CARACTERIZAÇÃO DA FERTILIDADE DOS SOLOS SOB PASTAGENS NA REGIÃO CENTRO-SUL DO TOCANTINS

March 27, 2018 | Author: João Marcos Callai | Category: Soil, Aluminium, Plants, Acid, Fertilizer


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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINSCAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI CURSO DE AGRONOMIA CARACTERIZAÇÃO DA FERTILIDADE DOS SOLOS SOB PASTAGENS NO ESTADO DO TOCANTINS JOÃO MARCOS ASSUNÇÃO CALLAI GURUPI-TO FERVEREIRO DE 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI CURSO DE AGRONOMIA CARACTERIZAÇÃO DA FERTILIDADE DOS SOLOS SOB PASTAGENS NO ESTADO DO TOCANTINS ACADÊMICO: João Marcos Assunção Callai ORIENTADOR: Prof. Dr. Rubens Ribeiro da Silva Monografia apresentada à Universidade Federal do Tocantins, Campus Universitário de Gurupi, como parte das exigências para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Monografia apresentada à Universidade Federal do Tocantins, Campus Universitário de Gurupi, como parte das exigências para obtenção do título de Engenheiro Agrônom GURUPI-TO FERVEREIRO DE 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI CURSO DE AGRONOMIA CARACTERIZAÇÃO DA FERTILIDADE DOS SOLOS SOB PASTAGENS NO ESTADO DO TOCANTINS ACADÊMICO: João Marcos Assunção Callai ORIENTADOR: Prof. Dr. Rubens Ribeiro da Silva Monografia aprovada em __________de Fevereiro de 2012. _________________________________________ Prof. Dr. Rubens Ribeiro da Silva (Orientador) _________________________________________ Prof. Dr. Aurelio Vaz de Melo (Examinador) _________________________________________ Prof. Dr. Antonio Jose Peron (Examinador) Nelcindo João Callai em memória . Gilson Araujo de Freitas (Examinador) DEDICO Dedico primeiramente a Deus. a meus pais._________________________________________ Prof. MSc. Deivid. Cezar (cezinha). Gil Clesio (xingu). que me ajudaram na formação da minha personalidade. Dr. que sempre apoiaram em minhas decisões. Marcelo (moreno). Igo (soldado). mas que sempre me propocionaram educação e tudo que precisei. Murilo. e mais uma vez agradeço Deus que me deu um grande presente. Lamartini (secão) gradeço a todos por sempre estender a mão para me ajudar. Raoni. pelo apoio nos momentos mais difíceis que passei ate o fim dessa jornada. Vitor (batata). AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por tudo nessa vida. e a todos meus amigos de faculdade. Victor Hugo. Marcellyno (oreiudo). Paulo Barbosa (barbosinha). Rubens Ribeiro da Silva que é meu orientador. Agradeço aos meus irmãos Ladimir Ribeiro de Assunção em memoria. Marcos Vinicius (saradão). Wilian (Cabeça).e Tereza Ribeiro de Assunção. Tiago (boneco). Luis Gustavo (oreiati). Marcela Assunção Silva Callai.Alberto (Betinho). Ricardo (gordin). Não me esquecerei nunca da minha companheira de jornada minha querida esposa Eliane da Silva Barbosa. Weverton (ton ton) Jean Carlos (xanin). Douglas. Reginaldo (naldão). a minha mãe Tereza Ribeiro de Assunção e a meu pai Nelcindo João Callai que já não estas mais entre nós. (durok). Daniel (beiçudo). Wesley (marimbondo). . Tiago (galego). Tiago (palmito). minha filha. Joads (Injoads). Glauber (rosna). Marquim (cotonete). Luis Paulo (piqui). Tiago (ceara). um dos pilares para me manter forte neste caminho. Patricio. e Olmiro Callai Netto. Agradeço ao Prof. ................22 5....................................................................................................2........................................32 7) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................25 5......................................................................................................................................................................................................30 6) CONCLUSÕES..............................3......................................18 5) RESULTADOS E DISCUSÃO......................................................................2) P e K.21 5.........3) APTIDÃO AGRÍCOLA DOS SOLOS DO TOCANTINS.....................................21 5........1) RECOMENDAÇÃO DE CORRETIVO/ CALAGEM..........8 INDICE DE TABELAS................................................9 1) INTRODUÇÃO......................................33 ..............................12 2.....................................2) IMPORTÂNCIA DA FERTILIDADE DO SOLO PARA A PRODUÇÃO DE FORRAGEIRAS...................................................................................1) PROPIEDADES QUÍMICAS E FÍSICAS DO SOLO......15 2..2.....................................................27 5..........................................1) TEXTURA DO SOLO...2................2) FERTILIDADE DO SOLO.................................3.....3) RECOMENDAÇÕES DE CORRETIVOS DA ACIDEZ DO SOLO E ADUBAÇÃO.......26 5......................4) CTCTOTAL.........................28 5.............................................12 2..........................................17 4) MATERIAS E METODOS......................28 5................................................................. CTCEFETIVA E SOMA DE BASES..........................2) RECOMENDAÇÃO DE ADUBAÇÃO.....2.............................................................................1) pH E ACIDEZ POTENCIAL..3) MATÉRIA ORGÂNICA......................................22 5.....................10 2) REVISÃO BIBLIOGRAFICA............................16 3) OBJETIVO GERAL..................................SUMÁRIO INDICE DE FIGURAS......................................................................................................... . ....23 FIGURA 5....24 FIGURA 6.........21 FIGURA 3................. VALORES MÉDIOS PARA MATERIA ORGANICA EM SOLOS SOB PASTAGENS DO ESTADO DO TOCANTINS.......................................... CLACIFICAÇÃO TEXTURAL DOS SOLOS SOB PASTAGENS NO ESTADO DO TOCANTINS ................28 ...........27 FIGURA 9.................................................................... 19 FIGURA 2.. VALORES MÉDIOS PARA CTCTOTAL........................................................................ VALORES MÉDIOS DE ACIDEZ POTENCIAL (H+Al) EM SOLOS SOB PASTAGENS DO ESTADO DO TOCANTINS..... TEORES DISPONÍVEIS MÉDIOS DE P E K EM SOLOS SOB PASTAGENS DO ESTADO DO TOCANTINS ................... VALORES MÉDIOS PARA SATURAÇÃO POR BASES (V%) E POR ALUMÍNIO (m%) EM SOLOS SOB PASTAGENS DO ESTADO DO TOCANTINS.................................. VALORES MÉDIOS DE pH EM SOLOS SOB PASTAGENS DO ESTADO DO TOCANTINS...................................................................................... CTCEFETIVA E SOMA DE BASES EM SOLOS SOB PASTAGENS DO ESTADO DO TOCANTINS .........................................................................23 FIGURA 4.................................................... PONTOS DE ASMOSTRAGEM DE SOLOS NO ESTADO DO TOCANTINS.........................25 FIGURA 7.............................................26 FIGURA 8.........................................8 INDICE DE FIGURAS FIGURA 1............................................................ TEORES DISPONÍVEIS MÉDIOS DE CA+MG EM SOLOS SOB PASTAGENS DO ESTADO DO TOCANTINS. ...... RECOMENDAÇÃO MEDIA DE ADUBAÇÃO PARA MANUTENÇÃO DA PASTAGEM EM SOLOS NO ESTADO DO TOCANTINS ........ ......................................................30 TABELA......... PARA SOLOS SOB O USO DE PASTAGENS NO ESTADO DO TOCANTINS 2012.....................4.................... APTIDÃO AGRÍCOLA DOS SOLOS NO ESTADO DO TOCANTINS ......... RECOMENDAÇÕES DE CORRETIVO/CALAGEM PARA DIFERENTES CLASSES TEXTURAIS.................9 INDICE DE TABELAS TABELA- 1............................................................3..................................29 TABELA..... RECOMENDAÇÃO MEDIA DE ADUBAÇÃO PARA FORMAÇÃO DA PASTAGEM EM SOLOS NO ESTADO DO TOCANTINS..............................2.5.................................................. GRAU DE LIMITAÇÃO AO USO AGRÍCOLA E APTIDÃO DE TERRAS NO ESTADO DO TOCANTINS..........................17 TABELA...........31 ...................17 TABELA... através da utilização de corretivos e fertilizantes. das quais aproximadamente 50%. conduzem para a ocorrência de solos pobres. Seguindo esse mesmo raciocínio. onde predomina o processo de lixiviação. apresentam algum estado de degradação (SEAGRO. As forrageiras cultivadas mais importantes atualmente em uso foram introduzidas da África e pertencem. Estimativas citadas por Dias-Filho. 2006).879 ha). 1995).534. (2007) indicam que cerca de 70 milhões de hectares de pastagens. é um dos fatores que determinam o sucesso da atividade agropecuária. os manejos adotados. as espécies cultivadas e as condições de mercado. a . temos atualmente. encontram-se com algum grau de degradação. tanto o material de origem quanto o processo de formação. nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil. destacam-se as condições climáticas.10 1) INTRODUÇÃO A partir da década de 70. e uma delas é a ausência de reposição periódica da fertilidade do solo. Como conseqüência desse cenário criado. grandes extensões de solos degradados. estariam degradados ou em processo de degradação. com baixíssimo potencial produtivo. (2007) Várias práticas inadequadas de manejo podem levar a degradação da pastagem. a prática de correção da acidez do solo e de recomendação de adubação. Nesse contexto é necessário considerar que as gramíneas forrageiras são tão ou mais exigentes que as culturas tradicionais (SILVA.856 ha) e cultivadas (6. acaba sendo esperada a rápida degradação na fertilidade do solo. Assim. As pastagens utilizadas podem ser nativas ou cultivadas. não é comum em sistemas de produção de pastagem. No entanto. Além desta prática. são estimados que aproximadamente 70% das pastagens naturais (10. em função da intensidade de uso desses solos. Segundo Dias-Filho. em sua maioria. aos gêneros Brachiaria. Contudo. os solos na região dos cerrados são originários de rochas pobres em nutrientes e são formados sob intenso intemperismo.290. No estado do Tocantins. estima-se que a região dos cerrados abriga 45 a 50 milhões de hectares com pastagens cultivadas. Atualmente. a pressão para redução do desmatamento. começou a induzir a ocupação agropecuária na região dos cerrados. Na sua maioria. o Brasil impulsionado pela preocupação mundial com a possível falta de alimentos após o ano 2000. Panicum e Andropogon. A melhoria da fertilidade do solo. Quanto aos nutrientes para o crescimento das pastagens são os mesmos que as plantas de lavoura necessitam. 2. porém faz-se necessário observar o equilíbrio adequado de cálcio. Quanto mais rápida for a reposição de folhas (rebrote). 2007). estão forçando novos procedimentos mais tecnificados para aumento da produtividade das pastagens. A velocidade de rebrote está intimamente ligada ao fornecimento de nutrientes do solo para a planta.11 valorização das terras e o aumento do rebanho. as quais são fundamentais ao crescimento da planta. as forrageiras estão sujeitas a cortes e ao pastejo.) REVISÃO BIBLIOGRAFICA . a quantidade de calcário a ser aplicada deve ser calculada objetivando uma saturação de bases de 60 a 70% para as forrageiras mais exigentes e de 40 a 50% para as forrageiras consideradas menos exigentes. que tem por objetivo fornecer os nutrientes para o desenvolvimento inicial das pastagens. é natural que a fertilidade do solo seja reduzida ano a ano. porém. Devido à freqüência de utilização da pastagem. mais rapidamente a pastagem poderá ser utilizada. em pastagens. magnésio e potássio em relação a participação na saturação de bases no solo e também a textura do solo (arenoso ou argiloso) (VILELA et al. (1999). que tem por objetivo repor os nutrientes que tenha sido extraídos ou perdidos durante a utilização da pastagem.. garantindo que elas cresçam e cubram rapidamente o solo e. fazendo necessária a adubação de reposição.. Segundo Ribeiro et al. Visando a correção da acidez do solo e o suprimento de cálcio e magnésio. Assim. que removem grandes quantidades de folhas. b) de manutenção ou reposição. será criada uma condição de suprimento de nutrientes para que a forrageira apresente seu máximo desempenho quanto a qualidade e quantidade. em pastagens existem dois tipos de adubação: a) de estabelecimento ou formação. pois são responsáveis pela fotossíntese da planta. acidez e soma das bases. O número total de cátions trocáveis que um solo pode reter é chamado de sua Capacidade de Troca de Cátions ou CTC. como se pode observar Praticamente. ou seja. A matéria orgânica fornece substrato energético que torna possível a atividade de fungos. A superfície específica de um solo é definida como a área por unidade de peso (m 2/g). Se a maior parte da CTC do solo está ocupada por cátions essenciais como Ca 2+. Quanto maior a CTC do solo. pode-se dizer que esse é um solo bom para a nutrição das plantas. Mg2+ e K+. maior o número de cátions que este solo pode reter (LOPES e GUILHERME. a graduação da capacidade de liberação de vários nutrientes. a faz o principal agente responsável pela formação e estabilidade dos agregados. A textura do solo pode ser definida como sendo a proporção relativa dos diferentes grupos de partículas primárias do solo (areia.12 2. considerando-se que estes fenômenos são de superfície ou de área de exposição (FREIRE. À medida que os resíduos orgânicos são decompostos. não só diz respeito ao tamanho das partículas minerais. juntamente com bactérias e fungos estimulam a formação dos agregados. saturação por alumínio e saturação por bases. como também diz respeito à 9 sensação que dá ao tato uma massa de solo . silte e argila) nele existentes. A textura do solo. que são parâmetros para avaliação da fertilidade dos solos. A influência da matéria orgânica. em muitos solos. fina ou sedosa.grosseira. se grande parte da CTC está . portanto. Por outro lado. como matéria orgânica. quando menor a partícula do solo maior sua superfície específica por unidade de peso. favorecendo a manutenção da fertilidade por um prolongado período e reduzindo ou evitando a ocorrência de efeitos tóxicos da aplicação de fertilizantes. A capacidade de troca iônica dos solos representa. são responsáveis pela superfície específica dos solos. Os exsudados orgânicos das raízes das plantas também participam desta reação (LOPES e GUILHERME. 2004). textura. formam-se um gel e outros produtos viscosos que. É inversamente proporcional ao diâmetro das partículas. apenas as argilas ao lado da matéria orgânica. 2004). CTC. 2007). Esta importante propriedade física é diretamente responsável pela adsorção de água e nutrientes no solo.1) Propriedades químicas e físicas do solo Neste item serão abordadas as propriedades de maior importância na dinâmica dos nutrientes nos solos. bactérias e animais do solo. com todas as implicações benéficas do conhecimento e utilização deste indicador (RONQUIM. A acidez pode ser dividida em quatro variáveis: Acidez ativa. se for o caso. que está ocupada por Al trocável. 2010). 2004). Nos boletins de análise. no Brasil. todos na forma trocável. 2000). também conhecida por Al trocável ou acidez nociva. sendo expressa em termos de pH. (LOPES e GUILHERME. Quando se fala que um solo apresenta toxidez de alumínio. apresenta efeito nocivo ao desenvolvimento normal de um grande número de culturas. reflete a soma de cálcio. já incorporaram a determinação do H + + Al3+. Em termos práticos.13 ocupada por cátions potencialmente tóxicos como H + e Al3+ este será um solo pobre em nutrientes e com elevada acidez (RONQUIM. total ou parcialmente. reflete a percentagem de cargas negativas do solo. Porcentagem de saturação por alumínio (m%): expressa a fração ou quantos por cento da CTCEFETIVA estão ocupados pela acidez trocável ou Al trocável. próximo ao pH natural. potássio e. Acidez trocável (cmolc dm-3): refere-se ao alumínio (Al3+) e hidrogênio (H+) trocáveis e adsorvidos nas superfícies dos colóides minerais ou orgânicos por forças eletrostáticas (MEURER. Soma de bases trocáveis (cmolc dm-3) este atributo. Acidez potencial ou acidez total (cmolc dm-3) refere-se ao total de H + em ligação covalente mais H+ + Al3+ trocáveis. Acidez não-trocável. possam apresentar efeitos benéficos adicionais. Acidez potencial ou acidez total. Este tipo de acidez é representado por H+ em ligação covalente (mais difícil de ser rompida) com as frações orgânicas e minerais do solo. em certas situações. A soma de bases dá uma indicação do número de cargas negativas dos colóides que está ocupado por bases (LOPES e GUILHERME. Muitos laboratórios de rotina em fertilidade do solo. Acidez trocável. sendo usada na sua determinação uma solução tamponada a pH 7. O ponto relevante em relação a este tipo de acidez é que ela não é maléfica ao crescimento vegetal. que a neutralizem. 2010). magnésio. também o sódio. 2004). após a remoção da acidez trocável com uma solução de um sal neutro não-tamponado.0. É uma outra forma de expressar a toxidez . embora. como KCl 1 mol L-1. este tipo de acidez é representado por Al trocável e expresso em cmolc dm-3. doses mais elevadas de calcário. isto significa que este solo apresenta altos valores de acidez trocável. do complexo de troca de cátions do solo. Acidez não-trocável (cmolc dm-3): é a quantidade de acidez titulável que ainda permanece no solo. Acidez ativa é dada pela concentração de H + na solução do solo. A acidez trocável. maior o teor de Al trocável em valor absoluto. as ações fisiológicas e bioquímicas do alumínio na planta e os mecanismos pelos quais o alumínio afeta as funções celulares podem ser resumidos da seguinte maneira: alterações na membrana das células da raiz. passíveis de troca a pH 7.0. estão ocupados por Ca. sendo utilizada até como complemento na nomenclatura dos solos..6. 2. às vezes.0: este parâmetro reflete quantos por cento dos pontos de troca de cátions potencial estão ocupados por bases. Os solos podem ser divididos de acordo com a saturação por bases: solos eutróficos (férteis) = V%≥50%. quanto mais ácido é um solo. 2007). alterações na absorção de nutrientes e no balanço nutricional. quantos por cento das cargas negativas.2) Importância da fertilidade do solo para a produção de forrageiras. Isto somente irá ocorrer com a elevação do pH acima do valor 5. menores os teores de Ca. É importante comentar ainda que grande parte da CTC a pH 7.14 de alumínio. um exemplo é que o baixo suprimento de nitrogênio. pois se apresenta de forma toxica a elas. 2010). Mg2+e K+ e apresentar teor de alumínio trocável muito elevado. . 1999). inibição do elongamento celular. O alumínio se apresenta como um dos maiores empecilhos para as plantas. menor a soma de bases e maior a percentagem de saturação por alumínio (LOPES e GUILHERME. A fertilidade do solo interfere em vários aspectos da produção de forragem. K e. se deseja liberar cargas negativas que se encontram não dissociadas. que precisa ser neutralizado pela ação da calagem. inibição da síntese de DNA e da divisão celular. Percentagem de saturação por bases da CTC a pH 7. 1972). sendo observadas variações geralmente entre 20 e 30% de saturação de alumínio (CFSEMG.0 é ocupada por H+. em comparação com aqueles ocupados por H e Al. 2004). Mg e K. Mg. solos distróficos (pouco férteis) = V%<50%. Alguns solos distróficos podem ser muito pobres em Ca 2+. chegando a apresentar saturação em alumínio (m %) superior a 50% e nesse caso são classificados como solos álicos (muito pobres): Al trocável ≥ 3 mmolc dm-3 e m% ≥50% (RONQUIM. ou seja. efeito sobre a simbiose rizóbio/leguminosa (MCQUATTIE e SCHIER. Na. onde o Al ou acidez trocável já deixa de atuar (NOVAIS et al. fósforo e potássio afetam negativamente o perfilhamento (LANGER. O nível de tolerância a toxidez por alumínio vai depender do tipo de forrageira. Em geral. A saturação por bases é um excelente indicativo das condições gerais de fertilidade do solo. 1990). O desenvolvimento vegetativo de uma gramínea é caracterizado pelo aparecimento e desenvolvimento de folhas e perfilhos.mombaça esse aumento no perfilhamento correspondeu às doses de N de 149 e 268 mg kg -1 de solo. avaliando o efeito de diversos nutrientes no desenvolvimento do capim Colonião (Panicum maximum cv.. enquanto no capim. respectivamente no primeiro e segundo crescimentos das plantas. O fósforo é o nutriente considerado mais limitante a produção de pastagens. resultando em uma produção de forragem muito baixa. verificaram que sem aplicação de fósforo. bem como no perfilhamento das gramíneas. dentre os compostos orgânicos essenciais à vida das plantas. Colonião). 1970). Colozza (1998) observou que o número de perfilhos variou significativamente com as doses de N. Cultivares Aruana e Mombaça. Não tem função estrutural. proporcionando uma maior produtividade (SANTOS et al. nem participa da composição. O fósforo desempenha papel importante no crescimento do sistema radicular. 2003). 2002). Em estudos sobre perfilhamento e área foliar de capim mombaça. respectivamente. Pode-se dizer que a prática de adubação assume papel fundamental para o estabelecimento e manutenção das pastagens (CECATO. hormônios e clorofila. nos dois cortes efetuados no Panicum maximum Jacq. em um solo de baixa fertilidade. visto que os solos brasileiros são bastante deficientes neste nutriente. mas esta envolvida em um grande número de reações em forma de catalisador (BIDWELL. O potássio (K) está envolvido em diversas reações bioquímicas necessárias ao metabolismo vegetal. Para o capim-aruana obteve o maior número de perfilhos com as doses de N de 150 e 233 mg kg -1 de solo. a planta não perfilhava. alongamento do colmo e desenvolvimento do sistema radicular (SILSBURY. avaliou-se o efeito do fornecimento de potássio na solução nutritiva e constatou que as doses de K tiveram efeito significativo no número de perfilhos e na área foliar. É o cátion monovalente mais comum e responsável pelo balanço iônico nas células vegetais. Isso porque participa ativamente de todos os processos metabólicos das plantas. .15 O Nitrogênio é um nutriente essencial para as pastagens fazendo parte da composição de aminoácidos e proteínas. Werner e Hagg (1972). independente da adubação com outros nutrientes. 2001). também no primeiro e segundo crescimentos. em dois períodos de crescimento da gramínea (PEREIRA. 1974). ácidos nucléicos. eleva o pH do solo e. pedregosidade ou limitações de drenagem. segundo Martha e Corsi.Os solos de melhor aptidão agrícola em sua maioria são ocupados pelas lavouras anuais de grãos ou as de grande valor industrial. em excesso tornam-se tóxicos para as plantas e para o rizóbio nas leguminosas. Entretanto. Assim Lima et al. fibras. apresentam características físicas favoráveis. topografia. (WERNER. aliado ao uso crescente de adubos concentrados (uréia. sinaliza a importância de se conhecer melhor esse elemento.16 Os suprimento dos macronutrientes secundários Ca e Mg podem ser supridos por meio da prática da calagem. reduz o Al. Mn e o Fe. com Grandes limitações de fertilidade. Além disso.). principalmente em relação aos baixos valores de pH. apresentam solos. sendo marginais em relação aos utilizados para produção de grãos em função desses fatores limitantes. para lavouras e frutíferas. pastagens. Aptidão agrícola dos solos do estado do Tocantins Caracterização Área . (MACEDO. além de fornecer Ca e Mg como nutrientes. 1999). (2000) fez um levantamento afim definir a apitidão agrícola dos solos no Tocantins. elevados teores de alumínio trocável e baixo teores de nutrientes. superfosfato triplo. etc. 2009). em sua maioria. açúcar. resinas. etc. No entanto. silvicultura e sem aptidão agrícola (Tabela1 e Tabela 2). Essa por sua vez. 2. essenciais para a elevação da CTC e para a melhoria das propriedades físicas e químicas do solo. como conseqüência. Tabela 1. O estado do Tocantins apresenta em sua maioria ocupação sob o bioma cerrado. a prática da calagem exerce papel fundamental sobre processos como decomposição e mineralização da matéria orgânica. boa topografia e poucas limitações climáticas. (SANTANA. a fim de se evitar ou mesmo agravar a deficiência desse nutriente nas pastagens. com destaque para o fósforo.3) Aptidão agrícola dos solos do Tocantins Os solos ocupados por pastagens em geral apresentam problemas de fertilidade natural. 1986).. (1999) em seus levantamentos recentes demonstraram que aproximadamente 70 a 80% dos solos brasileiros são deficientes nesse elemento. O enxofre. para a produção de óleo. aumenta a disponibilidade de P e de Mo. e esse fato. acidez. que não contem enxofre em sua formulação. um dos níveis de manejo A. pelo menos. um dos níveis de manejo A.Níveis de manejo.Terra com aptidão boa para lavouras e culturas perenes em.. /3.752 36.Grau de limitação: N = nulo..17 Lavouras e Fruteiras tropicais Pastagens plantadas Silvicultura e Pastagem natural Sem aptidão agrícola Fonte: lima et al./ 2.Terras com aptidão regular para lavouras e culturas perenes em. LE = Latossolo Vermelho-Escuro. pelo menos. um dos níveis de manejo A. C: alto nível Tecnológico. 2 e 3). C = Cambissolo. (2000).6 12. ‘’a.Para aptidão agrícola. minúsculas e minúsculas entre parênteses: ‘’(a) minúscula entre parêntese’’.1 17. M = moderado. Km2 153. classe de aptidão Boa: Terras sem limitações significativas para a produção sustentada de determinado tipo de utilização.Subgrupos representados por letras maiúsculas.006 48. (2000). L = ligeiro. Adaptado de: lima et al.Terras com aptidão restrita para lavouras e culturas perenes em. B ou C. com o intuito de estimar uma recomendação media de calagem e adubação para diferentes classes texturais. as terras consideradas agricultáveis são divididas (grupos 1.9 Segundo lima et al. Tabela 2.4 14. maiúscula’’. B: médio nível tecnológico. A: baixo nível tecnológico.322 (%) 55.. corresponde a classe de aptidão de terras Restrita: Essa classe engloba áreas que apresentam limitações fortes para a produção sustentada de determinado tipo de utilização. 3) OBJETIVO GERAL Realizar um levantamento exploratório da fertilidade média dos solos sob pastagem no estado do Tocantins. pelo menos. corresponde a classe de aptidão Regular: Terras que apresentam limitações moderadas para a produção sustentada de determinado tipo de utilização. Nota: Os algarismos sublinhados correspondem aos níveis de viabilidade de melhoramento das condições agrícolas das terras. 4) MATERIAS E METODOS . AQ = Areias Quartzosas. F = forte. Grau de limitação ao uso agrícola e aptidão de terras no estado do Tocantins 1. M/F = moderado a forte. ‘’ A. 3). (2000). minúscula’’. B ou C.LV = Latossolo Vermelho-Amarelo. /4. Grupo 2 . /5.717 35. Grupo 3 . PV = Podzólico Vermelho-Amarelo. B ou C. a principal limitação para os solos do Tocantins é a deficiência de fertilidade dos solos (Tabela 2). grupo 1 . Palmeiropolis. Pontos de amostragens de solos Fonte: SEPLAN (1995). Araguaçu. Na sequência foram selecionados 172 laudos de análise de solo sob uso de pastagem. Divinopolis. Duere. Monte do Carmo. Figura . São Valério e Sucupira. Peixe. Gurupi. Campus Lindos. Alvorada. Inicialmente foram tabulados 2300 laudos. Lagoa da confusão. Cariri. Lagoa do Tocantins. São Salvador. Paranã. Ponte Alta. Foram trabalhados os dados de laudos de análises realizadas no período de 2010 a 2011. Santa Rita. Sandolandia. os quais foram triados em função do histórico de uso em áreas sob cultivo agrícola e sob pastagem. por meio da compilação de dados de analise de solo oriundos do laboratório de solos-Labsolo. Pedro Afonso. Formoso do Araguaia. Pontos de amostragem de solos sob pastagem no estado do TOCANTINS . Dois Irmãos.18 O trabalho foi realizado na Universidade federal do Tocantins campus de universitário de Gurupi. Miranorte.1. Brejinho de Nazaré. Figura 1. Barra do Ouro. Crixás. distribuídos em 32 cidades. sendo: Aliança. Araguaina. Bom Jesus. Figueiropolis. Quanto as gramíneas. Centenário. que é composta por. Para adubação foram usados os mesmos métodos. levando em consideração o nível tecnológico ou a intensidade de uso do sistema de produção. Grupo 2 . Como toda recomendação de depende do nível de fertilidade do solo. e foi calculada a media da calagem. 35 a 60% de argila. Braquiaria IPEAN. Vencedor. Para a avaliação da fertilidade do solo foram geradas médias dos valores observados nos laudos de acordo com cada classe textural. Mombaça. 1999). Colonião. Para a recomendação de calagem foram utilizados os Métodos da neutralização do Al3+ e da elevação dos teores de Ca 2+ + Mg2+ e o método da saturação por bases CFSEMG (1999).consiste em cultivares moderadamente sensíveis em acidez do solo com mt da cultura igual 25%. textura média. Capim Elefante: Cameron. Quicuio (Pennisetum clandestinum) e. a calagem foi feita para todas as amostras. (CFSEMG. Pennisetum hibrido (Pennisetum purpureum). e que exigem 45% de saturação de bases para boa produtividade. Pangola. Tiftons. e que exigem 40% de saturação de bases para boa produtividade que é composta por.consiste em cultivares sensíveis em acidez do solo com mt igual a 20%. (CFSEMG. outro parâmetro para divisão das gramineas em grupos é a exigência em saturação de bases. textura argilosa e 60 a 100% de argila. muito argilosa (CFSEMG. os métodos usados levam em consideração a textura do solo para recomendação. Coast-cross. 15 a 35% de argila. para possibilitar que fossem feitas as recomendações de calagem. e que exigem 50% de saturação de bases para boa produtividade. grupo 1 . As doses de adubo são definidas com base na análise de solo. Braquiaria australiana (Brachiaria decumbens). textura arenosa. Andropogon (Andropogon guianensis). Estrelas (Cynodon plectostachyus) e. Gordura (Melinis minultiflora) e. 1999). (CFSEMG. Transvala (Digitaria decumbens). Grupo 3 . foram dividias em 3 grupos isso devido algumas gramíneas serem mais sensíveis a altos teores de alumínio no solo. 1999). Jaraguá (Hyparrrenia rufa). 1999). Braquiarão ou Marandú. (onde mt é a máxima saturação por Al3+ tolerada pela cultura em porcentagem). Grama batatais (Paspalum notatum). e adubação. então tem-se. que é composta por Green-panico. Tobiatã. Quicuio da Amazônia (Brachiaria humidicola). Tanzânia. Napier.consiste em cultivares pouco sensíveis em acidez do solo com mt da cultura igual 30%. o . uma vez que.19 Os laudos de análise de solo foram divididos em função das classes texturais como: 0 a 15% de argila. As formulas usadas para o calculo da Média. valor esse dependente para a qual cultura a ser implantada e para qual é necessária a calagem.. decumbens. t corresponde a CTC efetiva em cmolc dm-3. tais como produtividade. intermediárias. . ruziziensios e Setaria sphacelata (3 a 4 UA/ha/ano). t/100)] + [X – (Ca 2+ + Mg2+)]. em cmol c dm-3.  uit (homogeneidade na parte constante e no declive). B. Brachiaria brizantha (4 a 5 UA/ha).20 que se relaciona com características da forrageira. Nestes modelos a estimação é feita assumindo que os parâmetros a e b são comuns para todos os indivíduos: Yit  a  bX it  . Para comparação das medias foi utilizado o teste de médias de modelos agregados “Pooled”. B. 1999). Os sistemas de médio nível tecnológico caracterizam-se por intensidade de pastejo e taxas de lotação. onde T= CTC a pH 7 = SB + (H + Al). X corresponde a exigência da cultuara em Ca e de Mg trocáveis em cmolc dm -3. Ve = Saturação por bases esperada. recebendo insumos (fertilizantes. mt corresponde a máxima saturação por Al 3+ tolerada pela cultura em porcentagem. e Ca2+ + Mg2+ = teores de Ca e de Mg trocáveis encontrados no solo. podemse considerar as seguintes taxas de lotação: Pennisetum purpureum. Pannicum maximum (4 a 6 UA/ha). calcário e água). variando de acordo com a sazonalidade regional. Neste sentido. em cmolc dm-3. onde Y é um valor variável em função da capacidade tampão da acidez do solo (CTH) e que pode ser definido de acordo com a textura do solo. (CFSEMG. Soma de bases SB= Ca2+ + Mg2+ + K++ Na+. Caracteriza-se como sistemas de alto nível tecnológico aqueles em que as pastagens são divididas em piquetes.[Al 3+ – (mt . Formula para calculo do método da saturação de bases. com manejo rotacionado. lenfluensis (5 a 7 UA/ha/ano). T(Ve – Va)/100. de acordo com a forrageira utilizada. possibilitando aumento na taxa de lotação. Em sistemas de nível tecnológico médio. em cmolc dm -3. Cynodon dactylon e C. valor forrageiro e requerimento nutricional. onde a pastagem constitui o principal alimento na dieta dos animais.. Va = Saturação por bases atual do solo = 100 SB/T. Os sistemas de baixo nível tecnológico caracterizamse pelo manejo com taxas de lotações menores que 1 UA/ha/ano. σ2 = 1/N x Σ(ŷi .μ)2 . médio e baixo ou extensivo.. em porcentagem. para calculo da calagem. NC= Y . as forrageiras foram agrupadas quanto à sua adaptabilidade a sistemas de alto nível tecnológico ou intensivo. Foi feita recomendação de adubação para todas as amostras para se gerar uma média geral. Al3+ corresponde aos teores de alumínio no solo em cmolc dm-3. explicam as menores produtividades das pastagens.21 Onde m1-m2=0. representam 81% do uso sob pastagem. 5) RESULTADOS E DISCUSÃO 5. a baixa taxa de lotação e a rápida degradação. Figura 2: Distribuição das classes texturais em solos sob pastagens no estado do Tocantins. foi verificado maior uso dos solos da classe textura média (15 a 35%).1) pH e Acidez potencial . representando 52% dos solos (Figura 2). Como segunda maior classe textural sob uso de pastagens foi observada a classe arenosa (até 15% de argila). 2000). O uso sobre a classe textural arenosa correspondeu a 29% das áreas de pastagens no estado do Tocantins. assim evitando superestimação ou subestimação de resultados. associados com a ausência de corretivos e fertilizantes. 5. Esses menores teores de argila. hipótese de h0.2. Somando as classes arenosas e textura média.2) Fertilidade do solo 5. Foram descartadas as amostras da classe texural muito argilosa 60 a 100% devido a pequena representatividade amostral. uso deste teste foi recomendado devido as variâncias não poderem ser consideradas iguais para o teste t ao nível de 5% de significância (FERREIRA.1) Textura do solo Na avaliação dos solos sob pastagens no estado do Tocantins. (Figura 3). pois quanto mais argiloso for o solo maior capacidade reter nutrientes. De acordo com Lopes & Cox (1977).25. 2002). como cálcio. Os teores de cálcio na classe argilosa não diferiram estatisticamente das demais texturas. Textura arenosa.98 mg kg -1. . e essa descrição se adapta principalmente aos Latossolos.22 Avaliando a acidez dos solos sob pastagem no Tocantins. na textura média de (15 a 35%) foi de 5. magnésio e potássio (LUCHESE et al. na textura argilosa de (35 a 60%) 5. textura média. Segundo Costa et al. (2009) que avaliaram níveis de calagem para formação de pastagem. Na textura argilosa foi verificado para cálcio 0. cálcio 0. 1999). Como características do intemperismo cita-se. cálcio 1. Uma das possíveis explicações para acidez destes solos é devido a serem altamente intemperizados.. Areias Quartizosas. respectivamente. os níveis críticos internos de Ca e Mg. onde classe textural média apresentou maiores teores de cálcio e magnésio até mesmo que classe textural argilosa onde se caracteriza uma situação não esperada nesta textura.37.78 cmol c dm-3 e magnésio 0.53 cmol c dm-3 (Figura 4).52 cmolc dm-3. os solos de cerrado são naturalmente ácidos.46 cmolc dm-3. classe arenosa (0 a 15% de argila) de 5. mas entre classe arenosa e média houve diferença significavativa. a média no pH nas diferentes texturas.92 e 3. determinados através da equação que relacionou a dose de calcário necessária para a obtenção de 90% da produção máxima de MS foram de 4. que são predominantes na região. a acidificação de solos por lixiviação de bases. Os resultados indicaram uma acidez media para ambos os solos nessas classes texturais em pH em H2O (CFSEMG. a textura mais argilosa também possuía maior teor de matéria orgânica outra característica importante para retenção de nutrientes.59 cmol c dm-3 e magnésio 0. Isso fica claro quando se observa os teores médios de cálcio e magnésio para essas classes texturais.01 cmolc dm-3 e magnésio 0.43. Respectivamente a média de Al 3+ na textura arenosa apresentou 0. na textura argilosa foi 0. Os solos mais argilosos apresentaram maiores teores de alumínio trocável.23 0 a 15%= Arenosa 15 a 35%= Média 35 a 60%= Argilosa Figura 3: Valores médios de pH em solos sob pastagens no estado do Tocantins. na textura média foi de 0. 2012. arenosa e média. Os teores de alumínio encontrados diferenciaram nas classes texturais. 2012.41 cmolc dm-3 (Figura 5). A elevação dos teores de acidez potencial pode ter ocorrido por uma importante causa da acidificação dos solos do cerrado. 0 a 15%= Arenosa 15 a 35%= Média 35 a 60%= Argilosa Figura 4: Teores disponíveis médios de Ca e Mg em solos sob pastagens no estado do Tocantins. sendo observado aumento da acidez potencial quanto mais argiloso o solo se comportava. que é a hidrólise do .27 cmolc dm-3.25 cmolc dm-3. 2005). onde T ou CTC total é = SB + (H + Al).04%. (CFSEMG. com saturação por alumínio de 26.86%. (OLIVEIRA et al. textura arenosa. 0 a 15%= Arenosa 15 a 35%= Média 35 a 60%= Argilosa Figura 5. 1999).89%. contatou-se um decréscimo na saturação por bases nos solos mais argilosos e elevação da saturação de alumínio. Nas texturas arenosa e média os teores de alumino não representam empecilhos para pastagens.24 alumínio.SB/T. 28. textura arenosa 18. isso pode ser explicado pela maior acidez potencial nos solos de 35 a 60% pois a saturação de bases é calculada pela formula V% = 100.. a qual produz íons H+. Para a textura argilosa.31%.32%. textura média. . Então como nos solos mais argilosos houve uma crescente acidez potencial. pois os teores de saturação por alumínio não ultrapassaram os 20%. de acordo com a reação: Al 3+ + 3H2O Al(OH)3 ( precipita) + 3H+ (incorpora ao complexo sortivo ou é lixiviado pela água). No geral a saturação de bases apresentou porcentagem baixa quando ideal para pastagens seria de 45 a 60%. isso é explicado pela alta tolerância das pastagens a saturação por alumínio segundo (CFSEMG. 2012. nestes solos esse índice médio de saturação por alumínio pode ser em função da forte ligação das argilas. logo a diminuição na saturação de bases (Figura 6). devem-se tomar alguns cuidados. Figura 5. a saturação por bases média foi. textura média 16. textura argilosa. pois algumas forrageiras são suscetíveis esses níveis de saturação. Valores médios acidez potencial (H+Al) em solos sob pastagens no estado do Tocantins. 1999). com alumínio. 35. 39.77%. respectivamente os teores médios de fósforo encontrados foram de textura arenosa foi de 6.47 mg dm-3. e determinar o nível crítico do nutriente no solo para esse capim. 2012. cv.81 mg dm-3. E observou que com a aplicação de até 35 mg dm -3 de P. Gheri et al. é obtido maiores incrementos na produção de matéria seca do capim tanzânia. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta do capim-tanzânia.25 0 a 15%= Arenosa 15 a 35%= Média 35 a 60%= Argilosa Figura 6. 2005). 1999). por apresentar-se em formas pouco disponíveis aos vegetais e pelas características de elevada adsorção dos solos dessa região (SANTOS & KLIEMANN. Tanzânia. sobre a produção de matéria seca de Panicum maximum Jacq.00 mg . de textura média e arenosa. O nível crítico de P no solo determinado para 80% da produção máxima de matéria seca do capim tanzânia é 38 mg dm -3. o fósforo é o elemento que limita mais freqüentemente a produção das culturas na região dos cerrados.2) P e K Os teores de fósforo foram caracterizados na classificação muito baixos para ambas as texturas segundo a classificação (CFSEMG. com os respectivos teores 19. Valores médios para saturação por bases (V%) e por alumínio (m%) em solos sob pastagens do estado do Tocantins. independentemente da textura do solo. (2000) avaliou os efeitos da aplicação de fósforo (P) em solo argiloso.97 mg dm-3. Dos macronutrientes essenciais às plantas. 5. Evidenciando o quão baixos são os teores fósforo no nosso estado. 3. na textura argilosa foi 2.76 mg dm -3 para textura arenosa e 20.2. Isso. Os teores de potássio não se diferenciaram nas texturas de arenosa e Argilosa. na textura de média. à aplicação de P no solo. em vasos. Onde textura média apresentou teores médios de 20. textura argilosa. 5. 0 a 15%= Arenosa 15 a 35%= Média 35 a 60%= Argilosa Figura 7: Teores disponíveis médios de P e K em solos sob pastagens no estado do Tocantins. Estes valores .24% mg dm-3. apresentou teores médios de 24. essa classe textural se diferenciou estatisticamente das outras texturas.17 g dm-3 (Figura 8). pois muito provavelmente a maioria das amostras de solo encaminhadas ao laboratório de solos da universidade federal do Tocantins. 2012. 2005). Os teores de potássio e fósforo se apresentam na figura 7. 1999).48 g dm-3. 1999).3) Matéria orgânica Os teores médios de matéria orgânica encontrados em solo com textura arenosa foi de 14. em um experimento para a avaliação de aplicação de fosfatos naturais. quanto a fertilidade estes valores são classificados como valores de fertilidade media segundo (CFSEMG.2.26 dm-3 textura argilosa. foi observado que 59% das forma solúveis de potássio tinham sofrido movimentação para as camadas subsuperficiais a abaixo de 30 cm (SANTOS & KLIEMANN. classificados como muito baixos (CFSEMG. Na textura média os teores médios encontrados foram muito abaixo da media 12. são provenientes dos próprios produtores que podem fazer a coleta dos de forma erronia ou retirar apenas a camada superficial do solo assim subestimando o teor nutritivo do solo.30 g dm-3. uma das possíveis explicações para este comportamento seria a movimentação destes cátions para as camadas subsuperficiais do solo assim não sendo possível evidenciar sua representatividade nas amostras das camadas superficiais. 34 cmolc dm-3. 3. CTCEFETIVA e Soma de bases A os teores médios de CTC total foram. textura média 1. 0. 1.84 cmolc dm-3. Os teores médios de soma de bases foram de textura arenosa. desde que sejam semelhantes climas. precisa possuir pelo menos (50 g dm -3) de matéria orgânica. tipo (ou atividade) de argila.95 cmolc dm-3. textura média. Os teores médios de CTC efetiva foram textura arenosa. 1. CTC efetiva como para soma de bases. se diferenciaram estatisticamente nos .48 cmolc dm-3.27 são considerados baixos segundo Ricci (2006). 4. 0 a 15%= Arenosa 15 a 35%= Média 35 a 60%= Argilosa Figura 8: Valores médios para materia organica em solos sob pastagens do estado do Tocantins. Lepsch (1980) encontrou elevada correlação entre os teores de carbono e os de argila do horizonte superficial de certos solos de São Paulo. positiva relação entre superfície específica e quantidades de argila são de esperar que os teores de matéria orgânica estejam relacionados com a textura do solo. 1.4) CTCTOTAL. As medias das texturas tanto para CTC total. 5.57 cmolc dm-3. houve um leve crescimento nos teores de matéria orgânica.37 cmolc dm-3. 1. De fato.49 cmolc dm-3.56 cmolc dm-3. manejo e drenagem. textura argilosa. textura argilosa.78 cmolc dm-3. textura arenosa. Grohmann (1977) encontrou. textura argilosa. 2012. que afirmou que um solo ideal. textura média. vegetação. embora nos solos tropicais os teores de matéria orgânica dificilmente ultrapassam 20 g dm -3. 4. para solos de São Paulo.2. em geral.1) Recomendação de corretivo/ calagem A recomendação em geral apresentar baixos valores em relação a fertilidade do solo. Os colóides (argila ou húmus) apresentam. Segundo Lemos & Santos (1996). Os baixos valores de CTC são associados a solos enquadrados na classe arenosa e média pelo seu menor poder de tamponamento. 0 a 15%= Arenosa 15 a 35%= Média 35 a 60%= Argilosa Figura 9: Valores médios de CTCTOTAL(T). ao passo que repelem outros íons de carga negativa. um balanço de cargas negativas.3) Recomendações de corretivos da acidez do solo e adubação 5. Isso depende do tipo do material de origem e o grau de intemperização do solo. Isto significa que eles podem atrair e reter íons com cargas positivas. como pólos iguais de um imã se repelem.3. onde também apresentou baixos teores de matéria orgânica. 5. 2012. esta altamente implicada na CTC do solo. (LOPES & GUILHERME.28 solos mais arenosos. da mesma forma que pólos diferentes de um imã são atraídos. CTCEFETIVA(t) e Soma de Bases (SB) em solos sob pastagens no estado do Tocantins. isso pode ser explicado pela baixa sensibilidade das pastagens a saturação por alumino e os baixos teores de alumínio apresentados no solo. desenvolvido durante o processo de formação. As recomendações médias para Método da neutralização do Al3+ e da elevação dos . 2004). 01 0.89 1.26 0. para textura média. na textura arenosa. para textura argilosa.84 ton ha-1. para textuta argilosa.26 ton ha-1.29 teores de Ca2+ + Mg2+ para o grupo 1 de pastagens. Recomendações de corretivo/calagem para diferentes classes texturais. 1. foi 0. na textura arenosa. na textura arenosa.43 0.58 ton ha-1.58 0. 0. 0. para solos sob o uso de pastagens no estado do Tocantins 2012. foi 0. 0. As recomendações médias para o grupo 3 de pastagens.43 ton ha-1.5 0.57 0.01 ton ha-1. foi 1.62 0.84 Grupo 3 0.94 ton ha -1. na textura arenosa. foi 0. para textura média.94 Grupo 3 0. foi 0.74 . para textura argilosa.72 ton ha-1. 0. 0.62.89 ton ha-1.13 ton ha-1.72 0. As recomendações médias para o grupo 2 de pastagens. As recomendações de calagem pelo método da saturação de bases apresentarão os seguintes resultados para o grupo 1 de pastagens. na textura arenosa.57 ton ha-1. As recomendações médias para o grupo 2 de pastagens.3 Grupo 2 0. Tabela 3.21 ton ha -1. 0. foi 0. 0. Textura (dag kg-1) Gramíneas Arenosa Média Argilosa Grupo 1 1. para textura argilosa.5 Método da saturação de bases Textura (dag kg-1) Gramíneas Arenosa Média Argilosa Grupo 1 0.8 1. para textura argilosa.3 ton ha-1.13 Grupo 2 0. para textura média 0. As recomendações médias para o grupo 3 de pastagens. para textura média. para textura média.74 ton ha -1 (Tabela 5). 0. para textuta argilosa.21 0. 0.5 ton ha-1. Método da Neutralização do al3+ e elevação dos teores de Ca2+ e Mg 2+.46 0.8 ton ha-1.5 ton ha -1 (Tabela 4). para textura média.46 ton ha -1. na textura arenosa. 1. Os solos mais argilosos apresentarão maior necessidade de Adubação que os mais arenosos. Para os sistemas de alto nível tecnológico. com diferentes níveis tecnológicos 2012.2) Recomendação de adubação A adubação é dividia em duas etapas adubação de formação e adubação de manutenção as seguintes recomendações se apresentam na tabela 5. . visando ao maior aproveitamento do fertilizante (CFSEMG. 1999). Recomendação de adubação para formação de pastagens sobre solos no estado do Tocantins. recomenda-se a aplicação de 100 a 150 kg/ha de N. parcelados de modo que não se ultrapasse 50 kg/ha/aplicação.30 5.4. recomenda-se a aplicação de 50 kg/ha de N. isso ocorre devido capacidade tampão dos solos mais argilosos. A aplicação tanto para N quanto para K deve ser em cobertura quando a forrageira cobrir de 60 a 70 % do solo. Textura (dag kg-1) Arenosa Média Argilosa Kg ha-1 Nível Tecnológico Baixo Médio Alto Baixo Médio Alto Baixo Médio Alto N P2O5 K2O 0 50 3x50 30 50 70 20 40 60 N P2O5 K2O 0 50 3x50 50 70 90 20 40 60 N P2O5 K2O 0 50 3x50 70 90 110 20 40 60 Para os pastos manejados sob sistemas de médio nível tecnológico. para avaliação dos valores de necessidade de adubação foram usados os métodos descritos por (CFSEMG. As adubações foram divididas em três níveis tecnológicos e de acordo com as texturas.3. 1999). Tabela . possibilitando-lhe maior absorção e conseqüentemente menores perdas por lixiviação. 1999).5. aplicadas em parcelas de 50 kg. Textura (dag kg-1) Arenosa Média Argilosa Kg ha-1 Nível Tecnológico Baixo Médio Alto Baixo Médio Alto Baixo Médio Alto N P2O5 K2O 50 3x50 4x50 15 20 30 40 100 200 N P2O5 K2O 50 3x50 4x50 20 30 40 40 100 200 N P2O5 K2O 50 3x50 4x50 30 40 50 40 100 200 É recomendável. em diferentes níveis de tecnologia 2012. recomendam-se doses entre 100 e 150 kg/ha/ano. quando a forrageira cobrir 60 a 70 % do solo. meio e final do período chuvoso.31 Tabela . (CFSEMG. para os sistemas com média intensidade de exploração. 1999). que a fertilização potássica seja realizada em cobertura. Para sistemas extensivos. de forma que a última ocorra antes do fim da estação chuvosa. sugere-se o uso de 50 kg/ha/ano de N. Para os sistemas de alto nível tecnológico. em situações especiais. recomendam-se doses de 200 kg/ha/ano de N. 6) CONCLUSÕES . sendo a primeira aplicada logo após as primeiras chuvas e as demais a intervalos. A adubação nitrogenada é fundamental para a sustentabilidade das pastgens. aplicado no início da estação chuvosa. (CFSEMG. também fracionadas no início. Recomendação de adubação para manutenção de pastagens sobre solos no estado do Tocantins. sobretudo para os solos de textura média a arenosos. (Alto nível tecnológico : N=3X50. K=20). K=60). Ca. em ton ha -1 foi : textura arenosa (Grupo 1 de forrageiras: 1. teores disponíveis de P e K. K=100). Mg e matéria orgânica se apresentaram todos abaixo do ideal para ambas texturas. (Médio nível tecnológico : N=50. (Grupo 3: 0. (Alto nível tecnológico : N=4X50. textura argilosa (Grupo 1: 1. K=200).32 Os solos no estado do Tocantins sob pastagem estão na sua maioria sobre as classes texturais média (52%) e arenosa (29%).13). K=40). Textura argilosa: (Baixo nível tecnológico: N=0. P=40. Textura média: (Baixo nível tecnológico: N=0. P=30. K=40). (Grupo 3: 0. K=20). P=50. P=70. somando 81% das áreas sob pastagem. (Alto nível tecnológico : N=3X50. (Grupo 2: 0. (Grupo 2: 0.72). P=30. textura argilosa (Grupo 1: 1. (Alto nível tecnológico : N=3X50. P=50. Acidez se apresenta média para ambas as texturas. K=100).43). P=30. (Grupo 3: 0.94). (Médio nível tecnológico : N=3x50. Recomendação de adubação de manutenção em kg ha -1 : Textura arenosa (Baixo nível tecnológico: N=50.89). (Alto nível tecnológico : N=4X50.74). P=20.84). P=90. (Grupo 2: 0. (Alto nível tecnológico : N=4X50.3). (Médio nível tecnológico : N=50. K=60). P=20.58). P=30. os solos em sua maioria apresentaram baixos teores destes nutrientes no solo. K=40). K=40).46). P=50. (Grupo 2: 0.62). .1). P=15. Método da saturação de bases. (Médio nível tecnológico : N=3x50.26). K=200). P=70.01). (Grupo 3: 0. Textura argilosa: (Baixo nível tecnológico: N=50. textura média (Grupo 1: 0. K=40). saturação por alumínio. P=90. K=40). Recomendação de adubação de formação em kg ha -1 : Textura arenosa (Baixo nível tecnológico: N=0. calagem em ton ha -1 : textura arenosa (Grupo 1: 0.8). P=40. A recomendação de calagem pelo método da neutralização de Al 3+ e elevação dos teores de Ca e Mg. (Grupo 3: 0. textura média (Grupo 1: 0. P=110. K=20). (Grupo 2: 0. Textura média: (Baixo nível tecnológico: N=50. K=200). P=70. (Médio nível tecnológico : N=50. (Grupo 2: 0. É imprescindível aplicação de fontes de fósforo e potássio. (Grupo 3: 0. (Médio nível tecnológico : N=3x50. K=100). principalmente nos solos de textura médiaque são predominantes na região amostrada.57). A saturação por bases. K=60).5).5). Perdas de forragem e acúmulo de macronutrientes no material morto em pastagem de capim-tanzânia (Panicum maximum Jacq cv. (The Macmillan Biology Series).A. DIAS-FILHO. n. LANGER.M. A. 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