Bomba Injetora Tipo P

March 23, 2018 | Author: paulomt1 | Category: Internal Combustion Engine, Piston, Fuel Injection, Diesel Engine, Turbocharger


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BOMBA INJETORA - VEÍCULOS PESADOS - TIPO P MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS BOMBA INJETORA - VEÍCULOS PESADOS TIPO P 2005 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 1 MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS ã 2005. SENAI-SP Bomba Injetora - Veículos Pesados - Tipo P Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo” Coordenação geral Luiz Carlos Emanuelli Coordenador do projeto José Antonio Messas Organização do conteúdo Editoração SENAI Telefone Telefax E-mail Home page 2 William Alex Maida Rios Teresa Cristina Maíno de Azevedo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo” Rua Moreira de Godói, 226 - Ipiranga - São Paulo-SP - CEP. 04266-060 (0xx11) 6166-1988 (0xx11) 6160-0219 [email protected] http://www.sp.senai.br/automobilistica ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” BOMBA INJETORA - VEÍCULOS PESADOS - TIPO P SUMÁRIO COMBUSTÃO DIESEL 5 • Motor Diesel 5 • Ciclo de Trabalho 6 • Câmaras de Combustão 8 • Gás de Escape do Motor Diesel 8 RESUMO DOS SISTEMAS DE INJEÇÃO DIESEL 10 • Áreas de Aplicação 10 • Requisitos 11 SISTEMA DE INJEÇÃO 13 • Funções 13 • Técnica de Injeção 14 • Seqüência de Fases de Curso 14 • Formatos de Ressaltos 15 • Elementos da Bomba 18 BOMBAS INJETORAS EM LINHA TIPO PE 23 • Modo de Operação 25 • Outros Componentes 27 ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL 33 • Tanque de Combustível 33 • Filtro de Combustível 33 • Operação com Tanque por Gravidade 35 • Bomba Alimentadora de Combustível 35 • Tubulação de Combustível/Pressão 39 MODO DE OPERAÇÃO DA BOMBA INJETORA EM LINHA 41 • Regulagem 41 • Sangria 42 • Lubrificação 43 • Desativação 44 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 3 MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS HISTÓRIA(S) DO DIESEL 45 DESIGNAÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO 47 • Bomba Alimentadora 47 • Bomba Injetora 47 • Lista de Datas de Produção e Respecticas Siglas 48 • Regulador RQ 48 • Regulador RQV 49 • Regulador RS 49 • Regulador RSV 50 • Porta Injetor 50 • Bico Injetor 51 • Valores de Teste 52 • Teste de Estanqueidade 53 • Torques de Aperto 54 INSTRUÇÕES PARA CONSERTO DE REGULADORES RQV PARA BOMBAS INJETORAS 56 • Desmontagem 56 • Verificação e Conserto 62 • Montagem 65 BICOS E PORTA INJETORES 73 • Injetores de Orifício 73 • Porta Injetores 77 • Porta Injetor de Duas Molas 79 SISTEMA A UXILIAR DE PARTIDA 81 • Vela de Pino Incandescente 81 • Vela Aquecedora por Chama 82 • Temporizador de Pré-Aquecimento 82 • Funcionamento 83 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 84 4 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 5 . Atualmente são empregados motores de quatro tempos. O motor Diesel pode trabalhar tanto pelo princípio de dois como de quatro tempos.VEÍCULOS PESADOS .BOMBA INJETORA .TIPO P COMBUSTÃO DIESEL MOTOR DIESEL É uma máquina motriz à combustão com máximo grau de eficiência. • a válvula de escape se encontra fechada. 6 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . • Emissões pobres em poluentes.. • faltando alguns graus antes do ponto máximo superior o bico injetor injeta o combustível na forma pulverizada sob alta pressão no ar aquecido. é preciso fazer o teste de pressão de compressão consultando os valores ideais no manual de oficina.. • A alta compressão é maior que no motor ciclo Otto. • o ar aspirado é comprimido de acordo com a relação de compressão correspondente (14:1. CICLO DE TRABALHO 1º Tempo . Para observar se existe perda de pressão. • o ar comprimido é aquecido a temperaturas de até 900ºC. • a árvore de manivelas gira 180º. • Emissão de ruídos intensamente reduzida.Admissão No tempo de admissão: • o êmbolo se desloca do PMS ao PMI. • a árvore de manivelas gira mais 180º.Compressão No tempo de compressão: • o êmbolo se desloca do PMI ao PMS. • as válvulas de admissão e escape se encontram hermeticamente fechadas. Esta alta pressão pode variar de acordo com o tipo de sistema de injeção. pois isto causará uma perda de rendimento do motor. • Aspira somente ar. • a válvula de admissão é aberta pela árvore de comando de válvulas permitindo a entrada do ar filtrado. Exemplo: No sistema UP (PLD) chega a 1600 bar.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Características • É um motor de auto-ignição. 24:1). 2º Tempo . • Submete o ar a alta compressão. OBSERVAÇÃO Não pode haver nenhum vazamento de compressão. • Baixo consumo de combustível. BOMBA INJETORA . Graças a esse diagrama de válvulas. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 7 . • a árvore de manivelas gira mais 180º completando o ciclo em duas voltas.Descarga ou Escape No tempo de descarga ou escape: • o êmbolo se desloca do PMI ao PMS. • a válvula de admissão permanece fechada e a válvula de escape está aberta. as válvulas entram em cruzamento de válvulas.VEÍCULOS PESADOS . fim de escape e início de admissão e inicia-se o ciclo novamente.Combustão ou Injeção No tempo de trabalho: • o êmbolo se desloca do PMS ao PMI. No fim de escape. • os gases resultantes da queima que estão no interior do cilindro são eliminados através da válvula de escape para a atmosfera pelo movimento ascendente do êmbolo. OBSERVAÇÃO Este é o único tempo útil do motor.TIPO P 3º Tempo . • o combustível finamente pulverizado queima quase por completo no início do terceiro tempo aumentando a pressão do cilindro. • as válvulas de admissão e escape permanecem hermeticamente fechadas. o rendimento dos motores pode ser melhorado. Através deste diagrama podemos observar qual o momento em que as válvulas de admissão e escape são abertas e fechadas. 4º Tempo . • a árvore de manivelas gira mais 180º. A energia liberada pela combustão é transmitida para o êmbolo com isto ele se move novamente para baixo e a energia da combustão é transformado em trabalho mecânico.Trabalho . OBSERVAÇÃO Cada motor tem um diagrama de válvulas específico. • Com turbocompressor (utilizando como energia o próprio gás de escape). Pode-se melhorar ainda mais esta potência adotando-se um sistema resfriador de ar cujo objetivo é agrupar mais as partículas de ar. uma injeção exata e a cuidadosa adequação da mistura de ar-combustível e também o seu turbilhonamento ideal. • Com turbocompressor e resfriador de ar. por exemplo. Os produtos da reação dependem da potência e também da carga de trabalho do motor.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS CÂMARAS DE COMBUSTÃO Nos motores Diesel são empregadas câmaras de combustão divididas e não divididas (motores de com injeção direta e indireta onde a câmara de combustão se encontra no êmbolo). têm uma potência maior melhorando assim o desempenho. Para isto contribui. diminuindo os poluentes nos gases de escape. Os motores Diesel com turbocompressor.bico injetor de vários furos de injeção Menor custo de fabricação (simplicidade construtiva) Menor atraso da injeção Partida a frio atrasada INJEÇÃO INDIRETA - Maior taxa de compressão Menor pico de pressão Menor rumorisidade Menor turbulência (necessita pré-câmara) Menor pressão de injeção Sistema de injeção mais barato Maior consumo de Diesel (maior perda de calor) Pior pulverização . GÁS DE ESCAPE DO MOTOR DIESEL Na combustão do Diesel formam-se diversos tipos de resíduos.bico injetor de um ou dois furos Maior custo de fabricação (complexidade construtiva) Maior atraso da injeção Partida a frio adiantada Existem três tipos de motor Diesel: • Aspirado (dependendo da pressão atmosférica). A formação dos poluentes pode ser reduzida consideravelmente pela queima completa de combustível. As principais diferenças entre injeção direta e injeção indireta são: INJEÇÃO DIRETA - Menor taxa de compressão Maior pico de pressão Maior rumorisidade Maior turbulência Maior pressão de injeção Sistema de injeção mais caro Menor consumo de Diesel Melhor pulverização . aumentando com isto a quantidade de ar para o interior do cilindro. 8 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . saídos de fábrica. Em segunda linha também se formam.TIPO P Forma-se em primeira linha simplesmente água normal (H2O) e o dióxido de carbono (CO2) que é atóxico. Dióxido de enxofre e ácido sulfúrico se formam quando há enxofre no combustível. hidrocarbonetos não ou só parcialmente oxidada em forma de gotículas como fumaça branca ou azulada e aldeídos de cheiro forte. com o motor frio.BOMBA INJETORA . concentrações relativamente pequenas de: • monóxido de carbono (CO). • hidrocarbonetos não consumidos (HC). ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 9 . Como componentes do gás de escape diretamente perceptíveis podem ser constatados. • óxido nítrico (NOX) com produto conseqüente. • dióxido de enxofre (SO2) e ácido sulfúrico (H2SO4) e partículas de fuligem. comparativamente.VEÍCULOS PESADOS . baixas emissões de gás de escape. Eles são empregados nas mais diversas versões com um amplo espectro de potência. como por exemplo: • acionamento para geradores de energia (até cerca de 10 kW/cilindro). 10 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” .MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS RESUMO DOS SISTEMAS DE INJEÇÃO DIESEL ÁREAS DE APLICAÇÃO Os motores diesel se destacam por seu baixo consumo de combustível. exploração agrícola e florestal (até cerca de 50 kW/ cilindro). por exemplo. ônibus e tratores/rebocadores (até cerca de 200 kW/ cilindro). para geradores de emergência (até cerca de 160 k W/ cilindro). são requisitados para inúmeras atividades motrizes. • motores estacionários. • motores de alta rotação para veículos de passeio e utilitários leves (até cerca de 37 kW/ cilindro). • motores para a construção civil. por isso. pouca necessidade de manutenção e alta longevidade e. • motores para utilitários pesados. • motores para locomotivas e navais (até 1000 kW/cilindro). ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 11 . Nos veículos a Diesel.BOMBA INJETORA . Uma marcha lenta estável também só pode ser obtida através de uma boa regulagem. locomotivas e navios são empregados sistemas de injeção mais robustos. Segundo o atual nível técnico. para uma boa preparação de mistura. pulverizando o combustível com a maior precisão possível. A regulagem de carga e rotação do motor Diesel deve ocorrer através do volume de combustível sem estrangulamento do ar aspirado. de acordo com o processo de combustão Diesel (direta ou indireta). os motores pequenos de alta rotação para veículos de passeio exigem sistemas de injeção de pouco peso. Enquanto na maior parte dos motores Diesel convencionais de veículos utilitários. para motores de veículos a Diesel são empregados principalmente os seguintes sistemas de injeção de alta pressão.TIPO P REQUISITOS Prescrições mais rigorosas com relação a emissões de gás de escape e de ruído e a busca de baixo consumo impõe sempre novas exigências aos sistemas de injeção de motores Diesel. os reguladores mecânicos vêm sendo progressivamente substituídos pelos sistemas de gerenciamento eletrônico. Em princípio. o sistema deve injetar o combustível no motor sob alta pressão entre 350 a 1700bar (futuramente também mais alta).VEÍCULOS PESADOS . pequeno volume para instalação em pouco espaço e máxima precisão. ... MV DI VE 12 4000 70 UPS (PF[R]) 3.. NO BICO bar DADOS DO MOTOR TIPO DE REGULAGEM (1) TIPO DE INJEÇÃO (2) PRÉ-INJEÇÃO/ PÓS-INJEÇÃO NÚMERO DE CILINDROS ROTAÇÃO MÁXIMA min-1 POTÊNCIA MÁX.25 950 m.7 1200/350 e.25 1350 e DI - 5..MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Propriedades e dados característicos de sistemas de injeção Diesel TIPO DE CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE INJEÇÃO INJEÇÃO INJEÇÃO POR CURSO cm3 PRESSÃO MÁX.12 2500 55 P8000 0. e DI - 4.8 2400 55 H 1000 0.12 2600 45 P7100 0...MV 0...25 1200 m..12 2500 55 H1 0. e DI - 6.15 1100 m DI - 4..1 1600 e.. em eletroeletrônica MV. ônibus e locomotivas a Diesel 5a) com duas unidades de comando também permite maior número de cilindros 8a) até 30ºEM antes do PMS ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” ...24 1300 e DI - 6.7 1400/350 e.MV 0..6 4500 25 4. MV DI - BOMBAS INJETORAS MONOCILÍNDRICAS PF (R).EDC 3) 0... MV DI VE 12 4000 45 UIS 31 4) 0. 0.8 2200 70 BOMBAS INJETORAS DISTRIBUIDORAS DE PISTÃO AXIAL VE 0.20 1500 500 5a) SISTEMA DE INJEÇÃO COMMON RAIL 12 CR 7) 0.1500 m.16 1600 e...6 4200 25 VE...2000 75....135 1700 e...00 1400 e...12 2800 27 MW 0.12 2500 55 P8500 0.12 1200/350 m DI / IDI - 4. MV DI VE 6 5000 25 UPS 12 6) 0....25 1300 m.18 800. em DI - qualquer 300. e eletrônica.. MV DI VE 12 4000 35 UPS 20 6) 0.8 /NE 6. MV DI VE 12 4000 80 UIS 97 5) 0. e DI - 4.4 1800 e. DI Direct Injection (injeção indireta) 7) CR para veículos de passeio e utilitários leves 3) EDC Electronic Diesel Control (regulagem eletrônica Diesel) 7a) livre escolha até 90ºEM antes do PMS 4) UIS Conjunto Bomba e Bico para utilitários 7b) até 5500 min-1 na operação com freio motor 5) UIS para veículos de passeio 8) CR para utilitários.. e DI - 4.8 2600 36 P3000 0.. com válvula magnética 6) UPS Bomba-Tubo-Bico. em DI / IDI - 3. e IDI - 4. MV DI - 6..1 1350 e.062 2000 e.. MV DI VE 8a) 8) /NE 3.1000 UIS 30 4) 0..15 1800 e.3 1600 e. MV DI / IDI - 3.4 1400 e.15...16 5000 30 7b) 2800 200 1) m mecânica.06 550 m. POR CILINDRO kW BOMBAS INJETORAS EM LINHA M 0..25 1300 m. para utilitários e ônibus 2) IDI Indirect Injection (injeção na antecâmara).6 4500 25 VE..0.. MV DI VE 7a) CR 0... MV DI VE 12 4000 75 UIS 32 4) 0...6 5000 20 A 0.12 750 m DI / IDI - 2.6 4500 37 BOMBAS INJETORAS DISTRIBUIDORAS DE PISTÃO RADIAL VR. bomba injetora. O combustível é debitado para o bico injetor através da tubulação de alta pressão e injetado na câmara de combustão. a quantidade de combustível alimentado por grau angular do eixo de manivelas e o volume total de combustível alimentado de acordo com a carga do motor. Os principais critérios são: o ponto e a duração da injeção. Para o perfeito funcionamento do motor Diesel é necessário otimizar a combinação dos fatores de influência. o ponto de início da combustão. Para tanto a bomba injetora produz a pressão necessária para a injeção.BOMBA INJETORA . a distribuição do combustível na câmara de combustão. tubulação de alta pressão e bico injetor. Do sistema de injeção fazem parte ainda: o tanque de combustível. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 13 .TIPO P SISTEMA DE INJEÇÃO FUNÇÕES O sistema de injeção supre o motor Diesel com combustível. Os processos de combustão no motor Diesel dependem principalmente da quantidade e da maneira como o combustível é levado para a câmara de combustão. filtro de combustível.VEÍCULOS PESADOS . bomba alimentadora. injete o combustível com uma pressão muito alta e dose com a maior precisão possível.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS TÉCNICA DE INJEÇÃO Dosagem do combustível Para uma boa preparação da mistura é necessário que a bomba injetora. No decorrer do movimento linear. emissão de poluentes e o ruído de funcionamento (dureza da marcha) do motor Diesel exige uma precisão do início da injeção de cerca de 1°EM (grau do eixo da manivela). a bomba injetora em linha padrão possui um avanço da injeção. Quando a hélice de comando do pistão da bomba libera novamente o orifício de comando ou orifício de admissão. Para casos especiais existe um controle dependente da carga. SEQÜÊNCIA DE FASES DE CURSO No “ponto morto inferior” (PMI) os orifícios de admissão no cilindro da bomba estão abertos. 14 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . Uma coordenação ideal entre o consumo de combustível. O combustível. Empregando-se uma válvula de volume constante (GRV descrição no item “válvulas de pressão”) o pistão ainda percorre o curso de alívio (de pressão). No movimento ascendente o pistão da bomba fecha os orifícios de admissão. sob pressão da bomba alimentadora. pode fluir através dele da câmara de aspiração para a câmara de alta pressão. Para o controle do início da injeção e para compensação da duração os pulsos de pressão na tubulação de injeção. que “adianta” o início do débito da bomba injetora com o aumento da rotação. o que provoca uma abertura da válvula de pressão. Durante o curso útil o combustível flui através do duto de pressão para o bico injetor. o curso útil está terminado. dependendo do processo de combustão do Diesel. a pressão do combustível aumenta. Esta fase é chamada de pré-curso do pistão. VEÍCULOS PESADOS . ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 15 . porque o combustível é pressionado de volta para a câmara de aspiração pela ranhura longitudinal durante o curso residual. o combustível flui novamente para a câmara de alta pressão. Após uma inversão de movimento no ponto morto superior (PMS) o combustível flui através da ranhura longitudinal de volta para o cilindro da bomba. Com o contínuo retrocesso do pistão formase vácuo no cilindro da bomba e.BOMBA INJETORA . até que a hélice de comando ou o orifício de admissão seja fechado novamente. com a liberação do orifício de admissão. E o ciclo recomeça.TIPO P A partir desse momento o combustível não é mais debitado para o bico injetor. A bomba injetora em linha precisa dosar sempre o volume correto de combustível para cada situação de carga do motor. de modo que com a hélice de comando do pistão da bomba em movimento diagonal o fim do débito e. portanto. 16 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . dependendo da posição do pistão da bomba. conseqüentemente. somente ao atingir o débito máximo. Para tanto a haste de regulagem gira o pistão da bomba. o volume de débito possa ser modificado. entre outros. do volume de combustível injetado. Para o débito parcial o corte ocorre antes. Esse volume de combustível pode ser controlado mediante modificação do curso útil. No limite para débito zero a ranhura longitudinal encontra-se diretamente diante do orifício de aspiração. No débito máximo o corte de combustível só é feito quando o curso útil máximo é atingido.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS A potência produzida pelo motor Diesel depende. como curva de injeção e pressão.. através de cálculos. Os pistões da bomba são levados a essa posição quando o motor deve ser desligado (figura 05). cada tipo de motor requer uma coordenação específica do processo de injeção. FORMATOS DE RESSALTOS Diferentes formas de construção e processos de combustão exigem condições individuais de injeção.BOMBA INJETORA . formas especiais de ressaltos. Por esta razão existem diversas formas de ressaltos em diversas execuções para o emprego prático.TIPO P Com isto a câmara de pressão está ligada à câmara de aspiração através do pistão da bomba durante todo o curso. isto é. A velocidade dos pistões e com isto também o tempo de injeção depende do curso do ressalto em relação ao ângulo do ressalto. Portanto não há débito de combustível. é possível determinar. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 17 . Na bomba injetora em linha tipo PE.VEÍCULOS PESADOS .A essa regulagem do volume de débito é realizada por uma haste de regulagem dentada.. Para melhorar as condições de injeção. Esta medida previne o desgaste dos elementos. Devido ao ajuste exato do pistão no cilindro da bomba. Para pressões de injeção até 600 bar basta uma hélice de comando. mesmo em pressões muito elevadas e rotações baixas. já que a pressão de injeção não pressiona mais o pistão lateralmente contra a parede do cilindro. O pistão da bomba é ajustado com tanta precisão em seu cilindro. além de uma ranhura longitudinal. um recorte fresado lateral. 18 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . que dificultam a partida do motor em sentido de rotação indesejado. para pressões maiores o pistão deverá ser equipado com duas bordas de comando opostas. ELEMENTOS DA BOMBA Versões básicas do elemento da bomba Os elementos da bomba injetora consistem do pistão e do cilindro. Eles trabalham pelo princípio do transbordamento com comando de borda oblíqua. O cilindro possui um ou dois orifícios para a alimentação e o corte de combustível. sem elementos adicionais de vedação. A borda oblíqua resultante na parede do pistão é denominada de hélice de comando. ressaltos com flanco descendente excêntrico e ressaltos inibidores de retorno. só se pode substituir os elementos completos.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS O flanco descendente do ressalto também pode variar: Existem ressaltos simétricos. que veda perfeitamente. O pistão da bomba possui. Variantes Exigências especiais como redução de ruído ou redução de poluentes no gás de escape tornam a modificação do início de débito em função da carga uma necessidade. Elementos com retorno de vazamento para a câmara de aspiração previnem amplamente essa ocorrência. Essa ranhura de partida. Para isto o cilindro da bomba possui uma ranhura anelar ligada à câmara de aspiração por um furo.VEÍCULOS PESADOS . Para melhorar o comportamento de partida de alguns tipos de motores são utilizados pistões de bomba especiais com uma ranhura de partida.10°. o combustível vazado pode circunstancialmente provocar uma diluição do óleo do motor. como recorte adicional na borda superior. um início de débito retardado em 5. ou o vazamento de combustível é coletado em um anel ranhurado no pistão e recirculado através de ranhuras dispostas no pistão.BOMBA INJETORA . possibilitam um controle do início do débito dependente da carga. atua somente na posição de partida do pistão da bomba. Ela proporciona.. Pistões de bombas que. em relação à posição do virabrequim. além da hélice de comando inferior também dispõe de uma hélice de comando superior.TIPO P Elementos da bomba com retorno de vazamento Quando a bomba injetora está ligada ao circuito de óleo lubrificante do motor.. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 19 . uma parte da haste da válvula se configura como pistão (pistão de alívio) e ajustado na guia com uma pequena folga. O combustível é debitado para o bico injetor através do porta-válvula e da tubulação de pressão. No processo de alimentação. a pressão na câmara de alta pressão cai. Na regulagem. a pressão produzida na câmara de alta pressão levanta o cone da válvula de pressão do assento da válvula. O volume disponível na tubulação de pressão para o combustível é aumentado pelo volume do curso do pistão de alívio.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Válvulas de pressão A válvula de pressão tem a função de separar o circuito de alta pressão entre a tubulação de pressão e o pistão da bomba e aliviar a tubulação de pressão e a câmara do bico para uma pressão estática após a injeção. Esse alívio provoca um rápido e preciso fechamento do bico e impede um indesejado gotejamento do combustível. O cone da válvula de pressão é então pressionado pela mola da válvula de volta para o seu assento. • Válvula de volume constante sem estrangulador de retorno Na válvula de volume constante (GRV). esse pistão de alívio imerge na guia da válvula e veda a tubulação de pressão contra a câmara de alta pressão. Esse volume de alívio é adequado ao comprimento da tubulação. Este processo separa a câmara acima do pistão da bomba e o circuito de alta pressão até o próximo curso de débito. Assim que a hélice de comando do pistão da bomba regula o processo de injeção. 20 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . conseqüentemente ele não ode ser alterado. BOMBA INJETORA . em casos especiais são empregadas válvulas de aproximação. O estrangulador de retorno encontra-se na parte superior do porta-válvula de pressão. portanto. entre válvula de volume constante e bico injetor.TIPO P Para permitir curvas de volume de débito específicas. adequado às condições de operação que. • Válvula de volume constante com estrangulador de retorno O estrangulador de retorno (RSD) pode ser usado em conjunto com a válvula de volume constante e tem a função de atenuar e neutralizar os pulsos de pressão que retornam com o fechamento do bico. Uma placa serve de corpo da válvula para pressões até cerca de 800 bar. por um lado propicia o estrangulamento desejado e por outro. um cone guiado. Isso reduz ou inibe totalmente as reações de fechamento e cavitação (formação de bolhas) na câmara de alta pressão.VEÍCULOS PESADOS . Não ocorre estrangulamento. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 21 . para pressões superiores. Elas possuem um chanfro adicional no pistão de alívio. O corpo da válvula possui um pequeno furo. No sentido do débito a válvula abre. impede amplamente a reflexão dos pulsos de pressão. Ela é empregada em bombas injetoras de alta pressão (a partir de cerca de 800 bar) e em pequenos motores de alta rotação de injeção direta. maior precisão de ajuste e modificações no regulador. A válvula de manutenção da pressão deve garantir. uma pressão estática possivelmente constante na tubulação entre as injeções. As vantagens da válvula de pressão constante estão na prevenção da cavitação e melhor estabilidade hidráulica. Ela consiste de uma válvula de avanço em sentido de débito e de uma válvula de manutenção de pressão em sentido de retorno. 22 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” .MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS • Válvula de pressão constante A válvula de pressão constante (GDV) é empregada em bombas injetoras com pressão de injeção elevada. Para uma perfeita aplicação da válvula de pressão constante são necessários. no entanto. em qualquer circunstância. VEÍCULOS PESADOS . para a bomba injetora. O sistema de injeção completo é formado pelos seguintes grupos: • bomba injetora. através do filtro e tubulação. • bicos injetores.TIPO P BOMBAS INJETORAS EM LINHA TIPO PE A bomba injetora em linha tipo PE possui um eixo de comando próprio. • bomba alimentadora para aspiração e débito do combustível do tanque.BOMBA INJETORA . • número de tubos de pressão da bomba injetora para o bico injetor correspondente ao número de cilindros. bem como um elemento de bomba para cada cilindro do motor. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 23 . • avanço de injeção (quando necessário) para regulagem do início de débito dependente da rotação. • regulagem mecânica ou eletrônica para a rotação do motor e o volume de combustível a ser injetado. MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS O motor Diesel aciona o eixo de comando da bomba injetora. Nos motores de dois tempos a rotação da bomba corresponde ao número de rotações do virabrequim. Nos motores de quatro tempos a rotação da bomba, assim como a rotação do eixo de comando do motor à combustão, é a metade do número de rotações do virabrequim. Para a produção das altas pressões de injeção, a ligação de acionamento entre a bomba injetora e o motor deve ser de rotação mais “rígida” possível. Existem bombas injetoras em linha em diversos tamanhos para as mais diversas potências de motor. Assim, o volume de injeção possível depende do volume do curso do cilindro da bomba e as pressões máximas de injeção podem estar entre 550 e 1300 bar no lado da bomba. Para a lubrificação das partes móveis da bomba (por exemplo: eixo de comando, tucho de roletes, etc.) existe um determinado volume de óleo na bomba injetora.Durante a operação, o óleo circula, porque a bomba injetora está ligada ao circuito de óleo lubrificante do motor. Em todos os tipos de bomba são formadas linhas de produto que, em parte, se entrecruzam em suas faixas de potência. Essas linhas serão descritas diferenciadamente nos próximos capítulos. Nas bombas injetoras em linha existem dois tipos de construção distintos: o tipo de construção das bombas M e A e o tipo de construção das bombas MW e P. A faixa de potência dos motores Diesel com bombas injetoras em linha estende-se de 10 até 70 kw/cilindro. Essa ampla faixa de potência se obtém graças aos diversos tipos de construção da bomba. Os diversos tamanhos A, M, MW e P da bomba são fabricados em grandes séries (figura 02). Para potências ainda maiores dos cilindros existem os tamanhos de construção ZW, P9 e P10. 24 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” BOMBA INJETORA - VEÍCULOS PESADOS - TIPO P MODO DE OPERAÇÃO Atuação conjunta dos componentes Na bomba injetora em linha tipo PE o eixo de comando está integrado à carcaça de alumínio. Ele é acoplado através de um módulo de acoplamento, um avanço de injeção ou diretamente ao motor. Acima de cada um dos ressaltos do eixo de comando encontra-se um tucho de roletes com um prato de mola. O prato da mola faz a ligação do pistão da bomba ao tucho de roletes. O cilindro da bomba conduz o pistão e os dois conjuntos formam o elemento da bomba. Resumo das bombas injetoras em linha PE CARACTERÍSTICAS BOMBAS INJETORAS TIPO PE M A MW P1...3000 P7100...8000 Pressão de injeção em bar (lado da bomba) 550 750 1100 950 1300 Aplicação carros de passeio e utilitários leves (vans) Potência do cilindro em kW/cilindro 20 caminhões leves até médio porte, tratores, motores industriais 27 36 60 caminhões pesados, motores industriais 160 O cilindro possui um ou dois orifícios de admissão, que conduzem da câmara de aspiração e o interior do cilindro da bomba. Acima do elemento da bomba encontra-se o porta-válvula com a válvula de pressão. A manga de regulagem constitui a ligação entre o pistão da bomba e a haste de regulagem. A haste de regulagem móvel na carcaça da bomba gira o conjunto “manga de regulagem-pistão da bomba”, por comando do regulador descrito no capítulo “regulagem”, através de uma coroa dentada e de uma alavanca de guia. Desta maneira se obtém uma regulagem exata do volume de débito. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 25 MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Acionamento da bomba injetora em linha Na bomba injetora em linha o movimento de rotação do eixo de comando é diretamente convertido em um movimento linear do tucho de roletes e, portanto, também em um movimento linear do pistão da bomba. O curso total do pistão da bomba é invariável, sendo que o curso útil, e conseqüentemente o volume de débito, pode ser modificado pelo giro do pistão da bomba. O curso de débito em sentido “ponto morto superior” (PMS) é realizado pelo ressalto. Uma mola providencia o retorno do pistão em sentido “ponto morto inferior” (PMI). Ela é dimensionada de modo que o rolete não escapa do ressalto mesmo em rotação máxima. O “escapar-e-bater” contínuo no rolete certamente provocaria danos a superfície do ressalto e ao rolete. O deslocamento angular de um ressalto para o próximo no eixo de comando propicia uma coordenação exata entre seqüência de injeção e seqüência de ignição e o intervalo de injeção do motor. 26 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” BOMBA INJETORA - VEÍCULOS PESADOS - TIPO P OUTROS COMPONENTES Regulagem A principal função do regulador é limitar a rotação máxima de um motor. Ele deve manter o limite de rotação especificado pelo fabricante, porque o motor Diesel, sem carga e volume suficiente de injeção, “dispararia”, até a autodestruição. Além disso, as rotações devem ser reguladas dentro de uma determinada ou toda a faixa de rotação. Dependendo do tipo de regulagem, isto envolve por exemplo marcha lenta e rotação máxima. O regulador tem ainda outras funções: modificação do volume de plena carga dependente da rotação (aproximação), da carga e da pressão atmosférica ou a dosagem do volume de combustível necessário para a partida. Para essas tarefas o regulador determina o volume de débito através da posição da haste de regulagem. Esta leva o pistão da bomba para a posição correta. Para bombas injetoras em linha são empregados reguladores mecânicos ou eletrônicos. Reguladores pneumáticos não são mais usados devido ao avanço das exigências de emissões. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 27 crescem as exigências feitas ao sistema de injeção.Regulador universal que. ao consumo de combustível.Regulador de marcha lenta e rotação máxima (emprego principalmente em veículos). . Ela possibilita a medição elétrica bem como o processamento eletrônico flexível de dados. mas não a faixa intermediária. . comparados com os reguladores mecânicos convencionais. além da marcha lenta e da rotação máxima também regula a faixa intermediária de rotação. ao conforto e a potência do motor imprimem a evolução da tecnologia Diesel. principalmente ao regulador. . regula a marcha lenta e a rotação máxima. • Regulagem eletrônica A regulagem eletrônica Diesel (EDC Eletronic Diesel Control) satisfaz as altas Exigências feitas ao sistema de regulagem. Circuitos de regulagem com atuadores elétricos. A influência sobre o volume de injeção se dá através do pedal do acelerador.Regulador de rotação máxima limita a rotação máxima.Da unidade de comando eletrônica. 28 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . Conseqüentemente.Diversos tipos de sensores. As constantes exigências à “qualidade” do gás de escape. oferecem tanto melhores como novas funções de regulagem. Os reguladores eletrônicos consistem em: . .MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS • Regulagem mecânica Para a regulagem mecânica existem diversos tipos de reguladores em uso: .Mecanismo atuador montado à bomba injetora. • pouco ruído de combustão.BOMBA INJETORA . • baixo consumo específico de combustível. A melhor maneira de realizar um ajuste do início de débito dependente da rotação em uma bomba injetora tipo PE é com um avanço de injeção. que pode ser influenciada através do início da injeção. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 29 . A escolha desse momento orienta-se pelos fatores variáveis dependentes do ponto de operação. O início da injeção define o ângulo da manivela na área do PMS (ponto morto superior) do pistão do motor. no qual a válvula se abre e injeta combustível na câmara de combustão. O atraso da injeção define o tempo entre início de débito e início da injeção. O atraso da ignição está entre o início da injeção e o início da combustão. atraso da injeção e atraso da ignição.VEÍCULOS PESADOS . O início de débito define o início da alimentação de combustível pela bomba injetora.TIPO P Avanço da injeção Os principais critérios de otimização do motor Diesel são: • baixa emissão de poluentes. O início da combustão define o momento de inflamação da mistura ar-combustível. O torque de acionamento retroage sobre a característica de regulagem. Um avanço de injeção “fechado” possui uma abertura própria fora da caixa de engrenagens. do volume injetado da pressão de injeção. do diâmetro do pistão e do formato dos ressaltos empregados. Distingüe-se fundamentalmente entre construção aberta e fechada. 30 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . A carcaça acomoda o excêntrico de compensação de modo giratório.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS • Funções De acordo com a sua função. melhor suprimento de óleo lubrificante e menores custos. O avanço da injeção (excêntrico de regulagem da injeção) transmite o momento de acionamento da bomba injetora e ao mesmo tempo exerce a sua função de ajuste. As vantagens da versão aberta estão na pouca demanda de espaço. Esses excêntricos são guiados por um pino. Sua carcaça está ligada uma roda dentada através de uma união roscada. Na construção “aberta” o avanço da injeção é conectado diretamente ao circuito do motor. que é firmemente unido à carcaça. O torque de acionamento da bomba depende do tamanho da bomba. observandose a capacidade de trabalho. do número de cilindros. que é diretamente modificado por ele. o que deve ser observado na concepção. que garante uma lubrificação independente do motor. • Concepção Nas bombas injetoras em linha o avanço da injeção é montado diretamente sobre o eixo de comando da bomba injetora. o avanço da injeção deveria ser chamado de avanço do início de débito. através do diâmetro externo e da largura. a massa de contrapesos instalável. Os excêntricos maiores. os excêntricos de regulagem (4) estão inseridos nos furos do disco de mancal (8). O pino do cubo está diretamente ligado ao conjunto de acionamento.BOMBA INJETORA .TIPO P • Modo de operação Em um avanço de injeção os pares de excêntricos insertados estabelecem a ligação entre acionamento e saída. que está rosqueado ao conjunto de acionamento (1). ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 31 .VEÍCULOS PESADOS . Nos excêntricos de regulagem estão encaixados os excêntricos de compensação (5). Estes são conduzidos pelo excêntrico de regulagem e pelo pino do cubo (6). à distância do ponto central e o possível curso dos contrapesos. • Tamanhos O tamanho do avanço de injeção determina.Esses três critérios definem ainda consideravelmente a capacidade de trabalho e a área de aplicação do avanço da injeção. Os contrapesos (7) engrenam nos excêntricos de regulagem (4) através de pinos de contrapesos e são mantidos em posição de repouso por molas de pressão progressivas. Nas bombas P do tipo P8000. Por isso. fixada ao motor por fixação inferior ou flange. esse processo de lavagem no âmbito da bomba levaria a uma intensa diferença de temperatura (até 40°C) no combustível entre o primeiro e o último cilindro. em condições de temperatura aproximadamente iguais (transversal ao eixo longitudinal da bomba). É uma bomba injetora de construção fechada. por onde o fluxo passa em paralelo. O ajuste do pré-curso da bomba P é feito como na bomba MW. na qual os coletores de admissão dos diversos cilindros são separados por anteparos de estrangulamento. em seqüência. 32 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . portanto. esta bomba dispõe de uma “lavagem transversal”. Em uma bomba P para uma pressão de injeção até 850 bar no lado da bomba. A bomba P é fabricada em versões de até doze cilindros. o cilindro se encontra em uma bucha flange. Neste tipo as forças de fixação não exercem carga sobre a carcaça.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Bomba injetora tamanho P A bomba injetora em linha do tamanho P foi igualmente desenvolvida para maiores potências da bomba. projetadas para pressões de injeção de até 1500 bar no lado da bomba. aumento de volume). sendo adequada tanto para motores Diesel quanto para múltiplos combustíveis. que contém a rosca para o porta-válvula de pressão. Bombas injetoras em linha com baixas pressões de injeção trabalham com a lavagem convencional da câmara de aspiração. em sentido eixo longitudinal da bomba. Isto provocaria a injeção de diferentes “volumes de energia” nas câmaras de combustão do motor (a densidade da energia do combustível diminui com o aumento da temperatura e. da admissão até o retorno do combustível. na qual o fluxo passa pelas câmaras de aspiração dos diversos cilindros. BOMBA INJETORA . Além dos filtros simples. mesmo em posição oblíqua. cavalos mecânicos e ônibus se aplicam. cujas dimensões estão na ordem de grandeza citada. além disso. Eventual sobrepressão deve ser eliminada automaticamente através de aberturas adequadas. Não pode haver vazamento de combustível pela tampa de alimentação do tanque ou dispositivos de compensação de pressão. • alto consumo de combustível. Impurezas no combustível. • partida ruim. o combustível for filtrado insuficientemente. no mínimo a 0. por estágios. percurso em curvas ou impactos. Outras conseqüências são: • combustão insuficiente. Para veículos de cabine aberta (por ex. FILTRO DE COMBUSTÍVEL A boa qualidade e a manutenção regular do filtro de combustível determinam amplamente a vida útil de um sistema de injeção Diesel. válvulas de segurança ou similares. pressupõe uma perfeita limpeza do combustível. mas. O elemento do filtro é enrolado e consiste em papel com poros de 8 mm. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 33 . Os elementos geradores de pressão da bomba injetora e os bicos injetores são confeccionados com uma precisão de poucos milésimos de milímetros e exatamente coordenados entre si. • baixo rendimento do motor. determinações especiais para altura de montagem e blindagem do tanque de combustível. mesmo em caso de acidentes não haja risco de inflamação. Para isso são necessários filtros especiais. comprometem o funcionamento dos bicos injetores.: tratores).VEÍCULOS PESADOS . existem os filtros especiais. Se. isto provoca danos e desgaste prematuro em todas as partes da bomba injetora. portanto. adequados à necessidade da bomba injetora. • marcha lenta irregular. O perfeito funcionamento do sistema de injeção e conseqüentemente do motor Diesel.TIPO P ALIMENTAÇÃO DE COMBUSTÍVEL TANQUE DE COMBUSTÍVEL Tanques de combustível devem ser resistentes à corrosão e estanques na sobrepressão de serviço.3 bar. Os tanques de combustível devem ser separados do motor de modo que. MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS para emprego em condições especiais (alto grau de purificação) e os filtros paralelos (maior área ativa de filtragem). os intervalos de troca devem ser observados rigorosamente. A fixação dos filtros é feita através de diversos tipos de tampas do filtro (flange plano ou angular) com várias possibilidades de conexão. Para assegurar a continuidade do funcionamento perfeito. pode ser instalada uma calefação elétrica. 34 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . Isto elimina os riscos de comprometimento do sistema de injeção por limpeza inadequada. O filtro descartável pode ser trocado de modo simples e seguro mesmo em condições críticas de emprego e manutenção. Como a sujeira separada fica retida no filtro. Normalmente ela é flangeada à bomba injetora.VEÍCULOS PESADOS . assim. Para prevenir esta ocorrência a câmara de aspiração da bomba é purgada e a bomba. Em caso de reparo ou trabalhos de manutenção. a alimentação do combustível pode ser interrompida.TIPO P OPERAÇÃO COM TANQUE POR GRAVIDADE O tanque por gravidade (funcionamento sem bomba de alimentação) geralmente é empregado em tratores e micromotores a Diesel. Neste caso é recomendada a instalação de um registro entre o tanque de combustível e o filtro. o calor irradiado pode provocar a formação de bolhas de gás dentro da galeria. Dependendo das condições de emprego do motor e das suas características específicas. Havendo pouca diferença de altura entre o tanque e o filtro de combustível e a bomba injetora. o combustível flui para o filtro e para a bomba injetora sob efeito da força da gravidade. Com esta disposição da tubulação. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 35 . refrigerada.BOMBA INJETORA . é necessário modificar a disposição da tubulação. Quando o filtro de combustível se encontra próximo ao motor. BOMBA ALIMENTADORA DE COMBUSTÍVEL Veículos sem queda suficiente ou com grande distância entre tanque de combustível e bomba injetora são equipados com uma bomba alimentadora. As figuras a seguir apresentam duas maneiras de disposição. Nesse tipo de disposição de galeria. o combustível excedente flui de volta para o tanque através da válvula de transbordamento e da tubulação de retorno. convém usar tubos de diâmetros maiores para assegurar alimentação de combustível suficiente. dispensando o esgotamento do tanque. através da tubulação de retorno. Além da bomba alimentadora descrita neste manual. geralmente montadas à bomba injetora. Bolhas de gás. • relação de espaço no compartilhamento do motor. em raros casos também ao motor. alta temperatura no compartimento do motor. 36 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . que se formam na câmara de aspiração da bomba injetora. Um ressalto ou excêntrico no eixo de comando da bomba injetora ou do motor aciona o pistão da bomba alimentadora através de um tucho. com o combustível excedente que escoa da válvula de retorno. além disso. a disposição da tubulação pode seguir o esquema da figura acima. Nessa disposição o filtro é equipado com um estrangulador de transbordamento. através do qual uma parte do combustível volta para o tanque. A escolha da bomba alimentadora é determinada pelos seguintes critérios: • tipo da bomba injetora. também são usadas bombas alimentadoras para múltiplos combustíveis e bombas de combustível elétricas. Uma bomba de alimentação aspira o combustível do tanque e o transporta sob pressão através do filtro e da câmara de aspiração da bomba injetora. Na maioria dos casos são empregadas bombas de êmbolo mecânicas. são escoadas para o tanque. carregando eventuais bolhas de gás ou vapor. Dependendo da demanda de combustível podem ser empregadas bombas alimentadoras de efeito simples ou duplo. Esse pistão também sofre pressão de uma mola. • capacidade de débito.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Havendo. • tipo de galeria. a válvula de aspiração se fecha e a válvula de pressão se abre. O combustível chega assim à câmara de pressão entre válvula de aspiração e válvula de pressão. No curso de retorno por ação da mola de pressão. A válvula de aspiração é aberta pela ação do vácuo produzido na câmara de pressão. No curso do eixo de comando. é movido pelo tucho deslizante contra a força da mola de pressão. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 37 .VEÍCULOS PESADOS . o pistão da bomba com a válvula de aspiração que se encontra nele. O combustível é transportado para a bomba injetora através da tubulação de pressão. A MW e P.BOMBA INJETORA .TIPO P Bombas alimentadoras de efeito simples A bomba alimentadora de efeito simples trabalha pelo princípio de purga e está disponível para bombas injetoras do tamanho M. grande volume de débito.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Bomba alimentadora de efeito duplo A bomba alimentadora de efeito duplo com alta capacidade de débito é usada para bombas injetoras com um grande número de cilindros e respectivamente. o combustível também é transportado para a bomba injetora no curso contra a força da mola do pistão. isto é. 38 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . ela debita duas vezes a cada rotação do eixo de comando. Este tipo de bomba alimentadora é adequado para bombas P e ZW. Na bomba de êmbolos de efeito duplo. ou só de modo insignificante.para preenchimento e sangria após esgotamento (consumo total) do tanque de combustível. ser montado na entrada da bomba ou conectado à tubulação de aspiração entre tanque de combustível e bomba alimentadora. . ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 39 . O pré-filtro pode ser integrado à bomba alimentadora.VEÍCULOS PESADOS .TIPO P • Bombas manuais A bomba manual está prevista para as seguintes tarefas: . . Para segmento de depressão (vácuo) também podem ser empregadas mangueiras flexíveis com armação em malha de aço. Na parte da alta pressão. Entretanto. dependendo do tamanho da bomba.BOMBA INJETORA .para preenchimento e sangria após trabalhos de reparo ou manutenção. Eles devem estar em conformidade com o processo de injeção. diâmetro interno e espessura da parede. tanto em seu comprimento. Em condições precárias. a tubulação de pressão normalmente é fixada por peças de aperto. A bomba manual normalmente é parte integrante da bomba alimentadora. por exemplo: abastecimento a partir de tonéis. Oscilações externas sequer são transmitidas. menos inflamáveis. Em motores de veículos. podem ter diferentes dimensões. • Pré-filtro O pré-filtro protege a bomba alimentadora de impurezas maiores. Esses tubos de pressão são fabricados em aço sem costura que. e que devem ser dispostas de modo a evitar danos mecânicos e inflamação de pingo ou vapores de combustível. entre o tanque e a bomba alimentadora. dispostas em distâncias definidas. TUBULAÇÃO DE COMBUSTÍVEL/ PRESSÃO Para o segmento de alta pressão de uma bomba injetora é necessário empregar tubos de aço como condutores de pressão.para preenchimento do lado da aspiração do sistema de injeção. devem ser tão curtos quanto possível e o raio de flexão não pode ser inferior a 50mm. ela também pode ser instalada na tubulação de combustível. antes da primeira colocação em funcionamento (start up). a tubulação estabelece a ligação entre a bomba injetora e os porta-injetores. Eles são assentados sem ângulos agudos. para a tubulação de pressão. Se o pré-filtro estiver em condições precárias analise o tanque de combustível. recomenda-se a instalação de filtros de peneira adicionais no tanque de combustível ou na tubulação para a bomba alimentadora. Na extremidade da tubulação de pressão encontra-se o cone de vedação do tubo. Para a injeção de alta pressão (no lado do bico até 1400 bar) são necessárias tubulações de pressão especiais. 40 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . que devem ser cumpridas rigorosamente.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Disto resultam as medições de capacidade prescritas. A margem de resistência à pressão da tubulação depende sobre tudo do material e da máxima rugosidade interna. REGULAGEM Na bancada A regulagem dos elementos da bomba para igual curso preliminar e volume de débito. Os valores de ajuste necessários são definidos no teste do motor. Essas bancadas dispõem de todos os dispositivos de medição necessários e podem ser ajustados progressivamente à rotação. é necessário que ela seja regulada corretamente. No motor A regulagem da bomba injetora ao motor é feita com ajuda da marcação do início de débito. ligada ao circuito de lubrificação do motor e o início do débito seja adequado ao motor. quanto na bomba injetora por outro. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 41 . Essa marcação encontra-se tanto no motor por um lado.VEÍCULOS PESADOS . o que faz da bancada de testes de bombas injetoras um equipamento imprescindível. totalmente sangrada. As instruções de reparo e teste referentes às bancadas contêm todos os valores de teste e dados necessários a cada caso de manutenção e reparo. Somente desta forma é possível obter uma relação ideal entre consumo e potência do motor Diesel e satisfazer as exigências cada vez mais rigorosas relativas ao gás de escape.BOMBA INJETORA .TIPO P MODO DE OPERAÇÃO DA BOMBA INJETORA EM LINHA Para que a bomba injetora funcione sem interferências. bem como o controle e ajuste do regulador de rotação e do avanço da injeção é feita em uma bancada de testes de bombas injetoras Bosch. portanto. Os dados do fabricante do motor devem. ser observados. até que o combustível escoe completamente livre de bolhas. tubulação de alimentação. por motivos específicos do motor. também podem ser consideradas outras possibilidades. Quando a bomba alimentadora dispõe de uma bomba manual. Esse método consagrado é econômico. o sistema deve ser sangrado. tubulação de aspiração. a marcação do início de débito encontra-se na massa centrífuga. na polia ou no amortecedor de vibrações. Em seguida é feito o desbloqueio. Os parafusos de sangria na tampa do filtro e depois na bomba injetora devem ser mantidos abertos. sendo cada vez mais utilizado. na montagem da bomba. Na maioria dos casos. filtro de combustível e bomba injetora são preenchidos com sua ajuda. Este método é menos preciso que os dois procedimentos descritos anteriormente. que deverá coincidir com o traço de marcação na carcaça da bomba. portanto. SANGRIA Bolhas de ar no combustível comprometem ou impedem totalmente a operação da bomba injetora. Mas este método “úmido” também é cada vez mais substituído pelos dois primeiros métodos citados. deve coincidir com o traço de marcação. Após cada troca do filtro. ser sangrados cuidadosamente. • Após a montagem da bomba injetora pelo método de circulação de alta pressão. no motor Diesel. • A bomba injetora é equipada com um ponteiro de início de débito no lado do regulador que. 42 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” .MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Normalmente toma-se por base o curso de compressão do primeiro cilindro do motor mas. Para a montagem da bomba injetora na posição correta do início de débito existem diversas possibilidades: • A bomba injetora e fornecida com o eixo de comando bloqueado (mantida em posição definida) e fixada na posição correspondente à posição do virabrequim do motor. ou outros serviços na bomba injetora. é feita a busca do início do débito (momento em que o pistão fecha o orifício de aspiração) em uma das suas saídas. • No acoplamento ou no avanço da injeção encontra-se uma marcação de início de débito. Uma bomba temporariamente desativada ou um sistema novo a ser colocado em funcionamento devem. VEÍCULOS PESADOS .TIPO P Em funcionamento constante o sistema é sangrado de modo confiável através da válvula de retorno no filtro de combustível Bosch (sangria permanente). porque com este tipo de lubrificação a bomba injetora dispensa manutenção. LUBRIFICAÇÃO Bombas injetoras e reguladores de rotação são ligados preferencialmente ao circuito do óleo lubrificante do motor. O óleo de motor filtrado é conduzido à bomba injetora e ao regulador através de uma tubulação de pressão com um orifício de admissão. usar um parafuso estrangulador. através da fenda do tucho de roletes ou de uma válvula especial de admissão de óleo. Nas bombas injetoras sem válvula de retorno. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 43 .BOMBA INJETORA . Antes da primeira partida é necessário preencher a bomba injetora e o regulador com o mesmo tipo de óleo lubrificante do motor. DESATIVAÇÃO Quando um motor e.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS O retorno do óleo para o motor é realizado por uma tubulação de retorno em bombas injetoras de fixação de base plana ou de cuba. O nível de óleo é controlado junto com a troca de óleo recomendada pelo fabricante do motor. oferecendo uma boa proteção contra a resinificação e corrosão. 44 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . o pistão da bomba e as válvulas de pressão colariam e possivelmente sofreriam o efeito da corrosão. não pode permanecer Diesel na bomba injetora. Atualmente as bombas injetoras novas. mediante remoção do parafuso de controle de óleo no regulador. Quando a bomba injetora e fixada por flange frontal. A mesma adição de óleo anticorrosivo é feita ao óleo lubrificante do carter do eixo de comando da bomba injetora. identificadas por um “p”. conseqüentemente. Bombas injetoras e reguladores com sistema independente de lubrificação possuem uma vareta própria para controle do nível de óleo. Em seguida é feita uma operação de limpeza por um período de 15 minutos. Na desmontagem da bomba injetora ou na retífica completa do motor é necessário efetuar a troca do óleo lubrificante. O óleo excedente (aumentado por vazamento de combustível) é eliminado e o óleo faltante é completado. Nas bombas injetoras sem ligação direta ao circuito de lubrificação do motor. o óleo é completado mediante retirada da capa ou do filtro de sangria na tampa de fechamento. Por este motivo o tanque de Diesel é completado com uma parte de até 10% de um óleo anticorrosivo confiável. Devido a resinificação do Diesel. o retorno pode ser feito diretamente pelo mancal do eixo de comando ou através de furos especiais. Isto elimina os últimos resíduos do combustível normal da bomba injetora. também a bomba injetora forem desativados por um período mais longo. já são fornecidas de fábrica com uma proteção anticorrosiva eficaz. a técnica de fabricação estava altamente evoluída. que não permitia a redução considerável do tamanho e do peso. O processo de insuflação usado até então. pois não se conseguia obter rotações mais elevadas. onde o combustível era soprado sob pressão para dentro da câmara de combustão.TIPO P HISTÓRIA(S) DO DIESEL Todo mundo sabe que o “Diesel” é econômico e durável.VEÍCULOS PESADOS . Robert Bosch decidiu dedicar-se ao desenvolvimento de um sistema de injeção para motores Diesel. então já consagrado este motor apresentava certas vantagens. era possível empregar os conhecimentos adquiridos na fabricação de bombas de lubrificação. em pouco tempo. além disso. Os pré-requisitos técnicos eram favoráveis: já se dispunha de experiências com motores a combustão.BOMBA INJETORA . e podia ser concebido para potências muito maiores. de ignição espontânea e alta velocidade. não permitia o respectivo aumento da rotação. A invenção de Diesel se impôs rapidamente e. a “bomba de ar” era um aparato oneroso. Em fins de 1922. é do conhecimento de poucos. Alem disso. Em relação ao motor de ciclo Otto. A alimentação do combustível era maior obstáculo do motor Diesel de alta rotação. Rudolf Diesel apresentou pela primeira vez o seu invento ao público: um motor de ignição por compressão. não havia alternativa para motores navais e estacionários. que Robert Bosch possibilitou o uso do “Diesel” no automóvel. que era relativamente mais barato. Ele consumia bem menos combustível. Mas. O motor Diesel entretanto apresentava uma grande desvantagem. Mas quanto mais o motor Diesel se difundia e divulgava as vantagens do sistema Diesel. mais intensas ficavam as exigências por um motor pequeno. No ano de 1895. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 45 . em 1927 saíam as primeiras bombas injetoras da linha e produção em série. dosadas com exatidão. a bomba injetora rotativa com avanço automático da injeção.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Já no início do ano de 1923. solucionava o principal dos problemas do motor Diesel de outrora. Em consumo e aproveitamento do combustível. Uma década depois. obtida através de inovações elaboradas na Bosch durante décadas. deu novo impulso ao motor. a regulagem eletrônica da injeção Diesel estava pronta para entrar em série. o motor de ignição espontânea continua sendo o máximo. havia bem uma dúzia de anteprojetos de bombas injetoras diferentes. Em meados de 1923 aconteciam os primeiros testes no motor. Essa bomba injetora desenvolvida por Bosch finalmente revolucionava o motor de Rudolf Diesel e providenciava uma abertura de dimensão imprevista. após longos trabalhos de pesquisa. A visão de Rudolf Diesel possibilitou o salto para a realidade. 46 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . No verão de 1925 estava definido o primeiro projeto sobre o tipo de construção da bomba injetora e. A distribuição de mínimas quantidades de combustível. O aperfeiçoamento do motor Diesel e do sistema de injeção desde então vem ocorrendo incessantemente: no início dos anos sessenta. desenvolvida pela Bosch. VEÍCULOS PESADOS .direita L .fixação mediante flange lateral LADO DE MONTAGEM DA RANHURA DO EIXO (OLHANDO-SE A BOMBA DE FRENTE) ESQUERDO DIREITO ESQUERDO DIREITO ESQUERDO DIREITO ESQUERDO DIREITO ESQUERDO DIREITO LADO DE MONTAGEM DO: REGULADOR 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 sem sem 101 201 301 401 501 601 701 801 901 1001 sem esquerdo 102 202 302 402 502 602 sem direito 110 210 310 410 510 610 esquerdo sem 120 220 320 420 520 620 720 820 920 1020 direito sem 121 221 321 421 521 621 721 821 921 1021 direito esquerdo 112 212 312 412 512 612 esquerdo direito sem bomba alimentadora sem uma bomba alimentadora na frente sem duas bombas alimentadora na frente ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” sem uma bomba alimentadora atrás AVANÇO com duas bombas alimentadora atrás 47 .BOMBA INJETORA .esquerda número de montagem letra de modificação diâmetro dos elementos em tamanho dos elementos número dos elementos bomba injetora com eixo de comando próprio S .TIPO P DESIGNAÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO BOMBA ALIMENTADORA K FP/ E 22 A D 223 / 4 índices de peças faltantes número de reconhecimento letra de modificação bomba injetora onde é usada diâmetro do pistão em mm para excêntrico ou ressalto de acionamento mecânico do pistão bomba alimentadora BOMBA INJETORA PES 6 A 90 D 410 R S 2596 X alteração do débito máximo número de reconhecimento sentido de rotação: R . 2º turno. 48 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . Exemplo: 5 = 1995 . Exemplo: 1 = janeiro . 6 = 1996 Nota: O produto acima foi produzido em 22 de março de 1996. recebem a gravação de sua data de produção. 2 = fevereiro indica a década alternada a cada 10 anos. Exemplo: 6 = de 1990 a 1999 indica o ano de fabricação. a qual compreende.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS LISTA DE DATAS DE PRODUÇÃO E RESPECTICAS SIGLAS MÊS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 1980 041 042 043 044 045 046 047 048 049 050 051 052 1981 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 1982 241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 1983 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 351 352 1984 441 442 443 444 445 446 447 448 449 450 451 452 1985 541 542 543 544 545 546 547 548 549 550 551 552 1986 641 642 643 644 645 646 647 648 649 650 651 652 1987 741 742 743 744 745 746 747 748 749 750 751 752 1988 841 842 843 844 845 846 847 848 849 850 851 852 1989 941 942 943 944 945 946 947 948 949 950 951 952 1990 061 062 063 064 065 066 067 068 069 070 071 072 1991 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 1992 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 1993 361 362 363 364 365 366 367 368 369 370 371 372 1994 461 462 463 464 465 466 467 468 469 470 471 472 1995 561 562 563 564 565 566 567 568 569 570 571 572 1996 661 662 663 664 665 666 667 668 669 670 671 672 1997 761 762 763 764 765 766 767 768 769 770 771 772 1998 861 862 863 864 865 866 867 868 869 870 871 872 1999 961 962 963 964 965 966 967 968 969 970 971 972 2000 081 082 083 084 085 086 087 088 089 090 091 092 2001 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 2002 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 2003 381 382 383 384 385 386 387 388 389 390 391 392 2004 481 482 483 484 485 486 487 488 489 490 491 492 2005 581 582 583 584 585 586 587 588 589 590 591 592 ANO Interpretação das siglas dos bicos injetores Os produtos e peças Bosch. Estes devem ser interpretados da seguinte forma: 3 5 0 2 2 2 1 1 1 identificação interna turno de trabalho data do calendário do dia indica o mês de produção. em sua maioria. no mínimo 3 dígitos. 1 R lado de montagem na bomba diferença de componentes número de reconhecimento letra de modificação índice de rotações bomba na qual é usado o regulador rotação nominal superior rotação nominal inferior com mola basculante regulador centrífugo ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 49 .TIPO P REGULADOR RQ Q R 250 / 1100 P A 450 .BOMBA INJETORA .1 R lado de montagem na bomba diferença de componente número de reconhecimento letra de modificação bomba na qual é usado o regulador rotação nominal superior rotação nominal inferior com cilindro de comando regulador centrífugo REGULADOR RQV R Q V 350 - 1400 A B 1202 1 L lado de montagem na bomba diferença de componentes número de reconhecimento letra de modificação bomba na qual é usado o regulador rotação nominal superior de.VEÍCULOS PESADOS ...até rotação nominal inferior de rotação variável com cilindro de comando regulador centrífugo REGULADOR RS R S 350 / 1500 A 2 B 2073 . de comprimento maior B ..17mm T .22mm U .montagem da mola por baixo L ..30mm 50 Índice de peças faltantes Número de reconhecimentos Letra de modificação Para bicos com efeito de estrangulamento ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” .com rosca na porca de fixação do bico KD .fixação por bucha roscada A . 1150 A 2 B 2129 7 R lado de montagem na bomba diferença de componentes número de reconhecimento letra de modificação índice de rotação bomba na qual é usado o regulador rotação nominal superior de.até rotação nominal inferior de rotação variável com mola basculante regulador centrífugo PORTA INJETOR KB ALB 112 S (D) A 45 / 7 KB .fixação por flange KC .MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS REGULADOR RSV R S V 350 .para bico do tipo B Comprimento em mm Tamanho do bico P .14mm S ... S 3000.30mm V ... LDA e avanço automático. .16mm S .sem ranhura circular na face B ..TIPO P BICO INJETOR D L L A 150 Bico injetor L .bico de pino L .P.bicos de furos N .S 6000.42mm W .BOMBA INJETORA .P.P.VEÍCULOS PESADOS .furo de alimentação alterado S (D) 428 Número de reconhecimento Com efeito de estrangulamento Tamanho do bico P . .. A desmontagem dos diferentes tipos de regulador é feita de acordo com as correspondentes instruções de conserto.S 7000 assim como PESV .50mm Ângulo de injeção em graus OBSERVAÇÃO Instruções de conserto para bombas injetoras e linha tipo PE (S) . ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 51 .P 6 e 8 cilindros sem regulador..comprimento em mm A .P...17mm T .22mm U ...14mm R . .S 1000. 5.8 ± 0.S 7000) Medida de montagem: 65. (Bomba .... Tempo total de teste 09 minutos. pulsatoriamente 0 até 5 bar. ...01.S 1.06mm.0mm.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS VALORES DE TESTE • Saliência da capa do rolamento do eixo de comando aproximadamente 3mm. • Montar o dispositivo de levantar tucho 9 681 084 563 (Bomba .. 52 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . • Teste de estanqueidade (câmara de aspiração) Tempo e pressão de teste: 08 minutos..Rolamento de roletes cônicos: 0.S 4000) Medida de montagem: 74.Rolamento de roletes cônicos: 0. a 5 bar..0.S 3000. S 6000) Medida de montagem: 64. entre o gabarito de medição e a face da carcaça da bomba 13.2mm. após 01 minuto. • Folga axial do eixo de comando Valor do ajuste: . .2mm. .S 1000) Medida de montagem: 63..0.02. (Bomba .07mm. • Medida da saliência do cone do eixo de comando..S 800. (Bomba . Valor de verificação: .0mm.. em seguida.TIPO P TESTE DE ESTANQUEIDADE (Carter da bomba) Tempo e pressão de teste: 07 minutos a 1.BOMBA INJETORA .5 bar e. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 53 . 01 minuto a 0.5 bar.VEÍCULOS PESADOS . 5 25mm M18 x 1..9 9 Parafuso de fixação da tampa do regulador 5.5 25mm M18 x 1.40 5 Bujão roscado 40.110 Acoplamento φ do cone 20mm M14 x 1.. 25 2.9 M16 x 1.50 6 Conexão 20.90 110.75 100.S 6000 2 Porca-de-capa para porta-válvula 3 Parafuso 4 Bucha-guia 30..30 23 Porca sextavada 40..5 M26 x 1.80 80.....5 65.Parafusos de cabeça redonda 12 Bujão roscado 13 Parafuso de fixação da tampa de fechamento 6..P .5 8 Parafuso de fixação da alavanca de comando 8...120 máx.4..MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS TORQUES DE APERTO POSIÇÃO Nm 1 Porta-válvula PE(S) .9 17 Parafusos de fixação da tampa-mancal 7.70 85.60 21 Capa de fechamento 40...5 65.......45 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” .9 15 Prisioneiro 16 Porca sextavada 7...................75 6.....5 Avanço automático φ do cone 17mm M12 20mm M14 x 1.170 19 Bujão roscado 8.......5 30mm M20 x 1..10 20 Bujão roscado 40...7 10 Porca redonda de fixação do regulador M12* ** 11 Parafuso de fixação do regulador .....3 50.8 7...7 14 Parafuso Allen / Parafuso de cabeça redonda para mancal intermediário 7..... PE(S) ../.110 150.A.35 3.60 65.5.5 60.5 M22 x 1..30 7 Parafuso de sangria 4...P ..5 30.100 100.Parafusos de cabeça sextavada ..P. PE(S) ..9 18 54 DENOMINAÇÃO M26 x 1....60 22 Prisioneiro 25. VEÍCULOS PESADOS .BOMBA INJETORA .TIPO P ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 55 . Durante o conserto dos reguladores deve-se observar máxima limpeza. Para isso é necessário testar a bomba injetora com o regulador na bancada de teste.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS INSTRUÇÕES PARA CONSERTO DE REGULADORES RQV PARA BOMBAS INJETORAS O funcionamento dos reguladores RQV é similar ao dos reguladores RQ. visto que. no regulador RQV. Peças com folga inadmissível devem ser substituídas. Já durante a desmontagem. verificar se não há folga nas peças entre si. essa folga influenciaria sensivelmente o deslocamento da cremalheira. Recomenda-se verificar as indicações do freguês. pela grande relação de transmissão do movimento das alavancas. referentes à reclamação. DESMONTAGEM Verificação inicial Muitas vezes é necessário um exame completo do regulador com a bomba injetora conjugada antes de desmontá-lo. 56 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . VEÍCULOS PESADOS . removendo-lhe antes a tampa protetora (51) e os parafusos de fixação e. Desparafusar o pino de guia (6) e os parafusos de fixação da tampa (17) do regulador. Se o batente da cremalheira vier montado na tampa do regulador.BOMBA INJETORA .TIPO P Seqüência das operações (ver figuras a seguir) 1. no suporte 0 681 240 048 (EFEP 8498) juntamente com o esquadro de fixação 1 688 040 099 (EFEP 157/20) e flange 1 685 700 017 (EFEP 157/4). ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 57 . torcendo-o e inclinando-o. 2. a seguir. é preciso retirá-lo. Levar a cremalheira à posição de “parada” (stop). Recolher o óleo lubrificante. Soltar a tampa do regulador mediante martelo de borracha. com o regulador RQV conjugado. Fixar a bomba injetora. Manter a alavanca de comando em posição vertical e retirar a tampa do regulador para cima. Inclinar a alavanca reguladora 90° e removê-la juntamente com a peça corrediça. Desparafusar ambas as porcas sextavadas e retirar o pino transversal. 4. Destravar a arruela de segurança (23) no pino transversal (24). Atualmente utilizam-se também chapas de segurança. 6.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS 3. 5. 58 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . desparafusar os parafusos de fixação e remover a bucha de guia (3). Puxar a peça corrediça (4) junto com a alavanca reguladora. desparafusar a porca redonda (porca de fixação) (28) por meio da chave tubular 1 687 950 064 (EFEP 123) em reguladores do tamanho A ou 1 687 950 060 (EFEP 124) em reguladores do tamanho B. Retirar o pino de articulação (18) da forquilha e fixá-lo provisoriamente para cima (19) para cima. remover o pino de regulagem (7). Remove o arame de segurança (2). 7. Com isso a mola de tração no pino de regulagem cede. Segurar o eixo de comando no acoplamento ou no avanço automático. Desparafusar a porca redonda (32) com a chave tubular 1 687 950 000 (EF 8115 A) e o dispositivo de montagem 1 683 455 000 (EF 8138 A). os pinos cônicos com entalhes (68) e retirar o pino articulado (1). 9. 11. etc). Só se for preciso (folga muito grande. Desparafusar placa de guia (8) na tampa do regulador. Girar o eixo da alavanca (9) em direção à posição “máxima” e retirar a placa de guia e as arruelas de compensação. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 59 . Retirar o prato da mola (33) e as molas do regulador. levantando-a com duas chaves de fenda (ver figura do regulador RQV em corte). 10. Desmontar o sistema das alavancas na tampa do regulador (17). Remover os pinos cônicos (10) da alavanca de direção e retirar o eixo da alavanca dos mancais. Retirar a luva intermediária (25) da peça articulada (38).TIPO P 8.BOMBA INJETORA . emperramento. 12. Remover dos contrapesos centrífugos (37). retirar os amortecedores de borracha (29). desmontar a parte restante do regulador (PRG.VEÍCULOS PESADOS . Extrair do eixo comando a luva intermediária (25) por meio do dispositivo extrator 1 680 363 001(EF 8448) em regulador do tamanho A ou 0 681 342 004 (EF 8207) em regulador do tamanho B. Retirar os contrapesos centrífugos e suas alavancas (39).. Desmontar as molas do regulador.) e o sistema das alavancas na tampa da carcaça.. danificações. b) Retirar o anel de trava (63). as instruções abaixo valem para tipos de reguladores mais antigos. a mola de tração (65) e o calço de ajuste (60). c) Retirar o disco (62). O mais indicado é usar para isso.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS 13. 60 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . Introduzir o parafuso auxiliar em lugar da porca de entalhes (61) e retesar a mola de tração (65). o parafuso auxiliar (confeccionar de acordo com a figura a seguir). Desmontagem do pino de regulagem (veja figura a seguir). a) Desparafusar da porca de entalhes (61) o parafuso de ajuste (59) com a porca de guia (67). colocando a arruela e a porca. Presentemente o pino de regulagem é fornecido completo. a) Desparafusar as porcas sextavadas (porcas de encosto) (50) do parafuso do débito máximo (49). montado na tampa do regulador. g) Remover o pino-batente (56) e retirar o pino de trava (55).TIPO P 14.VEÍCULOS PESADOS . Nos reguladores RQV atuais. a alavanca do débito de partida está montada internamente. Desmontagem do batente da cremalheira com aproximação. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 61 . f) Desparafusar o parafuso de fixação da alavanca de débito de partida (54) e levantar a alavanca e a cápsula da mola (58). b) Remover o anel de segurança (53) da bucha de rosca e retirar o parafuso do débito máximo. c) Fazer pressão sobre a bucha de guia (52) e remover o anel de trava (47). após ter empurrado para trás o pino de guia (41). retirar o disco de guia (43) e desparafusar a porca de ajuste (42). h) Retirar a bucha de guia (44) do pino-batente. e) Tirar o anel de encosto (46). d) Remover a bucha de guia (52) e a bucha roscada (48) com a mola de aproximação (45).BOMBA INJETORA . Contrapesos centrífugos Nos contrapesos centrífugos (37) devem ser examinadas principalmente as superfícies de apoio gastas do disco interno das molas (veja figura a seguir). As peças devem estar em condições tais que. para que os valores de teste do regulador se mantenham dentro das tolerâncias admissíveis. Alavanca do contrapeso As alavancas dos contrapesos estão sujeitas a carga pesada e permanente. é preciso substituir as alavancas. Se apresentarem desgaste irregular.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS VERIFICAÇÃO E CONSERTO Todas as peças desmontadas devem ser lavadas minuciosamente. 62 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . Encontrando-se montadas as alavancas. de maneira que sofrem certo desgaste. particularmente no caso de desgaste nas fendas de guia. Peças danificadas e gastas devem ser substituídas. na montagem. não se devem alargar com escariador os furos para o pino transversal. possam ser absolutamente observadas as medidas e folgas indicadas. O funcionamento impecável das peças de transmissão é decisivo. As indicações no item “Montagem” devem ser seguidas à risca. a cremalheira não obedece suavemente os movimentos do regulador e a marcha do motor é irregular. Se a peça corrediça apresentar estrias laterais ou se o pino de regulagem e a peça corrediça estiverem azulados. é preciso substituir ambas as peças. Alisar com lixa fina as estrias e as marcas de pressão sobre a placa e.1mm. podem partir-se) podem ser faceadas no torno com o dispositivo EF 8526 (observar a medida mínima). substituí-la. particularmente a placa de guia. Amortecedores de borracha (29) Os amortecedores entre a luva intermediaria e a peça articulada devem ser perfeitos. pino de regulagem (7). cuidado.TIPO P Se as superfícies estiverem só ligeiramente gastas (aproximadamente 0. alavanca reguladora (15) com pistão de comando do acelerador (14). Eça corrediça (4). Muitas vezes é durante a instalação que ocorrem as danificações. alavanca de comando (16) e as peças temperadas do sistema de alavancas. no caso de desgaste ou danificação. O pistão de comando do acelerador deve deslizar facilmente e sem jogo na guia da alavanca reguladora. Placa de guia (8) A peça deslizante deve assentar bem. Caso o mancal do eixo da alavanca na tampa da carcaça estiver gasto. montadas na tampa do regulador. pino de guia (6). trabalham-se travadas ou com folga muito grande.VEÍCULOS PESADOS . será preciso substituí-los. substituir peças de maior desgaste. Peça articulada Peças articuladas devem ser substituídas. Sistema de alavancas e peças de transmissão As peças de transmissão devem ser verificadas cm cuidado especial. devido à lubrificação insuficiente. tais como. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 63 .BOMBA INJETORA . 64 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . a bucha de ajuste (64) ou a porca de guia (67) estiverem gastas. Caso o disco de guia (43) engripe na porca de ajuste. substituir ambas as peças. é preciso substituir o pino de regulagem completo. substituí-la. se alguma estiver danificada. Batente da cremalheira Verificar se está perfeita a rosca da porca de ajuste e da bucha roscada (48).MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Pino de regulagem Se o parafuso de ajuste (59). Fixar provisoriamente o regulador na bomba injetora. até que o prisioneiro sobressaia em ambos os lados. Todas as peças devem ser lubrificadas com óleo SAE 30. comprimindo as molas. 2. instalar os contrapesos centrífugos.VEÍCULOS PESADOS . Aparafusar a porca redonda (32) mediante a chave tubular EF 8115 A. Colocar o prato inferior das molas (36). que é feita na ordem inversa da desmontagem. colocar a alavanca do contrapeso (39). (31) e (34) e o prato superior das molas (33). juntamente com o pino transversal (24) inserido. Instalação das molas.TIPO P MONTAGEM As peças consertadas e novas devem ser lavadas meticulosamente. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 65 . Os contrapesos centrífugos devem mover-se facilmente para frente e para trás. Instalar a chave de pressão EF 8138 A. Soltar com a chave EF 8506 os bujões na carcaça do regulador. encravar o pino articulado (1) e travar mediante pinos com entalhes. Encaixar com pressão o pino articulado (40) na peça articulada e travar mediante pinos cônicos com entalhes. Instalar as molas (30). Parte do regulador (PRG. aproximadamente 1mm. observando que o prato superior das molas (33) penetre corretamente no parafuso prisioneiro (35).BOMBA INJETORA . antes da montagem. sem que engripem.) 1... Em ambos os contrapesos centrífugos os parafusos prisioneiros devem sobressair por igual. somente assim as porcas redondas estarão bem fixas. para que encaixem nos entalhes.5mm no regulador RQV.. 3.B. Retirar a chave de pressão EF 8138 A. até encostar nos pratos internos das molas de rotação máxima. Colocar o lado de acionamento da parte do regulador em posição horizontal. As molas devem ter uma tensão prévia tal. isto é. que os contrapesos centrífugos não apresentem nenhuma folga na posição de repouso. 4. Se um contrapeso apresentar folga.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS ATENÇÃO! O parafuso prisioneiro pode sobressair. o prisioneiro não deve ficar abaixo do nível da porca redonda (veja a figura a seguir) porém. Se for o caso de reduzir a tensão da mola.. devese substituir num lado. As porcas redondas só devem ser giradas por meias voltas ou voltas inteiras. 66 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . Ambos os contrapesos devem encostar por igual e sem folga.. Comprimir as molas de marcha lenta. fazendo pressão sobre o pino transversal. para fins de verificação e montagem ulterior. até encontrar uma resistência.5mm no regulador RQV. Extrair novamente à parte do regulador.. quando muito no mesmo nível. caso contrário as molas ficarão remontadas prejudicando o curso da cremalheira.A e 3. o disco interno por outro de dimensões apropriadas. Experimentar se os contrapesos centrífugos oscilam em torno dos pinos articulados (veja a figura ao lado). no máximo 2. Colocar provisoriamente o pino transversal (24). 0.TIPO P 5. isto é.VEÍCULOS PESADOS . Com o auxílio de um riscador. 7. Extrair do eixo de comando o regulador e colocar os amortecedores de borracha na cavidade da peça articulada. Observar as indicações do item 05. 6. montar o regulador sem os amortecedores de borracha (29) e colocar a arruela de compensação (27). ATENÇÃO! O arame de segurança deve passar ao lado do ressalto da bucha de guia. Fixar no eixo de comando o regulador. 9. colocar a arruela de compensação escolhida (27) e a porca redonda (28). ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 67 . apertar ambos os parafusos de fixação e frenar com o arame ou chapa de segurança. Montar a bucha guia (3). Apertar mediante a chave tubular EFEP 123 (ou EFEP 124 para bombas “B”) a porca redonda (28). Colocar a luva intermediária (25) sobre o eixo de comando. 8. substituir eventualmente a arruela de compensação (27). Colocar a luva intermediária com a mecha lubrificante já com óleo. deve ser possível girar facilmente o regulador. colocar a alavanca da chave tubular em posição central para não prejudicar o cone do eixo de comando (apertar com 5 .1mm.6mkgf). levantar o amortecedor de borracha no ressalto da luva. Verificar se há folga longitudinal de 0. ATENÇÃO! Ao apertar a porca.BOMBA INJETORA . com o eixo de comando imobilizado. Encaixar a luva batendo ligeiramente com martelo de borracha.05 . Apertar a porca com a chave tubular. Girar o eixo de comando várias vezes e comprimir o pino de regulagem. Se o pino transversal engripar. não use o alargador com o regulador montado.. colocar a arruela de segurança (23) e a contraporca. colocar a alavanca reguladora (15) em posição horizontal na peça corrediça. Instalar o pino de regulagem (7). Sistema de alavancas e peças de transmissão 1. Somente o teste do avanço da cremalheira. Ajustar previamente a posição da peça corrediça. puxando a peça corrediça.5. 68 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . verificando se os contrapesos centrífugos e as alavancas se movem livremente e voltam à posição inicial. comprimir a mola de tração. feito na bancada. Introduzir a peça corrediça (4) no pino de regulagem. Colocar uma régua sobre a borda da carcaça e medir a distância entre a régua e a superfície da peça corrediça com paquímetro ou calibre de profundidade. não deve ser desmontado. Aparafusar a porca sextavada. Ainda não dobrar a arruela de segurança (23). 4. 1mm e apertar ambas as porcas. gira-la 90° para cima e fixa-la na forquilha articulada (19). Ajustar a folga longitudinal do pino transversal. introduzir o pino transversal (24) através da alavanca do contrapeso e o parafuso de ajuste do pino de regulagem. indicará se a posição da peça corrediça está correta em relação à cremalheira..MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Pino de regulagem O pino de regulagem é fornecido completo. com as alavancas dos contrapesos afastadas. 2. 3. para 0. Instalar o eixo da alavanca (9) e a alavanca de direção (11) e encavilhar bem. Inserir no eixo da alavanca a chaveta para a alavanca de comando (16).A.A. introduzi-las nos pinos de ajuste e aparafusar com parafuso de cabeça sextavada.. levantar a placa de guia (8). calçar com placas de compensação. • Para carcaça do regulador de 167mm φ (RQV.5mm...... Girar o eixo da alavanca (9) novamente para trás.5mm.B) 29. devem ser ajustadas. Girar o eixo da alavanca (9) em direção à posição máxima e introduzir a placa de guia (8) no pino de guia da alavanca de direção (11).5mm.B) 20.5mm.5mm. deve-se mover com facilidade a cremalheira de um lado para o outro.A) 34.. Colocar a alavanca de comando e apertar mediante parafuso.VEÍCULOS PESADOS . Se for preciso.. • Para carcaça do regulador de 167mm φ (RQV.B) 39. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 69 . menos metade da espessura da peça corrediça... Essas medidas de referência resultam da espessura da régua mais a medida obtida. Mesmo fazendo pressão lateral sobre a alavanca reguladora e a peça corrediça. • Para carcaça do regulador de 143mm φ (RQV... 6. O pino articulado da forquilha (18) deve ser travado agora mediante contrapino ou anel de segurança..TIPO P As seguintes medidas de referência devem ser ajustadas no meio da peça corrediça até a borda da carcaça. quando a alavanca de direção estiver na posição máxima.. As seguintes medidas de referência entre a borda externa da tampa do regulador (17) até o centro do pino de guia do pistão de comando (14).. 5. • Para carcaça do regulador de 149mm φ (RQV. com os contrapesos na posição de repouso: • Para carcaça do regulador de 149mm φ (RQV.5mm..A) 24. Montar o sistema de alavancas da tampa do regulador (17). • Para carcaça do regulador de 143mm φ (RQV.B) 30.BOMBA INJETORA . nessa ocasião. retirar a tampa do regulador. 7. Dobrar a arruela de segurança no pino transversal sobre ambas as porcas sextavadas. Montar a bomba injetora com o regulador na bancada. Verificar se o eixo da alavanca pode ser girado com facilidade e se o pino de guia desliza na placa de guia sem emperrar. 9. conforme WPP 001/4 BR e circular VDT-EP-WJ 03/7. 70 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . Se a posição da peça corrediça estiver definitivamente correta. 8. pode ser movida facilmente. 10. junto com a alavanca de comando. Inclinar a alavanca de comando (16) para cima e colocar a tampa de cima para baixo (veja a figura a seguir).MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS OBSERVAÇÃO A espessura da régua e o rebordo interno da tampa do regulador devem ser subtraídos. ATENÇÃO! No regulador RQV introduzir o pistão de comando na alavanca reguladora (15) com a parte mais comprida virada para cima. o raio do pino de guia deve ser adicionado. penetrar facilmente na alavanca reguladora (15). O pistão de comando do acelerador (14) deve. Verificar a posição da peça corrediça. Verificar se a cremalheira. Aparufasar provisoriamente a tampa do regulador e aparafusar o pino de guia (6). Colocar a cremalheira em posição “stop” e mantê-la nessa posição. o pino de guia e todos os parafusos de fixação do regulador. travar por rebitagem ou com loctite. Travar o pino em ambos os lados. 12. Nessa posição montar a cápsula da mola (58) com a mola embutida (57) e retesá-la ligeiramente em sentido contrário ao movimento dos ponteiros do relógio. ou chegue ao nível na vareta correspondente.TIPO P 11. Aparafusar o parafuso de cabeça sextavada com a respectiva arruela de pressão. 2. Após a regulagem e teste da bomba com regulador.BOMBA INJETORA . Introduzir o pino de trava (55) e encavilha-lo com o pino-batente (56). ou óleo para motores de boa qualidade. Batente da cremalheira com aproximação 1. até que ele saia pelo bujão (5). agora montar a alavanca do débito de partida (54) na extremidade da mola e introduzi-la no assento de ajuste do pino de trava (55). Colocar a bucha de guia (44) e encavilhá-la. Através da tampa de lubrificação. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 71 .VEÍCULOS PESADOS . Girar o pino de trava no sentido dos ponteiros do relógio até o encosto. deitar óleo SAE 30. MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS 3. seção B. Aparafusar a mola de aproximação (45) (no lado da extremidade saliente da mola) até a metade na bucha roscada (48) e colocar na bucha de guia (44). Montar a bucha de guia (52) e aparafusar as porcas de encosto do débito máximo (50). 6. Colocar o freno de segurança (53) da bucha roscada. Fazer a regulagem e o teste do regulador conforme as tabelas de teste WPP 001/4 BR. 5. inserir o parafuso do débito máximo (49) e colocar o disco de guia (43) e o anel de encosto (46). 72 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . colunas 10 e 11. 4. Comprimir a mola de aproximação e montar o anel de trava (47). Aparafusar a porca de ajuste (42). VEÍCULOS PESADOS . Distinguem-se em: • Injetores de furo cego. • Injetores de furo de assento.TIPO P BICOS E PORTA INJETORES INJETORES DE ORIFÍCIO Aplicação Injetores de orifício são empregados em conjunto com bomba injetora em linha para motores de injeção direta. A quantidade e diâmetro dos furos dependem do: • Volume de débito. em: • Tipo P com um diâmetro de agulha de 04mm ou • Tipo S com um diâmetro de agulha de 05 e 06mm. Concepção Os orifícios de injeção encontram-se no revestimento de um cone de injeção. As bordas de entrada dos orifícios de injeção podem ser arredondadas por usinagem hidroerosiva (HE).BOMBA INJETORA . Além disso. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 73 . os injetores de orifício também se distinguem pelo tamanho. • Forma da câmara de combustão e • Turbulência do ar (efeito de turbilhonamento) na câmara de combustão. MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Nos pontos onde a velocidade do fluxo é muito alta (entrada do furo de injeção). Modelos • Injetor de furo cego Os orifícios de injeção desse tipo de injetor estão dispostos no furo cego. as partículas abrasivas contidas no agente HE provocam o desgaste do material. O arredondamento por HE pode ser empregado tanto para furo cego quanto para furo de assento. Os injetores de furo cego são oferecidos com furo cilíndrico e furo cônico em diversas dimensões. 74 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . Na cúpula redonda os orifícios de injeção são perfurados mecanicamente ou por eletroerosão (remoção elétrica de partículas). Isto se obtém com injetores de furo de assento. Injetores de furo cego com cúpula cônica são genericamente perfurados por eletroerosão. Para baixas emissões de hidrocarbonetos é especialmente importante que o volume preenchido pelo combustível (volume residual) seja antido o menor possível abaixo do canto de assento da agulha do injetor. O objetivo é: • antecipar o desgaste da borda causado por partículas abrasivas no combustíve e/ou • estreitar a tolerância de fluxo. dependendo da apresentação. 6mm de comprimento. oferece grande liberdade de opção quanto a: • número de orifícios. O injetor de furo cego cilíndrico e cúpula cônica é usado apenas para orifícios de 0. Para manter a uniformidade da espessura da parede da cúpula. • comprimento dos orifícios e • ângulo de injeção. um comprimento de orifício uniforme.BOMBA INJETORA .TIPO P O injetor com furo cego cilíndrico e cúpula redonda devido ao formato do furo cego. de acordo com o furo cego. A cúpula do injetor tem formato de uma meia esfera e garante assim. esta tem execução cônica. O formato cônico da cúpula aumenta a sua resistência devido a maior espessura da parede entre raio de ranhura e assento do corpo injetor.VEÍCULOS PESADOS . ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 75 . que consiste de uma peça cilíndrica e uma peça semi-esférica. O injetor de furo cego cônico e cúpula cônica possui um menor volume de furo cego que o injetor com furo cilíndrico. Seu volume está entre injetor de furo de assento e injetor de furo cego cilíndrico. também cônico. em conjunto com a forma do furo cego. 76 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . o começo do furo de injeção encontra-se no cone de assento do corpo do injetor e. Não há ligação direta entre furo cego e câmara de combustão. Os orifícios de injeção são perfurados genericamente por eletroerosão. com o injetor fechado. O formato da cúpula é cônico por motivos de resistência. Injetores de furo de assento possuem um limite de carga consideravelmente inferior aos injetores de furo cego e por isso podem ser executadas apenas no tamanho P com orifício de 01mm de comprimento. é amplamente recoberto pela agulha. a emissão de HC. conseqüentemente. O volume do furo cego é bastante reduzido em relação ao injetor de furo cego.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS • Injetor de furo de assento Para minimizar o volume residual e. o que permite combinações. pinos de pressão. • porta injetores de mola dupla com e sem sensor de movimento de agulha. • componentes padronizados (molas. Aplicação Os porta injetores aqui descritos apresentam as seguintes características: • forma externa cilíndrica com diâmetro de 17 a 21mm. • injetores fixos para motores de injeção direta.BOMBA INJETORA .VEÍCULOS PESADOS .TIPO P PORTA INJETORES Funções e Modelos Para motores de injeção direta em conjunto com bomba injetora distribuidora de pistão radial são empregados porta injetores com injetores de orifício. • mola subposta (desta forma sem massa móvel). porca de fixação do bico). Os porta injetores distinguem-se entre: • porta injetores de mola simples com e sem sensor de movimento de agulha. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 77 . O pré-tensionamento dessa mola determina a pressão de abertura do bico injetor. No processo de injeção é levantada pela pressão de injeção e o combustível é injetado pelos orifícios de injeção para dentro da câmara de combustão. unindo assim o bico ao tubo de pressão da bomba injetora. A pressão de abertura pode ser ajustada através do disco de compensação. A injeção estará concluída quando a pressão de injeção tiver caído tanto. até o orifício de admissão do corpo do injetor. • porca de fixação do bico. O bico injetor é fixado centralizado no corpo do injetor com a porca de fixação do bico.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Concepção O conjunto porta injetor é formado pelo bico e pelo porta injetor. • pino de pressão. O combustível passa pelo orifício de admissão no corpo do injetor para o disco intermediário e depois pelo corpo do bico injetor para o assento do bico injetor. O porta injetor é formado pelos seguintes componentes: • corpo do injetor. que a mola pressione a agulha do injetor de volta no seu assento. 78 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . • disco de compensação. existe a possibilidade de instalação de um filtro bastão no porta injetor. No corpo do injetor o orifício de admissão do porta injetor se liga. Quando necessário. • disco intermediário. Modo de operação A mola de pressão do corpo do injetor pressiona a agulha do injetor através do pino de pressão. através do disco intermediário. • pinos de fixação. • mola de pressão. principalmente na marcha lenta e na faixa de carga parcial. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 79 .TIPO P PORTA INJETOR DE DUAS MOLAS Aplicação O porta injetor de duas molas é um aperfeiçoamento do porta injetor para redução dos ruídos de combustão. Inicialmente apenas uma mola atua sobre a agulha do injetor e determina assim a primeira pressão de abertura. estas são dispostas em seqüência. Concepção No porta injetor de duas molas.BOMBA INJETORA . Nos cursos além do pré-curso a bucha de encosto é levantada e as duas molas atuam sobre a agulha do injetor.VEÍCULOS PESADOS . que limita o pré-curso. A segunda mola se apóia em uma bucha de encosto. Com isto. Esse processo de injeção em dois estágios proporciona uma combustão “mais suave” com redução dos ruídos.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS Modo de operação No processo de injeção a agulha do injetor abre inicialmente apenas o pré-curso. a agulha do injetor é aberta para curso total e o volume principal é injetado. apenas um pequeno volume de combustível chega à câmara de combustão. 80 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . Se a pressão no porta injetor continuar subindo. BOMBA INJETORA . Essa espiral é formada por dois resistores conectados em linha: a espiral de aquecimento disposta na ponta do pino de velas incandescente e a espiral de regulagem.VEÍCULOS PESADOS . injetado no ar aspirado. Atualmente são empregados quase exclusivamente sistemas com velas de pino incandescente.indisposição de partida ou ignição. no interior do tubo incandescente anticorrosivo possui uma espiral acomodada em óxido de magnésio compacto. Grandes motores de injeção direta para veículos utilitários pesados trabalham alternativamente com pré-aquecimento do ar no coletor de admissão (partida por chama) ou com combustível especial com alta predisposição à ignição (piloto de partida).TIPO P SISTEMA AUXILIAR DE PARTIDA Os motores Diesel frios apresentam . a espiral de regulagem apresenta um coeficiente de temperatura positivo (PTC). Enquanto a espiral de aquecimento possui um resistor quase independente da temperatura. esse ponto quente se encontra na periferia da câmara de combustão. O emprego de sistemas auxiliares de partida é muito importante nessas circunstâncias. A temperatura limite da partida depende do tipo de construção do motor. VELA DE PINO INCANDESCENTE Uma vela de pino incandescente consiste em um elemento tubular de aquecimento que. porque as perdas por vazamento e de calor reduzem a pressão e a temperatura no fim da compressão da mistura de ar-combustível. Os motores de antecâmaras e de turbilhonamento possuem uma vela de pino incandescente (GSK) na câmara de combustão secundária como “ponto quente”.ainda mais que motores Diesel quentes . Nos motores pequenos de injeção direta. Com o aumento da temperatura sua resistência aumenta ainda mais nas velas de pino incandescente de nova geração (GSK 2) que nas velas de pino incandescente convencionais (Tipo S-RSK). ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 81 . Esse dosador permite a passagem de um volume de combustível adequado ao motor. As entradas de controle para o temporizador de pré-aquecimento são executadas com conectores múltiplos e a corrente para as velas de pino incandescente é conduzida através de pinos roscados ou conectores adequados. Normalmente a bomba alimentadora de combustível do sistema de injeção conduz o combustível através de uma válvula magnética até a vela aquecedora por chama. Conseqüentemente a vela de pino incandescente ainda pode ser exigida por até três minutos após a partida. TEMPORIZADOR DE PRÉ-AQUECIMENTO O temporizador de pré-aquecimento (GZS) dispõe de um relé de potência de blocos de comando eletrônicos para a ativação das velas de pino incandescente. relevando indesejáveis quedas de tensão. Eles controlam. Essa pós-incandescência favorece a aceleração e o aquecimento com ruído e emissão de gases. No niple de conexão da vela encontra-se um filtro e um dispositivo dosador.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS As novas velas de pino incandescente GSK2 destacam-se por atingirem mais rapidamente a temperatura necessária para a ignição (850ºC em 4 s) e por uma temperatura permanente mais baixa. temporizadores de pré-aquecimento mais desenvolvidos também reconhecem falhas de velas incandescentes isoladas e os indicam ao motorista. a temperatura da vela é limitada nesses valores não-críticos. Com ajuda das suas funções de segurança e controle. 82 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . que evapora no tubo evaporador disposto em torno do pino incandescente e em seguida se mistura ao ar aspirado. por exemplo. Com ajuda das suas funções de diagnóstico. A mistura se inflama na parte dianteira da vela no pino incandescente com temperatura superior a 1000ºC. VELA AQUECEDORA POR CHAMA A vela aquecedora por chama aquece o ar aspirado e queima o combustível. o tempo de incandescência das velas ou assumem funções de segurança e controle. No acoplamento de um temporizador e pré-aquecimento à unidade de comando do sistema EDC (Eletronic Diesel Control) as informações ali disponíveis podem ser aproveitadas para uma ativação ideal da vela de pino incandescente em diversas condições de operação. Isto oferece mais uma possibilidade de redução de emissões de fumaça azul e de ruídos.BOMBA INJETORA . as gotículas de combustão injetadas evaporam. as velas de pino incandescente estão suficientemente quentes para induzir o processo de partida. A manutenção da incandescência após a partida contribui para uma aceleração e marcha lenta sem falhas e. a descarga da bateria é evitada por um dispositivo de segurança para a desativação da vela de pino incandescente. reduzindo os ruídos de combustão com o motor frio. com pouca fumaça na fase de aquecimento.TIPO P FUNCIONAMENTO O processo de pré-aquecimento e partida transcorre. Na fase de partida seguinte.VEÍCULOS PESADOS . Ao apagar a lâmpada piloto de controle de aquecimento. como no motor de Ciclo Otto. Com a chave na posição “Ignição ligada” começa o processo de pré-aquecimento. ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” 83 . Caso a partida não deva ser dada. inflamam-se no ar comprimido e quente e o calor liberado induz o processo de combustão. portanto. com o interruptor de aquecimento e partida. . Equipamento de Injeção para Motores Diesel. Bombas Injetoras em Linha PE. Ed. sd. 84 ESCOLA SENAI “CONDE JOSÉ VICENTE DE A ZEVEDO” . 2000. Bomba Injetoras PE e PF. Apostila Técnica.MECÂNICA DE VEÍCULOS PESADOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOSCH. Teste de Bomba Injetora tamanho P. . sd.
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