu para o pequeno número de amostras petrográficas analisadas. Esta divisão foi adotada tendo em vista que cada uma destas unidades apresenta características geológicas. análises de fotos aéreas. foram realizadas 35 análises petrográficas de amostras de rochas coletadas em diversos pontos do município.. referentes a geologia. geotécnicas e morfológicas distintas.000. 2 CPRM/FIDEM . al. Partindo-se da integração dos dados coletados sobre o meio físico. consubstanciado com reconhecimento de campo para confirmação dos dados obtidos de forma indireta e análise laboratorial de amostras de solos e rochas. Os conceitos de Carta Geotécnica (convencional) e de Carta de Suscetibilidade aqui adotados.METODOLOGIA A carta foi confeccionada a partir da compilação e integração de dados bibliográficos. 1992 (in Cerri et. hidrologia. imagens de satélite e radar.2 . os resultados obtidos levaram à confecção de uma carta integrada dos aspectos geotécnicos e de processos geológicos. geotecnia. Para efeito de estudo o município foi dividido em duas unidades físicas: Bacia do Cabo e Terrenos Cristalinos. Dessa forma. 1996). como também pela descrição de lâminas petrográficas. que possuem comportamentos semelhantes do ponto de vista geotécnico e de suscetibilidade a processos geológicos. Limita-se ao norte com o município do Cabo de Santo Agostinho.LOCALIZAÇÃO O município de Ipojuca está localizado ao sul da cidade do Recife e a sede dista 52km da capital. a leste com o Oceano Atlântico e a oeste com o município de Escada. pos2 suindo uma área de 507km (Figura 1).3 . CPRM/FIDEM 3 . ao sul com o município de Sirinhaém. 140 Escala aproximada Abreu e Lima 9.Carta Geotécnica e de Suscetibilidade a Processos Geológicos do Município de Ipojuca/Pernambuco 40 0 São Luís OCEANO A T L Â Fortaleza T N IC O CE Teresina MA PI PE RN Natal PB João Pessoa Recife 10 40 AL Maceió 260 280 300 Itapissuma 9.080 o 9.140 140 70 0 140 280 420km Araçoiaba Igarassu Itamaracá 9.060 9.080 Atlâ Cabo n ti c o 9.100 Moreno Jaboatão dos Guararapes AZB W S E Ipojuca 9.120 9.100 9.060 9.040 260 280 300 Oc ean N 9.120 Paulista Camaragibe São Lourenço da Mata Recife Olinda 9.040 Limite dos municípios integrantes da Região Metropolitana do Recife Área do município de Ipojuca Figura 1 .Mapa de Localização da Área 4 CPRM/FIDEM . Há também uma rodovia e uma ferrovia que ligam o Complexo Industrial e Portuário de Suape à PE-060 e à malha ferroviária nacional. Apresenta algumas indústrias. respectivamente. O distrito sede abriga 19. Serrambi. A economia do município de Ipojuca está voltada. O turismo na região costeira é importante fonte de geração de renda. sendo formada pela rodovia federal BR-101 (localizada ao norte) e pelas rodovias estaduais PE-060. que corta o município de norte a sul. São muito conhecidas as praias de Porto de Galinhas. pesca e pecuária (bovinos). CPRM/FIDEM 5 . A infra-estrutura de acesso à região é boa. principalmente. ligando as cidades do Cabo de Santo Agostinho e Sirinhaém (passando pela cidade de Ipojuca). que liga Ipojuca à localidade de Porto de Galinhas. com uma densidade demográfica de 2 89. banana.4 – ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS A população do município é de 45.461 habitantes. Cupe e Maracaípe. 1992).35 hab/km (FIAM. cana-de-açúcar. sendo ainda de significativa relevância para o desenvolvimento do estado e do município o Complexo Industrial e Portuário de Suape. mandioca e manga). para a agricultura (coco.402 habitantes. e pela rodovia PE-038. margas e calcários dolomíticos (Alheiros. O Complexo Gnáissico-Migmatítico é composto. arcósios com cimentação carbonática parcial. O Grupo Pernambuco engloba litologias de origem sedimentar e vulcânica que preenchem a bacia sedimentar que se localiza a sul da cidade do Recife. quartzo e feldspato. segundo Lima Filho (1996). A Formação Cabo é constituída por conglomerados polimíticos. quartzo-sienitos e leucogranitos. diques e sills.Sial.5 – SÍNTESE GEOLÓGICA Encontram-se representadas no município de Ipojuca quatro unidades geológicas (Lima Filho. basaltos. Esta unidade tem como principais tipos litológicos os arcósios. gnaisses milonitizados. muscovita-biotita granitos. compostas por rochas de origem sedimentar. traquitos e aglomerados vulcânicos. folhelhos de cor cinza ou preta. siltitos. está composta por arcósios com seixos sub-arredondados de rochas vulcânicas. com até 15cm de diâmetro em matriz mais fina. podendo atingir até 10m de espessura (planície de inundação do rio Ipojuca). argilitos e folhelhos. amarela e vermelha. A atitude de foliação apresenta direção predominante NE (secundariamente NW) e mergulhos o para SE.a. posicionadas da seguinte forma na coluna estratigráfica: Complexo GnáissicoMigmatítico. . de composição granítica a granodiorítica. biotita granitos porfiríticos. por rochas de origem vulcânica. Sedimentos Flúvio-Lagunares. Os Depósitos Aluvionares possuem uma constituição basicamente arenosa. por ortognaisses. Terraços Litorâneos Holocênicos e Terraços Litorâneos Pleistocênicos. Tal como a Formação Cabo. argilo-arenosa. Ipojuca e Algodoais. denominados biotita granitos (com variações para quartzomonzonitos e quartzo-sienitos). As Coberturas Quaternárias estão constituídas por sedimentos inconsolidados. Grupo Pernambuco e Coberturas Quaternárias. a 100 m. Rochas Granitóides. 1989). estendendo-se até a região de Sirinhaém. de idade quaternária (± 120. por vezes tonalítica. A Formação Algodoais. geralmente superiores a 45 . Na área do município aflora apenas em um morro isolado na localidade de Cocaia. com intercalações de silte e argila. As duas primeiras e a última. 1987). A Formação Ipojuca é composta de rochas vulcânicas de idade cretácea (85 m. de cores branca. ocorrendo sob a forma de derrames. predominantemente. Sedimentos de Praia. Depositada discordantemente sobre a Formação Cabo encontra-se uma seqüência sedimentar clástico-carbonática denominada Formação Estiva. riolitos. Estiva. 1996). cujos principais tipos petrográficos são: andesitos.000 anos até hoje). arenitos grosseiros e conglomeráticos. 6 CPRM/FIDEM . formando os Depósitos Aluvionares. conglomeráticos ou não.a. também a Formação Estiva é de idade cretácea. e em terras da fazenda Gameleira. Depósitos de Mangues. Os Granitóides são constituídos por cinco tipos petrográficos. e a outra. Está constituído pelas Formações Cabo. Mais próximos do mar encontram-se os Depósitos de Mangues. 1991). Os Sedimentos Flúvio-Lagunares são compostos por areias finas. siltes. siltes. com granulometria variando. constituído predominantemente por argilas orgânicas. Os terraços litorâneos são formados por sedimentos inconsolidados. CPRM/FIDEM 7 . areias finas e restos orgânicos formando áreas baixas. com matéria orgânica no topo da camada e óxido de ferro abaixo de 3m de profundidade. argilas e sedimentos turfáceos que formam as áreas mais baixas (cotas até 2m). principalmente. Os Terraços Pleistocênicos encontramse em cotas que variam de 2m a 10m.Carta Geotécnica e de Suscetibilidade a Processos Geológicos do Município de Ipojuca/Pernambuco Os Sedimentos de Praia estão compostos por areias quartzosas de cor branca que acompanham o litoral do município. ricos em matéria orgânica. arenosos. periodicamente inundáveis. de fina a média. situadas principalmente ao longo dos trechos inferiores dos rios que sofrem a influência direta do mar e estão cobertas por uma vegetação característica que se assenta em um substrato de sedimentos finos. enquanto os Terraços Holocênicos variam entre as cotas de 1m e 5m (Martins. areias fofas e argilas orgânicas). argilitos e sedimentos inconsolidados (englobam areias.1 Bacia do Cabo Seis tipos litológicos distintos são encontrados na área: conglomerados. com áreas de baixa capacidade de suporte (camadas de turfas. Os conglomerados possuem grande coesão e são bastante estáveis para cortes verticais. os leitos das estradas construídos sobre estes materiais tornam-se imensos atoleiros nas épocas de chuva. As litologias desta unidade apresentam relevo ondulado com morros e colinas cujas altitudes são inferiores a 100m. dão origem a solos do tipo terra roxa. isotrópicos e resistentes. apresentaram valores muito baixos. em virtude da sua grande variação granulométrica e composicional. com a presença de disjunções colunares e pouco fraturadas. caracterizadas pelos terraços litorâneos. planícies (inundáveis em vários pontos). mesclam-se de áreas com boa capacidade de suporte. As formas de relevo esculpidas nessas litologias estão representadas por morros. e caracterizados por duas colinas de altitudes em torno de 40m. podem apresentar um comportamento geotécnico diferenciado a nível local (Foto 1). praias e planície flúvio-lagunar. compostas por camadas de areias. podemos dividir os mesmos em duas áreas distintas: Bacia do Cabo e Terrenos Cristalinos. rochas vulcânicas. planícies aluviais.6 – CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DAS UNIDADES Do ponto de vista das características geotécnicas dos terrenos formadores do município de Ipojuca. Todavia. encontram-se pouco alteradas. sills e diques que cortam as litologias sedimentares. ocorrendo na forma de dois afloramentos. Os argilitos exibem boas características de coesão e suporte. siltes. de cor vermelha. As características geotécnicas de cada uma dessas litologias foram melhor estudadas na área do Complexo Industrial e Portuário de Suape. ensaios SPT (Standard Penetration Test) destinados a medir a capacidade de suporte do solo. maciços. 6. em vários locais. quando intemperizadas. Os calcários mostram-se pouco alterados. arenitos. As rochas vulcânicas apresentam-se principalmente na forma de derrames. calcários. com elevada resistência. entretanto. 8 CPRM/FIDEM . Entretanto. cascalhos e turfas). da ordem de 2/30. representadas pelas áreas de manguezais e alguns trechos da planície flúviolagunar. encontrando-se bastante alteradas na maioria dos casos. argilas. maciças. que formam as áreas planas do município. pouco fraturados. Quando estas rochas afloram na forma de morros. bastante coerentes. terraços marinhos e praias. com boa estabilidade no caso de cortes em talude. Características similares possuem os arenitos. Os resultados desses estudos foram muito úteis para a compreensão das características geotécnicas dos materiais existentes no restante da região. Os sedimentos inconsolidados. cascalhos e algumas argilas. originando materiais argilosos. justificou a realização de ensaios granulométricos e mineralógicos dos tipos mais comuns de solo existentes na área. intemperizadas e cobertas por espessa camada de solo argiloso de cor vermelha e por delgadas coberturas coluvionares. este é bem marcado.2 Terrenos Cristalinos Nas áreas formadas por rochas cristalinas e pelos materiais oriundos da decomposição destas. preenchidas por solo. Quando sãs. ao passo que nos solos originados de gnaisses e migmatitos é basicamente argilosa. com espessuras de até 33m e SPT 1/70.Carta Geotécnica e de Suscetibilidade a Processos Geológicos do Município de Ipojuca/Pernambuco As camadas de argila mole estão presentes em grande parte da área baixa e plana do município. Junto a essas argilas. obtido através de sondagens mistas. com fraturas abertas. geralmente. varia entre 3. apresentando-se. com dureza e coerência elevadas. Quando sãs. estas rochas mostram-se maciças. o topo rochoso. e mais de 15m nos tipos oriundos de gnaisses e migmatitos. até muito fraturadas nos gnaisses e migmatitos CPRM/FIDEM 9 . central e no extremo oeste do município. Os materiais originados a partir da alteração das rochas cristalinas apresentam boa estabilidade nos cortes de estrada existentes. 6. com poucos sinais de erosão (Foto 2). sendo comuns taludes sub-verticais. isotrópicas (biotita granitos. com suas coordenadas geográficas (UTM). junto com um mapa com a localização dos pontos de coleta das amostras analisadas. Nessas áreas a cobertura de solos pode atingir espessuras em torno dos 5m nos tipos formados a partir de rochas graníticas. na biblioteca da Superintendência Regional do Recife. a declividade é bastante acentuada (Figura 3). que encontram-se à disposição dos interessados na CPRM. Na área do Complexo Industrial e Portuário de Suape. envoltos nas camadas do solo residual. também ocorrem camadas de areia fofa com espessuras que podem chegar a 13m e SPT 1/60. migmatitos e ortognaisses) a anisotrópicas (gnaisses milonitizados) e variam de pouco fraturadas nos granitos. totalizando mais de 70 análises. criando problemas para a ocupação urbana. Todavia. No caso do limite entre o saprólito e o solo residual. A granulometria dos solos gerados a partir das litologias graníticas é mais sílticoargilosa. É comum a existência de blocos de rocha com dimensões métricas. A grande ocorrência de coberturas superficiais de solos. principalmente nos solos originados de rochas gnáissicas e migmatíticas (Foto 3). é possível observar que os afloramentos (principalmente os de gnaisse e migmatito) são bastante fraturados. obras de engenharia e agricultura mecanizada.90m 120m. esse limite atinge maiores profundidades em áreas mais ao sul do referido complexo industrial . Tais rochas ocorrem na parte norte. além de camadas de turfa com espessuras de até 4m e SPT 1/70 (Figura 2). tendo sido registradas espessuras de mais de 2m de saprólito em alguns cortes de estrada visitados. Inclui sedimentos areno-argilosos de mangue. capeadas em alguns locais por turfa (tf). CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS Cidade Vila ou povoado Estrada pavimentada Estrada não pavimentada Aluviões e depósitos litorâneos predominantemente arenosos.B m 0 1750 3500 m CONVENÇÕES GEOLÓGICAS Aluviões predominantemente argilosas (ag). Substrato pré-holocênico constituído de material areno-argiloso Estrada de ferro Sondagem a trado com turfa Sondagem a trado sem turfa Caminho Rio. localmente em profundidade.Perfil Geológico do Terreno da Região de Ipojuca 10 CPRM/FIDEM . Riacho Espessura do capeamento Espessura da turfa Limite das aluviões Corte geológico Açude Figura 2 . esta interdigita-se com argila (ag) e vasa diatomáceo-argiloorgânica (vs). incluindo restingas e terraços subatuais.Carta Geotécnica e de Suscetibilidade a Processos Geológicos do Município de Ipojuca/Pernambuco 0 500 1000 m FONTE: PROJETO TURFA CPRM -1982 PERFIL A . 10 10 .Mapa de Declividade do Município de Ipojuca/PE (Simplificado) CPRM/FIDEM O CE AN O C ES AD A 11 .20 20 .080 kmN TO AG OS ES CA DA T IN HO 9.5 5 .30 > 30 Fonte: Amaral (no prelo) Figura 3 .Representação Cartográfica das Unidades Geotécnicas e de Suscetibiliddae a Processos Geológicos 260 kmE 270 kmE 280 kmE N CA B OD ES AN 9.070 kmN IPOJUCA ATLÂ N TIC O 9.060 kmN SIR IN H AÉ M IPOJUCA BARRAGEM/LAGOA CLASSE DE DECLIVIDADE (%) 9.2 0 1 2 3 Escala 4 5 km 2 .050 kmN 0 . As camadas de argila mole. é possível que o desmatamento e a ocupação desordenada da área possam vir a desestabilizar tais blocos. além da presença de camadas sedimentares de baixa capacidade de carga (argilas orgânicas e turfas) e erosão marinha. As áreas baixas próximas aos rios. devido a falta de manutenção. alta declividade (Figura 3) e. O assoreamento destes canais. as extensas áreas de origem flúvio-lagunar e as áreas de manguezais. merecendo estudos detalhados e específicos.7 – SUSCETIBILIDADE A PROCESSOS GEOLÓGICOS O município de Ipojuca apresenta sua área próxima ao litoral composta por sedimentos recentes. bem como. A morfologia das áreas cristalinas é caracterizada por morros e colinas com formas arredondadas e vales de fundo chato. e na forma de maciços pouco fraturados. ocasionam dificuldades para instalação de obras viárias e edificações de maior porte. principalmente nas áreas próximas ao Complexo Industrial e Portuário de Suape. com altitudes em torno dos 100m. é comum a construção de canais de drenagem que permitem a utilização da parte drenada para o plantio de cana-de-açúcar e coqueiros. como já anteriormente comentado. cria condições para a inundação de áreas anteriormente dessecadas (Foto 5). a 3. gerando riscos de quedas e desmoronamentos dos mesmos.5m de profundidade. Entretanto. sendo que o assoreamento do rio Ipojuca. junto com as camadas de turfa. a área em questão está sujeita a processos de inundações. aproveitamento da água subterrânea. com granulometria variando desde fina até grossa. com relevo caracterizado por cotas topográficas baixas e grandes extensões planas. Em razão da elevada declividade do terreno. onde os tipos litológicos ocorrem sob a forma de matacões isolados de dimensões decamétricas. Os processos de dinâmica costeira atuam de forma variada ao longo do litoral. com a localização das áreas para deposição do lixo. a elevada permeabilidade do terreno e a pouca profundidade do lençol freático. do ponto de vista da capacidade de suporte e da declividade. está agravando tal problema (Foto 4). Em função destas características do meio físico. tornam necessários cuidados especiais com as instalações sanitárias. constituindo morros com altitudes superiores a 100m. distribuem-se por toda a área baixa e plana do município. aflorantes ou não. sítios contendo um grande número de matacões envoltos em solo. com boa capacidade de suporte. Na área. em média. onde o nível freático encontra-se. com pequena cobertura de solo (tal como o morro da Pedra Selada). As áreas dos terraços quaternários são constituídas por uma seqüência de areias estratificadas. em razão do desmonte de suas margens para utilização da areia. 12 CPRM/FIDEM . estão sujeitas a inundações periódicas. além de propiciar o aparecimento de focos de erosão (Foto 6). para que não haja contaminação das águas subterrâneas. no caso típico das áreas com substrato granítico. Tratam-se de áreas favoráveis a ocupação urbana. declividade entre 2% e 5%.Áreas com depósitos de tálus ou colúvio. declividade em torno de 5% a 10%. suscetível a erosão. siltes. VII . declividade < 2%. litologia.Área formada por sedimentos recentes (areias. nível freático raso.Área com substrato arenoso/areno-argiloso. boa capacidade de carga. CPRM/FIDEM 13 . capacidade de carga. sujeita a processos de erosão e instabilidade. boa capacidade de carga. argilas e siltes). tipo de processo geológico a que estaria sujeita e sugestão de uso.Área formada por sedimentos aluviais (areias. argilas e matéria orgânica).Área formada por sedimentos marinhos (areias). Área com possível uso agrícola planejado. de origem flúviolagunar. espessura do solo. Dessa forma. argilas e cascalhos). Área com uso possível para agricultura e ocupação urbana restrita. nível freático raso e sujeita a inundações. nível freático raso (em torno de 3m).Área com cobertura de solo residual argiloso a argilo-siltoso (espessura variando de 10m a 15m). III . presença de camadas de argila orgânica com baixa capacidade de carga. Área sugerida para ocupação urbana. VI . IV. nível freático próximo dos 4m. a carta geotécnica e de suscetibilidade a processos geológicos.Áreas com substrato predominantemente argiloso (origem vulcânica). boa capacidade de carga.Áreas com substrato formado por sedimentos de mangues (areias finas. profundidade do nível freático. apresentam-se as seguintes características para cada unidade: Bacia do Cabo: I . declividade < 2%. Cada uma delas foi representada com base nas suas características de declividade. nível freático em torno de 5m. com camadas de argila com baixa capacidade de carga e depósitos de turfas. substrato com razoável capacidade de carga. boa capacidade de carga e declividade entre 10% e 20%. Tratam-se de áreas de preservação. apresenta o município de Ipojuca dividido em dez áreas distintas. Área com uso possível para agricultura e ocupação urbana planejada. Área com possível uso agrícola planejado. V . Tratam-se de áreas de preservação.8 – Representação Cartográfica das Unidades Geotécnicas e de Suscetibilidade a Processos Geológicos Para melhor compreensão pelo usuário. Terrenos Cristalinos: VIII . periodicamente inundáveis. presença de blocos de rocha envoltos em solo. pouco sujeita a inundação. pouco suscetível a erosão devido a constituição granulométrica do solo e boa estabilidade para cortes. siltes. composição granulométrica. declividade em torno de 20%. declividade < 2%. II . declividade < 2% e remotas possibilidades de inundação. Área com possível uso para agricultura. embora saiba-se que a legislação nas áreas com declividades superiores a 30% restringe consideravelmente suas formas de uso e ocupação. sujeita a quedas e desmoronamentos de blocos. Área de preservação com uso possível para mineração (de acordo com a legislação). suscetível à erosão. presença de matacões de dimensões decamétricas.Área com solo residual síltico-arenoso com espessura variando entre 5m e 10m. Área com uso possível para agricultura planejada. 14 CPRM/FIDEM . pequena espessura de solo. presença de matacões com dimensões métricas. declividade 20%-35%. declividade > 35%. com ótima estabilidade para corte nos afloramentos e estabilidade relativa nas áreas com presença de blocos. nível freático em torno de 4m.Carta Geotécnica e de Suscetibilidade a Processos Geológicos do Município de Ipojuca/Pernambuco IX . estabilidade razoável para cortes.Área com predomínio de afloramentos rochosos. X . principalmente em sua faixa costeira. sejam os menores possíveis. geomorfológicos e hidrogeológicos podem ajudar a definir uma política mais clara e eficiente para o uso desses espaços. durante e após a sua implantação. As áreas baixas e planas do município. De modo geral. são necessários estudos posteriores mais detalhados e específicos para cada forma de uso pretendido. situadas na unidade Terrenos Cristalinos e que hoje são ocupadas por plantações de cana-deaçúcar. Quanto às áreas com predomínio de afloramentos rochosos e alta declividade. Nas áreas de mangues. tão somente. ! ! ! ! ! ! CPRM/FIDEM 15 . que estão sujeitas a algum tipo de inundação (com exceção das áreas de mangues). boas áreas para ocupação do ponto de vista geotécnico. Todavia. hidrológicos. Para que se possam apontar recomendações mais pormenorizadas de uso para as diversas áreas do município. não só financeiros. poderia ser cogitado seu uso para lavra de rochas ornamentais e brita. Dentro do planejamento dos espaços municipais. dos empreendimentos públicos e privados. bem como as áreas de morros e colinas de baixa declividade. os estudos geotécnicos. Vale salientar que tais observações constituem. as áreas de terraços e colinas da Bacia do Cabo são boas para ocupação urbana. para as diversas áreas do município. um conjunto de sugestões de uso do solo.9 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ! O município de Ipojuca apresenta. poderiam continuar a ser utilizadas para projetos de agricultura e pecuária. a ocupação do espaço físico do município precisa ser bem planejada para que os custos. as mesmas são reconhecidas por lei como áreas de preservação ambiental. mas também ambientais e sociais. 1. (Org. 1996. 667-673. CERRI.guide excursion). 16 CPRM/FIDEM . M.. ROCHA. 4. 1987. n. 2v.17. Informações municipais do interior de Pernambuco. Revista Brasileira de Geociências. AMARAL. Rio de Janeiro. Recife: CPRM. BORBA.Escala 1:100. Recife. 1991. O. v. 329. FUNDAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL DO INTERIOR DE PERNAMBUCO. V. C. il. Revista Brasileira de Geociências. L. Pernambuco. LIMA FILHO. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia. Atas. In: SIMPÓSIO DE GEOLOGIA DO NORDESTE. 1992 . 112 p. Pernambuco.. Brasília: DNPM. il. M.000 (Folha SC. N. Recife: FIAM. 1996. 1989.. 1990. mar. 2 p. 537-548. il. Recife: LAGESE. 1991. 1988. v. Serviços da sondagem: Relatório final. A. et al. (No prelo). 1996. E.10 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALHEIROS. n. ZAINE. G. Cartas e mapas geotécnicos de áreas urbanas: reflexões sobre as escalas de trabalho e propostas de elaboração com o emprego do método do detalhamento progressivo. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil: Carta Geológica. v. Projeto SINGRE. A.19. E. A.PE.) Mapa geológico das folhas Ipojuca/ Ponta da Gambôa e Sirinhaémescala 1:25000.. LONG. Geomorfologia do município de Ipojuca . 14. Recife: CPRM/Governo do Estado de Pernambuco. 8. H. Carta Metalogenética Previsional . E. 53p. S. E. M. G. São Paulo. FILHO.25-V-A-II Vitória de Santo Antão) Estado de Pernambuco. 3 v. il. M. 383 p. SUAPE. 12 ) p. p. A. da G. X. 17-24 .. 1977. D. Recife: SBG. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA. L. SIAL. dez. AKIOSSI. J. FERREIRA. Cretaceous magmatic province of Cabo. Projeto. Geologia quaternária costeira da região de Nossa Senhora do Ó Ipojuca . Anais. de A. p. Considerações sedimentológicas e estratigráficas sobre a Formação Cabo. da. (Boletim. northeast Brasil (Field trip . M. MARTINS.Pernambuco. Erosão em Talude Formado por Arenitos da Formação Cabo.DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA Foto 1 .Taludes com Alto Ângulo em Solo Residual de Gnaisse. Foto 2 . CPRM/FIDEM . Engenho dos Macacos . Onde Notam-se Focos de Erosão.Ipojuca. Estrada de Ligação Entre a Cidade de Ipojuca e a Rodovia BR-101. Explotação de Areia Para Construção Civil nas Aluviões do Rio Ipojuca.Carta Geotécnica e de Suscetibilidade a Processos Geológicos do Município de Ipojuca/Pernambuco Foto 3 . Foto 4 .Camada de Solo Residual Capeando Gnaisse Alterado. Proximidades da Rodovia PE-6 CPRM/FIDEM . Usina Ipojuca. Carta Geotécnica e de Suscetibilidade a Processos Geológicos do Município de Ipojuca/Pernambuco Foto 5 . Foto 6 . nas Proximidades de Porto de Galinhas.Ocupação de Encostas com Cortes de Taludes Verticais. CPRM/FIDEM .60. Rodovia PE-38.Drenagem de Área de Manguezais Para Plantação de Coqueiros. Rodovia PE . PE (Escala 1:100.000) CPRM/FIDEM .Carta Geotécnica e de Suscetibilidade a Processos Geológicos do Município de Ipojuca/Pernambuco ANEXO I Carta Geotécnica e de Suscetibilidade a Processos Geológicos do Município de Ipojuca . Sibiró da Serra Eng. declividade < 2%. Gitaí I X VIII VI RIO a I I II I I I IPOJUCA Canal Drag X boa Gam III Vila Europa Eng. Áreas com solo residual síltico-arenoso com espessura variando entre 5 a 10 metros. com camadas de argila com baixa capacidade de carga e depósitos de turfas. Macacos IX Sibiró da Morro da 9068 Pedra Selada V II Usina Salgado CONVENÇÕES GEOLÓGICAS 9068 Falha Praia Falha de transferência sinistral Falha de transferência dextral Fratura fotointerpretada Ri o VII Eng.3.060 VII IV Feiteira 260 280 300 II Cacimbas II Pr aia da Ponta de Serrambi 9052 Sibiró Gr an d e 9052 Ri o I I Praia S Escala 1:100. sujeita a quedas e desmoronamento de blocos. presença de matacões com dimensões métricas.120 6º 6º Camaragibe São Lourenço da Mata Paulista Olinda 9. boa capacidade de carga e declividade entre 10 e 20%. Áreas de preservação. pouco sujeita a inundação.140 V VI V II IV Po Porto de Galinhas PE- Camela Abreu e Lima rto 60 9. Ri o VII IV I VI VII Áreas com substrato predominantemente argiloso (origem vulcânica). Timbó-Açu Eng. Recanto Eng. Possível uso para agricultura planejada (de acordo com a legislação nas áreas com declividade menor que 30%).140 0º 0º Araçoiaba Igarassu Itamaracá 9. com boa estabilidade para corte nos afloramentos e estabilidade relativa nas áreas com presença de blocos. Uso indicado para ocupação urbana planejada e projetos de interesse turístico.Jacques To co s N O CPRM SISTEMA DE INFORMAÇÕES PARA GESTÃO TERRITORIAL DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE-PROJETO SINGRE Técnico responsável: Pedro Augusto dos S.25-V-A-II Vitória de Santo Antão.1986 (1:100. Água Fria I II II Faz.DHT/Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial. nível freático em torno de 5 metros. susceptível a erosão. argilas e cascalhos). Pirajá Eng. Tapera Ri o VI II Falha extensional Falha encoberta extensional IV Nossa Senhora do Ó Sibiró Cup do Meio III Eng. nível freático em torno de 4 metros. nível freático raso e sujeita a inundações. declividade em torno de 5 a 10%. presença de blocos de rocha envoltos em solo. SC. Uso possível para mineração (de acordo com a legislação) e preservação. declividade < 2% e remotas possibilidades de inundação. Uso agrícola planejado. nível freático próximo dos 4 metros. Pindorama TERRENOS CRISTALINOS II VI I I Áreas com cobertura de solo residual argiloso a argilo-siltoso (espessura variando de 10 a 15 metros).000).080 I V III Ri o Lagoa Maré 24º 24º 9. Saco I Falha encoberta e I IV do V V V V III VIII V RI O Praia IX Eng. periodicamente inundável.000 0 1 2 3 4 5 km Pau Praia O C I Alt o E A h irin aé m Ilha de Santo Aleixo PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOR Base cartográfica elaborada a partir das folhas SC. boa capacidade de carga. Área formada por sedimentos recentes (areias. VII Piedade Eng. I N II III CABO 8º20' 8º20' IV BR-101 Eng.080 9. Uso agrícola planejado. boa capacidade de carga. Piedade PE-6 VII I RIO 0 I II I I COMPLEXO INDUSTRIAL E PORTUÁRIO DE SUAPE E S C A D A IPOJUCA VI III II VII VIII Eng. usina Limite intermunicipal Curso d’água Lagoa Represa Canal Canal desativado Complexo portuário II V MEREPE X Eng.100 Moreno Jaboatão dos Guararapes 9. boa capacidade de carga. siltes.5’ anualmente. Caeté has Galin VII VII II 9060 ÁREA DO PROJETO SINGRE 72º 9060 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE 42º 36º 260 280 Itapissuma 66º 60º 54º 48º 300 8º30' III Eng. Gameleira Estrada sem pavimentação Estrada de ferro Recifes de arenito e algais VII Eng.25-V-A-V/VI Sirinhaém-DSG/ME . sob a coordenação de Marina Nóbrega. declividade < 2%. nível freático raso (em torno de 3 metros). substrato com razoável capacidade de carga. Diretor da DHT: Thales de Queiroz Sampaio Chefe do DEGET: Cássio Roberto da Silva Chefe da GEHITE: Enjôlras de A. pequena espessura de solo. declividade em torno de 20%. Áreas com depósitos de talus ou colúvio.100 INH V I 18º Cabo IV VI I II 30º 30º 72º 66º 60º 54º 48º 42º 36º 30º 9. Dados temáticos e atualização da base planimétrica foram transferidos pelos técnicos da SUREG-RE. Área formada por sedimentos marinhos (areias). Pará Ri o Pirajá RIO 9076 VI Barragem Utinga de Baixo Ta ba t a ing MASSANGA NA Áreas com substrato arenoso/areno-argiloso. declividade > 35%. Medeiros Lima Supervisão: Júlio de Rezende Nesi Coordenação Técnica: Hortencia Maria Babosa de Assis Coordenação da digitalização: Paulo Roberto Assunção Digitalização: Francisco Batista de Moraes Serviço Geológico do Brasil Tratamento digital da legenda: Luiz Cláudio Ferreira / Ana Paula R.060 Ipojuca Oceano 9. pouco suscetível a erosão devido a constituição granulométrica do solo. argilas e matéria orgânica). Área formada por sedimentos aluviais (areias. povoado Engenho. com possível utilização para o turismo ecológico nas áreas com cobertura vegetal preservada. declividade entre 2 e 5%. Uso possível para agricultura. Arimbi II I CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS Cidade (sede de município) Vila (sede de distrito). declividade 20-35%. presença de camadas de argila orgânica com baixa capacidade de carga.120 V X V Eng. siltes. Pfaltzgraff 9044kmN 252kmE 260 35º10' 268 276 35º00' 284 9044 290 ANEXO I ANO:1999 . argilas e siltes). presença de matacões de dimensões decamétricas. cresce . suscetível a erosão. Áreas com predomínio de afloramentos rochosos.DEGET/Departamento de Gestão Territorial . Uso possível para agricultura e ocupação urbana restrita. Boa estabilidade para cortes. Bonfim V VIII 9076 Eng. Este trabalho foi executado pela Superintendência Regional do Recife-SUREG-RE Apoio técnico: GEHITE/Gerência de Hidrologia e Gestão Territorial . estabilidade razoável para cortes. declividade < 2%. fazenda. RIO JU IPO CA Eng. Canto Recife Lagoa Mingá AÉM VII VI 18º Atlântico Praia SIR 12º 12º 9. Santa Rosa Estrada pavimentada III VIII Eng. sujeita a processos de erosão e instabilidade. Junção das folhas foi executada pela DICART/CPRM. de origem flúvio-lagunar. nível freático raso.MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA CPRM-SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL DIRETORIA DE HIDROLOGIA E GESTÃO TERRITORIAL PROGRAMA INFORMAÇÕES PARA GESTÃO TERRITORIAL CARTA GEOTÉCNICA E DE SUSCETIBILIDADE Á PROCESSOS GEOLÓGICOS DO MUNICÍPIO DE IPOJUCA-PE 9084 252 9084 260 35º10' 268 276 35º00' 284 290 LEGENDA BACIA DO CABO Áreas com substrato formado por sedimentos de mangues (areias finas. Declinação magnética aproximada do centro do mapa em 1996: 23º16’ W. Uso possível para agricultura e ocupação urbana planejada. Maranhão Barragem Bita V VI VIII III Rio Usina Ipojuca TA TU O VI I CA III Eng. Todos os Santos A T L Â N T I C O 8º30' de 9.25V-A-III Recife e SC. Áreas de preservação. 45 .com.br Departamento de Recursos Minerais Telefone: (021)295-5446] E-Mail:
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