BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Ao longo da história a sociedade se caracterizou em marginalizar e excluir o diferente por não se enquadrar dentrodos padrões de normalidade, negligenciando o direito de participarem e conviverem na sociedade, esta que é construída na diversidade. Desde a Antiguidade as pessoas com necessidades especiais foram marcadas pela rejeição. Sendo discriminadas passavam por dificuldades, durante muito tempo se acompanhou a idéia de que elas traziam desarmonia ou maus espíritos por isso eram abandonadas ou sacrificadas. Durante a Idade Média, devido o domínio da Igreja, a deficiência era vista como castigo, assim a pessoa com necessidades especiais era escondida por representar vergonha à família, denunciando os seus pecados. No Brasil, o atendimento às pessoas com necessidades especiais teve início em 1854, com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atualmente Instituto Benjamin Constant - IBC, e em 1857 com a criação do Instituto dos Surdos Mudos, atualmente Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro. Em 1926 foi fundado o Instituto Pestalozzi, uma instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954 foi fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE. Nesse percurso ocorreram mudanças significativas no cenário que molda a educação inclusiva, entre eles a Declaração Universal dos Direitos Humanos promulgada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, em que no Artigo 26, estabelece que a educação é um direito de todos; deve ser gratuita; o ensino fundamental (elementar) obrigatório; o ensino técnico e profissional generalizado e o ensino superior aberto a todos em plena igualdade. Após essa declaração as instituições passam a ter a obrigatoriedade de receber os alunos com necessidades especiais, já que a mesma garante a educação como direito de todos. Até a década de 60 às práticas educacionais voltadas para pessoas com necessidade especiais se destinava mais as crianças e jovens que eram impedidos de frequentar a escola comum acreditando que seria melhor atendido em escolas especiais “até que por motivos morais, lógicos, científicos, político, econômico e legais. Surgiram as bases para reivindicar e fundamentar as práticas de integração na escola regular (MENDES, 1996 p. 26). Promovendo organizações de grupos políticos (de pais, profissionais e de pessoas com deficiência e deficiência mental) exigindo mudanças. Essas reivindicações contribuíram para instituir serviços educacionais que minimizasse a segregação em diferentes países, dessa forma surgem os princípios de normalização e integração escolar e a escola comum passou aceitar crianças e adolescentes deficientes utilizando meios adequados para atender as necessidades dos alunos. Em 1961, o atendimento educacional às pessoas com necessidades especiais passa a ser fundamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN Lei n° 4024/61, que aponta o direito dos “excepcionais” à educação preferencialmente dentro do sistema geral de ensino. Esta que foi alterada pela Lei n° 5.692/71, que diz no seu: Art. 9º Os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial, de acordo com as normas fixadas pelos competentes Conselhos de Educação. No Brasil o atendimento das pessoas com deficiência incluindo o deficiente mental teve início entre os anos 1970 e 1980, embora restritiva e limitadora por não atender os direitos básicos, de educação, de saúde, de trabalho, de ir e vir º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo.. porém ainda não havia uma política pública voltada à educação especial.1º criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física. com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos e § 2. Art. a obrigação dos pais ou responsáveis em matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência. afirmou em seu artigo 55.e lazer. Em 1973. No que se refere a escola são integrados somente os que correspondiam os requisitos de adaptação na sala de aula regular. 227: . permanecendo a concepção de “políticas especiais”.. mediante o treinamento para o trabalho e a convivência. III .F. responsável por gerenciar a educação especial no Brasil.. A Constituição Federal de 1988 celebrou o direito de todas as pessoas com deficiência à educação e acrescentou as mesmas o direito ao atendimento educacional especializado. foi criado no Ministério da Educação – MEC. Em 1994./1998) Em 1990 o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA Lei 8069/90. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: . a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência.. (C.. o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP. a Declaração de Salamanca proclama que as escolas regulares com orientação inclusiva constituem meios eficazes para que os alunos combater atitudes discriminatórias e os alunos com necessidades educacionais especiais devem ter acesso a escola regular. e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos. A promulgação da Constituição Federal em 1988 sinaliza no TÍTULO VIII. tendo como princípio orientador que “as escolas . 208.. preferencialmente na rede regular de ensino. bem como de integração social do adolescente portador de deficiência. sensorial ou mental. II §. capítulo Da Ordem Social: Art. mas sim. embora tais discentes nos sistemas integrativos não realizam as mesmas atividades e continua sendo segregados. que é representado pelos alunos com deficiência. percebe um grande crescimento graças ao de alguns professores. mais um seguimento populacional. sociais. respeitando suas diferenças e atendendo às suas necessidades para que estes não se sintam excluídos e possam desenvolver suas habilidades e assim faz-se também necessário uma adaptação do currículo. Isto significa acolher. A lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB/96). Fazer valer o direito a educação para todos não se limita a cumprir o que está escrito na lei.deveriam acomodar todas as crianças independente de suas condições físicas. empenho de pais e instituições dedicadas à inclusão com pessoas com deficiências. sem segregar e nem discriminar. A inclusão é a modificação da sociedade como pré-requisito para que pessoa com necessidades especiais possa buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania (Sassaki. A inclusão escolar segundo Aranha (2001) refere-se ao processo de inserção de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns. . Sendo que desse modo as escolas inclusivas devem reconhecer as diversas necessidades dos seus discentes. intelectuais. como tal. buscando integrá-los. Sabe-se que nos dias de hoje continuam com vários debates acerca da Educação Inclusiva em escolas públicas e particulares sobre a permanência dos alunos nestas instituições. emocionais. 2006. pag. linguísticas ou outras” (BRASIL. 1997). deixa claro que o ensino especial é uma modalidade e. pois este assunto requer um entendimento mais profundo da questão de justiça.330). dentre a diversidade que constitui esse universo. deve perpassar o ensino comum em todos os níveis – da escola básica ao ensino superior. Apesar de muitas resistências. Algumas destas escolas já estão adotando ações que de mudanças na sua organização pedagógica de modo a adotar e valorizar as diferenças. em virtude de suas deficiências.currículos. visando a sua efetiva integração na vida em sociedade. técnicas. II . que presidem as relações humanas e podem se constituir em dificuldades adicionais quando se trata com pessoas com deficiência mental.394/1996) Apesar de a lei estabelecer currículos. técnicas científicas e legais aos professores do ensino regular envolvidos com a inclusão escolar.acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. IV educação especial para o trabalho. §3° “A oferta de educação especial. III professores com especialização adequada em nível médio ou superior. para atender às suas necessidades.394/96 garante em seu artigo 58. técnicas e organização específica para alunos com necessidades especiais não significa que isso aconteça dentro das escolas. métodos. bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns. no artigo 59. para atendimento especializado. dever institucional do . intelectual ou psicomotora. Em relação aos aspectos afetivos e emocionais. bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística.394/96. Lei n° 9. recursos educativos e organização específica. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I . Art. devido outros obstáculos e questões que dificultam a inclusão desde a sua acessibilidade. inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo. mediante articulação com os órgãos oficiais afins. Entretanto. pois a lei 9. V . 59. métodos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.Capellini e Mendes (2003) afirmam que o primeiro passo para o processo de inclusão consiste em disponibilizar informações. e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados. (LDBEN/ 9. as autoras são enfáticas ao dizer que tais aspectos devem emergir para que possam ser “trabalhados”.terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental. cabe lembrar que essas medidas estão voltadas para os aspectos cognitivos. durante a educação infantil. principalmente aquelas que envolvem jogos. A realização de atividades com crianças. física e mental) podem participar da maioria das atividades propostas. . A variedade de atividades também prevê o esporte como um auxílio no aprimoramento da personalidade de pessoas portadoras de deficiência (Bueno e Resa. mais se revela claramente ineficazes nas respostas ao um contexto novo que se sistematiza no eixo da mudança”. 1995).75). devem ter um caráter lúdico e favorecer situações onde a criança aprende a lidar com seus fracassos e seus êxitos. É sabido que. tem início na faixa etária de zero à seis anos. p. 2010. As crianças com algum nível de deficiência (auditiva. (RODÃO.1 A EDUCAÇÃO FÍSICA NUMA PERSPECTIVA INCLUSIVA A Educação Física Adaptada surgiu oficialmente nos cursos de graduação através da Resolução 3/87 do Conselho Federal de Educação e que prevê a atuação do professor de Educação Física com o portador de deficiência e outras necessidades especiais. os educandos com deficiência leve e moderada podem participar de atividades dentro do programa de Educação Física. Na escola.Estado. com algumas adaptações e cuidados.” O desafio que pauta a educação inclusiva é construir práticas pedagógicas no sistema educacional que consiga atender a demanda de todos os alunos inclusive aqueles que apresentam a deficiência intelectual que requerem uma pedagogia diferenciada que “consiga romper com os modos de funcionamento que se naturaliza. visual. . muitos professores com formação em Educação Física e hoje atuantes nas escolas não receberam em sua formação conteúdos e/ou assuntos pertinentes à Educação Física Adaptada ou a Inclusão. como processo social amplo. A Educação Física (EF). que o professor de EF se encontra menos apetrechado para responder aos . tem-se mantido à margem deste movimento inclusivo. fato que vem se efetivando a partir da década de 50. Ao se definir a Educação Inclusiva (EI) como "para todos e para cada um". Se por um lado as aparências indicariam uma menor dificuldade na inclusão de alunos com dificuldades nas aulas curriculares de EF. no entanto. a realidade nos indica. enquanto parte integrante e inalienável do currículo.. vem acontecendo em todo o mundo. procura-se desenvolver e construir modelos educativos que rejeitem a exclusão e promovam uma aprendizagem livre de barreiras.VER DEPOIS.. A Inclusão. aprenda a conviver dentro da diversidade humana. 1997). com transformações. Inclusão. Segundo o autor. pequenas e grandes. nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas. 1997).Doutoranda na Unicamp Patrícia Silvestre Freitas Universidade Federal de Uberândia . WVA 1997 a inclusão é um processo amplo. através da compreensão e da cooperação (Cidade e Freitas. É sugerido que sejam melhorados os modelos de formação e apoio para possibilitar uma resposta mais adequada do professor de Educação Física. . ed. EDUCAÇÃO FÍSICA E INCLUSÃO: CONSIDERAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA ESCOLA Ruth Eugênia Cidade Universidade Federal do Paraná . como processo social amplo. Rio de Janeiro. pequenas e grandes. inclusive da própria pessoa com necessidades especiais. Para promover uma sociedade que aceite e valorize as diferenças individuais. Romeu K.MEC A Inclusão.desafios da Inclusão.Doutoranda na Unimep Obs: Este texto encontra-se em processo de publicação na revista INTEGRAÇÃO . Existe na EF uma "dupla genealogia de Exclusão". fato que vem se efetivando a partir da década de 50. vem acontecendo em todo o mundo. SASSAKI. nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas. inclusive da própria pessoa com necessidades especiais. A inclusão é a modificação da sociedade como pré-requisito para que pessoa com necessidades especiais possa buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania (Sassaki. a inclusão é um processo amplo. Construindo uma sociedade para todos. que implica uma maior dificuldade em responder à diversidade. com transformações. em escolas ditas comuns e nas classes ditas regulares onde deve ser desenvolvido o trabalho pedagógico que sirva a todos. A partir disto. muitos professores de Educação Física e hoje atuantes nas escolas não receberam em sua formação conteúdos e/ou assuntos pertinentes a Educação Física Adaptada ou a Inclusão. sentimentos. coexistem. porque os professores não se sentem preparados para atender adequadamente as necessidades daqueles alunos e porque os escolares que não têm deficiência não foram preparados sobre como aceitar ou brincar com os colegas com deficiência.170). sem exceção. Por isso sabemos que. "pressupõe. que todos. transporte. conhecimentos.Na escola. p. entre eles. a discussão de uma escola para todos tem suscitado inúmeros debates sobre programas e políticas de inserção de alunos com necessidades especiais. A escola como espaço inclusivo têm sido alvo de inúmeras reflexões e debates. a Educação Física Adaptada surgiu oficialmente nos cursos de graduação através da Resolução 3/87 do Conselho Federal de Educação e que prevê a atuação do professor de Educação Física com o portador de deficiência e outras necessidades especiais. valores etc. acesso. conceitualmente. devem participar da vida acadêmica. onde diversos elementos como a arquitetura. . engenharia. A grande polêmica está centrada na questão de como promover a inclusão na escola de forma responsável e competente. Sabemos também que nem todas as escolas estão preparadas para receber o aluno portador de uma deficiência e por vários motivos. A idéia da escola como espaço inclusivo nos remete às dimensões físicas e atitudinais que permeiam a área escolar. comportamentos. Quanto a área da Educação Física. experiências. 1998. formando este locus extremamente complexo. indiscriminadamente" (Edler Carvalho. a Educação Física Adaptada para portadores de deficiência não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos. respeitando suas diferenças individuais" (Duarte e Werner. adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada portador de deficiência. É um processo de atuação docente com planejamento. A realização de atividades com crianças. 1997). devem ter um caráter lúdico e favorecer situações onde a criança aprende a lidar com seus fracassos e seus êxitos. auxiliando-o na busca de uma melhor adaptação (Cidade e Freitas. Segundo Bueno e Resa (1995). visando atender às necessidades de seus educandos. com algumas adaptações e cuidados. promover autonomia e enfatizar o potencial no domínio motor". Na escola. os educandos com deficiência leve e moderada podem participar de atividades dentro do programa de Educação Física. A Educação Física na escola se constitui em uma grande área de adaptação ao permitir. permitir a participação de todos. respeitar suas limitações. 1995: 9). "todo o programa deve conter desafios a todos os alunos.A Educação Física Adaptada "é uma área da Educação Física que tem como objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades educativas especiais. O Programa de Educação Física quando adaptada ao aluno portador de deficiência. Segundo Pedrinelli (1994: 69). mas compreende técnicas. métodos e formas de organização que podem ser aplicados ao indivíduo deficiente. principalmente aquelas que envolvem jogos. possibilita ao mesmo a compreensão de suas limitações e capacidades. A variedade de atividades também prevê o esporte como um auxílio no aprimoramento da personalidade de pessoas . A autora coloca que o educador pode selecionar a atividade em função do comprometimento motor. idade cronológica e desenvolvimento intelectual. proporcionando que sejam valorizados e se integrem num mesmo mundo. a participação de crianças e jovens em atividades físicas adequadas às suas possibilidades. Uma dor de cabeça em marteladas. física e mental) podem participar da maioria das atividades propostas. dilatação do intestino causada por prisão de ventre. Um episódio de disreflexia autonômica pode acontecer súbita e dramaticamente. 1995). especialmente bexiga cheia demais. A hipertensão pode ser maligna. escaras ou áreas sob pressão exagerada.. idade em que apareceu a deficiência. A disreflexia é uma emergência médica.por exemplo: No caso da deficiência física/motora a Disreflexia Autonômica: A disreflexia ou hiperreflexia autonômica pode ocorrer em um aluno que tenha lesão medular alta (T4 -6 ou acima). deve pedir que o aluno faça o esvaziamento da bexiga e intestino antes da . interação social e afetivo-emocional (Cidade e Freitas. As causas mais comuns da Disreflexia são: problemas urinários. se não tratada. apnéia e acidentes vasculares cerebrais por hemorragia. que esse educador conheça os diferentes aspectos do desenvolvimento humano: biológico (físicos. motor. também. queimaduras e espamos uterinos. Como medida preventiva em suas aulas o professor que tiver um aluno com lesão medular. crises convulsivas. Conhecer para prevenir. IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA NA ESCOLA É importante que o professor tenha os conhecimentos básicos relativos ao seu aluno como: tipo de deficiência.portadoras de deficiência (Bueno e Resa. se foi repentina ou gradativa. principalmente antes e nos primeiros dias da menstruação ou durante o parto (Werner. pode resultar em perda da consciência total. As crianças com algum nível de deficiência (auditiva. e até mesmo a irritação causada por deitar-se sobre um objeto pequeno sem perceber. 1994). distúrbios visuais. manchas cutâneas acompanham hipertensão e queda na freqüência cardíaca. neurológicos). infeccionada ou com pedras.. Implica. visual. usuário de cadeira de rodas. 1997). cognitivo. sensoriais.. se é transitória ou permanente. sudorese. 1990). Pode ocorrer óbito (Okamoto... as funções e estruturas que estão prejudicadas.. Observar os locais de maior contato com a cadeira de rodas (glúteos e as costas) para ver se não há a formação de escaras. obesidade . hérnia umbilical . distúrbios digestivos . problemas de visão . má formação da tireóide .10%. No caso da deficiência mental os professores de Educação Física precisam saber que os portadores de Síndrome de Down apresentam problemas associados. subluxação ou deslocamento da primeira e segunda vértebras cervicais (C1 e C2).quase 50%. A instabilidade atlantoaxial é um fator predisponente a complicações neurológicas.4%. leucemia .50%. antes de entrar na prática da atividade motora. destacada aqui. salto em altura. Algumas das atividades de risco para esta parcela de portadores da Síndrome de Down são: ginástica olímpica. estas informações são . Observem que estas recomendações só são válidas para os acometidos de instabilidade atlantoaxial. No caso de deficiência visual assegure-se de que ele está familiarizado com o espaço físico. hepatite (A ou B) .aula de Educação Física. problemas odontológicos . mergulho.12 a 20%. para que não haja complicações do tipo: febre e insolação. nado golfinho. A instabilidade atlantoaxial. dos quais destacamos: cardiopatia . E ainda observar que as aulas de Educação Física não sejam na hora mais quente do dia.acima de 50%. alguns exercícios de aquecimento que causem o stress da região cervical e esportes de contato direto.40%.70%. problemas de linguagem . (Tezza. 1995). instabilidade atlantoaxial . flexão e extensão dentro da máxima amplitude de movimento possível.quase 100%. percursos. onde se situa a articulação atlantoaxial. problemas respiratórios . variação térmica .12%.60%. é descrita como instabilidade.100%. hipotonia generalizada . Aos alunos com Síndrome de Down recomenda-se a investigação com Raio X lateral da coluna cervical em posição neutra.50%. retardo mental .quase 100%.quase 100%.100%. problemas de audição . inclinações do terreno e diferenças de piso. No caso da epilepsia é preciso saber que é uma situação que se caracteriza pela existência de crises anômalas que tendem a repetir-se e que partem de descarga cerebrais patológicas. e nem qualquer objeto para impedi-la de morder a língua. a não ser que ela esteja em um lugar perigoso. 1994). poucos minutos depois retoma a atividade sem se dar conta. com patologia de deslocamento de retina. Nos casos de ausência há uma parada das atividades. vire gentilmente a cabeça da criança para um lado. 1992). Quando a crise acabar. se está suja ou entupida. verifique as condições das pilhas e se está bem regulada. Não coloque nada na boca da pessoa enquanto ela está tendo uma convulsão. Conhecendo o educando. São mais comuns as convulsões e as ausências. dando possibilidade para o que o aluno portador de deficiência visual entenda a atividade proposta No banheiro ou vestiário mostre-lhe onde está o vaso sanitário. É importante que toda a instrução seja verbalizada. Cuidados especiais com os alunos de visão subnormal. O olhar fica vago e não responde se lhe falamos. Neste caso não tente mover a pessoa. Nas convulsões há vários tipos. para evitar ruídos. lesões e quedas. No intervalo entre espasmos. o papel.úteis pois previnem acidentes. há um tipo de crise convulsiva mais severa. Proteja-a o melhor que puder contra ferimentos. mas não tente controlar os movimentos. não deverão fazer atividade física onde haja possibilidade de traumatismo na cabeça No caso da deficiência auditiva veja se a prótese está bem adaptada. levando em consideração: . etc. para que a saliva caia da boca e não seja levada para os pulmões quando ele respira. a pia. pode pestanejar. com movimentos violentos e descontrolados e perda da consciência. Deixe que durma (Werner. o professor poderá adequar a metodologia a ser adotada. não estando necessariamente associada a deficiência mental ou outra deficiência (CORDE. Retire de perto qualquer objeto cortante ou duro. a pessoa poderá ficar sonolenta e confusa. através de exemplos concretos. considerando as possibilidades e capacidades dos alunos. " Por quanto tempo o aluno pode permanecer atento às tarefas solicitadas. 1998). tais adequações envolvem: " adaptação de material e sua organização na aula: tempo disponível. usando estratégias e recursos que despertem neles o interesse e a motivação. para que se possa adequar as atividades às possibilidades do mesmo. " A avaliação constante do programa de atividades possibilitará as adequações necessárias. " adaptação no programa: planejamento. " adaptações de objetivos e conteúdos: adequar os objetivos e conteúdos quando forem necessários. Ao analisarmos a aprendizagem motora de portadores de deficiência não podemos . colocando o educando como o centro das preocupações e interesses do professor. " Os interesses e necessidades do educando em relação às atividades propostas. em função das necessidades educativas. " aplicar uma metodologia adequada à compreensão dos educandos. As considerações acima levam em conta a remoção das barreiras para a aprendizagem (Edler Carvalho. atividades e avaliação." Em que grupo de educandos haverá maior facilidade para a aprendizagem e o desenvolvimento de todos. dar prioridade a conteúdos e objetivos próprios. definindo mínimos e introduzindo novos quando for preciso. incentivando a expressão e criatividade. espaço e recursos materiais. Segundo Bueno e Resa (1995). sempre em relação aos conteúdos e objetivos da Educação Física. cinestésicos e cognitivos. adaptamos de Bueno e Resa (1995). " Processamento central ou tomada de decisão/Mecanismo de decisão Problemas . ele levará mais tempo que os outros alunos para processar a informação e tomas a decisão.incoordenação motora (paralisia cerebral). resolução de problemas. " Resposta ou mecanismo efetor/output Problemas . Neste caso o professor de Educação Física poderá ser capaz de analisar em que parte do modelo proposto pode estar prejudicado. processa. como uma das alternativas. mecanismo de decisão. o professor. e utilizar estratégias necessárias para adequar o movimento ou tarefa motora. memória.cognitivos e alterações neurológicas. Ex. ortopédicos e falta de aptidão física. auditivos. cognitivos. Marteniuk em 1976. mecanismo efetor. transmite. Ex.: no caso da paralisia cerebral . Ex. problemas orgânicos. Dentro do processo de aprendizagem motora.: se o aluno é portador de deficiência mental. poderá verbalizar. o modelo de execução motriz que ilustra a relação entre os possíveis problemas decorrentes do tipo de deficiência e a produção do movimento: " Captação da informação/entrada da informação/Input Problemas visuais.desconsiderar a atuação de suas habilidades cognitivas (atenção. mecanismos perceptivo. Para uma melhor compreensão do assunto. sistema muscular e circuitos de feedback. Nesta abordagem o homem é visto como um processador de informações. explicar o movimento/tarefa. As dificuldades para a aprendizagem de um determinado movimento ou tarefa estão relacionadas à deficiência e nível de comprometimento que o aluno apresenta. propôs um modelo para analisar os mecanismos internos básicos responsáveis pela produção do movimento com os seguintes elementos: órgãos dos sentidos.: se o problema é visual. um sistema que recebe. generalização da aprendizagem) durante o todo o processo. segundo o tipo de deficiência presente. armazena e utiliza informações. observar e comparar os seus movimentos com o do colega.retroalimentação Problemas . Aprendizagem global versus aprendizagem por partes . Destacamos: 1. 4. O objetivo é conseguir que o aluno perceba a globalidade do ato motor e seja capaz de executá-lo. A demonstração do modelo total pode ser o mais adequado quando o movimento não pode ser decomposto ou quando a tarefa se apresenta de fácil execução. 2. 3. visualizar. neurológicos (ex. Capacidade lingüística . Importância da propriocepção na aprendizagem de uma habilidade motora . é conveniente que o professor de Educação Física considere alguns aspectos fundamentais.a resposta motora. 1995). Tipo de ajuda prestada . " Feedback . à tarefa/movimento solicitado. já que a comunicação verbal é um dos meios mais utilizados no processo de aprendizagem motora.é de suma importância que o professor conheça a capacidade lingüística de seus alunos. necessários e já conhecidos para uma melhor adequação das tarefas ao tipo de necessidade (como forma de minimizar as barreiras para a aprendizagem) que os alunos possam apresentar. o aluno terá dificuldades no controle dos movimentos.o professor de Educação Física deverá .visuais.a aprendizagem por partes é conveniente quando a complexidade da tarefa vai aumentando. Assim o aluno pode vivenciar o movimento.: incoordenação motora na paralisia cerebral) e cognitivos. Além disso. (adaptado de Bueno e Resa. apontar no outro.a aprendizagem do movimento é influenciado e facilitado pela percepção cinestésica. auditivos. O professor deve assegurar-se de que o aluno compreendeu a tarefa. é preciso como forma adicional. Considerações Finais Nesta nova situação. Pelo contrário. a Inclusão. os interesses e as possibilidades de cada aluno e de cada grupo com que trabalha (o que já têm sido feito por ele). possibilitando feedback válido de sua performance. Geralmente. seja ela verbal ou por demonstração. Conhecimento dos resultados . 5.o conhecimento dos resultados por parte dos alunos se constitui em fator motivacional para a execução do movimento ou tarefa por ele realizado.prestar ajuda ao aluno que necessite dela para executar o movimento. constituindo-se em muitas ocasiões no elemento que desencadeia o movimento. o professor de Educação Física poderá conhecer a necessidade. procurando escolher a que seja mais adequada a situação. no caso dos portadores de deficiência mental o tipo de ajuda verbal poderá ser descartado em numerosas ocasiões devido as dificuldades de compreensão da mensagem (quando estas são muito longas). No caso do portador de deficiência visual a ajuda verbal se configura como elemento básico a ser utilizado pelo professor. Em alguns casos a ajuda manual ou mecânica poderá ser necessária para os portadores de deficiência mais comprometidos ou a medida que aumente a complexidade da resposta motora. entretanto. Com base no que foi colocado. se não houver esta compreensão o professor poderá recorrer a diferentes estratégias que permitam o entendimento da mensagem emitida. considerar as peculiaridades da população associadas as estratégias que serão utilizadas. 1995). é no aluno portador de deficiência mental onde com mais freqüência e facilidade vão surgir os problemas de compreensão (Bueno e Resa. Existem uma infinidade de fatores que . . E. J. Conhecendo um pouco mais sobre as deficiências. 1995. UFPR. o tipo de informação. 1994. Escola para todos. 3. WVA 1997. 1998. 1997. RESA. T. R.. porque o professor sabe e pode combinar numerosos procedimentos para remover barreiras e promover a aprendizagem dos seus alunos. E. Inclusão. DUARTE. O que é Sindrome de Down. Texto Didático. v. V. etc.A. 1992. WERNER. EDLER CARVALHO. Brasília: Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência . Brasília: Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência . Romeu K.CORDE.. Educação Física Adaptada: Conceituação e Terminologia. 7-10. o contexto da aprendizagem. o sujeito que aprende.. p. J.CORDE. Noções sobre Educação Física e Esporte para Pessoas Portadoras de deficiência. TEZZA. Temas em Educação Especial. CORDE. SASSAKI. 1994. PEDRINELLI. WERNER.. aprendizagem prévia. R. FREITAS. Rio de Janeiro: ABT: UGF. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BUENO. Brasília: MECSEDES. CIDADE. In: Curso de atividade física e desportiva para pessoas portadoras de deficiência: educação à distância. Não existe nenhum método ideal ou perfeito da Educação Física que se aplique no processo de Inclusão. In: Educação Física e Desporto para Pessoas Portadoras de Deficiência. Rio de Janeiro: WVA Ed. M. S. Curitiba. A . Construindo uma sociedade para todos. P. D. Malaga : Ediciones Aljibe.Z. Guia de Deficiências e Reabilitação Simplificada. 1995. Uberlândia. SESIDN. S. 1995.influem na aprendizagem de portadores de deficiência entre elas as características das tarefas motoras. E. T. Rio de Janeiro. Ed. Educacion Fisica para niños y ninãs com necessidades educativas especiales. Em 1926 foi fundado o Instituto Pestalozzi. devido o domínio da Igreja. Sendo discriminadas passavam por dificuldades. considerando a deficiência mental como um déficit acentuado no comportamento adaptativo e uma insuficiência intelectual significativa. O conceito de deficiência mental começa a ser abordado embora visto de maneira discriminatória. esta que é construída na diversidade. assim a pessoa com necessidades especiais era escondida por representar vergonha à família. deve 16 ser gratuita. o ensino fundamental (elementar) obrigatório. negligenciando o direito de participarem e conviverem na sociedade. Durante a Idade Média. em que no Artigo 26. o atendimento às pessoas com necessidades especiais teve início em 1854. atualmente Instituto Benjamin Constant IBC. No Brasil. ambos no Rio de Janeiro. em 1954 foi fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE. uma instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental. o ensino técnico e profissional generalizado e o ensino superior aberto a todos em plena igualdade. estabelece que a educação é um direito de todos. a deficiência era vista como castigo. Nesse percurso ocorreram mudanças significativas no cenário que molda a educação inclusiva. entre eles a Declaração Universal dos Direitos Humanos promulgada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Somente na Idade Moderna passa-se a olhar o deficiente do ponto de vista patológico. Desde a Antiguidade as pessoas com necessidades especiais foram marcadas pela rejeição. .4 CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL Ao longo da história a sociedade se caracterizou em marginalizar e excluir o diferente por não se enquadrar dentro dos padrões de normalidade. durante muito tempo se acompanhou a idéia de que elas traziam desarmonia ou maus espíritos por isso eram abandonadas ou sacrificadas. e em 1857 com a criação do Instituto dos Surdos Mudos. atualmente Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES. com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Após essa declaração as instituições passam a ter a obrigatoriedade de receber os alunos com necessidades especiais. denunciando os seus pecados. já que a mesma garante a educação como direito de todos. foi criado no Ministério da Educação – MEC. responsável por gerenciar a educação especial no Brasil. mas sim. lógicos. A promulgação da Constituição Federal em 1988 sinaliza no TÍTULO VIII. profissionais e de pessoas com deficiência e deficiência mental) exigindo mudanças.. de educação. embora restritiva e limitadora por não atender 17 os direitos básicos. II §.. de ir e vir e lazer. Essas reivindicações contribuíram para instituir serviços educacionais que minimizasse a segregação em diferentes países. Em 1961. de trabalho. científicos. econômico e legais. de saúde.. embora tais discentes nos sistemas integrativos não realiza as mesmas atividades e continua sendo segregados.Até a década de 60 às práticas educacionais voltadas para pessoas com necessidade especiais se destinava mais as crianças e jovem que eram impedidos de frequentar a escola comum acreditando que seria melhor atendido em escolas especiais “até que por motivos morais. Esta que foi alterada pela Lei n° 5. III atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência.LDBEN Lei n° 4024/61. preferencialmente na rede regular de ensino.. de acordo com as normas fixadas pelos competentes Conselhos de Educação.. os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados deverão receber tratamento especial. 208. No Brasil o atendimento das pessoas com deficiência incluindo o deficiente mental teve início entre os anos 1970 e 1980. político. 9º Os alunos que apresentem deficiências físicas ou mentais. o Centro Nacional de Educação Especial – CENESP. dessa forma surgem os princípios de normalização e integração escolar e a escola comum passou aceitar crianças e adolescentes deficientes utilizando meios adequados para atender as necessidades dos alunos.1º criação de programas de prevenção e atendimento . 1996 p. o atendimento educacional às pessoas com necessidades especiais passa a ser fundamentado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional .. Art. 26). permanecendo a concepção de “políticas especiais”.692/71. No que se refere a escola são integrados somente os que correspondiam os requisitos de adaptação na sala de aula regular. Em 1973. porém ainda não havia uma política pública voltada à educação especial. O dever do Estado com a Educação será efetivado mediante a garantia de: . que aponta o direito dos “excepcionais” à educação preferencialmente dentro do sistema geral de ensino. Promovendo organizações de grupos políticos (de pais. 227: . surgiram as bases para reivindicar e fundamentar as práticas de intregação na escola regular (MENDES. capítulo Da Ordem Social: Art. A Constituição Federal de 1988 celebrou o direito de todas as pessoas com deficiência à educação e acrescentou as mesmas o direito ao atendimento educacional especializado. que diz no seu: Art. especializado para os portadores de deficiência física. Capellini e Mendes (2003) afirmam que o primeiro passo para o processo de inclusão consiste em disponibilizar informações. a obrigação dos pais ou responsáveis em matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. .394/96. Lei n° 9. singulares.F. (C. independentemente de quais quer dificuldades ou diferenças que possam ter. que apresentam algumas necessidades diferenciadas dos demais. emocional. que é representado pelos alunos com deficiência. dentre a diversidade que constitui esse universo. intelectual. técnicas científicas e legais aos professores do ensino regular envolvidos com a inclusão escolar. Entretanto. cabe lembrar que essas medidas estão voltadas para os aspectos cognitivos. mais um seguimento populacional. Cabe ressaltar que muitas dessas necessidades são compartilhadas pela maioria dos alunos com deficiência mental. (AGUIAR. a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência. Em 1994 foi assinada na Espanha a Declaração de Salamanca e o direito de ser diferente passa a ser garantido. social. lingüísticas ou outras. 15) 18 Desse modo as escolas inclusivas devem reconhecer as diversas necessidades de seus discentes. quer sejam de origens física. afirmou em seu artigo 55.º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo. Em relação aos aspectos afetivos e emocionais. buscando integrá-los. com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquitetônicos e § 2. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. que presidem as relações humanas e podem se constituir em dificuldades adicionais quando se trata com pessoas com deficiência mental. Isto significa acolher. respeitando suas diferenças e atendendo às suas necessidades para que estes não se sintam excluídos e possam desenvolver suas habilidades e assim faz-se também necessário uma adaptação do currículo. e necessitam de serviços que demandam metodologias e processos pedagógicos apropriados. p. as autoras são enfáticas ao dizer que tais aspectos devem emergir para que possam ser “trabalhados”. sensorial ou mental. no artigo 59. A inclusão escolar segundo Aranha (2001) refere-se ao processo de inserção de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns. e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos. mediante o treinamento para o trabalho e a convivência. para que seu processo de aprendizagem não seja prejudicado./1998) Em 1990 o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA Lei 8069/90. Esta influenciou a formulação das políticas públicas da educação inclusiva. 2004. Sendo que: O princípio fundamental que orienta a Declaração de Salamanca é o de que as escolas devem acomodar todas as crianças possibilitando que elas aprendam juntas. bem como de integração social do adolescente portador de deficiência. §3° “A oferta de educação especial. Atendimento Educacional Especializado para a deficiência física. para atendimento especializado.394/1996) Apesar de a lei estabelecer currículos. Grasiela Maria Silva. . dever institucional do Estado. em virtude de suas deficiências.professores com especialização adequada em nível médio ou superior. técnicas. devido outros obstáculos e questões que dificultam a inclusão desde a sua acessibilidade. durante a educação infantil. III .educação especial para o trabalho. Educação Inclusiva: Jogos para o ensino de conceitos.). n.terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental. 2004. 2001. intelectual ou psicomotora.26 – 31.1 p. Geisa Letícia Kempfer. jan/jul.75) AGUIAR. métodos. visando a sua efetiva integração na vida em sociedade. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I currículos. Marília: UNESP. recursos educativos e organização específica. métodos. (LDBEN/ 9.394/96 garante em seu artigo 58. Brasília: Secretaria de Educação Especial. BÖCK. Publicações. (RODÃO. ARANHA. tem inicio na faixa etária de zero à seis anos. João Serapião de. inclusive condições 19 adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo. mais se revela claramente ineficazes nas respostas ao um contexto novo que se sistematiza no eixo da mudança”. 59. v. Maria Salete F. Educação especial: temas atuais. e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados.” O desafio que pauta a educação inclusiva é construir práticas pedagógicas no sistema educacional que consiga atender a demanda de todos os alunos inclusive aqueles que apresentam a deficiência intelectual que requerem uma pedagogia diferenciada que “consiga romper com os modos de funcionamento que se naturaliza. bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns. RIOS. mediante articulação com os órgãos oficiais afins. 5. V . Inclusão: Revista da Educação Especial. Inclusão social e municipalização.Art. bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística. para atender às suas necessidades. Eduardo J. 2010. pois a lei 9. SP: Papirus. p. Campinas.acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. In: MANZINI. IV . (Org. II . técnicas e organização específica para alunos com necessidades especiais não significa que isso aconteça dentro das escolas. 2010. Palacios Jesús (org.. n.. In: CRUZ. Vanilton Camilo de (org). In: MARCHESI. Políticas de Inclusão: escola-gestão da aprendizagem na diversidade. FIERRO. 2 (jul/dez). Brasília.2. Rita Vieira de. Declaração de Salamanca e Linhas de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. 6. Políticas organizativas e curriculares. ________ [et al]. CIBEC/MEC. ________. 5. Brasília: Secretaria de Educação Especial. 2. Brasília: Ministério da Educação / Imprensa Oficial. Aspectos funcionais do desenvolvimento cognitivo de crianças com deficiência mental e metodologia de pesquisa. PALACIOS. Desenvolvimento psicológico e educação. 2010. In: ROSA.024/61.394/96. Os alunos com deficiência mental.BRASIL. 5. BRASIL. 1996. COLL. Porto Alegre: Artmed. BRASIL. Brasília/DF: Secretaria de Educação Especial/Ministério da Educação. ed. FÁVERO. 2004. ed. Dalva Gonçalves. 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